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REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

Presidente da República
Jair Messias Bolsonaro

Ministro do Meio Ambiente


Ricardo de Aquino Salles

Secretário-Executivo do Ministério do Meio Ambiente


Luís Gustavo Biagioni

Secretário de Qualidade Ambiental


André Luiz Felisberto França

Diretora de Gestão Ambiental Territorial


Ana Paula Ramos de Almeida e Silva

COORDENAÇÃO GERAL
André Luiz Felisberto França
Secretaria de Qualidade Ambiental/Ministério do Meio Ambiente

COORDENAÇÃO TÉCNICA
Ana Paula Ramos de Almeida e Silva
Departamento de Gestão Ambiental Territorial/Secretaria de Qualidade Ambiental/
Ministério do Meio Ambiente

EQUIPE TÉCNICA MMA


Ana Luísa Teixeira de Campos Leandro Guimarães Cruvinel e Palos
Fádia dos Reis Rebouças Salomar Mafaldo de Amorim Junior
Jacobson Luiz Rodrigues Ribeiro Wiéner Anselmo de Medeiros Souza
Larissa Cassia Ribeiro da Cruz Godoy

PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO


Marlon Marçal Matias

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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.....................................................................................................................4
2. ÁREAS VERDES URBANAS NO BRASIL......................................................................8
3. OBJETIVOS DO PROGRAMA......................................................................................10
4. GOVERNANÇA E APOIO À GESTÃO..........................................................................11
5. DIRETRIZES, INDICADORES, CATEGORIAS E TIPOLOGIAS DE AVU........... 13
6. REFERÊNCIAS.................................................................................................................. 18

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1. INTRODUÇÃO
A gestão de Áreas Verdes Urbanas representa um grande desafio para os municípios
brasileiros. É comum a ausência desses espaços ou a sua degradação, tanto em seus
aspectos urbanísticos quanto sociais. Além disso, com frequência pode ser verifica-
da a perda das funções ecológicas de tais áreas, evidenciadas pela falta de manuten-
ção e conservação dos recursos naturais existentes.

Na maioria das cidades brasileiras, a expansão urbana não é acompanhada de pro-


cessos de planejamento e gestão satisfatórios, gerando, entre outras consequên-
cias, cenários de degradação social e ambiental que afetam direta e negativamente
a qualidade de vida da população. É fundamental um olhar atento dos gestores pú-
blicos para essas questões, uma vez que a importância das áreas verdes urbanas vai
além do aspecto contemplativo, pois estão intimamente relacionadas aos serviços
ecossistêmicos essenciais à saúde e à qualidade de vida nas cidades.

A relevância ambiental, econômica e social dessas áreas foi a motivação para o Mi-
nistério do Meio Ambiente desenvolver o Programa Cidades+Verdes, cujo objetivo
principal é ampliar a quantidade e a qualidade das áreas verdes urbanas no país. O
Programa é um dos eixos da Agenda Nacional de Qualidade Ambiental Urbana, que
objetiva melhorar a qualidade de vida nas cidades brasileiras.

Este documento é composto por informações sobre as áreas verdes no Brasil, objeti-
vos do programa, ferramentas tecnológicas, governança e apoio à gestão, além de di-
retrizes, indicadores, categorias e tipologias de áreas verdes urbanas (AVU). O Progra-
ma Cidades+Verdes e os documentos a eles relacionados serão atualizados, sempre
que necessário, ficando disponíveis no sítio eletrônico do MMA para consulta e uso.

1.1 A situação atual


O fenômeno de adensamento populacional nas áreas urbanas é mundial, o que re-
força a necessidade da urbanização sustentável, sendo a criação de espaços verdes
uma das ações que repercutem em melhor qualidade ambiental urbana e, conse-
quentemente, em melhor qualidade de vida para as pessoas.

Segundo projeções do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), até 2030,
cinco bilhões de pessoas viverão nas cidades, o equivalente a 60% da população
mundial estimada. Os dados nacionais indicam que a urbanização brasileira atingiu o
índice de 84,4% (Censo IBGE, 2010).

A expansão urbana sem o devido planejamento ocasiona a ocupação de áreas ina-


propriadas e áreas de preservação permanente, como encostas de morros, que co-
mumente resulta em deslizamentos de terra. Além disso, a compactação excessiva
e o asfaltamento dificultam a infiltração de água no solo, comprometendo o abas-
tecimento de lençóis freáticos, o que acaba ocasionando alagamentos e enchentes.
Além desses, há uma série de problemas que estão indiretamente relacionados à
falta ou à degradação das áreas verdes urbanas, como as ilhas de calor e a poluição
do ar, ambos com impactos na saúde da população.

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A ausência de informações quali-quantitativas sobre áreas verdes urbanas existen-
tes nos municípios brasileiros e de parâmetros e indicadores relacionados ao tema
para apoiar a gestão ambiental urbana são importantes obstáculos para a resolução
dos problemas advindos da expansão urbana.

Soma-se a tal fato, restrições orçamentárias e financeiras que limitam o planeja-


mento e a gestão das áreas verdes urbanas, o que representa desafio ainda maior
para pequenos municípios. Segundo o IBGE, menos de 1% dos municípios brasileiros
possui mais de 500 mil habitantes.

A falta de recursos para tratar de áreas verdes urbanas também reflete na baixa
manutenção que esses espaços recebem. Segundo levantamentos realizados pelo
Município de São Paulo, o custo médio estimado de manutenção dessas áreas anu-
almente é de cerca de R$ 152 mil por hectare, incluindo roçagem, insumos, mão de
obra e equipamentos de proteção (São Paulo, 2018).

Visando apoiar a superação dos desafios apontados, o Ministério do Meio Ambiente


desenvolveu o Programa Cidades+Verdes, que viabiliza o levantamento e disponibili-
zação de informações sobre as áreas verdes urbanas, de forma a promover a criação,
recuperação, manutenção e gestão dessas áreas, que têm sua importância reconhe-
cida na legislação brasileira.

1.2 Os benefícios das áreas verdes


O Código Florestal define áreas verdes urbanas como “espaços, públicos ou priva-
dos, com predomínio de vegetação, preferencialmente nativa, natural ou recupe-
rada, previstos no Plano Diretor, nas Leis de Zoneamento Urbano e Uso do Solo do
Município, indisponíveis para construção de moradias, destinados aos propósitos de
recreação, lazer, melhoria da qualidade ambiental urbana, proteção dos recursos
hídricos, manutenção ou melhoria paisagística, proteção de bens e manifestações
culturais” (Lei nº 12.651/12, Art. 3º, XX).

Nesse sentido, as normas brasileiras trazem o reconhecimento dos diversos servi-


ços ecossistêmicos prestados por áreas verdes inseridas na malha urbana. De fato,
essas áreas contribuem decisivamente para a melhoria da qualidade do ar; a mitiga-
ção dos impactos de eventos climáticos extremos; a segurança hídrica; e a redução
de uma série de doenças (cardíacas, pulmonares, psicológicas e relacionadas à po-
luição e degradação ambiental).

Diversos estudos indicam a relação entre áreas verdes e saúde humana, analisando
evidências de melhorias na qualidade do ar; de aumento de atividades físicas, saúde
respiratória e resiliência a doenças; de redução do estresse; e de uma maior coesão
social, promovidos e estimulados por esses espaços.

O documento intitulado “Espaços verdes urbanos e saúde – uma revisão de evidên-


cias”, da Organização Mundial de Saúde (WHO, 2016) traz um levantamento com
comprovações dos benefícios relacionados às áreas verdes urbanas, como: melho-
rias no funcionamento do sistema imunológico; redução de obesidade; aumento de

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relaxamento; amortecimento de ruídos antropogênicos e produção de sons natu-
rais; exposição reduzida à poluição do ar; redução do efeito de ilha de calor urbana;
comportamento pro-ambiental aprimorado; exposição otimizada à luz solar e sono
melhorado; melhoria da saúde mental e da função cognitiva; redução da morbidade
cardiovascular; redução de diabetes tipo 2; benefícios durante a gravidez, com me-
lhoria de peso do bebê no nascimento; e redução da mortalidade.

Outros benefícios trazidos por essas áreas para as cidades são: estabilização de su-
perfícies por meio da fixação do solo pelas raízes das plantas; obstáculos contra-
vento; equilíbrio de umidade e temperatura; proteção de nascentes, de mananciais e
da qualidade da água; abrigo de fauna; valorização visual e ornamental do ambiente;
segurança das calçadas como acompanhamento viário; recreação; consumo de ve-
getais e frutas frescas, entre outros.

Facilitar o acesso ao espaço verde urbano pode melhorar a saúde física e mental e
produzir benefícios econômicos por meio da redução do absenteísmo e aumento da
produtividade das pessoas. O investimento em espaços verdes também pode gerar
emprego e melhorar o turismo.

Portanto, o retorno econômico do investimento em espaços verdes é um aspec-


to relevante a ser considerado no planejamento urbano e nos serviços prestados
à sociedade. Um exemplo de benefício advindo desse investimento é a atração e
retenção de força de trabalho qualificada, em função da melhor qualidade de vida
oferecida pelas cidades que realizam melhor gestão de suas áreas verdes. Soma-se
a isto, que ambientes agradáveis, arborizados e com abundância de espaços verdes,
geralmente, impactam positivamente a valorização imobiliária desses locais, atrain-
do residentes e investimentos, além de possibilitar sua sustentabilidade econômica
(KPMG, 2012).

1.3 O Programa Cidades+Verdes


Este documento está alinhado à Política Nacional de Meio Ambiente (Lei nº 6.938/1981),
que estabelece o zoneamento ambiental como um de seus instrumentos; ao Estatu-
to das Cidades (Lei nº 10.257/2001), que institui o zoneamento ambiental como um
dos instrumentos de planejamento territorial municipal; e ao Código Florestal (Lei nº
12.651/2012), que em sua Seção III do Capítulo IV trata do “Regime de Proteção das
Áreas Verdes Urbanas”.

À luz desse arcabouço legal, reafirma-se a importância do planejamento e da reali-


zação de diversos projetos práticos e ações concretas, que tragam como resultados
efetivos o incremento e a melhoria da gestão das áreas verdes urbanas em âmbito
nacional, de forma a beneficiar de forma contínua a população brasileira.

O Programa visa à execução de projetos de criação, ampliação, recuperação e inte-


gração de áreas verdes urbanas, no curto e médio prazo, com apoio aos municípios.
Neste sentido, será divulgado no sítio eletrônico do MMA o Plano de Ação do Pro-
grama Cidades+Verdes, que será periodicamente atualizado. No site também serão
disponibilizadas informações sobre ferramentas, projetos, fontes de financiamento,

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orientações e práticas de referência na gestão de áreas verdes urbanas, bem como
outras informações relevantes para a adequada implementação do Programa.

Diferentes fontes de financiamento poderão apoiar ações do Programa, tais como:

• Fundos Públicos, como o Fundo Nacional do Meio Ambiente, Fundo Nacional so-
bre Mudança do Clima e Fundo de Defesa dos Direitos Difusos;

• Fundos Privados;

• Compensação Ambiental, conforme previsto no artigo 25, IV, da Lei nº 12.651, de


25 de maio de 2012;

• Parcerias Público Privadas – PPP;

• Programa de Conversão de Multas, de âmbito nacional, instituído pela Portaria


MMA nº 76, de 18 de fevereiro de 2020;

• Pagamento por Serviços Ambientais;

• Programas voluntários.

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2. ÁREAS VERDES URBANAS NO BRASIL
No Brasil, existem poucas informações consolidadas a respeito da cobertura vegetal
nas áreas urbanas. Os levantamentos já realizados são dispersos e, em geral, não le-
vam em consideração uma metodologia padronizada, tampouco a condição ambien-
tal e a distribuição espacial das áreas verdes mapeadas em uma escala adequada ao
planejamento urbano. Nesse sentido, é necessário conceituar as tipologias de áreas
verdes inseridas na malha urbana e também definir as diretrizes e indicadores que
orientem suas avaliações, monitoramento e gestão.

Dentre os levantamentos de cobertura vegetal em escala nacional, destacam-se


cinco iniciativas:

1. Ministério do Meio Ambiente, 2016: estudo realizado pela Universidade de Brasília


(UnB) para elaboração, mediante processamento de imagens de satélite com 5
metros de resolução espacial, de levantamento da cobertura vegetal e dos cor-
pos d’água existentes nas áreas urbanizadas de 732 (setecentos e trinta e dois)
municípios brasileiros. Nesse estudo foram levantadas com detalhes algumas
classes de uso do solo, como áreas antropizadas e áreas com vegetação herbá-
cea, arbustiva e arbórea.

2. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Censo 2010: caracterís-


ticas urbanísticas do entorno dos domicílios. O Censo de 2010, apresenta infor-
mações sobre os domicílios que apresentam arborização em seu entorno. Outra
informação importante extraída do Censo 2010 foi a área dos setores censitários
urbanos (setores 1, 2 e 3).

3. Global Forest Change (GFC), Hansen/UMD/Google/USGS/NASA 2010: esse


projeto conduzido pela Universidade de Maryland mapeou a cobertura florestal
global, incluindo o Brasil, considerando toda vegetação com mais de 5 metros e
que fecham um dossel. Esses dados, quando devidamente trabalhados, fornecem
uma qualificação (cobertura arbórea) das áreas urbanas.

4. Open Street Maps (OSM): o OSM é um projeto de mapeamento colaborativo. Nos


mapas de áreas naturais constam o limite de algumas áreas livres e de possíveis
áreas verdes como parques e praças, e de recreação como os playgrounds e jardins.

5. Cadastro Nacional de Unidades de Conservação (CNUC): o CNUC é mantido pelo


MMA em colaboração com os órgãos gestores federais, estaduais e municipais,
onde são disponibilizados os dados oficiais do Sistema Nacional de Unidades de
Conservação (SNUC).

Em escala nacional, dados do projeto colaborativo Open Street Maps indicam a exis-
tência de uma soma, entre áreas verdes e áreas livres (dentro dos setores censitá-
rios urbanos 1, 2 e 3), de aproximadamente 1.200 km², denominadas áreas naturais.
As áreas verdes urbanas contam com definição no Código Florestal, conforme apre-
sentado no item 1.2, ao passo que as áreas livres podem ser entendidas apenas como
áreas permeáveis, públicas ou não, livre de construções (Oliveira, 1996).

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Nos dados sobre a situação dos domicílios no Censo 2010 do IBGE é possível obser-
var que 32% dos domicílios urbanos não apresentam nenhum tipo de arborização em
seu entorno. Já no projeto Global Forest Change, há um indicativo de 9% de rema-
nescentes de vegetação arbórea nas áreas urbanas em 2010.

Em relação às Unidades de Conservação que constam no banco de dados do CNUC


(informações extraídas em 2019), cerca de 2.200 km² (excetuando as Áreas de Pro-
teção Ambiental – APA) intersectam áreas urbanas, o que corresponde a aproxima-
damente 2% de área urbana. Dessas, 73% são UCs estaduais, 19% federais e 8% são
UCs municipais.

Figura 4. Unidades de Conservação em Áreas Urbanas, exceto APAs, por esfera.

Apesar das áreas urbanas corresponderem a menos de 1% do território nacional,


cerca de 85% da população vive nessas áreas, segundo informações do Censo do
IBGE, 2010. Os levantamentos indicam a existência de aproximadamente 7 m² de
áreas livres e verdes (OSM) por habitante.

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3. OBJETIVOS DO PROGRAMA
A Constituição Federal atribui ao poder público a obrigação de assegurar a todos os
brasileiros um meio ambiente ecologicamente equilibrado essencial à sadia qualida-
de de vida das presentes e futuras gerações (CF, art. 225). Nesse sentido, o Governo
Federal desenvolveu o Programa Cidades+Verdes, um programa nacional para ges-
tão de áreas verdes urbanas. A melhoria da qualidade ambiental nas áreas urbanas
depende do aprimoramento da gestão ambiental nos municípios.

Atualmente não existem orientações técnicas nacionais ou marcos normativos fe-


derais que estabeleçam recomendações e parâmetros que relacionem a condição
ambiental das áreas verdes urbanas à qualidade de vida. Além disso, ainda não foi
realizado um levantamento nacional de áreas verdes urbanas que possibilite conhe-
cer a realidade dos municípios brasileiros. Diante dessas lacunas foram instituídos
os seguintes objetivos para o Programa:

1. Criar, ampliar, recuperar e integrar áreas verdes urbanas;

2. Aprimorar a gestão ambiental urbana por meio de ferramentas de mapeamento e


monitoramento das áreas verdes urbanas;

3. Estabelecer diretrizes, indicadores, categorias e tipologias para o planejamento,


implantação e monitoramento de áreas verdes urbanas;

4. Melhorar a qualidade de vida nas cidades, valorizando a prestação de serviços


ecossistêmicos dessas áreas.

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4. GOVERNANÇA E APOIO À GESTÃO

4.1 Governança
A Constituição Federal (CF, 1988) atribuiu à União, aos Estados e ao Distrito Federal a
competência para legislar concorrentemente sobre direito urbanístico (CF, art. 24, I)
e aos municípios a competência para promover o ordenamento territorial, mediante
planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano (CF,
art. 30, VIII). Diante disso, o Supremo Tribunal Federal (STF) entendeu que as normas
federais e estaduais de direito urbanístico às quais o município está submetido de-
vem ser gerais para não tornarem inócua a competência municipal:

“(...) a competência municipal, para promover, no que couber, adequado


ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso, do par-
celamento e da ocupação do solo urbano – CF, art. 30, VIII – por relacio-
nar-se com o direito urbanístico, está sujeita a normas federais e esta-
duais (CF, art. 24, I). As normas das entidades políticas diversas – União e
Estado-membro – deverão, entretanto, ser gerais, em forma de diretrizes,
sob pena de tornarem inócua a competência municipal, que constitui exer-
cício de sua autonomia constitucional [ADI 478, rel. min. Carlos Velloso, j.
9-12-1996, P, DJ de 28-2-1997]”.

Nesse sentido, cabe aos governos federal e estaduais estabelecer normas gerais e
referenciais técnicos para orientar a atuação dos municípios na gestão ambiental de
seus territórios. Ao mesmo tempo, a participação do governo federal, dos estados,
dos municípios, de centros de pesquisa, da iniciativa privada e da sociedade na im-
plementação do Programa Cidades+Verdes é imprescindível para assegurar a con-
solidação de ações estruturantes voltadas à promoção de cidades sustentáveis e à
superação de desafios urbanos no território nacional.

4.2 Apoio à gestão


De forma a apoiar a gestão municipal, o MMA desenvolveu uma ferramenta para o
mapeamento e disponibilização de informações sobre AVU, denominada Cadastro
Ambiental Urbano (CAU), executado pelo MMA, com recursos do Fundo de Defesa de
Direitos Difusos (FDD) do Ministério da Justiça e da Segurança Pública (MJSP).

O CAU é uma ferramenta para identificação, mapeamento e qualificação de áreas


verdes urbanas (AVU) em plataforma digital, compatível com a escala de planeja-
mento ambiental e urbano, a partir de um conjunto de tipologias e atributos pa-
dronizados, na qual o gestor municipal pode realizar, de forma autodeclaratória, a
demarcação e o cadastro dos atributos de cada área verde existente ou planejada na
malha urbana do município, que pode ser acessada em www.cau.mma.gov.br. Foram
desenvolvidos dois módulos para o CAU:

1. CAU Gestor: desenvolvido nas plataformas web e mobile, com acesso exclusivo
para técnicos e gestores municipais, estaduais e federais. Esse módulo permite o
cadastro das AVU pelos municípios e DF, com sua delimitação, área e principais

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atributos, gerando indicadores espaciais simples e objetivos. Esse módulo permi-
te ainda o envio de notificações entre usuários do módulo gestor, bem como para
os diferentes usuários das AVU cadastradas.

2. Módulo Cidadão: desenvolvido exclusivamente em plataforma mobile, permite


aos cidadãos acessar as principais informações sobre a localização, a área e os
atributos de todas as áreas verdes urbanas no país cadastradas pelos municípios
e DF. O aplicativo possibilita aos usuários classificar os atributos de segurança,
lazer, condição ambiental e infraestrutura de cada área verde, gerando uma ava-
liação por parte dos usuários. Essa avaliação, além de incentivar um aumento do
uso desses espaços, pode também ser útil para a tomada de decisão do gestor
público.

O desenvolvimento de aplicativo mobile teve como objetivo facilitar o cadastramen-


to de áreas verdes urbanas por meio do aplicativo CAU Gestor e de incentivar a
população a conhecer e utilizar essas áreas por meio do aplicativo CAU Cidadão. O
aplicativo CAU Gestor permite o cadastramento e a verificação in loco dos atributos
inseridos no cadastramento das áreas verdes. Já o aplicativo CAU Cidadão, possibi-
lita que a sociedade seja informada a respeito das áreas verdes urbanas disponíveis
próximas a sua localização ou em qualquer local que tenha interesse em conhecer.
Outra funcionalidade importante do CAU Cidadão é a possibilidade de que o usuário
insira alertas sobre eventual necessidade de manutenção ou reparo de equipamen-
tos públicos e de perigo existente na área. Além disso, o cidadão poderá avaliar as
quatro categorias de atributos nas áreas verdes que visitar, possibilitando o compar-
tilhamento da avaliação, de forma acumulativa a de outros usuários, contribuindo
assim para a melhoria da gestão das áreas verdes visitadas.

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5. DIRETRIZES, INDICADORES, CATEGO-
RIAS E TIPOLOGIAS DE AVU
5.1 Diretrizes
Considerando a necessidade de orientar ações locais, o Programa Cidades+Verdes
define as diretrizes gerais e indicadores para a adequada gestão municipal. As dire-
trizes e indicadores foram elaborados partir de contribuições recebidas em oficina
técnica, realizada em outubro de 2019, no âmbito do Projeto Cidades Verdes, exe-
cutado pelo MMA, com recursos do Fundo de Defesa de Direitos Difusos (FDD) do
Ministério da Justiça e da Segurança Pública (MJSP). A oficina contou com a parti-
cipação de centros de pesquisa, órgãos federais, estaduais e municipais e permitiu
a troca de experiências exitosas na agenda entre os participantes das diferentes
regiões do país. São diretrizes para gestão de áreas verdes urbanas:
1. Realização de ações concretas para melhoria da qualidade de vida nas cidades
e do bem-estar dos cidadãos, assegurando o acesso às informações e melhor
aproveitamento dessas áreas;

2. Realização de mapeamento, avaliação e cadastro das áreas verdes urbanas, assim


como ações para a conservação da biodiversidade, a conectividade e o conceito
de infraestrutura verde, com a utilização de soluções baseadas na natureza para
a solução de problemas urbanos;

3. Consolidação de informações e divulgação das AVU, incluindo seus atributos his-


tóricos, sociais e culturais, bem como promoção da cidadania ambiental, aumen-
tando a acessibilidade e a participação da sociedade;

4. Identificação do potencial econômico, necessidades e formas de financiamento e


instrumentos de gestão;

5. Promoção da sustentabilidade e da qualidade de vida da população por meio de


áreas verdes urbanas com acesso equitativo, seguro e democrático e com infra-
estrutura que garanta acessibilidade e inclusão;

6. Promoção da mitigação dos impactos de eventos climáticos extremos e dos ris-


cos socioambientais;

7. Potencialização dos serviços ecossistêmicos e estímulo à utilização de áreas ver-


des urbanas como soluções baseadas na natureza para recuperação de áreas
degradadas e para prevenção, mitigação e superação de desafios sociais e am-
bientais locais;

8. Incentivo ao uso de áreas verdes urbanas para esporte, lazer e ações de educa-
ção ambiental, em consonância com a Lei nº 9.795/1999;

9. Priorização do uso de espécies nativas na arborização urbana e na criação, recu-


peração, ampliação e manutenção de áreas verdes urbanas;

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10. Promoção da preservação do patrimônio físico, cultural e histórico das AVU;

11. Geração de trabalho, emprego e renda em atividades econômicas e culturais sus-


tentáveis no âmbito do planejamento e gestão de áreas verdes urbanas;

12. Promoção da conservação da biodiversidade e do patrimônio genético e do uso


sustentável das áreas verdes urbanas;

13. Incentivo à criação de mecanismos específicos de financiamento para criação,


recuperação, conexão, manutenção, conservação e utilização de áreas verdes ur-
banas;

14. Estímulo ao alinhamento entre políticas setoriais municipais e de articulação in-


terfederativa para o planejamento e a gestão integrada de áreas verdes urbanas;

15. Priorização das áreas de vulnerabilidade social e ambiental no planejamento e


gestão para criação, ampliação, recuperação, integração e manutenção de áreas
verdes urbanas;

16. Valorização do contexto local e da perspectiva sistêmica no planejamento e ges-


tão das áreas verdes urbanas;

17. Incentivo ao desenvolvimento e utilização de ferramentas tecnológicas nos pro-


cessos de planejamento, monitoramento e gestão das AVU.

Durante a implementação do programa serão monitorados indicadores, consideran-


do as categorias e tipologias de áreas verdes urbanas estabelecidas, o que contri-
buirá para a melhoria da gestão municipal. Os indicadores também possibilitarão que
os municípios sejam avaliados quanto à quantidade, tamanho, tipo e distribuição de
suas áreas verdes, que podem estar associados a diversos benefícios, como a redu-
ção da temperatura em ilhas de calor, redução de enchentes e melhoria da saúde e
bem-estar da população.

5.2 Indicadores
Para o monitoramento é necessário o estabelecimento de indicadores, como
a área ocupada por AVU comparada à área total do município e à população do mu-
nicípio. Outros indicadores relevantes referem-se à distribuição das AVU existentes,
bem como à quantidade e à área ocupada de cada tipologia de AVU, uma vez que
estas fornecem diferentes serviços à sociedade.

5.3 Categorias e tipologias de AVU


As áreas verdes urbanas são categorizadas com base nos principais serviços ecossis-
têmicos prestados e na relevância desses serviços para os ambientes urbanos, cada
qual compreendendo diferentes tipologias, conforme quadro apresentado a seguir.

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CATEGORIA DE ÁREA VERDE PRINCIPAIS SERVIÇOS ECOSSISTÊ-
TIPOLOGIA DE AVU
URBANA (AVU) MICOS PARA O AMBIENTE URBANO

Sociocultural Praça

Canteiro
Serviços Culturais
Jardim Zoológico

Área Verde Institucional

Socioambiental
Horto Florestal

Serviços Culturais
Serviços de Regulação

Jardim Botânico

Econômica

Serviços de Provisão
Agricultura Urbana
Serviços de Suporte

Ecológica
Parque

Serviços de Regulação
Bosque Serviços Culturais
Serviços de Suporte

Áreas Protegidas Urbanas

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CATEGORIA SOCIOCULTURAL
TIPOLOGIA CONCEITO

Espaço público de livre circulação dentro de área urbana e periur-


bana, destinado a convivência, recreação, atividades econômicas e
Praça culturais, que geralmente dispõe de mobiliário urbano, equipamen-
tos de lazer, arborização e permeabilidade.
Estão incluídos nesta tipologia largos, quintas, jardins e similares.

Área ajardinada e/ou arborizada que acompanha obras de infraes-


trutura viária.
Canteiro
Estão incluídos nesta tipologia canteiros centrais, lineares, rotató-
rias e similares.

Empreendimento de pessoa jurídica, constituído de coleção de ani-


mais silvestres mantidos vivos em cativeiro ou em semiliberdade e
Jardim Zoológico expostos à visitação pública, para atender a finalidades científicas,
conservacionistas, educativas e socioculturais, conforme disposto
na Lei nº 7.173/1983 e Instrução Normativa IBAMA nº 07/2015.

Áreas com características vegetacionais relevantes, de uso institu-


Área Verde Institucional cional, podendo ou não ser oriundos de concessão pública, a exem-
plo de determinados cemitérios e campus universitário.

CATEGORIA SOCIOAMBIENTAL
TIPOLOGIA CONCEITO

Área verde destinada à recreação, educação ambiental, pesquisa,


Horto Florestal produção de mudas, multiplicação de espécies florestais, instrução
sobre botânica e divulgação de conhecimentos sobre plantas.

Área protegida, constituída no seu todo ou em parte, por coleções


de plantas vivas cientificamente reconhecidas, organizadas, docu-
mentadas e identificadas, com a finalidade de estudo, pesquisa e do-
Jardim Botânico
cumentação do patrimônio florístico do país, acessível ao público,
no todo ou em parte, servindo à educação, à cultura, ao lazer e à
conservação do meio ambiente.

CATEGORIA SOCIOECONÔMICA
TIPOLOGIA CONCEITO

Agricultura Urbana Área verde pública destinada à produção agropecuária, a exemplo


de hortas urbanas.

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CATEGORIA ECOLÓGICA
TIPOLOGIA CONCEITO

Espaço público de múltiplas finalidades, dentro de área urbana ou


periurbana, com predominância de atributos naturais e cobertura
vegetal, destinado a proteção e uso sustentável de serviços ecossis-
Parque Urbano
têmicos, socialização, lazer ativo e contemplativo, prática de espor-
tes e atividades econômicas, recreativas e culturais da população e
que pode ser utilizado para educação ambiental e pesquisa.

Espaço público com remanescente florestal com predominância


de atributos naturais e cobertura vegetal arbórea e/ou arbustiva,
destinado a proteção e uso sustentável de serviços ecossistêmicos,
Bosque
socialização, lazer ativo e contemplativo, atividades recreativas e
culturais da população e que pode ser utilizado para educação am-
biental e pesquisa.

Área definida geograficamente destinada ou regulamentada e admi-


nistrada para alcançar objetivos específicos de conservação. Nesta
Áreas Protegidas Urbanas tipologia devem ser consideradas as áreas protegidas não cadastra-
NÃO cadastradas no CNUC das no Cadastro Nacional de Unidades de Conservação - CNUC por
não enquadramento no Sistema Nacional de Unidades de Conserva-
ção - SNUC e localizadas na área urbana e periurbana do município.

ÁREA VERDE POTENCIAL


• A categorização dos espaços demarcados como áreas verdes potenciais será realizada após a
definição da área verde que poderá ser criada.

TIPOLOGIA CONCEITO

Área Verde
Espaço público não edificado e não enquadrado como espaço livre
ou área livre pela Lei nº 6.766/1979, que possa ser convertido, nos
termos dos marcos normativos vigentes e das condições locais, em
área verde urbana capaz de fornecer serviços ecossistêmicos.

NASCENTE E OLHO D’ÁGUA


• Devem ser demarcados com pontos as nascentes e olhos d’água.

TIPOLOGIA CONCEITO

Nascente e Olho D’água


Nascente: Afloramento natural do lençol freático que apresenta pere-
nidade e dá início a um curso d’água. (Lei nº 12.651/2012, art. 3º, XVII)

Olho D’água: Afloramento natural do lençol freático, mesmo que inter-


mitente. (Lei nº 12.651/2012, art. 3º, XVIII)

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6. REFERÊNCIAS
ÁVILA, M. R. DE; PANCHER, A. M. Estudo das áreas verdes urbanas como indicador
de qualidade ambiental no município de Americana - SP. Revista Brasileira de Carto-
grafia, v. 67, n. 3, 2 jul. 2015.

BRASIL. Decreto nº 6.666, de 27 de novembro de 2008, que institui, no âmbito do


Poder Executivo federal, a Infra-Estrutura Nacional de Dados Espaciais - INDE, e
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