O Sistema Nacional de Saúde
O Sistema Nacional de Saúde
O Sistema Nacional de Saúde
Curso: TMG
Cadeira: Seminário Preparatório Inicial
1º Ano
Tema: Origem do Sistema Nacional de Saúde
Fundamentos do Sistema Nacional de Saúde (SNS)
Curso: TMG
Cadeira: Seminário Preparatório Inicial
1º Ano
Tema: Origem do Sistema Nacional de Saúde
Fundamentos do Sistema Nacional de Saúde (SNS)
Formandos:
Ø Edna Judá
Ø Ester Artur Chavier
Ø Sarbana da Melucha Miguel Murrombe
Ø Stiven Abietar Januário
Ø Jacinta Zeca Gorongosa
Ø Vanilda da Iva Rodrigues Rafael
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Índice
Introdução....................................................................................................................................2
Objectivos....................................................................................................................................3
Geral.............................................................................................................................................3
Específicos...................................................................................................................................3
Metodologia do trabalho..............................................................................................................3
Saúde mental................................................................................................................................4
Malária.........................................................................................................................................5
HIV/SIDA....................................................................................................................................8
Lepra..........................................................................................................................................15
Nutrição......................................................................................................................................15
Conclusão...................................................................................................................................17
Referências.................................................................................................................................18
Introdução
Neste trabalho faremos um pequena abordagem sobre o Sistema Nacional de Saúde. Durante os
anos 70, com base nos diferentes tipos de socialismo africano e restrições económicas
relacionadas com a geopolítica e assuntos sociais internos, países como Moçambique lutaram
para construir um sistema de saúde pública abrangente baseado em agentes comunitários de
saúde, postos e centros de saúde, hospitais rurais e hospitais provinciais maiores. O sistema de
saúde público moçambicano incrementou fortemente a sua infraestrutura em apenas dez anos, de
326 unidades de saúde em 1975 para 1.195 em 1985, tornando-se num modelo de Cuidados de
Saúde Primários, apostando na equidade e eliminando o serviço médico colonial que enfatizava o
cuidado curativo e urbano. Nos anos 80 e 90, Moçambique passou por profundas mudanças
sociais, económicas e políticas.
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Objectivos
Geral
Específicos
Metodologia do trabalho
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Origem do Sistema Nacional de Saúde
O Sistema Nacional de Saúde (SNS) em Moçambique compreende o setor público, o setor
privado com fins lucrativos, o setor privado com fins não lucrativos e o comunitário. Destes, o
setor público, ou seja, o Serviço Nacional de Saúde (SNS), é o principal prestador de serviços de
saúde a nível nacional. Quanto ao setor privado com fins lucrativos, está a desenvolver-se
gradualmente, especialmente nas grandes cidades. Contudo, o crescimento destes prestadores
está condicionado ao aumento dos rendimentos dos agregados familiares. O SNS está organizado
em quatro níveis. Os Níveis I e II são os mais periféricos, tendo como missão a prestação de
cuidados primários e o encaminhamento dos pacientes com condições clínicas mais graves -
complicações no parto, traumas, emergências médicas e cirúrgicas, entre outras - para os níveis
seguintes. O Níveis III e IV estão basicamente destinados à prestação de cuidados de saúde
curativos especializados. Em geral, os cuidados primários continuam a ser a estratégia dominante
na intervenção na saúde, tendo como objetivo a redução das altas taxas de mortalidade impostas
por doenças transmissíveis. Os problemas de saúde associados às altas taxas de mortalidade
materna são igualmente áreas de intervenção prioritárias. Todas estas intervenções, no quadro da
estratégia do estado, são componentes de relevo do Plano de Ação para a Redução da Pobreza
Absoluta (PARPA).
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5. Criação de cursos médios de psiquiatria e superiores de psicologia clínica e terapia
ocupacional.
Malária
O MISAU tem por objectivo reduzir a morbi e mortalidade devido a malária na população em
geral através da coordenação e apoio a intervenções de prevenção e controlo da malária. Para o
efeito tem traçadas as seguintes intervenções, inseridas no Programa Nacional de Controlo à
Malária:
Controle Vectorial Integrada – é composta por várias intervenções de controlo vectorial,
seleccionadas com base nos factores locais que determinam a transmissão da malária.
A pulverização intradomiciliária (PIDOM);
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Diagnóstico Precoce e Tratamento Correcto – têm como objectivos:
Expansão da capacidade diagnóstica laboratorial e melhorar a qualidade do diagnóstico
laboratorial e do tratamento da malária nas unidades sanitárias.
Expansão da capacidade de diagnóstico laboratorial (com Teste de Diagnóstico Rápido -
TDR) e garantia de tratamento apropriado a nível da comunidade.
Garantia do fornecimento de medicamentos eficazes (terapia combinada) e materiais e
reagentes laboratoriais às US e aos agentes polivalentes elementares (APE).
Garantia da qualidade do manejo de casos da malária não complicada e grave, incluindo
ao nível da comunidade.
Garantia de um sistema de referência desde o nível comunitário ao nível mais
diferenciado.
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Distribuição na CPN de redes mosquiteiras tratadas com insecticida de longa duração
(REMILD/REMITIL) a todas as mulheres grávidas.
Manejo correcto de casos de malária na gravidez.
Apoio à revisão das fichas e livros de registo e recolha de dados da CPN.
Formação de enfermeiras de saúde materna e infantil sobre o pacote de intervenções da
malária na gravidez.
Supervisão das actividades de prevenção da malária na gravidez.
A promoção de medidas de prevenção da malária na gravidez, com recurso ao TIP e a medidas
de protecção individual (REMILD) e colectiva (PIDOM) constituem as principais armas para
reduzir a morbilidade e mortalidade materno-infantil no país.
Preparação adequada que permita uma mobilização rápida de recursos e resposta aos
planos de contingência para emergências do Instituto Nacional de Gestão das
Calamidades (INGC).
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Moçambique é altamente susceptível a desastres com destaque para cheias e ciclones, com
consequências sociais e económicas de grande vulto. A consequência directa é a redução das
condições básicas de vida, na forma de falta de habitação condigna, agravamento do saneamento
básico e falta de água potável. Deste modo a vulnerabilidade à malária (e a outras doenças, como
doenças diarreicas, por exemplo) é muito alta nos locais afectados por desastres naturais,
havendo situações de ocorrência de surtos. O PNCM (Programa Nacional de Controlo da
Malária) deverá estar munido de capacidade para detectar surtos através da utilização dos dados
de rotina do Sistema de Informação em Saúde (SIS), postos sentinela e dados de previsão
meteorológica.
HIV/SIDA
Moçambique está entre o grupo dos 10 países do mundo com taxas mais altas de prevalência de
infecção por HIV. Em 1999, foi produzido o Plano Estratégico Nacional (PEN) de combate ao
HIV/SIDA, que apresenta uma abordagem multi-ssectorial com actividades viradas à mudança
de comportamento e distribuição de preservativos e, na responsabilidade do MISAU, actividades
que garantem Biossegurança nas actividades do sector da saúde, transfusões seguras, diagnóstico
e tratamento das Infecções de Transmissão Sexual, diagnóstico e tratamento das Infecções
Oportunistas incluindo a Tuberculose, e Vigilância Epidemiológica e Monitorização, todas elas
para priorizar a prevenção.
O objectivo do PEN é, pois, oferecer uma combinação adequada de serviços de saúde
preventivos e curativos, de forma que sejam reduzidas a transmissão sexual e a vertical, evitando
a transmissão do HIV nas unidades sanitárias, e prolongado o tempo e a qualidade de vida das
pessoas vivendo com HIV/SIDA, incluindo os próprios trabalhadores de saúde. Tal objectivo é
assegurado por meio das seguintes estratégias:
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Reduzir a transmissão vertical
Tuberculose
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A estratégia para o alcance desses objectivos é a expansão dos cuidados prestados com vista a
aumentar o diagnóstico e tratamento de TB à população mais vulnerável. Para tal, foram
estabelecidas as seguintes intervenções:
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outros, e adoptando também comportamentos e estilos de vida que irão determinar o tipo de
adulto que ele será.
Promover a saúde do adolescente implica uma abordagem multissectorial e intervenções sobre
diferentes áreas da qual a componente saúde é uma das partes.
O objectivo do programa de saúde sexual e reprodutiva é criar a capacidade nacional para a
abordagem multissectorial e descentralizada da saúde integral do adolescente e jovem com
ênfase na saúde reprodutiva, de modo a prestarem-se cuidados de saúde de boa qualidade
acessíveis e adequados às necessidades dos adolescentes e jovens.
Algumas estratégias implementadas incluem:
Criação de ambiente favorável para SSRAJ/DTS/HIV/SIDA
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Gravidez precoce e indesejada;
Aborto e suas complicações;
Its e outras infecções do trato reprodutivo incluindo hiv/sida;
Violência e abuso sexual;
Tóxico dependência;
Saúde mental.
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Em Moçambique as principais doenças que afectam as crianças abaixo dos 5 anos são atribuídas
em geral a causas evitáveis e incluem: malária, infecções respiratórias agudas (IRA), diarreia,
sarampo, anemia, meningite, parasitoses intestinais, tuberculose, malnutrição e HIV/SIDA.
O objectivo deste plano é garantir o acesso a assistência de qualidade a todos níveis do Sistema
Nacional de Saúde incluindo famílias e comunidades para melhorar a saúde dos recém-nascido e
crianças até a idade escolar.
Algumas das intervenções a ser levadas a cabo:
Estilos de vida e ambiente saudável
Promoção do método Mãe Canguru (colocar a criança deitada sobre o tronco da mãe após
o nascimento, de modo a garantir transmissão de calor e incentivar o início da sucção)
Cuidados pré-natais
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As principais actividades desta estratégia são:
Re-estabelecer vacinação móvel regular para comunidades de difícil alcance;
Supervisão regular.
Lepra
O objectivo do programa de luta contra a lepra é reduzir a ocorrência da Lepra, para níveis que
não constituam um problema de Saúde Pública, e alcançar e manter o estado de pós-eliminação
(< 1 caso em cada 10.000 habitantes) da Lepra ao nível nacional, provincial e distrital.
As estratégias inseridas no programa são:
Implementação de todos os mecanismos com vista a eliminar a Lepra;
Integração das actividades de combate da lepra nos serviços gerais de Saúde, para aliviar
as complicações da Lepra.
Nutrição
O estado nutricional da população Moçambicana continua a preocupar. Muitas crianças ainda
sofrem e morrem de desnutrição crónica devido em grande parte à baixa taxa de cobertura do
aleitamento exclusivo até aos 6 meses. No ano 2003, o nosso país registou uma taxa de cobertura
de aleitamento exclusivo em apenas 30%. Isto significa que a maior parte das crianças tem uma
alimentação inadequada visto que a alimentação suplementar inadequada é introduzida antes dos
6 meses, devido a questões culturais particularmente. As crianças também morrem e sofrem
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devido ao baixo peso à nascença, as avitaminoses associadas ao elevado nível de pobreza e ao
grau de insegurança alimentar no país.
Grande parte das estratégias para melhorar o estado de nutrição encontra-se inserida nos
programas de saúde materna e infantil e incluem a promoção do aleitamento materno exclusivo
até aos 6 meses, vacinação, desparasitação e suplementação com vitaminas e minerais.
Um dos objectivos do PAV é de proteger todas as mães e suas crianças menores de 5 anos de
doenças preveníveis por vacinas e através deste feito contribuir para a redução da morbilidade,
incapacidade e mortalidade
O objectivo do programa de luta contra a lepra é reduzir a ocorrência da Lepra, para níveis que
não constituam um problema de Saúde Pública, e alcançar e manter o estado de pós-eliminação
(< 1 caso em cada 10.000 habitantes) da Lepra ao nível nacional, provincial e distrital.
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Grande parte das estratégias para melhorar o estado de nutrição encontra-se inserida nos
programas de saúde materna e infantil e incluem a promoção do aleitamento materno exclusivo
até aos 6 meses, vacinação, desparasitação e suplementação com vitaminas e minerais.
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Conclusão
Neste trabalho concluímos que a o Sistema Nacional de Saúde e a MISAU tem um papel muito
relevante na área de saúde uma vez que reduz o índice de mortalidade, com a criação de diversos
Programas de propagação de saúde pública e prevenção de doenças.
Ainda a criação de mecanismos que consistem na recolha de dados para o controle de uma certa
doença de modo a reduzir a sua propagação.
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Referências
MISAU: Estratégia nacional da TB 2008–2012.
MISAU, MANUAL CLÍNICO DE TUBERCULOSE, 2007
MISAU: Plano Estratégico de Saúde 2007–2012.
MISAU: Plano nacional de malária 2010 – 2014.
MISAU: Plano estratégico nacional de combate a ITS/HIV/SIDA sector saúde 2004 – 2008.
MISAU: Plano de monitoria e avaliação do PAV.
MISAU: Plano estratégico de saúde neonatal e infantil.
MISAU: Políticas e estratégia de saúde sexual e reprodutiva de adolescentes. (2004).
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