Apostila Completa CBSP Shelter 2020.7
Apostila Completa CBSP Shelter 2020.7
Apostila Completa CBSP Shelter 2020.7
V) CONSCIENTIZAÇÃO DE PROTEÇÃO
1. – Conscientização de proteção ............................................................................. 202
1.1 – A conscientização de todos a bordo em relação à proteção ...........................202
1.2 – Como informar um incidente de proteção ........................................................ 203
1.3 – As definições, os termos e os elementos relativos à proteção marítima ......... 203
1.4 – A legislação nacional e internacional relativa à proteção marítima .................. 205
1.5 – Níveis de proteção marítima e os procedimentos pertinente ........................... 206
1.6 – Plano de proteção e os planos de contingências. .......................................... 207
1.7 – As Responsabilidade dos governos, da companhia (CSO) e das pessoas (SSO)
e suas equipes relativas à proteção .......................................................................... 214
2.0 - Ameaças à proteção ......................................................................................... 214
2.1 – Atuais ameaças e as técnicas usadas para contornar as medidas de
proteção..................................................................................................................... 214
2.2 - Ameaças materiais à proteção da unidade offshore. ......................................... 216
2.3 – Reconhecimento de pessoas que apresentam potenciais ameaça à proteção.218
2.4 – Procedimento quando reconhecer uma ameaça à proteção ............................ 219
2.5 – Como lidar com as informações sensíveis e com as comunicações relativas à
proteção..................................................................................................................... 220
2.6 – Exigências relativas à instrução e aos exercícios periódicos de adestramento
previstos pelas convenções, códigos e circulares da IMO .......................................221
GLOSSÁRIO. ........................................................................................................... 222
Nos primórdios dos tempos, a comunicação entre os homens era feita por meio
de gestos, imagens e sons. Mais tarde, o homem aprendeu a usar os sinais gráficos
ao se referir aos objetos que conhecia pelos sentidos e a comunicação através dos
gestos.
Receptor
É quem recebe a mensagem, decodifica e coloca em ação, isto é, emite uma
resposta. Também é chamado de destinatário.
Canal
É o meio pelo qual a mensagem é transmitida ao receptor, via de transmissão, seja
através de gestos, códigos, expressões faciais, linguagem oral ou escrita. É a fonte
de transmissão da mensagem.
Mensagem
É o conteúdo da comunicação. É a informação transmitida, devendo ser
estruturada de forma que o significado represente a expressão concreta de nossas
ideias e experiências, e seja comum para o emissor e receptor. Para isso, é
necessário que a mensagem seja codificada, expressando de forma clara a
mensagem enviada.
Figura 4
Signos ou Sinais.
Estão presentes no nosso dia a dia e compõem comunicação verbal.
Líder: é a pessoa que se destaca, que influencia e que consegue dos outros
a adesão espontânea às suas atitudes e ideias.
Liderança: é a atividade de influenciar pessoas a cooperar no alcance de um
objetivo que considerem, por si mesmas, desejável.
Descobriu-se que, no processo de liderança, um indivíduo não pode ser líder
a todo o momento e em todas as situações. Portanto, de acordo com cada situação,
sempre aparecerá um líder.
b) Aceite as ideias das outras pessoas – Nem sempre é fácil aceitar novas ideias
ou admitir em público que não temos razão, mas é importante saber reconhecer
que a ideia de um colega pode ser muito melhor do que a nossa.
d) Saiba como dividir – Entenda que é muito importante dividir tarefas quando se
trabalha em equipe. Não parta do princípio que é o único que pode e sabe
e) Não deixe de trabalhar, colabore – Não é por trabalhar em equipe que você
precisa esquecer-se de suas obrigações. Lembre-se que dividir as tarefas é
uma coisa, deixar de trabalhar é outra completamente diferente. Colabore.
As Responsabilidades Sociais
Responsabilidade Social é contribuir para o bem estar da comunidade onde
vivemos e da sociedade como um todo. “O direito de cada um termina onde começa
o direito do outro” - John Stuart Mil.
As Responsabilidades Trabalhistas
No Brasil as relações trabalhistas são regulamentadas pelo extinto Ministério
do Trabalho e Emprego (Medida Provisória Nº 870, de 1º de Janeiro de 2019), atual
Ministério da Economia, numa “Secretaria Especial” de Trabalho, dividindo status com
a da Previdência, que estabelece regras gerais que devem ser observadas em um
contrato de trabalho.
Cabe ao empregador:
- Drogas
As drogas são definidas como substâncias, naturais ou não, que modificam as
funções normais de um organismo. Também são chamadas de
entorpecentes ou narcóticos. O uso dessas substâncias no local de trabalho é
proibido. Seguem abaixo seus principais malefícios:
Fazem mal à saúde: a maconha provoca câncer; a cocaína aumenta as
chances de isquemia e ataque cardíaco. Além disso, o uso de drogas reduz
a autoestima e aumenta a chance de depressão.
Causam dependência: Estatísticas mostram que até 10% dos usuários de
maconha ficam dependentes.
Incitam a violência: Não é o que se faz quando se está sob o efeito, mas sim o
que se faz para conseguir a droga.
- Álcool
O álcool é legalmente comercializado e de fácil obtenção na nossa
sociedade, o que contribui para o surgimento de inúmeros casos de consumo
excessivo que tanto prejudicam a nossa sociedade.
Figura 9 - Dependência
alcoólica.
É normal que todos enfrentem momentos de estresse várias vezes na vida. Ele
não pode ser totalmente eliminado da vida, pois toda situação que exige um esforço
maior, necessariamente, produz tensão e estresse. O estresse pode até ser benéfico
em doses moderadas, pois nos dá ânimo e vigor em momentos de tensão. Quando
Desgaste físico
Jornadas de trabalho mal dimensionadas causam fadiga física e mental,
afetando o estado emocional do indivíduo, podendo refletir-se no desempenho de seu
trabalho e no bom relacionamento com seus companheiros a bordo.
Ser educado;
Saber ouvir;
pendurar toalhas;
Vivemos em conflitos, uma vez que o ser humano, de forma geral, tem
dificuldade em aceitar e conviver com as adversidades. Identificar a natureza das
diferenças e usar algumas regras para contorná-las nos ajudará a ter um
relacionamento tolerante com nossos colegas de trabalho.
Segundo os psicólogos, o autoconhecimento, autocontrole, motivação,
empatia e sociabilidade são fatores indispensáveis para um bom relacionamento no
ambiente de trabalho.
Motivação: É um impulso que faz com que as pessoas ajam para atingir seus
objetivos. A motivação envolve fenômenos emocionais, biológicos e sociais, e é um
processo responsável por iniciar, direcionar e manter comportamentos relacionados
com o cumprimento de objetivos.
Empatia: Capacidade de compreender o sentimento ou reação da outra pessoa
imaginando-se nas mesmas circunstâncias.
Cumprir e fazer cumprir o disposto nesta NR, bem como a observância do contido
no item 1.7 da NR 01 - Disposições Gerais, e das demais disposições legais de
segurança e saúde no trabalho;
Perigo: Situação com potencial para provocar danos em termos de lesão, doença,
dano à propriedade, meio ambiente, local de trabalho ou a combinação destes.
– Atos Inseguros
São atos ou ações executadas de forma voluntária ou não, que podem
provocar ou contribuir para a ocorrência de acidente.
Normalmente, são decorrentes de:
Excesso de confiança;
Imperícia;
Ideias preconcebidas;
Exibicionismo;
Falta de bom senso.
– Condições Inseguras
São consideradas condições de trabalho inseguras as deficiências, defeitos ou
irregularidades técnicas existentes no ambiente de trabalho, que constituam riscos
para a integridade física ou a saúde do trabalhador, ou para os bens materiais da
empresa.
Manobra de bombeamento
Figura 16 – Offloading
Máquinas operando
Descarga de motores
Descarga de Motores
CABE AO EMPREGADOR
Adquirir o EPI adequado ao risco de cada atividade;
Exigir seu uso;
Fornecer ao trabalhador somente o EPI aprovado pelo órgão nacional
competente em matéria de segurança e saúde no trabalho;
Orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guarda e conservação;
e
Substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado.
CABE AO EMPREGADO
Sapatos de segurança
Contra impactos, eletricidade, metais Perneiras
PROTEÇÃO DOS MEMBROS em fusão, umidade, produtos químicos, Polainas
INFERIORES objetos cortantes ou pontiagudos, Botas (com biqueiras de aço, isolantes,
agentes biológicos, etc. etc., fabricados em couro, lona, borracha,
etc.)
Máscara de Fuga
Gases do petróleo
O principal efeito dos gases de petróleo é a narcose. Os sintomas incluem dor de
cabeça e irritação nos olhos, com perda do controle e tonteira, similares à embriaguez.
Em concentrações altas, estes sintomas são seguidos por paralisia, falta de
sensibilidade e morte.
A toxicidade dos gases de petróleo pode variar muito, dependendo dos
hidrocarbonetos neles contidos. Ela pode ser grandemente influenciada pela presença
de alguns dos componentes menos importantes, tais como: hidrocarbonetos
aromáticos (por exemplo, benzeno) e sulfeto de hidrogênio.
O TLV (Threshold Limit Value) representa o valor limite tolerável de uma substância
química, o qual se acredita que um trabalhador possa ser exposto, por 8 horas/dia,
sem que ocorram efeitos adversos à sua saúde.
Um TLV de 300ppm foi estabelecido para os vapores da gasolina. Este número
pode ser usado como um guia geral para os gases de petróleo, porém não deve ser
aplicável para misturas de gases contendo benzeno ou sulfeto de hidrogênio.
Visto que o TVL é uma indicação de como uma substância é tolerável durante um
trabalho de 8 horas semanal, o corpo humano pode tolerar curtos períodos de
concentração um pouco maiores que o TLV.
Os efeitos típicos em concentrações mais altas são os seguintes:
a) 0,1% vol. (1.000ppm) Irritação dos olhos dentro de 1 hora;
O cheiro das misturas dos gases de petróleo é muito variável e em alguns casos os
gases podem enganar o olfato. A diminuição do olfato é especialmente séria se a
mistura contiver sulfeto de hidrogênio. Por essa razão, deve ser enfatizado que a
ausência de cheiro nunca deve ser indício da ausência de gás.
Morte 700
Morte 4000
Definições:
Equipamento Classe B
Aquele que não contém ou não tenha contido produtos tóxicos, asfixiantes,
corrosivos, inflamáveis ou combustíveis.
Condições Gerais
Figura 25 - Poluição
b) As águas abrangidas por uma faixa que se estende das 12 às 200 milhas
marítimas, contadas a partir das linhas de base que servem para medir o Mar
Territorial, que constituem a Zona Econômica Exclusiva (ZEE);
Para realizar sua missão, a Marinha conta com uma organização distrital, das
quais destacamos as seguintes atribuições:
a) Controlar o tráfego e permanência das embarcações nas águas sobre
jurisdição nacional;
b) Supervisionar a entrada e saída de portos atracadouros, fundeadouros e
marinas;
c) Inspeções navais e vistorias;
d) Registro e certificação de helipontos das embarcações e plataformas, com
vistas à homologação por parte do órgão competente
.
Um dos temas que preocupam, não só os juristas e estadistas, mas, por igual,
os usuários do transporte marítimo, é o apoderamento ilícito da embarcação, isto é,
toda e qualquer ação violenta praticada em alto mar por um navio privado, ou por
alguém, contra outro navio, com o intuito de auferir lucro.
i) um navio ou uma aeronave em alto mar ou pessoas ou bens a bordo dos mesmos;
ii) um navio ou uma aeronave, pessoas ou bens em lugar não submetido à jurisdição
de algum Estado;
c) toda a ação que tenha por fim incitar ou ajudar intencionalmente a cometer um dos
atos enunciados nas alíneas a) ou b).
Vale ressaltar que todos esses atos descritos na CNUDM, para que possam
configurar pirataria, deverão de ser praticados em lugar não submetido à jurisdição de
um Estado, sob pena de serem considerados outros tipos penais previstos na
legislação interna de tal Estado, delitos estes classificados pela Organização Marítima
Internacional como roubo armado contra navios, conforme dispõe a Resolução
A.922(22).
Objetivos
Salvar vidas;
Aliviar a dor;
Evitar piora posterior;
Promover a recuperação; e
Servir como elo entre o momento do acidente e a chegada de ajuda
profissional.
- Aptidões do Socorrista
O socorrista deve ter habilidade e capacidade para identificar e avaliar com
precisão o que deve ser feito, com bom senso e eficiência.
- Observações importantes
Manter a calma;
Avaliar a cena quanto à presença de situações de risco, a fim de preservar sua
segurança e de sua equipe, incluindo quem estiver nas proximidades;
Solicitar apoio;
Atentar para a segurança e biossegurança (item considerado de suma
importância na manipulação do paciente); e
Verificar o número de vítimas.
O que aconteceu?
Possibilita ao socorrista prever as possíveis lesões do acidentado
Número de vítimas?
Possibilita ao socorrista gerenciar os recursos humanos e materiais para o
atendimento.
Cena Segura?
O socorrista só poderá prestar atendimento à vítima quando tiver segurança
estabelecida para si e para sua equipe, visando não aumentar o número de vítimas.
Antes mesmo de tocar a vítima, o socorrista deve fazer uma visualização do estado
geral da mesma, buscando informações sobre o que possa ter levado o indivíduo a
tornar-se vítima, como por exemplo: queimaduras, hemorragias, ferimentos, etc.
Nível de Consciência
Para avaliar o nível de consciência, o socorrista deverá utilizar o método AVI, a saber:
A – Alerta – Vítima acordada, interagindo com o socorrista.
V – Estímulo Verbal – Vítima só responde após ser chamada.
I – Inconsciente – Vítima não responde aos estímulos verbais.
- Sistema Respiratório
O sistema respiratório é composto pelo nariz, cavidade nasal, faringe, laringe,
traqueia, brônquios, bronquíolos e alvéolos. Nos pulmões, os glóbulos vermelhos
descarregam seu dióxido de carbono no ar e dele tomam sua nova carga de oxigênio.
O processo se chama hematose.
C = Circulação
Após certificar-se que a vítima está respirando adequadamente, o socorrista
deve verificar o pulso da artéria carótida através da palpação e observar os números
de batimentos cardíacos por minuto. Se houver ausência do pulso, preparar-se para
realizar as manobras de ressuscitação cardiopulmonar.
Desfibrilação: (Desfibrilador Externo Automático - DEA)
Exposição (controle do ambiente): nessa etapa o paciente deve ser despido.
Aspectos ainda não avaliados devem ser vistos nesse momento. Aproveita-se para
rolar o paciente e verificar o dorso, sempre mantendo a imobilização da coluna
cervical. Ao realizar essa etapa devemos ter o cuidado com a hipotermia.
OBS.: O exame primário (ABCDE) não deve ser interrompido, exceto em caso de
obstrução de vias aéreas ou PCR (Parada Cardiorrespiratória).
Reanimação Cardiopulmonar
Parada cardiorrespiratória
É definida como a ausência da respiração e dos batimentos cardíacos.
Sinais e Sintomas
Os diversos sinais que caracterizam uma parada cardiorrespiratória são:
Inconsciência;
Palidez excessiva;
Primeiros Socorros
Comprovar ausência de resposta;
Avaliar o nível de consciência com o AVI;
Colocar a vítima em decúbito dorsal em uma superfície plana e rígida;
Atentar para um possível trauma na cervical; e
Iniciar a RCP.
-Tipos:
Choque Hipovolêmico – quando a quantidade sangue intravascular é deficiente,
reduzindo o enchimento do coração e o volume de ejeção. Ocorre nas hemorragias
agudas acompanhadas de traumas.
Choque Cardíaco (ou Cardiogênico) – quando ocorre o comprometimento do coração.
O infarto do miocárdio e disfunções de válvulas são exemplos de situações
causadoras deste tipo de choque;
Choque Obstrutivo - quando alguma alteração externa compromete a contratilidade
do músculo cardíaco. O tamponamento pericárdico, o pneumotórax hipertensivo e a
embolia pulmonar são exemplos de situações causadoras deste tipo de choque; e
Agentes Causadores:
Hemorragias e/ou fraturas graves;
Queimaduras graves;
Esmagamentos ou amputações;
Exposições prolongadas a frio ou calor extremos;
Acidente por choque elétrico;
Ferimentos extensos ou graves;
Infarto Agudo do Miocárdio (IAM);
Infecções graves; e
Intoxicações alimentares ou envenenamento.
3.3 - HEMORRAGIA
- Conceito
A hemorragia é uma perda de sangue devido à ruptura de vasos sanguíneos.
A hemorragia pode ser interna ou externa, implicando atitudes diferentes por parte do
socorrista.
As hemorragias internas são aquelas que se interiorizam, sou seja, o sangue
vai para uma cavidade do corpo, como a abdominal ou torácica, só podendo ser
percebida através de sinais indiretos que devem ser conhecidos:
- Sinais e Sintomas de uma hemorragia interna:
Pulso Fraco;
Pressão arterial baixa
Pele fria e pegajosa;
Suor frio e abundante;
Palidez intensa;
Sede;
Tontura;
Perda da consciência; e
Choque.
Figura 40 - Hemorragia
3.4 - QUEIMADURAS
É toda e qualquer lesão no organismo ocasionada pela ação do calor em todas
as suas modalidades. Deve ser lembrado que os tecidos do corpo começam a ser
danificados quando expostos a uma temperatura de 45ºC. Se a temperatura atingir
50º C, a lesão será permanente.
Diversos agentes podem provocar queimaduras:
Queimaduras Químicas – provocadas por substâncias com ação cáustica, como
ácidos e álcalis. Elas podem acarretar em morte nos tecidos atingidos, que pode
ocorrer lentamente por várias horas;
Queimaduras Elétricas – produzidas por corrente elétrica. Ocorre no ponto de contato
da pele com o condutor, uma vez que é aí que se situa a maior parte da resistência à
corrente elétrica. Geralmente envolvem a pele e os tecidos adjacentes ao ponto de
contato, e podem atingir qualquer tamanho e profundidade. Podem provocar uma
parada cardiorrespiratória; e
2º Grau: envolve a epiderme e a derme. Bolhas sobre a pele vermelha, dor mais
intensa.
– Choque Elétrico
É a perturbação que ocorre no organismo quando este é percorrido por uma corrente
elétrica.
– Fratura do Crânio
As lesões cranianas são potencialmente perigosas, acompanhadas ou não de
inconsciência imediata. Para a recuperação e retorno satisfatório das funções
normais, o tratamento apropriado é a etapa inicial básica, sobretudo se o paciente
estiver inconsciente.
Sinais possíveis de fratura craniana, observados durante 48 horas após a ocorrência
do acidente:
Perda da consciência, sonolência ou desorientação;
Uma depressão no couro cabeludo;
Drenagem de sangue ou líquido claro pelo nariz, ouvido ou mesmo boca;
Primeiros Socorros:
Mantenha a pessoa deitada. Use uma das seguintes posições:
Se a pessoa tiver suspeita de lesão na coluna, mantenha a cabeça no mesmo
nível do corpo;
Se a pessoa não tiver suspeita de lesão na coluna, eleve sua cabeça e seus
ombros um pouco, colocando por baixo um travesseiro. Colocá-la na posição
lateral de segurança;
Se houver corte no couro cabeludo, controle o sangramento até chegar
assistência qualificada.
Faça compressão sobre o ferimento com gaze ou pedaço de pano; e
Se houver suspeita de lesão nas costas ou pescoço, imobilize-os, mantenha a
pessoa aquecida e transporte a vítima.
Primeiros Socorros:
O socorrista deve sempre que possível identificar-se;
Quando houver suspeita de TRM, a vítima deve ser corretamente imobilizada e
transportada.
É uma lesão traumática aguda, sem corte, decorrente de trauma direto aos tecidos
moles e que provoca dor e edema.
- Primeiros Socorros:
a) Aplicar gelo no local;
b) Evitar movimentos da articulação;
c) Imobilizar a articulação; e
d) Encaminhar para a assistência qualificada.
– Luxação
É a perda de contato entre duas extremidades ósseas. Pode ser causada por
acidentes ou movimentos articulares muito violentos. As mais comuns ocorrem nas
articulações do ombro, cotovelo, dedos das mãos, mandíbula e quadris.
- Curativo
Consiste na limpeza e aplicação de uma cobertura estéril em uma ferida, quando
necessário, com finalidade de promover a rápida cicatrização e prevenir contaminação
e infecção.
Como Proceder:
a) Lave as mãos antes de manipular a ferida e começar o curativo;
b) Use luvas;
c) Limpe o local do ferimento com soro fisiológico ou água corrente;
d) Seque a área em volta do machucado. Cuidado para não esfregar;
Passe pomada no local. Muita atenção neste momento, pois é necessário saber
qual o medicamento específico a ser colocado, a depender do tipo de ferimento. Na
dúvida, consulte um médico;
Fixe o esparadrapo no local de acordo com o tamanho da ferida. Em certos
locais, o esparadrapo não deve ser utilizado, como nas articulações, por exemplo.
Nestes casos, utilize ataduras ou gaze. Estas devem ser colocadas de maneira que
não afrouxem ou comprimam muito o machucado; e
Troque seu curativo a cada 12 horas ou sempre que estiver encharcado. Assim,
ele ficará sempre limpo e permitirá que o ferimento respire melhor.
Figura 49 - Curativo
Figura 50 - Curativo
Figura 51 - Curativo
Ferimentos na Cabeça
Exceto os de menor gravidade, os ferimentos na cabeça requerem sempre pronta
atenção de um profissional de saúde.
Faça o seguinte:
Em caso de inconsciência ou de inquietação, deite a vítima de costas e afrouxe
suas roupas, principalmente em volta do pescoço. Agasalhe a vítima.
Havendo hemorragia em ferimento no couro cabeludo, coloque uma compressa
ou um pano limpo sobre o ferimento. Pressione levemente. Prenda com ataduras ou
esparadrapo.
Se o sangramento for no nariz, na boca ou nos ouvidos, vire a cabeça da vítima
para o lado que está sangrando.
Macas: existem vários modelos de macas. Deverá ser usado em conjunto com o
imobilizador lateral de cabeça, colar cervical e tirantes de fixação.
Figura 54 – Maca
a) Rolamento de 90°
Indicado para vítimas que estão em decúbito dorsal (barriga para cima).
Um dos socorristas estabiliza a cabeça do paciente por trás.
Rola-se a vítima em bloco ao comando do socorrista que está na cabeça, até a
posição de decúbito lateral.
Após novo comando do socorrista que está na cabeça, a vítima é devolvida em bloco
ao decúbito dorsal sobre a prancha.
Aplicar e fixar a cabeça da vítima ao imobilizador lateral e seus tirantes.
Fixar o tronco e extremidades com cintos.
b) Rolamento 180°
Indicado para vítimas encontradas em decúbito ventral (barriga para baixo).
- Procedimentos de Condução
Após realizar o rolamento de 90 ou 180 graus para colocação da vítima na maca,
deve-se:
Cada um dos carregadores fica junto a um dos quatro pegadores da maca;
Cada carregador se agacha e segura o pegador com firmeza. Quando for dada
a ordem todos se erguem ao mesmo tempo, mantendo a maca nivelada.
A uma segunda ordem, os carregadores saem com o pé que está mais perto
da maca dando passos curtos.
Para pousar a vítima, os carregadores param, obedecendo a um comando. A
outro comando, eles se agacham e abaixam a maca até que ela pouse
suavemente no chão.
Vítima Inconsciente
Como levantar a vítima do chão sem auxílio de outra pessoa:
Figura 59 - Posição 4
Figura 63 - Posição 8
Solicite ajuda de pelo menos cinco pessoas para transferir o acidentado do local
encontrado até a maca.
Movimente o acidentado COMO UM BLOCO, isto é, deslocando todo o corpo ao
mesmo tempo, evitando mexer separadamente a cabeça, o pescoço, o tronco, os
braços e as pernas.
Tetraedro do Fogo
Embora o triângulo do fogo (oxigênio, combustível e energia de ativação) tenha
sido utilizado para ensinar os componentes do fogo, ainda que este exemplo seja
simples e útil para uso nas instruções, tecnicamente não está totalmente correto. Para
que se produza uma combustão, necessita-se de quatro elementos. Portanto, para
efeito didático se adota o Tetraedro do Fogo para explicar o fenômeno da combustão,
atribuindo-se a cada uma das faces, um dos elementos essenciais do fogo, a saber:
o oxigênio (agente oxidante) o combustível, o calor e a reação em cadeia.
Podemos afirmar que a ignição requer três elementos, o combustível, o oxigênio e a
energia (calor). Da ignição à combustão autossustentável um quarto elemento é
requerido: a reação em cadeia.
- Elementos da Combustão
Como vimos, atualmente são considerados quatro elementos da combustão:
combustível, comburente, calor e reação em cadeia.
a) Combustível
É tudo que queima na natureza. Teoricamente nenhum material é
incombustível, mas para efeitos práticos, dividimos os corpos em combustíveis e
incombustíveis. Onde temos como combustíveis aqueles que entram em combustão
abaixo de 1000º C, e incombustíveis os que queimam acima dessa temperatura.
Entre as diversas classificações que atribuímos aos combustíveis, interessam
ao nosso estudo as seguintes:
I. Quanto ao estado físico:
- 78,06% de nitrogênio;
- 21% de oxigênio;
- 0,03% de gás carbônico; e
- 0,91% de gases raros e nobres.
PORCENTAGEM
CARACTERÍSTICA DA COMBUSTÃO
DE OXIGÊNIO (%)
b) Ponto de Combustão
É a temperatura do combustível na qual ele desprende vapores suficientes para
serem inflamados por uma fonte externa de calor, e em quantidade suficiente para
manter a combustão.
– Fases de um Incêndio
O processo de queima em um incêndio ocorre em quatro diferentes estágios ou
fases claramente definidas, a saber: Fase Inicial, Fase de Desenvolvimento,
Incêndio Desenvolvido e Fase de Queda de Intensidade.
Reconhecendo as diferentes fases, podemos compreender melhor todo o
desenvolvimento e combater o incêndio em diferentes níveis, com as táticas e
ferramentas mais adequadas a cada etapa.
I. Fase Inicial
Inicia-se após a ignição de algum material combustível. É a fase em que o
combustível e o oxigênio presentes no ambiente são abundantes. A temperatura
permanece relativamente baixa em um espaço de tempo maior e abrange a eclosão
do incêndio, o qual fica restrito ao foco inicial. O desenvolvimento do incêndio está
limitado ao foco do incêndio e as suas proximidades.
Uma combustão lenta (incandescência), uma vez iniciada, pode continuar com baixa
concentração de oxigênio mesmo quando o ambiente está com temperaturas
relativamente baixas. Essa condição mostra que a madeira e outros materiais podem
continuar sendo consumidos, mesmo quando o ambiente está com uma concentração
baixa de oxigênio.
Tabela 16
Características das fases de um incêndio
Fases do Incêndio
Inicial Crescente Desenvolvida Final
Chamas restritas chamas se generalização do diminuição ou
ao foco inicial; propagando incêndio, com ignição extinção das chamas;
para os de todos os materiais
presentes no ambiente;
materiais
Combustível combustível não
próximos; disponível;
"ilimitado";
combustível limitado;
ascensão da
massa gasosa por risco de ignição da
ação da convecção. fumaça se injetando
ar no ambiente.
Condução
É a transferência de calor de um corpo para o outro de forma contígua. Essa
transferência é feita molécula à molécula sem que haja transporte de matéria
(fumaça, brasas e resíduos incandescentes).
Irradiação/Radiação
É a forma de transmissão de calor por meio de ondas caloríficas que atravessam o
ar, irradiadas do corpo em chamas.
O calor se processa sem a necessidade de continuidade molecular, entre a fonte
calorífica e o corpo que a recebe.
Lateral
By convection
and irradiation
– Inspeção Preliminar
Por ocasião do início de trabalhos a quente deve ser realizada inspeção de modo a
assegurar que:
a) o local de trabalho e as áreas adjacentes estejam limpos, secos e isentos de
agentes combustíveis, inflamáveis, tóxicos e contaminantes;
b) a área somente seja liberada após constatação da ausência de atividades
incompatíveis com o trabalho a quente;
c) o trabalho a quente seja executado por trabalhador qualificado.
– Sinalização / Isolamento
Tem por objetivo garantir a distância e o isolamento adequado na execução de
serviços (Ex.: movimentação de cargas, abertura de piso, trabalho com radiação etc.),
impedindo a permanência de pessoas não autorizadas no local.
Classe “A”
São os que se verificam em materiais fibrosos ou sólidos, que formam brasas e
deixam resíduos, queimam na superfície e em profundidade. São os incêndios
envolvendo madeira, papel, tecidos, borrachas, plásticos, etc.
Classe “B”
São os que se verificam em combustíveis
líquidos, graxas e gases inflamáveis.
Queimam apenas na superfície e não deixam
resíduos. Por exemplo: Líquidos inflamáveis
(gasolina, álcool, querosene, óleo diesel, tintas),
Gases inflamáveis (acetileno, gás liquefeito de
petróleo – GLP) e os coloides (combustíveis
pastosos, como as graxas, etc.)
Classe “D”
São os que se verificam em metais inflamáveis como sódio, titânio, potássio e
magnésio.
Abafamento
Esse método consiste em reduzir a quantidade de oxigênio para abaixo do
limite de 13% na atmosfera que envolve o fogo.
Observação: Abaixo de 13% só haverá a formação as brasas, e abaixo de 8%,
nem brasas serão formadas.
Isolamento
É o método mais simples quanto a sua realização, pois, na maioria das vezes,
é executado com o emprego apenas da força física, não exigindo aparelhagem
especial.
Sua eficiência está mais para o controle de um incêndio do que sua extinção
propriamente dita. Às vezes, com o simples fechamento de uma válvula, ou a limpeza
de uma área, conseguimos debelar um incêndio.
Espuma
A espuma é um agente indicado para extinção de incêndio classe “B”, em especial os
de grande vulto. Nas unidades offshore utiliza-se apenas a Espuma Mecânica como
agente extintor.
Composto Halogenados
Os compostos halogenados são utilizados atualmente apenas em Sistemas
Fixos. O protocolo de Montreal (16/09/87) identificou o Halon como uma das
numerosas combinações que requerem limitações de uso e produção, devido a sua
implicação na destruição da camada de ozônio. Uma emenda no Protocolo original
(01/01/94) resultou no término de sua produção, sendo adquirido atualmente em
bancos de coleta e usado em meios militares dos países signatários do Protocolo.
Quando liberado, o Halon forma uma nuvem de gás, com aspecto incolor, inodoro e
com densidade cinco vezes maior que a do ar. Ele extingue o fogo através do método
da quebra da reação em cadeia.
Figura 3.26 -
Extintor de Água
.
Figura 3.29 – Extintor de Pó Seco Especial
Extintor de Halon
São particularmente empregados em incêndios de equipamentos eletrônicos,
por não deixarem resíduos.
- Mangueiras e Reduções
Atualmente encontramos a bordo dos
navios e plataformas mangueiras de
incêndios nos diâmetros de 1 ½”, 2 ½”.
Cada seção mede cerca de 15,25 m (50
pés) de comprimento. Suas extremidades
são adaptadas com conexões tipo engate-
rápido, também conhecidas como
conexões storz.
- Aduchamento de Mangueiras
Visando o seu pronto emprego, as mangueiras são acondicionadas,
devidamente enroladas, em “caixas de Incêndio” localizadas próximas das tomadas
de incêndio. O procedimento de enrolarmos as mangueiras para facilitar o seu uso
chama-se ADUCHAR. As mangueiras podem ser aduchadas das seguintes formas:
Figura 3.42– Divisor com 2 saídas Figura 3.43 – Derivante com 3 saídas
– Esguichos
É o termo aplicado ao componente montado na saída da mangueira. Os
esguichos apresentam diversos detalhes que, dependendo do fabricante, se
diferenciam uns dos outros. As principais diferenças dizem respeito à existência ou
não de punho. Todos têm o mesmo princípio: O difusor apresenta um movimento
de aproximação e afastamento do corpo do esguicho, acionado pela rotação de
uma luva roscada na extremidade da saída.
DIFUSOR DIFUSOR
– Sistema de Borrifo
Destina-se genericamente a proteger área contra o fogo e, quando operando
automaticamente, possui a vantagem de atuar logo no início do incêndio, impedindo
assim que o fogo alcance maiores proporções, utilizando o método de extinção por
resfriamento.
O Sistema de Borrifo mais utilizado a bordo é o que utiliza os chuveiros
automáticos, conhecidos como “Sprinklers”. A rede de borrifo, nesse caso, é mantida
- Incêndio
Um incêndio a bordo é bem mais grave do que em uma instalação de terra. O
pessoal embarcado deve ser preparado para o combate sem apoio de órgãos
especializados externos.
O pouso e decolagem de
aeronaves em plataformas é
uma operação que requer
atenção máxima de todo
pessoal envolvido.
- Colete Salva-Vidas
Equipamento de uso individual, utilizado para permitir a
flutuabilidade dentro d’água, mantendo a cabeça do
utilizador emersa, mesmo estando inconsciente após o
abandono. Segundo a Convenção SOLAS (estabelece
padrões internacionais para os equipamentos salva-vidas
requeridos pelo Capítulo III desta Convenção), toda pessoa
a bordo de uma embarcação deve possuir um colete salva-
vidas individual.
Óculos com lentes de policarbonato ou cristal: incolor, fumê, colorido, com ou sem
proteção lateral.
- Balaclava
É voltado para trabalhos que necessitam de proteção do crânio e pescoço
contra: riscos de origem térmica, respingos de produtos químicos, agentes abrasivos
e escoriantes.
Telefones;
Sistemas de múltiplas comunicações (MC);
Sistemas integrados de comunicação;
Telefones automáticos;
Sistemas de comunicação sem fio; e
Mensageiros
a) Operações de Offloading
É o nome dado a uma plataforma de apoio e/ou o navio que, colocado ao lado
da Unidade Marítima Offshore, normalmente uma Jaqueta (plataforma fixa), a ela se
interliga através de uma “Gangway” (passarela), com o propósito de prover serviços
para reparos, mudanças estruturais, deck, alojamento, cozinha, etc.
c) Operações de Mergulho
Backloading
São consideradas, ainda, Operações Combinadas, as atividades de
aproximação de embarcações de apoio marítimo para o recebimento e fornecimento
de granéis líquidos e sólidos como: óleo diesel, barinita, betonita e fluído de
– Tipos de Plataformas
Existem basicamente dois tipos de Unidades de Perfuração Marítima:
Com BOP (Blow-Out) na superfície ou completação seca:
Plataformas fixas;
Plataformas auto-elevatórias;
Plataformas de pernas atirantadas (TLP) e
Plataformas Spar-buoy
Com BOP (Blow-Out) no fundo do solo marinho ou completação molhada:
Plataformas semi-submersíveis;
Navios-sondas; e
FPSO – (Floating, Production, Storage and Offloading)
– Plataformas Fixas
As plataformas fixas são projetadas para receber todos os equipamentos de
perfuração, estocagem de materiais, alojamento de pessoal e todas as instalações
necessárias para a produção dos poços.
– Plataformas Semissubmersíveis
São compostas de uma estrutura de um ou mais conveses, apoiada em
flutuadores submersos. Dois tipos de sistemas são responsáveis pelo posicionamento
da unidade flutuante: o sistema de ancoragem (constituído de 8 a 12 âncoras e cabos
e/ou correntes) e o sistema de posicionamento dinâmico (apresenta grande
mobilidade, não existindo ligação física da plataforma com o fundo do mar).
Principais Sistemas
As plataformas são instalações que podem ser utilizadas para a perfuração e
produção, ou para o apoio, dispondo dos seguintes sistemas:
– Sistema de Lastro
Composto por equipamentos e redes necessárias para executar os serviços de
abastecimento de água, esgoto, ar condicionado, ar comprimido e outros, além dos
componentes necessários para o controle e distribuição de peso a bordo.
– Sistema de Tancagem
Composto pelos tanques de carga para armazenamento de resíduos oleosos
(slop tanks), bombas e redes de carga e descarga. Permite o recebimento,
processamento e transferência da produção de óleo e gás.
– Sistema de Salvatagem
Composto pelos equipamentos e áreas de escape, evacuação e salvamento,
incluindo áreas de refúgio temporário, embarcações de sobrevivência e de salvamento
(baleeiras, balsas salva-vidas e bote de resgate)
– Sistema de Comunicação
Composto pelos equipamentos utilizados para comunicação com navios em
aproximação, com helicópteros, bem como internamente em situações normais e de
emergência.
- Hierarquia de bordo
Gerente da Plataforma - responsável por todas as atividades e pelo pessoal a bordo.
Recebe informações de tudo o que ocorre no dia-a-dia e é quem emite as ordens para
que a operação da plataforma seja cumprida com segurança.
GEPLAT/MASTER
OIM
COPROD/
COMAN/MS COFAC
BCO TOOL PUSHER
– Evacuação
Quando NÃO há perigo imediato de afundamento ou emborcamento, porém
é grande a probabilidade de perda do controle da emergência. O Gerente da
Plataforma/OIM, caso julgue necessário, pode determinar a evacuação da Unidade.
Nesses casos, o Gerente da Plataforma/OIM, exercendo o papel de
Coordenador Local da Emergência, determinará o acionamento do alarme
contínuo (Preparar para abandono) para que todos tomem conhecimento da
necessidade de evacuar a Unidade.
– Abandono
Quando há a perda do controle da emergência com perigo imediato de
afundamento ou emborcamento. O Gerente da Plataforma/OIM divulga a ordem de
"ABANDONO” para comunicar verbalmente pelo intercom, ou pelos meios de
comunicação disponíveis, a sua decisão.
Todos passam a ordem adiante e executam os procedimentos de abandono
previstos. São utilizados os recursos próprios, preferencialmente as baleeiras e
secundariamente as balsas salva-vidas.
Como medida de segurança, todas as balsas salva-vidas infláveis são estivadas com
dispositivos hidrostáticos.
Para utilização de modo adequado, elas devem estar presas corretamente. As
amarrações podem ser diferentes, porém uma regra geral é comum a todas: devem
ficar em conveses abertos.
Uma boia salva-vidas em cada bordo é provida com cabo flutuante (retinida) de
comprimento igual ao dobro da altura na qual ficará estivada, acima da linha de
flutuação na condição de navio leve, ou 30 m, o que for maior; e
Metade do número das boias em cada bordo deve estar munida com dispositivo de
iluminação automático.
- Embarcação de Sobrevivência
- Baleeira
As plataformas e navios-sonda possuem embarcações salva-vidas rígidas,
conhecidas como Baleeiras, que podem ser arriadas por meio de um dispositivo de
lançamento chamado turco, ou lançadas por meio de uma rampa projetada em direção
ao mar – Baleeiras do tipo “free-fall”.
– Características das Baleeiras
As baleeiras podem ser dos tipos: Totalmente Fechadas (TEMPSC), Parcialmente
Fechadas e Abertas.
CBSP – CURSO BÁSICO DE SEGURANÇA DE PLATAFORMAS
SHELTER CURSOS EM PROTEÇÃO E SEGURANÇA MARÍTIMA LTDA ME
183
Devem atender aos seguintes requisitos:
a) Uma baleeira deve ser lançada na água com segurança, mesmo quando
carregada com sua lotação completa e toda a sua dotação de equipamentos;
b) Ser lançada e rebocada, quando o navio estiver com seguimento, com
velocidade de até 5 nós em águas tranquilas;
c) Possuir autonomia de 24 horas a uma velocidade de 6 nós quando totalmente
carregada;
d) Atingir a velocidade de 6 nós em águas tranquilas, carregada com sua lotação
e dotação de equipamentos, e com equipamentos auxiliares, acionadas pelo
motor de bordo; e
e) Atingir a velocidade de 2 nós quando rebocando uma balsa salva-vidas para 25
pessoas, carregada com sua lotação completa e toda a sua dotação de
equipamentos.
Palamenta da Baleeira
- PROCEDIMENTOS DE ABANDONO/EVACUAÇÃO
O pessoal que não compõe as equipes de emergência, e não faz parte da
Estrutura Organizacional de Resposta (EOR), deverá se dirigir aos seus Pontos de
Reunião, ou outro local designado pelo Coordenador Geral da Estrutura, e seguir os
procedimentos abaixo:
I. Antes de saltar, retirar o colete ou esvaziar, caso ele seja inflável. Se possuir
inflamento automático, desconecte o percussor da ampola.
II. Identificar a área onde as chamas estejam menos intensas (barlavento).
III. Adotar a posição do salto de abandono.
IV. Antes de voltar à tona para respirar, tenha em mente que a manobra indicada
irá requerer tempo e habilidade para realizá-la. Guardar um pouco de ar para
isso.
V. Olhar para a superfície. Se existirem chamas, será visível.
Água doce.
A respeito dos aspectos subjetivos que irão atuar no náufrago, afetando a sua
sobrevivência, podemos mencionar os seguintes:
Aspectos Sociais
A higiene será de suma importância para o sucesso da sobrevivência. Assim como na
parte sanitária propriamente dita, os aspectos social e moral do grupo serão
influenciados diretamente pelo estado sanitário.
Aspectos Psicológicos
A sensação de medo é normal em homens que se encontram em situações de
perigo. A fadiga e o esgotamento mental, resultantes de grandes privações, muitas
vezes conduzem a distúrbios mentais. Nervosismo, atividade excessiva, estado de
choque, violência e estafa são esperados após dois ou três dias de sobrevivência.
O melhor meio de evitá-los é ter a mente limpa, pensamentos positivos e manter
as esperanças.
- Hipotermia
Os fatores que exercem forte influência na perda de calor do corpo humano são:
a) A área da superfície corpórea envolvida no processo da transferência de calor;
b) A diferença de temperatura entre o meio-ambiente e o corpo humano; e
c) O movimento relativo das moléculas do fluido (ar ou água) onde o corpo está
imerso.
– Água
A água representa de 40 a 60% da massa corporal de um indivíduo e é um nutriente
extraordinário. Sem água a morte ocorre em poucos dias.
Apesar de não resolverem o problema da sede, a quantidade disponível nas rações é
suficiente para manter a vida (OBS: existem rações sólidas e líquidas e fazem parte
dos meios de sobrevivência).
Os náufragos deverão reduzir a perda de água do organismo e, como objetivo
secundário, coletar água do ambiente, aumentando suas chances de serem
resgatados com vida.
- Alimentação
Pesca
As embarcações de sobrevivência são dotadas de kit para pesca composto de
linha, anzol, isca artificial e chumbada.
O manuseio do kit deve ser feito com cuidado para evitar ferimentos e danos
aos flutuadores, em se tratando de embarcações infláveis.
A improvisação pode suprir meios para a pesca. É possível transformar em
anzóis, objetos como: clipes de lapiseira, pregos dos sapatos, espinhas de peixes e
ossos de pássaros.
Administração
Significa o país cuja bandeira o navio está arvorando (SOLAS).
Autoridade Marítima
Representante do Governo Contratante nos assuntos relacionados ao Tráfego
Marítimo do país.
Autoridade Portuária
Autoridade responsável pela administração do porto organizado, competindo-lhe
fiscalizar as operações portuárias e zelar para que os serviços se realizem com
regularidade, eficiência, segurança e respeito ao meio ambiente (Lei nº.
12.815/2013).
Ataque à Unidade Offshore
Ato de investir contra a unidade, empregando explosivos de superfície ou
submarino, ou armas de lançamento à distância, com o intuito de causar grave
avaria, normalmente na área externa, sem, contudo, ocupar a embarcação.
Área do Porto Organizado
Área compreendida pelas instalações portuárias, quais sejam: ancoradouros,
docas, cais, pontes e píeres de atracação e acostagem, terrenos, armazéns,
edificações e vias de circulação interna, bem como pela infraestrutura de proteção
e acesso aquaviário ao porto, tais como: guias-correntes, quebra-mares, eclusas,
Código-ISPS
Toda unidade offshore deve ter a bordo um plano de proteção aprovado pela
Administração e deverá dispor das medidas para os três níveis de proteção. O Plano
deverá incluir:
Medidas para prevenir que armas, substâncias perigosas e dispositivos
destinados ao uso contra pessoas, embarcações ou portos, e cujo transporte
não seja autorizado, sejam introduzidos a bordo da Unidade Offshore.
Identificação de áreas restritas e medidas para prevenir o acesso não
autorizado.
Medidas para prevenir o acesso não autorizado à Unidade Offshore;
Procedimentos para responder à ameaças de proteção e à violações de
medidas de proteção, incluindo disposições reativas à manutenção de
operações críticas da unidade offshore ou da interface
unidade/embarcação/porto;
Procedimentos para atender às instruções de proteção que os contratantes
possam dar no nível 3 de proteção;
Procedimentos para evacuação no caso de ameaças de proteção ou de
violações de proteção;
Deveres do pessoal de bordo com responsabilidade de proteção e deveres de
qualquer outros, reativos a aspectos de proteção;
Procedimentos para auditorar as atividades de proteção;
Procedimentos para formação/treinamentos, simulações e exercícios
relacionados ao plano;
Procedimentos para interface com a atividade de proteção das instalações
portuárias;
Procedimentos para revisão periódica e atualização do plano;
Procedimentos para reportar incidentes de proteção;
Identificação do Oficial de Proteção da Unidade;
Identificação do funcionário de proteção da companhia, incluindo informação
para contato 24 horas.
Procedimentos para assegurar a inspeção, teste, calibração e manutenção de
qualquer equipamento de proteção instalado a bordo;
Frequência da execução de teste ou calibração de qualquer equipamento de
proteção instalado a bordo;
Identificação dos locais onde se encontram os pontos de ativação do Sistema
de Alarme de Proteção da Unidade Offshore; e
Procedimentos, instruções e diretrizes sobre a utilização do Sistema de Alarme
da Unidade Offshore, incluindo teste, ativação, desativação e reativação do
alarme, bem como redução de alarmes falsos.
O plano poderá ser mantido em formato eletrônico. Neste caso, deverá ser
protegido através de procedimentos destinados a prevenir a sua
– Planos de Contingência
Embora a gestão da proteção a bordo de unidades marítimas envolva
deterrência (medidas adotadas por uma instituição para impedir a ação hostil de uma
outra) e prevenção, deve haver disposições para ocasiões em que esses objetivos
não tenham sido plenamente alcançados.
A parte essencial da preparação para a resposta a tais eventos é o planejamento
para as contingências. Sua necessidade é identificada a partir do resultado da
avaliação de ameaças à proteção. Em seu planejamento devem ser incluídas
disposições para a manutenção das operações críticas da Unidade Offshore e das
interfaces envolvidas.
Figura 31 - Pirataria.
– Ladrões
Sua motivação é o lucro financeiro. Nesse sentido, tenderão a evitar confrontos
e a priorizar a sua segurança pessoal.
– Mentalmente perturbados
Podem ser neuróticos, psicóticos ou psicopatas. Sofrem de depressão, conflitos
e delírios e com pessoas que possuam tais problemas nem sempre é possível
conduzir uma negociação de forma segura. Cabe ressaltar que, apesar das empresas
possuírem um rigoroso controle médico da saúde dos seus funcionários e contratados,
nem sempre essas doenças são facilmente detectadas.
– Comportamentos suspeitos
a) Pessoas desconhecidas:
Tirando fotografias da embarcação, instalações portuárias ou
infraestrutura;
Tentando entrar nas instalações portuárias, navios ou em áreas
relacionadas com a infraestrutura;
Permanecendo nas proximidades da embarcação e instalações
portuárias e de infraestrutura por longos períodos; e
Tentando obter informações sobre a embarcação, instalações,
infraestrutura de transporte, junto a funcionários, tripulantes e familiares;
Revista física individual – deverá ser feita em dupla, por pessoas do mesmo
sexo da pessoa revistada, de forma isenta, ou seja, SEM PRECONCEITO;