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Manual de Procedimento Técnico N.º PT. Qual.

Setor: Liquor e Líquidos Cabitários Página:1

Nome do Procedimento:

ÍNDICE

LIQUOR...............................................................................................................................................................2
1.CONCEITO:..................................................................................................................................................2
2.FINALIDADE:..............................................................................................................................................2
3. EXECUTANTES:........................................................................................................................................2
4. MATERIAL NECESSÁRIO:.......................................................................................................................3
Reagentes:.....................................................................................................................................................3
Acessórios:...................................................................................................................................................3
Equipamentos:..............................................................................................................................................3
5. DESCRIÇÃO DO PROCEDIMENTO:.......................................................................................................3
6. CASO NÃO ATINJA O ESPERADO:........................................................................................................9
7. OBSERVAÇÃO FREQUÊNCIA:................................................................................................................9
LIQUIDO PLEURAL..........................................................................................................................................9
1.CONCEITO:................................................................................................................................................10
TRANSUDATOS E EXSUDATOS...............................................................................................................10
2.FINALIDADE:............................................................................................................................................11
3. EXECUTANTES:......................................................................................................................................11
4. MATERIAL NECESSÁRIO:.....................................................................................................................11
5. DESCRIÇÃO DO PROCEDIMENTO:.....................................................................................................12
6. CASO NÃO ATINJA O ESPERADO:......................................................................................................17
7. OBSERVAÇÃO FREQUÊNCIA:..............................................................................................................17
LIQUIDO PERICARDICO................................................................................................................................17
1.CONCEITO:................................................................................................................................................18
2.FINALIDADE:............................................................................................................................................18
3. EXECUTANTES:......................................................................................................................................18
4. MATERIAL NECESSÁRIO:.....................................................................................................................19
5. DESCRIÇÃO DO PROCEDIMENTO:.....................................................................................................19
6. CASO NÃO ATINJA O ESPERADO:......................................................................................................22
7. OBSERVAÇÃO FREQUÊNCIA:..............................................................................................................22
LIQUIDO SINOVIAL........................................................................................................................................22
1.CONCEITO:................................................................................................................................................22
2.FINALIDADE:............................................................................................................................................23
3. EXECUTANTES:......................................................................................................................................23
4. MATERIAL NECESSÁRIO:.....................................................................................................................23
Instrumentos Especiais:..............................................................................................................................23
Insumos/Reagentes.....................................................................................................................................23
5. DESCRIÇÃO DO PROCEDIMENTO:.....................................................................................................24
6. CASO NÃO ATINJA O ESPERADO:......................................................................................................25
7. OBSERVAÇÃO FREQUÊNCIA:..............................................................................................................25
LIQUIDO PERITONEAL OU ASCÍTICO........................................................................................................26
1.CONCEITO:................................................................................................................................................26
2.FINALIDADE:............................................................................................................................................27
3. EXECUTANTES:......................................................................................................................................27
4. MATERIAL NECESSÁRIO:.....................................................................................................................27
5. DESCRIÇÃO DO PROCEDIMENTO:.....................................................................................................27
6. CASO NÃO ATINJA O ESPERADO:......................................................................................................29
7. OBSERVAÇÃO FREQUÊNCIA:..............................................................................................................30
Manual de Procedimento Técnico N.º PT. Qual.

Setor: Liquor e Líquidos Cabitários Página:2

Nome do Procedimento:

LIQUOR

1.CONCEITO:

O Líquido Cefalorraquidiano é produzido a uma taxa de aproximadamente


500ml/dia, sendo que 70% é derivado da infiltração e secreção do plexo coróide.
Ele atua para coletar resíduos , circular nutrientes proteger (amortecer ) o sistema
nervoso central.
A barreira hemato-encefálica é um conceito derivado dos estudos de
exclusão com corantes. Ela é constituída por dois componentes morfologicamente
distintos: um endotélio capilar único mantido unido por junções intercelulares
herméticos e o plexo coróide.
Certas substâncias do LCR são reguladas por um sistema de transporte
especifico (k+, Mg+, Ca+, Na+) , , enquanto que outras substâncias , como a
glicose, uréia e a creatinina se difundem livremente , mas levam horas para se
equilibrarem. As proteínas atravessam por difusão passiva numa taxa dependente
do gradiente de concentração plasma-LCR e é inversamente proporcional ao
peso molecular e volume hidrodinâmica. Dessa forma, a barreira hemato-
encefálica mantém a homeostase relativa do SNC durante as perturbações
agudas dos componentes plásmaticos.
O LCR pode ser obtido através de punção lombar, punção cisternal, punção
cervical lateral, ou através de cânulas ventriculares, esses procedimentos são de
competência dos Médicos.

2.FINALIDADE:

Realizar os exames de LCR imediatamente após coletado e enviado ao


Laboratório , realizando com segurança e confiabilidade todas as provas
pertinentes , informando os resultados quando positivos imediatamente ao Médico
para as devidas condutas clínicas.

3. EXECUTANTES:

Analistas de Laboratório
Manual de Procedimento Técnico N.º PT. Qual.

Setor: Liquor e Líquidos Cabitários Página:3

Nome do Procedimento:

4. MATERIAL NECESSÁRIO:

Reagentes:
Tinta nankin
Corantes de Gram
Corantes Hematológicos

Acessórios:
Câmara de Fucks Rosenthal
Pipetas de 10ul semi automáticas
Ponteiras
Contador de células

Equipamentos:
Centrifugas
Microscópios

5. DESCRIÇÃO DO PROCEDIMENTO:

DÊ PRIORIDADE A ESSE EXAME , PARE O QUE ESTÁ FAZENDO E


PROCESSE-O IMEDIATAMENTE.

1- Investigue a Idade do Paciente – é de fundamental importância para direcionar


o agente causador;
2- Verifique o possível agente através da tabela abaixo de acordo com a idade do
Paciente:

Microorganismo Faixa etária


E.coli, S. agalactiae, Listeria monocytogenes Recém Nascido
S. agalactiae, Listeria monocytogenes, E. coli < 2 meses
Vírus Haemophylus influenza , S. pneumoniae, Neisseria < 10 anos
meningitidis
Vírus , Neisseria meningitidis Adulto Jovem
S. pneumoniae, Neisseria meningitidis Adulto
S. Pneumoniae, bacilos gram negativos , L. Idoso
monocytongenes
Cryptococos neoformans Pacientes
Imunodeprimidos
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Nome do Procedimento:

3- Verifique se o Paciente é imunodeprimido – Se positivo faça a tinta da China


mesmo que o Médico não tenha solicitado;
4- Se for recém nascido , verifique se a mãe é VDRL Positivo , Faça o VDRL do
LCR mesmo que o Médico não tenha solicitado;
5- Informe todos as etapas positivas ao Médico , para que ele faça a devida
conduta médica imediatamente;
6- Faça o gram de todo LCR POSITIVO:
6.1- Você poderá se deparar com LCR POSITIVO em celularidade e sem
visualização de microorganismos no GRAM , isso é comum após a administração
de antibióticos de amplo expectro, mas FAÇA o LATEX , embora as bactérias não
sejam visualizadas no gram , o ANTIGENO pode ser detectado no LATEX. Siga as
orientações do fabricante para a realização desse teste.
7- Acompanhe a tabela abaixo para a interpretação de presença quantitativa das
Células:
Diagnóstico Leucócitos/mm3 Células Proteínas Glicose
Laboratorial Predominantes
Normal 0-4 Nenhuma ou 15-40 mg/dl 2/3 da
Linfomonocitaria adulto Glicemia do
até 120 soro
mg/dl RN
Provável 0-500 Mononucleares Normais ou Normal
etiologia Viral (em 20 a 75% pouco
dos casos) no aumentada
inicio da infecção 50-100
pode predominar mg/dl
os
polimorfosnuclea
res
Provável > 500 Polimorfosnuclea > 100 mg/dl Diminuida –
Infecção res próxima a Zero
Bacteriana
Provável Até 500 Perfil Misto > 50 mg/dl Normal ou
Tuberculos ou Diminuida
Infecção
Fúngica
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Setor: Liquor e Líquidos Cabitários Página:5

Nome do Procedimento:

Como fazer:

CONTAGEM GLOBAL DE LEUCÓCITOS E HEMÁCIAS

- As amostras são enviadas para mais de um setor técnico : hematologia,


bioquímica , microbiologia e ainda há de ser encaminhado para
laboratório externo quando solicitados exames que não realizamos,
portanto são recomendadas coletas em mais de um tubo de material.
- Quando recebido apenas um tubo de LCR deve –se encaminha-lo
primeiro ao Setor da Microbiologia depois para os demais setores.
- Homogeneizar a amostra
- Colocar uma laminula sobre a câmara de Fuchs Rosenthal
- Inserir 20 ul de material na câmara
- Fazer a contagem global do material em objetiva de 40 vezes ,
contando-se os 256 quadrados
- Quando não for possível a leitura diluir o material em solução fisiológica
0,9 % em 1:5 ou 1:10 se necessário
- Contando os 256 quadrados se divide o total de leucócitos por 3,2 .
- Liberar os resultados por mm3

CONTAGEM GLOBAL DE LCR HEMORRÁGICO

- Se houver mais que um tubo coletado , observar se o material clareia


entre o 1o e o 3o tubo , se clarear trata-se de um acidente de punção , se
NÃO clarear trata-se de uma hemorragia subaracnóide
- Se houver apenas um tubo observa-se a formação de um botão de
hemacias ao fundo do tubo com sobrenadante límpido após
centrifugação , nesse caso a presença de hemácias indica acidente de
punção.
- Se após a centrifugação , o botão de hemácias não se formar ou se
formar com sobrenadante xantocrômico pode se tratar de hemorragia
subaracnóide.
- Homogeneizar a amostra
- Colocar uma laminula sobre a câmara de Fuchs Rosenthal
- Inserir 20 ul de material na câmara
- Fazer a contagem global do material em objetiva de 40 vezes ,
contando-se os 256 quadrados
- Quando não for possível a leitura diluir o material em solução fisiológica
0,9 % em 1:5 ou 1:10 se necessário
- Contando os 256 quadrados se divide o total de leucócitos por 3,2 .
Manual de Procedimento Técnico N.º PT. Qual.

Setor: Liquor e Líquidos Cabitários Página:6

Nome do Procedimento:

- Para cada 500 hemácias encontradas em um grande volume de


hemácias se subtrai 1 leucócito , mas não fazemos essa correção , o
médico é quem deve fazê-la ,mas no laudo deve constar a seguinte
observação:
“Para 500 hemácias NÃO foi subtraído 1 leucócito”

CONTAGEM DIFERENCIAL DE LEUCÓCITOS

- Centrifugar o material 10 minutos a 1500 RPM


- Separar o sobrenadante do precipitado e encaminha-lo ao Setor de
Bioquímica
- Com o sedimento preparar duas lâminas de esfregaço como se prepara
e se cora para hemograma , no entanto para maior fixação do material
na lâmina pode-se adicionar 1 gota de albumina bovina 22 ( geladeira de
reagentes em uso)
- Deixar secar bem
- Corar por panótico a lâmina já seca
- Efetuar a contagem diferencial em 100 campos diferentes
- As lâminas são arquivadas diariamente junto com as lâminas de
hemograma e são guardadas por 30 dias , após isso são lavadas.

TINTA DA CHINA

Para a pesquisa de Criptococos neoformans:


- Coloca-se uma gota do sedimento sobre uma lâmina com uma gota de
tinta Nankin
- Mistura-se com ponteira plástica
- Cobre a mistura com uma laminula
- Observa-se ao microscópio em aumento de 40 vezes
- Observar a presença de gêmulas , contar as gêmulas em 100 células e
liberar o resultado em porcentagem

LATEX

- O latex é realizado mediante suspeita de meningite .


- Vide pop de Microbiologia

CULTURA:

Vide POP de Microbiologia


Manual de Procedimento Técnico N.º PT. Qual.

Setor: Liquor e Líquidos Cabitários Página:7

Nome do Procedimento:

VALORES DE REFERÊNCIA

- Adultos : de 0 a 5 células
- Neonatos: de 0 a 15 células
- Crianças: de 0 a 5 células

INTERPRETAÇÃO

- Meningite
- Processos expansivos intracranianos ( tumores, abcesso, cistos, etc.)
- Hemorragias subaracnóide
- Impiema pulmonar
- Tuberculose
- Neoplasias

CAUSAS DE NEUTROFILOS ELEVADOS NO LCR

MENINGITE:
- Meningite bacteriana
- Meningoencefalite viral inicial
- Meningite tuberculosa inicial
- Meningite micótica inicial
- Encefalomielite amebiana
- Abscesso cerebral
- Após convulsões
- Após hemorragia do SNC
- Reação a punções lombares repetidas
- Injeção de materiais estranhos no espaço subaracnóide (contrastes)

CAUSAS DE LINFÓCITOS ELEVADOS NO LCR

MENINGITE:
- Meningite viral
- Meningite tuberculosa
- Meningite fúngica
- Meningoencefalite sifilítica
- Meningite leptospirótica
- Infecções parasitárias ( cisticercose, triquinose, toxoplasmose)
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Setor: Liquor e Líquidos Cabitários Página:8

Nome do Procedimento:

CAUSAS DE PLASMOCITOSE NO LCR

MENINGITE:

- Meningite tuberculosa
- Meningoencefalite sifilítica
- Esclerose múltipla
- Infecções parasitárias do SNC

CAUSAS DE MONÓCITOS ELEVADOS NO LCR

O aumento de monócitos no LCR não possui especificidade diagnóstica e


geralmente faz parte de uma reação celular mista, que inclui neutrófilos, linfócitos
e plasmócitos. Um padrão celular misto sem neutrófilo é característico de uma
meningoencefalite viral.

CAUSAS DE EOSINÓFILOS DO LCR

- Infecções parasitárias
- Infecções fúngicas
- Reação a material estranho no SNC ( drogas)
- Meningite eosinofilica idiopática

RARAMENTE se associa a meningite bacteriana, fúngica , tuberculosa , viral.

CAUSAS DE GLICOSE REDUZIDA NO LCR – HIPOGLICORRAQUIA

MENINGITE:

- Meningite bacteriana
- Meningite tuberculosa
- Meningite fúngica
Outras patologias podem apresentar redução de glicose e o nível de glicose
normal também pode não excluir as três patologias acima citadas, mas a redução
da glicose geralmente ocorre pelo aumento da utilização de glicólise via
anaeróbica, pelo tecido cerebral e leucócitos e a presença de bactérias é um
grande contribuinte para isso , daí relacionarmos glicose baixa com presença de
bactérias na maioria das vezes.
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Nome do Procedimento:

O AUMENTO DE GLICOSE NO LCR NÃO TEM SIGNIFICADO CLÍNICO.


PODENDO SER DERIVADO DE ACIDENTE DE PUNÇÃO.

CAUSAS DE AUMENTO DE PROTEÍNAS NO LCR

MENINGITE:
- Acidentes de punção
- Hemacias com quantidade superior a 100.000/ul
- Meningite bacteriana

CAUSAS DE AUMENTO OU DIMINUIÇÃO DE CLORETOS NO LCR

Aumento ou diminuição de cloretos ou demais íons não representam uma


praticidade no cuidado do Paciente.

IMPORTANTE:

A presença de coágulo no LCR pode ser observada em Pacientes com


acidentes traumáticos ou bloqueio medular completo ( Síndrome de Froin) e
também MENINGITE TUBERCULOSA.
Um LCR viscoso pode ser encontrado em Pacientes com adenocarcinomas
metastáticos ou meningite criptocócica.

6. CASO NÃO ATINJA O ESPERADO:

Não há contingência para esse procedimento , o LCR é material nobre e


não se pode pedir nova coleta , uma vez perdido esse material é caracterizado
um evento sentinela.

7. OBSERVAÇÃO FREQUÊNCIA:

Não há freqüência
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Nome do Procedimento:

LIQUIDO PLEURAL

1.CONCEITO:

A cavidade pleural é um espaço potencial revestido por mesotélio da pleura


visceral e parietal. A cavidade pleural normalmente contém uma pequena
quantidade de líquido que facilita o movimento das duas membranas, uma contra
a outra.
Esse líquido é um filtrado plásmatico derivado dos capilares da pleura
parietal (externa).
O acumulo de líquido é denominado de DERRAME, a qual é resultante de
um desequilibro entre a produção de líquido e sua reabsorção. Nas cavidades
pleural, pericárdica e peritoneal, esses acúmulos são conhecidos como efusões
serosas..
O procedimento de coleta é de competência do Médico.

TRANSUDATOS E EXSUDATOS

O líquido pleural normal é transudato


O Exsudato está associado com distúrbios localizados que aumentam a
permeabilidade vascular ou interferem na reabsorção linfática.

Transudatos: pressão hidrostática aumentada ou pressão oncótica diminuida:


- Insuficiência cardíaca congestiva
- Cirrose hepática
- Síndrome nefrótica ( hipoproteneimia)

Exsudatos: permeabilidade capilar aumentada ou reabsorção linfática diminuída:


- Tuberculose
- Pneumonia bacteriana
- Pneumonia viral ou por micoplasma
- Neoplasias
- Infarto pulmonar ( pode estar associado com efusão hemorrágica)
- Doença não inflamatória envolvendo a pleura
- Doença reumatóide ( liq. pleural com glicose baixa na maioria dos
casos)
- Pancreatite (atividade elevada da amilase)
- Ruptura do esôfago ( atividade da amilase elevada e pH baixo)
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Nome do Procedimento:

PARÂMETROS CLASSIFICATÓRIOS DE TRANSUDATOS E EXSUDATOS

LÍQUIDOS TRANSUDATOS EXSUDATOS


Cor Amarelo âmbar Amarelo citrino e outras
Leucometria < 1.000/ml > 1.000/ml
Proteínas < 3 g% > 3 g%
DHL < 200UL > 200UL

Dados da Amostra

Material: Líquidos Pleural , sendo necessária a coleta em tubo com EDTA


quando solicitada a contagem de células.
Volume ideal: 5 ml
Volume específico: 500 ml
Transporte : IMEDIATAMENTE APÓS A COLETA SEM REFRIGERAR e em
Maletas de Coleta / Caixas térmicas
Rejeição da Amostra: Sangue coágulos ou fibrinas no tubo com EDTA ,
identificação inadequada

Manuseio e Armazenamento

MANUSEIE A AMOSTRA COMO MATERIAL DE RISCO BIOLÓGICO

Estabilidade da Amostra : T.A: até 6 horas


2-8ºC NA
-18ºC NA

2.FINALIDADE:

Fazer as dosagens bioquímicas e a contagem celular de LP para direcionar


o Médico a excluir um transudato e tratar um possivel exsudato.

3. EXECUTANTES:

Analistas de Laboratório
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Setor: Liquor e Líquidos Cabitários Página:12

Nome do Procedimento:

4. MATERIAL NECESSÁRIO:

Reagentes:
Corantes de Gram
Corantes Hematológicos

Acessórios:
Câmara de Fucks Rosenthal
Pipetas de 10ul semi automáticas
Ponteiras
Contador de células

Equipamentos:
Centrifugas
Microscópios
Equipamento de Bioquímica para dosagens bioquímicas

5. DESCRIÇÃO DO PROCEDIMENTO:

CONTAGEM GLOBAL DE LEUCÓCITOS E HEMÁCIAS

- As amostras são enviadas para mais de um setor técnico : hematologia,


bioquímica , microbiologia e ainda há de ser encaminhado para
laboratório externo quando solicitados exames que não realizamos,
portanto são recomendadas coletas em mais de um tubo de material,
inclusive tubo de tampa roxa com EDTA.
- Homogeneizar a amostra
- Colocar uma laminula sobre a câmara de Fuchs Rosenthal
- Inserir 20 ul de material na câmara

CONTAGEM GLOBAL DE LEUCÓCITOS E HEMÁCIAS

- As amostras são enviadas para mais de um setor técnico : hematologia,


bioquímica , microbiologia e ainda há de ser encaminhado para
laboratório externo quando solicitados exames que não realizamos,
portanto são recomendadas coletas em mais de um tubo de material,
inclusive tubo de tampa roxa com EDTA;
Manual de Procedimento Técnico N.º PT. Qual.

Setor: Liquor e Líquidos Cabitários Página:13

Nome do Procedimento:

- Homogeneizar a amostra;
- Colocar uma laminula sobre a câmara de Fuchs Rosenthal
- Inserir 20 ul de material na câmara;

Procedimentos da Amostra;

CONTAGEM GLOBAL DE LEUCÓCITOS E HEMÁCIAS

- As amostras são enviadas para mais de um setor técnico : hematologia,


bioquímica , microbiologia e ainda há de ser encaminhado para
laboratório externo quando solicitados exames que não realizamos,
portanto são recomendadas coletas em mais de um tubo de material,
inclusive tubo com EDTA;
- Quando recebido apenas um tubo de LP deve –se encaminha-lo
primeiro ao Setor da Microbiologia depois para os demais setores , não
pode ser realizada as contagens global e diferencial sem tubo de EDTA
- Homogeneizar as amostras;
- Colocar uma lamínula sobre a câmara de Fuchs Rosenthal
- Inserir 20 ul de material na câmara;
- Fazer a contagem global do material em objetiva de 40 vezes ,
contando-se os 256 quadrados;
- Quando não for possível a leitura diluir o material em solução fisiológica
0,9 % em 1:5 ou 1:10 se necessário;
- Contando os 256 quadrados se divide o total de leucócitos por 3,2 .
- Liberar os resultados por mm3.

CONTAGEM GLOBAL DE LÍQUIDO PLEURAL HEMORRÁGICO

- Se houver mais que um tubo coletado , observar se o material clareia


entre o 1o e o 3o tubo , se clarear trata-se de um acidente de punção , se
NÃO clarear trata-se de um HEMOTORAX , para se confirmar o
hemotorax deve-se verificar se o hematócrito está superior a 50% .Se
houver apenas um tubo observa-se a formação de um botão de
hemacias ao fundo do tubo com sobrenadante límpido após
centrifugação , nesse caso a presença de hemácias indica acidente de
punção;
- Em amostras turvas leitosas ou hemorrágicas , o sobrenadante deve ser
examinado , se o sobrenadante for claro, provavelmente a turvação é
devida a resíduos ou elementos celulares, se houver persistência da
turbidez após a centrifugação, é provável que se trate de uma efusão
quilosa ( obstrução torácica devido a um linfoma ou carcinoma ou
Manual de Procedimento Técnico N.º PT. Qual.

Setor: Liquor e Líquidos Cabitários Página:14

Nome do Procedimento:

disrupção traumática) ou pseudoquilosa( pleurite reumatóide,


tuberculose ou mixedema);
- Homogeneizar a amostra;
- Colocar uma lamínula sobre a câmara de Fuchs Rosenthal;
- Inserir 20 ul de material na câmara;
- Fazer a contagem global do material em objetiva de 40 vezes ,
contando-se os 256 quadrados;
- Quando não for possível a leitura diluir o material em solução fisiológica
0,9 % em 1:5 ou 1:10 se necessário;
- Contando os 256 quadrados se divide o total de leucócitos por 3,2;
- Para cada 500 hemácias encontradas em um grande volume de
hemácias se subtrai 1 leucócito , mas não fazemos essa correção , o
médico é quem deve fazê-la ,mas no laudo deve constar a seguinte
observação.

CONTAGEM DIFERENCIAL DE LEUCÓCITOS

- Centrifugar o material 10 minutos a 1500 RPM do tubo com EDTA


(roxo);
- Com o sedimento preparar duas lâminas de esfregaço como se prepara
e se cora para hemograma , no entanto para maior fixação do material
na lâmina pode-se adicionar 1 gota de albumina bovina 22 ( geladeira de
reagentes em uso);
- Deixar secar bem;
- Corar por panótico a lâmina já seca;
- Efetuar a contagem diferencial em 100 campos diferentes;
- As lâminas são arquivadas diariamente junto com as lâminas de
hemograma e são guardadas por 30 dias , após isso são lavadas.

Valores de Referência

Vide tabelas .

INTERPRETAÇÃO

HIPÓTESES DIAGNÓSTICAS FRENTE AO ASPECTO DO LIQUIDO PLEURAL

ASPECTO ETIOLOGIA PROVÁVEL


Amarelo Claro Maioria transudatos, alguns exudatos
Amarelo Citrino Exsudatos
Avermelhado sangüíneo Acidente de punção , neoplasia, infarto
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Setor: Liquor e Líquidos Cabitários Página:15

Nome do Procedimento:

pulmonar, trauma
Acastanhado Derrame antigo da cavidade pleural com
sangue
Turvo, amarelo Infecção , incluindo tuberculose
Turvo esverdeado Artrite reumatóide
Opalescente, leitoso Quilotórax, empiema, pseudoquilotórax
Espesso, amarelo Pseudoqilotórax, DP crônico
Purulento Empiema
Purulento com odor fétido Sugere empiema por anaeróbios
Viscoso Mesotelioma
Pasta de anchova ou molho de Abscesso amebiano do fígado com
chocolate fístula pleural

BIOQUÍMICA

PROTEÍNAS < 3,0 g/dl derrame não inflamatório,


hipoproteinemias
> 3,0 g/dl comuns nos processos
inflamatórios /infecciosos.
Glicose < 60 mg/dl- nos exudatos arrastados
(tuberculose , neoplasias , etc.)
<40 mg/dl – sugere empiema e pode
atingir ZERO mg/dl
< 20 mg/dl – comum na artrite
reumatóide
DHL >200 u/l DHL pl/DHLs
>0,6 = exsudato
>1.000 u/l – Nos empiemas
DHL 2 Isoenzima predominante nos derrames
neoplasicos
AMILASE >160U ou > 2x amilase sérica sugere
DP pós pancreatite , fístula esôfago
pleural, neoplasias (10%)
ADA – Adenosina desanimase Valores > 45 UL sugerem tuberculose ,
artrite reumatóide, linfoma, empiema

PARÂMETROS CITOMÉTRICOS

Hemacias Hematócrito > 20 = hemotorax ,


concentração de crenadas afasta
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Setor: Liquor e Líquidos Cabitários Página:16

Nome do Procedimento:

acidente de punção
Leucócitos  10.000/ml é mais comuns nos DPs
parapneumonicos, LES ,
pancreatite , algumas embolias e
algumas parsitoses.
 Na tuberculose há predomínio de
Linfocitos T
Neutrófilos Predominam as infecções bacterianas ,
fase aguda do infarto pulmonar , LES e
outros
Eosinófilo > 10% - em DP por drogas, parsitoses,
micoses , doença de hodgkin,
hidropneumotorax e outros.
Células Mesoteliais < 5% comum na tuberculose e empiema
aumentas em grumos , embolia
pulmonar, algumas viroses, pode ser
confundida com células neoplasicas .

CAUSAS DE NEUTROFILOS ELEVADOS NO LP


> 50 %
- Pneumonia bacteriana
- Infarto pulmonar
- Pancreatite
- Tuberculose inicial
- Transudatos ( acima de 10%)

CAUSAS DE LINFÓCITOS ELEVADOS NO LP


> 50 %
- Tuberculose
- Infecção viral
- Processo maligno
- Quilotórax verdadeiro
- Pleurite reumatóide
- Lúpus eritromatoso sistêmico
- Transudatos ( acima de 30 % )

CAUSAS DE EOSINOFILOS ELEVADOS NO LP


> 10%
- Ar no espaço pleural
- Traumatismo
- Infarto Pulmonar
Manual de Procedimento Técnico N.º PT. Qual.

Setor: Liquor e Líquidos Cabitários Página:17

Nome do Procedimento:

- Insuficiência cardíaca congestiva


- Infecção parasitária ou fúngica
- Reação a drogas
- Doença de Hodgkin
- Idiopatia

PH
- O pH do LP normal é de 7,64
- Exudato parapneumônico : 7,20 a 7,30 ( geralmente sofre solução
espontânea com a terapia medicamentosa somente
- Uma combinação de pH < 7,20 e glicose baixa < 60 indica uma efusão
parapneumônica complicada encistada ou associada a empiema que
requer drenagem cirúrgica , pode indicar também uma efusão maligna
ou uma pleurite reumatóide
- Um pH < 6,0 é característico de um ruptura esofágica, no entanto um
empiema severo também pode apresentar pH baixo.
- Um pH > 7,30 é característico de efusões transudativas , pois
apresentam conteúdo protéico baixo e um nível de creatinina maior
que o do soro.

6. CASO NÃO ATINJA O ESPERADO:

Será necessária nova coleta

7. OBSERVAÇÃO FREQUÊNCIA:

Nenhuma freqüência
Manual de Procedimento Técnico N.º PT. Qual.

Setor: Liquor e Líquidos Cabitários Página:18

Nome do Procedimento:

LIQUIDO PERICARDICO

1.CONCEITO:

Cerca de 10 a 50 ml de líquido encontra-se normalmente presente no


espaço pericardico produzido por um processo transudativo similar ao líquido
pleural. A efusão pericárdica pode ser produzida por processo inflamatórios,
malignos ou hemorrágicos. Muitos dos exames laboratoriais são aplicados como
no líquido pleural.
O líquido pericárdico normal é amarelo pálido e claro. Grandes efusões
( >350 ml ) são mais freqüentemente causadas por processos malignos, uremia ou
idiopatias. A AIDS vem se tornando a causa mais comum das grandes efusões
pericardicas.
Os processos infecciosos ou os malignos produzem características turvas ,
enquanto que as efusões por uremia são usualmente de cor clara e com uma cor
palha. Essas e varias outras condições podem produzir efusões hemorrágicas.

DADOS DA AMOSTRA

Material: Líquidos Pericardico , sendo necessária a coleta em tubo com EDTA


quando solicitada a contagem de células.
Volume ideal: 5 ml;
Volume específico: 500 ml;
Transporte : IMEDIATAMENTE APÓS A COLETA SEM REFRIGERAR e em
maletas de Coleta / Caixas térmicas;
Rejeição da Amostra: Sangue coágulos ou fibrinas no tubo com EDTA ,
identificação inadequada;
Manuseio e Armazenamento;
MANUSEIE A AMOSTRA COMO MATERIAL DE RISCO BIOLÓGICO
Estabilidade da Amostra : T.A: até 6 horas
2-8ºC NA
-18ºC NA
Manual de Procedimento Técnico N.º PT. Qual.

Setor: Liquor e Líquidos Cabitários Página:19

Nome do Procedimento:

2.FINALIDADE:

Realizar as etapas do Liquido pericardico : dosagens bioquímicas ,


citologia, cultura com segurança e precisão para direcionar o Médico a possíveis
infecções ou patologias para as devidas condutas a serem tomadas.

3. EXECUTANTES:

Analistas de Laboratório

4. MATERIAL NECESSÁRIO:

EQUIPAMENTOS:

homogenizador de Sangue Fanem


Centrifugas
Microscópios

INSTRUMENTOS ESPECIAIS:

- Estantes para tubos


- Tubos de tampa vermelha
- Tubos de tampa roxa
- Pipeta semi automáticas de 20ul
- Ponteiras amarelas para pipetas
- Lâminas com uma extremidade fosca
- Laminulas
- Lápis
- Gaze em compressa

INSUMOS – REAGENTES – KITS:

Nome dos Reagentes: Corantes Hematológicos , Solução Fisiológica 0,9%


Marca: NA
Nº de testes: NA
Estabilidade: Até a data de vencimento do fabricante .
Nível de Segurança: Tóxico
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Setor: Liquor e Líquidos Cabitários Página:20

Nome do Procedimento:

5. DESCRIÇÃO DO PROCEDIMENTO:

CONTAGEM GLOBAL DE LEUCÓCITOS E HEMÁCIAS

- As amostras são enviadas para mais de um setor técnico : hematologia,


bioquímica , microbiologia e ainda há de ser encaminhado para
laboratório externo quando solicitados exames que não realizamos,
portanto são recomendadas coletas em mais de um tubo de material,
inclusive tubo de tampa roxa com EDTA.
- Homogeneizar a amostra
- Colocar uma laminula sobre a câmara de Fuchs Rosenthal
- Inserir 20 ul de material na câmara

- Fazer a contagem global do material em objetiva de 40 vezes ,


contando-se os 256 quadrados
- Quando não for possível a leitura diluir o material em solução fisiológica
0,9 % em 1:5 ou 1:10 se necessário
- Contando os 256 quadrados se divide o total de leucócitos por 3,2 em
caso de líquidos
- Liberar os resultados por mm3

CONTAGEM DIFERENCIAL DE LEUCÓCITOS

- Centrifugar o material 10 minutos a 1500 RPM dos tubos roxo e


vermelho
- Separar o sobrenadante do precipitado e encaminha-lo ao Setor de
Bioquímica desprezar o sobrenadante do tubo roxo e confeccionar uma
lâmina com o sedimento como se prepara e se cora para hemograma
- Deixar secar bem
- Corar por panótico a lâmina já seca
- Efetuar a contagem diferencial em 100 campos diferentes

CULTURA:

Vide POP de Microbiologia

CONTAGEM GLOBAL DE LÍQUIDO PERICARDICO HEMORRÁGICO


Manual de Procedimento Técnico N.º PT. Qual.

Setor: Liquor e Líquidos Cabitários Página:21

Nome do Procedimento:

- Se houver mais que um tubo coletado , observar se o material clareia


entre o 1o e o 3o tubo , se clarear trata-se de um acidente de punção
inadvertido do sangue do coração , se NÃO clarear trata-se de um
derrame pericárdico. Se houver apenas um tubo observa-se a formação
de um botão de hemacias ao fundo do tubo com sobrenadante límpido
após centrifugação , nesse caso a presença de hemácias indica
acidente de punção.
- Em amostras turvas leitosas ou hemorrágicas , o sobrenadante deve ser
examinado , se o sobrenadante for claro, provavelmente a turvação é
devida a resíduos ou elementos celulares, se houver persistência da
turbidez após a centrifugação, é provável que se trate de uma efusão
quilosa ( obstrução pseudoquilosa( pericardite, tuberculose )
- Homogeneizar a amostra
- Colocar uma laminula sobre a câmara de Fuchs Rosenthal
- Inserir 20 ul de material na câmara
- Fazer a contagem global do material em objetiva de 40 vezes ,
contando-se os 256 quadrados
- Quando não for possível a leitura diluir o material em solução fisiológica
0,9 % em 1:5 ou 1:10 se necessário
- Contando os 256 quadrados se divide o total de leucócitos por 3,2 .

VALORES DE REFERENCIA

Contagem global superior a 10.000 leucócitos , sugerem pericardite


bacteriana , tuberculosa ou maligna.

INTERPRETAÇÃO

- Pericardite bacteriana
- Pericardite tuberculosa
- Pericardite maligna
- Carcinoma metastático do pulmão ou da mama

CAUSAS DE PROTEÍNAS ELEVADAS NO LIQUIDO PERICARDICO

Só é importante quando combinada com outros parâmetros para se


diferenciar transudato de exsudato.

CAUSAS DE GLICOSE DIMINUIDA NO LIQUIDO PERICARDICO


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Setor: Liquor e Líquidos Cabitários Página:22

Nome do Procedimento:

Os níveis de glicose pericardica podem estar diminuídos a menos de 40


mg/dl nas efusões bacterianas, tuberculosa, reumática ou maligna. Entretanto o
valor da glicose possui pouco valor prático no diagnóstico diferencial.

ENZIMAS

A Adenosina deaminase é um teste adjuvante útil para a pericardite


tuberculosa em casos de colorações negativas nas quais a tuberculose é
suspeitada em valor de corte 40U/L.

PH

O pH do L.Pericardico pode ser muito baixo (< a 7,10 ) nos distúrbios


reumáticos e purulentos. Nos processos malignos, uremia , tuberculose e
distúrbios idiopáticos , o pH pode ser moderadamente diminuído , variando de
7,20 a 7,40.

6. CASO NÃO ATINJA O ESPERADO:

Se o material for perdido , a nova coleta só poderá ser refeita se à critério Médico.

7. OBSERVAÇÃO FREQUÊNCIA:

Nenhuma freqüência observada.


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Setor: Liquor e Líquidos Cabitários Página:23

Nome do Procedimento:

LIQUIDO SINOVIAL

1.CONCEITO:

A Sinóvia se refere ao tecido que reveste a bainha sinovial dos tendões ,


bursas e articulações.
O liquido sinovial é um ultrafiltrado imperfeito do plasma combinado com
ácido hialuronico produzido pelas células sinciciais.

2.FINALIDADE:

Realizar as etapas do Liquido Sinovial : dosagens bioquímicas ,


citologia(quando solicitada) cultura com segurança e precisão para direcionar o
Médico a possíveis infecções ou patologias para as devidas condutas a serem
tomadas.

3. EXECUTANTES:

Analistas de Laboratório

4. MATERIAL NECESSÁRIO:

homogenizador de Sangue Fanem

INSTRUMENTOS ESPECIAIS:
Manual de Procedimento Técnico N.º PT. Qual.

Setor: Liquor e Líquidos Cabitários Página:24

Nome do Procedimento:

- Estantes para tubos


- Tubos de tampa vermelha
- Tubos de tampa roxa
- Pipeta semi automáticas de 20ul
- Ponteiras amarelas para pipetas
- Lâminas com uma extremidade fosca
- Laminulas
- Lápis
- Gaze em compressa

INSUMOS/REAGENTES

Nome dos Reagentes: Corantes Hematológicos , Solução Fisiológica 0,9%


Marca: NA
Nº de testes: NA
Estabilidade: Até a data de vencimento do fabricante .
Nível de Segurança: Tóxico

5. DESCRIÇÃO DO PROCEDIMENTO:

CONTAGEM GLOBAL DE LEUCÓCITOS E HEMÁCIAS

- As amostras são enviadas para mais de um setor técnico : hematologia,


bioquímica , microbiologia e ainda há de ser encaminhado para
laboratório externo quando solicitados exames que não realizamos,
portanto são recomendadas coletas em mais de um tubo de material;
- Homogeneizar a amostra;
- Colocar uma laminula sobre a câmara de Fuchs Rosenthal
- Inserir 20 ul de material na câmara;
- Fazer a contagem global do material em objetiva de 40 vezes ,
contando-se os 256 quadrados ;
- Quando não for possível a leitura diluir o material em solução fisiológica
0,9 % em 1:5 ou 1:10 se necessário;
- Contando os 256 quadrados se divide o total de leucócitos por 3,2 .
- Liberar os resultados por mm3.

IMPORTANTE: observar na câmara a presença de cristais como oxalato de


cálcio, uratos , ou gotas de lipídeos , o médico deverá ser informado sobre esses
achados , pois trata-se de um processo inflamatório chamado GOTA.
Manual de Procedimento Técnico N.º PT. Qual.

Setor: Liquor e Líquidos Cabitários Página:25

Nome do Procedimento:

CONTAGEM DIFERENCIAL DE LEUCÓCITOS

- Centrifugar o material a 1500 RPM do tubo com EDTA (roxo);


- Com o sedimento preparar duas lâminas de esfregaço como se prepara
e se cora para hemograma , no entanto para maior fixação do material
na lâmina pode-se adicionar 1 gota de albumina bovina 22 ( geladeira de
reagentes em uso);
- Deixar secar bem ;
- Corar por panótico a lâmina já seca;
- Efetuar a contagem diferencial em 100 campos diferentes;
- As lâminas são arquivadas diariamente junto com as lâminas de
hemograma e são guardadas por 30 dias , após isso são lavadas.

Valores de Referência

O limite superior normal do LS é de 150 a 200/ul.

Interpretação

- Efusões não inflamatórias : possuem uma contagem leucocitária inferior


a 3.000 células/ul com uma minoria de neutrófilos: osteoartrite, artrite
traumática, moléstia reumática
- Efusões inflamatórias: Possuem uma contagem leucocitária entre 3.000
e 75.000 células/ul, com neutrófilos representando mais da metade da
população: artrite reumatóide, lúpus eritromatoso, síndrome de Reiter,
artrite aguda induzida por cristais , artrite associada com doença
intestinal inflamatória, sinovites por goticulas de gordura.
- Efusões purulentas (infecciosas): possuem uma contagem leucocitária
superior a 50.000 cels/ul , sendo que os neutrófilos representam mais de
90% da população: infecções articulares bacterianas , fúngicas, e
tuberculosa.
- Efusões hemorrágicas: podem ser observadas em artrite traumática,
sinovite viloneuropatica, , próteses articulares, distúrbios hematológicos
( hemofilia, trombocitopenia, terapia com anticoagulantes, anemia
falciforme, síndrome mieloproliferativa.

CAUSAS DE PROTEÍNAS ELEVADAS NO LIQUIDO SINOVIAL

A concentração média normal de proteínas é de 1,38 g/dl. Num processo


inflamatório progressivo, proteínas maiores como o fibrinogênio entram no liquido
sinovial.
Manual de Procedimento Técnico N.º PT. Qual.

Setor: Liquor e Líquidos Cabitários Página:26

Nome do Procedimento:

CAUSAS DE DHL ELEVADAS NO LIQUIDO SINOVIAL

O DHL encontra-se elevado em artrite reumatóide, gota ou artrite


infecciosa, mas provavelmente reflete um infiltrado leucocitário

6. CASO NÃO ATINJA O ESPERADO:

É solicitado nova coleta

7. OBSERVAÇÃO FREQUÊNCIA:

Nenhuma freqüência
Manual de Procedimento Técnico N.º PT. Qual.

Setor: Liquor e Líquidos Cabitários Página:27

Nome do Procedimento:

LIQUIDO PERITONEAL OU ASCÍTICO

1.CONCEITO:

Normalmente existe cerca de 50 ml de liquido presente no espaço potencial


revestido por mesotélio e que representa a cavidade peritoneal. Um Paciente com
uma efusão peritoneal é considerado um portador de ascite e o líquido é
conhecido como liquido Ascítico.

2.FINALIDADE:

Realizar as etapas do Líquido Peritoneal ou Ascítico : dosagens


bioquímicas , citologia(quando solicitada) cultura com segurança e precisão para
direcionar o Médico a possíveis infecções ou patologias para as devidas condutas
a serem tomadas.

3. EXECUTANTES:

Analistas de Laboratório

4. MATERIAL NECESSÁRIO:

Homogenizador de Sangue Fanem


Manual de Procedimento Técnico N.º PT. Qual.

Setor: Liquor e Líquidos Cabitários Página:28

Nome do Procedimento:

5. DESCRIÇÃO DO PROCEDIMENTO:

CONTAGEM GLOBAL DE LEUCÓCITOS E HEMÁCIAS

- As amostras são enviadas para mais de um setor técnico : hematologia,


bioquímica , microbiologia e ainda há de ser encaminhado para
laboratório externo quando solicitados exames que não realizamos,
portanto são recomendadas coletas em mais de um tubo de material;
- Homogeneizar a amostra;
- Colocar uma laminula sobre a câmara de Fuchs Rosenthal;
- Inserir 20 ul de material na câmara;
- Fazer a contagem global do material em objetiva de 40 vezes ,
contando-se os 256 quadrados;
- Quando não for possível a leitura diluir o material em solução fisiológica
0,9 % em 1:5 ou 1:10 se necessário;
- Contando os 256 quadrados se divide o total de leucócitos por 3,2;
- Liberar os resultados por mm3.
-

CONTAGEM DIFERENCIAL DE LEUCÓCITOS

- Centrifugar o material a 1500 RPM do tubo com EDTA (roxo);


- Com o sedimento preparar duas lâminas de esfregaço como se prepara
e se cora para hemograma , no entanto para maior fixação do material
na lâmina pode-se adicionar 1 gota de albumina bovina 22 ( geladeira de
reagentes em uso);
- Deixar secar bem;
- Corar por panótico a lâmina já seca;
- Efetuar a contagem diferencial em 100 campos diferentes;
- As lâminas são arquivadas diariamente junto com as lâminas de
hemograma e são guardadas por 30 dias , após isso são lavadas.

INTERPRETAÇÃO

CAUSAS DE PROTEÍNAS ELEVADAS NO L. PERITONEAL

O gradiente de albumina soro/ascite é superior ao conteúdo de proteínas


totais na diferenciação da cirrose das outras formas de efusão peritoneal.
Manual de Procedimento Técnico N.º PT. Qual.

Setor: Liquor e Líquidos Cabitários Página:29

Nome do Procedimento:

Entretanto a peritonite bacteriana espontânea está freqüentemente associada


com um nível baixo de proteínas.

CAUSAS DE GLICOSE DIMINUIDA NO L. PERITONEAL

Os níveis de glicose do L. Peritoneal estão diminuídos em 30 a 60% dos


casos de peritonite tuberculosa e em aproximadamente 50% dos pacientes com
carcinomatose abdominal.

CAUSAS DE AMILASE ELEVADAS NO L. PERITONEAL

A atividade da amilase no L. Peritoneal normal é similar à dos níveis


sangüíneos. No liquido ascítico, um nível superior a três vezes o valor sérico é
uma boa evidência de uma origem pancreatica, como a pancreatite aguda,
pseudocisto pancreatico ou traumatismo.
A perfuração gastrointestinal , trombose aguda da veia mesentérica, torção
ou necrose intestinal também podem produzir níveis elevados de amilase,
processo malignos raramente alteram a amilase.

CAUSAS DE DHL ELEVADAS NO L. PERITONEAL

O aumento da atividade dessa enzima está relacionada a efusões


malignas.
PH

Um pH inferior a 7,15 apresentam um mau prognóstico. O pH baixo também


é observado em pacientes com ascite maligna e pancreática e com peritonite
tuberculosa.
A peritonite bacteriana espontânea em pacientes com cirrose , tem o pH
7,32 relacionado com a contagem de leucócitos .

CAUSAS DE EFUSÕES PERITONEAIS

TRANSUDATOS: Pressão hidrostática aumentada ou pressão oncótica


plasmática
Diminuida
- insuficiência cardíaca congestiva
- cirrose hepática
- hipoproteneimia ( ex. síndrome nefrotica)
Manual de Procedimento Técnico N.º PT. Qual.

Setor: Liquor e Líquidos Cabitários Página:30

Nome do Procedimento:

EXSUDATOS: permeabilidade capilar aumentada ou reabsorção linfática


diminuida

- Tuberculose
- Peritonite bacteriana primária
- Peritonite bacteriana secundaria ( apendicite)
- Neoplasias: Hepatoma, carcinoma, linfoma, mesotelioma
- Trauma
- Pancreatite
- Peritonite biliar
- Efusão quilosa: lesão ou obstrução do ducto torácico.

BIBLIOGRAFIA

- Broaddus,V.C. et al – What is the origin of pleural transudates e


exsudates? (Editorial) Chest 1992 102:658
- Burgess, L.J. et al – Comparative analysis of the biochemical parameters
used to distinguish between pleural transudates e exsudates. Chest.
1995, 107:1604-1609.

6. CASO NÃO ATINJA O ESPERADO:

É solicitado nova coleta

7. OBSERVAÇÃO FREQUÊNCIA:

Nenhuma frequência

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