Processo Civil

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Processo Civil

1. Intervenção de Terceiros: atuação de pessoas estranhas a determinado


processo judicial quando esta não se dá por litisconsórcio ou por
assistência. Chama-se opoente ou opositor o terceiro que propõe a
oposição e opostos o autor e réus do processo principal.

OBS: No Juizado Especial Cível, em regra, não cabe intervenção de


terceiros. A exceção é o incidente de desconsideração da personalidade
jurídica (art. 1.062, CPC).

 Classificações:
Quanto a legitimidade, poderá ser:
a) Voluntária/Espontânea: quando o terceiro entra no processo por
vontade própria.
b) Involuntária/Provocada: quando o terceiro é trazido ao processo.
c) De Ofício: o juiz determina a intervenção, ocorre apenas no
amicus curiae.

 Intervenções:
a) Assistência (arts 119 a 124 do CPC): quando o terceiro, na
pendência de uma causa entre outras pessoas, tendo interesse
jurídico em que a sentença seja favorável a uma das partes,
intervém no processo para lhe prestar colaboração.
O terceiro pretende prestar AUXÍLIO a uma das partes. Classifica-
se como intervenção VOLUNTÁRIA. Ocorre a qualquer tempo, e o
terceiro recebe o processo no estado em que se encontrar. Pode
ser:

- assistência simples: quando a relação entre o assistente e a parte


contrária não é afetada pela sentença.

- assistência litisconsorcial: possui legitimidade de parte, ou seja,


poderia ser parte do processo, entretanto, por ser um
litisconsórcio facultativo, não integrou nenhum dos polos da ação,
mas ele possui interesse em ingressar na ação; neste caso, a
sentença vai influenciar na relação jurídica do assistente com a
parte contrária ao assistido.
b) Denunciação da Lide (arts. 125 a 129 do CPC): figura do
garantidor. Casos envolvendo evicção e contratos de seguro. Se
não cabível ou indeferida a denunciação da lide caberá ação
regressiva. Nessa modalidade, o direito de regresso é exercido na
mesma demanda, ou seja, ao invés de ocorrer por ação autônoma,
o regresso acontecerá nos mesmos autos. ex: segurado,
condenado numa demanda de reparação cível, denuncia a lide em
face da seguradora, para GARANTIR seu direito de regresso.
Classifica-se como PROVOCADA. Qualquer um dos polos poderá
provocar essa intervenção que só é aceita em ações ordinárias.
Possuem legitimidade o autor e o réu. O autor deverá denunciar
na inicial e o réu na contestação. ATENÇÃO: É VEDADA A
DENUNCIAÇÃO NAS AÇÕES QUE VERSAM SOBRE DIREITO DO
CONSUMIDOR!

c) Chamamento ao processo (arts. 130 a 132 do CPC): trata-se de


espécie de intervenção pela qual o réu, no prazo da contestação,
tem a possibilidade de chamar ao processo os outros devedores.
Cabível em situações envolvendo fiança e obrigações solidárias.
Classifica-se como PROVOCADA. Apenas poderá ser feito pelo RÉU
na contestação. SEMPRE QUE A FGV QUESTIONAR SOBRE AÇÃO
MOVIDA EM FACE DE APENAS UM DOS DEVEDORES, A
INTERVENÇÃO CABÍVEL É O CHAMAMENTO.
OBS: importante não confundir (b) e (c)!!! na denunciação trata-se
de regresso, uma vez que o garantidor não possui
responsabilidade caso não haja condenação, já no chamamento,
tratam-se de codevedores que são responsáveis desde o início.

d) Incidente de desconsideração de personalidade jurídica (arts. 133


a 137 do CPC): modalidade utilizada para atingir patrimônio do
sócio ou da pessoa jurídica (desconsideração inversa). Se existe
processo é obrigatório o incidente que suspenderá o processo
principal. Se requerida em petição inicial o incidente é dispensado.
O juiz não pode desconsiderar a personalidade jurídica de ofício .
Classifica-se como PROVOCADA pela parte ou pelo MP. Pode
ocorrer em qualquer uma das fases processuais. Art 28 CDC e Art
50 CC – indicam as hipóteses em que o juiz poderá conceder. À luz
do art. 133 do CPC, exige, cumulativamente, o requerimento da
parte interessada e a instauração do incidente.
e) Amicus curiae (art. 138 do CPC): amigo da corte ou também amigo
do tribunal. Designa uma instituição que tem por finalidade
fornecer subsídios às decisões dos tribunais, oferecendo-lhes
melhor base para questões relevantes e de grande impacto.
Classifica-se como VOLUNTÁRIA, PROVOCADA ou DE OFÍCIO.

2. Execução

a) Defesas do devedor: basicamente temos duas defesas do devedor, a


depender da execução de título judicial ou extrajudicial. Se de título
extrajudicial, teremos os embargos à execução; se judicial, a
impugnação do cumprimento de sentença.

b) Impugnação (art. 525, CPC)


 apresentada de forma incidental
 matérias do art. 525, CPC
 excesso de execução: necessidade de demonstrar o valor correto e
juntar memória de cálculo. prazo de 15 dias contados após o prazo
de cumprimento de voluntário, independentemente, de nova
intimação
 em regra sem efeito suspensivo, podendo ser concedido desde
que garantido o juízo e demonstrado probabilidade do direito e
risco de dano.

c) Embargos à Execução (arts. 914 a 920 do CPC)


 natureza de ação autônoma
 distribuição por dependência
 matérias do art. 917, CPC
 excesso de execução: necessidade de demonstrar o valor correto e
juntar memória de cálculo
 em regra sem efeito suspensivo, podendo ser concedido desde
que garantido o juízo e demonstrado probabilidade do direito e
risco de dano.
 prazo: 15 dias contados da juntada do comprovante de citação.
 Prazo e litisconsórcio: o prazo não será da juntada do último
comprovante de citação, exceto se os executados forem
companheiros ou cônjuges (art. 915, parágrafo primeiro do CPC).
ATOS DE EXPROPRIAÇÃO
d) PENHORA: Necessita de avaliação, feita em regra pelo OJ, logo após a
intimação
e) Adjudicação/Arrematação: ao invés de penhorar, o credor fica com o
bem e na hipótese do bem estar avaliado a maior, ele deposita em
juízo o saldo excedente, se a menor, busca e penhora novos bens e
valores.
f) Alienação
g) Leilão

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