Hipotermia Terapeutica
Hipotermia Terapeutica
Hipotermia Terapeutica
HIPOTERMIA TERAPEUTICA
(elaborado em 20/01/2012)
Renato S. Procianoy
Prof. Titular de Pediatria da Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Chefe do Serviço de Neonatologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre
Presidente do Departamento de Neonatologia da SBP
INTRODUÇÃO
MECANISMO DE AÇÃO
MODO DE FAZER
Indicação:
Preencher ambos os critérios:
Contra-indicação:
Idade gestacional menor que 35 semanas e 0/7 dias
Peso de nascimento menor que 1800 gramas
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Procedimento:
Esfriamento:
Pré-esfriar o colchão a 4ºC
Amaciar o termômetro em água morna
Colocar o recém-nascido num berço desligado
Colocar o termômetro no esôfago
Ajustar a temperatura do paciente em 33,5ºC
Colocar um lençol entre o colchão e o paciente
Movimentar o paciente a cada 2 horas para evitar lesão cutânea
Tempo total de tratamento é 72 horas
Reaquecimento:
Após 72 horas o paciente é lentamente aquecido
Aumentar a temperatura corpórea 0,5ºC por hora até chegar até 36,5ºC temperatura
corpórea
Sinais vitais a cada 30 minutos durante o reaquecimento
Após o paciente alcançar a temperatura de 36,5ºC, retirar o colchão e reposicionar o
paciente na incubadora.
Monitorização:
Temperatura do colchão, pele e esofagiana deve ser monitorizada a cada hora nas
primeiras 12 hora e depois de 4 em 4 horas
Monitorização cardíaca, saturação e PAM invasiva
Sinais vitais a cada 15 minutos por 4 horas, a cada hora por 8 horas e cada 2 horas até o
final do esfriamento.
Monitorização da diurese
Glicose, uréia, creatinina, cálcio, magnésio, TP, KTTP, TGO, TGP e eletrólitos no início,
Glicose, uréia, creatinina, cálcio, magnésio, TP, KTTP e eletrólitos com 24, 48 e 72 horas após o
início da hipotermia. Esses pacientes tem risco para hiponatremia. É recomendável manter o
sódio sérico no limite superior
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Gasometria arterial no início, 24, 48 e 72 horas
Hemograma e plaquetas no início, 24,48 e 72 horas. Manter as plaquetas acima de 50.000
Controlar a ingesta e a excreta
Prescrição básica
PICC, Cateter de artéria umbilical e veia umbilical.
NPO
Ingesta hídrica 50 ml/kg/dia TIG 5 mg/kg/min com 1 g/kg aminoácido no primeiro dia e
aumentar 1 g/kg/dia se a criança estiver urinando e a acidose estiver melhor
Morfina EV contínua na dose 5 a 10 mcg/kg/hora
Ampicilina e gentamicina (se necessário) em doses habituais
Drogas vasoativas em caso de necessidade em doses habituais
CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES
1. Para o uso de hipotermia terapêutica não há necessidade do paciente estar em
ventilação mecânica
2. Hipertensão pulmonar e uso de óxido nítrico inalatório não são contra-indicações
para o uso de hipotermia terapêutica
3. Bradicardia com freqüência cardíaca entre 80 e 100 bpm é comum e não necessita
tratamento
4. Se o paciente apresentar hipotensão arterial deve se fazer uso de drogas
inotrópicas
5. O uso de antibióticos é indicado no caso de haver diagnóstico de infecção
neonatal
6. Se houver plaquetopenia (<50.000/mm3) deve fazer transfusão de concentrado de
plaquetas.
7. O reaquecimento tem que ser lento. Podem surgir crises convulsivas durante o
procedimento de hipotermia e principalmente no processo de reaquecimento. Em
caso de crises convulsivas, o paciente deve ser tratado com drogas
anticonvulsivantes, inicialmente, com fenobarbital: dose de ataque de 20 mg/kg
EV e manutenção de 5 mg/kg/dia em duas doses diárias.
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