Rainha Ester

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Rainha Ester: cinco lições de transformação pessoal

Ester morava com seu primo Mardoqueu, que ocupava


uma função administrativa no palácio do rei persa, em
Susã. Quando a rainha Vasti foi deposta, os funcionários
do rei foram designados a levar-lhe as moças virgens para
que escolhesse a que mais lhe agradasse. Conforme a
tradição judaica de não se casar com povos pagãos, que
não adoravam ao Deus dos Judeus, Mardoqueu não queria
que Ester participasse na seleção, mas sua beleza chamou
a atenção dos funcionários do rei, de modo que levaram-
na. Mardoqueu não poderia impedir tal acontecimento
visto que eles eram apenas estrangeiros na terra. Ester é
a escolhida, tornando-se esposa de Assuero. Quando o
ministro Hamã decide exterminar os judeus do reino,
Ester está em uma condição privilegiada para pedir ao rei
que anule o decreto de seu ministro.

Imagine que você é uma órfã que está sendo criada por
seu primo. Você está totalmente sozinha neste mundo,
sempre se perguntando de onde realmente veio e se um
dia sentirá que já pertence a algum lugar.

De repente, você é forçada a se casar com um homem


que não gosta nem respeita. Você está presa em um
palácio estrangeiro onde você só pode comer frutas e
sementes. Não há ninguém para você falar e nada para
você fazer, exceto imaginar quanto tempo você terá que
continuar vivendo esta vida que alguém escolheu para
você.

Essa era a vida da rainha Ester. Ela poderia ter ficado


cheia de autopiedade, pensando em como era injusto
nascer nesse mundo sem pais. E como, depois de todo o
seu sofrimento, ela foi forçada a um papel que poderia tão
facilmente ter roubado sua dignidade e sua fé. Ela poderia
ter desistido. Ela poderia ter afundado em um buraco de
seu próprio desespero. Mas, em vez disso, a rainha Ester
tornou-se heroína. Ela manteve sua fé e sua dignidade.
Ela se recusou a desistir, mesmo quando tudo parecia
perdido. E usou sua história trágica para transformar sua
vida.

Aqui estão cinco lições de transformação


pessoal que podemos aprender da vida de Ester:
1. O obstáculo é o caminho. Ester pegou o sofrimento
que ela experimentou como um órfã e usou isto para a
fazer mais forte. Ela sabia o que era ser solitária. Sabia
que havia superado a dor quando criança e que tinha a
resiliência dentro dela para enfrentar novos desafios.
Quando ela entrou no palácio, usou esses obstáculos de
seu passado como degraus em vez de desculpas. Ela
escolheu usar sua dor em vez de ser sufocada por ela.

2. Viver para algo maior que você. Quanto mais focada


a pessoa está em encontrar a felicidade para si mesmo
neste mundo, mais a felicidade parece escapar à sua
compreensão. Isso porque achamos a maior felicidade em
dar aos outros e viver por algo maior que nossos próprios
desejos. Ester poderia ter decidido se acomodar nos luxos
e prazeres do palácio e ignorar o mundo e seu povo além
de suas muralhas. Mas ela não estava vivendo apenas
para si mesma. Ela crescera na casa de Mordechai e sabia
que tinha a responsabilidade de defender seu povo.

3. Entre em contato com outras pessoas para obter


ajuda. Muitas vezes pensamos que precisamos forjar
nossos próprios caminhos sem o apoio de ninguém. Ester
era a rainha; ela poderia ter decidido usar apenas seus
próprios recursos para tentar salvar o povo judeu. Mas ela
escolheu, em vez disso, alcançar todas as pessoas em Am
Yisrael, a nação judaica, e implorar a elas que orassem
por ela. Ela precisava de suas orações. Ela sabia em seu
coração que, finalmente, nos levantamos e caímos juntos.
Ela teve a humildade de poder dizer: preciso da sua
ajuda. Por favor, lute ao meu lado.

4. Fé é persistência. Quando Ester arriscou sua vida e


caminhou em direção ao rei para implorar por sua nação,
ela sentiu a presença divina começar a deixá-la. Ela se
sentia fraca e com medo, como se não pudesse continuar.
Mas fé não significa que sempre nos sentimos fortes e
corajosos. Fé significa que persistimos mesmo quando
estamos exaustos e com medo. Ester não desistiu quando
sentiu que não poderia continuar. Ela buscou forças
dentro de si mesma até encontrar uma maneira de tornar
o impossível possível. Ela continuou seguindo em frente
até chegar ao rei.

5. Combata o mal convidando-o para a festa. Muitas


vezes, não podemos superar hábitos e desejos destrutivos
combatendo-os diretamente. Eles são fortes demais e
enganosos demais para batalhas de frente. Mas podemos
enganá-los como fez Ester quando ela convidou Haman
para uma festa após a outra. Podemos fazê-los sentir que
são bem-vindos em nossas vidas, e então podemos nos
virar e canalizá-los em ferramentas para o bem. Use a
raiva para lutar pela justiça. Use a beleza para construir
uma casa. Use prazer para se conectar a valores
duradouros.
A História de Ester na Bíblia

A história de Ester é uma das mais conhecidas da Bíblia e está registrada


no livro do Antigo Testamento que traz seu nome. Ester foi uma judia
exilada na Pérsia e viveu durante o período de reinado de Assuero
(Xerxes) entre 486 e 465 a.C. Neste estudo bíblico, conheceremos mais
sobre quem foi Ester na Bíblia.

Quem foi Ester na Bíblia?

Ester era uma jovem órfã, filha de Abiail, e, como já dissemos, uma judia
exilada na Pérsia. Ester foi criada por seu primo Mardoqueu. O nome
Ester muito provavelmente vem do persa stara e significa “estrela”, mas
alguns intérpretes sugerem que talvez seu nome tenha ligação com o
nome de uma deusa babilônica, a Ishtar. Já seu nome hebraico era
Hadassa, que significa “murta”, um tipo de arbusto.

No texto bíblico, Ester é descrita como uma mulher que possuía notável
beleza, tanto que foi contada entre as mais formosas do reino. O texto
bíblico também enfatiza a bravura e a lealdade de Ester para com o povo
judeu.

A história de Ester: Ester se torna rainha

Certo dia, o rei da Pérsia realizou uma festividade para o povo na


fortaleza de Susã. Enquanto ele dava um banquete para homens, sua
esposa, a rainha Vasti, oferecia um banquete às mulheres na casa real.

Em um determinado momento, o rei Assuero mandou chamar Vasti,


ordenando que ela entrasse em sua presença usando a coroa real. A
rainha se recusou a cumprir tal ordem, porque, muito provavelmente,
implicava em alguma situação desonrosa à ela.

Com a recusa da rainha, Assuero a destitui do posto. Mais tarde, ele foi
aconselhado a convocar as moças virgens e de boa aparência que havia
em seu reino, e Ester estava entre essas jovens. Ester então alcançou
favor na corte de Assuero, isto é, ela conseguiu o agrado necessário para
poder sobreviver na corte. Obviamente isso foi resultado da providência
divina (cf. Et 2:17; 5:2).

Ester foi submetida a um tipo de tratamento de beleza durante doze


meses. Passado esse período, Ester foi conduzida por um dos eunucos a
presença do rei. As jovens eram levadas ao rei e depois não retornavam
mais a ele, exceto se o rei gostasse de alguma e a chamasse pelo nome.

Isto foi o que aconteceu com Ester. “O rei amou a Ester mais do que
todas as mulheres, e ela alcançou perante ele favor e benevolência mais
do que todas as virgens” (Et 2:17). Assim, Ester foi coroada rainha no
lugar de Vasti. Foi feito um banquete pela coroação de Ester. Após se
tornar rainha, Ester passou a viver no palácio em Susã.

A rainha Ester é informada sobre o plano de Hamã

Hamã, um importante príncipe do império da pérsia, resolveu destruir


todos os judeus que havia no reino de Assuero, por conta de que
Mardoqueu não se inclinava perante ele. A descrição de Hamã como “o
agatita” sugere uma possível origem amalequita, povo que era inimigo
mortal de Israel.

Mardoqueu contou a Ester o terrível plano de genocídio que Hamã iria


executar, e lhe pediu para interceder perante o rei. A rainha Ester não
podia entrar na presença do rei sem que fosse chamada, pois isso
significaria colocar sua própria vida em risco.

Então Mardoqueu fez com que ela se atentasse ao fato de que Deus,
providencialmente, poderia ter determinado os acontecimentos em sua
vida para que ela pudesse estar exatamente em uma posição em que
pudesse agir em favor dos judeus (Et 4:14).

Vale dizer que até aquele momento o rei não sabia que Ester era de
origem judaica, assim, ele não sabia que havia permitido o extermínio do
povo de sua rainha. Diante da situação delicada, a rainha Ester
conclamou todos os judeus a jejuarem durante três dias, pois ela agiria
contra a lei e entraria na presença do rei.

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A rainha Ester usa de sabedoria e intercede pelos judeus

Após os três dias, Ester se aprontou com seus trajes reais e entrou no
pátio interior da casa do rei. Assuero, assentado em seu trono, viu Ester
parada no pátio e estendeu o cetro de ouro que tinha na mão em favor
de Ester, permitindo que ela se aproximasse.

O rei perguntou o que ela queria, e disse-lhe que daria a ela até mesmo
metade de seu reino. Ester, agindo com muita sabedoria, apenas o
convidou juntamente com Hamã para participar de um banquete que ela
havia preparado. Na ocasião do banquete, Ester solicitou permissão para
preparar um segundo banquete no dia seguinte.

No segundo banquete, Ester revelou para o rei que ela era uma judia, e
que todo o seu povo estava sentenciado à morte. Ester também contou
que Hamã era quem tinha tramado todo aquela maldade.

O rei ficou muito furioso e deixou o banquete indo para o jardim do


palácio. Hamã, sabendo que a situação havia ficado extremamente
complicada para ele, resolveu permanecer ali para suplicar pela própria
vida à Ester.

Quando o rei retornou à casa do banquete, encontrou Hamã caído sobre


o divã de Ester. Aquela foi uma violação de protocolo irreversível, pois o
rei entendeu que Hamã havia tentado violentar a rainha: “Porventura
quereria ele também forçar a rainha perante mim nesta casa?” (Et 7:8).

Quando o rei exclamou essas palavras, logo os servos da corte


entenderam que aquele era o fim da linha para Hamã, e cobriram o seu
rosto. Às vezes era costume entre os gregos e romanos cobrir o rosto de
um sentenciado à morte, porém entre os persas essa é a única
referência desse costume.

Hamã foi então enforcado na própria forca que ele havia preparado para
Mardoqueu. Como o rei não podia revogar o decreto anterior, a rainha
Ester conseguiu fazer com que um novo decreto autorizando os judeus a
se defenderem fosse publicado. Assim, os judeus passaram a ter o
direito a legitima defesa.

Como resultado disso, os judeus mataram seus inimigos e exterminaram


a casa de Hamã. Talvez o pedido de Ester para que um segundo dia de
matança ocorresse, demonstre que havia ali em Susã grande ódio contra
os judeus (Et 9:13,14).

Ao todo foram mortos mais de 75 mil inimigos que odiavam o povo


judeu, porém eles não tocaram nos despojos de seus inimigos. Talvez
aqui possa ser visto um contraste com o episódio em que os despojos
dos amalequitas foram tomados, fato que levou ao fim de Saul (1Sm
15:17-19).

Devido a todo aquele acontecimento, foi estabelecida a Festa de Purim


como uma celebração permanente em Israel. Saiba mais sobre as festas
judaicas.

A história de Ester certamente nos leva a refletir sobre a soberania de


Deus em cumprir os seus propósitos, bem como a importância de
confiarmos em Deus, ainda que isto coloque em risco a nossa própria
vida. Também devemos nos atentar para o fato de que devemos agir
com sabedoria, sempre intercedendo a Deus para que Ele direcione as
nossas ações. Saiba mais sobre o livro de Ester.
5 razões pelas quais você deve pregar
através de Ester
Não apenas não há promessas messiânicas no livro, como,
notoriamente, nem mesmo o próprio Deus não é mencionado.
Nenhuma de suas promessas é explícita; nenhum personagem
do livro ora explicitamente, lê as Escrituras ou dá aos pobres. A
única disciplina espiritual mencionada é o jejum, e todos
sabemos que os pregadores cristãos tendem a evitar esse
tópico.

Além disso, a Lei do Antigo Testamento é mencionada apenas


uma vez e depois apenas como base cínica da trama genocida de
Hamã; “um povo cujas leis são diferentes das leis de todos os
povos e que não cumpre as do rei; pelo que não convém ao rei
tolerá-lo” (3.8). Por outro lado, as leis seculares são
mencionadas catorze vezes e são aparentemente onipotentes,
pois as leis dos medos e persas “não podem ser revogadas”
(1.19, felizmente também em 8.8).

Mas o livro de Ester não está sem a influência divina. Em vez


disso, para quem presta atenção, o invisível e o não dito tornam
a narrativa sutilmente poderosa – tanto dramaticamente quanto
pastoralmente.

Aqui estão cinco razões para pregar no livro de Ester.

1. Ester nos ensina a ler toda a Palavra de Deus


Aparentemente, Ester é uma linda história cheia de
coincidências e personagens excessivamente otimistas. Alguém
poderia lê-lo casualmente e nem mesmo entender por que está
na Bíblia. Mas quando lemos Ester no contexto de toda a Bíblia,
o desafio de Mordecai a Ester assume um significado mais rico:
“Porque, se de todo te calares agora, de outra parte se levantará
para os judeus socorro e livramento, mas tu e a casa de teu pai
perecereis; e quem sabe se para conjuntura como esta é que
foste elevada a rainha”? Isso não é pensamento positivo, mas
confiança bíblica. Aqui, Mordecai demonstra que ele acredita na
promessa de Deus de redimir seu povo.

É óbvio para o leitor cristão que Ester só faz sentido à luz das
promessas de Deus. Mas não é esse também o caso de toda a
narrativa que se desenrola do Antigo Testamento? Se formos
forçados a aprender esta lição em Ester, então, se Deus quiser,
os membros da igreja aprenderão a ler outras narrativas do
Antigo Testamento, procurando as promessas de Deus como
personagens invisíveis e não mencionados.

2. Ester nos ensina a confiar nas promessas de Deus

Humanamente falando, o livro de Ester faz parecer altamente


improvável que as promessas de Deus sejam cumpridas. No
entanto, à medida que o livro se desenrola, aqueles que ouvirem
uma série de sermões através de Ester serão incentivados a
confiar nas promessas de Deus em suas próprias vidas, apesar
das circunstâncias.

Infelizmente, para alguns, a situação de Ester terá ressonância


especial. Infelizmente, nossas igrejas estão cheias de muitos
portadores de imagens que foram considerados como
mercadorias e polidos para uso de seus proprietários. Nossas
igrejas estão cheias daqueles que foram perseguidos pelos
poderosos – aqueles para quem a fidelidade custa tanto que
eles não sabem se viverão ou morrerão.

Para esses santos, Ester fornece um exemplo digno de fé. Ela


confiava em Deus. Ela sabia que perecer pela fidelidade é muito
melhor do que sobreviver devido à falta de fé. E assim, quando
Ester se prepara para agir, ela (implicitamente) pede ao povo de
Deus que ore ao Deus soberano por sua libertação e pela
libertação do povo de Deus. Lembre-se de suas próprias
palavras: “Vai, ajunta a todos os judeus que se acharem em
Susã, e jejuai por mim, e não comais, nem bebais por três dias,
nem de noite nem de dia; eu e as minhas servas também
jejuaremos. Depois, irei ter com o rei, ainda que é contra a lei; se
perecer, pereci.” (4.16).

3. Ester nos encoraja a confiarmos em nossa salvação

Na história de Ester, sentimos o medo e a opressão de uma


jovem que parece totalmente impotente diante de seu marido
egoísta, Xerxes, e de seu adversário assassino, Hamã.

Ao mesmo tempo, Ester é a história de um grande salvador que


orquestra sua vontade salvadora mesmo em meio das más
decisões de seus inimigos. Para aqueles que são tentados a se
acovardar diante de nosso grande inimigo, que anda por aí
procurando nos destruir, (1Pe 5.8), somos lembrados de que
Deus é absolutamente soberano e justo.

Apenas como exemplo: a forca que Hamã preparou para o povo


de Deus tornou-se em sua própria (Et 7). Que cristão pode ler
sobre isso sem ver como a cruz que Satanás preparou para
Cristo se tornou o instrumento de sua própria derrota?
4. Ester motiva nossa fidelidade a Deus

É possível perder as lições centrais de Ester ao se concentrar


demais na moralidade contrastante dos personagens principais:

Xerxes, o imperador mulherengo, déspota, mas em última


instância, impotente.

Hamã, o antagonista assassino, egoísta, mas em última análise,


enganado.

Mordecai, o crente fiel, perseguido, mas em última instância,


vindicado.

E Ester, a rainha tratada como objeto e impotente que, no final


das contas, salva seu povo.

Pregar a moralidade, mas perder a promessa de Deus nos


bastidores, seria perder o ponto central do livro.

E, no entanto, também seria um erro ignorar as lições oportunas


para os crentes do século XXI, em um mundo egoísta e
mulherengo. O caminho do hedonismo egoísta parece
inebriante e poderoso, mas um dia se mostrará inútil e
condenado. Além disso, o caminho da fidelidade piedosa parece
impotente, mas um dia todos desejarão ter ficado do lado do
nosso Deus onipotente.

Nossa própria fidelidade não pode ser motivada por


comparações moralistas: “Ester e Mordecai são bons, Xerxes
está comprometido e Hamã é mau.” Em vez disso, será motivada
quando levantamos nossos olhos para ver a fidelidade de nosso
Deus cumpridor de promessas e a loucura autodestrutiva da
impiedade.

Como cristãos, temos total confiança de que nossa fidelidade


será recompensada por nosso Deus fiel. Às vezes, assim como
para Ester e Mordecai, receberemos recompensas que nos
surpreendam por serem imediatas. Mas, muitas vezes, como
cristãos, aprendemos a esperar por nossa recompensa, sabendo
que ela é mantida no céu, para nós, pelo poder de Deus.

5. Ester provoca risos com a arrogância

Finalmente, se seria errado deixar de lado a moralidade que


confia nas promessas de Ester, então seria uma grande
vergonha perder o humor divertido do livro.

Talvez um dos momentos mais engraçados da Bíblia seja a


conversa irônica entre Hamã e o rei Xerxes. Xerxes pergunta a
Hamã “Que se fará ao homem a quem o rei deseja honrar?”
(6.6). Em sua arrogância, “Hamã disse consigo mesmo: De quem
se agradaria o rei mais do que de mim para honrá-lo?” – e então
ele pensa na honra mais extravagante que alguém poderia
receber.

Bem, na providência de Deus, Hamã acaba sendo requisitado


por Xerxes a honrar Mordecai de todas essas maneiras. E em
apenas mais alguns parágrafos, Hamã está morto, pendurado na
forca que ele preparou para Mordecai. Este livro quer que
observemos essas reversões irônicas e tristes da sorte.

Em um mundo onde muitos se encolhem de medo por causa de


governantes poderosos e egocêntricos, o cristão está certo em
rir. O livro de Ester descreve habilmente a estupidez risível
daqueles que pensam que podem viver para sua própria glória.
Frequentemente, os cristãos fazem piadas descuidadas sobre o
Senhor e, portanto, usam seu nome em vão. A Bíblia nos
encoraja a, em vez disso, nos juntarmos ao riso divino diante da
arrogância daqueles que se consideram capazes de desfazer os
planos de nosso Deus soberano de salvar, proteger e abençoar
seu povo.

Talvez Lutero estivesse certo: “A melhor maneira de expulsar o


diabo, se ele não ceder aos textos das Escrituras, é zombar dele
e escarnecê-lo, pois ele não pode suportar o desprezo”.

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