Artigo Drenagem Estacionamento
Artigo Drenagem Estacionamento
Artigo Drenagem Estacionamento
2018
DIMENSIONAMENTO E ANÁLISE DE DESEMPENHO HIDRÁULICO DE
ESTACIONAMENTOS COM DRENAGEM CONVENCIONAL E PAVIMENTO
PERMEÁVEL, APOIADO POR MODELAGEM COMPUTACIONAL
Orientadores:
Marcelo Gomes Miguez
Osvaldo Moura Rezende
Rio de Janeiro
March 2018
DIMENSIONAMENTO E ANÁLISE DE DESEMPENHO HIDRÁULICO DE
ESTACIONAMENTOS COM DRENAGEM CONVENCIONAL E PAVIMENTO
PERMEÁVEL, APOIADO POR MODELAGEM COMPUTACIONAL
Laurent Feu Grancer Silva Oliveira
Examinada por:
____________________________________________________
____________________________________________________
____________________________________________________
MARÇO de 2018
iv
Oliveira, Laurent Feu Grancer Silva
Dimensionamento e análise de desempenho hidráulico
de estacionamentos com drenagem convencional e pavimento
permeável, apoiado por modelagem computacional / Laurent
Feu Grancer Silva Oliveira. – Rio de Janeiro: UFRJ/ Escola
Politécnica, 2018.
xii, 79 p.: il.; 29,7 cm.
Orientadores: Marcelo Gomes Miguez e Osvaldo Moura
Rezende
Projeto de Graduação – UFRJ/ Escola Politécnica/
Curso de Engenharia Civil, 2018.
Referências Bibliográficas: p. 77-79.
1. Drenagem Urbana. 2. Pavimento Permeável. 3.
Modelagem Matemática.
I. Miguez, Marcelo Gomes. II. Universidade Federal
do Rio de Janeiro, Escola Politécnica, Curso de Engenharia
Civil. III. Título.
v
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus, que fez com que eu chegasse até aqui, a quem
momento bom, que me fez olhar o lado positivo de todos os acontecimentos na minha
vida, que me colocou a prova para moldar meu caráter e me fazer amadurecer, meu porto
seguro em qualquer situação, a quem me faz ter a certeza que toda essa jornada valeu a
nessa jornada universitária. Minha mãe Eivanildes, por sempre me dar amor e o carinho
necessários para que eu pudesse prosseguir, ao meu saudoso pai Nedson, pelos
Dominique, por sempre estar disposto a ser meu amigo e protetor, ao meu sobrinho
Guilherme, por trazer felicidade e leveza ao meu coração e a todos os meus familiares,
pela torcida. Saber que eu podia contar com vocês me deu forças para seguir em frente.
Agradeço a Andressa, por todo o carinho que me dedicou nos últimos anos, por
ser minha confidente, minha companheira, minha melhor amiga, por sempre saber que eu
poderia contar contigo, por ser um exemplo de bondade e perseverança, enfim, por todo
o seu amor.
Agradeço ao meu professor e orientador Marcelo Gomes Miguez, por ser meu
tutor desde o início da minha caminhada, sempre foi uma referência de competência e
vi
Agradeço ao meu orientador Osvaldo Moura Rezende por todo conhecimento
oferecido de maneira clara e paciente e por ser uma referência na minha trajetória
profissional.
laboratório que foi como uma segunda casa nos últimos anos, muito obrigado a todos que
passaram por lá e que deixaram os meus dias no Fundão mais iluminados, em especial
Paulo Canedo, Aline Veról, Antônio, Bruna, Lilian, Cícero, Francis, Dearley, Isaac,
Gabrielly, Ianic, Giuliana, Lívia, Anna, Flávia, Marina, Guilherme, Victor, Isadora e
Clara. Cada um de vocês deixaram um pouco de si e espero que levem um pouco de mim.
Matheus, Luiza, Caroline e Bianca, por fazerem que eu tivesse contato com projetos de
Agradeço aos meus mestres, por todo o conhecimento oferecido, por me forçarem
a sair da minha zona de conforto, rever meus conceitos e elevar meu patamar de
Agradeço aos amigos que compartilharam suas alegrias e tristezas durante essa
jornada, em especial Victor, Raoni, Luís Guilherme, Yuri, Rafael, Felipe, Ana Paula,
Jonas, Fábio, Vinícius, João Paulo, Wallas, Guido, Clarice e o saudoso Gustavo Barud.
Amigos que acompanharam o começo, toda a jornada ou somente o fim. Amigos que
estão aqui para comemorar comigo e aos amigos que se foram e deixaram saudades.
vii
Resumo do Projeto de Graduação apresentado à Escola Politécnica/ UFRJ como parte
dos requisitos necessários para a obtenção do grau de Engenheiro Civil.
Março/2018
viii
Abstract of Undergraduate Project presented to POLI/UFRJ as a partial fulfillment of
the requirements for the degree of Engineer.
March/2018
The urban floods directly stress and limitthe citie functions, causing numerous
socioeconomic problems, as damage to infrastructure, material losses, interruption of
business activities, people displacement from their homes and the loss of lives. This work
aims to combine the use of permeable pavements within the urban land use, reducing
imperviousness. The main goal is to develop an alternative drainage project, considering
the use in conjunction of permeable pavements over gravel reservoirs, to reduce peak
flow. The design of the parking lot developed will match the CT2 needs, which is a
building located in the Fundão Island, Rio de Janeiro. The methodology adopted consists
in analyzing and quantifying the impact on minor drainage when comparing a
conventional drainage system with the parking lot built with permeable pavements. The
hydraulic behavior analysis will be performed using the software MODCEL. The
computer simulations shall show that the adoption of permeable surfaces integrated with
reservoirs filled with gravel significantly the impact of low flows during the flood peak.
This fact allows the system to return to conditions similar to those of the natural
hydrological cycle, thus reducing local drainage overflowsand reducing the likelihood of
flood occurrences.
ix
ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO .......................................................................................... 1
x
3.1.2. Efeitos da Urbanização .................................................................. 18
DO CT2 33
xi
5.3. Estudos Hidrológicos e Hidráulicos ..................................................... 50
6. CONCLUSÕES ........................................................................................ 75
xii
1. INTRODUÇÃO
Por ser um dos elementos fundamentais à vida, o ser humano sempre procurou se
estabelecer em regiões próximas à água doce, para ter acesso ao seu consumo e aproveitar
as áreas marginais, onde a terra é mais fértil e de fácil irrigação, entre outros benefícios.
aglomerados de pessoas.
das cidades, causando inúmeros problemas de ordem econômica e social, como danos à
pessoas e a perda de vidas. O resultado final para a cidade, em muitos casos, é a completa
1
Neste sentido, este trabalho visa conjugar o conceito de utilização do solo, no que
fica na Ilha do Fundão, Rio de Janeiro, próxima à Ponte do Saber, que dá acesso à Linha
Vermelha.
1.2. Objetivo
1.3. Metodologia
2
Escolha do estudo de caso: estacionamentos do CT2 devido à proximidade
própria Universidade.
características hidráulicas.
proposto.
3
2. CONCEITOS HIDROLÓGICOS
de água ou um sistema conectado de cursos de água, de modo que toda a vazão efluente
Em uma bacia natural, essa área é delimitada pela linha de cumeada (linha dos
pontos mais altos) até o exutório da bacia, definindo assim a área de drenagem ou de
transpiração, etc.
e da litologia e estrutura das rochas da bacia hidrográfica, sendo que a disposição dos rios,
controlada em grande parte pela estrutura geológica, é definida pelo padrão de drenagem
4
A bacia hidrográfica é o âmbito de estudo geográfico, delimitado pelo Divortium
e limitado fisicamente onde ocorre o ciclo hidrológico, desde grandes bacias naturais até
dos fluxos da água originados da precipitação, que faz convergir os escoamentos para um
5
A dinâmica das transformações e a circulação das águas na atmosfera, hidrosfera
conteúdo da atmosfera na forma de vapor d’água que, ao se concentrar nas camadas mais
As águas de chuva podem ser interceptadas, em parte, pela vegetação que cobre o
terreno e/ou pelas superfícies superiores das construções porventura existentes. O que
excede a essa retenção, soma-se àquela parcela de chuva que atingiu diretamente o solo,
6
Figura 2: Representação da movimentação da água no ciclo hidrológico de uma bacia natural
(Fonte: https://goo.gl/6hEhZR )
2.3. Precipitação
A água evaporada (vapor d’água) vai sendo acumulada no ar, que ao ganhar
com o local, formas de relevo e temperatura do ambiente. De acordo com a maneira que
7
o ar se eleva, a chuva pode ser classificada em três tipos principais: orográficas;
Segundo FELLOWS (1975) pode-se dizer que chuvas orográficas são típicas de
regiões onde barreiras topográficas obstruem o livre movimento das massas de ar; chuvas
da hidrologia.
2.3.1. Pluviometria
As chuvas são medidas nas estações pluviométricas que podem ser equipadas com
grandezas para medição de chuva são sua altura, duração, intensidade (altura/duração) e
frequência.
pequena bacia de recepção. O volume precipitado é medido com o auxílio de uma proveta
operada por um observador, morador da região, treinado para efetuar a leitura todo o dia,
8
Figura 3: Pluviômetros Ville de Paris (esquerda), Paulista (centro) e de Helmann (direita). (Fonte: VAREJÃO-
SILVA, 2001).
Figura 4: Pluviógrafo de boia e respectivo esquema de registro e acumulação de água. (Fonte: VAREJÃO-
SILVA, 2001)
9
Apesar do cálculo da medição ser importante, a maneira de instalar o pluviômetro
pluviômetro, a chuva não poderá ser medida corretamente. Além disso, na condição ideal,
(KOBIYAMA, 2006).
desastres naturais, a chuva, pela sua importância e também facilidade de medição, deve
quantidade de água igualmente sobre uma região durante o mesmo intervalo de tempo.
Pode ocorrer, inclusive, chuva numa área e nenhuma chuva sobre uma outra área vizinha.
Portanto, a ocorrência de chuvas está vinculada a uma série de fatores locais e regionais,
como a circulação das massas de ar, temperatura, topografia, umidade do ar, ventos, etc.
seguinte modo (LENCASTRE et al, 1984): unem-se as observações adjacentes três a três
por segmentos de reta e traçam-se normais ao meio dos segmentos, formando polígonos
Admite-se que cada posto seja representativo daquela área onde a altura
precipitada é tida como constante. Esse método apresenta limitações, pois não considera
10
entre as estações e designa cada porção da área para a estação mais próxima.
Figura 5: Divisão dos polígonos de Thiessen (Fonte: notas de aula do professor Paulo Renato Barbosa)
Para o cálculo da precipitação média, cada estação recebe um peso pela área que
bacia, essas porções devem ser eliminadas no cálculo. Se a área total é A e as áreas
parciais A1, A2, A3, etc., com alturas precipitadas P1, P2, P3, etc., respectivamente, a
𝐴1𝑃1+𝐴2𝑃2+𝐴3𝑃3+⋯+𝐴𝑛𝑃𝑛
𝑃𝑚 = (2.1)
𝐴
11
com os prejuízos aceitáveis, corre-se o risco de que a estrutura venha a falhar durante a
sua vida útil. É necessário, então, se conhecer e arbitrar este risco. Para isso analisam-se
utilizar as chuvas como referência para o projeto), verificando-se com que frequência elas
𝛽
𝑃 = 𝑇𝛼 + [𝑎𝑡 + 𝑏𝑙𝑜𝑔(1 + 𝑐𝑡)] (2.2)
𝑇𝑟𝛾
12
Uma outra forma bastante usual, derivada da equação 2.3, de se expressar as
𝐾∙𝑇𝑅𝑚
imax = 𝑛 (2.3)
(𝑡+𝑡0)
e das peculiaridades físicas da bacia hidrográfica. Sob o ponto de vista físico da bacia,
os fatores mais relevantes são: área de drenagem, tipo de solo, cobertura vegetal,
de água, entre as variáveis que influenciam este fluxo, a condutividade hidráulica do solo
(K) se destaca. Ela é um parâmetro que representa a facilidade com que o solo transmite
13
Para determinar a capacidade de infiltração do solo pode-se usar infiltrômetros de
pressão são os aparatos menos dispendiosos, com simples leitura e de fácil manuseio e
entre os vazios do solo, esse movimento é conhecido como percolação. A água vai se
ser esgotada. Depois dos vazios estiverem totalmente preenchidos, o excedente de água
que infiltrar será diretamente drenado para as camadas mais profundas do solo, indo
subterrâneos fluem lentamente, pela ação da gravidade, para áreas mais baixas,
escoamento base.
A parcela de água pluvial que não infiltra no solo e não é retida nas depressões e
talvegue, até finalmente alcançar os cursos d’água, lagos e oceanos. Essa parcela é
14
2.4.3. Hidrograma
registrando a variação das vazões médias escoadas através de uma determinada seção
tempo que esse volume precisa para passar através de uma seção de um curso de água
(COSTA, 2001).
exemplo teórico das diferentes parcelas dos escoamentos existentes e que compõem um
hidrograma observado, após um período chuvoso isolado sobre a bacia (COSTA, 2001).
Figura 6: Exemplo das parcelas que compõem um hidrograma (Fonte: COSTA, 2001)
15
Devido à variação da distribuição da chuva no tempo e no espaço, das
e/ou máximas observadas a cada ano fornecem uma amostra histórica cujo tratamento
engenharia.
intervalo de tempo necessário para que as águas precipitadas sobre uma bacia contribuam
depressões do terreno.
chuva seja máxima junto à seção considerada, para uma chuva homogênea e de longa
16
duração. A contribuição máxima será tanto maior quanto maior for a área da bacia
3. DRENAGEM URBANA
qualquer aglomeração urbana. A inundação ocorre quando as águas dos rios, riachos,
de um destes sistemas e ocupa áreas onde a população utiliza para moradia, transporte
(ruas, rodovias e passeios), recreação, comércio, indústria, entre outros (TUCCI et al.,
2003).
superficial, gerado a partir de uma precipitação intensa. Esse processo natural é cíclico,
17
natural e benéfico ao meio ambiente. A presença de rios e, mais diretamente, a presença
fator condicionante e determinante da fixação das comunidades que deram origem aos
às fontes de água potável, fez com que os processos hidrológicos fossem igualmente
Figura 7.
pelos fenômenos de ilhas de calor, que se formam sobre as áreas centrais de superfícies
mais urbanizadas, também agravadas pelo excesso de urbanização (MIGUEZ et al., 2015).
18
Figura 7: Influência da urbanização no volume escoado superficialmente (Fonte: COSTA, 2001)
al., 2015).
19
que trabalham em conjunto, destinados a recolher as águas pluviais precipitadas sobre
falha, seja por mau dimensionamento ou pela ocorrência de uma precipitação mais intensa
do que a chuva para qual foi projetada, os problemas que essas falhas causam são,
associado está entre 10 e 100 anos, pois falhas relacionadas à rede de macrodrenagem
rede ramificada, projetada para escoamentos com superfície livre, ou seja, sob a ação da
pressão atmosférica. Dessa forma, noções básicas de escoamento com superfície livre, e
20
Os principais elementos do sistema convencional de microdrenagem e suas funções são
descritas abaixo:
poços de visita.
mudanças de direção.
escoamento das águas pluviais coletadas pelas bocas de lobo até o corpo
hídrico apropriado.
21
Figura 8: Funcionamento do sistema em planta (Fonte: notas de aula do professor Marcelo Gomes Miguez)
Figura 9: Funcionamento do sistema em corte (Fonte: notas de aula do professor Marcelo Gomes Miguez)
22
De maneira geral, as etapas do dimensionamento hidráulico de uma rede
contribuição.
𝑄 =𝐶∙𝑖∙𝐴 (3.1)
23
hidráulicos (capacidade de escoamento, ocupação da seção transversal e
projeto.
seguinte.
drenagem urbana realizada de forma tradicional que, por intermédio de obras destinadas
24
trincheiras de infiltração e telhados verdes se enquadram no segundo grupo (MIGUEZ et
al., 2015).
associado a outros usos, como paisagismo e área de lazer, inserindo-se na cidade como
4. PAVIMENTOS PERMEÁVEIS
25
Função hidráulica (associada ao termo reservatório) que assegura, pela
pode ser feita de forma distribuída (no caso de revestimentos porosos, que
laterais ou bocas-de-lobo);
camada reservatório;
Evacuação lenta da água, que é feita por infiltração no solo, pela liberação
26
revestimento, camada que recebe diretamente o tráfego e deve ser dimensionada para
para a base, que se apoia na sub-base que por sua vez se apoia no subleito. (SUZUKI et
4.2.1. Revestimento
(VIRGILLIS, 2009).
27
4.2.2. Base e Sub-base
água infiltrada em seus vazios, para possível infiltração no solo ou escoamento pela rede
Estas camadas geralmente são compostas por material granular, com pequena
porcentagem de finos. Este material deve possuir resistência suficiente para suportar as
solicitações exigidas pelo pavimento e alta resistência ao atrito, para evitar fragmentação
4.2.3. Subleito
pavimento. Pelo fato de ser a camada já existente no local da implantação, devem ser
permeabilidade, que pode ser determinado através da NBR 13292 – Solo – Determinação
28
4.2.4. Dispositivos Auxiliares
Geotêxtil
ou filtro geotêxtil, que impedirá a migração do material de uma camada para outra,
auxiliando para que a estrutura não tenha redução na permeabilidade pela transferência
de finos entre camadas, além de manter a integridade estrutural das camadas. (SUZUKI
et al, 2011).
Tubos de Drenagem
camada de brita. Esses drenos permitem a liberação do excesso de água que venha a ficar
2005).
29
Camada de Assentamento
Colocada sobre a base compactada, a areia é sarrafeada com uma régua niveladora
atingindo uma altura de aproximadamente 5 cm, para que, depois de compactada, forme
das peças, é necessário verificar a planicidade da areia de forma a evitar um piso com
permeáveis nos sistemas à base de cimento pode ser executada utilizando concreto poroso
30
4.3.1. Revestimento Pavimento de Peças de Pré-moldadas de Concreto
mercado brasileiro, blocos maciços, blocos vazados e blocos permeáveis (PINTO, 2011).
Estas peças possuem juntas preenchidas com material granular e podem até ser
VAQUER, 2011).
O concreto poroso possui poros que permitem a infiltração da água, tais poros são
obtidos utilizando agregados com poucos ou sem finos e de graduação uniforme. Permite
que as águas pluviais que caem sobre o pavimento percole no solo abaixo. Este tipo de
deve ser aplicado sobre subleito com baixa capacidade de suporte. (SUZUKI et al, 2011).
existem os agregados finos, isto é, partículas menores que 600 μm (peneira número 30).
O asfalto tem agregados com vazios de 40% e concreto com 17%. A condutividade
hidráulica mínima em que pode ser considerada a infiltração no solo é de 0,36 mm/h
conforme (CIRIA, 2007 apud TOMAZ, 2009). Uma das vantagens do pavimento poroso
em asfalto é que gera menos barulho dos veículos, reduz o splash das chuvas e diminui o
31
4.4. Sistemas de Infiltração
Sistema de infiltração parcial: Nos casos em que o solo não possui uma
32
Os volumes em excesso não são tratados pelo sistema, sendo transportados
de sistemas de infiltrações.
Figura 11: Esquema dos tipos de pavimentos permeáveis (adaptado de Schueler, 1987).
33
Locação do Escolha do Modelo Discretização e
Empreendimento Computacional modelagem
Pré-dimensionamento
Concepção de Projeto Dimensionamento das
dos Estacionamentos das calhas e calhas e reservatórios
reservatórios
Simulação e
Determinação da Determinação dos
Comparação dos
Chuva de Projeto Parâmetros Hidráulicos
resultados obtidos
Fundação COPPETEC, que fica localizado na Ilha do Fundão, Rio de Janeiro, próximo à
Ponte do Saber, que dá acesso à via expressa Linha Vermelha (Figura 13).
Figura 13: Imagem de satélite indicando a localização do prédio da COPPETEC onde será implantado o
projeto do estacionamento
34
A área de projeto foi dividida em dois tipos distintos de estacionamento,
denominados noroeste e sudeste (Figura 14), que são diferenciados a partir de seu tipo de
rede de microdrenagem, como pode ser observado na Figura 14. Para o remanescente da
pó de pedra. Uma possível parceria com a empresa Lafarge do Brasil, permitiria utilizar
pavimento será tomado como referência e é composto por um concreto poroso com alta
capacidade de drenagem1.
1
Fonte: informação retirada do site www.lafargedobrasil.com.br. Acessado em: 03 de setembro de 2015 às
14h47min.
35
Figura 14 - Estacionamento Noroeste com Pavimento em Blocos Intertravados e Estacionamento Sudeste com Pavimento Permeável (planta DES-AQF2015-XX-01)
36
5.2. Concepção do Projeto de Pavimento Permeável
intertravado convencional. Este pavimento pode permitir uma pequena infiltração nas
juntas, mas no presente estudo foi considerado como um pavimento impermeável. Neste
passagem. Estas caixas serão drenadas por galeria circular até uma trincheira de drenagem
Parte da água precipitada será absorvida através das juntas de areia entre os blocos
5.3.2.
37
Inicialmente, todo o sistema de drenagem convencional foi dimensionado com
recorrência indicado, que será detalhadamente explicado no item 5.3.1; depois, para cada
tempo de concentração. Foi utilizado o Método Racional (Equação 3.1) para o cálculo da
vazão de projeto da área e com o auxílio da Equação de Manning (Equação 5.1) foi
definida a altura da calha, de acordo com sua largura e sua declividade, para que a seção
2 1
1
𝑣 = ∙ 𝑅3 ∙ 𝑆 2 (5.1)
𝑛
projeto definida possui intensidade de 147,9 mm/h (detalhado no item 5.3.1). O trecho
hidráulicos de 0,78 para Runoff e 0,016 para Manning, (detalhado no item 5.3.2) e tempo
vazão de projeto de 0,0131 m³/s e com a Equação de Manning podemos calcular uma
velocidade pela área da seção (altura de 15 cm e largura de 20 cm), obtemos uma vazão
de escoamento de 0,0218 m³/s. Como a vazão suportada pela canaleta é maior que a vazão
de projeto, temos uma altura que suporta todo o volume precipitado pela chuva de projeto.
38
Tabela 1: Informações para dimensionamento da canaleta C4.
39
DESCARGA D’ÁGUA
Canaleta C.1
Canaleta C.2
Canaleta C.3
Canaleta C.4
40
Vias e vagas
nos dois sentidos, a partir de seu eixo central, ou seja, deverá haver um abaulamento da
via de rodagem que direciona o fluxo de água até as respectivas canaletas (uma em cada
Canaletas
que variam entre 0,10m à montante e 0,15m à jusante. Os perfis longitudinais das
canaletas e o nível d’água máximo atingido na simulação com a chuva de projeto adotada
41
Caixas de passagem
Foram propostas 04 (quatro) caixas de passagem, sendo uma para cada canaleta
x 0,50 m, que ficará enterrada, sendo responsável por captar as águas drenadas pelas
paralela à via principal (Rua Muniz de Aragão), conforme vemos na Figura 17.
42
Canaleta C.4 Canaleta C.3
Canaleta C.2 Canaleta C.1
43
5.2.2. Estacionamento Sudeste – Drenagem com Concreto Permeável
menos 20% de espaços vazios, o que faz com que a água de superfície percole diretamente
através do concreto. Esta solução permite a absorção de até 400 litros de água por m² por
44
estacionamento construídas com o Hydromedia, para que as mesmas possam atuar como
ou outro material granular que garanta um volume de vazios de cerca de 40%, valor este
adotado no projeto.
A disposição das vagas e dos dispositivos pode ser visualizada na planta de projeto
45
DESCARGA D’ÁGUA DESCARGA D’ÁGUA DESCARGA D’ÁGUA
Figura 20: Estacionamento Sudeste com Pavimento com concreto permeável (planta DES-AQF2015-XX-06)
46
Vias
esta suficiente para conduzir a água precipitada até a vaga de estacionamento, enquanto
Vagas
sobre um subleito de drenagem, composto por brita 3. O pavimento permeável terá uma
espessura de 0,10 m, com resistência satisfatória para esse tipo de uso. Imediatamente
40%, 0,12 m³/m² estará disponível para receber o volume de águas drenadas para este
47
Caixa de passagem
O projeto contempla um sistema interligado das vagas por meio de tubos de PVC
de 100 mm de diâmetro, que atuam como vasos comunicantes. Para permitir ligação entre
passagem com volume de 0,125m³ (0.50m x 0.50m x 0.50m), que reduz a energia cinética
Trincheira
Reservatório de brita
48
Figura 24: Corte esquemático do estacionamento Sudeste (planta DES-AQF2015-XX-07)
49
5.3. Estudos Hidrológicos e Hidráulicos
modo podemos determinar tanto a altura do reservatório para armazenar o volume de água
que infiltrará pelo pavimento, quanto a altura da calha para não extravasar para as vagas.
um tempo de retorno, que é o tempo médio em que um evento leva para ser igualado ou
superado pelo menos uma vez. Chuvas de projeto são normalmente obtidas a partir das
projeto foi definida por Pfafstetter (1982), essa equação foi a mais adequada para chuvas
𝛽
𝑃𝑃𝑇 = [𝑇 𝛼 + 𝛾] × [𝑎𝑡 + 𝑏 log(1 + 𝑐𝑡)] (5.1)
𝑡
50
Para entrada na Equação (5.1), foi considerada a estação da Praça XV, com série
43°10’ W. A escolha dessa estação justifica-se devido ao fato de que o local onde serão
de chuva contribua e seja confinado no espaço destinado para esse fim; para isso,
utilizamos uma chuva de longa duração, assim teremos uma situação crítica para esse
dispositivo. Na verdade, todo projeto que utiliza reservatórios deve ser dimensionado ou
verificado para uma situação crítica que envolva volumes maiores e não intensidades
maiores de chuva.
retorno de 10 anos e duração de 24h um valor de precipitação total de 147,9 mm. Chuvas
com grandes durações tendem a apresentar uma distribuição temporal não constante,
Neste estudo, foi escolhido Método dos Blocos Alternados (SCS, 1972), para
chuva de projeto em intervalos de tempo de igual duração. Para cada tempo associado às
51
distribuídos à direita e à esquerda do núcleo central da chuva. A utilização desse método
60
50
Altura de chuva (mm)
40
30
20
10
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24
Tempo (horas)
ÁGUAS.
52
No projeto foram utilizados basicamente três tipos de materiais: asfalto, blocos
com blocos intertravados, conhecidos também como blockets, e para asfalto seguem as
Tabela 2: Coeficiente de escoamento superficial (Adaptado: Instruções técnicas para elaboração de estudos
hidrológicos e dimensionamento hidráulico de dispositivos de drenagem)
Para as vagas com concreto poroso, o runoff é praticamente nulo, pois a água que
precipita sobre ele é inteiramente transmitida para a camada de brita, esta, por sua vez,
possui capacidade de armazenamento de água limitada pelo seu índice de vazios e pela
53
5.4. Serviços Geológicos – Geotécnicos
por dois cilindros de ferro (ou aço) com diâmetros variados, comumente sendo 25 cm o
auxílio de uma marreta para penetração no solo, por isso as bordas inferiores dos cilindros
devem ser finas, em forma de bisel (BERNARDO et al., 2005). É interessante também
fazer uso de um nível de bolha para facilitar o nivelamento de ambos os cilindros, como
54
Figura 26: Instalação do infiltrômetro de duplo anel no local de estudo
A leitura é realizada no anel central, que indica a lâmina de água (cm ou mm)
sobre o solo por uma determinada unidade de tempo (min), e a taxa de infiltração é
calculada por meio da Equação (5.2) (FIORI et al. 2010). O anel externo serve para
minimizar as perdas laterais do anel central, de modo a reproduzir uma infiltração o mais
saturada do solo.
𝐼 ℎ0
𝐾𝜃 = 60 × × ln (5.2)
Δ𝑡 ℎ𝑡
Onde:
55
Kθ é a condutividade hidráulica do solo saturado (ou taxa de infiltração, ou ainda
considerada permeabilidade), em mm/h;
I é a profundidade do anel no solo, em mm;
Δt é o intervalo de tempo do ensaio, em min;
h0 é o nível inicial da água, em mm; e
ht é o nível de água, em mm, no tempo t.
cm. Assim, foi possível trabalhar com a condutividade hidráulica do solo saturado a uma
profundidade máxima de 44 cm. Aronovic (1955) e Shull (1964) demonstram que, por
localização do ponto onde o teste foi realizado fica em frente ao prédio do CT-2
Figura 27: Esquema de um infiltrômetro de anel, aparato utilizado para medir a taxa de infiltração dos solos
(Fonte: ZUQUETTE E PALMA, 2006)
56
Tabela 4: Dados obtidos em ensaio de condutividade hidráulica realizado à superfície do solo, ponto
localizado na frente do CT-2
Tabela 5: Dados obtidos em ensaio de condutividade hidráulica realizado à profundidade de 44 cm, ponto
localizado na frente do CT-2
e a profundidade de 44 cm respectivamente.
57
Figura 28: Teste de infiltração realizado no local do projeto, com infiltrômetro de duplo anel na superfície do
solo
Figura 29: Teste de infiltração realizado no local do projeto, com infiltrômetro de duplo anel à profundidade
de 44 cm
58
Curva de Infiltração - Superfície
35
Curva de Infiltração - 44 cm
60,0
50,0
Taxa de Infiltrção (mm/h)
40,0
30,0
20,0
10,0
R² = 0,8066
0,0
0 20 40 60 80 100 120 140 160 180
Tempo de duração do teste (min)
59
A grande diferença no R² de ambas as curvas se deve a variação de h0 ocorrida no
manteve mais constante. De fato, a metodologia adotada para o ensaio à superfície foi
água ambos os anéis a cada variação de Δh máxima de 1,0 cm, independente do tempo
percorrido; todavia, devemos frisar que esse preenchimento ocorreu sempre nos
mm/h e 12,2 mm/h, sendo este último adotado como condutividade hidráulica do solo
saturado (ou permeabilidade) para fins de projeto, por estar na profundidade tida como
desejada. Segundo TERZAGHI et al. (1996), a permeabilidade desse solo não é boa, pois
encontra-se abaixo da faixa de 10-5 a 10-6 m/s. Essa informação aumenta a importância
esvaziamento, podendo ser crítico em eventos sucessivos. Esse teste também confirma a
dimensionamento.
60
5.5. Projeto de Drenagem
geométricas e topográficas.
superfícies inundáveis, que trocam de água entre si, por uma rede no plano horizontal
bidimensional, com relações de troca também na vertical, embora modelado apenas por
equações em 1D. Desta forma, a simulação funciona bem, não somente quando o
escoamento está dentro da calha do rio ou galeria, mas também quando a estrutura de
61
5.5.2. Modelagem Computacional
os grupos de vagas quanto para os grupos de vias. Esse tipo de célula consegue representar
declividade das vagas, e, nas vias, consegue representar a transição da calha para a via de
rodagem.
A interação entre as células foi feita a partir de diferentes tipos de ligações, entre
elas estão:
62
Ligação de Planície: Corresponde ao escoamento à superfície livre sem
representar o escoamento através das ruas. Essa ligação foi utilizada para
63
DESCARGA D’ÁGUA
64
Figura 33: Detalhes das ligações da célula 502
estão ilustrados desde a Figura 35 até a Figura 38. A observação da linha d’água mostra
que as canaletas possuem capacidade hidráulica para drenar a chuva de projeto, tomada
65
Canaleta C1
1,1
0,9
0,8
0,5
0 10 20 30 40 50 60
Distância (m)
Figura 35: Perfil da Canaleta C1. Esta canaleta fica localizada na parte baixa do estacionamento Noroeste. A
linha “vertedor” significa a cota de extravasamento da canaleta para a via de rodagem
Canaleta C2
1,1
0,9
0,8
0,5
0 10 20 30 40 50 60
Distância (m)
Figura 36: Perfil da Canaleta C2. Esta canaleta fica localizada na parte baixa do estacionamento Noroeste. A
linha “vertedor” significa a cota de extravasamento da canaleta para a via de rodagem
66
Canaleta C3
2,1
1,9
1,8
1,5
0 10 20 30 40 50 60
Distância (m)
Figura 37: Perfil da Canaleta C3. Esta canaleta fica localizada na parte alta do estacionamento Noroeste. A
linha “vertedor” significa a cota de extravasamento da canaleta para a via de rodagem
Canaleta C4
2,1
1,9
1,8
NA máx
1,6
Vertedor
1,5
0 10 20 30 40 50 60
Distância (m)
Figura 38: Perfil da Canaleta C4. Esta canaleta fica localizada na parte alta do estacionamento Noroeste. A
linha “vertedor” significa a cota de extravasamento da canaleta para a via de rodagem
67
5.5.4. Dimensionamento do Estacionamento Sudeste
tipo “planície natural”, considerando a cota do subleito como cota de fundo e reduzindo
armazenamento do reservatório de brita é limitada pelo seu índice de vazios. Note que
apesar do nome “planície natural”, derivado do uso original do modelo para representação
espacial de bacias maiores, esta célula tem um formato prismático e se adequa aos
objetivos aqui propostos. Quem determina o uso do solo sobre a célula prismática de
Nas vagas, a infiltração da água foi representada incluindo uma ligação do tipo
“Bombeamento”, onde, após determinada a vazão de água que irá percolar para o subsolo,
obtida a partir das informações coletadas com o infitrômetro de duplo anel conforme visto
no item 5.4.1, esta vazão é retirada para fora da célula por esta ligação.
A interação entre as células foi feita a partir de diferentes tipos de ligações, entre
elas estão:
68
microdrenagem, na parte superior do reservatório, impedindo o
69
DESCARGA D’ÁGUA DESCARGA D’ÁGUA DESCARGA D’ÁGUA
70
Para avaliação da profundidade necessária para o subleito de brita, presente nas
alcançada em seu subleito, uma vez que esse conjunto de vagas funcionará como um
Na Figura 41 é possível observar essa divisão, onde os grupos P1.1 e P1.2 referem-se à
primeira e segunda linha de vagas com Hydromedia, localizadas no platô inferior (mais
baixo), e os grupos P2.1 e P2.2 referem-se à terceira e quarta linha de vagas com
71
Níveis máximos no subleito Hydromedia
0,40
0,35
Lâmina máxima de água (m)
0,30
0,25
0,20
0,15
0,10
0,05
0,00
P 1.1 P 1.2 P 2.1 P 2.2
Grupo de células
Figura 42: Gráfico de barras indicando o alcance máximo da lâmina d'água durante a simulação do sistema,
já considerando a presença da brita de preenchimento no reservatório.
extravasado para a calha principal da rua. O sistema com pavimento permeável reduziu
cerca de 44,07% o pico de vazão e o volume extravasado foi de 79,60 m³ no sistema com
72
Comparação de Vazões
0,045
0,040
Pavimento
0,035
Intertravado
0,030
Vazão (m³/s)
Figura 43: Vazões de contribuição dos estacionamentos ara a calha principal da rua
Para efeitos de comparação, três novos cenários foram simulados. Neles, as alturas
73
Comparação de Vazões
0,045
0,040
Pavimento Intertravado
0,035 Reservatório (30 cm)
0,030 Reservatório (40 cm)
Vazão (m³/s)
0,015
0,010
0,005
0,000
6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18
Tempo (horas)
estudos de viabilidade econômica devem ser realizados para embasar essa decisão.
definida nos ensaios, cerca de 10h27 para o reservatório de 30 cm, 14h02 para o
60 cm. Esses são valores aceitáveis depois de uma chuva de 24h em solos com essa taxa
de infiltração.
sistema de drenagem.
74
6. CONCLUSÕES
difundido. Apesar de ter uma resistência mecânica aquém dos pavimentos rígidos e
praças, soma-se uma área significativa dentro de uma bacia urbana. Com uma redução
significativamente.
75
Talvez a adoção de incentivos fiscais, por parte do poder público, para empresas
Nesse sentido, pode-se dizer que ter-se-ia uma relação ganha-ganha, onde as
equilibrariam com o incentivo fiscal dado pelo poder público, os gestores públicos
Outra contribuição importante desse trabalho é mostrar uma forma pouco usual
resultados obtidos nesse estudo na avaliação de resultados que seriam obtidos pela
76
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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soil moisture”. Soil Science Society of America Procedures. Madison, v.19, pp. 1-6,
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77
FRIZZONE, J.A. Irrigação por superfície. São Paulo: ESALQ/USP. 183p. 1993.
MIGUEZ, M.G., VERÓL, A.P., REZENDE, O.M. Drenagem Urbana: Do Projeto Tradicional à
Sustentabilidade. Rio de Janeiro: Elsevier. 2015.
78
REICHARDT, K. A água em sistemas agrícolas. São Paulo : Manole, 1990. 188p.
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Society of America Journal. v.28. pp.1-5. 1964.
TOMAZ, P. Curso de Manejo de Águas Pluviais. – Capítulo 60: Pavimento Poroso. São
Paulo,2009.
79