Monografia 25 Gestao de Producao
Monografia 25 Gestao de Producao
Monografia 25 Gestao de Producao
CURITIBA
2010
Dedico a minha esposa Vanessa, meu filho
Marco Júnior e minha filha Maria Eduarda, pelo
incentivo e pela compreensão enquanto estive
dedicando-me aos estudos.
Introdução........................................................................................................ 07
2. Sistemas Produtivos....................................................................................... 13
2.1. Conceituação inicial.................................................................................... 13
2.2. Classificação e seleção de sistemas produtivos.......................................... 14
3. Gestão da Produção....................................................................................... 16
3.1. Conceituação inicial.................................................................................... 16
3.2. Planejamento e controle da produção......................................................... 17
4. O conceito MRP............................................................................................. 20
4.1. Conceituação inicial.................................................................................... 20
4.2. Dinâmica MRP........................................................................................... 21
4.3. Componentes de um sistema MRP............................................................. 23
4.3.1. Entradas (Inputs)...................................................................................... 23
4.3.2. Saídas (Outputs)....................................................................................... 24
6. Metodologia de pesquisa............................................................................... 26
8. Modelagem do Sistema.................................................................................. 36
Considerações Finais....................................................................................... 94
Bibliografia....................................................................................................... 95
Anexos............................................................................................................... 97
RESUMO
REVISÃO DE LITERATURA
METODOLOGIA DE PESQUISA
1. Sistema Agroindustrial
De acordo com Harding (1987), “sistema” pode ser entendido como uma atividade
contínua envolvendo um conjunto de partes inter-relacionadas, as quais atuam de acordo
com padrões estabelecidos (regras de operações) sobre inputs (entradas) no sentido de
produzir outputs (saídas).
A dinâmica da produção pode ser entendida pela figura a seguir:
Produção
Processo de Jobbing
Indiretas:
• interagir com outros setores da organização para benefício mútuo;
Diretas:
• entender os objetivos estratégicos da produção;
• desenvolver estratégia de produção;
• projetar processos de produção;
• planejar e controlar a produção;
• melhorar o desempenho da produção.
Complementando, em relação às atividades de planejamento / tomada de decisão,
Moreira (2002) classifica-as pelo critério de prazo e risco:
Finalmente, é difícil imaginar uma empresa não fazendo parte de uma rede
produtiva maior. Neste contexto, são válidos os conceitos pertinentes ao Suplly Chain
Managment (ou Gestão Integrada de Cadeia de Suprimentos), que de acordo com Ching
(2001), é todo esforço envolvido nos diferentes processos e atividades empresariais que
criam valor na forma de produtos e serviços para o consumidor final.
Informações e Recursos
Produtos e Serviços
Fontes de
Suprimento Fornecedores Empresa Distribuidores Consumidores
• Projeção da demanda
A partir de uma previsão de vendas inicial é possível elaborar um roteiro de
produção (denominado de Programa / Plano Mestre de Produção) que determina para
cada tipo de produto fabricado pela empresa, a quantidade e o momento em que ele
deverá estar disponível para se atender esta demanda.
• Estoque: partes e componentes
Em resumo, Slack (2002) define estoque como a acumulação armazenada de
recursos materiais em um sistema de transformação. Complementando, afirma que não
importa o que está sendo armazenado, ou onde ele está posicionado na operação; ele
existirá porque existe uma diferença de ritmo (ou de taxa) entre fornecimento e
demanda. Martins & Laueni (1998) mencionam que a informação sobre os níveis de
estoques para cada item é também essencial para operacionalizar um MRP.
• Lista de materiais
A lista de materiais dá a base para a continuidade dos cálculos. De acordo com
Martins & Laugeni (1999, p.231), “é a parte mais difícil e trabalhosa do sistema”.
Todos os produtos da linha de fabricação devem ser subdivididos em todos os seus
componentes, subcomponentes e peças.
De acordo com Slack (2002, p.458), “um sistema MRP necessita de arquivo dos
componentes de cada item, assim como um cozinheiro necessita de uma lista de
ingredientes necessários para preparar um prato”.
• Atualização de estoques
O sistema, ao processar os dados referentes ao estoques utilizados,
automaticamente permite uma atualização dos estoques disponíveis.
• Ordens de Produção
Chiavenato (1991, p.97), cita que “Ordem de Produção é a comunicação para
produzir que é enviada para a seção produtiva, autorizando-a a executar determinado
volume de produção”.
• Ordens de compras
De forma análoga às ordens de produção, são todas as ordens geradas solicitando
as compras de materiais, listando o que, quando e quanto, para realização da produção e
cumprimento dos prazos.
• Relatórios gerenciais
O sistema permite a geração de relatórios de apoio ao planejamento das operações.
5. Tecnologia de informação e difusão do conhecimento
De acordo com Gil (1991), podemos classificar esta pesquisa como “pesquisa
exploratória”, que tem como principal objetivo proporcionar maior familiaridade com o
tema.
Em relação aos procedimentos técnicos utilizados, na primeira parte do trabalho
utilizou-se o recurso de levantamento bibliográfico sobre os tópicos apresentados.
A segunda parte do trabalho baseou-se num estudo de caso, que permite uma
análise mais detalhada com base em um único objeto de estudo.
Nesta parte, para a coleta de dados, recorreu-se ao levantamento documental,
entrevistas informais com profissionais que desempenham atividades na empresa
relacionadas com as atividades objeto de estudo.
Nesta segunda parte, este trabalho pode também ser considerado, como uma
“pesquisa-ação”, visto que o executor atuou como participante cooperador e responsável
pelo processo de desenvolvimento de um novo modelo.
Por se tratar de um novo modelo, a pesquisa tem as características de um estudo
experimental, do tipo antes-depois, já que o modelo foi desenvolvido a partir da
constatação de necessidades específicas, simulado e avaliado para ser incorporado à
rotina das organizações.
Pode-se enquadrar o desenvolvimento deste modelo dentro do ciclo PDCA de
Deming (Martins & Laugeni (1998)): planejar (Plan), fazer (Do), verificar (Check) e
agir (Act).
Finalmente, o desenvolvimento do modelo obedeceu ao seguinte roteiro:
• Caracterizar o processo produtivo de mudas;
• Verificar com usuários as dificuldades e necessidades;
• Após consulta aos usuários, analisar as necessidades específicas de um
planejamento e controle de unidades produtivas de mudas florestais;
• Formalizar lista de materiais em forma de planilhas.
• Formalizar cronograma da seqüência de etapas produtivas (cronograma de
montagem MRP) em forma de planilhas;
• Formalizar sistema MRP piloto;
• Simular funcionamento / analisar funcionalidade / promover melhorias do
sistema em desenvolvimento;
• Buscar tornar “amigável” a interface do sistema com o usuário;
• Apresentar modelo final.
Parte II
ESTUDO DE CASO
MODELAGEM DO SISTEMA
7. Estudo de caso
A produção de mudas florestais pode ser inserida, de acordo com Araújo (2003),
no Sistema Agroindustrial Não Alimentar, com algumas especificidades que a
diferencia da produção de outros bens manufaturados, algumas delas condizentes com
aquelas citadas anteriormente pelo autor:
• Perecibilidade das mudas;
• Problemas fisiológicos durante o processo de produção que podem afetar
o volume de produção;
• Oscilações no volume de produção como conseqüência da sazonalidade
da demanda;
É uma atividade classificada também, como “dentro da porteira (produção
agropecuária propriamente dita)”, atuando ao mesmo tempo como cliente e fornecedor
na cadeia produtiva florestal.
De uma maneira geral, a produção de mudas florestais ocorre em grande escala (ou
seja, em massa), mas na forma de grandes lotes. Além disto, o fluxo produtivo
assemelha-se muito a um fluxo contínuo. Desta forma, e com base nas classificações
apresentadas por Slack (1999) e Moreira (2002), podemos classificá-la como um
processo de produção do tipo contínuo.
Esta classificação respeita as definições apresentadas por Slack (1999), que cita os
processos contínuos como situados a um passo além dos processos de produção em
massa. Isto pelo fato de operarem em volumes ainda maiores e em geral terem
variedade ainda mais baixa. Assim, em relação ao componente mix, a produção de
mudas resulta em produtos padronizados.
O processo produtivo de mudas pode ser visualizado na figura 7 e no Anexo 1.
O objetivo de desempenho confiabilidade é crítico na produção de mudas,
principalmente porque o cliente que adquire as mudas possui um curto espaço de tempo
para plantá-las no campo, além de sofrer também, interferência das condições climáticas
locais (radiação solar, precipitações, temperatura, ventos, etc.).
Fig.7: Produção de mudas florestais
Papel de
Imprimir e
Escrever
Indústria Papel
Insumos: Revestido
Fertilizantes, Viveiro
Silvicultura
Defensivos, Florestal
Fornecedores Formação de Distribuidores Consumidores
Substratos, Produção de
Florestas
explantes de Mudas
clones, etc.
Produtos de Madeira
Madeira Serrada
Cavacos
Toras
8. Modelagem do sistema
alterações nas células que possuem fórmulas e vínculos e, ocultar as que não precisam
ser visualizadas.
A navegação entre as planilhas pode ser realizada por intermédio de botões com
macros associadas, sendo resumidos todos em um “portal”, facilitando assim a
visualização da amplitude do trabalho em uma só página, que passaria a oferecer todas
as alternativas possíveis dos acessos e dos relatórios, o que permite também uma maior
velocidade desta navegação.
PARTE III
APRESENTAÇÃO DO SISTEMA
43
9. Apresentação do Sistema
10.1 Portal
• Entradas (Inputs)
Do lado esquerdo estão todas as pastas de entradas (inputs), de acordo com a figura
13.
Dentro de cada pasta de Entradas, é possível inserir dados, de acordo com o planejamento que está sendo realizado, conforme figura 14.
Na célula laranja, podemos observar o valor 1.416 mil mudas que é o saldo de acordo com o raciocínio apresentado até o momento.
Figura 16.
A seguir será apresentada uma simulação de um lançamento de estoque real, deixando de ser uma projeção, mas sim um resultado
operacional já ocorrido.
Na célula laranja, podemos observar agora em vez de o valor 1.416 mil mudas que era o saldo projetado, mas sim o falor de 600 mil
mudas que é o valor lançado na célula anterior como estoque real. Desse ponto em diante, a memória de cálculo vai assumir o valor 600 mil
mudas, desconsiderando o valor 1.416 mil mudas previamente apresentadas. Figura 17.
Importante ressaltar que esse planejamento é realizado por três anos, neste de 2010, 2011 e 2012.
Saídas (Outputs)
Do lado direito estão todas as pastas de Saídas (outputs), de acordo com a figura 18
Resultado da composição de Vendas em reais por ano e por clone, de acordo com a
figura 24.
Figura 24: Saídas – composição de vendas em reais por ano e por clone
Resultado da composição do Saldo de Estoque por clone por mês e por ano,
conforme figura 26. Essa tela sem dúvida é uma das ferramentas mais importantes na
gestão do viveiro, na tomada de decisões rápidas e mudanças de programação, bem
como para procurar equalizar e atender bem a todos os clientes da melhor forma
possível. Quando o saldo é negativo o número apresenta-se em vermelho.
Figura 26: Saídas – composição dos compromissos de entrega de mudas por cliente
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Bibliografia
GAITHER, N., et al., Administração da produção e operações, 8ª. ed. São Paulo,
Pioneira Thomson Learnig, 2001.
GIL, A.C. Como elaborar projetos de pesquisa. 3a. ed. São Paulo, Atlas,1991.
SLACK, H. A., et al. Administração da produção, 2ª. ed. São Paulo, Atlas, 2002.
Anexo 1
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