Teste de Avaliacao 8
Teste de Avaliacao 8
Teste de Avaliacao 8
o Turma Data / /
Itens de seleção:
Frase ativa e frase passiva.
– associação.
Grupo II 3 20
Subordinação (oração
Gramática Itens de construção: (8 + 6 + 6)
subordinada adverbial
– resposta restrita;
temporal, causal, final,
– resposta curta.
condicional).
Textualização: ortografia,
acentuação, pontuação e
Grupo III Item de construção:
sinais auxiliares de escrita; 1 25
Escrita – resposta extensa.
construção frásica
(concordância,
encadeamento lógico);
coesão textual.
Textualização: ortografia,
acentuação, pontuação e
Grupo III Item de construção:
sinais auxiliares de escrita; 1 100
Escrita – resposta extensa.
construção frásica
(concordância,
encadeamento lógico);
coesão textual.
Teste de avaliação 8
Avaliação E. Educação Professor
Grupo I
Texto A
Lê o texto com atenção. Se necessário, consulta as notas.
(2) (3)
(1)
_________ _________
_________
2. Assinala com ✗, de 2.1 a 2.4, a opção que completa cada frase, de acordo com o sentido do
texto.
2.2 Com a expressão «Ainda não sabia que ser criança é ter fé em tais dedicatórias.» (linhas 9-10),
o autor
(A) confessa a sua ingenuidade, própria de qualquer criança.
(B) mostra o seu orgulho pela confiança que Teresa tem nele.
(C) foi ter a um precipício e imaginou-se a cair lá do alto.
(D) sublinha o encantamento que sentia ao ler.
2.3 A frase «anda daí que te quero ao pé de mim» (linha 17) corresponde a uma fala
(A) de Teresa dirigida ao autor.
(B) de Teresa dirigida a Joana.
(C) do autor dirigida a Joana.
(D) de Joana dirigida ao autor.
2.4 A expressão «certo de que às quedas se seguem os voos» (linhas 24-25) pode encerrar um
sentido
(A) literal e hiperbólico.
(B) metafórico e hiperbólico.
(C) literal.
(D) metafórico e literal.
O primeiro voo
Caía sobre Hamburgo uma espessa chuva e dos jardins elevava-se o aroma da terra húmida.
O asfalto das ruas brilhava e os anúncios fluorescentes refletiam-se disformes no chão
molhado. […]
O humano afastou-se pressurosamente da janela do bazar. Debaixo da gabardina levava um
5 gato grande, preto e gordo e uma gaivota de penas cor de prata. […]
– Pela dentuça da moreia! Vamos para o telhado! Vamos ver a nossa Ditosa voar! – miou
Barlavento.
O gato grande, preto e gordo e a gaivota iam muito comodamente debaixo da gabardina,
sentindo o calor do corpo do humano, que caminhava com passos rápidos e seguros. Sentiam
10 bater os seus três corações a ritmos diferentes, mas com a mesma intensidade. […]
Zorbas deitou a cabeça de fora. Estavam diante de um edifício alto.
Ergueu a vista e reconheceu a torre de São Miguel iluminada por vários projetores. Os
feixes de luz incidiam em cheio na sua esbelta estrutura forrada de chapas de cobre, que o
tempo, a chuva e os ventos haviam coberto de uma pátina verde. […]
15 Deram uma volta e entraram por uma pequena porta lateral que o humano abriu com a ajuda
de uma navalha. De um bolso tirou uma lanterna e, iluminados pelo seu delgado raio de luz,
começaram a subir uma escada de caracol que parecia interminável.
– Tenho medo – grasnou Ditosa.
– Mas queres voar, não queres? – miou Zorbas.
20 Do campanário de São Miguel via-se toda a cidade. A chuva envolvia a torre da televisão e,
no porto, as gruas pareciam animais em repouso.
– Olha, ali vê-se o bazar do Harry. Estão ali os nossos amigos – miou Zorbas.
– Tenho medo! Mamã! – grasnou Ditosa.
Zorbas saltou para o varandim que protegia o campanário. Lá em baixo os automóveis
25 moviam-se como insetos de olhos brilhantes. O humano colocou a gaivota nas mãos.
– Não! Tenho medo! Zorbas! Zorbas! – grasnou ela dando bicadas nas mãos do humano.
– Espera! Deixa-a no varandim – miou Zorbas.
– Não estava a pensar atirá-la – disse o humano.
– Vais voar, Ditosa. Respira. Sente a chuva. É água. Na tua vida terás muitos motivos para
30 ser feliz, um deles chama-se água, outro chama-se vento, outro chama-se sol e chega sempre
como recompensa depois da chuva. Sente a chuva. Abre as asas – miou Zorbas.
A gaivota estendeu as asas. Os projetores banhavam-na de luz e a chuva salpicava-lhe as
penas de pérolas. O humano e o gato viram-na erguer a cabeça de olhos fechados.
– A chuva, a água. Gosto! – grasnou.
35 – Vais voar – miou Zorbas.
– Gosto de ti. És um gato muito bom – grasnou ela aproximando-se da beira do varandim.
– Vais voar. Todo o céu será teu – miou Zorbas.
– Nunca te esquecerei. Nem aos outros gatos – grasnou já com metade das patas de fora do
varandim […].
40 – Voa! – miou Zorbas estendendo uma pata e tocando-lhe ao de leve. […]
Ditosa voava solitária na noite de Hamburgo. Afastava-se batendo as asas energicamente
até se elevar sobre as gruas do porto, sobre os mastros dos barcos, e depois regressava
planando, rodando uma e outra vez em torno do campanário da igreja.
– Estou a voar! Zorbas! Sei voar! – grasnava ela, eufórica, lá da vastidão do céu cinzento.
Luis Sepúlveda, História de uma gaivota e do gato que a ensinou a voar,
2.a edição, Porto, Porto Editora, 2019, pp. 129-137.
A B
a. b. c. d.
6. Lê a afirmação.
Ditosa, apesar de ter medo do desconhecido, deixa-se levar pela sua natureza.
6.1 Explica por que razão esta afirmação é verdadeira, de acordo com o sentido global do
texto.
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A B
a. b. c. d.
e. f. g. h.
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b. Conseguirá voar. Ditosa perde o medo. (condicional)
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c. Barlavento começou a correr. Viu Ditosa começar a voar. (temporal)
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b. As gotas de água, como pérolas brilhantes, molhavam a penugem de Ditosa.
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c. Com ternura, o humano acarinhou a gaivotinha.
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Observações:
Deves escrever entre 160 e 240 palavras.
1. Para efeitos de contagem, considera-se uma palavra qualquer sequência delimitada por espaços em branco, mesmo
quando esta integre elementos ligados por hífen (exemplo: /di-lo-ei/). Qualquer número conta como uma única palavra,
independentemente dos algarismos que o constituam (exemplo: /2021/).
2. Relativamente ao desvio dos limites de extensão indicados, há que atender ao seguinte:
– um desvio dos limites de extensão implica uma desvalorização parcial até dois pontos;
– um texto com extensão inferior a 55 palavras é classificado com 0 (zero) pontos.
FIM