Fundamentos Da História
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FUNDAMENTOS DA HISTÓRIA
CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
SUMÁRIO
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CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
1 FUNDAMENTOS DA HISTÓRIA
Fonte:www.google.com
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A Geografia nos últimos tempos tem por objetivo analisar e estudar as relações
entre o homem e a natureza. Faz com que os alunos busquem muito mais além da
sala de aula, a Geografia propõe assuntos críticos que enriquecem a vida escolar dos
nossos educandos.
Conforme as autoras, Gisele Thiel Della Cruz e Daniela dos Santos Souza, há
muito tempo, os historiadores rumaram para uma nova concepção acerca da História
e da construção da Ciência Histórica. Essa nova abordagem apontava não mais a
velha exposição dos fatos e seus encadeamentos, que fez parte do ofício do
historiador no século XIX e parte do século XX, período esse denominado,
sinteticamente, de positivismo. Essa nova proposta voltou-se para novos discursos e
para um processo mais reflexivo e conjuntural de construção da História.
Até meados da década de 1980, no Brasil o ensino da História estava voltado
ao civismo e o poder do Estado. Tanto o professor como o aluno tinham que dominar
o conceito de tempo histórico. Deveriam entender o tempo cronológico, datas,
calendário e a sequência entre passado, presente e futuro.
Com o tempo, o estudo da História passou a estudar a sociedade de forma
mais ampla, o professor trazendo para a sala de aula imagens, informações,
descrições, músicas, textos, entre outros, faz com que o aluno consiga compreender
melhor o que se passa ao seu redor. O educando vai compreender de maneira mais
prazerosa o que se passou, o que se passa e o que pode se passar no tempo através
da História.
Segundo as autoras, Gisele Thiel Della Cruz e Daniela dos Santos Souza, por
muito tempo, o ensino tradicional da História se preocupou apenas com um grande
número de informações pautadas em datas e nomes. Longe das necessidades e
realidades da sala de aula e da comunidade, a disciplina se tornava árida e vinculada
à ideia de coisas antigas, “ amarelas” e desgastadas. Hoje, há outras discussões
pertinentes à significação da História. Uma nova visão pedagógica sobre a construção
do conhecimento, e mesmo uma nova dinâmica e perspectiva dos historiadores,
trouxe, à História um novo gás e um novo colorido. Para usar uma expressão mais
correta, um novo colorido que colocou fim ao amarelo pálido dos antigos livros.
A melhor forma de fazer com que o educando tome gosto pela História, é fazer
a diversidade das atividades através da criatividade. O professor pode usar os mais
variados recursos como fonte de trabalho, exemplo: jornais, revistas, filmes, internet,
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músicas, fotos, entre outros. Através dessas fontes de pesquisas, os alunos vão se
socializar com a história da sociedade brasileira. Vão notar que nossa sociedade
carrega uma marca autoritária, existiu escravidão dos negros, foi e continua sendo
uma sociedade injusta e desigual. Mas também vão perceber que o Brasil teve várias
conquistas, direito ao voto para todos, democracia em geral, lutas pela melhoria de
vida da população, etc. É nesse espaço que entra a escola, pois é através da mesma
que podemos transformar a visão e os pensamentos dos nossos alunos em relação a
sociedade em geral.
A História talvez seja uma das disciplinas que mais suporte pode dar para que
os alunos reconheçam a caminhada feita pelo povo brasileiro ruma à democracia. “A
visão de que a constituição da sociedade é um processo histórico permanente permite
compreender que esses limites são potencialmente transformáveis pela ação social”
(PCN, v.8, p.25). E que, portanto, o que temos aí é resultado da conquista e aquilo e
aquilo que ainda não foi possível passa também pela luta e pela utopia. (CRUZ,
SOUZA, 2009, p. 76).
Conforme as autoras, Gisele Thiel Della Cruz e Daniela dos Santos Souza, a
grande importância do conhecimento histórico em sala de aula relaciona-se também
com o quanto a História capacita os alunos para desenvolver uma consciência mais
crítica e, ao mesmo tempo, humana. É saber que por meio do ensino da História é
possível que os alunos possam estabelecer relações entre identidades individuais,
sociais e coletivas, relacionando o particular e o geral, dentro de uma perspectiva
temporal. Reconhecer a sua localidade e outras em diferentes tempos históricos. É
saber-se parte dessas transformações. É conhecer-se pelos elementos que são
comuns e tão diferentes em relação ao outro. É criar o senso de cidadania,
solidariedade e de respeito ao diferente. É reconhecer e ter admiração pelas
conquistas humanas.
O ensino da História é muito importante, pois vai fazer com que o aluno se torne
mais crítico perante a sociedade. As pessoas vão se dar conta que é através da
História bem trabalhada, que podemos mudar a realidade de um ambiente, pois as
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pessoas vão saber e vão ter coragem de lutar pelos seus objetivos. Pois sabemos que
nossa História é marcada por grandes acontecimentos e revoluções.1
História é um componente curricular obrigatório no ensino fundamental, porém,
nem sempre desenvolvido de modo adequado, considerando sua importância para a
formação dos indivíduos e de modo que possibilitem a construção de conhecimentos
significativos. Em sua trajetória histórica, esta disciplina foi negligenciada em alguns
momentos como no período militar, quando as disciplinas História e Geografia foram
substituídas por Estudos Sociais, esvaziando seus conteúdos e objetivos, e ainda hoje
são desconsideradas ou desenvolvidas de maneira inadequada por muitos
professores, principalmente nas séries iniciais do ensino fundamental.
Essa área do conhecimento tem muito a contribuir para a formação dos
indivíduos, pois ela nos permite compreender as transformações socioeconômicas,
políticas e culturais que estamos vivenciando, desenvolver valores e construir
identidades.
Vivemos em uma época de individualismo, consumismo, intolerância e conflitos
diversos e os conhecimentos da História nos instigam ao questionamento e à reflexão
sobre a realidade, reavaliando ações e projetando o futuro, e principalmente, nos
propiciam o conhecimento de si e do outro, o que contribui para a construção de
identidades, o respeito e a convivência mais solidária entre as pessoas.
Aprender a ser sujeito da história e adquirir consciência de si e do mundo são
princípios que devem nortear a educação como um todo, mas que têm no estudo da
História seus principais mecanismos. E é preciso que esses princípios orientem a
educação em todos os níveis de ensino, ou seja, da educação infantil ao ensino
superior, e em especial nos cursos de formação de professores, pois os
conhecimentos históricos e geográficos fundamentam sua identidade pessoal e
profissional, que para muitos teóricos são indissociáveis, possibilitam a compreensão
da realidade e contribuem para o desenvolvimento de valores e atitudes como o
respeito às diferenças, que é um requisito indispensável ao fazer docente.
O futuro professor precisa dominar os principais conceitos de História,
compreender os fundamentos teórico-metodológicos de seu ensino e desenvolver
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Extraído do link: centraldeinteligenciaacademica.blogspot.com
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Fontepedagogiaaopedaletra.com
Nesse último exemplo o Estado oferta a educação para o povo, pois financia
os custos com mão de obra, as despesas materiais, como manutenção das
instalações, e controla os conteúdos, os recursos pedagógicos, e os discursos que
deverão ser apresentados para os educandos. Essa escola é entendida pelo senso
comum como educação pública por ser mantida pelo Estado, no entanto, segundo
Sanfelice, (2005) deve ser caracterizada apenas como “escola estatal”, pois é mantida
pelo Estado, e reflete seus interesses, e não os interesses do público, ou seja, das
camadas excluídas da sociedade.
Esta passagem é esclarecedora sobre o que realmente seria a escola pública
e o processo de ensino. Assim compreendemos a escola pública como aquela que
corresponde aos anseios dos setores excluídos da sociedade. Essa escola emana
dos movimentos sociais em resposta às demandas populares.
No Brasil, assim como na América Latina, a educação foi marcada pela
dualidade, de um lado uma formação profissionalizante, voltada para os proletários,
de outro, uma formação propedêutica destinada aos integrantes da classe burguesa.
Segundo Saviani (2007) a partir do momento em que a sociedade se constituiu em
classes sociais, mais precisamente na Antiguidade, com o escravismo e na Idade
Média, com o feudalismo, surge a dualidade educacional. A educação
institucionalizada voltou-se para formação intelectual e uma educação instrumental
assimilada no próprio processo de trabalho voltada aos trabalhadores.
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os alunos tivessem uma formação comum de três anos, para posteriormente, dos 15
aos 18 anos se bifurcar em seção de preponderância intelectual com 3 ciclos de
humanidades, ciências físicas e matemáticas e ciências químicas e biológicas, ou em
seção de preferência manual em escolas de destinadas a preparação de atividades
profissionais.
Os escolas novistas também se opuseram a escola tradicional ao proporem
que “sobre a base de uma cultura geral comum, em que importará menos a quantidade
ou qualidade das matérias do que o “método de sua aquisição” (MANIFESTO DOS
PIONEIROS, 2006, p. 198). Para os pioneiros a educação deveria abrir mão de uma
formação humanística e literária e dar lugar a uma escola com um caráter mais
técnico, pois essas propostas não possuíam um caráter de transformação social, mas
pelo contrário, expressava o pensamento conservador de um período em que a
burguesia passou de classe revolucionaria à classe conservadora.
Na década de 1940 percebemos a manutenção das ideias positivistas, a
história de reis, heróis e batalhas, com conteúdos organizados linearmente em uma
sequência cronológica. Como se pode perceber a história do Brasil deixou sua posição
secundaria e passou a ter mais importância nas propostas curriculares. Os conteúdos
foram divididos em história universal e história do Brasil, que passou ser subdividido
em dois momentos, o primeiro até a Independência e o segundo do Primeiro Reinado
ao Estado Novo (ABUD, 2007).
Na década de 1950 e início dos anos de 1960, a preocupação com temas
sociais ganhava força. As Reformas de Base, propostas por João Goulart (1961-
1964), diante da pressão de setores da classe média, movimento estudantil, de
operários, pretendiam a modernização e democratização e a superação das
desigualdades sociais no Brasil. A história positivista ensinada nas escolas era
considerada reacionária, no entanto, o que ainda se viu de avanço quanto ao ensino
de história foram grupos de estudos entre os melhores alunos de obras de Caio Prado
Junior, Karl Marx e Celso Furtado. Ainda neste momento, segundo Pinsky os alunos
ainda tinham de decorar nomes de reis, faraós e a vitória dos brasileiros contra os
“ferozes paraguaios”, que reduziam “[...] o homem à categoria de objeto ínfimo no
universo de monstros grandiosos que decidem o caminho da humanidade e o papel
de cada um de nós, simples mortais. ” (2009, p. 20).
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mundo. Com o passar do tempo percebe-se que essas teorias são incapazes de
realizar toda a sua ambição de redenção global e social da humanidade. Esse é um
discurso que pode caracterizar a nova história, ou seja, um discurso em oposição às
teorias globais.
A Nova História pode ser caracterizada pela “morte dos centros” e pela
incredulidade em relação às metas narrativas. Os seguidores desse paradigma
acreditam que qualquer teoria social global é insustentável. Este movimento tende a
transformar o particular, o microscópico, o fragmentário, a ideia, a subjetividade como
completude em si mesma, reivindicando ao particular status próprio – mas não
necessariamente científico.
Segundo seus críticos, para entendermos este movimento historiográfico é
necessário levar em consideração as formas de validação do conhecimento, pois
todas as formas são aceitáveis se satisfazerem aos critérios de validação, do que
Michel de Certeau denominou de seus pares. As posições variam da subjetividade de
um autor à do leitor, o que se tem é um processo de hermenêutico de interpretação.
Para a Nova História o conhecimento humano em todas as suas formas tem a ver com
linguagens e processos de significação. Nesse aspecto a Nova História recebem as
maiores críticas de seus adversários, pois este posicionamento implica um excessivo
relativismo.
Segundo Cardoso (1997), esse movimento historiográfico é o resultado da
trajetória individual de intelectuais da geração de 1968, que desiludidos abandonaram
as esperanças da transformação social global e assumem frentes de luta ou
reivindicações (movimento gay, feminista, ambientalista, movimento negro, indígena).
Há um desejo na nova história de ser a porta voz do homem comum, das ruas, das
massas inarticuladas, e preferem enfocar as minorias discriminadas às exploradas.
Os historiadores adeptos da Nova História são constantemente acusados de
indiferença quanto às questões teórico-metodológicas. Pois segundo Geertz (2008)
para se entender o que é ciência não se deve olhar para as teorias ou as suas
descobertas e nem para o que os seus apologistas dizem sobre elas, mas se deve ver
o que os seus praticantes fazem, isto é, na valorização da forma sobre o conteúdo.
Com abordagens inclinadas para os temas econômicos e sociais, a primeira
geração da Revista dos Annales propunha a superação da história narrativa
cronológica, voltada para biografias e temas políticos2. A inclinação dos Annales pela
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temática econômica segue a tendência dos estudos nas ciências sociais, pois a
década de 1920 foi dominada por “temas econômicos”.
Para os historiadores dos Annales ao discutirem o conceito de história,
definiramna como a ciência dos homens no tempo. Portanto, “[...] o bom historiador
se parece com o ogro da lenda. Onde fareja carne humana, sabe que ali está a sua
caça. ” (BLOCH, 2001, p. 54). Além de ter a humanidade como objeto de estudo a
história na perspectiva dos Annales tem a temporalidade como uma das principais
categorias de análise. Marc Bloch (2001) discute a imparcialidade histórica e a história
como tentativa de reprodução ou como tentativa de análise. Em sua análise o
historiador deve superar os pressupostos em que o cientista é convidado a se ofuscar
dos fatos, porém, sem cair no julgamento. Segundo o autor, por muito tempo os
historiadores foram os juízes do tempo, absolvendo e condenando os heróis e vilões
do passado. O historiador deve compreender os fatos, e compreender não significa
ser passivo, significa análise.
Portanto para o autor, o historiador não é imparcial, pois não consegue realizar
sua análise sem se pautar em pressupostos e valores que não dependam de uma
ciência positiva.
Cardoso (1997) sintetiza as principais características dos Annales como a
crença no caráter científico da história; debate crítico com as ciências sociais, sem
reconhecer fronteiras entre elas; ambição de formular uma síntese global do social;
abandono da história centrada em fatos isolados e também abertura para aspectos
coletivos; ênfase menor nas fontes escritas; níveis de temporalidades; preocupação
com o espaço; história vista como ciência do passado e do presente ao mesmo tempo.
Como dito acima a nova história buscou a superação dos pressupostos que
caracterizam o positivismo3. “Sua maior contribuição à história foi a introdução de
conceitos, métodos e modelos das ciências naturais na investigação social, e a
aplicação à história, conforme parecessem adequadas, das descobertas nas ciências
naturais. ” (HOBSBAWN, 1998, p.158).
Para Hobsbawn (1998) o positivismo pode ser considerado como uma resposta
à filosofia estritamente idealista como a de Hegel e Kant. Percebemos que se coloca
no oposto à especulação pura e baseia seu objeto nos fatos e na experiência. Nesta
concepção a experiência é a fonte e critério de verdade, ou seja, nada pode ser
considerado para além da experiência, dos fatos concretos. O objetivo do
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Há também nos PCN uma forte ênfase na questão dos sujeitos históricos,
colocando como objetivo da educação esta construção, valorizando o papel de cada
um na construção da história de todos, possibilitando que a memória também possa
ser um instrumento para esta construção, quando diz que “O sujeito histórico pode ser
entendido, por sua vez, como sendo os agentes de ação social, sendo eles indivíduos,
grupos ou classes sociais”.
Para o ensino fundamental a LDB (1996, pág.17) em seu Artigo 22, estabelece
que:
A educação básica tem por finalidade desenvolver o educando, assegurar-lhe
a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornece-lhe meios
para progredir no trabalho e em estudos posteriores. (Lei nº 9.394/96)
Esta lei vem reforçar a importância de um ensino de História que valoriza o
senso crítico de seus alunos.
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Fonte:tattletot.com
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8 BIBLIOGRAFIA
BURKE, Peter. “História Como Memória Social”. In: Variedades de História Cultural.
Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000.
CERRI, Luis Fernando; FERREIRA, Angela Ribeiro. Notas sobre a demanda sociais
de representação e os livros Didáticos de História. IN: O livro Didático de História:
políticas educacionais, pesquisa e ensino. (ORG) Margarida Maria Dias de Oliveira
e Maria Inês Sucupira Stamatto. EDUFRN, Natal: 2007.
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Extraído do link: meuartigo.brasilescola.uol.com.br
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