A Proposta Multirrede-Discursiva
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A PROPOSTA MULTIRREDE-DISCURSIVA:
ANTECEDENTES, DESCRIÇÃO GERAL E EXEMPLOS
Silvana Serrani
(UNICAMP/CNPq)
Introdução
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6 Realizei essa pesquisa aplicada transdisciplinar (sobre esse enfoque que articula discipli-
nas, ver Serrani, 1990; Kleiman, 1992), mobilizando conceitos e procedimentos da terceira
época da Análise do Discurso de linha francesa, da teoria cultural inglesa e dos estudos de
subjetividade-linguagem que operam com a hipótese do inconsciente. Uma exposição sintética
dos principais conceitos propostos em estudos clássicos da Análise do Discurso, que, no meu
entender, continuam sendo válidos hoje, consta na primeira parte do artigo que publiquei on
line, na revista Eutômia da UFPe (SERRANI, 2012, p. 360-364). Quanto à discussão teórica
sobre subjetividade e tomada da palavra em língua estrangeira, com um exemplo sobre leitura
de texto em inglês, pode ser consultado Serrani, 2003 (atualmente on line). Dentre as refe-
rências clássicas nas três áreas do conhecimento referidas acima, consultar: Pêcheux, 2014,
2015 [1983, 1984]; Orlandi, 2006, 2012 [1983, 1988]; Authier-Revuz, 1990; Eagleton, 2005a
[2000], 2005b [2003]; Brait, 2006.
7 Embora possa parecer redundante repetir a palavra “discursivos”, preferi insistir para remeter
claramente à visão processual bakhtiniana da noção de gênero, que, como se sabe, não con-
sidera apenas a distinção segundo características formais dos textos, mas também em função
das esferas sociais e as posições defendidas pelos enunciadores nos processos de produção e
compreensão de sentidos.
8 Para as bases da concepção dialógica dos gêneros discursivos, ver Bakhtin, 2000 [1979] e
também a ponte que Authier-Revuz (1995) fez entre o dialogismo e a terceira época da Análise
do Discurso e os estudos em Brait 2005 e 2006. Para uma interessante discussão sobre um
caso de hibridez genérica, ver Palma, 2015.
9 A pesquisa teórica e aplicada de Angela Kleiman - especialmente, no tocante à leitura e a
diferentes letramentos na escola considerando esta instituição enquanto principal agência de
letramento de uma sociedade - tem mostrado a relevância das atividades de oficina no ensino
da linguagem (KLEIMAN, 15. ed, 2017 [1993]; KLEIMAN, 1995; KLEIMAN; SEPÚLVEDA,
2012).
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III.b – b.1) Produção escrita, b.2) Produção oral e b.3) Tradução entre
línguas ou transposição entre variedades ou discursos de uma mesma língua
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discursos28. Uma consideração que parece óbvia, mas que nem sempre
corresponde à realidade nas práticas em sala de aula, pois muitas vezes
é o livro que “comanda” e o professor o “segue”, quando deveria ser o
contrário. Assim, em consonância com os princípios da MR-D, um do-
cente bem formado precisa fazer recortes seletivos na eventual profusão
de textos e assuntos que possa encontrar em um livro didático.
Antes de referir-me às práticas, gostaria de lembrar que não se trata
aqui de receitar técnicas de ensino, nem de indicar as que seriam as mais
“novas” ou as “melhores”29. Como se sabe, as técnicas e recursos de
ensino-aprendizagem são inúmeras e os leitores deste texto, especialmente
se forem professores, lerão aqui sobre algumas técnicas ou práticas que
certamente já realizam. Obviamente, eles também devem conhecer outras,
mais adequadas para o contexto em que atuam. O meu propósito aqui é
mostrar fundamentos, finalidades e contribuições que podem ser obtidas
a partir da sistematização da MR-D, mediante uma discussão teórico-
prática de algumas técnicas que selecionei para destacar características
que definem a perspectiva multirrede-discursiva para o ensino de línguas.
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III.b – b.1) Produção escrita, b.2) Produção oral e b.3) Tradução entre
línguas ou transposição entre variedades ou discursos de uma mesma
língua
A escrita não é transcrição da oralidade e sobre práticas de re-
formulação para desenvolvimento da autoria: uma premissa básica do
ponto de vista discursivo, que pode parecer óbvia, mas é conveniente
lembrar, é justamente essa, que ao escrever não se está transcrevendo o
dito oralmente.
Por que convém lembrar disto? Em observações de aulas de línguas
estrangeiras tenho presenciado, com relativa frequência, solicitações
de uma produção escrita dizendo-se aos alunos enunciados como este:
“escrevam um diálogo sobre (tal coisa)”, sem outras especificações. Do
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36 A imagem desse exercício consta reproduzida no último capítulo deste volume (DIAS; JUCÁ;
FARIA, 2013, p. 29).
37 No último capítulo deste volume apresento e discuto exemplos de complementações possíveis
para essas oficinas e comento diferentes posições dialógicas em relação aos temas culturais
em pauta na unidade.
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Referências
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Livros didáticos
DIAS, Reinildes; JUCÁ, Leina; FARIA, Raquel: High Up, v. 1. Cotia, São Paulo:
Macmillan, 2013, p. 26-47.
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