O Sistema Nacional de Saúde

Fazer download em docx, pdf ou txt
Fazer download em docx, pdf ou txt
Você está na página 1de 23

INSTITUTO POLITÉCNICO VÉNUS-CHIMOIO

Curso: TMG
Cadeira: Seminário Preparatório Inicial
1º Ano
Tema: Origem do Sistema Nacional de Saúde
Fundamentos do Sistema Nacional de Saúde (SNS)

Chimoio, Outubro de 2021


1
INSTITUTO POLITÉCNICO VÉNUS-CHIMOIO

Curso: TMG
Cadeira: Seminário Preparatório Inicial
1º Ano
Tema: Origem do Sistema Nacional de Saúde
Fundamentos do Sistema Nacional de Saúde (SNS)

Formandos:
Ø Edna Judá
Ø Ester Artur Chavier
Ø Sarbana da Melucha Miguel Murrombe
Ø Stiven Abietar Januário
Ø Jacinta Zeca Gorongosa
Ø Vanilda da Iva Rodrigues Rafael

Trabalho de carácter avaliativo a ser


entregue no Instituto Politécnico
Vênus, recomendado pelo Formador:
Hélio João Elias
Chimoio, Outubro de 2021

1
Índice

Introdução....................................................................................................................................2

Objectivos....................................................................................................................................3

Geral.............................................................................................................................................3

Específicos...................................................................................................................................3

Metodologia do trabalho..............................................................................................................3

Origem do Sistema Nacional de Saúde........................................................................................4

Fundamentos do Sistema Nacional de Saúde (SNS)...................................................................4

Saúde mental................................................................................................................................4

Malária.........................................................................................................................................5

HIV/SIDA....................................................................................................................................8

Estratégia compreensiva do programa alargado de vacinação...................................................14

Lepra..........................................................................................................................................15

Nutrição......................................................................................................................................15

Conclusão...................................................................................................................................17

Referências.................................................................................................................................18
Introdução

Neste trabalho faremos um pequena abordagem sobre o Sistema Nacional de Saúde. Durante os
anos 70, com base nos diferentes tipos de socialismo africano e restrições económicas
relacionadas com a geopolítica e assuntos sociais internos, países como Moçambique lutaram
para construir um sistema de saúde pública abrangente baseado em agentes comunitários de
saúde, postos e centros de saúde, hospitais rurais e hospitais provinciais maiores. O sistema de
saúde público moçambicano incrementou fortemente a sua infraestrutura em apenas dez anos, de
326 unidades de saúde em 1975 para 1.195 em 1985, tornando-se num modelo de Cuidados de
Saúde Primários, apostando na equidade e eliminando o serviço médico colonial que enfatizava o
cuidado curativo e urbano. Nos anos 80 e 90, Moçambique passou por profundas mudanças
sociais, económicas e políticas.

3
Objectivos

Geral

 Conhecer a Sistema Nacional de Saúde

Específicos

 Caracterizar a origem do SNS


 Apresentar os fundamentos do SNS

Metodologia do trabalho

A Metodologia usada para a realização deste trabalho foi levantamento bibliográfico


retrospectivo de várias obras pertencente a vários autores e que abordam de diferentes formas o
tema em estudo.

4
Origem do Sistema Nacional de Saúde
O Sistema Nacional de Saúde (SNS) em Moçambique compreende o setor público, o setor
privado com fins lucrativos, o setor privado com fins não lucrativos e o comunitário. Destes, o
setor público, ou seja, o Serviço Nacional de Saúde (SNS), é o principal prestador de serviços de
saúde a nível nacional. Quanto ao setor privado com fins lucrativos, está a desenvolver-se
gradualmente, especialmente nas grandes cidades. Contudo, o crescimento destes prestadores
está condicionado ao aumento dos rendimentos dos agregados familiares. O SNS está organizado
em quatro níveis. Os Níveis I e II são os mais periféricos, tendo como missão a prestação de
cuidados primários e o encaminhamento dos pacientes com condições clínicas mais graves -
complicações no parto, traumas, emergências médicas e cirúrgicas, entre outras - para os níveis
seguintes. O Níveis III e IV estão basicamente destinados à prestação de cuidados de saúde
curativos especializados. Em geral, os cuidados primários continuam a ser a estratégia dominante
na intervenção na saúde, tendo como objetivo a redução das altas taxas de mortalidade impostas
por doenças transmissíveis. Os problemas de saúde associados às altas taxas de mortalidade
materna são igualmente áreas de intervenção prioritárias. Todas estas intervenções, no quadro da
estratégia do estado, são componentes de relevo do Plano de Ação para a Redução da Pobreza
Absoluta (PARPA).

Fundamentos do Sistema Nacional de Saúde (SNS)


Saúde mental
O objectivo do programa de cuidados de saúde mental é desenvolver e intensificar as actividades
de Saúde Mental e de assistência psiquiátrica no SNS.
As estratégias inseridas no programa são:
1. Redução da doença mental crónica.

2. Criação de mecanismos para a monitorização do consumo de álcool e outras drogas.

3. Integração da Saúde mental a outras estratégias intersectoriais.

4. Criação de mecanismos para o controlo do consumo e comercialização do tabaco (lei


11/2007).

5
5. Criação de cursos médios de psiquiatria e superiores de psicologia clínica e terapia
ocupacional.

Malária

O MISAU tem por objectivo reduzir a morbi e mortalidade devido a malária na população em
geral através da coordenação e apoio a intervenções de prevenção e controlo da malária. Para o
efeito tem traçadas as seguintes intervenções, inseridas no Programa Nacional de Controlo à
Malária:
Controle Vectorial Integrada – é composta por várias intervenções de controlo vectorial,
seleccionadas com base nos factores locais que determinam a transmissão da malária.
 A pulverização intradomiciliária (PIDOM);

 O uso de redes mosquiteiras impregnadas com insecticidas de longa duração (REMILD


ou REMITIL);

 O controlo larval e a redução de potenciais criadouros /Gestão ambiental (que inclui


todos os métodos físicos, químicos e biológicos para o controlo larval).

 A vantagem principal do controle vectorial integrado é a sua flexibilidade e possibilidade


de combinar várias intervenções complementares ou aditivas, reduzindo deste modo o
risco de fracasso da utilização de uma única intervenção.

 A PIDOM é um dos métodos mais eficazes no controlo do mosquito adulto, vector da


malária, e pode resultar na redução do nível de transmissão da malária.

 A REMILD/REMITIL é um método preventivo eficaz e pode reduzir a mortalidade


infantil em aproximadamente 25%. Uma análise de estudos feitos em África provou que
as redes mosquiteiras impregnadas reduzem episódios clínicos de malária em 48% e
melhoram o estado de anemia em 0.5 g/dl em média (9, 10).
 O controlo larval do mosquito vector tem potencial para ser eficaz sempre que os
criadouros alvo estejam bem definidos e sejam limitados em número, particularmente nos
centros urbanos.

6
Diagnóstico Precoce e Tratamento Correcto – têm como objectivos:
 Expansão da capacidade diagnóstica laboratorial e melhorar a qualidade do diagnóstico
laboratorial e do tratamento da malária nas unidades sanitárias.
 Expansão da capacidade de diagnóstico laboratorial (com Teste de Diagnóstico Rápido -
TDR) e garantia de tratamento apropriado a nível da comunidade.
 Garantia do fornecimento de medicamentos eficazes (terapia combinada) e materiais e
reagentes laboratoriais às US e aos agentes polivalentes elementares (APE).
 Garantia da qualidade do manejo de casos da malária não complicada e grave, incluindo
ao nível da comunidade.
 Garantia de um sistema de referência desde o nível comunitário ao nível mais
diferenciado.

Com a implementação de novas políticas de tratamento, baseadas em combinações terapêuticas


com derivados de artemisinina (CTA), a confirmação da suspeita clínica de malária através do
laboratório é crucial, pois estes antimaláricos têm como principal objectivo a eliminação dos
parasitas circulantes no sangue do indivíduo infectado e não apenas aliviar os sintomas. Por
outro lado, é importante que os novos antimaláricos sejam usados, sempre que possível, apenas
em doentes com malária confirmada e com a devida disciplina e rigor no cumprimento das
dosagens, como forma de evitar uma rápida selecção de estirpes de Plasmodium resistentes aos
novos antimaláricos e de diminuir os custos do tratamento da malária.
Em áreas de transmissão estável da malária, as mulheres grávidas, as crianças menores de 5 anos,
pessoas com imunodepressão e viajantes não imunes são tipicamente os que estão em alto risco
de doença grave e morte por malária.
Nas zonas rurais do país, o acesso aos serviços formais de saúde é extremamente limitado; o
diagnóstico e tratamento baseados na comunidade são uma alternativa estratégica e apropriada
para reduzir a morbi-mortalidade por malária.

Prevenção da Malária na Gravidez – consiste em:


 Tratamento intermitente presuntivo (TIP) com Fansidar (sulafadoxina-pirimetamina) da
mulher grávida a partir das 20 semanas de gravidez.

7
 Distribuição na CPN de redes mosquiteiras tratadas com insecticida de longa duração
(REMILD/REMITIL) a todas as mulheres grávidas.
 Manejo correcto de casos de malária na gravidez.
 Apoio à revisão das fichas e livros de registo e recolha de dados da CPN.
 Formação de enfermeiras de saúde materna e infantil sobre o pacote de intervenções da
malária na gravidez.
 Supervisão das actividades de prevenção da malária na gravidez.
A promoção de medidas de prevenção da malária na gravidez, com recurso ao TIP e a medidas
de protecção individual (REMILD) e colectiva (PIDOM) constituem as principais armas para
reduzir a morbilidade e mortalidade materno-infantil no país.

Promoção de Saúde e Envolvimento Comunitário


 Saturação do país com mensagens chave que sejam simples, consistentes e baseadas em
dados nacionais sobre controlo da malária

 Uso de métodos inovadores para encorajar mudanças de comportamentos positivos

 Utilização das rádios comunitárias para disseminar as mensagens


 Actividades de comunicação multicanais, consistentes e baseadas em evidências são de
suma importância nas intervenções de controlo da malária e podem resultar numa
mudança de comportamento.
A participação activa da comunidade pode aumentar a eficácia dos esforços de controlo da
malária e facilitar a sustentabilidade das intervenções.

Prontidão e Resposta a Emergências e Epidemias – compreendem:


 Capacidade para responder atempadamente aos surtos de malária em situações de
emergência, de forma a minimizar a sua magnitude e duração, e a morbilidade e
mortalidade a eles associados.

 Preparação adequada que permita uma mobilização rápida de recursos e resposta aos
planos de contingência para emergências do Instituto Nacional de Gestão das
Calamidades (INGC).

8
Moçambique é altamente susceptível a desastres com destaque para cheias e ciclones, com
consequências sociais e económicas de grande vulto. A consequência directa é a redução das
condições básicas de vida, na forma de falta de habitação condigna, agravamento do saneamento
básico e falta de água potável. Deste modo a vulnerabilidade à malária (e a outras doenças, como
doenças diarreicas, por exemplo) é muito alta nos locais afectados por desastres naturais,
havendo situações de ocorrência de surtos. O PNCM (Programa Nacional de Controlo da
Malária) deverá estar munido de capacidade para detectar surtos através da utilização dos dados
de rotina do Sistema de Informação em Saúde (SIS), postos sentinela e dados de previsão
meteorológica.

HIV/SIDA
Moçambique está entre o grupo dos 10 países do mundo com taxas mais altas de prevalência de
infecção por HIV. Em 1999, foi produzido o Plano Estratégico Nacional (PEN) de combate ao
HIV/SIDA, que apresenta uma abordagem multi-ssectorial com actividades viradas à mudança
de comportamento e distribuição de preservativos e, na responsabilidade do MISAU, actividades
que garantem Biossegurança nas actividades do sector da saúde, transfusões seguras, diagnóstico
e tratamento das Infecções de Transmissão Sexual, diagnóstico e tratamento das Infecções
Oportunistas incluindo a Tuberculose, e Vigilância Epidemiológica e Monitorização, todas elas
para priorizar a prevenção.
O objectivo do PEN é, pois, oferecer uma combinação adequada de serviços de saúde
preventivos e curativos, de forma que sejam reduzidas a transmissão sexual e a vertical, evitando
a transmissão do HIV nas unidades sanitárias, e prolongado o tempo e a qualidade de vida das
pessoas vivendo com HIV/SIDA, incluindo os próprios trabalhadores de saúde. Tal objectivo é
assegurado por meio das seguintes estratégias:

Reduzir a transmissão sexual

 Aumentar a cobertura do diagnóstico e tratamento das ITS.

 Reduzir os comportamentos sexuais de alto risco nos jovens de 10 a 24 anos através da


expansão dos Serviços Amigos dos Adolescentes e Jovens.

9
Reduzir a transmissão vertical

 Aumentar o número de recém-nascidos de mães HIV+ protegidos contra a infecção por


HIV.

Evitar a transmissão nas unidades sanitárias

 Garantir a testagem para HIV de todas as colheitas de sangue para transfusão.


 Aumentar a biossegurança dos procedimentos médico-cirúrgicos invasivos.

Reduzir o impacto do HIV/SIDA sobre os trabalhadores de saúde

 Reduzir a vulnerabilidade dos trabalhadores de saúde às infecções acidentais e o impacto


da doença sobre o seu estado de saúde e psicossocial.

Aumentar a sobrevivência e qualidade de vida das pessoas HIV+

 Aumentar a possibilidade de diagnóstico serológico nos UATS (Unidade de Atendimento


e Testagem em Saúde), serviços de SMI-maternidade, e laboratórios clínicos.
 Expandir a capacidade de diagnóstico, tratamento e prevenção das infecções oportunistas
aos níveis mais básicos da rede.
 Providenciar atendimento especializado de qualidade, incluindo tratamento anti-retroviral
nas em unidades sanitárias dos SNS (Serviços Nacional de Saúde).
 Melhorar a qualidade de vida dos doentes em fase terminal com iniciativas bem
coordenadas de apoio domiciliar.

Tuberculose

O Programa Nacional de Controlo da Tuberculose (PNCT) têm como principais objectivos:

 Reduzir a mortalidade, morbilidade e transmissão da Tuberculose


 Prevenir o surgimento de resistências as drogas
 Acelerar a expansão e a melhoria da qualidade dos serviços de DOT (Directa Observação
da Toma) comunitário, fortalecimento do sistema de saúde para o apoio à estratégia de
DOT e fortalecimento de parcerias para o controlo da tuberculose.

10
A estratégia para o alcance desses objectivos é a expansão dos cuidados prestados com vista a
aumentar o diagnóstico e tratamento de TB à população mais vulnerável. Para tal, foram
estabelecidas as seguintes intervenções:

Expandir e melhorar a qualidade e cobertura dos DOTs comunitários

 Detecção de casos através de bacteriologia de qualidade garantida (despistar mais de 70%


dos casos de tuberculose infecciosa do ponto de vista de saúde pública – bacilíferos ou
BK positivos).
 Tratamento uniformizado com supervisão e apoio ao paciente (curando mais de 85% de
casos novos de Tuberculose bacilífero).
 Um sistema de suprimento e gestão de medicamentos efectivo.
 Monitoria e avaliação do impacto do sistema.

Enfrentar TB/HIV, TB-MDR/XDR (TB Multi e Extremamente Droga Resistente) e outros


desafios

 Implementar actividades integradas de TB/HIV.


 Dirigir maior atenção a prisioneiros, refugiados e outros grupos de risco como crianças e
vítimas de calamidades naturais.

Empoderamento de pessoas com TB e de comunidades

 Comunicação e mobilização social.


 Participação da comunidade em cuidados de TB.
 Abrir espaço para os pacientes participarem em cuidados de TB.

Saúde sexual e reprodutiva dos adolescentes e jovens (SSRAJ)


Adolescência é o período que marca a transição da infância para a vida adulta, durante o qual se
operam muitas transformações, inter-relacionadas, ao nível do corpo, da mente e das relações
sociais do indivíduo. São estas transformações que torna a adolescência um período crítico,
turbulento e difícil em qualquer sociedade.
É durante a adolescência que o indivíduo ganha consciência da sua sexualidade, estando exposto
a várias situações de risco desde os ligados à sua sexualidade, à droga, ao alcoolismo, entre

11
outros, e adoptando também comportamentos e estilos de vida que irão determinar o tipo de
adulto que ele será.
Promover a saúde do adolescente implica uma abordagem multissectorial e intervenções sobre
diferentes áreas da qual a componente saúde é uma das partes.
O objectivo do programa de saúde sexual e reprodutiva é criar a capacidade nacional para a
abordagem multissectorial e descentralizada da saúde integral do adolescente e jovem com
ênfase na saúde reprodutiva, de modo a prestarem-se cuidados de saúde de boa qualidade
acessíveis e adequados às necessidades dos adolescentes e jovens.
Algumas estratégias implementadas incluem:
Criação de ambiente favorável para SSRAJ/DTS/HIV/SIDA

 Clarificar o conceito de Saúde integral e de Saúde Sexual e Reprodutiva do Adolescente,


incluindo DTS/HIV/SIDA entre pais, educadores, líderes religiosos, culturais, fazedores
de política;
 Criar um ambiente legal que facilite e proteja a provisão de serviços de saúde específicos
e amigos dos adolescentes;
 Estimular a participação comunitária nos programas de saúde dirigidos aos adolescentes.

Informação, Educação e Comunicação para mudança de comportamento

 Desenvolver ou adaptar materiais de IEC (Informação Educação e Comunicação) em


diferentes línguas locais e adaptados a região e grupo alvo;
 Treinar profissionais de nível médio em temas de SSR (Saúde Sexual Reprodutiva) de
modo a difundir mensagens correctas e adequadas que produzam impacto sobre os
atingidos.

Provisão de serviços e aumento de sua utilização

 Aumentar o acesso dos adolescentes e jovens a serviços de saúde específicos adequados


às suas necessidades através da expansão de serviços onde haja um ambiente acolhedor
de privacidade, confidencialidade e respeito pelos seus valores morais.

Oferecer serviços que satisfaçam as necessidades dos adolescentes, como:

12
 Gravidez precoce e indesejada;
 Aborto e suas complicações;
 Its e outras infecções do trato reprodutivo incluindo hiv/sida;
 Violência e abuso sexual;
 Tóxico dependência;
 Saúde mental.

Envolvimento dos jovens e melhoria de suas habilidades para a vida

 Incentivar e assegurar a participação dos adolescentes nos seus próprios programas,


através do seu pleno envolvimento nos processos de elaboração de políticas, tomada de
decisão, desenho e implementação dos programas a eles destinados.

Saúde Escolar e Cuidados de Saúde do Jovem e Adolescente


O objectivo deste programa é promover, desenvolver e dinamizar os programas de Saúde
Escolar, dos adolescentes e dos jovens.
As principais actividades desta estratégia são:
 Desenvolvimento de programas multissectoriais de atenção aos adolescentes e jovens;
 Promoção de Saúde nas escolas e em adolescentes e jovens;
 Assegurar serviços de assistência as vítimas de abuso sexual;
 Capacitar provedores em Saúde Sexual e Reprodutiva para Adolescentes e Jovens
(SSRAJ);
 Expandir o número de SSRAJ;
 Capacitar professores em matéria de Saúde Escolar e primeiros (1º s) socorros.

Plano Estratégico de Saúde Neonatal e Infantil (PESNI)


As principais causas directas da elevada mortalidade de crianças estão associados a redução de
estratégias efectivas de prevenção das doenças, assim como a fracas alternativas de tratamentos
possíveis nos serviços de atenção primária de saúde e a falta de melhores práticas e cuidados a
nível das famílias e da comunidade no geral.

13
Em Moçambique as principais doenças que afectam as crianças abaixo dos 5 anos são atribuídas
em geral a causas evitáveis e incluem: malária, infecções respiratórias agudas (IRA), diarreia,
sarampo, anemia, meningite, parasitoses intestinais, tuberculose, malnutrição e HIV/SIDA.

O objectivo deste plano é garantir o acesso a assistência de qualidade a todos níveis do Sistema
Nacional de Saúde incluindo famílias e comunidades para melhorar a saúde dos recém-nascido e
crianças até a idade escolar.
Algumas das intervenções a ser levadas a cabo:
Estilos de vida e ambiente saudável

 Promoção do uso da REMITIL para grávidas e crianças menores de 5 anos

 Promoção da prática da lavagem das mãos, higiene individual

 Educação nutricional para as mães e crianças

Cuidados para com recém-nascidos na primeira semana de vida

 Cuidados neonatais básicos: prevenção da hipotermia (temperatura corporal abaixo de


35ºC), da hipoglicemia (quantidade baixa de açúcar no sangue), e cuidados do cordão
umbilical.

 Reconhecimento dos sinais de perigo incluindo os da sífilis congênita

 Início precoce do aleitamento materno exclusivo (na primeira hora de vida)

 Promoção do método Mãe Canguru (colocar a criança deitada sobre o tronco da mãe após
o nascimento, de modo a garantir transmissão de calor e incentivar o início da sucção)

 Visitas ao domicílio na 1ª semana de vida

 Aconselhamento sobre a importância do cartão de peso

Até aos 5 anos de vida

 Aleitamento materno exclusivo (AME) nos 6 primeiros meses


 Alimentação complementar a partir dos 6 meses
 Reconhecimento dos sinais de perigo incluindo o tétano neonatal
14
 Expansão do pacote do AIDI (atenção integrada às doenças da infância) comunitário
(incluindo o controlo de crescimento
 Terapia de reidratação oral, inclui SRO melhorado
 Manejo e tratamento da malária não complicada
 Cumprimento do calendário vacinal do PAV, no primeiro ano de vida

Crianças dos 5 aos 10 anos

 Rastreio e referência da cárie dentária


 Prevenção, identificação e tratamento ou referência dos problemas da pele nas crianças
em idade escolar
 Desparasitação regular nas crianças em idade escolar

Cuidados pré-natais

 Promoção de pelo menos 4 consultas pré-natais incluindo PTV (Programa de


Transmissão Vertical – prevenção da transmissão do HIV da mãe para o filho)
 Prevenção das ITS (Infecções de transmissão Sexual), incluindo HIV e sífilis
 Distribuição/Promoção do uso das REMITIL para as grávidas
 Aconselhamento nutricional das mulheres grávidas e Aleitamento Materno Exclusivo até
aos 6 meses
 Implementação do pacote nutricional básico (suplementação com sulfato ferroso para
prevenção da anemia na gravidez no pré e pós parto, TIP, desparasitação na gravidez,
suplemento com iodo, Vitamina A pós parto, entre outras)

Estratégia compreensiva do programa alargado de vacinação


A imunização da criança e da mulher em idade reprodutiva constitui uma das intervenções com
menor custo, quando comparados com os resultados, para a redução da morbi e mortalidade
neonatal/infantil (Gage et al., 2005).
Desde finais de 2006, o Ministério de Saúde possui um plano compreensivo do Programa
Alargado de Vacinações (PAV). Sendo que um dos objectivos do PAV é de proteger todas as
mães e suas crianças menores de 5 anos de doenças preveníveis por vacinas e através deste feito
contribuir para a redução da morbilidade, incapacidade e mortalidade.

15
As principais actividades desta estratégia são:
 Re-estabelecer vacinação móvel regular para comunidades de difícil alcance;

 Garantir provisão de vacinas e material de vacinação de qualidade;

 Mobilização social e comunicação;

 Monitoria, avaliação e vigilância de doenças preveníveis por vacinas integradas no PAV


fortalecidas;

 Supervisão regular.
Lepra
O objectivo do programa de luta contra a lepra é reduzir a ocorrência da Lepra, para níveis que
não constituam um problema de Saúde Pública, e alcançar e manter o estado de pós-eliminação
(< 1 caso em cada 10.000 habitantes) da Lepra ao nível nacional, provincial e distrital.
As estratégias inseridas no programa são:
 Implementação de todos os mecanismos com vista a eliminar a Lepra;

 Diagnóstico precoce, manejo e registo adequados dos casos de Lepra

 Expansão do tratamento multi-droga para casos de Lepra;

 Promoção do envolvimento comunitário na prevenção e controlo da Lepra;

 Integração das actividades de combate da lepra nos serviços gerais de Saúde, para aliviar
as complicações da Lepra.

 Prevenir o risco de desenvolvimento de sequelas de Lepra

Nutrição
O estado nutricional da população Moçambicana continua a preocupar. Muitas crianças ainda
sofrem e morrem de desnutrição crónica devido em grande parte à baixa taxa de cobertura do
aleitamento exclusivo até aos 6 meses. No ano 2003, o nosso país registou uma taxa de cobertura
de aleitamento exclusivo em apenas 30%. Isto significa que a maior parte das crianças tem uma
alimentação inadequada visto que a alimentação suplementar inadequada é introduzida antes dos
6 meses, devido a questões culturais particularmente. As crianças também morrem e sofrem

16
devido ao baixo peso à nascença, as avitaminoses associadas ao elevado nível de pobreza e ao
grau de insegurança alimentar no país.
Grande parte das estratégias para melhorar o estado de nutrição encontra-se inserida nos
programas de saúde materna e infantil e incluem a promoção do aleitamento materno exclusivo
até aos 6 meses, vacinação, desparasitação e suplementação com vitaminas e minerais.

O objectivo do programa de cuidados de saúde mental é desenvolver e intensificar as actividades


de Saúde Mental e de assistência psiquiátrica no SNS

O objectivo do programa de malária é reduzir a morbi e mortalidade devido a malária na


população em geral através da coordenação e apoio a intervenções de prevenção e controlo da
malária.

O programa de controlo de HIV/SIDA e ITS envolve a redução da transmissão sexual, redução


da transmissão vertical, evitar a transmissão nas unidades sanitárias, reduzir o impacto do
HIV/SIDA sobre os trabalhadores de saúde, aumentar a sobrevivência e qualidade de vida das
pessoas HIV+.

O programa de controlo da tuberculose visa reduzir a mortalidade, morbilidade e transmissão da


tuberculose em coordenação com o programa de HIV.

O objectivo do programa de saúde sexual e reprodutiva é criar a capacidade nacional para a


abordagem multissectorial e descentralizada da saúde integral do adolescente e jovem com
ênfase na saúde reprodutiva, de modo a prestarem-se cuidados

Um dos objectivos do PAV é de proteger todas as mães e suas crianças menores de 5 anos de
doenças preveníveis por vacinas e através deste feito contribuir para a redução da morbilidade,
incapacidade e mortalidade

O objectivo do programa de luta contra a lepra é reduzir a ocorrência da Lepra, para níveis que
não constituam um problema de Saúde Pública, e alcançar e manter o estado de pós-eliminação
(< 1 caso em cada 10.000 habitantes) da Lepra ao nível nacional, provincial e distrital.

17
Grande parte das estratégias para melhorar o estado de nutrição encontra-se inserida nos
programas de saúde materna e infantil e incluem a promoção do aleitamento materno exclusivo
até aos 6 meses, vacinação, desparasitação e suplementação com vitaminas e minerais.

18
Conclusão
Neste trabalho concluímos que a o Sistema Nacional de Saúde e a MISAU tem um papel muito
relevante na área de saúde uma vez que reduz o índice de mortalidade, com a criação de diversos
Programas de propagação de saúde pública e prevenção de doenças.
Ainda a criação de mecanismos que consistem na recolha de dados para o controle de uma certa
doença de modo a reduzir a sua propagação.

19
Referências
MISAU: Estratégia nacional da TB 2008–2012.
MISAU, MANUAL CLÍNICO DE TUBERCULOSE, 2007
MISAU: Plano Estratégico de Saúde 2007–2012.
MISAU: Plano nacional de malária 2010 – 2014.
MISAU: Plano estratégico nacional de combate a ITS/HIV/SIDA sector saúde 2004 – 2008.
MISAU: Plano de monitoria e avaliação do PAV.
MISAU: Plano estratégico de saúde neonatal e infantil.
MISAU: Políticas e estratégia de saúde sexual e reprodutiva de adolescentes. (2004).

20

Você também pode gostar