Relatório Pucrio
Relatório Pucrio
Relatório Pucrio
Submetido ao
por
Setembro de 2019
1. INTRODUÇÃO 1
2. BREVE HISTÓRICO 5
2.1 Projeto da Estação Gávea 5
2.2 Desenvolvimento das Obras 7
3. INSTRUMENTAÇÃO E MONITORAMENTO 9
3.1 Marcos Superficiais e Tassômetros 10
3.2 Pinos de Recalques 12
3.3 Indicadores de Nível de Água e Piezômetros 15
3.4 Inclinômetros 17
4. ASPECTOS GEOLÓGICO-GEOTÉCNICOS E HIDROGEOLÓGICOS 18
5. DIAGNÓSTICO SOBRE AS CONDIÇÕES ATUAIS 27
5.1 Evento Adverso 27
5.2 Mitigação do Problema via Monitoramentos Externos às Escavações 30
5.3 Consequências Potenciais do Evento Adverso 31
5.4 Riscos Envolvidos 34
6. MEDIDAS DE ENGENHARIA 35
6.1 Propostas Constantes na Documentação Analisada 35
6.2 Fundações de Edificações Lindeiras 35
6.3 Estabilidade da Cava de Fundação da Estação 36
6.4 Rebaixamento do Nível de Água 36
6.5 Desativação da Estação Gávea 36
6.6 Alternativas Intermediárias de Mitigação de Riscos 38
6.7 Conclusão da Obra Bruta 39
7. CONCLUSÕES 41
7.1 Diagnóstico Geotécnico das Condições Atuais 41
7.2 Medidas de Engenharia 43
7.3 Aspectos de Custos 45
AGRADECIMENTOS 46
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 46
ANEXO: Ações imediatas recomendadas e previsão de custos 48
Cronograma estimado 49
Garagem
Ed. Petrobras
Estação
Gávea
Juizado
Ed. Genesis
LGMA e NIMA
1
No Quadro 1 encontram-se relacionados dados relativos aos professores que contribuíram
para a emissão do presente documento, desenvolvido sob coordenação do Núcleo
Interdisciplinar de Meio Ambiente da Universidade (NIMA).
2
QUADRO 2: Relação dos documentos analisados, fornecidos pela RIOTRILHOS
3
QUADRO 2: Relação dos documentos analisados, fornecidos pela RIOTRILHOS (ctn)
Estação Gávea - Sistema de Suporte e
Métodos Construtivos - Relatório de
17 A-4115-003-01 - Agosto 2016 CJC / Rio Barra
Paralização Gávea - Situação em
agosto/2016
Estação Gávea - Sistema de Suporte e
18 A-4115-002 – Outubro 2016 Métodos Construtivos - Paralização das Promon
Obras - Recomendações
RE-ATO-016_GERAL_Inunda- Estação Gávea - Preparação para
19 ção GAV-Rev02 – Agosto Inundação - Agosto/2017 (Acompanhamento CJC / Rio Barra
2017 Técnico de Obras)
Avenida Padre Leonel França, Vieira Sampaio Proj.
20 Laudo de Vistoria Final - Julho 2018
no 248 - Fundação Saúde e Consultorias
Avenida Padre Leonel França,
Vieira Sampaio Proj.
21 no 248 - Secretaria de Estado Laudo de Vistoria Final - Julho 2018
e Consultorias
de Saúde
Avenida Padre Leonel França,
Vieira Sampaio Proj.
22 no 248 - IV Juizado Especial Laudo de Vistoria Final - Julho 2018
e Consultorias
Cível
Rua Marquês de São Vicente, Vieira Sampaio Proj.
23 Laudo de Vistoria Final - Julho 2018
no 147 - Casa 1 e Consultorias
Rua Marquês de São Vicente, Vieira Sampaio Proj.
24 Laudo de Vistoria Final - Julho 2018
no 147 - Casa 2 e Consultorias
Rua Marquês de São Vicente, Vieira Sampaio Proj.
25 Laudo de Vistoria Final - Julho 2018
no 147 - Casa 3 e Consultorias
Rua Marquês de São Vicente, Vieira Sampaio Proj.
26 Laudo de Vistoria Final - Julho 2018
no 147 - Casa do zelador e Consultorias
Rua Marquês de São Vicente, Vieira Sampaio Proj.
27 Laudo de Vistoria Final - Julho 2018
no 147 - Escola e Consultorias
Rua Marquês de São Vicente, Vieira Sampaio Proj.
28 Laudo de Vistoria Final - Julho 2018
no 147 - Instituto Gênesis e Consultorias
Estação Gávea - Acompanhamento Estação
29 RE-ATO-023_GERAL_GAV Inundada - Julho/2018 (Acompanhamento CJC / Rio Barra
Técnico de Obras)
Estação Gávea - Avaliação do Nível de
RE-ATO-
30 Segurança com a Paralização das Obras da CJC / Rio Barra
024_GERAL_GAV_R1
Estação (Set 2018)
Estação Gávea - Avaliação do Nível de
RE-ATO-
31 Segurança com a Paralização das Obras da CJC / Rio Barra
024_GERAL_GAV_R2
Estação (Set 2018)
Estação Gávea Avaliação do Nível de
32 Relatório final - Gávea Segurança com a Paralização das Obras da CJC / Rio Barra
Estação (Set 2018)
INFORMAÇÕES GÁVEA (Fev. Apresentação sobre a situação das obras
33 CJC / Rio Barra
2019) nas imediações do campus da PUC-Rio
Estação Gávea Acompanhamento Estação
RE-ATO-
34 Inundada Março 2019 (Acompanhamento CJC / Rio Barra
CRB_08_CJC_GERAL_GAV
Técnico de Obras)
Monitoramento das Edificações e Maciço em
TUV SUD - Bureau de
35 RIS-SP-042-19 Torno da Estação Gávea – Metrô Linha 4 –
Projetos
Rio de Janeiro, Março 2019
4
QUADRO 2: Relação dos documentos analisados, fornecidos pela RIOTRILHOS (ctn)
RE-ATO - Estação Gávea Acompanhamento Estação
38 CRB_09_CJC_GERAL_ Inundada Abril 2019 (Acompanhamento CJC / Rio Barra
GAV_Assinado Técnico de Obras)
INFORMAÇÃO TÉCNICA NO Análise do documento técnico emitido pela
39 GATE/MPRJ
662/2019 RIOTRILHOS (Doc 34 acima)
Power point disponibilizado pela Assembleia
Linha 4 – Metrô do Rio de
40 Legislativa do Rio de Janeiro: audiência MPRJ
Janeiro
pública realizada em 26/06/2019
CD-02 - Dados de Planilhas diversas em Excel disponibilizadas
41 CJC / Rio Barra
monitoramentos diversos em 2019
2. BREVE HISTÓRICO
Tendo como referências a Rua Marquês de São Vicente e a Rua Padre Leonel Franca, a
Figura 2 mostra a localização das escavações da Estação Gávea, que envolve 15 níveis de
pavimentos subterrâneos e contempla dois acessos. Duas estações, denominadas Estação
Gávea Sul e Estação Gávea Oeste, interligadas entre si, propiciarão acessos a linhas do Metrô
com denominações Direção General Osório Expansão e Direção Uruguai (Linha A na Fig. 2) e
Direção Jardim Oceânico e Direção Carioca (Linha B na Fig. 2).
Linha B
Planetário
Terminal Rodoviário
Linha A
Linha B
5
Conforme constante no Relatório B-4138-115-01 da Promon (Doc 11), a Estação Gávea
envolverá 15 níveis a partir da superfície do terreno (Quadro 3). As Figuras 3 a 5 mostram,
respectivamente, uma vista tridimensional da Estação, um corte transversal da mesma,
indicando seus diferentes níveis, e um corte transversal das duas linhas de trens.
6
FIGURA 5: Corte transversal das duas linhas do Metrô (reproduzido do DOC 11)
As obras da Estação Gávea foram iniciadas em 2013, a partir da execução de dois poços
(sul e oeste), com diâmetros de 9 m cada que, hoje, alcançam uma profundidade de cerca de
35 metros a partir da superfície do terreno. Túneis, com diâmetros de cerca de 12 metros (ao
chegar na galeria da estação) e de 5,0 metros (correspondente à ligação entre plataformas)
complementam as escavações já executadas da Estação. Tais túneis também têm sua base
em torno de 42 m de profundidade. As escavações das galerias (ainda incompletas) deverão
ter um diâmetro da ordem de 24 metros cada. A Figura 6 mostra, em azul, um esquema, em
planta, das escavações já realizadas. As linhas cheias, em vermelho, indicam escavações a
serem ainda executadas.
7
A Figura 7 mostra, em azul, uma visão das escavações já executadas, em um panorama
tridimensional.
Superfície do terreno
Sul
Túnel de Ligação
entre Plataformas
Oeste
≈ 42 m
FIGURA 7: Panorama tridimensional da Estação Gávea mostrando as escavações executadas (em azul)
e a executar (em cinza). (Modificado do Doc 36 – Riotrilhos).
8
potencialmente localizadas, associadas a fraturas / juntas / falhas existentes na rocha) e (b)
paralisar o desenvolvimento de recalques na superfície do terreno e de edificações lindeiras.
(a) (b)
FIGURA 8: (a) Precipitação ferruginosa e pontos de infiltração em escavação na frente general Osório;
(b) Estalactites e limo formados pela infiltração de água no concreto projetado (reproduzido do Doc 17)
3. INSTRUMENTAÇÃO E MONITORAMENTO
Conforme consta no Doc 37 da LPC Latina (que corrobora dados constantes no Doc 35 da
Bureau Projetos), em abril de 2019, ou seja, após a inundação das escavações, encontravam-
se instalados e operacionais na Estação Gávea as quantidades e tipos de instrumentos
indicados no Quadro 4.
9
3.1 Marcos Superficiais e Tassômetros
A Figura 9 mostra que diversas edificações (ou estruturas enterradas das mesmas, tais
como tubulações de água, gás e esgoto) são potencialmente afetadas pelos recalques
monitorados na superfície do terreno. Observa-se, nesta figura, que os maiores recalques
(cores amarronzadas/avermelhadas - 54 a 86 mm - e azuladas - 36 a 52 mm) ocorrem em
áreas onde se encontram os Edifícios da Petrobrás, Edifício Garagem, Edifício do Juizado e
Edifício Genesis.
10
FIGURA 9: Curvas de iso-recalques resultante da análise dos recalques indicados pelos marcos
superficiais até junho de 2018 (reproduzido do Doc 33 – pág. 30)
FIGURA 10: Mapa de iso-distorções no entorno da Estação Gávea em junho de 2018 (modificado do
Doc 33 – pág. 31)
uma dada estrutura (em particular com fundação superficial) à ruína, independentemente da
magnitude de movimentos verticais. Preocupa, também, a possibilidade de ocorrência de atrito
negativo nas estruturas com fundação profunda, com as suas estacas sofrendo carregamentos
não previstos em projeto e, portanto, passíveis de gerar deformações não previstas nas
superestruturas.
11
Tendo como base diferentes valores de recalques e distorções, níveis de alerta e de
intervenção foram propostos no Doc 33 para o caso dos Edifícios Genesis, Petrobrás, Juizado,
Amizade e Garagem. Em todos os casos, distorções da ordem de 1:200 correspondem ao nível
de alerta, enquanto distorções da ordem de 1:50 correspondem ao nível de intervenção.
Valores de recalque aceitáveis variam de acordo com os níveis de recalques desenvolvidos em
cada edificação, não estando claros, nesse documento, os critérios utilizados para a definição
dos níveis de alerta e intervenção recomendados.
12
Início da
Inundação
Início da
Inundação
FIGURA 11: Deslocamentos verticais dos pinos de recalque instalados no Edifício Genesis (modificado
do Doc 37)
13
Início da Inundação
Início da Inundação
Início da Inundação
FIGURA 12: Deslocamentos verticais dos pinos de recalque instalados no Edifício Juizado (modificado
do Doc 37)
14
De um modo geral, todos os edifícios lindeiros às escavações apresentaram o mesmo
padrão de movimentos verticais mostrado nas Figuras 11 e 12, ou seja: desenvolvimento de
recalques com o rebaixamento do nível de água e, após o desligamento das bombas,
recuperação de deformações verticais. Deve-se notar que este tipo de comportamento é
amplamente conhecido e esperado (e.g Taylor, 1948; Terzaghi & Peck, 1967). Com o
rebaixamento do N.A. há um acréscimo gradual das tensões que comandam o comportamento
de solos, denominadas tensões efetivas, implicando em um rebaixamento vertical da superfície
do terreno (recalque). Com o desligamento das bombas estas tensões efetivas diminuem e
ocorre uma recuperação de parte dessas deformações verticais (ocorre expansão vertical).
FIGURA 13: Variação do nível de água nos INAs 1 a 5 (adaptado do DOC 37)
15
FIGURA 14: Variação do nível de água nos INAs 17 a 19 (adaptado do DOC 37)
Observa-se nas Figuras 13 e 14 uma clara diminuição do nível de água dentro dos INAs
após o início do bombeamento em 2014. Esta diminuição não é igual em todos os instrumentos
pois a altura do nível de água no INA depende de sua posição dentro da área de influência do
cone de depleção formado no processo de rebaixamento. Observa-se também, em particular
na Figura 14 que, após o desligamento das bombas, o nível de água passa a se situar acima
do originalmente existente (aumento do N.A. variando de 1,5 a 3 metros de altura).
FIGURA 15: Variação da cota do N.A. dentro dos piezômetros do Grupo A (adaptado do DOC 37)
16
FIGURA 16: Variação da cota do N.A. dentro dos piezômetros do Grupo B (adaptado do DOC 37)
mostrado leituras, após o desligamento das bombas, acima das orginalmente observadas em
2014. No caso dos piezômetros dos Grupos A e B, tais aumentos variaram de cerca de 1 a 5
metros de altura de coluna de água após os processos de inundação, o que corresponde a
aumentos de pressão de água nos pontos de instalação dos instrumentos variando de cerca de
10 a 50 kPa.
3.4 Inclinômetros
17
FIGURA 17: Locais de instalação dos tubos de inclinômetro
18
Classe III - IV (ver nota 2) II - III III - IV II - III III II - III III - IV (ver nota 2) II - III II - III
RMR (ver nota 2) (ver nota 2)
FIGURA 18: Perfil Geológico – Salas de Técnicas – Reproduzido do documento R-4102-013, constante no Doc 04
19
Classe IV III** IV** III** IV** III** IV** III II III** IV** III** II**
RMR
FIGURA 19: Perfil Geológico – Poço 1 – Reproduzido do documento R-4102-016, constante no Doc 04
20
Classe III-IV** II - III III - IV II - III** III - IV II – III** III - IV II - III
RMR
FIGURA 20: Perfil Geológico – Poço 2 – Reproduzido do documento R-4102-015, constante no Doc 04
21
Classe III IV IV - III IV III IV III IV III III IV V V
RMR IV IV
FIGURA 21: Perfil Geológico – PK 9100 a 9450 – Reproduzido do documento R-4102-003, constante no Doc 04
22
Classe III/IV III IV IV-A IV IV/III III IV IV/III III IV-A III II-III III II III III V IV V
RMR A IV V
FIGURA 22: Perfil Geológico – PK 8970 a 9430 – Reproduzido do documento R-4102-004, constante no Doc 04
23
QUADRO 7: Legenda associada às Figuras 18 a 20 (reproduzido do Doc 04).
24
QUADRO 8: Legenda associada às Figuras 21 a 22 (reproduzido do Doc 04).
25
Conforme indicado nas Figuras 18 a 20, o topo rochoso, localizado a profundidades
variáveis entre 14 e 27 metros abaixo da superfície do terreno, apresenta classificações
variando de II a V de acordo com Bieniawski (1989), ou seja, com comportamento
geomecânico variando entre bom (II) e muito fraco (V). É interessante ressaltar aqui que foi
observada, nos processos de escavações executadas, a presença de materiais esverdeados
em fraturas da rocha (pág. 14 do Relatório R-9805-003). Tal sugere a ocorrência de minerais
expansivos em algumas das fraturas expostas durante as escavações, o que é sempre
preocupante pelo fato de tais tipos de minerais poderem propiciar, em maciços rochosos, o
desenvolvimento de processos de instabilização localizados (e.g. Amaral, 2002).
26
Nenhuma investigação especificamente direcionada a avaliações de ordem hidrogeológica
foi aparentemente executada na área da Estação Gávea. Entretanto, a partir de informações
envolvendo resultados de ensaios de perda de água executados em furos de sondagens (Doc
06) depreende-se que águas oriundas de fraturas das rochas contribuem de forma relevante
para o desenvolvimento do lençol freático no local.
27
valor inicial, e o solo expande. Devido à ocorrência de deformações permanentes no processo
de recalque anterior, o solo recupera somente uma pequena parcela de deformações verticais,
atingindo o ponto C. No caso de um novo rebaixamento do nível de água, as tensões efetivas
vão aumentar novamente, mas o solo não sofre mais deformações relevantes, passando do
ponto C para o ponto D conforme mostrado.
FIGURA 23: Comportamento tensão vertical – deformação vertical (recalque) esquemático de uma
amostra de solo representativa do perfil de solo da Estação Gávea submetida a um ensaio de laboratório
envolvendo rebaixamento do nível de água, seguido de um processo de retorno à condição inicial de N.A
(inundação) e, subsequentemente, submetido a um novo processo de rebaixamento do N.A.
Tendo como base a Figura 23, mesmo considerando que um novo rebaixamento de nível
de água seja imposto no local, verifica-se que o evento adverso presentemente passível de
ocorrer na Estação Gávea não está mais relacionado com problemas de recalques das
estruturas lindeiras às escavações ou do teto das escavações. O evento adverso, agora, é
mais sério, estando relacionado à ruptura, potencialmente abrupta, de parte ou partes das
estruturas de contenção das escavações executadas, em particular as que suportam o teto de
tais escavações.
É importante notar aqui que, conforme o item 3.2 da recentemente revista Norma Brasileira
que trata da execução de tirantes ancorados no terreno, ABNT NBR 5629: 2018, a vida útil de
tirantes provisórios é de 2 anos, a contar da data de instalação dos mesmos. Ora, como as
obras foram paralisadas em 2015, as condições atuais da principal parcela resistente das
estruturas de contenção das escavações subterrâneas já contrariam uma recomendação da
Associação Brasileira de Normas Técnicas.
28
Afora este aspecto, os seguintes fatores contribuem, potencialmente, para uma aceleração
de processos de deterioração, ao longo do tempo, das estruturas provisórias de contenção das
escavações:
Caso a paralisação da obra se estenda por tempo incompatível com a vida útil dos tirantes
provisórios, passa a ocorrer diminuição do nível de segurança da estação;
29
Deve-se ainda destacar que processos de hidrotermalismo têm sido identificados pela
equipe da PUC-Rio em escavações subterrâneas executadas no Rio de Janeiro envolvendo
rochas metamórficas de caráter gnáissico (p. ex. Castro et al, 2016). Como consequência de
tais tipos de processos, minerais que ocorrem em paredes de fraturas se transformam em
argilominerais que, quando apresentam uma coloração esverdeada, sugerem a presença de
minerais expansivos. Tal tipo de ocorrência, observada no local (ver pág. 14 do Relatório R-
9805-003), constitui um fator adicional, negativo, a ser considerado na estabilidade das
estruturas de contenção das escavações. A mesma, entretanto, não é levada em conta na
classificação de Bieniawski (1989), que foi utilizada nos projetos das estruturas de contenção
das escavações da Estação Gávea. Da mesma forma, tal sistema de classificação não leva em
conta o fato das rochas locais serem extremamente anisotrópicas em decorrência do
bandamento gnáissico inerente às mesmas. Isto implica que as propriedades de resistência
das rochas variam conforme a orientação preferencial dos seus minerais. A depender de tal
orientação, uma rocha classificada como Classe II pode, perfeitamente, apresentar
características de resistência de uma rocha Classe III ou, mesmo, Classe IV. Naturalmente, tal
aspecto pode ser corrigido a partir do momento em que observações efetuadas em campo, na
abertura das escavações, produzam mudanças no projeto executivo da obra.
iii) Piezômetros tipo Casagrande, por si próprios, não possibilitam, também, qualquer
informação em tempo de possibilitar medidas mitigadoras de qualquer processo de ruptura
em profundidade, em particular se tal ruptura ocorrer de forma repentina (eventos não
drenados);
30
Há que se notar, aqui, o abaixo transcrito, constante às páginas 45 / 46 do documento RE-
ATO-024_GERAL_GAV_R2 da CJC / Rio Barra (DOC 31):
Finalizando este tópico, é importante notar que, às páginas 46 /47 do documento acima
referido encontram-se as seguintes observações:
Durante a paralisação das obras da estação é possível fazer uma avaliação indireta da
integridade dos tirantes mediante inspeção visual e tátil da cabeça (exposta) dos
tirantes instalados no Túnel de Via já executado nas proximidades da Estação Gávea.
Um exemplo de tal tipo de consequência encontra-se ilustrado na Figura 24. Esta figura
mostra fotos de uma cratera (e deslizamentos de terra associados) desenvolvida na superfície
do terreno em decorrência da ruptura de escavações subterrâneas (abertura de um túnel)
executadas em um trecho da Serra de Petrópolis, dentro de um projeto de duplicação da BR-
040 (rodovia Rio-Juiz de Fora), próximo à saída para a Escola Municipal Leonardo Boff (km 81
da subida da Serra).
31
FIGURA 24: Consequências da ruptura de um túnel rodoviário na região Serrana do Rio de Janeiro
32
túnel que se encontrava com suas obras paralisadas desde Julho de 2016. Apesar de não se
poder, de nenhuma forma, comparar quaisquer aspectos de projeto e execução das obras
deste túnel com os associados às escavações da Estação Gávea, três similaridades devem ser
consideradas:
33
FIGURA 26: Efeito de subsidência ocorrida em 1999 na rua Simplício Mendes, Teresina, PI (Pimentel,
2008).
Conclui-se, aqui, que a paralização das obras sem que tivesse sido dada a oportunidade
para que fossem introduzidas, pelo menos, as estruturas permanentes de contenção das
escavações, ou seja, que fossem concluídas as obras brutas de caráter geotécnico
(concretagem) da Estação, implicou no desenvolvimento de riscos inaceitáveis, que só tendem
a aumentar com o passar do tempo.
34
6. MEDIDAS DE ENGENHARIA
c. Rebaixar o lençol freático, drenar a água dos poços e realizar eventuais serviços de
escoramento; terminar a escavação em rocha da alça Oeste que falta para chegar à
Estação e escavar o restante do volume das duas naves que comporão a mesma;
realizar a obra bruta (concretagem) do corpo da estação Gávea e construir uma laje
para cobrir os poços (ver item 3.1 do DOC 34 – Riotrilhos).
35
processos de subsidência e escorregamentos de terra geralmente associados ao mesmo.
Assim sendo, desenvolver projetos de reforço de fundações, sejam rasas ou profundas,
constitui, no caso, algo totalmente ineficaz e, portanto, inapropriado. Assim, tal aspecto não foi,
aqui, minimamente considerado.
O desligamento das bombas de rebaixamento do lençol freático em 2017, que culminou com
a inundação das escavações da Estação Gávea, propiciou não somente uma garantia de
cessação de recalques das estruturas localizadas na superfície do terreno, mas, também, o
desenvolvimento de pressões hidrostáticas (pressões normais) que atuam a favor da
estabilidade das escavações. No caso, considerando a altura dos poços escavados e a posição
do N.A. dentro dos mesmos, bem como a existência de intercomunicações entre todas as
escavações, estima-se que tais pressões hidrostáticas sejam, no mínimo, de 300 kPa dentro
dos túneis. Entretanto, como a água não oferece resistência a tensões cisalhantes, tal garantia
desaparece em presença do desenvolvimento de processos de ruptura, em particular, do teto
das cavas. Daí as preocupações quanto ao desenvolvimento de um processo de subsidência,
mesmo com as cavas inundadas, e a necessidade de serem tomadas providências de curto
prazo para garantir a estabilidade definitiva das escavações.
Todas as propostas constantes no item 6.1 indicam, em uma primeira etapa, a necessidade
de um novo rebaixamento do nível de água. Ora, conforme já destacado em estudos efetuados
pela CJC / Rio Barra (ver relatórios sobre avaliação do nível de segurança com a paralização
das obras da Estação datados de setembro de 2018 – Docs 32, 33 e 34), o valor do coeficiente
de segurança das escavações cai, de valores aceitáveis na condição de cavas inundadas, para
valores preocupantes (ou mesmo, inadmissíveis) no caso de uma nova etapa de rebaixamento
do nível de água. Tal se deve exclusivamente ao fato, acima mencionado, de que a água no
interior das cavas exerce pressões hidrostáticas que atuam em favor da estabilidade das
escavações. Assim, para minimizar riscos, devem ser consideradas soluções alternativas que
não requeiram o rebaixamento do nível de água ou que possibilitem que tal seja efetuado com
segurança.
Conforme constante na proposta da Riotrilhos resumida na parte (b) do item 6.1, uma
alternativa de curto prazo para assegurar a estabilidade das escavações seria o preenchimento
das mesmas com algum material sólido (terra, areia, coulis, etc). Como qualquer material sólido
36
terroso natural, ou qualquer material industrializado que possa se solidificar por ações
tixotrópicas (por exemplo, geocompostos cimentícios), apresenta resistência ao cisalhamento,
esta seria uma solução potencialmente adequada para garantir a estabilidade das cavas.
Conforme colocado, entretanto, tal proposta envolve a substituição de toda a água presente
nas cavas pelo novo material, a partir do rebaixamento do nível de água, o que constitui,
conforme anteriormente exposto, uma situação crítica. Além disto, mesmo considerando que
fossem subsequentemente providenciados reforços das estruturas provisórias instaladas,
subentende-se que os mesmos compreenderiam também estruturas provisórias, ou seja, com
vida útil limitada. Assim, mesmo com o preenchimento da cava por um material passível de
resistir a processos de cisalhamento, o problema seria mantido. Em outras palavras, a partir do
momento em que se adote uma solução de substituição da água por qualquer material que
possua resistência ao cisalhamento, resolve-se o problema. Entretanto, como não haveria mais
possibilidades de avaliar o comportamento das estruturas provisórias (o que requereria a
retirada de todo o novo material de preenchimento das cavas), tal solução, claramente, implica
em uma desativação da Estação Gávea e, consequentemente, na necessidade do
desenvolvimento de um novo Projeto de expansão das Linhas 4 e 1 do Metrô.
No caso de se optar por uma desativação definitiva da Estação, a melhor alternativa seria
utilizar alguma técnica de preenchimento das cavas existentes sem que seja necessário um
novo rebaixamento do nível de água. Por exemplo, pode ser utilizada a técnica de injeção LMG
(low mobility grouting ou limited mobility grouting - USACE, 2017). Tal técnica, que envolve o
preenchimento de uma cavidade subterrânea por um material mais pesado que a água, a partir
da superfície do terreno (vide Figura 27), tem sido empregada, com sucesso, na manutenção,
por exemplo, da estabilidade de cavas de minas abandonadas contra processos de
subsidência. Desconhece-se, entretanto, a aplicação de tal tipo de metodologia em escavações
urbanas no país. Consequentemente, custos associados à mesma são desconhecidos, em
particular no caso em pauta, onde edificações lindeiras existentes podem interferir no processo
de injeção da calda cimentícia.
(a)
(b)
FIGURA 27: Exemplos de injeção LMG em minas abandonadas. (a) Enchimento de uma caverna -
reprodução da Figura 22-2 de USACE, 2017 (b) Sequência de enchimento de um túnel – reprodução da
Figura 22-3 de USACE, 2017, O material injetado é mais pesado que a água e, portanto, permite o
preenchimento definitivo de cavidades submersas.
37
6.6 Alternativas Intermediárias de Mitigação de Riscos
Considerando a alternativa (a), reforços do teto das escavações poderiam ser introduzidos
utilizando técnicas de jet grounting, amplamente dominadas por empresas nacionais.
Naturalmente, o emprego desta alternativa deve levar em conta tanto a possibilidade de se poder
reforçar trechos em rochas fraturadas e em solo, quanto o fato de que os poços (shafts) das
Estações Sul e Oeste presentemente existentes deverão ter suas escavações ampliadas no futuro.
A alternativa (c) compreende uma variante da alternativa (b), com a diferença que concreto
submerso seria utilizado para reforçar o teto das escavações. Um exemplo de aplicação de
concreto submerso é dado por Farias et al (2009). Neste caso, o concreto poderia vir a ser
disponibilizado a partir do uso de mangotes descendo pelos dois poços existentes e chegando
até os pontos a serem reforçados. Fôrmas especiais teriam que ser também desenvolvidas,
neste caso.
38
6.7 Conclusão da Obra Bruta
Para o pleno desenvolvimento do Modelo, a ser implantado tendo como base o software
GOCAD ou equivalente, considera-se ser relevante a participação dos geólogos que
acompanharam, no campo, o desenvolvimento das escavações executadas.
39
FIGURA 28: Esquema de malha de caminhamentos geofísicos (linhas pontilhadas em preto)
40
a) Tentativa de avaliação das condições dos revestimentos provisórios existentes a partir
do uso de mergulhadores especializados utilizando câmeras de vídeo com transmissão de
imagens para a superfície do terreno. As empresas citadas no item 6.6, que têm experiência
em investigações subaquáticas na área de barragens, podem, em princípio, executar tal tipo de
tarefa. Naturalmente, isto dependerá das condições de turbidez da água de inundação das
galerias / tuneis existentes;
7. CONCLUSÕES
41
e. As consequências de um processo de ruptura em qualquer porção das escavações
são alarmantes por poderem incluir a ruina de edifícios lindeiros e perdas de vidas
humanas, não contabilizáveis;
42
7.2 Medidas de Engenharia
b) Qualquer alternativa que envolva o preenchimento das cavas com qualquer tipo de
material que apresente alguma resistência ao cisalhamento é potencialmente efetiva
no sentido de garantir a estabilidade das escavações e, consequentemente, tende a
eliminar riscos associados a processos de subsidência;
f) Com base no exposto até aqui, a equipe da PUC-Rio considera que a alternativa de
Desativação da Estação Gávea, apesar de tecnicamente viável, não é recomendada
em virtude dos demais aspectos envolvidos (com ênfase no desperdício de recursos
públicos já executados e interferência direta, negativa, na interligação das Linhas 1 e 4
do Metrô);
43
h) A Alternativa Intermediária (a) do item 6.6 (reforço do subsolo com jet grouting),
apesar de constituir uma técnica que tem sido largamente utilizada no país, deve ser
avaliada com cuidado, tendo em vista que:
(I) as pressões de injeção nas regiões de rocha fraturada ou de falhas devem ser tais
que não provoquem faturamento hidráulico no maciço. Se tal ocorrer, o próprio
processo de injeção poderá provocar rupturas do teto das escavações e,
consequentemente, induzir o desenvolvimento de um processo de subsidência.
Conforme discutido em Byle (1997), o uso de um fluido de injeção de baixa
mobilidade pode, eventualmente, minimizar tal risco. Este aspecto deve,
entretanto, ser discutido com especialistas que atuam no ramo, que devem
garantir o resultado de seus serviços;
k) Para a Conclusão da Obra Bruta, solução provisória que, porém, é considerada como
sendo a solução ideal em presença da inexistência de recursos que possibilitem a
conclusão definitiva da Estação, requer-se, conforme detalhado no item 6.7:
44
7.3 Aspectos de Custos
Em virtude de ter sido identificado que processos de subsidência são os que colocam em
risco todas as estruturas localizadas no entorno das escavações da Estação, diferentes
medidas de engenharia foram propostas visando uma minimização ou eliminação do problema
a curto prazo.
Considerando a medida mais radical, qual seja, a Desativação Definitiva da Estação, que
seja do conhecimento da equipe da PUC-Rio, inexistem parâmetros passíveis de serem
utilizados para que se possa orçar, de forma adequada, custos envolvidos no uso da técnica
LMG, que é a única aqui recomendada. Por outro lado, pesquisas deverão ser desenvolvidas
para definir composição e traços da mistura cimentícia a ser injetada nas escavações. Mais
ainda, alternativas executivas deverão ser estudadas para fins de implementações seguras da
técnica no local. Assim, acredita-se que os custos envolvidos serão elevados, podendo,
inclusive, ultrapassar os associados a outros tipos de intervenções. Tal torna-se
particularmente relevante ao se considerar que não se pode, à priori, esquecer que a
Desativação da Estação Gávea impossibilitará qualquer tentativa de se dar prosseguimento, a
médio prazo, às ampliações previstas das Linha 1 e 4 do Metrô do Rio de Janeiro. Pior ainda,
poderá implicar na necessidade de serem revistas e modificadas, a custos não quantificáveis
no momento, de mudanças importantes em projetos e obras já existentes.
i) Não há como avaliar, de forma adequada, custos de tais medidas sem, antes, ter sido
desenvolvido um modelo Modelo Geomecânico confiável, representativo de condições
as built;
ii) Com base, entretanto, nas informações existentes, é de se esperar que diferentes
setores das escavações que poderão requerer reforços. Neste caso, como todas as
medidas de engenharia aventadas não são corriqueiras, é de se esperar que os custos
das mesmas sejam elevados, podendo ultrapassar, em muito, os relativos a quaisquer
outros tipos de intervenções.
45
que ser descomissionadas quando da execução definitiva das escavações
remanescentes),
a equipe da PUC-Rio avalia que a conclusão das obras em definitivo constitui a melhor solução
do ponto de vista de custo-benefício. Na condição de inexistirem, hoje, recursos suficientes, a
melhor alternativa de solução a curto prazo ao problema é o de término das obras brutas da
Estação Gávea.
AGRADECIMENTOS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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46
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0-2-3506.pdf
_______________________________________
Prof. Tácio M.P. de Campos
Vice-Diretor do NIMA/PUC-Rio
DEC/PUC-Rio
47
ANEXO
ESTIMATIVA DE CUSTOS
# AÇÕES RECOMENDADAS Custo (R$)
Unid. Qtd.
Unit. Total
1 Modelagem Geomecânica 3D
1.1 Análise de dados iniciais e Consultor Geologia (1) h/h 60 350,00 21.000,00
montagem de modelo Consultor Geotecnia (1) h/h 48 350,00 16.800,00
geológico preliminar Engenheiro / Geólogo (3) h/h 720 200,00 144.000,00
Estagiário (6) h/h 720 25,00 18.000,00
Sub-Total 1 199.800,00
1.2 Investigações geofísicas (4 a 6 linhas de 80 metros cada) verba 1 150.000,00 150.000,00
1.3 Sondagens mistas (6, com 15 m em solo e 25 m em rocha) verba 1 140.000,00 140.000,00
1.4 Abertura de poços em solo (até 8 m) un. 2 25.000,00 50.000,00
1.5 Retirada de blocos indeformados de 30cm de lado un. 8 400,00 3.200,00
1.6 Ensaios triaxiais de compressão simples em rocha,
un. 8 750,00 6.000,00
instrumentados
1.7 Medidas de rugosidade em fraturas de rocha un. 12 100,00 1.200,00
1.8 Ensaios de cisalhamento direto em fraturas de rocha un. 12 700,00 8.400,00
1.9 Ensaios de caracterização geotécnica em solos (completa) un. 8 680,00 5.440,00
1.10 Ensaios triaxiais CIU em solos, com mínimo de três pontos por
un. 12 650,00 7.800,00
solo
1.11 Avaliação de módulos em solos com bender elements un. 12 150,00 1.800,00
Sub-Total 2 373.840,00
1.12 Interpretração de resultados de Consultor Geologia (1) h/h 32 350,00 11.200,00
investigações e montagem de Consultor Geotecnia (solos) h/h 60 350,00 21.000,00
modelo geomecânico 3D Consultor Geotecnia (rochas) h/h 60 350,00 21.000,00
Engenheiro / Geólogo (2) h/h 480 200,00 96.000,00
Estagiário (4) h/h 480 25,00 12.000,00
Sub-Total 3 161.200,00
2 Modelagem Numérica (Rebaixamento do N.A.)
2.1 Montagem de Banco de Dados Consultor Geotécnico (1) h/h 24 350,00 8.400,00
Engenheiro (1) h/h 96 200,00 19.200,00
2.2 Execução de Análises Consultor Geotécnico (1) h/h 44 350,00 15.400,00
Engenheiro (1) h/h 176 200,00 35.200,00
Sub-Total 4 78.200,00
3 Modelagem Numérica (Avaliação de ações adicionais)
3.1 Montagem de Bancos de Dados Consultor Geotécnico (1) h/h 30 350,00 10.500,00
Engenheiro (2) h/h 120 200,00 24.000,00
3.2 Execução de Análises Consultor Geotécnico (1) h/h 140 350,00 49.000,00
Engenheiro (2) h/h 560 200,00 112.000,00
Sub-Total 5 195.500,00
TOTAL GERAL MÍNIMO ESTIMADO 813.040,00
TOTAL GERAL MÁXIMO ESTIMADO 1.008.540,00
48
CRONOGRAMA ESTIMADO
Dia Útil
10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 150 160 170 180
Ítem
Mês
1 2 3 4 5 6 7 8 9
1.1
1.2 a 1.11
1.12
2
3
49