Cópia de Letras Dona Da Rua

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Vai (Lívia Barros e Sara Fernandes) – Coro no Refrão na repetição da

música

Vai vai vai vai vai Vc é a parte sem arte que quer
me acorrentar
O tempo já te alcançou não volta
mais Eu sou a gira
Vai vai vai vai vai Vc é a doutrina
O teu relógio parou ,não volta Eu sou a dona da rua e vc nem da
atrás esquina

So vendaval, vc é brisa Vai vai


Sou litoral Vai vai vai vai vai
Vc é pista de carro que corre sem O tempo já te alcançou não volta
parar mais
Eu sou o mar Vai vai vai vai vai
Vc é piscina O teu relógio parou ,não volta
atrás
Eu sou a dona da rua e vc nem da
esquina Sou marginal
Vai vai Vc de classe
Vai vai vai vai vai So coisa e tal
O tempo já te alcançou não volta Vc querendo correr no samba
mais mais que eu
Vai vai vai vai vai Eu sou mais eu
O teu relógio parou ,não volta Eu vou de guia
atrás
Eu sou a dona da rua e vc

Vc bandeira, sou estandarte


Sou capoeira
Janelas (Lívia Barros e Evandro Da janela e parapeito aberto
dos Reis) coro no refrão
Eu TB quero estar perto
Eu TB quero estar certo
De romper as barreiras
Das janelas e Parapeitos
Ver o povo sorrir
São milhares de desesperados
E a gente cantar
Pra nós o mundo é estreito
Olhando a roda de samba
para poucos, o sorriso largo aplaudir

Das janelas e parapeitos Da Janela e parapeito aperta


Vejo Cenas do mesmo episodio Eu também quero estar certa
Narrativas de circo e de trigo Eu só me quero liberta
Nas corridas sem prêmio, sem Para abrir as curtinas
podio
Ver o povo sorrir
E a gente cantar
Das janelas e parapeitos
Ouvindo a roda de samba
Também dançam, cantam,
aplaudir
poetam
É o milagre, é a sobrevivência
Como a cena mais forte
Que o meu peito suporte
Esse filme sem corte
Sem cortes
Teu Brasil ( coro na parte em
negrito)
O teu brasil não ouve a
explicação do mar
O teu brasil quer a preta na
cozinha
Quer matar minha rainha Todo meu corpo , sonho e ar
Quer sambar sem se entregar Todo meu corpo, sonho e ar
Todo meu corpo , sonho e ar
O teu brasil usa braço que é mais Todo meu corpo, sonho e ar
forte
E levanta à preta norte que não
cansa de remar
Brasil displicente, contente,
diferente, todo eloquente
O teu brasil a pancada ele
esquece Nessa tarefa de odiar

Mas jamais esquece a prece


E te obriga a rezar Brasil displicente, contente,
diferente, todo eloquente
Nessa tarefa de odiar
O teu brasil
Usa corpo de cimento
Taca fogo no terreiro
Teu brasil é capataz

O teu brasil ignora a poesia


Só conhece a tirania
E o direito de ocupar
Que venha em mim  Um samba pra me dar coragem
Lívia Barros (Raquel Tobias canta Um samba pra seguir viagem 
depois do solo tudo) Um samba para vadiar sem
direção
Que venha em mim   Um samba pra curar minha
Um samba pra te alcançar  aflição
Que venha em mim e vá 
Pro outro lado do mar Que venha em mim
Um samba pra me encantar do
Que venha em mim  meu tambor 
Um samba pra você rodar  Um samba pra me encher desse
Um samba que te acolha   calor
Que te aqueça pra cantar
Que venha em mim um samba
Que venha em mim que me guiar 
Um samba lindo inteiro  Um samba pra me enfeitar
Um samba menina arrepia  Um samba pra eu pisar no meu
O repique e o pandeiro  lugar

Que venha em mim 


Um samba pra zombaria  Que venha em mim 
Um axé pra baixaria  Um samba pra zombaria 
Um samba-revolução  Um axé pra baixaria 
Um samba-revolução 
Um samba desses quebrado 
Um samba valente gingado  Um samba desses quebrado 
Surdo latente  Um samba valente gingado 
Pra ensinar essa lição Surdo latente 
Pra ensinar uma lição 
Pra ela tocar o silêncio do mundo
Pra dizer tá na hora eu te escuto Pra ela tocar o silêncio do mundo
Eu quero um samba  Pra dizer tá na hora eu te escuto
Pra te encher de todas nós  Eu quero um samba
Pra te encher de todas nós 
Eu quero um samba 
Pra sangrar até o fim  Eu quero um samba 
Eu quero um samba  Pra sangrar até o fim 
Pra fazer da minha fé um Eu quero um samba 
tamborim  Pra fazer da minha fé um
tamborim 
Um samba pra te dar coragem 
Um samba pra seguir viagem 
Um samba para vadiar sem
direção
Um samba pra curar sua aflição

Que venha em mim


Um samba pra te encantar do
meu tambor 
Um samba pra te encher do meu
calor

Que venha em mim um samba


pra que te guiar
Um samba pra te enfeitar
Um samba pra você pisar no seu
lugar

Um samba pra te dar coragem 


Um samba pra seguir viagem 
Um samba para vadiar sem
direção
Um samba pra curar sua aflição

Que venha em mim


Um samba pra te encantar do
meu tambor 
Um samba pra te encher do meu
calor

Que venha em mim um samba


que te guiar
Um samba pra te enfeitar
Um samba pra você pisar no seu
lugar
FILHA DA LUTA ( coro no refrão
na segunda parte)

Lança para cravar


Em peito de traidor
Vou munida por Ogum
Protegida por Xangô

Verso pra atormentar


A mente do usurpador
Sou mãe tipo Iemanjá
Valente tipo Canô

Não sou mulher de arregar


A história não vai mentir
Nos vemos nas ruas
Sou filha da luta
Te cuida que os meus tão vindo

Venho para lembrar


Que traidor não tem vez
Eu já tive que lutar
Com ratos igual vocês

Tenho muito que sangrar


Na terra que me pariu
Pode vir com a farinha
Tô voltando com o fuzil

Não sou mulher de arregar


A história não vai mentir
Nos vemos nas ruas
Sou filha da luta
Te cuida que os meus tão vindo

Deriva  (coro na segunda parte,
repetição,partes grifadas)
Lívia Barros

Eles vêm
Passando por cima
Vêm tirando fina
Vêm pra arrancar 
Minha pele, pelo, couro e poesia

Eles vão
Me apertando inteira 
Só de brincadeira
Arreganhada à força
Numa festa cheia
Pra todo mundo ver
 
Assassinada morta
Arreganhada torta
Num corpo feito
para alguém romper

Quem é que te passa por cima


Que te tira fina
Que te arranca à fria 
Pele pelo couro,
pelo e poesia?

Quem é que arranca inteira


À moda brasileira
Arreganhada à força
Espatifada besta
Ensanguentada, morta?

Se o  corpo é feito para ser balão


Meu corpo que vem lá do chão
Pra ganhar  o ar
Explodir em mar 
À deriva
Deixa eu partir em paz (sem É mentira pq chove demais
coro) Em sp essa época

E se um dia a paixão acabar Mas um carro passar


O desejo esfriar  e te atropelar
Não se furte chorar com amigos Não pense em me culpar
Não deixe de andar por aí  Essa gente tá louca 
falando sozinho Eles correm demais 
Que vc me odeia Qem sp Paulo
 essa época
Não esqueça 
todo o mal que eu fiz  Se no verão não esquentar
E que eu sou egoísta, metida e E vc for a praia
ruim , até um dia nevar
Que tenho um nariz se metendo Não adianta chorar
na vida Pq esfria 
Do cidadão de bem hein hein tá gelada demais essa época

E vc vai sentir toda raiva do Mas se vc procurar 


mundo  sua razão de viver
Ao me ver por aí   esqueça
com alguém tão feliz Porque não tem razão 
Porque eu sou um castigo Que não esteja em vc
E o mundo  Muito além de vc 
girando no umbigo dessa infeliz Em São Paulo ou no rio
No Brasil , no Brasil
Ai vai querer esquecer e não vai Tá tão triste essa época
adiantar 
Vai querer se matar
Mas passa, ou não ou talvez
Tudo volta pro eixo  
dia de vez
Essa história de bruxa num existe 
E feitiço se quebra sem
explicação  
Chora sim, não desiste

Ihh se um raio cair na sua casa e


vc
Decidir me culpar 
PEQUENA  Vai sobrar nossa grande
ternura Nossa fina
Pequena  mistura 
Lívia Barros e Juliana Cardoso Nosso amor a cantar 
(convidada canta toda segunda
parte Vai brilhar sua presença, ó
pequena Sua beleza imensa 
Refrão juntas)
Pra em meu peito eu cultivar 
Pode tá tudo esquisito 
Mas no mundo há abrigo 
Pode tá tudo esquisito 
Porque eu tenho você 
Mas no mundo há abrigo 
Pode estar tudo bem triste  Porque eu tenho vocês 
Mas a vida resiste 
Ainda que eu fique
Ao lembrar de você 
bem triste Minha vida
resiste 
Pode haver quarentena 
Ao lembrar de vocês 
Mas o sol em protesto 
Vai nascer pra te ver  Mesmo presa em
quarentena Nossa
Pode fechar a cidade  luta e protesto 
Mas a nossa amizade  Me faz viva outra vez 
Vai querer se encontrar 
Esse luto que me invade 
Num acorde bonito  Fica para mais tarde 
Num poema escrito  Se eu com vocês encontrar 
Nas notas do piano 
Num acorde bonito 
Vai me encontrar Num poema escrito 
nesse canto Na Pra secar o meu pranto 
saudade serena 
Que o tempo entregar  Numa canção-acalanto 
Na nossa história singela 
De tocar e amar 

Se eu lembrar nossa grande


fortuna Nossa fina mistura 
Nosso amor a cantar 
Justiça  Da marca no  meu corpo de
Lívia Barros  (coro refrão grifado) mulher
Da briga  entre a faca e a colher
Esse cigarro eu não vou fumar Do medo que não cansa de
hoje insistir
Esse cigarro não vai adiantar Na vida, meu trabalho é resistir
Vai precisar chorar toda cidade 
E mesmo assim a dor não vai Justiça, no machado de xangô
passar Justiça , revelar o opressor
Justiça cortar o mal pela raiz
Tapa na cara não morre Justiça pra limpar esse país 
mulher agredida não dorme
Essa ferida em meu peito Justiça, no machado de xangô
Você não tem o direito Justiça , revelar o opressor
 de silenciar Justiça cortar o mal pela raiz 
Justiça pra limpar esse país 
Justiça, no machado de xangô
Justiça , revelar o opressor Justiça, no machado  de xangô
Justiça pra cortar pela raiz Justiça , revelar o opressor
Justiça pra limpar esse país  Justiça pra matar pela raiz
Justiça, meu trabalho é resistir
Esse cigarro eu não vou fumar
hoje
Esse cigarro não vai adiantar
Vai precisar chorar toda cidade 
E mesmo assim a dor não vai
passar

Tapa na cara não morre


mulher agredida não dorme
Essa ferida em meu peito
Vc não tem o direito
 de silenciar

Justiça, no machado de xangô


Justiça , revelar o opressor
Justiça pra matar pela raiz
Justiça pra limpar esse país 
Primeira Estrela ( coro no refrão
grifado já no começo)

Pele, sangue, esboço


Somos feitas de carne e
alvoroço
Do olhar que encara de
frente
Do olhar que baila dolente
De mão que ampara
Se alguém cala a gente

*Voz que se esgueira


Entre arrebóis
E a primeira estrela:
É voz-bandeira*

Quantos passos
Outras trilharam 
Pra bordar nossos
caminhos?
Quantas cercas
Arrebentaram
Quanta água no moinho!
A gente vai
Batalhando chão
Onde o mato é mais
daninho
Quem leva o corpo na
canção
Jamais ficou sozinho
MODO POESIA O suor de um povo que por
(Laís Oliveira, Maíra da renda clama 
Rosa, Amanda Lima e A dor da mulher cuja avó foi
Daniel Perez) mucama 
Convidada canta toda O casal cujo filho de fome
segunda parte, musica reclama 
inteira) Tudo isso é raiz e origem do
samba 
A voz da senhora na beira
da cama  A pele escura que ainda
A coragem do pobre arde em chama 
atolado na lama  De mil Marielles o sangue
A tristeza de quem viu partir derrama 
quem se ama  Mas não esmorece e seu
Tudo isso é raiz e origem do povo conclama 
samba  Tudo isso é raiz e origem do
samba 
A luta pra manter acesa
essa chama  O samba é o grito de quem
A alegria de ver a ascensão sofre em modo poesia 
de um Obama  Tomou o Brasil a partir da
Compor os seus versos sem Bahia 
pensar em fama  Em África tem seu valor
Tudo isso é raiz e origem do ancestral 
samba 
O samba é remédio que
O samba é o grito de quem cura, é tom que enegrece
sofre em modo poesia  Refúgio daquele que o
Tomou o Brasil a partir da mundo esquece
Bahia  Sopro de esperança no caos
Em África tem seu valor social
ancestral 

O samba é remédio que


cura, é tom que enegrece 
Refúgio daquele que o
mundo esquece 
Sopro de esperança no caos
social 

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