E-Book - Estruturas Ambientais Urbanas e A Ambiência
E-Book - Estruturas Ambientais Urbanas e A Ambiência
E-Book - Estruturas Ambientais Urbanas e A Ambiência
Organizadoras
Sandra Medina Benini
Geise Brizotti Pasquotto
Jeane Aparecida Rombi de Godoy
1ª Edição
ANAP
Tupã/SP
2021
2
EDITORA ANAP
Associação Amigos da Natureza da Alta Paulista
Pessoa de Direito Privado Sem Fins Lucrativos, fundada em 14 de setembro de 2003.
www.editoraanap.org.br
[email protected]
Ficha Catalográfica
CDD: 710
CDU: 710/49
Conselho Editorial
SUMÁRIO
PREFÁCIO ....................................................................................... 09
Geise Brizotti Pasquotto
Capítulo 1 ......................................................................................... 13
CLASSIFICAÇÃO DOS PARQUES URBANOS: ANÁLISE E
PROPOSTA CONCEITUAL
Larissa Fernanda Vieira Martins
Capítulo 2 ......................................................................................... 33
ÁREAS VERDES URBANAS PROTEGIDAS: CONSEQUÊNCIAS
DA PRESSÃO ANTRÓPICA
Cátia Araújo Farias
Celso Maran de Oliveira
Capítulo 3 ......................................................................................... 59
VEGETAÇÃO NA CIDADE: UM OLHAR INTERDISCIPLINAR
PARA SUB-BACIA DO CASSANDOCA
Ana Maria Antunes Coelho
Luis Octavio de Faria e Silva
Rebeca Pegoraro Heredia
Renata Ferraz de Toledo
Sidney Carneiro de Mendonça Fernandes
Capítulo 4 ....................................................................................... 87
ANÁLISE QUALITATIVA DAS ÁREAS VERDES PÚBLICAS NA
ZONA NORTE DA CIDADE DE CUIABÁ-MT
Sandra Medina Benini
Jeane Aparecida Rombi de Godoy
8
PREFÁCIO
Boa leitura!
Capítulo 1
INTRODUÇÃO
2Doutora em Ciências (Geografia Física) – Universidade de São Paulo (USP). Professora doutora,
Centro Universitário das Américas (FAM). E-mail: [email protected]
14
OBJETIVOS
METODOLOGIA
Método
Procedimentos técnico-operacionais
RESULTADOS E DISCUSSÃO
[...] são tão poucas as áreas verdes públicas nesta cidade, que acaba
ocorrendo excesso de visitação [...] as multidões de visitantes criam um
ambiente ruidoso e estressante, às vezes quase tão desagradável quanto os
congestionamentos de trânsito, do que aqueles visitantes buscam escapar
ao visitar um parque [...], ao invés de encontrar tranquilidade e contato com
a natureza, o visitante encontra barulho, poluição, trânsito, violência, todos
aqueles malefícios da grande metrópole que eles procuram esquecer através
da fruição da área verde. (PHILIPPI JÚNIOR; RODRIGUES, 2006,
p. 322-323).
Quadro 4 – Classificação proposta por Kliass e Magnoli (2006) segundo tipologia e características
do parque
Tipologia Características
Parque de Parque destinado à recreação infantil com um raio de atendimento de
Vizinhança aproximadamente 500 metros, sem travessia de ruas de trânsito.
Parque de Espaços destinados à recreação de jovens de 11 a 24 anos; seu raio máximo
Bairro de atendimento é de mil metros.
Área destinada à recreação de toda a população, dotada de equipamentos
Parque Setorial
de uso comunitário, com um raio de atendimento máximo de 5 mil metros.
Parques Áreas destinadas à recreação de toda a população da região, localizadas nas
Metropolitanos reservas florestais, junto a represas e elementos naturais marcantes.
Fonte: Organizado pela autora (2021).
Quadro 5 – Classificação proposta por Whately et al. (2008) segundo tipologia e características
do parque
Tipologia Características
Naturais Áreas com o objetivo de proteger, conservar e recuperar os sistemas naturais.
Áreas com relevante interesse histórico, tais como museus e patrimônios
Históricos
tombados.
Áreas dotadas de equipamentos e mobiliários para recreação e lazer; comumente
Lazer
com poucas ou nenhum espaço com elementos naturais.
Lineares Área longilínea a rede hídrica.
Fonte: Organizado pela autora (2021).
Quadro 7 – Classificação empregada por Brown, Rhodes e Dade (2018), segundo tipologia,
características e tamanho da área
Tipologia Características Área (ha)
Usado para atender às necessidades recreativas limitadas, isoladas
Miniparque ≤4
ou únicas de pequenos grupos populacionais.
Parque de Principal área de lazer e recreação da vizinhança. Propícia à
0,4 ¬ 4
vizinhança recreação ativa e passiva.
Parque Visa a atender às necessidades recreacionais da comunidade, bem
4 ¬ 20
Comunitário como preservar paisagens únicas e espaços abertos.
Parque São áreas espacialmente mais amplas que os parques
Urbano comunitários destinados a atender às necessidades recreacionais 20 ¬ 50
Grande da população e conservação da paisagem natural.
Junção de parques com escolas em um mesmo espaço, para
Parque- atender às necessidades da comunidade. Pode apresentar
Variável
escola características de outros parques, como vizinhança, comunidade,
complexo esportivo e uso especial.
Áreas projetadas para atender às necessidades recreacionais
Parque
associadas a práticas esportivas. Devem ser dotadas de quadras e ≥ 10
Esportivo
equipamentos que permitam tal finalidade.
Parque Áreas destinadas à preservação dos recursos naturais,
> 50
Natural remanescentes de vegetação e paisagens cênicas.
Áreas multifuncionais com configuração linear, principalmente
Parques
lindeiras aos cursos hídricos, destinadas à recreação e conservação Variável
Lineares
ambiental.
Fonte: Adaptado de Mertes e Hall (1996) e Brown, Rhodes e Dade (2018).
Parque de Vizinhança
Parque Ecológico
Parque Central
Figura 3 – Vista parcial dos equipamentos para lazer e recreação no Parque Gabriel Chucre,
Carapicuíba-SP: (a) pista de para múltiplas atividades; e (b) quadra poliesportiva
(a) (b)
Fonte: São Paulo (2021a).
Estruturas ambientais urbanas e a ambiência - 25
Figura 4 – Vista parcial das infraestruturas do Parque CEMUCAM (Cotia-SP): (a) trilha bucólica; (b)
playground; e (c) escadaria rústica de madeira em meio a vegetação
Figura 6 – Vista parcial do Parque Linear Aricanduva, em São Paulo-SP: (a) playground; (b)
paisagismo e (c) mobiliário para convívio social
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
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https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0169204618303815. Acesso em: 1º jun.
2021.
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Acesso em: 1º jun. 2021.
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Estruturas ambientais urbanas e a ambiência - 31
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em: https://www.infraestruturameioambiente.sp.gov.br/cpp/parque-gabriel-chucre/. Acesso
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https://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/meio_ambiente/parques/regiao_leste/inde
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São Paulo: Instituto Socioambiental, 2008.
32
Estruturas ambientais urbanas e a ambiência - 33
Capítulo 2
INTRODUÇÃO
MATERIAIS E MÉTODOS
ESTUDO DE CASO
Fonte: Imagem capturada pelo app Google Earth (2012), registro imagem de 7/01/2004.
Disponível em: http://www.saocarlos.sp.gov.br/plano-diretor.html
5
A Prefeitura Municipal de São Carlos construiu como parte do sistema viário da região a avenida
“A”, denominada como Av. Maria Consuelo Brandão Tolentino, na margem esquerda do córrego
Medeiros, antes da implantação do referido loteamento.
Estruturas ambientais urbanas e a ambiência - 39
[...] nos locais onde a vegetação primitiva foi eliminada é possível inverter a
situação por meio de diversos processos de recuperação de florestas,
buscando restaurar o meio biofísico local no tocante à flora. Embora a mata
recomposta dificilmente atinja a mesma diversidade da mata original, a
revegetação tem a capacidade de mitigar uma série de efeitos e impactos
ambientais, permitindo o restabelecimento de algumas características
primitivas da área.
Nesse esquema a letra "P" é utilizada para espécies pioneiras; "E" para
espécies de “estrutura”; e "D" para espécies de “diversidade”. Em geral, os
modelos propostos para a revegetação de uma área procuram restaurar a
estrutura e a dinâmica da vegetação original, resguardando a diversidade das
espécies e a representatividade de suas populações (MACEDO, 1993).
Contudo, as espécies selecionadas não foram encontradas no local, apenas
evidências de terem sido plantadas. A falta de tratos culturais quando da
semeadura ou replantio de mudas conduziram à morte prematura dessas
espécies.
7O escoamento superficial é gerado a partir do excesso de precipitação das águas pluviais que não
se infiltra no solo, em decorrência da saturação do mesmo. É sempre impulsionado pela gravidade
para as cotas mais baixas vencendo, principalmente, o atrito com a superfície do solo. Este
escoamento vai se moldar ao microrrelevo do solo e, aliado à topografia preexistente conduzir-se por
microrrede de drenagem efêmera que convergirá para a rede de cursos de água mais próxima e
estável nas cotas baixas. (LIMA, 2008; PRUSKI et al., 2010; VILLELA; MATTOS, 1975).
50
Fonte: Imagem capturada pelo app Google Earth (2021), registro imagem 7/01/2004 e
7/05/2020, respectivamente.
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
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Estruturas ambientais urbanas e a ambiência - 57
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Porto Alegre/RS – 23 a 26/11/2015. 6p.
58
Estruturas ambientais urbanas e a ambiência - 59
Capítulo 3
[email protected]
12 Geocientista, mestrando PGAUR/USJT. E-mail: [email protected]
60
suporte é o único que está diretamente ligado aos outros três por oferecer,
como a própria designação, suporte para que os outros aconteçam,
envolvendo a manutenção do meio de fornecimento, a exemplos de qualidade
do solo, garantia de biodiversidade, polinização. O serviço de provisão envolve
o fornecimento de matérias-primas básicas e suprimentos como comida e
água. O serviço de regulação trata, por exemplo, da qualidade climática
(temperatura, ar, chuva) e o serviço cultural oferece lazer, saúde mental e
física, além de cultura (MEA, 2005).
Segundo Bolund e Hunhammar (1999), ao menos 6 dos 17 serviços
apresentados por Constanza são considerados de maior relevância nos espaços
verdes, a saber: filtragem do ar, regulação do microclima, regulação de ruído,
drenagem de águas pluviais, tratamento de esgoto, recreação e cultura estes
definidos por eles como no Quadro 1 a seguir:
Figura 11 – Desenho sem escala – possibilidades para as vias de fluxo pesado da Zona Leste. Av.
Alcântara Machado
Figura 13 – Desenho sem escala – ruas bioconectoras – Na bacia do Cassandoca, uma breve
análise do potencial de uma via importante no complexo viário dentro do recorte
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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Capítulo 4
INTRODUÇÃO
ESTADO DA ARTE
[...] todo espaço livre (área verde / lazer) que foi afetado como de
uso comum e que apresente algum tipo de vegetação (espontânea ou
plantada), que possa contribuir em termos ambientais (fotossíntese,
evapotranspiração, sombreamento, permeabilidade, conservação da
biodiversidade e mitigue os efeitos da poluição sonora e atmosférica) e que
também seja utilizado com objetivos sociais, ecológicos, científicos ou
culturais. (BENINI, 2009, p. 71).
Estruturas ambientais urbanas e a ambiência - 89
15 “Gases venenosos em suspensão no ar acima da rua e a poeira tóxica cobrem a via carroçável e
as calçadas. Automóveis, ônibus e caminhões congestionam as ruas, acelerando e freando,
emitindo torrentes de monóxidos de carbono, óxidos de nitrogênio e partículas de chumbo e de
combustível não queimado. O pára-e-anda do tráfego, característico de uma rua movimentada,
produz mais poluentes do que um tráfego que flui suavemente a uma velocidade constante ao
longo de uma rodovia, porque a concentração de fumaça dos escapamentos é maior, numa taxa
irregular de combustão. Gotículas de óleo dos motores se transformam num fino aerossol;
asbestos desprendem-se dos freios; a pavimentação das ruas literalmente tritura a borracha dos
pneus em uma poeira fina” (SPIRN, 1995, p. 71).
16 “A fotossíntese auxilia na umidificação do ar, consequente resfriamento evaporativo.”
17
“Conforto térmico – Engloba as componentes termodinâmicas que, em suas relações, se
expressam através do calor, ventilação e umidade nos referenciais básicos a esta noção. É um filtro
perceptivo bastante significativo, pois afeta a todos permanentemente. Constitui, seja na
climatologia médica, seja na tecnologia habitacional, assunto de investigação de importância
crescente” (MONTEIRO, 2003, p. 24). “A sensação de conforto térmico está associada com o ritmo
de troca de calor entre o corpo e o meio ambiente, sendo assim, o desempenho humano durante
qualquer atividade pode ser otimizado, desde que o ambiente propicie condições de conforto e
que sejam evitadas sensações desagradáveis, tais como: dificuldade de eliminar o excesso de calor
produzido pelo organismo; perda exagerada de calor pelo corpo e desigualdade de temperatura
entre as diversas partes do corpo.” (BARBIRATO; SOUZA; TORRES, 2007, p. 144).
18
“Cada cidade é composta por um mosaico de microclimas radicalmente diferentes, os quais são
criados pelos mesmos processos que operam na escala geral da cidade. Os mesmos fenômenos
que caracterizam o mesoclima urbano existem em miniatura por toda a cidade – pequenas ilhas
de calor, microinversões, bolsões de grave poluição atmosférica e diferenças locais no
comportamento dos ventos.” (SPIRN, 1995, p. 71).
Estruturas ambientais urbanas e a ambiência - 91
19 Um jardim público compreende aqueles cuja manutenção fica ao encargo dos poderes públicos
e se destinam ao uso e gozo da população em geral, com as limitações necessárias à sua função
[...] (NIEMEYER, 2005, p.10).
20 “Considera como parque todo espaço de uso público destinado à recreação de massa, qualquer
que seja o seu tipo, capaz de incorporar intenções de conservação e cuja estrutura morfológica é
92
METODOLOGIA
ESTUDO DE CASO
RESULTADOS
Tabela 3 – Síntese da avaliação qualitativa das AVPU da zona norte da cidade de Cuiabá-MT
Figura 2 - Mapa da avaliação qualidade das AVPU da zona Norte da Cidade de Cuiabá-MT
CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
TROPPMAIR, H.; GALINA, M. H. Áreas verdes. Território & Cidadania, Rio Claro, SP, ano III, n. 2,
jun-dez, 2003.
Estruturas ambientais urbanas e a ambiência - 107
Capítulo 5
Marcius Carvalho21
Cláudia Cotrim Pezzuto16
INTRODUÇÃO
METODOLOGIA
A função de preferência
0, se dj < qj
dj − qj
Pj (a, b) = , se qj < dj < pj (Eq. 1)
pj −qj
{ 1, se dj > pj
onde π (a,b) de a sobre b é definido como o a soma ponderada p(a,b) para cada
critério, e wj e o peso associado ao j-ésimo critério.
Tabela 1 – Valores médios de temperatura do ar. Período de coleta. Espaços Urbanos (EUs)
aproximadamente de 2,1 °C, entre o espaço EU6 (29,4 °C) e o espaço EU1
(27,3°C). A localização do espaço EU6 em área residencial, com proximidade de
região de fundo de vale e áreas abertas contribuiu para o aquecimento diurno.
Já o espaço EU1, localizado no interior do Parque Urbano, apresentou menores
valores, justificado pela obstrução do céu pelas copas das árvores.
Cao et al. (2010) relatam que o efeito do resfriamento dos parques
depende da forma e áreas, de árvores e arbustos, e da condição de radiação
solar sazonal. Os outros espaços apresentaram valores muito próximos,
diferenças entre 0,5 °C. Além de apresentar a maior temperatura máxima, o
ponto EU6 apresentou o menor valor de temperatura do ar mínima (8,9 °C).
Em contrapartida, o espaço EU3 apresentou o maior valor (12,9 °C), diferença
de aproximadamente 4,0 °C, entre o espaço mais frio, EU6. As maiores
diferenças encontradas referem-se à amplitude térmica, entre os pontos EU6
(20,5 °C) e o espaço EU3 (15,0 °C), diferença aproximada de 5,5 °C. O espaço 3
localiza-se em região residencial de baixa densidade, porém com alta taxa de
área construída e pavimentada e baixa taxa de porcentagem de espaço natural
(vegetação, corpo hídrico e solo exposto). Destaca-se também a baixa
amplitude do espaço EU1, 15,7 °C.
A análise descritiva acima caracteriza um problema com múltiplos
critérios, com situação conflitante entre os critérios, de natureza complexa,
subjetiva e mal estruturado para um processo de avaliação. Esta constatação
leva a aplicação do método PROMETHEE como uma forma de estabelecer um
ranking para classificação dos espaços segundo os critérios adotados para
definição do desempenho térmico de um espaço urbano.
A Tabela 2 apresenta os pontos de estudo distribuídos por quatro
critérios; amplitude de temperatura, percentagem de corpo d´água,
percentagem de superfície permeável e percentagem de área superfície
impermeável. Mostra também a maior diferença entre as medidas de cada
critério e o que será considerado como parâmetro de indiferença, tomado
como 10% da maior diferença. Por exemplo, a maior diferença entre a maior
medida de temperatura e (20,5 oC) e a menor (15 oC) é de 5,5 oC. A indiferença,
é o valor que traduz a incerteza de qual espaço é predominante em relação ao
outro e foi tomada como 10% da maior amplitude entre as medidas para os
três primeiros critérios e como 2% para Área Impermeável.
118
% Área
EU
∆ Temperatura % Corpo Água % Área Permeável Impermeável
EU1 15,7 16,5 38,5 45
EU2 17,1 6 50 44
EU3 15 0 10 90
EU4 15,9 4,5 18 77,5
EU5 16,4 0 57
43
EU6 20,5 2 63
35
EU7 17,6 0 27,5
72,5
EU8 17,8 0 94
6
Maior Difer. 5,50000 16,50000 84,00000 84
Indiferença 0,55000 1,65000 8,40000 2
Critérios de avaliação
Para a avaliação final deve ser atribuído um peso para cada critério
segundo os objetivos do estudo e sustentados pela experiência do decisor. No
sentido de avaliar a sensibilidade à variação dos pesos na classificação final dos
espaços foram propostos quatro diferentes cenários como apresentado na
Tabela 5. O primeiro cenário considera todos os critérios como de mesma
importância, pesos iguais. O segundo cenário atribui maior importância aos
espaços com maior porcentagem de corpo d’água e os outros critérios com
pesos iguais. O terceiro cenário considera como mais importante a variação de
temperatura do ar (maior amplitude térmica) e peso intermediário para a
120
CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
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Capítulo 6
INTRODUÇÃO
campinas.edu.br
126
informa a quantidade de energia que um material pode reter por metro cúbico
(XU et al., 2021).
Em concordância com Xu et al. (2021), pavimentos com alta
condutividade e capacidade térmica são recomendados para centros urbanos
cujo efeito das ilhas de calor é dominante ao longo do dia, enquanto os
pavimentos com baixa condutividade e capacidade térmica possuem sua
aplicação mais plausível naquelas em que o efeito das ilhas de calor é mais
severo à noite.
Por sua vez, pavimentos evaporativos vêm recebendo grande atenção e
estudos em razão de sua função de resfriamento por meio da evaporação
d’água (MOHAJERANI; BAKARIC; JEFFREY-BAILLEY, 2017). Todavia, certa
disponibilidade de água, proveniente das chuvas, é necessária para o
desempenho satisfatório desta tecnologia (XIE et al., 2019a; KUBILAY et al.,
2020), podendo então ser um problema, dependendo da região e da estação
do ano.
Os pavimentos evaporativos, em especial os permeáveis, resultam em
distintos benefícios sociais, como a redução no escoamento superficial e
infiltração das águas provindas das chuvas, redução do barulho (devido à
presença de poros) e melhores condições ao tráfego (QUIN, 2015).
OBJETIVO
METODOLOGIA
RESULTADOS E DISCUSSÕES
tema global, como urban heat island (13 vezes) e cool pavement (5 vezes). As
demais palavras em destaque apresentaram baixa incidência por serem
específicas ao tema abordado em cada artigo. Com isso, palavras tais como
permeable pavement (4 vezes), solar reflectance (4 vezes) e reflective coating
(3 vezes) demonstram a tendência dos estudos que vêm sendo abordados pela
literatura nos últimos anos.
Tabela 2 – Análise dos artigos selecionados e tecnologias de pavimentos estudada pelos autores
Figura 4 – Comparativo das publicações de cada país acerca das tecnologias de pavimentos
reflexivos, evaporativos e com modificações nas propriedades térmicas
CONCLUSÃO
AGRADECIMENTOS
REFERÊNCIAS
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Estruturas ambientais urbanas e a ambiência - 139
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Estruturas ambientais urbanas e a ambiência - 141
Capítulo 7
IMPACTOS DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS NO DESEMPENHO
TÉRMICO DE COBERTURAS COM USO DE ISOLAMENTO24
INTRODUÇÃO
24
Artigo publicado no XV Encontro Nacional de Conforto no Ambiente Construído (ENCAC) e XI
Encontro Latino-Americano de Conforto no Ambiente Construído (ELACAC).
25 Mestre, doutoranda em Arquitetura e Urbanismo na Universidade Federal de Santa Catarina. E-
mail: [email protected]
26 Doutora, professora adjunta da Universidade Federal do Mato Grosso. E-mail:
[email protected] (professora responsável pela coordenação da pesquisa).
27 Mestre, doutoranda em Engenharia Civil na Universidade Federal de Santa Maria. E-mail:
[email protected]
28 Mestre, doutoranda em Engenharia Civil na Universidade Federal de Santa Catarina. E-mail:
[email protected]
29 Doutor, professor adjunto na Universidade Federal do Mato Grosso. E-mail:
[email protected]
142
OBJETIVO
MÉTODO
Figura 5 – Objeto de Estudo (Tbase): (A) Edificação construída; (B) Corte AA; (C) Corte BB e (D)
planta baixa
(A) (D)
(B)
Estruturas ambientais urbanas e a ambiência - 145
(C)
(T2), e iii) inserção de forro de gesso, tipo acartonado (T3). Para a determinação
das propriedades térmicas das tipologias de T1 a T3, adotou-se a resistência
térmica superficial externa igual a 0,04, a resistência térmica superficial interna
para fluxo ascendente igual a 0,17 e a resistência térmica da câmara de ar de
alta emissividade, espessura maior que 5cm, igual a 0,21 m²K/W. (Tabela 2).
1,420 0.704
EPS 4,00 0,30
Acabamento 2,00 0,30
Telha cerâmica 1,00 0,85
Concreto 6,00 0,80
T2
1,310 0,763
Lã de vidro 4,00 0,30
Acabamento 2,00 0,30
Telha cerâmica 1,00 0,85
T3
0,4053 2,467
Forro de gesso 1,25 0,20
Fonte: Dos autores (2021).
Simulação computacional
Figura 3 – Modelo da simulação computacional: (A) Fachada frontal; (B) Fachada posterior e (C)
Facha lateral direita
(A) (B) (C)
RESULTADOS
Figura 4 – Arquivos Climáticos Futuros: (A) Temperatura de Bulbo Seco, em °C; (B) Umidade
Relativa do Ar, em %
(A)
37
Temperatura média de
35
Bulbo Seco (°C)
33
31
29
27
25
23
Out.
Jul.
Dez.
Fev.
Abr.
Jan.
Mar.
Mai.
Ago.
Ste.
Jun.
Nov.
Tempo (meses)
Cenário 1961-1990 Cenário 2020
Cenário 2050 Cenário 2080
152
(B)
90
Umidade Relativa do ar (%)
80
70
60
50
40
30
Out.
Dez.
Jul.
Fev.
Abr.
Mar.
Ago.
Ste.
Jan.
Mai.
Jun.
Nov.
Tempo (meses)
Cenário 1961-1990 Cenário 2020
Cenário 2050 Cenário 2080
Fonte: Dos autores (2021).
Figura 5 – Consumo energético para resfriamento no Cenário Base e nos cenários de 2020 e 2050
e 2080: (A) Tbase; (B) T1; (C) T2 e (D) T3
(A)
1200
Consumo Energético (kWh)
1000
800
600
400
200
0
Out.
Jul.
Abr.
Mês
Fev.
Jan.
Mar.
Mai.
Ago.
Set.
Jun.
Nov.
Tempo (meses)
1961-1990 2020 2050 2080
(B)
1200
Consumo Energético (kWh)
1000
800
600
400
200
0
Abr.
Jun.
Mês
Jul.
Ago.
Nov.
Jan.
Fev.
Out.
Mar.
Set.
Mai.
Tempo (meses)
1961-1990 2020 2050 2080
(C)
1200
Consumo Enegergético (kWh)
1000
800
600
400
200
0
Jun.
Mês
Abr.
Jul.
Ago.
Nov.
Jan.
Fev.
Out.
Mar.
Set.
Mai.
Tempo (meses)
(D)
1200
Abr.
Jun.
Jan.
Jul.
Mês
Ago.
Nov.
Fev.
Mar.
Out.
Set.
Mai.
Tempo (meses)
Tabela 4 – Média mensal do consumo energético (kWh) das tipologias Tbase, T1, T2 e T3 nos
Cenários Base, 2020, 2050 e 2080
Figura 6 – Consumo energético anual para resfriamento das tipologias Tbase, T1, T2 e T3 no
Cenário Base, 2010, 2050 e 2080
2080
Cenários
2050
2020
Cenário Base
T3 T2 T1 Tbase
CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS