4 Corrente Alternada 3 2020

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Regimes de Ressonância nos Circuitos

Eléctricos de Corrente Alternada

Quando um circuito de corrente alternada sinusoidal contendo


os elementos resistência, indutância e capacidade comporta-se,
nos seus efeitos, como se fosse puramente resistivo, isto é, a
corrente e tensão ficam em fase, diz-se que o mesmo está em
ressonância.

Podemos ter a ressonância de tensão ou ressonância de


corrente.

1
TEORIA DE CIRCUITOS 2020
Regimes de Ressonância nos Circuitos
Eléctricos de Corrente Alternada
Ressonância de tensão (Série)
R  j XC

I
U j XL

U
Z  R  j (X L  XC ) ; Z  R  (XL  XC ) ; I 
2 2

Z
U U
I  ; I
R  j (X L  XC ) R 2  ( X L  X C )2
2
TEORIA DE CIRCUITOS 2020
Regimes de Ressonância nos Circuitos
Eléctricos de Corrente Alternada
Ressonância de tensão
1 1
X L  XC   L   0  ;Z R;
C LC
U U U L UC 0 L 1
Z  R ; I  ; I  ;Q    
R R UR UR R 0 C R
Z I UL
U
R
U
R
I
0  0 UC

3
TEORIA DE CIRCUITOS 2020
Regimes de Ressonância nos Circuitos
Eléctricos de Corrente Alternada
Ressonância de corrente (Paralelo)

I
U R  j XC j XL

1 1 1 1 1
Y  G  j (YC  YL ) ; G  ; YC   j ; YL  j
R  j XC XC j XL XL
Y  G 2  (YC  YL ) 2 ; I  U Y  U [G  j (YC  YL )]
I U G 2  (YC  YL ) 2

4
TEORIA DE CIRCUITOS 2020
Regimes de Ressonância nos Circuitos
Eléctricos de Corrente Alternada
Ressonância de corrente (Paralelo)

I  I R  I L  IC ;
IC
Y

U
1
R
I  IR
0  IL

5
TEORIA DE CIRCUITOS 2020
Regimes de Ressonância nos Circuitos
Eléctricos de Corrente Alternada
Ressonância de corrente (Paralelo)
R1 j XL

I
IC
 j XC R2

U I U
IL
I  I 1  I 2  U . Y ; Y  Y1  Y2  G  j B
1 R X 1 R X
Y1   2 1 2  j 2 L 2 ; Y2   2 2 2  j 2 C 2 ;
R1  j X L R1  X L R1  X L R2  j X C R2  X C R2  X C
R1 R2 XC XL
G  ; B  
R12  X L2 R22  X C2 R22  X C2 R12  X L2

6
TEORIA DE CIRCUITOS 2020
Ressonância de corrente
L
 R12
XC XL C
0     0
R22  X C2 R12  X L2 L
 R22
C

Analisando a expressão da frequência, pode-se considerar que


se : R1  R2  0    0
Por outro lado tendo em conta o radicando podemos
estabelecer as condições de este ser real:

L L L L
 R12   R22   R12   R22
C C C C

7
TEORIA DE CIRCUITOS 2020
Ressonância de corrente

L 0
Com :  R12  R22    0
C 0

O resultado obtido mostra que a frequência de ressonância é


indeterminada. Isto significa que a ressonância pode ocorrer
com qualquer frequência.

TEORIA DE CIRCUITOS 2020 8


Indutância mútua
Conceitos Básicos
Se um circuito contém uma indutância mútua (isto é,
enrolamentos magneticamente acoplados), o fluxo originado por
um, abraça o outro, e regista-se uma f.e.m., de indução mútua
em cada enrolamento que deve ser levada em conta.

i1 i2 i1 i2
a) b)

   
c) d)

TEORIA DE CIRCUITOS 2020 9


Indutância mútua
Conceitos Básicos
As bobinas em a) estão de tal modo acopuladas que os seus
fluxos somam-se e em b) as bobinas estão acopuladas de modo
que os seus fluxos estão a contrariar-se um ao outro. O sinal
asterisco (ou um ponto) indica o início das bobinas.

Se as correntes numa indutância mútua estão a dirigir-se para


(ou distanciar-se de) terminais homólogos as bobinas
componentes são referidas como sendo ligadas a somar ou em
conjunção.

No caso em que as correntes se dirigem para terminais


diferentes, diz-se que as bobinas estão em oposição.

TEORIA DE CIRCUITOS 2020 10


Indutâncias mútuas em série e em
conjunção
L1 M L2
 

I
U

R1 R2

U  I [ R1  R2  j ( X 1  X 2  2 X M )]
U
Z conj   R1  R2  j ( X 1  X 2  2 X M )
I
TEORIA DE CIRCUITOS 2020 11
Indutâncias mútuas em série e em
oposição
L1 M L2
 

I
U

R1 R2

U  I [ R1  R2  j ( X 1  X 2  2 X M )]
U
Z opo   R1  R2  j ( X 1  X 2  2 X M )
I
TEORIA DE CIRCUITOS 2020 12
Cálculo de circuitos
magneticamente acopulados
Os circuitos contendo indutância mútua são resolvidos
aplicando-se os métodos das leis de Kirchoff e Malhas
independentes.
Exemplo 1 - Calcular as correntes do circuito que se
segue, aplicando o método das leis de Kirchoff, sabendo
que:  jX
 jXC1 C2

X C1  X L1  X C 2  X L 2  8  
E1  10V ; E2  10 V ; R3  X M  4  I3 I2
I1
E1 R3 E2

jX L1 jX L 2
*  *
TEORIA DE CIRCUITOS 2020 13
M
N eq _ 1a Lei  N  1  2  1  1 ; N eq _ 2a Lei  r  rc  N  1  3  0  2  1  2
 I1  I 2  I 3
  [ R3  j ( X L1  X C1 )] I 1  ( R3  jX M ) I 2  E1
 I 1 j ( X L1  X C1 )  I 3 R3  I 2 jX M  E1 
 I j ( X  X )  I R  I jX  E ( R3  jX M ) I 1  [( R3  j ( X L 2  X C 2 )] I 2  E 2
 2 L2 C2 3 3 1 M 2

4 I 1  ( 4  j 4) I 2  10
  4 I 1  ( 4  j 4) I 2  ( 4  j 4) I 1  4 I 2
 ( 4  j 4) I 1  4 I 2  10

I 1  I 2 ; I 1 (8  j 4)  10  I 1  1,12  26,56 , A  (1  j 0,5) A


I 3  ( 2  j 1) A  2,24 26,56

TEORIA DE CIRCUITOS 2020 14


Transferência de Energia em
Circuitos Acopulados
S F  S C ; S F   E . I   U J . J 
 PF  j Q F
PC   I 2 R ; QC   I2 X  2  I k p I sr X M cos ( k p   s r )

S F  E1 I 1  E 2 I 2  2 . 10 1  j 0,5  ( 20  j 10) VA  PF  20 W ; QF  10 VAR

PC  I 32 R3  2,242 . 4  20,07 W

Q  I 12 ( X L1  X C1 )  I 22 ( X L 2  X C 2 )  2 I 1 . I 2 . X M cos  I 1   I 2 

Q   2 .1,12 . 1,12 . 4 . cos (0)  10,04 VAR

TEORIA DE CIRCUITOS 2020 15


Exemplo 2 - Calcular as correntes do circuito dado, usando
o método das malhas independentes. Verificar o equilíbrio

de potências. X R1 2
M

E1  12 V ; E 2  10 V ; X 2  X 3  5  ; E1 X3 IB E2
IA
X M  5 , R1  R2  4  
R2

 I A  R1  j X 3   I B j X M  I B j X 3  E1  I A 4  j 5  12
 
 B 2
I [ R  j  X 2  X 3 ]  I A j X M  I A j X 3  2 j X M I B  E 2  4 I B  10

 12
 AI   1,17  j 1,46 , A  I A  1,87   51,34 , A
 4 j5  ;
  I B  2,5 , A
I B  2,5 A
TEORIA DE CIRCUITOS 2020 16
I 1  I A ; I 2  I B ; I 3  I A  I B  3,67  j 1,46  3,95  21.74 , A

S F  E1 I 1  E 2 I 2  12 1,17  j 1,46  10 . 2,5  (39,04  j 17,52) VA


PC  I 12 R1  I 22 R2  4 . (1,872  2,52 )  38,98 W ;
Q  I 22 X 2  I 32 X 3  2 I 2 . I 3 . X M cos  I 2   I 3 
Q  2,52 . 5  3,952 . 5  2.2, 5 . 3,95 . 5 . cos 21,74  17.54 VAR

TEORIA DE CIRCUITOS 2020 17


Determinação Experimental da
Indutância Mútua
Discutiremos dois métodos. No primeiro método são
efectuadas duas experiências com as bobinas ligadas em
série e em conjunção e em seguidas as mesmas bobinas são
conectadas em série e em oposição.
U conj Pconj
Z conj  ; Rconj  2
; X conj  Z conj
2
 Rconj
2

I conj I conj

L1 M L2
*  
* W A

R1 R2

TEORIA DE CIRCUITOS 2020 18


Determinação Experimental da
Indutância Mútua
U opo Popo
Z opo  ; Ropo  2
; X opo  Z opo
2
 Ropo
2

I opo I opo

L1 M L2
*  
* W A X conj   ( L1  L2  2 M )
X opo   ( L1  L2  2 M )
V X conj  X opo  4  M 
R1 R2 X conj  X opo
M
4

TEORIA DE CIRCUITOS 2020 19


Determinação Experimental da
Indutância Mútua
A M

V V

d i1 U2
u2  M ; U 2   M I1  M 
dt  I1

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