Rochas Sedimentares Biogénicas
Rochas Sedimentares Biogénicas
Rochas Sedimentares Biogénicas
As rochas sedimentares biogénicas são formadas pelos detritos orgânicos cimentados ou pelos materiais resultantes de uma ação
bioquímica. Dentro destas rochas podemos ter: os calcários biogénicos, o carvão ou o petróleo, por exemplo.
Calcários Biogénicos
Dentro das rochas sedimentares biogénicas temos dois tipos diferentes de calcários, os calcários conquíferos e os calcários recifais.
Os calcários conquíferos resultam da deposição de revestimentos externos, principalmente de conchas de moluscos e foraminíferos
apos a sua morte, sendo que o material pode encontra-se fragmentado, revelando a existência de transporte antes da deposição. A
formação desta rocha dá-se por Bioacumulação.
Os calcários recifais formam-se a partir dos recifes, por acumulação dos esqueletos e revestimentos dos organismos, sendo os corais
os mais importantes. É um calcário de “edificação” pois resulta da fixação de carbonato de cálcio por seres vivos que segregam peças
esqueléticas de carbonato de cálcio.
Os combustíveis fosseis
Os combustíveis fosseis resultam da acumulação de restos de seres vivos em ambientes específicos, sendo que são recursos naturais
que demoram muitos anos até se formarem e são recurso energéticos não renováveis. Dentro deste podemos incluir o carvão e o
petróleo.
Formação do carvão
Os carvões são rochas sedimentares biogénicas que resultam de matéria vegetal, na qual ocorre o enriquecimento progressivo em
carbono relativamente aos outros elementos químicos da matéria orgânica, processo ao qual se dá o nome de incarbonização.
O carvão forma-se do seguinte modo:
1.Forma-se por deposição de matéria orgânica vegetal em bacias continentais, bacias costeiras lagunares ou bacias lacustres zonas de
difícil drenagem de água – ambientes anaeróbios.
2. Nestas zonas, os restos vegetais (musgos, ramos, folhas, …) transformam-se, devido à ação de bactérias anaeróbias, num produto
carbonoso, rico em matérias voláteis, chamado turfa.
3. A evolução do carvão a partir da turfa designa-se por incarbonização e conduz à libertação de grupos químicos que contêm
hidrogénio e oxigénio, levando ao enriquecimento relativo da matéria orgânica em carbono.
4. Os materiais sofrem abatimento ou subsidência, ficando a matéria vegetal em condições progressivas de maior pressão e
temperatura. Nas novas condições, os materiais diminuem de volume e sofrem reações geoquímicas, em que se verifica a perda de
água e substâncias voláteis (ex. metano), diminuição da porosidade e o aumento da concentração relativa de C. Sucedem-se os
estágios de lignite, Hulha e antracite.
Estágios do carvão: Turfa, Lignite, Hulha e Antracite.
1. Turfa- É o 1º estádio da formação do carvão mineral. Na turfa é possível identificar raízes, caules e sementes. É o tipo de
carvão menos rico em carbono e, por esta razão, com menor valor energético
2. Lignite- Encontra-se relativamente próximo da superfície. Em termos geológicos, é um carvão recente, sendo possível
observar alguns restos de plantas. A sua extração é relativamente fácil e pouco dispendiosa, mas o seu valor energético é
ainda reduzido.
3. Hulha (carvão betuminoso) - É o tipo de carvão + abundante e + utilizado. É mais rico em carbono, pelo que tem maior
poder calorífico do que os anteriores.
4. Antracite. É o estádio mais avançado na formação dos carvões e, por isso, é a forma que apresenta maior teor de carbono.
É o mais compacto e mais duro, possuindo também o maior poder calorífico.
Trabalho realizado pelo aluno Gonçalo Oliveira, pertencente á turma 11ºC1 da ESPAMOL, tendo este o nº11.
Trabalho Baseado nos PowerPoint´s disponibilizados pela professora Sandra Vitorino, no decorrente ano letivo
Trabalho realizado pelo aluno Gonçalo Oliveira, pertencente á turma 11ºC1 da ESPAMOL, tendo este o nº11.
Trabalho Baseado nos PowerPoint´s disponibilizados pela professora Sandra Vitorino, no decorrente ano letivo
Formação do petróleo
Tal como os carvões, também o petróleo é uma rocha sedimentar biogénica, isto apesar de estar no estado líquido (os seus processos
de formação são de origem sedimentar). O petróleo é composto por Hidrocarbonetos que resultam da parte lipídica da matéria
orgânica, abundante especialmente no plâncton, acumulada e transformada anaerobiamente entre 2000 e 3000 metros de
profundidade.
O petróleo forma-se em locais de grande quantidade de matéria orgânica de origem aquática (especialmente plâncton marinho) rica
em vasa gorda, nomeadamente, em mares pouco profundos, pouco agitados e pouco oxigenados.
A morte dos organismos leva à deposição de matéria orgânica no fundo de um ambiente sedimentar onde sofre decomposição parcial,
pelo facto de o ambiente ser anaeróbio e/ou de o material ser rapidamente coberto por sedimentos.
A continuação da sedimentação leva ao fundamento da matéria orgânica que é sujeita ao aumento da temperatura e da pressão.
As propriedades físicas e químicas da matéria orgânica vão sendo alteradas e esta é convertida em hidrocarbonetos líquidos, como o
petróleo, alguns gasosos, como o gás natural e outros sólidos, como os betumes ou asfaltos.
A primeira fase da formação ocorre em rochas sedimentares designadas de Rocha-mãe.
Depois de formado, o petróleo tende a migrar para níveis superiores porque é menos denso que os restantes constituintes da Rocha-
mãe.
A migração ocorre para uma rocha- armazém (rochas porosas e permeáveis) onde se armazena, também é importante a presença de
uma rocha--cobertura (rochas de baixa permeabilidade, que funcionam como barreira – rochas argilosas, carbonatadas ou salinas) que
impeça os hidrocarbonetos de se escaparem da rocha-armazém.
Mas, para que ocorram acumulações consideráveis de petróleo, é necessário que ocorram estruturas geológicas favoráveis que formem
as armadilhas petrolíferas. Nestas condições formam-se reservatórios de petróleo.
Dentro das armadilhas estratigráficas (petrolífera) podemos ter as seguintes: formadas por discordâncias angulares, falhas inversas ou
anticlinais.
Caso o aquecimento continuar por um período de tempo mais longo, ou se a temperatura aumentar, o petróleo vai ficando cada vez
mais fluido e mais leve, acabando por se transformar em gás natural.
Petróleo e derivados:
Formação de plásticos;
Construção de estradas e calçadas;
Utilização no vestuário e calçado (fibras têxteis sintéticas, processamento de couro, solas de sapato, etc.;
Produção de champô, detergentes, produtos de limpeza, etc.…;
Utilização como combustível para: aquecimento, automóveis, aviões, etc.…;
Utilização na medicina, com a criação de próteses, medicamentos, óculos, etc.;
Carvão- utilização como combustivel (fóssil)
Trabalho realizado pelo aluno Gonçalo Oliveira, pertencente á turma 11ºC1 da ESPAMOL, tendo este o nº11.
Trabalho Baseado nos PowerPoint´s disponibilizados pela professora Sandra Vitorino, no decorrente ano letivo