Fase - Regime de-WPS Office
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(até o século XVIII), apresenta as seguintes características: Crescimento muito lento da população
mundial; Natalidade Elevada – Os filhos eram uma fonte de riqueza; desconheciam o planeamento
familiar; a mortalidade infantil era muito elevada; Mortalidade Elevada – notou-se os maus anos
agrícolas que originavam fomes; a falta de higiene; havia pestes e epidemias; guerras; a medicina
curativa (e preventiva) não estava desenvolvida; Crescimento Natural – crescimento muito reduzido da
população mundial e a Esperança média de vida – Esperança média de vida baixa.
Nesta fase demográfica primitiva verificou-se dois acontecimentos imprescindíveis que decorreram no
final do século XVIII: a Revolução Industrial que teve o seu início na Inglaterra em 1760, conjunto de
transformações na actividade fabril apoiadas na aplicação de uma série de inventos. Estas
transformações na indústria tiveram repercussões sociais, demográficas e económicas muito
importantes. Por fim a Revolução Agrícola (na era Moderna), o conjunto de alterações na agricultura
europeia que sucederam a par da Revolução Industrial (com origem na Inglaterra), a introdução de
novos métodos e técnicas de cultivo, permitindo o aumento da produtividade, da quantidade e
variedade de produtos agrícolas. Portanto, os avanços tecnológicos aumentaram a capacidade de
suporte do planeta.
(do século XVIII até os anos 40 do século XX): Crescimento rápido da população mundial; Natalidade
Elevada; Mortalidade diminui acentuadamente; o Crescimento Natural aumenta significativamente; a
Esperança média de vida baixa (porém há um aumento na média de vida).
explosão demográfica (na actualidade), Crescimento demográfico acelerado da população mundial, após
a Segunda Guerra Mundial; Ajuda Internacional, ocasionando: Uma grande redução das taxas de
mortalidade; Elevadas taxas de natalidade (dando origem a um crescimento natural explosivo);
Aumento da esperança de vida.
Nos países industrializados, o crescimento natural começou a baixar, devido à contínua diminuição dos
valores das taxas de natalidade, em consequência da alteração da mentalidade em relação às condições
das crianças e das mulheres na sociedade (planejamento familiar, métodos anticoncepcionais, etc.); taxa
de natalidade muito baixa; taxa de mortalidade baixa. Nos países em desenvolvimento o crescimento
natural começou a elevar se, a taxa de natalidade alta; a taxa de mortalidade baixa.
Urbanização em Moçambique
Bibliografia
FEREIRA, Tânia. Curso de Geografia Humana de Portugal Universidade Aberta. Lisboa: 2007.
Políticas demográficas
Para estudar a população mundial é necessário conhecer o número de habitantes do planeta. Perceber a
evolução demográfica do passado é fundamental para perceber como esta evoluirá no futuro e, tanto
quanto possível, adotar medidas em prol do bem estar da sociedade. A ciência que se ocupa deste
estudo é a Demografia.
As principais fontes de informação dos estudos demográficos são os Censos, também designados de
recenseamentos (recenseamento geral da população), que se baseiam num vasto número de
indicadores demográficos. Estes são realizados, regra geral, de 10 em 10 anos. Em Portugal, o
responsável pela contagem da população é o Instituto Nacional de Estatística (INE).
Do vasto número de indicadores demográficos analisados por este organismo destacam-se alguns muito
importantes como a natalidade, a mortalidade, a esperança média de vida à nascença ou o saldo
migratório.
As características demográficas da população foram variando ao longo dos tempos e apresentam hoje
grandes discrepâncias entre os diferentes espaços geográficos. Assim, o recurso a indicadores
estatísticos é fundamental para a compreensão das dinâmicas demográficas da população, sobretudo
pela análise de indicadores demográficos.
Natalidade - número total de nascimentos vivos ocorridos num determinado período, numa dada
população.
Mortalidade – número de óbitos (mortes) ocorridos num determinado território, num certo intervalo de
tempo.
Crescimento natural – diferença entre a natalidade e a mortalidade. Este pode ser positivo, negativo ou
nulo, consoante a natalidade seja superior, inferior ou igual à mortalidade, respetivamente.
Taxa bruta de natalidade – número de nados-vivos por cada mil habitantes, ocorridos num determinado
território, num certo intervalo de tempo.
Taxa bruta de mortalidade – número de óbitos por mil habitantes, ocorridos num determinado
território, num certo intervalo de tempo.
Taxa de mortalidade infantil – número de óbitos de crianças com menos de 1 ano de idade por 1000
nados-vivos nascidos num determinado território, num certo intervalo de tempo.
Taxa de crescimento natural – diferença entre a taxa bruta de natalidade e a taxa bruta de mortalidade.
Esperança média de vida – número médio de anos que uma pessoa, à nascença, pode esperar viver.
Índice sintético de fecundidade – número de filhos que, em média, cada mulher tem durante a sua vida
fecunda (15 a 49 anos).
Índice de renovação de gerações – valor do índice sintético de fecundidade necessário para que as
gerações mais idosas possam ser substituídas por outras mais jovens.
Índice de envelhecimento – número de indivíduos com 65 ou mais anos, por cada 100 indivíduos com
menos de 15 anos.
Saldo migratório – diferença entre o número de imigrantes (indivíduos que entram) e emigrantes
(indivíduos que saíram) num determinado território num certo intervalo de tempo.
Crescimento real ou efetivo – somatório do crescimento natural e do saldo migratório, cujo resultado
indica quantos indivíduos há a mais ou a menos, num determinado período, numa dada região.
Durante muitos séculos, a população mundial aumentou muito lentamente. A partir de meados do
século XVIII, registou-se um crescimento significativo. Depois do final da Segunda Guerra Mundial, a
população aumentou exponencialmente (de forma muito acentuada). Em 2014 estimava-se que viviviam
na Terra cerca de 7,2 mil milhões de pessoas e este número continuou a aumentar até aos dias de hoje.
Atualmente, estima-se que vivam na Terra cerca de 7,7 mil milhões de pessoas. Na mesma data, os
estudos apontavam que o planeta teria, em 2050, cerca de 9,6 mil milhões de habitantes mas, os
estudos mais recentes, apontam para os 10 mil milhões de pessoas (Figura 1).
De acordo com a variação das taxas de natalidade e mortalidade criou-se um gráfico que representa a
evolução da população, designado por Modelo de Transição Demográfica. Este modelo traduz a
transformação de uma sociedade predominantemente agrícola para uma sociedade
predominantemente industrial.
Todos os países passam por este modelo, contudo, não se encontram todos no mesmo regime de
transição devido a diferentes fatores sócio-económicos (Figura 2).
Regime demográfico primitivo (Fase 1) - carateriza-se por um crescimento natural muito lento da
população mundial, porque, apesar de nascerem muitas crianças, o número de pessoas que morre
também é muito elevado. A Taxa bruta de natalidade era muito elevada devido à ausência de
planeamento familiar e de contracetivos, ao casamento precoce (muito cedo), à necessidade de mão-
de-obra e ainda ao encorajamento social e religioso. Já a Taxa bruta de mortalidade, que também era
muito elevada, devia-se essencialmente à grande vulnerabilidade das pessoas face às catástrofes
naturais, à fome provocada pelas más colheitas agrícolas, às precárias condições de vida, às doenças que
eram agravadas pelos fracos conhecimentos médicos da época e ainda devido às guerras.
Revolução demográfica (Fase 2) - tem início com a Revolução Industrial, caracterizada por uma melhoria
das condições de vida, de alimentação e de saúde, que contribuíram para a redução gradual da
mortalidade. Nesta fase a Taxa bruta de natalidade manteve-se muito elevada devido às mesmas razões
da primeira fase, mas à medida que os cuidados de saúde foram melhorando, nomeadamente pela
invenção das primeiras vacinas, pela distribuição de água potável ou pela construção de saneamento, a
mortalidade, especialmente a infantil, diminuiu, pelo que a população mundial começou a aumentar.
Regime demográfico moderno (Fase 4) - a Taxa bruta de natalidade é reduzida e a Taxa bruta de
mortalidade também, tendo como consequência uma taxa de crescimento natural reduzida ou nula.
Contribuíram para a baixa natalidade a generalização do planeamento familiar, os casamentos tardios
ou a entrada da mulher no mercado de trabalho. Para a redução da mortalidade contribuíram, por
exemplo, os bons cuidados médicos ou o abastecimento fiável de alimentos.
Regime demográfico pós-moderno (Fase 5) - alguns demógrafos da atualidade propõem esta quinta fase
apesar de existirem dúvidas muito significativas daquilo que poderá acontecer. Poderá acontecer o
contrário mas pensa-se que esta fase se irá caraterizar por uma Taxa bruta de natalidade inferior à Taxa
bruta de mortalidade, verificando-se um crescimento natural negativo e uma redução da população
total.
A desigual evolução demográfica traduz-se em consequências, regra geral negativas, tanto para os
Países Desenvolvidos (PD) como para os Países Em Desenvolvimento (PED) (Quadro 1).
Países Desenvolvidos
População envelhecida
Países Em Desenvolvimento
Desemprego
Num estudo demográfico é crucial (muito importante) conhecer a estrutura etária, isto é, a distribuição
da população por sexos e por idades, já que dela dependem decisões estratégicas e políticas com
grandes implicações sociais, de que são exemplo:
- Construção de habitações;
Da análise da pirâmide etária da Etiópia podemos constatar que esta apresenta o seguinte:
São vários os fatores que influenciam a evolução da estrutura etária da população de um país ou região,
nomeadamente:
- Natalidade;
- Mortalidade;
- Fluxos migratórios;
- Catástrofes naturais;
- Guerras;
- Epidemias.
Políticas demográficas:
Políticas Natalistas
Políticas Antinatalistas
Legalizar o aborto
Em 1960, Portugal era um país 'jovem'. Apresentava uma base larga e um topo estreito. Esta pirâmide
etária refletia o fraco desenvolvimento do país (Figura 5). Em 1981, a realidade portuguesa, e
consequentemente, a estrutura etária do país alteram-se significativamente. Ocorreu um estreitamento
da base da pirâmide e um alargamento do topo (Figura 6). Em 2011, verificou-se um progressivo
estreitamento da base da pirâmide com a redução população mais jovem e um crescente alargamento
do topo com o crescimento da população idosa. Registou-se assim um fenómeno de duplo
envelhecimento (Figura 7).
Pirâmide etária de Portugal - 1960.Pirâmide etária de Portugal - 1981.Pirâmide etária de Portugal -
2011.i
A distribuição da população portuguesa também regista diferenças a nível regional. A região do Alentejo
e do Centro apresentam um elevado número de idosos. A Região Autónoma dos Acores destaca-se por
ser a região com maior número de jovens e de população adulta (Figura 8).
Figura 8: Percentagem da população portuguesa por grupos etários, por NUT II.
De acordo com estimativas do INE, a população portuguesa continuou a diminuir e a envelhecer tal
como já acontecera nos anos anteriores. São vários os fatores que contribuem para esta tendência como
se podem verificar na figura seguinte (Figura 9).
Referências
Ine.pt. (2019). Statistics Portugal - Web Portal. [online] Available at: https://www.ine.pt/xportal/xmain?
xpgid=ine_main&xpid=INE [Accessed 28 Aug. 2019].
Zelinsky, W. and Vilà Valentí, J. (1982). Introducción a la geografía de la población. Barcelona: Vicens-
Vives.