Homology and Analogy
Homology and Analogy
Homology and Analogy
DISCENTE:
Renalda Marcelino
UNIVERSIDADE ROVUMA
Nampula, Maio de 2022
DISCENTE:
Renalda Marcelino
DOCENTE:
__________________________________
Pág. ii
ÍNDICE:
I. INTRODUÇÃO ___________________________________________________________IV
1.1.Contextualização
A ciência surge no contexto humano como uma necessidade de saber o porquê dos
acontecimentos (Praça, 2015), porisso questionou-se a relação da Botânica no campo de
aprendizagem da Biologia e propõe-se, como núcleo primordial da nossa reflexão, o tema:
Homologia e Analogia.
Analogia e homologia são dois termos importantes quando tratamos de Biologia Evolutiva.
Entretanto, apenas homologias se relacionam com ancestralidade comum. Todos os tetrápodes
apresentam membros com dígitos, uma característica que indica ancestralidade comum
(Analogia e homologia, sem data).
1.2.Objectivos gerais
1.3.Repertório
Pág. iv
II. DESENVOLVIMENTO TEÓRICO
1.4.A homologia
Homologia é uma palavra com raiz grega que, pode-se dizer ser, a junção de outras duas,
“homo” que significa “igual”; e “logos” que significa “estudo” ou “discurso”. Assim,
homologia trata do estudo do igual, isto é, o estudo de partes similares (Mourão, 2016).
O termo “homologia” teve sua origem nomenclatural na geometria (Tait, 1928 citado por
Mourão, 2016). Tait por “falta de distinção” faz a separação entre o termo original – homologia
posicional – e a homologia como é conhecida na biologia, ou seja, a proposta por Owen – a
ideia de “similaridade entre partes”. Por sua importância e aplicação na biologia, o conceito de
homologia tornou-se alvo de muitas análises e discussões ao longo de toda a história (Mourão,
2016). Nas ciências biológicas, Richard Owen (1843) foi o primeiro a descrever o conceito de
homologia, definindo-o como “similaridade entre partes”, e separando-o de analogia, “pelo
menos na língua inglesa” (Panchen, 1988 citado por Mourão, 2016), porém a aplicação das
ideias do conceito é utilizada desde Aristóteles (Russell, 1916).
A homologia pode ser definida como semelhanças encontradas em diferentes espécies
resultadas de uma ancestralidade comum e que apresentam a mesma origem embrionária. As
características consideradas homólogas podem apresentar ou não a mesma função (Analogia e
homologia, sem data).
Tipos de homologia que apresentam diferentes funções podem indicar que as espécies
compartilham um ancestral comum, porém pressões seletivas fizeram com que as estruturas
adquirissem funções distintas. Dizemos, nesse caso, que as homologias são resultadas de uma
irradiação adaptativa. Um caso especial de homologia diz respeito às chamadas estruturas
vestigiais. Essas estruturas apresentam pouca ou nenhuma função para o organismo, entretanto,
eram importantes para seus ancestrais. Um exemplo de estrutura vestigial são olhos escondidos
em escamas de espécies de peixes cegos que vivem em cavernas (Analogia e homologia, sem
data).
Por exemplo, são considerados homólogos o braço direito de um homem e o de um
chimpanzé, bem como o braço direito de um homem e a perna anterior direita de um cavalo.
Ao compararmos estruturas homólogas estamos analisando estruturas que tiveram origens na
mesma estrutura ontogenética, ou seja, são a “mesma” estrutura. Não poderíamos, por exemplo,
comparar o braço direito de um homem com a perna posterior direita de um cavalo, pois esta
perna do cavalo não é homóloga ao braço direito e sim à sua perna direita do homem (membros
Pág. 5
posteriores). Aparentemente, encontrar homologia entre diferentes estruturas parece mais fácil
do que realmente o é, e um engano nessa fase inicial do estudo comprometerá toda a análise
sobre a evolução da estrutura e, consequentemente, toda a inferência filogenética decorrente
desse processo (Mazzarolo, 2005).
Em um par de condições homólogas, a condição pré-existente (mais antiga) é uma
plesiomorfia e a condição modificada (mais recente) é uma apomorfia. Apomorfias de um táxon
terminal são denominadas autapomorfias (Oliveira, 2019).
O conceito de homologia também é diferente nas escolas gradista e cladista. A asa do tucano
e o membro anterior de um lagarto formam um par de condições homólogas, assim como a asa
do morcego e o membro anterior do rato. Como este membro no réptil é homólogo ao do
mamífero, a escola gradista considera ambas as asas homólogas (Oliveira, 2019).
Por outro lado, o ancestral da ave era um réptil que não tinha asas e o ancestral do morcego
era um mamífero que também não tinha asas. Portanto, como as asas em ambos os grupos
surgiram independentemente, estas estruturas não são homólogas no sentido cladístico. Para
evitar esta confusão a escola cladista criou a expressão “condição homogenética”. No sentido
cladístico, duas estruturas só podem ser homólogas se forem resultantes de transformações de
uma mesma estrutura, num mesmo processo, ou seja, se forem homogenéticas (Oliveira, 2019).
Apomorfia e plesiomorfia são condições relativas; um mesmo caractere é sempre
relativamente apomórfico e relativamente plesiomórfico, a menos que seja uma autapomorfia.
Por exemplo, a presença de 5 dedos no pé humano é uma condição derivada (apomórfica) em
relação aos primeiros tetrápodes, que tinham mais dedos, mas ancestral (plesiomórfica) em
relação aos mamíferos que tiveram redução no número de dedos, como a anta; já a presença de
um único dedo funcional no pé do cavalo, do burro e da zebra é uma autapomorfia da família
Equidae (Oliveira, 2019).
Para Santos, (1988) para o correcto reconhecimento de homologias há alguns critérios que
convém estabelecer, e que podem ser resumidos nos seguintes pontos:
Similidade na topografia, ou critério de posição: Quando dois padrões de comportamento
ocupam a mesma posição numa cadeia comportamental complexa de duas espécies pode-se
estabelecer uma forte inferência quanto a origem comum aos dois padrões de comportamento
(Santos, 1988).
Pág. 6
Similidade no ontogenia: A ocorrência de padrões de comportamentos, incluindo
comportamentos (instintivos), semelhantes durante (intervalos) determinados do
desenvolvimento de duas, ou mais espécies, pode ser um indicador precioso da proximidade
filogenética, e da natureza homológica de padrões de comportamento nos adultos apesar das
transformações que possam ter ocorrido. O caso do cortejamento do pavão. Quando é novo
corteja o galo. Só quando adulto é que o seu padrão de cortejamento se diferencia daquele.
Casos particularmente deste critério podem ser diferenciados durante as embriogéneses.
Durante o desenvolvimento embrionário as espécies (repetem) fases do desenvolvimento
filogenético, constituindo por conseguinte material interessante para caracterizar homologias
(Santos, 1988).
Similaridade na estrutura ou critério de qualidade especifica: divide-se este critério em
duas partes, quanto a forma, ou seja, ao conjunto de detalhes qualitativos que o caracterizam, e
quanto aos factores internos: “se pode ser demonstrado que actividades semelhantes ocorrem
sob a influência dos rnesmos instintos isto pode ser utilizado como indicação de homologia”
(Santos, 1988).
Hereditariedade em híbridos: O cruzamento entre duas espécies pode fornecer poderosos
indicadores sobre o carácter homológico de dois comportamentos. Um exemplo interessante
deste tipo de prova provém das observações de Dilger (1960), já atrás parcialmente referidas,
sobre a construção do ninho em Agaponis spp. Os híbridos obtidos a partir do cruzamento entre
A. roseicollis e A. persomta fischeri, exibem uma sequência comportamental de construção do
ninho intermédia entre as duas espécies. Hinde (1970) citado por Santos, (1988) refere ainda
outros casos interessantes.
Critério de afinidade filética ou afinidade taxonómica, paleontológica e molecular:
Deixámos para último este critério porque ele constitui o teste decisivo das categorias
homológicas. A caracterização morfológica, que constitui a base da classificação e, portanto,
da afinidade taxonómica, é um argumento valioso na avaliação das homologias. Assim como o
é a evidência mais sólida com 'base nus dados paleontológicos e da comparação de sequências
proteicas e de ácidos nucleicos. Quando falamos de homologia temos de estar a falar sobre
afinidades genéticas, se não for assim o conceito esvazia-se (Santos, 1988).
1.5.Analogia
A asa de um morcego e a asa de uma ave são exemplos de característica análoga. As asas dos
morcegos e das aves são consideradas análogas quando nos referimos a asas, mas são
consideradas homólogas quando analisamos membros anteriores. Isso se deve ao fato de que
esses organismos tiveram origem comum em um ancestral Tetrapoda. Podemos perceber,
portanto, que a classificação em característica análoga ou homóloga pode variar a depender do
nível em que estamos comparando as espécies.
Pág. 8
III. CONCLUSÃO
Logo na introdução estabeleceu-se a direcção objectiva deste trabalho, na qual firmou-se que
se quera “Conhecer a diferença entre homologia e analogia”. Subdomínio dos dois objectivos
específicos estabelecidos, desde já de forma positiva se afirma, objectivo alcançado, nesta
perspectiva é vigente citar se duas ou mais contexturas desempenham funções idênticas nos
organismos que as portam, então estas estruturas são designadas análogas, independente das
suas origens. Porém, se duas ou mais estruturas em organismos distintas são oriundas da mesma
estrutura ancestral, são denominadas homólogas, independente das suas funções.
O mau emprego da linguagem correcta pode induzir ao erro de confundir folha com flor, pétalas
e sépalas ou qualquer outro órgão homologo e análogo, o valor deste tema é exactamente
despertar o uso adequado e na análise visual não equivocar a questão da sua origem e sua
semelhança dentro ou fora da mesma espécie.
Pág. 9
IV. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Pág. 10