Caderno 4 - Currículo Base Do Ensino Médio de Santa Catarina
Caderno 4 - Currículo Base Do Ensino Médio de Santa Catarina
Caderno 4 - Currículo Base Do Ensino Médio de Santa Catarina
MINISTÉRIO DA
EDUCAÇÃO
Componentes
Curriculares Eletivos:
Construindo e Ampliando Saberes
Portfólio dos(as) Educadores(as)
2ª edição
Inclui referências.
ISBN 978-65-996330-3-4 (v. 4)
DIRETORA DE ENSINO
Zaida Jeronimo Rabello Petry
DIRETOR DE PLANEJAMENTO
E POLÍTICAS EDUCACIONAIS
Altir Webber de Mello Neto
PRESIDENTE
Maria Fernanda Menin Maia
DIRETOR DE EDUCAÇÃO
Paulo Emílio de Castro Andrade
GESTÃO DO PROJETO
Renata Lazzarini Monaco
Natalino Uggioni
Secretário de Estado da Educação
1
Este processo ocorreu paralelamente à construção do Currículo Base do Ensino Médio do Território Catarinense, que contou com
a participação de outros 250 professores(as) da Rede, além da equipe SED, da equipe ProBNCC e da equipe de consultores(as)
especialistas em currículo.
O ano de 2020 marca o início de uma grande reestruturação do Ensino Médio nas
escolas da Rede Estadual de Santa Catarina. Neste ano, 120 unidades escolares iniciaram a
implementação do Novo Ensino Médio, que representou um esforço de reorganização dos
tempos, dos espaços e dos sentidos da escola, afetando tanto os(as) estudantes quanto
os(as) educadores(as) e os demais setores das comunidades escolares. Essa implemen-
tação pretende alcançar todas as escolas da Rede em 2022, com o compromisso expres-
so de garantir aos(às) estudantes uma Formação Integral, conectada a seus interesses, a
suas realidades e a seus projetos de vida, e também aos desafios do século XXI.
Para contextualizar todas essas mudanças, vale a pena recordar os desafios que
marcaram o Ensino Médio no Brasil das últimas décadas. O abandono escolar, a defasa-
gem idade-série e os níveis de aprendizagem dos(as) jovens são aspectos que levantam
grande preocupação; afinal de contas, a educação de qualidade é um direito dos(as) estu-
dantes e um dever do Estado. Soma-se a isso a percepção, tanto dos(as) estudantes quanto
dos(as) educadores, pesquisadores(as) e gestores(as) da área, acerca do distanciamento que
existe entre a escola e o contexto em que os(as) jovens vivem, seus modos de vida e suas
perspectivas de futuro.
O Novo Ensino Médio tem potencial para transformar essa realidade. Ele é mais do
que um programa de governo ou uma iniciativa regional das Secretarias de Educação. É, na
verdade, a consolidação de várias proposições legais que resultaram na Lei n. 13.415/2017
e na atualização das Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN) para o Ensino Médio.
ITINERÁRIOS FORMATIVOS
São a parte flexível dos currículos, definida pelas redes e instituições de ensino, e,
devido a esse caráter de maior flexibilização, podem apresentar uma configuração dife-
renciada entre as escolas, tomando por base as possibilidades organizadas pela Rede. No
estado de Santa Catarina, os Itinerários Formativos são compreendidos por: componente
Projeto de Vida, Trilhas de Aprofundamento, Segunda Língua Estrangeira e Componentes
Curriculares Eletivos, sendo, os três últimos, de escolha dos(as) estudantes. O objetivo é
que aprofundem e ampliem suas aprendizagens em uma ou mais Áreas de Conhecimento
e/ou na Formação Técnica e Profissional.
TRILHAS DE APROFUNDAMENTO
O(a) estudante escolhe, entre as possibilidades de Trilhas de Aprofundamento ofe-
recidas pela Rede, quais deseja cursar, de acordo com seus interesses pessoais e profis-
sionais. Ao percorrer uma Trilha, o jovem cursa um conjunto de unidades curriculares que
se articulam a uma ou mais Áreas do Conhecimento e/ou de Formação Técnica e Profissio-
nal, permitindo o aprofundamento das aprendizagens da Formação Geral Básica.
PROJETO DE VIDA
O Novo Ensino Médio tem por objetivo proporcionar, com base em uma organização
curricular pautada no trabalho por Áreas do Conhecimento, da flexibilização do currículo
e da aplicação de metodologias ativas e centrada nos(as) estudantes, vivências escolares
a partir das quais eles(as) possam desenvolver-se integralmente, em todas as dimensões
que se interseccionam para a formação de suas identidades como sujeitos (intelectual,
física, emocional, social, cultural, entre outras).
Nesse sentido, o componente Projeto de Vida se apresenta, no Currículo do Terri-
tório Catarinense, como uma possibilidade ímpar para o trabalho pedagógico voltado ao
desenvolvimento dos projetos de vida dos(as) estudantes, sendo um espaço constituído,
na organização curricular, para proporcionar vivências que incentivem os(as) jovens a com-
preenderem suas identidades diversas e a partir das quais tenham valorizadas suas cultu-
ras e singularidades. Tem-se por objetivo, ainda, auxiliá-los(las) nas escolhas dos Itinerá-
rios Formativos (Segunda Língua Estrangeira, Componentes Curriculares Eletivos e Trilhas
de Aprofundamento), além de em suas escolhas para a vida e para o mundo do trabalho.
O Portfólio de CCEs, apresentado nas próximas páginas, foi construído por edu-
cadores e educadoras da Rede Estadual de Santa Catarina, com o apoio de técnicos e de
técnicas da Secretaria de Estado da Educação, e de especialistas do Instituto iungo. Ao
abarcar um amplo espectro de interesses dos(as) jovens, o Portfólio busca consolidar uma
oferta variada para que eles(as) personalizem seus percursos escolares, encontrando, na
escola, oportunidades para desenvolver habilidades e construir aprendizagens em conso-
nância com quem são hoje e com suas perspectivas de futuro.
Boa leitura!
Marilse Cristina de Oliveira Freze e Tânia Maurícia Willamil Silva (Técnicas da SED)
Camila Tribess e Paulo Edson de Oliveira (Especialistas do Instituto iungo)
AUTORES(AS) RESUMO
Agnaldo Maurício Périco Lima O Laboratório de Ciências Humanas e Sociais
Bruna Thomé Aplicadas é um espaço de experienciar múltiplas
Bruno Zanella inteligências, organizado a partir da premissa de
Carlos Roberto Cardoso Júnior que esta área é composta por conhecimentos es-
Célia Reni Barcela truturados em métodos científicos, racionais e, na
Denise Tomé de Oliveira contemporaneidade, integrado a diversos sabe-
Diego Guimarães Fernandes res. Utilizando a abordagem laboratorial na prática
Fernanda Aparecida Silva Dias da investigação científica e nas ações de interven-
Jessica Roberta Sozo ção, este Componente Curricular Eletivo estimula
Jovelino Baldissera a valorização dos procedimentos prático-pedagó-
Loricinei Orsolin gicos que permitem e possibilitam a conexão en-
Luciana Carvalho Prates tre teoria e prática, com uma abordagem ampla,
Luiz Antônio Garcia valorizando a autonomia dos(as) professores(as)
Marjorie Tessie Sozo e alunos(as) para uma melhor adaptação às suas
Mauren Ferreira Lopes realidades locais. Assim, aos(às) estudantes será
Pedro Cristiano de Azevedo possível a compreensão e a experimentação dos
Samuel Batista dos Santos métodos, procedimentos e práticas das Ciências
Sara Krieger do Amaral Humanas e Sociais Aplicadas, percebendo como
Sidinei Rui esses conhecimentos podem auxiliá-los(las) nas
Sidnei Luís Silveira suas vivências cotidianas e no seu crescimento
Vera Lúcia Carpes Schneider pessoal, profissional e social. Este componente
curricular também permite uma flexibilização nos
objetos e conteúdos estudados, uma vez que o
ÁREAS Roteiro Pedagógico está baseado em métodos
e práticas mais amplos, possibilitando aos(às)
Linguagens e suas Tecnologias estudantes e professores(as) definirem os obje-
Matemática e suas Tecnologias tos de pesquisa e a abordagem que será adota-
Ciências da Natureza e suas Tecnologias da, garantindo autonomia e protagonismo, além
Ciências Humanas e Sociais Aplicadas de possibilitar o atendimento às necessidades
Ciência e Tecnologia locais e regionais, em diálogo com os temas e
Componentes Integradores desafios e globais.
� Levantar e testar hipóteses sobre temas e processos de natureza histórica, social, eco-
nômica, filosófica, política e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou global,
contextualizando os conhecimentos em sua realidade local e utilizando procedimentos
e linguagens adequados à investigação científica.
Importante: Professor(a), não é possível usar tudo e em toda situação. Por isso, para
decidir qual estratégia metodológica se adequa à proposta do CEE e organizar seu
planejamento, leia a Sugestão de Percurso Formativo. É importante lembrar que as
estratégias são definidas a partir da pactuação entre estudantes e professores(as), e
deverão considerar: a) o interesse do(a) estudante; b) a formação e domínio teórico-
metodológico do(a) professor(a); c) os recursos disponíveis; d) o tempo e os horários
necessários; e) as questões-problema identificadas; e) as hipóteses levantadas.
Equipamentos: data show; computador e/ou notebook e/ou celular e/ou tablet; TV/
DVD e/ou Smart TV; caixa de som; câmera fotográfica; gravador de voz; filmadora/gra-
vador de vídeo; lupas; bússola; GPS; pluviômetro; lousa digital/interativa, etc.
Materiais Didáticos e Fontes de Pesquisa: livros de Literatura; livros técnicos e/ou paradi-
dáticos; livros didáticos; apostilas criadas pelos professores; cópias e fotocópias; jornais;
revistas e periódicos; documentos; fotografias; mapas; CD/DVD com materiais audiovisu-
ais; acervo arqueológico e museológico, sites governamentais, de instituições de pesquisa,
universidades e organismos internacionais; artigos acadêmicos e documentários.
BACICH, Lilian; MORAN, José (org.). Metodologias ativas para uma educação inovadora:
uma abordagem teórico prática. Porto Alegre: Penso, 2018.
GINZBURG, Carlo. Os fios e os rastros: verdadeiro, falso, fictício. São Paulo: Companhia
das Letras, 2006.
MORAN, José. Metodologias Ativas de Bolso: como os alunos podem aprender de for-
ma ativa, simplificada e profunda. São Paulo: Editora do Brasil, 2019. Disponível em:
https://issuu.com/editoradobrasil/docs/ metodologias-issuu.
SANTOS, M. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. 4. ed. São Paulo:
EDUSP, 2004.
Objetivos
Elaborar questões-problema para garantir uma base sólida para a investigação de
um problema ou desafio e interpretar dados e informações de maneira precisa,
considerando o contexto em que foram produzidos, para se posicionar criticamen-
te com base em critérios científicos, estéticos e éticos. Vivenciar o contraditório de
maneira a experienciar o conflito de ideais e o reconhecimento do outro, sendo este
outro: um indivíduo, a turma, o conhecimento e/ou o mundo.
Resumo
Nesta unidade, o(a) professor(a) tem como objetivo mapear os interesses dos(as)
alunos(as) a partir de estratégias que proporcionem uma situação desencadeado-
ra de ensino e criar grupos/times de trabalho para desenvolvimento das atividades
do Componente Curricular. O ponto de partida para este componente curricular é
extremamente importante. A partir da definição da problemática da pesquisa, se-
rão definidos os métodos, abordagens, estratégias e ferramentas de pesquisa para
a abordagem laboratorial. Se o grupo optar, por exemplo, por analisar a contribui-
ção da cultura indígena na formação da identidade local, as abordagens deverão
perpassar pela arqueologia, antropologia, etnologia e etnografia. Nesse sentido, o
tema e a questão-problema são fundamentais para o andamento de todo o com-
ponente. Para tanto, sugere-se que, inicialmente, o(a) professor(a) faça um ma-
peamento dos interesses de pesquisa dos(as) alunos(as). Podem ser utilizados
vários recursos para elaborar esse mapeamento: formulários, questionários, rodas
de conversa, debates, etc. É fundamental não atropelar etapas e garantir que os
Situação
Desenca-
interesses dos(as) estudantes sejam contemplados. Após coletar os interesses de
8 aulas
deadora de pesquisa dos(as) estudantes, o(a) professor(a) deverá agrupar os(as) mesmos(as)
Ensino de acordo com estes interesses. O número de grupos vai variar de acordo com os
interesses apresentados.
Dica Metodológica
Nada impede que seja realizado um consenso sobre o tema e a questão-problema,
e defina-se uma única vertente de trabalho, desde que se respeite o protagonismo
juvenil, as aptidões da turma e o grau de exequibilidade da proposta. Em escolas
maiores, o número de grupos pode dificultar os trabalhos. Nesse sentido, suge-
re-se que haja um esforço maior em desenvolver um consenso em torno de um
único tema. Professor(a), lembre-se que, nesse caso, os grupos não precisam ser
paritários, mas sim adequar-se à proposta de trabalho; ou seja, o importante é que
os interesses coadunem-se. A negociação da escolha é, em si, um momento de
aprendizagem, ao exigir dos(as) estudantes a escuta, a argumentação e experiên-
cia do contraditório e do conflito. É uma oportunidade de diagnosticar as habilida-
des dos(as) estudantes de maneira a orientar o planejamento e escolha de quais
competências e habilidades devem ser priorizadas. O(a) professor(a) deve obser-
var e registrar, a partir das competências e habilidades selecionadas para mobilizar
e desenvolver nas aulas, quais as que os(as) estudantes possuem maior dificulda-
de. E, então, replanejar as próximas aulas de maneira a proporcionar novamente
um momento de desenvolvimento das competências e habilidades. O propósito da
avaliação é identificar evidências de quais processos cognitivos e conhecimentos
os(as) estudantes ainda não aprenderam, e então refletir sobre eles, evidenciar e
realizar intervenções por meio de devolutivas (diálogo com o(a) estudante) e pro-
posição de atividades.
Objetivos
Comparar, agrupar e sintetizar informações de diversas fontes, inclusive as pró-
prias ideias ou as do(a) colega, para elaborar uma explicação ou um argumento
coeso e embasado, relacionando-o com os conceitos da Área de Conhecimen-
to (espaço e tempo; natureza e cultura; sociedade e indivíduo; local e global;
ética; política; trabalho) e os Processos Cognitivos e de Assimilação, garantindo
uma abordagem mais ampla.
Resumo
Nesta unidade, o(a) professor(a) vai apresentar as possibilidades de abordagem
decorrentes dos interesses dos(as) alunos(as) e selecionar a metodologia adequa-
da para resolução da(s) questão(ões)-problema identificada(s) na etapa anterior
pelo(s) grupo(s) de trabalho, e convidar os(as) estudantes a elaborarem um crono-
grama definindo as etapas de execução, ação, intervenção (se houver) e inovação,
modificação ou consolidação de ideias e soluções. O planejamento é uma etapa
fundamental para a concretização deste Componente Curricular. Nele, alunos(as)
e professores(as) deverão detalhar as ações necessárias para o desenvolvimento
dos trabalhos. Para isso, é importante que o(a) professor(a) faça primeiro uma ex-
planação sobre a importância de planejar as ações e comente sobre os problemas
de um trabalho feito sem qualquer tipo de planejamento.
Plano
Estratégico e 8 aulas
Metodológico Dica Metodológica
Sugere-se que o professor demonstre com exemplos práticos e também com lin-
guagem acessível, e depois insira uma linguagem mais acadêmica. Se você vai fa-
zer um bolo, precisa definir o sabor, escolher os ingredientes, verificar se tem todos
os ingredientes; se não tiver, precisa adquirir esses ingredientes, nas quantidades
necessárias; precisa prever eventualidades (acabou o gás, por exemplo), selecionar
os equipamentos necessários, e só depois de verificar como se faz, quanto tempo
demora e quais recursos são necessários é que pode, de fato, começar a fazer o
bolo, sem que o trabalho se perca na metade, por falta de planejamento. O exemplo
do bolo pode ser substituído por qualquer um que seja da realidade do(a) aluno(a).
Após explicar a importância dessa etapa, sugere-se que o(a) professor(a) disponi-
bilize um modelo de planejamento e destine um tempo para que o(s) grupo(s) pos-
sa(m) criar seus planejamentos. É importante neste momento que o planejamento
seja criado com uma versão preliminar, entregue ao(à) professor(a) para validação
e para que sejam feitas sugestões de ajustes, se forem necessários. Além disso,
se o(a) professor(a) optar por criar um diário de bordo ou um relatório de pesqui-
sa no final do processo, é importante que oriente para que sejam feitos todos os
registros necessários nas ferramentas selecionadas (diário, ficha de registro, ficha
de observação, memória de reunião, etc.). Essas situações podem (e devem) ser
adequadas à realidade da Unidade Escolar. É importante lembrar que, se forem
estabelecer parcerias com empresas, universidades, instituições, ONGs, etc. (o que
é muito importante), elas já devem estar previstas nesta etapa de planejamento.
Objetivos
Questionar e modificar ideias existentes e criar soluções inovadoras (inclu-
sive tecnológicas), elaborando planos de investigação para pesquisar uma
questão ou solucionar um problema.
Formular hipóteses, considerar a mudança de variáveis e sustentar o raciocí-
nio com observação, pesquisa, modelo ou teorias, e analisar e explicar como
as evidências sustentam argumentos e afirmações, identificando informa-
ções falsas, falhas de raciocínio e diferenças de pontos de vistas.
Resumo
Nesta etapa, os(as) professores(as) vão apoiar e orientar as ações dos grupos
de trabalho, atuando como mediadores(as) e sugerindo percursos exequíveis
e adequados à realidade local e ao planejamento das atividades, garantindo o
trabalho colaborativo e estimulando o protagonismo e a autonomia dos(as) edu-
candos(as). Deverão ser colocadas em prática as ações determinadas pelo(s)
grupo(s) de trabalho, e garantir a execução das atividades e estratégias definidas
na fase de planejamento, adequando-as, quando necessário. É importante que
o(a) professor(a) atue como mediador(a), orientando o(s) grupo(s) de trabalho,
Aplicação, especialmente quanto à execução do planejamento, para que as atividades não
Execução e 18 aulas se dispersem do objetivo inicial definido pelo grupo. Os procedimentos metodo-
Desenvolvimento
lógicos, seleção e tratamento de fontes, aplicação de conceitos e estratégias
e demais recursos utilizados nesta etapa devem estar previstos no planejamento
e/ou adaptados, quando for necessário. Vale lembrar que as ações devem ser
registradas de acordo com as ferramentas selecionadas pelo grupo e pelo(a)
professor(a) (diário, ficha de registro, ficha de observação, memória de reunião,
etc.), mantendo-as sempre atualizadas para que seja possível desenvolver a co-
municação, avaliação e diagnóstico da apropriação dos resultados.
Dica Metodológica
O desenvolvimento das atividades deve sempre levar em consideração a reali-
dade local (mesmo que tenha uma abordagem temática global, por exemplo)
e se comunicar com essa realidade. O uso das redes sociais pode ser uma
importante ferramenta para engajar a comunidade local no projeto/ação/
pesquisa/intervenção. Outro ponto que precisa ser lembrado é: o produto fi-
nal dependerá do tema, da questão-problema e das estratégias planejadas
e executadas para resolução da questão apresentada. No entanto, é preciso
que o(a) professor(a) defina os mecanismos para comunicar e avaliar este
produto (relatório, artigo científico, documentário, filme, produção musical,
colóquio, exposição, etc.). Lembrando que o produto final não é o objetivo
da aprendizagem, e sim o processo e a aprendizagem ao longo do percurso.
Objetivos
Identificar a contribuição dos métodos, práticas e conhecimentos das Ciên-
cias Humanas e Sociais Aplicadas na compreensão das suas individualida-
des, do mundo em que vivem, e auxiliar no desenvolvimento da cidadania nas
suas práticas cotidianas e no mundo do trabalho.
Resumo
Nesta unidade, o objetivo principal é diagnosticar, comunicar, avaliar e apre-
sentar os resultados obtidos pelos(as) educandos(as) ao longo do desen-
volvimento do componente curricular, como mecanismo de contrapartida à
comunidade, buscando refletir sobre a contribuição do CCE, pontuando erros
e acertos a fim de reavaliar estratégias e mensurar o impacto do desenvolvi-
mento das atividades entre os(as) alunos(as) e na comunidade escolar. Um
dos grandes desafios da ciência, em especial na perspectiva de laboratório
Comunicação, (experiência), é devolver à comunidade os resultados das atividades. Nesse
Avaliação e sentido, sugere-se que, para além do produto interno ao CCE, sejam criadas
Apropriação 6 aulas
dos Resul-
estratégias de devolutiva à comunidade escolar por meiode seminários, ma-
tados nifestos, mostras pedagógicas, feiras de ciências, artigos de periódicos, lives
em redes sociais, etc.). É importante submeter o trabalho à avaliação da co-
munidade escolar. Para isso, caberá ao grupo, já na fase de planejamento,
definir essas estratégias de comunicação. A medição dos impactos do CCE
na comunidade poderá subsidiar o planejamento/replanejamento do mesmo
para outros semestres letivos, na medida em que ele pode cada vez mais se
adequar à realidade local.
Dica Metodológica
Além da avaliação coletiva, pode ser interessante realizar também uma auto-
avaliação em cada estudante, e o(a) professor(a) pontuar por escrito o que
cada um(a) aprendeu, o que mais se interessou, no que poderia ter atuado de
forma mais qualificada. Existem diversas estratégias de autoavaliação, e é
importante que os(as) estudantes percebam que, independentemente da exis-
tência ou não de um conceito ou avaliação numérica, o que desenvolveram du-
rante o semestre foi significativo para a sua formação como seres humanos.
AUTORES(AS) RESUMO
Adriana Milanez Suzigan Este componente traz como principal foco a
Agnaldo Cordeiro análise, pesquisa e discussão sobre temas
Ana Janete Gonçalves Turcatto caros aos(às) jovens, que estão presentes
Carla Scherer Rambo nas concepções de juventudes que marcam
Carlos Weinman cada turma de estudantes, de forma indivi-
Claudia Dalpont Borges Borba dual e coletiva. A ideia central do compo-
Cristiana Helena Machado nente é estimular a pesquisa e a discussão
Francieli Anzanelo do Amorim aprofundada sobre problemas, desafios e
Josias Favarin características dos diferentes grupos juve-
Mariana Mar Corre Soares nis, ajudando-os a refletir de forma crítica
Mithie da Silva sobre os estereótipos que a sociedade im-
Pedro Goulart Alves põe sobre os(as) adolescentes. E, ao mes-
Raquel de Abreu mo tempo, estimular a quebra de precon-
Roberto Carlos Dalla Rosa ceitos presentes entre os(as) próprios(as)
estudantes, abordando desde temas como
ÁREAS manifestações culturais até preconceitos e
inserção no mundo do trabalho. Além dis-
Linguagens e suas Tecnologias so, serão pesquisadas as juventudes e suas
Matemática e suas Tecnologias identidades através da história social, e a
Ciências da Natureza e suas Tecnologias construção do pensamento da atualidade,
Ciências Humanas e Sociais Aplicadas buscando compreender a diversidade cultu-
Ciência e Tecnologia ral no seu sentido mais amplo, desde o âm-
Componentes Integradores bito local até as questões mundiais. O es-
tudo das diferentes culturas e identidades
busca elencar os elementos que integram
as potencialidades, desigualdades (gênero,
crenças, etnias, classes, entre outros) e de-
safios das juventudes, em seu desenvolvi-
mento sociocultural.
JUSTIFICATIVA
Discutir as identidades juvenis no espaço escolar significa uma abertura ao reco-
nhecimento e uma valorização das especificidades das duas categorias – identidades e
juventudes – e sua importância no âmbito escolar e no mundo. Juventudes e identidades
são categorias analíticas que caminham juntas, e estão interligadas nas sociedades atuais,
desde que as políticas educacionais tornaram-se prioridade num mundo onde a escolariza-
ção da população se faz cada vez mais necessária e urgente.
Quando falamos em juventudes e identidades, abordamos também as ambiguida-
des e possibilidades de reflexão para perguntas como: “o que é ser jovem?” e “o que é
identidade?”. Assim, estudar aspectos das interações das juventudes e identificar como
se constitui a formação das identidades juvenis na atualidade pode ser uma contribuição
valorizada pela comunidade escolar, em especial pelos(as) jovens, que se encontram em
3. Repertório Cultural. Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das lo-
cais às mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural.
Processos Criativos
� Reconhecer e analisar diferentes manifestações criativas, artísticas e culturais, por
meio de vivências presenciais e virtuais que ampliem a visão de mundo, sensibilidade,
criticidade e criatividade.
� Questionar, modificar e adaptar ideias existentes e criar propostas, obras ou soluções
criativas, originais ou inovadoras, avaliando e assumindo riscos para lidar com as incer-
tezas e colocá-las em prática.
� Difundir novas ideias, propostas, obras ou soluções por meio de diferentes linguagens,
mídias e plataformas analógicas e digitais, com confiança e coragem, assegurando que
alcancem os(as) interlocutores(as) pretendidos(as).
� Identidades.
� Juventudes.
� Cultura.
� Diversidades.
� Multiculturalismo.
� Linguagens e expressões artísticas.
� Cidadania.
� Direitos Humanos.
� Ideologia.
Importante: Professor(a), não é possível usar tudo e em toda situação. Por isso, para de-
cidir qual estratégia metodológica se adequa à proposta do CEE, e organizar seu planeja-
mento, leia a Sugestão de Percurso Formativo. É importante lembrar que as estratégias são
definidas a partir da pactuação entre estudantes e professores(as), e deverão considerar:
a) o interesse do(a) estudante; b) a formação e domínio teórico-metodológico do(a) pro-
fessor(a); c) os recursos disponíveis; d) o tempo e os horários necessários; e) as questões-
-problema identificadas; f) as hipóteses levantadas.
Equipamentos: data show; computador e/ou notebook e/ou celular e/ ou tablet; TV/ DVD
e/ou smart TV; caixa de som; câmera fotográfica; gravador de voz; filmadora/gravador de
vídeo; lousa digital.
Materiais Didáticos e Fontes de Pesquisa: livros de Literatura; livros técnicos e/ou paradi-
dáticos; livros didáticos; apostilas criadas pelos professores; cópias e fotocópias; jornais;
revistas e periódicos; documentos; fotografias; mapas; CD/DVD com materiais audiovi-
suais; acervo arqueológico e museológico; sites na internet; tour a museus virtuais, sites
governamentais, de instituições de pesquisa, universidades e organismos internacionais;
artigos acadêmicos e documentários.
AVALIAÇÃO
A avaliação final do semestre letivo deste componente será por meio de um Parecer
Descritivo, em sintonia com as orientações elaboradas pela SED e enviadas para as escolas.
O processo de avaliação sistemática, orientado nas Diretrizes Curriculares Nacionais para o
Ensino Médio, em seu Art. 8º, prevê a adoção de metodologias de ensino e de avaliação de
aprendizagem que potencializam o desenvolvimento das competências e habilidades dos(as)
estudantes, favorecendo a construção do protagonismo juvenil, considerando uma avaliação
processual, formativa, qualitativa, inclusiva e contínua. Nesse sentido, sugere-se que o acom-
panhamento seja feito rotineiramente, utilizando recursos de avaliação da aprendizagem com
devolutivas do(a) professor(a) e autoavaliação. Por exemplo: o(a) professor(a) observa, a partir
dos objetivos de aprendizagem, quais competências são mobilizadas na atividade, diagnostica
se os(as) estudantes estão as desenvolvendo, e então, se necessário, estimula os(as) estudan-
tes com uma devolutiva que os(as) desloquem em busca da aprendizagem.
A avaliação pode ser realizada por meio de registro de evidência, que possibilita ao(à)
estudante refletir sobre seu percurso. Como, conforme exemplo prático, a partir de diário de
campo/bordo dos(as) educandos(as) e da avaliação dos resultados, pode ser realizada a
criação de portfólios das atividades desenvolvidas. Os portfólios podem ajudar na criação de
produções científicas, como artigos e relatórios de pesquisa. Outro mecanismo que pode ser
utilizado, especialmente para comunicação dos resultados, é a realização de seminários, coló-
quios, lives, debates e/ ou exposições, que podem ser utilizados para verificar o engajamento,
protagonismo e apropriação dos conceitos pelos(as) estudantes. É importante definir os crité-
Objetivos
Analisar a construção das identidades sociais, o lugar dos(as) jovens para
além da dimensão física e psicológica, abrangendo uma formação social, ci-
dadã e contextualizada à realidade histórica.
Desenvolver o autoconhecimento e compreender as questões históricas, cul-
turais e sociais das identidades juvenis.
Resumo
Ao abordar as juventudes e as identidades, é importante (re)conhecer as manei-
ras como se apresentam as relações e as formas de ser individualmente e nas re-
lações com os outros. É indispensável para o desenvolvimento do sentimento de
pertencimento e de respeito à alteridade, pois impulsiona a percepção da diversi-
dade cultural, das identidades e das formas de ser que compõem a humanidade.
Nesta parte inicial, o(a) professor(a) deve organizar com os(as) estudantes uma
pesquisa local, em que vão abordar as culturas juvenis existentes na escola ou
na comunidade. Essa pesquisa inicial pode ser desenvolvida com uso do Google
Formulários, ou outro instrumento, entre os(as) estudantes da escola ou da comu-
nidade (é preciso definir o escopo coletivamente), ou até com breves entrevistas,
enquetes em redes sociais, etc., buscando levantar informações sobre grupos e
identidades juvenis, bem como as dificuldades que os(as) jovens encontram. Falta de
espaços de lazer? Existem preconceitos de gênero, religião, cor, raça, etnia? Questões
sobre sexualidade precisam ser melhor discutidas e elaboradas? Há dificuldade de
serem reconhecidos como interlocutores(as) importantes nos espaços da escola, da
(Re)Conhecen- família e da sociedade? Existem dúvidas sobre participação política e social dos(as)
do Meu Mundo 10 aulas jovens? Enfim, a ideia aqui é levantar possibilidades entre o grupo de estudantes, que
(Introdução)
deve realizar a pesquisa com seus(suas) colegas na escola, ou na comunidade, e de-
pois no próprio grupo de estudantes. Com o apoio do(a) professor(a), o grupo siste-
matiza e elege alguns dos temas para dar maior enfoque.
Dica Metodológica
É preciso fazer um planejamento prévio desse levantamento de dados, definir a
forma com que a pesquisa inicial será realizada e quais questões serão levanta-
das. É importante também definir se o grupo irá focar nas identidades juvenis pre-
sentes na escola ou se buscará expandir para a comunidade em que está inserido.
Nessa fase, recomenda-se que os(as) estudantes busquem apoio conceitual, em
textos ou vídeos em que os conceitos de juventudes e identidades são discutidos
e problematizados. Porém, não de forma exaustiva, já que o objetivo principal é
levantar os dados da realidade em que estão inseridos(as) e refletir sobre essa
realidade. As aulas e materiais de Projetos de Vida podem trazer questões im-
portantes para essa etapa do CCE. O(a) professor(a) deve observar e registrar, a
partir das competências e habilidades selecionadas para mobilizar e desenvolver
nas aulas, quais as que os(as) estudantes possuem maior dificuldade, e então
replanejar as próximas aulas de maneira a proporcionar novamente um novo
desenvolvimento das competências e habilidades. O propósito da avaliação é
identificar evidências de quais processos cognitivos e conhecimentos os(as) es-
tudantes ainda não aprenderam, e então refletir sobre eles, evidenciar e realizar
intervenções por meio de devolutivas (diálogo com o(a) estudante) e proposição
de atividades.
Objetivos
Refletir sobre o processo do que é ser jovem, enfatizando a construção da identi-
dade a partir da imagem que o(a) jovem tem de si e suas percepções acerca da
estrutura corporal, da aparência, dos valores e de como os outros o(a) veem.
bordar as diversas manifestações culturais e étnicas, de forma a instigar o res-
peito mútuo entre os grupos em sua convivência, problematizar e desconstruir
situações de preconceito e discriminação.
Ampliar o senso crítico dos(as) jovens através da vivência com outras realidades
culturais, tanto em âmbito local, quanto frente à diversidade de culturas mundiais.
Proporcionar momentos em que os(as) jovens experienciem o conflito de ide-
ais e o reconhecimento do outro, sendo esse outro um indivíduo, a turma, o
conhecimento e/ou o mundo.
Resumo
O processo de (re)conhecimento das identidades sobre as juventudes implica na ne-
cessidade de buscar nas fontes históricas, sociais e culturais referências que sejam
capazes de proporcionar o conhecimento das origens de cada grupo social, e olhar
de forma atenta e por um viés científico para as questões e problemas sociais identifica-
dos. Além disso, é importante proporcionar um espaço para que os(as) jovens se questio-
nem, reflitam sobre os contextos e as concepções de mundo e de ser com os quais convi-
vem. Problematizar o conceito de identidade como um sentimento de pertencimento que
se constrói na diferença (se anular para ser incluído ou violentar a forma de ser do outro
(Re)Contruindo
o Meu Pensar e
são possibilidades de abordagem crítica desse conceito). Assim como diferenciar reco-
Meu Mundo nhecimento de recognição. Reconhecer é estar disponível para ouvir e enxergar o outro
(Desenvolvi- 14 aulas independentemente da imagem construída na mente (preconceitos). É um movimento de
mento)
diálogo. A partir dos dados levantados na primeira etapa, esta segunda parte traz como
eixo central a identificação dos problemas levantados no contexto pesquisado (seja na
escola, seja na comunidade) e, a partir deles, o planejamento de uma intervenção sobre
esses temas. O que mais toca esse grupo de estudantes? Sobre quais desses temas
eles(as) gostariam de se aprofundar? Como planejam se apropriar dos temas levantados
e interferir nos contextos locais? Para isso, é importante a elaboração do embasamento
teórico, da pesquisa, de rodas de debates, recorrer a vídeos, reportagens e documentários,
estimulando a reflexão sobre os diversos contextos e desafios da juventude no mundo
contemporâneo. Perceber como é possível que o grupo atue no contexto em que está
inserido, provocando ampliação de seu senso crítico e abordando as diversas manifes-
tações culturais e étnicas. Proporcionar momentos em que os(as) jovens experienciem o
conflito de ideais e o reconhecimento do outro, sendo esse outro um indivíduo, a turma, o
conhecimento e/ou o mundo.
Dica Metodológica
O registro dessas reflexões e análises é importante, tanto para a consolidação
do conhecimento coletivo desenvolvido pelo grupo, quanto para a avaliação pro-
cessual do(a) educador(a). Assim, é importantemeio de devolutivas (diálogo com
o(a) estudante) e proposição de atividades. que o grupo organize formas de regis-
tro, que podem ser desde um diário de campo até um registro em ferramentas e
aplicativos virtuais. Da mesma forma, o planejamento das ações a serem realiza-
das é fundamental para que a próxima etapa aconteça de forma satisfatória. Por
isso, é importante separar algumas aula para uma discussão bem fundamentada
sobre quais ações o grupo quer efetivar.
AUTORES(AS) ÁREAS
Albamira Lourdes Marquevis Linguagens e suas Tecnologias
Elisete Moissa Reinert Matemática e suas Tecnologias
Erick Alves da Cruz Ciências da Natureza e suas Tecnologias
Filipe Merlim Ramão Ciências Humanas e Sociais Aplicadas
Filipe de Souza dos Santos Ciência e Tecnologia
Flavia Cruber Componentes Integradores
Jonas Giehl
Juliana Inez da Silva Dias
Marilita Claudia Bertollo
Norton Salazar Teixeira
Ronei Rivelino Grazziolli
RESUMO
A diversidade ambiental de Santa Catarina é surpreendente para um território de apenas 95,4
mil km², o menor Estado do Sul do Brasil. A vegetação é variada, sendo encontrados mangues,
restingas, praias, dunas e Mata Atlântica. Ao mesmo tempo, percebemos que a relação do ser
humano com a natureza provoca transformações no ambiente. Algumas perspectivas científi-
cas identificam e nomeiam essas mudanças como desequilíbrio ambiental. Existem perspecti-
vas que compreendem que a história da humanidade é um continuum da história da natureza.
O principal questionamento é a responsabilidade com as futuras gerações, quer dizer, o que
estamos fazendo com a diversidade ambiental ao consumir de maneira exaustiva e predatória
todos os recursos naturais, tornando-se assim necessário uma conscientização de que a inter-
venção humana precisa ocorrer de forma sustentável e equilibrada.
É fundamental para o futuro de Santa Catarina – e para o planeta – que a exploração dos
recursos naturais ocorra sem causar danos à natureza. E ao realizar uma pesquisa e intervir
na realidade local, a proposta é buscar caminhos para tornar a sociedade humana e o mundo
natural mais unidos e em equilíbrio. Nesse sentido, todas as conjecturas teóricas para edifica-
ção de habilidades e competências objetivam problematizar, refletir e conscientizar sobre os
problemas socioambientais, a partir da perspectiva das Ciências Humanas.
JUSTIFICATIVA
A espécie humana compõe a grande rede da vida existente no planeta. Todas as espé-
cies que habitam a Terra integram essa teia diversa de ecossistemas, numa relação de interde-
pendência. O ser humano, ao longo da sua existência, se relaciona com o ambiente de modo a
consumir os recursos necessários à sua existência. Em cada época, sociedade, cultura e lugar,
a humanidade se relacionou de maneira distinta com a natureza (espécies, elementos e fenô-
menos). A partir do século XV, no Ocidente, a relação do ser humano com a natureza se alterou, e
nas sociedades industriais intensificaram a extração e consumo dos elementos naturais. Essa mu-
dança aflorou o antropocentrismo e a dicotomia humanidade (cultura) e natureza. Forjou-se, então,
o paradigma contemporâneo que compreende o propósito da existência de todas as espécies vivas
à servidão aos humanos, seja como alimento, força motriz, entretenimento (animais de estimação)
ou experiências (cobaias para teste de remédio e cosméticos). Não obstante, compreendem-se os
elementos presentes na natureza como de uso exclusivo do humano. Ao mesmo tempo, observa-
se uma mudança no planeta causada pelo modo de vida humano, que pode impactar a vida das
futuras gerações de humanos e não-humanos.
Problematizar esse paradigma é propor uma reflexão sobre quais os valores éticos
existentes no modo de vida contemporâneo e a responsabilidade da espécie humana – for-
mada por seres pensantes – na manutenção da vida no planeta Terra. Do global para o local,
podemos observar, no contexto histórico atual, que a maior parte da população brasileira en-
Equipamentos: data show; computador e/ou notebook e/ou celular e/ou tablet; TV/DVD
e/ou Smart TV; caixa de som; câmera fotográfica; gravador de voz; filmadora/gravador de
vídeo; lousa digital.
Material de Uso Comum/Papelaria: cartolina; papel A4 (diferentes gramaturas); papel com pau-
ta; papel Kraft; prancheta; fichas de anotações; tesoura; cola branca; caneta hidrocor; caneta
esferográfica e/ou lápis; pastas para arquivo (A-Z/catálogo/elástico); pincel para pintura; pin-
cel para limpeza mecânica; papel vegetal/seda; sacos de acondicionamento; caneta nanquim;
caneta de marcação permanente; CD/DVD gravável; quadro branco/quadro negro; pincel de
quadro branco/ giz; régua; calculadora; fita adesiva; material de anotação/rascunho; envelope;
papel Paraná; cola quente (pistola e bastão); pendrive; EVA/ TNT/tecidos; grampeador.
Materiais Didáticos e Fontes de Pesquisa: livros de Literatura; livros técnicos e/ou paradidáti-
cos; livros didáticos; apostilas criadas pelos(as) professores(as); cópias e fotocópias; jornais;
revistas e periódicos; documentos; fotografias; mapas; CD/DVD com materiais audiovisuais;
acervo arqueológico e museológico; sites na internet; sites governamentais, de instituições de
pesquisa, universidades e organismos internacionais; artigos acadêmicos e documentários.
AVALIAÇÃO
A avaliação final do semestre letivo deste componente será por meio de um Parecer
Descritivo, em sintonia com as orientações elaboradas pela SED e enviadas para as escolas.
O processo de avaliação sistemática, orientado nas Diretrizes Curriculares Nacionais para o
Ensino Médio, em seu Art. 8º, prevê a adoção de metodologias de ensino e de avaliação de
aprendizagem que potencializam o desenvolvimento das competências e habilidades dos(as)
estudantes, favorecendo a construção do protagonismo juvenil, considerando uma avaliação
processual, formativa, qualitativa, inclusiva e contínua. Nesse sentido, sugere-se que o acom-
panhamento seja feito rotineiramente, utilizando recursos de avaliação da aprendizagem com
devolutivas do(a) professor(a) e autoavaliação. Por exemplo, o(a) professor(a) observa, a partir
dos objetivos de aprendizagem, quais competências são mobilizadas na atividade, diagnostica
se os(as) estudantes estão as desenvolvendo, e então, se necessário, estimula o(a) estudante
com uma devolutiva que o(a) desloque em busca da aprendizagem.
Vídeo
CARTA escrita em 2070. Sorocaba: Tecnoprint Sorocaba, 06 out. 2009. 1 vídeo (6min41s).
Publicado por Tecnoprints Sorocaba. Disponível em: https:// www. youtube.com/watch?v=-
jUpVH-hjcdo. Acesso em: 03 dez. 2020.
Objetivos
Problematizar a representação de meio ambiente e a relação do ser humano com a
natureza em diferentes tempos, lugares sociedades e culturas.
Debater o conceito de Meio Ambiente e os temas possíveis para abordagem do mesmo.
Romper com a ideia de que Meio Ambiente é somente o estudo do funcionamento
dos ecossistemas.
Perceber que o desenvolvimento social e ambiental estão altamente interligados, e
que nessa relação não há simplesmente vítimas ou vilões, mas sim que a cultura
organiza a forma como se vê o meio ambiente.
Refletir sobre as atitudes presentes nas sociedades atuais e nas antigas em rela-
ção à natureza, sua preservação e destruição.
Resumo
O(a) professor(a) propõe aos(às) estudantes pesquisas em diversos gêneros tex-
tuais sobre como os seres humanos em diferentes épocas, lugares, sociedade e
cultura se relacionaram com a natureza. A pesquisa pode ser em trios ou duplas,
para estimular a troca de ideias, e a produção pode ser definida com os(as) es-
tudantes: apresentação, painel, relatório, video, podcasts, etc. Após a pesquisa e
Abordando
o Conceito 2a3
a socialização das produções, realiza-se um debate sobre quais as semelhanças
de Meio aulas e as diferenças dos modos de vida contemporâneos para os de outras épocas,
Ambiente sociedades e culturas. O(a) professor(a) pode problematizar o modo de vida da
sociedade capitalista, ao selecionar e exibir gêneros textuais que dialogam com o
contexto local que possui sentido para os(as) estudantes.
Dica Metodológica
O registro dessas reflexões e análises é importante, tanto para a consolidação do
conhecimento coletivo desenvolvido pelo grupo, quanto para a avaliação processu-
al do(a) educador(a). Assim, é importante que o grupo organize formas de registro,
que podem ser desde um diário de campo até um registro em ferramentas e apli-
cativos virtuais. Da mesma forma, o planejamento das ações a serem realizadas é
fundamental para que a próxima etapa aconteça de forma satisfatória. Por isso, é
importante separar algumas aulas para uma discussão mais bem fundamentada
sobre quais ações o grupo quer efetivar.
O(a) professor(a) deve observar e registrar, a partir das competências e habilidades
selecionadas para mobilizar e desenvolver nas aulas, quais as que os(as) estudan-
tes possuem maior dificuldade, e então, replanejar as próximas aulas de maneira
a proporcionar, novamente, momentos de desenvolvimento das competências e
habilidades. A avaliação em questão busca identificar evidências de quais proces-
sos cognitivos e conhecimentos os(as) estudantes ainda não aprenderam, refletir
sobre elas, e realizar intervenções por meio de devolutivas (diálogo com o(a) estu-
dante) e proposição de atividades.
Objetivos
Planejar como realizar pesquisa de campo dentro da Metodologia Científica re-
ferente à questão ambiental e social, analisando, por meio de entrevistas, ima-
gens, gráficos e tabelas, os impactos ambientais provocados pelos seres huma-
nos na natureza, de acordo com a realidade de cada escola.
Identificar os problemas ambientais de cada realidade dentro do território e re-
conhecer a importância dos recursos naturais do território catarinense.
Resumo
O(A) professor(a) propõe aos(às) estudantes a realização de uma pesquisa de
campo sobre a relação que o território estabelece com o ambiente. Para tanto, su-
gere-se que, inicialmente, o(a) professor(a) faça um mapeamento do interesse do
tipo de pesquisa que os(as) alunos(as) querem realizar. Sugere-se que o(a) profes-
sor(a) apresente os diversos tipos de pesquisa e até solicite que os(as) estudantes
pesquisem outros. Em seguida, solicita que se organizem grupos, escolham o tipo
de pesquisa, elaborem as estratégias de abordagem e planejem a execução da pes-
quisa (tempo, local, público alvo, recursos, etc).
Os procedimentos metodológicos, seleção e tratamento de fontes, a aplicação de
conceitos e estratégias e os demais recursos que serão utilizados na pesquisa devem
estar previstos no planejamento e/ou adaptados, quando for necessário. Vale lembrar
que as ações devem ser registradas de acordo com as ferramentas selecionadas pelo
grupo e pelo(a) professor(a) (diário, ficha de registro, ficha de observação, memória de
reunião, etc.), mantendo-as sempre atualizadas para que seja possível desenvolver a
Orienta- comunicação, avaliação e diagnóstico da apropriação dos resultados. É fundamental
ção para 2 aulas
Pesquisa não atropelar etapas e garantir que os interesses dos(as) estudantes sejam contempla-
dos. O número de grupos vai variar de acordo com os interesses apresentados.
Dica Metodológica
Sugere-se que o(a) professor(a) demonstre com exemplos práticos e também com
linguagem acessível, e depois insira uma linguagem mais acadêmica. Se você vai
fazer um bolo, precisa definir o sabor, escolher os ingredientes, verificar se tem to-
dos os ingredientes; se não tiver, precisa adquirir esses ingredientes, nas quantida-
des necessárias; precisa prever eventualidades (acabou o gás, por exemplo), sele-
cionar os equipamentos necessários e, só depois de verificar como se faz, quanto
tempo demora e quais recursos são necessários é que pode de fato começar a
fazer o bolo, sem que o trabalho se perca na metade, por falta de planejamento. O
exemplo do bolo pode ser substituído por qualquer um que seja da realidade do(a)
aluno(a). Após explicar a importância dessa etapa, sugere-se que o(a) professor(a)
disponibilize um modelo de planejamento e destine um tempo para que o(s) gru-
po(s) possa(m) criar seus planejamentos. É importante, neste momento, que o plane-
jamento seja criado com uma versão preliminar, entregue ao(à) professor(a) para vali-
dação e para que sejam feitas sugestões de ajustes, se forem necessários. Além disso,
se o(a) professor(a) optar por criar um diário de bordo ou um relatório de pesquisa no
final do processo, é importante que oriente para que sejam feitos todos os registros
necessários nas ferramentas selecionadas (diário, ficha de registro, ficha de observa-
ção, memória de reunião, etc.). Essas situações podem (e devem) ser adequadas à
realidade da Unidade Escolar. É importante lembrar que, se forem estabelecer parcerias
com empresas, universidades, instituições, ONGs, etc. (o que é muito importante), elas
já devem estar previstas nesta etapa de planejamento.
AUTORES(AS) ÁREAS
Diácomo Antônio Cavalheiro Linguagens e suas Tecnologias
Edvando Santos Cordeiro Matemática e suas Tecnologias
Jonas Gabriel da Silva Ribas Ciências da Natureza e suas Tecnologias
José Vilmar Pereira Ciências Humanas e Sociais Aplicadas
Marcelo Galvão Fogaça de Almeida Ciência e Tecnologia
Vianei Luis Hammerschmitt Componentes Integradores
Rosilda Aparecida Meireles
RESUMO
O Componente Curricular Eletivo “Diversidade Cultural no Território Catarinense e no Mundo: um
direito à diferença” visa a desenvolver vivências curriculares escolares e extraescolares (com inser-
ção nas entidades culturais) em torno dos valores socioculturais e identitários do território catari-
nense e da contemporaneidade. Promover uma maior integração e conversação com os valores
da cultura local e regional de cada território, nos aspectos físicos, econômicos, ambientais, com as
múltiplas expressões culturais/sociais decorrentes das formas de ocupação do espaço e com a
construção de elementos que identificam cada povo. Ao mesmo tempo, estabelecer um diálogo
com o mundo globalizado e a multiculturalidade, visando à desnaturalização e ao combate aos
preconceitos, discriminações e violências diante da diversidade cultural.
Quanto aos aspectos sociais que fundamentam a epistemologia desse componente curricular,
entende-se que a multiplicidade deve ser o ponto de partida, levando em consideração a forma,
a análise e o estudo. A multiculturalidade catarinense nasce das visões das populações origi-
nárias indígenas, das populações submetidas à colonização, como os(as) descendentes de
pessoas escravizadas trazidas da África, que lutaram contra essa escravidão, os(as) afrobrasi-
leiros(as) historicamente chamados(as) “caboclos(as)”, bem como das culturas de imigração:
portugueses(as), alemães(ãs), austríacos(as), italianos(as), eslavos(as) (poloneses(as) e ucra-
nianos(as) e, atualmente, haitianos(as) e venezuelanos(as).
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
� Identificar as manifestações culturais, os bens culturais, patrimoniais, grupos culturais
e os diversos elementos da diversidade cultural do território.
� Identificar e reconhecer os bens culturais e os conhecimentos dos diversos povos e
etnias que compõem o território, assim com a expropriação e supressão cultural.
� Reconhecer o papel da diversidade cultural na formação identitária do território catari-
nense, bem como fomentar o diálogo entre as diversas culturas existentes.
� Analisar de forma crítica, histórica e com embasamento científico o discurso da supos-
ta formação europeia de Santa Catarina, questionando o senso comum racista e xenó-
fobo que se instala na cultura do Estado, e que ignora sistematicamente as heranças
culturais diversas, bem como apaga a violência colonial imputada sobre as populações
indígenas e afrobrasileiras do território.
� Pesquisar a diversidade cultural que forma as cidades catarinenses atualmente, valori-
zando a contribuição das diversas culturas que convivem em cada comunidade, desta-
cando o caráter multicultural do Estado, com foco específico na comunidade em que a
escola se situa.
� Refletir sobre a ideia de etnocentrismo e dialogar com este conceito, de forma a se
apropriar de referenciais teóricos e de dados empíricos, com o objetivo de romper com
os estigmas e preconceitos instaurados pelo senso comum.
� Desejam vivenciar e protagonizar projetos sobre questões da cultura local no ambiente escolar.
� Buscam interagir com a comunidade externa por meio da expressão artística e cultural das
inúmeras manifestações e ritos culturais do território catarinense.
� Querem participar de intercâmbios culturais e sociais com outras escolas da rede estadual e,
se possível, de projetos internacionais.
� Reconhecem e valorizam as diversas culturas regionais e seus espaços de expressão.
� Têm interesse em intervir na comunidade escolar de forma democrática e participativa.
3. Repertório Cultural. Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das lo-
cais às mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural.
Processos Criativos
� Reconhecer produtos e/ou processos criativos por meio de fruição, vivências e reflexão crí-
tica sobre temas e processos de natureza histórica, social, econômica, filosófica, política e/
ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou global.
Empreendedorismo
� Desenvolver projetos pessoais ou produtivos, utilizando as Ciências Humanas e Sociais
Aplicadas para formular propostas concretas, articuladas com o projeto de vida, em
âmbito local, regional, nacional e/ou global.
Equipamentos: data show; computador e/ou notebook e/ou celular e/ou tablet; TV/DVD
e/ou Smart TV; caixa de som; câmera fotográfica; gravador de voz; filmadora/gravador de
vídeo; lousa digital.
SILVA, Afrânio et al. Sociologia em movimento. São Paulo: Ed. Moderna, 2013.
BACICH, Lilian; MORAN, José (org.). Metodologias ativas para uma educação inovadora:
uma abordagem teórico prática. Porto Alegre: Penso, 2018.
BRANDÃO, L. A cidade e a tribo skatista: juventude, cotidiano e práticas corporais na histó-
ria cultural. Mato Grosso: UFGD, 2011.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular (BNCC): Educação é a
Base. Brasília: MEC/CONSED/UNDIME, 2017.
______. Referenciais curriculares para a elaboração dos itineririos formativos. Brasília: MEC,
2019.
HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. 11. ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2006.
HALL, Stuart; WOODWARD, Kathryn; SILVA, Tomaz Tadeu da (org.). Identidade e diferença:
a perspectiva dos estudos culturais. 15. ed. Petrópolis: Vozes, 2014.
LARAIA, R. B. Cultura, um conceito antropológico. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2004.
LOURENÇO, M. Cultura, arte, política & movimento hip-hop. Curitiba: Chaim, 2002.
MACHADO, Nilson José. Ética e Educação: pessoalidade, cidadania, didática, epistemolo-
gia. Cotia: Ateliê Editorial, 2012.
MORAN, José. Metodologia Ativas de Bolso: como os alunos podem aprender de forma
ativa, simplificada e profunda. São Paulo: Editora do Brasil, 2019. Disponível em: https://
issuu.com/editoradobrasil/docs/ metodologias-issuu
MORIN, Edgar. O método 5: a humanidade da humanidade. 5. ed. Porto Alegre: Sulina, 2012.
MOTTA, Flávia de Mattos. Raça, gênero, classe e estupro: exclusões e violências nas relações
entre nativos e turistas em Florianópolis. Physis, Rio de Janeiro, v. 16, n. 1, jan./jul. 2006. Dis-
ponível em: https://doi. org/10.1590/S0103-73312006000100003. Acesso em: 18 set. 2020.
SANTOS, Ademir Valdir dos. Educação e colonização no Brasil: as escolas étnicas alemãs.
Caderno de Pesquisa, São Paulo, v. 42, n. 146, mai./ago. 2012. Disponível em: https://doi.
org/10.1590/S0100-15742012000200012. Acesso em: 19 set. 2020.
SEYFERTH, Giralda. A dimensão cultural da imigração. Rbcs, São Paulo, v. 26, n. 77, p. 47-
64, out. 2011. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/ rbcsoc/v26n77/07.pdf. Acesso
em: 22 out. 2020.
SILVA. Sérgio F. da, CALDEIRA. Ademir D. Etnomatemática do Sistema de Contagem Guara-
ni das Aldeias Itaty, do Morro dos Cavalos, e M’Biguaçu. Bolema, Rio Claro, v. 30, n. 56, set./
dez. 2016. Disponível em: http://dx.doi. org/10.1590/1980-4415v30n56a08. Acesso em: 20
set. 2020.
TUAN,Y. Espaço e lugar: a perspectiva da experiência. São Paulo: DIFEL, 1983.
Objetivos
Identificar as manifestações culturais, os bens culturais, patrimoniais, grupos culturais
e os diversos elementos da diversidade cultural do território.
Desenvolver uma visão geral do componente curricular e de suas possibilidades na
construção de uma proposta de trabalho que contemple as necessidades da comuni-
dade escolar e dos(as) estudantes envolvidos no projeto.
Resumo
Neste primeiro momento, sugere-se que o(a) professor(a) mobilize e realize um diagnóstico da
compreensão dos(as) estudantes sobre os objetos de conhecimento do componente. Por exem-
plo, solicitar que respondam: o que é cultura? Quais as manifestações culturais que conhecem na
comunidade/cidade/bairro? Existem algumas manifestações culturais que são consideradas me-
lhores que outras? Sabem as origens das manifestações culturais? Ou seja, perguntas que objeti-
vem incitar a curiosidade e ao mesmo tempo trazer evidências dos conhecimentos dos(as) estu-
dantes. Neste momento, o(a) professor(a) não responde e nem faz intervenções, apenas escuta e
problematiza de maneira a incentivar a reflexão e a desconstrução das verdades construídas pelo
senso comum. Em seguida, pode-se também fazer em forma de brainstorming (tempestade de
ideias) um inventário cultural territorial para identificação de demandas sociais.
Num segundo momento, o(a) professor(a) problematiza com os(as) estudantes qual tema
desejam pesquisar. Pode-se, a partir do mapeamento das manifestações culturais, bens
culturais, conflitos e demandas sociais, sugerir eleger três temas. O(A) professor(a) pode e
deve apresentar outros temas que os(as) estudantes não identificarem e, ao mesmo tem-
po, criar um ambiente que vivenciem a negociação dos desejos contraditórios e convidá-
-los a solucionar. Após a escolha dos temas, sugere-se que os(as) estudantes iniciem a
Introdução 6 aulas reflexão sobre uma definição da proposta de trabalho. Para isso, o(a) professor(a) pode
presentar modelos de projeto e instrumentos que orientarão a proposta de trabalho. Todo
processo deve respeitar as dimensões do diálogo e participação direta do(a) estudante.
Dica Metodológica
No primeiro momento, o(a) professor(a) já realiza a avaliação em processo, e identifica quais
os conhecimentos, competências e habilidades precisa propiciar aos(às) estudantes. São evi-
dências que orientam o planejamento das atividades e as escolhas. A escolha do tema é, em
si, um momento de mobilizar e desenvolver competências e habilidades. A escolha depende
do diagnóstico, assim como depende a estratégia metodologia da atividade. Algumas turmas
podem demandar maior mediação e até uma reflexão sobre se estão considerando a voz do
outro, se todos estão se expressando e se não há violência no discurso. O(a) professor(a) pode
fazer algumas perguntas que auxiliam o planejamento, as orientações para os(as) estudantes
e as escolhas de percurso, como por exemplo:
Que elementos culturais do território merecem atenção e podem ser objeto de estudo?
De que forma o objeto de estudo pode estabelecer uma relação de ensino e aprendizagem,
contemplando estudos teóricos, vivências práticas e socialização?
Quais habilidades e competências sociais e culturais os(as) estudantes estarão desenvol-
vendo com o projeto?
De que forma as entidades culturais já instituídas no território podem contribuir para os
objetivos do objeto de estudo?
De que forma a música, a dança, o teatro, o artesanato, o canto, a arquitetura, a culinária, a
religião e as festividades típicas podem enaltecer a proposta de aprendizagem?
De que forma o(a) jovem pode protagonizar novas visões e expressões culturais urbanas
no universo escolar?
Objetivos
Vivenciar a parte teórica e prática do projeto.
Analisar de forma crítica, histórica e com embasamento científico o discurso da
suposta formação europeia de Santa Catarina, questionando o senso comum
racista e xenófobo que se instala na cultura do estado, e que ignora sistemati-
camente as heranças culturais diversas, bem como apaga a violência colonial
imputada sobre as populações indígenas e afrobrasileiras do território.
Pesquisar a diversidade cultural que forma as cidades catarinenses atualmente,
valorizando a contribuição das diversas culturas que convivem em cada comu-
nidade, destacando o caráter multicultural do estado, com foco específico na
comunidade em que a escola se situa.
Refletir sobre a ideia de etnocentrismo e dialogar com este conceito de forma
a se apropriar de referenciais teóricos e de dados empíricos, com o objetivo de
romper com os estigmas e preconceitos instaurados pelo senso comum.
Resumo
Desenvolver a parte prática e vivência das propostas. Esta etapa deve ser bastan-
te prática e focada na imersão da proposta de trabalho definida por cada unidade
escolar, como na produção de conteúdo, relatórios, material audiovisual, vivências,
Desenvol-
vimento do 16 aulas práticas, ações escolares e extracurriculares, intercâmbios institucionais e escola-
Projeto res, pesquisa participativa em grupos e entidades culturais, apropriação de ritos e
experiências culturais. Além disso, organizar simulados e ensaios acerca da pro-
posta de socialização.
Dica Metodológica
O registro dessas reflexões e análises é importante, tanto para a consolidação do
conhecimento coletivo desenvolvido pelo grupo, quanto para a avaliação proces-
sual do(a) educador(a). Assim, é importante o(a) professor(a) orientar em cada en-
contro que o grupo organize formas de registro, que podem ser desde um diário de
campo até um registro em ferramentas e aplicativos virtuais. Da mesma forma, o
planejamento das ações a serem realizadas deve ser verificado. Obviamente que
pode-se alterar de acordo com as descobertas. Entretanto, o cronograma macro
deve ser seguido. É fundamental que o(a) estudante realize escolhas e aprenda a
delimitar os focos da pesquisa.
Sugere-se o encontro de orientação e a apresentação dos resultados parciais entre
o(a) professor(a) e o grupo, e outros encontros onde todos apresentam para todos.
A troca entre os grupos é uma possibilidade de vivenciar a escuta e aprendizagem
na diversidade.
Também sugere-se separar algumas aulas para uma discussão bem fundamentada
sobre quais ações o grupo quer efetivar.
Objetivos
Apresentar os resultados do projeto para toda a comunidade escolar.
Refletir sobre a ideia de etnocentrismo e dialogar com este conceito de forma
a se apropriar de referenciais teóricos e de dados empíricos, com o objetivo de
romper com os estigmas e preconceitos instaurados pelo senso comum.
Avaliar (coletivamente e individualmente) as aprendizagens ao longo do percurso.
Resumo
Nesta etapa, cabe a socialização, a apresentação dos resultados do trabalho, bem
como a conclusão do processo avaliativo e autoavaliativo. A socialização deve ser
feita com ampla publicidade, envolvendo os atores escolares e sociais, entidades,
secretarias municipais de cultura, meios de comunicação social e toda a comuni-
dade escolar. Pode-se pensar um evento de culminância com a participação da co-
munidade escolar e convidados(as). Neste evento, que pode ser em parceria com
outro já existente no calendário escolar, os(as) estudantes apresentam os resul-
tados por meio de mostra artística, júri simulado, minicongressos, seminários, ou
seja, de acordo com as escolhas e os gêneros que melhor comunicam o trabalho
dos(as) estudantes. Após as atividades planejadas e executadas, é hora de retornar
ao grupo de estudantes, com uma postura honesta e baseada na confiança que foi
gerada durante o decorrer do componente, e buscar avaliar, de forma geral, o que foi
Socialização
do Projeto e 10 aulas aprendido com essas atividades, pesquisas e reflexões. O que funcionou melhor? O
Avaliação que foi uma surpresa agradável para todos(as)? Qual foi o maior desafio? Essa ava-
liação deve ser embasada nos registros processuais que foram realizados no de-
correr do semestre e, principalmente, ser um espaço de escuta entre todo o grupo.
A avaliação, não do(a) professor(a) para os(as) estudantes, mas sim um momento
coletivo de análise do caminho percorrido.
Dica Metodológica
Professor(a), pode ser que alguns estudantes não se sintam confortáveis em realizar
uma exposição oral. Então, por exemplo, podem contribuir na organizar um evento, re-
alizar registros fotográficos ou criar a arte de divulgação das intervenções. Como um
componente eletivo, é importante que os(as) estudantes se desafiem a realizar tarefas
que tenham mais dificuldade. No entanto, um bom trabalho coletivo aproveita o que há
de melhor em cada membro do grupo, e o que ele pode oferecer. Não medir todos(as)
os(as) estudantes com a mesma régua é um exercício importante para os(as) educa-
dores(as). Além da avaliação coletiva, pode ser interessante realizar também uma auto-
avaliação, em cada estudante, e o(a) professor(a) pontua por escrito o que cada um(a)
aprendeu, sobre o que mais se interessou, ou no que poderia ter atuado de forma mais
qualificada. Existem diversas estratégias de autoavaliação, e é importante que os(as)
estudantes percebam que, independentemente da existência ou não de um conceito
ou avaliação numérica, o que desenvolveram durante o semestre foi significativo para a
sua formação como seres humanos
Boa leitura!
Sirley Damian de Medeiros e Sérgio Luiz de Almeida
(Equipe ProBNCC/Técnicos(as) da SED)
Marcelo Martin Heinrich e Marilete Gasparin (Equipe ProBNCC)
Ana Lúcia Ramos Auricchio (Especialista Instituto iungo)
AUTORES(AS) ÁREAS
Claudionei Macedo Silva Linguagens e suas Tecnologias
Francieli da Croce da Silva Matemática e suas Tecnologias
Lidiane Getem Artuso de Almeida Ciências da Natureza e suas Tecnologias
Lorival Inácio Rambo Ciências Humanas e Sociais Aplicadas
Luciana Olivia Almeida Ciência e Tecnologia
Natália Caron Kitamura Componentes Integradores
Samara de Quadros
RESUMO
Este CCE tem como objetivo mobilizar os(as) estudantes a compreenderem a importância das in-
venções das Ciências da Natureza para o desenvolvimento da sociedade e de todas as tecnologias
que temos disponíveis hoje. É voltado para alunos(as) e professores(as) que tenham curiosidade
em saber como a sociedade se desenvolveu em torno das descobertas científicas, e também o que
ainda nos aguarda no futuro, como, por exemplo, as descobertas no campo da Astronomia. Visa
a desenvolver a curiosidade intelectual e a utilizar as ciências com criticidade e criatividade, entre
outras competências e habilidades. Propõe-se que os(as) estudantes aprendam de forma colabora-
tiva e que possam escolher, junto ao(à) professor(a), assuntos de seu interesse. Podem-se realizar
parcerias com indústrias, laboratórios, universidades e centros de tecnologia da região para efetuar
visitas técnicas, palestras, seminários, dentre outras atividades, que permitirão ampliar a compreen-
são sobre a ciência, suas descobertas e aplicabilidade.
JUSTIFICATIVA
O plano desse CCE justifica-se pelo fato de que ele propicia aos(às) estudantes
compreenderem a importância das Ciências da Natureza e suas Tecnologias para o desen-
volvimento do mundo como o conhecemos hoje. Em diálogo com a BNCC, propõe localizar a
interpretação de fenômenos naturais e processos tecnológicos de modo a possibilitar aos(às)
estudantes a apropriação de conceitos, procedimentos e teorias dos diversos campos das Ci-
ências da Natureza, o que significa criar condições para que eles possam explorar os diferentes
modos de pensar, falar e fazer da cultura científica, situando-a como uma das formas de organi-
zação do conhecimento produzido em diferentes contextos históricos e sociais, possibilitando-
-lhes apropriar-se dessas linguagens específicas. Cabe ressaltar a Astronomia como um tema
grandioso e desafiador que costuma despertar fascínio e interesse nos(as) estudantes, e cujo
estudo envolve a aplicação de conhecimentos de diversas áreas, e ilustra, de maneira exemplar,
como ocorre o avanço da ciência. A compreensão histórica do processo de se fazer e usar ciên-
cia, como também seu modus operandi, é, portanto, imprescindível para a inserção no mundo
contemporâneo, tanto para compreendê-lo como para nele poder agir de forma mais adequa-
da, sendo justificativa suficiente para criar um componente eletivo. Justifica-se também pela
importância de se conhecer o processo de produção, uso e consequências negativas e posi-
tivas das ciências e tecnologias resultantes. A BNCC também propõe que os(as) estudantes
aprofundem e ampliem suas reflexões a respeito das tecnologias, tanto no que concerne aos
seus meios de produção e seu papel na sociedade atual como também em relação às perspec-
tivas futuras de desenvolvimento tecnológico, tema central deste CCE.
� Interpretar textos de divulgação científica que tratem de temáticas das Ciências da Na-
tureza e suas Tecnologias, disponíveis em diferentes mídias, considerando a apresenta-
ção dos dados, a consistência dos argumentos e a coerência das conclusões, visando
a construir estratégias de seleção de fontes confiáveis de informações.
� Analisar e debater situações controversas sobre a aplicação de conhecimentos da área
de Ciências da Natureza e suas Tecnologias (tais como tecnologias do DNA, tratamen-
tos com células-tronco, produção de armamentos, formas de controle de pragas, entre
outros), com base em argumentos consistentes, éticos e responsáveis, distinguindo di-
ferentes pontos de vista.
� Analisar o funcionamento de equipamentos elétricos e/ou eletrônicos, redes de infor-
mática e sistemas de automação para compreender as tecnologias contemporâneas e
avaliar seus impactos.
Processos Criativos
� Reconhecer produtos e/ou processos criativos por meio de fruição, vivências e reflexão
crítica sobre a dinâmica dos fenômenos naturais e/ou processos tecnológicos, com
ou sem o uso de dispositivos e aplicativos digitais (como softwares de simulação e de
realidade virtual, dentre outros).
� Selecionar e mobilizar intencionalmente recursos criativos relacionados às Ciências da
Natureza e suas Tecnologias para resolver problemas reais do ambiente e da socieda-
de, explorando e contrapondo diversas fontes de informação.
� Propor e testar soluções éticas, estéticas, criativas e inovadoras para problemas reais,
considerando a aplicação de design de soluções e o uso de tecnologias digitais, pro-
gramação e/ou pensamento computacional que apoiem a construção de protóti-
pos, dispositivos e/ ou equipamentos, com o intuito de melhorar a qualidade de vida
e/ou os processos produtivos.
Mediação e Intervenção Sociocultural
� Identificar e explicar questões socioculturais e ambientais relacionadas a fenômenos
físicos, químicos e/ou biológicos.
Empreendedorismo
� Avaliar como oportunidades, conhecimentos e recursos relacionados às Ciências da
Natureza e suas Tecnologias podem ser utilizados na concretização de projetos pes-
soais ou produtivos, considerando as diversas tecnologias disponíveis e os impactos
socioambientais.
AVALIAÇÃO
A avaliação dar-se-á no decorrer do processo de ensino e aprendizagem e, portan-
to, durante todas as etapas do percurso sugerido para este CCE, vivenciado ao longo do
semestre. Sendo processual, considera o contínuo ato de fazer o diagnóstico do ensinar
e aprender, permitindo adequações para o alcance dos objetivos. Visa a valorizar e utili-
zar como instrumentos todos os trabalhos que serão desenvolvidos pelos(as) alunos(as)
(pesquisas, debates, seminários, etc.), a participação nas aulas e no grupo de estudos, o
relacionamento interpessoal, a capacidade de produção, a autonomia intelectual, a assidui-
dade e a expressão oral e escrita. A autoavaliação se constitui um mecanismo importante,
pois a partir dela pode-se perceber se o(a) aluno(a) está satisfeito(a) com seus resultados
e promover o autoconhecimento e reflexões sobre as situações vividas, caminhando para
um saber enriquecido. A avaliação também possui caráter formativo e, por isso, é de suma
importância que seja repassada ao(à) aluno(a) através de relatórios pontuais de cada ativi-
Vídeos
AS DESCOBERTAS mais legais dos últimos tempos. Brasil: Canatech, 31 jan. 2018. 1 vídeo
(8min31s). Publicado por Canaltech. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=Dr-
GK55hBL2o. Acesso em: out. 2020. INVENÇÕES brasileiras que mudaram o mundo. Brasil: Ca-
naltech, 10 jan. 2018. 1 vídeo (5min47s). Publicado por Canaltech. Disponível em: https:// www.
youtube.com/watch?v=O5X2LmhaqKY&feature=emb_logo. Acesso em: out. 2020.
OBSERVAÇÕES
O presente roteiro disponibiliza um caminho para construir a execução de qualquer per-
curso escolhido pelos grupos sendo que cada um destes representa um tema de gran-
de abrangência que pode ser desenvolvido pela escola, conforme o contexto e escolha
dos(as) estudantes. Outros percursos sugeridos para esse componente eletivo podem ser
encontrados em: https://sites.google.com/sed.sc.gov.br/nemcomponenteseletivos.
TÍTULO DA
CARGA
UNIDADE DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES E TEMAS
HORÁRIA
TEMÁTICA
Objetivos
Apresentar o processo de construção do conhecimento científico.
Despertar o interesse pela importância das Ciências da Natureza e suas Tecnologias.
Conceituar o problema em ciência, identificá-lo e delimitá-lo.
Resumo
Os(As) jovens são convidados(as) a identificar um tema (consulte o item deste roteiro
— Objetos de Conhecimento) que gostariam de trabalhar e, a partir daí, elaboram uma
proposta de atividades, partindo de seus interesses e de informações, sugestões e ob-
servações colhidas em pesquisa e diálogos entre os(as) estudantes e o(a) professor(a).
Mobilização 5 aulas Nesse momento, deve-se apresentar aos(às) alunos(as) a ementa do CCE, o percurso que
o estrutura, assim como apresentar avaliação e outras informações sobre o componente.
Estabelecer, assim, um contrato pedagógico entre professor(a) e estudantes para nortear o
caminho a ser seguido durante o desenvolvimento deste componente. Numa roda de con-
versa, iniciar um levantamento sobre os temas científicos atuais que mais chamam a aten-
ção dos(as) estudantes. É possível que temas pseudocientíficos ou com caráter anticiência
sejam citados. Então, é preciso estar preparado(a) para essas questões e, como sugestão,
formar uma lista com esses temas para que possam ser revisitados à medida que os(as)
estudantes compreendam como se constrói o conhecimento científico. A definição de um
tema a ser trabalhado neste componente pode ocorrer por meio de brainstorming ou outra
metodologia ativa mais indicada para a turma.
Objetivos
Descrever o contexto e situações relacionados ao problema.
Buscar, selecionar, organizar e analisar informações.
Resumo
Nesta etapa, sob a mediação e orientação do(a) professor(a), os(as) jovens aprofundam os
conhecimentos sobre o tema que foi escolhido e, assim, engajam-se em um trabalho cole-
tivo, aprendendo a liderar e ser liderado(a), argumentando e negociando interesses. Esse
Iniciativa 10 aulas movimento predispõe a construção de um projeto a partir de diagnósticos do grupo, defi-
nindo eventualmente uma proposta de ação — intervenção/invento, que será debatida e
qualificada por todos(as). É possível apresentar como antevisão alguns temas que poderão
ser indicados pelos(as) estudantes. No entanto, é importante iniciar a discussão a partir
do que cada um(a) conhece sobre o tema, e depois realizar uma abordagem de forma a
contextualizar cada um dos conceitos escolhidos pelo grupo e como essas questões se
estabeleceram como situações-problema que necessitaram ser resolvidas e investigadas,
e, por isso, impulsionaram o fazer ciência. Propor um olhar da matemática para essas ques-
tões e como o uso de modelos auxilia na compreensão dos fenômenos.
Objetivos
Perceber o papel da área das Ciências da Natureza e suas Tecnologias nos processos
de produção e no desenvolvimento econômico e social da humanidade.
Identificar a importância das Ciências da Natureza e suas Tecnologias para o desenvolvi-
mento da sociedade atual, do mundo globalizado e de todas as tecnologias disponíveis.
Desenvolver produções de gêneros diversificados (relatório, vídeos, ensaios, etc.).
Exercitar a sistematização, a síntese, a crítica e a argumentação em torno das situa-
Iniciativa 10 aulas ções-problema.
Resumo
Os(as) jovens colocam em prática as ações propostas, aprendendo com os(as) colegas e
o(a) professor(a)-orientador(a). Durante a execução, podem avaliar as ações para a retomada
do rumo, caso necessário. Seguindo o exemplo da visita técnica, os(as) jovens podem reali-
zar a visita, aplicar um questionário estruturado para entrevistar pesquisadores(as), realizar
um registro fotográfico do ambiente de pesquisa, de seus equipamentos e de manuseios, e
explorar ao máximo a oportunidade da visita.
Objetivos
Apropriar-se de conhecimentos das Ciências da Natureza e suas Tecnologias para, em
situações-problema, interpretar, avaliar ou planejar intervenções científico-tecnológicas.
Apropriar-se dos resultados obtidos no decorrer da pesquisa e sistematizar os aprendizados.
Resumo
Apropriação
Os(as) jovens incorporam aprendizados significativos a partir
dos 5 aulas da experiência das atividades, da avaliação dos resultados e da autoavaliação. E, por fim,
Resultados
compartilham conquistas e aprendizagens com a comunidade escolar, com o entorno e com
a sociedade de modo geral, utilizando as mídias sociais, elaborando palestras, panfletos, entre
outros meios. Novamente no exemplo da visita técnica, ao voltar para a escola, os(as) jovens
podem dar tratamento para todas as informações coletadas, organizar imagens registradas e
interpretar os resultados da pesquisa, contribuindo, assim, para a apropriação dos resultados.
As aprendizagens podem ser divulgadas por meio de seminário para apresentação de resul-
tados, elaboração de cartazes, dentre outras estratégias.
AUTORES(AS)
Ana Nita Minetto Guerini Katia de Almeida do Nascimento
Andrieli Dambrós Lisiane Regina Kappes
Bruna Magarinos Maiconn Christiann Hoffmann Barboza
Carmem Lau Segatto Marcio Gleison Barbosa Santos
Eliane Thomé Marileusa Scholl
Elise Pauli Kuhn Mirian Quandt Hänsch
Fabiane Maroso Alves Mônica Lucas
Gabriela Hörnke Alves Renata de Figueiredo Martins
Geane Cândido Tomé Sérgio Luís Kessler
Gilberto Carlos Henning Shana Aline Perin Sitta
Graziela Fabíola Llano Cabrera Sunah Jessie Makiolki
João Maria Modesto Junior Tiago Neves
Joyceli Maria Paloschi Caetano Valdir José Puhl
Julce Elena Mendes da Rosa Vilson Finta
Jussara Fontana Buzzolaro Vitor Sartor
Karine Feltes
ÁREAS
Linguagens e suas Tecnologias
Matemática e suas Tecnologias
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
Ciências Humanas e Sociais Aplicadas
Ciência e Tecnologia
Componentes Integradores
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
� Desenvolver habilidades básicas de pesquisa por meio de práticas que contribuem para
uma crescente autonomia intelectual, promovendo o cooperativismo e o empreendedo-
rismo na comunidade.
� Reconhecer a importância dos conceitos de Ciências da Natureza para interpretar as
relações entre a tecnologia, o ambiente e a sociedade.
� Mobilizar conhecimentos para emitir julgamentos e tomar posições a respeito de situ-
ações e problemas de interesse pessoal, social, relativos às interações da ciência na
sociedade.
� Aprender a fazer uso de informações e de procedimentos de investigação com vistas a
propor soluções para problemas que envolvem conhecimentos científicos.
� Mobilizar a comunidade escolar por intermédio de práticas sustentáveis.
� Desenvolver responsabilidade na gestão de resíduos sólidos, auxiliando na formação
de cidadãos(ãs) conscientes do seu papel na sociedade.
� Discutir com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar
e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os
direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito
local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo,
dos outros e do planeta.
� Demonstrar uma firme valorização do respeito ao meio ambiente para a sobrevivência
da humanidade e do planeta, e engajar-se no desenvolvimento de ações positivas para
a promoção dos Direitos Humanos e da sustentabilidade social e ambiental.
7. Argumentação. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para for-
mular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promo-
vam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito
local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos
outros e do planeta.
Processos Criativos
� Reconhecer produtos e/ou processos criativos por meio de fruição, vivências e reflexão
crítica sobre a dinâmica dos fenômenos naturais e/ou de processos tecnológicos, com
ou sem o uso de dispositivos e aplicativos digitais (como softwares de simulação e de
realidade virtual, entre outros).
� Selecionar e mobilizar intencionalmente recursos criativos relacionados às Ciências da
Natureza para resolver problemas reais do ambiente e da sociedade, explorando e con-
trapondo diversas fontes de informação.
Empreendedorismo
� Selecionar e mobilizar intencionalmente conhecimentos e recursos das Ciências da Na-
tureza para desenvolver um projeto pessoal ou um empreendimento produtivo.
� Desenvolver projetos pessoais ou produtivos, utilizando as Ciências da Natureza e suas
Tecnologias para formular propostas concretas, articuladas com o projeto de vida.
OBJETOS DE CONHECIMENTO
São sugeridos alguns percursos para este Componente Curricular Eletivo que possibilitam
abordar diferentes objetos de conhecimento e desenvolver competências e habilidades,
conforme a escolha dos(as) estudantes. O percurso utilizado como exemplo neste CCE é o
“Experimentação e Práticas Investigativas com Ênfase em Alimentos: alimentos e a ciência
por trás da fermentação”, e deve servir como roteiro orientador para que os demais percur-
sos apresentados a seguir possam igualmente ser executados.
Tão importante quanto essas estratégias são as metodologias próprias do pensar e fazer
Ciência, e que são fundamentais para o desenvolvimento do espírito investigativo dos(as)
estudantes. Elas permitem que o(a) estudante percorra diferentes etapas do ciclo investi-
gativo: observando, problematizando, levantando hipóteses, experimentando, pesquisan-
do, analisando, concluindo e generalizando, por exemplo. Essas são ações que o(a) profes-
sor(a) do Componente não pode abrir mão.
� Sala de aula e outros espaços da escola, como biblioteca, auditório, horta, horto e pátio.
� Laboratório de ciências (caso a escola não possua, sugere-se disponibilização de uma
sala ambiente).
� Laboratório de informática com internet.
� Projetor multimídia.
� Computadores, tablets, smartphones com acesso à internet.
� Equipamentos, vidrarias básicas (béquer, Erlenmeyer, tubo de ensaio, placa de petri, etc.).
� Reagentes.
� Materiais alternativos às vidrarias e reagentes.
� Livros didáticos e de pesquisa.
� Artigos científicos.
� Tabela periódica.
� Desenhos, esquemas, mapas mentais e conceituais.
� Laboratórios de empresas e universidades parceiras (visitas).
� Laboratório virtual — virtual labs (softwares).
� Recurso de edição Canva.
� Material para exsicatas: cartolina, cola, pinça de ponta arredondada,
� ficha de informações.
� Lousa digital.
� Quadro branco.
� Recursos para efetuar visitas técnicas.
OBSERVAÇÕES
O presente roteiro disponibiliza um caminho para construir a execução de qualquer per-
curso escolhido pelos grupos, sendo que cada um destes representa um tema de gran-
de abrangência que pode ser desenvolvido pela escola, conforme o contexto e escolha
dos(as) estudantes. Outros percursos sugeridos para esse componente eletivo podem ser
encontrados em: https://sites.google.com/sed.sc.gov.br/nemcomponenteseletivos
Objetivos
Propor atividades experimentais utilizando como eixo condutor a produção de alimen-
tos fermentados, conduzindo os(as) estudantes a vivenciarem um ciclo de investiga-
ção científica.
Contextualizar o trabalho no laboratório com o uso de materiais alternativos, depen-
dendo dos recursos da unidade escolar.
Discutir ciclos investigativos e metodologias na construção do conhecimento cientí-
fico.
Identificar as biomoléculas, dentre elas: proteínas, carboidratos e lipídios presentes
em alimentos.
Contextualizar conceitos da área de Ciências da Natureza e suas Tecnologias por
meio da aplicação no desenvolvimento de produtos alimentícios pela técnica de fer-
mentação, e, dessa forma, estimular os(as) alunos a terem autonomia, criatividade e
interesse pelo empreendedorismo.
Propor a elaboração de uma feira/exposição com amostras dos produtos desenvolvi-
Mobilização 5 aulas
dos durante as aulas, a partir da técnica de fermentação.
Resumo
O professor deverá realizar a apresentação da ementa do CCE e do percurso, a metodologia
que será adotada e a forma como os(as) estudantes serão avaliados. Após essa introdução,
realizar um piquenique com degustações de alimentos e uma conversa trazendo o contexto
da temática que irá ser trabalhada, por meio de introdução a conceitos da Ciência e Tecnolo-
gia. Ainda na etapa de mobilização, realizar uma pesquisa sobre a composição dos alimen-
tos que fizeram parte da degustação, enfatizando a presença de moléculas que podem
estar descritas nos rótulos de alguns produtos, caso tenham produtos industrializados. Re-
alizar também uma pesquisa e análise das unidades de medida do valor energético (caloria,
quilocaloria, joule), correlacionando aos dados fornecidos nas embalagens dos alimentos,
e o gasto de energia do corpo humano. Promover outras atividades práticas como o uso
de calorímetro caseiro, apresentação de vidrarias, equipamentos e instrumentos de medida
disponíveis na escola, e realizar uma atividade que auxilie na identificação e manuseio dos
mesmos. Na sequência, apresentar as fundamentações de segurança e prevenção de aci-
dentes em laboratório.
Objetivos
Ampliar o que sabem sobre o tema escolhido, após mobilização feita a partir do pique-
nique, e que permita ao(à) jovem refletir sobre a produção de alimentos fermentados.
Participar ativamente da construção do conhecimento, vivenciando etapas do ciclo
investigativo em ciências.
Resumo
Para aprofundar o tema proposto neste percurso, algumas ações são indicadas: os(as) estu-
Iniciativa 10 aulas dantes podem aplicar um questionário na comunidade escolar e no ambiente familiar com a
temática alimentos fermentados, relacionando sua composição com intolerância à lactose e
doença celíaca. Após essa ação, os dados serão analisados e os resultados apresentados.
O(a) professor(a) conduzirá uma explanação sobre etapas do ciclo investigativo e qual a sua
relação com a pesquisa realizada pelos(as) alunos(as). Ainda nesta etapa, propor aos(às)
estudantes uma atividade prática para identificação da presença de biomoléculas (lipídeos,
proteínas e carboidratos) em alguns alimentos de interesse do grupo. Após a realização des-
sa atividade prática, o(a) professor(a) irá propor que os(as) alunos(as) se agrupem para a
escolha dos produtos a serem trabalhados nas próximas etapas.
Objetivos
Organizar e sistematizar as informações resultantes da pesquisa, que serão a base
para as escolhas e direcionamentos da produção do alimento fermentado.
Planejar as ações de execução e apropriação dos resultados de forma integrada,
mobilizando o protagonismo juvenil.
Antever alterações no percurso, saber dar novos direcionamentos e propor novos
experimentos.
Potencializar aprendizados que envolvem ações de planejamento.
Resumo
Planejamento 10 aulas
Após definição do produto a ser trabalhado, o planejamento das ações pode seguir algu-
mas etapas, como identificar o(s) produto(s) que será(ão) o foco da experimentação e
definir conjuntamente um protocolo de experimento que poderá utilizar produtos regionais
que poderão ser testados. Como a atividade é experimental, é necessário planejar o uso
de materiais e equipamentos para a prática, assim como identificar a infraestrutura para
a realização de uma feira de produtos. Da mesma forma, deve-se produzir e planejar a
produção de um folheto explicativo e um questionário sobre a qualidade dos produtos.
Como a atividade proposta possui muitas subdivisões de etapas, é imprescindível que
sejam definidos os papéis de atuação dos(as) estudantes, assim como um cronograma
de atividades.
Objetivos
Colocar em prática as ações definidas no planejamento.
Identificar situações e imprevistos durante a sua execução, e saber conduzir sem
prejuízo à proposta.
Aplicar os conhecimentos obtidos durante a pesquisa sobre o tema escolhido.
Resumo
Execução 10 aulas Os(as) estudantes colocam em prática a produção de alguns alimentos previamente es-
colhidos. Nesta etapa, o(a) professor(a) problematiza e propõe que avaliem a proposição
de hipóteses feita anteriormente. Os(As) estudantes deverão produzir alimentos fermen-
tados (pães, iogurte, queijo e salame) utilizando os ingredientes padrões. No entanto, por
meio da investigação, novos ingredientes (oriundos da região na qual a unidade escolar
está inserida) poderão ser testados, resultando em novas formulações. Essa ação visa
a agregar valor nutricional ao alimento final e valorizar os produtos da região na qual a
escola está inserida.
Objetivos
Apropriar-se dos resultados obtidos no decorrer da pesquisa e sistematizar os aprendiza-
dos.
Apropriar-se de conhecimentos das Ciências da Natureza e suas Tecnologias e identificar como
esse conhecimento pode ser aplicado e disponibilizado a toda a comunidade escolar.
Resumo
Apropriação
5 aulas
de Resultados Para consolidar a aprendizagem, os(as) estudantes poderão socializar os produtos com a
comunidade escolar por meio de uma feira de produtos regionais, e com apoio de material
impresso explicativo associado a cada amostra de produto. Os(As) estudantes também
poderão aplicar um questionário de análise sensorial direcionado ao público visitante,
com a finalidade de identificar os parâmetros de qualidade e aceitação do produto. Após
análise dos dados com a orientação do(a) professor(a), os resultados finais poderão ser
debatidos com a turma, numa roda de conversa.
AUTORES(AS)
Adricia Neumann Josiane Maria da Silva Rosa
Aidimara San Vito Nicola Juliana Flávia dos Santos Lima
Alicimar Fernandes Godoy Karla Grazielle Soares Lima
Douglas José da Silva Ribeiro Kênia Fuchter
Doralice Souza da Silva Monteiro Maíra Michalak de Souza
Dulcemari Vidi Silva Marcelo Martin Heinrichs
Edgard Bistulfi Junior Marileusa Scholl
Edinara dos Santos Moura Marizete de Paris
Elaine Dias Mauro Silveira Machado
Flávia Tonon Borghezan Mislei Zenita da Conceição Quito
Fabiane de Oliveira Luz Petrazzini Moisés Ceron
Fabiana Provensi Neiva Maria Panozzo Weigsding
Gabriela de Paula Nascimento Roberto Carlos
Gabriela Nardi Rose Mari Lemos
Gabriela Santiago Barbosa Silva Samara Cattani Sidiane Baruffi
Jaqueline Diana Seghetto Thayse Cechinel Rodrigues
Jocler Marcio Faenello
ÁREAS
Linguagens e suas Tecnologias
Matemática e suas Tecnologias
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
Ciências Humanas e Sociais Aplicadas
Ciência e Tecnologia
Componentes Integradores
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
� Focar o olhar sobre o mundo que os cerca, percebendo o ser humano como parte intrín-
seca da natureza.
� Realizar atividades que aprimorem a qualidade de vida e o compromisso com o bem
estar coletivo.
� Avaliar os efeitos da ação humana na sustentabilidade do planeta.
� Promover um espaço de reflexão sobre saúde e bem estar no ambiente.
� Identificar formas agroecológicas de produção de alimentos, de modo a incorporar nas prá-
ticas agrícolas as questões sociais, políticas, culturais, energéticas, ambientais e éticas.
� Distinguir na química dos alimentos os efeitos dela no organismo dos seres vivos: ani-
mal, vegetal, microrganismos.
� Refletir sobre os desastres ambientais ocorridos nos últimos anos em nível local/regio-
nal/mundial, desenvolvendo a criticidade e reflexão sobre os efeitos deles.
� Desenvolver a participação na construção de sociedades sustentáveis e de políticas
públicas de educação ambiental.
� Aplicar pesquisas individuais e coletivas, desenvolvendo o conhecimento na prática.
� Avaliar e prever efeitos de intervenções nos ecossistemas, e seus impactos nos seres
vivos e no corpo humano, com base nos mecanismos de manutenção da vida, nos ci-
clos da matéria e nas transformações e transferências de energia, utilizando represen-
tações e simulações sobre tais fatores, com ou sem o uso de dispositivos e aplicativos
digitais (como softwares de simulação e de realidade virtual, entre outros).
� Justificar a importância da preservação e conservação da biodiversidade, considerando
parâmetros qualitativos e quantitativos, e avaliar os efeitos da ação humana e das polí-
ticas ambientais para a garantia da sustentabilidade do planeta.
� Identificar e analisar vulnerabilidades vinculadas aos desafios contemporâneos, aos
quais as juventudes estão expostas, considerando as dimensões física, psicoemocio-
nal e social, a fim de desenvolver e divulgar ações de prevenção e de promoção da
saúde e do bem estar.
Processos Criativos
� Questionar, modificar e adaptar ideias existentes e criar propostas, obras ou soluções
criativas, originais ou inovadoras, avaliando e assumindo riscos para lidar com as incer-
tezas e colocá-las em prática.
Empreendedorismo
� Utilizar estratégias de planejamento, organização e empreendedorismo para estabele-
cer e adaptar metas, identificar caminhos, mobilizar apoios e recursos para realizar pro-
jetos pessoais e produtivos com foco, persistência e efetividade.
� Partir do conhecimento dos(as) estudantes sobre o meio em que eles(as) estão inseri-
dos(as).
� Procurar conhecer os perfis das turmas e de cada estudante.
� Contextualizar as temáticas de acordo com a realidade e as características sociais e
econômicas de cada região.
� Buscar parcerias com empresas/instituições locais e comunidade para desenvolver ativida-
des que contribuam na construção e reflexões de práticas sobre os temas abordados.
� Mobilizar o trabalho em equipe, promovendo a participação e engajamento entre as
Áreas do Conhecimento.
� Desenvolver práticas para o melhor uso dos recursos naturais, como a gestão de resí-
duos para a produção de adubos e reaproveitamento da água da chuva para os mais
variados fins.
� Promover técnicas de permacultura básica, criando alternativas na escola, como na
estética e funcionalidade de ambiente, em jardins e hortas suspensas, bancos, vasos,
obras de arte, outros.
OBSERVAÇÕES
O presente roteiro disponibiliza um caminho para construir a execução de qualquer
percurso escolhido pelos grupos, sendo que cada um destes representa um tema de gran-
de abrangência, que pode ser desenvolvido pela escola, conforme o contexto e escolha
dos(as) estudantes. Outros percursos sugeridos para esse Componente Eletivo podem ser
encontrados em https://sites.google.com/sed.sc.gov.br/nem- componenteseletivos.
Objetivos
Iniciar um espaço de reflexão e autocuidado sobre saúde e segurança dos(as) jo-
vens.
Identificar temas relacionados à saúde que sejam mais significativos para os(as)
estudantes.
Resumo
Neste momento, deve-se realizar a apresentação da ementa do CCE, do percurso, assim
como a metodologia que será utilizada e como serão avaliados(as). Estabelecer um contrato
Mobilização 5 aulas pedagógico entre professor(a) e estudantes para nortear o caminho a ser seguido durante
o desenvolvimento deste componente. Numa roda de conversa, deve-se iniciar um levan-
tamento sobre os temas relacionados à saúde e ao bem estar (consulte o item Objetos de
Conhecimento) que mais chamam a atenção dos(as) estudantes. A definição de um tema
a ser trabalhado neste componente pode ocorrer sob diversas formas, utilizando-se a me-
todologia ativa a qual o(a) professor(a) definir como mais indicada para essa etapa. Como
antevisão, pois podem ser sugeridos temas como automedicação, saúde do(a) idoso(a) e
saúde mental, o(a) professor(a) deve estar preparado para conduzir uma abordagem que
permita contextualizar cada um desses temas e avaliar junto aos(às) alunos(as) o seu im-
pacto na comunidade escolar.
Objetivos
Ampliar as abordagens sobre o tema escolhido e que permitam refletir sobre ques-
tões como autocuidado, saúde e segurança dos(as) jovens.
Desenvolver hábitos saudáveis e de bem estar físico e psicológico.
Resumo
Nesta etapa, e com a orientação e mediação do(a) professor(a), os(as) estudantes ampliam
Iniciativa 10 aulas os conhecimentos sobre o tema selecionado durante a mobilização. No entanto, os(as) es-
tudantes são convidados(as) a apresentar o que sabem sobre ele e, assim, seus conheci-
mentos prévios são valorizados e alinhados numa perspectiva científica. São orientados(as)
sobre como realizar as pesquisas e sobre como identificar e escolher fontes seguras de
informação que tenham como base o conhecimento científico. Nesta etapa, também viven-
ciam experiências diversas do trabalho em grupo, como liderar e ser liderado(a), exercitam
aspectos relacionados à argumentação e definem as propostas de ação sobre a temática a
ser desenvolvida.
Objetivos
Organizar e sistematizar as informações resultantes da pesquisa, e que serão a base
para as escolhas e direcionamentos da atividade ou projeto a ser executado.
Planejar as ações de forma integrada, mobilizando o protagonismo juvenil para a
execução do projeto acordado pelo grupo.
Antever alterações no percurso e saber dar novos direcionamentos.
Potencializar aprendizados que envolvem ações de planejamento.
Planejamento 10 aulas
Resumo
Com base na escolha do tema, e a partir do conhecimento aprofundado sobre ele, orien-
tar os(as) estudantes a elaborarem um planejamento por escrito, descrevendo que tipo de
ação poderá ser realizada. Se o tema definido pelo time for, porventura, “Saúde Mental”, em
caráter de exemplo pode-se planejar uma campanha na escola para se evitar ou diminuir
o bullying na comunidade escolar. Neste planejamento, pode-se definir quem serão os(as)
envolvidos(as) na ação, e quem será o público alvo, assim como definir abordagens que
apoiem e ampliem os conhecimentos sobre o tema, saindo da condição de senso comum.
Objetivos
Colocar em prática as ações definidas no planejamento.
Identificar situações e imprevistos durante a sua execução e
saber conduzir sem prejuízo à proposta.
Aplicar os conhecimentos obtidos durante a pesquisa sobre o tema escolhido.
Resumo
Execução 10 aulas
Os(As) jovens, sob a orientação do(a) professor(as), colocam em prática o plane-
jamento realizado coletivamente. Exercitam habilidades que permitam, caso ne-
cessário, a retomada de rumos, avaliam e se autoavaliam. Nesta etapa, podem, por
exemplo, e seguindo a temática “Saúde Mental”, realizar uma campanha intitulada
“Semana de Debates Sobre o Bullying na Escola”, e, com isso, trazer profissionais da
área de saúde para apresentar palestras, promover debates e envolver toda a comu-
nidade escolar de forma qualitativa.
Objetivos
Apropriar-se dos resultados obtidos no decorrer da pesquisa e sistematizar os
aprendizados.
Apropriar-se de conhecimentos das Ciências da Natureza e suas Tecnologias, e
identificar como esses conhecimentos podem ser aplicados e disponibilizados
a toda comunidade escolar.
Apropriação Resumo
dos 5 aulas
Resultados
Os(as) jovens refletem sobre os aprendizados que todo o CCE pode proporcionar. São
orientados(as) a produzir materiais em formato digital e/ou impresso, como folhetos,
por exemplo, que informem a importância e os cuidados que a escola deve ter quanto
a questões relacionadas ao bullying, reforçando o envolvimento de todas as esferas es-
colares. Podem, também, ser orientados(as) a produzir um relatório sobre a campanha
realizada, descrevendo o que foi feito, que resultados foram alcançados, que aprendiza-
dos conquistaram e a que conclusões chegaram, ilustrando-o com imagens e utilizando
outros recursos.
PENSAMENTO COMPUTACIONAL
Este componente visa oportunizar que estudantes se familiarizem e se apropriem
de diferentes capacidades do pensamento computacional e do reconhecimento de pa-
drões à construção de algoritmos para a resolução de problemas em diversas áreas da
vida cotidiana. Para isso, propomos momentos de interação com novas tecnologias com-
putacionais a partir de uma postura protagonista, criando artefatos computacionais com
baseem seus interesses e em suas necessidades.
Por fim, queremos parabenizar e agradecer a todos(as) os(as) professores(as) que
contribuíram para a construção coletiva desses componentes curriculares. A elaboração
desse material contou com a participação de profissionais de todo o estado, em diferentes
fases, que desenvolveram esse trabalho com maestria, valorizando e aprimorando diferen-
tes ideias e caminhos. Considerando, ainda, o desafio dessa área de manter-se contempo-
rânea com do surgimento ininterrupto de novas ferramentas e possibilidades, este grupo vi-
sou redigir roteiros que sirvam de ponto de partida para o trabalho de cada escola e turma,
respeitando as limitações e as oportunidades de cada contexto. Como ponto de partida,
esperamos que inspirem vivências contextualizadas e transformadoras com tecnologias
digitais para os(as) jovens de Santa Catarina.
Boa leitura!
Letícia Vieira e Luiz Alessandro da Silva
(Técnicos(as) da SED)
Adelmo Eloy
(Especialista Instituto iungo)
AUTORES(AS) ÁREAS
Carlos Weinman Linguagens e suas Tecnologias
Dalci Clair Reis Matemática e suas Tecnologias
Idenir Bruna Resendes de Souza Ciências da Natureza e suas Tecnologias
Naira Delazari Ciências Humanas e Sociais Aplicadas
Paulo Henrique de Souza Ciência e Tecnologia
Sirlei Zanelato Miranda Componentes Integradores
Vanderlei Luis Bachendorf
RESUMO
A Educação Tecnológica propõe o entendimento de como as tecnologias digitais funcio-
nam perante a identificação e avaliação de tendências e oportunidades interventivas a
partir da aplicação dessas ferramentas, visando ao desenvolvimento de raciocínio lógi-
co, comunicação, colaboração, resolução de problemas e capacidade de aprender. Tem
por objetivo proporcionar aos(às) estudantes oportunidades de aprendizagem, a partir das
quais possam desenvolver sua habilidade de solucionar problemas e desenvolver projetos
autorais e coletivos, identificando os efeitos do uso das tecnologias em suas vidas e utili-
zando-as de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais. Para
isso, o componente contempla conceitos e práticas como: representação de dados, redes
e comunicação e domínio de diversas tecnologias digitais de informação e comunicação.
Os(as) estudantes participantes terão a oportunidade de identificar e usar tecnologias digi-
tais de forma significativa, a partir da utilização de recursos básicos de informática e suas
ferramentas, focados em exemplos e contextualizações voltadas para o dia a dia pessoal,
escolar e nos mundos do trabalho.
JUSTIFICATIVA
É inegável que as novas tecnologias e mídias digitais têm revolucionado as rela-
ções sociais e, de forma mais específica, as formas de ensinar e aprender. Esse processo
demanda um espaço escolar que auxilie os(as) estudantes a agir em relação aos desafios
que a sociedade impõe, sendo indispensável oportunizar o aprendizado e uso da tecnolo-
gia. O uso das tecnologias digitais de comunicação e informação (TDICs) na escola auxilia
a promoção social da cultura, das normas e tradições do grupo, ao mesmo tempo em que é
desenvolvido um processo pessoal que envolve estilo, aptidão e motivação. Nesse sentido,
este componente vem ao encontro das diretivas de uma sociedade digital, que tem como
exigências habilidades na utilização de ferramentas ágeis e rápida adaptação, por parte
dos sujeitos, às mudanças que ocorrem. Por isso, o componente Educação Tecnológica
busca proporcionar situações de aprendizagem ligadas à “educomunicação”, favorecen-
do um ambiente de acesso aos principais elementos informativos e educacionais digitais,
diante de suas múltiplas possibilidades, visando a contribuir para o desenvolvimento do
pensamento crítico, criativo, reflexivo e à aprendizagem colaborativa, uma vez que amplia
as possibilidades e metodologias, tanto de ensino quanto de aprendizagem.
Processos Criativos
� Difundir novas ideias, propostas, obras ou soluções por meio de diferentes linguagens,
mídias e plataformas, analógicas e digitais, com confiança e coragem, assegurando
que alcancem os(as) interlocutores(as) pretendidos(as).
AVALIAÇÃO
A avaliação final do semestre letivo deste componente será por meio de um Pare-
cer Descritivo, em sintonia com as orientações elaboradas pela SED e enviadas para as
escolas. A avaliação será contínua, processual e qualitativa, a partir da participação e en-
volvimento dos(as) alunos(as) nas atividades propostas, assim como dos resultados dos
processos de investigação e experimentação de novas tecnologias. Para que seja efeti-
va, os(as) professores(as) podem combinar diferentes estratégias, tais como: observação
compartilhada dos(as) professores(as), autoavaliação dos(as) estudantes, produtos da
pesquisa e portfólios. Além disso, considerando-se a diversidade de saberes e níveis de fa-
miliaridade com tecnologias digitais, a avaliação torna-se um instrumento para regulação
das aprendizagens. Nesse sentido, avaliações com caráter diagnóstico e formativo podem
trazer insumos para que o planejamento de atividades seja construído adequadamente ao
conhecimento da realidade encontrada.
OBSERVAÇÕES
Ao pensar sobre a Educação Tecnológica, é importante perceber a necessidade de
que o modelo de ensino-aprendizagem ocorra de forma processual, considerando o fato de
que os(as) estudantes apresentam diferentes conhecimentos sobre as tecnologias e seus
usos. Por esse motivo, a organização das unidades temáticas apresenta um encadeamen-
to, começando, na primeira unidade, pelas etapas e transformações históricas da tecnolo-
gia, bem como seus impactos sobre a organização social. Em seguida, na segunda unida-
de, o(a) estudante deverá ser instigado(a) ao conhecimento das necessidades midiáticas
e tecnológicas que estão presentes no cotidiano e nos mundos do trabalho na atualidade.
Por fim, na terceira unidade, é apresentado o desafio de utilizar essas noções em vista do
conhecimento dos métodos e dos procedimentos técnicos para as diferentes formas de
comunicação e da pesquisa, condições indispensáveis para a produção do conhecimento.
Objetivos
Abordar os avanços tecnológicos em perspectiva histórica, visando a proporcio-
nar aos(às) estudantes desenvolver
conhecimentos sobre a origem e desenvolvimento de diversas tecnologias, para
identificar contextos e possibilidades de uso presentes e futuras.
Resumo
Nesta unidade, os(as) estudantes terão oportunidade de desmistificar o que é “tec-
nologia” e aprofundar sua percepção sobre a evolução de diferentes ferramentas
ao longo da história. Para isso, deverão partir da investigação local, identificando e
Introdução ao sistematizando os usos que fazem de diferentes tecnologias, em espaços físicos e
Conhecimento 10 aulas virtuais. Além disso, terão oportunidade de situar essas ferramentas numa evolução
Tecnológico
histórica, considerando tecnologias presentes em outras gerações e povos. Ao fim
desse processo de investigação, esperamos que sejam capazes de fazer um com-
parativo entre o que era e o que é tecnologia, além de exercitar o olhar para o futuro,
usando elementos presentes nessa sucessão para descrever o que será tecnologia
nos próximos anos e décadas, situada em sua realidade local.
Sugestão de Etapas
1.Compreender o que é tecnologia e também seus avanços na sucessão do tempo.
2.Como a tecnologia está presente no cotidiano da vida humana.
3.Evolução das tecnologias, traduzidas para a realidade local.
4. Comparativo entre o que era, o que é e o que será tecnologia.
Objetivos
Identificar as necessidades midiáticas e tecnológicas dentro do espaço escolar,
da vida pessoal e do mundo do trabalho, para ampliação de repertório no mundo
digital.
Resumo
Com um melhor entendimento de como diferentes tecnologias se situam em seu
cotidiano, os(as) estudantes terão oportunidade de ampliar seu repertório no mundo
digital, ao se apropriar de ferramentas midiáticas e tecnológicas aplicadas a diferen-
tes contextos. Para isso, passarão por ciclos de experimentação, onde 1) poderão
mapear situações-problema e temas de interesse – pessoal, social e profissional-
TDICs e as
mente –, assim como tecnologias que são relacionadas a eles; 2) organizados(as)
Ferramentas 20 aulas em times, terão oportunidade de experimentar e apropriar-se das tecnologias; 3) irão
Midiáticas
sistematizar e compartilhar resultados e aprendizados com a turma. As tecnologias
possíveis são diversas, como ferramentas utilizadas comumente nos mundos do
trabalho (editores de texto, planilhas, etc.), ferramentas de edição de imagens, áudio
e vídeo, e plataformas de aprendizagem online. Além disso, a depender do tempo
disponível, dois ou mais ciclos podem ser implementados. Espera-se que ao fim dos
ciclos, os(as) estudantes tenham não só ampliado suas habilidades com diferentes
ferramentas, mas sejam capazes de repetir esse ciclo em oportunidades futuras.
Sugestão de Etapas
1. Mapeamento de situações-problema ou temáticas de interesse.
2. Ciclos de experimentação de diferentes tecnologias.
3. Sistematização e compartilhamento de aprendizados.
Resumo
Com um melhor entendimento de como diferentes tecnologias se situam em
seu cotidiano, os(as) estudantes terão oportunidade de ampliar seu repertório
no mundo digital, ao se apropriar de ferramentas midiáticas e tecnológicas
aplicadas a diferentes contextos. Para isso, passarão por ciclos de experi-
mentação, onde 1) poderão mapear situações-problema e temas de interes-
se – pessoal, social e profissionalmente –, assim como tecnologias que são
relacionadas a eles; 2) organizados(as) em times, terão oportunidade de expe-
rimentar e apropriar-se das tecnologias; 3) irão sistematizar e compartilhar re-
sultados e aprendizados com a turma. As tecnologias possíveis são diversas,
como ferramentas utilizadas comumente nos mundos do trabalho (editores
de texto, planilhas, etc.), ferramentas de edição de imagens, áudio e vídeo, e
plataformas de aprendizagem online. Além disso, a depender do tempo dis-
ponível, dois ou mais ciclos podem ser implementados. Espera-se que ao fim
dos ciclos, os(as) estudantes tenham não só ampliado suas habilidades com
diferentes ferramentas, mas sejam capazes de repetir esse ciclo em oportuni-
dades futuras.
Sugestão de Etapas
1. Mapeamento de situações-problema ou temáticas de interesse.
2. Ciclos de experimentação de diferentes tecnologias.
3. Sistematização e compartilhamento de aprendizados.
Objetivos
Elaborar e implementar um projeto de pesquisa científica com o apoio de
diferentes TDIC.
Resumo
Por fim, os(as) estudantes poderão aprofundar seus conhecimentos sobre
diferentes tecnologias na elaboração e implementação de um projeto de pes-
quisa científica, utilizando-as para coletar dados, organizar informações e
comunicar resultados. Nesse processo, farão a definição de uma questão de
pesquisa para nortear o processo de investigação, que pode estar relacionada
a interesses e cenários de tomada de decisão pessoais ou necessidades do
Comunicação território. Além disso, poderão apropriar-se de métodos e ferramentas tecnoló-
e Pesquisa 10 aulas
Científica
gicas para apoiar o processo investigativo e garantir maior robustez aos resul-
tados obtidos. Ao fim do processo, os(as) estudantes utilizam os resultados
obtidos para comunicar e propor soluções e caminhos para a questão definida,
baseadas em evidências construídas ao longo do processo investigativo.
Sugestão de Etapas
1. Delimitação do assunto da investigação que se pretende realizar.
2. Introdução a formas e metodologias de pesquisa científica.
3. Coleta e seleção de informações, utilizando ferramentas de pesquisa diversas.
4. Organização e compartilhamento de resultados e soluções.
AUTORES(AS) ÁREAS
Andréia Fabiana Hebel da Cruz Linguagens e suas Tecnologias
Carlos Weinman Matemática e suas Tecnologias
Hellen Czekster Ciências da Natureza e suas Tecnologias
Jocieli Gaboardi Ciências Humanas e Sociais Aplicadas
Luciane Nunes de Siqueira Ciência e Tecnologia
Lucimar Lourenço de Almeida Chiamulera Componentes Integradores
Marcos Crepaldi
Michele Magrini
Sedami Tozoun Romain Agassin
RESUMO
Ao longo das últimas décadas, novos padrões de interação e comunicação, assim
como inúmeras inovações tecnológicas, têm modificado drasticamente a vida humana.
Contudo, ao mesmo tempo em que as tecnologias e seus usos tornaram- se parte cons-
tituinte dos seres humanos e de suas formas de relação neste espaço- tempo, não há ho-
mogeneidade de acesso à população, cabendo uma reflexão crítica e sincera. Ao mesmo
tempo em que possibilitam a democratização de saberes, de processos interativos e da
comunicação, alguns limitantes coíbem setores da sociedade, deixando-os em situação
de desigualdade. Diante deste contexto, o Componente Cultura Digital tem por objetivo: (1)
aprimorar o entendimento de quem somos como seres digitais (eu comigo); (2) compreen-
der as influências das diversas formas de comunicação no século 21 (comunicação e suas
linguagens); (3) entender a responsabilidade que o uso dos diferentes recursos das TDICs
acarretam (responsabilidade, riscos e penalidades aplicáveis por condutas inadequadas);
e (4) possibilitar percepção crítica e ética das constantes transformações do mundo digital
e sua sistemática participação na formação da sociedade (interferências dos avanços tec-
nológicos mais recentes e constantes). Busca-se, assim, a formação integral, de cidadãos
e cidadãs críticos(as) e éticos(as).
JUSTIFICATIVA
A sociedade contemporânea, continuamente mutável e baseada no conceito de
rede, está intrinsecamente ligada à evolução tecnológica. Os sistemas computacionais, as
TDIC e os ambientes digitais se tornaram partes integrantes do dia a dia das pessoas nos
ambientes profissionais, escolares e pessoais.
Grande parte do conhecimento produzido, dos documentos e contratos firmados, das
informações e dados estão armazenados de forma digital, demonstrando a dependência da
humanidade, e dos mundos do trabalho, das tecnologias digitais. As redes sociais têm contri-
buído para a formação das próximas gerações e têm interferido, significativamente, por sua di-
namicidade e fluidez. Um número expressivo de profissões envolve componentes computacio-
nais e tecnologias digitais. Por outro lado, a possibilidade de maior agilidade na comunicação
e acesso de dados tem desenvolvido um forte apelo emocional ao imediatismo de respostas, e
o que se chama de efemeridade das informações, privilegiando análises rápidas e superficiais,
o uso de imagens e formas de expressões sintéticas e não-argumentativas. O Componente
Cultura Digital visa a promover reflexão crítica sobre esse cenário, no qual o acesso às TDIC e
à cultura digital não ocorre de forma equitativa, e que necessariamente converse com a justiça
social, possibilitando o protagonismo digital e cidadão.
4. Comunicação. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual- motora, como Libras e
escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística,
matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e senti-
mentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.
� Buscar dados e informações de forma crítica nas diferentes mídias, inclusive as sociais,
analisando as vantagens do uso e da evolução da tecnologia na sociedade atual, como
também seus riscos potenciais.
� Apropriar-se das linguagens da cultura digital, dos novos letramentos e dos multiletra-
mentos para explorar e produzir conteúdo em diversas mídias, ampliando as possibili-
dades de acesso à ciência, à tecnologia, à cultura e ao trabalho.
� Usar diversas ferramentas de software e aplicativos para compreender e produzir conteúdo
em diversas mídias, simular fenômenos e processos das diferentes áreas do conhecimen-
to, e elaborar e explorar diversos registros de representação matemática (BNCC, 2018).
Para além dessas competências específicas, há preocupação com a contribuição
no desenvolvimento das seguintes habilidades das áreas do conhecimento:
SUGESTÕES DE ESTRATÉGIAS METODOLÓGICAS
As atividades poderão ser desenvolvidas individualmente ou em grupos de diver-
sos tamanhos, buscando sempre o olhar crítico e reflexivo da realidade estudada, a partir
da identificação das interferências da inserção do(a) estudante no universo em análise.
Além disso, vale ressaltar a importância da promoção dos multiletramentos ao longo do
componente, utilizando mídias de diferentes linguagens e formatos, que dialoguem com as
formas próprias de se comunicar dos(as) estudantes e ampliem sua percepção da comu-
nicação, especialmente em meios digitais. Por fim, deve-se fazer uso da problematização
de conceitos e temáticas próprias da cultura digital, para que os(as) estudantes possam
contextualizá-las e desenvolver investigações orientadas a realidades e espaços com os
quais se identificam.
Este componente oferece, ainda, a possibilidade de criação, nas Unidades Esco-
lares, de um Observatório de Cultura Digital. Nesse Observatório, estudos realizados se-
mestralmente (estudos teóricos, etnográficos, qualitativos, quantitativos, acerca da cultura
digital e sua inserção na comunidade escolar) pelos(as) estudantes poderão ser registra-
dos, formando um banco de dados quantitativos e qualitativos sobre a cultura digital nos
espaços-tempo da escola e da comunidade. Esse Observatório pode contar com um espa-
AVALIAÇÃO
A avaliação final do semestre letivo deste componente será por meio de um Pare-
cer Descritivo, em sintonia com as orientações elaboradas pela SED e enviadas para as
escolas. O processo de avaliação da aprendizagem preconiza o percurso formativo do(a)
estudante, realizado em qualquer momento e durante o percurso. A avaliação deste com-
ponente deve levar em conta os avanços alcançados no desenvolvimento de habilidades e
competências em relação a estágios anteriores. Além disso, considerando os objetivos de
aprendizagem e objetos de conhecimento propostos, reforça-se a importância de proces-
sos de avaliação que valorizem a pluralidade de ideias e interpretações, como mecanismos
de autoavaliação, participação em discussões e debates, produções multimídia, constru-
ção de portfólio, entre outras.
BRIGGS, Asa; BURKE, Peter. Uma História Social da Mídia: de Gutemberg à internet. Trad.
Maria Carmelita Pádua Dias. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2006.
CASTELLS, Manuel. A Sociedade em Rede: do conhecimento à política. In:CASTELLS, Manuel
(org.) A Sociedade em Rede: do conhecimento à ação política. Portugal: Imprensa Nacional
– Casa da Moeda, 2005. Disponível em: http://www.egov.ufsc.br/portal/conteudo/sociedade-
-em-rede-do- conhecimento-%C3%A0-ac%C3%A7%C3%A3o-pol%C3%ADtica.
LÉVY, Pierre. As Tecnologias da Inteligência: o futuro do pensamento na era da informáti-
ca. São Paulo: Editora 34, 2004. Disponível em: http:// fisicaemrede.com/file.php/12/Textos/
Levy_tecnologias_da_inteligencia.pdf. MORAN, José. Metodologia Ativas de Bolso: como os
alunos podem aprender de forma ativa, simplificada e profunda. São Paulo: Editora do Brasil,
2019. Disponível em: https://issuu.com/editoradobrasil/docs/metodologias-issuu.
OLIVEIRA, Nuno Ricardo; MORGADO, Lina. Contributo para o Estudo da Identidade Digital:
caso de uma comunidade de investigadores juniores.Challenges, 2017: Aprender nas Nu-
vens, Learning in the Clouds.
SALES, Tainah Simões; FREIRE, Geovana Maria Cartaxo de Arruda. Os Direitos à Identidade
Digital e ao Acesso à internet como Instrumentosde Concretização dos Objetivos de Desen-
volvimento do Milênio e da Democracia. Justiça do Direito, v. 29, n. 3, p. 563-586, set./dez.,
2015.
THOMPSON, John B. A Mídia e a Modernidade: uma teoria social da mídia.Trad. Wagner
de Oliveira Brandão. Rio de Janeiro: Vozes, 2011.
Objetivos
Analisar o uso de aplicativos digitais para o entendimento de situações compor-
tamentais cotidianas.
Discutir a interferência dos dispositivos digitais no entendimento acerca do mun-
do, da vida e da sociedade.
Identificar os efeitos negativos nos aspectos físico, psicoemocional e social do
uso inadequado da tecnologia.
Examinar a própria identidade em diversos grupos sociais, especialmente virtuais.
Identidade Resumo
10 aulas
Online Nesta unidade, o(a) professor(a) deverá instigar os(as) estudantes a se conhece-
rem, a partir da construção de um avatar, um personagem, uma caricatura. Para
isso, o(a) professor(a) tanto pode utilizar recursos em sala de aula, como desenho
(por exemplo), quanto utilizar ainda aplicativos na sala de informática ou no celular
dos(as) estudantes. Também deverá provocar a reflexão do perfil que se cria nas
plataformas digitais e games, incentivando o entendimento de como cada aluno(a)
se mostra e como os(as) outros(as) conseguem percebê-lo. O(a) estudante deverá
encerrar essa temática com plenas condições de perceber como o mundo digital
influencia a vida, as relações sociais e o próprio mundo. Nesse sentido, são propos-
tos quatro subtemas: (a) meu avatar; (b) perfil digital; (c) games e a interação com o
outro; e (d) dispositivos digitais no entendimento do mundo da vida e da sociedade.
Objetivos
Analisar as diversas formas de linguagens, nos mais variados dispositivos tec-
nológicos digitais.
Comparar a diversidade de fontes e narrativas na compreensão de ideias filosó-
ficas, sociais, históricas, políticas, econômicas, geográficas, ambientais e cultu-
rais.
Apropriar-se de distintas formas de linguagens para a formação crítica, significa-
tiva, reflexiva e ética do cidadão, contribuindo para o processo de comunicação,
difusão de informações, produção de conhecimentos, resolução de problemas e
o exercício do protagonismo e da autoria na vida pessoal e coletiva.
Resumo
Comunicação Em meio a processos comunicativos que ocorrem principalmente no universo vir-
10 aulas
Digital tual, é necessário o discernimento, a interpretação crítica sobre as influências que
cercam e que modelam comportamentos e atitudes. A turma, com base em diver-
sos meios (redigidos ou audiovisuais), deverá fazer análise das interferências de
padrões e valores emitidos pela interação nos diferentes meios de comunicação de
massa e vídeos que representam o poder da comunicação sobre a mudança cultu-
ral. Além disso, a partir da investigação de comunidades específicas com as quais
os(as) estudantes se interessam ou identificam, a análise pode ser contextualiza-
da para tais grupos. Com isso, espera-se que consigam caracterizar e comparar as
diferentes linguagens digitais utilizadas por diferentes comunidades e fatores que
contribuem ou eximem essa diversificação. Os subtemas propostos são: (a) influ-
ência e interferência virtual no modo de comunicação; (b) o novo mercado (com o
enfoque em analisar as diversas formas de comercialização por meio digital e como
se expressam as relações de consumo); (c) letramento digital (uso de novas lingua-
gens); e (d) plataformas de comunicação em massa (cinema, música, notícias).
Objetivos
Perceber a necessidade do uso de recursos e de atitudes para a segurança
dos dados pessoais e familiares.
Reconhecer fake news e as interferências que elas têm na sociedade e no
conhecimento.
Identificar os direitos autorais nas diversas modalidades de produções.
Compreender que um crime virtual traz consigo possibilidades reais de pu-
nições e sanções.
Resumo
Responsabilidade
Digital
10 aulas Neste componente, a cultura digital se pauta na perspectiva da construção da cida-
dania digital consciente, onde a internet não pode ser vista ou tratada como “terra
de ninguém”, mas como espaço para todos se expressarem com senso de respon-
sabilidade e de inclusão. Nesta temática, os(as) estudantes serão instigados(as)
a pesquisar em notícias e eventos relacionados a crimes cibernéticos, suas con-
sequências para a vida das pessoas, bem como das legislações vigentes que
penalizam essas práticas abusivas. Apropriados(as) desses conceitos, realizam
investigações em seus contextos para identificar como se situam no cotidiano.
Com base nas pesquisas e estudos, poderão intervir e exercer sua cidadania digital.
São apresentados os seguintes subtemas: (a) segurança de dados; (b) fake
news e a influência social; (c) direitos autorais; e (d) crimes virtuais e suas pe-
nalidades.
Objetivos
Compreender as diferentes linguagens, mídias e ferramentas digitais para
a produção colaborativa em ambientes digitais e nos mundos do trabalho.
Caracterizar os impactos das transformações tecnológicas nas redes so-
ciais e no mundo do trabalho, no que se refere às desigualdades sociais,
opressão e violação de direitos.
Resumo
Nesta unidade, os(as) estudantes terão a oportunidade de, além de pensar so-
bre os dilemas éticos intrinsecamente ligados à transformação digital, assumir
papel de inovadores(as) e cocriadores(as) frente à incerteza, à ambiguidade à
Volatilidade do
10 aulas
e complexidade que o mundo digital apresenta de forma instantânea, volátil e
Mundo Virtual
desenfreada. As novas posturas, as habilidades e as formas de pensar siste-
mática, estratégica e criativamente, exigidas pelo mundo do trabalho, são as-
suntos a serem refletidos. O(a) professor(a) deverá ter a capacidade de leitura
da realidade digital atual para propor e provocar discussões. Por fim, espera-
-se que os(as) estudantes elaborem estratégias concretas (Ex.: observatórios,
campanhas, mobilizações, etc.) para promoção do protagonismo humano no
mundo digital, que assegure a tomada de decisões conscientes, colaborativas
e responsáveis.
As sugestões de subtemas são: (a) internet das coisas; (b) redes sociais ativas;
(c) inteligência artificial (seu uso nos mais diversos ambientes); e (d) mundo
do trabalho na era digital. Além desses subtemas, o(a) professor(a) deve estar
atento(a) a novos assuntos, emergentes na contemporaneidade.
AUTORES(AS) ÁREAS
RESUMO
Este componente curricular propõe que os(as) estudantes empreguem de forma
adequada os principais pressupostos do pensamento computacional (decomposição de
problemas, reconhecimento de padrões, abstração de informações relevantes e criação
de algoritmos) na resolução de problemas da área de Ciência e Tecnologia, relacionados
à realidade dos(as) estudantes. Para isso, serão ofertados momentos de compreensão e
familiarização com linguagens de programação, componentes lógicos de computadores e
equipamentos eletrônicos, especialmente robóticos, para aplicação em diferentes con-
textos. Este componente é de suma importância para uma transformação educacional e
social, uma vez que é um assunto emergente tanto para o mundo do trabalho quanto para
comunicações contemporâneas.
JUSTIFICATIVA
Diversos países já inseriram aspectos do pensamento computacional e de linguagens
de programação em seus currículos da Educação Básica, a fim de possibilitar a formação inte-
gral de estudantes para o efetivo exercício da cidadania. Ao tratar dessa habilidade e objetos de
conhecimento, o(a) estudante pode ser inserido(a) na zona de compreensão sobre os pilares
que constroem o mundo tecnológico, cada vez mais presente em nosso cotidiano. Nesse con-
texto, o pensamento computacional tem o potencial de promover situações de aprendizagem
que permitem aos(às) estudantes a ação protagonista em relação à elaboração de programas
e redes de interações que ocorrem no meio virtual e fora dele. De forma mais detalhada, pode-
mos destacar quatro pilares do pensamento computacional:
Empreendedorismo
� Utilizar estratégias de planejamento, organização e empreendedorismo para estabele-
cer e adaptar metas, identificar caminhos, mobilizar apoios e recursos para realizar pro-
jetos pessoais e produtivos com foco, persistência e efetividade.
� Refletir continuamente sobre seu próprio desenvolvimento e sobre seus objetivos pre-
sentes e futuros, identificando aspirações e oportunidades, inclusive relacionadas ao
mundo do trabalho, que orientem escolhas, esforços e ações em relação à sua vida
pessoal, profissional e cidadã.
OBJETOS DE CONHECIMENTO
� Pilares do pensamento computacional (decomposição, reconhecimento de padrões,
abstração e algoritmos, ou definição similar).
� Algoritmos e inteligência artificial (aplicação em situações próximas ao cotidiano
dos(as) estudantes).
� Estrutura lógica e sintaxe de linguagens de programação.
� Robótica (componentes, contexto e aplicação).
� Formulação de situações-problema aplicada à lógica de programação e robótica.
Objetivos
Identificar e aplicar, em situações-problema, os quatro pilares do pensamen-
to computacional: decomposição, reconhecimento de padrões, abs-
tração e algoritmos; descrever a estrutura lógica de um algoritmo e
sua aplicabilidade para diversas tecnologias, inclusive as que utilizam
inteligência artificial.
Resumo
Como ponto de partida, os(as) estudantes resgatam e compartilham o
que sabem (e o que não sabem!) sobre diferentes tecnologias digitais pre-
sentes em seu cotidiano, desde seu propósito a como funcionam. Espe-
ramos que as reflexões aqui combinem tecnologias físicas, como robôs e
smartphones, e virtuais, como sites de busca e inteligência artificial. Tais
conhecimentos são utilizados como contexto para apresentação da lógica
Introdução ao computacional e sua aplicabilidade para solução de problemas essencial-
Pensamento 10 aulas mente tecnológicos e facilitação de ações no cotidiano humano, e para
Computacional
o pensamento computacional como habilidade que orienta a definição e
resolução de problemas com o apoio de soluções computacionais. Em se-
guida, a partir de situações-problema, os(as) estudantes identificam e apli-
cam elementos que compõem o pensamento computacional: decomposi-
ção, reconhecimento de padrões, abstração e construção de algoritmos.
Nesse processo, ambientes virtuais e lúdicos de programação, assim
como atividades “desplugadas”, sem o uso do computador, são utilizadas
para que os(as) estudantes construam e ampliem seu entendimento do
que é o pensamento computacional, de forma contextualizada a cenários
e aplicações presentes em seu cotidiano.
Sugestão de Etapas
1.Reconhecendo tecnologias computacionais no cotidiano.
2. Introdução à lógica computacional.
3. Compreensão e aplicação dos pilares do pensamento computacional.
Objetivos
Reconhecer e utilizar linguagens de programação para implementação
de algoritmos em diversos contextos.
Resumo
Visando a fortalecer o desenvolvimento do pensamento, os(as) estudan-
tes utilizam e se apropriam de linguagens de programação para conver-
ter algoritmos em artefatos computacionais, como narrativas digitais, jo-
Linguagens de
Programação
10 aulas gos e simulações relacionados a temáticas de seuinteresse. A depender
do tempo disponível e do repertório da turma, inclusive professores(as),
uma ou mais linguagens de programação podem ser exploradas, conside-
rando-se principalmente linguagens de programação em blocos.
Sugestão de Etapas
1. Introdução: o que são linguagens de programação.
2. Oficinas de programação (orientadas à construção de diferentes arte-
fatos).
Objetivos
� Desenvolver projetos de sistemas eletrônicos, tal como robótica
e circuitos integrados, considerando aspectos históricos, sociais e eco-
nômicos dessas tecnologias.
Resumo
Nesta unidade, a robótica é apresentada como a materialização da lógica
de programação. É importante situar esse campo, realizando uma contextu-
alização histórica e cultural da robótica e sua aplicabilidade na indústria, do
surgimento dos sistemas de automação a máquinas providas de inteligên-
Robótica: cia artificial, e seu impacto no mercado de trabalho no futuro. A partir dessa
Contextualização 10 aulas
e Experimentação contextualização, os(as) estudantes realizam atividades lúdicas e orienta-
das à resolução de problemas por meio da construção e programação de
robôs (utilizando kits de robótica ou sucata eletrônica), através dos quais se
apropriam de seus principais componentes e possibilidades de aplicação.
Sugestão de Etapas
1. Contextualização: o que é a robótica.
2. Introdução à robótica e seus principais componentes
(sensores e atuadores).
3. Resolução de desafios com o uso de sistemas robóticos.
Objetivos
Criar hipóteses para resolução de um problema específico e implementá-
-las aplicando algoritmos lógicos.
Resumo
Estudantes desenvolvem projetos interdisciplinares para exercício do pen-
samento computacional, de modo que seja possível formular um problema
computacional a partir de um contexto ou temática de interesse da turma.
Além disso, os(as) estudantes elaboram uma ou mais soluções para o pro-
Projeto de Lógica blema desenvolvido por meio de algoritmos computacionais, implementa-
10 aulas
Computacional dos com linguagens de programação e/ou sistemas robóticos explorados
nas unidades anteriores.
Sugestão de Etapas
1. Investigação e definição de um problema computacional.
2. Prototipação e comparação de soluções (elaboração de algoritmos) para
o problema computacional.
3. Aprofundamento e implementação de solução computacional, por meio
de linguagens de programação
EDUCAÇÃO EMPREENDEDORA
O componente Educação Empreendedora visa à prática do empreendedorismo em
diferentes níveis: do indivíduo, da educação, das políticas públicas, dos negócios, entre
outros. Ele é uma oportunidade para os(as) jovens desenvolverem várias competências,
como o protagonismo juvenil, o pensamento crítico e a capacidade de tomar decisões. A
proposta é que os(as) estudantes construam e tirem do papel uma iniciativa empreende-
dora, por exemplo um projeto ou um modelo de negócios. Para isso, serão convidados(as)
a vivenciar as etapas de desenvolvimento do projeto com práticas próprias do universo do
empreendedorismo. Cada grupo de estudantes poderá escolher se vai desenvolver uma
iniciativa mais voltada ao empreendedorismo social ou à orientação profissional, ou mes-
mo uma que mescle esses dois universos de atuação.
PROJETO DE INTERVENÇÃO
Inspirado em um dos princípios do protagonismo juvenil - enquanto o(a) jovem
transforma o seu entorno, transforma-se a si mesmo -, esse componente é um convite
para que os(as) estudantes, organizados(as) em grupos, identifiquem problemas na co-
munidade escolar ou do entorno e pensem em soluções criativas e viáveis. A partir dos
diagnósticos realizados e soluções levantadas, os(as) jovens elaboram seus projetos de
intervenção, que podem ser desenvolvidos, dependendo da sua natureza e complexidade,
em quaisquer áreas do conhecimento.
A metodologia da Aprendizagem Baseada em Projetos está no centro do trabalho
pedagógico. Os(as) professores(as) devem orientar os(as) estudantes a atuarem ativamen-
te em cada etapa do projeto (mobilização, planejamento, desenvolvimento e apropriação
de resultados), que deverá culminar na elaboração de um registro para a sistematização
dos conhecimentos e do compartilhamento da experiência intra e extraescolar.
Boa leitura!
Sidnei Medeiros Modolon
(Técnico da SED)
AUTORES(AS) ÁREAS
Augustinho José Petry Linguagens e suas Tecnologias
Diane Lewiski Ferro Matemática e suas Tecnologias
Eliriane Ana Tonatto dos Santos Ciências da Natureza e suas Tecnologias
Joice de Souza Avelina Costa Ciências Humanas e Sociais Aplicadas
Lenemar Lúcia Penso Fraporti Ciência e Tecnologia
Marli Lúcia Schwengber Schaefer Componentes Integradores
Rosangela Furlaneto
Rosilene Gabriel Schneider
RESUMO
Este Componente Curricular Eletivo provoca os(as) jovens a ressignificar e a valo-
rizar o papel da vida estudantil em seus projetos de vida, e a aperfeiçoar seus hábitos
e suas estratégias de estudo. Ele tem como eixo central o processo de construção, de
atualização e de acompanhamento dos planos de estudo, ao longo do qual os(as) jovens
desenvolvem habilidades de autogestão, planejam suas rotinas de estudo e agregamnovos
sentidos ao cotidiano escolar.
Também traçam objetivos de estudo quedesejam alcançar, no contexto escolar e
para além dele, e constroem estratégias para alcançá-los. Além dos encontros dedicados
aos planos de estudo, há ainda outras situações de aprendizagem que mobilizam os(as)
jovens a se responsabilizar pelaprópria aprendizagem e pela dos(as) colegas, assim como
a aperfeiçoar suas estratégias de estudo. Na etapa “Aprender para debater”, aprendem a
realizar pesquisas e resumos a partir dos quais poderão se posicionar criticamente sobre
temas e dilemas em discussão. Na unidade temática intitulada “Aprender para ensinar:
criando videoaulas”, os(as) jovens mapeiam os desafios de aprendizagem da turma e, para
superá-los, engajam-se na criação de videoaulas, processo durante o qual aprofundam
suas aprendizagens para que possam ensinar aos(às) colegas, em uma perspectiva de
colaboração e ajuda mútua. Já nos “Momentos de leitura dirigida”, aperfeiçoam suas habi-
lidades de leitura e compreensão de textos. Ao longo de todo o semestre, os conteúdos e
os objetos de conhecimento que estarão em foco serão definidos pela própria turma, em
consonância com seus desafios de aprendizagem e objetivos de estudo.
JUSTIFICATIVA
Tão importante quanto garantir a permanência dos(as) estudantes na escola para a
conclusão da Educação Básica é possibilitar que desenvolvam aprendizagens que fortaleçam
a autonomia, a responsabilidade e outras habilidades para atuarem como cidadãos e cidadãs
críticos e ativos na sociedade em que vivem. Hoje, já se sabe que os modos de aprender são
diversos e singulares, por exemplo: há estudantes que aprendem com mais facilidade quando
trabalham de forma colaborativa; outros(as) quando estão sozinhos(as) e em ambientes si-
lenciosos; grande parte aprende a partir de atividades mais experienciais e tende a se engajar
mais em atividades nas quais enxerga algum sentido prático ou relevância para suas vidas. A
isso se soma o esforço de apoiar os(as) estudantes a se verem como corresponsáveis pela
própria aprendizagem, em um processo de construção da autonomia que os(as) leve a en-
xergar a relevância dos estudos e do percurso escolar para a construção de seus projetos de
vida. Este componente endereça tais questões em um esforço de instigar os(as) estudantes a
desenvolverem habilidades de autogestão (relacionadas à responsabilidade, ao foco, ao plane-
jamento para alcançar seus objetivos) e a se conhecerem melhor, especialmente na dimensão
metacognitiva, para que compreendam como seus pensamentos se estruturam e, assim, en-
tendam as formas de aprender e planejar os estudos que funcionam melhor para si.
OBJETOS DE CONHECIMENTO
Os objetos de conhecimento variam de turma para turma, conforme as escolhas te-
máticas dos(as) estudantes para realizar as atividades de leitura dirigida, debate e produção
de videoaulas. Tendo isso em vista, ao longo do semestre, é importante que o(a) professor(a)
mapeie, no currículo do estado e na BNCC, os objetos de conhecimento que se relacionam di-
retamente às práticas da turma. Nesse sentido, duas observações são importantes: a) esse
mapeamento é relevante pois permitirá ao(à) docente um registro mais completo do percurso
formativo do semestre; b) deve-se selecionar apenas os objetos de conhecimento que têm
relação direta com as ações a serem realizadas pelos(as) estudantes.
AVALIAÇÃO
A avaliação deste componente é processual, formativa e qualitativa; por isso deve
ser incorporada como prática rotineira. O foco no diagnóstico das aprendizagens dos(as)
estudantes é uma maneira de fomentar a mediação do(a) professor(a), que pode pautar
seu planejamento das aulas conforme as necessidades e os desafios que identificar na
turma ao longo do semestre. Nesse sentido, o(a) professor(a) pode acompanhar de perto a
construção e a constante atualização dos planos de estudo dos(as) jovens e, a partir deles,
mapear e estabelecer novas metas para sua mediação. Para além disso, sugere-se a obser-
vação compartilhada dos(as) professores(as), na perspectiva de avaliar o desenvolvimento
das competências e habilidades pelos(as) estudantes. Já nas situações de aprendizagem
de viés colaborativo, sobretudo no debate e na produção das videoaulas, recomenda-se a
realização de rodas de conversa avaliativa, que permitam aos(às) estudantes se autoava-
liar e avaliar o trabalho, o envolvimento, o comprometimento e as aprendizagens de seus
colegas e grupos de trabalho. A avaliação final do semestre letivo deste componente será
por meio de um Parecer Descritivo, em sintonia com as orientações elaboradas pela SED e
enviadas para as escolas.
Vídeos
ALUNOS no comando. Página do YouTube. Disponível em:https://bit.ly/35URdHO. Acesso em:
2 nov. 2020.
COMO Aprender... a Aprender!. 1 vídeo (20min55s). 15. jon. 2014. Publicado por
Arata Academy. Disponível em: https://youtu.be/PHnBUw1bUCU. Acesso em: 02 nov.
2020.
COMO fazer um cronograma/plano de estudos. Débora Aladim. 1 vídeo (12min16s). 29 mar.
2017. Publicado por Débora Aladim. Disponível em: https://youtu.be/LuiKsNB1GFg. Acesso em:
02 nov. 2020.
Objetivos
Apoiar os(as) jovens a se conhecerem melhor como estudantes (identi-
ficar como aprendem e estruturam o próprio pensamento, por exemplo).
Apoiar os(as) estudantes a planejar e gerir, de forma protagonista, os
próprios estudos, para que se desenvolvam como estudantes proativos
e autônomos, e ressignifiquem o papel dos estudos em seus projetos
de vida.
Promover oportunidades diversas para o estudo colaborativo e a apro-
priação de estratégias de estudo.
Resumo
A sugestão é que a carga horária dessa unidade temática seja distribuída
ao longo do semestre, conforme descrição a seguir. Nas primeiras aulas
do componente, 7 horas concentram atividades voltadas à construção de
planos de estudos, exercícios de metacognição e momentos de estudo
colaborativo. O restante das horas podem ser distribuídos ao longo do se-
Estudantes
mestre, para que os(as) estudantes retomem e atualizem seus planos de
14 aulas
Protagonistas estudo, e experimentem novas rodadas de estudo colaborativo.
Sugestão de Etapas
1. Mapeamento individual de aspectos metacognitivos e relacionados ao
cotidiano de estudos, por meio de formulários híbridos, que contemplem
tópicos como: quais os seus principais desafios em termos de aprendiza-
gens, como você aprende melhor, seus principais avanços, os componen-
tes e as áreas nas quais têm mais dificuldade ou facilidade, as metas de
estudo e como elas dialogam com seus projetos de vida e aspirações.
2. Turma cria um mural (físico ou virtual) para indicar seus principais de-
safios em comum, a fim de que possam endereçá-los em momentos de
estudo colaborativo.
3. Construção de planos de estudos individuais, alinhados aos projetos de
vida dos(as) estudantes. O(A) professor(a) pode sugerir diferentes ferra-
mentas para a construção (planners digitais ou físicos, uso de agenda, etc.)
4. Vivências de estratégias de estudo diversas, especialmente de estudo
colaborativo.
Objetivos
Oportunizar que os(as) estudantes participem de debate sobre um assunto polêmi-
co, escolhido pela turma e relacionado às áreas do conhecimento.
Mobilizar os(as) jovens para participarem de forma qualificada de uma situação real
que exige argumentação e posicionamento.
Estudar em profundidade sobre o tema escolhido e construir posicionamentos sobre
questões e dilemas relacionados a ele.
Aprender para
10 aulas Resumo
Debater
A turma faz o levantamento de temas sobre os quais sente necessidade de se aprofun-
dar e se organiza em grupos de acordo com seus interesses e seus desafios de apren-
dizagem. Sugere-se, então, que o(a) professor(a) oriente o aprofundamento das apren-
dizagens, recorrendo, para tanto, a processos de pesquisa e curadoria de materiais, às
estratégias de apoio à compreensão (resumo, mapas mentais) e a rodadas de estudo
colaborativo. Então, os(as) estudantes constroem seus posicionamentos a partir dos es-
tudos que fizeram, assim como as regras e as dinâmicas dos debates. Por fim, realizam
o debate. Uma sugestão é que, ao longo do processo, a turma possa ter uma conversa
com um(a) profissional que a ajude a aprender como debater, a se posicionar.
Objetivos
Envolver os(as) estudantes na criação de videoaulas que apoiem os(as) colegas da
turma ou da escola de outra turma (ou mesmo aqueles que não cursam o CCE)
Resumo
Recursos digitais são importantes para o desenvolvimento do trabalho e do estudo co-
laborativo. Nesta unidade temática, a turma se organiza em grupos de acordo com seus
Aprender
para Ensinar: potenciais para criar conteúdos educativos e ensinar aos(às) colegas que têm dificul-
10 aulas
criando dades em algum componente ou tema. Então, os grupos se organizam para planejar e
videoaulas
produzir suas videoaulas. A aprendizagem e os estudos estarão envolvidos ao longo de
todo o processo: da elaboração dos roteiros à gravação dos vídeos; afinal de contas, é
preciso que os(as) estudantes aprofundem seus conhecimentos para que possam com-
partilhá-los com outras pessoas. A sugestão é que sejam feitas videoaulas, mas a turma
também pode optar por produzir curtas, documentários e até filmes educativos de ani-
mação. Como inspiração, sugerimos conhecer o projeto “Alunos no Comando’, indicado
nas “Fontes de informação e pesquisa”.
Objetivos
Promover momentos para que os(as) estudantes ampliem suas habilidades de leitu-
ra e a compreensão de textos diversos, atrativos e relacionados ao que estudam nos
demais componentes curriculares.
Resumo
Esta unidade temática é inspirada na atividade “Intercâmbio com o autor”, do livro “A
sala de aula inovadora: estratégias pedagógicas para fomentar o aprendizado ativo”, que
Momentos propõe considerar a leitura como uma conversa entre autor e leitor. Propõe-se, portanto,
de Leitura 6 aulas que, nas aulas, os(as) estudantes sejam desafiados a dialogar e a discutir com a figu-
Dirigida
ra do autor, recorrendo a seus conhecimentos prévios, posicionando-se criticamente a
respeito dos argumentos apresentados, registrando seus entendimentos e ideias rela-
tivos ao texto. Recomenda-se que as aulas desta unidade temática sejam distribuídas
ao longo do semestre e que os textos a serem lidos sejam escolhidos em conjunto com
os(as) estudantes, seguindo o padrão deste componente. Além disso, sugere- se que o
professor forneça um quadro que oriente a leitura dos(as) estudantes e traga categorias
problematizadoras, que favoreçam o diálogo. As categorias que compõem esse quadro
orientador podem ser: “O objetivo do texto é…”, “O texto diz que...”, “Eu penso que…”, “Eu
tenho dúvidas sobre…”, “Eu concluo que…”.
AUTORES(AS)
Alana Capitanio
Ana Maria Stolfi Lenir Alixandre
Bruna Nunes da Silva Ligia Vieira Dullius Gottschalk
Carlos Alexandre de Freitas Luciana de Fátima Sauer
Célio Barbosa dos Santos Luciane Aparecida dos Santos
Cristiane de Oliveira Maciel Luiz Roberto Liberato
Denize Weiss Coelho Medeiros Mari Marisa Barthel
Edson Ferreira Veiga Maria Aparecida dos Santos
Edson Morais Araújo Maria Cristina Spies Uhry
Emanuele Staudt Dias Maria Estela Machado Vieira Gomes
Fabiano Maurício Ponciano Oscar da Silva
Fabieli Simone Lange Grabin Rosana Richter
Fernanda Krausburg Sartori Roselene Aparecida Flesch Soligo
Franciela Noetzold Shayanne Caroline Rosa
Giane Luci Pantano Cecchin Tárcila Jensen Conzatti
Gisela Cristina Richter Uirajá da Rosa Rodrigues Júnior
Israel Raulino Coelho Veridiana Merque Ferraz
Viviane Brito Kerber Ferraz
ÁREAS
Linguagens e suas Tecnologias
Matemática e suas Tecnologias
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
Ciências Humanas e Sociais Aplicadas
Ciência e Tecnologia
Componentes Integradores
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
� Desenvolver habilidades e comportamentos empreendedores.
� Construir senso de coletividade, relacionamento interpessoal e trabalho em equipe no
contexto da educação empreendedora.
� Desenvolver o autoconhecimento, levando em conta aspectos pessoais, estudantis e
empreendedores.
� Desenvolver senso crítico a respeito de situações, dilemas e soluções
� desafiadoras para tomar decisões assertivas.
� Praticar a resiliência para construir planos e alcançar os objetivos estabelecidos.
� Estabelecer metas, com eventos e datas definidas, reforçando uma
� atitude responsável.
� Desenvolver habilidades para o trabalho colaborativo.
� Desenvolver competências socioemocionais como: autonomia nos estudos, proativida-
de, autoconfiança e senso de responsabilidade.
� Ser protagonista no mundo e para o trabalho, por meio de ações empreendedoras.
� Identificar tendências de mercado e oportunidades de negócio no
� contexto local.
Empreendedorismo
� Reconhecer e utilizar qualidades e fragilidades pessoais com confiança para superar
desafios e alcançar objetivos pessoais e profissionais, agindo de forma proativa e em-
preendedora e perseverando em situações de estresse, frustração, fracasso e adversi-
dade.
� Utilizar estratégias de planejamento, organização e empreendedorismo para estabele-
cer e adaptar metas, identificar caminhos, mobilizar apoios e recursos, para realizar pro-
jetos pessoais e produtivos com foco, persistência e efetividade.
� Refletir continuamente sobre seu próprio desenvolvimento e sobre seus objetivos pre-
sentes e futuros, identificando aspirações e oportunidades, inclusive relacionadas ao
mundo do trabalho, que orientem escolhas, esforços e ações em relação à sua vida
pessoal, profissional e cidadã.
OBJETOS DE CONHECIMENTO
Introdução à Educação Empreendedora
� Abordagem ao empreendedorismo – conceitos, características, personagens, ações
empreendedoras.
� Estudo sobre experiências pessoais que caracterizem situações de empreendedorismo.
� Descoberta e potencialização das competências e habilidades pessoais.
� Relações: desafios e qualidades no ambiente social.
� Aprender a estabelecer metas, objetivos e a almejar resultados.
Objetivos
Oportunizar aos(às) estudantes a construção de conhecimentos sobre em-
preendedorismo, especialmente aqueles relacionados a seus contextos e po-
tencialidades de desenvolvimento, resgatando aspectos da realidade vivida,
do convívio familiar e da sociedade contemporânea.
Resumo
Tomando como ponto de partida aspectos da realidade dos(as) estudantes e
de seus interesses, é realizado um mapeamento de suas expectativas para o
componente. Em seguida, ocorre a conceituação do empreendedorismo e de
abordagens próprias desse campo de atuação. Por fim, os(as) jovens vivenciam
um processo em que estabelecem metas pessoais de mudanças.
Sugestão de Etapas
Introdução ao
Empreendedo- 8 aulas Promover ações em que os(as) estudantes projetam suas expectativas em
rismo relação ao componente, levando em conta suas realidades e as possibilida-
des de mudança que projetam para si.
Apresentar e promover a apropriação de abordagens e conceitos próprios do
Empreendedorismo a partir de estratégias como pesquisas, leitura sobre os te-
mas da Educação Empreendedora, saídas a campo, palestras, estudos de caso.
Realizar atividades e dinâmicas, individuais e coletivas, para que os(as) estu-
dantes estabeleçam metas de atuação para alcançar os resultados que es-
peram para si nas dimensões pessoal, familiar, estudantil e empreendedora.
Objetivos
Promover a apropriação, pelos(as) estudantes, de conhecimentos sobre em-
preendedorismo social e sustentável e realizar projetos nessa perspectiva.
Resumo
Nesta unidade temática, as dimensões social e sustentável do empreendedo-
rismo ganham centralidade. O percurso começa com práticas que permitam
aos(às) jovens compreender aspectos sociais, econômicos e culturais do terri-
tório em que vivem. Depois, eles(as) identificam possibilidades de participação
juvenil e de construção de iniciativas empreendedoras para o enfrentamento de
problemas locais.
Empreendedo-
rismo:
12 aulas
Social e Sugestão de Etapas
Sustentável
1. Promover estudos sobre aspectos sociais, econômicos e culturais do território.
2. Tematizar aspectos e desafios da realidade local que possibilitam a abertura
e a criação de novos empreendimentos sociais e sustentáveis. Para isso, fazer a
projeção de imagens, vídeos
de produção local, matérias jornalísticas que contemplem características da re-
gião, com atratividade para o crescimento e a exploração de empreendimentos.
3. Incentivar que cada estudante identifique possibilidades de participação na
sociedade, contemplando tópicos como serviço público, clubes de serviços e
voluntariado.
Objetivos
Promover a orientação dos(as) estudantes sobre o empreendedorismo no
contexto do mercado do trabalho, contemplando tópicos sobre a perma-
nência no mercado do trabalho (intraempreendedorismo), a participação
e a colaboração na sociedade (empreendedorismo social) e o conheci-
mento de fatores econômicos empreendedorismo empresarial) por meio
da prestação de serviços, da produção industrial e/ou da comercialização.
Resumo
A unidade temática começa com um estudo da economia local, para que
os(as) estudantes conheçam empreendedores locais de sucesso. Essas
ações fomentam a atividade final do semestre, em que os(as) jovens constro-
em seus próprios planos de negócio a partir de estudos de mercado.
Sugestão de Etapas
1. Apresentar um panorama sobre o mercado de trabalho, as atividades e as
empresas existentes no território. Para isso, promover estudo da economia
local, pontuar situações que promovem o crescimento econômico e a divul-
Empreendedorismo:
Foco Empresarial
20 aulas gação da região.
2. Expor situações que contribuem para o entendimento da atuação dos(as)
empreendedores(as) no contexto empresarial, assim como das profissões e
das qualificações necessárias para atuação
no ramo empreendedor de sucesso. Para tanto, realizar visitas, promover
ações empresariais, contatar associações comerciais, industriais e rurais, re-
latar experiências, promover eventos com participação em palestras.
3. Promover a realização de projetos empreendedores a partir da formação
de grupos de trabalho, estimulando a contribuição coletiva.
4. Promover o desenvolvimento de Planos de Negócios, apoiando os(as)
estudantes a estruturar as etapas do plano, a construir um cronograma de
ações e a definir maneiras para apresentar seus resultados.
AUTORES(AS) ÁREAS
Linguagens e suas Tecnologias
Clarice Wrasse Bier
Matemática e suas Tecnologias
Débora Estela Pereira Spolti
Daiane Ferreira Mendes Ciências da Natureza e suas Tecnologias
Elka Calafi Pouey de Souza Ciências Humanas e Sociais Aplicadas
Fabiano M. Ponciano Ciência e Tecnologia
Janete Aparecida Rodrigues Componentes Integradores
Josiane da Silva
Lilian Zanella
Lisete de Bastos Ditadi
Rosana Aparecida Marcolino
Rosana Richter
Sandra Maria Zardo Morescho
Silmara Savoldi Pastore
Valdinei Deretti
Vera Lucia Gonçalves Carvalho
Veridiana Merque Ferraz
RESUMO
O Componente Projeto de Intervenção considera essencialmente os contextos
dos(as) estudantes nas suas diversas realidades. O trabalho com a aprendizagem baseada
em projetos é o foco deste CCE (algumas características: ter espaços para voz e escolha
dos(as) estudantes em relação a temas e trajetórias dos projetos; estar conectado a pro-
blemas do mundo real; prever sistematização e “produtos públicos” para compartilhamen-
to e comunicação com a comunidade escolar).
Os(as) jovens são convidados(as) a refletir e a dialogar sobre seus contextos (his-
tórico, político, social, cultural, comunitário e ambiental), e a interagir para propor projetos
com possibilidades de transformações. O percurso do componente é dividido em quatro
unidades temáticas:
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
� Intervir com práticas criativas, dentro e fora da comunidade escolar, valorizando a diversida-
de presente nesses espaços por meio de processos colaborativos, promovendo ações que
proporcionem o bem-estar da coletividade com base nos interesses dos(as) jovens.
� Aprimorar a capacidade de reflexão e análise crítica para identificação de problemas e/
ou de necessidades da comunidade escolar ou extraescolar.
� Aprofundar os conhecimentos de pesquisa, de forma embasada, sobre as problemáti-
cas presentes no seu espaço (escolar ou do entorno da escola e/ou na comunidade de
forma mais abrangente), contribuindo com ações criativas e de transformação, a fim de
amenizar e ou de solucionar os problemas identificados.
� Aprender a desenvolver um projeto em equipe e colaborativamente, percorrendo todas
as suas etapas (mobilização, planejamento,desenvolvimento e apropriação de resulta-
dos) para realizar a intervenção idealizada.
� Utilizar diferentes linguagens e mídias digitais como forma de fomento e de compar-
tilhamento de ações realizadas na comunidadeescolar ou extraescolar.
4. Comunicação - Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual- motora, como Libras,
e (escrita), corporal, visual, sonora e digital – bem como conhecimentos das linguagens artís-
tica, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e
sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.
OBJETOS DE CONHECIMENTO
Os objetos de conhecimento variam de turma para turma, conforme as escolhas
temáticas e as configurações de situações-problema feitas pelos(as) estudantes. Todavia,
serão construídos durante o processo de mediação deste componente, uma vez que a
turma já tenha consolidado suas definições iniciais a partir da situação-problema na etapa
de mobilização. É importante que o(a) professor(a) mapeie, no currículo do estado e na
BNCC, os objetos de conhecimento que se relacionam diretamente aos projetos da turma.
Nesse sentido, duas observações são importantes: a) esse mapeamento é relevante, pois
permitirá ao(à) docente um registro mais completo do percurso formativo do semestre; b)
devem-se selecionar apenas os objetos de conhecimento que têm relação direta com os
projetos e que serão endereçados de forma intencional por ele, em diálogo com as habili-
dades e competências em foco.
Etapa de mobilização dos(as) estudantes - momento que são convidados a fazer uma pes-
quisa orientada para identificar situações-problema. Para tanto, podem usar diferentes mé-
todos como a observação com roteiro de apoio, entrevistas com diferentes integrantes da
comunidade, rodas de conversa, levantamento de dados, consulta a órgãos públicos, etc.
Etapa de apropriação dos resultados - registro dos projetos em diferentes gêneros (por
exemplo: produção de documentários, portfólios, etc. para devolutiva e discussão dos re-
sultados com a comunidade escolar e/ ou comunidade local por meio de seminários, expo-
sições em eventos escolares e comunitários.
AVALIAÇÃO
A avaliação dar-se-á de forma diagnóstica, processual, formativa e qualitativa. A
partir de sua interação e participação, o(a) estudante será avaliado ao longo do processo,
considerando o seu percurso formativo, seus avanços e desenvolvimento de habilidades e
competências propostas pelo componente curricular. Alguns aspectos que podem auxiliar
o(a) professor(a) no processo avaliativo são: o envolvimento dos(as) estudantes com o
trabalho desenvolvido, frequência, comprometimento, abertura para o novo e coletividade.
Em razão disso, a avaliação não é uma atividade neutra; ela acontece a todo momento e
nos mais diferentes processos de ensino-aprendizagem. A avaliação da aprendizagem é
um recurso para estudantes, professores e gestores se apropriarem dos avanços e dos
desafios em relação à aprendizagem e ao desenvolvimento de competências cognitivas e
socioemocionais.
É um princípio e uma prática pedagógica que promovem o diálogo, a corresponsa-
bilidade, o autoconhecimento, a autogestão e a construção da autonomia pelos(as) estu-
dantes. A avaliação formativa pode ser pautada em instrumentos como: diários de bordo,
webfólios, avaliação entre pares e avaliação por rubricas, que contribuem para a autoava-
liação dos(as) estudantes e para o feedback dos(as) professores. A avaliação final deste
componente deverá ser realizada por meio de um Parecer Descritivo, em sintonia com as
orientações elaboradas pela SED e enviadas para as escolas.
Objetivos
Reconhecer o contexto social no qual os(as) estudantes estão inseridos
e convidá-los para identificar situações-problema, mapear realidades do
território, sugerir temas, pesquisar e discutir, e, a partir dessas reflexões,
formar grupos para idealizar e identificar a viabilização de seus projetos
de intervenção.
Resumo
Etapa para identificação da situação-problema a ser enfrentada pelos(as) es-
tudantes e para a formação dos grupos de trabalho.
A turma realiza o mapeamento das realidades do território da comunidade es-
Mobilização 8 aulas colar ou do entorno e identifica as potencialidades e/ ou problemáticas, além
de aspectos como a possibilidade de acesso e participação das juventudes.
A partir dessas reflexões, os(as) estudantes configuram situações-problema
sobre as quais gostariam de aprofundar seus conhecimentos, organizam-se
em grupos de acordo com seus interesses nas situações elencadas e dão iní-
cio a um processo de investigação e construção de soluções criativas para os
problemas identificados. Então, desenvolvem aprendizagens para qualificar
projetos de intervenção que respondam às suas respectivas situações-pro-
blema. É importante, nesta primeira etapa, estabelecer acordos com os(as)
com os(as) estudantes, como comprometimento, pontualidade, respeito e en-
gajamento com o outro, além da adoção do registro no percurso, por meio de
Diários de Bordo/Webfólios.
Objetivos
Elaborar os projetos por escrito, buscando fundamentá-los teoricamente
(busca de conhecimento), identificando as ações, os recursos e as parce-
rias necessários para realizá-los, projetando cronogramas de realização e
dividindo as tarefas entre seus integrantes. Compartilhar os planejamen-
tos com a equipe pedagógica da escola.
Resumo
Etapa de escrita e compartilhamento dos projetos. Os(As) alunos(as) deta-
lham e ordenam as ações, definem prioridades, organizam as tarefas, iden-
Planejamento 10 aulas tificam os recursos humanos, os materiais necessários ao projeto e definem
estratégias para resolver problemas previsíveis.
Planejar também é uma maneira de antever os desafios desse processo. Assim,
é necessário definir um cronograma, as responsabilidades dos(as) integrantes de
cada grupo e criar um sentimento de corresponsabilidade pelo processo, a fim de
que os projetos se concretizem de maneira colaborativa. Os grupos apresentam
a primeira versão de seus planejamentos ao(à) professor(a) e à equipe pedagó-
gica da escola e a outros convidados que queiram incluir para que seja discutida
e validada, e, se necessário, fazerem os ajustes propostos pelos educadores. Ao
longo do processo, os grupos mantêm seus Diários de Bordo/Webfólios atualiza-
dos com registros audiovisuais e avaliativos.
Objetivos
Possibilitar que os(as) estudantes coloquem em prática as ações planeja-
das, exercitem o protagonismo diante de seus objetivos, superem obstácu-
los de forma reflexiva, cresçam com as adversidades, arrisquem, acertem,
errem, experimentem, aprendendo por meio do fazer colaborativo.
Resumo
Etapa para tirar os projetos do papel e realizar intervenções por meio de processos
criativos e significativos. O projeto se desenvolve de forma colaborativa; é o mo-
mento de colocar em prática as ações planejadas para a intervenção no território.
Recomenda-se que no primeiro encontro sejam feitos acordos com a turma para
pactuar os cuidados necessários durante esse processo, reforçar a importância da
Desenvolvimento 14 aulas colaboração e de seguirem os rumos dos planejamentos, adaptando-os quando
necessário. No decorrer do desenvolvimento, avaliar o andamento das ações, a
participação dos(as) integrantes em cada grupo e promover avaliações pelos(as)
próprios(as) estudantes a fim de identificarem o que deu certo, o que poderia ser di-
ferente e assim revisarem os seus planejamentos. Eles(as) também podem utilizar
as redes sociais e outras estratégias de comunicação para mobilizar a comunidade
escolar para suas intervenções no território. Ao longo do processo, os grupos man-
têm seus Diários de Bordo/Webfólios atualizados.
Objetivos
Refletir e avaliar o percurso realizado para apropriar-se e registrar os resulta-
dos obtidos com os projetos, de forma coletiva e individual. Construir uma
proposta de comunicação para compartilhar a relevância das intervenções
com a comunidade escolar e instituições públicas ou privadas.
Resumo
Etapa para sistematizar os aprendizados e registrar os resultados. Possibilitar
que os(as) estudantes reflitam sobre o que vivenciaramao longo do projeto,
aprendam com acertos e erros, tenham crítica sobre o trabalho que foi desen-
Apropriação de volvido, identifiquem o que aprenderam e avaliem as competências desenvol-
8 aulas
Resultados vidas no projeto, por meio de feedbacks coletivos e uma autoavaliação. A par-
tir dos registros e memórias criadas pelos(as) estudantes em seus Diários de
Bordo/Webfólios, dos registros de acompanhamento do(a)(s) professor(as)
(es) e dos registros audiovisuais das intervenções no território, a turma reflete
sobre as vivências que teve ao cursar esse componente curricular. Ao final,
os projetos concluídos devem mostrar que a escola ganhou duas vezes: por
ter se transformado epor ter possibilitado o desenvolvimento de competên-
cias pelos(as) estudantes. Então, os grupos são convocados a planejar e a
criar formas de dialogar e compartilhar com a comunidade escolar e/ ou
com instituições públicas e privadas sobre a relevância dasintervenções no
seu território.
AUTORES(AS) ÁREAS
Ana Maria Stolfi Linguagens e suas Tecnologias
Ana Paula Wizniewski Matemática e suas Tecnologias
Augustinho José Petry Ciências da Natureza e suas Tecnologias
Cristiane Soares Ciências Humanas e Sociais Aplicadas
Daniela Meurer Ciência e Tecnologia
Gisela Cristina Richter Componentes Integradores
Janete Aparecida Rodrigues
Maisa Dill
Marilin Cristine Silveira Schick
Marivane Vedelago Junges
Nislâine Lima da Silva Tamanini
Pamela Jaine Silva da Silva
Soleandro Zambon
Tânia Marise Specht
RESUMO
O Componente Curricular Eletivo Projeto de Pesquisa e Iniciação Científica é uma opor-
tunidade de o(a) estudante despertar a curiosidade e o desejo de vivenciar uma pesquisa, e de
aprender a realizá- la percorrendo as etapas de um projeto construído coletiva e colaborativa-
mente com colegas que tenham os mesmos interesses.
Para o desenvolvimento do componente, primeiramente é importante a realização de
uma escuta com os(as) estudantes para que eles(as) possam sugerir a temática ou a proble-
mática a ser trabalhada. Dessa maneira, a escolha do tema e/ou problema não ficará limitada
aos(às) professores(as), e sim será fruto do diálogo com os(as) estudantes que terão participa-
ção efetiva durante todo o processo, visto que o projeto será desenvolvido a partir de um tema
e/ou problema ligado à realidade dos(as) discentes.
A partir da definição do tema e/ou problema a ser pesquisado, será necessário que se tra-
balhe com os(as) estudantes a teoria referente à concepção de um projeto, articulando com noções
introdutórias e avançadas sobre o conhecimento científico. O desenvolvimento da pesquisa será
baseado em métodos qualitativos e quantitativos, utilizando-se variadas estratégias como pesqui-
sa bibliográfica, coleta/ análise de dados por meio de gráficos, interpretação das informações cole-
tadas, análise crítica dos resultados, uso de recursos tecnológicos, investigação científica.
A construção do projeto envolverá quatro etapas:
Com esse percurso, espera-se que os(as) estudantes desenvolvam competências como a
valorização do conhecimento, o Pensamento Científico, Crítico e Criativo, e a argumenta-
ção experimentando ser protagonista de sua aprendizagem.
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
Desenvolver espírito investigativo a partir de suas curiosidades, inquietações e/ou pro-
blematizações.
Aprender a levantar hipóteses e realizar pesquisa com base científica para confirmá-las
ou refutá-las.
Conhecer diferentes métodos científicos e selecionar o mais adequado para realizar a
pesquisa de acordo com as problematizações e hipóteses levantadas.
Demonstrar e reconhecer a interdependência entre as diversas etapas da pesquisa cien-
tífica, desde a escolha do tema até a estrutura do conhecimento científico.
Aprender a desenvolver um projeto em equipe e colaborativamente ao percorrer todas
as suas etapas (mobilização, planejamento, desenvolvimento, e apropriação de resul-
tados) para realizar uma pesquisa.
Analisar os resultados da pesquisa e sistematizá-los adotando gêneros específicos
para comunicá-los de acordo com o perfil do público-alvo (comunidade escolar, comu-
nidade científica, etc.).
Fase II: - Retorno ao problema - Crítica e aplicação das novas informações - Solicitação de
dados adicionais - Redefinição do problema
Reformulação de hipóteses - Identificação de novos temas de aprendizagem - Anotação
das fontes
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular: Ensino Médio. Brasília: MEC-Secretaria de Edu-
cação Básica, 2018.
BARROS, A. J. S.; LEHFELD, N. A. S. Fundamentos de metodologia científica. 3. ed. São
Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.
CRUZ, C; RIBEIRO, U. Metodologia científica: teoria e prática. 2. ed. Rio de Janeiro: Axcel
Books, c2004. 324 p.
OBSERVAÇÕES
Caso seja de interesse dos grupos de estudantes compartilharem suas pesquisas em
eventos científicos, será preciso trabalhar a produção final de acordo com os padrões aca-
dêmicos e buscar espaços para essecompartilhamento.
#Segue link da relação de Feiras Afiliadas à FEBRACE 2020:https://febrace.org.br/feiras-afi-
liadas/2020/ .X4jW1dBKjIU.Acesso em: 15 out. 2020.
Objetivos
Despertar a curiosidade dos(as) estudantes pela pesquisa a partir de levantamento
de temas e/ou problemas que eles(as) identifiquem interessantes para percor-
rerem em grupo; um caminho de investigação.
Resumo
Nesta etapa de mobilização, o(a) professor(a) vai dialogar e instigar os(as) estu-
dantes a identificarem temas e/ou problemas de seus interesses para pesquisa-
rem, formando grupos de estudo a partir de interesses afins. Os(As) estudantes
Mobilização 8 aulas
terão oportunidade de se aprofundar no tema e/ou problema de pesquisa esco-
lhido, relacionando seus conhecimentos prévios com novas descobertas a se-
rem traçadas no percorrer do estudo. O trabalho pedagógico pode ser pautado
na aprendizagem baseada em projetos ou na aprendizagem baseada na inves-
tigação e por dinâmicas para formação dos grupos que vão se consolidando no
decorrer das aulas pelas vivências e pelos interesses comuns. Temas como: “O
que é um projeto de pesquisa”; “O que é uma pesquisa científica”; “Diferença entre
senso comum e conhecimento científico” podem permear esses diálogos iniciais
para compor o trabalho de mobilização.
Objetivos
Definir as questões da pesquisa, levantar possíveis fontes de informação e ela-
borar um projeto de investigação.
Resumo
Nesta etapa, os(as) estudantes dão continuidade aos estudos nos grupos de in-
teresses afins, delineando o trajeto do Projeto de Pesquisae Iniciação Científica.
O(A)professor(a) vai articular e incentivar os(as) estudantes a aprofundarem o
conhecimento científico com as práticas coletivas e colaborativas.
Durante esta etapa, os(as) estudantes vão se dedicar a elaborar o projeto que
pode ser estruturado a partir dos seguintes itens: Temática;Problema; Justifica-
tiva; Objetivo Geral; Objetivos Específicos; Metodologia da pesquisa; Referência
bibliográfica.
Para apoiar os(as) estudantes nessa estruturação dos projetos,seguem algumas
Planejamento 12 aulas
perguntas:
Qual o objetivo da pesquisa?
Por que essa pesquisa é relevante?
Como a pesquisa será desenvolvida? Qual o método de pesquisa que será ado-
tado pelos diferentes grupos?
Como será a divisão de tarefas?
Que recursos serão necessários?
Que cronograma será seguido?
Como organizar as referências bibliográficas?
Quais a regras para fazer uma boa pesquisa?
Como será feito o registro dos resultados da pesquisa?
É importante o(a) professor(a) analisar junto com cada grupo qual(is) méto-
do(s) de pesquisa mostra(m)-se mais adequado(s) à pesquisa proposta (pes-
quisa bibliográfica, entrevistas, observação direta e indireta, estudo de caso,
pesquisa experimental, pesquisa etnográfica, pesquisa documental, pesquisa
de campo, etc.). Pode ser necessário estruturar um passo a passo de atividades
que promoverão a vivência, pelos(as) estudantes, dos procedimentos adotados
(por exemplo: preparação de roteiro para investigação, orientações para obser-
vação ou elaboração de questionários aberto e fechado, etc.).
Com os projetos escritos, os grupos apresentam suas intenções de pesquisas
para o professor, para a equipe pedagógica da escola e para outros convidados
que queiram incluir, a fim de dialogarem e coletarem orientações e contribui-
ções para a continuidade do trabalho. Caso necessário, ajustes devem ser reali-
zados nos projetos antes de seguirem para a execução.
Objetivos
Implementar o planejamento, colocando em prática os procedimentos de
pesquisa conquistando os conhecimentos relacionados ao tema e/ou pro-
blema.
Resumo
É o momento em que os(as) estudantes vivenciam os procedimentos de pesqui-
Desenvolvi- sa que possibilitarão que eles aprendam sobre o tema e/ ou problema escolhido
8 aulas
mento e respondam à questão da pesquisa. Ao longo do percurso, o(a) professor(a)
verifica os avanços do grupo, faz devolutivas, esclarece dúvidas, discute os re-
sultados. É essencial que o(a) professor(a) acompanhe atentamente o desen-
volvimento da metodologia de pesquisa escolhida questionando, esclarecendo,
orientando os trabalhos dos grupos, apoiando os(as) jovens na gestão do tem-
po e dos resultados, nos registros das decisões e ações, e a manterem o foco
nas atividades do projeto, de modo que eles(as) conquistem conhecimentos
essenciais e caminhem na construção de respostas às questões de pesquisa.
Objetivos
Apropriar-se dos resultados obtidos com a pesquisa e planejar, elaborar e pro-
mover o compartilhamento do que os(as) estudantes descobriram e apren-
deram com a comunidade escolar, e/ou com instituições públicas e privadas,
apoiando-se nos resultados e na relevância das pesquisas realizadas.
Resumo
Nesta etapa, os(as) estudantes analisam o percurso, a participação, os conheci-
Apropriação de mentos aprendidos, os desafios enfrentados e os resultados obtidos. Planejam
12 aulas
Resultados como e com quem farão a socialização dos projetos de pesquisa, que pode ser
com seminário,mostra de projetos, em feiras e em mostras internas e externas,
publicações em formas de artigo, por meios digitais e outros, eventos científi-
cos ou outra forma que promova diálogos entre os(as) alunos(as), orientadores
e a comunidade escolar acerca dos aprendizados e das competências desen-
volvidas. Os(As) estudantes organizam uma apresentação da pesquisa, adotan-
do o gênero adequado ao perfil do público. É importante decidirem em conjunto
a forma de apresentação dos resultados: artigo, folder, cartaz, experimento, por
meios digitais e outros.
PRÁTICAS EM LIBRAS
Este componente contempla interesses dos(as) jovens em construir ou ampliar co-
nhecimentos sobre a Língua Brasileira de Sinais (Libras), a cultura surda e as possibilida-
des de atuar profissionalmente com esses conhecimentos. Em práticas de investigação e
de pesquisa, artístico- literárias e de atuação na vida pública, os(as) estudantes poderão
ampliar suas possibilidades de se conhecer, de conhecer o outro e de interagir desenvol-
vendo a gestualidade e a expressividade no uso da Libras. Na perspectiva da formação
integral, poderão aprimorar a valorização da diversidade linguística e cultural em seus pro-
cessos formativos.
Boa leitura!
André Fabiano Bertozzo e Beatriz Fátima Naue
(Técnicos da SED)
Rebeca Amorim
(Equipe ProBNCC)
AUTORES(AS) ÁREAS
Linguagens e suas Tecnologias
Alecsandra de Cacia Bendlin
Matemática e suas Tecnologias
Débora Turmina
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
Iraci Paulina Scanagatta
Ciências Humanas e Sociais Aplicadas
Ivanildo João Bentz
Ciência e Tecnologia
Michelle Souza Ávila
Componentes Integradores
Priscila Gois de Oliveira
Robson da Cruz
RESUMO
Este componente visa, por meio do estudo, à experimentação e mediação socio-
cultural das práticas corporais, a fim de contribuir para o autoconhecimento, o cuidado de
si, a formação em valores democráticos e direitos humanos. Promove o interesse pelas
Práticas Corporais como forma de se expressar, cuidar da saúde e melhorar a qualidade de
vida individual e coletiva.
Dependendo do contexto da escola, o trabalho pode envolver Práticas Corporais
nos eixos de: 1. Jogos e brincadeiras; 2. Esportes tradicionais, de aventura e alternativos;
3. Danças urbanas, tradicionais e contemporâneas; 4. Ginásticas de consciência corporal;
5. Ginásticas de condicionamento físico; 6. Lutas. Promove o desenvolvimento de habili-
dades motoras, cognitivas e socioemocionais. Proporciona experimentações, bem como
pesquisa, discussões, debates, produções culturais e intervenções na realidade da escola
e da comunidade com o intuito de promover o desenvolvimento do protagonismo juvenil e
das competências previstas na BNCC. A condução da eletiva se ajusta à realidade cultural
e escolar local, concretizando a proposta de flexibilização curricular do Novo Ensino Médio
aos interesses juvenis. Essa perspectiva inclui a adaptação de recursos e de infraestrutura
ao uso de materiais e de espaços alternativos que possibilitem a diversificação da experi-
ência cultural dos(as) estudantes com as Práticas Corporais.
JUSTIFICATIVA
As Práticas Corporais são um importante componente da identidade edo pertenci-
mento social das culturas juvenis. O corpo é a síntese de nosso ser e estar no mundo; com
o corpo pensamos e expressamos o que queremos transmitir e, com isso, tornamo-nos
parte integrante do mundo. A dimensão da corporeidade integra todas as dimensões dode-
senvolvimento humano; por isso, o currículo do Novo Ensino Médio deve contemplar opor-
tunidades de aprofundamento no campo da culturacorporal. Esse trabalho permite construir
elos entre pensar, sentir e agir, favorece a busca de realização pessoal, a qualidade de vida
e o protagonismo dos(as) jovens no mundo social e cultural, contemplando a formação
integral de jovens ativos(as) na sociedade, conhecedores(as)do seu próprio corpo, de suas
capacidades de expressão corporal autoral e de circulação de conhecimentos, opiniões
e experiências acerca das Práticas Corporais. O trabalho justifica-se, também, pelo valor
das Práticas Corporais na socialização, na construção de valores e no desenvolvimento
social dos(as) jovens e em suas competências e habilidades para perceber o mundo que
os(as) cerca e assumir papel ativona construção de uma sociedade mais justa e igualitária
em relação ao usufruto das Práticas Corporais, seu papel na saúde individual e coletiva, e
na construção de relações sociais empáticas e solidárias.
4.Comunicação. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual- motora, como Li-
bras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das lin-
guagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, ex-
periências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao
entendimento mútuo.
Processos Criativos
Reconhecer e analisar diferentes manifestações criativas, artísticas e culturais por meio
de vivências presenciais e virtuais que ampliem a visão de mundo, a sensibilidade, a
criticidade e a criatividade.
Questionar, modificar e adaptar ideias existentes e criar propostas, obras ou soluções
criativas, originais ou inovadoras, avaliando e assumindo riscos para lidar com as incer-
tezas e colocá-las em prática.
Empreendedorismo
Utilizar estratégias de planejamento, organização e empreendedorismo para estabele-
cer e adaptar metas, identificar caminhos e mobilizar apoios e recursos a fim de realizar
projetos pessoais e produtivos com foco, persistência e efetividade.
Esportes: esportes alternativos: bets (jogo do taco), peteca, punhobol, bocha, tchoukball,
futevôlei, squash, hóquei, flagball, tapembol, beisebol,badminton, foursquare, futebol socie-
ty, rúgbi, espiribol, tênis de mesa, tênis de quadra, lacrosse, boliche e bolão.
Esportes de Aventura: slackline, parkour, skate e escalada, entre outrosesportes que pos-
sam se adaptar à realidade da região.
Atividades Expressivas: danças (de salão, folclóricas, urbanas, entre outrosestilos), ativi-
dades de relaxamento e dinâmicas de integração e expressão.
Lutas: capoeira, boxe, jiu-jítsu, taekwondo, entre outras lutas que possam se adaptar à
realidade da região.
AVALIAÇÃO
A avaliação deve ser um processo contínuo, formativo e progressivo que acontece no de-
correr do percurso de ensino e de aprendizagem, permeando toda a ação educativa. Deve
ser pensada de acordo com os objetivos propostos e garantindo a dimensão qualitativa do
desenvolvimento de habilidades e da aquisição de competências, possibilitando a mobili-
zação de conhecimentos, habilidades, atitudes e valores aprendidos.
Os critérios avaliativos devem levar em conta o envolvimento e o processo singular do(a) estu-
dante. O trabalho avaliativo busca abarcar: a) o processo diagnóstico, no sentido de reorientar
do trabalho pedagógico, tendo como referência central a aprendizagem do(a) estudante; b) a
verificação do aprendizado de acordo com os objetivos estabelecidos; c) a avaliação coletiva
OBSERVAÇÕES
Esse roteiro de atividades segue um modelo organizado e estruturado de acordo com a
BNCC Comentada, Referenciais Curriculares bem como a BNCC Geral. As unidades temáti-
cas aqui sugeridas podem ser trabalhadasde acordo com a realidade em que a escola está
inserida. Cabe a cada profissional adaptar e elencar os meios mais viáveis para trabalhar
durante o semestre.
TÍTULO DA
CARGA
UNIDADE DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES E TEMAS
HORÁRIA
TEMÁTICA
Objetivos
Investigar e analisar a organização de projetos de pesquisa em cultura corpo-
ral, desenvolvendo ações ou criação de processos e produtos para ampliar o
acesso democrático às Práticas Corporais.
Conectar as aprendizagens das Práticas Corporais com a participação ativa e
consciente dos(as) estudantes na sociedade da informação, desenvolvendo
competências e habilidades para que possam acessar, selecionar, processar,
analisar e utilizar dados sobre as Práticas Corporais para compreender e inter-
vir sobre sua presença na sociedade.
Resumo
Utilização da investigação científica para compreender e experimentar de forma
consciente a prática corporal em foco, conhecendo as diferentes formas de sua
manifestação na sociedade, suas características, bem como os conhecimentos
científicos que a embasam. Realização de pesquisas bibliográficas e de levanta-
mento de dados empíricos relativos à prática corporal em foco, que favoreçam
Investigação
olhares críticos sobre ela, bem como novas possibilidades de experimentação.
Científica
14 aulas
em Práticas
Corporais Atividades e Temas
1. Momentos de pesquisas nos laboratórios, quando houver, e/ou professor dis-
ponibiliza material impresso para leitura e pesquisas, ou livros e revistas.
2. Exposição de ideias para as práticas, bem como da escolha de formas de vi-
venciar e de experimentar a prática corporal em foco.
3. Realização de entrevistas, observação de campo, aplicação de questionários
e outras estratégias de pesquisa para coletar dados acerca da prática corporal
estudada.
4. Organizar relatos sobre a testagem dos efeitos sentidos nas práticas realiza-
das.
5. Elaborar projetos de pesquisa na escola, bem como em seu entorno, propa-
gando e experimentando o protagonismo e empreendedorismo juvenil em re-
lação à prática corporal estudada.
6. Usar conhecimentos das ciências humanas e da natureza para analisar as prá-
ticas corporais estudadas.
Objetivos
Experimentar e elaborar propostas de expressão, apresentações e saraus, envol-
vendo Práticas Corporais, reconhecendo vivências e reflexão crítica sobre obras
ou eventos de diferentes Práticas Corporais;
Experimentar, fruir e criar Práticas Corporais de seu interesse em conexão com
processos criativos em Práticas Corporais.
Resumo
Processos Realização de propostas de experimentação e criação relativos à prática corporal
Criativos em
14 aulas estudada, de forma a favorecer a autoria e o protagonismo dos(as) jovens.
Práticas
Corporais Atividades e Temas
1. Levantamento de repertório gestual dos(as) estudantes.
2. Pesquisa e criação autoral de gestos.
3. Propostas de criação com materiais alternativos.
4. Proposta de criação a partir de valores como cooperação, equidade e respei-
to às diferenças.
5. Sistematização dos processos criativos em produtos para apresentações na
escola e na comunidade.
Objetivos
Elaborar projetos de intervenção com diferentes públicos da comunidade, sele-
cionando e mobilizando conhecimentos e recursos das Práticas Corporais, para
propor ações individuais e/ ou coletivas de mediação e intervenção sobre formas
de interação e de atuação social, artístico-cultural.
Promover o olhar dos(as) estudantes para a esfera pública, a mediação e a in-
tervenção comunitária no campo das práticas corporais. O intuito é que os(as)
estudantes identifiquem uma necessidade da comunidade e de seus atores e
proponham atividades no campo das Práticas Corporais, como intervenções em
espaços de lazer, oferta de oficinas, materiais informativos e interativos para a
comunidade, entre outros.
Elaborar projetos de continuidade de envolvimento em Práticas Corporais ao lon-
Mediação go da vida, desenvolvendo projetos pessoais ou produtivos, utilizando as Práticas
Sociocultural e
Empreendedo-
Corporais relacionadas à saúde.
rismo em
Práticas 12 aulas Resumo
Corporais
Proposição de intervenções na comunidade e de criação de soluções inovadoras
para a ampliação do acesso às Práticas Corporais na comunidade. Desenvolvimento
de protótipos e propostas de desenvolvimento das práticas corporais na sociedade.
Atividades e Temas
1. Levantamento de interesses e necessidades da comunidade.
2. Mapeamento do público-alvo da intervenção.
3. 3Pesquisa de projetos de intervenção, protótipos e produtos já existentes no
campo da prática corporal em foco.
4. Planejamento da intervenção.
5. Desenvolvimento da intervenção.
6. Avaliação da intervenção pelo(a) professor(a), estudantes e público-alvo da in-
tervenção.
AUTORES(AS) ÁREAS
Linguagens e suas Tecnologias
Andreise Cristiane Sabadin
Matemática e suas Tecnologias
Andrieli Taísa Werle
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
Ane Eveline Gomes
Ciências Humanas e Sociais Aplicadas
Carmen Maria Werlang
Ciência e Tecnologia
Cheila Denise Barth
Componentes Integradores
Eduardo Aparecido de Souza
Eliane Suffredini de Freitas
Helena Maria Chinato
Letícia Valesca Trevisan
Lucilene Américo de Castro
Lucilene Passoni
Márcia Oliveira e Duarte
Marli de Oliveira Santos
Meire Luiza da Silva Antonio Villa
Melissa Karla Koche da Silva
Rebeca Amorim
Roger Felipe Mariano da Silva
Selma Cristina da Silva Bueno de Oliveira
Silvano Baron
Sônia Coltro Pelisson
JUSTIFICATIVA
Na formação integral, a Arte tem papel fundamental, haja vista a abrangência de
suas dimensões: a criação, a crítica, a estesia, a expressão, a fruição e a reflexão (BRASIL,
2017). Para cumprir tal formação, especialmente na etapa do Ensino Médio, é necessário
que a Arte seja entendida para além de uma fonte de prazer estético. Segundo Schlichta
(2009), quando analisada em seu contexto, a Arte cumpre outras funções, por exemplo, a
humanização ou a conformação ao pensamento vigente. Sobretudo, a Arte é atividade cria-
dora, e é nos processos de criação que percebemos a dependência das faces recíprocas
e complementares do trabalho educativo, do como fazer (forma) o quê fazer (conteúdo).
Para Fischer (1977), “toda arte é condicionada pelo seu tempo e representa a humani-
dade em consonância com as ideias e aspirações, as necessidades e as esperanças de
uma situação histórica particular. Mas, ao mesmo tempo, a arte supera essa limitação e,
de dentro do momento histórico, cria também um momento de humanidade que promete
constância no desenvolvimento” (p. 17).
Nessa perspectiva, “a forma é a manifestação de um estado de equilíbrio alcançado
em um determinado momento. As características imanentes ao conteúdo são o movimen-
to e a transformação” (p. 143). Logo, entende- se que os processos e os estímulos que o
contato com a Arte concretiza, em sua forma e conteúdo, capacitam os(as) estudantes a
fruir, refletir, pesquisar, criar, produzir e expressar, percebendo-se autores(as) de sua pró-
pria história. As possibilidades e a ampliação dessas capacidades se dão pela mediação
cultural dos(as) profissionais da educação, como resultado de conhecimentos artísticos,
4.Comunicação. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual- motora, como Libras, e
escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística,
matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e senti-
mentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.
COMPETÊNCIAS E HABILIDADES
DA ÁREA DE LINGUAGENSE SUAS TECNOLOGIAS
Competência Específica 1: Compreender o funcionamento das diferentes linguagens e
práticas (artísticas, corporais e verbais) e mobilizar esses conhecimentos na recepção e
produção de discursos nos diferentes campos de atuação social e nas diversas mídias,
para ampliar as formas de participação social, o entendimento e as possibilidades de expli-
cação e interpretação crítica da realidade e para continuar aprendendo.
Processos Criativos
Reconhecer produtos e/ou processos criativos por meio de fruição, vivências e reflexão
crítica sobre obras musicais, dramáticas ou visuais, ampliando o repertório/domínio
pessoal sobre o funcionamento e os recursos das linguagens.
Propor e testar soluções éticas, estéticas, criativas e inovadoras para problemas reais,
utilizando as diversas linguagens artísticas, em um ou mais campos de atuação social,
combatendo a estereotipia, o lugar-comum e o clichê.
Propor e testar soluções éticas, estéticas, criativas e inovadoras para problemas reais rela-
cionados a temas e processos de natureza artística, envolvendo os planos histórico, social,
econômico, filosófico, político e/ou cultural, em âmbito local, regional, nacional e/ou global.
OBJETOS DE CONHECIMENTO
Historiografia das linguagens artísticas.
Questões emergentes e conceituais na Arte contemporânea.
Estética como experiência sensível, política, ética nas relações entre subjetividades,
identidades, coletividades e diversidades.
Arte e cidadania na relação com a diversidade.
Pesquisa em artes visuais, dança, música e teatro.
Poética artística pessoal, coletiva e autoral em artes visuais, dança, música e teatro.
Fruição e ampliação de repertório artístico considerando as diversidades.
materialidades das linguagens artísticas: artes visuais, dança, música e teatro.
Processos compositivos e tecnologias das linguagens artísticas;
autoria em arte visual, dança, música e teatro.
Recursos sígnicos, considerando contextos de produção, circulação e recepção das ar-
tes visuais, dança, música e teatro.
AVALIAÇÃO
Toda avaliação deve se basear em critérios definidos nas organizações curriculares
vigentes e no planejamento anual do(a) professor(a) a serem apresentados com transpa-
rência e amplitude para todos(as) os(as) envolvidos(as) no processo de ensinar e aprender.
O possível hibridismo de linguagens deve ser favorecido pelo processo avaliativo. É fun-
damental que o(a) professor(a) perceba como os(as) estudantes estabelecem a relação
entre a forma e o conteúdo da Arte se apropriando dos conhecimentos adquiridos e os
transformando. A cada nova atividade de fruição, reflexão, pesquisa, criação, produção,
expressão, espera-se que os(as) estudantes aprofundem seus conhecimentos na elabora-
ção de conceitos mais complexos, assim como demonstrem as habilidades, os valores e
as atitudes desenvolvidos durante todo o processo. Nas atividades individuais, os(as) es-
tudantes desenvolvem sua própria trajetória de criação e autoria qualificando a percepção
do(a) professor(a) sobre os níveis de aprendizagem de cada um(a). Já nas atividades de
criação coletiva, é exercitada a capacidade de escuta e o trabalho em grupo, além da habi-
lidade de compartilhar informações. É uma excelente oportunidade tanto para que os(as)
estudantes aprendam com as potencialidades dos(as) colegas como para que colaborem
na superação de fragilidades.
A avaliação final do semestre letivo deste componente será por meio de um Parecer
Descritivo, em sintonia com as orientações elaboradas pela SED e enviadas para as escolas.
BOAL, A. Jogos para atores e não-atores. 10. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2007.
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Educação é a base. Brasília: MEC/
CONSED/UNDIME, 2017.
FISCHER, E. A necessidade da arte. 6. ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1977. FOGLIANO, F. Arte
e interação: linguagem e produção de significado. ARS. São Paulo, jun. 2015. v. 13. n.
25. p. 134-152. Disponível em: http://www. scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pi-
d=S1678-53202015000100134&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 22 set. 2020.
MARQUES I. Dançando na escola. São Paulo: Cortez, 2003.
REVERBEL, O. G. Jogos teatrais na escola: atividades globais de expressão.São Paulo: Sci-
pione, 1996.
SCHAFER, R. M. O ouvido pensante. São Paulo: Editora UNESP, 1991. SCHLICHTA, C. Arte
e educação: há um lugar para a arte no ensino médio? São Paulo: Aymará, 2009.
Objetivos
Refletir sobre os aspectos éticos, políticos e estéticos da Arte e seu potencial
transformador na contemporaneidade a partir da análise de produções artísti-
Arte e
Sociedade:
cas.
Ética,
Política e
6 aulas Resumo
Estética em Nesta unidade temática, o(a) estudante terá oportunidade de desenvolver uma
Arte
visão introdutória sobre os aspectos éticos, políticos e estéticos das linguagens
artísticas – artes visuais, dança, música e teatro e refletir sobre possíveis relações
entre Arte e sociedade.
Objetivos
Investigar materialidades, elementos compositivos e signos da linguagem ar-
tística de interesse do(a) estudante ou grupo e como expressam característi-
cas de seu contexto político, social e cultural.
Pesquisa: Resumo
Pesquisa em 6 aulas
Arte Nesta unidade, pretende-se, após uma breve retomada dos conhecimentos adqui-
ridos no Ensino Fundamental sobre as linguagens da Arte - artes visuais, dança,
música e teatro -, desenvolver um aprofundamento da forma e do conteúdo da
linguagem artística, de preferência do(a) estudante ou de um coletivo, pesquisan-
do sobre sua materialidade, seus elementos compositivos e signos, além de como
estes expressam características de seu contexto político, social e cultural.
Objetivos
Aprofundar conhecimentos sobre temas contemporâneos e articular a Arte às
demais áreas do conhecimento.
Resumo
Pesquisa:
Pesquisa 6 aulas Ao propor um debate entre os(as) estudantes sobre o mundo contemporâneo, su-
Temitica gere-se fazer um questionamento sobre quais aspectos da sociedade precisam
ser transformados. Após levantar vários temas, sugere-se pedir para que o(a) es-
tudante ou um coletivo escolha o tema que mais lhe instiga trabalhar artística e
socialmente. O tema escolhido será investigado, em suas diversas faces, durante
esta unidade.
Objetivos
Desenvolver a capacidade expressiva, despertando a curiosidade artístico-in-
vestigativa.
Processos
de Criação: Resumo
6 aulas
Chuva de
Ideias Este momento é destinado ao(à) estudante ou ao coletivo perceberemvárias possibilida-
des de articulação entre a linguagem artística pesquisada e o tema escolhido, bem como
os processos de criação possíveis nesta relação. Pode se utilizar dos recursos das novas
tecnologias. Ainda nesta unidade, é preparada uma apresentação das ideias.
Objetivos
Refletir sobre as possibilidades de relação entre a Arte, o mundo contemporâ-
Processos de neo e a transformação social.
Criação:
Seminário
4 aulas Resumo
de Trocas
Nesta unidade, são apresentadas as ideias para uma banca a ser definida pela
turma, podendo, inclusive, envolver pessoas da comunidade no intuito de qualifi-
car as ideias após reflexão e debate coletivo.
Objetivos
Desenvolver processos de criação visando ao equilíbrio entre a forma e o con-
Processos de teúdo do trabalho artístico.
Criação:
Práticas
8 aulas Resumo
de Criação
Durante esta unidade, são desenvolvidos os últimos processos de criação,
a prática da linguagem escolhida, até que sua forma e conteúdo estejam bem
resolvidos na composição.
Objetivos
Socializar produções artísticas e compreender a função da arte e sua au-
toria como potenciais transformadores da realidade em que vivem os(as)
Compartilhar
Arte estudantes.
e Conheci-
mento: 4 aulas Resumo
Potencial
Transformador
Após socialização das produções artísticas e a partir das vivências do semestre,
da Arte os grupos são convidados a dialogar sobre a função da arte e sua autoria como
potenciais transformadoras da realidade em que vivem os(as) estudantes. Para
finalizar o percurso dessa eletiva, os(as) estudantes são convidados(as) a reali-
zar uma autoavaliação e uma avaliação do processo experienciado.
Práticas em Libras
Carga horária: 40 horas por semestre Surdo, Libras e agora?
AUTORES(AS) ÁREAS
Linguagens e suas Tecnologias
Fabiane Ventura de Jesus
Matemática e suas Tecnologias
Juliana Silva de Jesus
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
Lindsay Alessandra Ostrowski Propst
Ciências Humanas e Sociais Aplicadas
Lucimar Ferreira de Novaes Alves
Ciência e Tecnologia
Componentes Integradores
RESUMO
Libras é fundamental para o desenvolvimento social e emocional, não apenas do(a)
deficiente auditivo(a), mas de todos(as) que fazem parte do seu convívio. Foi reconhecida
como meio de comunicação e expressão no Brasil, pela Lei nº 10.436/2002. A referida lei
legitima a Libras como idioma advindo das Comunidades Surdas Brasileiras. É uma forma
de comunicação e expressão, com estrutura gramatical própria. Apesar de ser reconhecida
como a língua materna dos(as) surdos(as), ainda não há o devido reconhecimento de sua
importância pela comunidade ouvinte e o interesse sobre esse meio de comunicação fica
restrito aos familiares das pessoas com surdez. Isso evidencia a necessidade de maior
reflexão no sentido de valorizar e aprimorar a Libras no ensino regular nas instituições de
ensino. Neste componente curricular eletivo, propõe-se ao(à) estudante identificar as di-
versas variações linguísticas, culturais e as pessoas que fazem parte de tais grupos. Este
componente será dividido em 4 partes: 1) Conhecimento histórico e cultural; 2) Reconheci-
mento desta comunidade e suas dificuldades; 3) Leis, profissão, práticas e 4) Culminância:
os(as) estudantes irão elaborar um trabalho em grupo que pode ser em forma de teatro,
diálogos, música, brincadeiras e dinâmicas relacionadas ao conteúdo.
JUSTIFICATIVA
“Eu nasci com a voz em minhas mãos”.
(Kathryn Lomer)
Ao ter noções de Libras, o(a) estudante pode: engajar-se pela acessibilidade e pela
inclusão de pessoas surdas, com acesso à informação para erradicar o preconceito com a
cultura e identidade surda,cultivando valores democráticos e inclusivos em seu processo
formativo; promover a possibilidade de pessoas surdas serem compreendidas e reconhe-
cidas como ativas na sociedade, nas buscas por seus objetivos; destacar-se profissio-
nalmente, pois será um diferencial em seu currículoprofissional, com a ampliação de suas
possibilidades de interação.
Processos Criativos
Reconhecer produtos e/ou processos criativos por meio de fruição, vivências e reflexão
crítica sobre obras ou eventos de diferentes práticas artísticas, culturais e/ou corporais,
ampliando o repertório/ domínio pessoal sobre o funcionamento e os recursos da(s)
língua(s) ou da(s) linguagem(ns).
Difundir novas ideias, propostas, obras ou soluções por meio de diferentes linguagens,
mídias e plataformas, analógicas e digitais, com confiança e coragem, assegurando
que alcancem os(as) interlocutores(as) pretendidos(as).
AVALIAÇÃO
A avaliação final do semestre letivo deste componente será por meio de um Parecer
Descritivo, em sintonia com as orientações elaboradas pela SED e enviadas para as escolas. A
avaliação dos componentes curriculares eletivos será processual, formativa e qualitativa.
Recomenda-se avaliação constante, com foco nos objetivos a serem alcançados,
na participação de cada aluno(a), no desenvolvimento das competências e habilidades
desenvolvidas por eles(as). A avaliação de aspectos conceituais poderá ser processu-
almente acompanhada por meio dos processos de investigação e de compartilhamentos
do conhecimento (exposição oral, seminário, debates). Para a avaliação das práticas em
Libras, sugere-se observar e intervir pelo constante empenho dos(as) estudantes na execu-
ção dos sinais, na progressiva fluência rítmica, na interação com os(as) colegas. Sugere-
-se, também, processos de autoavaliação, com a promoção de diálogos e reflexões acerca
da contribuição do componente para o projeto de vida do(a) aluno(a) e para a sociedade.
OBSERVAÇÕES
Curadoria de títulos das professoras autoras para integrar os acervos escolares, como apoio ao
trabalho no componente (indicação de aquisiçãode livros para as escolas):
GESSER, Audrei. Libras? Que língua é essa? São Paulo: ParábolaEditorial, 2010.
STROBEL, Karin. As imagens do outro sobre a cultura surda. 2ª ed. rev. Florianópolis: Ed. da
UFSC, 2009.
SÁ, Nilda Limeira de. Cultura, poder e educação de surdos. Existe uma cultura surda? São
Paulo: Paulinas, 2006.
Vídeos
CLÁSSICOS da Literatura em Libras/Português: O Alienista. 2 DVD. Conto de Machado de Assis.
Trad. para Libras por Alexandre Melendez eRoberta Almeida. vol. 6. São Paulo: Arara Azul, 2004.
COMO Enfrentar o Bullying sem Partir para a Briga. 1 vídeo (3min51s).Watchtower Bible and
Track Society of New York Inc.: EUA: 2013.
Publicado por JW.Org. Disponível em: https://www.jw.org/bzs/ensinos- biblicos/adolescentes/
animacoes-no-quadro-branco/enfrente-bullying-sem-briga/.
CRISÁLIDA. Curta nacional l Libras - Mostra de Cinema Infantil. 1 vídeo(17min18s). 21 fev. 2019.
Publicado por Filmesquevoam. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=YFnSUNpo-
gqQ&t=6s. Acesso em: 14nov. 2020.
EP01 - Cade - Min e as Mãozinhas. 1 vídeo (8min25s). 26 set. 2018. Publicado por
Paulo Hnrique Rodrigues - Min e as Mãozinhas. Disponívelem: www.youtube.com/
watch?v=zNCczm3jzgo. Acesso em: 09 out. 2018.PRÁTICAS em Libras Surdo Libras
e Agora? 1 vídeo (1min44s). 23 out. 2020. Publicado por Práticas em Libras Santa
Catarina. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=pK-rxNdmzI0&feature=-
youtu.be.
Objetivos
Investigar o idioma, seus usos. Desenvolver a curiosidade e a empatia, a von-
tade de aprender o idioma.
Refletir sobre sua abrangência e relevância na vida dos(as) surdos(as).
Relacionar esses conhecimentos com as possibilidades de contribuir para
Introdução à
uma sociedade mais inclusiva.
5 aulas
Libras
Resumo
Práticas de investigação, com construção colaborativa de conhecimentos sobre: a
surdez e as particularidades que ela traz para as interações dos(as) surdos(as); o que
é a Libras; o histórico da educação dos surdos no Brasil; cultura, identidade surda e
comunidade surda; legislação que trata da Libras e da inclusão.
Objetivos
Refletir sobre a Libras no mundo do trabalho. Conhecer a profissão e as pos-
sibilidades de atuação: Onde atua? O que faz? Por que ser um(a) intérprete
de Libras? Quais os requisitos necessários? Média salarial. Oportunidade de
empregos e carreira, novas possibilidades trazidas com a produção e a difu-
são de conhecimentos pela internet. Aspectos éticos; aspectos de realização
Profissão
Intérprete
4 aulas pessoal e profissional). Entrevistar profissionais da área; participar de rodas
de conversa com eles(as).
Resumo
Práticas de investigação, com construção colaborativa de conhecimentos sobre
a profissão de tradutor(a) e de intérprete, além de diferentes aspectos de sua
atuação no mundo do trabalho.
Objetivos
Conhecer e exercitar os cinco parâmetros da Libras.
Parâmetros da
5 aulas
Resumo
Libras
Aulas de compreensão conjunta, experimentação e exercício dos parâmetros da
Libras: configuração da mão, ponto ou local de articulação, movimento, orienta-
ção ou direcionalidade e introdução à expressão facial e corporal.
Objetivos
Praticar o parâmetro expressão facial, em favor da percepção e da expressão
de sentimentos nos diferentes momentos.
Resumo
A comunicação humana pode ocorrer de diferentes formas. Nem sempre recor-
Expressio Não-
Manual (Facial)
2 aulas remos à linguagem verbal (seja ela falada ou sinalizada) para nos expressarmos.
Esse pode ser o caso quando duas pessoas não falam a mesma língua. Elas
vão ter de encontrar outra forma para se comunicar como apontar para objetos,
criar desenhos, usar gestos para tentar expressar suas ideias. Por meio delas,
podemos revelar emoções, sentimentos, intenções. No caso das línguas de si-
nais, as expressões faciais desempenham um papel fundamental e devem ser
estudadas detalhadamente.
Objetivos
Ampliar o repertório com os sinais e o vocabulário de Libras, usando-os em con-
textos significativos de interação, em situações diversas.
Resumo
Práticas de interação em Libras que permitam aos(às) estudantes ampliar repertó-
Práticas 12 aulas rio de vocabulário básico (cumprimentos, família, dias da semana, meses, números,
material escolar entre outros).
A gramática, na formação de frases simples contextualizadas. Simulações de situa-
ções cotidianas de interação em grupos de trabalho.
Quando possível, caso o(a) professor(a) da disciplina não seja surdo(a), convidar
um(a) surdo(a) da comunidade para participar de uma roda de conversa com os(as)
estudantes.
Objetivos
Desenvolver expressões artísticas com o corpo, seus gestos e movimentos. Re-
alizar a construção de narrativas e/ou personagens. Criar cenas de teatro em
Teatro e Libras e/ou português.
Expressão 5 aulas
Corporal Resumo
Práticas no campo artístico-literário, com processos de sensibilização, experimenta-
ção de gestos e movimentos, e criação de uma expressão artística desenvolvendo a
corporeidade como na interação.
Objetivos
Organizar formas criativas de compartilhar as produções realizadas, difundindo
o conhecimento produzido na comunidade escolar.
Culminân-
5 aulas Resumo
cia
Práticas de estudo, pesquisa e práticas no campo artístico-literário, com a difusão
do conhecimento construído em campanhas, cinedebates, mesas-redondas e ofici-
na de experimentação de Libras com valorização da produção discente e mobiliza-
ção de seu protagonismo na comunidade.
AUTORES(AS) ÁREAS
Anna Karine Plautz Linguagens e suas Tecnologias
Graziela Amancio da Silva Kubiak Matemática e suas Tecnologias
Jezebel Batista Lopes Ciências da Natureza e suas Tecnologias
Karin Regina de Bem Pereira Ciências Humanas e Sociais Aplicadas
Larisa de Fátima Bonadeo Tumeler Ciência e Tecnologia
Paulo Sérgio da Silva Componentes Integradores
Rafaela Cristina Maroli Meireles da Silva
Zaira da Silva Cardoso
RESUMO
O componente curricular permite que os(as) jovens ampliem o desenvolvimento de
habilidades de leitura, reflexão e produção textual, em práticas com textos dos gêneros
jornalísticos, considerando o papel das novas tecnologias e das mídias na produção con-
temporânea da informação e da opinião. Os(as) discentes poderão trabalhar colaborativa-
mente, coma mediação docente, o aprofundamento da compreensão de como informa-
ção é produzida e difundida, o papel das mídias interativas, desenvolvendo o pensamento
crítico, a autonomia, praticando a autoconfiança e tendo o protagonismo em relação ao
próprio aprendizado.
JUSTIFICATIVA
As novas tecnologias trouxeram, nos últimos anos, transformações profundas na
prática do jornalismo. Entre elas, consolidou-se o jornalismo digital, que colocou em crise
os modelos de práticas e rotinas de trabalho e gerou novos requisitos, conhecimentos e
habilidades para quem pratica jornalismo em sites. Para quem consome a informação e a
opinião, fenômenos como fake news e pós-verdade exigem novos letramentos.
4.Comunicação. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual- motora, como Li-
bras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das lingua-
gens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, expe-
riências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao
entendimento mútuo.
OBJETOS DE CONHECIMENTO
Processos de apreciação (leitura e análise).
Discussão (oralidade).
Produção textual (definição de contexto de produção e circulação, planejamento, textu-
alização, revisão e reescrita).
Gêneros da esfera jornalística-midiática (debate regrado; entrevista; relatos; editorial;
crônicas regionais e locais; charges; fake news; reportagens; artigos de opinião; notí-
cias; gráficos: informação na forma de sinais, desenhos, figuras, signos; resenhas e crí-
ticas; colunas; cartas do leitor).
Análise de valores e de ideologias nos discursos que circulam na esfera jornalística.
Gêneros dos novos letramentos e dos multiletramentos (blog; tweets; mensagens ins-
tantâneas; memes; gifs; vlogs).
Análise de recursos linguísticos e semióticos e de como concorrem para efeitos de
sentidos: efeitos de objetividade, simplicidade, imparcialidade, etc.
Análise de mecanismos de modalização.
Processos de investigação de temas, apuração de fatos e opiniões;
Propiciar situações em que os(as) alunos(as) vivenciem os papéis dos variados agentes da
esfera – comentar e produzir notícias, reportagens, artigos de opinião, etc., colocar-se no lu-
gar do(a) editor(a), desde o momento de escolha de pauta até o fechamento do jornal, do(a)
publicitário(a), etc. – para que compreendam as condições em que os textos jornalísticos
são produzidos, os interesses que circulam na esfera e possam lidar crítica e responsavel-
mente com a informação e a opinião.
Cuidar da ampliação de repertórios, com atividades que envolvam diferentes gêneros
da esfera jornalística – notícia, artigo de opinião, editorial, charge, carta de leitor, crôni-
ca, etc. – de maneira que a compreensão de suas características e elementos possam
contribuir com o desenvolvimento de sua competência leitora e escritora.
Garantir que a voz do(a) estudante seja importante na discussão de temas próprios da
esfera, como o papel da imprensa nas sociedades democráticas, ética no jornalismo,
jornalismo digital X jornalismo online: o que se ganha e o que se perde, etc.
AVALIAÇÃO
O processo avaliativo compreende todo o trabalho desenvolvido e acontece de ma-
neira contínua, durante o processo de aprendizagem. Avaliação processual, formativa e
qualitativa. Participação, criatividade e elaboração das atividades.
Sugere-se que o(a) professor(a) realize observações, faça intervenções, dê feedba-
cks individuais e coletivos. A autoavaliação também pode ser promovida, com momento
de escuta dos(as) estudantes sobre seus processos de aprendizagem e organização das
produções em um portfólio digital. A avaliação final do semestre letivo deste componente
será realizada por meio de um Parecer Descritivo, em sintonia com as orientações elaboradas
pela SED e enviadas para as escolas.
Objetivos
Ampliar os conhecimentos sobre a esfera jornalística. Compreender os interesses
que a movem. Aprimorar as capacidades de leitura em textos de gêneros jornalís-
ticos. Compartilhar leituras, elaborando a apreciação pela fala, aprimorando a orali-
dade. Formar-se como leitores habituais. Refletir sobre temas diversos, analisando
criticamente o tratamento dos fatos pelo jornalismo.
Resumo
O jornal é um veículo de informação e formador de opinião. Considerando o interes-
se dos(as) jovens, essa unidade temática busca a imersão e a exploração na esfera
jornalística, pela leitura, escuta e análise de textos que circulam nela, realizando uma
análise compartilhada de versões digitais de jornais, leitura compartilhada de man-
chetes e textos do gênero notícia; e refletindo sobre a escolha lexical e a valoração
Esfera
Jornalística
8 aulas implícita nos textos. A leitura de textos jornalísticos é fundamental para trazer ao(à)
estudante elementos para compreender a realidade em que vive, como cidadãos
e cidadãs críticos(as); afinal, esse tipo de discurso permite o contato com diferen-
tes posicionamentos e ideologias, o que agrega muito ao desenvolvimento social
dos(as) alunos.
Sugestão de Etapas
1. Nós e a esfera jornalística: Como nos informamos e formamos nossa opinião?
2. 2O jornalismo na nossa época: o papel das tecnologias e os fenômenos da
pós-verdade e da fake news.
3. Exploração de diferentes veículos, análise de pautas e coberturas.
4. Mídias sociais e jornalismo independente.
5. Ciclo de investigação, debates e seminário sobre o jornalismo.
Objetivos
Analisar de maneira crítica a fidedignidade das informações coletadas nos meios
digitais. Entender as nuances da desinformação, explorando as causas e as conse-
quências do fenômeno contemporâneo da poluição informacional.
Resumo
Os(as) jovens poderão aprofundar a análise dos interesses que movem o campo
jornalístico-midiático, com a prática da leitura cuidadosa e reflexiva, interrogando a
informação em vez de simplesmente consumi-la; avaliando o propósito e a qua-
lidade da informação produzida e utilizando mecanismos básicos de checagem.
A Ética na Eles(as) também poderão refletir sobre seu papel no combate à desinformação; as
Esfera 6 aulas relações entre informação e opinião, com destaque para o fenômeno da pós-verda-
Jornalística
de, consolidando o desenvolvimento de habilidades críticas de leitura, na curadoria
de boas informações.
Sugestões de Etapas
1. Fake news (características de conteúdo temático, composição e estilo).
2. Levantamento e coleta de dados.
3. Análise crítica das informações: verificação de informação e sua veracida-
de, análise de fontes e uso de ferramentas de checagem de notícias.
4. Escolha e discussão de boas notícias, reportagens, entrevistas, artigos de
opinião, conforme temas de interesse dos(as) jovens.
Objetivos
Produzir textos de diferentes gêneros jornalísticos digitais, jornalismo de divul-
gação científica, discussão de temas e questões contemporâneas locais e glo-
bais; e divulgar no ambiente virtual de compartilhamento de conteúdo.
Resumo
Umas das funções da produção e da divulgação de conteúdo digital é possibilitar
que os(as) discentes vivenciem processos colaborativos de apuração de fatos ti-
dos como de relevância social por meio de coberturas diretas, entrevistas, levan-
tamentos de dados e afins, e do tratamento e da divulgação de informações sobre
esses fatos, utilizando ferramentas de escrita colaborativa e de curadoria e agre-
Produção de gadores de conteúdo. Além disso, considerar produções que envolvam diferentes
Conteúdo mídias, de forma que os(as) jovens possam manipular editores de texto, foto, áu-
Jornalístico 16 aulas
para Ambiente dio, vídeo, infográfico e de outros tipos, e explorar elementos e características das
Digital diferentes linguagens envolvidas e os efeitos de sentido que podem provocar de
forma a poder ampliar as possibilidades de análise e concretização de diferentes
projetos enunciativos, envolvendo a divulgação de relato de fatos ou a atitude res-
ponsiva em relação aos relatos e às opiniões em circulação.
Sugestões de Etapas
1. Discussão e definição de pautas, com assuntos que os(as)
2. estudantes considerem relevantes.
3. Produção de textos com gêneros do jornalismo (entrevistas, notícias, reporta-
gem multimidiática, podcasĒ, vlog opinativo), com o uso de diferentes lingua-
gens (foto, áudio, vídeo, infográfico) para circulação em contexto digital.
4. Revisão e reescrita dos textos.
Objetivos
Organizar ambiente digital de compartilhamento de conteúdo, com notícias da es-
cola, da comunidade, do país e do mundo. Dar protagonismo aos(às) estudantes
na escolha dos meios de comunicação (redes sociais, blog, padlet, etc.) na curado-
ria e/ ou produção dos conteúdos. Aprofundar conhecimentos sobre os gêneros
digitais e usá-los na difusão da informação de qualidade, de modo rápido e que
instigue o(a) leitor(a) a terminar a leitura. Experimentar recursos de design (tipos de
fontes, combinação de cores, combinação com imagens, criação de identidade
visual), “colocando a mão na massa”, na construção colaborativa de ambientes
digitais que favoreçam a circulação criativa da informação.
Resumo
Organizando Uso de ferramentas digitais e experimentação de processos de edição para a com-
um Ambiente posição de ambientes digitais em que os textos produzidos na etapa anterior e
Digital para 10 aulas
Compartilhar
outros possam ser publicados como hipertextos. Oficinas de experimentação e
Conteúdos criação com ferramentas de edição e de design (Canva, por exemplo). Organiza-
ção do ambiente digital, com layout e organização dos conteúdos, de modo que o
leitor se sinta mobilizado a ler.
Sugestão de Etapas
1. Exploração de ambientes digitais de notícias (portais, blogs, páginas de redes
sociais). Análise de aspectos éticos e estéticos (cores, tipos de imagens, orga-
nização de conteúdos, pesos das e tipos de fontes).
2. Escolha de ambientes digitais, com discussão de cuidados éticos e legais.
3. Oficinas de design na produção de layout, identidade visual, com ferramentas
de design digital (Canva, por exemplo).
4. Culminância da eletiva, com a divulgação do ambiente digital de notícias na
comunidade escolar.
AUTORES(AS) ÁREAS
Linguagens e suas Tecnologias
Cristiane Bina Cardoso
Matemática e suas Tecnologias
Elisa Schoenhals Sehnem
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
Fabiane Brixner Kessler
Ines de Fátima Alves Gonçalves Ciências Humanas e Sociais Aplicadas
Ivana Jakubiu Ciência e Tecnologia
Juliano Alexandre de Oliveira Componentes Integradores
Kátia Andréia Bruxel
Lisane Maria Rambo Werlang
Lucelia Fatima Nardi dos Santos
Luizane Schneider
Márcia Aparecida Tortora
Marília Claudino Rocha
Marli Roewer
Nayara Maximiano Pereira Hellmann
RESUMO
O componente propõe que os(as) estudantes investiguem suas realidades, para
diagnosticar e intervir em problemas ambientais e sociais de seus contextos por meio de
práticas linguísticas apropriadas. Para tanto, desafia-se a percepção e a participação do (a)
estudante para compreender diferentes pontos de vista em relação à sua realidade, bem
como a dialogar com ela e provocar mudanças intencionais, com uso de gêneros textuais
do campo de atuação na vida pública. Assim, o processo resultará em práticas conscien-
tes, reflexivas, com capacidade de escuta da comunidade local, ampliação de conhecimen-
tos por meio de instrumentos de pesquisa e análise de dados, discussão, com desenvolvi-
mento da oralidade, enfrentamento de problemas, planejamentoe execução de projetos de
intervenção sociocultural.
JUSTIFICATIVA
É consenso entre os(as) especialistas em Educação e os(as) que preconizam os do-
cumentos oficiais que este século exige mudança no processo de formação de nossos(as)
estudantes. A Educação Básica de Santa Catarina, visando desenvolver as competências
e habilidades para uma formação integral “referenciada numa concepção multidimensio-
nal de sujeito” (SANTA CATARINA, p. 20, 2014), apresenta o componente curricular como
espaço para que o(a) estudante da Educação Básica se engaje em aulas mais práticas e
momentos de interação, a fim de que possa ter um papel ativo na construção de seu co-
nhecimento. No trabalho com as linguagens, há de se intensificar práticas em que o sujeito
se centre como protagonista nas diversificadas atividades socioculturais. Nesse sentido,
o componente curricular Linguagem: Interação e Intervenção Sociocultural se apresenta
como uma iniciativa para que os(as) estudantes, por meio das linguagens, conheçam e in-
terajam no contexto em que estão inseridos(as). O espaço escolar se coloca como local de
escuta dos(as) ovens, seus valores, ideais, práticas culturais e projetos de vida que deverão
ser objetos de investigação, a fim de levar os(as) estudantes a serem agentes transforma-
dores, “tendo como horizonte uma sociedade democrática, justa e inclusiva, bem como a
formação de sujeitos autônomos e emancipados” (SANTA CATARINA, 2014, p. 117).
4. Comunicação. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual- motora, como Li-
bras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das lingua-
gens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, expe-
riências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao
entendimento mútuo.
OBJETOS DE CONHECIMENTO
Práticas de linguagem com gêneros multimidiáticos.
Gêneros e práticas no campo de atuação na vida pública.
Ações artísticas e culturais como intervenções individuais ou coletivas.
Direitos, democracia, participação cidadã e política.
Leis e projetos públicos que permeiam a comunidade local.
Projetos de intervenção.
AVALIAÇÃO
A avaliação final do semestre letivo deste componente será por meio de um Parecer
Descritivo, em sintonia com as orientações elaboradas pela SED e enviadas para as escolas.
A avaliação se dará durante todo o percurso, com observação compartilhada dos(as) profes-
sores(as) durante os processos discentes, acompanhamento de diários de bordo, registros
coletivos de autoavaliação e outros instrumentos que foquem a motivação, a participação e a
colaboração dos(as) estudantes, com foco no desenvolvimento das aprendizagens indicadas.
Trata-se de avaliação processual e formativa, com devolutivas ao longo de todo o componente,
com reflexão e significação dos resultados, produtos e culminâncias, considerando as habilida-
des e as competências em expectativa e os objetivos de aprendizagem.
Objetivos
Mobilizar os(as) estudantes a interagirem criticamente com a realidade que
os(as) circundam, diagnosticando as fragilidades encontradas no ambiente es-
colar e no seu entorno, e intervir de forma criativa nas situações-problema socio-
ambientais que impactam a vida de todos(as).
Sugestão de Etapas
1. Acolhimento e apresentação.
2. Música ou outra sensibilização pela arte, para a mobilização e percepção do(a)
aluno(a) como agente de transformação.
Mobilização 6 aulas
3. Passeios para observação com registros fotográficos.
4. Socialização, análise e discussão em grupos.
5. Reagrupamento por área de interesse.
6. Debater os problemas ou aspectos em que se compreende ser necessário in-
tervir e construir consensos sobre os temas ou situações.
7. Construir formas de escuta da comunidade quanto a esses problemas/temas:
produção de enquetes, entrevistas, questionários.
8. Coleta e análise qualitativa dos dados, para considerar a opinião da comunida-
de na etapa posterior, de discussão e estruturação do planejamento.
Objetivos
Intermediar a partir de grupos de trabalho o planejamento e a estruturação de
projetos de intervenção; organizar as etapas para posterior aplicação do projeto.
Sugestão de Etapas
1. Discutir a importância do planejamento e combinar o que será importante dis-
cutir e registrar.
2. Registrar em Diário de Bordo/Webfólios e outros gêneros multimidiáticos (mu-
ral colaborativo, como o padlet) as ações concretizadas.
3. Elaborar um roteiro de trabalho com os objetivos e intervenções a serem execu-
tadas, formas de envolver a comunidade no projeto (canais de escuta).
4. Investigar aspectos legais que envolvem o problema/tema/situação.
Planeja- 5. Estudar o tema, exercitando procedimentos de investigação (tomar notas, rese-
10 aulas
mento nhar, resumir, fazer esquemas), buscando conhecimentos que podem apoiar na
solução.
6. Debater o problema/questão/situação, à luz dos conhecimentos construídos,
para melhor configurar as formas de intervenção/ solução.
7. Decidir que práticas e gêneros serão usados para intervir no poder público e/ou
na sociedade, para a resolução do problema (carta aberta, podcast, reportagem
multimidiática, campanha de esclarecimento, abaixo-assinado, petição online,
etc.).
8. Escrever, com base nos conhecimentos construídos, um projeto, consideran-
do as particularidades do gênero (tema; apresentação; objetivos; metodologia;
ações de linguagem que serão realizadas; cronograma de execução, etc.).
9. Socializar e divulgar os projetos em diferentes meios midiáticos (mídia local,
blog da escola, redes sociais) e/ou ações que envolvam a comunidade escolar.
Objetivos
Apoiar os grupos na execução das intervenções previstas no planejamento
em um esforço contínuo de avaliação do processo, ajustes no projeto e en-
gajamento nas ações.
Sugestões de Etapas
1. Envolvimento de todos(as) nas tomadas de decisões.
2. Mobilização da comunidade, conforme o que foi planejado.
3. Levantar o que se sabe sobre o gênero ou investigar e construir esses co-
nhecimentos, em movimentos de leitura, análise de regularidades linguísti-
Desenvolvimento 18 aulas cas e multissemióticas.
4. Oficinas de produção textual, com a produção dos textos, conforme o gê-
nero escolhido, e com trabalho de adequação de linguagem, discussão e
construção de argumentos.
5. Oficinas de leitura crítica, revisão dos textos e reescrita (entre os(as) estu-
dantes), podendo-se contar com leitor(a) crítico(a) externo(a) ao processo.
6. O grupo concretiza suas intervenções definidas no planejamento.
7. Destaca-se, também, a importância de constante avaliação e replanejamen-
to das atividades.
Objetivos
Refletir sobre e avaliar o processo vivenciado pela turma no semestre, pro-
mover a própria percepção do(a) aluno(a) no que se refere à sua conduta
social e individual, e sistematizar os aprendizados de modo a apresentá-los
à comunidade escolar.
Resumo
Apropriação dos Cada estudante apresenta seu percurso a partir de seus registros e faz uso da
6 aulas
Resultados palavra em uma socialização no próprio grupo. Outras possibilidades de apro-
priação dos resultados: construção de mural, apresentação multimidiática (sli-
des com animação e locução, podcasts); apresentação em banca; mostra do
conhecimento. Nesses casos, prever no trabalho, com gêneros em que a orali-
dade será importante, um foco com ela: entonação, ritmo, clareza, foco no públi-
co, articulação entre a fala e as imagens (slides, por exemplo). Discutir formas
criativas de comunicar os resultados do projeto na comunidade escolar (relatos,
podcasts, vídeos).
AUTORES(AS) ÁREAS
Linguagens e suas Tecnologias
Adriano Salvi
Bruna Boell Rovaris Matemática e suas Tecnologias
Carla Torteli Ciências da Natureza e suas Tecnologias
Eliane Maria Carminatti Ciências Humanas e Sociais Aplicadas
Ilário Schaefer Ciência e Tecnologia
Jean Carlos Steinheuser Componentes Integradores
Jocimara Manera Balastrelli
Maria Cristina Ferreira dos Santos
Monica Stolz
RESUMO
O componente sugerido é um embarque na leitura literária catarinense, em que o(a)
estudante viajará pela leitura e pela imaginação, para um universo constituído por palavras
em estado de ficção ou poesia, repleto de sensações, conflitos, aventuras, paisagens, he-
róis e heroínas, vilões e vilãs e tudo o mais que compõe a nossa cena literária. A viagem
visa explorar, além dos livros e autores(as) locais, os espaços de circulação da palavra
como bibliotecas públicas, clubes de leitura, espaços digitais de promoção e formação lei-
tora. Haverá encontros, presenciais e/ou remotos, com escritores(as), e discussões sobre
o fazer literário, processos de criação e circulação de livros. Aos(às) que não se contentam
em apenas ler, mas também sonham em produzir e socializar os seus próprios textos,
prevemos oficinas de escrita criativa com momentos de criação e compartilhamento co-
letivo. A viagem segue no ritmo das palavras e vai aos encontros literários presenciais e/
ou virtuais promovidos por diferentes agentes e instituições de cultura, feiras de livros,
campanhas de incentivo e arrecadação e saraus que contemplem a riqueza e a diversidade
das manifestações literárias existentes. O trajeto se pretende lúdico, interativo e cheio de
descobertas, sobretudo, acerca da rica e variada produção de literatura local que caracte-
riza Santa Catarina como um estado fértil e próspero no campo nacional das letras, dos
processos de produção criativa, de resgate e valorização do patrimônio, da memória e da
identidade de Santa Catarina.
JUSTIFICATIVA
Um dos escopos do processo de ensino-aprendizagem é formar alunos(as) letra-
dos(as), isto é, capazes de ler/estabelecer sentidos e produzir os mais variados gêneros
textuais. Nessa perspectiva, a leitura literária é imprescindível, posto que é complexa e
articulada com outros saberes, como o histórico-social, cultural, geográfico, entre vários
outros. Além disso, ler literatura propicia o desenvolvimento do pensamento crítico e da
criatividade, ambas competências que auxiliam os(as) alunos(as) em suas interações so-
ciais. Dessa forma, o componente prevê a variedade de textos literários – prosa e poesia,
minicontos, poética metalinguística, (auto)biografia, enredos bélicos e narrativas de via-
gem –, suas leituras, atribuições de sentidos e produções de textos instigando os(as) edu-
candos(as) nas habilidades de leitura e escrita.
4.Comunicação. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual- motora, como Li-
bras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das lingua-
gens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, expe-
riências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao
entendimento mútuo.
AVALIAÇÃO
A avaliação final do semestre letivo deste componente será por meio de um Pare-
cer Descritivo, em sintonia com as orientações elaboradas pela SED e enviadas para as
escolas. Quanto ao processo de avaliação, dar- se-á numa perspectiva qualitativa indivi-
dual e progressiva, no que tange ao desenvolvimento cognitivo e socioemocional frente
aos estímulos de leitura e à interação propostos no decorrer das atividades e registrados
durante as aulas. Entre os procedimentos possíveis de serem adotados, sugere-se: a ob-
servação compartilhada dos(as) professores(as) e suas ponderações acerca do desenvol-
vimento das potencialidades de seus(suas) alunos(as), considerando as habilidades em
expectativa; a autoavaliação dos(as) estudantes frente ao processo de reflexão de seus
desempenhos, interesse e adesão às aulas, bem como sua motivação em executar tarefas
individuais e coletivas como: produções textuais, participação efetiva das discussões em
grupo, elaboração de questões e entrevista a autores(as) convidados(as), leitura individual
e socializada dos textos selecionados, cooperação e organização na produção de eventos,
por exemplo, círculos de leitura e saraus, entre outros.
OBSERVAÇÕES
Sugestão de autores(as) por gêneros literários:
Os(as) autores deste componente sugerem que os(as) professores(as) busquem
conhecer previamente os(as) autores(as) literários para realizarem as escolhas com os(as)
estudantes.
Contos: Salim Miguel, Péricles Prade, Carlos Henrique Schroeder, Demétrio Panarotto,
Franklin Cascaes.
Minicontos: Adriano Salvi, André Ricardo Aguiar, Marcio Markendorf, Rodrigo Domit.
Romance: Urda Klueger, Donaldo Schuler, Maicon Tenfen, Marcelo Labes, Carlos Henrique
Schroeder, Lausimar Laus, Cristovão Tezza.
Poesia: Demétrio Panarotto, Nilson Weber, Marcelo Labes, Isadora Krieger, Péricles Prade,
Lindolf Bell, Silvia Teske, Sandra Coelho, Nane Maurici. (Auto)biografias: Pedro Penteado
do Prado, Clarice Fortunato.
Objetivos
Experimentar a microliteratura.
Criar minicontos.
Resumo
Brevidade, instantaneidade, urgência, minimalismo são características dos mini-
contos que circulam nos mais diversos formatos, sobretudo o digital. Com layout
repleto de imagens, cores e recursos de efeito visual, os minicontos publicados
na internet relacionam a linguagem visual ao texto e estabelecem uma harmo-
niosa relação comunicativa, pautada pelo poder da sugestão e do protagonismo
do leitor, pois ele se vê desafiado a completar a narrativa a partir de suas elipses.
Microliteratura: Sugestão de Etapas
A Leitura num 8 aulas
Click 1. Introdução às micronarrativas.
2. Pesquisa de internet e levantamento de autores(as), obras e espaços de pu-
blicação.
3. Socialização da pesquisa (apresentação de autores(as), textos e espaços de
publicação).
4. Encontro, presencial ou remoto, com escritore(as) que produzem micronarrativas.
5. Oficina de produção de minicontos e/ou criação de hospedagem dos textos
na internet.
Objetivos
Refletir sobre o fazer poético e a polissemia das palavras.
Analisar a pertinência da escolha vocabular para o êxito da comunicação e da
produção escrita.
Resumo
Muitos(as) escritores(as), sobretudo os poetas, abordam em seus escritos o
tema da própria escritura, do significado das palavras, da intertextualidade, ou
seja, problematizam a dialética do sentido dos vocábulos. Não raras vezes criam
palavras novas – os neologismos –, fazem usos insólitos de expressões ou va-
lorizam o som e a forma para conferir valor semântico. Destarte, trabalhar com
poemas metalinguísticos de escritores(as) catarinenses ajuda a desenvolver o le-
Metalingua- tramento literário dos(as) estudantes, posto que os(as) leva à reflexão linguística
gem: O Saber
e o Sabor das
8 aulas e, posteriormente, às produções de maior qualidade, nas quais se desafiam a si
Palavras mesmos(as) e aos(às) supostos(as) leitores(as).
Sugestões de Etapas
1. Apreciação e análise de poemas metalinguísticos do escritor Péricles Prade.
2. Atividades semânticas: utilizar palavras oriundas dos poemas analisados e
potencializar seus sentidos em outros contextos.
3. A partir do poema Brevíssimo Inventário de Palavras Nervosas (Péricles Prade),
propor aos(às) alunos(as) que escrevam seus inventários temáticos, isto é, de
palavras interessantes, belas, feias, maldosas, calorosas e assim por diante.
4. Produção de poemas metalinguísticos, ou seja, que tratem do fazer poético,
ou do poeta, ou da polissemia.
5. Socialização das produções poéticas dos(as) alunos(as) na escola (varais, murais
ou jornais impressos) ou na internet (blogs, Facebook, Instagram, Twitter, etc.).
Objetivos
Investigar textos autobiográficos que enfoquem temáticas como opreconcei-
to, a exclusão social, a diversidade, gênero entre outros.
Desconstruir preconceitos literários/sociais.
Resumo
Muitos(as) são os(as) autores(as) catarinenses que partem de suas experiên-
cias pessoais para a ficção como forma de expor, criticar, denunciar e/ou deba-
ter diversas situações relacionadas ao abandono, à violência, à discriminação, à
resiliência e assim por diante. Essas obras compõem um mosaico social e nos
Autobiografias:
Quando a Vida 8 aulas ajudam a entender como indivíduos sensíveis às diversas agruras do mundo se
Dá um Livro colocam frente a elas, dando sentido às suas trajetórias e aos seus projetos de
vida.
Sugestões de Etapas
1. Seleção dos(as) autores(as) e obras a serem trabalhados coletivamente por
meio de leitura compartilhada.
2. Entrevista, presencial ou remota, com os(as) autores(as) selecionados(as).
3. Leitura individual ou em grupos de modo a levantar aspectos pertinentes.
4. Diálogo acerca de impressões, apontamentos e características do texto.
5. Representação do livro pela atividade de releitura, exposição e/ou apresentação.
Objetivos
Construir entendimento sobre obras literárias catarinenses com viés histórico.
Reconstruir as narrativas por meio de peças teatrais.
Resumo
Os temas como conflitos, guerras e combates sempre despertam o interesse
dos(as) jovens. Esse assunto é recorrente em algumas obras de escritores(as)
catarinenses, os(as) quais abordam a Revolução Federalista, a República Juliana
e a Guerra do Contestado. Essas batalhas são travadas à luz da literatura como
forma de entender não só o contexto histórico que as envolvem, mas como a
literatura empresta suas tintas para nos lançar para dentro do combate entre
Guerras e
Conflitos: as trincheiras e as glórias de nosso povo. Vários(as) são os(as) autores(as) que
Munição 8 aulas irão resgatar tão retumbantes períodos da nossa História e, com eles(as), as re-
para Muitas
Histórias
flexões e a valorização das conquistas heroicas ou as atrocidades que se come-
teram. Ao conhecer esses enredos, os(as) educandos(as) terão a oportunidade
de ampliar, também, seus conhecimentos históricos de forma dialética, posto
que as narrativas não são maniqueístas. Há, aqui, a possibilidade de articulação
de habilidades da área de Ciências Humanas Sociais e Aplicadas.
Sugestão de Etapas
1. Seleção dos(as) autores(a)s e obras a serem trabalhados coletivamente
com leitura compartilhada.
2. Leitura individual ou em grupos de modo a levantar aspectos pertinentes.
3. Debate acerca das impressões, apontamentos e características do texto.
4. Representação teatral das obras analisadas.
Objetivos
Desvendar os aspectos fantásticos de narrativas orais e escritas.
Criar um acervo com as narrativas orais coletadas.
Resumo
A literatura oral, mormente a que aborda lendas de seres fantásticos, faz parte
da História da Humanidade. Ao longo do tempo, foi, muitas vezes, usada como
maneira de interação social e fruição estética.
A partir dessa condição e da forte influência desses aspectos na cultura catari-
nense, em especial Florianópolis, é que se optou pela abordagem dessa temáti-
ca neste componente curricular.
Nota-se que bruxas e seres místicos fazem parte do repertório de
crenças e narrativas em Santa Catarina, sobretudo na importante obra de Franklin
Literatura Cascaes, autor referenciado pela temática e linguagem local.
Fantástica:
Mitos/ Lendas/ 8 aulas
Ademais, Péricles Prade tem vários contos em que imperam os seres mitológi-
Bruxas e cos, especialmente o unicórnio.
Folclore
Sugestões de Etapas
1. Investigação e pesquisa sobre as diferentes formas de representação folcló-
rica em Santa Catarina.
2. Pesquisa de campo: os(as) alunos(as) recolhem, com seus familiares e co-
nhecidos(as), relatos orais sobre seres imaginários/ fantásticos, os transcre-
vem e apresentam para os(as) colegas.
3. Criação de um acervo (impresso e/ou digital) das narrativas coletadas pe-
los(as) estudantes.
4. Introdução à obra de Franklin Cascaes (ou outros(as) autores(as) catarinen-
ses de temática fantástica, como os contos de Péricles Prade, em Alçapão
para Gigantes e Os Milagres do Cão Jerônimo.
5. Socialização de leituras.
6. Recriação dos textos para o teatro.
AUTORES(AS) ÁREAS
Linguagens e suas Tecnologias
Bruna Arenhart Cavalheiro
Matemática e suas Tecnologias
Carolina da Silva Fernandes Meurer
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
Édna Polanczyk
Ciências Humanas e Sociais Aplicadas
Juliana Campos
Ciência e Tecnologia
Kezia Szynicer de Oliveira
Componentes Integradores
Melania Ferreira Bresciani
Monalise Miely Roos
Joissiane Patrícia Muniz da Silva
Regiani Bertoldi Obeidi Cruz Dias
Roselia Negri Dariva
Saionara de Fátima Almeida Ramos
Simone Aparecida Stelzner
Simone Spiess
Sirleia Brisida Garghetti Gardin
Vania Schuller
RESUMO
O componente tem como objetivo central promover a criatividade dos(as) edu-
candos(as) de maneira que eles(as) sejam protagonistas em processos de criação com
a literatura e com práticas contemporâneas dos novos letramentos e dos multiletramen-
tos. A proposta é que os(as) jovens ampliem repertórios de leitura por gosto e interesse;
compartilhem suas experiências com outros(as) leitores(as),por meio das mídias. Com
essas atividades, eles(as) poderão aprimorar as capacidades de leitura, de oralidade e de
produção textual com diferentes linguagens, em gêneros das culturas juvenis e digitais,
com usos críticos e éticos de ambientes e ferramentas tecnológicas, com construção de
conhecimentos significativos, que ultrapassem os limites de sala, tendo o(a) educador(a)
como mediador(a) de todo o processo.
JUSTIFICATIVA
Ao final do Ensino Médio, os sujeitos envolvidos no processo de educação devem
ter a capacidade de criar a partir de desafios preestabelecidos; mediados(as) pelos(as edu-
cadores(as), os(as) estudantes precisam aprender a utilizar conhecimentos, habilidades e
recursos de forma criativa para propor, inventar, inovar. Este componente curricular eletivo
pode contribuir com esse processo, ao propor investigação, planejamento e produção de
textos com diferentes linguagens, em gêneros digitais contemporâneos, a serem compar-
tilhados com outros(as) estudantes, com a comunidade escolar como um todo e com ou-
tros(as) leitores(as),por meio do uso consciente das ferramentas tecnológicas. Partindo
dessas premissas e em consonância com a Proposta Curricular de Santa Catarina, as ati-
vidades aqui indicadas visam ao trato ético na relação com a palavra, no dialogismo e na
interação com o outro por meio das linguagens.
Os usos das línguas nunca têm origem de fato naquele sujeito que se enuncia; eles
sempre estão em dialogia com outros usos, de outros tempos, de outros sujeitos,
marcados, portanto, por axiologias/ideologias nos planos da ética e da estética.
Cada sujeito, porém, coloca a sua contribuição, o seu tom, o seu acento valorativo,
de modo que o todo dos usos das línguas integra muitas vozes em dialogia, deline-
ando valorações e representações de mundo que convergem ou divergem entre si,
mas que estão sempre em um grande encontro dos sujeitos, por meio das línguas,
encontro que acontece na história e na cultura. (PCSC, 2014, p. 113)
4.Comunicação. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual- motora, como Li-
bras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das lingua-
gens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, expe-
riências, ideiase sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao
entendimento mútuo.
Processos Criativos
Reconhecer e analisar diferentes manifestações criativas, artísticas e culturais, por
meio de vivências presenciais e virtuais que ampliem a visão de mundo, sensibilidade,
criticidade e criatividade.
Questionar, modificar e adaptar ideias existentes e criar propostas, obras ou soluções
criativas, originais ou inovadoras, avaliando e assumindo riscos para lidar com as incer-
tezas e colocá-las em prática.
Difundir novas ideias, propostas, obras ou soluções por meio de diferentes linguagens,
mídias e plataformas, analógicas e digitais, com confiança e coragem, assegurando
que alcancem os(as) interlocutores(as) pretendidos(a).
Selecionar e mobilizar intencionalmente, em um ou mais campos de atuação social,
recursos criativos de diferentes línguas e linguagens (imagens estáticas e em movi-
mento; música; linguagens corporais e do movimento, entre outras), para participar de
projetos e/ou processos criativos.
AVALIAÇÃO
A avaliação considerará três processos, com foco nas competências, habilidades e
conhecimentos esperados, e que articulam, conforme a DCNEM, o domínio dos princípios
científicos e tecnológicos que constituem as produções contemporâneas, as práticas so-
ciais e produtivas que permitem novas reflexões de aprendizagem, bem como a compre-
ensão da linguagem em suas formas contemporâneas. Para isso, serão combinados os
seguintes tipos de avaliação: a) diagnóstica, que visa a identificar conhecimentos prévios
do(a) estudante e suas aspirações; b) formativa, com observação e intervenção do(a) pro-
fessor(a) nas situações de aprendizagem; c) cumulativa, considerando a junção de vários
instrumentos avaliativos. Sugestão para a autoavaliação: realização de registros em diário
de bordo, com significação das aprendizagens. A avaliação final do semestre letivo deste
componente será por meio de um Parecer Descritivo, em sintonia com as orientações ela-
boradas pela SED e enviadas para as escolas.
Objetivos
Compartilhar interesses leitores, com desenvolvimento da oralidade. Ler por
gosto e interesse. Trocar experiências leitoras com desenvolvimento da orali-
dade. Discutir o contexto de produção (Que gêneros serão produzidos? Em que
mídias circularão? O que já sabemos sobre eles?) e os critérios de qualidade da
produção textual.
Resumo
Leituras em Socialização e mapeamento dos interesses leitores da turma em aula.
Interação: do Livro
para a Web –
12 aulas Leitura de diferentes obras/textos sugeridos pelos(as) estudantes e também pe-
Mobilização lo(a) professor(a), discutindo os temas abordados, a qualidade e a relevância da
produção textual e as possíveis formas de partilha no ambiente midiático. Nesse
momento, os(as) estudantes irão compartilhar suas leituras preferidas, discutirão
as sugestões, farão apontamentos de outras de acordo com as preferências do
grupo, pesquisarão outras obras desconhecidas, mas que sigam a linha escolhida,
para, em seguida, mapear e esquematizar como recriar os mesmos para compar-
tilhar na comunidade escolar, de modo a chamar a atenção de outros(as) jovens lei-
tores(as). O(a) professor(a) pode avaliar a articulação com o componente Ciência
e tecnologia para aula de exploração de recursos midiáticos escolhidos.
Objetivos
Constituir grupos de trabalho com base em critérios produtivos para as
aprendizagens. Discutir e construir, em grupos de trabalho, consenso em
torno da escolha de título comum para a apreciação conjunta e para ser
Leituras em Intera- objetos dos processos criativos. Explorar criativamente mídias
ção: do Livro para
4 aulas
a Web – Planeja-
mento
Resumo
Organização dos grupos, que podem ser formados de acordo com os interes-
ses leitores ou de acordo com o domínio das ferramentas e ambientes digitais
a serem utilizados para a socialização das leituras. Discussão e definição sobre
qual obra/texto será objeto de estudo e produção de cada equipe.
Objetivos
Reler a obra para análise de particularidades do texto e escolha de aspec-
tos que serão recriados em processos de criação com gêneros midiáticos.
Discutir aspectos dos textos. Aprender mais sobre o gênero que será usa-
do. Vivenciar processos de criação, em diálogo com as leituras, e exerci-
tando a autoria coletiva, em processos de produção textual com o gênero
escolhido. Tornar públicas as produções.
Resumo
Em equipes, os(as) estudantes realizam releituras da obra/texto seleciona-
do, escolhendo e discutindo as particularidades do texto (aspectos da pro-
dução escrita e temas abordados). Definem os gêneros com que exercita-
rão a criatividade (simulação de entrevista com personagens, reportagens,
Leituras em Interação: podcasts, criação de memes, videoclipes, fotonovelas, charges, paródias,
do Livro para a Web – 20 aulas biogifs, documentários, curtas, etc.) e mídias (foto, vídeo, áudio). Discutem
Desenvolvimento
como circularão ou apresentarão suas produções criativas. Sugere-se pági-
na de rede social (Facebook, Instagram, etc.), criada e mantida pela turma,
sob a coordenação do(a) professor(a) ou em outras mídias offline (rádio,
jornal, revista, etc.). Durante o percurso, os(as) estudantes poderão viven-
ciar os processos de recriação dos textos escolhidos, por meio de suas es-
colhas, descobertas e criatividade na hora da construção do material que
irá para a exposição, e também, é claro, pela interação com a comunidade
nas mídias, percebendo o alcance das atividades entre os(as) leitores(as)
que acessarem as redes sociais, ouvirem as rádios locais; enfim, tiverem
contato com a produção final das atividades, levando-os(as) a serem auto-
res(as) de suas próprias leituras. Além disso, os(as) estudantes serão pro-
vocados(as) a realizar avaliações sobre o andamento de suas produções e
a reorganização de suas ações, se necessário.
Objetivos
Exercitar monitoramento de redes e estratégias de difusão. Refletir so-
bre as aprendizagens conquistadas e relatá-las.
Resumo
Cada equipe realizará frequentemente a divulgação, com estratégias de
Leituras em
incentivo a interações (curtidas, comentários, visualizações, compartilha-
interação: Do livro para mentos, propagandas, etc.) da comunidade em suas postagens, na página
4 aulas
a Web – Apropriação de da turma ou outros veículos de comunicação midiática; analisará os dados
resultados
que demonstram o interesse da comunidade nas produções socializadas;
produzirá um relatório com depoimentos dos(as) estudantes sobre o pro-
cesso de criação e a recepção pública das mídias socializadoras de leitura,
o que poderá servir de base para a realização de novas propostas a serem
desenvolvidas futuramente pelo componente eletivo. Sugere-se parceria
com as mídias locais para se ter mais canais de difusão das produções
estudantis.
EDUCAÇÃO FINANCEIRA
A matemática financeira e o planejamento pessoal de gastos podem ser considera-
dos uma estratégia para a gestão financeira pessoal e familiar de acordo com as escolhas
de vida do(a) estudante e a sustentabilidade. Neste componente, os(as) estudantes pas-
sam a conhecer mais de si mesmos(as) ao identificar hábitos de consumo e seu modo de
vida com vistas a fazerem escolhas sustentáveis e éticas.
O planejamento pessoal das finanças pode ser feito por meio de cálculos e plani-
lhas, o que significa trabalhar com os(as) estudantes seu letramento digital.
MATEMÁTICA APLICADA
O foco deste componente é a construção de uma visão integrada da Matemática,
aplicada à realidade, em diferentes contextos e culturas.
O conceito de área foi a escolha feita para integrar matemática e algumas ativida-
des humanas simples como idealizar e projetar a imagem de uma casa imaginada pelo(a)
estudante, conhecer como o cálculo de áreas é um problema cuja solução tem origem na
Antiguidade e continua sendo tema de estudo até os tempos modernos, e como conheci-
mentos matemáticos foram construídos ao longo dos tempos para responder a questões
que culminamcom a tecnologia atual calculando áreas com muita rapidez e eficiência.
Boa leitura!
Beatriz Verges Fleck
(Técnica da SED)
Valmiré Aguiar
(Equipe ProBNCC)
Silvia Longato e Maria Ignez Diniz
(Especialistas do Instituto iungo)
AUTORES(AS)
Mirtes Balbinot
Alcione Morescho Casonatto Mônica Graciani Pitt
Ana Balensiefer Patricia Maria Engel
Daiane Bonafé Reni Schmitz
Fabiula Grasiela Brandt Rolando Oestreich
Jeferson Licheski Capistrano da Cunha Luisana Zembruski
Jonas Furlan Rosana Fernandes
Josiane Maria Anholeto Silvana Rita Nesi Perin
Karla Patricia Sabatke Simão Abatti
Kelly Ehrat Blasius Simone Lazzari
Luisana Zembruski Sintia Marcela de Oliveira Benatto
Márcia Mariela De Marco Pasqualotto Valéria Weiss
ÁREAS
Linguagens e suas Tecnologias
Matemática e suas Tecnologias
Ciências da Natureza e suas Tecnologias
Ciências Humanas e Sociais Aplicadas
Ciência e Tecnologia
Componentes Integradores
RESUMO
Este Componente Curricular Eletivo provoca os(as) estudantes a pensarem: o que
é Educação Financeira? Qual a relação entre gerenciar ganhos e despesas para uma maior
qualidade financeira e o planejamento de futuro? Como avaliar as necessidades individuais
ou familiares de compra e decidir por pagar à vista ou a prazo?
Essas e outras perguntas serão norteadoras e ajudarão o(a) estudante a compreen-
der a Educação Financeira como uma maneira de construir comportamentos básicos para
melhorar a qualidade de vida pessoal, familiar e da comunidade.
Este CCE está organizado em momentos de estudo, pesquisas, reflexões e experi-
ências com simuladores financeiros. Ele pretende apoiar apoiar o(a) estudante para que
compreendam qual a relação cada um(a) tem com o dinheiro, como gerenciar as finanças
pessoais e de que forma esse conhecimento pode contribuir para o bem estar dele(a) mes-
mo(a), de seus familiares e de pessoas próximas.
As propostas de atividades foram planejadas prevendo aplicações práticas para
a vida pessoal e/ou familiar. O uso de vídeos e textos contribuem para trazer situações e
problematizações relacionadas ao cotidiano e atualidades.
JUSTIFICATIVA
A escola é um ambiente que permite aos(às) estudantes compreender não somente os
conhecimentos científicos, ela também proporciona o desenvolvimento de capacidades para
que os(as) estudantes administrem sua vida em sociedade, de maneira a aprender a fazer es-
colhas, a sonhar, a descobrir formas de realização de suas metas e projetos de vida.
A Educação Financeira surge para compor esse cenário, travando diálogos com
as diversas disciplinas do sistema de educação do Ensino Médio e com potencial para se
desenvolver tanto em sala de aula quanto em outros espaços da escola.
Nesse sentido, este CCE não se limita a trazer um conjunto de ferramentas de cál-
culo. Ele amplia possibilidades para que os(as) estudantes realizem leituras da realidade,
de seus planejamentos de vida e de realização individual e coletiva. Por isso, se justifica a
Educação Financeira no contexto escolar, afinal, é neste espaço que damos os primeiros
passos para a construção dos nossos projetos de vida.
A relação com o dinheiro está presente no cotidiano de todas as pessoas. Em di-
versas situações do dia a dia, é possível encontrar problemas envolvendo tomadas de
decisões a respeito das melhores taxas de juros, formas de pagamento, empréstimos e
financiamentos. Como é possível que algo tão presente na vida dos cidadãos e das cida-
dãs ainda seja tão pouco trabalhado dentro das salas de aula? Formar estudantes críticos
significa possibilitar que desenvolvam habilidades para analisar, buscar e aplicar conheci-
mentos matemáticos que os(as) auxiliem na tomada de decisões corretas sobre sua saúde
financeira e a dos demais que o cercam. Esse é um processo mediante o qual os indivíduos
e a sociedade melhoram a sua compreensão em relação aos conceitos e produtos finan-
ceiros, de maneira que, com informação, formação e orientação, possam resolver seus
problemas financeiros com mais facilidade, estimulando-os a tomar decisões referentes a
consumo, poupança e investimento, prevenção e proteção, considerando seus desejos e
necessidades atuais e futuras.
Empreendedorismo
Reconhecer e utilizar qualidades e fragilidades pessoais com confiança para superar desa-
fios e alcançar objetivos pessoais e profissionais, agindo de forma proativa e empreendedo-
ra e perseverando em situações de estresse, frustração, fracasso e adversidade.
Utilizar estratégias de planejamento, organização e empreendedorismo para estabele-
cer e adaptar metas, identificar caminhos, mobilizar apoios e recursos, para realizar pro-
jetos pessoais e produtivos com foco, persistência e efetividade.
Refletir continuamente sobre seu próprio desenvolvimento e sobre seus objetivos pre-
sentes e futuros, identificando aspirações e oportunidades, inclusive relacionadas ao
mundo do trabalho, que orientem escolhas, esforços e ações em relação à sua vida
pessoal, profissional e cidadã.
OBJETOS DE CONHECIMENTO
Porcentagem (juro simples e composto).
Infográficos.
Álgebra.
Amortização e fluxo de caixa.
Planilha de cálculos.
Funções do 1° grau e exponencial.
BOM PRA CRÉDITO. O Que é Educação Financeira e Porque Você Precisa Dela Urgente.
Disponível em: https://www.bompracredito.com.br/blog/ educacao-financeira-importan-
cia-principais-fundamentos/. Acesso em: 29 out. 2020.
BRASIL. Educação Financeira nas escolas: ensino médio livro do professor. Elabo-
rado por Comitê Nacional de Educação Financeira (CONEF). Brasília: CONEF, 2013.
Disponível em: https://www.vidaedinheiro. gov.br/livros-ensino-medio/?doing_wp_
cron=1600362345.77291893959045 41015625. Acesso em: 29 out. 2020.
BRASIL. Estratégia Nacional de Educação Financeira. Vida e dinheiro: jogo tá O$$O. Dis-
ponível em: https://www.vidaedinheiro.gov.br/ta-osso/?doing_ wp_cron=1603970047.588
7110233306884765625. Acesso em: 29 out. 2020.
______. Base Nacional Comum Curricular: educação é a base. EnsinoMédio. Brasília: MEC,
2018. BRASIL.
XERPAY. Educação Financeira: tudo o que você precisa saber para organizar suas finan-
ças. Disponível em: https://www.xerpa.com.br/blog/educacao-financeira. Acesso em: 06
nov. 2020.
Vídeos
DINHEIRO traz felicidade? estudo de um prêmio Nobel sobre o assunto. 1 vídeo (5min56s)
17 abr. 2018. Publicado por Bruno Perini – Você Mais Rico.Disponível em: https://www.you-
tube.com/watch?v=PoBBxBowWtI. Acessoem: 06 nov. 2020.
DINHEIRO traz felicidade? nerdologia. 1 vídeo (7min09s). 24 dez. 2015. Publicado por
Nerdologia. Disponível em: https://www.youtube.com/ watch?v=fD8VPHGVYU8. Acesso
em: 06 nov. 2020.
DUAS vezes Judite: série “eu e meu dinheiro”. 1 vídeo (6min07s). 9 mar. 2015. Pu-
blicado por Banco Central do Brasil. Disponível em: https://www.youtube.com/wa-
tch?v=k6O554uP2Kc&t=213s. Acesso em: 29 out. 2020.
EDUCAÇÃO Financeira nas Escolas: pra quê? por quê? 1 vídeo (4min59s) 26 mar. 2016.
Publicado por Prof. Dr. Leo Akio Yokoyama. Disponível em: https://www.youtube.com/wat-
ch?v=EclfirCPPN4. Acesso em: 06 nov. 2020.EU vou levar: série “eu e meu dinheiro”. 1 vídeo
legendado (4min13s). 17 jun. 2016. Publicado por Banco Central do Brasil. Disponível em:
https:// www.youtube.com/watch?v=7Z6UbsVS4m4. Acesso em: 24 nov. 2020.
HISTÓRIA das Moedas do Brasil. Nerdologia. 1 vídeo (9min25s). 3 dez. 2019. Publicado por
Nerdologia. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=3PKiaQJdzrM. Acesso em:
06 nov. 2020.
MÉTODOS Para Economizar Dinheiro: guia para iniciar. 1 vídeo (3min01s). 13 jul. 2019.
Publicado por Meu Dinheiro Minha Liberdade. Disponível em: https://www.youtube.com/
watch?v=0piQdrjXvjY. Acesso em: 06 nov. 2020. SINAIS Que Você Administra Mal Seu Di-
nheiro. 1 vídeo (4min47s). 3 jul.
2019. Publicado por Meu Dinheiro Minha Liberdade. Disponível em: https://www.youtube.
com/watch?v=YEYF8DSdmFA. Acesso em: 06 nov. 2020.
Objetivos
Compreender a relação do dinheiro no cotidiano das pessoas a partir do con-
texto histórico de seu surgimento e estabelecendo relação com os dias atu-
ais.
Resumo
Nesta etapa, a proposta é trazer a história do dinheiro, o surgimento da moeda e
de que forma ele está relacionada à história da humanidade no âmbito social e
econômico. Além disso, oportunizar aos(às) estudantes conhecerem as dife-
rentes moedas existentes no Brasil.
Sugestio de Etapas
1. Roda de conversa, encaminhando perguntas como, por exemplo: Qual era
o processo de compra e venda antes do surgimento do dinheiro? Como
aconteceriam as relações financeiras e comerciais, em nossos dias, se não
houvesse o dinheiro na forma de moedas e cédulas? Vocês sabem como o
Conhecendo
a História do 4 aulas dinheiro surgiu? Como as antigas civilizações realizavam suas transações
Dinheiro comerciais?
2. Ilustrar esse tema com o vídeo sobre o surgimento da moeda A Invenção da
Moeda – A História da Civilização, indicado o item Fontes de Informação e
Pesquisa.
3. Sugestão de roteiro com perguntas para nortear os(as) estudantes no acom-
panhamento do vídeo.
4. Registro individual dos(as) estudantes sobre as impressões e a relevância do
que foi assistido.
5. O(A) professor(a) poderá fazer no quadro uma síntese das ideias trazidas
pelos(as) estudantes a partir de seus registros.
6. Retomar as ideias iniciais, identificando conhecimentos ampliados e discutindo
de que forma o contexto histórico trazido se relaciona com a atualidade.
7. Fechamento: levantamento do que aprenderam nesta etapa. Solicitar que re-
gistrem a relevância desse estudo.
Objetivos
Conhecer as diferentes moedas usadas no Brasil. Relacionar e situar as mu-
danças das moedas no contexto histórico e social no Brasil.
Resumo
Esta etapa tem como objetivo possibilitar aos(às) estudantes o acesso às dife-
rentes moedas no Brasil, através do resgate histórico e social que justificaram
suas mudanças. A intenção é que os(as) estudantes conheçam essas mudan-
ças, num primeiro momento, pela história de pessoas próximas (pais, avós, etc.)
e as moedas correntes nesses contextos, além das relações comerciais e so-
ciais da época, levando em conta o que se conseguia comprar e negociar, o valor
dos produtos e a sua equivalência com os dias atuais.
Sugestão de Etapas
1. Preparação inicial: conversa com pais e avós ou pessoas mais velhas sobre
moedas antigas, suas experiências, as trocas de moedas e os reflexos na
vida cotidiana na época.
2. Registro dos depoimentos em seus cadernos.
3. Se possível, coleta de moedas e cédulas antigas para uma exposição na es-
cola. Identificar o ano ou período em que eram usadas.
4. Em sala, dialogar com os(as) estudantes sobre as histórias contadas pelas
As Diferentes
Moedas no 4 aulas
pessoas com quem conversaram e apresentação das moedas e cédulas co-
Brasil letadas para organização da exposição.
5. Para ampliar, como sugestão, passar o vídeo História das Moedas do Brasil –
Nerdologia, indicado no item Fontes de Informação e Pesquisa.
6. Organizar um roteiro com perguntas para orientar os(as) estudantes no
acompanhamento do vídeo.
7. Ao final, convidar os(as) estudantes a trocarem ideias sobre o que ouviram das
pessoas próximas e o que compreenderam e ampliaram ao assistirem o vídeo.
8. Levantamento das aprendizagens dos(as) estudantes nesta etapa.
Objetivos
Discutir sobre a relação do dinheiro com a felicidade e as emoções das pessoas.
Compreender de que forma as relações emocionais (crescimento pessoal) afe-
tam ou não seu desempenho em organizar suas finanças e gastos.
Resumo
Nesta etapa, o objetivo é promover um diálogo com os(as) estudantessobre a rela-
ção do dinheiro com a ideia de “ser feliz”, levando em conta as implicações diretas
ou indiretas dela para a administração dos recursos e para uma boa gestão do di-
nheiro, que contemple conquistas, projetos e sonhos.
Sugestão de Etapas
1. Bate-papo com os(as) estudantes, por exemplo, a partir das perguntas: O dinheiro
é responsável pela sua felicidade? O dinheiro traz felicidade?
2. Construir um painel das ideias trazidas pelos(as) estudantes em suas respostas.
3. Propor que assistam ao vídeo Dinheiro Traz Felicidade?, ou ao vídeo Dinheiro Traz
Felicidade? – Estudo de Um Prêmio Nobel Sobre o Assunto, indicados no item
O dinheiro é Fontes de Informação e Pesquisa.
Responsável
4 aulas
pela Felici- 4. Após terem assistido ao vídeo, retomar o mapa de ideias e discutir, acrescentando
dade?
novas ideias sobre o que chamou atenção a partir do que assistiram. E provo-
cá-los(as), perguntando quais fatores podem ser modificados, acrescentados ou
ampliados.
5. Entregar a letra da música Pra ser Feliz (Daniel, e composição de Elias Muniz).
Os(as) estudantes poderão também assistir ao videoclipe.
6. Levantar com os(as) estudantes, a partir do que assistiram e leram (letra e músi-
ca), a que conclusão chegaram ou quais os fatores que consideram relevantes em
relação às perguntas iniciais.
7. Enfatizar que o dinheiro não é o único responsável por uma existência feliz, mas
a má administração dele pode trazer infelicidade. Ou seja, sabendo administrar o
dinheiro é possívelconquistar projetos e sonhos.
8. Avaliação: após os alunos assistirem aos vídeos sugeridos, será feito um pequeno
debate sobre o tema e será proposta a elaboração, em grupos, de cartazes com
frases e imagens indicando o posicionamento contra ou a favor em relação à ideia
de que “o dinheiro traz felicidade”. Os cartazes serão expostos em um mural na
escola, para conhecimento da comunidade escolar.
302 CURRÍCULO BASE DO ENSINO MÉDIO DO TERRITÓRIO CATARINENSE - 2021
TÍTULO DA
CARGA
UNIDADE DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES E TEMAS
HORÁRIA
TEMÁTICA
Objetivos
Identificar conhecimentos prévios dos(as) estudantes em relação à Educação
Financeira. Subsidiar os(as) estudantes através de textos sobre a importância
desse conhecimento. Identificar, através de um questionário online, a relação
pessoal com a saúde financeira.
Resumo
A intenção desta etapa é promover espaços de discussão, reflexão e análise da
importância da Educação Financeira no que se refere ao modo de organizá-la. Sa-
ber organizar gastos, poupar, acumular recursos para ações futuras, acompanhar e
registrar suas despesas, tomar decisão para adquirir um bem são alguns dos aspec-
tos que serão tematizados nas atividades.
Sugestão de Etapas
1. Roda de conversa: O que é Educação Financeira e qual a importância desse co-
nhecimento para a vida das pessoas? Produzir um mapa de ideias a partir das
respostas apresentadas.
Educação
5 aulas 2. Organizar os(as) estudantes em grupos. Sugere-se entregar a cada grupo o tex-
Financeira
to Educação Financeira: Tudo o Que Você Precisa Saber Para Organizar Suas
Finanças ou O Que é Educação Financeira e Porque Você Precisa Dela Urgente,
indicados no item Fontes de Informação e Pesquisa. Solicitar que façam uma
primeira leitura individualmente, e marquem as ideias que julgarem relevantes.
3. No grupo: discutirem sobre o que, individualmente, destacaram nos textos. E
então, organizarem uma síntese para ser compartilhada no coletivo, em um se-
minário.
4. Como sugestão, poderá, ainda, utilizar o vídeo Educação Financeira nas Escolas
– Pra quê? Por quê?, indicado no item Fontes de Informação e Pesquisa.
5. Como fechamento, os(as) estudantes poderão participar de um questionário
online sobre Educação Financeira, intitulado Você Entende de Educação Finan-
ceira?, indicado no item Fontes de Informação e Pesquisa.
6. Retomar o mapa de ideias e dialogar sobre o questionário, convidando os(as)
estudantes a trazerem suas observações e considerações sobre a experiência.
7. Retomar o mapa de ideias finalizado e levantar aprendizagens a
Objetivos
Conhecer processos para analisar e acompanhar a gestão financeira
pessoal e/ou familiar.
Identificar e listar aspectos considerados fundamentais, que possam
contribuir para organização e gestão financeira.
Resumo
Nesta etapa, o intuito é promover momentos em que os(as) estudantes
terão oportunidade de analisar suas despesas e receitas como forma de
compreender como essas informações estão diretamente relacionadas às
situações financeiras pessoal e/ ou familiares. Também espera-se que, a
partir da leitura de textos de apoio, reflitam sobre como se planejar a fim
de alcançar metas
possíveis a curto, médio e a longo prazo, relacionando as discussões e
estudos realizadas no componente a seus projetos de vida.
Sugestio de Etapas
1. Roda de conversa, em que se promova um diálogo a partir dos seguintes
questionamentos: Qual a sua relação com o dinheiro? Você tem algu-
ma renda? Qual a sua participação na gestão financeira da sua família?
Qual a Relação
Pessoal ou Como a sua família faz o planejamento das despesas mensais ou di-
Familiar com o 4 aulas árias? Você participa desse planejamento? Como você e/ou a família
Dinheiro?
organiza essas informações/dados? Há previsão para despesas emer-
genciais?
2. Após a conversa inicial, e a partir das informações trazidas pelos(as) es-
tudantes, ajudá-los(as) a identificarem semelhanças e diferenças entre
suas práticas e contextos. Será importante que, neste processo, os(as)
estudantes tragam exemplos concretos para situações com resultados
em que a gestão financeira esteja associada a escolhas conscientes, tra-
zendo benefícios tanto individuais quanto familiares na gestão da renda.
3. Para ampliar a discussão e conhecimento dos(as) estudantes, poderá
utilizar como sugestão o vídeo Sinais que Você Administra Mal Seu Di-
nheiro, indicado no item Fontes de Informação e Pesquisa.
4. Após assistirem ao vídeo, retomar as discussões iniciadas nesta etapa,
e novamente promover uma conversa sobre quais pontos chamaram a
atenção dos(as) estudantes e se eles(as) identificam relações entre o
conteúdo do vídeo e sua vida financeira pessoal ou familiar.
5. No coletivo: listar quais são pontos que consideram importantes e que
podem incorporar ao seu contexto pessoal e/ou familiar.
Objetivos
Construir e analisar planilhas eletrônicas ou não para listar receitas e gas-
tos como forma de conhecer e ter uma vista ampla da gestão financeira
praticada.
Planejar, a partir do levantamento de gastos e receita, a projeçãopara uma
vida consciente a curto, médio e longo prazo.
Resumo
O foco desta etapa é promover momentos em que os(as) estudantes serão
convidados(as) a construir planilhas eletrônicas ou não de forma a organiza-
rem informações em relação a ganhos e gastos mensais. Inicialmente, para
conhecimento, os(as) estudantes analisarão uma planilha já estruturada, mas
possibilitando que, ao final, construam suas próprias planilhas, mais próximas
de suas realidades e do contexto familiar.
Sugestão de Etapas
1. Realizar uma conversa inicial resgatando a etapa anterior sobre a organi-
zação e gestão financeira.
2. Trazer ou solicitar que acessem a planilha de orçamento doméstico, inti-
tulada Orçamento Doméstico (Planilha), indicada no item Fontes de Infor-
mação e Pesquisa.
3. Após a apresentação da planilha, encaminhar perguntas para ajudar
os(as) estudantes a compreenderem a relação das informações. Como se
Entendendo trata de uma planilha pronta, simular valores para que os(as) estudantes
e Construindo
uma Planilha:
6 aulas compreendam como os dados são processados.
Receitas e Gastos 4. A partir da apresentação, propor aos(às) estudantes que elaborem suas
planilhas. Para isso, poderão usar dados reais ou fictícios de orçamento
familiar. A ideia é que os(as) estudantes compreendam o significado de
orçamento familiar. Portanto, se o(a) estudante não quiser usar dados re-
ais, poderá simular valores fictícios.
5. Ao final, um ou mais estudantes, por interesse, poderão socializar suas
planilhas para que você, professor(a), a partir delas, encaminhe, no cole-
tivo, um processo de análise e discussão pautado por perguntas como
esta: Será que a decisão de onde gastamos o dinheiro é a melhor para
nossa saúde financeira e para atingir objetivos futuros? Importante ana-
lisar também que as diferenças de ganhos e despesas farão com que
quem ganha pouco, se souber administrar bem o que ganha, também po-
derá prosperar e ter sucesso financeiro.
6. Você, professor(a), poderá, ainda, incluir uma discussão estabelecendo
integração com a Geografia através da análise de dados e gráficos rela-
cionados à distribuição de renda familiar (PIB – Pesquisa de Orçamento
Familiar), utilizando sites oficiais e dialogando sobre como esses dados
são utilizados para definir o cálculo de inflação do país. Poderá também
incluir uma pesquisa do valor da cesta básica na região e impactos ou não
desse valor no orçamento familiar.
7. Fechamento: discutir e avaliar o percurso desta etapa, identificando apren-
dizagens. Poderá ser utilizada como produto a organização de um semi-
nário.
Objetivos
Compreender a diferença entre consumo e consumismo.
Objetivos
Conhecer formas de investimento do dinheiro através de pesquisas e visita-
ção a instituições financeiras do município.
Realizar simulações financeiras utilizando ferramentas digitais para identifi-
car vantagens e desvantagens de uma ou outra forma de investimento.
Resumo
A proposta, aqui, é promover momentos em que os(as) estudantes sejam leva-
dos(as) a compreender e realizar simulações relacionadas a formas de inves-
timento que se apresentam no mercado financeiro, e que permitam analisar e
fazer escolhas mais assertivas, possibilitando aos(às) estudantes que ampliem
a renda pessoal ou familiar, entendendo melhor como funcionam os diferentes
mecanismos para isso.
Sugestão de Etapas
1. Organizar a classe em dois times.
2. Realizar pesquisa bibliográfica ou pesquisa de campo (em instituições financei-
ras do município ou online) sobre quais as formas existentes de investimento.
Como Investir 5 aulas
Meu Dinheiro
3. Desenvolver um trabalho em parceria com o componente de Matemática
(currículo da área comum) sobre juros simples e compostos, para conseguir
diferenciar as formas de juros nos investimentos.
4. Um grupo pode pesquisar sobre Renda Fixa: Tesouro Direto; CDB (Certificado
de Depósito Bancário), LCI (Letra de Crédito Imobiliário); LCA (Letra de Crédi-
to do Agronegócio); LIG (Letra
5. Imobiliária Garantida); LC (Letra de Câmbio); LF (Letra Financeira); debêntu-
res; fundos de investimento; COE (Certificado de Operações Estruturadas).
6. Outro grupo pode pesquisar sobre Renda Variável: ações; fundos de ações;
fundos multimercado; fundos imobiliários; ETFs; derivativos (como opções
de ações e contratos de dólar); commodities (como ouro e petróleo); COE
(Certificado de Operações Estruturadas).
7. Organização de um seminário para apresentação, no coletivo e com slides,
dos resultados das pesquisas, destacando pontos positivos e negativos de
cada investimento.
8. Finalizar com uma roda de conversa utilizando-se de perguntas norteado-
ras, como: Por que a poupança não foi citada como forma de investimento?
Dentre as opções apresentadas, vocês acreditam que é possível fazer este
investimento utilizando os recursos que temos? Quais atitudes temos que
desenvolver para investir?
9. Fechamento e avaliação: sistematização dos conhecimentos e do que foi
aprendido. Serão avaliadas a apresentação dos(as) estudantes no seminá-
rio, valorizando os conceitos pesquisados, a desenvoltura na explanação, a
coerência, dedicação e a participação na roda de conversa.
Objetivos
Retomar o percurso vivenciado, um movimento de metacognição, levan-
tando pontos relevantes e que contribuíram para a formação pessoal e
coletiva.
Identificar evidências de que o componente tenha contribuído para a forma-
ção cidadã e para potencializar os projetos de vida dos(as) estudantes no
que diz respeito à gestão financeira.
Resumo
Nesta etapa, a finalidade é promover espaços de escuta dos(as) estudantes
sobre o percurso realizado e as aprendizagens adquiridas, que demonstram
avanços em relação aos conhecimentos iniciais.
É importante que os(as) estudantes explicitem seus avanços e conquistas.
Avaliação do
Para isso, poderão se valer de relatos que indiquem novas posturas no uso
Percurso do
4 aulas
do dinheiro ou que tenham adotado no seu cotidiano familiar algumas das
Componente atitudes analisadas no decorrer deste percurso.
Curricular Eletivo
Sugestão de Etapas
1. Realizar uma roda de conversa e retomar registros, caminhos de estudos,
temáticas exploradas, conhecimentos matemáticos que foram importan-
tes para compreenderem o contexto financeiro, aspectos que foram, por
eles, considerados relevantes para a sua formação integral.
2. Produção de texto: tendo como referência suas vivências e estudos rea-
lizados, o que você indicaria para uma atitude mais consciente sobre os
gastos e investimentos a um(a) colega ou a familiares, etc.?
3. Apresentação de algumas produções: enquanto os(as) estudantes reali-
zam suas leituras, você, professor(a), ou um(a) estudante, registra no qua-
dro palavras chave que tenham grande significado.
4. Montar um painel (estilo nuvem de palavras) na escola juntamente com as
fotos e registros das atividades desenvolvidas ao longo do curso.
AUTORES(AS) ÁREAS
Linguagens e suas Tecnologias
Cláudia Teles Santana Matemática e suas Tecnologias
Cleubéta Aparecida Pasqualon Canton Ciências da Natureza e suas Tecnologias
Daiane Policarpo Tomé Ciências Humanas e Sociais Aplicadas
Marines Iung Figueiredo Ciência e Tecnologia
Miriam Fátima Gonçalves Componentes Integradores
Simoni Zanete Nesi
William Roberto Packer
RESUMO
Compreender questões relacionadas à situação social e econômica de pessoas e
comunidades, entender o que é Educação Fiscal e as implicações que podem ocorrer ao
pagar os impostos, comprar um produto ou adquirir um serviço são exemplos de situa-
ções presentes no cotidiano do(a) professor(a) e dos(as) estudantes. Nesse sentido, a
intenção deste Componente Curricular Eletivo é promover momentos de estudos, análise,
discussões e reflexões na intenção de perceber em que medida a cobrança de tributos e
impostos afeta direta ou indiretamente a vida e as condições das pessoas se relacionarem
e compreenderem seus direitos e deveres.
Portanto, neste Componente Curricular Eletivo, o(a) estudante terá, apoiado(a) na
mediação do(a) professor(a), oportunidades para buscar e se envolver em propostas cuja
finalidade é ajudá-lo(a) a compreender que a qualidade de um cidadão e uma cidadã cons-
cientes passa por conhecer seus direitos e deveres sociais, compreendendo como os tri-
butos cobrados ao obter um produto ou serviço trazem implicações diretas ou indiretas no
âmbito social, econômico e na saúde dos cidadãos, das cidadãs e da comunidade. A partir
de atividades práticas, estudos e debates, espera-se que os(as) estudantes desenvolvam
atitudes favoráveis para a melhoria da qualidade de vida de uma sociedade.
JUSTIFICATIVA
A Educação é um direito fundamental, e somente através dela é possível construir
uma sociedade mais justa e igualitária. Tendo em vista sua importância para o desenvolvi-
mento social, faz-se necessário adequá-la ao contexto atual da nossa comunidade escolar
e, consequentemente, de nossos(as) jovens. A juventude é uma época de construção da
personalidade, questionamentos, contestações e busca de modelos para se espelhar. Nos-
sa sociedade atual traz jovens tecnológicos, que se interessam por políticas públicas, so-
ciais e possuem acesso constante a informações em relação à corrupção, ao desrespeito,
à violência, a incertezas do mercado de trabalho, ao preconceito, levando-os à insatisfação.
A Escola, então, local de construção do conhecimento, deve amparar esses(as) jo-
vens, atendendo às suas necessidades. Baseado nesses anseios, conclui-se que eles(as)
necessitam de um ensino que dê sentido à sua vida. Nessa reflexão, o(a) professor(a) tem
papel importante, mediando, incentivando, engajando os(as) estudantes e inovando em
sala de aula, fazendo com que sejam protagonistas na construção de seu aprendizado,
envolvendo-os(as) em atividades de relevância que os(as) ajudarão a resolver problemas
reais em seu cotidiano.
É nesse cenário que a Educação Fiscal surge, tendo como foco a formação integral
dos sujeitos. Nesta linha de pensamento, este Componente Curricular Eletivo se justifica
pelo fato de explorar temáticasque influenciarão os(as) estudantes a desenvolverem, com
embasamento, seu raciocínio lógico, crítico, empatia, respeito, senso de justiça, consci-
ência da realidade, e entender seus direitos e deveres. A finalidade, então, é auxiliá-los(as)
nesse processo de aquisição do conhecimento, contribuindo para o seu desenvolvimento
socioemocional. Espera-se que os(as) estudantes, através dos conhecimentos que irão
circular neste Componente Curricular Eletivo, compreendam seu papel como cidadãos e
cidadãs que refletem e intervêm em questões como a desigualdade, corrupção, violência, e
na transformação da sociedade atual, pelo bem comum.
OBJETOS DE CONHECIMENTO
Matemática Financeira (porcentagem, juros simples e compostos, função do 1º grau e
exponencial).
Estatística: tabelas e gráficos.
Educação Fiscal: artigos constitucionais; sistema econômico.
Relação Estado-sociedade: conceito de sociedade e Estado; Estado democrático (ele-
mentos, organização dos poderes, administração pública, democracia e direitos huma-
nos); IDH; ética.
Tributos e cidadania: histórico dos tributos; legislação tributária nacional; conceito, clas-
sificação e tipos de tributos; documentos fiscais.
Gestão democrática dos recursos públicos: orçamento; participação popular; execução
orçamentária; responsabilidade na gestão fiscal; compras no setor público; controle,
transparência e participação social; acompanhamento das contas públicas.
AVALIAÇÃO
O ato de avaliar é inerente ao trabalho do(a) professor(a), e está validado nos Parâ-
metros Curriculares Nacionais. Visando a uma formação sólida, consciente e significativa
para os(as) estudantes, o processo de avaliação durante todo o percurso desse Compo-
nente Curricular Eletivo será diagnóstico, processual, formativo e qualitativo, com caráter
transdisciplinar, observando os seguintes aspectos: a compreensão e aplicação de conhe-
cimentos; a criatividade; o raciocínio lógico e capacidade de interpretação; a capacidade de
trabalho em equipe e socialização; e a frequência nas aulas. Além dos aspectos elencados
anteriormente, contaremos com alguns instrumentos avaliativos, que são relevantes para
que possamos analisar o desempenho da aprendizagem do(a) aluno(a). No Compartilha-
mento de Ideias, observar a interação com a temática do vídeo exposto, assim como a res-
posta da pergunta norteadora; nas Pesquisas, o trabalho em grupo e a entrega do relatório
final; na Roda de Conversa, a exposição de ideais e as perguntas formuladas pelos grupos,
A avaliação final do semestre letivo deste componente será por meio de um Parecer
Descritivo, em sintonia com as orientações elaboradas pela SED e enviadas para as escolas.
Vídeos
A HISTÓRIA dos Tributos. 1 vídeo (13min). Publicado por Programa Nacionalde Educação
Fiscal. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=- V6vFtYmqHQ. Acesso em: 01
set. 2020.
COMO Calcular Juros Simples e Composto no Excel. 1 vídeo (14min29s) Publicado
por Flávio Moita. Disponível em: https://www.youtube.com/ watch?v=SkV2yWUB9g.
Acesso em: 20 out. 2020.
EDUCAÇÃO Fiscal e Cidadania – Tributos: que história é essa? 1 vídeo
(20min32s). 17 nov. 2011. Publicado por TV Escola. Disponível em: https://
www.youtube.com/watch?v=VUcDz_twyeo&t=19s. Acesso em: 01 set. 2020.
Objetivos
Ampliar e aprofundar os conhecimentos dos(as) estudantes sobre tributos
e a sua importância socioeconômica para construir as primeiras ideias a
respeito da Educação Fiscal.
Resumo
Nesta etapa, a intenção é aproximar os(as) estudantes do tema deste Compo-
nente Curricular Eletivo. Para isso, serão utilizados vídeos
que trazem a história dos tributos e como eles foram, com o tempo, incorpora-
dos às ações sociais e econômicas. Além disso, serão promovidos momentos
de reflexão e discussão sobre a função social dos tributos no contexto atual.
Sugestão de Etapas
1. Roda de conversa: Que ideias vocês trazem quando falamos sobre Educa-
ção Fiscal?
Ideias Iniciais: o 2. Construção de um mapa de ideias (quadro ou recurso tecnológico como
2 aulas
Que Já Sabemos? o mentimiter).
3. Elaboração de um roteiro para apoiar os registros dos(as) estudantes en-
quanto assistem ao vídeo. Por exemplo: Quais informações ou ideias apre-
sentadas nos vídeos vocês desconheciam? Que aspectos trazidos pelos
vídeos chamaram sua atenção? O que aprenderam sobre a função social
dos tributos? Como entendem a função dos tributos nos dias de hoje?
4. Apresentação de vídeo A História dos Tributos, indicado no item Fontes de
Informação e Pesquisa.
5. Debate coletivo sobre o vídeo e retomada do mapa de ideias para amplia-
ção dos conhecimentos.
6. Questionamento sobre a relação entre os tributos na atualidade e a cidadania.
7. Fechamento: produção coletiva de texto sobre aspectos relevantes em re-
lação ao que foi discutido.
8. Espaço de escuta sobre as aprendizagens dos(as) estudantes.
Objetivos
Realizar pesquisas em grupo sobre temas relacionados à Educação Fiscal.
Aprender a selecionar fontes confiáveis para o desenvolvimento das pes-
quisas, de forma a embasar conhecimentos sobre a temática.
Resumo
Esta etapa tem como foco envolver os(as) estudantes em um ambiente dinâ-
mico, em que o ato de pesquisar sobre o tema seja a fonte para ampliar e ali-
nhar os conhecimentos iniciais. A mediação e envolvimento do(a) professor(a)
têm papel fundamental, acolhendo e trocando ideias com os(as) estudantes
tanto nos grupos quanto no coletivo.
Sugestão de Etapas
1. Apresentar a proposta desta etapa aos(às) estudantes.
2. Organizar a turma em quatro grupos, onde cada um será responsável por
uma linha de pesquisa.
3. Apresentar as linhas de pesquisa propostas:
a) Educação Fiscal-contexto social (O que pesquisar? Artigos constitu-
cionais (1º, 3º, 5º, 6º e 7º); sistema econômico atual; papel da Educa-
Pesquisa para ção Fiscal para a transformação da sociedade).
Aprofundar
Conhecimentos
12 aulas b) Relação Estado-sociedade (O que pesquisar? Conceito de sociedade
Sobre a Temática e Estado; Estado democrático; Índice de Desenvolvimento Humano –
IDH; ética).
c) Tributos e cidadania (O que pesquisar? Breve histórico dos tributos; le-
gislação tributária nacional; conceito, características, classificação e
tipos de tributos; crimes contra a ordem tributária; documentos fiscais).
d) Gestão democrática dos recursos públicos (O que pesquisar? Edu-
cação Fiscal e cidadania: orçamento, participação popular, execução
orçamentária; responsabilidade na gestão fiscal; compras no setor pú-
blico; controle; transparência fiscal e participação social).
4. Durante as pesquisas, o acompanhamento, a orientação e o apoio feito
por você, professor(a), é fundamental, seja sugerindo sites ou auxiliando
os(as) estudantes na compreensão de termos e expressões utilizadas
nesse contexto de Educação Fiscal, seja sugerindo pesquisas em dicioná-
rios ou sites pertinentes.
5. Orientação para organização e registros das informações coletadas na pes-
quisa. Coletivamente, definir o formato do produto dessa sistematização.
6. Apresentação, debates e trocas de ideias e conhecimentos dos e entre os grupos.
7. Fechamento: avaliação do processo e explicitação das aprendizagens
dos(as) estudantes.
Objetivos
Socializar o resultado da pesquisa a partir de seus focos.
Argumentar a partir de fatos e evidências baseados nas informações e co-
nhecimentos adquiridos na pesquisa.
Contribuir, no debate, com perguntas e questionamentos com o objetivo de
compor ideias e ampliar conhecimento.
Resumo
A proposta, nesta etapa, é abrir espaço para os grupos realizarem a socializa-
ção das ideias principais, geradas a partir das pesquisas realizadas. A intenção
é criar um ambiente de compartilhamento de ideias e conhecimentos na pers-
pectiva da aprendizagem colaborativa. Para isso, a mediação do(a) professor(a)
Solicitação pode ajudar a criar um ambiente participativo, de crescimento e aprendizagem.
das Pesquisas
e Roda de
4 aulas Sugestão de Etapas
Conversa
1. Contextualizar o momento, indicando tratar-se do compartilhamento e socia-
lização das pesquisas.
2. Retomar as temáticas geradoras das pesquisas.
3. Combinar com os(as) estudantes a ordem das apresentações.
4. Combinar que, durante as apresentações, os(as) estudantes participem com
perguntas ou contribuam para complementar as falas dos colegas com co-
nhecimentos construídos em suas pesquisas.
5. Sugestão: trazer pessoas (profissionais) locais ligados à área fiscal local que
possam acompanhar as apresentações ou destinar um momento específico
para dialogar com a turma, contribuindo para ampliação das aprendizagens
dos(as) estudantes.
6. Fechamento e sistematização das aprendizagens.
Objetivos
Aplicar e identificar os conhecimentos matemáticos que possibilitam compre-
ender a relação entre tributos e consumo.
Construir e analisar gráficos que representam as variações e relações dos
tributos em situações cotidianas.
Resumo
Nesta etapa, os(as) estudantes terão a oportunidade de manipular e aplicar co-
nhecimentos matemáticos relacionados ao contexto da Educação Fiscal. Utiliza-
rão fórmulas para calcular juros simples e compostos para expressar relações de
tributos em valores de produtos consumidos.
Sugestão de Etapas
1. Apresentar o contexto desta etapa.
2. Solicitar com antecedência que os(as) estudantes tragam para a aula cupons
fiscais.
3. Problematizar: O que é um cupom fiscal? Qual a sua finalidade? Qual a relação
com o que vocês pesquisaram na etapa anterior? Por que pedir a nota fiscal?
4. Construção coletiva de um mapa de ideias. Sugestão: usar o quadro ou um
suporte digital como o mentimiter.
5. Propor aos(às) estudantes que analisem um cupom fiscal, identificando e lis-
tando as informações que estão contidas nele. Você, professor(a), poderá en-
caminhar a leitura a partir de questionamentos como: Qual o valor da compra?
Matemática
Cidadã
6 aulas Do total pago pela compra, qual foi o valor dos impostos? Sem o valor do im-
posto, qual seria o valor a pagar pela compra? Qual o percentual dos impostos
sobre o valor da compra?
6. Roda de conversa a partir de questionamentos: Os tributos arrecadados pelo
cupom fiscal correspondem a quais esferas? Por quê? Além do cupom fiscal,
conhece outro tipo de documento fiscal? Qual? Qual o destino desses impos-
tos recolhidos? Você sabe o que é sonegação fiscal? Qual a importância do
documento fiscal para combatê-la? Quantos anagramas (novas palavras) po-
dem-se determinar com a palavra CUPOM? E se só fossem anagramas inicia-
dos por vogais?
7. Procurar oportunizar a fala dos(as) estudantes e observar como argumentam
e se pautam nos estudos realizados na etapa anterior.
8. Organizar os(as) estudantes em duplas ou trios.
9. “Mão na massa”: propor situações-problema envolvendo contextos relaciona-
dos a juros simples e compostos.
10. Construção de tabelas e gráficos utilizando planilhas (eletrônicas ou não).
11. Incentivar a pesquisa da relação de valores obtidos à vista, aplicando-se juros
(simples ou compostos), identificando variações e tendências (comportamen-
to exponencial ou linear) a partir dos gráficos que representam a incidência de
juros.
12. Fechamento e avaliação: no coletivo, levantar pontos fortes a partir do desen-
volvimento desta etapa e indicação (pode ser uma produção textual) do que
aprenderam.
Objetivos
Discriminar as controvérsias das leis e suas aplicações no contexto social.
Resumo
Nesta etapa, a proposta é gerar um grande debate em que os(as) estudantes te-
rão a oportunidade de se expressar a partir do que aprenderam até aqui, com
foco em suas ideias sobre mitos e verdades relacionadas à lei de aplicação dos
tributos nas relações socioeconômicas, e sobre os direitos e deveres do Estado,
da família e da sociedade.
Sugestão de Etapas
1. Contextualizar aos(às) estudantes a proposta da atividade.
2. Organizar a turma em três grupos, sendo que cada um assumirá um papel
durante o debate: concordo, discordo e não opino.
3. Organizar um slide em que esteja representada uma tabela com situações
relacionadas ao contexto do Componente Curricular Eletivo, indicando quais
são verdades e quais são mitos. Por exemplo: a Constituição Federal de 1988
diz que a educação é direito de todos(as) e dever do Estado e da família, de-
vendo ela garantir uma educação digna, gratuita, pública e de qualidade, sen-
do considerada um direito fundamental assegurado a todos(as) os cidadãos
Mitos e 6 aulas e cidadãs. Essa afirmação é verdadeira? Todos(as) os cidadãos e cidadãs
Verdades
têm os mesmos acessos à educação?
4. Primeiro momento do debate: nos grupos, os(as) estudantes discutem sobre
a situação apresentada a partir do perfil definido (concordo, discordo e não
opino) e desenvolvem uma síntese de argumentos para apoiá-los(as) durante
o debate.
5. Abertura da plenária para início dos debates.
6. O(A) professor(a) poderá apoiar ou problematizar os grupos durante o de-
bate, trazendo alguns dados referentes à situação apresentada, como, por
exemplo, gráficos que mostram a situação de aprendizagem de estudantes e
o acesso à educação no país.
7. Outra possibilidade é observar os argumentos dos grupos e provocá-los a
refletirem através de perguntas, como, por exemplo: por que no Brasil há
tantas pessoas analfabetas? Por que todas não estão na escola? Quantas
pessoas correspondem a essas taxas de analfabetismo? Qual a importância
dos investimentos públicos na educação? Como os tributos recolhidos nos
municípios e estados são distribuídos? Por que esse recolhimento não está
atendendo às necessidades de todas as crianças e jovens na promoção de
uma educação de qualidade e igualitária? Qual região tem a maior taxa de
analfabetismo e por que?
8. Fechamento e autoavaliação: roda de conversa sobre as aprendizagens e co-
nhecimentos adquiridos, evidenciando de que forma as leituras, discussões
e vivências os ajudaram a promover o debate e argumentar com elementos
potentes.
Objetivos
Desenvolver a criatividade trabalhando em grupo, sistematizando o conheci-
mento científico adquirido nas pesquisas e nas discussões promovidas no
percurso deste Componente Curricular Eletivo.
Resumo
Esta etapa tem a intenção de proporcionar a retomada pessoal e coletiva dos(as)
estudantes na perspectiva de se perceberem no contexto trabalhado (Educação
Fiscal), para que reconheçam as transformações e aprendizagens desenvolvidas
no semestre (quem eram e o que sabiam no início desse processo, e quem são
e o que sabem ao fim desse percurso, levando em conta conquistas, aprendiza-
gens, interação com os(as) colegas, desenvolvimento de competências socioe-
mocionais). A proposta de um portfólio assume uma perspectiva de historiar o
percurso individual.
Registro do Sugestão de Etapas
Percurso:
10 aulas
Estudos e 1. Contextualizar aos(às) estudantes esta etapa.
Aprendizagens
2. Ter uma fala que estimule e mobilize os(as) estudantes a “mergulharem” no
percurso vivenciado no Componente Curricular Eletivo.
3. Apoiar os(as) estudantes a buscarem e revisitarem os registros e referências
de cada etapa anteriormente: fotos, registros coletivos e individuais, temática
trabalhadas, produtos produzidos, registros de aprendizagens, etc.
4. Organizar a turma em grupos.
5. Nos grupos, os(as) estudantes dialogam e trocam ideias sobre como orga-
nizarão seus registros e sistematizarão as aprendizagens conquistadas no
percurso.
6. Combinar com os(as) estudantes formas que podem utilizar para socializar
suas conquistas, aprendizagens e desafios, como, por exemplo: paródia, sli-
des, cartazes, etc.
7. Finalização do Componente Curricular Eletivo.
AUTORES(AS) ÁREAS
Alessandra Dorini Linguagens e suas Tecnologias
Analieze Aparecida Leopoldino Cardoso Matemática e suas Tecnologias
Ariane Farias Furtado Ciências da Natureza e suas Tecnologias
Claudinara Trentin Kolleht Ciências Humanas e Sociais Aplicadas
Cláudio Joel de Oliveira Ciência e Tecnologia
Daniela Crispim da Costa
Componentes Integradores
Fernanda Padilha Rodrigues
Jaciana Zanelatto de Lima
Luis Augusto Uliana
Moacir Zandoná Pazini
Pedro de Medeiros Goulart
Renata Villa João
Rolando Oestreich
Samanda Gomes Frozza Dos Santos
Silvana Napoleão Espíndola
Tatiane Raquel Adam Scheidt
RESUMO
O cérebro é uma máquina de possibilidades infinitas, que realiza, a cada segundo, mi-
lhões de novas ligações entre os neurônios. Que tal apoiar a turma a conhecer melhor essa
máquina tão poderosa? A proposta é que os(as) estudantes desenvolvam o raciocínio lógico,
aprendam a analisar como cada um constrói conhecimento e estratégias para enfrentamen-
to de situações-problema, ao mesmo tempo em que ampliam seus repertórios de formas de
pensar. Será colocado em prática o exercício de pensar de modo reflexivo, com o objetivo de
avançar no desenvolvimento de habilidades diretamente ligadas aos principais estilos de pen-
samentos (numérico, lógico, criativo, tático e estratégico), essenciais na hora de “enxergar” um
determinado problema e também as suas possíveis soluções. Neste CCE, serão elaborados e
aplicados jogos para que os(as) estudantes desenvolvam pensamento lógico, ajudando-os(as)
a analisar problemas sob diferentes ângulos.
As atividades e jogos estão organizados em unidades com diferentes focos e formas. Para
começar, estão os jogos lógicos, cujo objetivo é o desenvolvimento das diferentes habilidades que
compõem o raciocínio dedutivo. Entre eles, estão dois jogos de origem na cultura africana, e que
podem ser vencidos com boas estratégias. Na sequência, estão os problemas lógicos dos mais
simples aos mais complexos. Isso para que, ao final, com o repertório adquirido ao longo das aulas,
os(as) estudantes sejam convidados(as) a elaborar um projeto de construção de jogos para serem
divulgados na escola ou fora dela.
JUSTIFICATIVA
A importância do ensino-aprendizagem dentro deste Componente Curricular Eletivo
não está atrelada apenas ao saber matemático, mas sim a todas as áreas do conhecimen-
to humano, pois, nelas, os saberes se entrelaçam na perspectiva de uma formação integral.
A partir das metodologias e da avaliação aqui apresentadas, foram traçadas estratégias
para motivar os(as) estudantes para a aprendizagem, para apoiá-los(as) a desenvolver a
concentração, a atenção, o raciocínio lógico- dedutivo e o senso de colaboração.
A opção pelos jogos tem como meta, além de desenvolver o raciocínio lógico, estimular
o desenvolvimento do pensamento crítico, científico e criativo, da capacidade de resolver pro-
blemas, favorecendo a interpretação e a autonomia de maneira a auxiliar na vida cotidiana e,
consequentemente, na construção dos projetos de vida desses(as) estudantes.
Os jogos de raciocínio lógico-matemáticos são excelentes aliados no processo de
ensino-aprendizagem, mobilizando os(as) estudantes pelo prazer de vencer desafios, fa-
vorecendo o desenvolvimento das habilidades e competências apontadas como direitos
de aprendizagem na BNCC e nos Referenciais Curriculares para os Itinerários Formativos.
A metodologia escolhida para o desenvolvimento das atividades permite que se-
jam desenvolvidas pelos(as) estudantes habilidades dos eixos estruturantes: investigação
científica, processos criativos e empreendedorismo. Eixos que são enfatizados no currícu-
lo estadual, atendendo às atuais demandas da comunidade escolar e ao desenvolvimento
integral dos(as) jovens do Ensino Médio, formando-os(as) para a ação crítica de ser, agir e
interagir consigo mesmos(as) e com o meio ambiente e social no qual estão inseridos(as).
Processos Criativos
Selecionar e mobilizar intencionalmente recursos criativos relacionados à Matemática,
para resolver problemas de natureza diversa, incluindo aqueles que permitam a produ-
ção de novos conhecimentos matemáticos, comunicando com precisão suas ações e
reflexões relacionadas a constatações, interpretações e argumentos, bem como ade-
quando-os às situações originais.
Propor e testar soluções éticas, estéticas, criativas e inovadoras, considerando a aplica-
ção dos conhecimentos matemáticos associados ao domínio de operações e relações
matemáticas simbólicas e formais, de modo a desenvolver novas abordagens e estra-
tégias para enfrentar novas situações.
Empreendedorismo
Reconhecer e utilizar qualidades e fragilidades pessoais com confiança, para superar desa-
fios e alcançar objetivos pessoais e profissionais, agindo de forma proativa e empreendedo-
ra e perseverando em situações de estresse, frustração, fracasso e adversidade.
SUGESTÕES DE ESTRATÉGIAS
O componente é estruturado para desenvolver o raciocínio lógico e estimular a
criatividade, a capacidade de resolver problemas por meio de jogos e situações-problema.
Assim, é necessário que a metodologia exercida pelo(a) professor(a) seja a da problema-
tização, colocando-se como orientador do pensamento do(a) estudante por meio de boas
perguntas, tanto no decorrer da atividade como nos momentos finais de socialização e de
avaliação. Sugerimos, a seguir, na forma de etapas, três momentos das atividades: a mo-
bilização inicial, o desenvolvimento da atividade e a socialização das aprendizagens e das
dúvidas, das conquistas e das dificuldades.
1ª Etapa: Cada conjunto de atividades possui objetivos específicos detalhados em sua descri-
ção, e, para cada caso, é preciso utilizar diferentes estratégias para mobilizar diferentes habili-
dades que se deseja que os(as) estudantes desenvolvam. A motivação inicial e a apresentação
de um jogo podem ser feitas de diferentes maneiras, contemplando a mobilização de conheci-
mentos prévios e a aprendizagem colaborativa, a partir de estratégias como:
uma roda de conversa para levantamento do que os(as) estudantes já sabem ou conhe-
cem de um determinado jogo;
jogar com um(a) estudante, sem apresentar todas as regras para que os(as) estudantes
as descubram;
solicitar que um grupo aprenda um jogo e o ensine aos(à) colegas;
projetar ou colocar no quadro as regras ou o texto da atividade, e solicitar a leitura cole-
tiva para discussão sobre o que os(as) estudantes entenderam ou não.
3ª Etapa: Ao final, sugerimos sempre uma conversa coletiva ou roda de conversa, na qual
são tratadas as observações feitas durante o jogo ou atividade. Recomendamos, também,
alguma forma de registro para compor o processo de avaliação e de autoavaliação dos(as)
estudantes, como buscamos descrever no item Avaliação, a seguir.
É preciso, ainda, destacar que, para alguns dos jogos, as questões “de conhecimen-
to específico” podem ser resolvidas com uma breve retomada inicial; já as questões “de
objetivos de cada atividade” devem ser aprofundadas e até mesmo registradas pelos(as)
estudantes nessa discussão de fechamento da atividade.
O(a) estudante também poderá se autoavaliar, realizando análise crítica do seu desem-
penho, destacando suas aprendizagens exitosas, bem como as que necessita melhorar, ou,
ainda, analisando seu avanço em relação às estratégias que ele(a) desenvolveu ao longo das
atividades. Neste processo, o(a) professor(a) ocupa o papel de mediador(a), analisando to-
das as produções e explicitando ao(à) estudante sua potencialidade, seu crescimento e sua
fragilidade, permitindo que ele(a) conquiste outro olhar sobre si mesmo(a) e sobre sua forma
de pensar. Nessa perspectiva, as orientações metodológicas e a avaliação são os principais
meios para o desenvolvimento integral, constituindo todo um processo transversal, não classi-
ficatório, sustentado por dados e registros, e dinâmico.
A avaliação final do semestre letivo deste componente será por meio de um Parecer
Descritivo, em sintonia com as orientações elaboradas pela SED e enviadas para as escolas.
Objetivos
Apresentar Componente Curricular Eletivo e propor vivência de duas atividades
mobilizadoras.
Resumo
A mobilização dos(as) estudantes para as aulas depende de uma apresentação
adequada do que ele(a) vivenciará nas aulas. Para isso, essa primeira etapa traz
uma breve experimentação da forma e do conteúdo das próximas aulas.
Sugestão de Etapas
Mobilização 1. Apresentação do componente, enfatizando que os jogos e atividades são apenas
para o 2 aulas
Curso
meios para aprender a conhecer sua própria forma de pensar e desenvolver aspec-
tos importantes do raciocínio lógico, essencial para aprender cada vez mais.
2. Vivenciar um problema de lógica em todas as etapas descritas nas sugestões
metodológicas.
3. Roda de conversa final, para que os(as) estudantes tragam suas percepções
sobre o que vivenciaram e suas expectativas para a continuidade do curso e,
especialmente, para que o(a) professor(a) explicite que, na resolução desse pro-
blema, cada um(a) teve que formular hipóteses, testá-las, tomar decisões, cons-
truir alguma forma de registro, e que essas são etapas básicas do pensamento
lógico dedutivo.
Objetivos
Desenvolver habilidades de inferência, previsão, tomada de decisão e análise de
erros, por meio de jogos de raciocínio lógico.
Resumo
Nesta etapa, sugere-se um determinado tipo de jogo para realização solitária ou em
grupo, que tenha como principal meta o desenvolvimento de algumas das habilida-
des que compõem o raciocínio lógico dedutivo. Jogos mais adequados.
Sodoku
Batalha Naval
Traverse
Hora do Rush
O Desafio das Oito Rainhas
O Passeio do Cavalo
Jogos
Lógicos
16 aulas Hora do Rush ( jogo comercial)
Robox (para computador)
Sugestão de Etapas
1. Apresentar os objetivos dessa etapa e organizar a classe de
2. acordo com as especificidades de cada jogo.
3. Escolher uma forma de apresentação das regras (ver o item Sugestões Metodológicas).
4. Acompanhar o desenvolvimento do jogo, registrando indícios de aprendizagens
e estratégias. Realizar a socialização das estratégias e dúvidas ao final de cada
jogo, sempre problematizando se há uma estratégia melhor que outra e incen-
tivando a argumentação dos(as) jovens sobre suas ideias. Novamente, ao final
da etapa dos jogos que possuem os objetivos propostos, organizar nova rodada
de avaliação coletiva e uma autoavaliação.
Para a sua mediação, sugerimos a consulta às seguintes referências: Brito (2013),
Dalfré (2013), Dvorsky (2017), Fanti (2015), Serafim (2006, 2014).
Objetivos
Ampliar as habilidades propostas nos jogos anteriores, incluindo, agora, o plane-
jamento das jogadas com maior exercício da
Resumo
Nesta etapa, os(as) estudantes jogam jogos aparentemente simples e divertidos,
mas que são mais complexos em termos de habilidades de raciocínio lógico, neces-
sárias para a construção de estratégias vencedoras.Sugestão de Etapas
Jogos de
2 aulas Sugestão de Etapas
Estratégia
1. Apresentar jogos simples de origem na cultura africana, jogados pelas crianças
em seus momentos de simples lazer, mas que possuem forte apelo a capacida-
des cognitivas mais complexas.
2. Repetir as etapas de 2 a 4 da sequência de jogos anteriores, ampliando a ava-
liação final para explicitar aos(às) estudantes a necessidade do planejamento
reflexivo antes de cada jogada.
Para a sua mediação, sugerimos a consulta às seguintes referências: Geledés e Gon-
çalves.
Objetivos
Desenvolver habilidades de inferência, previsão, tomada de decisão e análise de
erros, por meio de problemas verbais de raciocínio lógico.
Resumo
Problemas de lógica são o foco dessa sequência de atividades, que tem os
mesmos objetivos dos jogos. Agora, os(as) estudantes devem enfrentar cada
situação individualmente, para depois discutir em duplas ou pequenos grupos
suas ideias e dúvidas, e, dessa forma, ampliar sua capacidade de argumentar e
de exercer a colaboração e o respeito com os(as) outros(as).
Sugestão de Etapas
Problemas 1. Apresentar a mudança na forma de trabalho, com a substituição dos jogos por
de Lógica 6 aulas
Dedutiva problemas de texto, como o utilizado na aula inicial do curso.
2. Resolver coletivamente um desses problemas, sem enfatizar uma estratégia de
resolução ou de registro, mas apenas problematizando como os(as) estudan-
tes resolvem a questão.
3. Propor, a cada aula, 2 ou 3 desses problemas, escolhendo-os em grau crescen-
te de dificuldade.
4. Repetir a etapa 4 das sequências anteriores, sempre visando a avaliação mais
formativa e a inserção cada vez maior do(a) estudante no processo de acompa-
nhar suas aprendizagens, no sentido de raciocinar logicamente.
Para a sua mediação, sugerimos a consulta às seguintes referências: Batista
(2016), Cerbasi (2012), Gouveia, Paes (2008).
Objetivos
Elaborar problemas na forma de jogos lógicos.
Construir textos de regras consistentes e adequados a objetivos determina-
dos.
Exercer a criatividade e a colaboração na produção em grupo de um jogo ló-
gico.
Resumo
A BNCC traz a elaboração de problemas como uma das habilidades mais ci-
tadas, mas sempre envolvendo algum objeto de conhecimento específico, o
que nem sempre acontece nos jogos lógicos cujo foco é o raciocínio, e não o
conteúdo específico. Utilizando como apoio o repertório de jogos e de proble-
mas, adquirido nas aulas anteriores, a proposta agora é a elaboração de jogos
ou problemas, de modo a desenvolver a capacidade de criar e construir jogos
Elaboração
de Jogos I
2 aulas ou problemas de modo consistente. A avaliação dessas produções será feita
pelos(as)colegas da classe, intencionando a valorizar as aprendizagens dos(as)
jovens.
Sugestão de Etapas
1. Apresentar o projeto.
2. Incentivar que os(as) estudantes se organizem em pequenos grupos e esco-
lham o tipo de jogo, seu formato e os materiais necessários para a sua cons-
trução.
3. Solicitar que os(as) estudantes registrem suas primeiras ideias e distribuam
entre os(as) colegas do grupo as tarefas necessárias para a concretização de
seus planos iniciais nas próximas aulas.
4. Socializar os primeiros planos dos(as) estudantes para que toda a turma pos-
sa fazer uma primeira avaliação, sempre no sentido de aperfeiçoar a proposta
dos(as) colegas.
Objetivos
Desenvolver o raciocínio pautado pela antecipação, pelo levantamento e pela
checagem de hipóteses e o raciocínio por absurdo.
Resumo
Nesta etapa, os jogos colocam em foco os problemas de lógica argu-
mentativa dos(as) estudantes.
Problemas de
Lógica Sugestão de Etapas
4 aulas
Argumenta-
tiva
1. Apresentar esse novo tipo de problema de lógica resolvendo um deles com a
turma. De preferência, iniciar com uma suposição quegere o absurdo.
2. Sugerimos as etapas 2 a 4 das atividades anteriores, mas agora com foco no tipo
de registro desenvolvido pelos(as) estudantes para acompanhar sua resolução, e,
especialmente, no raciocínio utilizado para descartar possibilidades.
Para a sua mediação, sugerimos a consulta às seguintes referências:
Gouveia, Paes (2008), Serafim (2014).
Objetivos
Elaborar problemas na forma de jogos lógicos.
Construir textos de regras consistentes e adequados a objetivos determina-
dos.
Exercer a criatividade e a colaboração na produção em grupo de um jogo lógico.
Resumo
Nesta etapa, os(as) estudantes analisam seus planos iniciais para a construção
de um jogo lógico, para desenvolver as regras e produzir os materiais necessá-
rios para o jogo. A avaliação das produções de cada grupo é feita por seus pares.
Sugestão de Etapas
1. Com os(as) estudantes nos grupos organizados, é importanteque analisem
Elaboração
de Jogos II
6 aulas novamente seus planos iniciais em função das discussões feitas na aula
anterior e as contribuições dos(as) colegas.
2. Os grupos precisam ter tempo adequado para a elaboração deseus jogos.
3. Os jogos prontos devem ser trocados entre os grupos para quesejam anali-
sados e recebam contribuições dos(as) colegas, sempre no sentido do aper-
feiçoamento.
4. A avaliação entre grupos pode ser registrada, assim como suas ob-
servações durante a elaboração dos jogos, no sentido de verificar
se os jogos propostos permitem o desenvolvimento de habilidades
características do pensamento lógico.
5. Por fim, ocorre uma etapa de apresentação dos jogos. Trata-se de uma cul-
minância cujo desenvolvimento pode ser planejado pelos(as) estudantes e
cujo alcance e complexidade dependemdas condições e espaços da escola.
AUTORES(AS) ÁREAS
Linguagens e suas Tecnologias
Barbara Cristiana dos Santos Borba Matemática e suas Tecnologias
Clarice Siviero Lopes Ciências da Natureza e suas Tecnologias
Elizandra Vieira de Jesus Ciências Humanas e Sociais Aplicadas
Elzi Clara Lehmann Custódio de Oliveira Ciência e Tecnologia
Fábio Braga Pacheco Componentes Integradores
Graziela Trentin
Joseane Patricia Chegatti
Nelson Antonio dos Santos Garcia
Renato Spinelli Carmona
Soeli Aparecida Brasil
Solange Maria Bona
RESUMO
Para que serve a Matemática? Essa é, sem dúvida, uma frase muito ouvida entre os(as)
estudantes, especialmente quando, nos anos finais da Escola Básica, os conceitos e procedi-
mentos se tornam mais complexos e abstratos. Uma das formas de responder a essa indaga-
ção é enveredar-se pelas aplicações da Matemática, e é esse o tema central deste CCE.
Com o uso de recursos tecnológicos como softwares, aplicativos e atividades lúdi-
cas, pretende-se que os(as) estudantes se apropriem de conceitos básicos da Matemática
e de outras áreas, numa espécie de construção pessoal de uma moradia idealizada e repre-
sentada com recursos diversos.
O percurso das atividades é pautado pela proposição de situações- problema e pela
investigação, de modo que o(a) estudante possa desenvolver habilidades como as de compre-
ender e interpretar situações, tomar decisões, analisar, avaliar, colaborar e ser persistente. O ob-
jeto de conhecimento central é o conceito de área que será explorado tanto sob a perspectiva
histórica quanto pela sua aplicação na Matemática, assim como no projeto da moradia.
JUSTIFICATIVA
Para oferecer aos(às) estudantes uma oportunidade de conhecer mais sobre apli-
cações da Matemática em diversas áreas, eles(as) serão melhor orientados em relação a
perspectivas possíveis de futuro.
Este CCE possibilita aos(às) jovens conhecimentos para realizarem escolhas diante
das várias opções do mercado profissional, de modo que eles(as) possam se inserir na
vida adulta de maneira mais qualificada e menos improvisada.
A proposta é lúdica no sentido do planejamento de uma moradia ideal, o que pode
incentivar a construção de novos projetos e maior participação do(da) jovem na concreti-
zação de seus sonhos e na construção de sua identidade pessoal e social.
A proposta é transpor conhecimentos matemáticos da sala de aula para um projeto
futuro. Assim, enquanto investigam conceitos matemáticos e geométricos presentes na
construção civil, em específico, na elaboração de plantas baixas e na execução de obras,
os(as) estudantes se desenvolvem de modo integral.
Processos Criativos
Selecionar e mobilizar intencionalmente recursos criativos relacionados à Matemática
para resolver problemas de natureza diversa, incluindo aqueles que permitam a produ-
ção de novos conhecimentos matemáticos, comunicando com precisão suas ações
e reflexões relacionadas a constatações, interpretações e argumentos, bem como os
adequando às situações originais.
3ª Etapa: Ao final, sugerimos sempre uma conversa coletiva ou roda de conversa, na qual
são tratadas as observações feitas durante a atividade. Nesta etapa, sugerimos alguma
forma de registro para compor o processo de avaliação e de autoavaliação dos(as) estu-
dantes, como buscamos descrever no item Avaliação, a seguir.
O registro das aprendizagens pode ter múltiplas formas, como, por exemplo:
O(a) estudante também poderá se autoavaliar, realizando análise crítica do seu de-
sempenho, destacando suas aprendizagens exitosas, bem como as que necessita melho-
rar; ou, ainda, analisando seu avanço em relação a seus conhecimentos iniciais e aos que
ele(a) desenvolveu ao longo das atividades. Neste processo, o(a) professor(a) ocupa o
papel de mediador(a), analisando todas as produções e explicitando ao(à) estudante sua
potencialidade, seu crescimento e sua fragilidade, permitindo que ele(a) conquiste outro
olhar sobre si mesmo(a) e sobre sua forma de pensar.
Nessa perspectiva, as orientações metodológicas e a avaliação são os principais
meios para o desenvolvimento integral, constituindo todo um processo transversal, não-
-classificatório, sustentado por dados e registros, e dinâmico.
A avaliação final do semestre letivo deste componente será por meio de um Parecer
Descritivo, em sintonia com as orientações elaboradas pela SED e enviadas para as escolas.
ENTENDA ANTES. Entenda o Que é Planta Baixa, Para Que Serve e Exemplos. Disponível
em: https://entendaantes.com.br/o-que-e-planta- baixa/. Acesso em: 15 out. 2020.
GASPAR, Maria Terezinha; MAURO, Sueli. Explorando a Geometria Atravésda História da Ma-
temática e da Etnomatemática. Publicado no VIII Enem, Recife, 2004. Disponível em http://
www.sbem.com.br/files/viii/pdf/07/ MC10721746500.pdf. Acesso em: 03 nov. 2020.
LUCKESI, Cipriano C. Avaliação da Aprendizagem Escolar. 16 ed. São Paulo: Cortez, 2005.
POSKITT, Kjartan. Isaac Newton e Sua Maçã. São Paulo: Cia das Letras, 1999. VIVA DE-
CORA PRÓ. Conheça as Normas de Desenho Técnico Usadas no Brasil Para Arquitetura
e Deixe Seus Projetos Dentro das Normas ABNT. Disponível em: https://www.vivadecora.
com.br/pro/arquitetura/normas- de-desenho-tecnico/. Acesso em: 13 out. 2020.
TÍTULO DA
CARGA
UNIDADE DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES E TEMAS
HORÁRIA
TEMÁTICA
Objetivos
Identificar conhecimentos sobre medidas e áreas.
Expressar expectativas em relação ao desenvolvimento deste CCE.
Resumo
Para mobilizar os(as) estudantes para este CCE, eles(as) devem conhecem as te-
máticas e a proposta de construir uma planta e sua correspondente maquete para
uma moradia. Os(as) estudantes podem se organizar em pequenos grupos e elabo-
rar um registro de suas primeiras ideias.
Sugestão de Etapas
A sugestão é apresentar os objetivos do curso e, em seguida, apresentar uma plan-
ta baixa modelo para análise dos(as) estudantes. Escolhida a planta entre as mui-
Mobilização 2 aulas tas opções que existem na internet, os(as) estudantes podem ser orientados(as)
com perguntas como:
1. O que este desenho representa?
2. O que significa este ou aquele símbolo?
3. Esta moradia foi idealizada para quantos(as) moradores(as)?
4. Como saber a área ocupada por essa residência? Qual é o papel da escala
apresentada nesta planta?
5. Em seguida, em uma roda de conversa, os(as) estudantes devem ser incentiva-
dos(as) a expressar o que imaginam que vão vivenciar neste CCE. Essas ideias
iniciais podem ser registradas no quadro pelos(as) estudantes para compa-
ração, em outros momentos, com o que realmente estão desenvolvendo ao
longo do curso.
Objetivos
Selecionar e mobilizar recursos criativos relacionados à Matemática para cons-
trução de novos conhecimentos e resolução de problemas de natureza diversa.
Interpretar e construir representações de acordo com as regras básicas do de-
senho técnico.
Empregar diferentes métodos para a obtenção da medida da área de uma su-
perfície (reconfigurações, aproximação por cortes, etc.), com ou sem apoio de
tecnologias digitais.
Resumo
Para a construção de uma planta baixa, os(as) estudantes precisam conhecer
as regras básicas do desenho técnico, e então idealizarem uma planta baixa sob
condições escolhidas no coletivo da turma, e registrarem as medidas correspon-
dentes. Ao final desta unidade temática, os(as) estudantes constroem maquetes
correspondentes às plantas baixas produzidas por eles(as).
Sugestão de Etapas
1. Partindo da observação da planta baixa da unidade temática anterior, os(as)
estudantes, em pequenos grupos, devem pesquisar mais sobre o que é uma
planta baixa e os elementos presentes nela, tais como linhas de dimensão, es-
cala e tipos de itens. Para isso, eles(as) podem ser orientados(as) a consultar
os diversos textos e sites sugeridos nas referências deste CCE.
A Cons-
trução de
12 aulas
2. Nesse processo inicial, os(as) estudantes podem também conhecer os(as)
uma Planta
Baixa
profissionais que utilizam e os(as) que elaboram plantas como profissão, as-
sim como recursos digitais para a elaboração de plantas, inclusive com vistas
tridimensionais com a utilização de softwares específicos.
3. Os grupos devem propor o tipo de planta que desejam produzir para uma deter-
minada moradia, destacando o tipo de terreno, a quem se destina essa moradia,
o número e tipo de cômodos, e a metragem total; apresentar suas propostas a
toda a turma para críticas construtivas; e elaborar as plantas correspondentes
com a utilização de instrumentos de desenho geométrico, com destaque às
medidas e áreas e, especialmente, à escala utilizada na planta.
4. Então, apresentar suas produções com todas as informações necessárias para
que elas possam ser avaliadas por um outro grupo, sem qualquer explicação
dos(as) estudantes que a idealizaram.
5. Em uma roda de conversa, pode ser feita a apresentação final da planta baixa,
após eventuais correções de cada produção.
6. Finalmente, nos grupos, com a utilização de materiais recicláveis, os(as) estu-
dantes constroem maquetes correspondentes às plantas baixas elaboradas
por eles(as). Aqui, novamente, a questão de escala deve ser considerada como
essencial.
7. Além das produções feitas ao longo do processo, que podem ser indicadores
importantes para a avaliação dos(as) estudantes, este é um bom momento
para propor uma autoavaliação de cada um dos(as) estudantes, sobre suas
aprendizagens, contribuição no grupo e eventuais dúvidas.
Objetivos
Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos para entender e
explicar a realidade e continuar aprendendo.
Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à investigação e à reflexão para investi-
gar processos de medição desde a Antiguidade até os dias atuais.
Resumo
Na forma de uma investigação orientada pelo(a) professor(a), os(as) estudantes de-
vem conhecer e resolver situações-problema utilizando os métodos da Antiguidade e
os mais atuais para medição de áreas. Uma referência para esta etapa é o texto Explo-
rando a Geometria Através da História da Matemática e da Etnomatemática, de Maria
Terezinha Gaspar e Sueli Mauro, indicado no item Fontes de Informação e Pesquisa.
Sugestão de Etapas
Ampliando
o Conheci- 1. Relembrar as fórmulas de cálculo de área de figuras planas com os(as) estudantes
mento Sobre 8 aulas
o Cálculo de
e problematizar que nem sempre as áreas foram calculadas desta maneira.
Áreas 2. Organizar os(as) estudantes em 5 grupos, de modo que cada um deles analise e
apresente aos demais uma das cinco justificativas para a fórmula egípcia de cálcu-
lo da área de um círculo, e analisem em cada caso o erro entre o valor obtido pelos
antigos e o valor atual. Para isso, é possível utilizar a referência a seguir.
3. Em seguida, solicitar que os(as) estudantes calculem a área de uma figura irregular
utilizando as ideias dos sábios do Antigo Egito, apresentada a eles(as) em uma
folha quadriculada.
4. Apresentar um programa como Google Maps para que os(as) estudantes esco-
lham uma região ou terreno próximo à escola e aprendam a utilizar essa ferramen-
ta para medir distâncias e áreas.
5. Na socialização das aprendizagens, enfatizar como a humanidade, para resolver
situações-problema, vem construindo novos conhecimentos que vão muito além
das fórmulas de cálculo de áreas das figuras básicas.
Objetivos
Relacionar duas unidades temáticas da área de Matemática na construção de no-
vos conhecimentos.
Aplicar relações entre áreas para a concretização de identidades algébricas: produ-
tos notáveis.
Resumo
Ampliando a análise sobre o conceito de área, os(as) estudantes devem investigar e
analisar relações entre áreas de figuras geométricas simples e os produtos notáveis.
Dessa forma, eles(as) vivenciam a origem dessas relações algébricas com os conheci-
mentos usados pelos matemáticos da Grécia Antiga.
Áreas e a
Álgebra 6 aulas
Sugestão de Etapas
Geométrica 1. Apresentar os objetivos desta unidade e propor que os(as) estudantes, em grupos,
estudem as provas dos produtos notáveis feitas pelos gregos na Antiguidade, e
compilados na obra de Euclides. Uma referência é a dissertação de Renata Leandro
Becker, intitulada A Álgebra Geométrica de Euclides, indicada no item Fontes de
Informação e Pesquisa.
2. Utilizando a referência a seguir, cada um dos grupos pode se aprofundar na demonstra-
ção de um dos produtos notáveis para apresentar em detalhes a toda a classe.
3. Apresentar aos(às) estudantes a prova da Fórmula de Bhaskara para equações do
segundo grau como aplicação dos produtos notáveis analisados no item anterior.
4. Socializar as aprendizagens feitas, em especial a valorização dos conhecimentos
historicamente produzidos.
Objetivos
Ampliar conhecimentos matemáticos conhecendo formas de cálculo de áreas
sob o gráfico de funções.
Valorizar conhecimentos historicamente construídos.
Resumo
Dando continuidade à abordagem histórica e à análise sobre o conceito de área,
os(as) estudantes conhecem um pouco da história de Isaac Newton, pela leitura
e discussão do livro Isaac Newton e Sua Maçã, de Kjartan Poskitt e Philip Reeve.
O cálculo de áreas sob o gráfico de funções pode gerar ampliações, como a apre-
Um Passo sentação aos(às) jovens de conceitos básicos do cálculo diferencial, conhecimento
Maior em
Direção ao 6 aulas
fundamental para as carreiras de engenharia, economia, arquitetura, entre outras.
Cálculo de Sugestão de Etapas
Áreas
1. Apresentar os objetivos da unidade temática e iniciar a leitura do texto paradidático
sugerido a seguir, de modo a mobilizar os(as) estudantes para a leitura do livro.
2. Orientar a leitura com foco nas ideias das páginas 49, 56 a 64 e 92 a 95 do referi-
do livro, para, em uma aula específica, intermediar a discussão, trazendo à tona
alguns questionamentos para que os(as) estudantes comparem a forma de cal-
cular área das figuras da planta baixa com a forma desenvolvida por Newton.
3. Se for o caso, dependendo da motivação da turma, apresentar aos(às) estudan-
tes o conceito de integral de uma função em um intervalo de números reais, e
motivá-los(as) a conhecer as ementas de cursos de cálculo dos cursos iniciais
de engenharia, arquitetura, entre outras da área de exatas.
Objetivos
Fazer uma avaliação individual e da equipe ao longo do semestre.
Resumo
Avaliar o percurso com os(as) estudantes, para que todos(as) possam refletir e so-
cializar sobre as vivências e aprendizagens desenvolvidas neste CCE.
Sugestão de Etapas
Apropriação
das 1. Os(as) estudantes devem se organizar para rever o percurso vivenciado com
2 aulas
Aprendiza- apoio do registro das observações do(a) professor(a), das produções dos(as)
gens
estudantes e de suas autoavaliações, assim como de qualquer outro documen-
to que tenha registrado a memória deste CCE.
2. Ao relembrar, os(as) estudantes podem produzir uma síntese do processo, na
forma de texto, depoimentos, desenhos, vídeos, fotos, ou qualquer outra forma
adequada para comunicar a outros(as) colegas que queiram fazer esse curso
no futuro, ou para simplesmente compartilhar entre os(as) colegas da turma
suas percepções e aprendizagens.
COMPETÊNCIAS
Na BNCC, competência é definida como a mobilização de conhecimentos (conceitos e
procedimentos), habilidades (práticas, cognitivas e socioemocionais), atitudes e valores para
resolver demandas complexas da vida cotidiana, do pleno exercício da cidadania e dos mun-
dos do trabalho. Ou seja, desenvolver competências é a possibilidade de unir conhecimentos
teóricos e práticos, com valores éticos e ação cidadã para atuar na vida, na comunidade e na
sociedade como um todo. No Currículo de Base do Ensino Médio do Território Catarinense,
são elencados objetos de conhecimento voltados a apoiar o processo de desenvolvimento das
habilidades e a auxiliar na promoção das competências previstas na Base.
ÁREAS DE CONHECIMENTO
Ao incentivar o trabalho interdisciplinar e integrado em áreas de conhecimento, a
BNCC busca incentivar ações e projetos mais coletivos nas escolas, fomentando a integra-
ção dos diversos saberes em benefício da aprendizagem dos(as) estudantes. As quatro
áreas do conhecimento previstas pela BNCC para o Ensino Médio são: Ciências Humanas
e Sociais Aplicadas, Ciências da Natureza e suas Tecnologias, Linguagens e suas Tecno-
logias, e Matemática e suas Tecnologias, e cada uma delas tem competências específicas
da sua área, que devem ser promovidas ao longo de todo o Ensino Médio.
No material aqui apresentado, foram acrescentadas outras duas áreas, denomina-
das Áreas de Concentração, que são parte dos chamados eixos transversais, ou seja, dia-
logam com as quatro áreas citadas anteriormente. Essas outras duas áreas incluídas são
Ciência e Tecnologia, e Componentes Integradores, e se aplicam somente para os CCEs,
com a finalidade de melhor organizar e apresentar aos(às) estudantes e aos(às) educado-
res(as) os componentes referentes aos Temas Contemporâneos Transversais.
ITINERÁRIOS FORMATIVOS
São a parte flexível dos currículos, definida pelas redes e pelas instituições de en-
sino, e, devido a esse caráter de maior flexibilização, podem apresentar uma configuração
diferenciada entre as escolas, tomando por base as possibilidades organizadas pela Rede.
No estado de Santa Catarina, os Itinerários Formativos são compreendidos por: Compo-
nente Projeto de Vida, Trilhas de Aprofundamento, Segunda Língua Estrangeira e Compo-
nentes Curriculares Eletivos, sendo os três últimos de escolha dos(as) estudantes. O obje-
tivo é que os(as) discentes aprofundem e ampliem suas aprendizagens em uma ou mais
Áreas de Conhecimento e/ou na Formação Técnica e Profissional.
INTEGRAÇÃO CURRICULAR
A integração dos componentes curriculares em Áreas do Conhecimento, conforme
proposta pela BNCC, visa ultrapassar as barreiras do conhecimento localizado, visando
a que sejam abordados em uma perspectiva universal e contextualizada, mobilizando a
ação integrada e coletiva de toda a escola. Nesse sentido, o planejamento dos(as) pro-
fessores(as) deve dialogar com as definições coletivas e, principalmente, com a oferta
de oportunidades de aprendizagem que favoreçam o desenvolvimento das competências
dos(as) estudantes. Tanto nas Trilhas de Aprofundamento Integradas quanto em parte dos
Componentes Curriculares Eletivos, essa integração se mostra ainda mais potente, pois
ambos articulam conhecimentos de diversas áreas, além de serem organizados a partir de
temas mobilizadores de conhecimentos diversos, os quais exigem tal integração tanto no
currículo da escola quanto no próprio fazer docente.