Fundamento de Teologia Feito
Fundamento de Teologia Feito
Fundamento de Teologia Feito
Docente: dr
Índice
1. Introdução.............................................................................................................2
3. Conclusão..............................................................................................................6
5. Referencia bibliográfica.........................................................................................7
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1. Introdução
A Doutrina da Igreja esclarece que quanto ao aborto espontâneo, isto é, aquele por
causas naturais, não existe aí problemas morais, pois não há acto positivo e livre da
pessoa. Contudo, quando há aborto provocado, a Igreja faz alguns apontamentos com
base numa antropologia-teológica, que são (COELHO, 2007, p. 19):
Todo ser humano, inclusive a criança no útero materno, possui o direito à vida
imediatamente de Deus, não dos pais nem de qualquer outra autoridade humana;
Não existe, portanto, homem algum ou autoridade humana, nem um tipo de “indicação”
(médica, eugênica, social, moral) que possa exibir um título válido para uma directa e
deliberada disposição sobre uma vida humana inocente;
Somente se justifica o assim chamado aborto indirecto, onde a acção não é directa e
deliberada sobre o fecto. Matar directamente o fecto é sempre proibido e nunca
exequível. Segundo o princípio do duplo efeito, o aborto indireto pode ser justificado
com intervenção médica para salvar a vida da mãe. Não pode ter acção directa para
eliminar o fecto;
Em nenhum caso, o aborto deve ser promovido como método de planeamento familiar
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Paulo VI, citando Pio XII, não deixa dúvidas: "Cada ser humano, também a criança no
ventre materno, recebe o direito de vida imediatamente de Deus, não dos pais, nem de
qualquer sociedade ou autoridade humana". Atentar contra a vida é atentar contra o
próprio Deus.
Do direito à vida derivam todos os outros direitos, dos quais aquele é condição
necessária. Assim, o mandamento divino: Não matarás refere-se à sacralidade da vida,
que deve ser respeitada, por vontade divina, segundo um princípio abstracto, absoluto,
universal e aplicável a todos os seres humanos. Uma vez que, segundo o magistério da
Igreja, desde o primeiro momento da fecundação há uma pessoa humana completa, o
aborto torna-se um acto moralmente inaceitável e condenável, verdadeiro homicídio, e
um atentado contra a vida e, consequentemente, contra o próprio Deus, criador da vida,
um pecado gravíssimo. Encontra-se, no entanto, no mesmo ensinamento magisterial,
uma distinção entre aborto lícito e aborto ilícito.
A ideia repetida é a de que o aborto foi sempre condenado. Em 1973, diz Paulo VI:
"Bem sabeis que a Igreja sempre condenou o aborto, o que os ensinamentos do nosso
Predecessor de venerável memória Pio XII (...) e os do II Concílio Vaticano (...) não
deixaram de confirmar, com a sua imutada e imutável doutrina moral". A Declaração
sobre o Aborto Provocado, de 1974, inicia com a rememoração dessa condenação
contínua: "Apoiada na Sagrada Escritura, a Tradição da Igreja considerou sempre que a
vida humana deve ser protegida e favorecida desde o princípio, assim como nas diversas
fases do seu desenvolvimento.
3. Conclusão
A visão religiosa quanto à questão do aborto é, em larga medida, uma posição contra a
realização do mesmo por, na visão de muitos, este pôr em causa a proteção da vida de
uma terceira inocente e sem capacidade de transmitir as suas próprias opções.
Uma questão aberta e democrática sobre o aborto permitirá ver, conforme mostra este
texto, que há possibilidades distintas de se compreender questões complexas, tais como
as discutidas aqui sobre o início e o fim da vida, entre outras.
Diante do exposto, é possível identificar bases éticas, morais e até religiosas para se
defender o direito de se optar pelo aborto, tanto quanto para condená-lo que ainda
criminaliza o aborto, promove uma coerção inadmissível e injustificável tanto do ponto
de vista filosófico, quanto social. E coloca em sofrimento milhares de mulheres e
homens que deveriam ter a liberdade de decidir, segundo sua própria consciência,
segundo seu livre arbítrio, por meio de reflexão informada e coerente, e não sob a
ameaça de prisão ou inferno. A interrupção voluntária da gravidez amparada na
legislação é uma questão de justiça social, de democracia, de respeito aos direitos
humanos das mulheres e também, fundamentalmente, uma questão ética.
A igreja católica continuara a fazer, fazer seu papel de ensinamento sobre este mal.
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5. Referência bibliográfica
11. Cross, F.L.; Livingstone, E.A. In: The Oxford Dictionary of the Christian Church.
Oxford University Press. 1997.