Max Webber e Karl Max
Max Webber e Karl Max
Max Webber e Karl Max
1º Ano Laboral
Universidade Pedagógica
Maputo
2021
Hortência Zucule
1º Ano Laboral
Docentes
Eduardo Humbane
Universidade Pedagógica
Maputo
2021
ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO...................................................................................................................4
1.2. Metodologia.................................................................................................................4
2. BREVE HISTORIAL..........................................................................................................5
4. CONCLUSÃO...................................................................................................................11
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..............................................................................12
1. INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem como objectivo fazer uma breve revisão literária sobre os
pensamentos de Max Weber e Karl Marx. Nessa perspectiva, construímos uma análise sobre o
pensamento de ambos os autores, tomando como base os seus pressupostos básicos e teorias.
Karl Marx e Max Weber são considerados os principais representanntes da sociologia e suas
contribuições foream muito importante para a compreenção dos problemas sociais. Desta feita
pretende-se cumprir com um das exigências de avaliação para a obtenção do grau de
licenciatura em Educação e Assistência Social.
1.2. Metodologia
Este trabalho esta dividido em três partes, a presente introdução, o desenvolvimento onde se
apresenta as principais informações literárias sobre o tema e por fim a conclusão e as
referências bibliográficas.
2. BREVE HISTORIAL
Max Weber é um dos principais teóricos da sociologia e ocupa, junto a Émile Durkheim e
Karl Marx, uma das bases da chamada tríade da sociologia clássica. Weber fundou um
método de estudo sociológico baseado no que ele chamou de acção social e produziu estudos
profícuos para a compreensão da formação do capitalismo.
Weber acabou falecendo em 1920, em decorrência de uma pneumonia severa. Até então, o
sociólogo havia publicado apenas os livros: A ética protestante e o espírito do
capitalismo (1905); Economia e sociedade (1910) e A ciência como vocação (1917). Após a
sua morte, Marianne Schnitger Weber, sua esposa, realizou uma curadoria de sua obra e foi
responsável pela publicação póstuma de um segundo volume de Economia e
sociedade (1921), A metodologia das ciências sociais (1922) e História econômica
geral (1923).
Foi um filósofo, sociólogo, economista, jornalista e teórico político alemão. Junto a Friedrich
Engels, elaborou uma teoria política que embasou o chamado socialismo científico. Suas
contribuições para a Filosofia Contemporânea incluem, além da análise social e econômica,
um novo conceito de dialética, baseado na produção material da humanidade.
Seu conceito dialético, chamado de materialismo histórico dialético, proporciona uma nova
visão para a análise social e científica sobre a história da sociedade. Ao analisar a produção
material da Europa, no século XIX, Marx identificou a marcante desigualdade e a exploração
5
de uma classe detentora dos meios de produção (burguesia) sobre a classe explorada
(proletariado), o que marcou profundamente a sua carreira.
Na juventude de Marx, a Sociologia ainda não tinha surgido como uma ciência metódica e
acadêmica, pois o responsável pela formulação do método sociológico foi o francês Émile
Durkheim. Porém, os conceitos presentes na obra de Marx, não somente os que dizem
respeito à teoria marxista ou ao socialismo, deixaram para os sociólogos posteriores respostas
sobre uma lógica capitalista de um sistema de privilégios, em que uma classe sobrepõe-se à
outra e sobre o funcionamento interno do mercado e da produção.
O filósofo faleceu no ano de 1883, dois anos após o falecimento de sua esposa, em virtude de
complicações respiratórias causadas pelo uso excessivo de tabaco. As principais obras de Karl
Marx, produzidas para a publicação, são: Manifesto do Partido Comunista; A Ideologia
Alemã; Contribuição para uma Crítica da Economia Política; O Capital.
Max Weber foi profundamente influenciado pela filosofia de Immanuel Kant sustentada pelo
idealismo. Para Kant, o plano das ideias e conceitos deveria pautar todo o trabalho filosófico,
que partiria da prática para chegar aos conceitos mais puros e a priori (anteriores a qualquer
vivência material). Weber acreditava que o capitalismo originava-se com um ideal, com um
6
espírito, e a partir disso, esse sistema ia sendo construído na prática. Com base nesse ideal,
surgiu a noção de administração como ciência capaz de promover o crescimento do capital.
Para escrever o livro “A ética protestante e o espírito do capitalismo”, Weber leu o texto
“Conselho a um jovem comerciante”, de Benjamin Franklin. Com base nesse texto e da
observação de nações europeias e dos Estados Unidos, Weber elaborou a teoria que dizia que
o capitalismo teria sido aprimorado com o protestantismo, em especial o calvinista. Para
Franklin, o dinheiro deveria ser movimentado e ampliado, e essa ampliação dava-se como
ensinava a tradição calvinista, por meio do trabalho.
Para os calvinistas, havia uma noção de predestinação que dizia que o homem já nascia
predestinado ao paraíso ou ao inferno. A maneira de saber se determinada pessoa iria para o
céu era medir o seu sucesso no trabalho e a sua resistência ao pecado. Como pecado, os
calvinistas incluíam as diversões fúteis, como festas e luxo, além do ócio e da preguiça. O
homem de valor para os calvinistas era aquele que trabalhava muito, o máximo que o seu
corpo aguentasse, e não se entregava aos prazeres da vida, acumulando assim cada vez mais
dinheiro. Para as outras vertentes protestantes, há uma ideia geral bem semelhante a essa de
valorização do trabalho e de fuga dos prazeres.
A ideia do teórico político e estadista norte americano Benjamin Franklin estava sustentada no
ideal calvinista, e o aumento do dinheiro por meio do trabalho e da fuga do ócio e dos
prazeres parecia ser uma hipótese bem plausível para Weber, no sentido de medir o sucesso
de uma pessoa. Era esperado de alguém que conseguisse ganhar dinheiro multiplicá-lo para
mostrar o seu valor pessoal e moral.
A ética, nesse sentido, era uma prática voltada para um modo de agir que fugisse de qualquer
distração e de qualquer pecado e que procurasse no trabalho o maior meio de chegar-se a
Deus.
Esse padrão de correção estava localizado no que Weber chamou de tipos ideais, que eram
balizas para estabelecer-se qualquer comportamento padrão. Como ideais esses tipos são
perfeitos e imutáveis, não existindo na prática. Nessa se encontram as acções que poderiam
afastar-se ou aproximar-se dos tipos ideais. Weber separa e classifica as acções sociais em
quatro tipos:
i. Acção social racional com relação a fins: é um tipo de ação pensada e calculada para
atingir alguma finalidade. Por exemplo, casar-se para constituir uma família. A ação
social é o matrimônio e a finalidade dessa ação é a constituição da família.
ii. Acção social racional com relação a valores: é um tipo de ação social pensada e
calculada para atingir algum tipo de valor moral, ou visando como fundo a
moralidade. Por exemplo, fazer o que a moral considera certo, como não roubar.
iii. Acção social tradicional: não é racional e nem calculada. Consiste numa forma de
agir de acordo com a tradição, respeitando o que a sociedade considera como o que
deve ser feito. Retomando o exemplo do matrimônio, seria casar-se porque a
sociedade impõe o casamento como uma tradição que deve ser seguida.
iv. Acção social afetiva: não é racional. Ela segue os afetos e as paixões, os sentimentos
e as afecções. É o tipo de ação motivada por sentimentos, como amor, paixão, medo.
Para Weber, existem três tipos de poder ou dominação exercidos que lhes conferem alguma
legitimidade:
Segundo ele, a forma mais pura da dominação legal é a burocracia. Ocorre por meio
das leis. É o poder exercido por aqueles que a lei permitiu exercê-lo, como os
representantes dos poderes Legislativo, Jurídico e Executivo.
iii. A dominação carismática: é exercida por lideranças carismáticas, que têm o dom de
atrair o apoio das massas com seus discursos, como de maneira mágica. Temos vários
exemplos desse tipo de liderança na história mundial, como Hitler, Mussolini, Samora
Machel e Fidel Castro.
A contradição é interna, mas os contrários se unem num momento posterior: a luta dos
contrários é o motor do pensamento e da realidade; a materialidade do mundo;
A anterioridade da matéria em relação à consciência;
A vida espiritual da sociedade como reflexo da vida material.
Essa corrente teórica estuda a história por meio da relação entre a acumulação material e as
forças produtivas. Para os materialistas históricos, a sociedade foi se desenvolvendo através
da produção de bens que satisfazem as necessidades básicas e supérfluas do ser humano.
4. CONCLUSÃO
Neste trabalho, esboçamos as perspectivas teóricas de Max Weber e Karl Marx, mostramos a
formação de seu pensamento, suas ressonâncias teóricas e esclarecemos os resultados teóricos
a qual chegaram. Dessa maneira, foi possível compreender as relações sociais, não somente
pela ótica teórica, mas, também pela articulação dialeticamente construída.
Karl Marx e Max Weber contribuiram muito para a sociologia. Uma contribuição importante
são as suas diferentes abordagens às classes sociais e à desigualdade. Marx considerou a
divisão social em classes relacionadas com o meio de produção. Basicamente, as classes eram
trabalhadores versus burgueses. Weber considerava que as classes se baseavam em poder,
riqueza e prestígio. Para ele, a sociedade tinha várias camadas que contribuíram além do meio
produtivo.
Apesar da diferença entre esses dois sociólogos, ambos tinham ênfase no estudo das classes
sociais e no resultado que a interação entre essas classes criaria.
11
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
PORFÍRIO, Francisco. Karl Marx; Brasil Escola. 2007. Disponível em: https://
brasilescola.uol.com.br/sociologia/karl-marx.htm. Acesso em 30 de dezembro de 2020