Trabalho - Pedagogia

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Universidadade Norte de Paraná.

Sistema de Ensino Conectado.


Licenciatura em Pedagogia
1º/2º Semestre

ANDRESSA BERNARDO DA SILVA

BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR E AS


PRÁTICAS PEDAGÓGICAS.

Planaltina/GO

2021

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ANDRESSA BERNARDO DA SILVA

BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR E AS


PRÁTICAS PEDAGÓGICAS.

Trabalho apresentado ao Curso de Pedagogia da


UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para as
disciplinas: didática, pensamento ciêntifico,
Funcionamento da Educação Brasileira e Políticas
Públicas; Práticas Educativas em Espaços não Escolares;
Psicologia da Educação e da Aprendizagem
Tutora EaD: Carolina Santos Pereira Cardoso Trindade

Planaltina/GO
2021
Sumário
INTRODUÇÃO ................................................................................................ 3

DESENVOLVIMENTO ..................................................................................... 4

2.1 RELAÇÃO ENTRE AS TENDENCIAS PEDAGÓGICAS E A BASE NACIONAL COMUM

CURRICULAR ............................................................................................................ 5
2.2 APRESENTAÇÃO: POSTURAS E PROPOSTAS INDICADAS NA
BNCC .................................................................................................................. 6
3. CONCLUSÃO................................................................................................7
REFERÊNCIAS.................................................................................................8
INTRODUÇÃO

O presente trabalho tem o objetivo de apresentar a ligação das tendências pedagógicas


progressivas com a nova Base Nacional Comum Curricular, criada em 2020, com o intuito de
unificar as competências necessárias para o ensino e aprendizagem dos alunos do ensino
fundamental e médio. Diante de tal aspecto, a atividade busca elucidar a importância dos
recursos tecnológicos para o aprendizado, principalmente após a pandemia decorrida da Covid
19.
As aulas remotas se tornaram uma realidade em todo o mundo, o que corroborou para a
capacitação dos professores em relação aos recursos digitais. A partir de estudos realizados,
concluiu-se que a tecnologia é uma arma poderosa para o ensino. No entanto, é preciso reforçar
algumas políticas públicas para a inclusão dos alunos de classes mais baixas, ao ambiente digital
e reduzir as desigualdades.
No Brasil, a tendência tradicional na educação foi ultilizada por muito tempo, mas
haviam algumas lacunas como a centralização do ensino ao professor e a falta de consideração
aos aspectos humanos e sociais dos educandos.
Pensando em suprir tais problemáticas, a partir dos estudos de Carl Marx e Vigotsky,
foi criada a tendência progressista, em que trás o aluno como o protagonista do processo de
aprendizagem, considerando suas vivências, o ambiente ao qual o mesmo está inserido e
aspectos de inclusão às diferenças.
Nessa direção, a BNCC – Base Nacional Comum Curricular foi criada pelo governo
federal em 2017, propondo uma unificação do curriculo do ensino básico, trazendo 10
competências necessárias a serem desenvolvidas ao longo das atividades escolares. Entretanto,
sabe-se que há certa resistência e falta de conhecimento por parte de alguns profissionais, o que
acaba desfavorecendo na aplicação do mesmo. Nesse contexto, a presente atividade pretende
apresentar algumas propostas de aplicação da BNCC no currículo escolar.

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2 DESENVOLVIMENTO

2.1 Relação entre as Tendências Pedagógicas e a Base Nacional Comum

Curricular

O ensino básico é um direito de todos e um dever do Estado, previsto na constituição


federal no artigo 205 de 1988. Atualmente, ele é amparado pela Lei 9394/ 96 – Leis das
Diretrizes e Bases da Educação Brasileira que tem como objetivo, garantir o direito de acesso
a educação gratuita e de qualidade, valorizando os profissionais da educação, estabelecendo o
dever da União, Estados, Municípios e DF, com a educação pública. (BRANDÃO, 2005;
TODOS PELA EDUCAÇÃO, 2021)
No que se concerne sobre as tendências pedagógicas Brasileiras, o método tradicional
foi o primeiro a ser institucionalizado e consistia na centralização do conhecimento no
professor, ao passo que o aluno é um receptor passivo. Nessa estratégia, era ensinado técnicas
de memorização e repetição de atividades. De acordo com Saviani (1997) esse primeiro período
é caracterizado como um grupo das teorias não-críticas, pois acreditava que a educação detinha
de recursos que delineavam as relações sociais.
Ainda em relação às tendencias liberais tradicionais, Queiroz e Moita (2007, p.4)
enfatiza que:
a organização funcional considerava como 99 Tendências
pedagógicas: preparar o intelectual; papel do professor: receptor
passivo, inserido em mundo que irá conhecer pelo repasse de
informações; relação professor-aluno: autoridade e disciplina;
conhecimento: dedutivo. São apresentados apenas os resultados, para
que sejam armazenados; metodologia: aulas expositivas,
comparações, exercícios, lições/deveres de casa; conteúdos:
passados como verdades absolutas separadas das experiências;
avaliação: centrada no produto do trabalho.

Ainda que seja uma estratégia positiva e que funcionou por anos, essa forma de ensino
passava a desclassificar aspectos sociais. Dessa forma, surgiram outras tendências como a
Renovada e Progressiva que centrava o ensino no estudante, levando em consideração suas
vivências e experiências. Os estudos de Carl Marx, foram essenciais para o levantamento das
questões sociais e históricas do indivíduo.
Segundo Libâneo (1989), a tendência progressista pode ser definida como uma análise
crítica das realidades sociais e que sustentam as finalidades sociopoliticas da educação. Um
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modelo muito aplicado deste método é a Pedagogia de Paulo Freire que valoriza o método de
aprendizagem em grupo, e destaca-se na modalidade de educacação popular não formal. O autor
acreditava que o ser humano é um sujeito situado no mundo material, econômico, concreto e
social ( SILVA, 2018).
Dentro do aspecto progressista, há a teoria socio-crítica que corrobora para a educação
social e das classes e é inspirada em bases filosóficas, politico-sociais, históricas e econômicas
e em reflexões marxistas (de Marx e de outros teóricos como Gramsci, Vigotski, Lênin, Engels).
Nesse enfoque, há a finalidade de analisar as condições histórico-sociais, sua formação e
valorização da pratica educativa a partir do aspecto político.
(SAVIANI, 2013, p.72)
De acordo com Diniz - Pereira (2014 p.7)
No modelo crítico, o professor é visto como alguém que levanta um
problema. Como se sabe, alguns modelos dentro da visão técnica e
prática também concebem o professor como alguém que levanta
problemas. Contudo, tais modelos não compartilham a mesma visão
sobre essa concepção a respeito da natureza do trabalho docente. Os
modelos técnicos têm uma concepção instrumental sobre o
levantamento de problemas; os práticos têm uma perspectiva mais
interpretativa e os modelos críticos têm uma visão política explícita
sobre o assunto.

Nesse sentido, a BNCC – Base Nacional Comum Curricular se originou das com o
avanço tecnológico e foi criada a partir das tendências progressistas. Seu intuito é unificar o
curriculo da educação básica e apresentar 10 competências necessárias, aos alunos matriculados
no ensino fundamental e médio. Além disso, o programa pretende reduzir a evasão escolar,
tornando o Ensino tornando-o completo, democrático e inclusivo, ao passo de abarcar as
vivências do educando nas etapas da educação e prepará-los para o mercado de trabalho.
(BRASIL, 2018)
Em relação as dez competências apresentadas pela BNCC, infere-se que são aspectos
gerais que servem de alicerces para a estrutura da educação básica e visa assegurar uma
formação comum a todos os estudantes, de modo a abarcar conhecimentos, atitudes e valores
especificos da vida cotidiana, desenvolvendo a cidadania e o trabalho.
Ainda em relação as competencias, são eixos formativos: (1) Conhecimento, (2)
Pensamento científico, crítico e criativo, (3) Repertório cultural, (4) Comunicação, (5) Cultura
Digital, (6) Trabalho e projeto de vida, (7) Argumentação, (8) Autoconhecimento e
autocuidado, (9) Empatia e cooperação e (10) Responsabilidade e cidadania. (BRASIL, 2017,
p.8)

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A proposta inicial da BNCC é reduzir as desigualdades sociais enfrentadas no país,
garantindo um ensino de qualidade e promover a equidade, uma vez que as necessidades dos
estudantes, são diferentes. (BRASIL, 2017, p. 15)

2.2 Apresentação: Posturas e Propostas indicadas na BNCC

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Conclusão

O estudo constatou que a educação têm passado por uma série de transformações,

principalmente com a inclusão das metodologias ativas e tecnologias digitais, no ambiente escolar.

Nesse sentido, sabe-se que as tendencias de ensino tradicional, que foi a primeira instituida no Brasil

pelos Jesuítas, atualmente, não possuem a mesma eficiência. Hoje em dia, as tendências progressistas

estão sendo estudadas e seu resultado tem sido positivo, já que considera o aluno como protagonista do

próprio ensino.

A partir dessas tendências progressistas, nasceu a BNCC que enfatiza a redução das

desigualdades e propicia a equidade em sala de aula. Nesse contexto, o trabalho buscou apresentar as 10

competências gerais da BNCC, com propostas para aplicação destas no ambiente escolar.

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Referências

BRANDÃO, Carlos da Fonseca. LDB: passo a passo: Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei
n. 9394/96), comentada e interpretada, artigo por artigo. 2. ed. atual. São Paulo: Avercamp, 2005.

BRASIL. Ministério da Educação; Secretaria de Educação Básica; Secretaria de Educação Continuada,


Alfabetização, Diversidade e Inclusão; Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica. Conselho Nacional de
Educação; Câmara de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica. Brasília:
MEC; SEB; DICEI, 2013. Disponível em: . Acesso em: 16 de Agosto 2021.

BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Base Nacional Comum Curricular. 2017. Disponível em:
<http://basenacionalcomum.mec.gov.br/>. Acesso em: 24 de Agosto de 2021.

DINIZ-PEREIRA, J. E. Da racionalidade técnica à racionalidade crítica: formação docente e


transformação social. Perspectiva em Diálogo, Naviraí, v. 1, n. 1, p.34-42, jan.-jun. 2014.

LIBÂNEO, J. C. Democratização da escola pública: a pedagogia crítica-social dos conteúdos. 8. ed. São
Paulo: Loyola, 1989.

Todos pela Educação, 2021. Disponível no link: https://todospelaeducacao.org.br/noticias/pandemia-reforca-


urgencia-da-implementacao-do-sistema-nacional-de-educacao-
sne/?gclid=CjwKCAjw64eJBhAGEiwABr9o2PPwqKICPG4Y-upB9zXdFnXzwMFzFfG3YheyTVM-
LbH7N5H4FV9WuxoCKj0QAvD_BwE. Acesso em 22 Agosto de 2021
QUEIROZ, C. T.; MOITA, F. M. G. S. C. Fundamentos sócio-filosóficos da educação. Campina Grande:
UEPB/UFRN, 2007

SAVIANI, DERMEVAL. A nova lei da educação: trajetória, limites e perspectivas. 2. Ed. Campinas – SP:
Autores Associados, 1997. (Coleção educação contemporânea).

SILVA, ARACELI GIRALD DA. Tendências Pedagógicas: Perspectivas Históricas e Reflexões para a
Educação Brasileira. Unoesc & Ciência - ACHS Joaçaba, v. 9, n. 1, p. 97-106, jan./jun. 2018. Acesso em 24 de
Agosto de 2021

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