Gestão Escolar Como Política Pública - Até Onde Uma Escola Consegue Chegar
Gestão Escolar Como Política Pública - Até Onde Uma Escola Consegue Chegar
Gestão Escolar Como Política Pública - Até Onde Uma Escola Consegue Chegar
Gestão Escolar como Política Pública: até onde uma escola consegue chegar?
<https://youtu.be/jeyskj7MWoo>
VINHEDO - SP
2020
UNIVERSIDADE VIRTUAL DO ESTADO DE SÃO PAULO
Gestão Escolar como Política Pública: até onde uma escola consegue chegar?
VINHEDO - SP
2020
CAMARGO, Gabriela Cremasco Barbosa; CUSTÓDIO, Fernando Djalma; SIMÕES, Joice
Regina; SANTOS, Josélia Maria dos; COSTA, Sueli Pereira. Gestão Escolar como Política
Pública: até onde uma escola consegue chegar? Relatório Técnico-Científico (Licenciatura
em Pedagogia) – Universidade Virtual do Estado de São Paulo. Tutor: João Pedro Lima
Eleutério. Polo Vinhedo-SP, 2020.
RESUMO
A melhor maneira de gerir uma Unidade Educacional pública é por meio de uma gestão
democrática e participativa. Porém, os caminhos, para que isso seja possível e obtenha bons
resultados, são tortuosos e enfrentam dificuldades que dependem da administração pública
vigente e das políticas públicas disponíveis para o trabalho local. Sendo assim, este trabalho visa
mostrar a importância de uma gestão democrática e participativa na Educação, explicitar como
ela depende de investimentos públicos e tentar encontrar soluções para que haja desenvolvimento
real na educação, pelo menos no que diz respeito à relação entre políticas públicas e Gestão
Escolar. Para tanto, serão realizadas coletas de dados em escolas municipais, estaduais e
particulares, entrevistas com gestores dessas escolas e análise dos resultados, além de leitura de
bibliografia especializada em gestão educacional e políticas públicas na Educação, sendo
algumas destas proporcionadas pelas disciplinas estudadas em Pedagogia, na UNIVESP.
Figura 1– Brainstorm............................................................................... 9
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO 1
2. DESENVOLVIMENTO 2
2.1 PROBLEMA E OBJETIVOS 4
2.2. JUSTIFICATIVA 4
2. 3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 5
2.4. APLICAÇÃO DAS DISCIPLINAS ESTUDADAS NO PROJETO INTEGRADOR 8
2.5. METODOLOGIA 9
3. RESULTADOS 12
3.1. SOLUÇÃO INICIAL 13
3.2. SOLUÇÃO FINAL 14
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS 17
REFERÊNCIAS 18
ANEXOS 23
1
1. INTRODUÇÃO
Você abriria uma distribuidora de sorvete no Polo Norte? Ou venderia pneus para neve
para motoristas de estradas de asfalto em regiões desérticas? Obviamente não. Qualquer
investidor busca conhecer seu público e suas necessidades para desenvolver e apresentar
produtos que lhes sejam úteis e funcionais (SIMÕES, 2020). Da mesma forma, uma Unidade
Básica de Saúde ou uma UPA - Unidade de Pronto Atendimento -, localizada numa região de
mata, precisa muito mais de estrutura para tratamento para malária ou veneno antiofídico do que
uma região metropolitana, pela probabilidade maior de incidência de casos que necessitem desse
tipo de tratamento.
Em uma Unidade Escolar não é diferente. Através das ações da Gestão Escolar é que se
torna possível atender ao público que compõem seu meio social. Para que esse atendimento seja
eficiente e obtenha resultados reais, é preciso que se considerem as características culturais,
econômicas e estruturais da comunidade em que a Unidade Escolar se insere.
Sendo assim, apesar das semelhanças, há uma diferença muito significativa no que diz
respeito à administração de um segmento público (dependendo de sua função administrativa, é
claro) e a administração privada. Em uma empresa privada o “foco está no desenvolvimento e
no crescimento do negócio, bem como no benefício dos gestores e proprietários”, enquanto na
administração pública o “planejamento e práticas gerenciais têm por meta o desenvolvimento
econômico e social da população” (RAMOS, 2020).
No caso, a Educação formal tem “por sua origem, seus objetivos e funções um fenômeno
social, estando relacionada ao contexto político, econômico, científico e cultural de uma
sociedade historicamente determinada…” (SCHAFRANSKI, 2005), no entanto, o tempo de
2
retorno de tamanho investimento não é imediato, muito pelo contrário, pode durar anos ou
mesmo décadas, ao contrário do que se espera no setor privado. Essa visão não imediata desse
investimento torna não “perceptíveis” as mudanças significativas e favoráveis para a sociedade,
que não progridem de acordo com a lógica capitalista de nossa sociedade.
Contudo, de acordo com Moreira e Vieira (2020), “passados mais de vinte anos, ainda é
rara a descentralização de recursos pelos entes, principalmente municípios, para as escolas de
sua rede” e, muitas vezes, eles são condicionados por resultados em avaliações de larga escala.
Existe, com relação a estes resultados, segundo Cerdeira (2018), “a tendência de
corresponsabilizar gestores e professores pelo desempenho dos alunos”. A mesma autora afirma
que existe uma
2. DESENVOLVIMENTO
Este projeto se origina do problema causado pelas barreiras que a Gestão Escolar enfrenta
no que diz respeito às políticas públicas e investimento na educação. Por isso, ao longo deste
trabalho, procura-se responder à questão-título: “Gestão Escolar como Política Pública: até onde
uma escola consegue chegar?”, por meio de análises da realidade vivida por muitas instituições
e de leitura de bibliografia especializada no tema da Gestão Escolar e das políticas públicas na
educação.
Para isso, serão analisadas atuações no âmbito Municipal, Estadual e Privado, em escolas
acompanhadas pelos integrantes desta pesquisa. Além disso, será realizada a verificação dos
problemas relativos à Gestão Escolar e os limites e perspectivas determinadas pelo poder público,
com o objetivo de explicitar o trabalho intensivo da escola na Gestão Escolar e as dificuldades
encontradas para ampliação das ações devido ao suporte limitado advindo da administração
pública.
2.2. Justificativa
2. 3. Fundamentação teórica
Para que uma escola consiga atingir seus objetivos educacionais, além de receber o
investimento necessário, é importante que sua gestão seja organizada de forma democrática e
participativa. Segundo Rocha e Hammes (2019, p. 648), “a Gestão Democrática em uma escola
pública é um dos fatores considerados essenciais para a melhora do desempenho do ensino e da
aprendizagem”.
A Gestão Democrática, porém, encontra alguns desafios, um deles está na própria LDB,
que aponta o contexto geral, mas não indica caminhos a serem seguidos para a implementação
desse tipo de gestão. É necessário aos gestores a compreensão acerca das mudanças existentes
na sociedade como um todo, mudanças essas de aspecto social, econômico e político e que
apresentam novas demandas, exigindo um novo olhar acerca dos conhecimentos necessários para
um panorama positivo, com todos mais engajados e ativos na comunidade.
Além de uma Gestão Democrática, as Unidades de Ensino devem contar com uma Gestão
Participativa:
Porém, a efetivação dessa forma de gestão é atravessada por questões que fogem à
administração local e precisam de respaldo de políticas públicas que proporcionem o
investimento necessário às unidades educacionais, para que estas possam cumprir sua função
social.
Para garantir o bem estar da sociedade existem as políticas públicas que abrangem vários
setores como de habitação, assistência social, saúde, lazer, segurança, transporte e, no caso deste
estudo, a educação. As políticas públicas são ações de âmbito nacional, estadual ou municipal
que asseguram direitos de todo cidadão. Pereira (2008) assim define o conceito de políticas
públicas
É, em outras palavras, ação pública, na qual, além do Estado, a sociedade se faz presente,
ganhando representatividade, poder de decisão e condições de exercer o controle sobre a sua
própria reprodução e sobre os atos e decisões do governo e do mercado (PEREIRA, 2008, p. 94).
Voltando um olhar para a esfera da educação, a gestão escolar tem uma importância
expressiva, pois faz a ponte entre a comunidade escolar e a escola, e as políticas públicas têm
um papel significativo, já que ampara as necessidades dessa comunidade e as transformam em
projetos. Seguindo esse princípio de ter a educação como ação social, Ferreira (2004) destaca
que
Lück (1997) explana o conceito de gestão no contexto educacional, tomando por base
seu caráter democrático-processual, reconhecendo a importância de deixar claro que políticas
públicas não é de total responsabilidade do governo. A autora a define dessa forma
1
Edutainment é a produção de conteúdo educacional, soluções tecnológicas ou métodos de ensino
que utilizam valores do entretenimento.
8
Mesmo com esses dados caóticos relacionados à educação brasileira, foi possível
verificar recentemente que as Redes Públicas e as Particulares de ensino, não atingiram a meta
do IDEB 2019. No entanto, vale ressaltar que as escolas públicas apresentaram mais avanços que
as escolas privadas. Para Cláudia Costin “sem o empenho do professor em se inovar, as
desigualdades educacionais seriam ainda piores”.
Para a elaboração deste projeto, foi necessária a leitura de muitas referências que
encontramos em disciplinas da Pedagogia ao longo dos últimos semestres de curso. A disciplina
de Gestão Escolar foi fundamental para a compreensão sobre a importância da temática escolhida
para este trabalho, pois, a partir dos estudos nessa disciplina, entendemos melhor o conceito e a
9
Além dessa disciplina, também foi de grande ajuda o estudo proporcionado pela
disciplina de Educação Não Formal sobre as transformações sociais ocorridas a partir da
educação. Ademais, os Estágios Supervisionados em Gestão, tanto na Educação Infantil, quanto
nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, contribuíram para que houvesse a possibilidade de
conhecimento do contexto escolar real e dos problemas enfrentados pela Gestão Escolar.
2.5. Metodologia
Fazer um projeto sobre educação em tempos de distanciamento social não é fácil - tendo
em vista que, durante a execução deste trabalho, vivemos em meio a uma pandemia. Por isso, a
coleta de dados tem sido feita por meio de ligações, e-mails e videoconferências.
Em situações novas como a que a sociedade atual está vivendo, é preciso pensar em
inovações para que seja possível viver com o maior nível de normalidade possível. Pensando
nisso, o design thinking foi fundamental como estratégia para repensarmos nossa realidade e nos
adequarmos a um contexto cheio de dificuldades e impasses. Sendo assim, em meio ao problema
da falta de recursos públicos destinada à educação, ou à comunidade escolar, que, como
consequência, é um entrave para a uma eficaz gestão democrática, precisamos repensar as
possibilidades e redesenhar as estratégias ao alcance da escola para que essa gestão aconteça da
melhor forma possível.
Para o Brainstorm2, optamos por iniciá-lo no final de julho do presente ano, visto que
os componentes deste grupo já se apresentaram com propósito de estabelecer plano para o último
Projeto Integrador desta graduação. Ao ser disponibilizado o tema no início do mês de agosto, o
grupo deu início às reuniões online.
Tendo sido estabelecida a temática na área de Gestão Escolar, demos início a um debate
no qual todas as ideias foram catalogadas e, em seguida, utilizamos o Diagrama de Ishikawa3
para que fosse possível discriminar problemas e soluções acerca da administração escolar.
O mais indicado seria termos vários componentes para participação nesses encontros
(representantes de gestão escolar, estudantes, representantes da sociedade, entre outros), porém,
devido ao isolamento social e às características do presente projeto, as colocações iniciais
basearam-se nas experiências práticas e conhecimentos teóricos de cada um dos componentes.
Houve debates também dos fatores históricos que resultaram na situação atual.
2
“O brainstorm é uma dinâmica de grupo que é usada em várias empresas como uma técnica para resolver
problemas específicos, para desenvolver novas ideias ou projetos, para juntar informação e para estimular o
pensamento criativo” (SIGNIFICADO, 2014).
3
“O Diagrama de Ishikawa é um gráfico cuja finalidade é organizar o raciocínio em discussões de um problema
prioritário em processos diversos (...). É uma das mais importantes ferramentas de gestão existentes” (MANICA,
2015).
11
Após ordenadas as ideias, foi possível então levantar uma questão crucial sobre a gestão
escolar, na qual é pretendido que, após este estudo, seja possível seguir rumo ao esclarecimento
de algumas questões que envolvem a Gestão Escolar como Política Pública e até onde uma escola
consegue chegar.
12
3. RESULTADOS
Em uma palestra intitulada “Ser professor”, o filósofo Leandro Karnal, quando cita os
resultados da educação para a sociedade, relembra seu amigo Rubem Alves que diz “Eu entendo
que eu plantei Carvalho, eu não plantei Eucalipto, ou seja, demora muito pra crescer… demora
muito pra dar resultado”4. Esta colocação expressa com profundidade os efeitos dos resultados
da educação no desenvolvimento da sociedade.
Já analisamos anteriormente a necessidade de investimentos na educação e a
impossibilidade de conquistar efeitos imediatos, visto que se trata de uma construção complexa
que demanda várias vertentes, dentre elas, as características socioeconômicas, estas, pela
discrepância no acesso a informações, à tecnologia e pelo ingresso no mercado de trabalho de
maneira precoce da camada social menos favorecida em comparação às mais favorecidas.
Pelo trato humano e sua complexidade, “A Educação não pode jamais ser gerida como
empresa porque tem objetivos completamente diferentes. Educação não visa produzir dinheiro,
mas sim, desenvolvimento humano” (TERRIBILI, 2020). Ao contrário das empresas privadas,
que, mesmo sendo da área educacional, visam ao lucro – seja por venda de material apostilado,
uniformes escolares e mensalidades –, as escolas públicas dependem que o envio de valores seja
proveniente do investimento de recursos públicos e, infelizmente, nem sempre isso ocorre de
maneira efetiva. Isso ocorre muitas vezes porque muitos dos recursos públicos frequentemente
são utilizados em esquemas de desvio de verbas e, comumente, vemos nos meios de comunicação
a frequência com que isso ocorre com verbas que deveriam ser destinadas à saúde e à educação.
Um exemplo recente foi a investigação ocorrida em 2016, denominada pela Polícia Federal como
“Máfia da Merenda”, na qual deputados dos partidos políticos aliados, secretários, coordenadores
e chefias e cargos de confiança da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo participaram
de desvios milionários da merenda escolar. E mesmo com tamanho desfalque, a votação para
uma CPI para averiguação não foi aprovada e os processos judiciais foram engavetados. O
dinheiro desviado nunca foi recuperado (MELO, 2018).
Vale ressaltar que, no Brasil, temos hoje, ano de 2020, 10,3 milhões de pessoas que vivem
em estado de extrema pobreza, entrando automaticamente no que é chamado de “Mapa da Fome”
(SILVEIRA, 2020), e que crianças em idade escolar pertencentes a essa camada da sociedade se
alimentam, quase que exclusivamente, da merenda escolar (GARCIA, 2019).
4
O Carvalho só começa a produzir 50 anos após o plantio, enquanto o Eucalipto necessita apenas de 6 anos.
13
Estes tópicos até aqui discorridos foram colocados porque, em entrevistas com a Gestão
Escolar das escolas públicas acompanhadas no desenvolvimento deste trabalho, gestores
acentuaram, em tom de desabafo, sua impotência ao oferecer “suco de pó e bolacha água e sal
para os estudantes e depois, ‘exigir’ que eles aprendam alguma coisa em sala de aula”.
Casos como este não foram encontrados em estudantes de escolas privadas, o que auxilia
imensamente no desenvolvimento acadêmico destes.
Além de vários depoimentos, os gestores responderam a uma pesquisa escrita, na qual
descrevem os recursos recebidos e como fazem uso deles.
Foi possível analisar em todas as Unidades Escolares que, tanto escolas públicas como
privadas, recebem suporte do poder público. Nota Fiscal Paulista é um exemplo de suporte
governamental para escolas privadas. Nos relatos, foi possível verificar também que, para
participação de eventos externos, é comum que escolas privadas consigam adquirir suporte para
transporte dos estudantes através da Prefeitura Municipal local. Outro recurso público obtido
pelas escolas privadas é o chamado voucher, o qual se trata de um recurso municipal. Na falta de
vagas para estudantes nas escolas públicas, principalmente da Educação Infantil, a criança é
direcionada à uma escola privada e seu atendimento é pago através deste voucher. No caso da
OSC entrevistada, os recursos são provenientes dos convênios estabelecidos com o Poder Público
Municipal e Empresas Privadas, porém a escola desenvolve ações próprias para arrecadação de
fundos.
As Escolas Públicas Estaduais contam exclusivamente com recursos públicos. Estes
recursos têm origem nos governos Federais, Estaduais e Municipais, sendo: PDDE 6 Básico
(Federal), PDDE Paulista I e II (Estadual), Acessibilidade (Federal), Educação Conectada
(Federal), Merenda Escolar (Municipal através do convênio desta com Governo Estadual) e Rede
de Suprimentos (Estadual). No caso das PEI, o investimento é maior. Essa vantagem no
investimento inclui também o pagamento salarial de professores e Gestão Escolar que contam
com uma bonificação mensal de 75% a mais de acordo com o salário de cada um.
5
O Clima Escolar tem por propósito favorecer relações sociais e auxiliar no processo educativo, bem como na
inclusão escolar, através da estruturação de um ambiente afável, pacífico e positivo, construído a partir do plano
de Gestão, desenvolvido com a participação de todos os envolvidos, sendo os componentes da escola e sociedade.
(MORO, 2018)
6
PDDE - Programa Dinheiro Direto na Escola
15
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A Gestão Escolar pode, sim, fazer diferença numa escola pública. O uso dos recursos
públicos recebidos, se utilizados de maneira coerente, realizando pesquisa de mercado, unindo a
sociedade aos propósitos da escola, favorece a construção de um ambiente favorável para o
desenvolvimento das aprendizagens. A Gestão Escolar também pode, através dos Projetos
Políticos Pedagógicos, Planejamentos e Planos de Aulas, aproximar o conteúdo escolar do
cotidiano das pessoas, favorecendo o caminho às aprendizagens necessárias.
Contudo, vimos que o investimento público ainda está aquém do necessário e, além do
investimento financeiro insuficiente, temos professores mal remunerados e com carência de
formação profissional. Muitas vezes, estes atuam em até quatro unidades escolares para garantir
subsistência pessoal. Os recentes cortes no investimento da educação e a falta de fiscalização
quanto aos desvios de recursos públicos também são fatores preocupantes e que dependem
exclusivamente das ações dos governos.
A Gestão Pública fazendo uso dos recursos advindos de Políticas Públicas, podem sim,
mudar de maneira eficiente alguns quesitos para a diminuição das desigualdades, porém ainda
não é possível dar condições de mudança social que favoreçam a atuação dos estudantes na vida
acadêmica. Fatores como fome, desemprego, trabalho infantil após a escola ou entrada precoce
no mercado de trabalho para auxiliar o sustento da família, prejudicam a progressão acadêmica
e, consequentemente, impedem uma ascensão social.
As Políticas Públicas e a atuação no combate à miséria, proporcionando a tão falada
Dignidade da Pessoa Humana, como descrito no Art. 1º da Constituição precisa sair das páginas
dos livros e atuar nas vidas.
18
REFERÊNCIAS
CERDEIRA, Diana Gomes da Silva. Fatores associados ao uso dos resultados de avaliações
externas no contexto das políticas de responsabilização educacional. RBPAE - v. 34, n. 2, p.
613 - 634, mai./ago. 2018.
FERRAZ, Ricardo. Redes pública e particular de ensino não atingem meta do IDEB 2019.
Disponível em: <https://veja.abril.com.br/educacao/redes-publica-e-particular-de-ensino-nao -
atingem-meta-do-ideb-2019/>. Acesso em 17 set 2020.
GARCIA, Maria Fernanda. Brasil: crianças que só têm alimentação na escola passam fome
nas férias. Observatório do Terceiro Setor. Disponível em:
<https://observatorio3setor.org.br/noticias/brasil-criancas-que-so-tem-alimentacao-na-escola-
passam-fome-nas-
ferias/#:~:text=Brasil%3A%20crian%C3%A7as%20que%20s%C3%B3%20t%C3%AAm%20a
limenta%C3%A7%C3%A3o%20na%20escola%20passam%20fome%20nas%20f%C3%A9rias
,-
Maria%20Fernanda%20Garcia&text=No%20Brasil%2C%202%2C5%25,popula%C3%A7%C
3%A3o%20passou%20fome%20em%202017.&text=Al%C3%A9m%20disso%2C%20segund
o%20o%20Instituto,54%2C8%20milh%C3%B5es%20de%20pessoas.>. Acesso em 10 nov.
2020.
Gestão Escolar : O guia completo de Gestão Democrática nas escolas. Escolaweb, ano.
Disponível em: <https://escolaweb.com.br/gestao-escolar/o-guia-completo-de-gestao-
democratica-nas-escolas/>. Acesso em 11 out 2020
KARNAL, Leandro. Ser professor. Canal Saber Filosófico. YouTube. Disponível em:
<https://www.youtube.com/watch?v=2hJNGn3w58M>. Acesso em 13 out 2020.
<www.faef.edu.br/testergb/downloads/images/A_EVOLUÇÃO_DA_GESTÃO_EDUCACION
AL.doc>. Acesso em 11 out 2020.
MOREIRA, Antonio Nilson Gomes e VIEIRA, Sofia Lerche. Autonomia financeira da escola:
o estado da questão. REVISTA EDUCAÇÃO E CULTURA CONTEMPORÂNEA | v. 17, n.
49, p. 476-504, 2020.
MORO, Adriano. Você sabe o que compõe o Clima Escolar? Revista Nova Escola. Disponível
em: <https://novaescola.org.br/conteudo/11898/voce-sabe-o-que-compoe-o-clima -escolar>.
Acesso em 11 nov. 2020.
OLIVEIRA, Elida. Corte no MEC pode tirar R$ 1 bilhão da educação básica e atingir
também livros didáticos. G1. Disponível em: <https://g1.globo.com/educacao/noticia/2020/
10/03/corte-no-mec-pode-tirar-r-1-bilhao-da-educacao-basica-e-atingir-tambem-livros-
didaticos.ghtml>. Acesso em 03 out. 2020.
PEREIRA, Potyara A. P. Discussões conceituais sobre política social como política pública e
direito de cidadania. In: Política social no capitalismo: tendências contemporâneas. São Paulo:
Cortez, 2008.
RAMOS, Malu. Qual é a diferença entre Gestão Pública e Privada? FICR - Faculdade
Católica Imaculada Conceição. Disponível em: <https://inscricaoficr.catolica.edu.br/blog
/diferenca-entre-gestao-publica-e-privada>. Acesso em 01 set 2020.
ROCHA, Jefferson Marçal da e HAMMES, Lúcio Jorge. Gestão e democracia em uma escola
pública. In.: RBPAE - v. 34, n. 2, p. 635 - 652, mai./ago. 2018.
SILVA, Andréa Villela Mafra da; FERNANDES, Claudia de Oliveira. Avaliação Externa na
Educação Básica: do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica à Base Nacional
Comum Curricular. 39º Reunião Nacional da ANPEd. UFF - Universidade Federal
Fluminense, de 20 a 24/10/2019.
STRUCK, Jean-Philip. Judiciário brasileiro é 3,5 vezes mais caro que o alemão. WD. Brasil.
09-02-2018. Disponível em: <https://www.dw.com/pt-br/judici%C3%A1rio-brasileiro-
%C3%A9-35-vezes-mais-caro-que-o-alem%C3%A3o/a-42522655>. Acesso em 17 set 2020.
22
TERRIBILI Filho, Armando. Aula Inaugural MBA USP - Gestão Escolar. USP-ESALQ. Aula
Inaugural do Curso MBA em Gestão Escolar. 23 out. 2020.
UOL ECONOMIA. Dono da Amazon é a 1ª pessoa a alcançar fortuna superior a US$ 200
bilhões. Disponível em: <https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2020/08/27/dono-da-
amazon-e-a-1-pessoa-a-alcancar-fortuna-superior-a-us-200-bilhoes.htm>. Acesso em 05 set
2020.
23
ANEXOS
PESQUISA
PROJETO INTEGRADOR VI
UNIVESP - PEDAGOGIA
GESTÃO ESCOLAR
A presente pesquisa não poderá conter qualquer identificação direta do gestor e da Unidade
Escolar a que representa.
4) Quais recursos financeiros sua Unidade Escolar recebe? (valores em dinheiro, isenção
de impostos, créditos de compras).
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
5) Desses recursos, tem algum específico que dá liberdade para utilizar em aquisição para
estrutura necessária que atenda sua Unidade Escolar?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________
9) O que seria necessário, advindo da administração superior, para que sua Unidade
Escolar tivesse um desenvolvimento ideal visando a formação integral dos Estudantes?
_____________________________________________________________________
_____________________________________________________________________