11 Classe C

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Ficha de apontamento de Introdução á Filosofia 11ªclasse.

Tentativas da definição da Filosofia

O Termo filosofia é composto de dois termos gregos:

PHILOS que significa amante de, amigo de, anseia de; e SOPHIA que significa sabedoria,
ciência, conhecimento, etc. etimologicamente o termo filosofia significa amor pela sabedoria ou
amante de conhecimento. O termo foi cunhado por Pitágoras ele compara o amor á sabedoria.

Eram chamados filósofos os homens que buscavam a sabedoria ultima e radical da vida e das
coisas ou seja o saber que busca a dimensão última e radical da vida e das coisas. A filosofia
começa quando algo desperta a nossa dimensão, espanta-nos, capta a nossa atenção, interroga-
nos insistentemente e exige uma explicação.

A Sabedoria é uma coisa do mundo muito desejada e aquela em que apesar de tudo os homens
menos pensam. O filósofo é aquele que se interessa pelos conteúdos, pela perfeição do próprio
espirito. Esforça-se por adquirir uma inteligência sempre capaz de discernir o verdadeiro na
ordem teórica, e uma vontade sempre capaz de seguir o bem na ordem pratica.

Pois, a definição da filosofia em si é um problema porque cada filósofo define-a segundo a sua
concepção do mundo a sua situação geográfica e o contexto em que vivia.

Aristóteles diz que a filosofia é uma disciplina que estuda as causas últimas de todas as coisas;

K. Jaspers afirma que filosofar é estar a caminho em busca da verdade ou filosofia é um estilo
uma forma de vida.

Cicero diz que a filosofia é um estudo das causas humanas e divinas das coisas;

Whitehead afirma que o papel da filosofia é fornecer uma explicação orgânica do Universo;

Hegel diz a filosofia é um saber absoluto;

René Descartes para ele diz que a filosofia ensina a raciocinar bem.

Sócrates diz que a filosofia ajuda a resolver os problemas que cada um tem, mas também é
capaz de levantar problemas aquém ainda não os tinha ou aquém ainda não caira na conta deles.

Assim sendo, podemos concluir que a filosofia é um perpétuo recomeço porque no seu seio não
podemos encontrar respostas definitivas ou universalmente validas. Por outro a filosofia tem
uma dimensão pessoal: cada filosofia exprime o estilo do filósofo que a prova. O termo filosofia
ou então filósofo é atribuído a Pitágoras filósofo e matemático grego do séc. VI ac, que
entendia que nenhum homem se podia considerar sábio isso cabia apenas a Deus
detentor do saber.
Universalidade e particularidade da filosofia.
‘Viver sem filosofar é na verdade ter olhos fechados sem nunca esforçar-se por os abrir’
A diferença que existe entre filosofo e o Sábio é de: Sábio centra-se na posse de
sabedoria num total gozo definitivo da verdade enquanto que filósofo caracteriza-se
com atitude de procura movida pelo desejo de saber a verdade.

Compilado por dr. Sualé Abacar


Assim, a filosofia é uma actividade humana entre as outras, a reflexão multisecular
sobre os mais decisivos problemas do homem.
A universalidade da filosofia consiste no seu objecto de estudo que é integral, um
autentico todo. As outras ciências têm como objecto de estudo uma parte uma
determinada área de realidade material ou imaterial. A filosofia procura compreender a
totalidade do real material e imaterial, igualmente procura compreender o universo no
seu todo, isto é, a totalidade do universo.
Pois, a filosofia não se pode restringir no seu objecto, ao seu método ou escopo dos seus
conhecimentos.
A filosofia é universal porque levanta problemas da humanidade que são universais, que
resultam da acção do homem que é particular, na medida em que a consciência se vai
desenvolvendo ou constituindo o seu material espiritual. Ela também é um saber
universal, pois, exprime preocupações e problemas que dizem respeito a humanidade
em todas as suas dimensões; ao se levantar um problema estar-se-a além do particular e
estar-se-a numa reflexão universal.
É um saber universal porque engloba todas as filosofias particulares de todos os tempos
e lugares, e porque o problema que cada filósofo aborda são universais e temporais ou
seja interessam a todos os homens em todas as épocas são de sempre abrangentes.
Funções da Filosofia
A filosofia é uma maneira de estar no mundo e é um modo de existir, porem ela não
deve ser vista apenas como uma procura de compreensão e interpretação do mundo,
assim o esforço da filosofia é de si apropriar do real na maneira como o homem
interpreta a realidade e como se situa perante a ela; por isso que há várias e diferentes
maneiras de estar no mundo e vários e diferentes modos de existir.
O homem não só pensa e comunica com outros não só procura compreender e
interpretar a ordem do cosmos mas também sabe que pensa e pensa sobre o seu próprio
pensamento, formulando princípios e regras que o tornem coerente.
O homem também goza da felicidade e sobre a dor de trabalho, do jogo, da espera, da
descoberta, do desejo, etc. ele para além de pensar, sentir e agir aspectos que são
teóricos e práticos, o homem preocupa-se com a sua essência.
As tarefas da filosofia abrangem as áreas do saber teórica e da experiência prática. A
área teórica refere-se às actividades artesanais, profissionais e técnicas; saberes de
interação social e ao senso comum e também refere-se aos saberes ligados à arte,
ciência à política, direito e a filosofia. No plano prático abarca as experiencias da
própria existência do homem, o seu trabalho, natureza, sua convivência, sua actividade
cognitiva e valorativa.

Compilado por dr. Sualé Abacar


A filosofia proporciona ao homem um procedimento critico em relação ao seu próprio
pensamento e dos outros, aos diferentes saberes e opiniões aos valores, crenças e aos
poderes. Proporciona também ao homem uma capacidade de ser tolerante perante as
opiniões e interesses alheios a trabalhar para a paz, para o bem comum, para a justiça, o
respeito, ordem pública, para a liberdade e autonomia do homem.
A filosofia ajuda o homem a ser livre, lúcido e autónomo tornando-o corajoso no pensar
e no agir. Assim sendo, podemos concluir que as tarefas da filosofia estão naquelas que
produzem ao homem.
Métodos da filosofia
Chama-se método á ordem que o pensamento deve seguir para chegar á sabedoria e em
conformidade com a qual ele pensa uma vez que ai chegou. O método da filosofia não é
da simples verificação nem o da descrição fantasiosa e nem o da experimentação. O 1º é
o do próprio conhecimento comum; o 2º é da poesia e da mitologia e o 3º é da ciência.
A filosofia tem o método diferente o da justificação lógico-racional. Ela deseja de
oferecer uma explicação conclusiva e para consegui-la, se serve somente da razão.
Procura conhecer o real e agir sobre ele, partilhando estritamente os métodos críticos e
racional.
Análise crítica é um método e atitude filosófica consiste na superação constante do
vivido através de um questionamento permanente ou seja do uso sistemático da razão.
O estilo da filosofia é a reflexão, voltar a pensar oque já se pensou ou o que já se viu.
Resumindo podemos afirmar que a filosofia é uma disciplina intelectual que utiliza
métodos racionais e críticos.
A insatisfação perante qualquer explicação de fenómenos e factos ou perante os
exemplares dados constitui a característica principal da filosofia. O seu objectivo é o
conhecimento, ela procura a verdade pela verdade rescindindo de eventuais utilizações
práticas.

Atitude filosófica e a demanda da verdade


A filosofia como forma de saber pretende iluminar o Homem em todos seus caminhos;
em filosofia saber pensar significa tomar consciência da amplitude, complexidade e
profundidade do real. Também significa questionar se sempre de novo sobre a coerência
a inteligibilidade do seu próprio pensamento e princípios.
Saber agir significa saber aplicar o saber pensar para a orientação existencial e social do
homem ou seja, uma atitude racional perante a realidade que o rodeia. A filosofia por
ser uma certa maneira de estar no mundo, uma forma de vida, um modo de existência
humana por isso pressupõe que seja uma atitude existencial.
Segundo Marques ᴧ Ribeiro atitude existencial é uma forma constante de o homem
viver a sua vida no mundo e na sociedade.

Compilado por dr. Sualé Abacar


O homem pode estar acordado ou adormecido, lúcido ou iludido acerca do seu destino e
da sua vida consciente ou não da realidade que o rodeia e envolve o que caracteriza a
atitude filosófica é o facto de ela exprimir a totalidade do ser humano como postura,
constante face á realidade como forma habitual de reagir e de se comportar de ver as
coisas e de se relacionar com elas.
Sumarizando, atitude filosófica pretende ser plenamente humana, na qual o homem esta
todo envolvido com as suas dimensões essenciais na qual compromete todo o seu ser.
Na visão Descarteana, o estudo da filosofia é necessário para orientar as nossas acções
nesta vida do que o uso dos nossos olhos para guiar os nossos passos. A filosofia como
como atitude humana especifica caracteriza-se pela: vigilância, lucidez, coragem
autonomia e liberdade no nosso pensar e no agir, radicalidade e historicidade.
Em relação a atitude e as outras formas típicas da existência ‘atitude filosófica,
cientifica, técnica, políticos a, ideológica, etc’. A filosofia não se substitui nem resolve
os problemas elementares da subsistência humana (alimentação, vestuário, habitação, e
problemas técnicas).
A filosofia permite compreende-la e captar o seu sentido, sua razão de ser, sua validade
de homem enquanto ser que tem uma natureza própria. A filosofia ilumina ou melhor
mostra os caminhos por onde há soluções de tais problemas se revela possível e critica
as vias erradas em que o homem obstina.

A natureza das questões


O homem primitivo para entender as forças sobrenaturais e o próprio cosmos inventa
histórias e mitos explicativos, faz descrições cheias de beleza e fantasia isso para
permitir uma leitura sistemática e organizada do universo.
Esta atitude que atribui a ordem do universo a entidades sobrenaturais fundamenta-se
em práticas mágicas e em ritos de cultos ancestrais e liga-se á religião. Mergulha-se no
espanto perante o mistério no teor do desconhecido na incerteza do destino e na procura
do Inteligível (Deus).
Assim, o mito não se preocupa com a totalidade do real; repara nas forças naturais mais
poderosa na sucessão cíclica dos fenómenos nas relações mais vulgares e constantes. Os
mitos revelam tudo o que se passou, desde a cosmografia até á fundação das instituições
sócio-culturais.
Para Platão e Aristóteles afirmam que a filosofia surge e nasce na admiração e do
espanto; mas segundo René Descartes diz que a filosofia nasce da dúvida.
As questões filosóficas não são simplesmente proposições terminadas com ponto de
interrogação mas também afirmações ou negações ligadas a certas questões prévias e
representam muitas vezes, a formulação avaliadora de um princípio que exige
justificação.

Compilado por dr. Sualé Abacar


As questões filosóficas surgem no interior de qualquer actividade humana. Torna-se
uma questão filosófica pelo conteúdo, pela universalidade, radicalidade, autonomia e
historicidade.
Universalidade porque o seu alcance não se pode circunscrever a realidade particular;
Radicalidade porque procura a raiz do problema; Autonomia o filósofo tem que ter a
liberdade de raciocinar na busca da verdade e de fundamentos distanciando se da
histórias; e Historicidade é enquadramento histórico da questão.

A filosofia e outras ciências


DISCIPLINAS DA FILOSOFIA
Segundo Aristóteles ‘ Todo homem nasce filósofo só deixa de ser quando considera o
mundo habitual e sem surpresas isto é, quando perde o seu encanto’.
A filosofia tem uma vocação mais abrangente, procura compreender a realidade
humana, abarca toda a existência humana e tenta responder á pergunta universal e
temporal sobre o sentido da existência. A filosofia pergunta pela verdade, quer saber
como conhecemos, quer saber oque é a realidade, como distinguimos o bem do mal, o
belo e o feio, se Deus existe, o que é o Homem, se existe alma, etc. As outras ciências
utilizam o método experimental assente na verificação e experimentação mas a filosofia
tem como método a especulação e análise crítica.
Diferenças entre ciências e filosofia
Dimensão Filosofia Outras ciências
Objecto de estudo A natureza humana; a essência A lei dos fenómenos naturais,
das coisas e fundamento último funcionamento de um corpo
da realidade (seja animado ou inanimado
procuram explicar o
comportamento e a constituição
física dos fenómenos físicos e
humanos e as leis que as rege).
Método de estudo Especulativo; Crítico-analítico Experimentação (utilização do
ensaios e testes); observação
análise, indução, verificação,
generalização confirmação das
hipóteses (método
experimental) observação
participante.
Tipos de conhecimentos Compreensivo: procura Especulativo: tenta explicar o
compreender os princípios e a funcionamento da realidade
finalidade a existência humana
do real

A física instituiu-se como ciência particular no séc. XVII com Galileu Galilei e Isaac
Newton, a Quimica no séc. XVIII com Lavoisier, a Biologia tornou se como ciência

Compilado por dr. Sualé Abacar


independente no séc. XIX com Claud e Bernard. A Sociologia, a Psicologia e
Antropologia passaram a ser definidas como ciências humanas no final do séc. XIX e
princípio do séc. XX.
As várias ciências nascem a partir das perguntas que dizem respeito as realidades e
objectos concretos.
O senso comum e a filosofia
Senso comum é um pensamento aceite numa comunidade sem precisar de questionar e
sem se fazer análise crítica. Enquanto que a Filosofia é todo pensamento que não é
aceite sem crítica.
Disciplinas da Filosofia
Para Emmanuel Kant, a natureza das questões filosóficas correspondem a diferentes
áreas do saber:
Que posso saber? Que devo saber? Que me é permitido esperar? O que é o Homem?
Estas e outras perguntas correspondem respectivamente á teoria do conhecimento ou a
Gnosiologia, Ética, Moral, Religião e Antropologia Filosófica.
As principais disciplinas da filosofia são: Filosofia da Natureza e a Cosmologia. O
termo Natureza ou physis possui para os gregos dois grandes significados.
Iº Entende-se como um conjunto dos seres que povoam o universo, exceptuando as
coisas produzidas pelo Homem para isso a natureza significa totalidade do universo.
IIº Natureza refere-se a origem das coisas indicar o conjunto ou as classes das coisas.
Assim sendo, a filosofia da Natureza interroga acerca da natureza das coisas ou melhor
oque são as coisas (essência), donde vêm (origem) e a partir dai explicar os seus
movimentos (causas).

Metafisica ela investiga os 1ºs princípios e as últimas causas. Designa-se metafisica


geral ou Ontologia quando investiga todas as questões que afectam o conhecimento dos
géneros supremos das coisas ‘formalidades ou essência das coisas’ e designa-se
metafisica especial ou teodiceia quando estuda a substancia separada e Imóvel isto é,
Deus.
Teoria do Conhecimento ou Gnosiologia estuda a possibilidade de conhecimento com
duas teorias opostas (Dogmatismo e Cepticismo), a origem do conhecimento com três
teorias (Empirismo, Racionalismo e Empirismo-Racionalismo), o valor e limite do
conhecimento com duas teorias (Dogmatismo realista e Relativismo).
Epistemologia em geral e em sentido moderno a epistemologia equivale á filosofia das
ciências ou uma crítica das ciências. Aqui a filosofia limita-se numa reflexão sobre o
conhecimento científico.

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Ética a palavra deriva do Latim ethos que significa comportamento, costumes, hábitos
aceites na sociedade.
Moral para os romanos designam por moris isto é, costumes aquilo que é habitual aos
seres humanos fazerem indicando oque deve ou não ser feito.
Filosofia política ela interpreta e capta factos políticos, sem significado na articulação a
um principio de compreensão global, de ordens transcendentes (ideias, valores ou
ordem histórica).
Lógica é uma ciência que estuda as regras de operações racionais válidas e os
processos utilizados pelas varias ciências na busca da verdade; ela considerada como
ciência e como arte.
__ Como ciência preocupa-se com formas gerais do pensamento;
__ Como arte apresenta-nos um conjunto de normas ou regras para pensar
correctamente. Ela é normativa porque trata do pensamento abstrato e da sua
correspondência com a realidade apresentando as regras que devem seguir para pensar.
Estética é o estudo sistemático do belo e da experiencia estética em geral e das
diferentes formas de arte. Ou é o estudo das questões filosóficas que suscitam as artes
tanto do ponto de vista da criação como da contemplação e o gozo.
Filosofia da Linguagem ocupa-se pelas questões relativas às estruturas e ao uso da
linguagem. Para Wittgenstein e Frege o mais importante na linguagem não é a
significação mas sim o uso pois, para entender uma linguagem deve se entender como
funciona dentro de um dos jogos linguísticos.
História da Filosofia é uma descrição das vidas numa recompilação das doutrinas dos
filósofos ou das escolas filosóficas; é um processo ou progresso de uma época para
outra e cada momento superior em valor ao precedente. Diz Dilthey.
Filosofia de Direito é a filosofia que estuda o direito, com vista a oferecer uma
fundamentação meta-empírica, ao direito, a investigar o realismo filosófico de todas as
noções, todos os procedimentos e os ordenamentos jurídicos.
Psicologia estudo da natureza humana e sua constituição psicológica ou mental.
Axiologia estudo dos problemas dos valores

BREVE CONTEXTUALIZAÇÃO HISTORICA DA FILOSOFIA : Etapas da Filosofia clássica grega (a


Cosmologia e Antropologia).
Nos primórdios o homem para fazer uma explicação da origem do mundo, sua
existência, sua história usava mito. Pois, era antes de existir uma reflexão racional.
Mito é o conjunto de narrativa e doutrinas tradicionais que procuram a origem do
mundo, do homem recorrendo a seres sobrenaturais, isto é, a entidade divinas mas com

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os defeitos e as virtudes próprias do ser humano. É um relato fabuloso que se supõe que
aconteceu num passado remoto e quase sempre preciso.
Nas comunidades antigas acreditava-se que o mito retratava acontecimentos reais e que
as sociedades deviam aceitar sem questionar.
A transição do mito á reflexão racional, não foi brusca mas aos poucos e nos finais do
séc. VII a.C começa a existir um quadro político social favorável ao aparecimento de
uma nova forma de olhar e questionar o real.
Etapas da filosofia grega clássica:
Existem cinco (5) etapas da filosofia grega clássica a saber:
Iª Cosmológica que compreende as escolas Pré-socráticas com excepção dos Sofistas é
dominada pelo e é dominada pelo problema de prosseguir a unidade que garante a
ordem do mundo e a possibilidade do conhecimento humano.
IIª Antropológica compreende os Sofistas e Sócrates e é dominada de prosseguir a
unidade do homem em si mesmo e com os outros homens como fundamento e
possibilidade da formação do individuo e da harmonia da vida em sociedade.
IIIª Ontológica compreende Platão e Aristóteles e é dominada pelo problema de
prosseguir a relação entre o homem e o ser, consideração e possibilidade do valor do
homem como tal e da validade do ser como tal. É uma etapa de plena maturidade grega,
torna a propor a sua síntese os problemas dos dois períodos precedentes.
IVª Ética compreende o Estoicismo, o Epicurismo, o Cepticismo e o Eclotismo e é
dominada pelo problema da conduta do homem e é caracterizada pela diminuição da
consciência do valor teórica da pesquisa.
Vª Religiosa compreende as escolas neo-platónicas e suas afins e é dominada pelo
problema de encontrar para o homem a via da reunião com Deus, considerada como a
única via de salvação.
Com a origem da filosofia começa uma nova forma de explicação do mundo usando
uma sistematização logica e racional. Portanto, a etapa cosmológica procurava
compreender o cosmo e explicar racionalmente a natureza (Phiysis), investigando o
princípio (Arché). Assim os princípios são aquilo a partir do qual se geram os seres do
universo, o princípio assim concebido é a origem.
Escolas Jónica
Tales de Mileto (639-545 a. C), o princípio de todas as coisas é a água ou o húmido, a
terra flutua na água;
Anaximandro (610-547 a.C), o princípio de todas as coisas é o Infinito ou Apeiron que
quer dizer substancia material.
Anaxímenes (588-524 a.C), o princípio de todas as coisas para ele é o Ar, é pela
rarefação e condensação do ar que as coisas surgem.

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Eraclito de Efeso (504-501), o princípio de todas as coisas é o Logos ou razão que
ordena e unifica todas as coisas. Ele defende o devir, a mudança incessante o fluir das
coisas, o equilíbrio e ordem do real. Segundo não é possível tomar banho duas vezes as
águas do mesmo rio.
Escola Pitagórica
Pitágoras de Samos defendia que a ALMA sobrevive ao corpo no seu processo de
purificação reencarnando em outros corpos. Assim, o corpo é o carcere da alma a qual é
submetida a um julgamento divino depois da morte. Segundo ele, a substancia das
coisas encontra-se no Númeno
Escola Eleática
Parmenides de Eleia 470 a. C , defende o SER e NÃO SER e afirma que o ser é e o não
ser não é. Para ele o conhecimento é obtido pela razão e há duas doutrinas a da verdade
e da doxas aparência ou opinião.
Zenão de Eleia (490-430 a.C), afirma a pluralidade e o movimento e negava a unidade
do ser, ele defendia a multiplicidade e divisibilidade das coisas.
Escola Antropológica
Nesta escola o objecto central da filosofia é o homem. Esta etapa decorreu devido as
circunstâncias sócio-política verificadas por essa altura, na Grécia o advento da
democracia ateniense, participavam nos assuntos públicos e no governo da polís um
grupo de cidadãos, eram excluídos os escravos, estrangeiros, as mulheres e os homens
que não tinham 18 anos de idade.
Nesta escola surgem os Sofistas, que estavam preocupados em preparar os cidadãos
para a vida política; eles preocupavam se pelas questões antropológicas, morais e
políticas e pelos problemas da linguagem, apresentavam se como possuidores da
sabedoria, tinham projectos de ensino que rompia com a tradição: ensinavam direito,
política, moral, retórica, etc; privilegiavam a palavra para seduzir e persuadir
(convencer), defendiam que o discurso deve ser eficaz orientado para o sucesso, o poder
e não e não para o saber (a verdade). O ensino destes contribuía para o relativismo,
convencionalismo, individualismo e Cepticismo.
Para Pitágoras 485-410 a.C, dizia « O homem é a medida de todas as coisas».
Para Sócrates 470-469 a.C, dizia, «Conheça-te a ti mesmo» segundo ele filosofar é
examinar se a si mesmo e aos outros. O autoconhecimento é inseparável do
reconhecimento de que somos ignorantes e afirmava ele: ‘Só sei que nada sei’, isso
reflete a humildade perante as suas limitações.
Todo aquele que reconhece que nada sabe é alguém que procura o saber, disponível
para aprender e para pensar sobre as coisas.

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Sócrates usava a interrogação para despertar o reconhecimento da ignorância na pessoa
este método chamava-se Ironia Socrática e outro método é a maiêutica (verdade que
reside no interior de cada interlocutor).

Compilado por dr. Sualé Abacar

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