Teoria Da Constituição

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DELTA

TEORIA DA CONSTITUIÇÃO

DIREITO CONSTITUCIONAL

Neste tó pico teremos, sucintamente, natureza, conceito, objeto e fontes do Direito


Constitucional.

1. Natureza jurídica: é o ramo do direito pú blico.


2. Conceito:
(1) José Afonso da Silva 1: ramo do Direito Pú blico que expõ e, interpreta e
sistematiza os princípios e normas fundamentais do Estado;
(2) J.H. Meirelles Teixeira2: conjunto de princípios e normas que regulam a
existência do Estado moderno, na sua estrutura e no seu funcionamento, o
modo de exercício e os limites de sua soberania, seus fins e interesses
fundamentais.
3. Objeto:
(1) Maurice Hauriou (lê-se môrrice orriú): é a constituiçã o política do
Estado;
(2) Dirley da Cunha Jr.3: conhecimento científico e sistematizado da
organizaçã o fundamental do Estado, por meio da investigaçã o e do estudo
dos princípios e regras constitucionais relativos à forma de Estado, à forma
e ao sistema de governo, ao modo de aquisiçã o e exercício do poder, à
composiçã o e funcionamento de seus ó rgã os, aos limites de sua atuaçã o e
aos direitos e garantias fundamentais.
4. Fontes:
(1) Constituição (principal fonte formal) e tratados internacionais de
direitos humanos (TIDH) aprovados sob a sistemática do § 3°, art. 5°
da CF (sob o rito de EC), em nosso ordenamento jurídico atual temos
apenas 3 (três) TIDH´s que foram aprovados sob o rito de emenda, o
Convenção sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência e seu
protocolo facultativo (DC nº 6.949/2009), Tratado de Marraqueche (DC
n° 9.522/2018) e Convenção Interamericana contra o Racismo, a
Discriminação Racial e Formas Correlatas de Intolerância (aprovado
em 2021, pelo Congresso Nacional; falta apenas a internalizaçã o por
Decreto presidencial)
(2) Jurisprudência (especialmente, a do STF);
(3) Doutrina constitucional (interpreta, cria, inova estabelece novos
parâmetros constitucionais, transformando a realidade, segundo Flá vio
Martins4);
(4) Costume: fonte complementar, mas nã o primá ria do direito constitucional.
Em relaçã o a este, entende-se que o costume poderá ser contra legem
(deve ser repelido); costume secundum legem (conforma um entendimento
possível do texto, podendo ensejar mutaçã o constitucional. Admitido);

1
SILVA, José Afonso da. Curso de direito constitucional positivo. 43ª edição. São Paulo:
Malheiros, 2020, pág. 36.
2
TEIXEIRA, J. H. Meirelles. Curso de direito constitucional. Rio de Janeiro: Forense, 1991, pág.
37.
3
CUNHA JÚNIOR, Dirley. Curso de direito constitucional. 12ª edição. Salvador: JusPodivum.
2018, pág. 43
4
MARTINS, Flávio. Curso de direito constitucional. 5ª ed. São Paulo: Saraiva, 2021, pág. 178
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praeter legem (supre lacuna. Admitido). STF já confirmou a validade dos


costumes. (STF, ADI n. 644)5.

SENTIDOS DA CONSTITUIÇÃO

Serã o abordados os sentidos sociológico, político, jurídico, normativo e


culturalista de Constituiçã o e seus expoentes teó ricos, muito cobrados em provas.

1. Sociológico: precursor Ferdinand Lassale, a Constituiçã o precisa refletir a


somatória dos fatores reais de poder. Do contrá rio, nã o passaria de uma folha
de papel;

2. Político: para Carl Schmitt, a Constituiçã o seria a decisão política fundamental


do país. Pensador diferencia Constituiçã o (conteú do verdadeiramente
constitucional) de leis constitucionais (está na Constituiçã o, mas o conteú do nã o é
constitucional).

3. Jurídico: Hans Kelsen entendia a Constituição como norma pura, sem


interferência da filosofia, sociologia ou ciência política. Constituiçã o reside no
mundo do dever ser, e nã o do ser. Contraposiçã o à s ideias de Lassale. Sentido
lógico-jurídico: norma fundamental hipotética, pressuposto de validade da
Constituiçã o. Sentido jurídico-positivo: norma suprema, fundamento de validade
das demais normas.

4. Normativo: Konrad Hesse firmou o entendimento que por ter status de norma
jurídica, a Constituição seria dotada de força normativa suficiente para vincular
e impor os seus comandos.

5. Culturalista: J. H. Meirelles Teixeira, entende que a Constituiçã o é produto de


um fato cultural, produzido pela sociedade e que sobre ela pode influir. A
concepçã o culturalista levaria ao conceito de Constituição Total, por abranger
aspectos econô micos, socioló gicos, jurídicos e filosó ficos.

CLASSIFICAÇÃO/TIPOLOGIA DAS CONSTITUIÇÕES

5
MENDES, Gilmar Ferreira; BRANCO, Paulo Gustavo Gonet. Curso de direito constitucional.
São Paulo: Saraiva. 15ª edição.
2020, pág. 59

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