PADRONIZAÇÃO

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Universidade Católica de Angola

FACULDADE DE CIÊNCIAS HUMANAS


Curso de Psicologia

ESTANDARDIZAÇÃO

Luanda, 2022
Projecto de pesquisa de grupo para obtenção de nota de
avaliação dos estudantes:

Maria José Cuenda, com ID nº 10 000 22741

Kétora Ventura Paulino, com ID nº 10 000 18937

Kengue Madalena Fernando, com ID nº 10 000 23123

Weza Rossana Coelho, com ID nº 10 000 23635

Apresentado à Faculdade de Ciências Humanas, Curso de


Psicologia, para disciplina de Avaliação da Inteligência e da
Personalidade.

DOCENTE: Maria da Encarnação Pimenta.

Luanda, 2022
2
INTRODUÇÃO

1. Considerações Iniciais

Testes psicológicos são instrumentos importantes para a prática profissional do


psicólogo, auxiliando-o na realização de avaliação, no ensino e na pesquisa. São
considerados instrumentos de medida e, por isso, devem conter determinadas
características que atestem a sua confiabilidade, tais como validade e precisão.

Ou ainda, testes psicológicos são uma das mais típicas técnicas de avaliação, que se
caracterizam como medida objetiva e padronizada de uma amostra de comportamento.
Vários autores enfatizam a importância de um melhor preparo dos profissionais que
utilizam testes psicológicos; outros afirmam que é necessário que os instrumentos
apresentem qualidades psicométricas, pois só assim seus resultados serão confiáveis. Essa
melhor qualidade diz respeito aos testes serem embasados teoricamente e passarem por
estudos de padronização e aferição de sua validade e precisão. O objetivo do presente
trabalho é fazer um estudo dos factores de validade dos testes psicológicos e propriamente
da padronização.

2. Objectivos:

2.1. Objectivos Gerais:

 Conhecer os tipos de Validade e a sua importância para os testes psicológicos.

2.2. Objectivos Específicos:

 Explicar conceitos como estandardização, normalização e padronização;

 Identificar os tipos de Validade;


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METODOLOGIA

A metodologia realizada privilegia o conhecimento, deste modo, percebemos que uma


boa medida seria desenvolver um estudo feito por pesquisas bibliográficas a partir de
materiais publicados e pesquisas básicas, através de teorias disponíveis na internet.

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Índice
INTRODUÇÃO.....................................................................................................................3
1. Considerações Iniciais.................................................................................................3
2. Objectivos:..................................................................................................................3
2.1. Objectivos Gerais:...................................................................................................3
2.2. Objectivos Específicos:...........................................................................................3
METODOLOGIA..................................................................................................................4
ESTANDARDIZAÇÃO........................................................................................................5
Resultados Estandardizados...............................................................................................8
PADRONIZAÇÃO DOS TESTES PSICOLÓGICOS..........................................................9
Cuidados ao fazer a padronização......................................................................................9
NORMATIZAÇÃO DOS TESTES PSICOLÓGICOS.......................................................11
Cuidados ao fazer a normatização....................................................................................13
CONCLUSÃO.....................................................................................................................14

5
ESTANDARDIZAÇÃO

Segundo o dicionário online (Priberam Dicionário, s.d.), estandardização é definida


como sinónimo de padronização e uniformização. Ainda como o processo de redução das
diferenças entre comportamentos e manifestações sociais.

A padronização, em psicologia se refere à necessária uniformidade em todos os


procedimentos no uso de um teste valido e preciso, desde os cuidados a serem tomados na
aplicação dos testes até o desenvolvimento de parâmetros ou critérios para a interpretação
dos resultados obtidos (Pasquali, Técnicas de exame psicológico, 2001). Sendo assim,
padronização das condições de administração dos testes psicológicos tem como preocupação
garantir que a coleta dos dados sobre os indivíduos seja de boa qualidade e garantir também
que os testes sejam utilizados de maneira adequada e legitima. O teste psicológico é
entendido, como uma medida padronizada. A padronização implica uma uniformidade do
processo de avaliação do teste. Se compararmos os resultados obtidos por diferentes
indivíduos, as condições de aplicação devem ser, evidentemente, iguais para todos.
“Padronização= uniformidade na aplicação dos testes, e Normatização= uniformidade na
interpretação dos escores dos testes” (Pasquali, Psicometria: Teoria dos testes na Psicologia
e na Educação).
O mau uso ou aplicação dos testes tornam os dados obtidos não confiáveis,
estragando a utilidade deste, assim como um teste de má qualidade, independentemente da
boa ou má administração deste, continuara produzindo resultados inválidos.
Então, para garantir uma boa administração dos testes psicológicos, é preciso atender a
requisitos referentes ao material da testagem, o ambiente da testagem e o aplicador.

A padronização é usada em psicometria, isto é, para referir-se as condições de


aplicação do teste, a sua cotação, a sua avaliação, que devem ser rigorosamente as mesmas,
o que se designa por condições estandardizadas ou padronizadas.

Na visão de Davicoff, teste psicológico é uma tarefa única ou mesmo um conjunto


de tarefas concebidas para fornecer informações sobre algum aspecto da capacidade, do
conhecimento, das habilidades ou da personalidade humana. E para tal os testes devem ser
padronizados, quer dizer, devem ser aplicados sob condições iguais e uniformes.

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Como foi dito anteriormente, o teste psicológico foi descrito na definição inicial
como uma medida padronizada. Ora bem, a padronização implica uma uniformidade de
processo na aplicação e na avaliação do teste. Se vamos comparar os resultados obtidos por
diferentes indivíduos, as condições de aplicação devem ser, evidentemente, iguais para
todos. Essa exigência é apenas um caso especial da necessidade de condições controladas,
válida para todas as observações científicas. Numa situação de teste, a única variável
independente é, geralmente, o individuo testado.

ANASTASI afirma que, a fim de assegurar a uniformidade das condições de


aplicação, o organizador de testes apresenta instruções minuciosas para a utilização de
cada um dos novos testes criados. A formação dessas instruções é uma parte importante da
padronização de um novo teste. Esta abrange os materiais exatos empregados, os limites de
tempo, as instruções aos sujeitos, assim como outros pormenores da situação de aplicação.
Muitos outros factores mais subtis, podem influir na realização do sujeito em certos testes.
Assim ao dar instruções ou ao apresentar oralmente os problemas, devem-se levar em
conta a rapidez das palavras, o tom e a modulação da voz, as pausas e a expressão facial.
Por exemplo, num teste que inclua a identificação de absurdos, é possível fornecer a
resposta correta com um sorriso ou uma pausa, no momento de ler a palavra decisiva.

Os testes psicológicos diferenciam-se de outras técnicas de avaliação, por se tratar


de
procedimentos referenciados a normas e a diretrizes interpretativas padronizadas, com
base em categorias preestabelecidas. Outros procedimentos também são utilizados em
contextos de avaliação psicológica, como meios de acesso ao universo psicológico do
indivíduo, visando à maior compreensão da sua singularidade para melhor adequação das
formas de intervenção quando necessárias. Alguns tipos de entrevistas, técnicas de
observação, aplicação de actividades lúdicas, entre outros, constituem exemplos de
estratégias de avaliação psicológica que não pertencem à categoria de testagem.

Na medida do possível, as condições circundantes devem também ser padronizadas.


Geralmente, a iluminação adequada, a ventilação satisfatória e a ausência da perturbação
ou distrações devem ser exigências comuns em todas as situações de aplicação de testes.
Deve-se também dar atenção à motivação do sujeito, ao aparecimento de seu interesse, à
obtenção de sua cooperação, assim como ao estabelecimento da "relação". No entanto,
quanto ao aspecto aqui analisado, deve-se notar que, no estabelecimento da relação, assim

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como em outros aspectos da aplicação de testes, as condições devem, tanto quanto
possível, ser padronizadas para todos os sujeitos.

Outro passo importante na padronização de um teste é o estabelecimento de


normas. Sem estas, os resultados nos testes não podem ser interpretados. Os testes
psicológicos não têm padrões predeterminados de "aprovação" ou "reprovação". O
resultado de um indivíduo pode ser avaliado apenas através da comparação com os
resultados obtidos por outros. Como o seu nome indica, uma norma é a realização
"normal" ou média. Assim, se as crianças normais de 8 anos de idade resolvem,
corretamente, 12 entre 50 problemas de um determinado teste de raciocínio aritmético, a
norma de 8 anos, para este teste, corresponde a um resultado 12. Este é conhecido como o
"resultado bruto" do teste. Pode ser expresso através do número de itens corretos, do tempo
exigido para completar uma tarefa, do número de erros, ou de qualquer outra medida
objetiva, adequada ao conteúdo do teste. Esse resultado bruto não tem sentido antes de ser
avaliado através de um conjunto adequado de normas.

No processo de padronização, um teste deve ser aplicado a uma amostra grande e


representativa do tipo de sujeitos para o qual foi planejado. Esse grupo, conhecido como
amostra de padronização, serve para estabelecer as normas. Estas indicam não apenas a
realização média, mas também os diferentes graus de desvio, acima e abaixo da média.
Dessa maneira, é possível avaliar diferentes graus de superioridade e inferioridade. Todas
permitem a determinação da posição do individuo com relação à amostra normativa ou da
padronização.

Resultados Estandardizados

 Utilizam o desvio padrão da distribuição de Resultado Bruto do grupo normativo


como unidade de medida fundamental;
 Expressam a magnitude da distância de um Resultado Bruto em relação à média em
unidades de desvio-padrão, bem como a direcção desta distância (positiva ou
negativa);
 Estes resultados são, normalmente, expressos como notas Z (M=0; DP1=1);

1
DP- Desvio Padrão;
8
 A utilização deste tipo de resultados não distorce a escala de medida subjacente aos
Resultados Brutos e permite a comparação de resultados obtidos em diferentes
testes, quando a distribuição tem a mesma forma;

Z=X-M/DP (escore padrão linear2)

Onde:
Z: Resultado padrão ou escore padrão;
X: Resultado Bruto ou escore bruto;
M: Média;
DP: Desvio Padrão.

Outros resultados estandardizados exprimem-se em números positivos


inteiros (sem casas decimais ou sinais positivos ou negativos).
Um desses resultados é a nota T (M=50; DP= 10).
Onde: T: Resultado padrão normatizado ou escore padrão normatizado.

Este resultado padrão normatizado vai passar para resultado transformado ou escore
transformado.
Como calcular?
T= 10 (X-M/DP) +50
T= 10Z+50

PADRONIZAÇÃO DOS TESTES PSICOLÓGICOS

(Pasquali, Técnicas de exame psicológico, 2001) afirma que a padronização se


refere à necessária existência de uniformidade em todos os procedimentos relativos ao uso
de um teste válido e preciso, que variam desde as preocupações a serem tomadas na
aplicação do teste (uniformidade das condições de testagem) até o desenvolvimento de
parâmetros ou critérios para a interpretação dos resultados obtidos. A padronização da
testagem visa garantir o uso adequado dos instrumentos.
2
Mostra a distância do sugerido em relação à média, levando em consideração o desvio padrão da
distribuição;
9
Vários têm sido os trabalhos que afirmam a importância de cuidados na
padronização de instrumentos. Weschsler (1999) e Van Kolck (1981) 3enfatizam que o
aplicador deve seguir rigorosamente as instruções e todo o tipo de orientação que se
encontra no manual do instrumento, evitando improvisações que possam comprometer a
validade dos instrumentos. E (Anastasi & Urbina, 2000) consideram que cabe aos
construtores de testes oferecer instruções detalhadas para aplicação de cada teste
desenvolvido, que incluem limite de tempo, instruções orais, demonstrações preliminares,
maneira de manejar as perguntas às pessoas testadas e todos os outros detalhes da situação
de aplicação.

Cuidados ao fazer a padronização

1. Material de testagem- quanto ao material de testagem, duas condições devem ser


atendidas:
 Qualidade do teste: o teste tem de ser válido e preciso; o uso de testes sem estes
parâmetros é inútil, eticamente condenável e judicialmente processável. Na
verdade, o uso de testes sem tais parâmetros qualifica o seu usuário como charlatão,
terminologia que define o usuário como criminoso diante a lei, e como eticamente
irresponsável diante do conhecimento científico;
 Pertinência do teste: além de ser válido e preciso, o teste deve: ter relevância ao
problema apresentado pelo sujeito testando. Nenhum teste serve para toda e
qualquer avaliação. O aplicador deve saber para que serve um dado teste e recolher
aquele que se aplica ao problema do testando. Este é um problema bastante grave
para o psicólogo, uma vez que, apesar de haver tantos testes no mercado, não
existem testes para todas as necessidades que os sujeitos podem apresentar. Veja,
por exemplo, o caso da seleção: praticamente quase não existem testes construídos
para este fim; assim, na hora de escolher os testes para tal intento, o psicólogo tem
que se virar para utilizar testes que, pelo menos, possam dar alguma informação
pertinente para tal cargo. Assim, por exemplo, um teste de raciocínio dedutivo
dificilmente se justifica num psicotécnico para motoristas amadores. Além de ser

3
Presidente Coordenadora de Pós-Graduação em Psicologia Clínica: no Brasil;

10
pertinente ao caso, o teste escolhido deve se adaptar ao nível do candidato, isto é,
adaptado ao nível intelectual, profissional, etc, do candidato.
2. Aplicação dos testes psicológicos (ambiente de testagem): nem todo o mundo é
capacitado ou pode aplicar testes psicológicos, além de serem inclusive de uso
exclusivo da profissão dos psicólogos. Sendo instrumentos sofisticados, os testes
requerem uma série de regras para sua aplicação, regras que são expressas sob o
que se chama de padronização da aplicação dos mesmos;
 Administração dos testes: os resultados do teste são válidos (obviamente supondo
que o próprio teste seja válido) se a sua aplicação seguiu à risca as instruções e
recomendações dadas pelo seu autor, isto é, se o aplicador seguiu exatamente o
manual de aplicação do teste. Normalmente, tais orientações irão exigir pelo menos
duas condições de aplicação para que os resultados sejam válidos e confiáveis, a
saber, a qualidade do ambiente físico da aplicação e a qualidade do ambiente
psicológico, que tipicamente significa uma atmosfera em que a ansiedade do
testando seja reduzida ao mínimo.
3. Leis (código de Nuremberg4, declaração de Helsinque5);
4. Divulgação de resultados e sigilo: o sujeito tem direito de saber sobre os resultados,
as informações não devem ser divulgadas. Ou seja, o Psicólogo deve seguir alguns
princípios, sendo estes:
 O candidato que se submeteu aos testes tem o direito a toda e qualquer informação
que desejar. Concomitante a este direito a todo o conteúdo dos testes, o psicólogo
deve respeitar também o princípio do consentimento informado do candidato, o
qual lhe dá o direito a que o psicólogo utilize uma linguagem acessível ao
candidato com referência a qualquer informação relevante que os testes produzem.
Também tem direito aos resultados o solicitante da testagem, como o dono da
empresa no caso da seleção ou o juiz no caso da perícia judicial. O direito destes,
entretanto, não é sobre todos os resultados obtidos na testagem; eles apenas têm
direito às informações estritamente necessárias à resposta da solicitação;
 Sigilo e a segurança dos resultados dos testes devem, em geral, seguir as normas do
sigilo entre profissional e paciente, similarmente ao sigilo médico. Assim, (a) os

4
Conjunto de princípios éticos que regem a pesquisa com seres humanos, ou seja, fala que o consentimento
voluntário do ser humano é absolutamente essencial;
5
Declaração elaborada pela Associação Médica Mundial, logo depois do Código de Nuremberg.
11
arquivos devem ser seguros de modo que ninguém possa ter acesso a um dado caso
sem autorização específica do profissional responsável;
Encontrado em (Psicologia Unip, 2018).

Seguir a padronização do teste psicológico é importante. Se não o seguirmos,


corremos o risco de obter dois tipos de erro:

 Os resultados não serão confiáveis ou válidos e com isso conseguimos


perceber a relação entre padronização, validade e fidedignidade desses
instrumentos;
 Falta de ética pois o psicólogo deve ter conhecimento das técnicas de
aplicação dos seus instrumentos/ ferramentas.
Em (Hamdan, 217).

NORMATIZAÇÃO DOS TESTES PSICOLÓGICOS

A normatização de um teste “diz respeito a padrões de como se deve interpretar um


escore que o sujeito recebeu num teste” (Pasquali, Técnicas de exame psicológico, 2001).
Os escores brutos de um teste devem ser convertidos em medidas relativas, com dois
objetivos: indicar a posição relativa do indivíduo na amostra normativa, avaliando seu
desempenho em relação a outras pessoas, e oferecer medidas comparáveis que permitam
comparação direta do desempenho do indivíduo em testes diferentes (Pasquali, Técnicas de
exame psicológico, 2001). Para as autoras, a normatização é uma das etapas da
padronização.

(Anastasi & Urbina, 2000) afirmam que as normas dos testes psicológicos não são
absolutas, universais ou permanentes. Elas representam apenas o desempenho no teste das
pessoas que constituem a amostra de padronização. De acordo com as autoras, ao escolher
esta amostra, normalmente tenta-se obter um perfil representativo da população para a qual
o teste foi planejado. (Figueiredo & Pinheiro, 1998) também enfatizam a importância de se
padronizar o teste para o grupo específico no qual será utilizado, pois sabe-se que há várias
diferenças na cultura, no tecido social, na linguagem, entre outras.

12
Diante disso, percebe-se a necessidade de que instrumentos produzidos em países
diferentes sofram estudos de normatização para cada lugar onde serão importados. Essa
preocupação deve existir, já que, ao se interpretar os resultados do teste, não se pode usar
as mesmas normas que foram utilizadas com populações diferentes, com culturas
diferentes. Cabe aos profissionais, aos pesquisadores, às universidades e às editoras esse
cuidado com o desenvolvimento científico.

Tal como foi dito em (Arruda, 2019), as formas comuns de apresentação das
normas de um teste:

●Percentis6/quartis/decis;

●Resultados estandardizados (notas Z e T);

●Classificações ou equivalentes de idade, habilitações, categorias profissionais, etc.

“As normas indicam a posição do examinando num determinado teste por


comparação com o desempenho de outras pessoas (grupo normativo) da mesma idade,
sexo, grau académico, etc.

Devem ser elaboradas com grande cuidado e revistas com alguma periodicidade
para que permaneçam actualizadas e válidas” (Arruda, 2019).

E quando a distribuição dos Resultados Brutos não for simétrica?

Ainda na mesma finte conseguimos observar que se usa o procedimento habitual,


que se baseia na conversão de percentuais ou Resultados Brutos em resultados
estandardizados que se ajustem à curva normal.

Como fazer?

Determinar os percentis ordenados correspondentes aos Resultados Brutos:

1. Determinar quantos resultados estão abaixo de determinado resultado de


referência (frequências acumuladas);
2. Determinar quantos casos existem num grupo;

6
Posição em que se coloca o indivíduo em relação à distribuição normal do grupo de referência;
13
3. Dividir o resultado obtido em 1, pelo resultado obtido em 2;
4. Multiplicar o resultado obtido em 3 por 100;
5. Procurar na nota Z correspondente ao valor obtido em 4 numa tabela de
áreas da curva normal.

Cuidados ao fazer a normatização

1. Os escores (resultados) brutos de um teste devem ser convertidos em medidas


relativas com dois objectivos:
 Indicar a posição relativa do indivíduo na amostra normativa avaliando o
seu desempenho em relação a outras pessoas, ou seja, vai haver uma
comparação da posição e desempenho com relação a outras pessoas;
 Oferecer medidas comparáveis que permitam a comparação indirecta do
desempenho do indivíduo em testes diferentes, ou seja, comparação do
desempenho em testes diferentes;
2. Há três factores nas normas de desenvolvimento que permitem os principais
critérios:
 Idade mental: conceito concebido pela escala de Binet-Simon na qual os
indivíduos são agrupados em níveis de idades, assim é esperado que a
criança acerte um maior número de itens de acordo com a sua idade. Essa
idade mental, foi expressa em termos da idade cronológica, resultando no
quociente intelectual, denominado como Q.I, através da fórmula: QI= 100x
IM/IC;
 Nível académico ou série escolar: este critério é utilizado para testes de
desempenho acadêmico e somente faz sentido quando se trata de disciplinas
que são oferecidas numa sequência de várias séries escolares;
 Estágio de desenvolvimento: os critérios baseiam-se nas teorias de Piaget);
3. Normas intra-grupo: o critério de referência dos escores é o grupo ou a população
para o qual o teste foi construído. Ou seja, servem para transformar dados brutos
em unidades que possibilitam comparações.

Tal como encontrado e referenciado por (Psicologia Unip, 2018).

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CONCLUSÃO

A padronização diz respeito as condições de aplicação de um teste e que devem ser


rigorosamente as mesmas. Isto é devem seguir um padrão as chamadas condições
estandardizadas.

Por fazer parte dos factores que dão validade a um teste psicológico, num sentido
geral, a padronização se refere à necessária uniformidade em todos os procedimentos no
uso de um teste válido e preciso. Desde as precauções a serem tomadas na aplicação até os
parâmetros ou critérios para interpretar os resultados obtidos. Testes psicológicos são
instrumentos importantes para a prática profissional do psicólogo, auxiliando-o na
realização de avaliação, no ensino e na pesquisa. São considerados instrumentos de medida
e, por isso, devem conter determinadas características que atestem a sua confiabilidade,
tais como validade e precisão.

A padronização implica em uniformidade do processo de avaliação do teste. Se


vamos comparar os resultados obtidos por diferentes indivíduos, as condições de aplicação
devem ser, evidentemente, iguais para todos.

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Bibliografia

Anastasi, A., & Urbina, S. (2000). Testagem Psicológica (7 ed.). (P. A. Médicas, Ed.)

Arruda, C. M. (2019). Psicometria. Obtido de StuDocu:


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Obtido de Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=yIAMcHCX3LA

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