Apostila FURNAS
Apostila FURNAS
Apostila FURNAS
LABORATÓRIO DE CONCRETO
1. INTRODUÇÃO
2. OBJETIVO
4. MATERIAIS CIMENTÍCIOS
5. TIPOS DE CONCRETO
8. ESTUDO DE DOSAGENS
9. CÁLCULO TÉRMICO
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1. INTRODUÇÃO
Todo grande empreendimento antes de ser iniciado deve ser bem planejado e estudado por
motivos técnicos e econômicos. Os estudos de laboratório propiciam economia de materiais e uma
maior durabilidade para o produto acabado “concreto”.
2. OBJETIVO
Nesta apostila estão sintetizados os principais ensaios realizados para o concreto e seus materiais
componentes com o objetivo de treinar, no curto espaço de tempo disponível para o estágio,
estudantes de engenharia na área de tecnologia de concreto. No livro escrito pelos funcionários de
FURNAS Centrais Elétricas S.A., que se encontra listado na bibliografia, pode-se ter mais
informações sobre os assuntos aqui apresentados.
3.1 DEFINIÇÕES
AGREGADO GRAÚDO: é o pedregulho natural, seixo rolado ou pedra britada, com um máximo
de 15% passando na peneira de 4,8 mm.
AGREGADO MIÚDO: é a areia natural ou resultante do britamento de rochas, com tamanho tal
que no máximo 15% ficam retidos na peneira de 4,8 mm.
CONDIÇÃO S.S.S.: o agregado é considerado saturado com superfície seca (s.s.s.) quando,
durante o amassamento, não absorver nenhuma parte da água adicionada e nem contribuir com
qualquer de sua água contida, na mistura. Qualquer agregado na condição de s.s.s. possui água
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adsorvida (água mantida aderente à superfície por ação físico-química), desde que esta água não
possa ser removida facilmente do agregado.
A absorção é a relação entre a massa de água necessária para preencher os poros permeáveis do
agregado e a massa seca do material, sendo utilizada como parâmetro para o controle da água do
concreto. O procedimento de ensaio é realizado conforme a NBR NM30 / 01 e consiste na
saturação do agregado com água, drenagem da água livre e posterior compactação no molde
tronco-cônico, até que o formato do tronco de cone moldado fique em uma situação intermediária
entre intacta e desmoronada, ou seja, quando a condição saturada com superfície seca (s.s.s.) é
considerada ótima. A amostra é pesada na condição s.s.s. (P1), seca em estufa e pesada novamente
(P2).
O resultado do ensaio é dado pela expressão:
P1 − P 2
A= x 100
P2
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A partir do somatório dos percentuais retidos acumulados nas peneiras da série normal, obtém-se
o módulo de finura dos agregados (MF). Este número admensional é utilizado no controle de
produção de agregados e na correção de dosagens de concreto quando ocorrem variações desses
agregados.
MF =
∑ % Re tidos Acumulados
100
Vh γ o (100 + h )
= ×
Vo γ h 100
onde: Vh /Vo = Coeficiente de Inchamento, é o acréscimo real de volume para uma umidade h.
γo = massa unitária do agregado seco
γh = massa unitária do agregado com umidade h
h = umidade real do agregado
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A massa específica é a massa de uma unidade de volume do agregado seco, excluindo deste os
poros permeáveis, sendo uma propriedade muito utilizada nos cálculos de dosagem.
Este ensaio é realizado conforme a NBR 9776 / 87. O frasco de Cloyd Chapman consiste num
vaso de gargalo comprido com altura graduada e um estrangulamento a meia altura. Neste ensaio
enche-se o frasco com água até a altura do estrangulamento e depois coloca-se a amostra de
agregado seco. Durante a colocação do agregado agita-se o frasco para eliminar as bolhas de ar
aderentes aos grãos e, então, faz-se a leitura final (L) no gargalo graduado. A massa específica é
calculada pela expressão:
500
ME =
L − 200
onde: 500 = peso seco da amostra (g)
200 = volume de água (cm3)
Este ensaio é realizado conforme a ASTM C-128 / 93. No procedimento utiliza-se uma massa
inicial (500g) de amostra de agregado s.s.s., que é colocada no picnômetro e adiciona-se água. A
mistura é fervida e, depois de fria, o volume do picnômetro é completado com água destilada e
pesado (C). O material é então retirado do picnômetro, seco em estufa até a massa constante e
então pesado (A). A massa específica pode ser calculada por uma das expressões abaixo:
A
Ms =
[(B + 500) − C ]
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500
ME =
[(B + 500) − C ]
Impurezas orgânicas são partículas de húmus, de natureza ácida, que exercem uma ação
prejudicial sobre a pega e o endurecimento das argamassas e concretos, resultando em queda de
resistência para ambos. Este ensaio é realizado conforme a NBR NM 49/2001, que prescreve o
método para a determinação colorimétrica de impurezas orgânicas, húmicas, em agregado miúdo.
Neste ensaio a amostra de agregado é colocada em um recipiente contendo uma solução de
hidróxido de sódio e mantida em repouso durante 24 h. Prepara-se também uma solução padrão de
hidróxido de sódio e ácido tânico que é deixada em repouso por igual período. Decorridas as 24 h,
a solução que esteve em contato com a areia é filtrada e sua cor é comparada com a da solução
padrão. Se a solução que esteve em contato com a amostra apresentar coloração mais intensa do
que a da solução padrão, diz-se que o agregado é suspeito e deve ser submetido a um ensaio de
qualidade para avaliar o efeito da matéria orgânica sobre a resistência da argamassa.
A massa unitária de um agregado em estado solto pode ser definida como a massa do agregado,
sem qualquer adensamento, por unidade de volume. Este ensaio é realizado conforme a NBR
7251 / 82 e prescreve o método para a determinação da massa unitária do agregado em estado
solto, para ser aplicada no cálculo de índice de vazios, de dosagem volumétrica do agregado ou
estimativas de peso ou volume de material nesta condição. Neste ensaio, a amostra de agregado
seco é lançada dentro de um recipiente com capacidade volumétrica conhecida até que seja
completada sua capacidade. O recipiente é pesado com e sem a amostra e a massa unitária é
obtida pela expressão abaixo:
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Mt − T
Mu =
V
Materiais pulverulentos são partículas com granulometria menor que 0,075mm, ou seja, são
partículas que passam na peneira no 200. Este ensaio é realizado conforme a NBR 7219 / 87 e
consiste em determinar o teor de material pulverulento em agregados graúdos ou miúdos, uma vez
que o excesso de finos leva a um aumento da água de amassamento e, consequentemente, maior
retração por secagem. Para tanto, a amostra de agregado é colocada em um recipiente e coberta
com água, que é agitada de forma a provocar a separação e suspensão das partículas finas. Em
seguida despeja-se a água cuidadosamente através da peneira e o material retido é colocado de
volta ao recipiente. A operação de lavagem é repetida até que a água se torne límpida. A massa
dos materiais pulverulentos removidos pela lavagem é obtida pela diferença entre a massa inicial
(Pi)da amostra seca e a massa do agregado seco (Pf), retido na peneira, e é expresso em
percentagem da massa seca inicial da amostra ensaiada.
Pi − Pf
% Mp = × 100
Pi
Este ensaio é realizado conforme a NBR 7218 / 87, que prescreve o método para a determinação
de partículas de torrões ou outros materiais similares que possam ser desfeitos com a pressão dos
dedos. Neste ensaio, a amostra de agregado é peneirada e as frações retidas são separadas e
pesadas. Em cada fração são identificadas as partículas com aparência de torrões de argila ou
materiais friáveis, as quais são pressionadas entre os dedos até que se desfaçam. As frações são
então peneiradas e o material retido é novamente pesado. O teor de argila em torrões e materiais
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friáveis de cada fração é determinado pela relação entre a perda de peso da fração após o
peneiramento e o peso inicial da fração. E o teor de argila em torrões e materiais friáveis da
amostra é determinado pelo somatório dos teores parciais de cada fração com relação a
percentagem retida individual de cada fração.
a) Método Químico
As normas ASTM C-227 e NBR 9773/83 estabelecem as diretrizes para investigar a reação álcali-
agregado, através da variação de comprimento de barras de argamassa preparada com cimento de
elevado teor de equivalente alcalino. As barras de argamassa são desmoldadas após 24 horas em
câmara úmida e, após a verificação do comprimento inicial, são estocadas em recipiente
hermeticamente fechado, com atmosfera saturada de vapor d'água, a 38 ºC. Periodicamente as
barras de argamassa são medidas, para avaliar a variação de comprimento, sendo os resultados
expressos em termos de porcentagem de expansão. O método estabelece que expansões superiores
a 0,05% aos 3 meses e 0,10% aos 6 meses caracterizam o agregado como reativo.
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O método acelerado NBRI é uma variante do método das barras, que torna possível, em um prazo
mais curto de tempo, a análise do comportamento dos agregados face a reatividade potencial, e o
estudo de alternativas para combater uma eventual expansibilidade. As barras de argamassa são
preparadas como descrito em 3.2.11 (b) e, após o desmolde, são inicialmente colocadas em água a
80 ºC, durante 24 horas. Após este período as barras são mensuradas (leitura de referência) e
estocadas em solução de hidróxido de sódio a 80 ºC, durante 28 dias. Leituras da variação de
comprimento são efetuadas diariamente, sendo os resultados expressos em porcentagem de
expansão. A norma ASTM C-1260/94 estabelece que expansão abaixo de 0,10% aos 16 dias de
imersão em solução indica na maioria das vezes que a reação é inócua, enquanto expansão acima
de 0,20% na mesma idade evidencia um comportamento deletério.
Este procedimento prescreve o método pelo qual é determinada a fixação de cal pelo agregado
pulverizado. Neste ensaio o agregado é mergulhado em uma solução de hidróxido de cálcio onde
permanece por um período de 28 dias, quando é filtrada. O filtrado é então neutralizado com uma
solução de hidróxido de potássio e em seguida titulada com EDTA (reagente
etilenodiaminotetracético) até a virada para a cor azul. O mesmo procedimento é realizado para
uma solução de hidróxido de cálcio de referência (Prova em branco) e o teor de CaO, em mg,
presente em cada solução é determinado pela expressão:
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P1 − P 2
A= x 100
P2
Este ensaio é realizado conforme a NBR 9937 / 87. Neste procedimento a massa específica pode
determinada para o agregado na condição seca ou s.s.s. Inicialmente a amostra de agregado é
pesada na condição s.s.s (B). Em seguida é determinado o peso da amostra imersa em água (C),
em uma balança com recipiente devidamente tarado. Finalmente a amostra é levada à estufa para
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secar até massa constante e pesada novamente (A). A massa específica é então calculada através
das seguintes expressões:
A
s= x 10
B−C
B
sss =
B−C
A abrasão Los Ângeles é o desgaste sofrido pelo agregado quando colocado na máquina Los
Ângeles com uma carga abrasiva e submetido a um determinado número de revoluções. Este
ensaio é realizado conforme a NBR NM 51/2001e consiste em determinar a perda de massa da
amostra após a abrasão, em relação a sua massa inicial. A determinação da Abrasão Los Angeles
é indicada na caracterização de agregados para o uso em concretos sujeitos à ação abrasiva, como
pavimentos.
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Este ensaio é realizado conforme a NBR 12695 / 92 e tem a finalidade verificar o comportamento
de fragmentos de rocha quando submetidos às condições climáticas da região onde são utilizados.
Durante o ensaio a amostra é exposta sobre uma plataforma em local que fique em contato
permanente com as variações do tempo e são registradas todas as condições ambientais
necessárias para a caracterização do clima. A amostra é então fotografada e pesada
periodicamente a fim de observar seu desgaste em função do tempo de exposição.
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Este procedimento é realizado conforme a NBR 12696 / 92 e prescreve o método para verificação
do comportamento dos agregados, quando submetidos a ciclos alternados de imersão em água e
secagem em estufa, e tem como finalidade verificar a presença de materiais expansivos,
especialmente do grupo das montmorilonitas ou ilitas, responsáveis por variações volumétricas
que podem levar o agregado e o concreto à desintegração. Durante o ensaio a amostra é pesada e
fotografada após cada ciclo para efeito das análises quantitativa e qualitativa.
4. MATERIAIS CIMENTÍCIOS
4.1. O Clínquer
4.2. O Cimento:
No seu conceito mais geral, cimento é o aglomerante hidráulico capaz de fazer pega tanto no ar
como na água. No seu sentido mais restrito é o aglomerante hidráulico que não tem necessidade
de ser extinto antes de ser empregado como argamassa .
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De posse das especificações acima citadas, identifica-se a sigla de cada tipo de cimento, levando
em consideração a classe de resistência (25 MPa, 32MPa ou 40MPa).
Ex.: Cimento de alto-forno a sigla é CP III- 32 .
O sumário das propriedades e os limites preconizados nas especificações dos principais tipos de
cimento, estão apresentados na Tabela 2.1.
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A proporção entre os materiais deve ser tal que a mistura bruta tenha um teor de CaCO3 entre 76 e
78% do peso total. É com a finalidade de se chegar a esse valor que se adicionam os materiais de
correção ou para regular o tempo de pega, como é o caso do gesso adicionado.
O cimento, ao entrar em contato com a água, desenvolve uma série de reações químicas formando
produtos hidratados, os quais são de fraca solubilidade na água.
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O cimento misturado com a água começa a perder a plasticidade e adquirir resistência, após um
certo tempo. A pega é o período de fenômenos químicos, em que ocorrem desprendimento de
calor e reações; enquanto o endurecimento é o período de fenômenos físicos de secagem e
entrelaçamentos dos cristais.
O tempo que decorre desde a adição de água até o início das reações com os compostos de
cimento é chamado tempo de início de pega. Denomina-se como fim de pega a situação em que a
pasta não sofre mais nenhuma deformação em função de pequenas cargas e se torna um bloco
rígido. É preciso pois, que se conheçam esses dois instantes: o início e o fim de pega. Sabe-se que
influem sobre o tempo de pega: o teor de água, a composição química, a finura, a temperatura e o
grau de umidade do pó.
O teor de água usado para formar a pasta tem grande influência sobre o tempo de pega, quanto
mais elevada a porcentagem de água de uma argamassa de cimento mais demorada será a pega..
Variando a composição química do cimento, também variará o tempo de pega. Por exemplo, a
adição de gesso retarda o tempo de pega. e a presença cloretos de cálcio ou silicato de sódio, soda
ou potássio, acelera a pega.
A pega será mais rápida para cimentos de finura maior, para temperaturas mais elevadas e para
menor umidade do ar. Com relação à temperatura, quanto mais próxima de 0 °C mais lenta será a
pega; e, abaixo de –1°C, as reações não se realizam. Não há pega.
Um fenômeno que ás vezes ocorre é a falsa pega; o cimento adquire dureza, mas não tem
resistência suficiente. A falsa pega é atribuída ao excesso de gesso ou adição de gesso semi-
hidratado.
A norma NBR 11581/91, descreve o processo normal para determinar o início e o fim da pega. Os
ensaios são feitos com o aparelho de Vicat que consiste em um suporte fixo, no qual podem ser
montados ou a agulha de Vicat ou a sonda de Tetmayer. Na maioria das vezes, entretanto, a haste
termina de um lado com a agulha e de outro com a sonda, já tendo o conjunto o peso estabelecido.
Para usar uma ou outra, basta mudar a posição da haste.
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Na base fica um recipiente para a argamassa. Tanto a agulha como a sonda são cilindros
encimados por dispositivos que podem dar ao conjunto um peso total de 300 gramas, e ambas têm
graduação milimétricas. A sonda tem 10 mm de diâmetro e a agulha tem 1 mm2 de secção. Ambas
terminam em secção plana. Inicia-se o ensaio por fazer uma pasta chamada “pasta de consistência
normal”. Esta pasta, formada por cimento e água, é aquela que a sonda de Tetmayer penetra
apenas e exatamente 6 mm do fundo. Isso deve ser determinado por ensaios sucessivos, não se
permitindo o uso da mesma pasta mais de uma tentativa.
Uma vez encontrada a quantidade de água para a pasta de consistência normal, inicia-se o ensaio
de pega. Substitui a sonda de Tetmayer pela agulha de Vicat e faz-se nova pasta. Deixa-se descer
sucessivas vezes a agulha. Considera início de pega o momento em que a agulha estaciona a 1mm
do fundo, e fim de pega quando a agulha não deixa mais vestígios apreciáveis na superfície da
pasta. A contagem dos tempos tem início no instante em que se adiciona a água de amassamento.
A agulha de Vicat mede a resistência à penetração.
O endurecimento é a fase final de solidificação da pasta. Se for muito rápido dará cristais menores
e, portanto, de menor resistência. Mas se for muito lento impedirá o pleno uso da resistência do
cimento. É preciso saber a resistência adquirida nas diversas idades, uma vez que foi demonstrado
que o endurecimento continua, por assim dizer, indefinidamente. O endurecimento é muito rápido
no início, e vai se tornando cada vez mais lento. A partir dos 28 dias a variação se torna
desprezível, embora continue.
4.2.5. Expansibilidade
Observa-se que uma pasta de cimento apresenta variações de volume mesmo após iniciada a
pega. Como conseqüência dessa expansão aparecem tensões internas que produzem fissurações e,
em certos casos extremos, desagregação. Isso é causado pela expansão de alguns constituintes,
principalmente o C3A ( aluminato tricálcico), pela hidratação dos restos de cal livre, e pelo MgO.
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duas agulhas metálicas na secção oposta. A verificação é feita suspendendo-a por uma das hastes,
bem junto ao anel, e pendurando-se peso de 300 gramas na outra haste, também na mesma
posição. Ao serem verificadas, devem apresentar abertura entre as hastes de 15 a 20 mm.. Enche-
se o cilindro com a pasta de consistência, imergindo-o em água potável, fria ou em ebulição, a
intervalos determinados.
No ensaio a frio, o corpo de prova é imerso em água a 23 + 2°C. Duas chapas de vidro garantem
o alisamento das superfícies. Doze horas após a imersão, retira-se os vidros e põe-se a agulha na
vertical, deixando-se novamente em imersão por 7 dias. O afastamento das agulhas é medido logo
após a moldagem e ao fim do ensaio.
No ensaio a quente, que é iniciado como o anterior, após as doze horas de imersão, retira-se o
vidro e coloca-se o corpo de prova em água, que é fervido por 3 horas.
Imediatamente após o início da pega o cimento começa a adquirir resistência mecânica, mas essa
resistência só é apreciável após o fim da pega. A resistência do cimento aumenta gradativamente,
rapidamente no início, e tanto mais lentamente quanto mais afastado da hidratação.
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Um dos fatores da qualidade do cimento é a finura . De uma maneira geral, quanto mais fino o
cimento, mais aumenta o seu poder aglomerante. Nas literaturas, entretanto, existem opiniões
diferentes quanto ao limite dessa lei.
Segundo alguns pesquisadores, a finura sempre aumenta a qualidade e justificam com dois
argumentos: dizem que um pó bem fino envolvem melhor os grãos do agregado, e que a reação
com a água tende a aumentar com a finura. Já outros estudiosos dizem, e com muita razão, que
para cada tipo de cimento há um grau de finura ideal que, ultrapassado, diminui as qualidades do
cimento. E é um fato bem conhecido que um cimento muito moído apresenta floculação ou
coagulação dos grãos, que se aglomeram em vez de se separar, reduzindo-se então a superfície
hidratável.
O aparelho de Blaine, normalizado pela ABNT NBR NM 76/98, consiste em deixar o ar passar,
por sucção, através dos poros de uma quantidade estabelecida de cimento a estudar, e através da
mesma quantidade de cimento de características já conhecidas. A diferença na velocidade de
passagem serve para se obter a superfície específica.
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permitem estabelecer a superfície específica da amostra. A norma que estabelece as diretrizes para
a realização deste ensaio é NBR NM 76/98
Este ensaio é realizado de acordo com a norma NBR 11579/91, podendo ser manual ou em
peneirador aerodinâmico. Pesa-se 20 g de cimento e coloca-se o cimento na peneira. O percentual
de resíduo é calculado em função das massas antes e após o peneiramento, .
5. TIPOS DE CONCRETO
5.1. Concreto Massa - qualquer volume de concreto moldado "in situ" com dimensões de
magnitude suficientes para exigir que sejam tomadas medidas para controle de geração de calor e
variação de volume, a fim de minimizar fissurações.
5.2. Concreto Estrutural - concreto utilizado com função estrutural, ou seja, suportar algum tipo
de carregamento. Este concreto geralmente contém ferragem no seu interior (armadura).
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5.4. Concreto Projetado - concreto utilizado para conter encostas ou rochas fraturadas,
utilizando para isso equipamento específico que projeta a mistura contendo cimento, agregados,
água, e aditivo acelerador de pega. Existem dois tipos de aplicação do concreto projetado: via seca
e via úmida.
5.5. Concreto Compactado com Rolo “CCR” - concreto de consistência seca, não mensurável
pelo ensaio de abatimento do tronco de cone, consolidado por vibração externa com o uso de um
rolo vibratório. O CCR deverá ser seco o suficiente para suportar o peso do equipamento de
vibração e permitir fácil adensamento à ação do rolo, apresentando no final, após endurecido, as
características comumente obtidas no concreto massa convencional.
5.6. Concreto de Alto Desempenho “CAD” - concreto que possui alto desempenho perante aos
objetivos a que se destina. Geralmente possui alta resistência, grande durabilidade, a/c reduzido
devido ao uso de superplastificantes, uso de sílica ativa (pozolana de alta atividade com produtos
de hidratação do cimento - diam. ~ 0,2 micra).
Pode-se definir a massa específica (γcf) como a densidade do concreto fresco considerando-se o
volume de ar aprisionado ou incorporado. O ensaio é feito colocando-se uma amostra de concreto
fresco em um recipiente cilíndrico com volume conhecido e adensado-o de acordo com a norma
NBR 9833/87. O cálculo da massa específica é feito dividindo-se a massa de concreto contida no
recipiente pelo seu volume.
O teor de ar do concreto fresco é definido como o volume de ar aprisionado ou incorporado ao
concreto, expresso em percentagem do volume total do concreto. Pode ser determinado através do
método gravimétrico ou pressiométrico.
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O método gravimétrico é realizado segundo a norma NBR 9833/87 e os cálculos são realizados
como descrito a seguir:
γ cf
Teor de ar (%) = 1 −
γ ca
onde:
γca = Massa específica do concreto fresco, expressa em kg/dm³, com aproximação de 0,001
kg/dm³, sem considerar o volume de ar aprisionado ou incorporado, calculada pela
expressão:
Mc + Mm + Mg + Ma
γ ca =
Mc Mm Mg
+ + + Ma
γc γm γg
onde:
Mc = Massa de cimento.
Mm = Massa do agregado miúdo seco.
Mg = Massa do agregado graúdo seco.
Ma = Massa de água.
γc = Massa específica do cimento.
γm = Massa específica do agregado miúdo.
γg = Massa específica do agregado graúdo.
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CCR - Concreto Compactado com Rolo - é um concreto de consistência seca, não mensurável
pelo ensaio de abatimento do tronco de cone, consolidado por vibração externa, utilizando rolo
vibratório para sua consolidação efetiva. O CCR deverá ser seco o suficiente para suportar o
peso do equipamento de vibração e permitir fácil adensamento à ação do rolo, apresentando no
final, após endurecido, as características comumente obtidas no concreto massa convencional.
Determinação da Consistência
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Este procedimento, embora citado em algumas literaturas, apresenta variações quanto ao volume
de concreto a ser ensaiado e quanto a massa do contrapeso, não se tendo, portanto, um índice de
referência padronizado. O Laboratório de Concreto de Furnas pratica as duas determinações com
a tendência a abandonar o contrapeso.
A seguir, são descritos os procedimentos adotados para o ajuste da água unitária, através dos
ensaios para a determinação da consistência.
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A massa unitária é determinada logo após os ensaios de trabalhabilidade, fazendo-se a razão entre
a massa do concreto fresco e seu volume. O ensaio é realizado utilizando-se o recipiente do
consistômetro Vebe. Preenche-se o recipiente com o concreto fresco, rasa-se a superfície e
mantém-se a mesa vibratória ligada por 120 segundos. Não se utiliza nesta determinação nenhum
contrapeso. Para o cálculo da massa unitária adota-se:
σp = Wc/Vc
onde:
Wc = Wp - Wo
onde:
Wp = peso do recipiente + concreto adensado, em kg.
Wo = peso do recipiente (tara), em kg.
Vc = Vo - Vw
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onde:
Vo = volume do recipiente, em m³.
Vw = volume de água, em m³.
Vw = Ww - Wp
onde:
6.2.2. DMA – Determinação do teor de água unitária e massa unitária do CCR no estado
fresco
As curvas de calibração (Massa Unitária x Água Unitária; Massa Unitária x Massa específica
teórica e Massa Unitária x Umidade Teórica) serão definidas a partir de ensaios nos quais as
dosagens terão o mesmo consumo de cimento, o mesmo teor de areia e consumos de água unitária
variáveis.
Cada concreto a ser analisado deverá possuir uma curva de calibração, com pelo menos quatro
pontos determinados em laboratório (ou seja, quatro variações da água unitária).
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Para a calibração deverá ser mantido o consumo de cimento e a percentagem de areia. Os pesos
dos agregados deverão ser recalculados considerando-se a variação dos teores de pasta e
argamassa.
7.1.Propriedades Mecânicas
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Cada elemento é composto basicamente de uma peça cilíndrica, com uma tampa rosqueada, que é
acoplada ao sistema de transmissão de carga de tração. A peça cilíndrica tem em seu interior um
trecho cônico, onde fica alojada uma mola cilíndrica não contínua, ou seja, que se abre ou se fecha
de acordo com a acomodação do corpo-de-prova. A mola cilíndrica consiste de um anel de aço
temperado, de seção transversal triangular, isto é, na parte interna é cilíndrica e na parte externa é
cônica.
Esta disposição provoca uma pressão de confinamento do corpo-de-prova, tanto maior quanto for
a carga de tração e desta forma pode-se tracionar o corpo de prova até sua ruptura.
Os ensaios de resistência à tração por compressão diametral são realizados conforme o método
NBR 7222/94 da ABNT, utilizando corpos-de-prova cilíndricos. No ensaio de resistência à tração
por compressão diametral é aplicada uma tensão de compressão na geratriz do cilindro, o qual é
colocado apoiado em duas taliscas de madeira (contato com os pratos da prensa).
2.F
σ td =
π .d .h
onde:
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Os ensaios de resistência à tração na flexão são realizados conforme o método NBR 12142/91 da
ABNT, utilizando corpos-de-prova prismáticos de concreto na forma de vigas.
Caso a ruptura ocorra no terço médio da distância entre os cutelos de suporte, calcula-se a
resistência à tração na flexão pela expressão:
P.L
σr =
b.d 2
onde:
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Caso a ruptura ocorra fora do terço médio da distância entre os cutelos de suporte, mas a não mais
que 5% desta mesma distância, calcula-se a resistência à tração na flexão pela expressão:
3.P.a
σr =
b.d 2
onde:
a = distância média entre a linha de ruptura na face tracionada e a linha correspondente ao apoio
mais próximo, obtida com aproximação de 1 mm, mediante a tomada de pelo menos 3
medidas.
Quando se aplica uma carga de compressão num determinado corpo de prova de concreto,
produz-se uma deformação proporcional à tensão aplicada, dentro do limite elástico, conforme a
Lei de Hooke ( σ = E . ε ).
30
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7.2.3 Fluência
Define-se por fluência ou deformação lenta, a deformação que o concreto sofre devido a um
carregamento externo, que é mantido ao longo do tempo. Esta deformação é mais rápida no início;
diminuindo depois com o tempo, tendendo assintoticamente a um valor limite (figura 7.2.2).
31
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O ensaio é realizado em um aparelho capaz de manter constante a carga atuante no corpo de prova
cilíndrico. Após o carregamento do corpo de prova são medidas as deformações. O ensaio é
realizado segundo a NBR 8224/83.
O ensaio é realizado em corpos de provas prismáticos na forma de vigas. Estas vigas são
submetidas a um carregamento em seu terço médio e são medidas as deformações longitudinais
nas faces superior e inferior. O carregamento pode ser feito com carregamento rápido ou lento. O
ensaio é realizado segundo a NBR 12816/93.
A figura 7.2.4 exemplifica as curvas de deformação nas faces tendidas e comprimidas em função
da carga aplicada.
32
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33
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2ºC, e por fim, novamente, para a de 23ºC ± 2ºC. Em todas, os corpos-de-prova devem
permanecer até estabilizar temperatura (em torno de 72 horas), e durante cada período de
armazenagem, faz-se leituras de temperatura e deformação, no total de 03 leituras diárias. A partir
dessas leituras, determina-se o coeficiente de dilatação. Normalmente, o ensaio é realizado nas
idades de 7, 28 e 90 dias.
O ensaio se baseia em moldar um volume de concreto não inferior a 180 litros, com furos para
imersão dos termômetros de resistência elétrica, e depois colocado em um ambiente especial,
onde não há troca de calor entre o corpo-de-prova de concreto e o meio ambiente. Esse ambiente é
o calorímetro adiabático que está programado para ter a mesma temperatura inicial do concreto
fresco e à medida que se processam as reações de hidratação do cimento, o corpo-de-prova
começa a se aquecer, sendo que durante todo o ensaio o calorímetro se aquece na mesma
quantidade e velocidade do corpo-de-prova, de forma que não haja troca de calor entre eles.
Durante todo o ensaio são realizadas leituras diárias e é conduzido até que haja estabilização da
temperatura por um período mínimo de 14 dias e no máximo de 28 dias. A partir dessas leituras, é
determinada a elevação adiabática da temperatura do concreto.
A figura 7.3.2 ilustra curvas de elevação da temperatura para diferentes consumos de cimento.
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Elevação Adiabática
40
Temperatura (°C) 35
30
25
20
15
10
386 kg/m³ 355 kg/m³ 330 kg/m³ 222 kg/m³ 175 kg/m³ 100 kg/m³
5
0
0 10 20 30
Idade (dia)
Figura 7.3.2. Curvas da elevação adiabática da temperatura para diferentes consumos de cimento
O calor específico é uma das propriedades que influenciam na capacidade de armazenar calor,
sendo expressa numericamente pela quantidade de calor que deve ser cedida à unidade de massa
do material para elevar de um grau a sua temperatura.
O ensaio consiste em imergir um corpo-de-prova (200 x 400 mm), que tenha sido pesado, em uma
quantidade de água destilada previamente pesada, que se encontra na parte interna do calorímetro.
A água circula pelo furo do centro do corpo-de-prova e em torno deste, através de um agitador,
até que a velocidade de variação de temperatura seja constante (30 min). Um aquecedor elétrico
de imersão é ligado durante um período (60 min), elevando a temperatura do corpo-de-prova e da
água que o circunda. Após o fornecimento de calor ter sido interrompido (30 min), a velocidade
de variação de temperatura torna-se constante outra vez. A quantidade de calor necessária para
elevar as temperaturas do corpo-de-prova, da água e das partes internas do calorímetro é medida
através de um watt-horímetro. A duração do ensaio é em torno de 180 minutos.
O calor específico do concreto é igual ao total do calor fornecido (energia cedida), menos o calor
necessário para elevar a temperatura da água e do calorímetro, menos a perda de calor do
35
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calorímetro, dividido pelo produto da elevação da temperatura corrigida pela massa do corpo-de-
prova.
36
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nele medir a velocidade e as diferenças de temperatura entre a sua superfície interna e externa, que
devem ser mantidas entre 30ºC ± 0,5ºC.
7.4. Permeabilidade
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condição de saturação. Como é uma das principais causas da fissuração, assume fundamental
importância, pois a sua ocorrência está associada à durabilidade do concreto.
8. ESTUDO DE DOSAGENS
8.1.Convencional
O problema da dosagem do concreto para uma grande obra, no caso específico de barragens, se
reveste de peculiaridades próprias, devido aos grandes volumes envolvidos, que exigem uma
cuidadosa dosificação das misturas.
38
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Por causa dos grandes volumes, o consumo mínimo de cimento passa a ser uma preocupação
dominante, tanto pelo aspecto econômico, como pelo técnico (para minimizar as variações de
volume devido à retração térmica).
8.1.1. Definições
Graduações Geométricas
Exemplificando, uma graduação geométrica de "70 por cento", é a graduação na qual a segunda
peneira tem 70 por cento do material retido na primeira, a terceira 70 por cento do material retido
na segunda, e assim sucessivamente.
90%
GG1 5 2 = -0,0202.MF 2 + 0,1799.MF + 0 ,5359
Graduação Geométricas
80%
GG7 6 = -0,0207.MF 2 + 0,1364.MF + 0 ,7533
70%
GG3 8 = -0,021.MF 2 + 0,0825.MF + 0 ,9662
60%
GG1 9 = -0,0203.MF 2 + 0,0113.MF + 1 ,1807
50%
4,00 5,00 6,00 7,00 8,00 9,00
Módulo de Finura
39
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unidade). Nesta progressão geométrica, a soma será sempre igual a 100, sendo, portanto,
facilmente calculada a porcentagem da primeira peneira (correspondente à dimensão máxima
característica do agregado graúdo - Dmáx; sendo considerado o material que passa nesta peneira e
é retido na peneira da série normal imediatamente inferior).
β = 100
(1 − α ) (8.1)
1−α n
onde:
Módulo de Finura
Utilizar-se-á com freqüência o módulo de finura da combinação dos agregados como medida da
"finura média". Quaisquer dos agregados que tenham o mesmo módulo de finura, não obstante
eles possam ter diferentes porcentagens de tamanhos individuais, produzirão concretos de
consumo de água iguais ou muito próximos, e trabalhabilidade substancialmente igual (Lei de
Slater - Lyse).
O módulo de finura pode ser definido como o somatório das porcentagens retidas acumuladas nas
peneiras da série normal, pode ser interpretado como a medida da finura média do agregado.
40
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β 1 − α n −1
MF = (n − 1) − α (8.2)
1−α 1 − α
sendo:
As curvas de Talbot - Richart utilizadas para composição dos agregados, estão definidas abaixo,
através das expressões seguintes:
d x − 0,1875 x
p= (8.3)
Dmáx x − 0,1875 x
onde:
41
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Quando se considera o agregado miúdo juntamente com o graúdo, as expressões (8.3) e (8.4)
adquirem as seguintes notações:
d x − 0,00293x
p= (8.5)
Dmáx x − 0,00293x
d x − 0,075 x
p= (8.6)
Dmáx x − 0,075 x
A expressão dada pelo ACI Committee 207, para composição granulométrica de referência, é
dada pela expressão abaixo:
d n
P=( ) x 100 (8.7)
D
onde:
Na figura 8.1.1.c estão ilustradas curvas de composição granulométricas obtidas por diferentes
metodologias
42
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Graduações Geométricas
D'máx 152 mm
100%
80% 58%
% Retida Acumulada
0%
0,075 0,15 0,3 0,6 1,2 2,4 4,8 9,5 19 38 76 152
Peneiras (mm)
Parâmetros Especificados
Ao se iniciar o estudo de dosagens, há que se ter em mente que o concreto a ser dosado deverá
estar em conformidade com os requisitos especificados para o projeto em estudo.
a) Resistência à compressão
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No transcorrer destas evoluções, o papel desempenhado pelo Consultor Roy W. Carlson foi
significativo. A filosofia adotada por Carlson foi a de compatibilizar a resistência do concreto
com a sua durabilidade, tendo em vista a minimização de fissuração provocada pela retração
térmica do concreto em grandes massas.
O agregado e a água, são os componentes do concreto que geralmente são obtidos no canteiro das
grandes obras. O comportamento do concreto é largamente influenciado pelo agregado, quer pela
sua textura, composição mineralógica, qualidade, quantidade e tamanho máximo.
Quanto maior o agregado, menor será sua superfície específica, tendo como conseqüência
imediata uma necessidade menor de pasta para envolver as partículas dos agregados. Entretanto, o
agregado de grande dimensão provoca segregação no concreto, havendo necessidade de limitar o
tamanho máximo em 152 mm ou 100 mm.
A Figura a seguir mostra os volumes absolutos dos componentes do concreto para diferentes
dimensões do agregado graúdo, para duas resistências de controle utilizadas na Barragem de
Itumbiara. O agregado graúdo era composto de basalto britado, e o miúdo uma composição de
85% de areia natural e 25% de areia artificial.
44
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c) Relação A/C
As especificações técnicas das grandes obras geralmente especificam a relação A/C máxima em
função da exposição do concreto ao intemperismo e da sua finalidade estrutural.
É uma propriedade intrínseca do concreto fresco, que traduz o seu estado de umidade. A
consistência quantifica a plasticidade do concreto, um dos principais fatores que afetam a
trabalhabilidade.
Usualmente, pela sua facilidade de execução, tanto em laboratório quanto em obra, a consistência
é determinada pelo abatimento do tronco de cone, cujos procedimentos de ensaios obedecem o
prescrito na norma NBR 7223 da ABNT. Observa-se que este ensaios não têm aplicação em
concretos muito secos e concretos com deficiência de finos.
e) Ar Incorporado
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No Brasil, para as barragens que utilizaram o agregado graúdo obtido de britagem, principalmente
quando a rocha matriz era o basalto, houve a necessidade de aumentar o teor de ar para os
concretos pobres de dimensão máxima característica superior a 38 mm.
A incorporação de ar ao concreto deve ser realizada com critério por causar perda de resistência.
Granulometria
Como o concreto possui a maior parte de seu volume sólido constituído pelo agregado, a maneira
como as suas partículas se assentam na matriz da pasta é influenciada pela sua granulometria,
forma e textura superficial. Tais propriedades terão um papel importante na trabalhabilidade e
acabamento, e nas propriedades do concreto endurecido.
A utilização de um agregado miúdo muito fino ou muito grosso é indesejável, pois os agregados
muito finos aumentarão a água unitária, com o aumento indesejável da retração por secagem que,
além do mais, facilitará a segregação. As areias grossas aumentarão a tendência à exsudação do
concreto.
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Há que se ter em mente que o estudo deverá ser feito para quatro Dmáx do agregado graúdo: 19
mm, 38 mm, 76 mm e 152 mm (ou 100 mm, quando for o caso, em substituição a Dmáx de 152
mm).
O procedimento ora descrito é aplicado até a Dmáx de 76 mm. Com os parâmetro definidos até
esta dimensão, o método torna possível a determinação dos parâmetros definidores dos traços para
concretos de 152 mm.
Determina-se, a priori, para cada Dmáx do agregado, um número razoável de misturas, cobrindo
uma faixa de diferentes consumos de cimento. Para tal, escolhe-se diferentes relações
cimento/agregado (1:m), que cubram concretos de consumos previamente escolhidos. Em uma
destas relações cimento/agregado varia-se a porcentagem de areia, e para cada mistura procura-se
manter a mesma trabalhabilidade. A porcentagem inicial de areia dependerá, entre outros fatores,
de sua finura.
Mantém-se a relação (cimento + areia)/(cimento + agregado total), designada por "k" e determina-
se as percentagens de areia ótimas das demais relações, através da seguinte expressão:
47
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1+ a
k =
1+ m
onde:
Para cada Dmáx há que se determinar no mínimo quatro proporções cimento/agregado total com
diferentes (1:m).
Ajuste da Mistura
O abatimento medido pelo tronco de cone (slump test) e a porcentagem de ar incorporado são
fixados pelas especificações.
O ar incorporado, quando se estuda concretos de Dmáx acima de 38 mm, deve ser corrigido pela
seguinte expressão:
a
α= x100 (8.8)
1 + R(1 − a )
onde:
α = ar incorporado corrigido, em %
a = ar incorporado medido com o material peneirado em malha de 38 mm, em %. Na expressão
(8.8) o valor numérico será igual a a/100
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Após o acerto de cada mistura procede-se ao cálculo de sua composição, a partir do cálculo do
consumo de cimento, que é expresso por duas fórmulas que quantificam: a) Consumo Teórico;
b) Consumo Prático; c) Massa Específica Teórica do Concreto; d) Massa Unitária do Concreto;
e) Ar Incorporado Teórico.
A medição dos materiais é feita gravimetricamente, pela pesagem de suas massas. Substituindo
os volumes pelas massas, a expressão acima fica:
As relações entre as massas dos agregados e a do cimento são dadas pelas seguintes simbologias:
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A expressão anterior dividida pelo teor de cimento (C), adquire a seguinte notação:
1000(1 − α ) A C 1 M 1 M 1
= + x + areia x + graúdo x
C C C γ cim C γa C γp
ou
1000(1 − α ) A 1 a p
= + + +
C C γ cim γ a γ p
1000(1 − α )
Ct = (8.9)
A 1 a p
+ + +
C γc γa γ p
A massa de um metro cúbico de concreto é composta pela massa de seus componentes, como
segue:
50
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mu
Cp = (8.10)
A
+1+ m
C
A massa específica teórica é expressa pela relação da massa unitária do concreto, dividido pelo
seu volume absoluto unitário, dado pela expressão:
A
+1+ m
γt = C (8.11)
A 1 a p
+ + +
C γc γa γ p
M
mu = (8.12)
V
onde:
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α t)
e) Ar Incorporado Teórico (α
γ t − mu
αt = x100 (8.13)
γt
O consumo de cimento também será expresso pela média dos teores calculados, utilizando-se as
expressões (8.9) e (8.10).
f) Água Unitária
O cálculo da água unitária é feito multiplicando-se o consumo de cimento pela relação A/C
estabelecida, considerando-se o agregado na condição de superfície saturada seca (s.s.s), quando
do ajuste da mistura na sala de dosagens.
g) Agregados
O cálculo da areia é feito a partir do consumo de cimento, multiplicado pela relação “a”
(areia/cimento). Se houver mais de uma fração da areia, as mesmas serão calculadas pela
distribuição granulométrica adotada.
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Para cada relação cimento/agregado estudada, a mistura que apresentar a resistência mais alta terá
o módulo de finura (MF) ideal e será a mais econômica, que ficará próxima do ótimo, da
combinação dos agregados.
As dosagens com excesso de areia (baixo MF) produzirão resistências mais baixas, por causa do
alto consumo de água. Por outro lado, as dosagens que possuem falta de areia serão cheias de
agregado graúdo e sem plasticidade, produzindo, conseqüentemente, concretos de menores
resistências.
A idade dos ensaios poderá ser 28 dias ou 90 dias, se for esta a idade escolhida para controle,
moldando-se corpos de prova para as idades jovens (3 a 7 dias), para registro.
A trabalhabilidade, como já foi dito anteriormente, deverá ser igual para todas as misturas.
Alguma concessão para a trabalhabilidade pode ser feita, permitindo-se abatimentos (slump test)
ligeiramente menores para as dosagens com excesso de areia do que para as dosagens ásperas.
Tais curvas são plotadas para as idades de 28 e 90 dias, e eventualmente para 7 dias.
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Após a realização do ajuste de cada mistura e o cálculo dos materiais, estabelece-se para cada
relação em peso estudada as curvas de Água Unitária e relação A/C x % de areia.
É conveniente que esses gráficos sejam plotados quando da realização das misturas, pois é
possível detectar desvios no consumo de água ou na relação A/C. Se for o caso, repete-se a
dosagem.
MF = A + By (4.14)
onde:
y = % de areia
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1º Passo
Fck
Fcj = (8.15)
1 − tv
onde:
Fcj = Resistência de controle - (MPa)
Fck = Resistência característica - (MPa)
v = Coeficiente de variação da resistência (%)
t = Constante dada pela probabilidade de ocorrência de valores abaixo da resistência
característica.
55
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onde:
fcj – é a resistência média do concreto à compressão, prevista para a idade de j dias, em
megapascals;
2º Passo
Determinação do módulo de finura da mistura: Uma vez calculada a resistência de controle (Fcj),
para cada Dmáx determina-se o valor do módulo de finura, pelo gráfico de Resistência x Módulo
de Finura (para a idade de controle).
3º Passo
4º Passo
Determinação da relação A/C: Com o valor calculado para a resistência de controle, determina-se
no gráfico Resistência x Relação A/C, para a idade de controle, o valor correspondente da relação
A/C.
56
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5º Passo
6º Passo
Determinação da água unitária: Para a caracterização completa do traço, fica faltando somente a
determinação da água unitária, que é obtida no gráfico Água Unitária x Módulo de Finura.
7º Passo
8º passo
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Para a determinação das dosagens com módulo de finura ideal, foram investigadas as resistências
à compressão axial simples (NBR 5739/94) nas idades de 7 dias, 28 dias e 91 dias.
Inicialmente escolheu-se a relação cimento:agregado total (em massa) 1:5, e a partir desta,
definiu-se a percentagem de areia ideal, variando-à de 24% a 30%. Após a determinação do teor
de areia ideal (dosagem com menor relação A/C e melhor aspecto, 26 % de areia em massa),
estudou-se as demais relações em massa.
Calculou-se o módulo de finura (MF = 5,826) da dosagem com percentagem de areia ideal (26%),
e subtraiu-se 0,1 para absorver alguma variação granulométrica dos agregados quando da
produção do concreto. Este novo módulo (MF = 5,726) foi denominado ótimo, com a
percentagem de areia em massa igual a 28,4%.
Manteve-se a relação (cimento + areia)/(cimento + agregado total), designada por "k", a qual foi
obtida para a proporção 1:5, e determinou-se as percentagens de areia ótimas das demais relações,
através da seguinte expressão:
1+ a
k =
1+ m
onde:
58
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As relações em massa entre o cimento e o agregado total, assim como as percentagens de areia
estudadas, estão mostradas na Tabela 8.2.1.
Os dados de composição das dosagens experimentais estudadas para a relação 1:5, assim como as
propriedades do concreto fresco e endurecido, estão apresentados na Tabela 8.2.1.1; e os dados de
composição das demais dosagens, com módulo de finura ótimo, estão mostrados na
Tabela 8.2.1.2.
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60
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Os gráficos de dosagens para a Dmáx 25 mm estão mostrados de acordo com o quadro a seguir.
61
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200
Água Unitária (kg/m³) 190
180
y = 113,73x 2 - 1246,9x + 3569,3
170
160
150
140
130
120
5,400 5,500 5,600 5,700 5,800 5,900 6,000 6,100
Módulo de Finura
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Figura 8.2.2.1 - Água Unitária x Módulo de Finura
6,100
6,000
Módulo de Finura
5,900
5,800
y = -0,0417x + 6,91
5,700
5,600
5,500
5,400
15 18 20 23 25 28 30 33 35 38
Percentagem de Areia (Massa)
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Figura 8.2.2.2 - % de Areia em Massa x Módulo de Finura
62
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40,0
30,0
25,0
20,0
15,0
15 18 20 23 25 28 30 33 35 38 40
Percentagem de Areia (Massa)
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Figura 8.2.2.3 - % de Areia em Massa x % de Areia em Volume
60
Resistência à Compressão (MPa)
55
90 dias
50
y = 52,322x - 257,39
45
28 dias
40
y = 49,295x - 244,04
35
30
25
20
15
5,400 5,500 5,600 5,700 5,800 5,900 6,000 6,100
Módulo de Finura
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Figura 8.2.2.4 - Resistência à Compressão x Módulo de Finura Ótimo
63
FURNAS
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600
400
300
200
y = 144,86x-1,1708
100
0
0,300 0,400 0,500 0,600 0,700 0,800 0,900 1,000
Relação A/C
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Figura 8.2.2.5 - Relação A/C x Consumo de Cimento
60
Resistência à Compressão (MPa)
55
50
90 dias
45
y = 102,42e-1,7635x
40
35
30
28 dias
25
y = 86,446e-1,6321x
20
15
0,250 0,450 0,650 0,850 1,050
Relação A/C
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
Figura 8.2.2.6 - Relação A/C x Resistência à Compressão
64
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CENTRAIS ELÉTRICAS S.A.
Resistência de Controle
fck
fcj =
(1 − t.v)q
onde:
Os valores dos parâmetros adotados para a determinação das resistências de dosagens dos
concretos foram:
As resistências de projeto (fck) fixadas nas Específicações Técnicas são de 16,0 MPa; 21,0 MPa;
28,0 MPa e 32,0 MPa para a idade de controle de 28 dias. Foram compostos também concretos
65
FURNAS
CENTRAIS ELÉTRICAS S.A.
com idade de 90 dias para resistências de projeto (fck) de 12,0 MPa e 16,0 MPa. A Tabela
8.2.3.1 mostra as dosagens especificadas. As Tabelas 8.2.1.1.3.2 a 8.2.1.1.3.4 mostram as
dosagens determinadas.
66
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67
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O CCR é comumente utilizado em barragens de gravidade. Nesses casos, o principal objetivo não
é atingir uma resistência elevada e sim proporcionar peso a estrutura garantindo-lhe a estabilidade.
O consumo de cimento geralmente é baixo e utiliza-se com frequência adições como cinza
volante, escória de alto-forno ou agregado pulverizado para evitar a segregação na mistura e
melhorar sua durabilidade.
68
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O proporcionamento dos agregados para dosagem do CCR é feito inicialmente com a ajuda de
uma curva granulométrica de referência. A granulometria de referência mais largamente usada
para o CCR é a curva cúbica de Bolomey.
1
d 3
p = 1 −
máx
D '
onde:
69
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O consumo dos agregados é dado pela porcentagem de cada um multiplicado pelo volume de
agregado e pelas respectivas massas específicas. Esta porcentagem é determinada pelo método
dos mínimos quadrados.
A tabela 8.3.2 e a figura 8.3.1 apresentam as granulometrias dos agregados utilizados, sào
apresentadas também as granulometrias do concreto pela curva de referência de Bolomey e da
composição escolhida.
100,00
Bolomey
80,00
Areia Artificial
60,00
Dmáx 25 mm
40,00
Dmáx. 50 mm
20,00
Composição
0,00
5
19
32
50
3
8
07
0,
1,
4,
0,
70
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Como a areia artificial e as duas britas possuem massas específicas semelhantes pode-se
considerar que a porcentagem de areia em volume será igual a porcentagem de areia em peso.
% areia = 50 %
% brita 1 = 25 %
% brita 2 = 25 %
O cálculo do peso dos agregados por metro cúbico de concreto é feito da seguinte forma:
Não se sabe ainda se esse consumo de água adotado vai conferir ao CCR a trabalhabilidade
adequada. Após a mistura dos materiais na betoneira e ensaio de trabalhabilidade através do
“Cannon Time”, se necessário, calcula-se uma nova dosagem com outro consumo de água para se
conseguir o tempo desejado.
Pode-se estudar outras dosagens de CCR variando-se o percentual de areia e analisando seu
aspecto e água unitária.
Como não se sabe a priori a resistência à compressão que será atingida, deve-se variar também o
consumo de cimento da dosagem para se garantir que a resistência de projeto seja atendida na
idade de controle.
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A consequência desse gradiente de calor são variações volumétricas que podem originar o
aparecimento de fissuras devido as tensões de tração que atuam na massa, geradas pela
estabilização da temperatura do concreto com a temperatura ambiente.
onde:
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t = variável tempo;
z = coordenada na direção do fluxo;
T = subida adiabática da temperatura no elemento de volume do concreto em questão
h2 = difusividade térmica = k / (d.c), onde k é a condutividade térmica;
d = massa específica;
c = calor específico.
Geometria da Estrutura
Plano de Concretagem :
Altura das camadas
Intervalo de Lançamento
Os cálculos são executados por meio de programas utilizando elementos finitos. Para cálculos em
uma direção (figura 9.2.3.) é normalmente utilizado elementos com dois nós, ao passo que no
cálculo bidirecional (figura9.2.2.) pode-se utilizar o triângulo com três nós ou o elemento com
quatro nós, que pode ser um quadrado, um retângulo ou um trapézio.
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Dosagem D
EL.272,80
Concreto
Dosagem C
Nó 173
EL.268,60
EL.265,60
Dosagem B
EL.263,00
Rocha
2º camada
0,70 m
1 Concreto
1º camada
0,50 m
0
-1
-2 Rocha
-3
-4
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10
-2
0 2 4 6 8 10
Ensecadeira de Jusante
Figura 9.2.4 – Isoterma – Modelo bidirecional
60
25 mm Bombeado 25 mm Convencional 50 mm Bombeado 50 mm Convencional
55 253 Kg/m³ 229 Kg/m³ 222 kg/m³ 175 kg/m³
50
Temperatura (ºC)
45
40
35
30
25
20
0 10 20 30 40 50 60 70
Idade (dia)
Os resultados do modelo adotado podem ser aferidos com parâmetros medidos no campo. Dois
exemplos de instrumentação feita com termômetros estão ilustrados nas figuras 9.2.6 e 9.2.7.
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50
Tem peratura Graus Cels ius
45
40
35
30
25
20
0 8,23 18,23 28,23 38,23 48,23 58,23 68,23 78,23 88,23 99,23 111,23 123,23 138,23
TA 1 3 TMC 1 1 M Te m pe ra tu ra A m bi e n te
Tempo em D ias
40
30
20
0 20 40 60 80
Idade (dias)
Figura 9.2.7 – Evolução Temporal da temperatura em termômetro instalada na UHE Cana Brava
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Se as estruturas de concreto tivessem total liberdade para se deformar quando sujeitas a uma
variação de temperatura, o concreto não seria submetido a nenhum esforço interno, sofrendo
apenas variações em suas dimensões, proporcionais ao gradiente térmico aplicado.
As análises de tensões e/ou de deformações são realizadas a partir dos resultados dos cálculos de
temperaturas efetuados para cada condição de lançamento estudada. Para cada hipótese,
determinam-se as tensões e/ou deformações resultantes dos gradientes térmicos que atuarão na
estrutura, as quais terão de ser resistidas pelo concreto.
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t
ε (t ) = ∫ f ( z , t − z ).σ (t ) (t ≥ z )
t0
j
ε j = ∑ f ij .∇σi (t ≥ z )
i =1
[ε ] = [ f ][. ∇σ ]
j ij j
onde:
[ε ] =
j vetor (n) deformações de origem térmica = α.δT = α.(Ti-Tl);
idade tj com nascimento na idade zi,. De uma maneira mais simplificada pode-se dizer que a
matriz fj,i é triangular com a parte superior nula cujas colunas são um ensaio de fluência com
nascimento em zi, onde a diagonal representa o inicio do ensaio da fluência, isto é fi,i.= 1/E(zi).
Para a determinação da tensão de origem térmica basta isolar δσ na idade tj da seguinte maneira:
[∇ σ ] = [ f ] .[ε ]
j ij
−1
j
A superposição das tensões conduz ao cálculo das tensões em qualquer época tn:
n
σ (t n ) = ∑ ∆σ j
j =1
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Exemplo
6
Nó da 3º camada Nó da 2º camada Tração na flexão Tração simples
4
Tensao (Mpa)
-2
-4
-6
0 50 100
Idade (dias)
Na figura 9.3.1 a curva que representa as tensões atuantes no nó da “3 º camada” cruza a curva de
resistência a tração na flexão e a curva da resistência à tração simples, portanto tem-se
probabilidade de aparecimento de fissuras, enquanto que o nó da “2º camada” não apresenta este
risco .
Para que a estrutura de concreto apresentada na figura 9.3.1 possa ser concretada deve-se tomar
alguns cuidados para se diminuir o panorama de fissuração, a saber:
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e) Pós refrigeração com tubulação embutida, pré refrigeração com uso de gelo em escamas,
f) Uso de agregados com menor coeficiente de expansibilidade térmica e baixo módulo de
elasticidade.
g) Dissipação de calor através da superfície (Altura da camada, intervalo de lançamento,
formas, água de cura e temperatura ambiente)
BIBLIOGRAFIA:
80