Treinamento PCA
Treinamento PCA
Treinamento PCA
1. O SISTEMA AUDITIVO:
O nosso sistema auditivo está dividido em três partes principais: ouvido externo, ouvido médio e ouvido
interno.
Ouvido externo - é composto pelo pavilhão da orelha, que é uma cartilagem elástica recoberta de
pele, que capta e direciona as ondas sonoras, canalizando-as até o tímpano. Este canal tem
aproximadamente 3.5 cm, variando de uma pessoa para outra.
Ouvido médio - membrana timpânica, que é constituída por um material de 0,1 mm de espessura,
os três ossículos (bigorna, estribo, martelo), que transmitem as vibrações e que mantém o
arejamento das cavidades do ouvido médio, através de uma abertura intermitente que se dá no
ato de deglutir, bocejar ou espirrar.
Ouvido interno - parecido com um caracol e repleta de células ciliares externas e internas,
responsáveis por transmitir as vibrações do líquido coclear para o nervo acústico, que leva os
impulsos aos centros corticais da audição no cérebro, onde se dá o fenômeno consciente da
sensação sonora.
2. TIPOS DE RUÍDO:
Ruído Contínuo - Quando o Nível de Pressão Sonora varia até 3 decibéis durante um período de
observação maior que 15 minutos.
Ruído Intermitente - Quando o Nível de Pressão Sonora possui variação maior ou igual a 3 decibéis
em períodos de observação menores que 15 minutos e superiores a 0,2 segundos (ASTETE, 1978).
Causas da surdez:
- Hereditariedade;
- Susceptibilidade individual – geralmente varia com a idade, sexo, etnia e exposição anteriores;
- Rubéola materna durante a gravidez;
- Infecções bacterianas;
- Traumatismo craniano;
- Exposições à altas radiações;
- Presbiacusia – pessoas mais jovens geralmente escutam melhor que pessoas mais idosas que têm
diminuição do limiar de audição;
- Exposição sem proteção a longo prazo e a níveis elevados de ruído.
3. ORIGEM DO PROGRAMA:
De acordo com a NR-9 da Portaria nº 3.214 do Ministério do Trabalho, toda empresa deve ter Programa
de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA.
Caso seja avaliado na análise quantitativa que o nível de ruído é elevado (acima de 80dB), a empresa deve
organizar sob sua responsabilidade um Programa de Conservação Auditiva – PCA.
A NR9 – do PPRA estabelece que as ações preventivas devem ser iniciadas sempre que o nível de ruído a
que o trabalhador esteja exposto, for superior a 80db (limite de ação).
O anexo II da OS do INSS de 05/08/1998 indica que, as empresas que apresentam o nível de ruído acima
do nível de ação (80dB) devem desenvolver o PCA.
7. QUEM ELABORA?
O PCA deve ser elaborado preferencialmente por fonoaudiólogo, Engenheiro de Segurança do Trabalho,
Médico do Trabalho, Enfermeiro do Trabalho ou Técnico de Segurança do Trabalho.
8. RESPONSABILIDADES E COMPETÊNCIAS:
A empresa deve estabelecer as responsabilidades de todos os envolvidos no processo de elaboração,
implementação e gestão do PCA, bem como as competências requeridas para esses profissionais, entre os
quais incluem-se: o administrador do programa, os participantes na execução do PCA (funções e áreas),
os trabalhadores e os supervisores e gerentes.
O administrador do PCA deve ter conhecimento sobre todos os aspectos do programa, a legislação vigente
e, quando necessário, estabelecer os requisitos para a contratação de serviços terceirizados e a compra
de materiais e equipamentos.
6. QUAL A VALIDADE?
A avaliação do desempenho do Programa deve ser realizada anualmente por meio de auditorias que
contemplem todas as ações do PCA.
A seleção dos protetores auditivos deve ser realizada com base nos elementos de proteção efetiva, porém,
deve ficar explícita a metodologia utilizada pela empresa. Deve-se levar em consideração os fatores
relativos às características pessoais de cada trabalhador e das atividades por eles realizadas.
O procedimento deve levar em consideração para a escolha do melhor protetor auditivo, a dose de
exposição e a determinação da atenuação mínima desejável, o ambiente onde será utilizado, outros
contaminantes presentes, a necessidade de compatibilidade com o uso de outros EPIs, conforto
proporcionado ao usuário, vedação do canal auditivo, tipo de trabalho, entre outros.
A avaliação quantitativa deverá ser realizada sempre que necessária para comprovar: a classificação dos
riscos identificados na etapa de reconhecimento, o controle da exposição ou para dimensionar a exposição
dos trabalhadores visando subsidiar o equacionamento de medidas de controle.
O protetor auditivo tipo concha deve ser limpo e higienizado após cada dia de utilização, com um
pano umedecido em água ou lavar o protetor com água e sabão neutro;
As almofadas internas e externas do protetor auditivo tipo concha, devem ser removidas para as
operações de lavagem e limpas somente com pano umedecido em água e não usar produtos
químicos, como: álcool, removedor, benzina, etc;
Os protetores tipo plugue de copolímero ou silicone, devem ser limpos e higienizados após cada
dia de utilização, lavando-os com água e sabão neutro;
Os protetores tipo plugue de espuma de PVC podem ser lavados com água e sabão neutro, pelo
menos uma vez sem perder suas características;