Artigo Recuperação RAA
Artigo Recuperação RAA
Artigo Recuperação RAA
BLOCOS DE FUNDAÇÃO
1. INTRODUÇÃO
Com o crescimento de casos de reação álcali-agregado (RAA) em obras
residenciais nos últimos anos, é muito importante o aumento nas pesquisas
sobre o assunto, tornando cada vez mais significativo a prevenção em obras
novas para que se possa evitar este tipo de problema.
Todas as soluções usadas até o momento apresentam futuro incerto,
necessitando de um monitoramento constante para verificação de sua eficácia.
Um dos pontos que causa esta incerteza é o fato de ainda não ser possível
determinar todo o potencial e o período de expansão pela RAA.
A origem dos problemas patológicos está distribuída da seguinte
maneira: 40% projeto, 28% execução, 18% materiais, 10% uso e 4%
planejamento. Com base nesses dados, verifica-se a necessidade de um
estudo sobre essas causas que são conhecidas, a terapia que será escolhida
com maior precisão e como consequência far-se-á a escolha mais econômica o
possível (RIBEIRO & HELENE, 2013).
Na cidade do Recife, Pernambuco, existiu uma curiosa casa no formato
de navio construída em 1940, a casa pertencia ao empresário Aldemar da
Costa Carvalho.
Com arquitetura semelhante ao navio Queen Elizabeth a edificação era
composta por sala de reunião, quartos, suítes, salão de jogos, cinema,
restaurante e até uma cabine de comando com todos os equipamentos
originais de um navio.
O Edifício Residencial construído onde se situava a famosa Casa Navio
tornou-se um prédio de 22 andares constituído de dois apartamentos por
pavimento somando um total de 44 apartamentos. O Edifício Residencial teve
sua obra iniciada ainda no ano de 1981 e sua finalização em 1984, somando
hoje um total de 34 anos da sua conclusão.
No edifício residencial analisado foi verificada a ocorrência de RAA
através do ensaio de análise petrográfica e a partir deste foi observado que o
concreto exibia indícios de início da ocorrência de reação álcali-agregado do
tipo álcali-silicato.
1. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1. Manifestações Patológicas
Em 2005 constatou-se a ocorrência da anomalia em blocos de
fundações em edifícios urbanos na cidade de Recife – PE, em escala inédita
para o meio técnico de todo o mundo.
As principais características eram: baixa profundidade do lençol freático,
presença de fases reativas nos agregados (quartzo com extinção ondulante e
quartzo microgranular) e disponibilidade de álcalis.
Aproximadamente 20 casos de elementos de fundação com reação
álcali-agregado foram descobertos na região metropolitana de Recife com
idade entre três e 30 anos (ANDRADE et al., 2006)
3.1.6. Apicoamento
O apicoamento é um método de preparação das superfícies onde são
utilizados equipamentos dotados de placas com pontas de material duro e
resistente. Assim golpeiam a superfície do elemento estrutural a ser tratado
provocando pequenas fraturas tanto na argamassa superficial como no
agregado, deixando a superfície do substrato bastante áspera.
Este método está associado com atividades de remoção superficial de
concreto, revestimentos e cobrimentos. Não deve avançar além destas
pequenas espessuras, e em hipótese alguma se permite que o apicoamento
comprometa a integridade estrutural.
5. CONCLUSÕES
É fundamental que exista um plano de investigação sobre ocorrências
de RAA e que seja inserido no plano de manutenção das estruturas de edifícios
residenciais além das outras estruturas já existentes, uma vez que já existem
casos de ocorrências deste tipo de ataque em fundações de obras residenciais
na Região Metropolitana do Recife.
A reação álcali-agregado deve ser evitada ao máximo em obras novas,
pois não existe uma solução definitiva para este tipo de problema. As soluções
usadas até o momento não têm uma garantia permanente, necessitando de
monitoramento constante para verificação de sua integridade.
A recuperação dos blocos que foram atacados pela reação álcalis-
agregados, fissurados como resultado do ataque desta reação teve como
intervenção a recuperação, reforço estrutural, monolitização e
impermeabilização para que os blocos voltassem a ter as suas funções
físicomecânicas restauradas.
Espera-se que esses blocos continuem fazendo parte da fundação,
garantindo a segurança da edificação nas condições de blocos recuperados e
reforçados. Assim, faz-se necessário a prevenção da patologia realizando
monitoramento periódico, manutenção das estruturas, comprometimento das
propriedades do concreto e substituição dos elementos afetados.
6. REFERÊNCIAS
ANDRADE, T.; SILVA, J. J. R.; HASPARYK, N. P.; SILVA, C. M. Investigação
do potencial de reatividade para o desenvolvimento de RAA dos agregados
miúdos e graúdos comercializados na Região Metropolitana do Recife. In: II
SIMPÓSIO SOBRE REAÇÃO ÁLCALI-AGREGADO EM ESTRUTURAS DE
CONCRETO. 2006, Rio de Janeiro. Anais... São Paulo: IBRACON, 2006. 1
CD-ROM.