Logicai 160826123033
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F. Savater ................................................................................................................................. 7
Função referencial............................................................................................................ 8
Cibernética ............................................................................................................................. 14
Informática............................................................................................................................. 14
Inteligência artificial............................................................................................................... 15
Princípio do terceiro excluído (ou do meio excluído) e a negação dos conceitos ......... 17
Princípio da razão suficiente .......................................................................................... 18
Princípio da causalidade................................................................................................. 18
Princípio de substancialidade......................................................................................... 18
Princípio da finalidade.................................................................................................... 18
Princípio da realidade..................................................................................................... 18
Simples ........................................................................................................................... 20
Compostos...................................................................................................................... 20
Concretos ....................................................................................................................... 20
Abstractos....................................................................................................................... 20
Universais ....................................................................................................................... 20
Particulares..................................................................................................................... 20
Singulares ....................................................................................................................... 20
Contraditórios ................................................................................................................ 21
Contrários ....................................................................................................................... 21
Relativo........................................................................................................................... 21
Unívocos ......................................................................................................................... 21
Equívocos........................................................................................................................ 21
Análogos ......................................................................................................................... 21
Adequados...................................................................................................................... 21
Inadequados ................................................................................................................... 21
Claros .............................................................................................................................. 21
Obscuros......................................................................................................................... 21
Distintos.......................................................................................................................... 21
Confusos ......................................................................................................................... 21
A definição ............................................................................................................................. 21
Regras de definição................................................................................................................ 23
A definição não deve ser negativa quando pode ser afirmativa. .................................. 24
Os indefiníveis........................................................................................................................ 25
Indivíduos ....................................................................................................................... 25
Conclusão............................................................................................................................... 26
Introdução
No presente trabalho irei falar da introdução a lógica I, onde irei ver várias definições da
lógica, da lógica espontânea e lógica como ciência, da linguagem e comunicação, do modelo de
explicação de Roman Jakobson, das dimensões fundamentais do discurso (semântica,
sintáctica e pragmática), das dimensões acessórias do discurso, os novos domínios da
explicação da lógica, dos princípios da razão, da lógica do conceito e termo, da classificação, de
como definir um conceito e os tipos ou espécies de definição
1.Introdução a lógica 1
Há uma lógica curiosa e convincente, mesmo no mais perverso pensamento humano.
Immanuel Kant
Objecto da lógica
Tendo em conta o objecto de estudo da lógica, analisemos a definição segundo a qual a lógica é
a “ciência das condições do pensamento correcto e do pensamento verdadeiro”. Esta
definição conduz-nos há um duplo objecto de estudo da lógica: objecto formal e objecto
material.
Objecto formal
A lógica preocupa-se com a análise da relação dos elementos envolvidos no enunciado, se estes
são coerentes e não tem nenhuma contradição interna.
Objecto material
A lógica preocupa-se não só com a coerência do enunciado mas também a sua concordância
com a realidade.
Lógica espontânea e lógica como ciência
O facto de a lógica apresentar-se como ciência que analisa as regras de produção de um
raciocínio válido não quer dizer que todo aquele que não teve tal instrução não seja capaz de
elaborar enunciados lógicos. A inteligência humana impõe que se ordenem os pensamentos e
que estes tenham uma concatenação entre si. Esta concatenação é o que se chama lógica, e por
ser conatural ao Homem, é qualificado como “lógica espontânea”.
Lógica espontânea
É a ordem que a razão humana segue naturalmente nos seus processos de conhecer e nomear
as coisas.
F. Savater, na obra ética para um jovem (Lisboa, dom quixote, 2005) , defende que a
linguagem humana é a base de toda a cultura e, consequentemente, o fundamento da
humanidade. O ser humano, quando nasce, nasce como uma realidade biológica e, sobre tudo,
realidade cultural, sendo, por isso, uma realidade aberta; nasce dotado de um potencial
genérico que lhe permite aprender a linguagem para responder à necessidade humana da
comunicação. Porém, a aprendizagem da linguagem só pode ser feita através da língua, num
determinado contexto cultural, pois toda a linguagem é linguagem de uma determinada cultura
humana.
Linguagem e comunicação
Se antes o termo “comunicação ″ podia ser entendido apenas como processo de transmissão
e recepção de mensagens simples ou complexas no meio oral, escrito ou gestual, nos tempos
em que vivemos a comunicação é um fenómeno complexo e global que abrange os meios
habituais e um conjunto extenso de novos meios, produtos das novas tecnologias e mensagens
muito diversas.
A relação entre linguagem, pensamento e discurso deve-se ao facto do discurso ser uma
manifestação do pensamento e um acontecimento da linguagem. E nisto os linguistas e os
filósofos estão de acordo.
Existem, outras dimensões que não devemos ignorar e que abordaremos de seguida ; são elas:
linguística, textual, lógico- racional, expressiva ou subjectiva, intersubjectiva ou
comunicacional, argumentativa, apofântica ou representativa, comunitária,
institucional e ética.
Dimensão sintáctica
A palavra “sintaxe” deriva do grego sintaxes (co-ordem, coordenado). Define-se a sintaxe
como a parte da gramática que trata das regras combinatórias entre os diversos elementos da
frase. A uma mais abreviada, podemos dizer que a sintaxe trata da relação interlinguística dos
signos entre si ou que estuda as relações internas que os signos mantêm entre si.
Dimensão semântica
O termo “semântico” no grego “semantiké”, que significa “arte da significação” ou “arte
dosignificado”. Michel Bréal (1832-1915), linguista francês fundador da semântica, define a
semântica como a ciência que se dedica ao estudo das significações. Para Michel Meyer, a
semântica trata da relação dos signos com o seu significado, logo, com o mundo.
A semântica trata das relações dos signos com os seus significados e destes com a realidade a
que dizem respeito.
Dimensão pragmática
A palavra “pragmática” no grego “pragmatiké”, de “pragma” (acção). Entre os precursores
da pragmática destaca-se o filosofo e critico literário alemão VonHumboldt (1767-1835), que
afirma que a essência da linguagem e a acção.
Meyer define a pragmática como a disciplina que se prende com os signos na sua relação com
os utilizadores. Pode considerar-se como fundador da disciplina Charles Morris, que exigiu a
pragmática como complemento da sintaxe e da semântica. Na comunicação, segundo Morris,
há um signo, um significado e um intérprete, desenrolando-se entre eles uma tríplice relação. A
atitude pragmática diz respeito a procura de sentido nos sistemas dos signos, tratando-os na
sua relação com os utilizadores, considerando sempre o contexto, os costumes e as regras
sociais.
Qualquer texto, oral ou escrito, representa fundamentalmente a realização de um acto que não
é apenas locutório, mas representa igualmente um acto ilocutório e um acto perlocutório.
Se consideramos o que dissemos anteriormente, facilmente concluiremos que, do ponto de
vista pragmático, interessa sobretudo considerarmos os aspectos.
Estas três dimensões do discurso não podem ser isoladas, pois são intrinsecamente
indissociáveis. Vejamos, algumas razões explicativas e justificativas da indissociabilidade destas
dimensões, que estabelecem a tríplice relação dos elementos semióticos.
Dimensão linguística
O discurso tem uma dimensão linguística, dado que é um acto individual de fala em que um
emissor enuncia algo numa determinada língua.
Dimensão textual
O discurso efectiva-se sempre num texto escrito ou oral que se constitui como uma sequência
de enunciado ordenados de uma forma coerente.
Dimensão lógico-racional
O discurso é formulado de acordo com uma dada sequência e encadeamento lógico de
proposições.
Dimensão expressiva/subjectiva
O discurso, porque é humano, é sempre expressão de sentimentos, pensamentos, argumentos,
emoções e perspectivas de um dado sujeito.
Dimensão intersubjectiva/comunicacional
O discurso pressupõe sempre a possibilidade de comunicação entre sujeitos: comunicação com
o outro ou outros.
Dimensão argumentativa
No discurso em situação de diálogo, ou outra, o (s) sujeito (s) comunica (m) as suas razões,
argumentos e provas para justificar os seus pensamentos e posições.
Dimensão apofântica
Esta designação foi originalmente estabelecida por Aristóteles e traduz a relação do discurso
com a realidade.
O discurso é sempre um juízo sobre alguma realidade, refere a verdade ou falsidade das coisas
a que diz respeito e traduz sempre uma representação do real.
Dimensão ética
O discurso devera obedecer e respeitar um código do discurso a que podemos chamar “ética
da discussão”, “ética argumentativa” ou “ética da comunicação”. Esse código define que
os participantes no discurso podem e devem:
Cibernética
A palavra “cibernética” tem origem no grego “kibernéties”, que, segundo Platão, designa a
arte de pilotar navios. Como ciência, a origem da cibernética remota aos anos trinta do século
XX, quando a comunidade científica e filosófica debatia a questão das novas ma quinas. São de
grande importância para o surgimento da cibernética as contribuições.
Informática
O desenvolvimento dos computadores acabou conduzindo à criação de uma nova ciência
aplicada, a informática. Esta ciência dedica-se ao estudo do tratamento automático da
informação, que é fornecida a uma máquina a partir do meio exterior.
Inteligência artificial
A forma refere-se à estrutura do raciocínio ou pensamento sendo, por isso, sujeita à validade
ou à não validade.
Princípio da razão
Os princípios da razão são fundamento e garantia da coerência do pensamento. A sua
importância é tal que sem eles não poderíamos pensar nem formular qualquer verdade. Os
princípios da razão foram enunciados por Aristóteles na lógica clássica em termos de coisas e
são modernamente enunciados em termos de proposições. Uma proposição é a expressão
verbal do juízo, ou seja, uma proposição lógica é uma frase declarativa pela qual se expressam
juízos e sobre a qual se pode afirmar a falsidade ou verdade. Por razões metodológicas, nós
enunciá-los-emos seguindo as duas formas.
Princípio de identidade
Em termos de coisas:
Em termos de proposições:
Uma coisa não pode ser e não ser simultaneamente, segundo uma mesma perspectiva.
Em termos de proposições:
Uma proposição não pode ser verdadeira e falsa ao mesmo tempo, segundo uma
mesma perspectiva;
Uma proposição e a sua negação não podem ser simultaneamente verdadeiras;
Duas proposições contraditórias não podem ser simultaneamente verdadeiras.
Uma coisa deve ser ou, então, não ser; não há uma terceira possibilidade (o terceiro
excluído).
Em termos de proposições:
Uma proposição é verdadeira ou, então, é falsa; não há outra possibilidade;
Se encararmos uma proposição e a sua negação, uma é verdadeira e a outra é falsa; não
há terceiro termo;
De duas proposições contraditórias, se uma é verdadeira, a outra é falsa, e se uma é
falsa, a outra é verdadeira; não há terceira possibilidade.
Entretanto, numa lógica bivalente em que todo o juízo é necessariamente verdadeiro ou falso,
estes três princípios fundem-se num só, podendo ser enunciado da maneira seguinte:
Duas proposições contraditórias são a negação da outra não podem ser nem ambas verdadeiras
nem ambas falsas; se uma é verdadeira a outra é falsa e se uma é falsa reciprocamente a outra
é verdadeira.
Princípio da razão suficiente –“tudo o que existe tem razão suficiente em si mesmo
ou noutro considerado sua causa”.
Princípio da causalidade –“todo o efeito pressupõe uma causa”; “o que vem a ser
exige uma razão explicativa”.
Princípio de substancialidade –“tudo o que é acidental pressupõe a substância”; “o
que muda supõe algo permanente”.
Princípio da finalidade -“todo o agente age para um fim”; “o fim é a primeira causa
na intenção e a ultima na realização “.
Princípio do determinismo –“há uma ordem natural das coisas tal que as mesmas
causas, postas nas mesmas circunstâncias, produzem os mesmos efeitos”.
Princípio da inteligibilidade –“o ser é inteligível”; “a ordem do ser é a ordem do
pensamento”.
Princípio da realidade–“o mundo exterior existe”.
O conceito como acto mental que qualifica uma classe de objectos ganha a sua forma na e pela
linguagem que permite fixa-lo e evoca-lo. A essa evocação ou fixação dá-se o nome de termo,
que podemos definir como expressão verbal de um conceito ou, ainda, roupagem convencional
e simbólica do conceito.
Se pensarmos nos objectos abrangidos pelo conceito “ser vivo”, podemos perceber melhor
esta relação, dado que a sua extensão é, de facto, enorme, pois abrange todas as plantas e
todos os animais.
Sendo assim, a sua compreensão é menor, constando apenas o facto de serem todos eles seres
que assimilam e se reproduzem.
Pelo contrário, a extensão do conceito “homem”é muito menor do que a do “ser vivo”. Por
isso, a sua compreensão é maior do que aquela. Portanto, quanto mais geral for o conceito,
tanto mais vazio de significação será, e quanto menos geral for o conceito, mais significativo e
compreensível será.
Convém notar que os géneros são conceitos cuja extensão constitui grandes ou menores
conjuntos, sendo que neles se agrupam outros conceitos ainda de menor extensão e que os
referentes dos mesmos têm e comum as mesmas características, mas cada um com a sua
diferença especifica.
Quanto à extensão:
A definição
A palavra “definir” provém do latim “definire”, que significa delimitar ou indicar limites.
Assim, definir um conceito é indicar os seus limites de modo a não se confundir com os demais
conceitos. Neste sentido, a definição é a operação lógica que consiste em determinar com rigor
a compreensão exacta de um conceito; é a explicitação e a especificação do seu significado.
Por isso, temos de indicar o género mais próximo do conceito que pretendemos definir e a sua
diferença específica, pela qual uma dada espécie se distingue das outras do mesmo género.
O Homem é um animal racional
O Homem – definido (ou espécie)
Animal – género próximo
Racional – diferença específica
Todavia, pode colocar-se a questão de critérios de selecção: com que critério seleccionamos?
Com que critério abstraímos?
Etimologia Esclarece o sentido da palavra “definir”, pelo recurso à sua origem, isto
é, ao étimo da palavra. Por exemplo: As bebidas alcoólicas fazem mal à
saúde. A filosofia é o amor do (pelo) saber.
Sinonímica Que se faz recorrendo a outra palavra com o mesmo significado. Por
exemplo:
Regras de definição
Para que uma definição seja considerada logicamente correcta, isto é, que delimite sem
ambiguidade o conjunto de objectos designado pelo termo a definir, deve obedecer
incondicionalmente às regras que a seguir apresentaremos. O conhecimento e a aplicação de
tais regras permitem construir definições queexprimem com precisão e clareza todas as
qualidades essenciais da classe ou conjunto designado pelo termo a definir.
A definição não deve ser circular ou o termo a definir não deve constatar na definição (regra da
não circularidade).
Na definição, aquilo que atribuímos ao sujeito deve acrescentar algo ao seu conceito, quer
dizer, a definição não deve conter o termo a definir nem termos da mesma família. Pelo
contrário, a nossa definição será circular (circulo vicioso).
Estaremos a violar, de igual modo, esta regra de não circularidade ao definirmos um conceito
recorrendo ao seu oposto. Por exemplo: “doce é algo que não amarga”; “comprido é o que
não é curto”; direito é o que não é torto”.
Como acabamos de ver, definir um conceito é explica-lo, é clarifica-lo, de modo que se possa
distinguir dos outros; acabamos também de ver que, a definição se faz indicando o seu género
mais próximo e a sua diferença específica. Entretanto, nem sempre isso é possível; por outras
palavras, nem todos os conceitos são definíveis. Assim, os conceitos considerados indefiníveis
são agrupados em três espécies. Vejamos:
Géneros supremos
Se toda definição começa pela inclusão do termo a definir no seu género mais próximo, os
géneros supremos são indefiníveis por excesso de extensão, dai não possuírem os seus géneros
mais próximos em que se possam incluir.
Indivíduos
Se os géneros supremos são indefiníveis por excesso de extensão, os indivíduos são indefinidos
por excesso de compreensão. Em virtude disso, torna-se muito difícil, descobrir num individuo
uma característica que seja suficiente para que se possa distinguir dos outros indivíduos
conhecidos ou por conhecer. Sendo assim, os indivíduos só podem ser nomeados ou descritos.
Nenhuma definição do “prazer” ou “dor”, “amargura” ou “doçura” nos tornaria mais claro o
que a experiencia sobre eles nos diz. Por isso compreende melhor o que é“prazer” ou “dor”,
“amargura” ou “doçura”, quem alguma vez teve essas experiencias do que aquele que ainda
não as teve.
Conclusão
No decorrer do trabalho realizado “introdução a lógica”, entendi que a lógica tem várias
definições, falamos também do objecto da lógica, onde encontramos o objecto formal que
preocupa-se com a análise da relação dos elementos envolvidos no enunciado, se estes são
coerentes e não tem nenhuma contradição interna e o objecto material a lógica analisa não só
a coerência do enunciado mas também a sua concordância com a realidade. Entre outras
coisas.