Manual de Fiscalizacao de Pescado e Derivados v1.2021
Manual de Fiscalizacao de Pescado e Derivados v1.2021
Manual de Fiscalizacao de Pescado e Derivados v1.2021
MANUAL DE PROCEDIMENTOS DE
INSPEÇÃO E FISCALIZAÇÃO DE
PESCADO E DERIVADOS EM
ESTABELECIMENTOS SOB
INSPEÇÃO FEDERAL
Versão 1
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
Secretaria de Defesa Agropecuária
Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal
MANUAL DE PROCEDIMENTOS DE
INSPEÇÃO E FISCALIZAÇÃO DE
PESCADO E DERIVADOS EM
ESTABELECIMENTOS SOB
INSPEÇÃO FEDERAL
Versão 1
Brasília
MAPA
2021
© 2021 Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Todos os direitos reservados. É permitida a
reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte e que não seja para venda ou qualquer
fim comercial. A responsabilidade pelos direitos autorais de textos e imagens desta obra é do autor.
1ª ed. Ano 2021.
Equipe Técnica:
Alexandre Campos da Silva – CGI/DIPOA/SDA
Allan Rogério de Alvarenga – DINSP/CSI/CGI/DIPOA/SDA
Carla Susana Rodrigues – DIAG/DIPOA/SDA
Caroline Del Negri Sartoretto de Oliveira – CGI/DIPOA/SDA
Claudia Leite Barbosa – DREP/CGI/DIPOA/SDA
Cristhiane Stecanella de Oliveira Cattani – CGI/DIPOA/SDA
Daniel Gustavo Bez – DAE/CGCOA/DIPOA/SDA
Fernando Fagundes Fernandes – DINSP/CGI/DIPOA/SDA
Francisco Ives Tavares Pereira – DIAN/CGCOA/DIPOA/SDA
Marina Lobato Ramos Vermelho – SERA/CSI/CGI/DIPOA/DAS
Responsabilidades:
1. O presente manual possui vigência e prazo indeterminado e será revisado sempre que
necessário, no mínimo anualmente, pela Coordenação Geral de Inspeção do Departamento de
Inspeção de Produtos de Origem Animal (CGI/DIPOA) e aprovada pela Secretaria de Defesa
Agropecuária (SDA).
1. Introdução ....................................................................................................................................................01
2. Objetivo .........................................................................................................................................................02
3. Procedimentos ...........................................................................................................................................02
3.1 Bases para fiscalização .....................................................................................................................02
3.2 Mapas estatísticos (PGA-SIGSIF) ..................................................................................................03
3.3 Registro do estabelecimento ...........................................................................................................03
3.3.1 Classificação dos estabelecimentos de pescado ................................................................04
3.3.2 Estrutura, instalações e equipamentos ................................................................................04
3.4 Registro de produtos ..........................................................................................................................05
3.4.1 Registro no sistema PGA-SIGSIF ..........................................................................................05
3.4.2 Orientações gerais sobre a rotulagem ..................................................................................06
3.4.3 Orientações específicas sobre a rotulagem de pescado ...................................................06
3.5 Programas de análises oficiais .......................................................................................................08
3.6 Apuração de demandas de ouvidoria e outras .............................................................................09
3.7 Inspeção periódica baseada em risco ............................................................................................10
3.7.1 Inspeção prévia ...........................................................................................................................10
3.7.2 Inspeção in loco ..........................................................................................................................11
3.7.3 Verificação documental ............................................................................................................19
A inspeção de produtos de origem animal é regida pela Lei n° 1.283, de 18 de dezembro de 1950, e
pela Lei n° 7.889, de 23 de novembro de 1989, as quais dispõem sobre a inspeção industrial e
sanitária de produtos de origem animal e foram regulamentadas pelo Decreto n° 9.013, de 29 de
março de 2017, e suas atualizações, intitulado Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária de
Produtos de Origem Animal (RIISPOA).
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) possui em sua estrutura regimental o
Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (DIPOA) ao qual compete elaborar as
diretrizes de ação governamental para a inspeção e fiscalização de produtos de origem animal,
inclusive aquícola e pesqueira, que serão executados por meio do Serviço de Inspeção Federal (SIF).
Desta forma, o SIF é o responsável pela inspeção e fiscalização nos estabelecimentos registrados
junto ao Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal, seguindo as determinações
estabelecidas no Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal que
abrangem todo o processo de fabricação realizado nos estabelecimentos que recebem o pescado e
seus derivados para abate, manipulação, distribuição ou industrialização.
A inspeção e fiscalização em estabelecimentos de pescado e derivados deve abranger requisitos da
inspeção tradicional e de autocontroles, sendo realizada em caráter periódico em atendimento ao
artigo 11 do Decreto n° 9.013, de 2017, com exceção das atividades de abate de anfíbios e répteis
que possuem inspeção em caráter permanente. Estes requisitos incluem:
a) Verificações Oficiais dos Programas de Autocontrole das empresas, com frequência de
fiscalização definida conforme o risco estimado previsto na Norma Interna SDA nº 01, de 10
de julho de 2019;
b) Verificação do cumprimento da legislação no que diz respeito ao registro dos
estabelecimentos e ao registro dos produtos beneficiados;
c) Verificação do cumprimento dos parâmetros analíticos legais das matérias-primas, da
água e dos produtos beneficiados (análises laboratoriais oficiais), com coleta de amostras
para as análises fiscais e avaliação dos resultados, visando a verificação da conformidade
dos produtos (identidade e qualidade) e o combate à fraude;
d) Acompanhamento e verificação dos mapas estatísticos com dados de recebimento,
produção, destinação e comercialização dos produtos, de acordo com os manuais vigentes;
e) Acompanhamento da resolução das não conformidades, incluindo a apuração de
investigação de denúncias de consumidores; e
f) Verificação dos controles de rastreabilidade dos animais, das matérias-primas, dos
insumos, dos ingredientes e dos produtos ao longo da cadeia produtiva, a partir de seu
recebimento nos estabelecimentos até sua expedição.
Este Manual apresenta, de forma consolidada e padronizada, os itens dispostos em legislação
específica, a serem cumpridos pelos estabelecimentos registrados no SIF e verificados quanto ao
seu cumprimento nas fiscalizações realizadas por este serviço.
01
2. Objetivo
O objetivo deste manual é orientar a execução das atividades de inspeção e fiscalização de pescado
e derivados no âmbito do Serviço de Inspeção Federal assegurando a eficácia dos controles oficiais
e promovendo a uniformidade dos procedimentos executados pelos servidores do Departamento de
Inspeção de Produtos de Origem Animal (DIPOA).
Assim, servirá de guia aos servidores do SIF/DIPOA/SDA/MAPA na execução de suas atividades de
inspeção e fiscalização de pescado e derivados, no âmbito do Serviço de Inspeção Federal.
3. Procedimentos
Os procedimentos descritos a seguir devem ser seguidos para que se possa alcançar o objetivo da
inspeção e fiscalização do pescado e seus derivados.
É fundamental que o servidor competente detenha pleno conhecimento da legislação e das normas
deste Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) relacionadas à área técnica
específica, assim como das respectivas instruções e diretrizes consolidadas pelo Departamento de
Inspeção de Produtos de Origem Animal (DIPOA).
Este Manual contém as referências legais, normativas e as diretrizes de base para a atuação dos
servidores.
A frequência da fiscalização nos estabelecimentos de pescado e derivados, exceto nos abatedouros
frigoríficos de pescado os quais são exclusivos para abater répteis e anfíbios, é realizada de forma
periódica e definida de acordo com o cálculo do risco estimado associado ao estabelecimento (RE)
que considera o volume de produção, o risco inerente ao produto e o desempenho do
estabelecimento conforme disposto no Manual do Departamento de Inspeção de Produtos de
Origem Animal (DIPOA) para Cálculo do Risco Estimado associado a Estabelecimentos. Os valores
de RE determinam a frequência de fiscalização mínima, podendo ser anual, semestral, bimestral ou
quinzenal.
Os procedimentos de inspeção e fiscalização nos estabelecimentos de pescado e derivados seguem
as frequências e amostragens mínimas a serem realizadas na verificação oficial dos autocontroles,
implantados pelos estabelecimentos, conforme o que consta na Norma Interna DIPOA/SDA nº 01, de
08 de março de 2017. O registro da fiscalização é realizado nos formulários que constam nos
anexos II e III da referida norma, de acordo com a classificação do estabelecimento.
Conforme disciplinado no Ofício Circular DIPOA/SDA nº 19, de 03 de março de 2021, os documentos
referentes à fiscalização e às análises laboratoriais a serem executados pelos Serviços de Inspeção
Federal devem ser formalizados em processos no Sistema Eletrônico de Informações -SEI.
As não conformidades identificadas devem ser registradas nos campos específicos do Formulário
da Verificação Oficial (VOEC), anexos II e III da Norma Interna DIPOA/SDA nº 01, de 08 de março de
2017, conforme determinações do Ofício Circular DIPOA/SDA nº 19, de 03 de março de 2021, e as
ações fiscais adotadas devem ser firmadas através dos documentos padronizados que constam no
Manual de Procedimentos de Apuração de Infração.
02
A descrição de cada não conformidade constatada durante os procedimentos de fiscalização deve
ser objetiva, clara e específica, de modo que todos sejam capazes de compreender objetivamente
qual é a não conformidade em causa e, dessa forma, ser possível atuar sobre tal.
A avaliação dos mapas estatísticos tem como objetivo verificar se há compatibilidade entre as
espécies recebidas, sua produção, estoque e comercialização.
A análise dos volumes recebidos, produzidos e comercializados podem revelar indícios de que o
estabelecimento está trabalhando de forma incompatível com a capacidade declarada nos
memoriais aprovados, produzindo produtos em desacordo com o autorizado e incompatíveis com a
estrutura aprovada no registro do estabelecimento ou, ainda, recebendo matéria-prima de origem
não permitida.
Nestes casos, o servidor deverá adotar as ações fiscais cabíveis para restabelecimento do aprovado
pelo Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (DIPOA).
As orientações sobre os lançamentos dos dados estatísticos constam no Manual Mapas
Estatísticos da Plataforma de Gestão Agropecuária do Sistema de Gerenciamento do Serviço de
Inspeção Federal (PGA-SIGSIF).
Os mapas a serem avaliados são:
a) Mapa de Abate;
b) Mapa de Comercialização; e
c) Mapa de Produção.
Deverá ser avaliado o atendimento ao inciso IV do artigo 73 do Decreto nº 9.013, de 2017, que
estabeleceu como obrigação dos responsáveis pelos estabelecimentos fornecer os dados
estatísticos de interesse do SIF, alimentando o sistema informatizado do Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento até o décimo dia útil de cada mês subsequente ao transcorrido e sempre
que solicitado.
Estes dados devem ser confrontados com os registros de entrada e saída de pescado nos
estabelecimentos, que fazem parte da rastreabilidade do pescado, em atendimento ao artigo 207-A
do Decreto nº 9.013, de 2017.
O SIF deverá observar as orientações para a verificação oficial do lançamento dos mapas
estatísticos que constam nas orientações emitidas pelo Departamento de Inspeção de Produtos de
Origem Animal - DIPOA (Ofício-Circular DIPOA nº 62, de 08 de julho de 2021).
03
A aprovação de um estabelecimento significa que este reúne as condições necessárias ao
desenvolvimento das atividades para as quais é aprovado. A aprovação resulta na concessão de um
número de registro que identifica o estabelecimento aprovado e o classifica conforme as atividades
que foram autorizadas para seu funcionamento.
O servidor do SIF deve avaliar se o projeto do estabelecimento a ser fiscalizado se encontra
devidamente aprovado e cumpriu todos os requisitos quando da sua aprovação e classificação. Esta
avaliação inclui confrontar as capacidades previstas de processamento, fluxo e instalações
aprovadas com o verificado in loco na fiscalização.
Em caso de não cumprimento do estabelecido, o servidor deverá verificar se existem prazos
acordados e documentados previstos para conclusão de obras ou instalação de equipamentos.
Inexistindo tais documentos que comprovem as solicitações pelo estabelecimento, deve-se adotar
as ações pertinentes, observando principalmente se a situação coloca em risco a condição
higiênico-sanitária dos produtos elaborados.
Os servidores irão avaliar se as instalações e equipamentos estão de acordo com o declarado nos
memoriais aprovados pelo Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (DIPOA).
Eventuais não conformidades devem ser registradas e devem ser adotadas as medidas cautelares e
demais ações que forem necessárias.
O pescado tem a particularidade de compartilhar diversos fluxos produtivos, dependendo da
sazonalidade das espécies processadas. Nestes casos, o leiaute poderá ser alterado, de acordo com
os fluxogramas previamente aprovados pelo Departamento de Inspeção de Produtos de Origem
Animal (DIPOA).
Além do disposto no Decreto nº 9.013, de 2017, as particularidades em relação às instalações e aos
equipamentos da indústria de pescado podem ser avaliadas, inclusive, como segue:
a) Sobre o compartilhamento de sanitários e vestiários com a tripulação dos barcos, quando o
estabelecimento possuir área para desembarque dos barcos, de forma que se previna a
contaminação cruzada;
b) Se a área suja (de recepção do pescado e câmara de espera) e a área limpa (de
processamento, armazenamento e expedição) estão separadas fisicamente, de modo a
evitar contrafluxo e contaminação dos produtos;
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c) Sobre a presença de local adequado para armazenamento de gelo de uso diário, localizado
de forma a evitar contaminação cruzada entre as áreas suja e limpa da indústria;
d) Sobre a presença de local adequado para lavagem e armazenamento de utensílios de uso
diário, evitando a contaminação cruzada entre os que são utilizados nas áreas limpa e suja;
e) Se existe separação entre o armazenamento de embalagens primárias e secundárias, seja
as de uso diário dentro da fábrica, seja no almoxarifado geral;
f) Sobre a presença de local apropriado, ajustado ao leiaute operacional, para armazenamento
e secagem das roupas utilizadas pelos funcionários que trabalham especificamente no
setor de frio industrial;
g) Sobre os meios para retirada contínua dos resíduos das mesas ou máquinas de
processamento para o exterior das salas de manipulação de comestíveis através do
emprego de esteiras rolantes, transportadores helicoidais, calhas com água ou através de
outro método adequado;
h) Sobre a separação física da seção utilizada para o cozimento das demais seções, e do
resfriamento, de modo a evitar pontos de contaminação cruzada, contrafluxo e não
conformidades na ventilação, como a presença de condensação;
i) Se existe laboratório ou área específica para a realização de análises, dotada de
equipamentos necessários, como para a realização de avaliações sensoriais e pesquisa de
parasitas, entre outras avaliações pertinentes às espécies processadas;
j) Sobre os tipos de equipamentos utilizados para a lavagem do pescado, assim como a sua
localização, separando área suja da área limpa;
k) Sobre a localização e operação dos equipamentos utilizados para a descama do pescado,
de forma a prevenir a contaminação cruzada;
l) Sobre o tipo de equipamentos de frio (produtos congelados) de forma a garantir que
ultrapassem rapidamente os limites de temperatura de cristalização máxima;
m)Se as áreas externas apresentam condições de limpeza e organização, de modo a evitar o
abrigo e chamariz de pragas; e
n) Se o lixo gerado e os resíduos industriais são tratados de forma adequada, de acordo com
as Boas Práticas de Fabricação (BPF) - Portaria MAPA nº 368, de 4 de setembro de 1997.
Todos os produtos fabricados devem ser previamente registrados no sistema PGA-SIGSIF, inclusive,
com as seguintes informações, conforme a Instrução Normativa MAPA nº 01, de 11 de janeiro de
2017, e atendendo ao disposto na Instrução Normativa MAPA nº 22, de 24 de novembro de 2005, e o
artigo 443 do Decreto 9.013, de 2017:
a) Identificação do estabelecimento fabricante;
b) Dados de identificação e caracterização do produto;
c) Composição do produto com indicação dos ingredientes, em ordem decrescente de
quantidade, informado o nome, número INS e função do aditivo. Os aditivos permitidos para
uso em pescado e derivados são os previstos na Resolução - RDC ANVISA/MS nº 329, de
19 de dezembro de 2019, e normas complementares;
05
d) Descrição do processo de fabricação de forma ordenada e abrangendo a obtenção ou
recepção da matéria-prima, processamento contemplando tempo e temperatura dos
processos tecnológicos utilizados, acondicionamento, armazenamento e conservação do
produto, bem como as especificações que conferem as características distintivas do
produto;
e) Parecer do órgão regulador da saúde sobre o uso de alegações de propriedade funcional
ou de saúde, quando existirem tais alegações no rótulo;
f) Reprodução fidedigna e legível do rótulo, em suas cores originais, com a indicação de suas
dimensões e do tamanho dos caracteres das informações obrigatórias do rótulo. O rótulo
pode apresentar variações em suas dimensões, cores e desenhos, mas todas as variações
devem ser encaminhadas para fins de registro; e
g) Demais documentos exigidos em legislação para concessão do registro de produtos
específicos.
Os rótulos registrados, além das exigências específicas de rotulagem, devem possuir um número de
registro composto por um número sequencial e o número de registro do estabelecimento.
Recomenda-se que produtos com mesma composição e mesmo processo de fabricação sejam
registrados sob o mesmo número. Quando os produtos apresentarem composição distinta ou
divergências na descrição do processo de fabricação, estes devem obrigatoriamente serem
registrados em processos distintos.
Se o produto possuir Regulamento Técnico de Identidade e Qualidade (RTIQ), a aprovação é
automática na plataforma PGA-SIGSIF.
Caso o produto não possua regulamento técnico, deverá ser submetido à análise pelo Departamento
de Inspeção de Produtos de Origem Animal (DIPOA) para aprovação.
Para as especificações gerais de rotulagem deve-se observar o disposto no Capítulo III do Decreto
nº 9.013, de 2017, bem como o estabelecido na Instrução Normativa MAPA nº 22, de 24 de
novembro de 2005, alterada pela Portaria MAPA nº 240, de 23 de julho de 2021, além das normativas
específicas dos demais órgãos fiscalizadores, como Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(ANVISA/MS), Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO), Ministério da
Saúde e Ministério da Justiça, entre outras pertinentes.
É preciso observar também o atendimento à declaração de presença ou ausência de glúten (Lei nº
10.674, de 16 de maio de 2003, e Resolução – RDC ANVISA/MS nº 40, de 8 de fevereiro de 2002) e a
rotulagem obrigatória dos alimentos que causam alergias alimentares (Resolução - RDC
ANVISA/MS nº 26, de 2 de julho de 2015), quando couber.
As particularidades dos registros de produtos para a área de pescado estão definidas nos
regulamentos técnicos específicos e no Decreto nº 9.013, de 2017. No caso de produtos não
regulamentados deve-se observar as diretrizes do Departamento de Inspeção de Produtos de
Origem Animal (DIPOA).
O nome comum e respectivos nomes científicos para as principais espécies de peixes de interesse
comercial destinados ao comércio nacional devem estar de acordo com a lista prevista na Instrução
Normativa MAPA nº 53, de 01 de setembro de 2020.
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Independentemente do tamanho da espécie, todo pescado produzido sob SIF deve ser registrado,
como se observa no artigo 427 e no artigo 458 do Decreto nº 9.013, de 2017, devendo estar
identificado por rótulo.
Para o registro do peixe fresco, somente é aceito se conservado em gelo (seja gelo artificial em gel
ou não) e são aceitas apenas as formas de apresentação inteiro e eviscerado (com ou sem cabeça).
Pode estar embalado ou em caixas de monobloco e, obrigatoriamente, deve estar rotulado.
Para o registro do peixe resfriado, este pode ser conservado no gelo ou por refrigeração mecânica. É
aceito nas formas de apresentação inteiro, eviscerado, além dos cortes comerciais aprovados. Deve
estar obrigatoriamente embalado e rotulado. As embalagens devem ser íntegras e vedadas de forma
a impedir o contato direto dos cortes comerciais com o gelo.
Não é permitido o uso de quadrículos de marcação nos rótulos dos produtos destinados ao
consumidor final. Contudo, é permitido o uso de quadrículos na rotulagem de produtos para fins
industriais, desde que a informação não envolva a denominação de venda.
A denominação de venda para peixes salmourados que forem salmourados em equipamentos
salmouradores no processo industrial, e que podem ser destinados à venda direta ao consumidor,
deve ser: Peixe Salmourado Congelado. Deverá constar o sal na lista de ingredientes e a informação
nutricional (níveis de sódio) deve estar adequada à realidade da composição centesimal do produto.
A denominação de venda para peixes salmourados em embarcações, deve ser Peixe Salmourado
Congelado para Conserva. É obrigatoriamente destinado para uso industrial (conservas).
No caso de uso de corantes na ração de peixes oriundos da
aquicultura, deve constar na rotulagem: “Peixe de Cultivo:
coloração resultante do corante utilizado na ração”.
Em relação à indicação quantitativa em produtos glaciados, os
rótulos devem conter as informações sobre conteúdo líquido do
produto ou peso da embalagem (tara) e do glaciamento. A água
incorporada no processo de glaciamento não compõe o peso
líquido declarado no produto. No caso de produtos pré-medidos
ou pré-embalados com conteúdo nominal desigual, a indicação
de conteúdo líquido pode ser realizada no ponto de venda ao
Imagem: Flaticon
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3.5 PROGRAMAS DE ANÁLISES OFICIAIS
As análises a serem realizadas devem estar previstas em legislação, e estão listadas na grade de
programação encaminhada ao SIF e ao SIPOA.
O servidor deverá avaliar se o estabelecimento está incluído na grade de sorteio e se o
estabelecimento fabrica a categoria de produto a ser coletado.
Caso nenhuma destas informações esteja de acordo, o servidor deverá entrar em contato com o
gestor do programa no SIPOA e enviar solicitação de alteração, inclusão ou exclusão das
informações, adequando a realidade do estabelecimento ao programa. É preciso verificar a
conformidade do lançamento de dados nos Mapas Estatísticos da Plataforma de Gestão
Agropecuária (PGA-SIGSIF).
Os procedimentos para coleta de amostras estão descritos no Manual de Coleta de Amostras de
Produtos de Origem Animal e no Manual de Coleta de Amostras do PNCRC/MAPA. Demais
instruções sobre procedimentos constam ainda no Manual Instrutivo do PNCRC e no Perguntas e
Respostas – Programa de Controle de Listeria monocytogenes em Produtos de Origem Animal. Os
manuais estão disponíveis no quadro de avisos da Plataforma PGA-SIGSIF e no sítio eletrônico do
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).
Os resultados das análises laboratoriais devem ser
compilados de modo a propiciar uma formação de
histórico por estabelecimento, produto e os resultados
de cada um dos parâmetros.
Deve ser realizada a avaliação dos laudos e dos
resultados dos ensaios analíticos.
As avaliações desses resultados devem ser,
principalmente, em relação ao atendimento aos
regulamentos técnicos de identidade e qualidade e a
demais legislações pertinentes, devendo ser adotadas
as providências e as ações cabíveis em casos de
resultados fora dos padrões.
Os prazos para coleta de amostras para os programas
oficiais nem sempre coincidem com a frequência
mínima de fiscalização do estabelecimento. Na medida
Imagem: Flaticon
em que for possível, as coletas de amostras devem ser
realizadas concomitantemente com a fiscalização do
estabelecimento.
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3.6 APURAÇÃO DE DEMANDAS DE OUVIDORIA E OUTRAS
Tratamos aqui de demandas da Ouvidoria e das demandas de outros órgãos públicos como Instituto
Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e
dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA/MS),
Vigilância Sanitária (VISA) Municipal, Polícia Federal, Receita Estadual e Federal, entre outros.
Cada demanda deve ser tratada em processo eletrônico próprio e individual, contendo o histórico da
sua tratativa de forma independente e ordenada e, então, este processo deve ser relacionado ao
processo da fiscalização de rotina.
No caso de denúncias, o denunciante deve ser orientado a encaminhar a denúncia aos canais de
Ouvidoria do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). A equipe de ouvidores é
capacitada para realizar a tratativa apropriada sobre a denúncia, de acordo com as normas que
regem o assunto. Caso o servidor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal
(DIPOA) receba a denúncia diretamente, ele mesmo deve proceder com o seu encaminhamento
imediato à Ouvidoria do MAPA e não dar publicidade ao conteúdo da denúncia ou a elemento de
identificação do denunciante.
Podem ser utilizados os seguintes canais de atendimento da Ouvidoria/MAPA:
Uma vez lhe atribuída a demanda, o servidor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem
Animal (DIPOA) deve adotar as providências pertinentes, conforme as orientações descritas no
respectivo processo eletrônico, inclusive as do SIPOA que coordena as ações, e observando o sigilo
necessário ao caso.
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3.7 INSPEÇÃO PERIÓDICA BASEADA EM RISCO
A inspeção com base em risco visa identificar os fatores de risco para a proteção da saúde dos
consumidores, determinar prioridades e alocar recursos efetivamente e eficientemente. Desta forma,
a inspeção deve ser intensificada quando os perigos podem trazer consequências sérias à saúde do
consumidor ou quando os produtos possuem maior risco de contaminação (FAO, 2008).
O método de inspeção baseado no risco propõe priorizar as inspeções com ênfase no processo e
nos controles implementados pelos estabelecimentos, que tem como intuito monitorar os pontos
críticos de controle e mitigar os riscos de ordem higiênico sanitária ou de adulterações.
O servidor responsável pelo SIF deverá avaliar a documentação que está disposta nos sistemas do
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).
Antes de iniciar a fiscalização/verificação in loco, é importante que o servidor conheça previamente
os programas de autocontrole (PACs) do estabelecimento.
Quando do conhecimento dos programas de autocontrole do estabelecimento, é necessário que seja
realizada uma análise crítica, avaliando se os mesmos encontram-se embasados técnica e
cientificamente, bem como dentro dos conceitos estipulados para cada programa (Procedimento
Padrão de Higiene Operacional - PPHO, Boas Práticas de Fabricação - BPF, Análise de Perigos e
Pontos Críticos de Controle - APPCC, Rastreabilidade, entre outros) e se estão descritos de forma a
contemplar todos os procedimentos executados no estabelecimento, contendo as frequências de
monitoramento e verificação, os limites previstos, as medidas corretivas e preventivas para as
possíveis não conformidades encontradas, as formas de registro e uma avaliação sobre a eficiência
do programa quando pertinente.
Uma vez conhecidos os programas de autocontrole, é possível proceder a um prévio levantamento
de dados sobre o estabelecimento e a sua situação.
Esse levantamento prévio de dados sobre o estabelecimento
pode incluir:
a) Atividades e capacidades de processamento autorizadas;
b) Verificação do lançamento de informações nos Mapas
Estatísticos;
c) Resultados em laudos de análises laboratoriais oficiais;
d) Demandas de Ouvidoria e/ou de outros órgãos, como
sobre a situação, os produtos e as atividades do
estabelecimento;
e) Histórico de infrações (autos de infração) do
Imagem: Flaticon
estabelecimento; e
f) Histórico de fiscalizações anteriores, bem como possíveis
pendências em planos de ação ou na resolução de não
conformidades.
A coleta e a análise prévia de dados são capazes de otimizar o tempo da fiscalização, bem como
servir de base para o servidor responsável direcionar a sua atuação.
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3.7.2 INSPEÇÃO IN LOCO
Além do disposto no Decreto nº 9.013, de 2017, deverá ser atendida a regulamentação prevista no
Programa Nacional de Controle de Moluscos Bivalves – Instrução Normativa Interministerial MPA-
MAPA nº 07, de 08 de maio de 2012, e na Norma Interna DIPOA/SDA n° 07, de dezembro de 2014,
sobre o assunto.
11
3.7.2.2 ORIENTAÇÕES SOBRE FISCALIZAÇÃO DE PEIXES, CRUSTÁCEOS, MOLUSCOS
CEFALÓPODES, RÉPTEIS, ANFÍBIOS E QUELÔNIOS
12
Para lagostas recebidas vivas, deve-se observar se estão vigorosas e responsivas ao toque,
conforme artigo 210 do Decreto nº 9.013, de 2017. Para lagostas já descabeçadas a bordo, deve-se
averiguar as características previstas na Instrução Normativa MAPA nº 24, de 20 de agosto de 2019,
além de averiguar se os níveis de aditivos conservantes (sulfitos redutores – SO2) estão dentro dos
limites legais, considerando a Resolução – RDC ANVISA/MS nº 329, de 19 de dezembro de 2019. A
temperatura de recebimento deve ser a próxima a do gelo fundente e não deve ultrapassar os 4°C.
Para camarões provenientes das fazendas de criação, deverá ser verificado:
a) Se estão acondicionados devidamente no gelo e se foram recebidos com nota fiscal, Guia
de Trânsito Animal (GTA) e um documento com informações sanitárias sobre os lotes, bem
como se a temperatura não excedeu os 4°C durante o transporte;
b) Em todos os casos, deve-se averiguar o uso de medicamentos veterinários e seus
respectivos períodos de carência, a data da despesca e o tempo de transporte;
c) Caso ocorra o recebimento de camarões descabeçados, nos casos previstos e descritos
em programa de autocontrole implementado pelo estabelecimento, se consta a descrição
do processo de descabeçamento, bem como o seu controle higiênico-sanitário; e
d) Caso ocorram viagens que superem as 24 (vinte e quatro) horas, deve-se verificar se o
estabelecimento realizou análises sensoriais e provas de cocção que assegurem a
qualidade da matéria-prima conforme disposto no artigo 7º da Instrução Normativa MAPA
nº 23, de 20 de agosto de 2019. Tal qual as lagostas e siris, deve-se averiguar se os níveis
de aditivos conservantes (sulfitos redutores – SO2) estão dentro dos limites legais,
considerando a Resolução – RDC ANVISA/MS nº 329, de 19 de dezembro de 2019.
Aplicam-se os mesmos critérios para o camarão de pesca extrativa, exceto pela documentação, que
é somente a nota fiscal, atendendo a Instrução Normativa MPA/MAPA nº 04, de 30 de maio de 2014.
Nos casos em que houver fazendas de criação de camarões acometidas por infecções/doenças transmissíveis
oficialmente detectadas pelo serviço oficial de saúde animal e notificadas ao serviço de inspeção federal, deve
ser avaliado se o estabelecimento adota os procedimentos de inativação do vírus de importância na
carcinicultura, conforme orientado no Ofício SAP/MAPA nº 322/2011, de 18 de novembro de 2011.
Para o exame físico do pescado, aplicam-se as orientações dispostas no Manual de Reinspeção de
Pescado Importado – Anexo II da Portaria MAPA nº 118, de 11 de janeiro de 2021.
Em relação aos processos de descongelamento da matéria-prima, para posterior processamento e
congelamento do produto obtido, deve-se verificar se a temperatura neste processo de
descongelamento mantém o pescado na faixa de temperatura do gelo fundente, conforme artigo
337 do Decreto nº 9.013, de 2017, tendo como referência o Codex Alimentarius, de 0°C a 4°C, e
considerando ainda os limites de segurança das espécies listadas no registro do produto, como por
exemplo, para as espécies formadoras de histamina.
A aquisição de matéria-prima ou produto pelo estabelecimento sob SIF pode ser intermediada
comercialmente por uma empresa terceira e, não necessariamente, direto pelo estabelecimento
fabricante. Em relação ao recebimento de matéria-prima ou produto adquirido de empresa
intermediária, deve haver a apresentação das notas fiscais envolvidas em todo o processo de
aquisição desse pescado por esta empresa. As notas apresentadas devem incluir informações que
permitam identificar o estabelecimento fabricante da matéria-prima ou produto.
16
m) Entre os principais Procedimentos sanitários operacionais a serem verificados e que
devem fazer parte da avaliação in loco, durante o processamento, estão: a eficiência da
lavagem do pescado, a eficiência do processo de evisceração de modo a evitar o
rompimento de vísceras, o fluxo contínuo de produtos nos salões, em equipamentos e
mesas de produção, a retirada de resíduos de forma eficiente e sem contaminação
cruzada, a diferenciação entre utensílios e contentores para produtos comestíveis e não
comestíveis, caixas bases, caixas para embalagens e a troca higiênica de utensílios (facas,
chairas, entre outros); e
n) Deve ser avaliado o autocontrole de temperatura, de acordo com as amostragens mínimas
previstas no quadro 3 da Norma Interna DIPOA/SDA nº 01, de 08 de março de 2017,
mensurando a temperatura nas matérias-primas recebidas, nos produtos na câmara de
espera, em produção nos salões de processamento, principalmente naqueles parados e
armazenados nos salões, em processo de descongelamento, naqueles saindo dos túneis
de congelamento, em postejamento, embalados antes da entrada nas estocagens e
naqueles produtos que se encontram já armazenados. Os resultados devem ser
cotejados com o monitoramento realizado pelo estabelecimento.
O controle oficial de verificação de parasitas deve seguir o disposto nas orientações que seguem:
a) Verificar a eficiência dos controles executados pelo estabelecimento em relação a
identificação de parasitas em espécies alvos, principalmente nas etapas de recepção,
evisceração, filetagem ou postejamento;
b) A inspeção deverá avaliar para a pesquisa de parasitas, 1 (um) kg de matéria-prima ou
produto congelado e embalado, tratando-se de filés de peixe;
c) Como critério de julgamento da condição parasitária do produto, aplica-se o disposto no
CODEX STAN 190-1995 onde é considerada defeituosa a amostra que revele a presença de
2 (dois) ou mais parasitas por quilograma de amostra encapsulados com mais de 3mm de
diâmetro ou a presença de 1 (um) parasita não encapsulado com mais de 10 mm. Os lotes
que excederem esses limites, dentro de cada nível de aceitação, devem ser julgados
impróprios para o consumo humano, na forma em que se apresentam, conforme disposto
no artigo 214 do Decreto nº 9.013, de 2017;
d) Proceder inspeção in loco sobre a matéria-prima com aplicação de luz branca de alta
intensidade sobre filés brancos. Para inspeção na mesa de luz branca (candling table) é
recomendado a colocação dos files após o descongelamento em uma superfície acrílica de
aproximadamente 5 mm (cinco milímetros) de espessura e 45% de transparência. A
instalação da mesa deve permitir incidência de luz branca por baixo da placa de
aproximadamente 1500 lux;
e) Proceder a inspeção in loco sobre a matéria-prima com aplicação de luz negra em
ambientes com luminosidade ambiente reduzida, preferencialmente abaixo de 20 lux que
permitem identificar a luminescência de anisakideos na musculatura. A aplicação de luz
branca ou luz negra é pertinente de acordo com a espécie alvo e os perigos parasitários
identificados na elaboração do APPCC pelo estabelecimento; e
f) Averiguar 10 (dez) peixes aleatoriamente na recepção, em busca de parasitas visíveis nas
guelras, cavidade oral e superfície da pele, principalmente quando da recepção de peixe
fresco.
17
Plano amostral e critério de julgamento na inspeção de pescado congelado
1º passo - Deve ser realizada a inspeção visual macroscópica para detecção de parasitas em no
mínimo 1 (um) quilograma de matéria-prima ou de produtos do mesmo lote, espécie e forma de
apresentação, em lotes após avaliação do estabelecimento, congelados, embalados e estocados em
câmara.
Se houver a detecção de defeito (conforme o disposto na letra “c”), deve se passar para o nível de
inspeção II, descrito no 2º passo.
2º passo - No caso de detecção de defeitos na amostra analisada, deve ser executado o plano
amostral, de nível de inspeção II com uma taxa de elementos defeituosos no lote, NCA de 6.5%(AQL-
6.5) de acordo com CODEX STAN 233-1969.
O nível de inspeção II é aplicado para reexame de lotes, elegendo-se as unidades amostrais para
reinspeção de acordo com o descrito nas tabelas e aplicação do critério estabelecido no CODEX
STAN 190-1995 [defeito= 2 (dois) ou mais parasitas por quilograma de amostra encapsulados com
mais de 3mm de diâmetro ou a presença de 1 (um) parasita não encapsulado com mais de 10 mm].
Uma unidade amostral se refere a um pacote do produto dentro da gramatura de cada tabela
(pacotes ≤1kg; pacote ≥1 kg e <4,5kg; e pacotes >4,5kg).
Exemplo: O lote somente será considerado reprovado quando houver mais que 3 unidades
amostrais violadas dentro das 21 amostras analisadas, tomando-se como exemplo o tamanho de
lote de 4.800-24.000 kg. A aceitação (n) é por quilo de filé (unidade amostral).
Quando houver violação dos níveis de aceitação, o pescado deverá ter destinação industrial
conforme artigo 214 do Decreto nº 9.013, de 2017.
A verificação dos Programas de Autocontrole (PACs) deve ser realizada conforme definido na Norma
Interna DIPOA nº 01, de 08 de março de 2017, incluindo a avaliação in loco e a avaliação documental
do estabelecimento.
Deve ser observado se há compatibilidade entre os registros de autocontrole gerados e o que foi
verificado na fiscalização in loco.
A verificação oficial in loco, deve ser cotejada com a verificação documental, para fins de auxiliar no
diagnóstico das não conformidades constatadas (por exemplo: programa de autocontrole
incompleto, não conformidades de monitoramento, não conformidades de registro, não
conformidades na execução de medidas corretivas e correta destinação de produtos no caso de
identificação de não conformidades).
Lembramos que um exame documental deve observar, inclusive, as seguintes condições:
a) Autenticidade: constatar se a documentação é fidedigna;
b) Normalidade: constatar que o procedimento se refere à operação normal e de acordo com o
previsto no programa de autocontrole;
c) Aprovação: verificação de que a operação e os documentos foram aprovados por pessoa
autorizada;
d) Registro: comprovar que o registro dos procedimentos foi adequado, a documentação é
hábil e houve correspondência; e
e) Não contenha emendas ou rasuras, nos casos de registro em meio físico.
Para realização da fiscalização documental é necessário solicitar os manuais dos programas de
autocontrole da empresa e os seus respectivos registros, como planilhas, laudos, certificados etc.
Estes registros devem corresponder ao período das atividades fabris entre a última fiscalização e a
atual.
Verificar se os programas de autocontrole contemplam todas as medidas da empresa que garantam
o controle daquele elemento, com as respectivas medidas corretivas e preventivas, assim como a
previsão de medidas sobre o produto, quando for o caso.
Verificar se o programa de autocontrole contém informações sobre a quem cabe a execução de
cada programa e se apresenta de forma clara qual a responsabilidade imputada ao Controle de
Qualidade e ao Responsável Técnico da empresa, bem como aos demais integrantes da equipe
gerencial e operacional.
19
Se houver serviços terceirizados, verificar se foram informados em cada programa, como por
exemplo: serviços de manutenção, serviços de lavanderia, serviços de controle de pragas, entre
outros.
Avaliar se a legislação citada nos programas de autocontrole está atualizada. Se for verificado
citação de normas revogadas, deve-se notificar a empresa.
Verificar se os programas de autocontrole estão embasados na legislação nacional ou, quando não
houver norma vigente, se possuem embasamento técnico e científico, fundamentados com base
nos princípios e diretrizes do Codex Alimentarius, naquilo que couber.
O efetivo funcionamento dos programas de autocontrole é fundamental para que as não
conformidades observadas in loco sejam solucionadas de forma eficaz e sejam prevenidas as
recorrências.
A amostragem sobre os registros de controle deve ser com base na Norma Interna DIPOA nº 01, de
08 de março de 2017.
Avaliar se os registros apresentam o monitoramento realizado, com as respectivas medidas
corretivas (com prazo para cumprimento, se necessário e aplicável), bem como a verificação da
efetividade da ação aplicada, e se estão datados e assinados.
É recomendável que as planilhas utilizadas para registro de monitoramento, ação preventiva e
corretiva, possuam identificação (nome e numeração, por exemplo) e sejam correlacionadas ao
respectivo programa de autocontrole.
Deve-se avaliar se os registros estão sendo realizados na frequência estipulada no programa de
autocontrole e se possuem elementos que comprovem a sua autenticidade, ou seja, sem evidências
de adulterações desses registros.
A frequência de registros, monitoramento e verificação é estipulada pelos responsáveis pelos
programas de autocontrole. Para se questionar a frequência estipulada, é importante observar a sua
fundamentação, bem como levantar evidências de que não é efetiva.
No caso de uso pelo estabelecimento do registro eletrônico ou mesmo o uso de aplicativo para
registro das planilhas do autocontrole, o estabelecimento deve garantir a segurança, integridade e a
disponibilidade da informação, conforme disposto no §2º-A do artigo 74 e o artigo 76 do Decreto nº
9.013, de 2017.
Verificar se o sistema eletrônico mantém registro de alterações, porventura efetuadas, e se são
registradas no banco de dados (cadastro, inclusão e alteração) de forma que não seja possível editar
estas informações posteriormente, possibilitando adulterações dos registros de monitoramento e de
medidas.
Diante da observação de uma não conformidade in loco, a verificação documental deve observar,
inclusive, se:
20
V. Há previsão de medida corretiva descrita com prazo para execução e se os prazos
previstos são compatíveis com o risco ou facilidade de correção; e
VI. A medida corretiva está dentro do prazo previsto.
Caso os itens acima sejam atendidos, há evidências de que a empresa detém o controle do processo
industrial e não deve ser registrada a não conformidade. Caso contrário, devemos avaliar se a
deficiência é no programa de autocontrole ou nos registros.
Assim, ao finalizar a fiscalização, o Serviço de Inspeção obterá um diagnóstico sobre a capacidade
da empresa em garantir o desempenho dos seus programas de autocontrole.
A descrição de cada não conformidade constatada durante os procedimentos de avaliação
documental deve ser objetiva, clara e específica, de modo que todos sejam capazes de compreender
objetivamente qual é a não conformidade em causa e, dessa forma, ser possível atuar sobre tal.
A avaliação documental que implicar em constatação de não conformidade que represente risco à
saúde pública e/ou às demais garantias previstas ao consumidor deverá resultar em adoção das
ações fiscais cabíveis e proporcionais aos achados.
Na avaliação documental que implicar em constatação de não conformidades que não representem
risco à saúde pública e/ou às demais garantias previstas ao consumidor, serão apontadas as não
conformidades e solicitado o plano de ação ao estabelecimento.
O cumprimento do plano de ação será acompanhado, remotamente, pela equipe de inspeção,
solicitando ao estabelecimento o envio de evidências, inclusive registros fotográficos, quando
cabível, que comprovem a eficácia das medidas adotadas. A verificação in loco dessas medidas
adotadas será realizada na próxima fiscalização do estabelecimento ou quando houver necessidade
de deslocamento de servidores para coleta de amostras para atendimento aos programas oficiais.
3.7.3.2.1 MANUTENÇÃO
23
3.7.3.2.4 HIGIENE INDUSTRIAL E OPERACIONAL
24
3.7.3.2.6 PROCEDIMENTOS SANITÁRIOS OPERACIONAIS (PSO)
25
3.7.3.2.8 CONTROLE DA TEMPERATURA
26
b) Se os micro-organismos que serão analisados estão citados e de acordo com o previsto na
legislação e regulamentos técnicos. Assim como, sobre os analitos físico-químicos que
serão pesquisados para se verificar a conformidade do produto. Se as avaliações
organolépticas ou sensoriais estão descritas. Se a frequência de realização destas análises
assegura a conformidade dos produtos. E, se há descrição das medidas de controle,
medidas corretivas no caso de não conformidades (análises fora do padrão) sobre produtos
e sobre processos;
c) Se o programa prevê análises de superfícies de utensílios e equipamentos que comprovem
a eficácia do PPHO;
d) No caso de laboratório da própria empresa, observar se há registros de treinamento dos
analistas. Avaliar se o programa possui a descrição dos procedimentos de coleta ou da
realização da técnica analítica, conforme o caso e o produto;
e) Se o estabelecimento realiza a análise crítica dos resultados das análises físico-químicas e
microbiológicas dos produtos e da água de abastecimento, incluindo água potável e gelo
(nos laudos, certificados ou em planilha, se em conformidade ou não) e se existe controle
sobre o cumprimento das frequências previstas;
f) Se estão descritas as medidas adotadas pela empresa também frente a resultados oficiais
não conformes e se empresa aplica o correto destino aos produtos que apresentaram não
conformidades, adotando as devidas medidas corretivas e medidas de controle para evitar
a recorrência destas não conformidades; e
g) Se o estabelecimento descreve as técnicas de controle de parasitas, de glaciamento, de
análise de histamina, de análises sensoriais, de análise de metabissulfito, de análise de pH,
naquilo em que couber.
27
c) Se todos os documentos fiscais e sanitários exigidos constam no programa e são
apresentados para a fiscalização;
d) Se o programa contempla situações em que procedimentos de recolhimento serão
necessários, especificando todas as medidas que serão realizadas no momento do
recolhimento; e
e) Se há descrição dos procedimentos do estabelecimento em caso de não conformidade
detectada que motive o recolhimento, se a produção foi devidamente recolhida e se
recebeu a destinação adequada. No caso de impossibilidade de recolhimento de lotes não
conformes, se consta no programa de autocontrole a forma de comunicação aos órgãos
de fiscalização oficiais.
Imagem: Flaticon
trânsito dos produtos.
28
4. Ato administrativo e ação fiscal
Os atos administrativos e ações fiscais necessários quando da inspeção e fiscalização dos produtos
de origem animal devem estar de acordo com as competências específicas atribuídas às carreiras
oficiais.
A competência é o círculo definido por lei dentro do qual os agentes podem exercer legitimamente
sua atividade.
A competência do Auditor Fiscal Federal Agropecuário (AFFA) está definida na Lei nº 10.883, de 16
de junho de 2004, e suas alterações. A competência dos cargos efetivos das Atividades Técnicas de
Fiscalização Federal Agropecuária está definida no Decreto nº 8.205, de 12 de março de 2014.
Encontramos, ainda, algumas atribuições específicas de atividades, conforme a competência da
carreira, descritas no Decreto nº 9.013, de 2017, e suas alterações, na Portaria MAPA nº 307, de 14
de maio de 2021, na Norma Interna DIPOA/SDA nº 01, de 08 de março de 2017, e no Ofício nº
88/2019/CRISC/CGPE/DIPOA/SDA, de 03 de outubro de 2019.
O ato administrativo pode ser definido como a exteriorização da vontade de agentes da
administração pública ou de seus delegatários, nessa condição, que, sob regime de direito público,
vise à produção de efeitos jurídicos, com o fim de atender ao interesse público.
Os atos administrativos devem estar voltados ao interesse público e possuem as seguintes
características:
a) Imperatividade: Significa que os atos administrativos geram obrigação a todos que se
encontrem sob sua abrangência. Da imperatividade exige-se o cumprimento do ato sobre o
qual não se pode recusar a cumprir quando emanado em conformidade com a lei;
b) Presunção de Legitimidade: Significa que os atos administrativos possuem a presunção de
que detêm conformidade com as devidas normas legais; e
c) Autoexecutoriedade: Significa que o ato administrativo, tão logo praticado, pode ser
imediatamente executado e seu objeto imediatamente alcançado, sem necessidade de
tutela judicial.
A Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999, estabelece normas básicas sobre o processo administrativo
no âmbito da Administração Federal direta e indireta, visando, em especial, à proteção dos direitos
dos administrados e ao melhor cumprimento dos fins da Administração.
Alguns dos atos administrativos que podem ser firmados em decorrência da inspeção e fiscalização
nos estabelecimentos industriais são os formulários VOECs, o termo de intimação, o auto de
infração, o termo de apreensão, o termo de liberação, o termo de coleta de amostras, o termo de
condenação, o termo de suspensão, o termo de interdição e o termo de desinterdição.
O servidor público tem o poder-dever de agir. Os poderes administrativos são outorgados aos
agentes do poder público para lhes permitir atuação voltada aos interesses da coletividade.
A conduta do agente público durante a sua atuação é normatizada e consta no Manual de Conduta
do agente Público Civil do Poder Executivo Federal, do Ministério da Economia:
https://www.gov.br/economia/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/guias-e manuais/manual-
de-conduta-do-agente publico-civil.pdf
29
O poder de polícia consiste na prerrogativa conferida ao agente público para, com base na lei,
restringir ou condicionar a liberdade e a propriedade em favor dos interesses da coletividade.
A adoção de ações fiscais pelo agente oficial, no exercício do seu poder de polícia, deve observar,
inclusive, a impessoalidade, a legalidade, a proporcionalidade e a razoabilidade necessárias.
Assim, as ações devem ser proporcionais e tecnicamente relacionadas aos fatos que as motivaram.
O poder discricionário, conferido ao agente público, é a prerrogativa de eleger, entre várias condutas
possíveis perante os fatos constatados, a que traduz maior conveniência e oportunidade para o
interesse da coletividade.
Dessa forma, cabe ao agente oficial, em sua atividade de inspeção e fiscalização, avaliar cada
situação em particular e eleger os atos administrativos e as ações fiscais pertinentes.
O Título XI do Decreto nº 9.013, de 2017, e suas alterações, trata das responsabilidades, das
medidas cautelares, das infrações, das penalidades e do processo administrativo.
O Manual de Procedimentos de Apuração de Infração é um guia prático sobre a lavratura do Auto de
Infração e a instrução do processo administrativo.
No ato administrativo, a descrição de cada fato constatado durante os procedimentos de inspeção e
fiscalização deve ser objetiva, clara e específica, de modo que todos sejam capazes de compreender
objetivamente qual é o fato em causa e, dessa forma, ser possível atuar sobre tal. O servidor
responsável por firmar o ato deve possuir consciência sobre as evidências por ele constatadas e
registradas, evitando subjetividade e divagação. Os elementos de convicção necessários, tais como
registros fotográficos, laudos de análises laboratoriais ou outros documentos, devem ser anexados
ao ato administrativo com a finalidade de comprovação e elucidação dos fatos.
Constatou-se que a empresa realiza a expedição de Trata-se dos casos em que a não
produtos apresentando as temperaturas (especificar conformidade é constatada na expedição
as temperaturas constatadas relacionando-as a cada dos produtos.
produto identificado), fora do padrão informado no A considerar as temperaturas e a
1 Art. 496, inc. IV
rótulo ou no regulamento (especificar o rótulo ou o manutenção das condições de conservação
regulamento, como for aplicável): (descrever os dos produtos, pode ser plausível,
padrões de temperatura informados no rótulo ou no geralmente, considerar estarem em
regulamento para cada produto). condições inadequadas.
31
Art. 496, inc. XVI Para se considerar risco à saúde, é preciso
(para micro- constarem evidências de risco sobre a
Constatou-se no(s) Certificados Oficiais de organismos segurança ao consumo dos lotes dos
Análises - COA(s) (identificar e anexar os COAs) produtos implicados. A detecção de micro-
indicadores)
o(s) seguinte(s) resultado(s) microbiológico(s) organismos indicadores de higiene do
ou processo produtivo não costuma ser
fora dos padrões regulamentares: (identificar os
9 produtos e os respectivos parâmetros Art. 496, inc. evidência de risco à saúde. A detecção de
XXVI (para micro-organismos patogênicos pode sugerir
microbiológicos com resultados fora dos
micro- risco à saúde, mas também pode ser
padrões)
organismos necessária uma avaliação mais abrangente
do lote, como uma amostragem
patogênicos)
representativa, por exemplo, para se obter as
evidências necessárias.
32
Constatou-se a presença em (especificar o local
em que foi encontrado) de produtos (especificar
Considerando que não há um inciso
qual ou quais são os produtos) ou embalagens
14 Art. 60 específico no artigo 496, a penalidade seria
(especificar que tipo de embalagem) não
aplicada como previsto no §2º do art. 509.
correspondentes ao processo produtivo da
unidade industrial.
Constatou-se que a empresa não cumpriu o(s) Para uma eventual aplicação de penalidade
prazo(s) previsto(s) no plano de ação (identificar de suspensão de atividades do
16 qual o plano de ação e anexar o plano de ação Art. 496, inc. XIII estabelecimento, é necessário que se
verificado pelo SIF): (especificar os itens e os apresentem evidências de embaraço à
prazos não cumpridos) fiscalização.
33
Se o fato já foi anteriormente constatado e
Constatou-se no(s) Certificados Oficiais de está sendo tratado pela fiscalização, sendo a
Análises - COA(s) o(s) seguinte(s) resultado(s) liberação dos lotes de produtos condicionada
microbiológico(s) ou físico-químicos fora dos a resultados de análises, pode-se considerar
24 Não se aplicaria
padrões regulamentares, em lotes de produtos que a tratativa sobre o fato está em
cuja liberação estava condicionada aos continuidade de trâmite. Observa-se que os
resultados das análises. produtos não conformes não estão sendo
expedidos ao consumo dessa forma.
34
5. Base legal e documentos de referência
5.1 BASE LEGAL
Órgão Data de
Tipo Identificação Assunto
emissor publicação
Lei n° 1.283,
Presidência Dispõe sobre a inspeção industrial e sanitária de
LEI de 18 de dezembro 18/12/1950
da República produtos de origem animal
de 1950
Lei n° 7.889,
Presidência Dispõe sobre inspeção sanitária e industrial dos
LEI de 23 de novembro 13/11/1989
da República produtos de origem animal, e dá outras providências.
de1989
35
Estabelece normas básicas sobre o processo
administrativo no âmbito da Administração Federal
Lei nº 9.784, de 29 de Presidência
LEI 29/01/1999 direta e indireta, visando, em especial, à proteção
janeiro de 1999 da República
dos direitos dos administrados e ao melhor
cumprimento dos fins da Administração.
Instrução Normativa
INSTRUÇÃO Plano nacional de controle de resíduos em produtos
nº 42, de 20 de MAPA/SDA 20/12/1999
NORMATIVA de origem animal
dezembro de 1999
Instrução Normativa
INSTRUÇÃO Procedimentos de controle da Listeria em produtos
nº 9, de 8 de abril de MAPA/SDA 08/04/2009
NORMATIVA de origem Animal prontos para o consumo
2009
Instrução Normativa
nº 22, de 24 de
INSTRUÇÃO novembro de 2005 Regulamento técnico para rotulagem de produto de
MAPA/SDA 24/11/2005
NORMATIVA (alterada pela origem animal embalado
Portaria nº 240, de
23 de julho de 2021)
36
Aprovar o Regulamento Técnico sobre as Condições
Portaria nº 368, de 4 Higiênico-Sanitárias e de Boas Práticas de
PORTARIA MAPA/SDA 04/09/1997
de setembro de 1997 Fabricação para Estabelecimentos
Elaboradores/Industrializadores de Alimentos.
Instrução Normativa
Ficam instituídos os procedimentos para o trânsito
INSTRUÇÃO nº 23, de 26 de julho
MAPA/SDA 26/07/2018 de matérias-primas e produtos de origem animal,
NORMATIVA de 2018 e suas
na forma desta Instrução Normativa e seu Anexo.
alterações
Instrução Normativa
INSTRUÇÃO Aprovar os procedimentos de reinspeção de
nº 118, de 11 de MAPA/SDA 11/01/2021
NORMATIVA produtos de origem animal comestíveis importados.
janeiro de 2021
Instrução Normativa
INSTRUÇÃO
MPA/MAPA nº 04, de MPA/MAPA 30/05/2014 Estabelece Nota Fiscal Pescado
NORMATIVA
30 de maio de 2014
Instrução Normativa
INSTRUÇÃO Regulamento técnico de identidade e qualidade para
nº 45 de 13 de MAPA/SDA 13/12/2011
NORMATIVA Conservas de peixes.
dezembro de 2011
Instrução Normativa
INSTRUÇÃO Regulamento técnico de identidade e qualidade para
nº 46 de 15 de MAPA/SDA 15/12/2011
NORMATIVA Conservas de atuns e de bonitos
dezembro de 2011
37
Instrução Normativa Institui o Programa Nacional de Controle Higiênico-
INSTRUÇÃO Interministerial Sanitário de Moluscos Bivalves (PNCMB),
MPA/MAPA 08/05/2012
NORMATIVA MPA/MAPA n° 07, de estabelece os procedimentos para a sua execução e
08 de maio de 2012 dá outras providências.
Instrução Normativa
Interministerial Dispõe sobre normas e procedimentos para o
INSTRUÇÃO
MPA/MMA nº 14 de MPA/MMA 31/05/2017 desembarque, o transporte, o armazenamento e a
NORMATIVA
26 de novembro de comercialização de tubarões e raias.
2012
Resolução nº 11, de
Aprovar a Regulamentação Metrológica, que com
RESOLUÇÃO 12 de outubro de CONMETRO 12/10/1988
esta baixa, para fiel observância.
1988.
38
Fica aprovado o Regulamento Técnico Metrológico
consolidado que estabelece os critérios para a
Portaria nº 227, de MDIC/INMET
PORTARIA 17/05/2021 indicação do conteúdo nominal de pescados
17 de maio de 2021 RO
congelados pré-embalados, com conteúdo nominal
desigual, fixado no Anexo.
Data de
Identificação Órgão emissor Assunto
publicação
39
Ofício nº Quadro resumo das carreiras que possuem competência,
88/2019/CRISC/CGPE DIPOA/SDA/MAP com atribuição legal, para a coleta de amostras de
03/10/2019
/DIPOA/SDA, de 03 de A produtos de origem animal para atendimento aos
outubro de 2019 programas de controle oficial.
Ofício-Circular nº
CGI/DIPOA/SDA/
20/2021/CGI/DIPOA/S 22/06/2021 Perguntas e Respostas 1ª edição
MAPA
DA/MAPA
Norma Interna nº
06/DIPOA/SDA de
10/12/2014 alterada
DIPOA/SDA/MAPA 28/01/2016 Classificação de produtos para registro.
pela Norma Interna n°
02/DIPOA/SDA de 28 de
janeiro de 2016.
Ofício-Circular nº
1/2019/DINSP/CSI/CGI/
Manual de procedimentos de apuração de infração:
DIPOA/SDA/MAPA DIPOA/SDA/MAPA 15/01/2019
Autuação de processos administrativos
processo SEI
21000.031734/2018-48.
Ofício nº 3/2021/CSG-
DIPOA/DIPOA/SDA/MA Manual - Mapas Estatísticos da Plataforma de Gestão
DIPOA/SDA/MAPA fev/21
PA processo SEI Agropecuária – PGA-SIGSIF
21000.0476552020-73.
Ofício-circular nº
62/2021/DIPOA/SDA/M
Orientar e harmonizar a verificação oficial feita pelos SIFs e
APA encaminhado pelo DIPOA/SDA/MAPA 08/07/2021
SIPOAs dos mapas estatísticos lançados no SIGSIF.
processo SEI
21000.059280/2020-94.
40
Ofício nº 322/2011 de
Tratamento de resíduos do processamento de camarão.
18 de novembro de DIPOA/SDA/MAPA 18/11/2011
Procedimento de inativação de vírus
2011 da SAP/MAPA
Norma Interna nº
02/DIPOA/SDA/2014 de
13 de maio de 2014, Avaliação anátomo-morfológica de pescado com a
atualizada pela Norma DIPOA/SDA/MAPA 13/05/2014 finalidade de identificar fraudes por substituição de
interna espécies.
nº01/DIPOA/SDA, de
01/01/2016
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DISPOSIÇÕES GERAIS
Este manual possui caráter orientativo, sendo destinado aos servidores que atuam na inspeção e
fiscalização de estabelecimentos registrados no DIPOA/SDA, tendo sido elaborado a partir da base
legal vigente.
HISTÓRICO DE REVISÕES
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