@canalpericiaBR - Toxicologia Medicamentosa

Fazer download em pdf ou txt
Fazer download em pdf ou txt
Você está na página 1de 104

TOXICOLOGIA

MEDICAMENTOSA
TOXICOLOGIA MEDICAMENTOSA

A Toxicologia de Medicamentos estuda as reações adversas de doses


terapêuticas dos medicamentos, bem como intoxicações resultantes de doses
excessivas por uso inadequado ou acidental.
TOXICOLOGIA MEDICAMENTOSA

 Decorrente de problemas genéticos em geral relacionados à deficiência do sistema


enzimático. Independe da dose.

 Alergia: não depende da dose e necessita de prévia exposição do indivíduo ao medicamento.

 Tolerância: É a diminuição dos níveis plasmáticos esperados quando da utilização contínua de


determinados medicamentos, havendo necessidade de doses crescentes para obtenção dos
efeitos iniciais.

 Dependência: o medicamento passa a fazer parte do funcionamento do sistema biológico,


em consequência necessita do medicamento para se manter vivo ou desempenhar uma
função.

 Interações: utilização simultânea de medicamentos. Pode causar adição, potenciação ou


neutralização dos efeitos esperados.
TOXICOLOGIA MEDICAMENTOSA

Epidemiologia

 1º lugar no Ranking como agente de intoxicação nos Centros de Controle de


Toxicologia e Farmacovigilância de todo país;
 No estado de SP, segundo CEATOX/HC/USP – 42%
 A faixa etária mais atingida – 1 a 4 anos – 25% do total de casos;
 Dados da OMS – relatam que 29% dos óbitos do Brasil são devido a intoxicação
medicamentosa;
 Mais de 30% das internações hospitalares em média no mundo;

Automedicação
TOXICOLOGIA MEDICAMENTOSA
CCI-SP – Intoxicação por medicamentos
Distribuição por idade e ação terapêutica
TOXICOLOGIA MEDICAMENTOSA
CCI-SP – Intoxicação por medicamentos
Distribuição por circunstância e ação terapêutica
TOXICOLOGIA MEDICAMENTOSA
CCI-SP – Intoxicação por medicamentos
Distribuição por grupo farmacológico ou nome genérico

diuréticos
TOXICOLOGIA MEDICAMENTOSA
CCI-SP – Intoxicação por medicamentos
Distribuição por grupo farmacológico ou princípio ativo
TOXICOLOGIA MEDICAMENTOSA
BARBITÚRICOS

 Sedativo hipnótico – tratamento de insônia, ansiedade, crise epilética (anticonvulsivante)


– terapêutica.

 Forma ilícita – efeitos sedativos e eufóricos, tentativa de suicídio.

 Ácido barbitúrico (2,4,6-trioxo-hexaidropirimidina) – condensação do ácido malônico


com a ureia.
TOXICOLOGIA MEDICAMENTOSA

BARBITÚRICOS

 1903 – alterações químicas – ácido dietilbarbitúrico (barbital) – atividades sedativo-


hipnóticas e anticonvulsivantes.

 Fenobarbital – atividade anticonvulsivante – até os dias atuais.

 A partir de 1928 – amobarbital, hexobarbital, derivados tiobarbitúricos – anestésicos gerais.

 1970 – intoxicações letais por superdose de barbitúricos – principal causa de morte induzida
por fármacos
TOXICOLOGIA MEDICAMENTOSA
BARBITÚRICOS

28 anos (1979-2008)
36 anos (1926-1962)

• Problemas superdose
• Estreita janela terapêutica
• Potencial de abuso
42 anos (1935-1977)

27 anos (1942-1970)
TOXICOLOGIA MEDICAMENTOSA
BARBITÚRICOS

• Maior incidência de intoxicação.


• Falta de especificidade de efeitos no SNC.
• Baixo índice terapêutico.
• Grande número de interação medicamentosas.
• Elevada toxicidade – indicações terapêuticas
como anticonvulsivantes e sedativo-hipnóticos
são importantes
TOXICOLOGIA MEDICAMENTOSA
BARBITÚRICOS

Comércio no Brasil:
Pentobarbital e Tiopental – intravenosa – anestésico em hospitais.
Fenobarbital – anticonvulsivante oral – agente causador da maioria das intoxicações por
barbitúricos.
TOXICOLOGIA MEDICAMENTOSA
BARBITÚRICOS

https://www2.unifesp.br/dpsicobio/drogas/barbi.htm
TOXICOLOGIA MEDICAMENTOSA
BARBITÚRICOS

Toxicocinética

Absorção

 Administração - oral, intramuscular, endovenoso, ou retal.


 Ação longa, intermediária ou curta – absorção rápida e completa – intestino delgado
 Início da ação – 10 a 60 minutos (30 seg)
Influências na velocidade de absorção:
• características físico-químicas do composto;
• Tipo da formulação;
• Presença de alimentos no estômago.
TOXICOLOGIA MEDICAMENTOSA
BARBITÚRICOS

Toxicocinética

Distribuição
 Amplamente distribuídos no organismo
 Barreira placentária

Fatores que influenciam:


• Lipossolubilidade
• Ligação com proteínas
• Grau de ionização

 Derivados de ação ultracurta – altamente lipossolúveis – distribuem-se na massa


cinzenta em poucos segundos – altas concentrações em depósitos de gordura;

 Maior concentração em tecido não adiposo – fígado e rins.


TOXICOLOGIA MEDICAMENTOSA
BARBITÚRICOS

Toxicocinética

Biotransformação

 Fígado (90-99%) – oxidação – compostos mais polares e inativos.


TOXICOLOGIA MEDICAMENTOSA
BARBITÚRICOS

Toxicocinética

Excreção
 Renal – filtração glomerular;
 São excretados inalterados pelo rim - Inalterados ou parcialmente biotransformados:
• Barbital (25 a 40%)
• Metarbital (60 a 90%)
• Aprobarbital (7 a 18%)
TOXICOLOGIA MEDICAMENTOSA
BARBITÚRICOS

Toxicocinética

Excreção
 Influência do pH urinário (intoxicação):
 Urina alcalina – ionização de vários derivados barbitúricos – dificultando a sua
reabsorção tubular;
 Eliminação mais rápida nos jovens e mais lenta em idosos e lactentes.
TOXICOLOGIA MEDICAMENTOSA
BARBITÚRICOS

Toxicodiâmica e Toxicidade

Depressores do SNC
 Efeitos sedativos e anestésicos – potencialização da ação do ácido gama-aminobutírico
(GABA) no receptor GABAérgico – inibição pré e pós-sináptica.

Ligeira sedação e hipnose, coma profundo


TOXICOLOGIA MEDICAMENTOSA
BARBITÚRICOS

Toxicodiâmica e Toxicidade

Depressores do SNC

 Efeitos adversos.

• depressão cardiorrespiratória,
• enfraquecimento das funções das células brancas,
• hipocalcemia e
• disfunção hepática e renal
TOXICOLOGIA MEDICAMENTOSA
BARBITÚRICOS

Fenobarbital

Dose hipnótica:
Adultos: 100 – 200 mg (máx 400-600 mg/dia)
Crianças: 5 a 8 mg/kg
TOXICOLOGIA MEDICAMENTOSA
BARBITÚRICOS

Fenobarbital

Dose letal : mínima – 1,5g;


Mecanismo de tolerância 16g – com recuperação;
Dose tóxica:
Adultos: 18-36 mg/kg
Crianças: 10 mg/kg para tratamento de epilepsia;
Terapêutica:
Administração via oral – sedativo –hipnótico e anticonvulsivante.
TOXICOLOGIA MEDICAMENTOSA
BARBITÚRICOS

Fenobarbital

 Absorção:
Intestino delgado;

 Distribuição:
• Maior afinidade pelos tecidos com alto teor lipídico;
• Ligação proteica – 5 a 88%;
• Níveis na circulação fetal – leite materno.
TOXICOLOGIA MEDICAMENTOSA
BARBITÚRICOS

Fenobarbital

 Biotranformação:
• Hepática – sistema enzimático - metabólitos inativos
indutor de enzimas – tolerância metabólica;

 Excreção:
• renal
TOXICOLOGIA MEDICAMENTOSA
BARBITÚRICOS

INTOXICAÇÃO

 Inicio dos sintomas após a ingestão – depende do barbitúrico;

 A intoxicação leve a moderada – fala enrolada, ataxia, vertigem e confusão;

o Estágio 1 – Estupor, mas responde ao comando verbal;


o Estágio 2 – Não responde a todos os estímulos, mas os sinais vitais estão intactos;
o Estágio 3 – não responde aos estímulos e reflexos, mas apresenta sinais vitais estáveis;
o Estágio 4 – não responde aos estímulos e reflexos e seus sinais vitais estão instáveis.
TOXICOLOGIA MEDICAMENTOSA
BARBITÚRICOS

INTOXICAÇÃO

Efeitos tóxicos – dependem da dose.

Relação dose-resposta, difícil de ser estabelecida - devido ao fenômeno de tolerância.

Aumento da atividade das enzimas


TOXICOLOGIA MEDICAMENTOSA
BARBITÚRICOS

INTOXICAÇÃO

 Clínico – alteração da consciência e depressão dos centros respiratórios e


vasomotores – alterações reversíveis;
 Coma – intoxicação aguda - diagnóstico laboratorial;
 Intoxicação sem sequela neurológica;
 Muitos dias em coma – danos por anóxia;
 No início do coma – depressão respiratória – causa mais comum de óbito;
 6,5% - lesões na pele – bolhas grandes;
 Eritema com bolhas e inconsciência – triagem para barbitúricos (analgésicos e
diuréticos).
TOXICOLOGIA MEDICAMENTOSA

BARBITÚRICOS

INTOXICAÇÃO

Toxicidade Neonatal

 Teratogênico – 3 primeiros meses da gravidez;


 Final da gravidez – depressão respiratória, sedação, defeitos de coagulação e
síndrome de abstinência no neonato.
TOXICOLOGIA MEDICAMENTOSA

Barbitúricos
Manifestação Clínica
TOXICOLOGIA MEDICAMENTOSA

BARBITÚRICOS

Dependência
 Uso contínuo – tolerância (metabólica);
 Resistências aos efeitos hipnóticos – aumentos das doses para manter as concentrações
nos tecidos;
 Dependência física e psicológica – uso prolongado – retirada abrupta – síndrome de
abstinência (debilidade, ansiedade, alucinações, delírios e convulsões), ativação do SNC,
irritabilidade do TGI.
 Neonatos – hiperatividade, hiperreflexia, vômitos, suor, choro excessivo (aparecem em torno
do 7ºdia após o nascimento).
TOXICOLOGIA MEDICAMENTOSA

Síndrome de abstinência

Moderada Hipotensão postural (tontura), irritabilidade, náusea,


vômitos e anorexia, tremores, fraqueza, ansiedade
(duração é variável, acima dos 14 anos)

Severa Estado epilético, convulsão, contração mioclônica* (a


duração não excede a 8 dias)

Drástica Hiperpirexia**, delirium tremens, alucinação (duração a


partir de 14 dias), morte

*contração mioclônica – contrações musculares repentinas (puxões)


**Hiperpirexia – febre muito elevada (acima de 410 )
TOXICOLOGIA MEDICAMENTOSA

Barbitúricos
Laboratorial
TOXICOLOGIA MEDICAMENTOSA

BARBITÚRICOS

Intoxicação
 Tentativa de suicídio (maioria);
 Automatismo (perda de controle sobre a quantidade ingerida);
 Intoxicação acidental (crianças).

Tratamento
Não há antídotos!
TOXICOLOGIA MEDICAMENTOSA

BARBITÚRICOS

Tratamento

Terapia de suporte
• estabilização e manutenção de sinais vitais (hipotermia, hipertermia, letargia,
agitação);
• parada respiratória – ventilação;
• depressão do SNC - administração intravenosa de solução de Ringer*, glicose,
naloxona e tiamina;

*são soluções isotônicas ao plasma sanguíneo, administrados para hipovolemia e hipotensão.


TOXICOLOGIA MEDICAMENTOSA

BARBITÚRICOS

Tratamento

 Descontaminação do TGI
• Êmese e lavagem gástrica – pacientes conscientes;
• Administração de carvão ativado.

 Hemodiálise

 Hemoperfusão
TOXICOLOGIA MEDICAMENTOSA

BENZODIAZEPÍNICOS

 Fármacos mais prescritos e utilizados em todos o mundo;


 1961 – clordiazepóxido.

 Indicação Terapêutica:
o Sedativos, hipnóticos, anticonvulsivantes, ansiolíticos, relaxantes musculares, coadjuvante
anestésico;

 Lista B1 - Substâncias psicotrópicas.


TOXICOLOGIA MEDICAMENTOSA
BENZODIAZEPÍNICOS
TOXICOLOGIA MEDICAMENTOSA

BENZODIAZEPÍNICOS

 Mecanismo de Ação:
• Sítio de ação principal: SNC
o Potencializam a inibição neural mediada pelo ácido-gama-aminobutírico (GABA)
aumentando a frequência de abertura dos canais de cloro;
 Uso continuado: tolerância e dependência

 Toxicidade:
• Relativa segurança de uso oral;
• Crianças e idosos mais sensíveis;
• Óbitos raros – associação com outros depressores do SNC.
BENZODIAZEPÍNICOS
TOXICOLOGIA MEDICAMENTOSA

BENZODIAZEPÍNICOS

Toxicocinética

Absorção

 Bem absorvidos no TGI;


 Concentração máxima no plasma – 30 minutos a 2h;
o Influências na velocidade de absorção:
• alimentos
• Terapia associada
• Formulação
TOXICOLOGIA MEDICAMENTOSA

BENZODIAZEPÍNICOS

Toxicocinética

Distribuição

• A maioria se liga fortemente a proteínas plasmáticas (Diazepan – 98 a 99%) – podem


acumular-se na gordura;

• Possuem lipossolubilidade para atingir o cérebro;


TOXICOLOGIA MEDICAMENTOSA
BENZODIAZEPÍNICOS

Toxicocinética

 Biotransformação
 Hepática CITP450 (oxidação) – subprodutos ativos e inativos;
 Conjugação glicurônica – subprodutos inativos.

 Diazepan (nordiazepan, oxazepan, temazepan).


 BZD – efeitos de primeira passagem* – eliminação pré-sistêmica (metabolização e

concentração reduzida e inativação);

 Idade, dano hepático, uso concomitante de inibidores ou indutores enzimáticos.


*é um fenômeno do metabolismo dos fármacos no qual a concentração do fármaco é significantemente reduzida (e inativada) pelo fígado antes de atingir a
circulação sistêmica.
TOXICOLOGIA MEDICAMENTOSA

BENZODIAZEPÍNICOS

Toxicocinética

 Excreção
 Principalmente pela via urinária, como subprodutos conjugados inativos ou livres
(cerca de 2% inalterados).
TOXICOLOGIA MEDICAMENTOSA

BENZODIAZEPÍNICOS

Toxicodinâmica

 Potencializando a ação do GABA

Abertura do canal de Cl

Hiperpolarização da membrana

Inibindo a excitação celular

Receptores presentes em áreas envolvidas em


processos emocional e cognitivo
A condutancia do cloreto induzida pelo GABA deprime a excitabilidade
da MC
TOXICOLOGIA MEDICAMENTOSA
BENZODIAZEPÍNICOS

 Doses usadas e o fenômeno de tolerância

• Tolerância do tipo funcional – alterações de número ou sensibilidade de


receptores de BZDs.

 Tolerância e Síndrome de abstinência

 Acima de 6 m – dependência física;


 Maior problema – utilização de doses maiores que a terapêutica;
 Dose diária, duração do tratamento, meia-vida de eliminação e a potência do fármaco.
 Interrupção de uso – gradual.
TOXICOLOGIA MEDICAMENTOSA

BENZODIAZEPÍNICOS

 Sintomas da abstinência

 Dependência física e psíquica;


 Disforia, ansiedade, agitação, insônia, vertigens, anorexia, náuseas ou vômitos,
hiperreflexia, convulsões..
 Alucinações e ideias paranoides, perda de apetite, mudanças de humor;
 Severidade da psicopatologia e personalidade do paciente contribuem para a
Síndrome de Abstinência;
TOXICOLOGIA MEDICAMENTOSA

BENZODIAZEPÍNICOS

 Consequências toxicológicas do uso e do abuso

 Administração intravenosa – apneia, hipotensão e óbito (ação ultracurta);


 Intoxicações grave e letais – uso concomitante de BZDs e outros depressores do
SNC, como etanol e barbitúricos;
 Uso associado a antidepressivos (fluvoxamina - serotoninérgico) – concentração
plasmática aumentada;
TOXICOLOGIA MEDICAMENTOSA

BENZODIAZEPÍNICOS

 Consequências toxicológicas do uso e do abuso

o Efeitos adversos

 Sedação e letargia,
 Interferência com o tempo de reação e coordenação motora – não exercer atividades
que necessitem de precisão ou rapidez de reflexos;
 Superdoses – 20 a 40x maior – hipotonia muscular, dificuldade para ficar em pé e
andar, hipotensão e desmaios.
 Comportamento agressivo e ou suicida;
TOXICOLOGIA MEDICAMENTOSA
BENZODIAZEPÍNICOS

 Consequências toxicológicas do uso e do abuso

 Efeitos adversos

 Interrupção após utilização prolongada:


• Recorrência – sintomas da doença voltam a se manifestar;
• Rebote – retorno dos sintomas originais para os quais foram prescritos, numa
intensidade maior;
• Síndrome da abstinência – aparecimento de novos sintomas após a descontinuação
ou redução das doses;  Maior – bzd – t1/2 curta – alprazolam
 Menor – bzd - t1/2 longa - diazepam
TOXICOLOGIA MEDICAMENTOSA

BENZODIAZEPÍNICOS

 Consequências toxicológicas do uso e do


abuso

 Efeitos adversos
• Idosos (maior sensibilidade aos efeitos) – aumento da meia-vida de eliminação;
TOXICOLOGIA MEDICAMENTOSA

BENZODIAZEPÍNICOS

 Tratamento antidotal da intoxicação aguda:

 Flumazenil (interromper anestesia) – antagonista seletivo de GABA;


• Somente se a administração tenha sido apenas por benzodiazepínicos;
• Administrado lentamente – doses elevadas causam agitação e sintomas de
abstinência;
• Contraindicado – pacientes com aumento da pressão intracraniana, epilepsia,
exposição a antidepressivos;
TOXICOLOGIA MEDICAMENTOSA

BENZODIAZEPÍNICOS

 Uso dos Bzds como drogas facilitadoras de violência Sexual

 Estupro e outras agressões sexuais, roubo e extorsão;


 Rape drugs – danceterias ou raves (EUA);
TOXICOLOGIA MEDICAMENTOSA

I. ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS (AINEs)

 Grupo de fármacos que se apresentam quimicamente diferentes;


 Mais utilizados do mundo;
 Diferem em suas atividades antipirética, analgésica e anti-inflamatória, inibindo as
enzimas da via cicloxigenase;
 São excelentes medicamentos para tratar os efeitos indesejáveis causados pela resposta
inflamatória;
 Diminuem o edema, a hiperemia, a febre, a dor;
 São utilizados em variadas formas de inflamações, sejam traumáticas ou provocadas por
diferentes patologias.
TOXICOLOGIA MEDICAMENTOSA

I. ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS (AINEs)


Corticosteroides
TOXICOLOGIA MEDICAMENTOSA

I. ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS (AINEs)

I. Derivados do Ácido Salicílico

 Absorção – TGI (estômago e Intestino Delgado)


 Distribuição – todo o organismo
 Metabolismo – Microssoma hepático (CP450)
 Eliminação - renal;
 Mecanismo de ação – inibição da enzima cicloxigenase inespecificamente (COX1 e
COX2).
TOXICOLOGIA MEDICAMENTOSA

I. ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS (AINEs)

I. Derivados do Ácido Salicílico

Ex. Salicilato de metila (Calminex H) – uso externo


AAS – Aspirina ou Aspirina Prevent

 Antinflamatórios
 Antipirético
 Analgésico

Nomes comerciais: Melhoral, Aspisin, Aspirina, Engov, Sonrisal, Coristina


TOXICOLOGIA MEDICAMENTOSA

I. ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS (AINEs)

I. Derivados do Ácido Salicílico

 Diminui a agregação plaquetária;


 Previne a formação de trombos;
 Podem ser usados também na prevenção da angina de peito e do infarto do
miocárdio (doença causadas por trombos interrompendo a passagem de
sangue no coração);

 Aumentam o Tempo de sangramento.


TOXICOLOGIA MEDICAMENTOSA
I. ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS (AINEs)

I. Derivados do Ácido Salicílico

Efeitos indesejados:
 aumento no Tempo de coagulação: ação antiplaquetária;
 Ulceras e gastrites;
 Síndrome de Reye: (rara) em crianças com quadro de virose deve-se evitar o
uso de AAS devido ao surgimento da síndrome (edema cerebral, hipertensão
craniana, insuficiência hepática, vômitos, coma, aumento da mortalidade)

Evitar: AAS, Melhoral, Aspisin, Aspirina, Engov, Sonrisal, Coristina22


TOXICOLOGIA MEDICAMENTOSA
I. ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS (AINEs)

I. Derivados do Ácido Salicílico

 Efeitos no trato gastrointestinal


• Mais comum;
• Dispepsia moderada;
• Reações gastrointestinais como hemorragia, erosão da mucosa gástrica,
ulcerações, morte.
TOXICOLOGIA MEDICAMENTOSA
I. ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS (AINEs)

I. Derivados do Ácido Salicílico

 Efeitos no trato gastrointestinal

gastrotóxicos
TOXICOLOGIA MEDICAMENTOSA

I. ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS (AINEs)

I. Derivados do Ácido Salicílico

 Efeitos no sistema cardiovascular

 Infarto do miocárdio;
 Acidente Vascular Cerebral;
 Desequilíbrio das vias do metabolismo
do ácido araquidônico.
TOXICOLOGIA MEDICAMENTOSA

I. ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS (AINEs)

I. Derivados do Ácido Salicílico

 Efeitos renais
 Importantes para a manutenção do fluxo
sanguíneo renal – exacerbação da falha renal ,
principalmente em idosos e AR;

 Poucas reações em doses terapêuticas - efeitos


hemodinâmicos nos rins – redução da filtração
glomerular – retenção de sal e água – edema e
redução da eficácia de anti-hipertensivos
(diuréticos e vasodilatadores).
TOXICOLOGIA MEDICAMENTOSA

I. ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS (AINEs)

I. Derivados do Ácido Salicílico

 Efeitos hepáticos

 Hepatotoxicidade – crianças e adultos jovens, portadores de artrite reumatoide


infantil;
 Hepatomegalia,
 Anorexia,
 Náuseas;
 Icterícia (hiperbilirrubinemia_kenicterius).

- TGO e TGP
TOXICOLOGIA MEDICAMENTOSA

I. ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS (AINEs)

I. Derivados do Ácido Salicílico

 Efeitos na gestação

 Evitar no último trimestre da gestação – PG E, F – uterotrópicos – atraso no


parto;
 Efeito antiplaquetário – sangramento pós-parto.
TOXICOLOGIA MEDICAMENTOSA

I. ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS (AINEs)

I. Derivados do Ácido Salicílico

 Efeitos na respiração

 Associação com barbitúricos e morfina – centro respiratório deprimido - CO2 - acidose


metabólica;
 Hiperventilação, hiperpneia e taquipneia - CO2 - alcalose respiratória;

Compensação - Excreção urinária: HCO3, Na e K.


TOXICOLOGIA MEDICAMENTOSA

I. ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS (AINEs)

I. Derivados do Ácido Salicílico

 Intoxicação
 Óbitos – 10 a 30 g (AAS) – 1 cp – 500mg
 Acentuada depressão do SNC, paralisia respiratória e colapso cardiovascular
 Estabelecer a correlação entre a concentração de salicilato no soro e o tempo (agudo
ou crônico) – determinar a necessidade de implantação da conduta terapêutica.
 Uso de altas doses – êmese em crianças, e lavagem gástrica para adultos, carvão
ativado para prevenir absorção, aumento do pH urinário (bicarbonato).
TOXICOLOGIA MEDICAMENTOSA

I. ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS (AINEs)

I. Derivados do Ácido Salicílico

Síndrome de Reye

 AAS associada a Síndrome de Reye – fatal


• Falência hepática, encefalopatia, ocorrendo sempre após alguma virose,
principalmente o vírus da Influenza.

 Doença viral + AAS = lesar as mitocôndrias

 Não utilizado em crianças com infecções virais (ex. catapora, gripe)


TOXICOLOGIA MEDICAMENTOSA

I. ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS (AINEs)

I. Derivados do Ácido Salicílico

Hipersensibilidades
Inibe a COX
 4% dos pacientes;
 Simples - Rinite, urticária e asma brônquica
 Edema laríngeo como broncoconstrição,
eosinofilia, hipotensão,
 choque, perda da consciência e colapso
vasomotor total;

 AAS – aumento na produção de leucotrienos


TOXICOLOGIA MEDICAMENTOSA
I. ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS (AINEs)

Saliciliato – Dose/Clínica
TOXICOLOGIA MEDICAMENTOSA
I. ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS (AINEs)

Salicilatos – Intoxicação aguda


TOXICOLOGIA MEDICAMENTOSA
I. ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS (AINEs)
TOXICOLOGIA MEDICAMENTOSA
I. ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS (AINEs)
TOXICOLOGIA MEDICAMENTOSA
I. ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS (AINEs)

PARACETAMOL

 USO TERAPÊUTICO: Efeitos nocivos raros


 Doses excessivas: Hepatotóxico e nefrotóxico
 Doses Tóxicas:
Adultos – 6 – 7,5 g

• Danos hepáticos – após consumo diário de 5g


• Crianças - > 150 mg/Kg de peso
• Óbitos: 15g/Kg
TOXICOLOGIA MEDICAMENTOSA
I. ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS (AINEs)

PARACETAMOL

Toxicocinética

 Absorção:
 Gastrointestinal rápida e completa;
 Pico de concentração plasmática – 15min à 2 horas.

 Meia Vida plasmática:


T1/2: 2 a 3h em dose terapêutica
diminuição do clearence: 4h na intoxicação sem dano hepático
7,6h na intoxicação com dano hepático
TOXICOLOGIA MEDICAMENTOSA
I. ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS (AINEs)

PARACETAMOL

Toxicocinética

 Distribuição:
 Distribui-se por todos os líquidos corporais
 Biodisponibilidade: 80%
 Ligação às proteínas plasmáticas é variável – depende da concentração disponível
TOXICOLOGIA MEDICAMENTOSA
I. ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS (AINEs)

PARACETAMOL

 Doses tóxicas:
 2 a 3 x da dose terapêutica;
 Hepatotoxicidade grave – fatal;
 Nefrotoxicidade.
TOXICOLOGIA MEDICAMENTOSA
I. ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS (AINEs)

PARACETAMOL

 Metabolização:
 O metabólito acumula-se e reage com componentes nucleofílicos no hepatócito –
necrose – no fígado e túbulos renais;
 A maior parte da droga é excretada com facilidade - conjugada com ácido
glicurônico e sulfatos;
 10% - via citocromo p450 –necrose hepática e morte
TOXICOLOGIA MEDICAMENTOSA
I. ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS (AINEs)

PARACETAMOL

Altas
doses

oxidação

N-acetil p-benzoquinonaimina
(intermediário tóxico) Conjugação com Ácido Mercaptúrico
glutationa

Morte celular

Biotransformação do Paracetamol
TOXICOLOGIA MEDICAMENTOSA
I. ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS (AINEs)

PARACETAMOL

 Dor associada com osteoartrite


 Antipirético
 Analgésico
 Antiinflamatório fraco
TOXICOLOGIA MEDICAMENTOSA
I. ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS (AINEs)

PARACETAMOL

Intoxicações fatais:

 Pacientes alcoólicos crônicos;


 Discrasia sanguínea (pancitopenia, agranulocitose, trombocitopenia) reversível;
 Necrose hepática fatal – superdose (principalmente em crianças, mas difícil em doses
terapêuticas).

 Ingestão de doses tóxicas:


 24h – náuseas, vômitos, anorexia e dor abdominal (1 semana ou mais)
 2 a 4 dias – lesão hepática TGO e TGP
Bb
TP
Auxilia no diagnóstico, necessidade da dosagem da
concentração de paracetamol no plasma
TOXICOLOGIA MEDICAMENTOSA
I. ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS (AINEs)

PARACETAMOL

Intoxicações fatais:

 Ação nefrotóxica aguda


 Hipoglicemia que pode levar ao coma
TOXICOLOGIA MEDICAMENTOSA
I. ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS (AINEs)

PARACETAMOL

 Tratamento
 Lavagem gástrica (até 4h após a ingestão);
 Administração de carvão ativado;
 Diálise (retirada de 58% dos metabólitos da dose administrada)

o Antídoto:
 N-acetilcisteína (Fluimucil) - estimula a síntese hepática de glutationa,
 Cisteamina ou metionina (causando náuseas, vômitos e dores abdominais
TOXICOLOGIA MEDICAMENTOSA
I. ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS (AINEs)

DERIVADOS PIRAZOLIDÍNICOS
 Fenazona (Antipirina) – 1884 – analgésico e antipirético (uso local - colírio, gotas
óticas);
 Metamizol (Dipirona) - analgésico e antipirético;
 Aminofenazona (Aminopirina);
 Fenilbutazona - espondilite anquilosante, gota;
 Oxifembutazona (Tandrex-A) - espondilite anquilosante, gota;
 Sulfimpirazona
TOXICOLOGIA MEDICAMENTOSA
I. ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS (AINEs)

DERIVADOS PIRAZOLIDÍNICOS

 Fentazona e Aminopirina – agranulocitose fatal, erupções e reações cutâneas e


Anemia Hemolítica em pessoas com deficiência da enzima G6PD;
 Metamizol – agranulocitose severa, hemólise, anemia aplásica e reações cutâneas
 Fenilbutazona e Oxifembutazona – TGI, de simples irritação à perfuração de úlcera e
sangramento, retenção hídrica.
TOXICOLOGIA MEDICAMENTOSA
I. ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS (AINEs)

DERIVADOS PIRAZOLIDÍNICOS

Efeitos adversos:
 Leucopenia;
 Trombocitopenia;
 Anemia aplásica fatal;
 Agranulocitose (50% dos pacientes);
 Efeitos hepatotóxico e nefrotóxicos;
 Dor de cabeça (comum);
 Outros efeitos moderados do SNC.
TOXICOLOGIA MEDICAMENTOSA
I. ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS (AINEs)

DERIVADOS PIRAZOLIDÍNICOS

Intoxicação aguda decorrente de dose excessiva:


 Acidose metabólica;
 Hipotensão arterial;
 Oligúria;
 Choque;
 Coma;
 Depressão da MO.
TOXICOLOGIA MEDICAMENTOSA
I. ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS (AINEs)

DERIVADOS PIRAZOLIDÍNICOS

Contraindicação:
 Algumas patologias;
 Idosos;
 Menores de 14 anos.
TOXICOLOGIA MEDICAMENTOSA
I. ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS (AINEs)

DERIVADOS DO ÁCIDO INDOLACÉTICO

Indometacina

 Artrite reumatoide juvenil;


 Osteoartrite;
 Artropatia degenerativa do quadril;
 Espondilite anquilosante;
 Artrite gotosa aguda;
 Distúrbios Musculoesqueléticos agudos;
 Bursite;
 tendinite,
 Sinovite,
 Lombalgia,
 Febre;
 Inflamação, dor, edema.
TOXICOLOGIA MEDICAMENTOSA
I. ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS (AINEs)

DERIVADOS DO ÁCIDO INDOLACÉTICO

Indometacina

Efeitos adversos:
 Ulceração gastroduodenal
 Perfuração gástrica;
 Hemorragia;
 Desconforto abdominal;
 Náuseas;
 Anorexia;
TOXICOLOGIA MEDICAMENTOSA
I. ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS (AINEs)

DERIVADOS DO ÁCIDO INDOLACÉTICO

Indometacina
Efeitos adversos:
 SNC  Depressão grave;
 Cefaleia frontal intensa;  Psicose;
 Tontura;  Alucinação;
 Zumbido;  Suicídio.
 Fadiga;
 Parestesia;
 Sonolência;
 Confusão.
TOXICOLOGIA MEDICAMENTOSA
I. ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS (AINEs)

DERIVADOS DO ÁCIDO INDOLACÉTICO

Indometacina

 Efeitos adversos:
 Leucopenia;
 Acidose tubular e Renal;
 Trombocitopenia;
 Diminuição da Filtração Glomerular;
 Anemia hemolítica;
 Hiperglicemia;
 Agranulocitose;
 Hematúria;
 Síndrome de Stevens-
 Hipercalemia;
Johnson;
 Retenção de Fluido.
 Disfunção Sexual.
TOXICOLOGIA MEDICAMENTOSA
I. ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS (AINEs)

DERIVADOS DO ÁCIDO INDOLACÉTICO

Indometacina

Efeitos adversos:
 Maior poder de desenvolver anemia Aplásica;
 Contraindicado na gestação;
 Óbito é raro – pode ocorrer em casos de hemorragia gastrintestinal, discrasia
sanguínea, reação alérgica grave.
TOXICOLOGIA MEDICAMENTOSA
I. ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS (AINEs)

DERIVADOS DO ÁCIDO ANTRANÍLICO

 Ácido mefenâmico, meclofenâmico e flufenâmico

 cefaleias de várias etiologias;


 Artrite reumatoide;
 dor pós-operatória e pós- parto;
 Osteoartrite;
 Alívio sintomático da dismenorreia primária;
 Dor muscular;
 Menorragia por causas disfuncionais ou por
 Dor;
uso de DIU;
 Dor traumática e dentária;
 Síndrome pré-menstrual.
TOXICOLOGIA MEDICAMENTOSA
I. ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS (AINEs)

DERIVADOS DO ÁCIDO ANTRANÍLICO

Efeitos adversos:

TGI
 Inflamação;
 Dispepsia;
 Ulceração;
 Constipação;
 Sangramento gastrintestinal;
 Hemorragia branda;
 Proctocolite e enterite.
 Desconforto;
TOXICOLOGIA MEDICAMENTOSA
I. ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS (AINEs)

DERIVADOS DO ÁCIDO ANTRANÍLICO

Efeitos adversos:

Hematológicos
 Anemia hemolítica e Megaloblástica;
 Leucopenia;
 Hipoplasia medular;
 Trombocitopenia;
 Hemólise autoimune reversível;
 Agranulocitose;
 Proctocolite e enterite.
 Pancitopenia;
TOXICOLOGIA MEDICAMENTOSA
I. ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS (AINEs)

DERIVADOS DO ÁCIDO ANTRANÍLICO

Efeitos adversos:

Renal – inibição das PG renais.


 Hipoperfusão;
 Nefrite intersticial;
 Falência renal não oligúrica (idosos);
 Necrose tubular aguda;
TOXICOLOGIA MEDICAMENTOSA
I. ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS (AINEs)

DERIVADOS DO ÁCIDO ANTRANÍLICO

 Efeitos adversos:
SNC Outros:

 Nervosismo;  Alterações transitórias na função hepática;

 Dor de cabeça;  Erupções cutâneas;

 Tontura;  Pancreatite;

 Distúrbios Visuais;  Disfunção sexual;

Contraindicado:
 Gestação;
 Crianças abaixo de 14 anos.
TOXICOLOGIA MEDICAMENTOSA
I. ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS (AINEs)

DERIVADOS DO ÁCIDO ARILALCANOICOS

 Diclofenaco, Ibuprofeno, fenoprofeno, naproxeno

 Efeitos adversos:
 Náuseas;  Hepatotoxicidade;
 Diarreia;  Hipersensibilidade;
 Constipação;  Danos renais;
 Dores epigástricas;  Eosinofilia;
 Sangramentos;  Agranulocitose;
 Ulceração;  Trombocitopenia;
 Perfuração da parede intestinal  Disfunção sexual.
TOXICOLOGIA MEDICAMENTOSA
I. ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS (AINEs)

DERIVADOS DO ÁCIDO ARILALCANOICOS

 Contraindicados:
 Neonatos;
 Mulheres durante a amamentação;
 Gestantes;
 Idosos com disfunções hepática e cardíaca e crianças.
TOXICOLOGIA MEDICAMENTOSA
I. ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS (AINEs)

DERIVADOS DA BENZOTIAZINA

 Piroxicam, Meloxicam

 Efeitos adversos:
 Distúrbios GI;
 Efeitos alérgicos, neurológicos e sanguíneos, renais, hepáticos,
pancreáticos, dermatológicos;
 Pneumonites;
 Disfunção sexual.
TOXICOLOGIA MEDICAMENTOSA
I. ANTIINFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDAIS (AINEs)

DERIVADOS SULFONANILIDA

 Nimesulida

 Efeitos adversos:
 Gástricos (dores, náuseas) – menor poder gastrotóxico (seletividade pela COX2) ;
 SNC – nervosismo e vertigem;
 Cutâneos - erupções a pele e prurido.

Contraindicação:
 Pacientes pediátricos - hepatotoxicidade

Você também pode gostar