Teste de Avaliacao 8

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Nome N.

o Turma Data / /

Matriz do teste de avaliação 8


Avaliação E. Educação Professor

Unidade 2 (Subunidade 2.3)

Domínios Conteúdos Tipologia de questões N.o de itens Cotação


Sentido global do texto
(artigo de opinião).
Itens de seleção: Texto A: 2 15
Texto narrativo (História – associação; (7 + 8)
Grupo I de uma gaivota e do gato – escolha múltipla.
Leitura e que a ensinou a voar,
Educação Literária de Luis Sepúlveda).
Itens de construção: Texto B: 6 40
– resposta curta. (8 + 8 + 8 +
Recursos expressivos 4 + 4 + 8)
(comparação, enumeração,
metáfora e hipérbole).
Classe de palavras:
advérbio e conjunção
subordinativa.

Itens de seleção:
Frase ativa e frase passiva.
– associação.
Grupo II 3 20
Subordinação (oração
Gramática Itens de construção: (8 + 6 + 6)
subordinada adverbial
– resposta restrita;
temporal, causal, final,
– resposta curta.
condicional).

Discurso direto e discurso


indireto.
Texto narrativo.

Textualização: ortografia,
acentuação, pontuação e
Grupo III Item de construção:
sinais auxiliares de escrita; 1 25
Escrita – resposta extensa.
construção frásica
(concordância,
encadeamento lógico);
coesão textual.

Professor(a) ____________________________________________ Turma __________________

Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano 271


Nome N.o Turma Data / /

Matriz do teste de avaliação 8


Avaliação E. Educação Professor

Unidade 2 (Subunidade 2.3)

Por domínios Conteúdos Tipologia de questões N.o de itens Cotação


Sentido global do texto
(artigo de opinião).
Itens de seleção: Texto A: 2 100
– associação; (60 + 40)
Texto narrativo (História – escolha múltipla.
Grupo I de uma gaivota e do gato
Leitura e que a ensinou a voar,
Educação Literária de Luis Sepúlveda). Itens de construção: Texto B: 6 100
– resposta curta. (22,5 + 22,5 +
Recursos expressivos 22,5 + 5 + 5 +
(comparação, enumeração, 22,5)
metáfora e hipérbole).
Classe de palavras:
advérbio e conjunção
subordinativa.

Frase ativa e frase passiva. Itens de seleção:


– associação.
Grupo II 3 100
Subordinação (oração
Gramática Itens de construção: (60 + 20 + 20)
subordinada adverbial
– resposta restrita;
temporal, causal, final,
– resposta curta.
condicional).

Discurso direto e discurso


indireto.
Texto narrativo.

Textualização: ortografia,
acentuação, pontuação e
Grupo III Item de construção:
sinais auxiliares de escrita; 1 100
Escrita – resposta extensa.
construção frásica
(concordância,
encadeamento lógico);
coesão textual.

Professor(a) ____________________________________________ Turma __________________

272 Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano


Nome N.o Turma Data / /

Teste de avaliação 8
Avaliação E. Educação Professor

Unidade 2 (Subunidade 2.3)

Grupo I
Texto A
Lê o texto com atenção. Se necessário, consulta as notas.

Obrigado, Luis Sepúlveda, pelo porto de Hamburgo


Em 1999, o porto de Hamburgo ficava em Ferreira do Zêzere. Na cama do quarto de cima,
na casa de banho, na sala, a um canto do sofá, enquanto os adultos jogavam bridge1: o porto de
Hamburgo lavava o verão com águas que eu, com nove anos, imaginava escuras de crude,
atacadas por um mal desconhecido. E era tal a aflição de acudir àquela gaivota ferida, vinda do
5 alto-mar, que eu dava voltas à casa em busca de algo com que a salvar.
A Teresa, prima do meu pai e melhor amiga da minha mãe, dera-me o livro no dia anterior e
eu guardei-o como um achado, antes de ler a dedicatória: «Para um menino muito especial que
bem podia ensinar gaivotas a voar». Como verdadeira criança, acreditei nesse encantamento:
seria capaz de criar uma gaivota – e, para a Teresa, seria especial. Ainda não sabia que ser
10 criança é ter fé em tais dedicatórias.
Mas Zorbas – o gato grande, preto e gordo – tratava de resgatar o ovo por mim.
Enquanto este não eclodia, os meus pais levavam-me pelas margens do Zêzere em busca de
lagostins, cujos rastos de fuga eram uma caça aos gambozinos 2. A Joana tinha vinte e poucos
anos, nadava no Zêzere sem medo dos lagostins, e saía da água com tal beleza, com tais
15 movimentos de coisa bem escrita, que a julgava capaz de dissipar todo o crude do mundo.
Regressado a casa, ansioso, percebi que à beleza se responde com beleza. Chamei a Joana a
um canto da sala, anda daí que te quero ao pé de mim, e esperei que ela me olhasse nos olhos
para lhe dizer de surpresa, de mansinho e de coração: «Amo-te.» Acho que ela sorriu, talvez
tenha afagado o meu cabelo, falta-me a memória de um abraço; seja como for, ela sorriu e foi
20 ter com a Teresa, que me disse: «Por enquanto, quero a minha filha para mim, pode ser?». […]
Na última noite de leitura, as discussões dos adultos estavam em ponto de rebuçado e a voz
da Joana sonolenta e distante mais e mais. Na página final, a minha barriga caiu em vertigem
acompanhando Ditosa, acabada de empurrar da torre por Zorbas. Mas a gaivota evitou o chão e
voou sobre o porto de Hamburgo, por fim sabendo ser ave. Adormeci pouco depois, certo de
25 que às quedas se seguem os voos.
Hoje, no meu porto de Hamburgo, Sepúlveda ainda escreve, eu ainda digo à Joana «Amo-
te», e a Teresa ainda é viva.
Afonso Reis Cabral, «Obrigado, Luis Sepúlveda, pelo porto de Hamburgo», disponível em
https://www.publico.pt/2020/04/16, consultado em julho de 2020 (texto com supressões).

1. bridge: jogo de cartas.


2. gambozinos: algo que não existe.

Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano 273


1. Completa o esquema, de modo a reconstituíres os acontecimentos no tempo (primeiro,
penúltimo e último parágrafos do texto) com a correspondência entre cada uma das alíneas (A),
(B) e (C) ao respetivo número (1), (2) e (3).

(B) «Em 1999» (C) «Na última noite de leitura»


(A) «hoje»

(2) (3)
(1)
_________ _________
_________

Ofereceram um O autor temeu O porto de


livro de Sepúlveda pela vida de Hamburgo é o seu
ao autor. Ditosa. «porto de abrigo».

2. Assinala com ✗, de 2.1 a 2.4, a opção que completa cada frase, de acordo com o sentido do
texto.

2.1 Enquanto os adultos jogavam às cartas, o autor


(A) buscava uma gaivota ferida, em volta da casa.
(B) lia uma obra de Luis Sepúlveda em vários locais da casa.
(C) procurava, em vão, gambozinos nas margens do Zêzere.
(D) buscava, nas águas do Zêzere, os saborosos lagostins.

2.2 Com a expressão «Ainda não sabia que ser criança é ter fé em tais dedicatórias.» (linhas 9-10),
o autor
(A) confessa a sua ingenuidade, própria de qualquer criança.
(B) mostra o seu orgulho pela confiança que Teresa tem nele.
(C) foi ter a um precipício e imaginou-se a cair lá do alto.
(D) sublinha o encantamento que sentia ao ler.

2.3 A frase «anda daí que te quero ao pé de mim» (linha 17) corresponde a uma fala
(A) de Teresa dirigida ao autor.
(B) de Teresa dirigida a Joana.
(C) do autor dirigida a Joana.
(D) de Joana dirigida ao autor.

2.4 A expressão «certo de que às quedas se seguem os voos» (linhas 24-25) pode encerrar um
sentido
(A) literal e hiperbólico.
(B) metafórico e hiperbólico.
(C) literal.
(D) metafórico e literal.

274 Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano


Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano 275
Texto B
Lê o texto com atenção.

O primeiro voo
Caía sobre Hamburgo uma espessa chuva e dos jardins elevava-se o aroma da terra húmida.
O asfalto das ruas brilhava e os anúncios fluorescentes refletiam-se disformes no chão
molhado. […]
O humano afastou-se pressurosamente da janela do bazar. Debaixo da gabardina levava um
5 gato grande, preto e gordo e uma gaivota de penas cor de prata. […]
– Pela dentuça da moreia! Vamos para o telhado! Vamos ver a nossa Ditosa voar! – miou
Barlavento.
O gato grande, preto e gordo e a gaivota iam muito comodamente debaixo da gabardina,
sentindo o calor do corpo do humano, que caminhava com passos rápidos e seguros. Sentiam
10 bater os seus três corações a ritmos diferentes, mas com a mesma intensidade. […]
Zorbas deitou a cabeça de fora. Estavam diante de um edifício alto.
Ergueu a vista e reconheceu a torre de São Miguel iluminada por vários projetores. Os
feixes de luz incidiam em cheio na sua esbelta estrutura forrada de chapas de cobre, que o
tempo, a chuva e os ventos haviam coberto de uma pátina verde. […]
15 Deram uma volta e entraram por uma pequena porta lateral que o humano abriu com a ajuda
de uma navalha. De um bolso tirou uma lanterna e, iluminados pelo seu delgado raio de luz,
começaram a subir uma escada de caracol que parecia interminável.
– Tenho medo – grasnou Ditosa.
– Mas queres voar, não queres? – miou Zorbas.
20 Do campanário de São Miguel via-se toda a cidade. A chuva envolvia a torre da televisão e,
no porto, as gruas pareciam animais em repouso.
– Olha, ali vê-se o bazar do Harry. Estão ali os nossos amigos – miou Zorbas.
– Tenho medo! Mamã! – grasnou Ditosa.
Zorbas saltou para o varandim que protegia o campanário. Lá em baixo os automóveis
25 moviam-se como insetos de olhos brilhantes. O humano colocou a gaivota nas mãos.
– Não! Tenho medo! Zorbas! Zorbas! – grasnou ela dando bicadas nas mãos do humano.
– Espera! Deixa-a no varandim – miou Zorbas.
– Não estava a pensar atirá-la – disse o humano.
– Vais voar, Ditosa. Respira. Sente a chuva. É água. Na tua vida terás muitos motivos para
30 ser feliz, um deles chama-se água, outro chama-se vento, outro chama-se sol e chega sempre
como recompensa depois da chuva. Sente a chuva. Abre as asas – miou Zorbas.
A gaivota estendeu as asas. Os projetores banhavam-na de luz e a chuva salpicava-lhe as
penas de pérolas. O humano e o gato viram-na erguer a cabeça de olhos fechados.
– A chuva, a água. Gosto! – grasnou.
35 – Vais voar – miou Zorbas.
– Gosto de ti. És um gato muito bom – grasnou ela aproximando-se da beira do varandim.
– Vais voar. Todo o céu será teu – miou Zorbas.
– Nunca te esquecerei. Nem aos outros gatos – grasnou já com metade das patas de fora do
varandim […].
40 – Voa! – miou Zorbas estendendo uma pata e tocando-lhe ao de leve. […]
Ditosa voava solitária na noite de Hamburgo. Afastava-se batendo as asas energicamente
até se elevar sobre as gruas do porto, sobre os mastros dos barcos, e depois regressava
planando, rodando uma e outra vez em torno do campanário da igreja.
– Estou a voar! Zorbas! Sei voar! – grasnava ela, eufórica, lá da vastidão do céu cinzento.
Luis Sepúlveda, História de uma gaivota e do gato que a ensinou a voar,
2.a edição, Porto, Porto Editora, 2019, pp. 129-137.

276 Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano


1. Insere o excerto na estrutura interna da obra.
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2. Indica o processo de caracterização predominante da personagem Zorbas, justificando a tua


resposta.
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3. Classifica o narrador quanto à presença e à posição, fundamentando a tua opção.


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4. Associa as expressões (coluna A) aos respetivos recursos expressivos (coluna B).

A B

a. «o tempo, a chuva e os ventos» (linhas 13-14)


1. pleonasmo
b. «as gruas pareciam animais em repouso»
(linha 21) 2. metáfora
3. enumeração
c. «a chuva salpicava-lhe as penas de pérolas» 4. hipérbole
(linhas 32-33) 5. comparação
d. «Todo o céu será teu» (linha 37)

a. b. c. d.

5. Comenta a expressividade de «a chuva salpicava-lhe as penas de pérolas» (linhas 32-33).


______________________________________________________________________________
______________________________________________________________________________

6. Lê a afirmação.
Ditosa, apesar de ter medo do desconhecido, deixa-se levar pela sua natureza.

6.1 Explica por que razão esta afirmação é verdadeira, de acordo com o sentido global do
texto.
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Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano 277


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278 Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano


Grupo II

1. Associa as expressões sublinhadas (coluna A) à respetiva classe e subclasse (coluna B).

A B

a. Zorbas empurrou-a docemente.


1. advérbio relativo
b. Se quiseres, conto-te outra história…
2. advérbio de tempo
c. Já visitei o porto de Hamburgo.
3. advérbio conectivo
d. Tranquilizou-se, quando sentiu a chuva.
4. advérbio de modo
e. Aprecio o modo como Ditosa voa!
5. conjunção subordinativa condicional
f. Como estou interessada, vou ler mais
histórias. 6. conjunção subordinativa temporal
g. Para conheceres melhor Sepúlveda, tens de 7. conjunção subordinativa causal
ler mais obras.
8. conjunção subordinativa final
h. Porém, não me demorei.

a. b. c. d.

e. f. g. h.

2. Transforma em frases complexas os pares de frases simples, através de locuções conjuncionais


das subclasses indicadas. Faz as alterações necessárias.
a. Começa a estudar. Podes tirar boa nota no teste. (final)

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b. Conseguirá voar. Ditosa perde o medo. (condicional)

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c. Barlavento começou a correr. Viu Ditosa começar a voar. (temporal)

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3. Transforma as frases ativas em frases passivas e vice-versa, conforme o caso.


a. Ditosa terá sido empurrada cuidadosamente por Zorbas.

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b. As gotas de água, como pérolas brilhantes, molhavam a penugem de Ditosa.

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c. Com ternura, o humano acarinhou a gaivotinha.

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Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano 279


Grupo III
Durante este primeiro voo, Ditosa teve de enfrentar um grande problema. Imagina como
ultrapassou esse obstáculo.
Escreve um texto narrativo, em que narres os acontecimentos desde a saída de Hamburgo até
encontrar uma nova casa.

O teu texto deve integrar:


• a descrição de um espaço e de uma personagem;
• um diálogo;
• um título adequado.

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Observações:
Deves escrever entre 160 e 240 palavras.

1. Para efeitos de contagem, considera-se uma palavra qualquer sequência delimitada por espaços em branco, mesmo
quando esta integre elementos ligados por hífen (exemplo: /di-lo-ei/). Qualquer número conta como uma única palavra,
independentemente dos algarismos que o constituam (exemplo: /2021/).
2. Relativamente ao desvio dos limites de extensão indicados, há que atender ao seguinte:
– um desvio dos limites de extensão implica uma desvalorização parcial até dois pontos;
– um texto com extensão inferior a 55 palavras é classificado com 0 (zero) pontos.

FIM

280 Editável e fotocopiável © Texto | Mensagens 7.o ano

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