Gestão Dos Recursos Hídricos
Gestão Dos Recursos Hídricos
Gestão Dos Recursos Hídricos
FACULDADE DE TECNOLOGIA
Manaus - 20/02/2022
UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS
FACULDADE DE TECNOLOGIA
Manaus - 20/02/2022
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Sumário
Introdução 3
Objetivos: 4
Objetivos Gerais: 4
Objetivos Específicos: 4
Recursos Hídricos 5
Conclusão 19
Referência Bibliográficas 20
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Introdução
A gestão de recursos hídricos é definida como ações que regularizam o uso, controlam
e protegem os recursos hídricos, de acordo com a legislação e normas pertinentes. Integra
projetos e atividades que visam a recuperação e preservação da qualidade e quantidade dos
recursos de bacias hidrográficas e atua na recuperação e preservação de mananciais, nascentes
e cursos d’água em locais urbanos. Podem-se abranger vários tópicos na gestão de recursos
hídricos, dentre eles: desassoreamento, controle de erosão, contenção de encostas,
reassentamento de população, uso e ocupação do solo para preservação de mananciais, entre
outros.
A Lei 9.433 de 8 de janeiro, se baseia nos fundamentos de que a água é recurso natural
escasso e de domínio público, com isso visa assegurar o acesso à água de boa qualidade e nas
quantidades demandadas às atuais e às futuras gerações. Para isso existe a necessidade de um
sistema entre os instrumentos da Política Nacional de Recursos Hídricos, como por exemplo,
modelos matemáticos e Sistemas de Suporte à Decisão (SSD). O serviço de gestão de
recursos hídricos tem por finalidade a otimização dos recursos hídricos contribuindo para o
meio ambiente e gerando mais economia para indústrias.
Objetivos:
Este seminário foi realizado com o intuito de alcançar alguns objetivos, dentre eles:
● Objetivos Gerais:
● Objetivos Específicos:
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Recursos Hídricos
A utilização da água pode ser de caráter consultivo, quando somente parte da água
retorna ao curso natural dos rios, ou de caráter não consultivo, onde toda a água captada
retorna ao curso de origem com suas características alteradas. Os principais usos consuntivos
são: Abastecimento de água urbano e rural, onde se faz necessário diversos estudos para a
construção de um Sistema de Abastecimento de Água (SAA), estudos esses que buscam
garantir a capacidade de abastecimento do SAA para uma população em um horizonte de no
mínimo 20 anos, seguindo uma série de parâmetros sobre a qualidade e quantidade do
recurso. Abastecimento Industrial de diversos tipos, onde cada tipo tem um coeficiente de uso
e perdas dependendo do ramo e tecnologia empregado nos processos. Irrigação, prática para
complementar a necessidade de água para o crescimento de plantas, esse sendo uso de água de
maior consumo, que faz com que seja preciso um maior emprego de padrões e tecnologias
para aumentar a eficiência do uso da água. Já sobre os usos não consultivos é válido citar:
Geração de energia elétrica, navegação, recreação e pesca.
É previsto que a população mundial se estabilize por volta de 2050, entre 10 e 12 bilhões de
habitantes, o que significa um aumento significativo nas demandas por recursos hídricos, ao
mesmo tempo que a quantidade de água disponível será constante. A figura 1 demonstra a
distribuição de água na Terra e seus estoques.
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Figura 1 - Distribuição de água na Terra
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água, tendo em vista o caráter escasso de recursos hídricos. A gestão de recursos hídricos se
realiza através de processos sistêmicos e integrados de planejamento e administração. Pode-se
citar alguns princípios do gerenciamento de recursos hídricos: acesso aos recursos hídricos
deve ser um direito de todos; a água deve ser considerada um bem econômico; bacia
hidrográfica deve ser adotada como unidade de planejamento; a disponibilidade da água deve
ser distribuída segundo critérios sociais, econômicos e ambientais; desenvolvimento
tecnológico e desenvolvimento de recursos humanos deve ser constante; educação ambiental
deve estar presente em toda ação programada.
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Estudos Relevantes Sobre tratamento de Recursos Hídricos
Dentro da gestão dos recursos hídricos tem-se uma ampla gama de efluentes que
apresentam variados impactos ao ambiente após despejados de maneira incorreta sendo a
gravidade dos efeitos gerados relacionada com a origem de cada um. Ao contrário do saber
popular, até a água residual doméstica, que apresenta baixas concentrações de demanda
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química de Oxigênio e carga orgânica quando comparada com efluentes mais pesados, causa
um impacto significativo se não tratada de maneira correta antes de ser devolvida ao meio
ambiente.
Dentre algumas formas de se tratar águas residuais domésticas, algumas das mais
empregadas envolvem tratamento aeróbico e anaeróbico, o tratamento aeróbio entrega
efluentes de boa qualidade mas em contrapartida, tem uma demanda energética alta e exige
maiores custos de manutenção em detrimento da grande quantidade de lodo gerado, olhando
sob esse prisma, a utilização de tratamentos anaeróbios foi incentivada visto que eles
entregam bons resultados, uma demanda de energia mais baixa e uma menor quantidade de
lodo gerado.
Existem diversos fatores que devem ser considerados ao escolher a melhor forma de
tratar um resíduo, quando se tratam de águas residuais domésticas e dentro do universo dos
tratamentos anaeróbios, existem opções como reatores UASB, reatores EGSB, Filtros
anaeróbios, Reatores anaeróbios compartimentados, associações entre esses reatores,
metodologias de alta eficiência aplicadas a esses, entre outros. As questões levantadas na
escolha devem ser relacionadas à temperatura da água a ser tratada, espaço disponível para
instalação e orçamento.
Na américa latina, devido à temperatura ser mais alta, dos tratamentos mais utilizados,
o de tipo anaeróbio mais utilizado é o reator UASB, representando 17% do quadro de
tratamento de esgoto e no Brasil, representa cerca de 80% de todo o tratamento de esgoto
sendo que, o sucesso tão significativo desse modelo se deve principalmente ao baixo custo de
implantação.
Uma gestão de águas eficiente deve ser constituída por uma política, que estabeleça as
diretrizes gerais, um modelo de gerenciamento, que estabeleça a organização legal e
institucional e um sistema de gerenciamento, que reúna os instrumentos para o preparo e
execução do planejamento do uso, controle e proteção das águas. Os estudos e o
aperfeiçoamento da gestão de águas decorrem de fatores como: desenvolvimento econômico,
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crescimento populacional, expansão da agricultura, pressões regionais, urbanização,
mudanças tecnológicas e sociais.
Dessa forma, o padrão espacial de disponibilidade de água foi alterado para adequá-lo
ao padrão espacial das demandas. Outra possibilidade é a criação e exploração de reservas de
água, ou reservatórios, que visa a acumulação de água (ou formação de reservas) nos períodos
de cheia e uso das reservas previamente formadas no período de seca. Dessa maneira, o
padrão de disponibilidade da água pode ser alterado com o tempo, ao padrão das demandas.
Logo, as funções da engenharia de recursos hídricos são as adequações espaciais e temporais,
qualitativas e quantitativas dos padrões de disponibilidade aos padrões das demandas de água.
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Figura 2 – Demanda consuntiva total (estimada e consumida) no Brasil
O consumo de água por parte da indústria, apesar de não ser o mais significativo,
compete com o abastecimento urbano uma vez que a maior parte das indústrias está instalada
em regiões metropolitanas ou em áreas muito próximas a elas. Originalmente, a água era
usada principalmente para dessedentação e outros usos domésticos, criação de animais e
outros usos agrícolas a partir da chuva e, menos freqüentemente, com suprimento irrigado. À
medida que a civilização se desenvolveu, outros tipos de necessidades foram surgindo,
disputando águas muitas vezes escassas e estabelecendo conflitos entre usuários. E estão em
três classes: Infraestrutura social: a água é um bem de consumo final; Agricultura e
aquicultura: visando a criação e o desenvolvimento de espécies animais ou vegetais de
interesse para a sociedade; Industrial: demandas para atividades de processamento industrial e
energético.
Os conflitos de uso das águas podem ser classificados como: Conflitos de destinação
de uso, ocorre quando a água é utilizada para destinações outras que não aquelas estabelecidas
por decisões políticas, fundamentadas ou não em anseios sociais; Conflitos de disponibilidade
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qualitativa,situação onde o consumo excessivo reduz a vazão de estiagem deteriorando a
qualidade das águas já comprometidas pelo lançamento de poluentes. Tal deterioração, por
sua vez, torna a água ainda mais inadequada para consumo; Conflitos de disponibilidade
quantitativa, situação decorrente do esgotamento da disponibilidade quantitativa devido ao
uso intensivo. Exemplo: uso intensivo de água para irrigação impedindo outro usuário de
captá-la, ocasionando, em alguns casos, esgotamento das reservas hídricas. Esse conflito pode
ocorrer também entre dois usos não-consuntivos: operação de hidrelétrica com
estabelecimento de flutuações nos níveis de água que acarretam prejuízos à navegação.
Aspectos organizacionais
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medidas indutoras do cumprimento das diretrizes estabelecidas pela negociação social
efetivada. O Gerenciamento das intervenções na bacia hidrográfica Trata da projeção espacial
das duas funções anteriores no âmbito específico de cada bacia hidrográfica, visando a:
compatibilização dos planos setoriais elaborados pelas entidades que executam o
gerenciamento dos usos setoriais das águas na bacia com os planos multissetoriais de uso dos
recursos hídricos. Cabe ao poder público zelar pela sua compatibilização de forma que seu
uso implique o máximo de benefícios para a sociedade.
De maneira geral, pode dizer-se que a organização institucional da gestão das águas
tem evoluído de modo semelhante em diferentes países. Tendo em vista que onde a água é
abundante e não ocorrem problemas graves de poluição, convém harmonia entre as
autoridades administrativas responsáveis. Entretanto, onde a água é mais escassa, setores da
administração interessados na gestão das águas vão entrando cada vez mais em conflito,
ocorrendo frequentemente sobreposições e perdas de eficiência. Por isso, Uma estrutura
orgânica de gestão dos recursos hídricos tem por finalidade assegurar a execução da política
adotada, com vista a satisfazer os objetivos fixados de acordo com os princípios orientadores
da gestão dos recursos hídricos e por meio do desenvolvimento de um certo número de ações,
implicando a intervenção paralela e coordenada de vários órgãos e organismos com jurisdição
nos diversos domínios relacionados com a água e que se podem agrupar nas seguintes
categorias: órgãos e organismos que têm a seu cargo a gestão dos recursos hídricos; o
planejamento do desenvolvimento econômico social e órgãos e organismos com jurisdição em
domínios relacionados com a água.
Aspectos Institucionais
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O DNAEE promoveu a criação do Comitê Executivo de Estudos Integrados do Rio
Guaíba - CEEIG devido a falta de entidades estatais executivas de recursos hídricos e por
causa da importância do rio Guaíba, diferenciando-se dos demais comitês por falta de força
política. Surgiu também os comitês de bacias dos Sinos e do Gravataí, ambos afluentes do
Guaíba, em 1988. Assim cabe citar sobre a importância dos modelos composto pelos comitês
de bacias, bem como suas agências de água e cobrança pelo uso, bem como sua implantação
que implica em mudanças importantes nas leis preexistentes, na postura e comportamento dos
administradores públicos.
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marítima nacional, infraestrutura aeroespacial, aeronáutica e aeroportuária, além da segurança
de navegação aérea e de tráfego hidroviário. O Ministério da Saúde, por sua vez, se
responsabiliza pela saúde ambiental e ações de promoção, proteção e recuperação da saúde
individual e coletiva, além de oferecer a ação preventiva como vigilância e controle sanitário
de fronteiras e portos.
Aspectos Operacionais
O planejamento setorial tem por objetivo elaborar planos que visam atingir objetivos
setoriais estabelecidos. O planejamento regional, por sua vez, procura definir uma estratégia
para o ordenamento físico do território nacional, aponta critérios para a utilização do solo e
recursos naturais, as redes de comunicações, a rede energética, etc. E por fim, o planejamento
transversal, que visa a atribuição correta dos recursos cuja disponibilidade não pode aumentar
significativamente, como recursos humanos e naturais (água, solo, florestas e ar). O
planejamento da utilização dos recursos hídricos é um caso típico de planejamento transversal
que resulta do conhecimento da água como um recurso indispensável a setores que
impulsionam o desenvolvimento econômico-social.
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A primeira etapa para começar o planejamento dos recursos hídricos corresponde à
definição das necessidades sociais relacionadas com problemas de recursos hídricos. A partir
disso, os objetivos sociais passam a ser objetivos técnicos e são definidas as necessidades de
abastecimento de água em qualidade e quantidade. Logo após, é feito o levantamento e
análise de dados em relação às características climáticas, fisiológicas, hidrológicas,
demográficas, econômicas e outras da região estudada. É na quinta etapa que são
identificadas as soluções possíveis formalizadas através da elaboração de planos alternativos.
Também é nessa etapa que estudos prévios e de estimativas de custo são elaborados.
Entre as obras que dependem das entidades encarregadas da gestão das águas, as mais
importantes são:
- barragens e outras obras que visam o aproveitamento dos recursos hídricos e ainda
obras para transferência de água entre bacias hidrográficas;
- diques, canais, açudes, eclusas e outros tipos de obras hidráulicas para controle de
cheias, regularização fluvial e navegação;
- captações e grandes aduções regionais de água de abastecimento;
- grandes emissários e executores coletivos de águas residuais;
- instalações coletivas de depuração de águas residuais.
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Conclusão
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Referência Bibliográficas
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