Atos Administrativos...
Atos Administrativos...
Atos Administrativos...
Competência - é o poder que o agente administrativo deve dispor para validade praticar o
ato, ou seja, para desempenhar especificamente suas funções. A competência resulta da lei e
por ela é delimitada. Significa dizer que todo ato emanado de agente incompetente, ou
realizado além dos limites de que dispõe a autoridade incumbida de sua prática é inválido
por lhe faltar um elemento básico de sua perfeição.
Forma - sabe-se que enquanto a vontade dos particulares pode manifestar-se livremente, a
da Administração exige formas especiais e forma legal para ser válida. A inexistência da
forma induz a inexistência do ato administrativo, sendo que para a Administração, via de
regra, a forma é a escrita.
Quando revestido de todos os seus requisitos formais e materiais, o ato administrativo se diz
eficaz; todavia, pode apresentar vícios ou defeitos, cuja gravidade enseja a seguinte
classificação para os atos mal formados:
Inexistência;
Nulidade;
Anulabilidade;
Irregularidade.
Ato inexistente é aquele cuja existência é mera aparência, por exemplo, o ato praticado por
usurpador de função pública.
Ato nulo é aquele que apresenta vícios insanáveis de legitimidade, relativos aos requisitos
de validade.
Ato anulável é aquele em que a vontade do agente se mostra violada por erro, dolo, coação
ou simulação, vigorando até que, eventualmente, seja promovida a declaração de sua
invalidade.
Entretanto, há que se ressalvar que tais atos administrativos devem ser precedidos de
notificação, e em determinados casos, onde não haja perigo iminente para a sociedade,
garantir-se o contraditório e a ampla defesa.
Os atos administrativos devem ser convenientes, oportunos e legítimos, e quando isso não
ocorre, devem ser desfeitos pela própria Administração ou pelo Poder Judiciário, sempre
que se revelarem inadequados aos fins visados pelo Poder Público ou contrários às normas
legais que os regem.
Art. 53. A Administração deve anular seus próprios atos, quando eivados de vício de
legalidade, e pode revogá-los por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os
direitos adquiridos.
Art. 55. Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nem
prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados
pela própria Administração.
É assente também na doutrina a noção de que os efeitos dos atos revogados pela
Administração permanecem válidos ao tempo de sua vigência, ou seja, consideram-se
válidos os efeitos produzidos pelo ato revogado até o momento da revogação, quer quanto
às partes, quer em relação a terceiros sujeitos aos seus efeitos reflexos.
3.1. Princípios básicos da administração pública - parte 1
Todo e qualquer sistema organizado possui os seus princípios básicos, assim é nos
fenômenos naturais e nos fenômenos humanos.
As ciências, de modo geral, fixam e utilizam princípios, que servirão para explicar e melhor
compreender os fatos.
Princípios Constitucionais: L I M P E
Legalidade
É o princípio básico de todo o Direito Público. A doutrina costuma usar a seguinte
expressão: na atividade particular tudo o que não está proibido é permitido, na
Administração Pública tudo o que não está permitido é proibido.
O administrador está rigidamente preso à lei e sua atuação deve ser confrontada com
a lei.
Impessoalidade
Significa que o administrador deve orientar-se por critérios objetivos, não devendo fazer
distinções fundamentadas em critérios pessoais. Toda a atividade da Administração
Pública deve ser praticada tendo em vista a finalidade pública.
Se não visar o bem público, ficará sujeita à invalidação, por desvio de finalidade. É em
decorrência desse princípio que temos, por exemplo, o concurso público e a licitação.
Moralidade
O Direito Administrativo elaborou um conceito próprio de moral, diferente da moral
comum. A moral administrativa significa que o dever do administrador não é apenas
cumprir a lei formalmente, mas cumprir substancialmente, procurando sempre o melhor
resultado para a administração. Pressuposto de validade de todo ato da Administração
Pública tem a ver com a ética, com a justiça, a honestidade, a conveniência e a
oportunidade.
Publicidade
Requisito da eficácia e moralidade, pois é através da divulgação oficial dos atos da
Administração Pública que ficam assegurados o seu cumprimento, observância e
controle. Destina-se, de um lado, à produção dos efeitos externos dos atos administrativos.
Existem atos que não se restringem ao ambiente interno da administração porque se
destinam a produzir efeitos externos – daí ser necessária a publicidade.
Eficiência
Exige resultados positivos para o serviço público e satisfatório atendimento das
necessidades dos administrados. Trata-se de princípio meramente retórico. É possível, no
entanto, invocá-lo para limitar a discricionaridade do Administrador, levando-o a escolher
a melhor opção.
Presunção de legitimidade
Os atos da Administração presumem-se legítimos, até prova em contrário (presunção
relativa ou juris tantum – ou seja, pode ser destruída por prova contrária.)
Finalidade
Toda atuação do administrador se destina a atender o interesse público e garantir
a observância das finalidades institucionais por parte das entidades da Administração
Indireta. A finalidade pública objetivada pela lei é a única que deve ser perseguida pelo
administrador.
Autotutela
A Administração tem o dever de zelar pela legalidade e eficiência dos seus próprios atos. É
por isso que se reconhece à Administração o poder e dever de anular ou declarar a
nulidade dos seus próprios atos praticados com infração à Lei.
1. A administração não precisa ser provocada ou recorrer ao Judiciário para
reconhecer a nulidade dos seus próprios atos;
2. A administração pode revogar os atos administrativos que não mais atendam às
finalidades públicas – sejam inoportunos, sejam inconvenientes – embora legais;
3. Em suma, a autotutela se justifica para garantir à Administração: a defesa da
legalidade e eficiência dos seus atos; nada mais é que um autocontrole.
Razoabilidade
Os poderes concedidos à Administração devem ser exercidos na medida necessária ao
atendimento do interesse coletivo, sem exageros.
Exige proporcionalidade entre os meios de que se utilize a Administração e os fins que ela
tem que alcançar. Agir com lógica, razão, ponderação. Atos discricionários.
Princípios gerais
Legalidade
Na atividade particular tudo o que não está proibido é permitido; na Administração Pública
tudo o que não está permitido é proibido. O administrador está rigidamente preso à lei e sua
atuação deve ser confrontada com a lei.
Impessoalidade
O administrador deve orientar-se por critérios objetivos, não fazer distinções com base em
critérios pessoais. Toda atividade da Administração Pública deve ser praticada tendo em
vista a finalidade pública.
Moralidade
Publicidade
Requisito da eficácia e moralidade, pois é através da divulgação oficial dos atos da
Administração Pública que ficam assegurados o seu cumprimento, observância e controle.
Eficiência
Presunção de legitimidade
Finalidade
Autotutela
Ocorre o abuso de poder quando a autoridade, embora competente para a prática do ato,
ultrapassa os limites de sua atribuição (excesso) ou se desvia das finalidades administrativas
(desvio) ou se omite de seu dever (omissão).
O uso do poder é lícito; o abuso, sempre ilícito. Daí por que todo ato abusivo é nulo, por
excesso ou desvio de poder.
Excesso de poder
Ocorre quando a autoridade, embora competente para praticar o ato, vai além do permitido
e exorbita no uso de suas faculdades administrativas.
Verifica-se esta espécie de abuso quando a autoridade, embora atuando nos limites de sua
competência, pratica o ato por motivos ou com fins diversos dos objetivados pela lei ou
exigidos pelo interesse público.
Omissão da administração
Poderes administrativos
Poder vinculado – É aquele que a lei atribui à administração, para o ato de sua
competência, estabelecendo elementos e requisitos necessários para a sua
formalização.
A norma legal condiciona a expedição do ato aos dados constantes de seu texto. A
administração fica sem liberdade para a expedição do ato. É a lei que regula o
comportamento a ser seguido. Ex.: aposentadoria compulsória aos 70 anos.
Poder discricionário – É a faculdade conferida à autoridade administrativa para,
diante de certa circunstância, escolher uma entre várias soluções possíveis. Há
liberdade na escolha de conveniência e oportunidade. Ex.: pedido de porte de armas
– a administração pode ou não deferir o pedido após analisar o caso.
Poder hierárquico – É o poder “através do qual os órgãos e respectivas funções são
escalonados numa relação de subordinação e de crescente responsabilidade”.
Referência:
A EC 19, por exemplo, estabeleceu que a Lei poderá estabelecer requisitos diferenciados de
admissão, de acordo com a complexidade do cargo ou emprego. Já a EC 20 trouxe
modificações pertinentes à Previdência Social, distinguindo o servidor titular de cargo
efetivo dos demais servidores, titulares de outros cargos ou empregos públicos. E a EC 41,
por sua vez, trouxe novas e significativas alterações na parte relativa ao teto remuneratório e
ao sistema de previdência social.
Classificação na Constituição
Pode-se ainda estabelecer quatro (4) espécies de servidores públicos em sentido amplo:
1. Agentes Políticos;
2. Servidores Públicos estatutários;
3. Empregados Públicos;
4. Contratados por tempo determinado.
Agentes Políticos
Agente político é uma espécie do gênero “agente público”, expressão esta que engloba toda
e qualquer pessoa que, de qualquer maneira e a qualquer título, exerce uma função pública,
ou seja, pratica atos imputáveis ao Poder Público, tendo sido investido de competência para
isso.
“Agentes políticos são os titulares dos cargos estruturais à organização política do País, ou
seja, ocupantes dos que integram o arcabouço constitucional do Estado, o esquema
fundamental do Poder. Daí que se constituem nos formadores da vontade superior do
Estado. São agentes políticos apenas o Presidente da República, os Governadores, Prefeitos
e respectivos vices, os auxiliares imediatos dos Chefes de Executivo, isto é, Ministros e
Secretários das diversas Pastas, bem como os Senadores, Deputados federais e estaduais e
os Vereadores. O vínculo que tais agentes entretêm com o Estado não é de
natureza profissional, mas de natureza política. Exercem um munus público. Vale dizer, o
que os qualifica para o exercício das correspondentes funções não é a habilitação
profissional, a aptidão técnica, mas a qualidade de cidadãos, membros da civitas e por isto
candidatos possíveis à condução dos destinos da Sociedade”. (Curso de Direito
Administrativo, Malheiros Editores, 10ª edição, 1998, pág. 151 e 152).
Os agentes políticos exercem funções públicas, que podem consistir tanto na prática de atos
políticos, quanto na prática de simples atos administrativos. Em qualquer caso, porém, não
são isentos de responsabilidade, que é algo elementar ao sistema republicano, adotado em
nossa Constituição.
Referências:
Nesse sentido, faz-se oportuno frisar que o Estado tem ao seu dispor a AUTORIDADE que
lhe é parcialmente outorgada pela sociedade, através do chamado “Contrato Social”.
Tais atos de império diferem-se dos atos de mera gestão, uma vez que nestes a
Administração Pública não se utiliza da supremacia sobre os destinatários. É o que ocorre,
por exemplo, nos atos puramente de administração de bens e serviços públicos e nos
negociais com os particulares, que não exigem coerção sobre os interessados.
“Esses atos serão sempre de administração, mas nem sempre administrativos típicos,
principalmente quando bilaterais, de alienação, oneração ou aquisição de bens, que se
igualam aos do Direito Privado, apenas antecedidos de formalidades administrativas para
sua realização (autorização legislativa, licitação, avaliação etc).”
Disposições preliminares
Art. 1º. O presente Estatuto estabelece o regime jurídico dos funcionários civis do Poder
Executivo do Estado do Paraná.
Art. 2º. Funcionário é a pessoa legalmente investida no cargo público, que percebe dos
cofres estaduais vencimentos ou remuneração pelos serviços prestados.
Art. 4º. Os cargos públicos do Poder Executivo do Estado do Paraná são acessíveis a todos
os brasileiros, preenchidas as condições prescritas em lei e regulamento.
Art. 5º. A nomeação em caráter efetivo para cargo público exige aprovação previa em
concurso publico de provas e títulos, salvo as exceções legais.
Art. 6º. É vedada a atribuição, ao funcionário, de encargos ou serviços diferentes das tarefas
próprias do seu cargo, como tal definidas em lei ou regulamento, ressalvado o caso de
readaptação por redução da capacidade física e deficiência de saúde, na forma do art. 120,
inciso I.
Referências:
Por não ocuparem cargo público e serem celetistas, não tem condições de adquirir a
estabilidade prevista no artigo 41 da C.F/88, nem podem ser submetidos ao regime de
previdência próprio dos servidores públicos, sendo enquadrado no regime geral de
previdência (INSS), como também os titulares de cargo em comissão ou temporários.
Ressalte-se que se aplica aos empregados públicos a regra do concurso ou do processo
seletivo público.
Os empregados públicos não têm estatuto próprio, sendo regulados por lei específica, a
depender da esfera de Governo que estejamos tratando, ou seja, Federal, Estadual ou
Municipal.
§ 1º Leis específicas disporão sobre a criação dos empregos de que trata esta Lei no âmbito
da Administração direta, autárquica e fundacional do Poder Executivo, bem como sobre a
transformação dos atuais cargos em empregos.
§ 2º É vedado:
a) (VETADO)
b) cargos públicos de provimento em comissão;
II. alcançar, nas leis a que se refere o § 1º, servidores regidos pela Lei nº 8.112, de 11 de
dezembro de 1990, às datas das respectivas publicações.
§ 4º (VETADO)
Art. 2º A contratação de pessoal para emprego público deverá ser precedida de concurso
público de provas ou de provas e títulos, conforme a natureza e a complexidade do
emprego.
Art. 3º O contrato de trabalho por prazo indeterminado somente será rescindido por ato
unilateral da Administração pública nas seguintes hipóteses:
III. necessidade de redução de quadro de pessoal, por excesso de despesa, nos termos da lei
complementar a que se refere o art. 169 da Constituição Federal;
Art. 4º Aplica-se às leis a que se refere o § 1º do art. 1º desta Lei o disposto no art. 246 da
Constituição Federal.
Martus Tavares
D.O.U., 23/02/2000
Para finalizar, conclui-se que para adotar o regime de emprego público, os Estados e
Municípios terão de fazer adequações legislativas, tais como: Revisão Constitucional, para
efeito de criação da figura do emprego público; Promulgação de lei específica para
disciplinar o emprego público no âmbito da administração pública que lhe corresponde, e
autorização de abertura de quadros de empregos públicos na administração direta,
autárquica e fundacional, o que só pode ser feito se não houver impedimentos decorrentes
dos limites de gasto de pessoal fixados pela Lei de Responsabilidade Fiscal.
Referência:
a) especiais nas organizações das Forças Armadas para atender à área industrial ou a
encargos temporários de obras e serviços de engenharia; (Redação dada pela Lei nº 9.849,
de 1999).
d) finalísticas do Hospital das Forças Armadas; (Redação dada pela Lei nº 9.849, de 1999).
Art. 3º O recrutamento do pessoal a ser contratado, nos termos desta Lei, será feito
mediante processo seletivo simplificado sujeito a ampla divulgação, inclusive através do
Diário Oficial da União, prescindindo de concurso público.
no inciso IV e dos incisos V e VI, alíneas “a”, “c”, “d”, “e” e “g”, do art. 2º, poderá ser
efetivada à vista de notória capacidade técnica ou científica do profissional, mediante
análise do curriculum vitae. (Redação dada pela Lei nº 9.849, de 1999).
Art. 4º As contratações serão feitas por tempo determinado, observados os seguintes prazos
máximos:(Redação dada pela Lei nº 10.667, de 2003)
I. seis meses, nos casos dos incisos I e II do art. 2º;(Redação dada pela Lei nº 10.667, de
2003)
II. um ano, nos casos dos incisos III, IV e VI, alíneas d e f, do art. 2º;(Redação dada pela
Lei nº 10.667, de 2003)
III. dois anos, nos casos do inciso VI, alíneas b e e, do art. 2º;(Redação dada pela Lei nº
10.667, de 2003)
IV. três anos, nos casos dos incisos VI, alínea ‘h’, e VII do art. 2º; (Redação dada pela Lei
nº 10.973, de 2004)
V. quatro anos, nos casos dos incisos V e VI, alíneas a e g, do art. 2º.(Incluído pela Lei nº
10.667, de 2003)
I. nos casos dos incisos III, IV e VI, alíneas b, d e f, do art. 2º, desde que o prazo total não
exceda dois anos; (Incluído pela Lei nº 10.667, de 2003)
II. no caso do inciso VI, alínea e, do art. 2º, desde que o prazo total não exceda três anos;
(Incluído pela Lei nº 10.667, de 2003)
III. nos casos dos incisos V e VI, alíneas a e h, do art. 2º, desde que o prazo total não exceda
quatro anos; (Incluído pela Lei nº 10.667, de 2003)
IV. no caso do inciso VI, alínea g, do art. 2º, desde que o prazo total não exceda cinco anos.
(Incluído pela Lei nº 10.667, de 2003)
V. no caso do inciso VII do art. 2º, desde que o prazo total não exceda seis anos. (Incluído
pela Lei nº 10.973, de 2004)
Art. 12. O contrato firmado de acordo com esta Lei extinguir-se-á, sem direito a
indenizações:
III. pela extinção ou conclusão do projeto, definidos pelo contratante, nos casos da alínea h
do inciso VI do art. 2º. (Incluído pela Lei nº 10.667, de 2003)
§ 1º - A extinção do contrato, nos casos dos incisos II e III, será comunicada com a
antecedência mínima de trinta dias. (Redação dada pela Lei nº 10.667, de 2003)
Referência:
Função Pública
Ressalte-se também que todo cargo tem função, mas o contrário não ocorre, pois pode haver
função sem cargo (ex. contratação por prazo determinado).
Art. 37 - A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (EC 19/98)
III. o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por
igual período;
Poder Executivo
Poder legislativo
Poder judiciário
Referência:
Transferência(s):
Reingresso:
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
III. o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por
igual período;
Uma vez finalizado o concurso, o primeiro colocado adquire direito subjetivo à nomeação
com preferência sobre qualquer outro, desde que a Administração se disponha a prover o
cargo ou emprego público, mas a conveniência e a oportunidade do provimento ficam a
critério do poder público.
O que não se admite é a nomeação de outro candidato que não o vencedor do concurso, ou
eventualmente, o chamamento de candidatos sem o respeito à ordem de classificação.
Súmula nº 683/STF:
O limite de idade para a inscrição em concurso público só se legitima em face do art. 7º,
XXX, da Constituição, quando possa ser justificado pela natureza das atribuições do cargo a
ser preenchido. (art.5º, 7º, XXX, e 39, § 3º, CF/88).
Referência:
Confira abaixo uma entrevista do Jornal do Senado com José Vânio Sena, presidente da
Associação Brasileira de Candidatos a Concursos Públicos (ABCP):
1. Quais os pontos mais polêmicos da legislação sobre concursos públicos? Ela tem
evoluído?
Em primeiro lugar, deve haver uma regulamentação mínima por meio da aprovação do
Projeto de Lei do Senado 92/00 (PL 252/03 na Câmara). Existem deficiências no PLS 252,
como a manutenção da mera expectativa de direito à nomeação. Mas ele já avança ao prever
que a administração pública teria que justificar a não nomeação dos aprovados dentro das
vagas previstas, além de disciplinar o conteúdo mínimo do edital de abertura, já que
hoje muitos editais apresentam omissões e incongruências. Depois de aprovada, essa
regulamentação deve começar a ser melhorada.
Outro assunto a ser revisto são as avaliações psicológicas subjetivas ou com perfis
profissiográficos sigilosos, nas quais muitas reprovações são injustas e os candidatos
acabam voltando ao certame por ordem da Justiça. Uma das portas para falcatruas nos
concursos são as provas abertas. Na maioria dos casos deveria-se extingui-las ou tirar-lhes o
caráter eliminatório. Já as provas de aptidão física deveriam ser aplicadas em condições
mais humanas. Hoje, são exigidos esforços físicos insuportáveis para a mulher,
por exemplo. As provas orais deveriam ser filmadas e gravadas, para possibilitar o recurso.
E os exames médicos deveriam ser transferidos para a posse, quando possível. Gasta-se
muito com exames laboratoriais, sem aproveitamento ao final.
Em primeiro lugar estão as reclamações dos que passaram em concurso cuja validade está
perto do fim sem que sequer o aprovado em primeiro lugar tenha sido nomeado. Outras
queixas referem-se a prova de conhecimentos mal elaborada; a avaliação psicológica
excessivamente subjetiva; a reprovação em exame médico em razão de doença passageira; a
prova discursiva subavaliada; a prova que extrapola o conteúdo do edital; e a exclusão
de candidato com deficiência sob a alegação de que ele não a possui na intensidade exigida.
4. Há um perfil do “concurseiro”?
Não temos uma amostragem representativa, mas podemos traçar um perfil. Eles têm, em
sua maioria, curso superior. Muitos têm mais de 40 anos. Há quem estude até dois anos em
período integral e os que investem de dois a três mil reais, ou mais que esse valor, em
cursos preparatórios e material de estudo.
Referência:
Contempla ainda a Constituição Federal, uma quarta situação de perda do cargo público,
prevendo a possibilidade de exoneração do servidor estável quando, adotadas medidas
preliminares de saneamento das despesas com pessoal, ativo e inativo, continuarem estas
acima de limites previstos em lei complementar (art. 169).
Referência:
Demissão
O mesmo diploma legal também estabelece que ao servidor sejam aplicadas as penalidades
de advertência ou suspensão de até 30 (trinta) dias.
Exoneração
1. Exoneração a pedido do interessado – Nesse caso, desde que não esteja sendo processado
judicial ou administrativamente.
Dispensa
Por fim, a dispensa ocorre em relação ao admitido pela CLT, quando não há a justa causa
por esta prevista, e sem natureza punitiva, portanto.
Vejamos agora algumas decisões dos Tribunais pátrios envolvendo o tema em estudo.
Impossibilidade
Vejamos agora algumas decisões dos Tribunais pátrios envolvendo o tema em estudo.
Referência:
Por serem infrações de natureza diversa, suas consequências também são variadas, e podem
se dar tanto no âmbito interno quanto externo à Administração.
Responsabilidade Administrativa
Este tipo de responsabilidade resulta da violação de normas internas da Administração,
quando o servidor está sujeito ao estatuto e a disposições complementares estabelecidas em
lei, decreto ou qualquer outro provimento regulamentar da função pública.
A penalidade administrativa imposta ao servidor, depois de apurada a falta funcional
mediante processo administrativo ou sindicância, independe de eventual processo civil ou
criminal, ou seja, desde logo é aplicável.
Uma vez absolvido o servidor, no âmbito penal, pela inexistência do fato criminoso ou pela
não comprovação de autoria, qual deve ser o procedimento adotado pela Administração?
Curiosidades
VI - Recurso conhecido e provido para anular ato que impôs a pena de demissão ao servidor
recorrente, em face do transcurso do prazo prescricional.
Referência:
A responsabilidade do servidor, nesse caso, decorre de ato culposo e lesivo, e se exaure com
a indenização. Ressalte-se também que a responsabilidade civil independe da
responsabilidade administrativa e criminal, e se apura mediante processo na Justiça comum.
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (Redação
dada ao caput pela Emenda Constitucional nº 19/98)
Responsabilidade Criminal
a) dos instrumentos do crime, desde que consistam em coisas cujo fabrico, alienação, uso,
porte ou detenção constitua fato ilícito;
a) quando aplicada pena privativa de liberdade por tempo igual ou superior a um ano, nos
crimes praticados com abuso de poder ou violação de dever para com a Administração
Pública;
b) quando for aplicada pena privativa de liberdade por tempo superior a 4 (quatro) anos nos
demais casos.
II. a incapacidade para o exercício do pátrio poder, tutela ou curatela, nos crimes dolosos,
sujeitos à pena de reclusão, cometidos contra filho, tutelado ou curatelado;
III. a inabilitação para dirigir veículo, quando utilizado como meio para a prática de crime
doloso.
Parágrafo único - Os efeitos de que trata este artigo não são automáticos, devendo ser
motivadamente declarados na sentença.
Destaque-se que o conceito de “servidor público” para fins penais é mais amplo do que o
sentido comum do termo, equiparando-se a este também quem, embora transitoriamente ou
sem função, exerce cargo, emprego ou função pública.
I. receber, para si ou para outrem, dinheiro, bem móvel ou imóvel, ou qualquer outra
vantagem econômica, direta ou indireta, a título de comissão, percentagem, gratificação ou
presente de quem tenha interesse, direto ou indireto, que possa ser atingido ou amparado
por ação ou omissão decorrente das atribuições do agente público;
(...)
Art. 10. Constitui ato de improbidade administrativa que causa lesão ao erário qualquer
ação ou omissão, dolosa ou culposa, que enseje perda patrimonial, desvio, apropriação,
malbaratamento ou dilapidação dos bens ou haveres das entidades referidas no artigo 1º
desta Lei, e notadamente:
Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da
administração pública qualquer ação ou omissão que viole os deveres de honestidade,
imparcialidade, legalidade e lealdade às instituições, e notadamente:
I. praticar ato visando fim proibido em lei ou regulamento ou diverso daquele previsto na
regra de competência;
(...)
Conforme o caso, as cominações podem ser, por exemplo: a perda de bens ou valores
acrescidos ilicitamente, ressarcimento integral do dano, perda da função pública, suspensão
dos direitos políticos, multa civil e proibição de contratar com o Poder Público.
Referência: