Coorodenadores Pautas BNCC

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COORDENAÇÃO

PEDAGÓGICA
EM AÇÃO:
Percurso Formativo no foco

Instituto Reúna
Agosto de 2021
Ficha Técnica

APOIADORES Elaboração do material


Fundação Lemann Versão inicial
Imaginable Futures Elos Educacional
Versão final
REALIZAÇÃO Taciana Vaz
Instituto Reúna Camila Tribess

Direção executiva Especialistas convidadas


Katia Stocco Smole Educação Infantil
Beatriz Ferraz
Direção do projeto Ensino Fundamental
Cléa Maria da Silva Ferreira Mirela Mendes

Gerenciamento do projeto Leitura Crítica


Fabiana Cabral Silva Beatriz Ferraz
Nathaly Corrêa de Sá Beatriz Morrone
Mirela Mendes
Comunicação
Milena Emilião Edição
Tainá Rodrigues Mariane Genaro

EQUIPE DE PRODUÇÃO Revisão


Cíntia da Silva Leitão
Agradecimentos especiais*
Adriane Aparecida Carneiro de Jesus
Diagramação e projeto gráfico
Alessandra de Magalhães Ciaca
Araciara Teixeira
Cláudia Lima Gonçalves
Denise da Rosa Girondi
Dilma Oliveira Sousa Per
Glauciqueli Brambila Bernabé
Maricleise Luiza de Almeida Januario
Rozália Maria Marconato Ferreira Lima
Sofia Magalhães Regis de Alencastro
Vanessa Azevedo Barboza
Verônica Belfi Roncetti Paulino

*Coordenadoras pedagógicas que estiveram


conosco em um momento de escuta e
contribuíram para o aprimoramento do material.

© 2021. Instituto Reúna. Coordenação Pedagógica em Ação: Percurso Formativo no Foco.


Todos os direitos reservados.

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Índice

Apresentação pág. 4

Introdução pág. 7

1. O Percurso Formativo pág. 11

2. Travessias da BNCC na escola pág. 22

3. Planejando a formação pág. 33

4. Referências pág. 45

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Apresentação

Olá, coordenador(a) pedagógico(a)!

A implementação da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) documento


normativo que descreve as aprendizagens essenciais que devem ser ga-
rantidas ao longo da Educação Básica, demanda a efetivação de ações co-
ordenadas desde as Secretarias de Educação até as escolas de todo o país,
com vistas a um grande objetivo: promover a educação integral e o de-
senvolvimento pleno de todo estudante brasileiro. Com esse propósito em
mente, como você, seus(suas) colegas da equipe pedagógica e a gestão da
escola têm se organizado para formar os(as) professores e orientá-los(las)
no sentido das transformações que a BNCC enseja provocar?

Para apoiá-lo(la) nesse processo, em 2019, o Instituto Reúna – em parceria


com a Fundação Lemann e o apoio do Movimento pela Base – lançou o
Percurso Formativo. Com o objetivo de produzir um material de referência
na implementação da BNCC, destinado à equipe formadora de docentes
de todo o Brasil, a proposta intitulada Primeiros Passos foi lançada. O
segundo percurso, que chamamos Na Prática, foi concretizado em 2020,
como resultado de uma parceria com a Fundação Maria Cecilia Souto Vi-
digal, e contou com diversos olhares para garantir a qualidade e o alinha-
mento dos materiais oferecidos. Eles são compostos por trilhas formativas
elaboradas por especialistas das diferentes áreas do conhecimento, orga-
nizadas para facilitar a navegação dos diferentes públicos de acordo com
interesses, níveis de apropriação e objetivos de aprendizagem.

O conjunto da proposta tem a intenção de apoiar a equipe formadora de


docentes a se apropriar de princípios, conceitos e concepções que fun-
damentam a abordagem curricular numa lógica de desenvolvimento de
competências e habilidades e, ao mesmo tempo, refletir e propor novas
organizações do cotidiano e das práticas pedagógicas, com vistas a garan-
tir os direitos e os objetivos de aprendizagem e desenvolvimento previstos
na BNCC da Educação Infantil e do Ensino Fundamental.

No Coordenação Pedagógica em Ação, temos a intenção de compartilhar


com você, coordenador(a) pedagógico(a), o que orientou a elaboração das

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pautas formativas e, ao mesmo tempo, apoiá-lo(la) a compreender melhor
a organização e as possibilidades de uso dessa proposta para a formação
continuada de sua equipe, em encontros presenciais ou virtuais. Convida-
mos você a navegar on-line ou baixar nossos materiais, disponibilizados em
formato de e-book na plataforma. Esperamos que considere utilizá-los para
planejar e realizar as diferentes estratégias formativas propostas nos tem-
pos e espaços reservados para a formação continuada do time docente.

Lembre-se de nos contar o que achou e, se tiver alguma dúvida, envie sua
pergunta para o e-mail [email protected].

Boa leitura e um excelente trabalho!

5
Navegando pelo Material

Referências e dicas
As travessias da de materiais para
Índice Introdução BNCC na escola aprofundamento

Apresentação O Percurso Planejando a


Formativo formação

Indicação de links:

exemplo de link

exemplo de link

6
Introdução

Olá, sou Telma, coordenadora pedagógica na Escola


de Educação Básica Francisca Ferreira, em Barreiras,
Bahia. Estou aqui para mediar sua navegação pelo
material e pelo Percurso Formativo.

Oi! Sou o Rui, de Ibiá, Minas Gerais. Atuo como coor-


denador pedagógico na Escola de Educação Básica
Luanda Pampulha e vou colaborar com a Telma.
Bem-vindas e bem-vindos ao nosso material!

Nosso primeiro convite é para que você tenha em


mãos um Caderno de Estudos, onde fará os registros
de sistematizações de aprendizagem, dúvidas, plano
de estudos e planejamento da formação docente.

Dica de organização

Que tal se aventurar em uma ferramenta digital para fazer seus planejamentos e
suas sistematizações dos estudos? Existem diversas possibilidades que você pode
explorar para ver qual melhor se adapta às suas necessidades. Sugerimos o aplicati-
vo Trello, que já possui modelos prontos de organização e planejamento, ou então
o programa Sway, em que você pode criar e compartilhar planejamentos e materiais
diversos. Mas caso prefira a boa e velha dupla caderno e caneta, que tal aprimorar
suas anotações utilizando as técnicas do bullet journal? É uma forma criativa e mui-
to produtiva de anotar tudo que precisa e sempre estar com a organização em dia.
Para mais dicas, veja a matéria a seguir: 5 ferramentas para você organizar o seu dia
a dia, do CanalTech.

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Sugerimos que também deixe o Percurso Formativo aberto em
uma aba paralela a este material, para navegar nos materiais à me-
dida que nossas reflexões despertarem sua curiosidade ou gera-
rem alguma dúvida. Além disso, é importante que você se familia-
rize com a plataforma. Assim, em breve ela será sua melhor amiga
nas formação de professores(as). Caso seu acesso à internet seja
restrito, lembre-se de baixar o material, para acompanhar todos os
detalhes do Percurso Formativo.

O plano de formação docente e o Percurso Formativo

Muito tem se falado sobre o desenvolvimento de competências


socioemocionais por estudantes e docentes, mas sabemos que
elas têm sido mobilizadas por todos(as) que atuam com Educação.
No contexto das inovações trazidas pela BNCC e das mudanças
ocasionadas pela pandemia, precisamos estar abertos(as) para o
novo. Isso significa que devemos ter uma atitude resiliente e dispo-
nível para vivenciar novas experiências e descobertas, e também
sermos ávidos pelo conhecimento.

Isso mesmo. E vale dizer que, em nossa condição de liderança


pedagógica, temos sido convocados(as) a mobilizar e fomentar o
protagonismo docente. Com isso, a autogestão passa a ser uma
demanda cada vez mais presente na rotina da comunidade esco-
lar. Por isso, pretendemos focar em um aspecto da autogestão que
ajuda a materializar seu planejamento: a organização.

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Sabemos que faz parte da sua rotina orquestrar o trabalho do time
docente, por isso, ampliar estratégias de organização é importante
para garantir consistência e coerência no processo de implemen-
tação de inovações. Nesse sentido, para estruturar o material, o
Percurso Formativo terá um papel central em seu plano de forma-
ção docente. Vamos, então, lhe ajudar a planejar com intencionali-
dade, apresentando-lhe os materiais e suas propostas.

Mas, afinal, o que é o plano de formação docente? É um registro


do seu planejamento a médio e longo prazo dos momentos forma-
tivos com educadores. Uma vez que a formação docente acontece
a todo momento e em ações diversas, coletivas e individualizadas,
esse plano deve ser estruturado considerando os tempos e espa-
ços dedicados às formações coletivas – podendo ser, por exemplo,
bimestral/trimestral, semestral, anual, de acordo com o calendário
escolar. Este material, nesse sentido, é precioso para melhor estru-
turar seu plano de formação.

Observe os cinco passos para bolar seu plano de formação docente


usando o Percurso Formativo. Eles lhe ajudarão na organização, nos
estudos e na apropriação das inovações da BNCC e do Percurso.

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1
Planeje e promova interações com sua equipe docente
Mapear necessidades
para entender o quanto cada profissional apropriou-
formativas do grupo
de professores(as) -se das inovações propostas na BNCC e quais são seus
maiores desafios.

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Conhecer e estudar os Navegue pelos recursos do Percurso Formativo, enten-
recursos oferecidos no da quais materiais estão disponíveis e como eles podem
Percurso Formativo apoiar seus estudos e sua prática enquanto formador(a).

Defina os objetivos de aprendizagem da equipe docente,

3
Elaborar um plano de
as estratégias que serão adotadas para cada atividade
formação docente e
proposta e um cronograma geral para a formação conti-
selecionar os materiais
nuada prolongada, bem como os tempos e espaços para
de apoio
cada encontro formativo.

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Engajar o time docente: Apresente e detalhe como e quando serão os encontros
compartilhar e revisar formativos com os(as) docentes para que possam pactuar
o plano com os(as) e adequar o que for necessário: temas/ementas, objeti-
professores(as) vos, cronograma, parcerias etc.

Essa etapa do processo envolve a necessidade de se ter

5
Colocar o plano em clareza sobre todas as ações necessárias antes, durante e
prática e monitorar os depois dos momentos formativos e também estabelecer
resultados formas de coleta e sistematização de dados para avaliar
se o plano está funcionando.

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1. O Percurso
Formativo

Caro(a) coordenador(a), como já dissemos, o Percurso Formativo


colabora significativamente com seu próprio processo de forma-
ção. Durante os estudos, você vai notar que os materiais trazem
atividades que visam apoiar os (as) educadores(as) a transpor para
a prática pedagógica os princípios estabelecidos pela Base.

Por isso, os materiais foram pensados de modo a contemplar o


processo de apropriação e implementação da BNCC pelas equipes
escolares. Abra o site do Percurso e observe na plataforma que
existem dois critérios de entrada para as pautas formativas: Pri-
meiros Passos e Na prática.

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Antes de explorar esses
campos, veja a organização
desses materiais.

Organização do Material

Percurso Formativo: refere-se ao material todo, composto das duas


propostas, Primeiros Passos e Na Prática, que representam dois diferentes
momentos de apropriação e implementação da BNCC.

Trilhas: são uma sequência de pautas que contemplam uma parte introdu-
tória dedicada aos conceitos estruturantes da BNCC e outra distribuída por
etapa, da Educação Infantil ao Ensino Fundamental e seus componentes.

Pautas: são um conjunto de atividades estruturadas com base em alguns


objetivos de aprendizagem, que se articulam em torno de um tema.

Atividades: são as sugestões para sua prática como formador(a) de pro-


fessores(as), com um passo a passo para ajudar a efetivar as formações na
escolas. Elas foram elaboradas considerando metodologias ativas e a homo-
logia de processos.

Agora, vamos observar alguns recursos presentes na plataforma.


Vá em Primeiros passos, Trilha introdutória e clique em BNCC
e o currículo. Primeiro, note que os materiais estão disponibiliza-
dos tanto para navegação on-line quanto em PDF, em formato
de e-book. Assim, você pode clicar no botão Fazer download em
formato de documento e baixar as pautas para seu estudo.

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Observe também os dois ícones, na lateral direita da tela, que
abrem orientações iniciais. Um trata das Orientações gerais, com
dicas para o antes, o durante e o depois do(s) momento(s) formati-
vo(s), ou seja, explora os cinco passos que apresentamos no início
deste material. O outro refere-se a Recomendações para EaD,
com dicas especialmente direcionadas para os encontros virtuais
síncronos. Não deixe de ler essas informações para garantir um
melhor preparo das formações.

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Pratique!
Clique na Pauta formativa 1: BNCC e o currículo. Convidamos você
a observar a organização dessa pauta. Note que existem tópicos que
apresentam os objetivos, os conteúdos, os materiais necessários e o
tempo previsto de formação.

Para lhe ajudar a navegar na pauta, preparamos dois exercícios de exploração e antevi-
são. Vamos ao primeiro!

a Abra a pauta BNCC e o currículo e leia os textos dos tópicos Qual o foco da pau-
ta?, Conteúdos e Objetivo geral de aprendizagem. Para isso, basta clicar na seti-
nha do lado direito para expandir o boxe.
Agora, escreva em seu Caderno de Estudos o quanto você e seu time dominam o
objetivo de aprendizagem e os conteúdos, bem como outras possíveis necessida-
des formativas.

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b Em seguida, abra a Programação principal e explore as atividades e os tempos
sugeridos de formação para atingir os objetivos propostos. Fez sentido para você?
Quais atividades você gostaria de realizar para sua própria formação ou gostaria
de mediar para seu time docente? Escreva em seu Caderno de Estudos.

c Para finalizar, abra uma dessas atividades e analise sua estrutura e proposta. Ano-
te suas dúvidas para buscar saná-las ao longo do nosso diálogo neste material.

As pautas conjugam conhecimentos específicos e conhecimentos


didáticos para contribuir com as equipes coordenadoras e docen-
tes no desenvolvimento de práticas em sala de aula. É importante
ressaltar que, nas pautas, são propostas atividades e reflexões
para que os(as) professores(as) possam ampliar a compreensão
sobre os princípios e os conceitos estruturantes da BNCC presen-
tes nos currículos das redes, além de aumentar o repertório de
estratégias, recursos e ideias para a organização da prática peda-
gógica de educadores(as), considerando as especificidades de seus
contextos.

À medida que se apropriar do material, você vai perceber que as


propostas podem ser adaptadas de acordo com suas necessidades
e do time de educadores, e com as condições da sua rede e esco-
la. Mas, para isso, é importante compreender os objetivos e estar
atento(a) às intencionalidades das pautas. Assim, vai poder fazer
escolhas e adaptar os materiais de forma consciente, coerente e
eficaz, garantindo uma boa formação para seu time docente.

Você encontrará também diversos materiais complementares ao


longo das pautas, como textos, vídeos, sequência de atividades,
planos de aulas, recursos de apoio e dicas para uso e adaptação
das atividades. Fique atento(a) às dicas e aos materiais de estudo.

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Para colocar a formação em prática que qualificará ainda mais o
trabalho docente, é preciso se apropriar de cada pauta, atividade
por atividade. Lembre-se: para planejar as formações, você preci-
sa conhecer o todo! Para isso, você pode acessar este anexo, que
apresenta um resumo de todas as pautas do Percurso.

A seguir, apresentamos as premissas que guiaram a elaboração


das pautas. Ao conhecê-las, elas podem guiar seu olhar para o
Percurso e colaborar para as escolhas do seu plano de formação
docente.

As premissas que orientam


as pautas formativas

Mobilização
z Criar um contexto de experiência provocativa que mobilize professo-
res(as) para resgatar experiências pessoais e profissionais, sensibilizan-
do-os(as) para a temática a ser trabalhada.

z Criar contextos de aprofundamento teórico conectados à prática


docente, que favoreçam a pesquisa educativa de forma que os(as)
docentes possam ampliar e aprofundar seus saberes sobre o(a) estu-
dante, como ele(a) aprende, as múltiplas linguagens e os objetos de
conhecimento.

Conexões e engajamento
z Criar condições para que os(as) professores(as) possam retomar as
aprendizagens do encontro anterior compartilhando experiências e
construindo conhecimentos compartilhados com o grupo, engajando-
-os(as) na temática do encontro.

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Revisão da prática pedagógica
z Provocar o confronto teórico gerando novas referências para apoiar
o(a) docente a levar para a prática, com os(as) estudantes, os conhe-
cimentos aprendidos. Traz como foco a análise da própria prática em
um processo de ação-reflexão-ação, fazendo uso de estratégias com
experiências provocadoras de investigação (resolução de problemas)
e cooperação entre pares.

Sistematização e generalização
z Sistematizar coletivamente novos conhecimentos, em um processo
de reflexão sobre como impactam no planejamento de práticas pe-
dagógicas significativas e desafiadoras e que sejam promotoras dos
direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimento.

z Compreender, interpretar e interiorizar os conceitos abordados no


encontro por meio da experiência de buscar implementá-los em sua
prática pedagógica.

z Registrar e refletir sobre sua prática pedagógica buscando construir


novos conhecimentos.

Avaliação
z Promover um espaço de autoavaliação de professores(as)
e educadores(as) sobre seus processos de aprendizagem e
apoiar o(a) formador(a) na análise e continuidade dos encon-
tros formativos à luz das necessidades, dos interesses e dos di-
ferentes ritmos de aprendizagem de cada integrante da equipe.

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Pratique!
Navegue pela pauta Campos de experiência e práticas pedagógicas, da
Educação Infantil, e identifique algumas das premissas citadas ante-
riormente. Para isso, escolha uma pauta, leia as informações gerais e
explore algumas das atividades propostas.

z Qual estratégia de mobilização é utilizada nesta pauta?

z De que forma se busca engajar os(as) educadores(as) aos temas propostos?

z Como é realizado o aprofundamento teórico nas atividades, em conexão com


a prática docente?

z Quais sistematizações de conhecimento são propostas na pauta?

z Como é realizada a avaliação?

Saiba mais sobre as estratégias formativas utilizadas

Você percebeu que, quanto à forma de abordagem, optou-se pelo


uso de estratégias práticas e sistematizações? Isso porque elas
apoiam o aprendizado docente por meio de experiências pedagó-
gicas ricas e diversas, que promovem a melhoria nos processos de
ensino e a aprendizagem dos(as) estudantes. Convidamos você a
se aprofundar nesse tema conosco. Vamos lá?

Observe a seguir algumas estratégias formativas consideradas


referência para a organização dos materiais. Ao longo das pautas,
é possível identificá-las na relação com a natureza dos objetivos de
aprendizagem propostos. Considere cuidadosamente cada uma no
planejamento da formação de seu time docente e coloque-as em
prática enquanto utiliza nosso Percurso Formativo.

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Estratégias inspiradoras

Análise de práticas exemplares


A análise de um contexto de aprendizagem gera identificação e promo-
ve reflexão teórica atrelada a uma análise crítica das práticas vigentes.
Esse exercício é feito com práticas exemplares nas quais os(as) profes-
sores(as) possam se espelhar, mas com alguns pontos de aprimora-
mento que permitem identificar desafios e refletir coletivamente sobre
como superá-los. O resultado é a contribuição para construir novas
observações e conceitualizações sobre a aprendizagem e o desenvolvi-
mento e sobre estratégias de apoio à aprendizagem, além de favorecer
a autonomia e maior consciência para a tomada de decisão na ação.

Análise de situações homólogas


Ao passar por uma situação em que os(as) professores(as) aprendem
algo novo e têm a oportunidade de analisar o processo que viveram
para aprender, eles(as) podem se colocar no lugar de aprendizes e
perceber quais condições são mais favoráveis para que o(a) estu-
dante construa um conhecimento novo. É importante que a situação
de aprendizagem colocada aos(às) docentes seja uma prática social
real direcionada a adultos, de maneira que entrem em contato com a
natureza própria dos objetos de conhecimento em questão.

Tematização da prática
Essa é uma estratégia formativa muito potente, pois faz com que os(as)
professores(as) reflitam sobre uma situação concreta da ação pedagó-
gica com os(as) estudantes e elaborem novos conhecimentos com base
nela. Possibilita que as concepções que sustentam o fazer cotidiano
docente sejam explicitadas e possam ser modificadas ou reafirmadas.
Para isso, é necessário um registro de prática em que o(a) professor(a)
descreva o que fez, nomeie suas principais ações e justifique suas deci-
sões. Questões-chaves que provoquem a análise de pontos críticos da
prática devem ser muito bem planejadas de forma que tornem visíveis os
aspectos em que se quer aprofundar.

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Análise de registro com devolutiva
Registrar nossas vivências cotidianas já é em si um ato reflexivo. Ao escre-
ver, temos a oportunidade de nos distanciarmos da realidade e enxergar
aspectos que, no momento da ação, podem passar despercebidos. Nesse
sentido, incentivar os(as) professores(as) a registrar sua ação pedagógica
é um caminho para a construção de um olhar mais crítico e reflexivo e,
assim, a construção de novos conhecimentos por meio da prática. Esse
registro pode ser em um diário das práticas docentes ou mesmo por meio
de gravações de áudio ou vídeo de suas práticas (num contexto de aulas
remotas, por exemplo, também pode se gravar a aula para analisar depois
com a ajuda do(a) formador(a)). A devolutiva que o(a) formador(a) faz ou
que incentiva que possa ser feita entre pares amplia ainda mais o poten-
cial dos registros. Quem fornece essa devolutiva deve dialogar com os
pensamentos registrados pelo(a) professor(a), sugerir ações, indicar ma-
teriais de apoio, fazer perguntas, compartilhar saberes, contribuindo com
anotações no próprio registro do(a) docente.

Vale reforçar a homologia de processos. Esse é um termo criado


pelo pedagogo Donald Schön (1983) que se tornou bastante pre-
sente nos diálogos sobre formação de professores(as). A ideia de
homologia de processos é que os(as) educadores vivenciem meto-
dologias de ensino, atitudes pedagógicas, formas de organização e
gestão da aula que sejam exemplos de uma condução pedagógica
mobilizadora e que favoreça o aprendizado. Assim, com base em
experiências, aprendizados conquistados e contextos, espera-se
que elaborem novas práticas pedagógicas que se espelhem ou se
inspirem nessas vivências. Lançar mão dessa estratégia em sua
prática formativa transformará o espaço escolar em um grande
centro de aprendizagem que permanentemente articula teoria e
prática, segundo os pressupostos da BNCC.

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Isso quer dizer que pode ser uma boa ideia se aprofundar no
estudo da didática, de metodologias ativas e da homologia de
processos, pois será esse ponto no qual atuará diretamente ao
trabalhar com a formação de professores(as), trazendo reflexões e
propostas que possam qualificar a prática pedagógica em qualquer
etapa de ensino. Ou seja, quem escolheu ser educador(a), sabe-
mos, optou por ser um(a) eterno(a) estudante. E isso nos encanta
em nossa profissão, concorda? O capítulo 2 vai colaborar intensa-
mente para seus estudos, mas antes uma pausa para acomodar o
que tratamos aqui.

Pratique!
Para favorecer a compreensão das metodologias citadas até
aqui, busque identificá-las em uma pauta. Pode ser, por exemplo,
Práticas com oralidade e o campo de atuação na vida pública, de
Linguagens, ou Formulação de problemas, de Matemática. Nave-
gue por ela em paralelo, enquanto relê cada tópico desta seção.

Dica: que tal grifar em cores diferentes no seu caderno ou


no arquivo em PDF as diversas estratégias que você iden-
tificar na pauta? Use e abuse da criatividade para sistema-
tizar seu aprendizado!

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2. Travessias da
BNCC na escola

É fundamental que, como membros da equipe de coordenação, fa-


çamos um mapeamento da equipe em que estamos inseridos(as)
e lideramos, para identificar as necessidades formativas do corpo
docente. Por outro lado, devemos também cuidar da nossa própria
formação continuada e buscar conhecimentos que colaborem
para nos fortalecer enquanto parceiro(a) de cada professor(a), que
poderá apoiá-lo(a) em suas escolhas didáticas e metodológicas.

Como você tem feito esse diagnóstico? O que tem dado certo?
O que precisa ser aprimorado no processo formativo de profes-
sores(as) e, por que não, do seu próprio fazer formativo? Vamos
refletir que, para planejar práticas pedagógicas, os(as) professo-
res(as) precisam considerar, do nível macro para o micro: a BNCC,
o currículo da rede e as alterações necessárias no Projeto Políti-
co-Pedagógico das escolas. Além disso, no âmbito escolar, pre-
cisamos considerar os conhecimentos e as necessidades dos(as)
estudantes, bem como as condições de trabalho. Portanto, é
necessário que os(as) professores(as) possam incorporar em sua
prática uma nova forma de conceber suas aulas.

Vamos refletir um pouco mais sobre as necessidades formativas


analisando três travessias que a BNCC convida a fazer.

22
As três travessias

Vou falar brevemente sobre cada uma delas. Sugiro que registre
em seu caderno se concorda ou não com cada uma delas e quais
acrescentaria, considerando a observação do contexto escolar e
suas experiências.

Travessia 1: Do foco no cognitivo para a formação integral e integrada

A formação integral é um dos pilares fundamentais da BNCC. Entre seus inúmeros


significados, é importante destacar dois: essa formação integral precisa ser a meta
principal da escola e o(a) estudante precisa estar no centro do processo. Para atingir
esse propósito, é necessário que o ensino e a aprendizagem sejam pensados à luz do
desenvolvimento de competências cognitivas e socioemocionais.

Em resumo, as experiências educativas não podem mais estar centradas exclusi-


vamente nos aspectos cognitivos: deve-se ensinar Matemática e simultaneamente
desenvolver a determinação e a persistência por meio da resolução de problemas;
deve-se ensinar Língua Portuguesa e suas práticas de linguagem contemporâneas, ao
mesmo tempo que se fomenta a postura de estar aberto para o novo, a criatividade e
o pensamento crítico. Dessa forma, as intencionalidades e práticas pedagógicas estão
a serviço: (i) do desenvolvimento pleno, que considera o(a) estudante em suas dimen-
sões intelectual, física, cultural, social e emocional e implica o reconhecimento e a
valorização de suas experiências, seus contextos e modos de perceber a vida e (ii) de
uma formação para a autonomia, que tenha as competências gerais da BNCC como
seu farol orientador.

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Travessia 2: Dos conteúdos para as competências

Se antes o foco estava em criar estratégias para que os(as) estudantes aprendessem
conteúdos, com a BNCC e os novos currículos referenciais os(as) professores(as) precisam
elaborar propostas didáticas com o objetivo de desenvolver competências que congre-
gam conhecimentos, habilidades, atitudes e valores e assegurem os direitos de apren-
dizagem aos(às) estudantes do país. Isso significa dizer que os conteúdos disciplinares
deverão se constituir em um meio, ou seja, em um suporte para a construção de compe-
tências, e não em um fim em si. Antes, cada professor(a) guiava seu planejamento apenas
por uma lista de conteúdos que deveriam ser trabalhados em sua disciplina e estava ge-
ralmente muito sozinho(a) em sua prática. Agora, para tramar uma rede de competências
e habilidades a serem desenvolvidas por estudantes, cada educador(a) precisa manter no
radar o ser humano integral que está sendo formado na escola e, assim, selecionar os ob-
jetos de conhecimento que melhor contribuirão para a construção dessas competências
e habilidades. Passa a ser tarefa coletiva criar caminhos para a construção da ação peda-
gógica docente que engloba estratégias e novas metodologias de ensino e avaliação que
desafiem os(as) estudantes e possibilitem que eles(as) mobilizem e coloquem em prática
os conhecimentos já assimilados e busquem novos conhecimentos para resolver diversos
tipos de situação.

Travessia 3: Da lógica disciplinar para a lógica integrada

Assim como o trabalho por competências e habilidades, a organização do currículo por


áreas de conhecimento é uma estratégia fundamental para superar a fragmentação dos
saberes. Ela não nega as disciplinas, apenas reconfigura seu papel. Dessa forma, os dife-
rentes conhecimentos disciplinares precisam confluir para a construção dos campos de
conhecimento, que favorecem a aprendizagem significativa e reduzem o caráter abstrato
comumente atribuído ao que se aprende na escola. Compreender a integração curricular
demanda ampliar nosso olhar para possibilidades que vão muito além da integração por
tema, para que possamos proporcionar oportunidades de aprendizagem verdadeiramente
significativas e potentes para os(as) estudantes, ou seja, que trabalhem diversos conheci-
mentos de uma área que dialoguem com situações reais e façam sentido para eles(as). As
metodologias ativas, como a aprendizagem baseada em projetos, são as maiores aliadas
nesse sentido. Na Educação Infantil, essa integração já está presente e precisa ser trazida
de forma ainda mais intencional pelos(as) educadores(as), pois é nessa etapa que se con-
solidam as bases para a formação integral estudantil

24
Travessia 1: Do foco no cognitivo para a formação integral e integrada

Compreender a integração curricular demanda ampliar nosso olhar para


possibilidades que vão muito além da integração por tema, para que
possamos proporcionar oportunidades de aprendizagem verdadeiramente
significativas e potentes para os(as) estudantes, ou seja, que trabalhem
diversos conhecimentos de uma área que dialoguem com situações reais
e façam sentido para crianças e jovens. As metodologias ativas, como a
aprendizagem baseada em projetos, são as maiores aliadas nesse sentido.

Travessia 2: Dos conteúdos para as competências

Essa nova lógica demanda dos(as) professores(as) a realização de plane-


jamento integrado com seus pares, o que, por sua vez, demanda de todos
muita colaboração e comunicação assertiva. Ou seja, as competências socio-
emocionais passaram a ser objetivos de aprendizagem não apenas dos(as)
estudantes, mas de todos da comunidade escolar.

Para de fato integrar, todos(as) precisam dialogar e negociar pontos de vista


em busca de consenso. Antes, cada professor(a) se guiava em seu planeja-
mento apenas por uma lista de conteúdos que deveriam ser trabalhados em
sua disciplina, e estava geralmente muito sozinho em sua prática. Agora, para
tramar uma rede complexa de competências e habilidades a serem desen-
volvidas pelos(as) estudantes, cada área do conhecimento precisa manter no
radar o ser humano integral que está sendo formado na escola.

Travessia 3: Da lógica disciplinar para a lógica integrada

As duas travessias anteriores culminam nesta terceira. Este é o


grande objetivo: proporcionar uma formação integral e integrada
para todos(as). Se pensarmos sob a perspectiva da homologia de
processos enquanto gestor(a), isso significa praticar uma gestão
democrática, que dê vez e voz a todos(as) da comunidade escolar,
que considere a integralidade de cada ator/atriz que compõe essa
comunidade e seu projeto de vida.

25
Temas em destaque

Caro(a) colega, quando enfatizamos o uso do Percurso nas forma-


ções é porque ele traz, de maneira intencional, em seu conteúdo
as discussões mais caras às inovações para a Educação. Esses
temas tratam do debate sobre o desenvolvimento integral do(a)
estudante e do trabalho com foco no desenvolvimento de habili-
dades, no caso do Ensino Fundamental, bem como da garantia de
direitos e dos objetivos de aprendizagem e desenvolvimento da
Educação Infantil.

Nesse sentido, gostaríamos de compartilhar alguns materiais que


colaboraram para nossos estudos sobre temas muito pertinentes
ao contexto de implementação da Base Nacional Comum Curricu-
lar e nos ajudaram a sistematizar as travessias. É possível clicar em
cada item da lista a seguir e acessar os materiais de apoio para os
estudos de cada assunto.

Educação integral e o ser integrado

Aprendizagem centrada no estudante

A visão do ensino por campos de experiência e

área de conhecimento

O trabalho com base no desenvolvimento de competências

A integração curricular

O potencial da Comunidade de Aprendizagem na escola

26
Você pode explorar esses materiais à medida que sentir necessi-
dade. Mas fique tranquilo, esses assuntos perpassam o Percurso
Formativo e você vai significá-los de acordo com as ações formati-
vas que forem promovidas na escola e, mais ainda, em sua prática
diária.

Pratique!
Faça uma breve pausa para realizar uma autoavaliação e registre
em seu Caderno de Estudos alguns tópicos que julgar pertinentes
para sua própria formação, a fim de que possa apoiar ainda mais
sua equipe. Para isso, sugerimos que considere:

z temas que possam guiar seu olhar ao explorar o Percurso Formativo;

z ideias de como estabelecer/aprimorar um fluxo de trabalho colaborativo,


promovendo um ambiente em que todos(as) se sintam igualmente rele-
vantes e pertencentes.

Mão na massa: navegando no Percurso

Parabéns pela dedicação em sua autoavaliação. A ideia agora é


continuar mapeando as necessidades formativas, mas com foco
no time docente liderado por você. Para isso, convidamos você
a navegar pelo Percurso em busca de atividades que colaborem
para a avaliação diagnóstica de cada tópico abordado.

Gostaríamos de chamar sua atenção para uma atividade da pauta


BNCC e o currículo. Se você correr a página para baixo, vai encon-
trar botões que levam para cada atividade. Clique na Atividade 2.

27
28
Perceba que esse tipo de atividade tem como foco o levantamen-
to de conhecimentos prévios. Ela pode ser usada como avaliação
diagnóstica, tanto para você quanto para seu time docente. Então,
quando for fazer suas escolhas e planejar as formações, faça o le-
vantamento de temas de interesse e opte por aplicar as atividades
de levantamento de conhecimentos prévios primeiro.

Com a intenção de apoiar sua compreensão e a ampliação de pos-


sibilidades dos usos das diferentes pautas do Percurso Formativo,
sugerimos a seguinte prática.

29
Pratique!
Explore o Anexo e selecione alguns materiais que deseja explorar,
classificando-os em ordem de prioridade. Atenção: avalie, nessa
navegação pelo Percurso Formativo, quais assuntos são mais
desafiadores para seu time docente. Esse mapeamento é o ponto
de partida para, em seguida, poder registrar uma proposta para
os encontros formativos que você vai organizar. Esse será o tema
do capítulo 3. Reserve um tempo para realizar a atividade a seguir
com foco e dedicação necessários.

Dica: Para sistematizar esse diagnóstico, você pode registrar listas,


uma tabela, um mapa mental etc. Identifique a melhor estratégia para
você, considerando a complexidade do time que lidera (se for apenas
de uma etapa, se for mais de uma etapa, por exemplo). Não economi-
ze na criatividade e use recursos, como canetas coloridas, que ajudem
a visualizar mais facilmente o todo e o específico.

Compartilhando prática

Atualmente, sou responsável por coordenar as equipes de Educa-


ção Infantil e de Linguagens dos Anos Iniciais do Ensino Funda-
mental. Gostaria de compartilhar com você como foi meu proces-
so de estudo e a elaboração do plano de formação docente com
base nos materiais do Percurso Formativo.

Primeiramente, desenhei as trilhas que gostaria de seguir com


meu time. Fiz isso durante minha navegação pelo Percurso e o
estudo dos materiais que me interessavam, ou seja, que estavam
de acordo com meu escopo como formadora e com as necessida-
des formativas que eu havia mapeado em diálogo com a equipe
docente. Observe a seguir.

30
PERCURSOS FORMATIVOS

Conceitos-chave
BNCC e o currículo

Itinerário da Educação Infantil Itinerários do Ensino Fundamental

(por área do conhecimento)


Introdução
Competências gerais da
Introdução
Educação Infantil
Competências gerais do
Ensino Fundamental

Trilha 1 Criança no centro do planejamento curri-


cular + escuta, planejamento, reflexão e avaliação
Linguagens
Trilha 2 Eixos estruturantes e direitos de aprendi- Introdução:
zagem e desenvolvimento + a rotina como promotora
de aprendizagens a partir de experiências
As linguagens e o cotidiano
Competências da BNCC
Trilha 3 Campos de experiências e práticas peda-
gógicas + planejamento de práticas pedagógicas

Trilha 4 Tempos, espaços, materiais e documenta-


Anos Iniciais
ção pedagógica + projetos de investigação

Língua Portuguesa

Trilha 1 Teoria: Língua Portuguesa no 1º e 2º ano


Prática A: vivências de linguagem e os processos de alfabetização e letramento no 1º e 2º anos do
Ensino Fundamental
Prática B: Os processos de alfabetização e letramento no contexto das práticas de linguagem
propostas para o 1º e o 2º ano do Ensino Fundamental

Trilha 2 Teoria: Alfabetização e letramento


Prática: Gêneros orais para o desenvolvimento das competências linguísticas e das práticas de
linguagem

Trilha 3 Teoria: Língua Portuguesa para 3º a 5º ano


Prática: Análise linguística e semiótica: compreendendo o ensino da linguagem em uso

Trilha 4 Teoria: Ler e escrever


Prática: As etapas do processo de produção de textos e as habilidades envolvidas nesse processo
31
E para colaborar mais um pouco com seus estudos e planejamen-
to da formação docente, vou compartilhar dois textos que siste-
matizei com base em minhas leituras de aprofundamento e que
vou usar na formação dos(as) professores(as) que coordeno.

Educação Infantil: esse documento traz uma linha do tempo dos marcos históri-
cos da Educação Infantil e destaca as especificidades dessa etapa de ensino.

Ensino Fundamental: esse anexo propõe uma reflexão sobre as diversas traves-
sias existentes dentro do Ensino Fundamental e aborda a questão das áreas do
conhecimento dessa etapa, buscando dar dicas sobre os desafios dessa etapa,
desde os Anos Iniciais até os Anos Finais.

Acrescento que o Instituto Reúna preparou este vídeo apresen-


tando a plataforma do Percurso Formativo. Também produziu um
webinar para mostrar a proposta do Percurso em Educação Infantil
e dialogar sobre as especificidades da BNCC para essa etapa, além
de ter lançado outros vídeos sobre a proposta do percurso para as
áreas do conhecimento do Ensino Fundamental, disponíveis aqui.

32
3. Planejando
a formação

O Percurso Formativo assume como pressupostos os princípios


de qualidade presentes nas formações continuadas consideradas
eficazes, conforme estudo realizado pela Fundação Carlos Chagas,
bem como aspectos da Base Nacional Comum de Formação Do-
cente, em especial as dimensões do conhecimento profissional,
da prática profissional e a do engajamento profissional. É muito
importante você ter esses princípios em mente, pois ajudam na
realização de formações melhores.

No Percurso Formativo, foram considerados os seguintes


pressupostos de qualidade:

A escolha das temáticas e a definição dos objetivos de aprendizagem da


formação consideram a coerência com os desafios colocados pelo processo
de implementação da BNCC.

A duração sugerida para o trabalho com cada pauta e a somatória de todo o


Percurso Formativo reforçam o pressuposto de que a formação continuada
precisa ser pensada de forma prolongada, envolvendo espaços intensos e
constantes de encontros formativos.

Os contextos formativos propostos nas diferentes pautas colocam em rele-


vância a construção de saberes sobre o conhecimento pedagógico, envol-
vendo professores(as) e educadores(as) em constantes situações nas quais
ampliam e aprofundam seus saberes sobre estratégias que podem apoiar as
aprendizagens de estudantes em cada etapa do ensino e cada área e seus
componentes.

Ainda sobre os contextos, promovem a participação coletiva e o engaja-


mento de professores(as) e educadores(as) por meio de métodos ativos de
aprendizagem.

33
Bem, você já sabe de seu papel de liderança pedagógica da es-
cola, certo? Reconhecendo que você enfrenta muitos desafios em
sua rotina, acreditamos que a estrutura do Percurso Formativo vai
ajudá-lo a planejar e conduzir o desenvolvimento profissional de
sua equipe, considerando os diferentes segmentos e as áreas de
atuação, assim como as individualidades dos professores.

Pense naquilo que você acredita ser a melhor forma de levar para
esse grupo específico as reflexões sobre o momento de mudanças,
as discussões curriculares que vivenciamos nos últimos anos com
a aprovação da BNCC e a construção dos novos currículos, relacio-
nando-as ao Projeto Político-Pedagógico de sua escola. Essa etapa
envolve pensar em tempos, espaços, recursos e outras variantes.

Para montar esse quebra-cabeça, sugerimos que considere realizar


alguns movimentos, que sistematizamos a seguir.

Observe como as propostas pedagógicas presentes no Projeto Político-Peda-


gógico (PPP) de sua escola orientam a formação integral dos(as) estudantes e
o trabalho baseado nos direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimen-
to na Educação Infantil, bem como as competências e habilidades no Ensino
Fundamental.

34
Verifique as necessidades formativas do seu grupo docente. Isso pode ser feito
em momentos de observação das práticas pedagógicas desenvolvidas pelos(as)
professores(as), dos registros e das avaliações de estudantes, por meio de planeja-
mentos de professores(as) ou de questionários aos quais possam responder sobre
os pontos de melhoria e aprofundamento que julgam necessários em sua forma-
ção. Outra possibilidade de conhecer essas necessidades é por meio de uma roda
de conversa em que os(as) educadores(as) possam expor suas necessidades e seus
interesses de aprofundamento.

Estabeleça a duração da formação (total e por encontro). À medida que você se


apropriar das pautas do Percurso Formativo, perceberá que elas foram elabora-
das prevendo uma formação de 4 a 8 horas. Se você já disponibiliza esse tempo
para a formação, poderá utilizar as pautas exatamente como estão propostas. Do
contrário, será necessário ajustar as pautas para adequá-las à sua realidade.
Por exemplo, a pauta 3 de Educação Infantil, que trata sobre os campos de ex-
periência, está prevista para ser desenvolvida em 6 horas. Se em sua escola você
só tem 2 horas disponíveis para cada encontro, é possível desenvolvê-la em três
momentos diferentes, respeitando sempre a organização sequencial sugerida.

Elabore o fio condutor com temas e objetivos de aprendizagem de cada en-


contro. Proporcionar momentos formativos dentro da escola para os(as) educa-
dores produzirem e refletirem sobre seus planejamentos e práticas é uma ótima
estratégia para compreender, tirar dúvidas e se aprimorar quanto à incorporação
em sua prática dos pressupostos da BNCC e dos currículos. Algumas pautas do
Percurso Formativo propõem uma série de atividades centradas no ato de plane-
jar, que poderão auxiliá-lo nesse trabalho com os(as) professores de sua escola.

Considere o número de participantes para fazer as melhores escolhas. Algumas


atividades pressupõem trabalhos individuais, em duplas, trios ou grupos maiores.
Dependendo do tamanho da equipe, algumas delas precisarão ser ajustadas, de
modo que se viabilize sua realização.
Por exemplo, na atividade 2, da pauta 1 de Ciências dos Anos Finais – Investigação
e experimentação, do Percurso Formativo Primeiros Passos, é proposto o uso da
estratégia de rotação por estações organizadas em quatro grupos. Isso pressu-
põe que haja pelo menos oito participantes na formação para que os organize
em duplas. Caso sua formação não conte com esse número de participantes,
poderá reorganizar a atividade para que possam passar por todas em um único
grupo. Vale dizer que muitas pautas que propõem atividades em grandes grupos
dão possibilidades de adaptação.

35
Antes de seguir seus estudos, pare e reflita: é você quem vai liderar uma
trajetória de formação do corpo docente com os seguintes objetivos gerais:

Criar contextos que apoiem os(as) professores(as) na construção de novos


referenciais para seu trabalho alinhados à BNCC e aos currículos.

Apoiar os(as) professores(as) para que possam conhecer e fazer uso dos
marcos conceituais da BNCC e dos currículos na organização do cotidiano e
nos planejamentos das práticas pedagógicas.

Criar oportunidades para que os(as) professores(as) possam ampliar ou


aprofundar suas competências de: antecipar, estabelecer relações, saber
explicar o que fazer, fazer escolhas mais ativas, selecionar ações entre
diversas possibilidades, aprimorar seu saber sobre a prática pedagógica e
compreender seus fundamentos.

Mão na massa: a ação formativa na escola

A tarefa de formar professores de diferentes etapas, áreas e


componentes para implementação das inovações necessárias não
é fácil. Por isso, agora vamos ajudar você a estruturar um planeja-
mento da formação docente que você quer realizar na escola. Para
“aquecer”, propomos um exercício prático.

36
Pratique!
Explore a atividade Jogo das competências gerais, da pauta Desven-
dando as competências gerais, e faça um rascunho de um momento
formativo em que pudesse aplicar esta atividade. Para isso, observe
o tempo sugerido, os materiais necessários, os objetivos de apren-
dizagem e elabore em seu Caderno de Estudos uma tabela com as
seguintes definições:

Data e horário Recursos necessários


Objetivo(s) de
da formação Participantes (materiais, instrumentos
aprendizagem
(início e fim) tecnológicos etc.)

Reflita: você acha que


esta atividade pode-
ria ajudar a levantar
conhecimentos prévios
e realizar a avaliação
diagnóstica do seu time
com relação ao tema
abordado?

E então, fez sentido esse exercício? Ajudou a começar a aterrissar


o Percurso no chão da sua escola? Então, retome o mapeamento
das necessidades formativas que você registrou ao final do capí-
tulo 2 e analise: existem temas que podem ser trabalhados com
todos? O planejamento, por exemplo. Ou existem temas que, ao
serem trabalhados dentro de um grupo heterogêneo, podem pos-
sibilitar conexões e interações ainda mais interessantes?

Lembre-se de que você não precisa, necessariamente, separar os


grupos de professores(as) nas formações de acordo com séries ou
segmentos em que atuam. Você, coordenador(a) pedagógico(a),
é o(a) líder do processo de formação continuada no ambiente
escolar e pode experimentar novas composições e estratégias.
Essa complexidade que se abre ao “sair da caixinha” pode parecer
assustadora, mas o resultado dessas inovações será muito provei-
toso para todos.

37
Aterrissando o Percurso na sua escola

Atenção! É importante que você inicie o aprofundamento em cada


uma das pautas e atividades e registre seu plano de formação
docente. E para que você comece a “descer” o Percurso Formativo
para a realidade de vocês, vamos trazer algumas dicas e pontos de
apoio.

Dica 1 Observe as orientações de cada pauta, pois descrevem


como se preparar para ela.

Dica 2 É importante considerar como cada momento da


formação garantirá que os(as) professores(as) possam: refletir,
ampliar e/ou desenvolver relações entre conteúdo e prática; es-
tudar, refletir, discutir e resolver situações-problema, quando esse
for o caso, em conjunto; ser protagonistas do processo formativo,
colocando-os(as) em situações de aprendizagem significativas por
meio do trabalho coletivo, do engajamento, da conexão entre os
aprendizados da formação com a sala de aula, etc. Assim, se existir,
por exemplo, uma atividade mais expositiva na pauta, pondere
sobre a possibilidade de transformá-la numa aula invertida, isto é,
em oferecer um material de estudo antes para a equipe, propondo
reflexões e conexões entre o conteúdo e a prática. Lembre-se de
que o importante é garantir que o centro desse processo de apren-
dizagem seja o(a) professor(a), levando em consideração suas
experiências e sua prática docente.

38
Dica 3 Ao dividir a execução de uma pauta formativa em mais
de um encontro, procure sempre investigar quais atividades da
pauta podem ser realizadas a distância. Ainda, indique materiais
ou provocações para reflexão e estudo entre um encontro e outro.
A “lição de casa” é uma estratégia didática muito importante na
formação docente, porque ajuda a efetivar sua continuidade, além
de fortalecer a busca pela autoformação.

Dica 4 As reflexões para o fechamento das discussões são


sempre importantes. Se a mesma pauta for aplicada em diferentes
encontros, lembre-se de fazer esse fechamento em cada um des-
ses momentos. Vale lembrar que, ao final de uma pauta formativa,
é imprescindível avaliar e propor encaminhamentos futuros, que
vão culminar em ações práticas ou que serão trazidos nos encon-
tros formativos seguintes.

Dica 5 Se você antevê que será um desafio engajar os(as)


professores(as) nessa empreitada, as pautas do Percurso Formati-
vo propõem, ao fim de cada atividade, as caixas intituladas Antes
de prosseguir..., garantindo não apenas a consolidação e cone-
xões entre as aprendizagens mobilizadas, mas também chaves de
leitura, provocações para reflexão e sugestões de leitura, a fim de
auxiliar na promoção do engajamento do grupo.

39
Chegou o grande momento de organizar e registrar uma proposta de formação
continuada, buscando no Percurso Formativo as pautas que permitirão colocá-la em
prática ao longo do ano. Para isso, considere os seguintes pontos:

1 Abra uma planilha para registrar todas as informações necessá-


rias. Veja o modelo comentado que sugerimos.

Dia do encontro Horário de Local e número Objetivos Recursos Quem vai liderar
formativo início e fim de participantes necessários e apoiar

De acordo com Ajuda a Qual espaço da Elenque Pessoal, Este campo vai
o calendário pactuar a escola (ou fora os temas e material ser retomado no
escolar. gestão de dela) é adequado objetivos de tecnológico. Capítulo 4.
tempo. para o número aprendizagem.
de participantes
e as estratégias
formativas.

Insira quantas linhas forem necessárias.

2 Tenha em mãos seu Caderno de Estudos com o mapeamento das


necessidades formativas que você registrou, o calendário escolar
com o cronograma de tempos voltados para formação docente e
o arquivo Detalhamento do Percurso Formativo.

3 Rascunhe um plano de formação docente, considerando as


adaptações necessárias para adequar o Percurso Formativo aos
tempos e espaços formativos disponíveis em seu contexto.

4 Mostre o plano para um(a) colega da equipe gestora que possa


atuar como leitor(a) crítico(a) e trazer sugestões.

40
O potencial da Comunidade de Aprendizagem

Plano registrado? Então, o último passo é o engajamento!

As inovações propostas pela BNCC podem ser vistas, sob um olhar


panorâmico, como um convite à Comunidade de Aprendizagem,
na medida em que visa o desenvolvimento integral de todos os
atores que compõem a comunidade escolar. Por isso, convidamos
você a aproveitar ao máximo o potencial do time que lidera. Leia
alguns trechos inspiradores sobre esse tema e acesse os materiais
integrais nos links indicados na nota de rodapé.

Os participantes de uma comunidade de aprendizagem se conec-


tam em torno de um propósito comum: transformar a escola, pela
via da participação e da colaboração. Nessa perspectiva, o aprender
é entendido como um processo coletivo e, como tal, permite que
novas possibilidades de conexões tragam à tona o conhecimento
de forma criativa e enriquecedora. Em uma comunidade de apren-
dizagem, valorizam-se os repertórios e as experiências individuais.
Um processo de geração de saber baseado no compartilhamento
amplia as oportunidades de novas descobertas e propõe caminhos
diferentes dos costumeiramente traçados. Isso porque integrantes de
uma mesma comunidade compartilham impressões, necessidades e
desafios a respeito das condições de aprendizagem de uma realidade
em comum. Além de conhecerem seu campo de atuação sob diferen-
tes perspectivas, eles podem criar soluções, aplicá-las e analisá-las a
partir dos diferentes pontos de vista e de um senso de corresponsa-
bilidade e de desenvolvimento mútuo. Ou seja, as pessoas aprendem
e se transformam coletivamente! O conhecimento e a autonomia são
construídos por meio da interação.1

INSTITUTO Iungo; INSTITUTO Reúna; ITAÚ Educação e Trabalho. Convite à comunidade de aprendizagem. Disponível em: https://
nossoensinomedio.org.br/wp-content/uploads/2021/03/FGB_C1_Texto-1.pdf. Acesso em: 13 jul. 2021.

41
Para a implantação e o fortalecimento de uma comunidade de
aprendizagem é imprescindível que as lideranças atuem numa
perspectiva de gestão democrática, que organizem uma agenda
com tempos para integração e colaboração entre todos, com
espaços formativos nos quais seja valorizada a diversidade de
culturas e repertórios de seus integrantes e potencializados os
saberes internos, por meio da formação entre pares, cuidando
sempre para promover uma comunicação assertiva e empática
que mobilize o aprender junto.2

Perceba que, sob essa perspectiva, é fundamental fazer parcerias.


Assim, a ideia é que você inclua e corresponsabilize a todos nessa
travessia que a escola está realizando. Nós, coordenadores(as),
devemos ser uma liderança que organiza e mobiliza o grupo para
avançar.

É por isso que o plano de formação só estará finalizado quando


incorporar as contribuições de cada um da comunidade e for
pactuado por todos. Então, compartilhe sua proposta de plano de
formação com os(as) professores(as) e dialogue sobre suas esco-
lhas, abra espaço para revê-las, de acordo com as observações
dos(as) docentes, e busque parceiros(as) para liderar momentos
formativos de seus pares.

Nosso Ensino Médio. Itinerário Gestores. Criar e fortalecer uma comunidade de aprendizagem. Texto de referência.
Disponível em: https://nossoensinomedio.org.br/wp-content/uploads/2021/04/IG2_C21_Texto.pdf

42
Pratique!
Para lhe ajudar na revisão final do seu plano de formação docente,
busque responder às seguintes questões:

z Quem são os(as) docentes que eu coordeno? Quais são os projetos


de vida deles?

z Quais são os interesses desse grupo? E o que mobiliza cada integrante?

z Quais são as prioridades para a formação na escola?

z Eu contemplei todas as pautas do Percurso Formativo que me


interessavam?

z Consegui cobrir todas ou a maior parte das necessidades formativas


do meu time?

Para saber mais!


Deixamos aqui mais uma dica de leitura que pode enriquecer
suas reflexões sobre o plano de formação docente: PADIAL,
Karina. 5 etapas para formação de professores decolar. Nova
Escola. Disponível em: https://novaescola.org.br/conteu-
do/7876/5-etapas-para-a-formacao-de-professores-decolar.
Acesso em: 22 jul. 2021.

43
Ao longo deste material, apresentamos a você, coordenador(a) pe-
dagógico(a), algumas possibilidades de tomar o Percurso Formati-
vo como ponto de partida, apoio e parceiro na formação continua-
da que poderá desdobrar-se no ambiente de sua unidade escolar.
Para isso, apresentamos sugestões que lhe ajudarão na aplicação
das pautas, privilegiando a organização da sua rotina como sujeito
que articula, forma e transforma as ações do grupo docente sob
sua liderança.

Desejamos que o Percurso Formativo, aliado a este material, seja


utilizado para fortalecer os momentos formativos de modo que,
em sala de aula, os(as) professores(as) garantam as aprendizagens
essenciais elencadas na BNCC a todos(as) os(as) estudantes, não
deixando nenhum para trás.

Chegamos ao final do nosso diálogo, mas apenas ao


início da formação na prática! Até a próxima e um óti-
mo trabalho para você! Agradecemos sua parceria!

44
4. Referências

BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Brasília: MEC, 2018. Disponível em: http://
basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf.
Acesso em: 26 jul. 2021.

BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. BNC-Formação Continuada. Resolução CNE/


CP nº 1, 27 de out de 2020. Disponível em: https://www.in.gov.br/web/dou/-/resolucao-
cne/cp-n-1-de-27-de-outubro-de-2020-285609724. Acesso em: 26 jul. 2021.

COHEN, Elizabeth G; LOTAN, Rachel A. Planejando o trabalho em grupo: estratégias


para salas de aula heterogêneas. São Paulo: Penso, 2017.

GÓMEZ, Allain L. F. Escola e seu território educativo. Dissertação de mestrado, UFRJ,


2017. Disponível em: https://educacaoeterritorio.org.br/wp-content/uploads/2018/05/a-
escola-e-seu-territorio-educativo.pdf. Acesso em: 26 jul. 2021.

MORAES, André; CAVALCANTI, Larissa. Tomar notas, estratégias de aprendizagem


com anotações. Recife: Pipa Comunicação, 2016. Disponível em: https://www.
pipacomunica.com.br/livrariadapipa/produto/tomar-notas-estrategias-de-
aprendizagem-com-anotacoes/. Acesso em: 26 jul. 2021.

MORAN, José. A importância de construir Projetos de Vida na Educação. Disponível


em: http://www2.eca.usp.br/moran/wp-content/uploads/2017/10/vida.pdf. Acesso em: 26
jul. 2021.

MORICONI, Gabriela Miranda (coord.). Formação continuada de professores:


contribuições da literatura baseada em evidências. São Paulo: FCC, 2017.

MOVIMENTO PELA BASE. Competências Gerais da BNCC. Disponível em: https://


movimentopelabase.org.br/acontece/competencias-gerais-de-bncc/?gclid=CjwKCAj
wr56IBhAvEiwA1fuqGhbW4eWrYyrv1ZlZsXedEXJruWQEtPNU_WNuWduQZ9v_oB-5_
Me6eBoCgXMQAvD_BwE . Acesso em: 26 jul. 2021.

45
MOVIMENTO PELA BASE. Critérios da formação continuada dos referenciais
curriculares alinhados à BNCC. In: Materiais para ajudar secretarias e gestores. 2019.
Disponível em: http://movimentopelabase.org.br/wp-content/uploads/2019/01/PDF-
Crit%C3%A9rios-de-Forma%C3%A7%C3%A3o-v6-final.pdf. Acesso em: 26 jul. 2021.

NÓVOA, Antonio. Para uma formação de professores construída dentro da profissão.


In: Revista Educación, n. 350, 2009. Disponível em: http://www.revistaeducacion.
educacion.es/re350/re350_09por.pdf. Acesso em: 26 jul. 2021.

PERCURSO Formativo. São Paulo: Instituto Reúna, 2019. Disponível em: https://o.
institutoreuna.org.br/projeto/percurso-formativo/. Acesso em: 26 jul. 2021.

SAMIA, Mônica. Princípios que orientam a prática. In: Formar para transformar: o caso
do município de Irecê. Avante Educação e Mobilização Social. Salvador: 2011. Disponível
em: https://issuu.com/paralapraca/docs/principios_que_orientam_a_pratica. Acesso
em: 26 jul. 2021.

SINGER, Helena (org.). Territórios educativos: experiências em diálogo com o Bairro-


Escola. São Paulo: Moderna, 2015.

ZABALA, A.; ARNAU, L. Como aprender e ensinar competências. Porto Alegre: Artmed,
2010.

46
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