A Inserção Dos Estudantes No Ensino Superior À Distância
A Inserção Dos Estudantes No Ensino Superior À Distância
A Inserção Dos Estudantes No Ensino Superior À Distância
Metodologia adequada ao
2.0
objecto do trabalho
Conteúdo Articulação e domínio do
discurso académico 2.0
(expressão escrita cuidada,
Análise e coerência / coesão textual)
discussão Revisão bibliográfica
nacional e internacionais 2.
relevantes na área de
estudo
Exploração dos dados 2.0
Contributos teóricos
Conclusão 2.0
práticos
Paginação, tipo e tamanho
Aspectos
Formatação de letra, paragrafo, 1.0
gerais
espaçamento entre linhas
Normas APA 6ª
Rigor e coerência das
Referências edição em 4.0
citações/referências
Bibliográficas citações e
bibliográficas
bibliografia
Folha de feedback
Introdução
Educação a Distância, ou EAD é uma modalidade de educação em que os alunos e
professores não compartilham o mesmo espaço físico, ou interagem ao mesmo tempo. A
maior parte da comunicação professor-aluno e aluno-aluno é realizada por meio de uma
tecnologia. O ensino a distância cresceu exponencialmente na última década e as instituições
que os oferecem, procuram se adaptar a essa realidade. No entanto, é importante considerar o
perfil do aluno que busca o ensino a distância e se o mesmo conhece e compreende as
ferramentas usadas no ensino virtual.
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2. A inserção dos estudantes no ensino superior à distância
Atualmente os estudos mostram que cada vez mais vem aumentando a procura dos alunos
pela a Educação Superior na Modalidade a Distância (EaD), um fator importante também se
dá pela evolução dessa modalidade em Mocambique. A EaD pode ser ofertada as pessoas que
queiram cursar o ensino superior ou especialização, nesse sentido, a pesquisa se pauta em
alunos com idade acima de 40 anos, no intuito de analisar as principais dificuldades que esses
alunos encontram no processo de ensino e aprendizagem. Pois trata se de alunos que por
algum motivo encontram-se afastados dos estudos há algum tempo e estão retomando o
processo de escolarização.
A Educação a Distância atualmente é reconhecida pelo governo moçambicano como uma das
estratégias comprovadas para minimizar as assimetrias regionais em Moçambique e, por
conseguinte, promover inclusão social, econômica e educacional a um contingente
significativo da população. Há um certo entendimento de que as condições econômicas nas
quais passa Moçambique (e o restante do mundo) faz com que a educação presencial não seja
eficaz e efetiva, em curto e médio prazos, para oferecer oportunidades formativas às
populações que vivem distante dos grandes centros urbanos, sobretudo porque grande parte da
população de Moçambique vive em zonas rurais. Dessa forma, o governo moçambicano tem
adotado a EaD como estratégia para operacionalizar as políticas públicas de educação.
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Porém, quando identificada a criação de uma comunidade de aprendizagem em ambientes
online, o trabalho colaborativo, coletivo, parcerias e diálogos contribuem, de maneira efetiva,
para as práticas dos professores (PRATES; MATOS, 2020, p. 536). Enquanto se pensar que
EAD é algo totalmente separado do ensino presencial e deve ser tratado de diferentemente do
presencial, a tendência é que pouco se altere nessa problematização (OLIVEIRA; PICONEZ,
2017, p. 2017).
O desenvolvimento da EaD nos últimos anos, de acordo com LITWIN (2001) serviu para
implementar os projetos educacionais mais diversos e para as mais complexas situações:
cursos para o ensino de ofícios, capacitação para o trabalho ou divulgação científica,
campanhas de alfabetização e também estudos formais em todos os níveis e campos do
sistema educacional. Arruda (2011), por outro lado, anuncia também o crescimento
significativo das iniciativas baseadas em tecnologias digitais contemporâneas que
potencializaram o alcance e o número de pessoas ao redor do mundo, estas que se tornam
sujeitos dessa modalidade na medida em que tais tecnologias se tornam correntes.
Por seu turno, Moore & Kearsley (2007, p.02) definem Educação a distância da seguinte
forma: “Educação a distância é o aprendizado planejado que ocorre normalmente em um lugar
diferente do local do ensino, exigindo técnicas especiais de criação do curso e de instrução,
comunicação por meio de várias tecnologias e disposições organizacionais e administrativas
especiais”.O Ensino Superior a Distância em Moçambique é realizado principalmente nas
seguintes universidades: a Universidade Católica de Moçambique (UCM), a Universidade
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Eduardo Mondlane (UEM), e mais recentemente a Universidade Pedagógica (UP), a Escola
Superior Aberta (APolitécnica-ESA) e o Instituto Superior Dom Bosco (ISDB).
O ensino superior responde, a longo prazo, aos desafios da construção da nação, de uma
sociedade aberta e democrática com exercício activo da cidadania e do desenvolvimento
económico num ambiente não protegido e competitivo à escala global. Se assim é, a educação
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e o ensino superior terão de se pautar por parâmetros de qualidade internacional, o que
significa, nomeadamente, que os técnicos formados terão competências equivalentes e
capacidades competitivas individuais para actuar em qualquer mercado de trabalho ou
concorrer no seu país com técnicos estrangeiros. Isso só é possível com instituições de ensino
superior de elevada qualidade que tem como variáveis de análise principalmente as seguintes:
Corpo docente formado, com currículo e investigação nas áreas de ensino e integrado
em redes de conhecimento internacional;
Instituições apetrechadas com recursos e meios pedagógicos que facilitam o ensino, a
aprendizagem, o acesso ao conhecimento e que atribua aos estudantes competências
no saber e no saber fazer, com eficácia e eficiência.
Estratégias pedagógicas assentes na exigência e no trabalho, na qualificação e na
formação ampla do Homem que se quer valorizar com base no mérito, para melhor
desempenho de funções e benefício pessoal e da sociedade.
Infraestruturas físicas são a base sobre a qual assenta a política de inclusão digital. Em
Moçambique a conectividade e a comunicação de dados é extremamente lenta, oscilação e
quedas constantes. Ainda mais, as infraestruturas de telecomunicações não estão distribuídas
pelo país de forma equitativa, mas concentram-se mais nas grandes urbes, oferecendo menos
oportunidade de acesso para a maioria da população.
Considera-se ainda que o uso de um modelo de ensino com um sistema semi-presencial pode
constituir uma solução de curto e médios prazos para alguns problemas tecnológicos e que a
criação de um regulamento do ensino à distância pode ajudar a regular os aspectos
pedagógicos e outros específicos do ensino à distância. Por outro lado, a análise de
sustentabilidade financeira dos cursos demonstrou que há um défice anual que, entretanto
tratando-se de uma Universidade pública, o seu funcionamento pode ser sustentado por um
aumento do financiamento dos fundos do Estado.
A evolução dos números referentes à expansão e acesso ao ensino superior suscitam novos
desafios relacionados com a erosão da qualidade, pois como defendem os autores Matos e
Mosca (2010), esta evolução conduz à percepção da baixa qualidade dos formandos aliada à
preparação técnica fraca, o que significa insuficiências no saber, dificuldades no saber fazer e
lacunas na cultura do saber estar com dignidade. Na mesma linha de pensamento, DO
ROSÁRIO (2012), fazendo um olhar crítico aos desafios do ensino superior em Moçambique
salienta que, os factores que concorrem para um ensino de qualidade no sistema do ensino
superior em Moçambique são inexistentes ou de existência deficitária, podendo-se neste caso
concordar-se que o ensino superior em Moçambique carece da qualidade que merece ter e
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que, de certa forma, todas as instituições de ensino superior sofrem do mesmo síndroma, que
carece de uma melhoria no seu funcionamento.
Além disso, conforme o Portal do Governo de Moçambique (2007), o país ainda enfrenta
muitas dificuldades de infraestrutura para o desenvolvimento de educação na modalidade
EaD. Como exemplo, pode-se citar que a nação possui uma das coberturas de Internet menos
desenvolvidas da África, apesar de ter sido o terceiro país do Continente a aderir ao uso
dessas tecnologias de informação e comunicação, além dos elevados custos desse serviço,
bem como a fraca penetração da rede telefônica, ao nível de todos os pontos do país, sem
contar o ainda acentuado nível de analfabetismo, cuja taxa no país é de, aproximadamente,
52% (numa população estimada em cerca de 20 milhões de habitantes, segundo o Instituto
Nacional de Estatísticas).
A EaD no ensino superior provoca mudanças sociais que geram necessidades específicas, tais
como:
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2.2. Os desafios mais frequentes na inserção dos estudantes no ensino superior à
distância.
A dificuldade em dominar as ferramentas e não existir o professor ao lado, naquele momento,
para sanar essa dúvida, pode se tornar algo desanimador. Para tanto é necessário, como dito
por LEMGRUBER (2009), o aluno planejar uma rotina de estudos e tarefas, já que demandam
dedicação e tempo, o que muitas vezes lhe dá a sensação de “abandono”. Esse abandono não é
apenas por separação física dos ambientes da instituição e professores, mas também pela
ausência de direção e motivação caracterizando, segundo AMARILLA (2011), o ensino
passivo e solitário. À busca pela inclusão de indivíduos que estão fora do sistema educacional
e pela tentativa de melhorar os índices da educação no país, com base no pressuposto de que o
nível de qualificação dos professores é diretamente proporcional à qualidade do ensino e ao
nível de desempenho dos alunos (MENDONÇA et al., 2020, p. 159).
A incorporação de novos hábitos de leitura envolve uma mudança de atitude e toda mudança
gera certa resistência tendo ciclo próprio de maturação. Neste caso, segundo SCHUELTER
(2005) a mudança envolve alterações na relação com o suporte, passando do impresso em
papel para o disposto na tela do computador. Isto, por certo, constitui um salto muito grande
nos hábitos de leitura, e na manipulação dos equipamentos de informática. Muitos, sobretudo
os de mais idade, ainda preferem manusear o velho e bom livro a se aventurar pelas propostas
hipertextuais.
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3. Considerações Finais
Ao longo do estudo procurou-se destacar os desafios encontrados pelo aluno que opta pelo
EAD. A modalidade a distância é um avanço irreversível na sociedade moderna, pois surgiu
para atender as necessidades desta modernidade. A escolha pelo EAD se tornou frequente,
pois traz a facilidade de acesso no local de trabalho, na residência ou em outras dependências
a qualquer hora, possibilitando associar o estudo a outras atividades corriqueiras. Mas, por
outro lado, é necessário ter acesso ao ambiente ou plataforma virtual para a interface aluno-
professor. Dificuldades como possuir um computador de baixa capacidade e uma internet
“discada” podem limitar o acesso ao conteúdo pedagógico do curso. Outro desafio encontrado
pelo aluno é o da autonomia e disciplina em realizar seus estudos. Para alunos que não
possuem estes atributos, o EAD pode se tornar acumulativo e sem aprendizado, pois torna-se
apenas cumpridor de tarefas e datas, sem aprendizado.
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Referencias Bibliográficas
AMARILLA FILHO P. Educação a distância: Uma abordagem metodológica e didática a
partir dos ambientes virtuais. Educ. Rev., Belo Horizonte v. 27, n.2 maio/ago 2011.
LITWIN, Edith. Educação à Distância: Temas para debate de uma nova agenda educativa.
Porto Alegre: Aritmet Editora, 2001.
PRATES, U.; MATOS, J. F. A Educação Matemática e a Educação a Distância: uma revisão
sistemática da literatura. Bolema: Boletim de Educação Matemática, v. 34, n. 67, pp.
522-543, 2020. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/1980-4415v34n67a09>.
Acesso em: 10 jun. 2021.
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