Leusia Enema

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INSTITUTO MÉDIO POLITÉCNICO DE EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA

Curso: Enfermagem Geral

Módulo: Fundamentos de Enfermagem

2º Ano

TEMA:

Enema ou Critérios de Limpeza

DISCENTE:
Atália Adelina
Delfina Adélia
Micheila Francisco
Letícia Miguel Lopes DOCENTE:
Léuzia Eurico Castelo Eugénio Michai

Maputo, Fevereiro de 2022

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Índice

Introdução ....................................................................................................................................... 1

Objectivos ....................................................................................................................................... 1

Objectivos Gerais ............................................................................................................................ 1

Objectivos Específicos .................................................................................................................... 1

Enema ............................................................................................................................................. 2

Finalidade da Enema de Limpeza ................................................................................................... 2

Limpar o intestino: .......................................................................................................................... 2

Contra-indicações ........................................................................................................................... 2

Levantamento de dados................................................................................................................... 3

Tipos de soluções ............................................................................................................................ 4

Informação e educação do doente antes do procedimento.............................................................. 5

Posicionamento ............................................................................................................................... 5

Material ........................................................................................................................................... 5

Procedimento .................................................................................................................................. 6

Registos ........................................................................................................................................... 7

Complicações .................................................................................................................................. 7

Educação para a saúde após o procedimento .................................................................................. 8

Critérios de qualidade e eficácia ..................................................................................................... 8

Outros Tipos de Enemas ................................................................................................................. 8

Conclusão........................................................................................................................................ 9

Referencias Bibliografia ............................................................................................................... 10

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1. Introdução

Enema, do latim enema, é um medicamento líquido que é administrado por via rectal isto é, é
introduzido no organismo através do ânus e que serve para limpar (ou purgar) o intestino. O
termo também é usado em referência ao utensílio com que se realiza a operação e à própria acção
de introduzir o líquido.

Pode ser dividida em 3 grupos com seu modo de reacção: Evacuadores: estimulam a evacuação
com seu modo de acção; Carminativos: auxiliam na expulsão de gazes do cólon,edativos:
acalmam espasmos.

2. Objectivos

2.1. Objectivos Gerais

 Definir enemas de limpezas;


 Falar dos seus objectivos;
 Especificar o material necessário para enema.

2.2. Objectivos Específicos

 Caracterizar as soluções de enemas;


 Citar os tipos de enemas;
 Debruçar os procedimentos.

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3. Enema

Consiste em instilar uma solução líquida desde a ampola rectal até ao cólon descendente com a
finalidade de promover a evacuação pela estimulação da peristalse.

O volume do líquido instilado fracciona a massa fecal, distende a parede do recto e inicia o
reflexo da defecação

3.1. Finalidade da Enema de Limpeza

 Aliviar a obstipação, distensão e desconforto abdominal

 Limpar o intestino:

 Favorecer uma intervenção (cirurgia;parto, exames auxiliares de diagnóstico) de boa


qualidade
 Reduzir o risco de infecção durante uma intervenção
 Preceder outros tipos de enema
 Iniciar um programa de treino intestinal

4. Contra-indicações

 Dores abdominais acompanhadas de febre (sintoma de apendicite, suspeita de peritonite);


 Perfuração intestinal;
 Oclusão;
 Traumatismo abdominal;
 Hemorragia intestinal;
 Gravidez;

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 Intervenções cirúrgicas recentes no local;
 Patologia cardíaca;
 Patologia renal.

É preferível não realizar um enema quando há fístulas anais, rectocolite, hemorrágica e


hemorróidas

5. Levantamento de dados

 Verificar a prescrição médica que deve incluir o tipo de solução a instilar (água, óleo,
solução isotónica, medicamento, etc), o volume, a temperatura do líquido e a pressão da
administração (altura do saco de irrigação relativamente ao ânus do doente);
 Verificar a data da última evacuação do doente e questionar o doente quanto ao padrão de
evacuação normal;
 Verificar sinais de obstipação (p. ex. dor e distensão abdominal);
 Auscultar os sons intestinais;
 Inspeccionar as condições da área perianal (p. ex. presença de ulcerações,
 Hemorróides e escoriações);
 Avaliar os sinais vitais antes e após o enema;
 Despistar antecedentes que contra-indiquem a realização deste procedimento (p. ex.
problemas cardíacos);
 Verificar se o doente toma medicação que possa diminuir o peristaltismo (p. ex.
narcóticos).
 Volume de solução, temperatura e pressão/velocidade da solução

Variável de acordo com a idade, a estrutura física da pessoa e a finalidade do enema

Em geral, no adulto, o enema é feito com 0,5L a 1L de solução

Solução tépida: de 37 a 40º C

Geralmente, o enema deve ser administrado a baixa pressão, cerca de 45 a 60cm acima do nível
da cama/maca

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6. Tipos de soluções

Os enemas de limpeza utilizam soluções hipotónicas, isotónicas ou hipertónicas para distender o


intestino e induzir a defecação

Cada solução exerce um efeito osmótico diferente influenciando o movimento dos líquidos entre
o cólon e os espaços intesticiais através da parede intestinal

Solução Quantidade Mecanismo de acção

Água comum 500 a 1000 ml Distende o recto e hidrata as


fezes
Solução salina normal

Solução salina normal 500 a 1000 ml Distende o recto e hidrata as


fezes. É a mais segura devido
à sua isotonicidade

Glicerina e água 500 a 1000 ml Distende o recto, hidrata as


fezes e irrita o tecido local

Solução salina hipertónica 120 ml Irrita o tecido local

Óleo mineral, de oliva ou de 120 a 180 ml Lubrifica e amacia as fezes


semente de algodão

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7. Informação e educação do doente antes do procedimento

 Explicar ao doente em que consiste o procedimento


 Explicar ao doente como pode colaborar
 Promover o relaxamento do doente
 Advertir o doente para efeitos comuns dos enemas (ex. distensão abdominal)
 Advertir o doente para possíveis complicações que deve comunicar ao enfermeiro (ex.
cólicas)
 Prevenir o doente de que poderá não defecar nos próximos dois dias devido ao
esvaziamento do intestino
 Consentimento informado do doente

7.1. Posicionamento

SIMS - decúbito lateral esquerdo (alguns autores referem a posição joelho-toráx);

Permite a acção da gravidade e a introdução de maior quantidade de solução.

8. Material

 Tabuleiro
 Irrigador e sistema
 Suporte de soro
 Sonda rectal (22 a 30 Fr)
 Lubrificante hidrossolúvel
 Jarro com a solução indicada
 Termómetro
 Compressas

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 Luvas irrecuperáveis
 Resguardo impermeável descartável
 Aparadeira
 Material para higiene

9. Procedimento

 Levantamento de dados;
 Obter o consentimento informado do doente;
 Pedir ao doente para urinar;
 Avaliar sinais vitais e da região abdominal;
 Preparar a solução prescrita e o restante material necessário;
 Lavar as mãos e levar para junto do doente todo o material;
 Preparar o irrigador, adaptar a tabuladora, verter a solução para dentro do irrigador,
preencher o sistema e fechar a torneira;
 Posicionar o doente;
 Proporcionar privacidade, cobrindo o doente de maneira a somente os glúteos ficarem
expostos;
 Colocar o resguardo debaixo da região nadegueira para proteger a cama/maca;
 Verificar a temperatura da solução
 Regular a altura do suporte de soros
 Colocar a aparadeira em local de fácil alcance
 Lavar as mãos e colocar luvas
 Lubrificar a extremidade distal da sonda (cerca de 10 cm)
 Afastar as nádegas com a mão não-dominante, de modo a que o ânus fique bem visível;
 Solicitar ao doente para que respire profundamente e durante a expiração introduzir a
sonda com movimentos rotativos em direcção ao umbigo cerca de 7,5 a 10 cm e segurar
nessa posição com a mão dominante;

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 Arrumar o material e lavar as mãos;
 Reavaliar os sinais vitais;
 Colocar a campainha de chamada ao alcance do doente e a aparadeira junto do mesmo /
ajudar o doente a ir ao WC. Caso o doente seja independente, solicitar-lhe para depois de
ir ao WC não descarregar o autoclismo;
 Observar as características das fezes e auxiliar o doente na higiene perineal se necessário;
 Reavaliar a região abdominal;

9.1. Registos

 Hora de realização;
 Tipo e quantidade de solução usada;
 Cor, consistência e quantidade de fezes eliminadas / líquido de retorno;
 Condições do ânus e área adjacente;
 Sinais vitais antes e após o enema;
 Descrição de reacções adversas durante o enema;
 Avaliação abdominal antes e depois do enema
 Presença de desconforto antes, durante e após o enema;
 Reacção do doente (verbal e não-verbal);
 Tempo de retenção da solução;
 Se for enema de limpeza para exames auxiliares de diagnóstico ou para preparação
 cirúrgica, referir se a última solução administrada saiu limpa;
 Ensinos realizados ao doente;

9.2. Complicações

 Irritação da mucosa rectal ou lesões do intestino;


 Cólicas abdominais;
 Estimulação vagal que pode originar síncope ou paragem cardíaca;
 Alterações hídroelectrolíticas;
 Dependência psicológica;
 Retenção do enema;

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9.3. Educação para a saúde após o procedimento

 Hábitos nocivos no que diz respeito à eliminação intestinal;


 Hábitos que promovem uma eliminação intestinal regular.

9.4. Critérios de qualidade e eficácia

 Ausência de dor;
 Boa tolerância ao enema;
 Respeito pelo tempo necessário para que o enema seja eficaz;
 Expulsão de matéria fecal;
 Última solução administrada sair limpa.

10. Outros Tipos de Enemas

 Enema medicamentoso;
 Enema alimentício;
 Enema de contraste;
 Enema de refluxo;
 Enema sedante;
 Enema emoliente;
 Enema carminativo;
 Enema astrigente/vasoconstrictor;
 Enema antihelmíntico.

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11. Conclusão

O clister, enema ou chuca, é um procedimento que consiste na colocação de um pequeno tubo


pelo ânus, no qual é introduzida água ou alguma outra substância com o objetivo de lavar o
intestino, sendo normalmente indicado nos casos de prisão de ventre, para aliviar o desconforto e
facilitar a saída das fezes.

O enema tem como principal função estimular o peristaltismo e, assim, promover a evacuação.
Isso ocorre porque o líquido aplicado rompe a massa fecal e distende as paredes do reto.
Algumas doenças, como diabetes, lúpus e tumores intestinais também podem gerar o problema.

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12. Referencias Bibliografia

WIECK, Lynn; KING, Eunice; DYER, Marilyn – Técnicas de Enfermeria: Manual ilustrado. 3ª
Ed. México: Interamericana, 1988.

ATKINSON, Leslie; MURRAY, Mary – Fundamentos de Enfermagem: Introdução ao processo


de enfermagem. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1989.

SANTOS, Catarina; SANTOS, José – Clister de limpeza. “Revista Sinais Vitais”. Coimbra. N.º4
(Ago1995), p.15-16

CAMPOS, Ana [et al] – Manual de normas e procedimentos técnicos de Enfermagem. Lisboa:
Igif, 2001

PAUCHET-TRAVERSAT [et al] – Cuidados de Enfermagem: Fichas técnicas. 3ª Ed. Loures:


Lusociência – Edições técnicas e científicas, 2003

POTTER, Patricia; PERRY, Anne – Grande tratado de Enfermagem Prática: Clínica e prática
hospitalar. São Paulo: Livraria Santos, 1996

POTTER, Patricia; PERRY, Anne – Fundamentos de Enfermagem: conceitos, processo e prática


– Vol.2. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1999

POTTER, Patricia; PERRY, Anne – Técnicas y procedimientos basicos. Madrid: Harcout Brace,
1998

TIMBY, Barbara – Conceitos e habilidades fundamentais no atendimento de Enfermagem. 6ª Ed.


Porto Alegre: ArtMed, 2001.

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