Modulo3 Medicao Vazao
Modulo3 Medicao Vazao
Modulo3 Medicao Vazao
INSTRUMENTAÇÃO BÁSICA
MEDIÇÃO DE VAZÃO
SUMÁRIO
EXERCÍCIOS ....................................................................................................................................... 51
1 - MEDIÇÃO DE VAZÃO
1
2.1.2 - Medidores de Quantidade Volumétrica
São aqueles que o fluido, passando em quantidades sucessivas pelo
mecanismo de medição faz com que o mesmo acione o mecanismo de indicação.
São este medidores que são utilizados para serem os elementos
primários das bombas de gasolina e dos hidrômetros. Exemplo: disco nutante, tipo
pistão rotativo oscilante, tipo pistão alternativa, tipo pás, tipo engrenagem, etc.
Tipo de Engrenagem
Tipo Pás Giratórias
2
2.2 - MEDIDORES VOLUMÉTRICOS
3
A tabela à seguir mostra as características dos vários elementos deprimogênios
usados:
TIPO DE MEDIDOR Líquido Líquido Líquido Gases/ Líquido Lodos ou Temperaturas Temperaturas Limite
DE VAZÃO limpo viscoso sujo vapores corrosivo poupas altas criogênicas mínimo
abrasivas de N ° de
Reynolds
1- Elementos deprimogênios
.placas de orifício concêntrico
flange taps ▲ ▲ ▲ ▲ O >8000
coner taps ▲ ▲ ▲ ▲ O >5000
radius taps ▲ ▲ ▲ ▲ O >8000
vena contracta taps ▲ ▲ ▲ ▲ O >6000
pipe taps ▲ ▲ ▲ ▲ O >14000
. Placas de orifício excêntrico O ▲ ▲ ▲ ▲ >10000
placas de orifício segmental O ▲ ▲ ▲ ▲ >10000
placas de orifício de 1/4 ▲ ▲ O ▲ O ▲ O >250
circulo
placas de orifício de entrada ▲ ▲ O ▲ ▲ O >25
cônica
. bocal de vazão
ISA ▲ ▲ O O O >20000
ASME ▲ ▲ O O O >6000
.Tubo venturi
clássico fundido ▲ O O O O >40000
clássico usinado ▲ ▲ O O O O >50000(d)
clássico soldado ▲ ▲ O O O >40000
truncado ▲ ▲ O O O >80000
venturi bocal ▲ ▲ O O O >80000
em dutos retangulares O O ▲ O O >200000
. Tubo de Pitot ▲ ▲ ▲ O >2000
.Micro venturi ▲ O O >10000
.Aerofólio ▲ O >80000
LEGENDA
▲ Recomendado d: O valor indicado se refere a Rd e não Rp, como nos outros casos
O : Aplicável : Aplicável quando a condição adversa é moderada e usando acessórios adequados
4
TIPO DE MEDIDOR DE VAZÃO ESPECIFICAÇÕES BÁSICAS INSTALAÇÃO
5
TIPO DE MEDIDOR DE CONSIDERAÇÕES ECONOMICAS
PRINCIPAIS VANTAGENS PRINCIPAIS INCOVINIENTES
VAZÃO
Manutenção Preço relativo Perda de carga
1- Elementos
deprimogênios
.placas de orifício
Verificação Facilidade de fabricação Baixa largura de faixa
concêntrico
Existência de dados para larga faixa
flange taps periódica Barato Média Necessidade do elemento secundário
de aplicação
coner taps Necessidades de longos trechos retos
radius taps
vena contracta taps Largamente aceitos
pipe taps
. Placas de orifício
excêntrico
placas de orifício segmental
placas de orifício de 1/4
circulo
placas de orifício de entrada
cônica
Usinagem mais elaborada que a placa de
. bocal de vazão Aplicação à fluidos
orifício
ISA Verificação Médio Média erosivos
ASME periódica
.tubo venturi
clássico fundido
clássico usinado Baixa perda de carga
clássico soldado Verificação Médio+ Baixa Aplicação a fluidos erosivos Custo de fabricação elevado
truncado periódica
venturi bocal
em dutos retangulares
Baixa pressão operacional ; difícil de
. Tubo de Pitot Verificação Barato muito baixa Facilidade de instalação
medir; precisão medíocre
.Micro venturi periódica Custo de fabricação elevado
.Aerofólio Verificação Médio + muito baixa Baixa perda de carga
periódica pouco trecho reto
6
2.2.1.1 CONCEITOS BÁSICOS
7
mas, para fluidos incompressíveis , ρ1 = ρ 2 , o que simplifica a expressão anterior
em:
A1 ⋅ v1 = A2 ⋅ v 2 [m².m/s = m³/s]
Então, A1 ⋅ v1 = A2 ⋅ v 2 = cons tan te que é denominado de fluxo
volumétrico ou simplesmente de vazão volumétrica. A unidade de medição é dada
em volume/tempo, por exemplo, l/h, m³/h, m³/s.
Supondo um fluido perfeito (ideal), que não possui viscosidade, ele desloca-
se sem atritos e portanto sem perdas de energia.
O trabalho realizado pela resultante das forças que atuam em um sistema é
igual à variação da energia cinética – teorema trabalho-energia.
Dados:
F1 = força aplicada à superfície A1
P1 = razão entre F1 e A1;
∆L1 = distância que o fluido deslocou;
v1 = velocidade de deslocamento;
h1 = altura relativa à referência gravitacional
Para o plano 2 basta atualizar os sub-índices.
8
O trabalho realizado por cada componente da força resultante é:
1 – Trabalho realizado pela força F1.
W1 = F1 ⋅ d1 = P1 ⋅ A1 ⋅ ∆L1 Onde: F1 = P1 ⋅ A1
2 – Trabalho realizado pela força F2.
W2 = − F2 ⋅ d 2 = − P2 ⋅ A2 ⋅ ∆L2 Onde: F2 = P2 ⋅ A2
3 – Trabalho realizado pela força da gravidade.
W3 = F3 ⋅ d 3 = − m ⋅ g ⋅ (h2 − h1 )
m
forças. Como é de conhecimento, V = m
ρ . Então, A1 ⋅ ∆L1 = . E, substituindo na
ρ
equação do trabalho resultante tem-se:
WT =
m
(P1 − P 2) − m ⋅ g ⋅ (h2 − h1 )
ρ
A variação da energia cinética neste sistema é a diferença da energia
final menos a inicial, ou:
1 1
∆E c = ⋅ m ⋅ v 22 − ⋅ m ⋅ v12
2 2
Igualando o trabalho resultante com a variação da energia cinética,
tem-se:
WT = ∆E c
m
(P1 − P 2) − m ⋅ g ⋅ (h2 − h1 ) = 1 ⋅ m ⋅ v22 − 1 ⋅ m ⋅ v12
ρ 2 2
simplificando,
m
(P1 − P 2) − m ⋅ g ⋅ (h2 − h1 ) = 1 ⋅ m ⋅ v22 − 1 ⋅ m ⋅ v12
ρ 2 2
reagrupando e separando os termos,
1 1
P1 + ρ ⋅ v12 + ρ ⋅ g ⋅ h1 = P 2 + ρ ⋅ v 22 + ρ ⋅ g ⋅ h2
2 2
Esta é a equação de Bernoulli que comprova que o somatório das pressões ao longo
de um tubo é sempre constante para um sistema ideal. Nesta equação pode-se
reconhecer as seguintes pressões:
9
2.2.1.1.3 Equação básica para elementos deprimogênios
A2 ⋅ v 2
A1 ⋅ v1 = A2 ⋅ v2 ====> v1 =
A1
d
Fazendo: β = , onde d é o diâmetro relativo a A2 e D a A1 , tem-se:
D
A2
β2 =
A1
ou seja: v1 = β 2 ⋅ v 2
Substituindo na equação de Bernoulli e considerando h1 igual a h2:
1 1
P1 + ρ ⋅ v12 + ρ ⋅ g ⋅ h1 = P 2 + ρ ⋅ v 22 + ρ ⋅ g ⋅ h2
2 2
P1 1 P2 1
+ ⋅ v12 + h1 = + ⋅ v 22 + h2
ρ ⋅ g 2⋅ g ρ ⋅ g 2⋅ g
P1 − P 2 1 1
= ⋅ v 22 − ⋅ v12
ρ⋅g 2⋅ g 2⋅ g
Onde γ = ρ ⋅ g que é denominado por peso específico, assim:
P1 − P 2 v 22 − v12
=
γ 2⋅ g
P1 − P 2
=
(
v 22 − β 2 ⋅ v 2 )
2
γ 2⋅ g
10
Isolando v2 , temos
P1 − P 2
=
(
v 22 − β 2 ⋅ v 2 )
2
=
v 22 − β 4 ⋅ v 2
2
=
(
v22 1 − β 4 )
γ 2⋅ g 2⋅ g 2⋅ g
P1 − P 2 2 ⋅ g
v22 = ⋅
γ (
1− β 4 )
P1 − P 2 2⋅ g
v2 = ⋅
γ (1− β 4 )
1
e, denominando E =
(1− β 4 )
, reescremos v2 como:
P1 − P 2
v2 = E ⋅ ⋅2⋅ g
γ
Logo, v1 será:
P1 − P 2
v1 = β 2 ⋅ E ⋅ ⋅2⋅ g
γ
A2
referentes a seção A1 e A2 ( β = ).
A1
C = f(D,Rd,β)
11
Daí:
Q = A1 ⋅ v1
P1 − P 2
Qreal = A1 ⋅ C ⋅ β 2 ⋅ E ⋅ ⋅2⋅ g
γ
12
Podemos representar esquematicamente esta malha de medição, através
do fluxograma mostrado abaixo:
Da equação alcançada no item anterior pode-se concluir que a vazão só irá variar
Q = K ⋅ ∆P
onde:
K = Constante que depende de fatores como:
. Relação entre orifício e tubulação
. Características do fluido
É importante observar, que o ∆P varia quadraticamente em função da vazão
Q.
13
vazão ∆P
0,0 0,0
50,0 25,0
70,7 50,00
86,6 75,00
100,00 100,00
Analisando o fluxograma anterior teremos:
Indicação Indicação
do FI do FI
"Q" ∆P saída do FT
escala escala
linear quadrática
100 100 100 100 100
50 25 25 25 50
0 0 0 0 0
Supondo o fluxograma abaixo, sabe-se que esta malha possui como características:
Vazão máxima de 10 m3/H e o ∆P produzido com esta vazão é de 2500 mmH2O.
Como saber a pressão de saída do transmissor ( FT ), quando a vazão for 8 m3/H ?
Determinação do K:
Q
K=
∆P
10 10
Para vazão máxima: K = = = 0,200 (m3/H , mmH2O)
2500 50
14
Daí:
∆P = (Q/K)2 = (8/0,2)2 = 1600 ====> ∆P = 1600 mmH2O
Então:
Pressão de Saída do FT = PFT
PFT = ∆P/Span de ∆P x 12 + 3 = 1600/2500 x 12 = 3
PFT = 10,68 PSI
Então:
8 m3/H equivale a 80% da vazão
portanto:
Q = K x √∆P ====> ∆P = (Q/K)2 = ( 80/10)2 = 64
∆P = 64 %
PFT = (∆P % /100 x 12)+3 ====> PFT = 0,64 x 12 +3
PFT = 10,68 PSI
O sinal de saída de um transmissor de vazão por pressão diferencial
variável, varia linearmente em função do ∆P é quadraticamente em função da vazão,
portanto quando é acoplado um indicador para fazer a leitura de vazão vinda do
transmissor, sua escala deve ser quadrática para termos leitura direta. Para
linearizar o sinal de saída do transmissor em função de vazão, faz-se necessário o
uso de um EXTRATOR DE RAIZ QUADRADA, conforme mostrado no fluxograma
abaixo.
15
A pressão de entrada no extrator (EFY), é linearmente proporcional ao ∆P e
a pressão de saída do extrator (SFY), é linearmente proporcional à vazão Q, então:
Daí:
SFY =√ EFY - 3 . 12 + 3 (PSI)
12
Supondo que na entrada do extrator a pressão seja 10,68 PSI, qual a pressão em
sua saída?
EFY = 10,68PSI
16
2.2.1.2 PLACA DE ORIFÍCIO
.VANTAGENS .DESVANTAGENS
- Instalação fácil - Alta perda de carga
- Econômica - Baixa Rangeabilidade
- Construção simples
- Manutenção. e troca simples
17
Tipos de Orifícios
A. Orifício concêntrico
Este tipo de placa é utilizado para líquidos, gases e vapor que não
contenham sólidos em suspensão.
B. Orifíco excêntrico
Utilizada quando tivermos fluido com sólidos em suspensão, os quais
possam ser retidos e acumulados na base da placa, sendo o orifício posicionado na
parte de baixo do tubo.
C. Orifício segmental
Esta placa tem a abertura para passagem de fluido, disposta em forma de
segmento de círculo. É destinada para uso em fluidos laminados e com alta
porcentagem de sólidos em suspensão.
Tipos de Borda
A. Borda Quadrada (Aresta viva):
Usado em tubulações normalmente maiores que 6".
Não usada em fluxo com baixos N° de RD.
18
Borda quadrada Borda arredondada
19
Tipos de tomada de impulso
Denomi- Denomi- Distância Distância
nação na nação da da
literatura sugerida tomada à tomada à
inglesa em portu- face face
guês montan- jusante
te K1 K2
Tomadas
Flange em 1” 1”
taps flanges
Tomadas
Radius à D e 1/2D 1D 1/2D
taps
Tomadas
Pipe taps à2½De 2½D 8D
8D
20
A. Tomadas em flange: São as mais populares, onde os furos das tomadas
já são feitos no próprio flange.
B. Tomadas na vena contracta: Utiliza flanges comuns, sendo o centro da
tomada de alta pressão entre 1/2 e 2D (em geral 1D) e o centro da tomada de baixa
estará no ponto de pressão mínima conforme figura abaixo, dependendo do β.
21
A figura abaixo, mostra os detalhes de construção de um dispositivo Venturi
22
anular chamado anel piezométrico. Isto é destinado para obter-se a média das
pressões em torno do ponto de medição.
2.2.1.4 BOCAL
Tipos
23
B. Bocal ASME
Neste bocal as tomadas são do tipo D e D/2 com as seguintes limitações:
0,2 < β< 0,8
50mm < D < 400mm
104 < RD < 107
24
Pd = γ V2/2g ====> V = √Pd.2g/γ
onde:
Pd= Pressão dinâmica = Pressão total - Pressão estática
γ = Peso específico do fluido
V = Velocidade do fluido no ponto de medição
g = Aceleração da gravidade
25
2.2.1.6 Medidor Tipo Annubar
26
Compensação da Pressão e Temperatura
Quando se mede gases e vapores a densidade do fluido variará
dependendo da pressão e da temperatura. Por isso, é preciso efetuar a correção
com compensação para essa variação. A equação para efetuar a correção se
escreve na seguinte forma:
PA ⋅ ∆P
Q=K . Q = Nm3/h
TA
onde:
Q = vazão
K = constante
PA = pressão absoluta, bar
TA = temperatura absoluta, Kelvin
∆P= pressão diferencial, bar
A seguir mostraremos a malha de controle que faz esta correção.
Vapor
PT FT TT
801 802 803
Qmáx=100m3/h Tmáx=1000C
Pmáx: 4Kgf/cm2 ∆Pmáx=1000mmH2O
FY
804
27
2.2.2 - Medidores de Vazão por Pressão Diferencial Constante
(Área Variável)
Os dispositivos de pressão diferencial até agora considerados têm por
base restrições de dimensão fixa, e a pressão diferencial criada através deles
modifica-se com a vazão. Existem, contudo, dispositivos nos quais a área da
restrição pode ser modificada para manter constante o diferencial de pressão
enquanto muda a vazão; como por exemplo deste princípio utilizaremos o rotâmetro.
2.2.2.1 - ROTÂMETROS
Rotâmetros são medidores de vazão por área variável, nos quais um
flutuador varia sua posição dentro de um tubo cônico, proporcionalmente à vazão do
fluido.
Basicamente, um rotâmetro consiste de duas partes.
1) Um tubo de vidro de formato cônico, o qual é colocado verticalmente na tubulação
em que passará o fluido que queremos medir. A extremidade maior do tubo cônico
ficará voltada para cima.
2) No interior do tubo cônico teremos um flutuador que se moverá verticalmente, em
função da vazão medida.
- PRINCÍPIO BÁSICOS
28
O fluido passa através do tubo da base para o topo. Quando não há
vazão, o flutuador permanece na base do tubo e seu diâmetro maior é usualmente
selecionado de tal maneira que bloqueie a pequena extremidade do tubo, quase que
completamente. Quando a vazão começa e o fluido atinge o flutuador, o empuxo
torna o flutuador mais leve; porém, como o flutuador tem uma densidade maior que
a do fluido, o empuxo não é suficiente para levantar o flutuador.
A área de passagem oferece resistência à vazão e a queda de pressão
do fluido começa a aumentar. Quando a pressão diferencial, somada ao efeito de
empuxo do líquido, excede a pressão devido ao peso do flutuador, então o flutuador
sobe e flutua na corrente fluida.
Com o movimento ascendente do flutuador em direção à parte mais
larga do tubo, a área anular, entre a parede do tubo de vidro e a periferia do
flutuador, aumenta. Como a área aumente, o diferencial de pressão devido ao
flutuador decresce. O flutuador ficará em equilíbrio dinâmico quando a pressão
diferencial através do flutuador somada ao efeito do empuxo contrabalançar o peso
do flutuador.
Qualquer aumento na vazão movimenta o flutuador para a parte
superior do tubo de vidro e a diminuição causa uma queda a um nível mais baixo.
Cada posição do flutuador corresponde a um valor determinado de vazão e somente
um. É somente necessário colocar uma escala calibrada na parte externa do tubo e
a vazão poderá ser determinada pela observação direta da posição do flutuador.
29
- CONDIÇÕES DE EQUILÍBRIO
As forças que atuam no flutuador estão representadas na figura a
seguir.
Para as condições de equilíbrio empregamos as seguintes equações:
W=vf . yf
E=vf . y1
F=Cd . y1 . Af . V^2
2g
em que:
W = peso do flutuador
vf = volume do flutuador
yf = peso específico do flutuador
yl = peso específico do fluido
F = força de arraste do fluido
sobre o flutuador
E = força de empuxo do fluido
sobre o flutuador
Cd = coeficientes de arraste do
fluido sobre o flutuador
V = velocidade do fluido
Af = área da seção do flutuador
Aw = seção interior do tubo ( livre )
Resolvendo as equações anteriores temos :
30
Como todos os dados dentro da raiz são constantes ( temperatura e
viscosidade constantes ) podemos concluir que a vazão varia linearmente com a
área de passagem , assim , teremos uma escala de leitura também linear.
- Tipos de Flutuadores
Os Flutuadores podem ter vários perfis de construção . Na figura a
seguir , podemos ver os tipos mais utilizados :
- Material do flutuador
O material mais empregado nos flutuadores é o aço inox 316 , no
entanto , na indústria , para satisfazer outras exigências tais como resistência à
corrosão , abrasão e outras utilizam-se outros tipos de materiais . As tabelas a
31
seguir , mostram os pesos específicos de diversos materiais empregados em
flutuadores :
- Fatores de Correção
Se variarmos as condições de trabalho de um rotâmetro já calibrado , é
necessário aplicarmos fatores para corrigir a vazão lida .Estes fatores são peso
específico do flutuador , peso específico do líquido e temperatura do líquido .
Podemos achar o fator de correção através da fórmula abaixo :
sendo que :
yf2 = peso específico do flutuador 2
yf1 = peso específico do flutuador 1
yl1 = peso específico do líquido 1 ou na temperatura 1
32
yl2 = peso específico do liquido 2 ou na temperatura 2
- Influência da viscosidade
Sua magnitude dependerá da forma do flutuador , da viscosidade do
fluido e do espaço anular compreendido entre a superfície do flutuador e a parede
interna do tubo , sendo este um dos fatores que determinarão o No de Reynolds .
Quanto maior o No de Reynolds , menor será a influência devido às variações da
viscosidade do fluido.
- Instalação
Os rotâmetros são montados verticalmente na tubulação do fluido , cuja
vazão se quer medir , de maneira que o fluido seja dirigido de baixo para cima.
2.3.1 - Vertedor
O vertedor mede a altura estática do fluxo em reservatório que verte o
fluido de uma abertura de forma variável.
33
apresenta menor perda de carga e serve para medir fluidos com sólidos em
suspensão.
34
- Aplicação
O medidor eletromagnético é um elemento primário de vazão
volumétrica, independente da densidade e das propriedades reológicas do fluido
(newtoniano ou não-newtoniano). Este medidor não possui obstrução, e portanto,
apresenta uma perda de carga equivalente a um trecho reto de tubulação. Para
medição de líquidos limpos com baixa viscosidade o medidor eletromagnético é uma
opção. Se o líquido de medição tiver partículas sólidas e abrasivas, como polpa de
mineração ou papel, ele é praticamente a única alternativa. Como o mesmo possui
como partes úmidas apenas os eletrodos e o revestimento, é possível através de
uma seleção cuidadosa destes elementos, medir fluidos altamente corrosivos como
ácidos e bases. É possível, por exemplo a medição de ácido fluorídrico,
selecionando-se eletrodos de platina e revestimento de teflon. Outro fluido,
particularmente adequado para medição por essa técnica é o da indústria
alimentícia. Como o sistema de vedação dos eletrodos não possui reentrâncias, as
aprovações para uso sanitário são facilmente obtidas.
35
De acordo com a equação 1, levando-se em consideração que a
densidade de fluxo magnético B é constante, temos que a fem é proporcional à
velocidade.
Fazendo uso das equações (1) e (2), podemos determinar que a fem
induzida é proporcional à vazão.
S= pi.d2 (3)
4
E=B.d.V (4)
36
- Estrutura do Detetor: Revestimento
Para se conseguir retirar um sinal elétrico proporcional à vazão , é
necessário que o interior do tubo seja isolado eletricamente . Se isto não for feito a
fem será curto-circuitada e dessa forma , não estará presente nos eletrodos . Se o
tubo fosse de material isolante não haveria problema , mas , geralmente o tubo é
feito de material condutor . Para evitar que a fem seja curto-circuitada pela parede
condutiva do tubo , um isolante tal como teflon , borracha de poliuretano ou cerâmica
. A escolha do material isolante é feita em função do tipo de fluido.
- Eletrodo
Eletrodos são dois condutores instalados na parede do tubo , para
receber a tensão induzida no fluido . Existem vários materiais de fabricação tais
como : aço inox , monel , hastelloy , platina e outros que dependem do tipo de fluido
a ser medido .
- Tubo detetor
O material de fabricação do tubo do medidor não pode ser de
substâncias ferromagnéticas, tais como aço ou níquel, pois as mesmas causam
distúrbios no campo eletromagnético, desta forma é geralmente usado para
fabricação do detetor. Na prática o aço inox é o mais usado.
- Influência da condutividade
A influência da condutividade nos medidores de vazão deve ser
entendida como se específica a seguir. Considera-se o elemento primário como um
gerador simples desenvolvendo uma fem e, conectado em série com a resistência
interna do fluido Rf. A fem deste gerador é recebida pelo elemento secundário, que
tem uma resistência Rs. A resistência Rf do fluido entre os eletrodos é dada
aproximadamente pela seguinte fórmula:
Rf = 1
E.de
37
es = 1 - ___1___
e (1+Rs.E.de)
Instalação elétrica
38
- Alimentação das bobinas
A grande transformação sofrida pelos medidores eletromagnéticos de
vazão, nos últimos anos, foi com relação à forma de excitação das bobinas.
Os quatro tipos principais de excitação são: corrente contínua, corrente alternada ,
corrente pulsante e freqüência dupla simultânea.
Vamos fazer um comparação técnica entre os quatro tipos citados,
ressaltando suas vantagens e desvantagens.
- Formas de Excitação
- Excitação em corrente contínua
A excitação em corrente contínua tem a vantagem de permitir uma
rápida detecção da variação de velocidade do fluido, e só é aplicada para casos
muitos especiais, como por exemplo, metais líquido. Entre as desvantagens deste
método, citamos: dificuldade de amplificação do sinal obtido, influência do potencial
eletroquímico, fenômeno de eletrólise entre os eletrodos e outros ruídos.
39
- Excitação com freqüência dupla simultânea
A corrente de excitação de dupla freqüência é aplicada ao tubo de
medição, o qual gera um sinal de vazão com a mesma forma de onda. Se um sinal
de vazão em degrau é aplicada ao tubo de medição, o sinal de vazão é amostrado e
filtrado nos seus componentes de baixa e alta freqüência. A seguir essas
componentes são somadas reproduzindo o degrau aplicado .
Desse modo a componente de alta freqüência responde principalmente
às variações rápidas, enquanto que a componente de baixa freqüência responde
principalmente às variações lentas.
- Aterramento
Por razões de segurança do pessoal e para obter uma medição de
vazão satisfatória, é muito importante atender todos os requerimentos dos
fabricantes quanto ao aterramento. Uma interligação elétrica permanente entre o
fluido, o medidor, a tubulação adjacente e um ponto de terra comum é
especialmente importante quando a condutividade do líquido é baixa.
A forma de efetuar o aterramento depende do tipo de medidor
(revestimento interno, etc.). Quando o medidor é instalado entre tubulações não-
metálicas ou revestidas internamente, é normal instalar anéis metálicos entre os
flanges do medidor e a tubulação. Assim é obtido o contato elétrico com o fluido para
posterior aterramento. Estes anéis devem ser de diâmetro interno igual ao medidor e
de diâmetro externo menor que a circunferência de furos dos flanges do medidor
- Escolha do diâmetro
Os medidores magnéticos industriais apresentam um melhor
desempenho relativo à precisão, quando a vazão medida corresponde a uma
velocidade apreciável. Devem ser levadas em conta considerações relativas ao
compromisso entre a decantação/incrustação e abrasão. Tipicamente, eles têm uma
precisão de 1% da escala quando a velocidade que corresponde ao fim da escala de
vazão, é superior a 1m/s e 2% quando compreendido entre 0,3 e 1m/s (os valores
numéricos citados variam dependendo do fabricante). Os fabricantes apresentam
ábacos de escolha para seus medidores onde, conhecendo a velocidade ou a vazão
máxima a medir, pode ser determinado o diâmetro do medidor magnético para
efetuar a medição.
40
2.4.2 - Medidor Tipo Turbina
1-Corpo do Medidor
2- Suporte Traseiro
3- Anel de Retenção do Manual
4- Mancal
5- Espaçador central
6- Espaçador externo
7- Rotor
8- Suporte Frontal
9- Anel de Retenção
10 Porca de Travamento do sensor
11- Sensor Eletrônico de proximidade
41
- Influência da viscosidade
Como visto acima a freqüência de saída do sensor é proporcional à
vazão , de forma que é possível , para cada turbina , fazer o levantamento do
coeficiente de vazão K , que é o parâmetro de calibração da turbina , expresso em
ciclos(pulsos) por unidade de volume .
Numa turbina ideal este valor K seria uma constante independente da viscosidade
do fluido medido . Observa-se , entretanto , que à medida que a viscosidade
aumenta , o fator K deixa de ser uma constante e passa a ser uma função da
viscosidade e da freqüência de saída da turbina . Abaixo de 2 cSt de viscosidade , o
coeficiente K é aproximadamente constante para freqüências de saída acima de 50
Hz .
- Performance
Cada turbina sofre uma calibração na fábrica , usando água como fluido
. Os dados obtidos são documentados e fornecidos junto com a turbina . Usando
estes dados obtêm-se o fator médio de calibração K relativo à faixa de vazão
específica .
O fator é representado pela seguinte expressão:
K = 60.f
Q
OBS.: Relutância: é a dificuldade que um material magnético oferece as linhas
magnéticas, o contrário é permeância.
42
As forças geradas pelos tubos criam uma certa oposição à passagem
do fluido na sua região de entrada (região da bobina1) , e em oposição auxiliam o
fluido na região de saída dos tubos
O atraso entre os dois lados é diretamente proporcional à vazão
mássica. Um RTD é montado no tubo, monitorando a temperatura deste, a fim de
compensar as vibrações das deformações elásticas sofridas com a oscilação da
temperatura.
O transmissor é composto de um circuito eletrônico que gera um sinal
para os tubos de vazão, alimenta e recebe o sinal de medida, propiciando saídas
analógicas 4 à 20 mA, de freqüência (0 à 10 mil Hz) e até digital RS 232 e/ou RS
485. Estas saídas são enviadas para instrumentos receptores que controlam
bateladas, indicam vazão instantânea e totalizada, ou para PLCs, SDCDs, etc.
43
Entre os pontos A-C as partículas do fluido são aceleradas de uma baixa para uma
alta velocidade rotacional . A massa destas partículas aceleradas geram as forças
de Coriólis (Fc) oposta a direção de rotação .Entre os pontos C-B as partículas do
fluido são desaceleradas o que leva a força de Coriólis no mesmo sentido da rotação
. A força de Coriólis (Fc) , a qual atua sobre as duas metades do tubo com direções
opostas , é diretamente proporcional á vazão mássica . O método de detecção é o
mesmo do sistema anterior .
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vórtices; que se desprendem alternadamente de cada lado do anteparo, como
mostrado na figura abaixo. Este é um fenômeno muito conhecido e demostrado em
todos os livros de mecânica dos fluidos.
Os vórtices também podem ser observados em situações freqüentes do
nosso dia a dia, como por exemplo:
• movimento oscilatório da plantas aquáticas, em razão da
correnteza;
• as bandeiras flutuando ao vento;
• as oscilações das copas das árvores ou dos fios elétricos quando
expostos ao vento.
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Para uma ampla faixa de número de Reynolds que define o regime de
escoamento, temos que St é constante, conforme pode ser verificado no gráfico
abaixo. Logo, para a imensa maioria das aplicações industriais, que estão situadas
na faixa de número de Reynolds entre 2 x 104 e 7 x 106, todas as expressões
anteriores são totalmente válidas.
Adicionalmente, nesta faixa, a freqüência “f” de geração de vórtices não
é afetada por variações na viscosidade, densidade, temperatura ou pressão do fluido
46
a) A criação de um obstáculo gerador de vórtices (vortex shedder) que possa gerar
vórtices regulares e de parâmetros totalmente estabilizados. Isto determinará a
precisão do medidor.
b) O projeto de um sensor e respectivo sistema eletrônico para detectar e medir a
freqüência dos vórtices. Isto determinará os limites para as condições de operação
do medidor.
Vortex shedder - Numerosos tipos vortex de shedder, com diferentes formas, foram
sistematicamente testados e comparados em diversos fabricantes e centros de
pesquisa. Um shedder com formato trapezoidal foi o que obteve um desempenho
considerado ótimo.
O corte trapezoidal proporciona excelente linearidade na freqüência de
geração dos vórtices, além de extrema estabilidade dos parâmetros envolvidos.
Sistema sensor - Vários tipos de sensores têm sido propostos, porém nenhum
mostrava-se totalmente adequado para resistir às severas condições de trabalho, as
quais o medidor seria submetido no processo . A tabela abaixo apresenta a
variedade de sensores que estiveram, ou ainda estão, disponíveis no mercado.
Grandeza Detectada Sistema de Detecção Tipo de Sensor
Troca Térmica Termistor
Mudanças na velocidade do Variações de freqüência ultra- Feixe de Ultra-som
fluxo sônica
Diafragma + Elementos
Detecção de Pressão Piezoelétricos
Diferencial
Diafragma Capacitivo
Mudanças de Diafragma Indutivo
Pressão Equilíbrio de Strain-gauge
Movimento Esfera + Indutância
Deformações sobre o Vortex Strain gauge
shedder
Tensão ( Stress ) sobre o Elementos Piezoelétricos
Vortex shedder
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- Medidores de tempo de trânsito.
Existem medidores ultra-sônicos nos quais os transdutores são presos
à superfície externa da tubulação, e outros com os transdutores em contato direto
com o fluido. Os transdutores-emissores de ultra-sons consistem em cristais
piezoelétricos que são usados como fonte de ultra-som, para enviar sinais acústicos
que passam no fluido, antes de atingir os sensores correspondentes.
48
relativamente limpos. Nestes medidores ( ver figura abaixo ), um transdutor-emissor-
receptor de ultra-sons é fixado à parede externa do tubo, ao longo de duas
geratrizes diametralmente opostas. O eixo que reúne os emissores-receptores forma
com o eixo da tubulação, um ângulo α.
Os transdutores transmitem e recebem alternadamente um trem de
ondas ultra-sônicas de duração pequena. O tempo de transmissão é levemente
inferior (t1) orientada para a jusante, e levemente superior (t2) quando orientada
para a montante. Sendo L a distância entre os sensores, V1 a velocidade média do
fluido e V2 a velocidade do som no líquido considerado, temos:
1/t1 = Vs - V1 cos α
L
1/t2 = Vs + V1 cos α
L
A diferença dos tempos de trânsito t1 e t2 serve como base de medição
da velocidade V1.
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Os dois tipos de medidores são complementares, já que o primeiro
opera com líquidos que contêm partículas sólidas ou gasosas e o segundo requer
fluidos limpos. Em ambos os tipos de medidores, o perfil de velocidades da veia
fluida deve ser compensado. Nos medidores de efeito Doppler, e dependendo das
realizações práticas, a influência da densidade de partículas reflexivas poderá
introduzir erros suplementares. Quando a quantidade de partículas for muito grande,
as partículas próximas dos sensores, que são as mais lentas, serão as que mais
contribuem na reflexão das ondas, introduzindo um erro para menos. Nos medidores
de tempo de trânsito, a configuração geométrica do percurso do feixe acústico é
perfeitamente definida. Será, então, possível corrigir a leitura adequadamente,
levando em consideração o perfil padrão em função do número de Reynolds do
escoamento.
Os circuitos eletrônicos dos instrumentos são previstos para eliminar os
efeitos das turbulências, efetuando continuamente a média das velocidades numa
base de tempo relativamente longa. É desaconselhada a aplicação destes
instrumentos a produtos que depositam na superfície interna do tubo, formando uma
camada absorvente de energia acústica.
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EXERCÍCIOS
b) 69 GPM = _______________________Pé3/h
c) 78 l/min = _______________________m3/min
d) 57 m3/h = _______________________BPH
e) 47 BPD = _______________________Pé3/min
f) 4 m3/h = _______________________l/h
g) 6 GPM = _______________________l/h
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10 - Como é composto um medidor por pressão diferencial variável?
11 - Cite 3 exemplos de elementos primários de medição de vazão por pressão
diferencial.
12 - Defina a placa de orifício.
13 - Defina o tubo venturi.
14 - Defina o bocal.
15 - Defina o tubo Pitot.
16 - Calcule o ∆P no instante em que a vazão é igual a 120 m3/h.
Dados: Q max = 150 m3/h ∆Pmax = 2.000 mmHg
17 - Calcule a vazão em m3/h quando o ∆P = 36%.
Dados: Dados: Q max = 500 1/h ∆Pmax = 2.360 mmCA
18 - Calcule o ∆P quando a vazão for 2,5 l/s.
Dados: Dados: Q max = 300 l/min ∆Pmax = 30 mmHG
19 - Calcule a vazão em l/h e GPM quando o ∆P for 81%.
Dados: Dados: Q max = 600 1/h ∆Pmax = 1.000 mmH2O
20 - Um FT indica 36% no seu indicador local. Qual é o diferencial de pressão
aplicado em suas câmaras neste instante? Qual é a vazão, sabendo-se que a
vazão máxima de linha é de 5.000 m3/h, com um diferencial máximo de pressão
igual a 81 mmH2O?
21 - Um FT indica 49% no seu indicador local. Qual é o diferencial de pressão
aplicado em suas câmaras neste instante? Qual é a vazão, sabendo-se que a
vazão máxima da linha é de 6.000 m3/h, com um diferencial máximo de pressão
igual a 100 mmH2O?
22 - Um FT é instalado em uma linha de processo para medir vazão, o ∆P máximo é
de 50” H2O. Qual é a vazão quando o ∆P for de 20” H2O e qual será a indicação
na escala do FI em %. Dado: Qmax = 460 m3/h.
FT
FY
FI
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23 - Um FT é instalado em uma linha de processo para medir vazão, o ∆P máximo é
de 80” H2O. Qual é a vazão quando o ∆P for de 30” H2O e qual será a indicação na
escala do FR em %. Dado: Qmax = 500 m3/h.
FT
FY
FR
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CONVERSÃO DE UNIDADES
UNIDADES DE VAZÃO VOLUMÉTRICA
MULTIPLICADOR POR
O VALOR EXPRESSO EM
54
PARA OBTER O RESULTADO
EXPRESSO EM
MULTIPLICADOR POR
O VALOR EXPRESSO EM
55