RABISCADO 1. Tortura-As-Garantias-Judiciais-E-Os-Direitos-Pre-Processuais

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DIREITOS

HUMANOS
Tortura; as Garantias Judiciais
e os Direitos Pré-Processuais

SISTEMA DE ENSINO

Livro Eletrônico
DIREITOS HUMANOS
Tortura; as Garantias Judiciais e os Direitos Pré-Processuais

Sumário
Patrícia Maciel

Apresentação. . .................................................................................................................................. 3
Tortura; as Garantias Judiciais e os Direitos Pré-Processuais.. ............................................. 4
Tortura................................................................................................................................................ 4
Previsão Constitucional do Crime de Tortura............................................................................ 4
Previsão Legal.. ................................................................................................................................. 5
As Garantias Judiciais e os Direitos Pré-Processuais............................................................. 11
Direito a Não Ser Torturado.......................................................................................................... 11
Questões de Concurso...................................................................................................................13
Gabarito............................................................................................................................................42

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Tortura; as Garantias Judiciais e os Direitos Pré-Processuais
Patrícia Maciel

Apresentação
Olá, querido(a) aluno(a), tudo bem? Espero que sim!!!!!!
Vamos passar agora ao estudo da tortura, das garantias judiciais e os direitos pré-proces-
suais, e o direito a não ser torturado. Apesar de não haver análise sobre as diversas Conven-
ções que tratam sobre a tortura no presente material, deixarei alguns comentários nas ques-
tões de modo a fundamentar o direito da pessoa a não ser torturada, ok?
Ao final, ainda haverá uma coletânea de questões de diversas bancas, com ênfase na FGV,
de modo a fixar o assunto.
Agora, mãos à obra e bons estudos!
Abraços!

Profa. Patrícia

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Tortura; as Garantias Judiciais e os Direitos Pré-Processuais
Patrícia Maciel

TORTURA; AS GARANTIAS JUDICIAIS E OS DIREITOS


PRÉ-PROCESSUAIS
Tortura
O Brasil é signatário de tratados e convenções de direitos humanos, com garantias que
recaem sobre diversos direitos, dentre eles sobre a vedação à tortura.

Atualmente, há um arcabouço enorme de instrumentos internacionais (declarações e tratados) que


visam proteger direitos humanos, tanto no âmbito das Nações Unidas quanto nos sistemas regio-
nais de proteção (europeu, interamericano e africano). Tais instrumentos podem ser gerais – como
os de proteção dos direitos civis e políticos ou dos direitos econômicos, sociais e culturais – ou
voltados aos grandes temas do Direito Internacional dos Direitos Humanos, como a proibição do
genocídio, da discriminação racial, da tortura ou dos desaparecimentos forçados1.

Nessa entoada vamos passar à análise da lei que trata sobre a tortura e suas penalidades
no Brasil.

Previsão Constitucional do Crime de Tortura


Inicialmente a tortura possui previsão constitucional, cuja vedação pode ser observada
facilmente na simples leitura do artigo 1º da Constituição Federal, ao trazer como fundamento,
dentre outros, a dignidade da pessoa humana, valor protegido contra o crime de tortura.

Art. 1º CF A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municí-
pios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:
(...)
III – a dignidade da pessoa humana;

Nessa mesma entoada, de modo a ratificar no Brasil os direitos humanos que coíbem a
prática do crime de tortura, a Constituição tutela em seus direitos fundamentais a prevalência
dos direitos humanos.

Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas relações internacionais pelos seguintes
princípios:
(...)
II – prevalência dos direitos humanos;

Em sequência a Carta Magna ainda garante igualdade, sem nenhum tipo de distinção “aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à

1
Mazzuoli, Valerio de Oliveira Curso de Direitos Humanos – 8. ed. – Rio de Janeiro: Forense; MÉTODO, 2021.

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igualdade, à segurança e à propriedade”, prevendo que “ninguém será submetido a tortura nem
a tratamento desumano ou degradante”.
Importante destacar, ainda, o direito do preso, previsto no inciso XLIX do artigo 5º, que as-
segura “aos presos o respeito à integridade física e moral”.

Obs.: Há exceção à tortura no Brasil??? NÃO!!!!!!!!!!


 Há exceção prevista na constituição se refere à pena de morte, no caso de guerra
declarada, conforme dispõe a CF, ok?
 Não confundam a pena de tortura com a pena de morte.
 Isso quer dizer que aos presos é garantido o respeito à integridade física e moral, e o
direito a não ser torturado, hein!!!

Previsão Legal
Tortura é equiparado aos crimes hediondos. Importante entender que os CRIMES AQUI PRE-
VISTOS, mais precisamente os do inciso I, SÃO CONSIDERADOS CRIMES COMUNS, pois podem
ser cometidos por qualquer pessoa, não se exigindo condição especial do sujeito ativo da conduta.
O crime de tortura possui previsão na Lei n. 9.455/97, a qual define como crimes de tortura:

O que é tortura?

I – constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico
ou mental:
• com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa;
• para provocar ação ou omissão de natureza criminosa;
• em razão de discriminação racial ou religiosa;

II – submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou grave
ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida
de caráter preventivo.

a) Tortura prova ou persecutória: com o fim de obter informação, declaração ou confissão


da vítima ou de terceira pessoa;
b) Tortura crime: para provocar ação ou omissão de natureza criminosa;
c) Tortura discriminatória: em razão de discriminação racial ou religiosa;
Vamos analisar o inciso I:

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A violência mencionada não precisa causar lesão corporal grave ou gravíssima. Pode
acontecer tortura com lesão corporal leve!
O sofrimento pode ser físico ou mental!!!!!!!!

Mas não basta o constrangimento com violência ou grave ameaça! É preciso que haja uma
finalidade para esse constrangimento.
a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa;
b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa;
c) em razão de discriminação racial ou religiosa;

II – Submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou grave
ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida
de caráter preventivo.
Pena – reclusão, de dois a oito anos.

Submeter alguém, sob sua guarda, poder


ou autoridade, com emprego de violência
Pena: reclusão, de dois a

ou grave ameaça, a intenso sofrimento


físico ou mental, como forma de aplicar
castigo pessoal ou medida de caráter
oito anos.

preventivo

constranger alguém com emprego de


violência ou grave ameaça, causando-lhe
sofrimento físico ou mental:

No caso do inciso II, observe que o sofrimento aqui previsto é INTENSO, em virtude da
GUARDA, DO PODER OU DA AUTORIDADE exercida pelo agente sob a vítima.

§ 1º Na mesma pena incorre quem submete pessoa presa ou sujeita a medida de segurança a so-
frimento físico ou mental, por intermédio da prática de ato não previsto em lei ou não resultante de
medida legal.

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Veja que neste caso, não há a previsão do sofrimento intenso, bastando que haja o sofrimento.

Em suma:

TORTURA PROVA
com o fim de obter
declaração ou confissão

Constranger alguém com


emprego de violência TORTURA CRIME
ou grave ameaça: provocar ação ou omissão
SOFRIMENTO FÍSICO de natureza criminosa
SOFRIMENTO MENTAL

TORTURA DISCRIMINATÓRIA
TORTURA em razão de discriminação
RELIGIOSA OU RACIAL

TORTURA CASTIGO
Submeter alguém
sob sua guarda, poder aplicar castigo pessoal
ou autoridade ou medida de caráter
preventivo

Há crime de tortura por omissão? No caso de tortura, SIM!!!!!!!! Veja o que dispõe o pará-
grafo 2º do artigo 1º:

§ 2º Aquele que se omite em face dessas condutas, quando tinha o dever de evitá-las ou apurá-las,
incorre na pena de detenção de um a quatro anos.

Omissão: Aquele que se


omite em face dessas
condutas, quando tinha Pena: detenção
o dever de evitá-las de 1 a 4 anos
ou apurá-las

§ 3º Se resulta lesão corporal de natureza grave ou gravíssima, a pena é de reclusão de quatro a dez
anos; se resulta morte, a reclusão é de oito a dezesseis anos.

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Se liga nas penas!!!!!!

§ 4º Aumenta-se a pena de um sexto até um terço:


I – se o crime é cometido por agente público;
II – se o crime é cometido contra criança, gestante, portador de deficiência, adolescente ou maior de
60 (sessenta) anos; ‘(Redação dada pela Lei n. 10.741, de 2003)
III – se o crime é cometido mediante sequestro.

Tome nota!

§ 6º O crime de tortura é inafiançável e insuscetível de graça ou anistia.


• Já caiu em prova trazendo causa de aumento de pena se o crime for cometido a maio-
res de 50 anos!!!! E na verdade, o aumento se dá quando for cometido contra maiores
de 60 anos!!!!
• A sentença de condenação pelo crime de tortura acarretará a perda automática do car-
go, função ou emprego público e a interdição para seu exercício pelo dobro do prazo da
pena aplicada. Nesse sentido:

Ementa: SEGUNDO AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM


AGRAVO. PENAL E PROCESSUAL PENAL. CRIME DE TORTURA. POLICIAIS MILITARES.
PERDA DO POSTO E DA PATENTE COMO CONSEQUÊNCIA DA CONDENAÇÃO. APLICA-
BILIDADE DO ARTIGO 1º, § 5º, DA LEI 9.455/1997. ALEGADA VIOLAÇÃO DO ARTIGO
125, § 4º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. INOCORRÊNCIA. PRECEDENTE. 1. A condena-
ção de policiais militares pela prática do crime de tortura, por ser crime comum, tem
como efeito automático a perda do cargo, função ou emprego público, por força do
disposto no artigo 1º, § 5º, da Lei 9.455/1997. É inaplicável a regra do artigo 125, §
4º, da Carta Magna, por não se tratar de crime militar. Precedentes. 2. In casu, o acór-
dão recorrido assentou: “PENAL E PROCESSUAL PENAL. RECURSO DO MINISTÉRIO
PÚBLICO. TORTURA. AUTORIA E MATERIALIDADE COMPROVADAS QUANTUM SATIS.
CONDENAÇÃO DOS APELADOS QUE SE IMPÕE. PRESCRIÇÃO DA PRETENSÃO PUNI-
TIVA, MODALIDADE RETROATIVA, ARTIGO 109, INCISO V, C/C ARTIGO 110, AMBOS DO
CÓDIGO PENAL, EM RELAÇÃO AOS APELANTES ANTÔNIO MARCOS DE FRANÇA E ELE-
NILSON NUNES DA SILVA. CONHECIMENTO E PROVIMENTO PARCIAL DO RECURSO.”
3. Agravo regimental DESPROVIDO. (ARE 799102 AgR-segundo, Relator(a): Min. LUIZ
FUX, Primeira Turma, julgado em 09/12/2014, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-026 DIVULG
06-02-2015 PUBLIC 09-02-2015)

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O crime de tortura
é inafiançável STF: Também não
e insuscetível de cabe indulto
graça ou anistia (ADI 2795 MC / DF )

Nos termos da Lei, conforme dispõe o artigo 1º, § 7º:

O condenado por crime previsto nesta Lei, salvo a hipótese do § 2º, iniciará o cumprimento da pena
em regime fechado.

O condenado por crime


previsto nesta Lei, salvo
a hipótese do § 2º, iniciará
Regime o cumprimento da pena
em regime fechado.
***Salvo no caso da omissão

Art. 2º O disposto nesta Lei aplica-se ainda quando o crime não tenha sido cometido em território
nacional, sendo a vítima brasileira ou encontrando-se o agente em local sob jurisdição brasileira.

Obs.: Cuidado!
 A lei de tortura é aplicada ainda quando o crime não tenha sido cometido em terri-
tório nacional, sendo a vítima brasileira ou encontrando-se o agente em local sob
jurisdição brasileira

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São imprescritíveis as ações


indenizatórias por danos
morais e materiais decorrentes
Súmula 647-STJ de atos de perseguição política
com violação de direitos
fundamentais ocorridos
durante o regime militar

STJ já decidiu que tortura de preso sob custodia do sistema prisional praticada por agente
penitenciário constitui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da
Administração Pública, além das demais repercussões nas esferas penal e disciplinar (Resp
177910). Vejamos:

DIREITO ADMINISTRATIVO. CARACTERIZAÇÃO DE TORTURA COMO ATO DE IMPROBI-


DADE ADMINISTRATIVA.
A tortura de preso custodiado em delegacia praticada por policial constitui ato de impro-
bidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública. O (...)
Precedente citado: REsp 1.081.743-MG, Segunda Turma, julgado em 24/3/2015. REsp
1.177.910-SE, Rel. Ministro Herman Benjamin, julgado em 26/8/2015, DJe 17/2/2016

Crime material
Tortura

cabe tentativa

Ação penal pública


incondicionada

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As Garantias Judiciais e os Direitos Pré-Processuais


A constituição Federal em seu artigo 5º, que trata sobre os direitos fundamentais, prevê
como um desses direitos garantidos a todos os direitos que:

LIII – ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente;
LIV – ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal;
LV – aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegura-
dos o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes;
LVI – são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por meios ilícitos;
LVII – ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória.

Ainda na fase pré-processual, ou seja, na fase prévia ao eventual processo judicial deve
ser garantida a prevalência dos direitos fundamentais ao acusado, dispensando-o o Estado o
tratamento como sujeito; e não como objeto.2
Isso porque, apesar das garantias judiciais destinadas aos acusados em geral, o sistema
inquisitivo, de igual modo, deve respeitar a dignidade da pessoa humana, observando as pre-
missas constitucionais acima elencadas, dentre elas, a de não ser condenado com base em
provas ilícitas.

Direito a Não Ser Torturado


Ainda no rol de direitos fundamentais, a Constituição Federal prevê que “ninguém será sub-
metido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante”, vedando ABSOLUTAMENTE a
prática de tortura no Brasil.

Obs.: Cuidado!
 Ou seja, NÃO HÁ EXCEÇÃO! TODOS POSSUEM O DIREITO A NÃO SER TORTURADO, E
PONTO FINAL!

A previsão constitucional possui amparo em vários Tratados e Convenções Internacionais


ratificados pelo Brasil.

2
Garantias pré-processais, tortura, o direito a não ser condenado com base em provas ilícitas e “controle difuso de convencio-
nalidade”: o caso Cabrera García e Montiel Flores vs. México http://arquivo.ibccrim.org.br/site/boletim/pdfs/Juris323.pdf

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a tortura nem a tratamento


desumano ou degradante
Ninguém será submetido
Brasileiros

Estrangeiros
em geral

OU SEJA: NINGUÉM

A previsão constitucional possui amparo em vários Tratados e Convenções Internacionais


ratificados pelo Brasil.
Tal previsão visa garantir a integridade física e moral das pessoas: tudo com base na dig-
nidade da pessoa humana!
O direito a não ser torturado possui raízes, portanto de direitos humanos e de direitos fun-
damentais, pautados na dignidade da pessoa humana.
A Convenção Contra a Tortura e Outros Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanos ou De-
gradantes prevê que:
• Cada Estado Parte tomará medidas eficazes de caráter legislativo, administrativo, ju-
dicial ou de outra natureza, a fim de impedir a prática de atos de tortura em qualquer
território sob sua jurisdição;
• Em nenhum caso poderão invocar-se circunstâncias excepcionais tais como ameaça
ou estado de guerra, instabilidade política interna ou qualquer outra emergência públi-
ca como justificação para tortura;
• A ordem de um funcionário superior ou de uma autoridade pública não poderá ser invo-
cada como justificação para a tortura;
• Cada Estado Parte assegurará que todos os atos de tortura sejam considerados crimes
segundo a sua legislação penal. O mesmo aplicar-se-á à tentativa de tortura e a todo
ato de qualquer pessoa que constitua cumplicidade ou participação na tortura;
• Cada Estado Parte punirá estes crimes com penas adequadas que levem em conta a
sua gravidade.

A finalidade da Convenção é justamente coibir e garantir às pessoas o direito a não ser


torturada.

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QUESTÕES DE CONCURSO
001. (FGV/PC-RN/DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL SUBSTITUTO/2021) A Lei n. 9.455/1997
tipifica o crime de tortura e aponta as suas diversas espécies. Sobre o delito em questão, ana-
lise as afirmativas a seguir.
I – admite tentativa;
II – é insuscetível de graça ou anistia, mas permite o indulto;
III – pode ser praticado por conduta comissiva ou omissiva.

Está correto somente o que se afirma em:


a) I;
b) III;
c) I e II;
d) I e III;
e) II e III

É possível, no crime de tortura, a tentativa e a desistência voluntária.


A lei se omite em relação ao indulto, e prevê que o crime de tortura é inafiançável e insuscetível
de graça ou anistia.
E a tortura pode ser cometida na forma comissiva e omissiva, como dispõe a lei.

§ 2º Aquele que se omite em face dessas condutas, quando tinha o dever de evitá-las ou apurá-las,
incorre na pena de detenção de um a quatro anos.
Letra d.

002. (FGV/PC-RJ/OFICIAL DE CARTÓRIO/2008) Com relação ao crime de tortura, previsto na


Lei 9.455/97, analise as afirmativas a seguir:
I – A condenação pelo crime de tortura acarretará a perda do cargo, função ou emprego
público e a interdição para seu exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada.
II – Constitui crime de tortura submeter alguém sob sua guarda, com emprego de grave ame-
aça, a intenso sofrimento mental como forma de aplicar medida de caráter preventivo.
III – O disposto na Lei de Tortura (Lei 9.455/97) aplica-se ainda quando o crime não tenha
sido cometido em território nacional, sendo a vítima brasileira.

Assinale:
a) se nenhuma afirmativa estiver correta.
b) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
c) se somente as afirmativas I e III estiverem corretas.

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d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.


e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

I.

Art. § 5º Lei 9.455/97. A condenação acarretará a perda do cargo, função ou emprego público e a
interdição para seu exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada.
II.

Art. 1º Constitui crime de tortura:


II – submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou grave
ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida
de caráter preventivo.
III.

Art. 2º O disposto nesta Lei aplica-se ainda quando o crime não tenha sido cometido em território
nacional, sendo a vítima brasileira ou encontrando-se o agente em local sob jurisdição brasileira.
Letra e.

003. (FGV/PC-RJ/OFICIAL DE CARTÓRIO/2008) Relativamente ao crime de tortura (Lei


9.455/97), é correto afirmar que a pena do crime é aumentada quando:
a) o crime é cometido contra agente público.
b) o crime é cometido por pessoa maior de sessenta anos.
c) o crime é cometido por agente público.
d) o crime é cometido durante o repouso noturno.
e) a pessoa que tinha o dever de evitá-las ou apurá-las se omite em face dessas condutas.

§ 4º Aumenta-se a pena de um sexto até um terço: I - se o crime é cometido por agente público;
Letra c.

004. (FGV/PC-RJ/OFICIAL DE CARTÓRIO/2008) Em relação aos atos que podem constituir


crimes de tortura, assinale a afirmativa incorreta.
a) constranger alguém com emprego de violência ou ameaça, causando-lhe sofrimento físico
com o fim de obter informação
b) constranger alguém com emprego de violência ou ameaça, causando-lhe sofrimento físico
para provocar ação ou omissão de natureza criminosa
c) constranger alguém com emprego de violência ou ameaça, causando-lhe sofrimento físico
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d) submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou ame-
aça, a intenso sofrimento mental, como forma de aplicar castigo pessoal
e) constranger alguém sem emprego de violência nem ameaça, para que faça algo que a lei
não obriga

Art. 1º Constitui crime de tortura:


I – constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico
ou mental:
a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa;
b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa;
c) em razão de discriminação racial ou religiosa;
II – submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou grave
ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida
de caráter preventivo
Letra e.

005. (FGV/FUNDAÇÃO PRÓ-SANGUE/ADVOGADO/2013) Pedro e Matheus são acusados da


prática de crimes hediondos, tendo confessado os delitos. Após apuração imparcial verifica-se
que a confissão foi obtida mediante a utilização de meios considerados abusivos, classifica-
dos como tortura pelos investigadores.
Nos termos da Constituição de 1988, a tortura é considerada uma violação ao direito à
a) privacidade.
b) integridade física.
c) igualdade.
d) liberdade
e) segurança

A Constituição, em seu artigo 5º, inciso XLIX assegura aos presos o respeito à integridade
física e moral;
Letra b.

006. (FGV/ALERJ/PROCURADOR/2017) A Assembleia Legislativa instaurou comissão parla-


mentar de inquérito para apurar as condições estruturais, materiais e de pessoal do sistema
penitenciário estadual, diante da reiteração de denúncias de tortura e maus tratos aos deten-
tos. A conclusão da CPI foi no sentido da procedência das representações, inclusive com a
identificação de agentes penitenciários responsáveis pelas torturas.
De acordo com a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça:

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a) o agente penitenciário responderá pelo crime de tortura e por infração disciplinar, mas não
poderá ser responsabilizado por ato de improbidade administrativa, eis que a vítima imediata
do ato ilícito não foi a Administração Pública e não houve dano ao erário;
b) o detento vítima do ato de tortura deverá pleitear diretamente do agente penitenciário que
praticou o ato ilícito indenização pelos danos sofridos, com base na responsabilidade civil
subjetiva, não se aplicando o art. 37, § 6º, da Constituição Federal por ausência de omissão do
poder público;
c) o agente penitenciário responsável direto pelo ato ilícito e o Secretário de Estado de Ad-
ministração Penitenciária responderão, em tese, solidariamente pelo crime de tortura, por
infração disciplinar e por ato de improbidade administrativa, o primeiro por ato comissivo
e o segundo por omissão;
d) a violência policial arbitrária não é ato apenas contra o particular-vítima, mas sim contra a
própria Administração Pública, ferindo suas bases de legitimidade e respeitabilidade, razão
pela qual o agente penitenciário responderá apenas na esfera penal, não havendo que se falar
em improbidade administrativa;
e) a tortura de preso custodiado no sistema prisional praticada por agente penitenciário cons-
titui ato de improbidade administrativa que atenta contra os princípios da Administração Públi-
ca, fora as demais repercussões nas esferas penal e disciplinar.

DIREITO ADMINISTRATIVO. CARACTERIZAÇÃO DE TORTURA COMO ATO DE IMPROBI-


DADE ADMINISTRATIVA.
A tortura de preso custodiado em delegacia praticada por policial constitui ato de impro-
bidade administrativa que atenta contra os princípios da administração pública. O legis-
lador estabeleceu premissa que deve orientar o agente público em toda a sua atividade,
a saber: “Art. 4º Os agentes públicos de qualquer nível ou hierarquia são obrigados a
velar pela estrita observância dos princípios de legalidade, impessoalidade, morali-
dade e publicidade no trato dos assuntos que lhe são afetos”. Em reforço, o art. 11,
I, da mesma lei, reitera que configura improbidade a violação a quaisquer princípios
da administração, bem como a deslealdade às instituições, notadamente a prática de
ato visando a fim proibido em lei ou regulamento. Tais disposições evidenciam que o
legislador teve preocupação redobrada em estabelecer que a grave desobediência - por
parte de agentes públicos - ao sistema normativo em vigor pode significar ato de impro-
bidade. Com base nessas premissas, a Segunda Turma já teve oportunidade de deci-
dir que “A Lei 8.429/1992 objetiva coibir, punir e afastar da atividade pública todos os
agentes que demonstraram pouco apreço pelo princípio da juridicidade, denotando uma
degeneração de caráter incompatível com a natureza da atividade desenvolvida” (REsp
1.297.021-PR, DJe 20/11/2013). (...) Precedente citado: REsp 1.081.743-MG, Segunda

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Tortura; as Garantias Judiciais e os Direitos Pré-Processuais
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Turma, julgado em 24/3/2015. REsp 1.177.910-SE, Rel. Ministro Herman Benjamin, jul-
gado em 26/8/2015, DJe 17/2/2016

Letra e.

007. (FGV/MPE-RJ/ESTÁGIO FORENSE/2016) João, Policial Militar do Estado do Rio de Ja-


neiro, ao realizar diligência para combater o tráfico de entorpecentes, abordou o menor Felipe e,
agindo com abuso de autoridade e com emprego de desnecessária violência física e emocional,
causou-lhe danos materiais (pois quebrou a bicicleta do menor) e morais (tortura psicológica).
No caso em tela, de acordo com o texto constitucional, em matéria de indenização, aplica-se a:
a) irresponsabilidade civil do Estado, razão pela qual o Policial deve responder diretamente
pelos danos que causou ao menor, sem possibilidade de responsabilização do Estado;
b) responsabilidade civil ilimitada do Estado, razão pela qual o Estado responde pelos danos
que seu agente causou ao menor, independentemente da comprovação do nexo causal;
c) responsabilidade civil limitada do Estado, razão pela qual o Estado responde pelos danos
que seu agente causou ao menor, somente no caso de insolvência do Policial;
d) responsabilidade civil objetiva do Estado, razão pela qual o Estado responde pelos danos que
seu agente causou ao menor, independentemente da comprovação da culpa ou dolo do Policial;
e) responsabilidade civil subjetiva do Estado, razão pela qual o Estado responde pelos danos
que seu agente causou ao menor, desde que comprovada a culpa ou o dolo por parte do Policial.

Para responder essa questão, é preciso relembrar a responsabilidade civil do estado. Art. § 6º
CF, prevê que:

as pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos


responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o
direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
Nessa seara, a responsabilidade do estado é objetiva, uma vez que independe de culpa; sendo
a do agente subjetiva, havendo, neste caso, a necessidade de comprovação de culpa.
Letra d.

008. (FGV/DPE-RJ/RESIDÊNCIA JURÍDICA/2021) Maria, militante do Movimento Revolucio-


nário 8 de Outubro na década de 1970, organizava movimentos populares de defesa da de-
mocracia e pelo fim da ditadura militar inaugurada com o Golpe de 1964. Em 1972, foi presa
e torturada por agentes do Estado. Em 2021, procura a Defensoria Pública para atendimento
sobre as violações de direitos humanos das quais fora vítima. Considerando o caso narrado,
marque a afirmativa correta de acordo com a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça e
da Corte Interamericana de Direitos Humanos.

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a) A imprescritibilidade do crime de tortura só é reconhecida para fins de responsabilização


penal do agente, mas não para a responsabilidade civil.
b) Não há hipótese de responsabilidade civil do Estado no caso em tela, uma vez que as con-
dutas da qual Maria fora vítima ocorreram dentro da legalidade, por estarem amparadas no Ato
Institucional n. 5, de 13 de dezembro de 1968.
c) Os danos materiais e morais sofridos por Maria seriam passíveis de reparação, mas foram
alcançados pela prescrição.
d) Não há hipótese de responsabilidade civil do Estado no caso em tela, uma vez que Maria
assumiu o risco do resultado pelos seus atos.
e) A ação de reparação dos danos morais e materiais sofridos por Maria é imprescritível, eis
que ocorridos no período da ditadura militar e decorrentes de atos de perseguição política com
violação de direitos fundamentais.

Súmula 647-STJ: São imprescritíveis as ações indenizatórias por danos morais e mate-
riais decorrentes de atos de perseguição política com violação de direitos fundamentais
ocorridos durante o regime militar.

Letra e.

009. (FGV/SEGEP-MA/AGENTE PENITENCIÁRIO/2013) Com relação à Declaração Universal


dos Direitos Humanos, adotada e proclamada pela Assembleia Geral das Nações Unidas, em
1948, analise as afirmativas a seguir.
I – Ninguém será submetido à tortura nem a tratamento ou castigo cruel, desumano ou
degradante, salvo quando suspeito de ter cometido crime hediondo.
II – Toda pessoa tem direito, sem qualquer distinção, a igual proteção da lei, exceto quando
suspeito de envolvimento em atos lesivos à ordem pública.
III – Toda pessoa acusada de ato delituoso tem o direito de ser presumida inocente, até que
sua culpabilidade venha a ser provada de acordo com a lei.

Assinale:
a) se somente a afirmativa I estiver correta.
b) se somente a afirmativa II estiver correta.
c) se somente a afirmativa III estiver correta.
d) se somente as afirmativas I e II estiverem corretas.
e) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.

É exatamente o que dispõe o artigo 11 da Declaração.

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Artigo 11º 1. Toda a pessoa acusada de um acto delituoso presume-se inocente até que a sua cul-
pabilidade fique legalmente provada no decurso de um processo público em que todas as garantias
necessárias de defesa lhe sejam asseguradas.
2. Ninguém será condenado por acções ou omissões que, no momento da sua prática, não consti-
tuíam acto delituoso à face do direito interno ou internacional. Do mesmo modo, não será infligida
pena mais grave do que a que era aplicável no momento em que o acto delituoso foi cometido.
Letra c.

010. (CESPE-CEBRASPE/PC-BA/2013) Determinado policial militar efetuou a prisão em fla-


grante de Luciano e o conduziu à delegacia de polícia. Lá, com o objetivo de fazer Luciano
confessar a prática dos atos que ensejaram sua prisão, o policial responsável por seu interro-
gatório cobriu sua cabeça com um saco plástico e amarrou-o no seu pescoço, asfixiando-o.
Como Luciano não confessou, o policial deixou-o trancado na sala de interrogatório durante
várias horas, pendurado de cabeça para baixo, no escuro, período em que lhe dizia que, se ele
não confessasse, seria morto. O delegado de polícia, ciente do que ocorria na sala de interroga-
tório, manteve-se inerte. Em depoimento posterior, Luciano afirmou que a conduta do policial
lhe provocara intenso sofrimento físico e mental.
Considerando a situação hipotética acima e o disposto na Lei Federal n. 9.455/1997, julgue o
item subsequente.
O delegado não pode ser considerado coautor ou partícipe da conduta do policial, pois o crime
de tortura somente pode ser praticado de forma comissiva.

§ 2º Aquele que se omite em face dessas condutas, quando tinha o dever de evitá-las ou apurá-las,
incorre na pena de detenção de um a quatro anos.
Errado.

011. (FGV/SENADO FEDERAL/ANALISTA LEGISLATIVO/PROCESSO LEGISLATIVO/2008)


Relativamente aos direitos e garantias fundamentais, analise as afirmativas a seguir:
I – Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos
brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade.
II – São a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas, o direito de pe-
tição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de
poder e a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e es-
clarecimento de situações de interesse pessoal.

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III – São imprescritíveis os crimes de racismo, ação de grupos armados contra o Estado,
tortura e terrorismo.
IV – Nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime hediondo
praticado após a naturalização.

Assinale:
a) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas.
b) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas.
c) se apenas as afirmativas III e IV estiverem corretas.
d) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas.
e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

A questão cobra conhecimento sobre os direitos fundamentais trazidos no artigo 5º da


CF. Vejamos:

Art. 5º XLIV CF - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de grupos armados, civis ou
militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático
Art. 5º LI CF - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado, em caso de crime comum,
praticado antes da naturalização, ou de comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecen-
tes e drogas afins, na forma da lei;
Art. 5º XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas:
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou abuso de poder;
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e esclarecimento de
situações de interesse pessoal;
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasi-
leiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualda-
de, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
Letra a.

012. (AOCP/SUSIPE-PA/AGENTE PRISIONAL/2018) De acordo com a Lei n. 9.455/1997,


se do crime de tortura resultar lesão corporal de natureza grave ou gravíssima, a pena é de
reclusão de
a) quatro a dez anos.
b) seis a doze anos.
c) um a quatro anos.
d) dois a oito anos.
e) seis a vinte anos

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Art. 1º § 3º Se resulta lesão corporal de natureza grave ou gravíssima, a pena é de reclusão de qua-
tro a dez anos; se resulta morte, a reclusão é de oito a dezesseis anos.
Letra a.

013. (CESPE-CEBRASPE/CGE – CE/AUDITOR DE CONTROLE INTERNO/FOMENTO AO CON-


TROLE SOCIAL/2019) Acerca da Convenção Contra a Tortura e Outros Tratamentos ou Penas
Cruéis, Desumanos ou Degradantes e de suas disposições, julgue os itens que se seguem.
I – A referida convenção entrou em vigor no Brasil alguns anos após a promulgação da
Constituição Federal de 1988.
II – Essa convenção não se opõe à utilização excepcional de tortura em caso de ameaça ou
estado de guerra, instabilidade política interna, atos comprovados de terrorismo ou uso
de armas de destruição em massa.
III – Policiais e outros encarregados de custódia, interrogatório ou tratamento de pessoa
submetida a qualquer forma de prisão, detenção ou reclusão que eventualmente partici-
parem de treinamento sobre a proibição de aplicar tortura receberão incentivos salariais
como forma de ampliar a divulgação da referida convenção no território nacional.
IV – A referida convenção prevê que cada Estado-parte assegurará à vítima de ato de tortura
o direito à reparação justa e adequada dos danos sofridos, incluídos os meios neces-
sários para a mais completa reabilitação possível, e, em caso de morte da vítima como
resultado de ato de tortura, seus dependentes terão direito à indenização.

Estão certos apenas os itens


a) I e III.
b) I e IV.
c) II e IV.
d) I, II e III.
e) II, III e IV

DECRETO No 40, DE 15 DE FEVEREIRO DE 1991. ARTIGO 2º


1. Cada Estado Parte tomará medidas eficazes de caráter legislativo, administrativo, judicial ou de
outra natureza, a fim de impedir a prática de atos de tortura em qualquer território sob sua jurisdição.
2. Em nenhum caso poderão invocar-se circunstâncias excepcionais tais como ameaça ou estado de
guerra, instabilidade política interna ou qualquer outra emergência pública como justificação para tortura.
3. A ordem de um funcionário superior ou de uma autoridade pública não poderá ser invocada como
justificação para a tortura.
Letra b.

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014. (FCC/DPE-SP/DEFENSOR PÚBLICO/2009) Em relação ao crime de tortura é possível afirmar:


a) Passou a ser previsto como crime autônomo a partir da entrada em vigor da Constituição
Federal de 1988 que, no art. 5º, inciso III afirma que ninguém será submetido a tortura, nem a
tratamento desumano e degradante e que a prática de tortura será considerada crime inafian-
çável e insuscetível de graça ou anistia.
b) É praticado por qualquer pessoa que causa constrangimento físico ou mental à pessoa presa
ou em medida de segurança, pelo uso de instrumentos cortantes, perfurantes, queimantes ou que
produzam stress, angústia, como prisão em cela escura, solitária, submissão a regime de fome etc.
c) É cometido por quem constrange outrem, por meio de violência física, com o fim de obter informação
ou confissão da vítima ou de terceira pessoa, desde que do emprego da violência resulte lesão corporal.
d) Os bens jurídicos protegidos pela ‘tortura discriminatória’ são a dignidade da pessoa huma-
na, a igualdade, a liberdade política e de crença.
e) É praticado por quem se omite diante do dever de evitar a ocorrência ou continuidade da
ação ou de apurar a responsabilidade do torturador pelas condutas de constrangimento ou
submissão levadas a efeito mediante violência ou grave ameaça.

Art. 1º Constitui crime de tortura:


I – constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico
ou mental:
a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa;
b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa;
c) em razão de discriminação racial ou religiosa;
II – submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou grave
ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida
de caráter preventivo.
Pena – reclusão, de dois a oito anos.
§ 1º Na mesma pena incorre quem submete pessoa presa ou sujeita a medida de segurança a sofrimento
físico ou mental, por intermédio da prática de ato não previsto em lei ou não resultante de medida legal.
§ 2º Aquele que se omite em face dessas condutas, quando tinha o dever de evitá-las ou apurá-las,
incorre na pena de detenção de um a quatro anos.
Letra e.

015. (FUNIVERSA/PC-DF/AGENTE DE POLÍCIA/2009) De acordo a Lei n. 9.455, de 1997, que


define os crimes de tortura, assinale a alternativa correta.
a) A condenação de agente público no crime de tortura não acarretará a perda do cargo, função
ou emprego público nem a interdição para seu exercício.
b) O crime de tortura é inafiançável e insuscetível de graça, mas pode ser anistiado.
c) Se a vítima for brasileira, o disposto nessa lei aplica-se ainda quando o crime tenha sido
cometido fora do território nacional.
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d) A pena do crime de tortura não aumenta quando é cometido contra criança, gestante, porta-
dor de deficiência, adolescente ou maior de sessenta anos de idade.
e) Não é considerado crime de tortura submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade,
com emprego de violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental como for-
ma de aplicar castigo pessoal.

Art. 2º O disposto nesta Lei aplica-se ainda quando o crime não tenha sido cometido em território
nacional, sendo a vítima brasileira ou encontrando-se o agente em local sob jurisdição brasileira.
Letra c.

016. (CESPE-CEBRASPE/POLÍCIA FEDERAL/AGENTE FEDERAL DA POLÍCIA FEDE-


RAL/2009) Julgue os itens seguintes, relativos a crimes de tortura e ambientais.
A prática do crime de tortura torna-se atípica se ocorrer em razão de discriminação religiosa,
pois, sendo laico o Estado, este não pode se imiscuir em assuntos religiosos dos cidadãos.

O fato é típico; e não atípico.

Art. 1º Constitui crime de tortura:


I – constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico
ou mental:
a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa;
b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa;
c) em razão de discriminação racial ou religiosa;
Errado.

017. (FCC/SEAD-AP/AGENTE PENITENCIÁRIO/2002) A prática de tortura


a) é crime contra o Direito Internacional, tendo em vista a Convenção contra a Tortura e outros
tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanos ou Degradantes, mas ainda não é crime no Direito
Brasileiro, sendo punida como constrangimento ilegal ou lesão corporal.
b) é crime contra o Direito Internacional e interno, tendo em vista a Convenção contra a Tortura
e outros Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanos ou Degradantes e a Lei 9.455/97, que defi-
ne e pune o crime de tortura, por ele respondendo exclusivamente os mandantes.
c) é crime contra o Direito Internacional e interno, tendo em vista a Convenção contra a Tortura
e outros Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanos ou Degradantes e a Lei 9.455/97, que define
e pune o crime de tortura, por ele respondendo exclusivamente os mandantes e os executores.
d) ainda não foi tipificada como crime no Direito Internacional e nem tampouco no Direito Bra-
sileiro, sendo apenas uma afronta aos princípios gerais do Direito.

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e) é crime contra o Direito Internacional e interno, tendo em vista a Convenção contra a Tortu-
ra e outros Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanos ou Degradantes e a Lei 9.455/97, que
define e pune crime de tortura, por ele respondendo os mandantes, os executores e os que,
podendo evitá-lo, se omitirem.

A prática de tortura é crime previsto tanto pelos direitos humanos como pelos direitos
fundamentais.
Letra e.

018. (CESPE-CEBRASPE/POLÍCIA FEDERAL/DELEGADO DE POLÍCIA/2004) Como forma


de punir um ex-membro de sua quadrilha que o havia delatado à polícia, um traficante de dro-
gas espancou um irmão do delator, em plena rua, quando ele voltava do trabalho para casa.
Nessa situação, o referido traficante praticou crime de tortura.

Não restou configurado o crime de tortura por estarem ausentes os requisitos necessários.

Art. 1º Constitui crime de tortura:


I – constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico
ou mental:
a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa;
b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa;
c) em razão de discriminação racial ou religiosa;
Errado.

019. (CESPE-CEBRASPE/POLÍCIA FEDERAL/DELEGADO DE POLÍCIA/REGIONAL/2004) Em cada


um dos itens a seguir, é apresentada uma situação hipotética, seguida de uma assertiva a ser julgada.
Um agente penitenciário submeteu a intenso sofrimento físico um preso que estava sob sua
autoridade, com o objetivo de castigá-lo por ter incitado os outros detentos a se mobilizarem
para reclamar da qualidade da comida servida na penitenciária. Nessa situação, o referido
agente cometeu crime inafiançável.

Art. 1º Constitui crime de tortura:


I – constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico
ou mental:
a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa;
b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa;
c) em razão de discriminação racial ou religiosa;

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Art. 5º CF XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de graça ou anistia a prática da
tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes he-
diondos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que, podendo evitá-los, se omitirem;
Certo.

020. (FCC/DPE-SP/DEFENSOR PÚBLICO/2006) A Lei n. 9.455, de 7 de abril de 1997, estabe-


lece que pratica crime de tortura
a) qualquer pessoa que submete alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego
de violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar
castigo pessoal ou medida de caráter preventivo.
b) o agente público que submete pessoa presa ou sujeita a medida de segurança, a sofrimento físico
ou mental, ainda que por intermédio da prática de ato previsto em lei ou resultante de medida legal.
c) qualquer pessoa que constrange alguém com emprego de violência ou grave ameaça, cau-
sando-lhe sofrimento físico ou mental, em razão de discriminação de qualquer natureza.
d) o agente público que constrange alguém, com emprego de violência ou grave ameaça, com
o fim de provocar ação ou omissão de qualquer natureza.
e) qualquer pessoa que se omita diante de constrangimento ou submissão a ato de tortura

Art. 1º Constitui crime de tortura:


I – constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico
ou mental:
a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa;
b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa;
c) em razão de discriminação racial ou religiosa;
II – submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou grave
ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida
de caráter preventivo.
Letra a.

021. (FCC/DPE-SP/DEFENSOR PÚBLICO/2006) O defensor público, ao tomar conhecimento de


que o réu, preso pelo processo, sofreu tortura nos termos da Lei n. 9.455/97, por agente público, deverá
a) representar ao órgão do Ministério Público que tiver competência para iniciar processo cri-
me contra a autoridade culpada.
b) representar à Corregedoria dos Presídios, de acordo com o local da prisão do réu.
c) peticionar à Corte Interamericana de Direitos Humanos invocando a Convenção contra a
Tortura e outros Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanas ou Degradantes (1984).
d) representar, desde logo, ao juiz do processo.
e) promover ação penal privada

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A Defensoria atuando em face de suas funções constitucionais, mormente na promoção dos


direitos humanos e a defesa. Art. 134 da CF.
Letra a.

022. (CESPE-CEBRASPE/PC-PB/DELEGADO DE POLÍCIA/2009) Quanto à legislação a res-


peito do crime de tortura, assinale a opção correta.
a) A condenação por crime de tortura acarreta a perda do cargo, função ou emprego público,
mas não a interdição para seu exercício.
b) Não se aplica a lei de tortura se do fato definido como crime de tortura resultar a morte da vítima.
c) O condenado por crime previsto na lei de tortura inicia o cumprimento da pena em regime
semiaberto ou fechado, vedado o cumprimento da pena no regime inicial aberto.
d) Aquele que se omite em face de conduta tipificada como crime de tortura, tendo o dever de
evitá-la ou apurá-la, é punido com as mesmas penas do autor do crime de tortura.
e) Pratica crime de tortura a autoridade policial que constrange alguém, mediante emprego de
grave ameaça e causando-lhe sofrimento mental, com o fim de obter informação, declaração
ou confissão da vítima ou de terceira pessoa.

Art. 1º Constitui crime de tortura:


I – constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico
ou mental:
a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa;
b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa;
c) em razão de discriminação racial ou religiosa;
II – submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou grave
ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida
de caráter preventivo.
Letra e.

023. (CESPE-CEBRASPE/MPE-RR/PROMOTOR DE JUSTIÇA/2008) Daniel, delegado de polícia,


estava em sua sala, quando percebeu a chegada dos agentes de polícia Irineu e Osvaldo, acompa-
nhados por uma pessoa que havia sido detida, sob a acusação de porte de arma e de entorpecen-
tes. O delegado permaneceu em sua sala, elaborando um relatório, antes de lavrar o auto de prisão
em flagrante. Durante esse período, ouviu ruídos de tapas, bem como de gritos, vindos da sala
onde se encontravam os agentes e a pessoa detida, percebendo que os agentes determinavam ao
detido que ele confessasse quem era o verdadeiro proprietário da droga. Quando foi lavrar a prisão
em flagrante, o delegado notou que o detido apresentava equimoses avermelhadas no rosto, tendo
declinado que havia guardado a droga para um conhecido traficante da região. O delegado, con-

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Tortura; as Garantias Judiciais e os Direitos Pré-Processuais
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tudo, mesmo constatando as lesões, resolveu nada fazer em relação aos seus agentes, uma vez
que os considerava excelentes policiais. Nessa situação, o delegado praticou o crime de tortura, de
forma que, sendo proferida sentença condenatória, ocorrerá, automaticamente, a perda do cargo.

§ 5º A condenação acarretará a perda do cargo, função ou emprego público e a interdição para seu
exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada.
§ 6º O crime de tortura é inafiançável e insuscetível de graça ou anistia.
§ 7º O condenado por crime previsto nesta Lei, salvo a hipótese do § 2º, iniciará o cumprimento da
pena em regime fechado.
Letra c.

024. (FUNDEP/TJ-MG/ASSISTENTE SOCIAL/2010) Considerando a Lei n. 9.455/97 - Crimes


de Tortura - assinale a alternativa CORRETA.
a) Admite fiança no valor máximo.
b) Caberá anistia no último ano de pena.
c) Inicia a pena em presídio especializado.
d) Inadmite a graça

Art. 1º § 6º O crime de tortura é inafiançável e insuscetível de graça ou anistia.


Letra d.

025. (UPENET/IAUPE/SERES-PE/AGENTE PENITENCIÁRIO/2010) Julgue as seguintes


proposições.
I – Segundo entendimento predominante do STF, não se admite progressão de regime pri-
sional em crime de tortura.
II – Como efeito automático, a condenação por crime de tortura implica perda do cargo pú-
blico e na interdição para seu exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada.
III – A tortura é crime próprio, apenas podendo ser praticada por agentes públicos.
IV – O início do cumprimento da pena por crime previsto na Lei n. 9.455/97 se dá sempre no
regime fechado.

Está(ão) CORRETA(S)
a) I.
b) II.
c) I e III.
d) II e IV.
e) I, II, III e IV.
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§ 7º O condenado por crime previsto nesta Lei, salvo a hipótese do § 2º, iniciará o cumprimento da
pena em regime fechado.
Letra b.

026. (CESPE-CEBRASPE/DPE-BA/DEFENSOR PÚBLICO/2010) Com base no direito penal,


julgue o item que se segue.
Pela lei que define os crimes de tortura, o legislador incluiu, no ordenamento jurídico brasileiro, mais
uma hipótese de extraterritorialidade da lei penal brasileira, qual seja, a de o delito não ter sido prati-
cado no território e a vítima ser brasileira, ou encontrar-se o agente em local sob a jurisdição nacional.

Art. 2º O disposto nesta Lei aplica-se ainda quando o crime não tenha sido cometido em território
nacional, sendo a vítima brasileira ou encontrando-se o agente em local sob jurisdição brasileira.
Certo.

027. (CESPE-CEBRASPE/TJ-RR/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA/2006) Acerca


da Lei n. 9.455/1997, que define os crimes de tortura, assinale a opção correta.
a) O crime de tortura visando a obtenção de informação, declaração ou confissão da vítima é
crime próprio, pois somente pode ser cometido por agentes públicos.
b) Na tortura designada como tortura discriminatória, em que a violência ou a grave ameaça
são motivadas por discriminação racial, a ação penal é pública condicionada à representação
da vítima, nos moldes dos crimes de racismo, tipificados em legislação própria.
c) A denominada tortura para a prática de crime ocorre quando o agente usa de violência ou
grave ameaça para obrigar a vítima a realizar ação ou omissão de natureza criminosa. Assim,
essa forma de tortura não abrange a provocação de ação contravencional.
d) A configuração do crime de tortura não absorve os delitos menos graves decorrentes do em-
prego da violência ou grave ameaça, a exemplo dos crimes de maus-tratos, lesões corporais
leves, constrangimento ilegal, ameaça e abuso de autoridade.

Art. 1º Constitui crime de tortura:


I – constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico
ou mental:
a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa;
b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa;
Letra c.

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028. (MPE-SP/MPE-SP/PROMOTOR DE JUSTIÇA/2006) Nos termos do que prevê a Lei n.


9.455/97, que define os crimes de tortura, é correto afirmar que:
a) a prática de tortura mediante sequestro qualifica o crime.
b) o homicídio praticado mediante tortura passou a ser disciplinado por esse estatuto legal.
c) somente se caracteriza a tortura quando dela resultar lesão corporal.
d) quando a lesão decorrente da tortura for de natureza leve, somente se procede mediante
representação da vítima.
e) o agente ativo do crime deve ser, obrigatoriamente, agente público.

§ 4º Aumenta-se a pena de um sexto até um terço:


III – se o crime é cometido mediante sequestro.
Letra a.

029. (CESPE-CEBRASPE/MPU/TÉCNICO DE APOIO ESPECIALIZADO/TRANSPORTE/2010)


Com relação aos crimes de tortura, julgue os próximos itens.
É considerado crime de tortura submeter alguém, com emprego de violência ou grave ameaça,
a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar-lhe castigo pessoal ou medida
de caráter preventivo.

Art. 1º Constitui crime de tortura:


I – constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico
ou mental:
a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa;
b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa;
c) em razão de discriminação racial ou religiosa;
II – submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou grave
ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida
de caráter preventivo.
Certo.

030. (CESPE-CEBRASPE/MPU/TÉCNICO DE APOIO ESPECIALIZADO/TRANSPORTE/2010)


O crime de tortura é inafiançável e insuscetível de graça ou anistia.

Art. 1 § 6º O crime de tortura é inafiançável e insuscetível de graça ou anistia.


Certo.

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031. (UFGD/UFGD/PREFEITURA DE SENADOR CANEDO – GO/GUARDA MUNICIPAL/2014)


A Convenção contra a Tortura e Outros Tratamentos ou Penas (1984) é resultado do esforço
para garantir que ninguém será sujeito a tortura ou a pena ou tratamento cruel, desumano ou
degradante promovido por pessoas no exercício de funções públicas. Esse documento define
que o termo “tortura” compreende todo
a) sofrimento infligido intencionalmente a uma pessoa a fim de obter informações ou confissões.
b) ato intencional que cause lesão corporal em um cidadão detido por suspeita de cometimen-
to de crime.
c) ato que cause sofrimento mental, intimidação ou coação a uma pessoa suspeita de come-
timento de crime.
d) sofrimento físico ou mental ocasionado pelo cumprimento de qualquer tipo de sanção

A presente questão exige do candidato o conhecimento acerca da Convenção Contra a Tortura


e Outros Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanos ou Degradantes. Segundo a Convenção, 1.
termo “tortura” designa qualquer ato pelo qual dores ou sofrimentos agudos, físicos ou men-
tais, são infligidos intencionalmente a uma pessoa a fim de obter, dela ou de uma terceira
pessoa, informações ou confissões; de castigá-la por ato que ela ou uma terceira pessoa te-
nha cometido ou seja suspeita de ter cometido; de intimidar ou coagir esta pessoa ou outras
pessoas; ou por qualquer motivo baseado em discriminação de qualquer natureza; quando tais
dores ou sofrimentos são infligidos por um funcionário público ou outra pessoa no exercício
de funções públicas, ou por sua instigação, ou com o seu consentimento ou aquiescência. Não
se considerará como tortura as dores ou sofrimentos que sejam consequência unicamente de
sanções legítimas, ou que sejam inerentes a tais sanções ou delas decorram.
Letra a.

032. (CESPE-CEBRASPE/PC-CE/2011) A respeito da Convenção contra a Tortura e outros


Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanos ou Degradantes, julgue o item seguinte. Tortura é
qualquer ato pelo qual dores ou sofrimentos agudos são infligidos à pessoa a fim de se ob-
terem informações ou confissões, ainda que tais dores ou sofrimentos sejam consequências
unicamente de sanções legítimas.

1. Para os fins da presente Convenção, o termo “tortura” designa qualquer ato pelo qual dores ou
sofrimentos agudos, físicos ou mentais, são infligidos intencionalmente a uma pessoa a fim de
obter, dela ou de uma terceira pessoa, informações ou confissões; de castigá-la por ato que ela ou
uma terceira pessoa tenha cometido ou seja suspeita de ter cometido; de intimidar ou coagir esta
pessoa ou outras pessoas; ou por qualquer motivo baseado em discriminação de qualquer nature-
za; quando tais dores ou sofrimentos são infligidos por um funcionário público ou outra pessoa no

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exercício de funções públicas, ou por sua instigação, ou com o seu consentimento ou aquiescência.
NÃO se considerará como tortura as dores ou sofrimentos que sejam consequência unicamente de
sanções legítimas, ou que sejam inerentes a tais sanções ou delas decorram.
Errado.

033. (FCC/DPE-AM/ANALISTA JURÍDICO DE DEFENSORIA/CIÊNCIAS JURÍDICAS/2019)


Conforme prevê a Convenção contra a Tortura e Outros Tratamentos ou Penas Cruéis, Desu-
manos ou Degradantes, NÃO são considerados como tortura dores ou sofrimentos
a) que sejam consequência unicamente de sanções legítimas, ou que sejam inerentes a tais
sanções ou delas decorram.
b) produzidos por agentes públicos com o intuito de obter informações essenciais para se-
gurança nacional, saúde ou vida de um número indeterminado de pessoas, esgotadas outras
alternativas.
c) de natureza mental, moral ou psicológica produzidos em meio a situações de conflito defla-
grado ou emergência pública.
d) decorrentes de condições inadequadas de encarceramento, ainda que sistemáticas, graves
e maciças.
e) produzidos em contextos de dominação quando diretamente relacionados com a violência
estrutural baseada na idade, gênero e etnia

Art. 1º da Convenção. Não se considerará como tortura as dores ou sofrimentos que sejam conse-
quência unicamente de sanções legítimas, ou que sejam inerentes a tais sanções ou delas decorram.
Letra a.

034. (MPE-GO/MPE-GO/PROMOTOR DE JUSTIÇA/REAPLICAÇÃO/2019) Importantes trata-


dos e convenções internacionais em matéria criminal foram ratificados pela República Fede-
rativa do Brasil, que impactaram de modo significativo no sistema criminal brasileiro. Acerca
desses regramentos, é incorreto afirmar:
a) Conforme preceitua o artigo 6º da Convenção contra a tortura e outros tratamentos ou pe-
nas cruéis, desumanas ou degradantes, praticado crime de tortura no Brasil por estrangeiro,
serão assegurados os meios necessários para que a pessoa detida se comunique imediata-
mente com o representante mais próximo do Estado de que é nacional. Entretanto, caso o
sujeito ativo do crime seja um apátrida, desnecessária qualquer comunicação.
b) De acordo com o artigo 36 da Convenção de Viena sobre Relações Consulares, os funcio-
nários consulares terão direito de visitar o nacional do Estado que envia, o qual estiver detido,
encarcerado ou preso preventivamente. Todavia, deverão se abster de intervir em favor do na-
cional sempre que a isso ele se oponha expressamente.

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c) Consoante disciplina o dispositivo 24 das Regras de Bangkok - Regras das Nações Unidas
para o tratamento de mulheres presas e medidas não privativas de liberdade para mulheres
infratoras -, instrumentos de contenção jamais deverão ser usados em mulheres em trabalho
de parto, durante o parto e nem no período imediatamente posterior.
d) Conforme prevê o artigo VIII, da Convenção interamericana sobre o cumprimento de sentenças pe-
nais no exterior, aprovada a transferência da pessoa sentenciada, o Estado sentenciador conservará
sua plena jurisdição para a revisão das sentenças proferidas por seus tribunais, podendo inclusive
conceder indulto, anistia ou perdão á pessoa sentenciada. Por seu turno, o Estado receptor, ao rece-
ber notificação de qualquer decisão a respeito, deverá adotar imediatamente as medidas pertinentes.

É exatamente o que dispõe a Convenção:

3. Qualquer pessoa detida de acordo com o parágrafo 1 terá assegurada facilidades para comuni-
car-se imediatamente com o representante mais próximo do Estado de que é nacional ou, se for
apátrida, com o representante do Estado de residência habitual.
Letra a.

035. (INSTITUTO ACESSO/PC-ES/DELEGADO DE POLÍCIA/2019) No Brasil, na tentativa de


combater e prevenir atos de tortura, o Estado brasileiro aprovou leis, assinou tratados interna-
cionais e instituiu diversas políticas públicas ao longo das últimas décadas.
Considere as seguintes referências:
I – Constituição da República Federativa do Brasil (1988): art. 5, Inciso III. ninguém será
submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante.
II – Adesão à Convenção Contra Tortura das Nações Unidas (1989).
III – Ratificação da Convenção Interamericana para Prevenir e Punir a Tortura (1989).
IV – Assinatura do Protocolo Adicional à Convenção Contra Tortura das Nações Unidas
(2007).
V – Lei 9.140, de 4 de dezembro de 1995 – reconhece como mortas as pessoas despareci-
das durante a Ditadura Militar (1964-1985) e concede indenização às vítimas ou fami-
liares das vítimas.
VI – Lei 9.455, de 7 de abril de 1997- tipifica o crime de tortura.

É correto dizer que são pertinentes


a) todas, exceto I, III e VI
b) todas, exceto I, V e VI.
c) todas as referências.
d) todas, exceto II, IV e V.
e) todas, exceto II, III e IV.

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A questão cobrou apenas as datas que mencionam os diplomas que tratam sobre o crime de
tortura, sendo todas, portanto, corretas.
Letra c.

036. (IBFC/SEAP-MG/AGENTE DE SEGURANÇA PENITENCIÁRIO/2018) De acordo com o


preceituado no Decreto n. 40/1991 (Convenção Contra a Tortura e Outros Tratamentos ou Pe-
nas Cruéis, Desumanos ou Degradantes), não deve ser considerado “tortura”:
a) qualquer ato pelo qual dores ou sofrimentos agudos, físicos ou mentais, são infligidos intencio-
nalmente a uma pessoa a fim de obter, dela ou de uma terceira pessoa, informações ou confissões
b) qualquer ato pelo qual dores físicas venham a ser impostas para infligir castigo por ato que
uma terceira pessoa tenha cometido
c) qualquer ato pelo qual sofrimentos agudos de natureza mental venham a ser infligidos para
o fim de intimidar ou coagir determinada pessoa
d) qualquer ato pelo qual dores ou sofrimentos agudos, físicos ou mentais, são infligidos por
qualquer motivo baseado em discriminação de qualquer natureza
e) qualquer ato pelo qual dores ou sofrimentos que sejam consequência unicamente de san-
ções legítimas, ou que sejam inerentes a tais sanções ou delas decorram

Segundo a Convenção:

Não se considerará como tortura as dores ou sofrimentos que sejam consequência unicamente de
sanções legítimas, ou que sejam inerentes a tais sanções ou delas decorram.
Letra e.

037. (VUNESP/PC-SP/ESCRIVÃO DE POLÍCIA CIVIL/2018) A Convenção Contra a Tortura e


outros Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanos ou Degradantes dispõe, expressamente, que
cada Estado Parte assegurará, em seu ordenamento jurídico, à vítima de um ato de tortura, direito
a) a ter proteção especial para depor como testemunha contra seu ofensor, com direito aos
meios e condições suficientes para viver em lugar seguro custeado pelo Estado.
b) à reparação e a uma indenização justa e adequada, incluindo os meios necessários à sua
mais completa reabilitação possível.
c) a obter indenização justa e em dinheiro por parte do ofensor e uma pensão mensal a ser
suportada pelo próprio Estado.
d) a obter a devida justiça com o julgamento do seu ofensor e que este seja compelido a repa-
rar os danos causados.
e) a receber assistência legal, psicológica, social e financeira do poder público e do próprio
ofensor para refazer sua vida em todos os seus aspectos

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É o que dispõe o artigo 14 da Convenção:

1. Cada Estado Parte assegurará, em seu sistema jurídico, à vítima de um ato de tortura, o direito à
reparação e a uma indenização justa e adequada, incluídos os meios necessários para a mais com-
pleta reabilitação possível. Em caso de morte da vítima como resultado de um ato de tortura, seus
dependentes terão direito à indenização.
2. O disposto no presente Artigo não afetará qualquer direito a indenização que a vítima ou outra
pessoa possam ter em decorrência das leis nacionais.
Letra b.

038. (FUNDATEC/PC-RS/DELEGADO DE POLÍCIA/BLOCO II/2018) A Convenção contra a


Tortura e Outros Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanos ou Degradantes:
a) Abrange, no conceito de tortura, as sanções legítimas.
b) Entende que seu conceito de tortura não pode ser ampliado pela legislação nacional.
c) Não exclui qualquer jurisdição criminal exercida de acordo com o direito interno.
d) Assevera que os membros do Comitê Contra a Tortura não podem ser reeleitos.
e) Torna opcional a informação sobre a tortura para membros da polícia civil

1. Cada Estado Parte se comprometerá a proibir em qualquer território sob sua jurisdição outros atos que
constituam tratamento ou penas cruéis, desumanos ou degradantes que não constituam tortura tal como
definida no Artigo 1, quando tais atos forem cometidos por funcionário público ou outra pessoa no exercí-
cio de funções públicas, ou por sua instigação, ou com o seu consentimento ou aquiescência. Aplicar-se-
-ão, em particular, as obrigações mencionadas nos Artigos 10, 11, 12 e 13, com a substituição das referên-
cias a tortura por referências a outras formas de tratamentos ou penas cruéis, desumanos ou degradantes.
1. Cada Estado Parte tomará medidas eficazes de caráter legislativo, administrativo, judicial ou de
outra natureza, a fim de impedir a prática de atos de tortura em qualquer território sob sua jurisdição.
1. Cada Estado Parte tomará as medidas necessárias para estabelecer sua jurisdição sobre os cri-
mes previstos no Artigo 4º nos seguintes casos:
a) quando os crimes tenham sido cometidos em qualquer território sob sua jurisdição ou a bordo de
navio ou aeronave registrada no Estado em questão;
b) quando o suposto autor for nacional do Estado em questão;
c) quando a vítima for nacional do Estado em questão e este o considerar apropriado.
2. Cada Estado Parte tomará também as medidas necessárias para estabelecer sua jurisdição sobre
tais crimes nos casos em que o suposto autor se encontre em qualquer território sob sua jurisdição
e o Estado não extradite de acordo com o Artigo 8º para qualquer dos Estados mencionados no
parágrafo 1 do presente Artigo.
3. Esta Convenção não exclui qualquer jurisdição criminal exercida de acordo com o direito interno.
Letra c.

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039. (FCC/DPE-BA/DEFENSOR PÚBLICO/2021) A Lei n. 12.847/2013 criou o Mecanismo Na-


cional de Prevenção e Combate à Tortura, responsável pela prevenção e combate à tortura e
a outros tratamentos ou penas cruéis, desumanos ou degradantes. O Mecanismo Nacional de
Prevenção e Combate à Tortura visa dar cumprimento ao que está previsto expressamente
a) na sentença da Corte Interamericana de Direitos Humanos no caso Favela Nova Brasília.
b) na Convenção Internacional contra a Tortura e Outros Tratamentos ou Penas Cruéis, Desu-
manos ou Degradantes.
c) no Protocolo Facultativo à Convenção Internacional contra a Tortura e Outros Tratamentos
ou Penas Cruéis, Desumanos ou Degradantes.
d) na Convenção Interamericana para Prevenir e Punir a Tortura.
e) na Convenção Interamericana sobre o Desaparecimento Forçado de Pessoas.

A questão exige conhecimento sobre o Sistema Nacional de Prevenção e Combate à Tortura;


cria o Comitê Nacional de Prevenção e Combate à Tortura e o Mecanismo Nacional de Preven-
ção e Combate à Tortura, que foi criada em 2013, exatamente com a finalidade de prevenção e
combate à tortura e a outros tratamentos ou penas cruéis.
Letra c.

040. (CESPE-CEBRASPE/DEPEN/CARGO 8/AGENTE FEDERAL DE EXECUÇÃO PE-


NAL/2021) Com base na legislação especial, julgue o próximo item.
O crime de tortura é inafiançável, devendo o condenado por esse crime iniciar o cumprimento
da pena em regime fechado.

Nos termos da Lei, a questão está correta. É o que dispõe artigo 1º, § 7º O condenado por
crime previsto nesta Lei, salvo a hipótese do § 2º, iniciará o cumprimento da pena em regime
fechado. No entanto, se a questão tratasse sobre jurisprudência dos tribunais, poderia estar
errada, uma vez que não é obrigatório o cumprimento inicial em regime fechado.
Certo.

041. (INSTITUTO AOCP/PC-PA/INVESTIGADOR DE POLÍCIA CIVIL/2021) Assinale a alter-


nativa correta consoante a Lei de Tortura (Lei n. 9.455/1997).
a) O crime de tortura é imprescritível e insuscetível de graça ou anistia.
b) Aquele que se omite diante de condutas tipificadas como tortura, quando tinha o dever de
evitá-las ou apurá-las, incorre na pena de detenção de dois a quatro anos.
c) Se do crime de tortura resulta lesão corporal de natureza grave ou gravíssima, a pena é de
reclusão de quatro a doze anos.

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d) Se o crime de tortura é cometido mediante sequestro, aumenta-se a pena de um sexto até


dois terços.
e) A condenação acarretará a perda do cargo, da função ou do emprego público e a interdição
para seu exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada

A lei em seu artigo primeiro dispõe:

§ 2º Aquele que se omite em face dessas condutas, quando tinha o dever de evitá-las ou apurá-las,
incorre na pena de detenção de um a quatro anos.
§ 3º Se resulta lesão corporal de natureza grave ou gravíssima, a pena é de reclusão de quatro a dez
anos; se resulta morte, a reclusão é de oito a dezesseis anos.
III – se o crime é cometido mediante sequestro.
§ 5º A condenação acarretará a perda do cargo, função ou emprego público e a interdição para seu
exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada
Letra e.

042. (CESPE-CEBRASPE/PRF/POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL/2021) A respeito da identi-


ficação criminal, do crime de tortura, do abuso de direito, da prevenção do uso indevido de dro-
gas, da comercialização de armas de fogo e dos crimes hediondos, julgue o item que se segue.
Praticam o crime de tortura policiais rodoviários federais que, dentro de um posto policial, sub-
metem o autor de crime a sofrimento físico, independentemente de sua intensidade.

Lembre-se de que para que seja configurado o crime de tortura, é indispensável que o crime
tenha uma finalidade.
a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa;
b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa;
c) em razão de discriminação racial ou religiosa;
Errado.

043. (FEPESE/DEAP – SC/AGENTE PENITENCIÁRIO/2019) De acordo com o previsto na Lei


n. 9.455, de 7 de abril de 1997, e os Tratados Internacionais de Direitos Humanos dos quais o
Brasil é signatário, a expressão definida como “constranger alguém com emprego de violência
ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico e mental para provocar ação ou omissão de
natureza criminosa”, deve ser entendida como:
a) tortura.
b) castigo.
c) ameaça moral.
d) pressão psicológica.
e) constrangimento pessoal
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Art. 1º Constitui crime de tortura:


I – constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico
ou mental:
a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa;
b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa;
c) em razão de discriminação racial ou religiosa;
Letra a.

044. (FCC/FCRIA-AP/MONITOR SOCIOEDUCATIVO/NÍVEL MÉDIO/2018) Constitui crime de tortura


a) privar a liberdade de alguém durante a ação de subtrair seu patrimônio mediante grave ameaça.
b) constranger alguém com emprego de violência, causando-lhe sofrimento físico em razão de
discriminação racial.
c) praticar o tráfico de pessoas com o fim de exploração sexual de adolescente em outro país.
d) privar alguém de sua liberdade mediante cárcere privado sem contato com seus familiares.
e) reduzir alguém a condição análoga à de escravo submetendo-o a trabalhos forçados ou a
jornada exaustiva.

Trata-se de tortura discriminatória.

Art. 1º Constitui crime de tortura:


c) em razão de discriminação racial ou religiosa;
Letra b.

045. (CESPE-CEBRASPE/PRF/POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL/CURSO DE FORMAÇÃO/3ª


TURMA/2ª PROVA/2020) No que se refere ao uso diferenciado da força, julgue o item a seguir.
Se um policial rodoviário federal, com o objetivo de obter confissão de uma pessoa que tenha
sido flagrada cometendo infração, praticar intencionalmente algum ato para causar sofrimento
mental a essa pessoa, essa conduta poderá ser caracterizada como tortura.

Art. 1º Constitui crime de tortura:


I – constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico
ou mental:
a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa;
b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa;
c) em razão de discriminação racial ou religiosa;
Certo.

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Tortura; as Garantias Judiciais e os Direitos Pré-Processuais
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046. (FUNDAÇÃO LA SALLE/PREFEITURA DE CANOAS – RS/GUARDA MUNICIPAL/2015)


Conforme dispõe expressamente o § 6º do Art. 1º da Lei n. 9.455/1997, que define os crimes
de tortura, o crime de tortura, além de ser insuscetível de graça ou anistia é também
a) irretratável.
b) irrevogável.
c) inimputável.
d) tutelado.
e) inafiançável

§ 6º O crime de tortura é inafiançável e insuscetível de graça ou anistia.


Inclusive, segundo entendimento do STF, também é insuscetível de indulto.
Letra e.

047. (IBADE/SEJUC – SE/GUARDA DE SEGURANÇA DO SISTEMA PRISIONAL MASCULI-


NO/2018) O agente público que submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com
emprego de violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de
aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo, pratica o delito de:
a) tortura com aumento de pena.
b) tortura.
c) maus-tratos com aumento de pena.
d) exposição a perigo.
e) maus-tratos.

Art. 1º II - submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou
grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou
medida de caráter preventivo.
Pena – reclusão, de dois a oito anos.
§ 4º Aumenta-se a pena de um sexto até um terço:
I – se o crime é cometido por agente público;
Letra a.

048. (FEPESE/SAP-SC/AGENTE PENITENCIÁRIO/2019) Analise as afirmativas abaixo com


fundamento na Lei n. 9.455, de 7 de abril de 1977, que define os crimes de tortura e dá outras
providências.
1. Aumenta-se a pena do crime de tortura de um sexto até um terço se o crime é cometido
mediante sequestro. 2. A pena para o crime de tortura, quando resulta morte, é de reclusão de

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oito a doze anos. 3. O crime de tortura é inafiançável e insuscetível de graça ou anistia. 4. O


condenado por crime de tortura, quando resulta lesão corporal de natureza grave ou gravíssi-
ma, iniciará o cumprimento da pena em regime fechado.
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
a) São corretas apenas as afirmativas 1, 2 e 3.
b) São corretas apenas as afirmativas 1, 2 e 4.
c) São corretas apenas as afirmativas 1, 3 e 4.
d) São corretas apenas as afirmativas 2, 3 e 4.
e) São corretas as afirmativas 1, 2, 3 e 4.

Art. 1º Constitui crime de tortura:


I – constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico
ou mental:
a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa;
b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa;
c) em razão de discriminação racial ou religiosa;
II – submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou grave
ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida
de caráter preventivo.
Pena – reclusão, de dois a oito anos.
§ 1º Na mesma pena incorre quem submete pessoa presa ou sujeita a medida de segurança a so-
frimento físico ou mental, por intermédio da prática de ato não previsto em lei ou não resultante de
medida legal.
§ 2º Aquele que se omite em face dessas condutas, quando tinha o dever de evitá-las ou apurá-las,
incorre na pena de detenção de um a quatro anos.
§ 3º Se resulta lesão corporal de natureza grave ou gravíssima, a pena é de reclusão de quatro a dez
anos; se resulta morte, a reclusão é de oito a dezesseis anos.
§ 4º Aumenta-se a pena de um sexto até um terço:
I – se o crime é cometido por agente público;
II – se o crime é cometido contra criança, gestante, portador de deficiência, adolescente ou maior
de 60 (sessenta) anos;
III – se o crime é cometido mediante sequestro.
§ 5º A condenação acarretará a perda do cargo, função ou emprego público e a interdição para seu
exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada.
§ 6º O crime de tortura é inafiançável e insuscetível de graça ou anistia.
§ 7º O condenado por crime previsto nesta Lei, salvo a hipótese do § 2º, iniciará o cumprimento da
pena em regime fechado.
Art. 2º O disposto nesta Lei aplica-se ainda quando o crime não tenha sido cometido em território
nacional, sendo a vítima brasileira ou encontrando-se o agente em local sob jurisdição brasileira.
Letra c.

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049. (IBFC/CBM-BA/2019) A tortura é proibida pela Constituição de 1988, sendo essa proibi-
ção, inclusive, um direito fundamental. Sua prática é considerada como crime, sendo discipli-
nada pela Lei n. 9455/1977. Sobre os crimes de tortura, assinale a alternativa incorreta.
a) Constitui crime de tortura constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça,
causando-lhe sofrimento físico ou mental em razão de discriminação racial ou religiosa
b) Aquele que se omite em face da prática do crime de tortura, quando tinha o dever de evitá-
-las ou apura-las, também pratica crime
c) O crime de tortura é afiançável e suscetível de graça e anistia
d) Constitui crime de tortura submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com em-
prego de violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de
aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo
e) A condenação acarretará a perda do cargo, função ou emprego público e a interdição para
seu exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada

Nos termos da Lei, “O crime de tortura é inafiançável e insuscetível de graça ou anistia”.


Letra c.

050. (IBGP/PREFEITURA DE JACUTINGA – MG/GUARDA MUNICIPAL/2019) De acordo


com a Lei n. 9.455, de 07 de abril de 1977, que define os crimes de tortura, assinale a alterna-
tiva CORRETA:
a) Constitui crime de tortura constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça,
causando-lhe sofrimento físico ou mental com o fim de obter informação, declaração ou con-
fissão da vítima ou de terceira pessoa.
b) A condenação não acarretará a perda do cargo, função ou emprego público, podendo o con-
denado exercer suas funções normalmente.
c) Constitui crime de tortura constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça,
causando-lhe sofrimento físico ou mental em razão de discriminação racial, religiosa, ou qual-
quer outro sofrimento que a vítima julgue ser vexatório.
d) O guarda municipal, quando extremamente necessário poderá submeter alguém, sob sua
guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento
físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter preventivo.

Art. 1º Constitui crime de tortura:


I – constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe sofrimento físico
ou mental:
a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa;
(...)

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II – submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou grave
ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida
de caráter preventivo.
(...)
§ 5º A condenação acarretará a perda do cargo, função ou emprego público e a interdição para seu
exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada.
(...)
Letra a.

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GABARITO
1. d 18. E 35. c
2. e 19. C 36. e
3. c 20. a 37. b
4. e 21. a 38. c
5. b 22. e 39. c
6. e 23. c 40. C
7. d 24. d 41. e
8. e 25. b 42. E
9. c 26. C 43. a
10. E 27. c 44. b
11. a 28. a 45. C
12. a 29. C 46. e
13. b 30. C 47. a
14. e 31. a 48. c
15. c 32. E 49. c
16. E 33. a 50. a
17. e 34. a

Patrícia Maciel
Advogada. Professora em cursos de graduação e de preparação para concursos públicos. Mestranda em
Educação. Pós-graduada em Direito Tributário pela Rede de Ensino UNIDERP – LFG. Ex-vice-presidente da
Comissão da Igualdade Racial da Ordem dos Advogados do Brasil, Subseção de Taguatinga – OAB/DF.

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