Resumo 11F2.1 - N.º 1

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ESCOLA BÁSICA E SECUNDÁRIA DA CALHETA
Física e Química A – 11.º Ano
Resumo F2.1
Domínio 2: Ondas e eletromagnetismo / 2.1: Sinais e ondas.
2.1.1. Sinais e ondas. Classificação de ondas.
2.1.2. Onda periódica
2.1.3. Sinal sonoro

2.1.1. Sinais e ondas. Classificação de ondas.

Um sinal resulta da perturbação de uma propriedade física de um meio num determinado


local ou zona. Esta perturbação pode ocorrer durante um intervalo de tempo pequeno –
sinal de curta duração (pulso) – ou durante um intervalo de tempo mais extenso – sinal
de longa duração.

Muitos sinais são utilizados pelo ser humano para comunicar. O processo de
comunicação ocorre em três etapas essenciais: emissão, propagação e receção.

Onda – Propagação de um sinal, num meio, com uma determinada velocidade, apenas
com transporte de energia, não existindo transporte de matéria.

Velocidade de propagação da onda (v) – distancia percorrida pela onda num


determinado intervalo de tempo. Esta velocidade depende das propriedades do meio,
como a elasticidade e a densidade. A sua unidade no SI é m s-1 e calcula-se através da
expressão

d (ou s ) d – distância percorrida pela onda, m


v=
∆t t – intervalo de tempo, s

As ondas podem ser classificadas com base na forma como se propagam em ondas
transversais ou ondas longitudinais.

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Também podem ser classificadas quando à sua natureza, em ondas mecânicas ou


ondas eletromagnéticas.

Onda mecânica Onda eletromagnética


Onda que necessita de um meio material Onda que não necessita de um meio
elástico para ser propagar. Resulta de material elástico para ser propagar.
oscilações das propriedades mecânicas, Resulta de oscilações da carga elétrica.
como a posição. Exemplo: som Exemplo: luz

2.1.2. Onda periódica

Onda periódica – é uma onda em que a emissão do sinal é repetida e ocorre em intervalo
de tempo regulares.

Este tipo de onda pode ser representado graficamente, tanto em função do tempo como
em função do espaço.
Os gráficos seguintes representam uma onda que resulta de uma perturbação da posição
das partículas do meio e refletem a periodicidade da onda:
 Periodicidade temporal – em que as caraterísticas da oscilação se repetem em
intervalos de tempo iguais.
 Periodicidade espacial – em que as caraterísticas da oscilação ser repetem em
comprimentos iguais, o que acontece quando o meio de propagação é homogéneo.

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Frequência da onda (f ou ) – número de oscilações por unidade de tempo e a unidade


do SI é hertz (Hz)
1
f=
T

Nota muito importante:


A frequência da onda é igual à frequência de oscilação do emissor, por isso, o seu valor é
constante em qualquer meio de propagação.

Se o meio de propagação é homogéneo, a velocidade de propagação da onda é


constante e pode ser determinada através do período, da frequência e do comprimento de
onda.

λ
v= =λ f
T

Sinais harmónicos – são sinais cuja periodicidade temporal pode ser descrita pela
função:

y= A sin (ω t) (unidades SI)

Frequência angular () é a medida da rapidez de variação do estado de oscilação e a


unidade do SI é radiano por segundo (rad s-1).


ω= =2 π f
T

A energia de um sinal harmónico depende da amplitude de oscilação e da frequência do


sinal. A energia do sinal harmónico é tanto maior quanto maior é a amplitude ou a
frequência da fonte emissora.

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A onda harmónica corresponde à propagação do sinal harmónico no espaço. A
frequência da onda harmónica é definida pela fonte emissora do sinal e não se altera
durante a sua propagação. Mesmo que a onda mude de meio de propagação, a
frequência da onda mantem-se inalterada, variando o comprimento de onda e a
velocidade de propagação.
v=λ f

A figura seguinte representa, no mesmo instante, duas ondas harmónicas (1 e 2) que se


propagam no mesmo meio. Os pontos A e B correspondem a dois pontos da onda que se
encontram no mesmo estado de vibração. A distância mínima entre dois pontos no
mesmo estado de vibração corresponde ao comprimento de onda.

É possível comparar a energia das duas ondas, já que esta depende da amplitude da
onda e da frequência. Como o meio de propagação é o mesmo e o comprimento de onda
é igual, então a frequência das duas ondas é também igual. Contudo a amplitude da onda
1 é superior à amplitude da onda 2, pelo que se pode concluir que a onda 1 transporta
mais energia do que a onda 2.

ONDAS COMPLEXAS

A maioria das ondas geradas no dia a dia são ondas complexas. Estas, apesar de serem
ondas periódicas, não podem ser traduzidas pela equação de uma onda harmónica.

As ondas complexas podem ser descritas como sendo a sobreposição de ondas


harmónicas de frequências diferentes.

2.1.3. Sinal sonoro

O som resulta de oscilações de parte de um meio material elástico, por isso, trata-se de
uma onda mecânica. A fonte vibra e transmite essa vibração às partículas que a rodeiam.
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No ar, a propagação da vibração origina uma onda longitudinal (a direção de vibração
coincide com a direção de propagação, como se vê na figura seguinte) que se forma por
sucessivas compressões e rarefações do meio (variações de pressão). O mesmo
acontece noutros gases e nos líquidos.

Zona de rarefação – região do meio que, num dado instante, apresenta menor
concentração de partículas e, por isso, menor pressão.

Zona de compressão – região do meio que, num dado instante, apresenta maior
concentração de partículas e, por isso, maior pressão.

A velocidade da transferência de energia da onda sonora depende sempre do meio de


propagação e, para o mesmo meio, depende também da temperatura. Uma vez que a
maior proximidade das partículas do meio onde a onda se propaga e a maior energia
cinética (sobretudo nos gases) são fatores que facilitam a transferência de energia.

Quando o som produzido descreve um movimento sinusoidal – som puro, as variações


de pressão geradas mo meio traduzem um sinal harmónico que pode ser expresso por:

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Esta função descreve como varia a pressão (p) de um local num meio com o tempo (t). À
semelhança dos outros sinais harmónicos, esta variação ocorre com periodicidade
temporal, e  representa a frequência angular da onda. Neste caso, p0 corresponde à
diferença de pressão máxima relativamente à pressão de equilíbrio, ou seja, quando não
há vibração do meio, e designa-se por amplitude de pressão.

Uma mesma onda apresenta também periodicidade espacial. A figura seguinte mostra a
propagação de uma onda sonora harmónica num tubo de ar. Verifica-se que as zonas de
compressão e de rarefação se repetem sempre a distâncias iguais. A distância entre duas
zonas de compressão sucessivas ou entre duas zonas de rarefação sucessivas
corresponde ao comprimento de onda.

A pressão e a frequência conferem diferentes características às ondas sonoras e


permitem distinguir as propriedades do som: intensidade do som e altura do som.

Intensidade do som – propriedade associada à amplitude de pressão da onda sonora.


Um som forte apresenta uma elevada amplitude de pressão, enquanto um som fraco
apresenta uma baixa amplitude de pressão.

Atura do som – propriedade associada à frequência da onda sonora. Um som baixo (ou
grave) apresenta uma frequência baixa, enquanto um som alto (ou agudo) apresenta
uma elevada frequência.

Para estudar as caraterísticas físicas de um sinal sonoro é necessário convertê-lo num


sinal elétrico com as mesmas caraterísticas do sinal sonoro, relativamente à frequência do
sinal e com uma amplitude equivalente, que posteriormente é analisado num
osciloscópio.

Microfone – dispositivo que permite transformar o sinal sonoro num sinal elétrico.

Altifalante – dispositivo que tem a função contrária do microfone, ou seja, que transforma
sinais elétricos em sinais sonoros.

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