Logicai 160826123033

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 26

Índice

1.Introdução a lógica 1.................................................................................................................... 6

1.1 Conceito e objecto da lógica ................................................................................................ 6

Objecto da lógica ..................................................................................................................... 6

Objecto formal ......................................................................................................................... 6

Objecto material ...................................................................................................................... 6

Lógica espontânea e lógica como ciência................................................................................ 7

Lógica espontânea ................................................................................................................... 7

Lógica como ciência ................................................................................................................. 7

1.2A linguagem como fundamento da condição humana .............................................................. 7

F. Savater ................................................................................................................................. 7

Linguagem e comunicação ...................................................................................................... 8

Modelo de explicação de Roman Jakobson............................................................................. 8

Descrição das funções da linguagem, segundo Roman Jakobson ........................................... 8

Função referencial............................................................................................................ 8

Função expressiva ............................................................................................................ 8

Função persuasiva ............................................................................................................ 9

Função estética ................................................................................................................ 9

Função fática .................................................................................................................... 9

Função metalinguística .................................................................................................... 9

Linguagem, pensamento e discurso – uma relação triádica ................................................... 9

As dimensões dos discursos humanos .................................................................................. 10

Dimensões fundamentais do discurso: sintáctica, semântica, e pragmática........................ 11


Dimensão sintáctica ............................................................................................................... 11

Dimensão semântica ..................................................................................................................... 11

Dimensão pragmática ............................................................................................................ 11

Dimensões acessórias do discurso ........................................................................................ 12

Dimensão linguística .............................................................................................................. 12

Dimensão textual ................................................................................................................... 12

Dimensão lógico-racional ...................................................................................................... 12

Dimensão expressiva/subjectiva ........................................................................................... 13

Dimensão intersubjectiva/comunicacional ........................................................................... 13

Dimensão argumentativa ...................................................................................................... 13

Dimensão apofântica ............................................................................................................. 13

Dimensão comunitária e institucional ................................................................................... 13

Dimensão ética ...................................................................................................................... 13

1.3 Os novos domínios da aplicação da lógica.............................................................................. 14

Cibernética ............................................................................................................................. 14

Informática............................................................................................................................. 14

Inteligência artificial............................................................................................................... 15

1.4 Princípios da razão ........................................................................................................... 15

Validade formal e validade material ou verdade .................................................................. 15

O que é a validade formal e o que é a validade material (ou verdade) ................................ 15

Princípio da razão .................................................................................................................. 16

Princípio de identidade .................................................................................................. 16

Principio da não contradição e a negação das proposições .......................................... 17

Princípio do terceiro excluído (ou do meio excluído) e a negação dos conceitos ......... 17
Princípio da razão suficiente .......................................................................................... 18

Princípio da causalidade................................................................................................. 18

Princípio de substancialidade......................................................................................... 18

Princípio da finalidade.................................................................................................... 18

Princípio do determinismo ............................................................................................. 18

Princípio da inteligibilidade ............................................................................................ 18

Princípio da realidade..................................................................................................... 18

1.5 Lógica do conceito e termo..................................................................................................... 18

Noções de conceito e termo.................................................................................................. 18

Extensão e compreensão dos conceitos................................................................................ 19

Relação entre extensão e compreensão dos conceitos ........................................................ 19

Classificação dos conceitos e dos termos .............................................................................. 20

Simples ........................................................................................................................... 20

Compostos...................................................................................................................... 20

Concretos ....................................................................................................................... 20

Abstractos....................................................................................................................... 20

Universais ....................................................................................................................... 20

Particulares..................................................................................................................... 20

Singulares ....................................................................................................................... 20

Contraditórios ................................................................................................................ 21

Contrários ....................................................................................................................... 21

Relativo........................................................................................................................... 21

Unívocos ......................................................................................................................... 21

Equívocos........................................................................................................................ 21
Análogos ......................................................................................................................... 21

Adequados...................................................................................................................... 21

Inadequados ................................................................................................................... 21

Claros .............................................................................................................................. 21

Obscuros......................................................................................................................... 21

Distintos.......................................................................................................................... 21

Confusos ......................................................................................................................... 21

A definição ............................................................................................................................. 21

Como definir um conceito? ................................................................................................... 21

Tipos ou espécies de definições ............................................................................................ 22

Regras de definição................................................................................................................ 23

A definição deve aplicar-se a todo o definido e só ao definido (regra da reciprocidade).


24

A definição não deve ser negativa quando pode ser afirmativa. .................................. 24

A definição não deve ser expressa em termos figurativos ou metafóricos................... 24

Os indefiníveis........................................................................................................................ 25

Géneros supremos ......................................................................................................... 25

Indivíduos ....................................................................................................................... 25

Dados imediatos da experiencia .................................................................................... 25

Conclusão............................................................................................................................... 26
Introdução

No presente trabalho irei falar da introdução a lógica I, onde irei ver várias definições da
lógica, da lógica espontânea e lógica como ciência, da linguagem e comunicação, do modelo de
explicação de Roman Jakobson, das dimensões fundamentais do discurso (semântica,
sintáctica e pragmática), das dimensões acessórias do discurso, os novos domínios da
explicação da lógica, dos princípios da razão, da lógica do conceito e termo, da classificação, de
como definir um conceito e os tipos ou espécies de definição
1.Introdução a lógica 1
Há uma lógica curiosa e convincente, mesmo no mais perverso pensamento humano.

Immanuel Kant

1.1 Conceito e objecto da lógica


A palavra “lógica” deriva do grego “logos”, que significa ciência ou razão, isto é, tudo o que se
refere ao saber humano em ordem à conquista da verdade.

A lógica tem várias definições, a saber:

É a ciência das formas válidas do pensamento;


É o estudo sistemático das formas ou procedimentos com os quais a razão elabora o
saber;
É a ciência das operações da inteligência, orientadas para a conquista da verdade;
É a ciência das condições do pensamento correcto e do pensamento verdadeiro;
É a arte que orienta todo o acto racional, de uma maneira ordenada e isenta de erro.

Objecto da lógica
Tendo em conta o objecto de estudo da lógica, analisemos a definição segundo a qual a lógica é
a “ciência das condições do pensamento correcto e do pensamento verdadeiro”. Esta
definição conduz-nos há um duplo objecto de estudo da lógica: objecto formal e objecto
material.

Objecto formal
A lógica preocupa-se com a análise da relação dos elementos envolvidos no enunciado, se estes
são coerentes e não tem nenhuma contradição interna.

Objecto material
A lógica preocupa-se não só com a coerência do enunciado mas também a sua concordância
com a realidade.
Lógica espontânea e lógica como ciência
O facto de a lógica apresentar-se como ciência que analisa as regras de produção de um
raciocínio válido não quer dizer que todo aquele que não teve tal instrução não seja capaz de
elaborar enunciados lógicos. A inteligência humana impõe que se ordenem os pensamentos e
que estes tenham uma concatenação entre si. Esta concatenação é o que se chama lógica, e por
ser conatural ao Homem, é qualificado como “lógica espontânea”.

Lógica espontânea
É a ordem que a razão humana segue naturalmente nos seus processos de conhecer e nomear
as coisas.

Lógica como ciência


Aparece a partir do momento em que o Homem toma os seus processos cognitivos como
objecto de estudo.

1.2A linguagem como fundamento da condição humana


Quando afirmamos que a linguagem é o fundamento da condição humana, pretendemos dizer
que o uso da linguagem é uma parte essencial do quotidiano e da forma intrínseca de ser e de
existência humana. Não há actividade humana que não comporte, na sua essência, o uso da
linguagem, facto que resulta da necessidade que o Homem tem de comunicar-se com os
outros.

F. Savater, na obra ética para um jovem (Lisboa, dom quixote, 2005) , defende que a
linguagem humana é a base de toda a cultura e, consequentemente, o fundamento da
humanidade. O ser humano, quando nasce, nasce como uma realidade biológica e, sobre tudo,
realidade cultural, sendo, por isso, uma realidade aberta; nasce dotado de um potencial
genérico que lhe permite aprender a linguagem para responder à necessidade humana da
comunicação. Porém, a aprendizagem da linguagem só pode ser feita através da língua, num
determinado contexto cultural, pois toda a linguagem é linguagem de uma determinada cultura
humana.
Linguagem e comunicação
Se antes o termo “comunicação ″ podia ser entendido apenas como processo de transmissão
e recepção de mensagens simples ou complexas no meio oral, escrito ou gestual, nos tempos
em que vivemos a comunicação é um fenómeno complexo e global que abrange os meios
habituais e um conjunto extenso de novos meios, produtos das novas tecnologias e mensagens
muito diversas.

Se conhecidos vários modelos de explicação do fenómeno da comunicação, nomeadamente os


de Claude Shannon (engenheiro de telecomunicações), Hérold Lassewell (especialista em
ciências politicas) e Varrem Weaver (filósofo da comunicação). Seguidamente, sobre o modelo
proposto por um dos maiores linguistas do século XX, Roman Jakobson, que tanto influenciou
os estudos da linguagem e, em especial, as ciências sociais.

Modelo de explicação de Roman Jakobson


Roman Jakobson (1896-1982), linguista americano de origem russa, propôs um modelo de
comunicação que marcou uma época que continua a ser estudado até hoje. Relativamente aos
modelos anteriores, que consideravam que os factores da comunicação eram apenas o emissor,
a mensagem e o receptor, este linguista acrescentou três elementos importantes. Trata -se do
contexto, do código e do contacto.Além de ter acrescentado estes três novos elementos,
Jakobson atribuiu uma função da linguagem a cada um dos factores da comunicação.

Descrição das funções da linguagem, segundo Roman Jakobson


Função referencial (ou informativa) – está centrada no contexto. Neste tipo de
discurso, o emissor centra a sua mensagem de forma predominan te no contexto. É um
discurso caracterizado pela objectividade, neutralidade e imparcialidade, visto que o
emissor pretende transmitir sempre informações.
Função expressiva (ou emotiva) – está centrada no emissor. Predomina a atitude do
emissor perante o referente, produzindo uma apreciação subjectiva. Por isso, o uso de
adjectivos eInterjeição é frequente. No discurso oral, a tonalidade da voz do emissor é
inconstante, consoante o que deseja transmitir.
Função persuasiva (apelativa, imperativa ou conativa) – está centrada no
destinatário ou receptor. Consoante o que deseja transmitir, o emissor procura
influenciar, seduzir, convencer ou dar uma ordem ao receptor, provocando nele uma
dada reacção. Por isso, este tipo de discurso apresenta frequentemente impe rativos e
vocativos, como se pode ver na publicidade e na propaganda política: “votar em mim
é votar no progresso″; “tente de novo!″; “vive e ajuda a viver!”.
Função estética (ou poética) – está centrada na mensagem. Os emissores, por norma,
mostram-se sempre empenhados em embelezar e melhorar as suas mensagens.
Função fática – está centrada no contacto, ou seja, no canal. Os interlocutores
procuram assegurar, estabelecer, prolongar ou interromper a comunicação ou verificar
se o meio usado funciona.
Função metalinguística – está centrada no código. Os interlocutores procuram
definir sentido dos signos para que sejam compreendidos entre si. No campo das artes,
a função metalinguística está presente na análise do estilo de um autor.

Um discurso ou enunciado não corresponde a uma única função. As funções referencial e


persuasiva são de importância no estudo da lógica. A função referencial permite representar
ou descrever factos, estados ou relações entre as coisas; os seus enunciados, frases ou
expressões são susceptíveis de serem verdadeiros ou falsos, conforme o seu conteúdo e a sua
adequação à realidade. A função persuasiva permite-nos combinar enunciados, frases ou
proposições e estruturar os respectivos argumentos justificativos ou comprovativos, que
podem ser válidos ou inválidos.

O trabalho da lógica é averiguar a validade e invalidade dos discursos e também a verdade ou


falsidade dos mesmos.

Linguagem, pensamento e discurso – uma relação triádica


Haverá ou não alguma relação entre linguagem, pensamento e discurso? Será que o
pensamento se pode dissociar da linguagem? O discurso poderá ser discurso sem pensamento
ou o recurso à linguagem?
Se o nosso pressuposto é o de que, mediante a linguagem, os seres Humanos comunicam entre
si os seus pensamentos em forma de discurso oral, escrito ou gestual, então há uma estreita e
indissociável relação entre linguagem, pensamento e discurso. Isto porque:

A linguagem é um instrumento e meio a serviço do pensamento. Ela é o suporte do


pensamento e mediante o seu uso, os seres humanos exprimem os seus pensamentos.
Por isso, o pensamento e a linguagem são inseparáveis, um desenvolve-se em
correlação com o outro;
A linguagem regula o pensamento. Só com recurso à linguagem o ser humano pode
formular conceitos, juízos e raciocínios.
Os seres humanos dispõem de uma linguagem, podendo expressar e comunicar em
forma de discurso, os seus pensamentos.
É também por disporem de uma linguagem que os seres humanos podem conhecer e
aprender a realidade circundante.

A relação entre linguagem, pensamento e discurso deve-se ao facto do discurso ser uma
manifestação do pensamento e um acontecimento da linguagem. E nisto os linguistas e os
filósofos estão de acordo.

Entretanto, convém notar que, em filosofia, o termo “discurso” designa um conjunto de


proposições que, articuladas entre si, formam um todo coerente, isto é, lógico. O discurso não
tem, contudo, apenas esta acepção lógica; muitas outras existem, por isso, se diz que o discurso
é pluridimensional.

As dimensões dos discursos humanos


Defender que o discurso humano é pluridimensional é aceitar que existem diversas dimensões
que o constituem. Dessas, umas podem ser consideradas mais relevantes e fundamentais do
que outras, tendo em conta o nosso objecto de estudo imediato que é a lógica: é o caso das
dimensões sintácticas, semântica e pragmática.

Existem, outras dimensões que não devemos ignorar e que abordaremos de seguida ; são elas:
linguística, textual, lógico- racional, expressiva ou subjectiva, intersubjectiva ou
comunicacional, argumentativa, apofântica ou representativa, comunitária,
institucional e ética.

Dimensões fundamentais do discurso: sintáctica, semântica, e pragmática


A importância destas dimensões foi destacada pelo filósofo americano Charles Morres (1901-
1997). Este autor procurou estabelecer uma teoria geral dos sinais ou semiótico, semântico e
pragmático.

Dimensão sintáctica
A palavra “sintaxe” deriva do grego sintaxes (co-ordem, coordenado). Define-se a sintaxe
como a parte da gramática que trata das regras combinatórias entre os diversos elementos da
frase. A uma mais abreviada, podemos dizer que a sintaxe trata da relação interlinguística dos
signos entre si ou que estuda as relações internas que os signos mantêm entre si.

Dimensão semântica
O termo “semântico” no grego “semantiké”, que significa “arte da significação” ou “arte
dosignificado”. Michel Bréal (1832-1915), linguista francês fundador da semântica, define a
semântica como a ciência que se dedica ao estudo das significações. Para Michel Meyer, a
semântica trata da relação dos signos com o seu significado, logo, com o mundo.

A semântica trata das relações dos signos com os seus significados e destes com a realidade a
que dizem respeito.

Dimensão pragmática
A palavra “pragmática” no grego “pragmatiké”, de “pragma” (acção). Entre os precursores
da pragmática destaca-se o filosofo e critico literário alemão VonHumboldt (1767-1835), que
afirma que a essência da linguagem e a acção.

Meyer define a pragmática como a disciplina que se prende com os signos na sua relação com
os utilizadores. Pode considerar-se como fundador da disciplina Charles Morris, que exigiu a
pragmática como complemento da sintaxe e da semântica. Na comunicação, segundo Morris,
há um signo, um significado e um intérprete, desenrolando-se entre eles uma tríplice relação. A
atitude pragmática diz respeito a procura de sentido nos sistemas dos signos, tratando-os na
sua relação com os utilizadores, considerando sempre o contexto, os costumes e as regras
sociais.

Qualquer texto, oral ou escrito, representa fundamentalmente a realização de um acto que não
é apenas locutório, mas representa igualmente um acto ilocutório e um acto perlocutório.
Se consideramos o que dissemos anteriormente, facilmente concluiremos que, do ponto de
vista pragmático, interessa sobretudo considerarmos os aspectos.

Estas três dimensões do discurso não podem ser isoladas, pois são intrinsecamente
indissociáveis. Vejamos, algumas razões explicativas e justificativas da indissociabilidade destas
dimensões, que estabelecem a tríplice relação dos elementos semióticos.

A sintaxe preocupa-se com o que se poderia chamar a forma gramatical da linguagem.

A semântica estuda essencialmente, o significado das palavras e frases que constituem os


nossos enunciados discursivos e remete, assim, a relação que a linguagem estabelece entre o
mundo e os objectos.

A pragmática estuda a utilização que fazemos da linguagem num dado contexto.

Dimensões acessórias do discurso

Dimensão linguística
O discurso tem uma dimensão linguística, dado que é um acto individual de fala em que um
emissor enuncia algo numa determinada língua.

Dimensão textual
O discurso efectiva-se sempre num texto escrito ou oral que se constitui como uma sequência
de enunciado ordenados de uma forma coerente.

Dimensão lógico-racional
O discurso é formulado de acordo com uma dada sequência e encadeamento lógico de
proposições.
Dimensão expressiva/subjectiva
O discurso, porque é humano, é sempre expressão de sentimentos, pensamentos, argumentos,
emoções e perspectivas de um dado sujeito.

Dimensão intersubjectiva/comunicacional
O discurso pressupõe sempre a possibilidade de comunicação entre sujeitos: comunicação com
o outro ou outros.

Dimensão argumentativa
No discurso em situação de diálogo, ou outra, o (s) sujeito (s) comunica (m) as suas razões,
argumentos e provas para justificar os seus pensamentos e posições.

Dimensão apofântica
Esta designação foi originalmente estabelecida por Aristóteles e traduz a relação do discurso
com a realidade.

O discurso é sempre um juízo sobre alguma realidade, refere a verdade ou falsidade das coisas
a que diz respeito e traduz sempre uma representação do real.

Dimensão comunitária e institucional


O discurso é sempre configurado numa língua que assimilamos à nascença ou que aprendemos
depois e que é pertença de uma dada comunidade ou cultura, estando definidos e
estabelecidos os termos da sua utilização.

Dimensão ética
O discurso devera obedecer e respeitar um código do discurso a que podemos chamar “ética
da discussão”, “ética argumentativa” ou “ética da comunicação”. Esse código define que
os participantes no discurso podem e devem:

Falar com verdade;


Ter como princípio do seu discurso chegar à verdade;
Empenhar-se na procura da verdade e fazer do discurso uma adequação racional à
mesma;
Problematizar e questionar as posições do interlocutor;
Afirmar o que acreditam;
Ser isentos, pode e devem respeitar e fazer respeitar a sua isenção e a dos
interlocutores;
Ter sempre presente, como sujeitos comunicacionais livre, a vontade de chegar a um
acordo ou consenso;
Evitar a contradição.

1.3 Os novos domínios da aplicação da lógica


A cibernética, a informática e a inteligência artificial constituem novos domínios da aplicação da
lógica. Isto revela-nos que a lógica tem aplicação pratica, isto é, aplicação no campo técnico-
científico, dado que a inteligência artificial, a cibernética e a robótica são alguns dos inúmeros e
novos domínios de aplicação da lógica.

Cibernética
A palavra “cibernética” tem origem no grego “kibernéties”, que, segundo Platão, designa a
arte de pilotar navios. Como ciência, a origem da cibernética remota aos anos trinta do século
XX, quando a comunidade científica e filosófica debatia a questão das novas ma quinas. São de
grande importância para o surgimento da cibernética as contribuições.

Em geral, a cibernética é a ciência da comunicação e do controlo de homens e maquinas. Os


computadores são fruto da aplicação desta ciência, bem como toda a robotização ac tualmente
existente. Um dos ramos mais importantes desta ciência é a inteligência artificial.

Informática
O desenvolvimento dos computadores acabou conduzindo à criação de uma nova ciência
aplicada, a informática. Esta ciência dedica-se ao estudo do tratamento automático da
informação, que é fornecida a uma máquina a partir do meio exterior.

O conceito informático provém da combinação de duas palavras: informação e automática.


Informáticaé, a ciência que trata do processamento racional da informação por meio de
máquinas automáticas. A palavra foi criada por Philippe Dreyfus em 1962, para se referir às
disciplinas vocacionadas para o tratamento automático da informação.

Inteligência artificial

O desenvolvimento dos computadores acabou por impulsionar o aparecimento de uma nova


ciência nos anos cinquenta do século XX – a inteligência artificial. Esta ciência aplicada dedica-
se ao estudo da construção de máquinas capazes de similar actividades mentais, como a
aprendizagem por experiencia, a resolução de problemas, a tomada de decisões, o
reconhecimento de formas e a compreensão da linguagem.

As linhas de investigação são essencialmente três: simulação das funções superiores da


inteligência; modelização das funções cerebrais explorando dados da anatomia, da fisiologia ou
até da biologia molecular; e reprodução da arquitectura neuronal de um cérebro humano, de
forma a produzir numa máquina condutas inteligentes.

1.4 Princípios da razão


Antes de estudarmos os princípios da razão enunciados por Aristóteles e que cons tituem a base
da lógica clássica, vejamos alguns aspectos relacionados com a validade e verdade.

Validade formal e validade material ou verdade


Acabamos de ver que a lógica tem como preocupação determinar a validade de um
pensamento, a concordância do enunciado consigo mesmo, averiguando se o seu conteúdo é
ou não verdadeiro. E dado que em qualquer argumento há que considerar os seus aspectos
formais e materiais, temos então, de distinguir a validade formal da validade material.

O que é a validade formal e o que é a validade material (ou verdade)


Do ponto de vista lógico, a validade formal refere-se à articulação coerente dos elementos de
um raciocínio ou argumento, isto é, à sua estrutura formal, que deve obedecer às regras da
construção frásica. Exemplo: nenhum ser vivo é imortal.
Para melhor compreensão do que acabamos de dizer, convém que esclareçamos a priori os
termos “forma” e “matéria”.

A forma refere-se à estrutura do raciocínio ou pensamento sendo, por isso, sujeita à validade
ou à não validade.

A matéria refere-se ao conteúdo de um determinado raciocínio ou pensamento, sendo, por


isso, susceptível de ser verdadeira ou falsa. Partindo dos exemplos acima apresentados,
podemos concluir que:

A validade ou invalidade de um argumento ou pensamento diz respeito à conformidade ou


inconformidade com as regras gramaticais e com as regras lógicas de inferência ou pensamento
valido;

Certos argumentos ou pensamentos apresentam-se formalmente validos, embora os seus


elementos constituintes não sejam verdadeiros;

A verdade das premissas ou da conclusão de um argumento resulta do confronto do seu


conteúdo com a realidade referida – portanto, logicamente falando, a verdade diz respeito ao
conteúdo ou matéria do argumento.

Princípio da razão
Os princípios da razão são fundamento e garantia da coerência do pensamento. A sua
importância é tal que sem eles não poderíamos pensar nem formular qualquer verdade. Os
princípios da razão foram enunciados por Aristóteles na lógica clássica em termos de coisas e
são modernamente enunciados em termos de proposições. Uma proposição é a expressão
verbal do juízo, ou seja, uma proposição lógica é uma frase declarativa pela qual se expressam
juízos e sobre a qual se pode afirmar a falsidade ou verdade. Por razões metodológicas, nós
enunciá-los-emos seguindo as duas formas.

Princípio de identidade
Em termos de coisas:

Uma coisa é o que é;


O que é, é; o que não é, não é.

“A é A” (neste caso, o “A” designa qualquer objecto do nosso pensamento).

Em termos de proposições:

Uma proposição é equivalente a si mesma.

Principio da não contradição e a negação das proposições


Em termos de coisas:

Uma coisa não pode ser e não ser simultaneamente, segundo uma mesma perspectiva.
Em termos de proposições:
Uma proposição não pode ser verdadeira e falsa ao mesmo tempo, segundo uma
mesma perspectiva;
Uma proposição e a sua negação não podem ser simultaneamente verdadeiras;
Duas proposições contraditórias não podem ser simultaneamente verdadeiras.

Princípio do terceiro excluído (ou do meio excluído) e a negação dos conceitos


Em termos de coisas:

Uma coisa deve ser ou, então, não ser; não há uma terceira possibilidade (o terceiro
excluído).
Em termos de proposições:
Uma proposição é verdadeira ou, então, é falsa; não há outra possibilidade;
Se encararmos uma proposição e a sua negação, uma é verdadeira e a outra é falsa; não
há terceiro termo;
De duas proposições contraditórias, se uma é verdadeira, a outra é falsa, e se uma é
falsa, a outra é verdadeira; não há terceira possibilidade.

Entretanto, numa lógica bivalente em que todo o juízo é necessariamente verdadeiro ou falso,
estes três princípios fundem-se num só, podendo ser enunciado da maneira seguinte:
Duas proposições contraditórias são a negação da outra não podem ser nem ambas verdadeiras
nem ambas falsas; se uma é verdadeira a outra é falsa e se uma é falsa reciprocamente a outra
é verdadeira.

Princípio da razão suficiente –“tudo o que existe tem razão suficiente em si mesmo
ou noutro considerado sua causa”.
Princípio da causalidade –“todo o efeito pressupõe uma causa”; “o que vem a ser
exige uma razão explicativa”.
Princípio de substancialidade –“tudo o que é acidental pressupõe a substância”; “o
que muda supõe algo permanente”.
Princípio da finalidade -“todo o agente age para um fim”; “o fim é a primeira causa
na intenção e a ultima na realização “.
Princípio do determinismo –“há uma ordem natural das coisas tal que as mesmas
causas, postas nas mesmas circunstâncias, produzem os mesmos efeitos”.
Princípio da inteligibilidade –“o ser é inteligível”; “a ordem do ser é a ordem do
pensamento”.
Princípio da realidade–“o mundo exterior existe”.

1.5 Lógica do conceito e termo


Se a matéria e a forma são dois aspectos fundamentais que constituem um pensamento,
raciocínio ou argumento, e, rigorosamente falando, a lógica diz respeito ao raciocínio. Resulta,
daqui, a divisão da lógica em formal e material. Abordaremos, em seguida, a lógica formal, que
compreende os domínios ou capítulos de conceito e termo, juízo e proposição, raciocínio e
argumento. Estes domínios estão de tal modo que cada um deles influi no outro. Senão,
vejamos: os conceitos, em si só, não afirmam e nada nega. Para que isso aconteça, eles devem
formar juízos, os quais, sequenciados de maneira coerente, formam um raciocínio.

Noções de conceito e termo


O conceito é a apreensão que a mente faz da essência, ou seja, das características
determinantes de um objecto.
Na realidade, pensar um “animal”é uma coisa mito diferente de ver um animal. Neste caso,
estamos face a uma percepção ou intuição sensível, em que o objecto concreto se encontra
presente, com todas as suas características essenciais e acidentais.

No conceito, temos apenas a essência, as características determinantes de um objecto, e não o


próprio objecto. Portanto o conceito constitui a forma mais simples e elementar do
pensamento, na medida em que se limita à apreensão da essência de uma determinada classe
de objectos.

O conceito como acto mental que qualifica uma classe de objectos ganha a sua forma na e pela
linguagem que permite fixa-lo e evoca-lo. A essa evocação ou fixação dá-se o nome de termo,
que podemos definir como expressão verbal de um conceito ou, ainda, roupagem convencional
e simbólica do conceito.

Extensão e compreensão dos conceitos


Maurice Gex afirma que o “conceito é um instrumento mental pelo qual pensamos um
conjunto depropriedades como realizadas num conjunto de objectos”. Vamos, então,
analisar esta questão com mais detalhes e tentar compreender melhor as noções de extensão
e de compreensão de um conceito.

A extensão (ou denotação) é o conjunto de seres ou objectos abrangidos pelo conceito;

A compreensão (conotação ou intenção) de um conceito é o conjunto de propriedades que


o caracterizam e são comuns a todos os seres ou objectos que formam a sua extensão.

Relação entre extensão e compreensão dos conceitos


Entre a extensão e a compreensão de um conceito estabelece-se uma relação qualitativa,
podendo, variar na sua razão inversa; pois quanto maior for a extensão, menor será a
compreensão; quanto menor for a extensão, maior será a compreensão.

Se pensarmos nos objectos abrangidos pelo conceito “ser vivo”, podemos perceber melhor
esta relação, dado que a sua extensão é, de facto, enorme, pois abrange todas as plantas e
todos os animais.
Sendo assim, a sua compreensão é menor, constando apenas o facto de serem todos eles seres
que assimilam e se reproduzem.

Pelo contrário, a extensão do conceito “homem”é muito menor do que a do “ser vivo”. Por
isso, a sua compreensão é maior do que aquela. Portanto, quanto mais geral for o conceito,
tanto mais vazio de significação será, e quanto menos geral for o conceito, mais significativo e
compreensível será.

Relativamente à extensão, o conceito de maior extensão, em relação ao de menor extensão,


chama-se género. O conceito de menor extensão, comparativamente aquela, é denominado
espécie.

Convém notar que os géneros são conceitos cuja extensão constitui grandes ou menores
conjuntos, sendo que neles se agrupam outros conceitos ainda de menor extensão e que os
referentes dos mesmos têm e comum as mesmas características, mas cada um com a sua
diferença especifica.

Classificação dos conceitos e dos termos


Quanto à compreensão:

Simples – não têm (não podem ter) partes.


Compostos – são divisíveis ou têm partes.
Concretos – são aplicáveis às realidades tangíveis, sujeitos ou objectos corpóreos,
palpáveis.
Abstractos – aplicam-se a qualidade, acções, pensamentos ou estados de espírito.

Quanto à extensão:

Universais – aplicam-se a todos elementos de um conjunto ou classe.


Particulares – aplicam-se apenas à parte de um todo ou classe.
Singulares– aplicáveis apenas a um individuo.

Quanto à relação mútua:


Contraditórios – opõem-se e excluem-se mutuamente.
Contrários – opõem-se mas não se excluem.
Relativo – um não é sem o outro (implicação mútua).

Quanto ao modo de significação:

Unívocos – usam-se de um modo idêntico em diversos objectos.


Equívocos – aplicam-se a sujeitos diversos, mas em sentido completamente diferente.
Análogos – aplicam-se a realidades comparáveis, ou seja, não são completamente
idênticos, mas também não são completamente diferentes.

Quanto à perfeição com que representam o objecto:

Adequados – representam com perfeição o objecto.


Inadequados – representam de forma imperfeita o objecto.
Claros – levam ao reconhecimento do objecto.
Obscuros – são insuficientes para fazer reconhecer o objecto.
Distintos– distinguem-se nitidamente um objecto de outros.
Confusos – não ajudam na distinção do objecto no meio dos outros.

A definição
A palavra “definir” provém do latim “definire”, que significa delimitar ou indicar limites.
Assim, definir um conceito é indicar os seus limites de modo a não se confundir com os demais
conceitos. Neste sentido, a definição é a operação lógica que consiste em determinar com rigor
a compreensão exacta de um conceito; é a explicitação e a especificação do seu significado.

Como definir um conceito?


A definição de um conceito faz-se enumerando as qualidades essenciais, para que a sua noção
seja tão clara e precisa que, sabendo com exactidão o que ele é, o distingamos com nitidez do
que ele não é.

Por isso, temos de indicar o género mais próximo do conceito que pretendemos definir e a sua
diferença específica, pela qual uma dada espécie se distingue das outras do mesmo género.
O Homem é um animal racional
O Homem – definido (ou espécie)
Animal – género próximo
Racional – diferença específica

Tipos ou espécies de definições


Se observamos com muita atenção a definição anteriormente apresentada, constataremos que
a definição, como operação lógica, nos obriga a fazer uma selecção de predicados e uma
abstracção de certos atributos ou qualidades dos objectos.

Todavia, pode colocar-se a questão de critérios de selecção: com que critério seleccionamos?
Com que critério abstraímos?

A resposta à questão do critério de selecção ou abstracção leva-nos à verificação da existência


de diferentes critérios e, de diferentes espécies de definições.

Observemos o quadro seguinte:Tipos e subtipos de definições

Tipos Subtipos Características

Essencial Que se faz indicando o género próximo e a diferença específica. Por


(ou exemplo: Triângulo é um polígono de três lados. Quem bebe demais fica
metafísica) alcoolizado.

Descritiva Faz-se pela enumeração das características físicas relevantes e


Real significativas do objecto. Por exemplo: A água é um líquido transparente,
incolor, inodoro, que entra em ebulição a 100ᴼC. O núcleo é a região
central do átomo, muito pequena, onde está concentrada a massa do
átomo e onde se encontram partículas elementares da carga positiva.
Final Que definem o objecto mediante a sua finalidade. Por exemplo: A faca é
um instrumento que serve para cortar as coisas. A balança é o aparelho
que serve para avaliar a massa de um corpo.

Operacional Consiste em definir um conceito procedendo à sua avaliação e


classificação. Exemplos: A idade mental é a medida da inteligência
calculada por testes. O ácido é um composto aquoso que avermelha o
papel azul de tornesol.

Etimologia Esclarece o sentido da palavra “definir”, pelo recurso à sua origem, isto
é, ao étimo da palavra. Por exemplo: As bebidas alcoólicas fazem mal à
saúde. A filosofia é o amor do (pelo) saber.

Sinonímica Que se faz recorrendo a outra palavra com o mesmo significado. Por
exemplo:

Uma cama é um leito; O cárcere é uma prisão; O álcool é uma droga.

Estipulativa Define o significado que se atribui convencionalmente é palavra.


Exemplos: Agua – H2O. A forca é o produto da massa pela aceleração. Q.I
é a idade mental a dividir pela idade cronológica.

Regras de definição
Para que uma definição seja considerada logicamente correcta, isto é, que delimite sem
ambiguidade o conjunto de objectos designado pelo termo a definir, deve obedecer
incondicionalmente às regras que a seguir apresentaremos. O conhecimento e a aplicação de
tais regras permitem construir definições queexprimem com precisão e clareza todas as
qualidades essenciais da classe ou conjunto designado pelo termo a definir.

Vejamos, então, tais regras.


A definição deve aplicar-se a todo o definido e só ao definido (regra da
reciprocidade).
A definição é válida quando aquilo que se atribui ao sujeito pertence só e só a ele. É o que
podemos verificar no exemplo seguinte: O gato é um animal que mia.

Nesta definição, atribuímos ao sujeito “gato” dois predicados lógicos: o de “animal” e o de


“miar”. Como se pode depreender, ser animal que mia é uma característica que pertence aos
gatos e só a eles, por isso, atribuímos ao sujeito gato uma característica que só a ele pertence e,
assim, só ao gato convém.

A definição não deve ser circular ou o termo a definir não deve constatar na definição (regra da
não circularidade).

Na definição, aquilo que atribuímos ao sujeito deve acrescentar algo ao seu conceito, quer
dizer, a definição não deve conter o termo a definir nem termos da mesma família. Pelo
contrário, a nossa definição será circular (circulo vicioso).

Estaremos a violar, de igual modo, esta regra de não circularidade ao definirmos um conceito
recorrendo ao seu oposto. Por exemplo: “doce é algo que não amarga”; “comprido é o que
não é curto”; direito é o que não é torto”.

A definição não deve ser negativa quando pode ser afirmativa.


Esta regra exceptua as definições de conceitos ou termos que são, na essência, negativos,
conceitos ou termos que designam privação. Nestes casos, a definição poderá ser
necessariamente negativa. É por isso que se diz que “órfão é o ser humano que não tem pai
nem mãe “; “cego é aquele que não vê e mudo é o que não fala”.

A definição não deve ser expressa em termos figurativos ou metafóricos.


Se definir uma coisa é explicar o seu sentido dizendo o que ela é, obviamente não devemos de
forma alguma recorrer, numa definição, à linguagem figurativa. Por isso, temos de evitar
construir definições como as que se seguem: “a beleza é o espelho da eternidade”; “o
amor é fogo que arde sem se ver”; “o atletismo é a vitória do povo moçambicano”.
Os indefiníveis
Será que todos os conceitos são definíveis?

Como acabamos de ver, definir um conceito é explica-lo, é clarifica-lo, de modo que se possa
distinguir dos outros; acabamos também de ver que, a definição se faz indicando o seu género
mais próximo e a sua diferença específica. Entretanto, nem sempre isso é possível; por outras
palavras, nem todos os conceitos são definíveis. Assim, os conceitos considerados indefiníveis
são agrupados em três espécies. Vejamos:

Géneros supremos
Se toda definição começa pela inclusão do termo a definir no seu género mais próximo, os
géneros supremos são indefiníveis por excesso de extensão, dai não possuírem os seus géneros
mais próximos em que se possam incluir.

Indivíduos
Se os géneros supremos são indefiníveis por excesso de extensão, os indivíduos são indefinidos
por excesso de compreensão. Em virtude disso, torna-se muito difícil, descobrir num individuo
uma característica que seja suficiente para que se possa distinguir dos outros indivíduos
conhecidos ou por conhecer. Sendo assim, os indivíduos só podem ser nomeados ou descritos.

Dados imediatos da experiencia


Os dados imediatos da experiencia são por si só claríssimos, não havendo, por isso, nenhuma
definição que possa clarifica-los ainda mais. Por outras, se definir um conceito ou termo é
clarifica-lo por meio de outros conceitos ou termo, então, dada a sua clareza imediata e
intuitiva, não é possível obter dados imediatos da experiencia uma definição que os torne mais
claros ainda.

Nenhuma definição do “prazer” ou “dor”, “amargura” ou “doçura” nos tornaria mais claro o
que a experiencia sobre eles nos diz. Por isso compreende melhor o que é“prazer” ou “dor”,
“amargura” ou “doçura”, quem alguma vez teve essas experiencias do que aquele que ainda
não as teve.
Conclusão
No decorrer do trabalho realizado “introdução a lógica”, entendi que a lógica tem várias
definições, falamos também do objecto da lógica, onde encontramos o objecto formal que
preocupa-se com a análise da relação dos elementos envolvidos no enunciado, se estes são
coerentes e não tem nenhuma contradição interna e o objecto material a lógica analisa não só
a coerência do enunciado mas também a sua concordância com a realidade. Entre outras
coisas.

Você também pode gostar