O Problema Da Natureza Dos Juízos Morais

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O problema da natureza dos juízos morais

Um valor é uma meta importante a desejar. As


ações humanas são motivadas pelos seus
valores.
A ética diz respeito à diferença entre o certo e
o errado/ o que devemos e não devemos fazer.
Relativismo:
Os juizos: “ Todos os juízos morais são culturamente
Um juizo é o pensamento expresso por uma relativos”
frase declarativa. Ou seja, a verdade ou falsidade depende da
Os juizos de facto são descritivos, ou seja, cultura. Logo, não se trata de objetivismo mas
visam descrever como as coisas são feitas sim da verdade para certas culturas e falsidade
corretamente/incorretamente logo para outras. Segundo esta teoria não existem
verdadeiros/falsos, sendo comprovados pela valores ou culturas que tenham validade
ciência. transcultural e que possam ser universalmente
aceites. Esta teoria defende a diversidade
Os juizos de valor são avaliativos e cultural.
normativos, ou seja, a favor ou contra algo,
formulando uma preferência individual. Tal como o subjetivismo, o relativismo
defende que não existem valores melhores ou
Relevância do problema: piores mas sim diferentes. numa questão de
perspetiva. Logo criticar algo pela sua cultura,
Trata-se de um problema importante pois a sua
leva ao etnocentrismo, ou seja, valorização
resposta condiciona a forma como abordamos
excessiva da sua cultura e desvalorização de
questões éticas, bem como abordamos a
outra.
multiculturalidade.

As respostas ao problema:
Objeções
Subjetivismo:
A critíca nem sempre é etnocêntrica
“ Todos os juízos de valor morais são
subjetivos” Não permite explicar o progresso moral**
Segundo esta teoria, a verdade ou falsidade
depende dos sentimentos e preferências
individuais, ou seja, os juizos são verdadeiros Objetivismo:
para umas pessoas e falso para outros, não “Alguns juizos de valor morais são objetivos”
sendo objetivos. No entanto, a pessoa tem de
ser sincera. Logo, a verdade ou falsidade é independente
dos sentimentos da pessoa e da sua cultura e
Basicamente é tudo sobre opiniões e nenhuma será verdadeiro se puder ser justificado com
é melhor que outra, não existindo verdade boas razões, ou seja, razões informadas e
universal. imparciais
Objeções: Segundo esta teoria, existem algumas verdades
Impede a censura de ações claramente erradas morais universais e discordar de um juizo
moral verdadeiro é incorreto e falacioso.
Esvazia o sentido dos debates e desacordos
morais Objeções
Se realmente existisse objetivismo não Na ética existem falta de métodos de prova,
existiria tantas divergências éticas, porém estas pelo que não existem verdades éticas, logo o
existem. objetivismo é errado.*

Teorias Éticas de Kant e Mill

Em ambas as teorias a imparcialidade tem de ser respeitada.

Kant: A lei moral ordenada que os nossos deveres sejam realizados pelo seu valor moral e não pelas
suas consequências.. O principio supremo é o imperativo categórico capaz de averiguar as nossas
máximas e como devemos agir através da fórmula da humanidade e universalidade.. Os deveres
morais são absolutos e sem excepções e o mais importante é o cumprimento do dever e não a
felicidade do agente. Ao cumprirmos o dever pelo dever temos a boa vonntade, ou seja, o bem último
desta teoria racional, deontológica e objetivista. A teoria de Kant promove a autonomia do agente, ou
seja, que a ação realizada seja livre e que a vontade não seja consequencialista, sendo por isso moral
segundo o imperativo categórico.

Objeções:
Conflito de deveres: por vezes ambas as alternativas existentes são moralmente erradas sendo
impossivel responder a dilemas morais
O imperativo categórico é consequencialista: Segundo a teoria de Mill que é mais aceite, o
imperativo categórico avalia as consequências das ações
Ignora o papel das emoções na moralidade: As emoções e sentimentos são desvalorizadas porém
muitas das vezes são fatores importantes na realização da ação

MILL: O utilitarismo é consequencialista, logo uma ação é moral quando as consequências são
favoráveis.. Segundo a teoria a felicidade consiste no maior número de prazer e menor número de dor.
Mill considera que os prazeres superiores ( intelectuais) como ler e escrever proporcionam uma maior
felicidade que os prazeres inferiores ( corporais) comer, beber,sexo etc.. Não existem deveres
absolutos pelo que por vezes ações como matar podem ser moralmente corretas desde que tragam uma
maior felicidade. O bem último desta teoria é a felicidade geral. O principio supremo da moralidade é
o principio da utilidade

Objeções:
Dificuldade de cálculo: Muitas das vezes é dificil prever as consequências da ação
Violação dos direitos individuais: O utilitarismo aceita em certos casos ações claramente erradas
como matar
Excesso de exigência: A teoria é bastante existente quanto à imparcialidade pois imaginemos numa
situação onde poderiamos salvar o nosso filho ou um médico, segundo esta teoria deveriamos salvar o
medico pois traria maior felicidade

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