Analise Sensorial
Analise Sensorial
Analise Sensorial
Eduardo Esteves
ÁREA DEPARTAMENTAL DE ENGENHARIA ALIMENTAR
Índice
4. TESTE DO DUO-TRIO.......................................................................................9
1) Aplicação
Este teste sensorial é útil no processo de selecção e treino de provadores.
3) Procedimento
Limiar de detecção pessoal
a) Sem repetir nenhuma solução e sem lavar a boca entre soluções, prove da
solução menos concentrada para a mais concentrada (espalhe bem a solução por
toda a cavidade bucal antes de registar a sensação mas não engula a solução);
b) Se a solução não deu origem a nenhuma sensação, registe um o na tabela.
Pelo contrário, se a solução originou uma sensação indique esse resultado na
tabela com um sinal +;
c) Se pretender usar o “método intermédio” para determinação dos limiares,
repita 3 a 4 vezes a mesma prova (proceda como descrito nas alíneas a) e b)
descritas anteriormente) mas fazendo intervalos de 15 a 20 minutos entre cada
série.
(v.s.f.f.)
Instruções
a) Sem repetir nenhuma solução e sem lavar a boca entre soluções, prove da
solução menos concentrada para a mais concentrada (espalhe bem a solução por
toda a cavidade bucal antes de registar a sensação mas não engula a solução);
b) Se a solução não deu origem a nenhuma sensação, registe um o na tabela.
Pelo contrário, se a solução originou uma sensação indique esse resultado na
tabela com um sinal +.
Gosto Doce
Concentração de sacarose (%) Resultado
0,00
0,25
0,50
0,75
1,00
1,25
1,50
Gosto Ácido
Concentração de ácido cítrico (%) Resultado
0,000
0,005
0,010
0,015
0,020
0,025
0,030
1) Aplicação
Utilizam-se para determinar se existem diferenças entre duas amostras, nos
casos em que não se podem usar os testes Duo-trio ou Triangular (por exemplo,
quando as amostras provocam estímulos muito fortes ou estímulos muito
complexos que provoquem confusão na escolha).
São eficazes para testar diferenças entre produtos resultantes de alterações: de
ingredientes nas receitas; de modos de processar; de tipos de embalagens; ou de
formas de armazenamento.
3) Procedimento
De um modo geral, devem ser obtidos 20 a 50 resultados de cada uma das
combinações possíveis dos dois produtos, A e B, em apreciação (A/A, A/B, B/B e
B/A). O número de provadores depende do tipo de amostras (por exemplo, se os
estímulos são fracos e simples então é possível que cada provador analise as
quatro combinações na mesma sessão, diminuindo o tamanho do painel de
provadores; caso contrário, terá de se aumentar o número de provadores e
“complica-se” a análise estatística dos resultados). O painel de provadores pode
ser formado por provadores com treino especial ou por pessoas não-treinadas,
mas não se pode utilizar no mesmo painel de provadores os dois tipos de
pessoas.
(v.s.f.f.)
Instruções
1) Prove as amostras da esquerda para a direita;
2) Determine se, em cada par, as amostras são idênticas ou diferentes;
3) Assinale a resposta com a marca X na tabela seguinte:
Existem Não
Par Diferenças? existem
diferenças?
Resultados
C I
Par 1
Par 2
Par 3
Par 4
1) Aplicação
Utilizam-se para determinar se é detectável a diferença entre duas amostras que
diferem numa característica específica (por exemplo, amostra A mais doce do
que a amostra B). O número de pares de amostras a apresentar por sessão deve
ser limitado (2 a 4 pares) para evitar a fadiga ou adaptação susceptível de
invalidar o teste.
3) Procedimento
O número de resultados deve ser, tanto quanto possível, elevado. Contudo, como
cada provador pode, usualmente, provar até 4 pares por sessão, não é
necessário um número muito elevado de provadores para atingir um número
suficiente de resultados. O teste pode ser feito com pessoas não-treinadas. No
entanto, é necessário que todos os provadores estejam familiarizados com o
atributo que se pretende testar.
(v.s.f.f.)
Instruções
1) Prove cada par de amostras da esquerda para a direita;
2) Escolha, em cada par, qual é a amostra mais amarga (se não consegue sentir
qual é a amostra mais amarga, adivinhe!; e
3) Assinale a resposta com o código respectivo na tabela seguinte:
Resultados
C I
Par 1
Par 2
Par 3
Par 4
4. Teste do Duo-Trio
1) Aplicação
Aplica-se em situações semelhantes às dos testes de Comparação-Par e
Triangular. É um teste menos eficiente estatisticamente do que o teste Triangular,
mas tem a vantagem de ser simples e fácil de aprender. Por outro lado,
relativamente aos testes de Comparação-Par tem a vantagem de permitir a
utilização duma amostra-padrão.
3) Procedimento
No mínimo devem usar-se 15 provadores, mas para menos de 30 resultados a
probabilidade β do erro de tipo II é muito elevada. O resultado é bastante bom se
forem utilizados 30, 40 ou mais provadores. Os provadores não necessitam de
treino especial. As combinações possíveis de testar são: AAB e ABA, em que é A
o padrão.
(v.s.f.f.)
Teste de Duo-Trio
Instruções
1) Saboreie com atenção a amostra-padrão;
2) Prove, da esquerda para a direita, as outras amostras;
3) Identifique a amostra igual ao padrão (se não consegue detectar qual das
amostras é igual ao padrão, adivinhe!) e assinale a resposta com o código
respectivo na tabela seguinte:
Resultados
C I
Par 1
Par 2
Par 3
Par 4
5. Teste Triangular
1) Aplicação
Particularmente útil nos casos em que a alteração dos ingredientes, do processo,
da embalagem ou do tipo de armazenamento produzem mudanças no produto
que não podem ser simplesmente caracterizadas por um ou dois atributos. Uso é
limitado nos casos que os produtos originam fadiga sensorial, adaptação ou em
que para os provadores é confuso comparar três amostras.
3) Procedimento
As provas devem envolver um painel de 20 – 40 provadores, mas podem ser
utilizados menos provadores (12) nos casos em que as diferenças são grandes e
portanto fáceis de detectar. Os provadores não necessitam de treino especial.
(v.s.f.f.)
Teste Triangular
Instruções
1) Prove, da esquerda para a direita, as três amostras em cada tríade;
2) Indique, em cada tríade, a amostra diferente (se não consegue detectar qual
das amostras é diferente, adivinhe!) e assinale a resposta com o código
respectivo na tabela seguinte:
Qual é a amostra
Tríade diferente?
Resultados
C I
Tríade 1
Tríade 2
Tríade 3
Tríade 4
1) Aplicação
Tal como os testes de Comparação-Par, Duo-Trio e Triangular é aplicável quando
se pretende fazer um estudo da influência da variação: da matéria-prima, do
processo, de ingredientes, e das condições de armazenamento. Mas podem ser
utilizadas várias amostras (3 a 7) com o objectivo de as comparar em relação a
um único atributo, por exemplo, a acidez ou a preferência.
Este teste é mais rápido de realizar do que os estudados anteriormente, pelo que
é muitas vezes usado para fazer a pré-selecção de amostras que se pretendem
analisar posteriormente com maior detalhe.
3) Procedimento
Para resultados fidedignos só devem ser utilizados provadores treinados. Os
provadores devem ser seleccionados com base na sua capacidade para detectar
pequenas diferenças na intensidade do atributo que se pretende estudar. Não
devem ser usados menos de 8 provadores, mas a utilização de 16 ou mais
provadores melhora a classificação e, por conseguinte, os resultados.
(v.s.f.f.)
Instruções
1) Anote, no fim da ficha, os códigos das amostras que recebeu de acordo com a
posição no tabuleiro;
2) Prove, da esquerda para a direita, as amostras (aguarde 30 segundos entre
amostras e bocheche com água tépida ou outro neutralizador de sabor que lhe
seja indicado);
3) Indique a ordem das amostras (de 1 a 4) de acordo com a intensidade do
gosto doce, escrevendo “1” no quadrado da amostra que lhe pareceu menos
doce e “4” na amostra que lhe pareceu mais doce);
4) Pode ordenar as amostras provisoriamente e determinar com maior certeza as
“posições” de duas amostras adjacentes provando novamente essas duas
amostras (sempre que duas amostras lhe pareçam iguais, deve “adivinhar” a
ordem).
Código
Classificação
1) Aplicação
Utilizam-se estes testes quando o objectivo é descrever quantitativamente uma
determinada característica num conjunto de várias amostras. O número de
amostras pode variar (de 3 a 8, no máximo). Também se podem usar para: definir
as propriedades sensoriais-alvo ou especificações dum novo produto;
documentar atributos com interesse para testes/estudos de mercado (de forma a
saber o que questionar nesses estudos); ou monitorizar alterações no produto
(por exemplo, tempo de armazenamento, alterações na receita, etc.).
3) Procedimento
Para resultados fidedignos só devem ser utilizados provadores treinados. Os
provadores devem ser seleccionados com base na sua capacidade para detectar
pequenas diferenças na intensidade do atributo que se pretende estudar. Não
devem ser usados menos de 8 provadores, mas a utilização de 16 ou mais
provadores melhora a classificação e, por conseguinte, os resultados.
(v.s.f.f.)
Instruções
1) Avalie a sensação provocada, entre os lábios, pela água mineral e por um
pedaço de bolacha de água-e-sal (que representam os limites da escala linear a
utilizar, respectivamente “muito húmido” e “muito seco”);
2) Prove, colocando entre os lábios, as duas superfícies de corte da fatia de
queijo e avalie a intensidade do estímulo (quantidade de humidade) e marque na
escala correspondente;
3) Meça a distância entre o extremo “bolacha de água-e-sal” e a marca (ao mm
inferior), e anote no fim da ficha.
Código
bolacha água
bolacha água
Resultados:
Código Avaliação (em mm)
Instruções
1) Avalie quantitativamente a dureza (força necessária para cortar o alimento,
quando a amostras é comprimida entre os dentes incisivos) de cada dos produtos
da escala de referência fornecida;
2) Prove, colocando entre os dentes incisivos, as duas superfícies de corte da
fatia de queijo e avalie a dureza por referência à escala fornecida.
Resultados:
Código Dureza
Instruções
1) Anote, no fim da ficha, os códigos das amostras que recebeu de acordo com a
posição no tabuleiro;
2) Prove, da esquerda para a direita, as amostras (aguarde 30 segundos entre
amostras e bocheche com água tépida ou outro neutralizador de sabor que lhe
seja indicado);
3) Classifique cada amostra segundo a intensidade do gosto doce com um dos
valores da seguinte escala:
0 Imperceptível
1 Levemente perceptível
2 Moderadamente perceptível
3 Perceptível
4 Levemente pronunciado
5 Moderadamente pronunciado
6 Muito pronunciado
Resultados:
Código
Classificação
1) Aplicação
Utilizam-se quando se pretende caracterizar quantitativamente várias
características sensoriais de um ou mais produtos.
3) Procedimento
No mínimo, devem utilizar-se 6 a 8 provadores treinados. A prova é conduzida de
forma a obter repetidos julgamentos de cada provador, para cada atributo a ser
estudado no produto, utilizando três ou mais amostras. Neste tipo de teste
sensorial, é fundamental que a classificação dum atributo seja reprodutível, ou
seja, em relação a cada provador as classificações dadas para cada atributo não
devem ser muito diferentes. Os provadores devem estar concentrados e não
devem interagir.
(v.s.f.f.)
Perfil sensorial
Instruções
1) Avalie as duas amostras relativamente ao grau de doçura, aroma a canela e
rum, à intensidade da cor castanha, à viscosidade (neste caso, utilize a colher
fornecida) e à sua apreciação global da receita utilizando as escalas lineares
providenciadas;
2) Marque o produto A com e o produto B com x;
3) Meça (ao mm inferior) as distâncias desde o extremo esquerdo da escala até
às marcas e anote os resultados na tabela do fim da ficha.
Doçura
Imperceptível Muito doce
Canela
Imperceptível Muito forte
Aguardente
Imperceptível Muito forte
Cor
Clara Escura
Viscosidade
Fácil de espalhar Difícil de espalhar
Apreciação
global
Não gosto nada Gosto muito
Resultados:
Característica Amostra A Amostra B
Doçura
Canela
Aguardente
Cor
Viscosidade
Apreciação
1) Características gerais:
- Letra com dimensão de 12 pontos (com o mesmo tipo, Times New Roman, Arial,
Courier, Tahoma, Verdana, etc., ao longo de todo o texto);
Introdução
Pequeno texto, com 1 – 2 frases, em que se indica o teste sensorial e se resume o
princípio do teste sensorial utilizado. Geralmente, o princípio do teste já faz parte do
protocolo de trabalho.
Objectivo
Com 1 frase definir o objectivo específico do teste sensorial em questão.
Material e métodos
Em 3 – 4 frases indicar as características principais do teste sensorial realizado
[designadamente o número de provadores envolvidos, pormenores do procedimento e
os produtos testados] e da análise estatística dos resultados (por exemplo, referir o teste
estatístico, as equações ou as tabelas apropriadas, e o nível de significância usado).
Resultados
Indicar apenas os resultados (directos) do teste sensorial [eventualmente recorrendo a
quadros] e da análise estatística (indicando, se for o caso, as "tabelas estatísticas"
consultadas).
Conclusões
Texto, com 2 – 3 frases, em que se relacionam os resultados com o objectivo inicial do
teste sensorial e se referem eventuais particularidades do teste sensorial realizado ou
comentários dos provadores.