Fundamentos Do Louvor e Adoração PDF
Fundamentos Do Louvor e Adoração PDF
Fundamentos Do Louvor e Adoração PDF
Olá!
Que bom ter você aqui comigo no nosso espaço, para juntos repensarmos e organizarmos aquilo
que fazemos. Muito mais do que saber o que fazemos, nessas páginas descobriremos o porquê
fazemos e para quem o fazemos.
Pensei e elaborei esse material depois de anos ministrando às pessoas por todo o Brasil e o mundo,
celebrando e adorando a Deus, e, peço de coração que o Senhor te abençoe e te faça crescer cada
vez mais nEle e por Ele.
Algumas das estratégias e informações que você̂ vai ler neste livro eu aprendi quando comecei no
ministério e são frutos de aprendizado pessoal ou dos meus estudos em livros e seminários. Em
algum determinado momento posso citar experiências minhas que não são regras. Todo o resto é
bíblia, e ela sim é Absoluta.
Debrucei-me sobre a palavra, sobre minhas experiências e tentei organizar de maneira sistemática o
que é de suma importância para um Líder de Louvor, seja ele o Líder/Pastor do ministério ou apenas
alguém que conduz a Igreja em adoração, seja ele antigo no ministério ou esteja começando agora!
Se alguma de minhas opiniões pessoais divergirem das suas, saiba que te respeito e admiro por ter
opiniões em um mundo tão relativo, mas isso não vai mudar as minhas opiniões, bem como não
tenho o intento de mudar você. Absorva o que foi bom e útil a sua vida e seu ministério, passe pelo
crivo da palavra e do Espirito Santo, e aquilo que for bom, retenha consigo!
Saiba que tudo o que vou expor aqui só vai funcionar para sua vida ministerial e para sua equipe se
você colocar em prática e utilizar as informações que eu vou te dar para crescer e melhorar!
Você pode utilizar esse material para ajudar a outros e para ensinar a outros, adapte ele a sua
realidade e seu ministério. Nenhum padrão precisa ser replicado, os princípios é que são
importantes.
Por fim, quero te agradecer por acreditar naquilo que o Senhor Deus depositou dentro de mim. Quero
depositar dentro de você!
Estudou no Centro de Treinamento Ministerial Diante do Trono nos anos de 2007 e 2008 formando-
se no curso de Louvor e Adoração com ênfase em Música e também é bacharel em Teologia pela
faculdade Metodista Izabela Hendrix de Belo Horizonte.
Em 2009 iniciou sua carreira na música cristã com o Grupo Diante do Trono participando de diversos
projetos com o Grupo começando nesse mesmo ano cantando seu primeiro Dueto com Ana Paula
Valadão aos 19 anos.
De lá pra cá surgiram vários projetos com o Diante do Trono dentre eles: “Creio” gravado em Manaus
com um público recorde de 500.000 pessoas, “Tetelestai” gravado em Israel e “Deserto de
Revelação” gravado na Jordânia. Trabalhou fazendo produção vocal de vários projetos do Diante do
Trono e produção musical em alguns como: Creio, Tu Reinas e Nada temerei de Ana Nóbrega como
arranjador de 3 faixas.
Em 2015 lançou seu primeiro álbum chamado “Jesus” e alcançou um marco expressivo em vendas e
distribuição digital. Em 2017 lançou seu segundo CD chamado “Avante” e ficou por algumas
semanas como o nº 1 nas plataformas do Google Play e alcançou destaque na Dezzer. Vários
projetos com parceiros também surgiram como o CD “Global Project” da Hillsong no qual cantou
algumas canções e diversos CDs da Gateway no Brasil nos quais cantou e fez produção vocal, sem
contar nas participações em projetos de parceiros ministeriais como: Nívea soares, Pr. Antônio Cirilo,
Preto no Branco, Fernandinho e outros.
Israel lançou seu curso online em parceria com Vinícius Figueiredo chamado “Fundamentos da
Adoração” através do qual já treinaram centenas de vocacionados pelo Brasil e pelo mundo
realizando também um encontro de imersão em Louvor e Adoração chamado “Intensive”.
O seu aprendizado depende exclusivamente e diretamente do seu foco e da sua vontade de fazer
acontecer. Isso não vale apenas para o Ministério de Louvor, isso serve para a sua vida!
Uma das máximas mais usadas por quem fala de Louvor e adoração é: “Louvor e Adoração é um
estilo de vida.”
Meu problema é que a maioria das pessoas que diz isso, NÃO VIVE ISSO!!
Você já percebeu que nós somos diferentes, certo?
Como artistas vemos o mundo diferente, então entenda de uma vez para o que você foi chamado e
mergulhe profundo no propósito de Deus para você.
Entenda que o simples fato de Adão respirar no Jardim era a Adoração a Deus, sendo assim, use o
Fôlego de vida que você recebeu dEle para Glorificá-lo. Respire Louvor e Adoração a Ele.
Minha intenção com esse livro é ser apenas a ignição da sua mudança de pensamento sobre Louvor
e Adoração, muito disso vai acontecer dentro de você no seu dia a dia. Use esse manual para te
guiar. Mergulhe nas páginas dele.
Deixe sua imaginação voar, deixe suas ideias fluírem, e depois volte para cá.
Lembrando que a mudança depende de você.
1 - Um passo além.
Assista aos vídeos complementares que preparei no meu canal do youtube para você̂ expandir seus
conhecimentos e assim que puder faça meu curso Fundamentos da Adoração, tenho certeza de que
vai mudar sua forma de olhar o ministério.
2 - Faça resumos.
Procure ler com calma e resumir os principais conteúdos em um caderno para aplicar a sua vida e
ministério. Faça isso de tal maneira que você̂ consiga explicar o conteúdo aprendido para outra
pessoa.
3. Assine meu canal no Youtube.
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Sempre posto sobre meu dia a dia na estrada ministrando e na Igreja Local. Vai te abençoar muito e
te fazer crescer.
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I - QUEM SOU? O QUE FAÇO? PORQUE FAÇO?
No ano de 2007 me mudei para Belo Horizonte para estudar no Centro de Treinamento Ministerial do
grupo Diante do Trono. Mudei com 17 anos para uma cidade na qual não conhecia nada e ninguém.
A grande questão na verdade é que eu também não me conhecia.
O treinamento começou e era nítido o agir de Deus em cada aula e cada manhã de devocional aos
pés do Senhor, afinal, eu havia separado 2 anos da minha vida apenas para ouvi-lo.
De tempos em tempos na escola havia audições e seleções para escolher os músicos e ministros
que iriam liderar os alunos nos tempos de devocional e de culto.
Fiz os testes e passei, passei bem colocado para bateria e fiquei em segundo lugar para teclado.
Havia ficado muito feliz pela possibilidade de tocar e cantar, afinal, eu era o segundo melhor
tecladista da escola inteira, mas me achava o melhor, já que o outro era um nerd das teclas, não era
normal rsrsrs.
Até o dia em que o Senhor confrontou o meu orgulho e a minha soberba. Eu estava apoiado no meu
dom, e deixava com que o que eu fazia determinasse quem eu era e não o contrário. O Senhor em
um período devocional me questionou: “E se eu tirar a música de você, você continuará me amando
acima de todas as coisas”?
Eu fiquei sem ar …
Percebi que até aquele momento o que eu fazia determinava para mim a minha autoimagem,
determinava quem eu era, determinava para mim a minha essência e ali, no meio de um jardim, às
05h30min da madrugada começou um trabalhar incrível de Deus na minha identidade. Eu abri mão
de ministrar Louvor e Adoração na escola por todo o meu primeiro ano, mergulhei no secreto e fui
ouvir do Papai o que ELE dizia que eu era.
Depois disso pude dizer a Ele: Sim Senhor, se o Senhor me tirar a música eu vou continuar te
amando pois o Senhor me deu a música, se o Senhor me tirar tudo vou eu vou continuar te amando,
porque tudo o que eu tenho foi o Senhor quem me deu, se o senhor me tirar a voz, o meu coração
vai continuar pulsando de amor por Ti porque quem sou eu pra que de livre e espontânea vontade te
dê algo que já é seu? E se ainda assim o Senhor me tirar a vida, eu passarei a eternidade contigo
porque eu aprendi a Te amar acima de todas as coisas que o Senhor pode me dar. Agradeço por
todas elas, mas a minha herança é o Senhor e quem define a minha identidade é meu Pai!
IDENTIDADE
Muitas vezes acreditamos que aquilo que fazemos define aquilo que somos e isso não é a verdade
sobre nós. Deus nos formou com características bem definidas e essas nos tornam pessoas
especiais.
Na Bíblia podemos encontrar muitas passagens que relatam quem nós somos em Cristo. Por
exemplo, ela diz que somos filhos amados, herdeiros e muitos outros atributos são evidenciados,
mas nesta aula iremos ressaltar um aspecto que Deus declara sobre o Seu povo.
Saber quem eu sou influência diretamente minhas decisões e minhas atitudes. Deus nos chamou
com um propósito. I Pedro, no capítulo 2, versículo 9, diz: “Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio
real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes
daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz.” (ARA). Somos chamados por Deus
para sermos Seus sacerdotes.
A maneira como eu me vejo tem grande influência em minhas decisões e atitudes, ou seja, o que eu
penso a meu respeito irá determinar minha forma de viver e todas as minhas atitudes (Provérbios
23:7 ARA diz: “Porque, como imagina em sua alma, assim ele é.”)
Então fica aqui uma grande dica! Pare e faça uma pergunta: Quem sou eu? E agora responda para
você mesmo: Eu sou um Sacerdote!
Esta é sua nova identidade em Cristo Jesus. A partir desta verdade, será possível transformar tudo à
sua volta e cumprir o seu chamado, impactando e contagiando sua comunidade.
Vamos entender melhor como tudo aconteceu. No antigo testamento, vimos surgir as doze tribos de
Israel, formadas por dez filhos de Jacó e dois filhos de José. Os netos, Jacó resolveu tomar e
abençoar como seus. Mas existia outra tribo, denominada a tribo de Levi. Essa foi escolhida por
Deus para servir ao Senhor. Dessa linhagem, surgem sacerdotes e levitas. Conhecemos Arão, irmão
de Moisés, que foi bisneto de Levi.
Os levitas são aqueles que trabalham no Templo. Era uma tribo específica, separada para servir ao
Senhor no Templo.
Hoje nós temos o costume de considerar que os levitas são somente aqueles que participam do
louvor. Mas isso é um sofisma, é um engano terrível. Não existe mais a tribo de Levi e todos os que
servem atualmente no ajuntamento dos santos, no culto, nas celebrações desempenham serviço
levítico. Dizer que todos os que estão envolvidos no ministério de artes são levitas significa que
exercem o serviço levítico dado por Deus.
A responsabilidade por transportar a tenda e todos os seus utensílios, todas as vezes que Deus
ordenava que o povo mudasse de lugar, era dos levitas, responsáveis por esta tarefa (Leia Números
3: 50 e 51).
A palavra “tabernáculo” não expressa para nós o mesmo significado que para os judeus. Eles se
referiam a ele como tenda do encontro ou tenda da congregação. Desta forma podemos
compreender melhor o seu real sentido o lugar onde há uma expectativa do encontro de pessoas
com o próprio Deus.
Podemos descrever o ofício do sacerdote como um “anfitrião”, aquele que possibilitará que os
convidados sejam bem recebidos, de forma agradável e que todos estejam à vontade na presença
do Rei.
Portanto, precisamos entender a nossa posição, a nossa identidade, para saber exatamente o nosso
destino, ou seja, para onde estamos indo, ou aonde vamos chegar. Então, não somos
simplesmente músicos, dançarinos, artistas, cantores. Antes de qualquer coisa, precisamos saber
que somos sacerdotes do Deus Altíssimo. Assim, todo lugar a que formos torna-se um tabernáculo,
um lugar de encontro com Deus, um lugar para Habitação do Altíssimo.
Agora será necessário saber quais as responsabilidades dadas aos sacerdotes. É fundamental
salientar suas principais funções.
Vamos começar estudando sobre as bases fundamentais dos princípios teológicos da adoração.
Antes, porém, falaremos sobre a nossa identidade.
A maioria das pessoas pensa que o que elas fazem define quem elas são (exemplo: um irmão que
toca baixo se considera um baixista por tocar aquele instrumento. Se ele tiver que parar de tocar no
palco, sua identidade poderá ser danificada/prejudicada).
Por isso precisamos aprender sobre identidade. A Bíblia diz muitas coisas sobre nós (somos filhos
amados, herdeiros, etc.). Quero destacar uma definição que Deus usa para o seu povo:
Fomos chamados para sermos sacerdotes com uma finalidade: "anunciarmos as grandezas daquele
que nos chamou das trevas para sua maravilhosa luz."
A forma como vejo a mim mesmo (minha identidade) faz grande diferença na minha função, na forma
como eu vivo, como eu trabalho.
Quando um irmão na igreja vê apenas as pessoas do palco como sacerdotes, ele se isenta de
qualquer tipo de responsabilidade no que diz respeito à função sacerdotal. Antes de exercermos
qualquer função na igreja devemos nos lembrar que SOMOS SACERDOTES.
Se eu penso e vivo debaixo dessa realidade e identidade, logo toda comunidade ao meu redor será
impactada e contagiada a viver da mesma maneira.
O QUE FAZ UM SACERDOTE?
Se sou um sacerdote, eu também tenho que fazer o que um sacerdote faz. Veremos 4 funções dos
sacerdotes:
Os levitas eram responsáveis por transportar todos os utensílios e a própria tenda todas as vezes
que Deus mandava o povo se mover. A palavra “tabernáculo” se tornou um tipo de palavra religiosa
que não tem significado algum para nós.
Lembramo-nos apenas da tenda e é o que a palavra significa A importância do tabernáculo pode ser
mais bem entendida por nós se verificarmos como os judeus o chamava: tenda da congregação,
tenda do encontro. O significado disso é: quando eu venho para o tabernáculo, eu venho para um
lugar onde há uma expectativa de que haverá uma congregação de pessoas reunidas e de que
haverá Um encontro com Deus naquele lugar.
Apenas sacerdotes amam estabelecer tabernáculos (encontros com Deus). O sacerdote trabalha
como um ANFITRIÃO, o qual proporciona um lugar agradável para que todos os demais entrem,
sintam-se à vontade e aproveitem a festa.
Você não é um baixista, bailarina, cantor... você é, antes de tudo, sacerdote! Todo o lugar que eu for,
onde eu estiver com outra pessoa, esse lugar torna-se um tabernáculo. Dt 10: 8,9. Neste texto
encontraremos as outras 3 funções do sacerdote.
Todos nós somos levitas espirituais. Eles tinham a imensa responsabilidade de carregar a arca da
aliança (representava a presença de Deus). Nós temos esta grande responsabilidade (e também
grande alegria e honra) de transportar a presença de Deus aqui nesta terra.
Aonde quer que eu vá, como levita, estou levando a presença de Deus. Pessoas da igreja que não
se veem como sacerdotes precisarão de outras pessoas (que ela acha que são sacerdotes) para se
aproximarem de Deus, para induzi-las à adoração.
Como um sacerdote que possui a presença de Deus, eu sou um embaixador, um diplomata do Reino
de Deus ao reino deste mundo. Você já ouviu falar de imunidade diplomática?
Vamos imaginar uma pessoa que é embaixadora, um diplomata do Brasil em outro país, por
exemplo, no Japão. Ela mora e trabalha no Japão, mas ela carrega a autoridade do país que ela
representa. Por causa disto, as leis do Japão não têm poder sobre ela. Em qualquer lugar do Japão,
onde essa pessoa for, é solo japonês, mas será considerado Brasil enquanto ela estiver ali. Como
embaixador do Reino de Deus, onde eu puser os meus pés (seja no meu quarto ou no altar), ali é o
Reino de Deus.
As pessoas que vivem separadas de Deus vivem no reino deste mundo, segundo as leis deste reino.
Mas quando eu entro nesta realidade, a lei da morte, a lei do pecado, a lei da doença e da perdição
não mais se aplica àquele lugar. Eu trago a realidade, a autoridade do Reino que eu represento para
aquele lugar.
Ministrar a Deus
Quando invertemos isso, nós acabamos submetendo o ministério que estamos tentando trazer à
cultura e preferência do homem (que são caídas!). A preocupação de agradar as pessoas acaba por
gerar um fardo, um peso difícil de carregar. Na Bíblia toda a adoração é para o Senhor e não para
pessoas.
Quando você ministra a Deus Ele se revela. Quando você ministra aos homens, Deus não se revela.
Deus instruiu os sacerdotes a abençoarem conforme Nm 6:22-27. Esta é uma oração sobre o que
eles irão precisar no futuro. Quando eu abençoo as pessoas, causo um estímulo ao seu destino: eu
coloco ali o que Deus as chamou para ser. Tenho que ser capaz de ver com os olhos de Deus, e ver
o que Deus pretende que aquelas pessoas sejam, e, na minha bênção, derramar isso às pessoas, aí
sim eu ajudarei essas pessoas a caminharem rumo ao Senhor.
Abençoar não é dar presentes, ou dizer o que elas querem ouvir, na maioria das vezes e sim,
proclamar as bênçãos do Senhor que tem a ver com a bênção sacerdotal.
Parte do meu ministério é fazer com que as pessoas sejam capazes de andar em seu chamado
como um sacerdote. Sei que não são todos líderes de louvor, mas como líder de louvor eu tenho que
me certificar que eu os estou ajudando no tabernáculo, ajudando-os a carregar a presença de Deus,
ajudando-os a ministrar na presença do Senhor, capacitando-os a abençoar pessoas em sua vida.
De repente eu me tornei um reprodutor de sacerdotes!
Falamos sobre nossa identidade. Agora vamos falar um pouco sobre o tabernáculo.
DICA DO SALAZAR!
Lenha.
Quero que você depois desse capítulo tire um tempo para analisar seu
ministério, sua vida e Pedir que o Espirito Santo te sonde e analise se você
não está realizando tudo o que está realizando na força do seu próprio braço,
com as suas forças e não na capacitação que vem do alto. Cruz é dependente,
aprenda a depender de Deus.
Tirar as Cinzas.
Era necessário limpar o altar, tirar as cinzas para que o fogo pudesse arder
novamente. Quantas e quantas vezes durante a nossa vida isso será
necessário? Quantas vezes durante o ano? Ou o semestre isso é necessário?
Não sei, depende de quanto fogo e quanta lenha tem dentro de você!
Mas as cinzas impedem o fogo de se alastrar, elas apagam o fogo. Limpe seu
altar interno, limpe aquilo já queimou, separe o que o fogo purificou e tire as
teias de Aranha, tire a sujeira para que o fogo possa queimar em você
novamente.
Fogo
O Espírito Santo é por muitas vezes simbolizado na bíblia como o fogo. Ele é a
chama viva dentro de nós e Paulo nos diz para não apagarmos o Espirito Santo
em nós, ou entristecermos o Espírito Santo.
A palavra processo nos traz vários significados, como ação contínua, andamento, seguimento, entre
outros. Para o assunto que está sendo abordado, vamos entender que processo significa o curso ou
período no qual Deus age em nossas vidas para nos transformar.
Quando o processo surge em nossas vidas, sentimo-nos castigados, como se Deus nos levasse a
um lugar de castigo por termos feito algo de errado, o que nos faz pensar que recebemos uma
sentença de condenação. A palavra de Deus diz que já não há mais nenhuma condenação para
aqueles que estão em Cristo Jesus, o que lemos em Romanos 8:1“Agora, pois, já nenhuma
condenação há para os que estão em Cristo Jesus.”(ARA)
Então, a boa notícia é que o Pai nos leva ao processo porque Ele nos ama. Se você é alguém que já
fez uma decisão por Jesus, então saiba que você já está no Seu processo. Durante toda a nossa
caminhada cristã, ou estamos entrando ou estamos percorrendo, ou estamos saindo do processo de
Deus. Sempre que estivermos saindo de um, certamente estaremos nos preparando para entrar em
um novo processo. “O processo é parte da nossa vida com Deus porque Ele nos ama”.
Quando olhamos para a vida de Jesus podemos entender claramente o processo de Deus para que
Ele chegasse ao ponto crucial de sua vida. Esse ponto foi a cruz, que envolvia sua morte e
ressurreição para a nossa salvação. Vemos, em I Coríntios 1:18, “Pois a mensagem da cruz é
loucura para os que estão perecendo, mas para nós, que estamos sendo salvos, é o poder de Deus.”
(NVI)
Jesus vive uma vida simples e pura, sem muita novidade ou grandes acontecimentos e somente aos
30 anos, no momento do Seu batismo, conclui grande parte do processo de Deus na Sua vida (Ler
Mateus 3:13-17), já começando a viver o novo processo, o de Seu ministério.
No Rio Jordão, uma pomba pousou em Jesus e Deus disse do céu: “...Este é o meu Filho amado, em
quem me comprazo”. (Mateus 3:17 ARA)
Até aquele momento Jesus não tinha curado, nem operado nenhum milagre, mas havia andado na
presença de Deus, em adoração e cumprindo a vontade do Pai. Viver o processo é oferecer sua vida
como sacrifício, vivendo em adoração 24 horas por dia.
Eu não sei e nenhum de nós sabe ao certo em qual momento do processo estamos, mas de uma
coisa podemos estar certos, Deus já nos colocou em um processo de transformação. Então, seja
qual for o estágio do processo que estivermos vivendo, haverá transformação.
De acordo com Banning Liebscher, nossa tendência é a de querer estar no processo de outra
pessoa, resistir às lições que Deus está tentando nos ensinar através das circunstâncias, acelerar o
processo ou tentar pular etapas. Devemos deixar Deus realizar a obra completa, pois a bíblia diz que
Aquele que começou a boa obra em sua vida é Fiel para cumprir, ou seja, Ele vai com você até o fim
do processo. Isso se confirma em Filipenses 1:6 “Estou convencido de que aquele que começou boa
obra em vocês, vai completá-la até o dia de Cristo Jesus”.(NVI)
DEUS É UM DEUS DE PROCESSOS
E o processo é a ponte entre a promessa dada e a promessa recebida. Nesta caminhada não
existem atalhos, somente a obediência ao Espírito Santo de Deus pode te fazer alcançar a
promessa.
Quando Deus chamou Davi, disse que ele se tornaria rei. Mas Davi passou por um processo para
que isso acontecesse. O apóstolo Paulo é um exemplo de alguém que também passou pelo
processo e precisou florescer e crescer em meio às circunstâncias (Filipenses 4: 11e 12). Outro
exemplo seria Moisés, que viveu vários processos em sua vida até cumprir a libertação do povo de
Israel.
Através do processo é que temos nosso caráter formado e reformado, e o tempo é o verdadeiro teste
do caráter. “E não somente isto, mas também nos gloriamos nas próprias tribulações, sabendo que a
tribulação produz perseverança; e a perseverança, experiência; e a experiência, esperança. Ora, a
esperança não confunde, porque o amor de Deus é derramado em nosso coração pelo Espírito
Santo, que nos foi outorgado”. (Romanos 5: 3-5)
O que quer dizer que por meio do processo somos transformados e o tempo irá testar o nosso
caráter. Nós não nascemos com o caráter perfeito igual ao caráter de Jesus, não nascemos iguais a
Ele, e a mudança em nós não acontece somente a partir de uma oração ou imposição de mãos.
Essa transformação no caráter faz parte do processo, por isso é necessário dor e sofrimento. Apesar
de ser estranho pensar que Deus usa o sofrimento a nosso favor, esta é Sua estratégia de
transformação do nosso caráter. Em João 16:33, Jesus diz: “neste mundo vocês terão aflições;
contudo, tenham ânimo! Eu venci o mundo”. Aqui o Mestre está dizendo que cada um de nós terá
aflições, o que nada mais é que sofrimento, mas Ele dá uma dica: se nós tivermos bom ânimo,
vontade, perseverança, iremos obter a vitória.
O único jeito de sermos parecidos com Jesus é a partir do sofrimento e da dor. Em algumas vezes a
dor é o ingrediente que Deus usa para a nossa mudança e transformação. Na academia usamos
uma camiseta que diz “no pain/no gain” que significa “sem dor/sem ganho”. O princípio é o mesmo. É
preciso tempo, um processo para sermos mudados e moldados, para oferecermos a Deus a
adoração que Ele espera e deseja de nós. Dessa forma se cumprindo em nós o texto: “Mas vem a
hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores, adorarão o pai em Espírito e em verdade,
porque são estes que o Pai procura para seus adoradores” (Jo 4:23).
Esse sofrimento que estamos mencionando é aquele que passamos quando temos de matar a nossa
carne, ou seja, quando dizemos “não” à nossa própria vontade para fazer a vontade de Deus. Em
Hebreus 5:8 está escrito: “Embora sendo Filho, ele aprendeu a obedecer por meio daquilo que
sofreu”. (NVI)
Vejamos o que diz Deuteronômio 8:1-5 “Cuidareis de cumprir todos os mandamentos que hoje vos
ordeno, para que vivais, e vos multipliqueis, e entreis, e possuais a terra que o SENHOR prometeu
sob juramento a vossos pais. Recordar-te-ás de todo o caminho pelo qual o SENHOR, teu Deus, te
guiou no deserto estes quarenta anos, para te humilhar, para te provar, para saber o que estava no
teu coração, se guardarias ou não os seus mandamentos. Ele te humilhou, e te deixou ter fome, e te
sustentou com o maná, que tu não conhecias, nem teus pais o conheciam, para te dar a entender
que não só de pão viverá o homem, mas de tudo o que procede da boca do SENHOR viverá o
homem. Nunca envelheceu a tua veste sobre ti, nem se inchou o teu pé nestes quarenta anos. Sabe,
pois, no teu coração, que, como um homem disciplina a seu filho, assim te disciplina o SENHOR, teu
Deus”.
Existem várias promessas de Deus para as nossas vidas, mas com certeza haverá um deserto ou
turbulência entre o ponto de partida e a reta final. Nesse trajeto ainda que nos encontremos no vale,
poderemos observar o cuidado de Deus enquanto somos transformados em obreiros aprovados por
Deus.
Muitas vezes no meio da jornada seremos tentados a reclamar por não entender, ou até mesmo a
pensar que o diabo é quem está no controle daquela situação. Mas precisamos compreender que
Deus nos leva a experiências no deserto, e essas experiências produzem a perseverança que nos
sustentará até o fim (Com efeito, tendes necessidade de perseverança, para que, havendo feito a
vontade de Deus, alcanceis a promessa. Hebreus 10:36).
O inimigo gosta de nos levar por atalhos, porque ele sabe que, se cortarmos caminho para
chegarmos à promessa, não teremos o caráter moldado. Tudo o que acontece em nossa vida passou
primeiro por Deus. Ele controla todas as coisas. Tudo o que acontece é permitido por Deus, porque
“todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus” (Sabemos que todas as coisas
cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu
propósito. Romanos 8:28 (NVI).
“Portanto, eis que eu a atrairei, e a levarei para o deserto, e lhe falarei ao coração.” Oseias 2:14
(ARA). O Senhor nos atrai. Ele sabe o que vai nos fazer bem e do que precisamos. Por isso somos
atraídos por Ele para um lugar onde possamos ouvir sua voz e nos tornarmos mais parecidos com
Ele.
Durante a prova, o nosso caráter será revelado. Não basta passar pelo deserto, mas o grande
segredo é como passar!
Exemplo: quando você vai realizar uma prova ou um teste, ele não acontece para te ensinar, mas
sim para te mostrar o que realmente você sabe. A prova irá te revelar, te mostrar exatamente onde
você está falhando e precisa melhorar.
O tempo é um teste muito eficaz. Normalmente nós não gostamos de esperar, principalmente nos
dias atuais em que a tecnologia nos estimula a sermos pessoas imediatistas, mas o tempo é uma
estratégia que Deus usa para moldar o nosso caráter.
Na maioria das vezes acreditamos que, quando alcançarmos a promessa, iremos mudar. Pensamos
que com a conquista tudo vai mudar, quando na verdade a mudança ocorrerá durante a jornada.
Muitas vezes Deus usa os relacionamentos como uma maneira para nos moldar. Em nossos
relacionamentos somos confrontados, com relação à Palavra, para ser como Jesus em nossas
atitudes. Às vezes, através do cônjuge, amigo ou irmão. Somos tratados, porque não temos as
mesmas reações e isso nos ensina a enxergar as mesmas coisas de pontos de vista diferentes. As
diferenças nos fazem crescer ampliando a nossa maneira de ver e enxergar o resultado final.
SOBRE OS TESTES DE DEUS
A resposta Deus já nos deu em algum momento. Ele nos entregou o ensinamento através da Sua
palavra. Agora, portanto, será o momento da prática.
Neste nível, Deus está nos ensinando que durante o teste é preciso confiar, mesmo que tudo ao
nosso redor seja contrário. A nossa fé será testada pelo silêncio e, se compreendermos isso, a
verdadeira adoração poderá fluir de nós.
Uma grande dica é falar com Deus. Muitas vezes temos a tendência de querer expor aos outros o
que estamos sentindo durante o teste e é onde acabamos falando o que não deveríamos.
A palavra de Deus é o mais excelente manual para se consultar antes de realizar qualquer teste,
então use e abuse dessa ferramenta que está disponível a você.
CONSIDERAÇÕES
Quando você chegar aonde Deus quer que você chegue, você vai ver que o processo foi
extremamente valioso para que o aprendizado fosse completo.
Entendemos que o processo faz parte da nossa caminhada com Deus. Ele nos faz crescer e passar
pelas lutas, tempestades. A espera faz parte do que Deus tem para nós. Muitas vezes imaginamos
que esse processo será do jeito que esperamos e, ao perseguirmos o prêmio que, sabemos,
alcançaremos no fim, desrespeitamos o tempo de cada fase. Nosso impulso em chegar ao fim nos
leva a desconsiderar o valor da lição que aprendemos após cada dificuldade.
Como fomos criados e o ambiente onde crescemos, formam nossa personalidade. Nem todos fomos
criados em um lar de amor, de princípios e valores bíblicos. São diversos os contextos em que fomos
gerados e criados. Isso pode gerar muitas fragilidades e fortalezas em nós. A depender de nossa
história de vida, os desafios de cada um de nós são únicos. Podemos ter medo, coragem, sermos
irados, calmos, tristes, alegres, motivados, falantes, calados, desanimados, cheios de fé.
Hoje a compreensão que se tem atualmente sobre os quatro temperamentos é de ser independente
da questão genética, e uma mesma pessoa pode ter apresentar combinações dos tipos. Na questão
hereditária, seria como a pessoa reage na construção, aquisição de um hábito.
Colérico: (busca por novidade): obstinado, muito otimista, um líder natural. Sua mente sempre está
com muitas ideias e projetos que geralmente se realizam, extrovertido. Fragilidades: impetuoso,
genioso, autossuficiente, tende a ser áspero. Ex: bons diretores de empresas, soldados voluntários,
administradores, políticos (LAHAYE, 2008; SBIE, 2017).
Os temperamentos podem ser transformados pela ação do Espírito Santo em nós. Ao lembrarmos de
Pedro (colérico), Moisés (melancólico), Paulo (colérico), Abraão (fleumático), podemos ver como
foram moldados por uma vida diária com Deus e o Santo Espírito.
É importante saber que a nossa história em Cristo Jesus é esperança para os outros. Mas temos um
Espírito novo, em uma alma “antiga” (com marcas, histórias). Por isso é fundamental estarmos com
um coração que deseja ser transformado, curado para servir ao corpo de Cristo de forma saudável e
principalmente para que a sua vida alcance o propósito sonhado e planejado pelo Autor da Vida.
Aprender a lidar com nossas emoções e saber como agimos e reagimos nos ajudará a sermos
aperfeiçoados, ensinados e transformados em todas as áreas de nossa vida. Principalmente quando
estamos dispostos a sermos melhores no relacionamento com Deus, na família, no trabalho e no
ministério.
Todos passamos por situações que nos desafiam a ter o mesmo sentimento/atitude que houve em
Cristo Jesus, como disse Paulo aos Filipenses: “tende em vós o mesmo sentimento que houve em
Cristo Jesus” (Fp. 2:5 ARA). Nesse texto Paulo fala para os filipenses terem o mesmo amor, o
mesmo sentimento, não fazer nada por partidarismo ou por vanglória. E, como Jesus, se esvaziar de
si mesmo, se humilhar e ser obediente. Jesus foi obediente até a morte e morte de cruz.
Diz Liebscher (2017), pastor e fundador do Jesus Culture, que uma das suas preocupações com a
igreja moderna é a de construir a vida sobre a areia movediça das emoções, em vez de construir no
que Jesus nos ensina. A sociedade de hoje se guia pelo que sente, e este conceito entrou na igreja.
Algumas pessoas dizem: “Acho que isto não é de Deus”. Porém: nem sentimentos, nem a opinião
pública, que facilmente muda nossos sentimentos, determinam as verdades em nossas vidas e
sociedades. A verdade não está enraizada em nossos sentimentos ou opiniões, mas nas escrituras.
[...] todos os aspectos da minha experiência pessoal precisam ser testados e compreendidos pelas
lentes das Escrituras.
Saber ouvir, conversar, olhar o ambiente ao redor, perceber o contexto onde você está inserido é
importante para que suas atitudes não sejam levadas pelas emoções do momento. Com certeza
somos seres emocionais, e isso é maravilhoso...as emoções trazem beleza à nossa vida. A questão
é não ceder às emoções que nos atrapalham de viver o cristianismo puro e simples.
Certo dia, sendo Moisés já adulto, foi ao lugar onde estavam os seus irmãos hebreus e descobriu
como era pesado o trabalho que realizavam. Viu também um egípcio espancar um dos hebreus.
Correu o olhar por todos os lados e, não vendo ninguém, matou o egípcio e o escondeu na areia
(ÊXODO 2:11 e 12).
Lendo este versículo podemos refletir sobre a atitude de Moisés. Ele podia ter os seus motivos para
agir dessa forma, mas não foi a atitude correta. A forma de fazer justiça o levou a ter que fugir. A
Palavra de Deus nos ensina quanto à ira: “Quando vocês ficarem irados, não pequem...” (Sl. 4:4
NVI), também diz em Ef. 4:26-27 “Quando vocês ficarem irados, não pequem. Apaziguem a ira antes
que o sol se ponha, e não deem lugar ao Diabo”.(NVI)
Outra história que nos mostra uma atitude na dor, na frustração, é a de Ana. Quando ela derramava
o seu coração diante de Deus, o sacerdote Eli achou que ela estava embriagada. Ana poderia
responder a Eli de forma mais ríspida e até achar um absurdo a sua colocação, mas em vez disso
teve uma atitude que atraiu o favor de Deus sobre sua vida. A sua explicação a Eli moveu dele a
abençoá-la
Essas são duas histórias dentre tantas da Palavra de Deus que nos falam sobre emoções e atitudes.
O importante ao analisarmos esses textos é fazer um paralelo com a nossa vida. Como adoradores,
com um chamado para ministrar ao Senhor pela música, e pelas artes, temos uma responsabilidade
de conduzir nosso coração, a nossa caminhada cotidiana alinhada ao que a Bíblia nos ensina.
Como cristãos já temos que nos importar em como está a nossa vida, primeiro quanto a você e
Deus, claro, visto que sempre vamos refletir uma imagem, uma mensagem. Reflita: Qual
testemunho você tem transparecido para as pessoas. O que a sua vida fala, mesmo sem palavras? E
você, quando fala, quais palavras saem dos seus lábios?
Servir no altar implica naturalmente uma vida de santidade e de devoção. E isso deve ser uma
alegria e um compromisso. Por isso devemos pautar a nossa vida na Palavra, em uma vida cristã
consciente, com responsabilidade. Viver alinhado com a vontade de Deus requer muitas vezes, não
ceder às emoções.
Trabalhar em equipe envolve saber lidar com suas emoções e atitudes, porque, dependendo da sua
atitude, você abençoará o grupo ou semeará contenda. Suas reações sem pensar, suas palavras
sem reflexão, no ímpeto, por exemplo, na hora de um sentimento de ira, ou até por ficar triste com
alguma situação, ou outro sentimento isso irá interferir na unidade do ministério.
O lugar onde você vai servir ao Senhor no ministério de artes não é um trampolim para o seu
sucesso pessoal e nem para a fama. Por isso coloque sempre seu coração nas mãos do Senhor,
alimente a sua vida da Palavra de Deus: ela será saúde para você e para os que estiverem junto a
você, recebendo a manifestação do seu talento.
Suas atitudes devem ser respaldadas, fundamentadas, na Palavra de Deus e não na inconstância
dos sentimentos. Analise-se, gaste tempo com você, ore por suas dificuldades.
Ser transformado em suas emoções e atitudes está em permitir que o Espírito Santo o encha
constantemente.
IV - SERVIÇO E UNIDADE
SERVIÇO
Servir é uma ação ou efeito de serviço. Servir a Deus significa dedicar sua vida a Ele, procurando
agradar-lhe e obedecendo aos Seus mandamentos. Aquele que ama a Deus serve a Ele com alegria.
Todo verdadeiro cristão serve a Deus e se coloca debaixo da autoridade Dele para fazer Sua
vontade e obedecer à Sua liderança. Quem serve a Deus aceita que Ele é Rei, sábio e bondoso, que
tem o melhor para seus servos fiéis.
SERVIR A DEUS
Com humildade - “Não será assim entre vocês. Pelo contrário, quem quiser tornar-se
importante entre vocês deverá ser servo; e quem quiser ser o primeiro deverá ser escravo de
todos. Pois nem mesmo o Filho do homem veio para ser servido, mas para servir e dar a sua
vida em resgate por muitos" (Marcos 10:43-45 NVI);
Com amor - “Dediquem-se uns aos outros com amor fraternal. Prefiram dar honra aos outros
mais do que a vocês” (Romanos 12:10 NVI );
Como Jesus serviu - “Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus, que, embora sendo
Deus, não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se; mas esvaziou-
se a si mesmo, vindo a ser servo, tornando-se semelhante aos homens” (Filipenses 2:5-7
NVI)
Como parte do corpo de Cristo - “Com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o
desempenho do seu serviço, para a edificação do corpo de Cristo” (Efésios 4:12 ARA).
Somos corpo de Cristo e nesse corpo ninguém é dispensável. Todos têm uma função e são
importantes para o bom funcionamento do corpo.
De acordo com nossa vocação - Como membros desse corpo, devemos fazer a parte que
nos cabe, cumprindo os propósitos do Senhor Jesus para nossas vidas. Ele tem um plano e
uma missão para cada um de nós. Cabe a nós termos discernimento para entender nosso
lugar e papel dentro da casa de Deus “Cada um exerça o dom que recebeu para servir os
outros, administrando a graça de Deus em suas múltiplas formas.” (I Pedro 4:10 NVI).
QUANDO SERVÍ-LO
Durante todas as situações da nossa vida. A bíblia nos diz que devemos servir a Deus a tempo e fora
de tempo. O serviço para Deus deve ser o primeiro em nossas vidas e deve permear tudo o que
fizermos; “Pregue a palavra, esteja preparado a tempo e fora de tempo, repreenda, corrija, exorte
com toda a paciência e doutrina” (II Timóteo 4:2 NVI).
Existe dentro de cada um de nós o desejo de ser servido e este desejo é muito mais natural que o
desejo de servir. Isso acontece porque as pessoas gostam de se sentir especiais e bem tratadas.
A sociedade costuma colocar em um “pedestal” aquela pessoa que se destaca por algum talento.
Atitudes de superioridade revelam o orgulho existente em nós. Esse orgulho se manifesta não
somente quando alguém diz que se acha melhor do que o outro, mas, principalmente, quando as
suas atitudes “gritam” o que ele pensa.
Quantos são aqueles que se acham indispensáveis no ministério e por isso sentem-se no direito de
fazer o que bem entendem, faltam aos ensaios, não têm compromisso com as designações do líder,
não se empenham em estudar seu instrumento porque já são “bons demais” naquilo que fazem.
“Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o conhecerá”? (Jeremias
17:9 ARC95). Essa afirmação revela que o artista cristão precisa sempre estar vigiando seu coração
e ações. Algumas pessoas acham que podem enganar outras ou até mesmo seu próprio líder,
disfarçando seu egoísmo e a vontade de aparecer através do serviço. Mas essa postura não tem
nada a ver com o verdadeiro doar-se a Deus. Está relacionada, sim com um disfarce, uma máscara,
que a qualquer momento irá cair.
É fato que ninguém quer morrer pra si mesmo, mas Cristo experimentou e ensinou aos seus
discípulos a servirem com alegria e a ter satisfação por Ele.
PERFECCIONISMO X EXCELÊNCIA
Devemos servir ao Senhor com excelência em tudo o que fizermos. Existe, porém, uma diferença
entre fazer as coisas da melhor maneira possível e sermos perfeccionistas.
PERFECCIONISMO EXCELÊNCIA
Fica desmotivado ao fazer uma tarefa pelo Fica motivado pelo entusiasmo e acha o
medo de falhar ou devido a uma sensação processo de estudar, trabalhar, criar ou
de ter um dever a cumprir. construir qualquer coisa emocionante.
Seus esforços fazem-no sentir-se satisfeito
Mesmo quando obtém bons resultados,
consigo mesmo ainda que não seja
parece nunca ficar totalmente satisfeito.
sempre o melhor.
Acha que tende a “conquistar” a sua
Tem confiança em si e sabe que tudo o
autoestima e que terá que ser muito
que faz é dando o seu melhor, mesmo que
especial inteligente ou bem sucedido para
os outros não pensem da mesma maneira.
ser amado e aceito pelos outros.
Não tem medo de falhar, porque percebe
que não se pode ser bem sucedido em
A possibilidade de falhar é assustadora
todas as situações. Ainda que ao falhar se
para si. Se não consegue alcançar um
sinta desapontado, vê isso como uma
objetivo importante, sente que é falho.
oportunidade para o crescimento pessoal
e aprendizagem.
A palavra do Senhor nos diz em I Coríntios 12:12-25:“Ora, assim como o corpo é uma unidade,
embora tenha muitos membros, e todos os membros, mesmo sendo muitos, formam um só corpo,
assim também com respeito a Cristo. Pois em um só corpo todos nós fomos batizados em um único
Espírito: quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer livres. E a todos nós foi dado beber de um
único Espírito. O corpo não é composto de um só membro, mas de muitos. Se o pé disser: "Porque
não sou mão, não pertenço ao corpo", nem por isso deixa de fazer parte do corpo. E se o ouvido
disser: "Porque não sou olho, não pertenço ao corpo", nem por isso deixa de fazer parte do corpo. Se
todo o corpo fosse olho, onde estaria a audição? Se todo o corpo fosse ouvido, onde estaria o olfato?
De fato, Deus dispôs cada um dos membros no corpo, segundo a sua vontade. Se todos fossem um
só membro, onde estaria o corpo? Assim, há muitos membros, mas um só corpo. O olho não pode
dizer à mão: "Não preciso de você! " Nem a cabeça pode dizer aos pés: "Não preciso de vocês! "Pelo
contrário, os membros do corpo que parecem mais fracos são indispensáveis, e os membros que
pensamos serem menos honrosos, tratamos com especial honra. E os membros que em nós são
indecorosos são tratados com decoro especial, enquanto os que em nós são decorosos não
precisam ser tratados de maneira especial. Mas Deus estruturou o corpo dando maior honra aos
membros que dela tinham falta, a fim de que não haja divisão no corpo, mas, sim, que todos os
membros tenham igual cuidado uns pelos outros.” (NVI)
Como indivíduo criado por Deus, você tem muito valor. Porém seu valor é extremamente maior
quando você se une aos seus irmãos em Cristo. Como lemos nos versículos acima, uma orelha
separada do corpo não tem utilidade nenhuma, mas quando está junto ao corpo, torna-se
indispensável.
É desejo do nosso Deus que vivamos em unidade. Ele se agrada de nós, quando caminhamos
juntos, na mesma visão, preparados para cumprir Sua vontade auxiliando uns aos outros.
“Façam todo o esforço para conservar a unidade do Espírito pelo vínculo da paz. Há um só corpo e
um só Espírito, assim como a esperança para a qual vocês foram chamados é uma só; há um só
Senhor, uma só fé, um só batismo, um só Deus e Pai de todos, que é sobre todos, por meio de todos
e em todos” (Efésios 4:3-6 NVI).
Assim, devemos servir em unidade somente ao nosso Deus, não dividindo a Glória que só a Ele
pertence.
“Sigam somente o Senhor, o seu Deus, e temam a ele somente. Cumpram os seus mandamentos e
obedeçam-lhe; sirvam-no e apeguem-se a ele”(Deuteronômio 13:4 NVI).
Para o cristão, servir é um privilégio, pois Jesus nos resgatou do império da trevas e nos trouxe para
o Reino do Seu amor e nada que fizermos para Deus será suficiente para retribuirmos o que Ele fez
por nós. Aqui não estamos falando de troca, e sim de gratidão. Nós entendemos que devemos muita
gratidão a Deus, por causa do favor imerecido (graça) que Ele nos deu.
Devemos pensar que, quando servimos a este Rei em unidade, estamos cumprindo a Sua vontade
como igreja. Deus deseja essa ação única da igreja, Ele espera que todos sejam um! Há poder na
unidade do corpo de Cristo. Portanto, quando vivermos esses dois princípios, na íntegra, estaremos
agradando ao coração do Pai.
V - DONS TALENTO E UNÇÃO
A pergunta que eu mais ouço quando vou ministrar um workshop, ou no Intensive que é meu
programa de imersão é: Como saber que uma pessoa tem um Dom para o Louvor? Eu acredito que
nas próximas linhas vou explicar melhor e deixar claro para você que o que Deus faz é perfeito.
DONS TALENTOS
Dados por Deus através do Espírito Santo Dados por Deus através da genética e/ou
treinamento.
Somente aos Filhos de Deus Qualquer pessoa
Podem ser, ou não, usados para a glória
Devem ser usados para a glória de Deus
de Deus
Podem ter, ou não, propósitos, tanto no
Possuem propósitos no reino de Deus
Reino de Deus como fora dele.
A palavra DOM vem do latim “donus”, que significa dádiva ou presente. DOM é um presente dado
por Deus.
O DOM é dado por Deus para revelar ao mundo um pouco de quem Deus realmente é. O DOM nos
habilita a cumprir o nosso chamado e o propósito que Deus tem para as nossas vidas, ou seja, Deus
conhece o fim desde o começo.
Mas é muito importante que eu e você compreendamos que nós não somos o nosso dom.
DOM CARISMA
Segundo o dicionário Bíblico Strong, carisma significa dotação espiritual, qualificação religiosa ou
capacidade milagrosa.
Torna-se bastante interessante esta definição no que diz respeito à capacidade milagrosa. O DOM
nos ajuda a fazer o que qualquer pessoa faria, só que melhor. Quando alguém tem o DOM
CARISMA existe algo sobrenatural da parte de Deus que foi derramado sobre essa pessoa.
Podemos encontrar vários dos DONS CARISMA em I Coríntios 12: 8-11 e em Romanos 12:6-8. São
duas listas diferentes e, possivelmente, existem mais dons que não foram citados nesses textos,
como tocar piano, dançar, pintar, representar, etc. Esses dons não foram diretamente mencionados
na palavra de Deus, mas são Dons Carisma.
Precisamos ter em mente que o que sustenta o Carisma é o caráter, o qual depende do fruto do
Espírito. Sobre o fruto do Espírito. Sobre o fruto do Espírito, podemos ler Gálatas 5:22-23.
DOM DOMA
Significa dom de natureza doadora, o que é dado. Em Efésios 4:8-12, Deus deu dons aos homens e
em seguida Ele relaciona quais dons eram esses: apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e
mestres. Esses dons não são para serem usados para nosso benefício, são para o aperfeiçoamento
dos santos, ou seja, da igreja.
Qual a diferença entre o dom Carisma e o dom Doma?
Dom Carisma não te traz posição, nem autoridade, já o dom Doma é posicional e traz consigo
autoridade.
Vamos exemplificar isto: o fato de uma pessoa ter uma voz maravilhosa não fará dela,
necessariamente, líder do ministério. No Reino de Deus é Ele quem dá a posição. É Jesus que dá
aquele lugar “Doma”.
Essa posição ou lugar “Doma” não tem nada a ver com talento, mas tem tudo a ver com o caráter.
Temos dificuldade de assimilar essa verdade porque o mundo em que vivemos funciona de outra
forma. Devemos ter o cuidado para não deixar que o padrão mundano influencie nosso ministério,
pois a posição não tem a ver com inteligência ou habilidade, e sim, com compromisso.
Melhor dizendo, não é porque se tem um dom carismático que isso vai trazer lugar ou posição de
destaque. Quem vai definir a posição em que devemos estar é Deus. Portanto, quando recebemos o
dom Carisma e o dom Doma da parte de Deus, estaremos aptos para desenvolvê-los em um nível
mais alto.
Dons são janelas para a Glória de Deus, para o sobrenatural vir para o natural. Preciso repetir isso
pra entrar na sua cabeça, Dons são Janelas para a Glória de Deus, para o sobrenatural vir para o
natural, para a GLORIA DE DEUS SE MANIFESTAR NO NATURAL SOBRENATURALMENTE.
Como o milagre de cura acontece no nosso meio. Dom da fé, da cura, do amor etc...
Quando nós compreendemos que existe uma fronteira e que Deus nos deu os dons e nos coloca
neste lugar de conexão, temos a oportunidade de trazer o sobrenatural a terra. Deus coloca nesta
divisão pessoas cheias de dons para tornar possíveis os Seus milagres.
Quais são os dons que Deus tem dado a você? Deus nos deu os dons carismas e domas. O que
iremos fazer com esses dons? Será que é suficiente apenas ter o dom?
UNÇÃO
Primeiramente precisamos entender que unção não é o Espírito Santo. Na realidade, unção é
resultado do Espírito Santo, é Sua manifestação do Espírito Santo, mas não é o Espírito Santo.
Do grego “chrio”, essa palavra nos dá a ideia de contato, de lambuzar ou esfregar com óleo, de
consagrar para um ofício ou cargo religioso. Em outras palavras, ungir alguém significa lambuzar
essa pessoa. Ungir alguém indicava que a pessoa estava debaixo de uma direção. Portanto, unção
tem muito a ver com direção. Podemos ver no exemplo do rei Davi, quando, ungido, recebeu uma
informação específica com relação à direção da sua vida.
Sim, é possível perder a direção que Deus nos dá. Para que isso não aconteça, é preciso buscar
direção de Deus para as nossas vidas todos os dias.
Em Lucas 4:18, “O Espírito está sobre mim porque Ele me ungiu”. O Espírito estava sobre Jesus por
causa da unção, mas tinha um objetivo – pregar as boas novas. Toda unção tem uma direção para
um propósito específico. Quando perdemos esse entendimento, automaticamente perdemos também
a unção.
A unção sempre é específica, por isso não é suficiente apenas ter o dom. Precisamos do dom com a
unção. Ambos caminham juntos em direção a um propósito.
Deus tem um propósito e um plano para cada um, por isso Ele nos chamou. Para cumprir esse
propósito e esse plano Ele nos deu dons. Portanto, por meio de um processo (estudamos na aula
dois), Ele te levará a um lugar onde teus dons serão ungidos e, então, eles serão um caminho para o
fluir do Espírito Santo. Pelas nossas vidas, a vida de muitas pessoas será transformada.
Deus marca, unge, lambuza cada um de nós para que possamos fluir nos dons do Espírito.
Deus procura pessoas com dons ungidos. Dons sem unção podem causar entretenimento, mas não
darão origem à transformação de vidas. Quando temos um dom e ele é ungido, isso marca a vida
das pessoas. O sobrenatural se torna natural.
O Espírito Santo flui através dos dons, quando nossos dons. Quando nossos dons operam
simultaneamente, durante os cultos, acontece a manifestação de Deus.
Precisamos entender e nos envolver no processo de Deus. Devemos nos lembrar de que Satanás
também está no reino espiritual (sobrenatural). Ele entende melhor do que nós esse processo e vai
tentar de tudo pra desistirmos de vivê-lo como Deus deseja.
Em Ezequiel 28:13-14, lemos sobre a queda de Lúcifer. Ele foi criado, foi ungido como querubim
guardião (para proteger). Temos o seu dom – querubim (posicional) e sua função – proteger.
Querubins são encontrados no trono de Deus protegendo a glória de Deus. Ele desejou para si a
glória que é de Deus se rebelou. Então, pecou e caiu. Devemos estar vigilantes em relação ao dom
que o Senhor colocou em nós. Pois o dom nos leva perto da glória de Deus, e não podemos desejar
aquilo que não é nosso, a Sua Glória.
MAS O QUE É A GLÓRIA DE DEUS?
A Palavra Glória vem da palavra KABALD que significa pesar, mostrar, honrar, caráter, essência. A
Glória de Deus é um “pesar da totalidade de Deus”. Esse pesar está relacionado com massa. Tudo o
que constitui Deus está nessa massa. (Ex 33:12-22 – Moises queria experimentar a Glória de Deus).
A Glória de Deus é tudo que compõe Deus, é o seu caráter, sua essência. É tudo o que faz Deus ser
Deus. Quando alguém diz Glória, ele na realidade está gritando: “Deus, em tudo o que Tu és”. Não
podemos lidar com a Glória de Deus, o mundo também não, e é por isso que nós recebemos apenas
porções dessa glória. Deus não pode se manifestar inteiramente de uma vez, não suportaríamos, Ele
nos extinguiria! Acabaria com a Humanidade e com a Terra.
Por isso temos esses dons e eles são diferentes, porque estamos manifestando qualidade e
aspectos diferentes de quem Deus é, porque se fosse uma única manifestação da parte de Deus não
poderíamos suportar o peso da Sua Glória total. Habacuque 2:14 diz: “mas a Terra se encherá do
conhecimento da Glória do Senhor como as águas cobrem o mar”. (ARA)
Note que a terra se encherá não da Glória, mas do conhecimento da Glória. Conhecimento aqui vem
da palavra YADA – revelação. A terra se encherá da revelação – ISSO É AVIVAMENTO – cada
pessoa entendendo seus dons, o que Deus a chamou para fazer, brilhando a Glória de Deus,
permitindo que a Glória flua através da sua vida, através dos dons ungidos na vida dela. Aquela
Glória vai brilhar em nós, e o mundo terá uma revelação da Glória de Deus como as águas cobrem o
mar.
II Co 3:18 – “E todos nós, que com a face descoberta contemplamos a glória do Senhor, segundo a
sua imagem, estamos sendo transformados com glória cada vez maior, a qual vem do Senhor, que é
o Espírito”. (NVI)
Esse texto nos ensina que temos o nosso rosto descoberto (já somos salvos), contemplamos como
que em um espelho e não vemos a nós mesmos, mas vemos a imagem de Jesus, e estamos sendo
transformados nessa imagem e não na nossa própria. Essa Glória nos transforma. A razão pela qual
Deus nos dá essa revelação é porque nós temos um lugar para ir e, para chegar ali, algo deve mudar
– EU. Quanto maior o sonho, maior a visão, mais deveremos mudar.
Outro ponto que podemos observar no texto acima é que diz: “de glória em glória”. Não é um passo,
é um processo repetitivo, sem fim. Agora precisamos entender que a Glória de Deus é diferente da
presença de Deus. E aqui cabe ressaltar um atributo de Deus Sua onipresença. Quando
experimentamos a presença de Deus, nós recebemos coisas de Deus (nada de errado com isso),
mas quando entramos na Glória de Deus, nós recebemos Deus. Na presença Dele, recebemos cura,
mas, quando entramos na Glória, nós recebemos o curador, e essa Glória nos transforma.
Diante de tudo que estudamos sobre dons e unção, precisamos buscar ter responsabilidades de lidar
com tudo isso de forma digna, pois o nosso Senhor merece ser honrado. Não podemos esconder o
dom que Deus depositou em nós. Devemos usá-lo para glorificar a Deus (Mateus 5:14-16). Temos
que ser fiéis ao nosso amado Senhor. Não podemos negligenciá-lo ou menosprezá-lo. O dom nunca
é comum. Tratá-los como o servo infiel da parábola dos talentos não é a melhor opção. Nunca
podemos deixar o medo nos fazer fracassar e também não sejamos preguiçosos. É preciso lembrar
que os dons são irrevogáveis, “pois os dons e o chamado de Deus são irrevogáveis”. (Romanos
11:29 NVI)
VI - LOUVOR E ADORAÇÃO
Qual o seu entendimento sobre louvor? Qual a sua compreensão sobre adoração? Como eles
acontecem nas artes? Como expressamos louvor e adoração a Deus?
Louvor e adoração são palavras que andam juntas, que se complementam, e com significados
diferentes. Vamos compreender qual a diferença entre elas e como estão interligadas em seu
propósito de entronizar a Presença de Deus.
LOUVOR
Diante disso, posso louvar apenas com o meu coração? Como vimos o significado, o louvor envolve
expressões externas do que está no seu coração. Ele pode começar no coração, mas precisa ser
expresso, pois é comunicação com o mundo. A “expressão louvor a Deus”, permite que os meus
pensamentos, sentimentos e emoções a respeito de Deus sejam conhecidos. Para quem estou
tornando isso conhecido? Para Deus, para a igreja, para a sociedade, para o mundo, como também
para o reino espiritual (anjos e demônios).
O louvor traz um grande impacto na esfera espiritual, que é movido pelo reino físico. Portanto, o
louvor requer expressão.
O louvor move situações em nós, para nós e através de nós. Enquanto louvamos decretos podem
ser mudados. O louvor transforma situações e cura a alma.
Queremos a cultura do céu na terra, o poder do céu na terra, a perspectiva do céu na terra. Somos
criaturas finitas, que vivem por um breve intervalo de tempo aqui nessa terra. Não sabemos o que
está por vir. O louvor nos tira dessa posição e nos levanta acima das montanhas onde nós podemos
enxergar pela perspectiva do céu, segundo a qual está tudo ganho, tudo resolvido e Deus é digno de
louvor.
3. Louvor é uma ferramenta de ensino.
Você sabia que 80% da teologia que uma pessoa aprende se dá pelas músicas que ela canta na
igreja? Por isso é tão importante cantarmos músicas com teologia apropriada. A música nos ajuda a
decorar palavras colocadas em melodia.
Como o louvor pode ser uma arma? Como você imagina isso?
Exemplo: cantar uma canção colocando diante de Deus situações que nos afrontam, nos intimidam.
Uma canção que gere fé e confiança em quem Deus é, como a canção: “Tô com você” - Israel
Salazar.
Quando a escuridão vem, e somos afrontados pelo medo, pela opressão e estratégias do inimigo,
lembre-se de que o louvor derruba seus inimigos. O louvor é uma arma de guerra (NEESE, 2012).
Importante compreender que quando louvamos ao Senhor, é essencial que o façamos com
entendimento, com instrução e sabedoria. “Pois Deus é o Rei de toda a terra: cantem louvores com
entendimento” (Sl. 47:7). Louvar, com entendimento no sentido de que o louvor nos dá acesso ao
Pai, quebra cadeias, cura, liberta, transforma o pranto em dança, faz a tristeza saltar de alegria. Tudo
isso acontece porque estamos atraindo a presença manifesta de Deus, como também indo ao Seu
encontro.
Neste versículo, Deus suscita o louvor nos pequeninos para protegê-los dos inimigos. Interessante
que o próprio Deus cria, traz origem ao louvor das crianças. Imagine Deus se revelando em sua
essência a elas, gerando a fé em seus corações. Isso naturalmente gera nelas o louvor que cala o
inimigo. Se queremos calar o inimigo, uma das formas é louvor e adoração.
Clareando conceitos:
- Adversário - inimigo que você enfrentou - Passado.
- Vingador - o inimigo que você enfrenta agora - Presente.
O propósito do louvor é reconhecer os feitos poderosos do Senhor. O louvor é uma arma! Estamos
em uma guerra espiritual e precisamos de armas espirituais! - “pois a nossa luta não é contra seres
humanos, mas contra os poderosos e autoridades, contra os dominadores deste mundo de trevas,
contra as forças espirituais do mal nas regiões celestiais.” (Fp. 6:12).
LOUVOR ADORAÇÃO
Ação de graça é vertical, é agradecer a Deus pelo que Ele tem feito, está fazendo e vai fazer.
Testemunho é horizontal, é falar com os outros sobre o que Deus tem feito, está fazendo e vai fazer.
Ambos são louvores e ambos silenciam (paralisam, destroem e chamam a atenção) o adversário e o
vingador.
“Embora vivamos como homens, não lutamos segundo os padrões humanos. As armas com as quais
lutamos não são humanas; ao contrário são poderosas em Deus para destruir fortalezas.” 2 Coríntios
10:3-4.
Louvor é uma arma. Essa arma está em nossos lábios, em nossos gestos, em nossas expressões,
basta que você dê o “start”. Você aciona essa arma de guerra, quando louva nos momentos de
provação, de afronta, de guerra espiritual.
A arma é um canal ou um condutor de maior potência. Poder é liberado quando exercemos nossa
autoridade. Palavras não são a única maneira de manifestar Seu louvor.
O texto de 1 Pedro 2:9 diz: “Vocês, porém, são geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo
exclusivo de Deus, para anunciar as grandezas daquele que os chamou das trevas para a sua
maravilhosa luz.”
Quando louvamos estamos anunciando a grandeza de Deus. A palavra anunciar que dizer: revelar-
se, prenunciar, celebrar, publicar, tornar conhecido (MICHAELIS, 2018).
São expressões de louvor e adoração:
- Cantar (Sl 9:11, Sl 30:12)
- Bater palmas (Sl 47:1)
- Dançar (Sl 149)
- Tocar Instrumentos musicais (Sl 149, Sl 150)
- Levantar as mãos (Sl 63:4)
No louvor e na adoração estão envolvidos nossa alma, corpo e espírito ou, pelo menos, é importante
trazer todo o nosso ser para estes momentos.
A mente:
“Eu me recordo dos tempos antigos: medito em todas as tuas obras e considero o que as Tuas mãos
têm feito. Estendo as minhas mãos para ti; como a terra árida, tenho sede de ti. Salmos 143:5-6
A vontade:
Bendirei o Senhor em toda circunstância, seu louvor estará sempre em meus lábios. Salmos 34:1
O corpo e a carne: a adoração a Deus envolve a nossa carne. O corpo é o veículo, o vaso. VOCÊ
NÃO PODE ADORAR SEM A CARNE!
“Minha boca proclamará o louvor do Senhor: E que toda carne bendiga o seu santo nome para
sempre e sempre”. Salmos 145:21
A palavra “Carne” neste verso é a palavra hebraica “basar” e significa “a cobertura, a pele, tudo que
cobre a pessoa”. A não ser que a carne esteja envolvida, não é louvor, é apenas meditação! É a tua
carne que te dá autoridade na terra! Quanto mais exercitar o meio pelo qual você tem autoridade
aqui na terra, mais autoridade você exercerá e mais poder será liberado!
É por isso que a dança é tão poderosa. É por isso que usar instrumentos musicais são tão
poderosos. Eles liberam algo sobrenatural. Envolvem todos os cinco sentidos enquanto louvamos!
O louvor é uma arma, e o propósito do louvor é guerra! Poder é liberado quando louvamos a Deus
com entendimento. Esse poder destrói os inimigos de Deus e faz avançar o reino de Deus! “Cada
pancada que com a vara o Senhor desferir para castigar será dada ao som de tamborins e harpas,
enquanto a estiver combatendo com os golpes do seu braço.” (Isaías 30:32)
ADORAÇÃO
Adoração é o ato de cultuar a Deus, oferecendo sacrifícios espirituais agradáveis por meio de Jesus.
Na Bíblia a palavra adoração é traduzida como serviço (CAMPOS, 2015).
Considerando também o conceito de adoração no inglês - worship, que vem do antigo inglês
worthshipe, que tem o significado de dar algo que vale a pena para valorizar o atributo, para uma
divindade em especial. Adorar a Deus comunica e demonstra o seu valor (NEESE, 2012).
O texto de Marcos 14 relata quando uma mulher quebrou o vaso de alabastro e adorou Jesus.
Vemos nessa adoração que ela entrega algo que lhe custa. “Se a cruz prova o quanto valemos para
Deus, nossa adoração a Deus prova o quanto Ele vale para nós” (NEESE, 2012).
Quando adoramos a Deus, estamos prestando serviço, que pode ser expresso de diversas formas.
Portanto, um verdadeiro adorador é um servo (CAMPOS, 2015).
O texto de João 4: 23 diz: “Mas vem a hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão
o Pai em espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para seus adoradores”
(ALMEIDA REVISTA E ATUALIZADA, 2009).
De acordo com Grudem (1999) aplicamos a palavra adoração a tudo na vida cristã. Com certeza o
nosso cotidiano deve ser um ato de adoração e o que a igreja realiza deve ser com esse foco de
adoração, “pois tudo o que fazemos deve glorificar a Deus”.
“Adoração é a atividade de glorificar a Deus em sua presença com nossa voz e com nosso coração”
(GRUDEM, 1999). Segundo o mesmo autor:
A adoração é uma atividade espiritual e precisa ser efetuada pelo poder do Espírito Santo em nós.
Isso quer dizer que devemos orar para que o Espírito Santo capacite-nos a adorar corretamente.
Ao refletir sobre o propósito da adoração, sabemos que somente Deus é digno de adoração e nós
não o somos (Ap. 22:8-9).
Deus é zeloso de sua própria honra (Êx. 20:5). Precisamos ter consciência disso e tremer e temer
para não roubar a Sua glória. Também porque Deus não divide a sua glória (Is. 48:11).
Porque Deus é digno de adoração e quer ser adorado, tudo em nossos cultos de adoração deve ser
planejado e feito não para chamar a atenção para nós mesmos nem para trazer-nos glória, mas sim
para chamar atenção para Deus e para levar as pessoas a pensarem a respeito Dele (GRUDEM,
1999).
O que a adoração demonstra para o céu, para o inferno e para toda a terra, é o quanto a noiva ama o
Noivo. NEESE (2012).
Traz considerações importantes sobre adoração:
1. Adoração envolve sacrifício. Gn 22:5 - Abraão está prestes a sacrificar o seu filho e diz que vai
adorar. Nesse sentido Isaque reconhece o valor de Deus em sua vida.
2. Adoração às vezes custa dinheiro. O dízimo, as ofertas e nossas esmolas são adoração a Deus.
3. Adoração é nosso chamado supremo. Mt 22:37 - Deuteronômio também diz "com todas as suas
forças".
4. Adoração é comunicação. Quando eu adoro, comunico algo para Deus e comunico algo para o
mundo a minha volta.
ABAD - Significa servo ou serviço. Esta é uma palavra usada para adorador.
Dt 15:12-18 - Este texto nos ensina a diferença entre escravo e servo. O escravo serve ao seu
senhor por coação, pela ameaça de punição. O servo serve ao seu senhor porque o ama tanto que
não há nada que ele queira fazer com o resto da sua vida a não ser servir o seu senhor. Essa é a
diferença entre um religioso e um adorador. Adoramos a Deus porque Ele se deleita nisso e porque
O amamos. Em vários textos das escrituras iremos encontrar nossos irmãos deixando de lado
qualquer privilégio que poderiam ter e se identificando como servos. Gl 1:10; Rm 1:1; Tg 1:1; II Pe
1:1; Jd 1:1; Tt 1:1 .
PROSKUNEO - Significa, em grego, prostrar-se, mandar beijo, adorar. Eu me abaixo mais para
servir a Deus debaixo da graça, do que debaixo da lei.
Sl 2:12 - Vocês já viram em algum filme alguém chegando diante de alguém da realeza e essa
pessoa beija o anel, beija a mão? Há um tipo de beijo que Jesus merece, um beijo de adoração e
sem ele não iremos a lugar algum, exceto à destruição.
Lc 7:36-48 - Há um tipo de beijo que nasce da gratidão, de um coração que recebeu perdão. Essa
mulher tinha tanta gratidão que traz um vaso de alabastro - talvez a economia de uma vida inteira.
Jo 14:15,21,23,24 - Aqui está uma maneira garantida de expressarmos amor a Deus. Quatro textos
em um único capítulo. É porque é muito importante para Deus. OBEDIÊNCIA É A PRINCIPAL
LINGUAGEM DE AMOR A DEUS. Além de beijar, essa palavra significa também se PROSTRAR.
Isso não é comum em nossa cultura, mas era comum para os hebreus.
Sl 95:6 - A postura do meu corpo reflete a postura do meu coração em relação a Deus.
POR QUE SE PROSTRAR?
Adoração começa com uma atitude e afeta todas as ações da minha vida. Por isso adoração não é
apenas uma coisa que eu faço ou uma coisa que eu canto. Adoração é ter a consciência de que tudo
que se faz busca o foco de adorá-Lo.
Um adorador é aberto à transformação de Deus na sua vida. Ele teve a sua trajetória mudada
quando se encontrou com Jesus. Sabe-se também que uma vida de adoração requer uma constante
avaliação, se a nossa vida está alinhada com a vontade de Deus. Uma vida que adora a Deus em
espirito e verdade é luz, é inspiração para mais pessoas terem suas vidas transformadas. Um
adorador gera um impacto cujo alcance é impossível de se medir.
VII - ORGANIZANDO A CASA
Na nossa vida quase tudo o que fazemos é pautado por um senso interior de proposito e de destino.
Somos seres que se movem por propósitos e acreditamos que Deus tem um proposito para nós!
Como lideres precisamos deixar esse proposito claro aos que estão conosco. As pessoas buscam
seguir lideres que tem propósitos e objetivos claros. Fazemos isso com Visão, Missão e Valores.
Eles iram pautar nossa caminhada e acelerar o destino que buscamos em Deus.
Visão
A Visão é o alvo definido, é o proposito Final pelo qual se existe! É o Alvo a ser alcançado, a meta
final o objetivo final!
Porque eu preciso ter visão? Ora... Porque Deus teve visão. Deus é um Deus que sabe o fim desde
o começo. Deus não começa nada sem antes ter completado. Qual é a visão de Deus para o
Homem?
A Visão de Deus para a Humanidade é ter muitos filhos Iguais a Jesus! Porque ter uma visão
ministerial? Porque para quem não sabe aonde quer chegar qualquer parada é ponto final!
Já percebeu que às vezes sua equipe ministerial está desmotivada, desanimada e parece que todo
final de semana ela só sobe no altar pra bater ponto, e mostrar a carteirinha do ministério de Louvor?
Sabe o que falta para Eles?
VISÃO, PROPÓSITO!
A Visão é o Macro é o proposito pelo qual se existe!! É o que dá razão e animo para fazer o que se
faz!!
“Servir equipando as Igrejas com ferramentas de aprendizado para que haja crescimento técnico e
espiritual dos membros dos ministérios resultando em um crescimento no Louvor e Adoração da
Igreja Brasileira”
Isso é a visão do meu ministério de ensino. Toda empresa tem uma Visão bem estabelecida.
Por exemplo:
-Starbucks: “Inspirar e Nutrir o Espirito Humano – Uma pessoa, uma xicara de café e uma
comunidade de cada Vez”
-Petrobras: “Uma empresa integrada de energia com foco em óleo e gás que evolui com a
sociedade, gera alto valor e tem capacidade técnica única”
Sua Igreja local provavelmente tem uma visão bem estabelecida, e caminha em direção a ela.
Vamos olhar alguns exemplos:
Somos definidos pela nossa identidade em Deus e pela visão que nos cativa. Nossa Missão são os
passos que nos ajudam a alcançar a Visão e Nossos Valores são os tijolos que solidificam essa
estrada.
Tudo começa com o desejo: O desejo é uma imagem de alguma coisa da qual a pessoa gostaria que
acontecesse, porém não envolve emoção, coração, entrega.
Torna-se um sonho: É uma imagem de algo que a pessoa gostaria que acontecesse porém isso
carrega uma carga emocional.
E torna-se uma visão: A visão captura, gera em nós disposição de pagar o preço, ela é maior que o
Indivíduo e precisa ser desafiadora. A visão precisa nos fazer tremer!
Tudo, exatamente tudo o que fazemos como ministério de artes precisa estar de acordo com a nossa
Visão, caso contrário jamais a alcançaremos.
Como líder e ministro, também tenho uma visão ministerial clara e estabelecida para mim, o que me
faz ter foco naquilo que preciso fazer e que tenho convicção que fui chamado para fazer.
Ter uma visão ministerial clara te protege de erra, e de gastar energias com aquilo que não vai
produzir frutos que permanecem! Como tornar a Visão em Realidade? Um passo de cada vez!
O que é a missão?
Missão é a estrada pela qual vamos guiar toda a nossa vida ministerial.
São os passos pelos quais vamos alcançar e ver cumprida a nossa visão ministerial. Ela nos revela
como vamos conquistar nossa visão.
São os passos que precisamos trilhar para alcançar nosso objetivo macro. Por exemplo:
“Quero Ser um Ministro de Louvor e desejo que as Igrejas cantem as músicas que eu escrevo para o
Senhor.”
Isso é a visão, esse é o macro, quero que as pessoas ouçam as músicas que tenho e que elas
cantem na Igreja.
Tudo isso vai me levar ao objetivo geral? A minha visão? Então isso é a minha missão. Mas e se eu
tomar outro caminho, por exemplo:
Será que vou alcançar meu objetivo? Você pode chegar a algum lugar, mas era para lá que você
queria ir?
O que vão pautar minha missão, meus passos? Qual vai ser a régua que vou medir as minhas ações
e atitudes? Essa régua se chama VALORES/PRINCIPIOS.
Um conjunto de bases sólidas e alicerçadas nas quais se constrói uma vida, uma carreira, uma
caminhada. É a direção certa, é o norte da nossa Visão, e o asfalto da nossa Missão. Nada do que
construímos pode fugir dos nossos princípios. Nada do que fizermos pode fugir ou infringir nossos
princípios. Princípios e Valores são INEGOCIÁVEIS.
“Amor (a Deus, ao próximo, ao Reino, à igreja, aos perdidos), Discipulado, Unidade, Sinergia (Bom
funcionamento, ação conjunta, que busca ter um resultado coletivo melhor do que isoladamente),
Serviço (como Jesus serviu), Santidade, Simplicidade (ser acessível), Humildade (não deixar subir
pra cabeça), Decência, Pontualidade, Alegria (prazer), Transparência (inclui honestidade,
sinceridade, franqueza), Excelência.”
Eu tenho extrema facilidade em ser transparente com as pessoas e isso pode ser um problema, mas
é uma qualidade quando usado na dosagem certa equilibrada e temperada pelo Espirito Santo. Eu
acredito muito no poder da honestidade e da transparência, e porque estou dizendo isso ?
Porque muitas pessoas estão nos ministérios de louvor hoje, sem tem habilidade nenhuma para
aquilo, sem talento nenhum simplesmente porque faltou honestidade da parte dos lideres e dos
pastores para terem uma conversa clara com ele ou ela sobre chamado e talento.
Acredito que todos fomos chamados para áreas diferentes segundo os dons que o Espirito Santo
distribui no nosso meio, segundo os talentos que o Senhor nos dá e precisamos entender que ser
honesto com as pessoas quando elas se despertam para talentos errados é nobre.
O texto no qual o profeta Samuel busca a Deus para descobrir entre os filhos de Jessé quem seria o
futuro Rei de Israel é muito claro, mas usamos apenas metade dele:
“Não considere sua aparência nem sua altura, pois eu o rejeitei. O Senhor não vê como o homem vê:
O homem vê a aparência, mas Deus vê o coração.” I Samuel 16:7.
Esse texto é muito claro quando nos afirma que o Senhor está muito mais interessado no nosso
interior do que no exterior. O Interior é vital. Olhando para o nosso próprio corpo. Podemos viver sem
uma orelha, sem um dedo, mas o coração não há possibilidades, sem os pulmões não há
possibilidade. O Interior é VITAL.
Agora que já analisamos a parte divina, vamos analisar a parte humana. Deus não vê como o
homem vê, mas o homem não é cego e nem surdo. O homem também vê e ouve. No dia em que
Deus abriu os meus olhos para isso eu me assustei. Os homens estão nos olhando também.
Precisamos alinhar nosso coração com as expectativas do céu, e alinhar a qualidade com a
Excelência do Céu.
Nossa função como lideres de Louvor e Adoração, e quando digo lideres eu estou me referindo a
todos os que servem na área das artes na igreja e que de alguma maneira estão conduzindo alguém
a algum lugar, ou seja, os iluminadores que conduzem com a luz, os técnicos de áudio que
conduzem com o som, os músicos que conduzem com as notas, os cantores que conduzem com a
voz e todos os outros envolvidos, é conduzir as pessoas a um lugar em Deus e passarmos
despercebidos.
O melhor líder de Adoração é aquele que consegue conduzir a congregação e passar despercebido.
Nossa função é facilitar o encontro da Igreja com Deus e não atrapalhar. Uma pessoa que canta
desafinado atrapalha ou ajuda? Um instrumentista indisciplinado ajuda ou atrapalha?
É esse tipo de transparência que precisamos ter no ministério. Como fazer isso?
Faça um avaliação e tenha o mínimo de critério para que as pessoas possam entrar no ministério.
Crie um caminho claro para o ministério, com etapas bem definidas como por exemplo: Audições
com critérios como Afinação, Ritmo, postura, etc.
Pense em um treinamento para sua equipe. Treinar sua equipe é essencial para evitar problemas
como orgulho, altivez, insubmissão. É melhor cortar essas coisas enquanto elas ainda são um
sintoma porque depois que se tornam uma doença o tratamento precisa ser bem mais intenso.
Seja honesto e proteja de passar vergonha aqueles que não são chamados para estar no ministério
de artes. Invista suas forças como líder em capacitar seus liderados. O melhor líder é aquele que tem
pessoas melhores que ele no ministério, e a liderança efetiva é aquela que consegue projetar sua
equipe mais longe do que ele já chegou!
Deus te abençoe!