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Literatura
Professor: Diogo Mendes
Exercícios de Quinhentismo
1. Os textos produzidos no período quinhentista eram escritos por viajantes portugueses e
estrangeiros que aqui chegavam e descreviam suas primeiras impressões sobre o Brasil. Logo,
trata-se de manifestações literárias sobre o Brasil e não do Brasil. Explique a diferença.
2. (ENEM)
TEXTO 1
José de Anchieta fazia parte da Companhia de Jesus, veio ao Brasil aos 19 anos para catequizar
a população das primeiras cidades brasileiras e, como instrumento de trabalho, escreveu
manuais, poemas e peças teatrais.
TEXTO 2
Todo o Brasil é um jardim em frescura e bosque e não se vê em todo ano árvore nem erva seca.
Os arvoredos se vão às nuvens de admirável altura e grossura e variedade de espécies. Muitos
dão bons frutos e o que lhes dá graça é que há neles muitos passarinhos de grande formosura e
variedades e em seu canto não dão vantagem aos rouxinóis, pintassilgos, colorinos e canários de
Portugal e fazem uma harmonia quando um homem vai por este caminho, que é para louvar o
Senhor, e os bosques são tão frescos que os lindos e artificiais de Portugal ficam muito abaixo.
ANCHIETA, José de. Cartas, informações, fragmentos históricos e sermões do Padre
Joseph de Anchieta. Rio de Janeiro: S.J., 1933, 430-31 p.
A leitura dos textos revela a preocupação de Anchieta com a exaltação da religiosidade. No texto
2, o autor exalta, ainda, a beleza natural do Brasil por meio
a) Do emprego de primeira pessoa para narrar a história de pássaros e bosques brasileiros,
comparando-os aos de Portugal.
b) Da adoção de procedimentos típicos do discurso argumentativo para defender a beleza dos
pássaros e bosques de Portugal.
c) Da descrição de elementos que valorizam o aspecto natural dos bosques brasileiros, a
diversidade e a beleza dos pássaros do Brasil.
d) Do uso de indicações cênicas do gênero dramático para colocar em evidência a frescura
dos bosques brasileiros e a beleza dos rouxinóis.
e) Do uso tanto de características da narração quanto do discurso argumentativo para
convencer o leitor da superioridade de Portugal em relação ao Brasil.
3. (ENEM)
TEXTO I
Andaram na praia, quando saímos, oito ou dez deles; e daí a pouco começaram a vir mais. E
parece-me que viriam, este dia, à praia, quatrocentos ou quatrocentos e cinquenta. Alguns deles
traziam arcos e flechas, que todos trocaram por carapuças ou por qualquer coisa que lhes davam.
[...] Andavam todos tão bem-dispostos, tão bem feitos e galantes com suas tinturas que muito
agradavam.
CASTRO, S. A carta de Pero Vaz de Caminha. Porto Alegre: L&PM, 1996 (fragmento).
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TEXTO II
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c) A carta, como testemunho histórico-político, mostra o olhar do colonizador sobre a gente da
terra, e a pintura destaca, em primeiro plano, a inquietação dos nativos.
d) As duas produções, embora usem linguagens diferentes – verbal e não verbal –, cumprem
a mesma função social e artística.
e) A pintura e a carta de Caminha são manifestações de grupos étnicos diferentes,
produzidas em um mesmo momento histórico, retratando a colonização.
4. (ENEM – Adaptada) A feição deles é serem pardos, maneira d’avermelhados, de bons rostos e
bons narizes, bem feitos. Andam nus, sem nenhuma cobertura, nem estimam nenhuma cousa
cobrir, nem mostrar suas vergonhas. E estão acerca disso com tanta inocência como têm em
mostrar o rosto.
(CAMINHA, P. V. A carta. Disponível em: www.dominiopublico.gov.br. Acesso em: 12 ago.)
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5. (Mackenzie) Quando morre algum dos seus põem-lhe sobre a sepultura pratos, cheios de
viandas, e uma rede (...) mui bem lavada. Isto, porque crêem, segundo dizem, que depois que
morrem tornam a comer e descansar sobre a sepultura. Deitam-nos em covas redondas, e, se
são principais, fazem-lhes uma choça de palma. Não têm conhecimento de glória nem inferno,
somente dizem que depois de morrer vão descansar a um bom lugar. (...) Qualquer cristão, que
entre em suas casas, dão-lhe a comer do que têm, e uma rede lavada em que durma. São castas
as mulheres a seus maridos.
(Padre Manuel da Nóbrega)
A corrida do ouro
Duzentos anos de buscas foram necessários para que os portugueses chegassem ao ouro
de sua América. Aos espanhóis não se apresentou o problema da procura e pesquisa dos metais
preciosos. Assim que desembarcaram no México, na Colômbia ou no Peru, seus olhos mercantis
foram ofuscados pelo ouro e prata que os homens da terra ostentavam nas suas armas, adornos
e utensílios. Junto às suas civilizações, o gentio havia desenvolvido a exploração e o trabalho dos
metais, para eles mais preciosos pelas suas serventias que pelo poder e valor que agregavam ao
homem da Europa cristã, de alma lapidada pela cultura ocidental. O primeiro trabalho que tiveram
os castelhanos foi o de imediatamente afirmarem a inferioridade daquele homem que se recusava
a total subserviência à majestade de Deus e d’el Rei, através de concepções bastante
convenientes a seus propósitos. O brilho do metal, como o canto da sereia, tornou-os surdos a
qualquer apelo contrário que não fosse o da ambição pelo ouro e pela prata, tornando-os
insensíveis a qualquer consideração humana no “trabalho” de submetimento do indígena, até o
seu extermínio ou à redução, dos que sobreviveram, à condição de servos ou escravos nas fainas
da mineração.
Os sucessos castelhanos atiçaram os colonos portugueses a iniciarem suas buscas, seja
pelo encanto daquelas descobertas, seja pelas fantasias que se criaram a partir delas: de
tesouros fabulosos perdidos nas entranhas generosas das Américas; de relatos imprecisos de
indígenas vindos do interior; de noções equivocadas da geografia do continente como a da
proximidade do Peru; ou mesmo de alguns possíveis indícios concretos, surgiram lendas como as
de Sabarabuçu e as de Paraupava, que avivavam os colonos na procura de pedras e metais
preciosos.
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Professor: Diogo Mendes
(MENDES Jr., A. RONCARI, L. e MARANHÃO, R. Brasil história: texto e consulta. São
Paulo. Brasiliense, 1979.)
O caráter informativo predomina no texto acima, que enfoca a exploração das riquezas minerais
do ‘Novo Mundo’ pelo invasor europeu nos séculos XVII e XVIII.
6. (UERJ – Adaptada) Baseado nas informações fornecidas pelo texto, explique a diferença de
importância atribuída ao ouro pelo homem americano e pelo europeu.
Erro de português
O poeta modernista Oswald de Andrade, em certa ocasião, disse: “Antes dos portugueses
descobrirem o Brasil, o Brasil tinha descoberto a felicidade”. Levando em consideração as reais
intenções dos estrangeiros que aportaram em nossa terra em um primeiro momento e o poema
acima, explique o comentário de Oswald.
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