DJ7278 2021-Disponibilizado
DJ7278 2021-Disponibilizado
DJ7278 2021-Disponibilizado
DESEMBARGADORES
RÔMULO JOSÉ FERREIRA NUNES CÉLIA REGINA DE LIMA PINHEIRO MARIA FILOMENA DE ALMEIDA BUARQUE
LUZIA NADJA GUIMARÃES NASCIMENTO MARIA DE NAZARÉ SAAVEDRA GUIMARÃES LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO
VÂNIA VALENTE DO COUTO FORTES BITAR CUNHA LEONAM GONDIM DA CRUZ JÚNIOR MAIRTON MARQUES CARNEIRO
VÂNIA LÚCIA CARVALHO DA SILVEIRA DIRACY NUNES ALVES EZILDA PASTANA MUTRAN
CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO RONALDO MARQUES VALLE MARIA ELVINA GEMAQUE TAVEIRA
MARIA DE NAZARÉ SILVA GOUVEIA DOS SANTOS GLEIDE PEREIRA DE MOURA ROSILEIDE MARIA DA COSTA CUNHA
RICARDO FERREIRA NUNES JOSÉ MARIA TEIXEIRA DO ROSÁRIO JOSÉ ROBERTO PINHEIRO MAIA BEZERRA JÚNIOR
LEONARDO DE NORONHA TAVARES MARIA DO CÉO MACIEL COUTINHO ROSI MARIA GOMES DE FARIAS
MARIA EDWIGES DE MIRANDA LOBATO EVA DO AMARAL COELHO
ROBERTO GONÇALVES DE MOURA
PRESIDÊNCIA
CONSIDERANDO os inestimáveis serviços prestados ao povo e ao Estado do Pará por aqueles que,
numa labuta profissional incessante na busca do desenvolvimento deste Estado, com competência
técnica, postura ética e de forma desprendida de qualquer interesse pessoal, enobrecem e servem de
exemplo a todos;
CONSIDERANDO que é dever do Poder Judiciário tornar público seu reconhecimento àqueles que, muitas
vezes com sacrifício pessoal, merecem a gratidão e admiração do povo e do Judiciário paraense, pelo
empenho em favor das causas públicas;
CONSIDERANDO que ao Chefe do Poder Judiciário compete expressar tal reconhecimento em nome do
Tribunal de Justiça do Estado do Pará;
RESOLVE:
I - GRÃ-CRUZ
II - GRANDE OFICIAL
III - COMENDADOR
IV - OFICIAL
Advogado
LUCIANA SÁ FERNANDES
V - CAVALEIRO
Terceirizado
Terceirizado
III - COMENDADOR
Considerando o gozo de folgas, por compensação de plantão, da Juíza de Direito Alessandra Isadora
Vieira Marques,
DESIGNAR o Juiz de Direito Newton Carneiro Primo, titular da Vara de Infância e Juventude de
Ananindeua, para responder, sem prejuízo de sua jurisdição, pela 2ª Vara de Família de Ananindeua, nos
dias 07 e 09 de dezembro do ano de 2021.
Considerando o pedido de licença médica do Juiz de Direito Sérgio Augusto Andrade de Lima,
DESIGNAR a Juíza de Direito Shérida Keila Pacheco Teixeira Bauer, Auxiliar de 3ª Entrância, para
responder, sem prejuízo de suas designações anteriores, pela 12ª Vara Criminal da Capital, no período de
06 de dezembro do ano de 2021 a 04 de janeiro do ano de 2022.
DESIGNAR o Juiz de Direito Luiz Otávio Oliveira Moreira, Auxiliar de 3ª Entrância, para responder, sem
prejuízo de suas designações anteriores, pela 3ª Vara de Execução Fiscal da Capital, no período de 30 de
novembro a 17 de dezembro do ano de 2021.
COLOCAR o servidor EDMAR CARNEIRO RIBEIRO, Auxiliar Judiciário, matrícula nº 171522, lotado na 2ª
Vara Cível e Empresarial da Comarca de Barcarena, À DISPOSIÇÃO da Comarca de Ananindeua, pelo
prazo de 12 (doze) meses, lotando-o na Central de Digitalização e Virtualização.
REMOVER, por permuta, nos termos dos artigos 19 e 20 da Resolução 5/2019-GP, publicada no DJ
edição 6684 de 24/06/2019, os servidores TASSIO RAFAEL DA SILVA RODRIGUES, Analista Judiciário -
Área Judiciária, matrícula nº 166031, da Vara Única da Comarca de Oeiras do Pará, para a 2ª Vara
Cumulativa da Comarca de Cametá, e LETICIA DE CARVALHO MONTEIRO, Analista Judiciário - Área
Judiciária, matrícula nº 173312, da 2ª Vara Cumulativa da Comarca de Cametá, para a Vara Única da
Comarca de Oeiras do Pará, a partir de 07/01/2022.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
DESIGNAR o servidor MAURICIO CRISPINO GOMES, matrícula nº 70149, para responder pelo Cargo em
Comissão de Secretário, REF-CJS-8, junto à Secretaria de Planejamento, Coordenação e Finanças,
durante o afastamento por folga do titular, Miguel Lucivaldo Alves Santos, matrícula nº 155527, no dia
03/12/2021.
DESIGNAR o servidor IRAKITAN DA SILVA E SILVA, Auxiliar Judiciário, matrícula nº 161918, para
exercer, em caráter excepcional, a função de Oficial de Justiça Ad hoc, junto ao Fórum da Comarca de
Nova Timboteua, especificamente durante as férias do servidor Uris da Silva Macedo, Oficial de Justiça
Avaliador, matrícula nº 157627, retroagindo seus efeitos ao período de 16/11/2021 a 30/11/2021.
DESIGNAR o servidor BENEDITO SANTOS DA SILVA, matrícula nº 152552, para exercer, em caráter
excepcional, a função de Oficial de Justiça Ad hoc, junto ao Fórum da Comarca de Prainha,
especificamente durante o afastamento por motivo de doença em pessoa da família da servidora Ellen
Maria Campos da Silva, Oficial de Justiça Avaliador, matrícula nº 150746, retroagindo seus efeitos ao
período de 23/09/2021 a 26/09/2021.
DESIGNAR a servidora FERNANDA PEREZ CARVALHO BARBOSA, Analista Judiciário - Área Judiciária,
matrícula nº 171115, para exercer, em caráter excepcional, a função de Oficial de Justiça Ad hoc, junto ao
Fórum da Comarca de Monte Alegre, retroagindo seus efeitos ao período de 01/11/2021 a 20/11/2021.
DESIGNAR o servidor LUAN DE JESUS COSTA, Auxiliar Judiciário, matrícula 172294, para exercer, em
caráter excepcional, a função de Oficial de Justiça Ad hoc, junto à Comarca de Ourilândia do Norte,
especificamente durante o afastamento por licença prêmio do servidor Cassio Brito Pinto, Oficial de Justiça
Avaliador, matrícula nº 150151, retroagindo seus efeitos ao período de 01/11/2021 a 30/11/2021.
DESIGNAR a servidora NATALIA FRANKLIN SILVA E CARVALHO, Analista Judiciário - Área Judiciária,
matrícula nº 189464, para exercer, em caráter excepcional, a função de Oficial de Justiça Ad hoc, junto ao
Fórum da Comarca de Senador José Porfírio, especificamente durante o afastamento por folgas e férias
da servidora Artenizia Ferreira Coelho, matrícula nº 162116, no período de 16/11/2021 a 17/12/2021.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
DESIGNAR a Senhora LETÍCIA MENEZES MUNIZ, para desenvolver a função de Conciliador Voluntário,
junto à 8ª Vara do Juizado Especial Cível de Belém, sem ônus para o Poder Judiciário do Estado do Pará.
DESIGNAR o Senhor GUSTAVO DE ARAÚJO LIMA, para desenvolver a função de Conciliador Voluntário,
junto à Vara do Juizado Especial Cível de Icoaraci, sem ônus para o Poder Judiciário do Estado do Pará,
retroagindo seus efeitos ao dia 02/08/2021.
DESIGNAR a Senhora RAFAELLE DOS SANTOS ALENCAR, para desenvolver a função de Conciliador
Voluntário, junto ao Juizado Especial Cível e Criminal da Comarca de Itaituba, sem ônus para o Poder
Judiciário do Estado do Pará.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
VICE-PRESIDÊNCIA
PROCESSO Nº 0005243-34.2020.2.00.0814
DECIDO: (...) Analisando os documentos insertos aos autos, bem como a manifestação da SEPLAN,
observo que em 6 de Abril de 2020 foi publicada a decisão que revogou o efeito suspensivo das portarias
nº 5875 e 5876.2019-GP, confirmando a perda da delegação interina de UCILENE SILVA DE JESUS
SOARES e a designação de ANTÔNIA DOS REIS SOUZA como nova interina da serventia do Distrito de
Matutui, CNS 066134, Comarca de Irituia. Assim, constato a perde de objeto do presente expediente, uma
vez que, no site do Conselho Nacional de (Justiça, Justiça Aberta), já consta como responsável interina do
Cartório de Irituia ¿ PA (CSN-06.613.4) a Sra. Antônia dos Reis Souza. Diante do exposto, DETERMINO
à Divisão Judiciária desta Corregedoria que atualize e armazene a referida informação em pasta funcional
da serventia. Assim, não havendo outra medida a ser adotada, DETERMINO o arquivamento do presente
expediente. Sirva a presente decisão como ofício. À Secretaria para os devidos fins. Após, arquive-se.
Belém, 02 de dezembro de 2021. ROSILEIDE MARIA DA COSTA CUNHA Corregedora de Justiça
PROCESSO Nº 0000033-83.2021.2.00.0614
PEDIDO DE PROVIDÊNCIAS
DECISÃO (...)
Analisando os fatos apresentados pelo requerente, percebe-se que a sua real intenção é a adoção de
medidas disciplinares em face do Juízo reclamado, por conta do extenso atraso ocorrido para realização
de audiência marcada para o dia 06/10/2021.
Ocorre que, consoante às informações prestadas pelo Magistrado do feito aliadas às colhidas por meio de
consulta ao sistema PJE, observo que a mora reclamada foi plenamente justificada, bem como a audiência
em questão, embora realizada com atraso e sem a presença da ora requerente, não trouxe nenhum
prejuízo às partes.
Diante do exposto, considerando não haver a princípio qualquer outra medida a ser tomada por este
Órgão Correcional, DETERMINO o ARQUIVAMENTO do Pedido de Providências, com fulcro no art. 9º, §
2º da Resolução nº 135 do Conselho Nacional de Justiça, antes, porém, RECOMENDO ao JUÍZO DE
DIREITO DA 4a VARA CÍVEL E EMPRESARIAL DA COMARCA DE MARABÁ, que empreenda todos
os esforços necessários para que situações dessa natureza não se repitam.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
Corregedora-Geral de Justiça
PROCESSO Nº 0003852-10.2021.2.00.0814
ADVOGADO: RAMON WILLIAN SILVA CARNEIRO BARATA OAB/PA 23.065 E HELENA MARIA
SILVA CARNEIRO OAB/PA 2.639
DECISÃO (...)
De início, observo que a presente representação por excesso de prazo reputa questão jurisdicional que
exorbita o âmbito do poder censório desta Corregedoria, e sobre a qual deixo proceder qualquer análise.
Cumpre destacar que a Lei Complementar nº 35, de 14/03/1979 ¿ Lei Orgânica da Magistratura Nacional
(LOMAN), a fim de impedir que a atuação dos órgãos censores interfira na independência do magistrado,
assim dispõe:
¿Art. 40. A atividade censória de Tribunais e Conselhos é exercida com o resguardo devido à dignidade e
à independência do magistrado.
Art. 41. Salvo os casos de impropriedade ou excesso de linguagem o magistrado não pode ser punido ou
prejudicado pelas opiniões que manifestar ou pelo teor das decisões que proferir.¿
Assim, convém informar a reclamante que a competência desta Corregedoria-Geral de Justiça se restringe
a situações de ordem administrativa, sem nenhuma função judicante.
Desse modo, não cabe ao Órgão Correcional analisar mérito de decisão judicial, tampouco avaliar os
fundamentos da mesma, sob pena de extrapolar os limites de sua competência e, mais grave ainda, ferir a
independência do juiz.
De outro lado, verifico também que o requerente intenciona o impulsionamento dos autos nº 0012916-
71.1996.8.14.0301, com a análise de seu pedido de reconsideração protocolado em 22/04/2021.
Assim, RECOMENDO ao Juízo da 3ª Vara Cível e Empresarial de Belém que permaneça proporcionando
a regular tramitação dos autos nº 0012916-71.1996.8.14.0301, a fim de que a prestação jurisdicional
alcance seu objetivo, observando o princípio constitucional da razoável duração do processo, disposto no
Art. 5º, LXXVIII, da Constituição Federal.
Por fim, considerando não haver qualquer outra medida a ser adotada por esta Corregedoria-Geral de
Justiça, DETERMINO o ARQUIVAMENTO da presente representação por excesso de prazo, com fulcro
no art. 9º, § 2º da Resolução nº 135 do Conselho Nacional de Justiça.
Corregedora-Geral de Justiça
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
PROCESSO Nº 0003575-91.2021.2.00.0814
DECISÃO (...)
Em análise aos presentes autos verifico que as representantes reputam questões de natureza jurisdicional
que exorbitam o âmbito do poder censório desta Corregedoria, e sobre as quais deixo proceder qualquer
análise.
De outra banda, percebe-se que a real intenção das representantes era que fosse dado impulso aos autos
dos processos nº 0848670-15.2018.8.14.0301, 0812243-14.2021.8.14.0301 e 0824632-
31.2021.8.14.0301.
Consoante às informações prestadas pela Exma. Sra. Dra. Betânia de Figueiredo Pessoa, respondendo
pela 4ª Vara de Família da Capital, convalidadas por consulta realizada ao sistema PJE em 02/15/2021,
pude verificar que:
Consta ainda, certidão datada de 08/11/2021, de remessa dos autos ao 7ª CEJUSC, conforme ordenado
pelo Juízo, e ainda certidões do 7º CEJUSC, datadas de 22 e 25/11/2021, e também certidão lavrada pela
Oficial de Justiça Mayara Leal Miranda atestando a citação/intimação de Jorge Manoel Coutinho Ferreira.
A última movimentação dos autos data de 01/12/2021, com certidão do 7º CEJUSC, devolvendo os feitos
objetos deste procedimento ao Juízo de origem ante a indisponibilidade do requerido de comparecer às
sessões.
Assim, vê-se que os feitos encontram apensados, com tramitação processual regularizada, apresentando
sua última movimentação em 01/12/2021, com o retorno dos autos à 3ª Vara de Família da Capital.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
Por fim, considerando não haver qualquer outra medida a ser adotada por esta Corregedoria-Geral de
Justiça, DETERMINO o ARQUIVAMENTO da presente representação por excesso de prazo, com fulcro
no art. 9º, § 2º da Resolução nº 135 do Conselho Nacional de Justiça.
Corregedora-Geral de Justiça
PROCESSO Nº 0003411-29.2021.2.00.0814
RECLAMAÇÃO DISCIPLINAR
RECLAMANTE: EXMO. SR. DR. CHARLES CLAUDINO FERNANDES, JUIZ DE DIREITO DA VARA
ÚNICA DA COMARCA DE VISEU/PA
DECISÃO (...)
Considerando a ocorrência do evento morte, incide sobre os presentes autos a perda superveniente de
objeto, dada a ausência de eficácia instrumental para aplicação de penalidades eventualmente
decorrentes de apuração infracional.
Desse modo, com fulcro no art. 5º, XLV da CF/88, DECLARO EXTINTA A PUNIBILIDADE e DETERMINO
o ARQUIVAMENTO dos presentes autos.
Corregedora-Geral de Justiça
PJECOR Nº 0005837-48.2020.2.00.0814
REQUERENTE: INSTITUTO DE TERRAS DO PARÁ - ITERPA
EMENTA: PEDIDO DE PROVIDÊNCIAS - SERVENTIA EXTRAJUDICIAL ¿ IMÓVEL RURAL - ¿
IRREGULARIDADE REGISTRAL - BLOQUEIO - CANCELAMENTO ¿ REQUALIFICAÇÃO -
COMPETÊNCIA JUIZ AGRÁRIO ¿ DECISÃO ¿ CARÁTER NORMATIVO E GERAL.
DECISÃO: Tratam os presentes autos de pedido formulado pelo Instituto de Terras do Pará ¿ ITERPA,
solicitando providências em relação aos documentos imobiliários identificados ao tempo de exame dos
processos n 2008/485818 e 2009/317257, de interesse de Cláudia Dalmaso Vale, nº 2008/485827, de
interesse de Lígia Dalmaso Planfoni e nº 1997/50358, de interesse de Aydes Neves Rufino, que apontam
para existência de indícios de duplicidade de cadeia dominial, em relação à Carta de Sesmaria em nome
de Domingos Rabello, concedida em 10 de outubro de 1766 e confirmada em 25 de fevereiro de 1767. É o
sucinto relatório. DECIDO. Atenta aos autos, observo tratar-se de situação exaustivamente discutida
quando da análise do expediente PJeCOR nº 0003902-70.2020.2.00.0814, por meio da Decisão ID
310786, publicada no Diário da Justiça nº 7100/2021, de 15.03.2021, ao
qual esta Corregedoria atribuiu efeito normativo ao entendimento ali exposto, qual seja: (...) 5 ¿ Atribuo,
caráter normativo geral e normativo a presente decisão, para firmar a competência dos Juízos da Varas
Agrárias para as questões envolvendo demandas administrativas de registro de imóveis de terras rurais,
cabendo a este Órgão Censor a função recursal e disciplinar em qualquer caso.(...) Dessa forma, seguindo
o entendimento firmado por este Órgão Orientador, valho-me da fundamentação exposta no decisum ID
310786, referente ao PJeCOR nº 0003902-70.2020.2.00.0814, para: Dessa forma, seguindo o
entendimento firmado por este Órgão Orientador, valho-me da fundamentação exposta no decisum ID
310786, referente ao PJeCOR nº 0003902-70.2020.2.00.0814, para: REAFIRMAR a competência
originária de piso ao Juízo da Vara Agrária Competente à Comarca de Almeiram ou seja, Vara Agrária de
Santarém, para apreciar as causas relativas aos registros públicos no que se refere às áreas rurais,
devendo os interessados dirigirem-se àquele juízo para análise de suas demandas, se assim entenderem;
DETERMINAR juntada de cópia da citada decisão ID 310786, referente ao PJeCOR nº 0003902-
70.2020.2.00.0814, nestes autos, como parte integrante desta decisão; DETERMINAR sejam os autos
encaminhados ao Juiz Agrário de Santarém para ciência.
Utilize-se cópia do presente como ofício. À Secretaria para os devidos fins. Após, arquive-se.
Belém, 02/12/2021. ROSILEIDE MARIA DA COSTA CUNHA - Corregedora Geral de Justiça
PROCESSO Nº 0003981-15.2021.2.00.0814
RECURSO ADMINISTRATIVO
RECORRENTE: EDINELSON DA SILVA PEREIRA
ADVOGADOS: FRANCISCO SILVA CARDOSO - OAB/PA 29.215 e CAROLINA DO SOCORRO
RODRIGUES ALVES CARDOSO - OAB/PA 23.620
RECORRIDA: CORREGEDORIA GERAL DE JUSTIÇA DO PARÁ
EMENTA: RECLAMAÇÃO DISCIPLINAR. ARQUIVAMENTO. INTERPOSIÇÃO DE RECURSO
ADMINISTRATIVO. REMESSA DOS AUTOS AO COLENDO CONSELHO DA MAGISTRATURA PARA
PROCESSAMENTO E JULGAMENTO.
DECISÃO: Trata-se de Recurso Administrativo, apresentado pelo requerente EDINELSON DA SILVA
PEREIRA, em face de decisão prolatada nos autos do Processo nº 0003626-05.2021.2.00.0814, razão
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
pela qual, primeiramente, DETERMINO que sejam os presentes autos juntados àqueles, para o
devido processamento. Outrossim, consoante o que dispõe o Regimento Interno deste Tribunal de
Justiça, compete ao Conselho Superior da Magistratura julgar os Recursos impetrados contra as decisões
administrativas do Presidente, do Vice-Presidente e dos Corregedores Gerais do TJPA, deste modo, após
a juntada destes autos ao Processo nº 0003626-05.2021.2.00.0814, DETERMINO a sua remessa ao
Colendo Conselho da Magistratura, conforme comando inserto no art. 28, VII, ¿b¿, do RITJPA, para o
competente processamento e julgamento do RECURSO ADMINISTRATIVO ora proposto. À Secretaria,
para os devidos fins. Dê-se ciência ao requerente. Utilize cópia do presente como ofício. Belém,
02/12/2021. Desembargadora ROSILEIDE MARIA DA COSTA CUNHA -
Corregedora-Geral de Justiça
Decisão (...)
Em análise detida dos autos, consoante às informações prestadas pelo Magistrado da unidade requerida,
bem como por consulta ao sistema de acompanhamento processual, constato que a morosidade
reclamada não mais subsiste, uma vez que os autos, objeto do presente expediente, obtiveram impulso,
satisfazendo, pois, a pretensão do requerente.
Consta-se ainda, que não se pode inferir que a morosidade alegada na tramitação do processo se deveu a
conduta omissa do Juízo, que não obstante, as várias dificuldades enfrentadas, as quais são do pleno
conhecimento desse Egrégio Tribunal, deu impulso ao feito.
Verifica-se que o feito está em fase de cumprimento de sentença, e guarda uma certa complexidade,
tendo em vista os pedidos do autor para atualização dos cálculos e litígios com seus representantes, que
dê certo contribuíram para a mora do processo.
Destarte, em que pese o interstício para que o feito fosse apreciado, o Juízo requerido apontou
justificativas relevantes para a mora, ao tempo em que adotou medidas imediatas de gestão processual,
demonstrando empenho em solucionar a lide, de modo que não vislumbro, por ora, a existência de indícios
de morosidade injustificada.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
2. A análise da morosidade processual não leva em conta apenas o tempo de tramitação do processo,
mas a detecção de situações causadas por desídia dolosa reiterada do magistrado no cumprimento de
seus deveres ou por situações de caos institucional que demandem providências específicas do órgão
censor, o que não ocorre no presente caso.
3. No caso concreto, ausentes indícios de desídia por parte do representado a fundamentar infração de
dever funcional. Das informações trazidas aos autos constatou-se que a demora no pagamento dos
créditos do precatório deve-se à complexidade das pendências identificadas ao longo da tramitação do
feito, especialmente as diversas cessões de crédito apresentadas pelo representante. Constatou-se,
ainda, que há tramitação regular do feito, sendo que em 25/6/2019 foi proferido despacho determinando ao
Departamento Auxiliar da Presidência o cumprimento de todas as ordens judiciais já averbadas, tendo-se
dado vista desse ato à Fazenda Pública Estadual e ao Ministério Público.
Nesse sentido, verificando que inexiste qualquer elemento que indique a prática de infração a dever
funcional, por parte dos servidores ou do magistrado que atuam no Juízo da 11ª Vara Cível e Empresarial
da Comarca de Belém, que atraia à intervenção necessária deste Órgão Censor, bem como pela regular
tramitação do feito, determino o ARQUIVAMENTO do presente, com fulcro no art. 9º, §2º da Resolução
CNJ nº 135/2011 c/c art. 91 do Regimento Interno desta Corte de Justiça[1].
Corregedora-Geral de Justiça
PROCESSO Nº 0003759-47.2021.2.00.0814
PEDIDO DE PROVIDÊNCIAS
REQUERENTE: ITHIEL VICTOR ARAÚJO PORTELA, JUIZ DE DIREITO TITULAR DA VARA ÚNICA
DA COMARCA DE GURUPÁ
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
DECISÃO (...)
Analisando os fatos apresentados pelo requerente, percebe-se que a sua real intenção era restabelecer o
seu acesso junto ao Sistema PJECOR.
Ocorre que, consoante às informações prestadas pela Secretaria de Informática, observo que a
providência reclamada fora satisfeita, uma vez que o Magistrado requerente retomou o seu acesso junto
ao referido sistema.
Diante do exposto, considerando não haver a princípio qualquer outra medida a ser tomada por este
Órgão Correcional, DETERMINO o ARQUIVAMENTO do Pedido de Providências, com fulcro no art. 9º, §
2º da Resolução nº 135 do Conselho Nacional de Justiça.
Corregedora-Geral de Justiça
EMENTA:
DECISÃO: (...)
Analisando o presente feito, verifica-se que a pretensão da parte demandante foi satisfeita, conforme faz
prova a certidão vinculada ao id nº 748623.
Dessa feita, ante a perda superveniente do objeto ordeno o ARQUIVAMENTO dos fólios digitais em
destaque.
EMENTA:
DECISÃO(...)
Conforme se infere, os fatos narrados no pedido de providências advêm de uma irregularidade cometida
pela antiga tabeliã da serventia, já afastada das funções.
Inolvidável tratar-se de fato grave, ensejador de prejuízos à parte requerente que não obteve o registro do
imóvel de sua propriedade devidamente registrado em livro próprio, o que impede a expedição de certidão
nos moldes pretendidos.
Pela cronologia dos fatos, relativamente ao atual tabelião substituto, Sr. Giovanni Brito Alamar, nota-se
não ter contribuído para a prática da irregularidade reportada pelo requerente, sendo certo que a Srª.
Maria da Graça do Espírito Santo Leão, encontra-se afastada da serventia desde o dia 16 de agosto do
ano de 2018.
Dessa feita, considerando que a restauração do registro imobiliário é questão cabível à análise do M.M.
Juízo da Comarca de Cachoeira do Arari, extrapolando o âmbito de atribuições deste órgão administrativo
disciplinar, mostra-se salutar o arquivamento do presente feito.
Ato contínuo, ad cautelam, ordeno que seja expedido ofício ao M.M. Juiz da Comarca de Cachoeira do
Arari orientando que mantenha rigorosa a fiscalização sobre os atos do Cartório, em especial os casos que
envolvem a regularização de imóveis sem registro no livro próprio, tal como é o caso deste pedido de
providências.
PROCESSO Nº 0001387-28.2021.2.00.0814
DECISÃO: (...)
Ciência à requerente.
PROCESSO Nº 0002022-09.2021.2.00.0814
DECISÃO: (...) Atenta aos autos, observa-se tratar-se de situação exaustivamente discutida quando da
análise do Processo n. 0003902-70.2020.2.00.0814, por meio da decisão id 310786, publicada no Diário
da Justiça n. 7100/2021, de 15.03.2021, a qual esta Corregedoria de Justiça atribuiu efeito normativo ao
entendimento ali exposto, qual seja: (...) 5 ¿ Atribuo, caráter normativo geral e normativo a presente
decisão, para firmar a competência dos Juízos da Varas Agrárias para as questões envolvendo demandas
administrativas de registro de imóveis de terras rurais, cabendo a este Órgão Censor a função recursal e
disciplinar em qualquer caso. (...) Desse modo, seguindo o entendimento firmado por este Órgão
Orientador, valho-me da fundamentação exposta no decisum id 310786, referente ao Processo n.
0003902-70.2020.2.00.0814, para: 1. REAFIRMAR a competência originária administrativa do Juízo de
Direito das Comarcas de Paragominas, São Miguel do Guamá e Viseu, para apreciar as causas relativas
aos registros imobiliários em comento, devendo os interessados, caso assim entendam, dirigirem-se
àqueles juízos para que, na qualidade de corregedores naturais, os magistrados locais analisem as
demandas; 2. DETERMINAR a juntada de cópia da citada decisão ID 310786, referente ao PJeCOR nº
0003902-70.2020.2.00.0814, nestes autos, como parte integrante desta decisão; 3. DETERMINAR aos
Oficiais de Registro de Imóveis das Comarcas de Paragominas, São Miguel do Guamá e Viseu para que
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
AUTOS Nº 0003209-52.2021.2.00.0814
DECISÃO. Trata-se de Consulta formulada pela servidora Deolinda Delgado, lotada na Central de
Distribuição e Protocolo da comarca de Bragança, acerca de esclarecimento sobre o disposto no art. 3º, I,
da Portaria nº 2663/2021-GP, no que se refere ao recebimento de petições e documentos via e-mail para
protocolização processos físicos prevista na Portaria Conjunta nº 005/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI. Em
síntese questiona se permanece o recebimento remoto dos documentos referidos em simultâneo com a
atendimento presencial. É o Relatório. A teor do que dispõe o art. 154, II, do Código Judiciário do Estado
do Pará, compete à Corregedoria-Geral de Justiça responder consultas apresentadas por servidores e
magistrados deste Poder Judiciário acerca de matéria administrativa, em tese. Primeiramente cabe
salientar que a portaria posta pela consulente como ponto central da consulta foi expedida exclusivamente
pela Presidência desta Côrte, pelo que não cabe a este censório o esclarecimento acerca de dispositivo
específico de tal regulamento. Por outro lado o cerne da questão posta se refere ao recebimento de
petições diretamente pelas unidades judiciais através de endereços eletrônicos oficiais respectivos, o que
se deu a partir de regra constante no artigo 11 da Portaria Conjunta nº 005/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI, a
qual visava atender condições sanitárias atinentes à prevenção de Covid 19, bem como minimizar de
forma menos burocrática e compatível com o acesso à jurisdição, a manipulação de documentos por
diversas pessoas, e, ao mesmo tempo, manter o curso dos processos judiciais. Tal regramento estava
contextualizado em cenário mais crítico da pandemia de Covid 19, quando ocorreu suspensão de
expediente presencial, seguida de diminuição da jornada de trabalho presencial e rodízio entre os
servidores nas unidades do Poder Judiciário local, o que cessou com a Portaria nº 2663/2021-GP, DJ de
13.08.2021, a qual estabeleceu a retomada dos serviços de forma presencial com o retorno presencial de
100% dos usuários internos, excluídos apenas os enquadrados em grupo de risco. Ademais, é notório que
o acervo físico das unidades judiciais está em decréscimo frente a utilização do PJE em todo Estado e
contínua virtualização de processos físicos remanescentes, porém, ainda é expressivo, e,
portanto, custoso a este Poder Judiciário dar continuidade no recebimento de petições físicas por e-mail
eletrônico, tanto pelo gasto de papel e tinta com a impressão, quanto pelo controle por parte dos
servidores das respectivas unidades quanto ao recebimento dessas peças, mormente quando envolver
atendimento a prazo processual. Ademais, este TJPA conta com o protocolo integrado que visa atender a
necessidade de maior rapidez e eficiência na prestação dos serviços judiciais, facilitando a atuação dos
advogados quanto aos processos físicos, sendo de total responsabilidade do peticionante a protocolização
do documento de acordo com as regras previstas na Resolução nº 015/2011-GP, inclusive quanto ao
recolhimento de custas. Diante do cenário apresentado, embora não tenha havido revogação expressa da
Portaria Conjunta nº 005/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI no que se refere ao recebimento de petições e
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documentos por e-mail, pelos fundamentos acima constata-se que as razões extraordinárias que
possibilitaram o recebimento de petições através de e-mails oficiais das unidades não mais subsistem,
pelo que não se vislumbra obrigatoriedade na manutenção de tal prática. Feitos todos os esclarecimentos
acima de forma abrangente acerca do objeto da consulta, ARQUIVE-SE o presente
expediente. Cientifique-se os servidores consulentes, bem como a Presidência desta Côrte sobre os
termos desta decisão. Belém, data registrada no sistema. Desembargadora ROSILEIDE MARIA DA
COSTA CUNHA. Corregedora-Geral de Justiça
EMENTA:
DECISÃO:(...)
Analisando os autos digitais em destaque, verifica-se que determinada a emenda da inicial, a parte
requerente quedou-se inerte, razão pela qual, com fulcro no art. 2º, § 4º, III, do Provimento 002/2019-
CJRMB e, não havendo elementos mínimos à compreensão da controvérsia, DETERMINO o
arquivamento do presente feito.
Ciência à requerente.
PEDIDO DE PROVIDÊNCIAS
CLASSE: CONSULTA
PROCESSO: 0006057-46.2020.2.00.0814
DECISÃO: Trata-se de Pedido de Providência formulado por J.A MACHADO EIRELI, informando que: 1 -
Serventia de Único Ofício de Medicilândia está praticando atos abusivos, relatando que uma alteração no
CARTÃO PESSOA JURÍDICA, o valor foi cobrado de R$ 55,00 (cinquenta e cinco reais) na primeira
página do contrato social e as demais R$ 6,35 (seis reais e trinta e cinco centavos); 2. Que ao proceder
pesquisa nas duas cidades próximas do município os valores cobrados são de apenas R$ 5,00 (cinco
reais); 3. Que o reconhecimento de uma página o valor dado seria de aproximadamente R$ 250,00
(duzentos e cinquenta reais); Instado a manifestar-se, Matheus Guilhermino Tazinazzio, Registrador da
serventia do único Ofício de Medicilândia, prestou informação em 20/03/2021. Em 20/04/2021, os autos
foram remetidos à SEPLAN, para manifestação acerca da cobrança efetuada pelo Cartório. Consta
manifestação da SEPLAN em 07/06/2021. Diante do exposto, acompanho na integra a manifestação
detalhada realizada pela SEPLAN bem como DETERMINO o encaminhamento integral da referida
manifestação às partes, para ciência e medidas cabíveis. Sirva a presente decisão como ofício. À
Secretaria para os devidos fins. Após, arquive-se. ROSILEIDE MARIA DA COSTA CUNHA, Corregedora
de Justiça.
PROCESSO Nº 0000553-25.2021.2.00.0814
DECISÃO: (...)
Analisando os fatos apresentados pela requerente, percebe-se que a sua real intenção era o
prosseguimento do feito n.º 0010098-10.2016.8.14.0037.
Ocorre que, consoante as manifestações apresentadas pelo Juízo requerido corroboradas por informações
colhidas diretamente no sistema LIBRA em 01/12/2021, a morosidade reclamada não mais subsiste, uma
vez que os autos, objetos do presente expediente obtiveram impulso, retomando a marcha regular e
satisfazendo a pretensão exposta pela requerente junto à Corregedoria Nacional de Justiça.
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De outro vértice, tendo em vista que o processo n.º 0010098-10.2016.8.14.0037 encontra-se inserido na
Meta 2 estabelecida pelo Conselho Nacional de Justiça para o ano de 2021, RECOMENDO ao Juízo de
Direito da Vara Única da Comarca de Oriximiná/PA que PERMANEÇA PROPORCIONANDO A
REGULAR TRAMITAÇÃO DOS AUTOS, a fim de que a prestação jurisdicional alcance seu objetivo,
observando o princípio constitucional da razoável duração do processo, disposto no Art. 5º, LXXVIII, da
Constituição Federal.
Diante de todo o exposto, considerando não haver a princípio qualquer outra medida a ser adotada por
este Órgão Correcional, DETERMINO o ARQUIVAMENTO da presente representação por excesso de
prazo, com fulcro no art. 9º, § 2º da Resolução nº 135 do Conselho Nacional de Justiça.
PROCESSO Nº 0001867-40.2020.2.00.0814
DECISÃO
Trata-se de processo administrativo instaurado com fundamento no art. 101 do Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias (ADCT), c/c o art. 51 e seguintes da Resolução nº 303/2019, do Conselho
Nacional de Justiça (CNJ), referente ao plano de pagamento de precatórios do município de Brejo Grande
do Araguaia/PA (PPP nº 034/2021) e relativo ao exercício financeiro de 2021.
O Ministério Público do Estado do Pará manifestou-se favoravelmente ao sequestro das parcelas vencidas
e vincendas (fls.21/23).
É o relatório.
Decido.
A inadimplência do ente devedor em relação aos aportes mensais aprovados pelo Comitê Gestor de
Contas Especiais de Precatórios ¿ em conformidade com art. 101 do ADCT e do art. 66 da Resolução CNJ
nº 303/2019, acarreta o sequestro do valor inadimplido, havendo previsão, inclusive, de responsabilidade
criminal e administrativa em caso de descumprimento (art. 100, §7º, da Constituição).
Assim, considerando o disposto no §7º do art. 100 da Constituição, c/c o art. 68 da Resolução CNJ
303/2019 e o art. 7º da Portaria 5851/2017-GP, aliado ao fato de que o município de Brejo Grande do
Araguaia não efetuou o pagamento dos valores relativos ao mês de setembro/2021, conforme informativo
de fls. 64, determino:
a) a intimação do Ente Devedor para que, no prazo de 10 (dez) dias, comprove o pagamento relativo aos
meses de outubro/2021 e novembro/2021, promova-o ou preste informações, sob pena de sequestro,
nos termos do art. 68, Resolução nº 303/2019 ¿ CNJ.
b) decorrido o prazo assinalado sem manifestação ou depósito, o sequestro, via Sisbajud, do valor
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e) deixo de determinar a inscrição no Cedinprec, tendo em vista que a ferramenta ainda não está
disponível para registros.
Publique-se.
SECRETARIA JUDICIÁRIA
ANÚNCIO DE JULGAMENTO
PARTE ADMINISTRATIVA
ATA DE SESSÃO
44ª Sessão Ordinária do Plenário Virtual do TRIBUNAL PLENO, do ano de 2021, realizada de forma
virtual através da ferramenta Plenário Virtual, com os trabalhos iniciados às 14h do dia 24 de novembro de
2021, e término às 14h do dia 1º de dezembro de 2021, sob a Presidência da Excelentíssima Senhora
Desembargadora CÉLIA REGINA DE LIMA PINHEIRO. Nos termos do artigo 5º da Resolução nº 21/2018,
participaram da sessão os(as) Exmos.(as) Srs.(as) Desembargadores(as): RÔMULO JOSÉ FERREIRA
NUNES, LUZIA NADJA GUIMARÃES NASCIMENTO, VANIA VALENTE DO COUTO FORTES BITAR
CUNHA, VÂNIA LÚCIA CARVALHO DA SILVEIRA, CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO, MARIA
DE NAZARÉ SILVA GOUVEIA DOS SANTOS, RICARDO FERREIRA NUNES, LEONARDO DE
NORONHA TAVARES, MARIA DE NAZARÉ SAAVEDRA GUIMARÃES, LEONAM GONDIM DA CRUZ
JÚNIOR, DIRACY NUNES ALVES, RONALDO MARQUES VALLE, GLEIDE PEREIRA DE MOURA,
MARIA DO CÉO MACIEL COUTINHO, ROBERTO GONÇALVES DE MOURA, MARIA FILOMENA DE
ALMEIDA BUARQUE, LUIZ GONZAGA DA COSTA NETO, MAIRTON MARQUES CARNEIRO, EZILDA
PASTANA MUTRAN, MARIA ELVINA GEMAQUE TAVEIRA, ROSILEIDE MARIA DA COSTA CUNHA,
JOSÉ ROBERTO PINHEIRO MAIA BEZERRA JÚNIOR, ROSI MARIA GOMES DE FARIAS, EVA DO
AMARAL COELHO e os Juízes Convocados ALTEMAR DA SILVA PAES, AMÍLCAR ROBERTO
BEZERRA GUIMARÃES e JOSÉ TORQUATO ARAÚJO DE ALENCAR. Desembargadores
justificadamente ausentes JOSÉ MARIA TEIXEIRA DO ROSÁRIO e MARIA EDWIGES DE MIRANDA
LOBATO.
Agravantes: Atalaia Veículos Ltda ¿ ME, Francisco de Assis Brito de Sousa, Araci Souza da Rocha (Advs.
Priscila Fernanda Costa e Silva dos Reis ¿ OAB/MA 13650, Luciana Carvalho Marques ¿ OAB/MA 7277)
Agravado: Estado do Pará (Procurador do Estado Fábio Theodorico Ferreira Góes ¿ OAB/PA 8890)
- Impedimentos/Suspeições: Des. Rômulo José Ferreira Nunes, Desa. Vânia Lúcia Carvalho da
Silveira
Agravante: Ilza Rodrigues Pereira (Adv. Daniel Antônio Simões Gualberto ¿ OAB/PA 21296)
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Agravado: Estado do Pará (Procurador do Estado Daniel Cordeiro Peracchi ¿ OAB/PA 10729)
- Impedimentos/Suspeições: Des. Rômulo José Ferreira Nunes, Desa. Vânia Lúcia Carvalho da
Silveira
Agravante: Estado do Pará (Procuradora do Estado Robina Dias Pimentel Viana ¿ OAB/PA 10359)
Agravado: Antônio Araújo da Silva Filho (Adv. Glaucilene Santos Cabral ¿ OAB/PA 12595)
- Impedimentos/Suspeições: Des. Rômulo José Ferreira Nunes, Desa. Vânia Lúcia Carvalho da
Silveira
Agravante: A. F. V. (Advs. Francisco Gonçalves Oliveira ¿ OAB/PA 26453, José Wilson de Figueiredo
Vieira ¿ OAB/PA 7198-A, Alecksandra Ferreira de Magalhães ¿ OAB/PA 29307)
Agravado/Apelado: Estado do Pará (Procurador do Estado Celso Pires Castelo Branco ¿ OAB/PA 3569)
Interessada: Associação dos Magistrados do Estado do Pará ¿ AMEPA (Adv. Felipe Jales Rodrigues ¿
OAB/PA 23230)
- Impedimentos/Suspeições: Des. Rômulo José Ferreira Nunes, Desa. Vânia Lúcia Carvalho da
Silveira
Agravante: Mônica Andréa Oliveira Hollanda (Adv. Mônica Andréa Oliveira Hollanda ¿ OAB/PA 13090,
Sebastiana Aparecida Serpa Souza Sampaio ¿ OAB/PA 7035)
Agravado: Estado do Pará (Procuradores do Estado Sérgio Oliva Reis ¿ OAB/PA 8230, June Judite
Soares Lobato ¿ OAB/PA 9751)
Recorrida: Paula Helena Mendes Lima (Adv. Sebastiana Aparecida Serpa Souza Sampaio ¿ OAB/PA
7035)
Recorridos: Ludymila Andrade Regis, José Renato Rabelo Silva (Adv. Barbara Emyle de Lima Gouveia ¿
OAB/PA 27463)
Recorridos: Paulo Cesar Campos das Neves, Mauro Roberto Mendes da Costa Júnior (Adv. Mauro
Roberto Mendes da Costa Júnior ¿ OAB/PA 16904)
Recorridas: Claudia Teresinha Guerreiro Pitman Machado, Ana Paula dos Santos Lima (Advs. Claudia
Teresinha Guerreiro Pitman Machado ¿ OAB/PA 7492, Ana Paula Lima de Oliveira - OAB/PA 12296)
- Impedimentos/Suspeições: Des. Rômulo José Ferreira Nunes, Desa. Vânia Lúcia Carvalho da
Silveira
- Impedimentos/Suspeições: Des. Rômulo José Ferreira Nunes, Desa. Vânia Lúcia Carvalho da
Silveira
Embargante: Município de Belém (Procurador do Município Eduardo Augusto da Costa Brito ¿ OAB/PA
12426)
Embargada: Regina do Socorro Laranjeira das Chagas (Adv. Terezinha de Jesus da Cruz Reis ¿ OAB/PA
7874)
Agravante: Carlos Alberto Arguelhes dos Santos (Adv. Mayara Aline Arguelhes Araújo ¿ OAB/PA 18751)
- Impedimentos/Suspeições: Des. Rômulo José Ferreira Nunes, Desa. Vânia Lúcia Carvalho da
Silveira
Agravante: Roberto Carlos Zortea (Advs. Evaldo Pinto ¿ OAB/PA 2816-B, Luiz Fernando Manente Lazeris
¿ OAB/PA 12800)
Agravado: Ervino Gutzeit (Adv. Marcos Vinicius Coroa Souza ¿ OAB/PA 15875)
- Impedimentos/Suspeições: Des. Rômulo José Ferreira Nunes, Des. José Roberto Pinheiro Maia
Bezerra Júnior
Agravante: R. A. de Freitas ¿ ME, Manoel Lourenço Alves, Aparecida Lisboa Alves (Adv. Evaldo Pinto ¿
OAB/PA 2816-B)
Agravado: Banco do Brasil S/A (Advs. José Arnaldo Janssen Nogueira ¿ OAB/PA 21078-A, Sérvio Túlio
de Barcelos ¿ OAB/PA 21148-A)
Agravante: Lindalva Gomes Carvalho (Adv. Mário David Prado Sá ¿ OAB/PA 6286)
Agravado: Estado do Pará (Procurador do Estado Abelardo Sérgio Bacelar da Silva ¿ OAB/PA 13525)
Interessados: Leida Maria da Silva Onca, Lucia Helena Dias Leite, Luiza da Conceição Peixoto Lima,
Luzia Gomes Jordão, Leonardo da Paixão Rodrigues, Lúcia de Fátima da Silva Wanderley, Lourenço
Rodrigues, Lea Nazaré Matos da Silva, Laise Maria da Rocha Pessoa, Leida Alves Pereira, Maria Angela
de Almeida, Maria José Ribeiro
Interessada: Lucidea de Sales Correa (Advs. Samira Hachem Franco Costa ¿ OAB/PA 13873, Aryanne
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Interessada: Laura Carvalho Freitas (Advs. Danielle Souza de Azevedo ¿ OAB/PA 12293-A, Walmir
Moura Brelaz ¿ OAB/PA 6971)
- Impedimentos/Suspeições: Des. Rômulo José Ferreira Nunes, Desa. Vânia Lúcia Carvalho da
Silveira, Des. Leonardo de Noronha Tavares, Desa. Rosileide Maria da Costa Cunha
Impetrante: Marcelo de Lima Cruz (Advs. Paulo Augusto Ramos Moreira Leite ¿ OAB/PA 25990, Cláudio
Mendes Pinheiro Filho ¿ OAB/PA 28122)
Litisconsorte Passivo Necessário: Estado do Pará (Procuradora do Estado June Judite Soares Lobato ¿
OAB/PA 9751)
- Impedimentos/Suspeições: Des. Rômulo José Ferreira Nunes, Desa. Vânia Lúcia Carvalho da
Silveira Decisão: à unanimidade, rejeitadas a preliminar de ilegitimidade passiva e as prejudiciais de
mérito de decadência e prescrição. No mérito, à unanimidade, segurança denegada.
Embargante: Estado do Pará (Procurador Geral do Estado Ricardo Nasser Sefer ¿ OAB/PA 14800 e
Procuradora do Estado Simone Santana Fernandez de Bastos ¿ OAB/PA 11590)
Embargados: Carlos Dória Santos, Maiquel da Silveira Rodrigues, José Waldemar Rodrigues Neto (Advs.
Antônio Eduardo Cardoso da Costa - OAB/PA 9083, Ana Carolina dos Santos Ferreira ¿ OAB/PA 8395,
Alexandre Augusto de Pinho Pires ¿ OAB/PA 12401)
- Impedimentos/Suspeições: Des. Rômulo José Ferreira Nunes, Desa. Vânia Lúcia Carvalho da
Silveira, Des. Constantino Augusto Guerreiro, Des. Leonardo de Noronha Tavares, Desa. Célia
Regina de Lima Pinheiro, Des. Ronaldo Marques Valle
E como, nada mais houvesse, foi encerrada a Sessão às 14h, lavrando eu, Jonas Pedroso Libório
Vieira, Secretário Judiciário, a presente Ata, que subscrevi.
40ª Sessão Ordinária do ano de 2021, da Egrégia 2ª Turma de Direito Público, realizada no dia 06 de
dezembro de 2021, às 09:00h, EM VIDEOCONFERÊNCIA, conforme Portaria Conjunta nº 1/2020 ¿ GP-
VP-CGJ, de 29/04/2020, Presentes os Exmos. Srs. Desembargadores Luiz Gonzaga da Costa Neto, José
Maria Teixeira do Rosário e Diracy Nunes Alves. Presente o representante do Ministério Público, o
Procurador de Justiça, Dr. Estevam Alves Sampaio Filho. Sessão iniciada às 09:00.
PARTE ADMINISTRATIVA
JULGAMENTOS
Ordem: 001
Processo: 0000129-67.2007.8.14.0301
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
OUTROS INTERESSADOS
TURMA JULGADORA: Luiz Gonzaga da Costa Neto, José Maria Teixeira do Rosário e Diracy Nunes
Alves
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Ordem: 002
Processo: 0850388-13.2019.8.14.0301
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
OUTROS INTERESSADOS
TURMA JULGADORA: Luiz Gonzaga da Costa Neto, José Maria Teixeira do Rosário e Diracy Nunes
Alves
Ordem: 003
Processo: 0024464-43.2013.8.14.0301
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
OUTROS INTERESSADOS
TURMA JULGADORA: Luiz Gonzaga da Costa Neto, José Maria Teixeira do Rosário e Diracy Nunes
Alves
Ordem: 004
Processo: 0805166-25.2021.8.14.0051
POLO ATIVO
POLO PASSIVO
OUTROS INTERESSADOS
TURMA JULGADORA: Luiz Gonzaga da Costa Neto, José Maria Teixeira do Rosário e Diracy Nunes
Alves
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E como, nada mais houvesse, foi encerrada a Sessão às 09:25 horas, lavrando eu, Secretário(a) do(a) 2ª
Turma de Direito Público, a presente Ata, que subscrevi
Aos seis dias do mês de dezembro do ano de dois mil e vinte e um, havendo quórum legal, o Presidente
da Turma, Desembargador CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO, declarou, às 9h39min, aberta a 40ª
Sessão Ordinária da 1ª Turma de Direito Privado, realizada por Videoconferência. Presentes os Exmos.
Desembargadores: LEONARDO DE NORONHA TAVARES, MARIA DO CÉO MACIEL COUTINHO,
MARIA FILOMENA DE ALMEIDA BUARQUE e JOSÉ ROBERTO PINHEIRO MAIA BEZERRA JÚNIOR e
a Exma. Procuradora de Justiça ROSA MARIA RODRIGUES CARVALHO. O Presidente saudou a todos,
desejando uma semana abençoada. Colocada em aprovação a ata da sessão anterior (39ª Sessão
Ordinária por Videoconferência) foi aprovada, por unanimidade, pela Turma. Nada foi mencionado na parte
administrativa e não havendo quem quisesse fazer uso da palavra, deu-se início ao julgamento dos feitos
pautados.
Ordem 01
Processo nº 0803756-85.2021.8.14.0000
Intervenção oral realizada pela agravada (adv. Fernanda Hellen Pena Rodrigues (OAB/PA n º 20580-A)
Ordem 02
Processo nº 0000874-15.2010.8.14.0019
Decisão: Retirado de pauta, nos termos do art. 114, §2º do Regimento Interno do Tribunal de Justiça do
Estado do Pará.
Ordem 03
Processo nº 0829047-96.2017.8.14.0301
Decisão: Retirado de pauta, nos termos do art. 114, §2º do Regimento Interno do Tribunal de Justiça do
Estado do Pará.
Ordem 04
Processo nº 0079935-73.2015.8.14.0301
Turma julgadora: Desa. MARIA DO CÉO MACIEL COUTINHO LEONARDO NORONHA TAVARES, Desa.
MARIA FILOMENA DE ALMEIDA BUARQUE, Des. JOSÉ ROBERTO PINHEIRO MAIA BEZERRA
JUNIOR, Des. CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO e Des. LEONARDO DE NORONHA TAVARES.
Decisão: A Turma Julgadora, por maioria de votos, conhece do recurso para dar provimento, nos termos
do voto do Desembargador Vistor JOSÉ ROBERTO PINHEIRO MAIA BEZERRA JUNIOR.
Ordem 05
Processo nº 0010609-09.2013.8.14.0006
Turma Julgadora: Desa. MARIA FILOMENA DE ALMEIDA BUARQUE, Des. JOSÉ ROBERTO PINHEIRO
MAIA BEZERRA JUNIOR e Des. CONSTANTINO AUGUSTO GUERREIRO.
Decisão: A Turma Julgadora, por unanimidade de votos, conhece do recurso para negar provimento, nos
termos do voto da Eminente Relatora.
E como nada mais houvesse, foi encerrada a Sessão às 10h34min, lavrando eu, Felipe Wanderley Matos
de Abreu, Secretário da 1ª Turma de Direito Privado, a presente Ata.
CEJUSC
DIA 10/12/2021
HORÁRIO 09:00H
4ª VARA
PROCESSO 0854933-58.2021.8.14.0301
REQUERENTE: F P D S
REQUERIDA: S C D O L D S
DIA 10/12/2021
HORÁRIO 09:00H
5ª VARA
PROCESSO 0841135-64.2020.8.14.0301
REQUERENTE: L K G C A
REQUERIDO: B S A
DIA 10/12/2021
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HORÁRIO 11:00H
7ª VARA
PROCESSO 0800854-41.2021.8.14.0301
REQUERENTE: E T M J
REQUERIDA: E C S D S
DIA 10/12/2021
HORÁRIO 11:00H
7ª VARA
PROCESSO 0822835-20.2021.8.14.0301
AÇÃO DE ALIMENTOS
REQUERENTE: D C M
REQUERIDO: M S S
JULGAMENTO EXTRAPAUTA
Ordem: 001
Processo:
Decisão : À unanimidade, a Egrégia Seção de Direito Penal conheceu em parte e nesta denegou a ordem.
JULGAMENTOS PAUTADOS
Ordem: 001
Processo: 0810254-03.2021.8.14.0000
Ordem: 002
Processo: 0809216-53.2021.8.14.0000
Sustentação oral ¿ Dr(a). Omar Admil Costa Saré - indagado, desistiu da leitura do relatório.
Ordem: 003
Processo: 0808756-66.2021.8.14.0000
COMARCA DE TUCURUÍ
Sustentação oral ¿ Dr(a). Daniel Alan Burg - indagado, desistiu da leitura do relatório e da sustentação oral
(art.140 § 3º RI/TJE)
Decisão : À unanimidade, a Egrégia Seção de Direito Penal concedeu a ordem ratificando liminar
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
anteriormente deferida.
Ordem: 004
Processo: 0808542-75.2021.8.14.0000
Ordem: 005
Processo: 0812345-66.2021.814.0000
Sustentação oral ¿ Dr(a). Fernando Magalhães Pereira Júnior - indagado, desistiu da leitura do relatório.
Ordem: 006
Processo: 0812796-91.2021.814.0000
Sustentação oral ¿ Dr(a). Herna do Socorro Pedroso de Azevedo - indagado, desistiu da leitura do
relatório.
Decisão : À unanimidade, a Egrégia Seção de Direito Penal denegou a ordem, com a recomendação ao
juízo coator que desenvolva meios céleres para designar o julgamento pelo Tribunal do Júri.
Ordem: 007
Processo: 0810704-43.2021.814.0000
Sustentação oral ¿ Dr(a) Gustavo José Ribeiro da Costa ¿ ausente no momento do pregão do processo
Ordem: 008
Processo: 0810674-08.2021.814.0000
Sustentação oral ¿ Dr(a). Antônio Renato Costa Fontelle - indagado, desistiu da leitura do relatório.
Decisão : À unanimidade, a Egrégia Seção de Direito Penal conheceu em parte o pedido e, na parte
conhecida, denegou a ordem.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
Ordem: 009
Processo: 0810688-89.2021.814.0000
ADVOGADO: IVANILSON PAULO CORREA RAIOL FILHO (OAB PA 27240), VICTOR AUGUSTO DE
OLIVEIRA MEIRA (OAB PA 23244), LUCAS SA SOUZA (OAB PA 20187), ANTONIO AMILTON DIAS
AMORIM JUNIOR (OAB PA 28855), LUANA MIRANDA HAGE (OAB PA 14143), FELIPE ANTONIO
RIBEIRO SILVA (OAB PA 8989-E)
Sustentação oral ¿ Dr(a). Lucas Sá Souza- indagado, desistiu da leitura do relatório e da sustentação oral
(art.140 § 3º RI/TJE)
Decisão : À unanimidade, a Egrégia Seção de Direito Penal concedeu a ordem, ratificando a liminar
anteriormente deferida.
Ordem: 010
Processo: 0810648-10.2021.814.0000
ADVOGADO: GUSTAVO INÁCIO DA LUZ NOGUEIRA (OAB PA 29547 ), PÂNYSA SASHA MONTEIRO
MARINHO (OAB PA 17604)
Ordem: 011
Processo: 0812158-58.2021.814.0000
Ordem: 012
Processo: 0810023-73.2021.814.0000
Classe Judicial: HABEAS CORPUS PARA TRANCAMENTO DE AÇÃO PENAL COM PEDIDO DE
LIMINAR
ADVOGADO: EMY HANNAH RIBEIRO MAFRA - (OAB PA23263 ), ANA BEATRIZ LACORTE ARAUJO
DA MOTA ¿ (OAB PA 26752), ANETE DENISE PEREIRA MARTINS ¿ (OAB PA 10691), ROBERTO
LAURIA ¿ (OAB PA 7388), RAFAEL OLIVEIRA ARAUJO ¿ (OAB PA 19573)
Decisão : À unanimidade, a Egrégia Seção de Direito Penal conheceu em parte o pedido e, na parte
conhecida, denegou a ordem.
Ordem: 013
Processo: 0811119-26.2021.814.0000
Decisão : À unanimidade, a Egrégia Seção de Direito Penal conheceu em parte o pedido e, na parte
conhecida, denegou a ordem.
Ordem: 014
Processo: 0811556-67.2021.814.0000
Sustentação oral ¿ Dr(a). Augusto de Arruda Botelho Neto - indagado, desistiu da leitura do relatório.
Ordem: 015
Processo: 0805884-78.2021.814.000
REQUERENTE: W. DA S. M
ADVOGADO: RODRIGO MARQUES DA SILVA (OAB PA21123), AMERICO LINS DA SILVA LEAL (OAB
PA 1590), IGOR NOGUEIRA BATISTA (OAB/PA 25692)
Sustentação oral ¿ Dr(a). Rodrigo Marques da Silva - indagado, desistiu da leitura do relatório.
Decisão : À unanimidade, a Egrégia Seção de Direito Penal não conheceu a revisão criminal.
Após o Exmo. Des. Presidente da Sessão de Direito Penal apresentou os agradecimentos a todos que
participaram da sessão e como nada mais houvesse, encerrou a Sessão às 12h25. Eu, Maria de Nazaré
C. Franco, Secretária da Seção de Direito Penal, lavrei a presente ATA que vai devidamente assinada.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
TEREZA DO SOCORRO DA SILVA ABUCATER RELATOR: DES. LEONAM GONDIM DA CRUZ JÚNIOR
DECISÃO MONOCRÁTICA Cuida-se de Apelação interposta por LAELSON DIAS OLIVEIRA em face de
decisão proferida pelo MM. Juízo de Direito da Vara Criminal da Comarca de Ananindeua, que julgou
parcialmente procedente a pretensão punitiva estatal para condená-lo como incurso nas sanções penais
do art. 157, § 2º, I e II do CP, fixando-lhe a pena de 8 anos de reclusão e 17 dias multa, em regime
semiaberto. Narra a inicial acusatória que: No dia 12/06/2011, uma patrulha da polícia militar que fazia
ronda pela Rodovia Dr. João Miranda foi parada pelas vítimas que informaram que haviam sido roubadas
por um grupo de pessoas que subtraíram uma bicicleta e em seguida fugiram em direção ao Ramal do
Palhau ou Ramal do Abaetezinho. As vítimas informaram ainda que os autores do crime estavam portando
uma faca. Os policiais militares seguiram em direção ao Ramal do abaetezinho, onde encontraram os
acusados na posse da bicicleta roubada e juntos de alguns adolescentes que participaram do roubo, neste
mesmo local, as vítimas os reconheceram, assim como, reconheceram o objeto do crime. (...). (sic)
Denúncia recebida em 18 de julho de 2011, fl. 23. Aduz o Apelante que deve ser absolvido por
insuficiência de provas. Alega que inexistem provas capazes de ensejar um decreto condenatório. Informa
que o quantum da pena fixado se mostra excessivo, eis que não existem fundamentos para que a pena
base se afaste do mínimo legal, ou seja, 4 anos de reclusão. Pretende que seja revisto o aumento gerado
pelas qualificadoras, retificando a sentença, bem como o regime de cumprimento da pena. Contrarrazões
às fls. 121-125. Parecer ministerial pelo conhecimento e improvimento do apelo. É o relatório do
necessário. Decido. Em princípio, cabe um relevante comentário a justificar a minha prestação
jurisdicional de forma monocrática. Anota-se, por oportuno que, neste ato, eleva-se o princípio da simetria
em relação aos precedentes dos Tribunais Superiores e a sua disseminação pelos Tribunais Pátrios,
depois de reiteradas discussões acerca do mesmo tema, senão vejamos: Em sentido complementar, a
hermenêutica dos precedentes tem uma vertente de fechamento do ordenamento, mas também tem
válvulas de escape para promover a evolução e a continuidade do direito. Portanto, por meio da
habitualidade das decisões, as cortes sedimentam sua interpretação. Contudo, a formação do precedente,
que ocorre de forma espiral, desde as instâncias inferiores até as cortes, garante o processo democrático
de discussão e debates para se construir e fundamentar a decisão, de modo que a argumentação tende a
ser esgotada até se construir um precedente, mesmo porque, o precedente completa sua formação
quando é aplicado em outra decisão com simetria em relação à categoria de fatos (PERELMAN, Chain;
OLBRECHTS-TYTECA, Lucie. Tratado da argumentação: a nova retórica. Trad. Maria Galvão. São Paulo:
Wmf Martins Fontes, 2005. p. 90). Destaco. Neste segmento, a presente decisão monocrática legitima-se
pelo princípio da simetria que rege o ordenamento jurídico acerca das decisões dos Tribunais Superiores
em relação aos Tribunais Pátrios, bem como pela segurança jurídica dos julgados que devem seguir em
um mesmo contexto e orientar-se no lúcido fundamento que abaixo se transcreve: Ao criar o STJ e lhe dar
a função essencial de guardião e intérprete oficial da legislação federal, a Constituição impôs ao Tribunal o
dever de manter a integridade do sistema normativo, a uniformidade de sua interpretação e a isonomia na
sua aplicação. O exercício dessa função se mostra particularmente necessário quando a norma federal
enseja divergência interpretativa. Mesmo que sejam razoáveis as interpretações divergentes atribuídas por
outros tribunais, cumpre ao STJ intervir no sentido de dirimir a divergência, fazendo prevalecer a sua
própria interpretação. Admitir interpretação razoável, mas contrária à sua própria, significaria, por parte do
Tribunal, renúncia à condição de intérprete institucional da lei federal e de guardião da sua observância. 3.
Por outro lado, a força normativa do princípio constitucional da isonomia impõe ao Judiciário, e ao STJ
particularmente, o dever de dar tratamento jurisdicional igual para situações iguais. (...) (STJ - REsp
1063310/BA, Rel. Ministro TEORI ALBINO ZAVASCKI, PRIMEIRA TURMA, julgado em 07/08/2008, DJe
20/08/2008). Destaque. Neste entendimento, invoco, por analogia, o verbete da Súmula 568 do Superior
Tribunal de Justiça que assim foi estabelecida no âmbito daquele sodalício: O relator, monocraticamente e
no Superior Tribunal de Justiça, poderá dar ou negar provimento ao recurso quando houver entendimento
dominante acerca do tema. Com efeito, a parte que se mostrar insatisfeita pode, querendo, interpor Agravo
Regimental (art. 289 do RITJE/PA), a fim de levar ao conhecimento da turma a matéria, promovendo o
princípio da colegialidade. No mesmo sentido: PROCESSUAL PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO
AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. FURTO QUALIFICADO. OFENSA AO PRINCÍPIO DA
COLEGIALIDADE. USURPAÇÃO DE COMPETÊNCIA DO COLEGIADO. INOCORRÊNCIA. AUSÊNCIA
DE IMPUGNAÇÃO DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. SÚMULA N. 182/STJ.
INCIDÊNCIA. TESE NÃO SUSCITADA NO RECURSO ESPECIAL. INOVAÇÃO RECURSAL. II - NÃO
constitui ofensa ao princípio da colegialidade a prolação de decisões monocráticas no âmbito desta Corte,
estando tal entendimento inclusive sedimentado por ocasião da edição da Súmula n. 568/STJ. Ademais,
sempre haverá a possibilidade de a decisão monocrática estar sujeita à apreciação do órgão colegiado,
em virtude de eventual recurso de agravo regimental, como na espécie. Precedentes. II - A ausência de
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
impugnação a todos os fundamentos da decisão que não conheceu do agravo em recurso especial atrai, in
casu, a incidência do óbice da Súmula n. 182/STJ. III - Indevida a análise de tese suscitada apenas em
sede de agravo regimental, concernente a aplicação do redutor do tráfico e do abrandamento do regime
em razão da acoimada hediondez, por caracterizar inovação recursal. Agravo regimental não conhecido.
(STJ - AgRg no AREsp 1923234/SP, Rel. Ministro JESUÍNO RISSATO (DESEMBARGADOR
CONVOCADO DO TJDFT), QUINTA TURMA, julgado em 28/09/2021, DJe 08/10/2021). Grifado. Em todo
caso, considera-se também, neste propósito, acerca de decisão monocrática, os princípios da cooperação
e da celeridade processual na audição do precedente do Supremo Tribunal Federal, senão vejamos:
Agravo regimental nos embargos de declaração no recurso extraordinário. Artigo 1.024, § 2º, do vigente
CPC. Embargos rejeitados por decisão monocrática do Relator. Artigo 21, § 1º, do Regimento Interno do
Supremo Tribunal Federal. Compatibilidade com o art. 932, inciso VIII, da referida legislação processual
civil. Carta rogatória. Exequatur. Cumprimento de ato ordinatório. Citação do ora agravante. Concessão da
ordem por decisão monocrática do relator da causa no Superior Tribunal de Justiça. Possibilidade.
Princípios da cooperação e da celeridade processual. Decisão ratificada pela Corte Especial do Superior
Tribunal de Justiça. Observância do princípio da colegialidade. 1. O art. 1.024, § 2º, do vigente CPC,
prevê o julgamento monocrático dos embargos de declaração quando esses forem opostos contra decisão
unipessoal proferida em qualquer Tribunal. 2. O art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal
Federal é compatível com o disposto no art. 932, inciso VIII, da novel legislação processual civil. 3.
Possibilidade de concessão de exequatur de Carta Rogatória, para fins de citação do agravante, por meio
de decisão monocrática do relator da causa no Superior Tribunal de Justiça, em homenagem aos
princípios da cooperação e da celeridade processual. 4. Decisão oportunamente ratificada pela Corte
Especial do Superior Tribunal de Justiça, em observância ao princípio da colegialidade. 5. Agravo
regimental não provido. (STF - RE 634595 ED-AgR, Relator(a): DIAS TOFFOLI, Segunda Turma, julgado
em 03/04/2018, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-127 DIVULG 11-06-2019 PUBLIC 12-06-2019).
(Negritado). A respeito da matéria, o Regimento Interno do TJE/PA, não causa óbice a este ato
monocrático por parte do relator, quando expressamente prevê: Art. 289. Da decisão monocrática
proferida pelo relator em recurso ou ação originária do Tribunal cabe agravo interno para o órgão
colegiado, no prazo de 15 (quinze) dias. Destaque. Assim, nos mesmos termos acima expendidos, passo
a proferir decisão monocrática nestes autos, tendo em vista que o Colegiado já enfrentou a matéria e se
pronunciou a seu respeito. Conheço do recurso, eis que atende aos pressupostos recursais. A
materialidade restou comprovada nos autos diante dos documentos de fls. 15 e 16 - apenso, auto de
apresentação e apreensão de objeto e auto de entrega. A autoria se comprova diante dos depoimentos
das vítimas e das testemunhas ouvidas em juízo. Vejamos os depoimentos colhidos em juízo: A vítima,
Gerson Pereira Sena, afirmou que, fl. 53: Sua bicicleta foi roubada e não sabe por quem, pois eram
muitos; que dois homens passaram na sua bicicleta e reconheceu a mesma como sua; que chamou a
polícia que foi em ronda atrás da bicicleta e localizou a bicicleta; que a polícia pegou dois homens que
estavam na sua bicicleta mas não sabe quem roubou. A vítima Silvio Ribeiro Abreu declarou que: Foi
roubado pelo Welson e pelo Laelson; que o Laelson estava com a faca e o Welson fez menção de puxar
algo por debaixo da camisa; que os réus disseram que era um assalto e levaram a bicicleta do depoente;
que chamaram a polícia e a bicicleta foi encontrada com outros dois rapazes; que dois rapazes que a
polícia achou com bicicleta estavam envolvidos no roubo, pois era uma turma que praticou o roubo contra
o depoente; que a bicicleta foi recuperada; que tem certeza absoluta que Welson e Laelson estão
envolvidos no roubo; que apresentado a foto de fls. 15 reconheceu o Welson como autor do roubo. A
testemunha José Sérgio Lobato Rodrigues afirmou que: (...) a vítima falou que um grupo de pessoas tinha
roubado a bicicleta mediante arma branca; que a polícia passou a fazer ronda e localizou dois homens que
tinham participado do roubo e estavam na bicicleta da vítima; (...) que a vítima reconheceu os dois Laelson
e Welson como autores do roubo; que chegando da cidade encontraram dois homens também envolvidos
no roubo, mas acredita que eram menores de idade; (...). A testemunha, PM Uelton Sena Rodrigues,
afirmou que: a vítima informou ao depoente que tinha acabado de ser roubada e saíram em diligência e
encontraram o réu e mais um outro comparsa com a bicicleta da vítima; que a vítima informou que foi
roubada com arma branca por vários homens; que a vítima reconheceu o Welson e Laelson que eram um
dos participantes do roubo. Ambos os réus afirmaram que não praticaram o roubo. O MM. Juízo entendeu
pela inexistência de provas da autoria do réu Welson, absolvendo-o. Não houve recurso do Ministério
Público. O ora Apelante alega que deve ser absolvido por insuficiência de provas; que o quantum da pena
fixado se mostra excessivo, eis que não existem fundamentos para que a pena base se afaste do mínimo
legal, ou seja, 4 anos de reclusão. Pretende que seja revisto o aumento gerado pelas qualificadoras,
retificando a sentença, bem como o regime de cumprimento da pena. Diante dos depoimentos colhidos
em juízo, verifico a presença da autoria e da materialidade do delito em comento, não havendo que se
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
falar em absolvição do ora Apelante por ausência de provas. Passo então à análise da dosimetria da pena.
A pena base foi fixada em 6 anos de reclusão e 13 dias multa, considerando a existência de uma
circunstância desfavorável ao réu: as circunstâncias do crime, a qual mantenho como negativa, uma vez
que o delito foi praticado em via pública por um grupo de pessoas contra duas vítimas, demonstrando
audácia e certeza da impunidade. As demais circunstâncias devem permanecer valoradas como
favoráveis ou neutras, diante da proibição à reformatio in pejus. Logo, afasto a pretensão de fixação da
pena base no mínimo legal. Na linha do entendimento doutrinário já sedimentado, Guilherme de Souza
Nucci (Código Penal Comentado, 11ª Edição, Editora Revista dos Tribunais, 2012, p. 418) adverte que é
defeso ao magistrado deixar de levar em consideração as oito circunstâncias judiciais existentes no art.
59, caput, para a fixação da pena-base. Apenas se todas forem favoráveis, tem cabimento a aplicação da
pena no mínimo. Tenho que a pena base fixada em 6 anos de reclusão e 13 dias multa é
demasiadamente alta, razão pela qual a reduzo, passando a fixá-la em 5 anos de reclusão e 11 dias multa.
Colaciono o entendimento jurisprudencial: REDUÇÃO DA PENA-BASE FIXADA EM PATAMAR MUITO
ACIMA DO MÍNIMO LEGAL - POSSIBILIDADE - EXISTÊNCIA DE APENAS UMA CIRCUNSTÂNCIA
JUDICIAL DESFAVORÁVEL - REDIMENSIONAMENTO NECESSÁRIO, PORÉM EM PATAMAR POUCO
ACIMA DO MÍNIMO. 1) Presente apenas uma circunstância judicial negativa dentre as oito previstas no
art. 59 do Código Penal, mostra-se desproporcional a exasperação da pena-base que ultrapassa em
demasia o mínimo legal. 2) A legislação penal não estabelece critérios objetivos para se determinar o
quantum a ser majorado para cada circunstância judicial considerada desfavorável. Assim, cabe a esta
Instância Revisora avaliar se a fixação da pena-base está fundamentada em elementos idôneos,
observando-se o princípio da proporcionalidade, de modo a se preservar o livre convencimento motivado e
a discricionariedade vinculada do julgador. 3) A valoração negativa de apenas uma das circunstâncias
judiciais do art. 59 do CP já é suficiente para fundamentar a exasperação da pena-base, cujo aumento
deve ser razoável e proporcional, como no caso em tela. Recurso parcialmente provido. (...) (TJ-MG -
APR: 10073120033508001 MG, Relator: Walter Luiz - Data de Julgamento: 25/03/2014, Câmaras
Criminais / 1ª CÂMARA CRIMINAL, Data de Publicação: 04/04/2014) O entendimento desta Corte firmou-
se no sentido de que, na falta de razão especial para afastar esse parâmetro prudencial, a exasperação da
pena-base, pela existência de circunstâncias judiciais negativas, deve obedecer à fração de 1/6, para cada
circunstância judicial negativa. O aumento de pena superior a esse quantum, para cada vetorial
desfavorecida, deve apresentar fundamentação adequada e específica, a qual indique as razões concretas
pelas quais a conduta do agente extrapolaria a gravidade inerente ao teor da circunstância judicial. (AgRg
no HC 460.900/SP, j. 23/10/2018). Ausentes agravantes e atenuantes e causas de diminuição da pena.
Ressalto que o MM. Juízo a quo ao proceder a dosimetria da pena, mencionou apenas uma causa de
aumento prevista no inciso I, do § 2º, do art. 157, do CP, emprego de arma, deixando de lado o concurso
de agentes. Entretanto, em momento anterior na sentença o Juízo a quo já tinha considerado comprovada
nos autos, fl. 87, a referida causa. Desta forma, tenho que a fração de aumento deve ser de ½ e não de
1/3 como aplicada na sentença, eis que na verdade estão presentes duas causas de aumento: emprego
de arma e concurso de agentes. Logo, elevo a pena em ½, totalizando 7 anos e 6 meses de reclusão e
16 dias multa, mantendo o regime inicialmente semiaberto. Ante o exposto, conheço do recurso e dou-lhe
parcial provimento, conforme fundamentação. Publique-se. Belém, 02 de dezembro de 2021. Des. Leonam
Gondim da Cruz Júnior Relator
SILVA e ALCIR JOSÉ SOUZA SOBREIRO, com comunhão de esforços e unidades de desígnios,
subtraíram, mediante violência e grave ameaça, com as suas mãos sob as camisas, fingindo estarem
armados, subtraíram telefone celular marca Sony, uma cigarrilha, bolsa porta cédulas com documento de
Willian Feio Ramos e, ainda, carteira porta cédulas com documentos e a quantia de R$ 2,00 de Elielson de
Abreu Veríssimo. (...) as vítimas sem darem alarde, passaram a perseguir os assaltantes, até que, já as
proximidades ao Rotary da Cidade Nova, os ofendidos conseguiram acionar uma guarnição da polícia, a
qual efetuou a prisão dos meliantes, bem como recuperou a â¿¿res furtiva. (sic) Denúncia recebida em 26
de maio de 2010, fl. 48. Aduzem os Apelantes que não foram produzidas provas que enfraqueçam o
princípio da presunção de inocência que milita em seu favor. Informam que são revéis e pretendem sua
absolvição. Requerem a fixação da pena base e da pena de multa no mínimo legal e que seja mantida a
aplicação da fração mínima na causa de aumento da pena e, alternativamente, um novo cálculo da causa
de aumento da pena. Contrarrazões às fls. 274-281. Parecer ministerial pelo conhecimento e improvimento
do apelo. É o relatório do necessário. Decido. Em princípio, cabe um relevante comentário a justificar a
minha prestação jurisdicional de forma monocrática. Anota-se, por oportuno que, neste ato, eleva-se o
princípio da simetria em relação aos precedentes dos Tribunais Superiores e a sua disseminação pelos
Tribunais Pátrios, depois de reiteradas discussões acerca do mesmo tema, senão vejamos: Em sentido
complementar, a hermenêutica dos precedentes tem uma vertente de fechamento do ordenamento, mas
também tem válvulas de escape para promover a evolução e a continuidade do direito. Portanto, por meio
da habitualidade das decisões, as cortes sedimentam sua interpretação. Contudo, a formação do
precedente, que ocorre de forma espiral, desde as instâncias inferiores até as cortes, garante o processo
democrático de discussão e debates para se construir e fundamentar a decisão, de modo que a
argumentação tende a ser esgotada até se construir um precedente, mesmo porque, o precedente só
completa sua formação quando é aplicado em outra decisão com simetria em relação à categoria de fatos
(PERELMAN, Chain; OLBRECHTS-TYTECA, Lucie. Tratado da argumentação: a nova retórica. Trad.
Maria Galvão. São Paulo: Wmf Martins Fontes, 2005. p. 90). Destaco. Neste segmento, a presente
decisão monocrática legitima-se pelo princípio da simetria que rege o ordenamento jurídico acerca das
decisões dos Tribunais Superiores em relação aos Tribunais Pátrios, bem como pela segurança jurídica
dos julgados que devem seguir em um mesmo contexto e orientar-se no lúcido fundamento que abaixo se
transcreve: Ao criar o STJ e lhe dar a função essencial de guardião e intérprete oficial da legislação
federal, a Constituição impôs ao Tribunal o dever de manter a integridade do sistema normativo, a
uniformidade de sua interpretação e a isonomia na sua aplicação. O exercício dessa função se mostra
particularmente necessário quando a norma federal enseja divergência interpretativa. Mesmo que sejam
razoáveis as interpretações divergentes atribuídas por outros tribunais, cumpre ao STJ intervir no sentido
de dirimir a divergência, fazendo prevalecer a sua própria interpretaçĿo. Admitir interpretaçĿo
razoável, mas contrária à sua própria, significaria, por parte do Tribunal, renúncia à condiçĿo de
intérprete institucional da lei federal e de guardiĿo da sua observância. 3. Por outro lado, a força
normativa do princÃ-pio constitucional da isonomia impÆ¡e ao Judiciário, e ao STJ particularmente, o
dever de dar tratamento jurisdicional igual para situaçơes iguais. (...) (STJ - REsp 1063310/BA, Rel.
Ministro TEORI ALBINO ZAVASCKI, PRIMEIRA TURMA, julgado em 07/08/2008, DJe 20/08/2008).
Destaque. Neste entendimento, invoco, por analogia, o verbete da Súmula 568 do Superior Tribunal de
Justiça que assim foi estabelecida no âmbito daquele sodalÃ-cio: O relator, monocraticamente e no
Superior Tribunal de Justiça, poderá dar ou negar provimento ao recurso quando houver entendimento
dominante acerca do tema. Com efeito, a parte que se mostrar insatisfeita pode, querendo, interpor Agravo
Regimental (art. 289 do RITJE/PA), a fim de levar ao conhecimento da turma a matéria, promovendo o
princÃ-pio da colegialidade. No mesmo sentido: PROCESSUAL PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO
AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. FURTO QUALIFICADO. OFENSA AO PRINCÃPIO DA
COLEGIALIDADE. USURPAÿĿO DE COMPETÿNCIA DO COLEGIADO. INOCORRÿNCIA.
AUSÿNCIA DE IMPUGNAÿĿO DOS FUNDAMENTOS DA DECISĿO AGRAVADA. SÿMULA N.
182/STJ. INCIDÿNCIA. TESE NĿO SUSCITADA NO RECURSO ESPECIAL. INOVAÿĿO
RECURSAL. II - NÄ¿o constitui ofensa ao princÃ-pio da colegialidade a prolaçĿo de decisÆ¡es
monocráticas no âmbito desta Corte, estando tal entendimento inclusive sedimentado por ocasiĿo da
ediçĿo da Súmula n. 568/STJ. Ademais, sempre haverá a possibilidade de a decisĿo monocrática
estar sujeita à apreciaçĿo do órgĿo colegiado, em virtude de eventual recurso de agravo regimental,
como na espécie. Precedentes. II - A ausência de impugnaçĿo a todos os fundamentos da decisĿo
que nĿo conheceu do agravo em recurso especial atrai, in casu, a incidência do óbice da Súmula n.
182/STJ. III - Indevida a análise de tese suscitada apenas em sede de agravo regimental, concernente a
aplicaçĿo do redutor do tráfico e do abrandamento do regime em razĿo da acoimada hediondez, por
caracterizar inovaçĿo recursal. Agravo regimental nĿo conhecido. (STJ - AgRg no AREsp
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
momento em que passou a suspeitar dos acusados. Diante da suposição, o nacional acionou policiais
militares. Os agentes públicos se dirigiram ao local dos fatos, lá estando, constataram que o
estabelecimento havia sido ¿aberto à força¿ e do lugar havia sido levado vários bens, os quais o
mencionado vigilante, havia avistado emposse dos até então ¿suspeitos¿. Buscas foram feitas no
sentido de encontrarem os acusados, porém, não houve êxito na missão. (...).¿ (sic) Denúncia
recebida em 28 de junho de 2010, fl. 45. Aduz o Apelante, MINISTÿRIO PÿBLICO, que o pleito
absolutório é inviável, eis que a prática delituosa está amplamente demonstrada pelas
declarações da vÃ-tima e depoimentos das testemunhas. Alega que tanto o boletim de ocorrência
quanto o laudo de fl.06 fornecem elementos suficientes para caracterizar o furto cometido durante o
repouso noturno. Pretende a reforma da decisão a fim de condenar os réus às penas do art. 155,
§§ 1º e 4º, I e IV do CP. Contrarrazões às fls. 165-169. Parecer ministerial pelo conhecimento e
provimento do apelo. ÿ o relatório do necessário.  Decido. Em princÃ-pio, cabe um relevante
comentário a justificar a minha prestação jurisdicional de forma monocrática. Anota-se, por oportuno
que, neste ato, eleva-se o princÃ-pio da simetria em relação aos precedentes dos Tribunais Superiores
e a sua disseminação pelos Tribunais Pátrios, depois de reiteradas discussões acerca do mesmo
tema, senão vejamos: Em sentido complementar, a hermenêutica dos precedentes tem uma vertente de
fechamento do ordenamento, mas também tem válvulas de escape para promover a evolução e a
continuidade do direito. Portanto, por meio da habitualidade das decisões, as cortes sedimentam sua
interpretação. Contudo, a formação do precedente, que ocorre de forma espiral, desde as
instâncias inferiores até as cortes, garante o processo democrático de discussão e debates para se
construir e fundamentar a decisão, de modo que a argumentação tende a ser esgotada até se
construir um precedente, mesmo porque, o precedente só completa sua formação quando é aplicado
em outra decisão com simetria em relação à categoria de fatos (PERELMAN, Chain; OLBRECHTS-
TYTECA, Lucie. Tratado da argumentação: a nova retórica. Trad. Maria Galvão. São Paulo: Wmf
Martins Fontes, 2005. p. 90). Destaco. Neste segmento, a presente decisão monocrática legitima-se
pelo princÃ-pio da simetria que rege o ordenamento jurÃ-dico acerca das decisões dos Tribunais
Superiores em relação aos Tribunais Pátrios, bem como pela segurança jurÃ-dica dos julgados que
devem seguir em um mesmo contexto e orientar-se no lúcido fundamento que abaixo se transcreve: Ao
criar o STJ e lhe dar a função essencial de guardião e intérprete oficial da legislação federal, a
Constituição impôs ao Tribunal o dever de manter a integridade do sistema normativo, a uniformidade
de sua interpretação e a isonomia na sua aplicação. O exercÃ-cio dessa função se mostra
particularmente necessário quando a norma federal enseja divergência interpretativa. Mesmo que sejam
razoáveis as interpretações divergentes atribuÃ-das por outros tribunais, cumpre ao STJ intervir no
sentido de dirimir a divergência, fazendo prevalecer a sua própria interpretação. Admitir
interpretação razoável, mas contrária à sua própria, significaria, por parte do Tribunal, renúncia Ã
condição de intérprete institucional da lei federal e de guardião da sua observância. 3. Por outro
lado, a força normativa do princÃ-pio constitucional da isonomia impõe ao Judiciário, e ao STJ
particularmente, o dever de dar tratamento jurisdicional igual para situações iguais. (...) (STJ - REsp
1063310/BA, Rel. Ministro TEORI ALBINO ZAVASCKI, PRIMEIRA TURMA, julgado em 07/08/2008, DJe
20/08/2008). Destaque. Neste entendimento, invoco, por analogia, o verbete da Súmula 568 do Superior
Tribunal de Justiça que assim foi estabelecida no âmbito daquele sodalÃ-cio: O relator,
monocraticamente e no Superior Tribunal de Justiça, poderá dar ou negar provimento ao recurso
quando houver entendimento dominante acerca do tema. Com efeito, a parte que se mostrar insatisfeita
pode, querendo, interpor Agravo Regimental (art. 289 do RITJE/PA), a fim de levar ao conhecimento da
turma a matéria, promovendo o princÃ-pio da colegialidade. No mesmo sentido: PROCESSUAL PENAL.
AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. FURTO QUALIFICADO. OFENSA AO
PRINCÃPIO DA COLEGIALIDADE. USURPAÿÿO DE COMPETÿNCIA DO COLEGIADO.
INOCORRÿNCIA. AUSÿNCIA DE IMPUGNAÿÿO DOS FUNDAMENTOS DA DECISÿO
AGRAVADA. SÿMULA N. 182/STJ. INCIDÿNCIA. TESE NÿO SUSCITADA NO RECURSO
ESPECIAL. INOVAÿÿO RECURSAL. II - Não constitui ofensa ao princÃ-pio da colegialidade a
prolação de decisões monocráticas no âmbito desta Corte, estando tal entendimento inclusive
sedimentado por ocasião da edição da Súmula n. 568/STJ. Ademais, sempre haverá a possibilidade
de a decisão monocrática estar sujeita à apreciação do órgão colegiado, em virtude de eventual
recurso de agravo regimental, como na espécie. Precedentes. II - A ausência de impugnação a
todos os fundamentos da decisão que não conheceu do agravo em recurso especial atrai, in casu, a
incidência do óbice da Súmula n. 182/STJ. III - Indevida a análise de tese suscitada apenas em sede
de agravo regimental, concernente a aplicação do redutor do tráfico e do abrandamento do regime em
razão da acoimada hediondez, por caracterizar inovação recursal. Agravo regimental não conhecido.
65
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
presente recurso (fls. 154/160), onde requer a reforma da decisão para que seja reconhecia a
participação de menor importância e, caso mantida, que seja afastada a qualificadora de rompimento
de obstáculo pela falta de laudo, bem como o afastamento do aumento da pena base por razões
inominadas e sem causa aparente e a consequente suspensão da pena. Por fim, requer, também o
prequestionamento de toda a matéria invocada nestas razões.  Em contrarrazões, o Ministério
Público se pronunciou pelo conhecimento e improvimento do apelo, para que a sentença seja mantida
em todos os seus termos (fls. 161/166).  A Procuradora de Justiça Ana Tereza Abucater se manifestou
¿pelo CONHECIMENTO e IMPROVIMENTO da presente APELAÿÿO (...).¿ - textuais (fls. 171/174 -
verso)  ÿ o breve relatório.  Decido.  Verifico que o feito se encontra com a punibilidade do apelante
fulminada pela prescrição, a qual, como é cediço, é matéria de ordem pública, que deve ser
declarada em qualquer juÃ-zo ou grau de jurisdição, e cuja ocorrência prejudica a análise do apelo,
senão vejamos.  Com efeito, o recorrente Antônio Eder Gama da Silva foi condenado pela prática do
delito de furto qualificado (art. 155, §4º I e IV, do Código Penal) ao cumprimento da pena de 02 (dois)
anos de reclusão e 20 (vinte) dias multa.  Conforme relatei, a sentença condenatória é datada de
27/11/2017.  A decisão transitou em julgado para a acusação sem apresentação de recurso e,
como é cediço, após o trânsito em julgado da decisão para a acusação, o prazo prescricional
deve ser regulado pela pena aplicada em concreto (ex vi, art. 110, § 1º do CP).  No caso em tela, uma
vez que a pena é igual a dois anos, a prescrição se dá em 04 anos, nos termos do inc. V do art. 109
do Código Penal.  Verifica-se, portanto, que, desde a prolação da sentença condenatória até os
dias atuais, transcorreu lapso temporal superior a 04 (quatro) anos, restando, portanto, incontroversa a
prescrição.  Dessa forma, com base na pena aplicada in concreto, resta imperioso o reconhecimento
da extinção da punibilidade do apelante, em razão da prescrição da pretensão punitiva do
Estado. Â Por todo o exposto, com fulcro no art. 133, X, do Regimento Interno deste SodalÃ-cio, JULGO
MONOCRATICAMENTE o recurso, para declarar a perda de seu objeto, em decorrência da extinção
da punibilidade do réu ANTÿNIO EDER GAMA DA SILVA, pela ocorrência da prescrição da
pretensão punitiva do Estado, nos termos do art. 107, IV, c/c art. 109, V, ambos do Código Penal.  ÿ
Secretaria, para as providências cabÃ-veis.  Belém, 02 de dezembro de 2021. Des. RONALDO
MARQUES VALLE Relator
dias depois, o próprio denunciado confessou a esta que teria matado a vÃ-tima. (...).¿ (sic)  Denúncia
recebida em 06 de julho de 2015, fl. 05.  Aduz o Apelante que não se conforma com a decisão
condenatória diante do erro e injustiça quanto à aplicação da pena. Alega que as circunstâncias do
art. 59 do CP não foram bem fundamentadas, não se mostrando razoável a fixação da pena base
em 13 anos de reclusão. Pretende a atenuação da pena em razão da confissão espontânea no
seu patamar máximo. Aduz que a aplicação da Súmula 231 do STJ afronta direitos fundamentais,
não devendo ser aplicada. Por fim, requer que a pena base seja aplicada abaixo do mÃ-nimo legal após
o reconhecimento da confissão.  Contrarrazões às fls. 166-171.  Parecer ministerial pelo
conhecimento e improvimento do apelo.  ÿ o relatório do necessário. Decido. Em princÃ-pio, cabe um
relevante comentário a justificar a minha prestação jurisdicional de forma monocrática. Anota-se, por
oportuno que, neste ato, eleva-se o princÃ-pio da simetria em relação aos precedentes dos Tribunais
Superiores e a sua disseminação pelos Tribunais Pátrios, depois de reiteradas discussões acerca do
mesmo tema, senão vejamos: Em sentido complementar, a hermenêutica dos precedentes tem uma
vertente de fechamento do ordenamento, mas também tem válvulas de escape para promover a
evolução e a continuidade do direito. Portanto, por meio da habitualidade das decisões, as cortes
sedimentam sua interpretação. Contudo, a formação do precedente, que ocorre de forma espiral,
desde as instâncias inferiores até as cortes, garante o processo democrático de discussão e debates
para se construir e fundamentar a decisão, de modo que a argumentação tende a ser esgotada até
se construir um precedente, mesmo porque, o precedente só completa sua formação quando é
aplicado em outra decisão com simetria em relação à categoria de fatos (PERELMAN, Chain;
OLBRECHTS-TYTECA, Lucie. Tratado da argumentação: a nova retórica. Trad. Maria Galvão. São
Paulo: Wmf Martins Fontes, 2005. p. 90). Destaco. Neste segmento, a presente decisão monocrática
legitima-se pelo princÃ-pio da simetria que rege o ordenamento jurÃ-dico acerca das decisões dos
Tribunais Superiores em relação aos Tribunais Pátrios, bem como pela segurança jurÃ-dica dos
julgados que devem seguir em um mesmo contexto e orientar-se no lúcido fundamento que abaixo se
transcreve: Ao criar o STJ e lhe dar a função essencial de guardião e intérprete oficial da
legislação federal, a Constituição impôs ao Tribunal o dever de manter a integridade do sistema
normativo, a uniformidade de sua interpretação e a isonomia na sua aplicação. O exercÃ-cio dessa
função se mostra particularmente necessário quando a norma federal enseja divergência
interpretativa. Mesmo que sejam razoáveis as interpretações divergentes atribuÃ-das por outros
tribunais, cumpre ao STJ intervir no sentido de dirimir a divergência, fazendo prevalecer a sua própria
interpretação. Admitir interpretação razoável, mas contrária à sua própria, significaria, por parte
do Tribunal, renúncia à condição de intérprete institucional da lei federal e de guardião da sua
observância. 3. Por outro lado, a força normativa do princÃ-pio constitucional da isonomia impõe ao
Judiciário, e ao STJ particularmente, o dever de dar tratamento jurisdicional igual para situações
iguais. (...) (STJ - REsp 1063310/BA, Rel. Ministro TEORI ALBINO ZAVASCKI, PRIMEIRA TURMA,
julgado em 07/08/2008, DJe 20/08/2008). Destaque. Neste entendimento, invoco, por analogia, o verbete
da Súmula 568 do Superior Tribunal de Justiça que assim foi estabelecida no âmbito daquele
sodalÃ-cio: O relator, monocraticamente e no Superior Tribunal de Justiça, poderá dar ou negar
provimento ao recurso quando houver entendimento dominante acerca do tema. Com efeito, a parte que
se mostrar insatisfeita pode, querendo, interpor Agravo Regimental (art. 289 do RITJE/PA), a fim de levar
ao conhecimento da turma a matéria, promovendo o princÃ-pio da colegialidade. No mesmo sentido:
PROCESSUAL PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. FURTO
QUALIFICADO. OFENSA AO PRINCÃPIO DA COLEGIALIDADE. USURPAÿÿO DE COMPETÿNCIA
DO COLEGIADO. INOCORRÿNCIA. AUSÿNCIA DE IMPUGNAÿÿO DOS FUNDAMENTOS DA
DECISÿO AGRAVADA. SÿMULA N. 182/STJ. INCIDÿNCIA. TESE NÿO SUSCITADA NO
RECURSO ESPECIAL. INOVAÿÿO RECURSAL. II - Não constitui ofensa ao princÃ-pio da
colegialidade a prolação de decisões monocráticas no âmbito desta Corte, estando tal
entendimento inclusive sedimentado por ocasião da edição da Súmula n. 568/STJ. Ademais, sempre
haverá a possibilidade de a decisão monocrática estar sujeita à apreciação do órgão colegiado,
em virtude de eventual recurso de agravo regimental, como na espécie. Precedentes. II - A ausência de
impugnação a todos os fundamentos da decisão que não conheceu do agravo em recurso especial
atrai, in casu, a incidência do óbice da Súmula n. 182/STJ. III - Indevida a análise de tese suscitada
apenas em sede de agravo regimental, concernente a aplicação do redutor do tráfico e do
abrandamento do regime em razão da acoimada hediondez, por caracterizar inovação recursal.
Agravo regimental não conhecido. (STJ - AgRg no AREsp 1923234/SP, Rel. Ministro JESUÃNO
RISSATO (DESEMBARGADOR CONVOCADO DO TJDFT), QUINTA TURMA, julgado em 28/09/2021,
DJe 08/10/2021). Grifado. Em todo caso, considera-se também, neste propósito, acerca de decisão
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
prazos de prescrição serão reduzidos pela metade, hipótese verificada nos autos, porquanto ao tempo do
fato o apelante possuía 20 (vinte) anos de idade, consoante se infere à fl. 30, dos autos. Destarte,
levando-se em conta que o prazo prescricional se conta com base na pena privativa de liberdade imposta
na sentença condenatória, que, in casu, foi de 6 (seis) anos e 08 (oito) meses de reclusão, a prescrição
ocorre em 12 (doze) anos, conforme previsão do artigo 109, III, do Código Penal, contudo, reduzido o
prazo pela metade, a teor do artigo 115, do Código Penal, tem-se prazo prescricional de 06 (seis) anos.
Infere-se dos autos que entre as publicações da sentença condenatória(26/09/2014 - fls. 164/167) e do
julgamento da apelação (15/01/2021- fl. 221/v), o lapso temporal transcorrido é superior a 06 (seis) anos,
não sobrevindo nenhuma outra causa interruptiva ou suspensiva da prescrição nesse período, verificando-
se, assim, a ocorrência do instituto da pretensão punitiva estatal na modalidade intercorrente. Nesse
sentido, é a jurisprudência: APELAÇÃO PENAL. ROUBO MAJORADO. EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE.
RÉUS MENORES DE VINTE E UM ANOS. REDUÇÃO DO PRAZO PRESCRICIONAL PELA METADE.
PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE. APLICABILIDADE. 1. Sendo os réus menores de vinte anos ao tempo
do crime a contagem do prazo prescricional é reduzida pela metade segundo a regra esculpida no art. 115,
do CP. Nesse viés, constatando-se que entre a prolação da sentença e o julgamento do recurso, decorreu
mais de seis anos e, tendo sido aplicadas aos réus penas privativa de liberdade de cinco anos e seis
meses de reclusão, impõe-se a redução do prazo prescricional pela metade que conduz,
consequentemente, ao reconhecimento da prescrição intercorrente com base na pena em concreto
cominada nos termos do art. 110, § 1º, c/c o art. 109, III do Código Penal. 2. RECURSO CONHECIDO,
PORÉM DE OFÍCIO DECLARADA A EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE PELA OCORRÊNCIA DA
PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE. (TJ-PA - AC: 00202878920068140401 BELÉM, Relator: RONALDO
MARQUES VALLE, Data de Julgamento: 04/06/2019, 2ª TURMA DE DIREITO PENAL, Data de
Publicação: 07/06/2019) (grifos meus) APELAÇÃO CRIMINAL. CRIMES CONTRA A PESSOA E CONTRA
A LIBERDADE PESSOAL. LESÃO CORPORAL E AMEAÇA PRATICADOS NO ÂMBITO DOMÉSTICO
(ART. 129, § 9º E ART. 147, AMBOS DO CÓDIGO PENAL). SENTENÇA CONDENATÓRIA. RECURSO
DA DEFESA. RECONHECIMENTO, DE OFÍCIO, DA PRESCRIÇÃO PUNITIVA ESTATAL NA
MODALIDADE INTERCORRENTE OU SUPERVENIENTE. PENAS PRIVATIVAS DE LIBERDADE
INFERIORES A 1 (UM) ANO DE DETENÇÃO. TRANSCURSO DE LAPSO TEMPORAL SUPERIOR A 03
(TRÊS) ANOS DA DATA DA PUBLICAÇÃO DA SENTENÇA ATÉ A DATA DO PRESENTE ACÓRDÃO.
EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE QUE É DE RIGOR (ARTS. 107, INCISO IV, 109, INCISO VI E 110, § 1º,
TODOS DO CÓDIGO PENAL. PREJUDICADA A ANÁLISE DO MÉRITO RECURSAL."A prescrição regula-
se pela pena aplicada na sentença, quando esta já transitou em julgado para o Ministério Público.
Verificada a ocorrência de lapso temporal superior ao legalmente previsto (art. 109 do Código Penal) entre
a data da publicação da sentença condenatória até a data do acórdão é de se declarar extinta a
punibilidade do réu, face a ocorrência da prescrição, na forma intercorrente" (TJSC, Apelação Criminal nº
0005396-41.2008.8.24.0031, de Indaial, rel. Des. Luiz Neri Oliveira de Souza, Quinta Câmara Criminal, j.
19.04.2018). [...] (Apelação Criminal nº 0000537-52.2014.8.24.0166, de Forquilhinha, rel. Des. Ernani
Guetten de Almeida, j. 20-11-2018) (grifos meus). APELAÇÃO CRIMINAL. VIOLÊNCIA DOMÉSTICA.
RECONHECIMENTO DO INSTITUTO DA PRESCRIÇÃO PENAL INTERCORRENTE OU
SUPERVENIENTE. EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE. 1. Evidenciado o transcurso do prazo prescricional
entre a publicação do edito condenatório, último marco interruptivo, e a presente data, como na hipótese, o
reconhecimento da prescrição penal intercorrente ou superveniente é medida que se impõe, extinguindo-
se, de consequência, a punibilidade do apelante. 2. Recurso conhecido, para declarar extinta a
punibilidade do apelante, à unanimidade. (TJ-PI - APR: 00025885820098180140 PI, Relator: Des. Edvaldo
Pereira de Moura, Data de Julgamento: 13/03/2019, 1ª Câmara Especializada Criminal). (grifos meus)
Posto isto, CONHEÇO DA QUESTÃO DE ORDEM para declarar a perda do direito de punir do Estado, e
com sustentáculo legal no artigo 107, inciso IV c/c 109, inciso III, 110, §1º, e 115, todos do Código Penal
Brasileiro, extinguir a pretensão punitiva Estatal em relação ao crime previsto no artigo 157, §2º, incisos I e
II, do Código Penal Brasileiro, praticado pelo apelante KLEBSON ARAÚJO CARDOSO. Intime-se.
Transitado em julgado, dê-se baixa e restitua-se os autos à origem. Belém - Pa., 29 de novembro de
2021. EVA DO AMARAL COELHO Desembargadora relatora
de dar tratamento jurisdicional igual para situações iguais. (...) (STJ - REsp 1063310/BA, Rel. Ministro
TEORI ALBINO ZAVASCKI, PRIMEIRA TURMA, julgado em 07/08/2008, DJe 20/08/2008). Destaque.
Neste entendimento, invoco, por analogia, o verbete da Súmula 568 do Superior Tribunal de Justiça que
assim foi estabelecida no âmbito daquele sodalício: O relator, monocraticamente e no Superior Tribunal de
Justiça, poderá dar ou negar provimento ao recurso quando houver entendimento dominante acerca do
tema. Com efeito, a parte que se mostrar insatisfeita pode, querendo, interpor Agravo Regimental (art. 289
do RITJE/PA), a fim de levar ao conhecimento da turma a matéria, promovendo o princípio da
colegialidade. No mesmo sentido: PROCESSUAL PENAL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM
RECURSO ESPECIAL. FURTO QUALIFICADO. OFENSA AO PRINCÍPIO DA COLEGIALIDADE.
USURPAÇÃO DE COMPETÊNCIA DO COLEGIADO. INOCORRÊNCIA. AUSÊNCIA DE IMPUGNAÇÃO
DOS FUNDAMENTOS DA DECISÃO AGRAVADA. SÚMULA N. 182/STJ. INCIDÊNCIA. TESE NÃO
SUSCITADA NO RECURSO ESPECIAL. INOVAÇÃO RECURSAL. II - Não constitui ofensa ao princípio da
colegialidade a prolação de decisões monocráticas no âmbito desta Corte, estando tal entendimento
inclusive sedimentado por ocasião da edição da Súmula n. 568/STJ. Ademais, sempre haverá a
possibilidade de a decisão monocrática estar sujeita à apreciação do órgão colegiado, em virtude de
eventual recurso de agravo regimental, como na espécie. Precedentes. II - A ausência de impugnação a
todos os fundamentos da decisão que não conheceu do agravo em recurso especial atrai, in casu, a
incidência do óbice da Súmula n. 182/STJ. III - Indevida a análise de tese suscitada apenas em sede de
agravo regimental, concernente a aplicação do redutor do tráfico e do abrandamento do regime em razão
da acoimada hediondez, por caracterizar inovação recursal. Agravo regimental não conhecido. (STJ -
AgRg no AREsp 1923234/SP, Rel. Ministro JESUÍNO RISSATO (DESEMBARGADOR CONVOCADO DO
TJDFT), QUINTA TURMA, julgado em 28/09/2021, DJe 08/10/2021). Grifado. Em todo caso, considera-se
também, neste propósito, acerca de decisão monocrática, os princípios da cooperação e da celeridade
processual na audição do precedente do Supremo Tribunal Federal, senão vejamos: Agravo regimental
nos embargos de declaração no recurso extraordinário. Artigo 1.024, § 2º, do vigente CPC. Embargos
rejeitados por decisão monocrática do Relator. Artigo 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal
Federal. Compatibilidade com o art. 932, inciso VIII, da referida legislação processual civil. Carta rogatória.
Exequatur. Cumprimento de ato ordinatório. Citação do ora agravante. Concessão da ordem por decisão
monocrática do relator da causa no Superior Tribunal de Justiça. Possibilidade. Princípios da cooperação e
da celeridade processual. Decisão ratificada pela Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça.
Observância do princípio da colegialidade. 1. O art. 1.024, § 2º, do vigente CPC, prevê o julgamento
monocrático dos embargos de declaração quando esses forem opostos contra decisão unipessoal
proferida em qualquer Tribunal. 2. O art. 21, § 1º, do Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal é
compatível com o disposto no art. 932, inciso VIII, da novel legislação processual civil. 3. Possibilidade de
concessão de exequatur de Carta Rogatória, para fins de citação do agravante, por meio de decisão
monocrática do relator da causa no Superior Tribunal de Justiça, em homenagem aos princípios da
cooperação e da celeridade processual. . Decisão oportunamente ratificada pela Corte Especial do
Superior Tribunal de Justiça, em observância ao princípio da colegialidade. 5. Agravo regimental não
provido. (STF - RE 634595 ED-AgR, Relator(a): DIAS TOFFOLI, Segunda Turma, julgado em 03/04/2018,
ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-127 DIVULG 11-06-2019 PUBLIC 12-06-2019). (Negritado). A respeito da
matéria, o Regimento Interno do TJE/PA, não causa óbice a este ato monocrático por parte do relator,
quando expressamente prevê: Art. 289. Da decisão monocrática proferida pelo relator em recurso ou ação
originária do Tribunal cabe agravo interno para o órgão colegiado, no prazo de 15 (quinze) dias. Destaque.
Assim, nos mesmos termos acima expendidos, passo a proferir decisão monocrática nestes autos, tendo
em vista que o Colegiado já enfrentou a matéria e se pronunciou a seu respeito. Conheço de ambos os
recursos, eis que preenchidos os pressupostos de admissibilidade recursal. Ambos os recorrentes se
insurgem em face da dosimetria da pena, portanto, passo à análise das razões apresentadas em cada
Apelação. 1)DO APELO DE ALESSANDRO SOUZA MORAES A pena base foi fixada no mínimo legal, ou
seja, 4 anos de reclusão e 10 dias multa, considerando a inexistência de circunstâncias desfavoráveis ao
réu, que mantenho diante da proibição à reformatio in pejus. Na segunda fase da dosimetria reconheço a
existência da atenuante da confissão espontânea, como bem decidido pelo MM. Juízo a quo. Entretanto,
não é possível reduzir a pena abaixo do mínimo legal nesta fase da dosimetria, em razão do disposto no
verbete da súmula 231 do STJ. Quanto à alegação de que a pena base não foi atenuada em decorrência
da menoridade do réu, ressalto que a despeito de ter sido comprovado no decorrer da instrução
processual que o ora recorrente tinha 18 anos na data do fato, fl. 64 - apenso, não há possibilidade de se
reduzir a pena base abaixo do mínimo legal na segunda fase da dosimetria. Sendo assim, mantenho a
pena base em 4 anos de reclusão e 10 dias multa. Ademais, a aplicação da pena fora dos parâmetros
legais representaria intromissão indevida do Poder Judiciário na função legiferante. A questão já se
74
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
encontra sumulada pelo STJ: Súmula 231, STJ - A incidência da circunstância atenuante não pode
conduzir redução da pena abaixo do mínimo legal.Eis o entendimento jurisprudencial: APELAÇÃO
CRIMINAL - ROUBO MAJORADO PELO CONCURSO DE PESSOAS - DOSIMETRIA DA PENA - PENA
BASE NO MÍNIMO LEGAL - SEGUNDA FASE - RECONHECIMENTO DAS ATENUANTES DA
MENORIDADE E DA CONFISSÃO ESPONTÂNEA - IMPOSSIBILIDADE DE REDUÇÃO DA PENA
AQUÉM DO MÍNIMO LEGAL NOS TERMOS DO ENUNCIADO DA SÚMULA 231 DO STJ - NÃO SE
PODE ATENUAR A PENA ABAIXO DO MÍNIMO LEGAL - PRECEDENTE - (...) - UNÂNIME.
(2021.01551341-46, 218.649, Rel. LEONAM GONDIM DA CRUZ JUNIOR, Órgão Julgador 3ª TURMA DE
DIREITO PENAL, Julgado em 2021-08-05, Publicado em 2021-08-05) Na terceira fase da dosimetria da
pena, mantenho as causas de aumento previstas nos incisos I e II, do § 2º, do art. 157, do CP, bem como
a elevação da pena em 3/8, comungando do entendimento do MM. Juízo a quo ao mencionar que o crime
foi cometido dentro de um ônibus lotado de passageiros, sendo bem maior o risco à integridade física
destes, uma vez que ficaram expostos à mira de revólver, em uma situação de pânico e temor. Ressalto
que a testemunha ELIOMAR ANTÔNIO DIAS COQUEIRO afirmou em juízo, fl. 86, que: Eram dois
assaltantes, o mais alto era quem estava portando a arma de fogo; (...) que havia no coletivo cerca de dez
pessoas; (...). Por sua vez, a testemunha PM IGOR afirmou que: (...) a arma de fogo foi encontrada em
poder de EVERTON e que as três vítimas reconheceram os acusados como sendo os autores do
delito. Desta forma, restou comprovado nos autos a existência de duas causas de aumento da pena:
emprego de arma e concurso de agentes, bem como que o delito foi cometido dentro do coletivo na
presença de várias pessoas. Logo, tenho que a fração de 3/8 é proporcional e adequada à reprimenda,
pelo que a mantenho, totalizando 5 anos e 6 meses de reclusão e 13 dias multa. Mantenho ainda o
concurso formal de crimes, eis que foram três crimes praticados contra vítimas distintas, cujas penas
foram dosadas em patamares idênticos, devendo ser aplicada somente uma delas, aumentada de 1/5, que
entendo como proporcional e adequada à reprimenda. Portanto, mantenho a pena da forma como dosada
pelo MM. Juízo a quo, ou seja, 6 anos, 7 meses e 6 dias de reclusão e pagamento de 15 dias multa, a ser
cumprida em regime inicialmente semiaberto. 2) DO APELO DE EVERTON DOUGLAS SOUZA DE LIMA
A pena base foi fixada no mínimo legal, 4 anos de reclusão e 10 dias multa, a qual mantenho diante da
proibição à reformatio in pejus. Na segunda fase da dosimetria reconheço a existência da atenuante da
confissão espontânea, como bem decidido pelo MM. Juízo a quo, consignado não ser possível reduzir a
pena abaixo do mínimo legal nesta fase da dosimetria, em razão do disposto no verbete da súmula 231 do
STJ. Ademais, a aplicação da pena fora dos parâmetros legais representaria intromissão indevida do
Poder Judiciário na função legiferante. A questão já se encontra sumulada pelo STJ: Súmula 231, STJ - A
incidência da circunstância atenuante não pode conduzir à redução da pena abaixo do mínimo legal.
Restou comprovado nos autos a existência de duas causas de aumento da pena: emprego de arma e
concurso de agentes, bem como que o delito foi cometido dentro do coletivo na presença de várias
pessoas. Logo, tenho que a fração de 3/8 é proporcional e adequada à reprimenda, pelo que a mantenho,
totalizando 5 anos e 6 meses de reclusão e 13 dias multa. Mantenho ainda o concurso formal de crimes,
eis que foram três crimes praticados contra vítimas distintas, cujas penas foram dosadas em patamares
idênticos, devendo ser aplicada somente uma delas, aumentada de 1/5, que entendo como proporcional e
adequada à reprimenda. Portanto, permanece a pena da forma como dosada pelo MM. Juízo a quo, ou
seja, 6 anos, 7 meses e 6 dias de reclusão e pagamento de 15 dias multa, a ser cumprida em regime
inicialmente semiaberto. Ante o exposto, conheço dos recursos e nego-lhes provimento, nos termos da
fundamentação. Publique-se. Belém, 23 de novembro de 2021. Des. Leonam Gondim da Cruz Júnior
Relator
75
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
decorrência da função essencial exercida em favor de toda a sociedade. Urge frisar, também, que é dever
do juiz, das partes e dos advogados tratar as testemunhas com urbanidade, devendo-se evitar perguntas
ou considerações impertinentes, capciosas ou vexatórias (v. art. 459, §2º, do CPC). Feitas tais
considerações, é importante esclarecer que embora a parte requerida tenha iniciado fazendo perguntas
relacionadas aos fatos, em seguida pediu permissão para ¿fazer uma pergunta pessoal¿, momento em
que realizou os seguintes questionamentos: ¿o senhor me conhece há quanto tempo aqui?¿ e ¿Por que
todas a vezes que o senhor (inaudível) diz que eu sou safado?¿ (textuais). Por se tratar de
questionamentos de caráter pessoal, como ressaltou a própria parte requerida, direcionados à
testemunha, nota-se que tais perguntas não guardavam relação ou pertinência com os fatos que estavam
em apuração naquele processo, razão pela qual, no caso vertente, afasta-se a imunidade prevista no art.
7º, §2º, da Lei nº 8.906/1994. Cabe analisar, deste modo, se tais palavras são capazes de ensejar o
reconhecimento de violação à honra objetiva e subjetiva, bem como aos direitos da personalidade da parte
autora, a fim de impor a condenação da requerida ao pagamento de compensação por danos morais. A
reparação civil, no âmbito do Código Civil, encontra-se prevista em uma tríade normativa, qual seja: arts.
186, 187 e 927 do CC. O dano moral tem assento constitucional (art. 5º, V e X, CF) e consiste na violação
dos direitos da personalidade, compreendidos estes como uma série de atributos jurídicos decorrentes do
princípio da dignidade da pessoa humana, previsto no art. 1º, III, da CF. Nas palavras de Daniel Sarmento,
¿o dano moral pode estar relacionado à injusta provocação de dor e sofrimento à vítima, ou ao abalado da
sua reputação no meio social, guardando estreita relação com a cláusula geral de tutela da personalidade
humana¿ (CANOTILHO, J. J. Gomes [et al]. Comentários à Constituição do Brasil. 2 ed. São Paulo:
Saraiva Educação, 2018, p. 272). Para que haja o dever de indenizar, é essencial o preenchimento dos
seguintes pressupostos: a) ação ou omissão; b) dano; c) nexo causal; e d) dolo ou culpa. Urge frisar que a
responsabilidade civil da parte requerida é de índole subjetiva, isto é, depende da demonstração de dolo
ou culpa em sentido estrito (negligência, imprudência ou imperícia). Em que pese se repute inadequado o
questionamento realizado pela parte requerida naquela audiência, por não ter qualquer relação com o
deslinde daquele feito e visar esclarecimentos de cunho pessoal, entendo que tais fatos, por si só, a
despeito de terem gerado aborrecimentos à parte autora, não são capazes de justificar a condenação
daquela ao pagamento de compensação por danos morais. Saliente-se que as perguntas foram repelidas
pela parte autora, tendo o magistrado que presidiu o ato e os demais participantes prontamente agido para
apaziguar os ânimos, não havendo outras ocorrências. Não se desconhece que as perguntas foram
realizadas, afinal tal fato é visível e audível na mídia de Id 677738. Porém, não há provas de que a parte
requerida tenha agido com dolo, ou pelo menos com culpa (negligência, imprudência ou imperícia), com a
finalidade de atingir os direitos da personalidade da parte autora. Da mesma forma, não há provas quanto
ao prejuízo moral sofrido, não sendo o caso de dano moral presumido (¿in re ipsa¿), devendo o dissabor
sofrido ser interpretado como fato do cotidiano. Registre-se que também não se vislumbra qualquer
reverberação negativa em relação à reputação da parte autora perante este Juízo ou à sociedade deste
distrito da Ilha do Mosqueiro. Por oportuno, traz-se à colação entendimento do Egrégio Tribunal do Distrito
Federal e dos Territórios, quanto à não configuração de dano moral em caso envolvendo a ocorrência
acalorada entre interlocutores em ato público (assembleia geral de condomínio), in verbis:
requerida se exaltar na reunião, suas palavras na Assembleia se limitaram a narrar seu ponto de vista
sobre os desentendimentos vivenciados por ela e por outros condôminos com o autor. Os relatos da
requerida foram confirmados por outros condôminos e pela síndica. O fato de a requerida ter proferido sua
opinião, ao considerar ?um fato gravíssimo um condômino chegar as vias de fato contra outro?, não pode
ser interpretado como acusação ou ofensa pessoal ao autor, pois a própria síndica tinha dito que o autor
chegou a empurrá-la. 6. Assim, não restou demonstrada qualquer ofensa à dignidade do autor, não
havendo que se falar em danos morais. A discussão acalorada sobre desentendimentos vivenciados pelos
condôminos em Assembleia Condominial não ultrapassou a esfera de meros aborrecimentos, aos quais
qualquer um que conviva em sociedade está sujeito. 7. Recurso CONHECIDO e NÃO PROVIDO.
Condeno o recorrente vencido em honorários advocatícios que fixo em 10% (dez por cento) sobre o valor
da causa (art. 55 da Lei 9.099/95). Acórdão lavrado nos termos do art. 46 da Lei 9.099/95.
(TJ-MG - AC: 10000160508768002 MG, Relator: Cabral da Silva, Data de Julgamento: 04/05/2021,
Câmaras Cíveis / 10ª CÂMARA CÍVEL, Data de Publicação: 07/05/2021)
Por fim, não há que se falar em condenação da parte autora ao pagamento de multa por litigância de má-
fé, pois não configurada nenhuma das hipóteses previstas no art. 80, I a VII, do CPC. Nesse passo, nos
termos da fundamentação exposta, a improcedência da pretensão autoral é medida que se impõe. Ante o
exposto, JULGO IMPROCEDENTE o pedido da parte autora, resolvendo o mérito, com fundamento no art.
487, I, do CPC. Sem custas e honorários de sucumbência, nos termos do art. 55 da Lei nº 9.099/95. Após
o trânsito em julgado, não havendo requerimentos, certifique-se e arquive-se. Publique-se. Registre-se.
Intimem-se. Belém-PA, Ilha do Mosqueiro, 01 de dezembro de 2021. JOÃO PAULO SANTANA NOVA DA
COSTA. Juiz de Direito Substituto respondendo pela Vara dos Juizados Especiais do Distrito de
Mosqueiro (Portaria nº 3.699/2021-GP de 28/10/2021).
Recurso conhecido e provido, reformando integralmente a sentença para julgar improcedente os pedidos
deduzidos na inicial. Inversão do ônus sucumbenciais, cuja exigibilidade fica suspensa em razão da
apelada ser beneficiária da gratuidade processual. À unanimidade.
(4763215, 4763215, Rel. RICARDO FERREIRA NUNES, Órgão Julgador 2ª Turma de Direito Privado,
Julgado em 2021-03-16, Publicado em 2021-03-23)
(4621843, 4621843, Rel. EDINEA OLIVEIRA TAVARES, Órgão Julgador 2ª Turma de Direito Privado,
Julgado em 2021-01-26, Publicado em 2021-03-05)
Não se desconhece a vulnerabilidade agravada do Autor, por se tratar de consumidor e pessoa idosa.
Porém, tais fatos, por si só, não retiram a sua capacidade de contratar, nem fazem presumir que houve
má-fé pela instituição financeira para a celebração do negócio jurídico, nos termos do art. 39, IV, do CDC.
A despeito da afirmação de que a parte autora é pessoa analfabeta funcional, o que, por si só, não lhe
retiraria a capacidade para a prática dos atos da vida civil, não há qualquer elemento de prova nesse
sentido. Cumpre trazer à colação recente entendimento do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Pará,
em discussão análoga a dos autos, envolvendo consumidora que além de idosa era também analfabeta,
ou seja, que se encontrava em situação de maior vulnerabilidade do que a parte autora, oportunidade em
que se entendeu pela regularidade da contratação:
(4888665, 4888665, Rel. LEONARDO DE NORONHA TAVARES, Órgão Julgador 1ª Turma de Direito
Privado, Julgado em 2021-03-29, Publicado em 2021-04-12)
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
No presente caso, o Autor afirma desconhecer o contrato firmado com a instituição financeira, alegando a
ocorrência de fraude, aproximadamente 06 (seis) anos após ter recebido o valor em sua conta bancária.
Todavia, conforme supramencionado, os documentos colacionados aos autos demonstram a efetiva
contratação e o recebimento do valor, não havendo qualquer indício de ação fraudulenta. Destarte,
observa-se que a parte autora negou fato existente, o que faz incidir o art. 80, I, do CPC. Sobre o tema,
esse é o entendimento do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso do Sul, em caso análogo
ao dos autos:
Assim, considerando o dever imposto pelo art. 139, III, do CPC de prevenir ou reprimir qualquer ato
atentatório à dignidade da Justiça, bem como a configuração da hipótese prevista no art. 80, I, do CPC,
com fulcro no art. 81 do CPC, aplico a multa de 1,1% sobre o valor da causa a título de litigância de má-fé,
em atenção à condição econômica da parte autora. Ante o exposto, JULGO IMPROCEDENTES os
pedidos formulados pela parte autora, resolvendo o mérito nos termos do art. 487, I, do CPC, revogando a
tutela antecipada de Id. 24010275. Condeno a parte autora ao pagamento multa por litigância de má-fé em
1,1% sobre o valor da causa, nos termos do art. 81 do CPC. Sem custas e honorários de sucumbência,
nos termos do art. 55, caput, da Lei n. 9.099/095. Após o trânsito em julgado, não havendo requerimentos,
certifique-se e arquive-se. Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Belém, Distrito de Mosqueiro, 03 de
dezembro de 2021. JOÃO PAULO SANTANA NOVA DA COSTA. Juiz de Direito Substituto
Respondendo pela Vara dos Juizados Especiais de Mosqueiro - Portaria N° 3.699/2021-GP, de
28/10/2021.
termo de audiência de Id 34874281. Passo à análise das questões preliminares. De início, a parte
requerida argui a necessidade de realização de perícia grafotécnica, o que seria incompatível com o rito
dos Juizados Especiais. Sem razão, contudo. Com fulcro no art. 370 do CPC, entendo não ser necessária
a produção de prova técnica, uma vez que os documentos que constam dos autos são suficientes para o
deslinde da lide. Assim, rejeito a preliminar. Ademais, a parte requerida impugna a concessão do benefício
da gratuidade da justiça. Porém, há nos autos declaração de hipossuficiência e pedido de concessão do
benefício, formulado nos termos do art. 99 do CPC. A despeito de a declaração não gozar de presunção
absoluta de veracidade, a parte requerida não apresentou elementos capazes de infirmar as alegações da
parte autora, não havendo elementos que evidenciem a falta dos requisitos previstos no art. 98 do CPC.
Destarte, rejeito a preliminar. Ainda, afirma não estar presente o interesse de agir, sob o fundamento de
que a parte autora não tentou resolver a questão de forma administrativa. Não se desconhece a
importância da desjudicialização dos litígios, o que pode gerar benefícios tanto para as partes, quanto para
o Poder Judiciário. Todavia, não há exigência legal de requerimento prévio administrativo para que seja
possível o ajuizamento da ação judicial, em atenção ao disposto no art. 5º, XXXV, da CF. Por tal motivo,
rejeito a preliminar. Sustenta a existência de conexão entre o presente feito e os processos n. 0800244-
46.2021.8.14.0501 e 0800245-31.2021.8.14.0501. Não assiste razão, todavia. Embora seja desejável a
reunião dos feitos, em atenção aos princípios da celeridade, da razoável duração do processo e da
economia processual, verifica-se que os processos versam sobre contratos distintos, não havendo
identidade entre as causas de pedir que obrigue a vinculação das demandas. Nesse passo, rejeito a
preliminar. As partes estão bem representadas e não há mais questões preliminares a serem analisadas.
Presentes os pressupostos processuais e os requisitos de admissibilidade da demanda, passo ao exame
do mérito. Ante de adentrar ao mérito propriamente dito, é necessário analisar a questão prejudicial
apresentada pela parte requerida quanto à ocorrência de prescrição. A parte requerida aduz a ocorrência
de prescrição quinquenal. Sem razão, no entanto. Cumpre esclarecer que o presente feito versa sobre
relação de trato sucessivo, em que as parcelas são descontadas mês a mês, sendo que o primeiro
desconto ocorreu em abril de 2020. Ainda, no caso vertente, a parte autora busca a reparação de danos
causados por fato do serviço, pretensão que se submete ao prazo prescricional de 05 (cinco) anos a
contar do conhecimento do dano e de sua autoria, previsto no art. 27 do CDC (STJ, REsp 1094270/PR,
Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em 02/12/2008, DJe 19/12/2008). Assim,
não acolho a alegação de prescrição. Ultrapassada a questão preliminar, passo ao exame do mérito
propriamente dito. Cuida-se de ação em que a parte autora pugna pela declaração de inexistência de
relação jurídica, bem como condenação da parte requerida ao pagamento de repetição de indébito, em
dobro, e compensação por danos morais. O caso dos autos se submete ao regime jurídico previsto no
Código de Defesa do Consumidor, haja vista que as partes se amoldam nos conceitos de consumidor e
fornecedor previstos nos arts. 2º, 3º e 29 do CDC. Vale destacar o enunciado da Súmula n. 297 do
STJ: ¿O Código de Defesa do Consumidor é aplicável às instituições financeiras¿. Compulsando-se os
autos, verifica-se não haver controvérsia quanto ao desconto realizado no benefício previdenciário da
parte autora. Por outro lado, a controvérsia reside na aferição da legalidade do contrato n. 46-
1138567/1199, no valor de R$ 4.324,32, em 84 parcelas no valor de R$ 52,00, com início de vigência em
04/2020 e término em 03/2027. Quanto à distribuição do ônus da prova, aplica-se ao presente feito o
disposto no art. 6º, VIII, do CDC, por estarem configuradas a relação de consumo e a hipossuficiência
técnica, financeira e jurídica da parte autora. Passo à análise dos pedidos da parte autora. A parte autora
afirma que jamais realizou o contrato ora questionado de empréstimo consignado com o Requerido, cujas
parcelas foram descontadas de seu benefício previdenciário, conforme documento de Id 23823880.
Tratando-se de prova negativa, é ônus da parte requerida apresentar elementos probatórios que
evidenciem a celebração dos negócios jurídicos, nos termos do art. 6º, VIII, do CDC e art. 373, II, do CPC.
A parte requerida sustenta que a parte autora celebrou o contrato n. 832203042, no valor de R$ 5.010,11 e
vigência entre 08/2011 e 07/2016, apresentado a cédula de crédito nº 46-1138567/1199 (Ids 27574374 a
27574377). Entretanto, analisando os argumentos e os documentos apresentados pelas partes, observa-
se que há divergência entre os valores, os números de parcelas e as datas de vigência do contrato
questionado pela parte autora e o contrato apresentado pela parte requerida, sendo que este teria vigência
até o ano de 2016, não havendo prova de que houve repactuação pela parte autora. O documento de Id
23823880 apresentado pela parte autora, a seu turno, demonstra que houve a inscrição do contrato n. 46-
1138567/1199, vinculado ao Requerido, em seu extrato de empréstimos consignados, bem como
discrimina os valores dos descontos e a data de vigência. Todavia, como mencionado, a instituição
financeira não se desincumbiu do ônus de demonstrar a realização de repactuação entre as partes,
tampouco a transferência de valores, o que prejudica a análise do pedido de compensação. Conforme
dispõe o art. 104 do CC, um contrato válido deve apresentar: a) agente capaz; b) objeto lícito, possível,
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
determinado ou determinável; e c) forma prescrita ou não defesa em lei. Contudo, antes de adentrar ao
plano da validade do contrato, é necessário analisar o plano da existência. Para que qualquer negócio
jurídico exista é necessário a presença de 04 (quatro) elementos: manifestação de vontade, agente, objeto
e forma. Sílvio de Salvo Venosa ensina que a ¿declaração de vontade, que a doutrina mais tradicional
denomina consentimento, é elemento essencial do negócio jurídico. É seu pressuposto. Quando não
existir pelo menos aparência de declaração de vontade, não podemos sequer falar de negócio jurídico. A
vontade, sua declaração, além de condição de validade, constitui elemento do próprio conceito e, portanto,
da própria existência do negócio jurídico¿ (VENOSA, Sílvio de Salvo. Código Civil interpretado. 4ª ed.
Atlas, São Paulo, 2019. p. 563). Destarte, deve prevalecer a alegação da parte autora quanto à ausência
de manifestação de vontade para celebrar o contrato questionado, o que resulta, por conseguinte, no
reconhecimento da inexistência do negócio jurídico e consequentemente dos débitos a eles vinculados. No
que tange à restituição dos valores cobrados, em dobro, dispõe o art. 42, parágrafo único, do CDC: ¿O
consumidor cobrado em quantia indevida tem direito à repetição do indébito, por valor igual ao dobro do
que pagou em excesso, acrescido de correção monetária e juros legais, salvo hipótese de engano
justificável¿. Dessa forma, segundo o dispositivo legal, para que haja a devolução em dobro do montante
cobrado é necessário que seja demonstrada a presença de 03 (três) requisitos: a) a existência de
cobrança indevida; b) o efetivo pagamento por parte do consumidor; e c) a inexistência de engano
justificável por parte do fornecedor. O Colendo Superior Tribunal de Justiça, por sua vez, entende que a
repetição de indébito em dobro é devida quando se configurar que a cobrança foi contrária à boa-fé
objetiva e seus deveres anexos, não se exigindo mais a comprovação de inequívoca má-fé por parte do
fornecedor (EAREsp 676.608/RS, Rel. Ministro OG FERNANDES, CORTE ESPECIAL, julgado em
21/10/2020, DJe 30/03/2021). O Requerente demonstrou a inscrição do contrato no extrato do benefício
previdenciário, a data de vigência, bem como os valores das parcelas mensais. Caberia ao Requerido,
então, demonstrar que não houve cobrança, a configuração de engano justificável ou a ausência de
contrariedade à boa-fé objetiva, não tendo se desincumbido do seu ônus probatório. Nesse passo, a
repetição de indébito é devida, devendo se dar em dobro, considerando os descontos realizados no
benefício previdenciário da parte autora. A parte autora pleiteia, ainda, compensação financeira por danos
morais no valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais). A reparação civil, no âmbito do Código Civil, encontra-se
prevista em uma tríade normativa, qual seja: arts. 186, 187 e 927 do CC. O dano moral tem assento
constitucional (art. 5º, V e X, CF) e consiste na violação dos direitos da personalidade, compreendidos
estes como uma série de atributos jurídicos decorrentes do princípio da dignidade da pessoa humana,
previsto no art. 1º, III, da CF. Saliente-se, ainda, que a reparação efetiva dos danos patrimoniais e morais
é um direito básico do consumidor, expressamente previsto no art. 6º, VI, do CDC. Para que haja o dever
de indenizar, é essencial o preenchimento dos seguintes pressupostos: a) ação ou omissão; b) dano; e c)
nexo causal. Urge frisar que a responsabilidade civil da instituição financeira em decorrência da prestação
dos serviços é de índole objetiva, isto é, independe da demonstração de culpa, nos moldes do art. 14 do
CDC. Não há nos autos qualquer elemento que demonstre a inexistência de defeito no serviço ou a culpa
exclusiva do consumidor que afaste a responsabilidade da parte requerida, com fulcro no art. 14, §3º, I e II,
do CDC. Vale lembrar que subsiste a responsabilidade das instituições financeiras pela reparação dos
danos, ainda que decorram de fraudes e delitos praticados por terceiros, conforme o enunciado da Súmula
n. 479 do STJ: "As instituições financeiras respondem objetivamente pelos danos gerados por fortuito
interno relativo a fraudes e delitos praticados por terceiros no âmbito de operações bancárias". Bruno
Miragem, ao discorrer sobre o tema, sustenta que: ¿dentre os danos morais podemos distinguir entre os
danos corporais ou à saúde, e os danos anímicos ou danos morais em sentido estrito, como sendo os que
atingem a integridade psicofísica da pessoa, desde lesões corporais até a provação da vida, assim como
as situações em que as pessoas tornam-se incapazes de experimentar sensações, ou de entender e
querer, em face de lesões no sistema nervoso central. Ao seu lado, outra espécie de danos, também
abrangido sob a terminologia dos danos morais, são aqueles que decorrem de ofensas a pessoa no que
diz respeito ao seu sentimento, sua vida afetiva, social ou cultural, os quais se classificam como danos
anímicos ou danos morais em sentido estrito. Todavia, caracteriza dano moral, que pode mesmo ser
presumido, qualquer ato de atente igualmente contra a credibilidade do consumidor, em face de práticas
abusivas ou falhas no fornecimento de produtos ou serviços¿ (MIRAGEM, Bruno. Curso de direito do
consumidor. 8ª ed. Revista dos Tribunais, São Paulo, 2019, RB-2.106). No presente caso, verifica-se que
o Requerente sofreu descontos mensais sucessivos em seu benefício previdenciário, verba que tem
caráter alimentar, o que o impossibilitou de reverter os valores indevidamente descontados ao seu
sustento. Portanto, não há dúvidas que houve abalo na esfera moral da parte autora, diante da privação de
valores destinados à sua subsistência, o que transcende o mero aborrecimento. Levando-se em
consideração a extensão do dano (art. 944 do CC), a função pedagógica do dano moral, a capacidade
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
Cumpre esclarecer que o presente feito versa sobre relação de trato sucessivo, em que as parcelas são
descontadas mês a mês. Ainda, no caso vertente, a parte autora busca a reparação de danos causados
por fato do serviço, pretensão que se submete ao prazo prescricional de 05 (cinco) anos a contar do
conhecimento do dano e de sua autoria, previsto no art. 27 do CDC, e não ao prazo trienal alegado pela
parte requerida (STJ, REsp 1094270/PR, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado
em 02/12/2008, DJe 19/12/2008). Assim, não acolho a alegação de prescrição. Ultrapassada a questão
prejudicial, passo ao exame do mérito propriamente dito. Cuida-se de ação em que a parte autora pugna
pela declaração de inexistência de relação jurídica, bem como condenação da parte requerida ao
pagamento de repetição de indébito, em dobro, e compensação por danos morais. O caso dos autos se
submete ao regime jurídico previsto no Código de Defesa do Consumidor, haja vista que as partes se
amoldam nos conceitos de consumidor e fornecedor previstos nos arts. 2º, 3º e 29 do CDC. Vale destacar
o enunciado da Súmula n. 297 do STJ: ¿O Código de Defesa do Consumidor é aplicável às instituições
financeiras¿. Compulsando-se os autos, verifica-se não haver controvérsia quanto à existência de contrato
envolvendo a parte autora e a parte requerida. Por outro lado, a controvérsia reside na aferição: a) da
existência de manifestação de vontade pela parte autora e b) da eventual responsabilidade civil da parte
requerida. Quanto à distribuição do ônus da prova, aplica-se ao presente feito o disposto no art. 6º, VIII, do
CDC, por estarem configuradas a relação de consumo e a hipossuficiência técnica, financeira e jurídica da
parte autora. Passo à análise dos pedidos da parte autora. O Autor afirma que jamais realizou contrato
com o Requerido, que vem sendo descontado de seu benefício previdenciário, conforme documentos
apresentados com a inicial. A instituição financeira, por sua vez, sustenta que o contrato de cartão de
crédito com reserva de margem consignável foi regularmente celebrado, apresentando o instrumento
contratual, documento pessoal e comprovante de disponibilização do valor. Saliente-se que o contrato de
cartão de crédito com reserva de margem consignável possui previsão legal no art. 6 o da Lei nº
10.820/2003 (com redação dada pela Lei nº 13.172, de 2015), ¿os titulares de benefícios de aposentadoria
e pensão do Regime Geral de Previdência Social poderão autorizar o Instituto Nacional do Seguro Social -
INSS a proceder aos descontos referidos no art. 1o e autorizar, de forma irrevogável e irretratável, que a
instituição financeira na qual recebam seus benefícios retenha, para fins de amortização, valores
referentes ao pagamento mensal de empréstimos, financiamentos, cartões de crédito e operações de
arrendamento mercantil por ela concedidos, quando previstos em contrato, nas condições estabelecidas
em regulamento, observadas as normas editadas pelo INSS¿. A questão também é regulamentada pela
Resolução nº 1.305/2009 do Conselho Nacional de Previdência Social, bem como pela Instrução
Normativa nº 28/2008 (alterada pela Instrução Normativa nº 39/2009) do INSS. Com efeito, observa-se que
a parte requerida se desincumbiu de seu ônus probatório, nos termos dos art. 6º, VIII, do CDC e art, 373,
II, do CPC, porquanto a documentação apresentada é verossímil e se reveste de aparente legalidade,
sendo apta para demonstrar a celebração de contrato com observância aos ditames legais, havendo,
inclusive, similitude entre as assinaturas dos instrumentos contratuais, da procuração e dos documentos
pessoais da parte autora que constam dos autos. Ainda, observa-se a efetiva disponibilização do valor de
R$1.200,00 (mil e duzentos seis reais) por meio de TED, nos termos do documento de Id 24753811, cujo
recebimento é confirmado pelo extrato de Id 23824414 apresentado pela própria parte autora. Não se
desconhece a vulnerabilidade agravada do Autor, por se tratar de consumidor e pessoa idosa. Porém, tais
fatos, por si só, não retiram a sua capacidade de contratar, nem fazem presumir que houve má-fé pela
instituição financeira para a celebração do negócio jurídico, nos termos do art. 39, IV, do CDC. Nesse
sentido, cumpre trazer à colação recente entendimento do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Pará,
em discussão análoga a dos autos, envolvendo consumidora que além de idosa era também analfabeta,
ou seja, que se encontrava em situação de maior vulnerabilidade do que a parte autora, oportunidade em
que se entendeu pela regularidade da contratação:
(4888665, 4888665, Rel. LEONARDO DE NORONHA TAVARES, Órgão Julgador 1ª Turma de Direito
Privado, Julgado em 2021-03-29, Publicado em 2021-04-12)
Por oportuno, é importante destacar entendimento do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Ceará, em
caso análogo ao do presente feito, no qual se reconheceu a regularidade da contração cartão de crédito
com reserva de margem consignável por pessoa idosa, diante dos documentos apresentados pela
instituição financeira:
justificável¿. Dessa forma, segundo o dispositivo legal, para que haja a devolução em dobro do montante
cobrado é necessário que seja demonstrada a presença de 03 (três) requisitos: a) a existência de
cobrança indevida; b) o efetivo pagamento por parte do consumidor; e c) a inexistência de engano
justificável por parte do fornecedor. O Colendo Superior Tribunal de Justiça, por sua vez, entende que a
repetição de indébito em dobro é devida quando se configurar que a cobrança foi contrária à boa-fé
objetiva e seus deveres anexos, não se exigindo mais a comprovação de inequívoca má-fé por parte do
fornecedor (EAREsp 676.608/RS, Rel. Ministro OG FERNANDES, CORTE ESPECIAL, julgado em
21/10/2020, DJe 30/03/2021). No caso em análise não há o preenchimento do primeiro requisito, qual seja,
a realização de cobrança indevida, considerando a demonstração da celebração do negócio jurídico pela
parte autora e o recebimento do montante conforme previsto no contrato. Portanto, incabível o acolhimento
do pedido de repetição de indébito. O Autor pleiteia, ainda, compensação financeira por danos morais. A
reparação civil, no âmbito do Código Civil, encontra-se prevista em uma tríade normativa, qual seja: arts.
186, 187 e 927 do CC. O dano moral tem assento constitucional (art. 5º, V e X, CF) e consiste na violação
dos direitos da personalidade, compreendidos estes como uma série de atributos jurídicos decorrentes do
princípio da dignidade da pessoa humana, previsto no art. 1º, III, da CF. Na lição clássica de Yussef Said
Cahali, o dano moral ¿é a privação ou diminuição daqueles bens que têm um valor precípuo na vida do
homem e que são a paz, a tranquilidade de espírito, a liberdade individual, a integridade individual, a
integridade física, a honra e os demais sagrados afetos, classificando-se desse modo, em dano que feta a
parte social do patrimônio moral (honra, reputação, etc.) e dano que molesta a parte afetiva do patrimônio
moral (dor, tristeza, saudade, etc.), dano moral que provoca direta ou indiretamente dano patrimonial
(cicatriz deformante, etc.) e dano moral puro (dor, tristeza, etc.)¿ (CAHALI, Yussef Said. Dano Moral. 2ª
ed. Revista dos Tribunais, São Paulo, 1998, p. 20). Saliente-se, ainda, que a reparação efetiva dos danos
patrimoniais e morais é um direito básico do consumidor, expressamente previsto no art. 6º, VI, do CDC.
Para que haja o dever de indenizar, é essencial o preenchimento dos seguintes pressupostos: a) ação ou
omissão; b) dano; e c) nexo causal. Urge frisar que a responsabilidade civil da instituição financeira em
decorrência da prestação dos serviços é de índole objetiva, isto é, independe da demonstração de culpa,
nos moldes do art. 14 do CDC. Vale lembrar que subsiste a responsabilidade das instituições financeiras
pela reparação dos danos, ainda que decorram de fraudes e delitos praticados por terceiros, conforme o
enunciado da Súmula n. 479 do STJ: "As instituições financeiras respondem objetivamente pelos danos
gerados por fortuito interno relativo a fraudes e delitos praticados por terceiros no âmbito de operações
bancárias". Contudo, no presente caso, foi demonstrada a existência de relação jurídica entre as partes,
não havendo indícios de fraude ou qualquer ato ilícito por parte da instituição financeira, que agiu no
exercício regular de seu direito, nos termos do art. 188, I, do CC. Por conseguinte, inviável a condenação
da parte requerida ao pagamento de compensação por danos morais. A parte requerida pugna pela
fixação de multa por litigância de má-fé em desfavor da parte autora, com fundamento nos arts. 79, 80 e
81, §3º, do CPC. Os arts. 5º e 6º do CPC evidenciam as cláusulas gerais de boa-fé e lealdade processual,
bem como o dever de cooperação, que devem ser seguidos por todos aqueles que participam do
processo. Segundo Nelson Nery Jr. e Rosa Maria de Andrade Nery, a má-fé no âmbito processual é ¿o
conhecimento do próprio erro, mais precisamente a consciência do descabimento da demanda ou da
exceção; pode consistir, também, no saber agir deslealmente, abusando do direito de ação (ou de
defender-se em juízo) ou, enfim, na consciência e na vontade de utilizar o instrumento processual para
alcançar escopos estranhos aos fins institucionais¿ (NEY JUNIOR, Nelson. Código de Processo Civil
comentado, 3ª ed. Thomson Reuters Brasil, São Paulo, p. 304). O art. 80 do CPC demonstra a adoção
pelo direito processual civil brasileiro do critério objetivo para a caraterização da má-fé, prevendo as
seguintes hipóteses:
No presente caso, o Autor afirma desconhecer o contrato firmado com a instituição financeira, alegando a
ocorrência de fraude, bem como que nunca teria recebido nenhum valor. Todavia, conforme
supramencionado, os documentos colacionados aos autos demonstram a efetiva contratação e o
recebimento do valor, não havendo qualquer indício de ação fraudulenta. Destarte, observa-se que a parte
autora negou fato existente, o que faz incidir o art. 80, I, do CPC. Sobre o tema, esse é o entendimento do
Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso do Sul, em caso análogo ao dos autos:
Assim, considerando o dever imposto pelo art. 139, III, do CPC de prevenir ou reprimir qualquer ato
atentatório à dignidade da Justiça, bem como a configuração da hipótese prevista no art. 80, I, do CPC,
com fulcro no art. 81 do CPC, aplico a multa de 1,1% sobre o valor da causa a título de litigância de má-fé,
em atenção à condição econômica da parte autora. Ante o exposto, JULGO IMPROCEDENTES os
pedidos formulados pela parte autora, resolvendo o mérito nos termos do art. 487, I, do CPC, revogando a
tutela antecipada de Id. 24010275. Condeno a parte autora ao pagamento multa por litigância de má-fé em
1,1% sobre o valor da causa, nos termos do art. 81 do CPC. Sem custas e honorários de sucumbência,
nos termos do art. 55, caput, da Lei n. 9.099/095. Após o trânsito em julgado, não havendo requerimentos,
certifique-se e arquive-se. Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Belém-PA, Distrito de Mosqueiro, 03 de
dezembro de 2021. JOÃO PAULO SANTANA NOVA DA COSTA. Juiz de Direito Substituto
Respondendo pela Vara dos Juizados Especiais de Mosqueiro - Portaria N° 3.699/2021-GP, de
28/10/2021.
Quanto à distribuição do ônus da prova, aplica-se ao presente feito o disposto no art. 6º, VIII, do CDC, por
estarem configuradas a relação de consumo e a hipossuficiência técnica, financeira e jurídica da parte
autora. Não há controvérsia de que a parte autora adquiriu produto fornecido pela parte requerida. Por
outro lado, a controvérsia reside em aferir se o produto foi disponibilizado de forma inadequada para
consumo e se tal fato é capaz de ensejar a sua condenação ao pagamento de compensação por danos
morais. Em síntese, o autor afirma que em 04/06/2021 adquiriu refeição (¿um executivo de isca de alcatra
e uma coca cola¿) da parte requerida, por meio de aplicativo, pela qual pagou o valor de R$ 16,49
(dezesseis reais e quarenta e nove centavos). Alega que, além da demora para a entrega da refeição,
durante a degustação do produto adquirido, percebeu a existência de um corpo estranho (¿uma barata
parcialmente cortada pela metade¿) em seu conteúdo. Aduz que entrou em contrato com parte requerida,
a qual apresentou pedido de desculpas pelo ocorrido e ressarciu o valor da refeição. No entanto, relata
que teve problemas de saúde em razão do episódio, tendo solicitado ajuda para a realização de exames
médicos, porém não obteve êxito. Em razão do ocorrido, requer compensação por danos morais no valor
de R$ 22.000,00 (vinte e dois mil reais). Com a petição inicial, a parte autora apresentou fotografias da
refeição com o corpo estranho, o comprovante de pagamento, as mensagens trocadas com preposto da
parte requerida, bem como documentos referentes a atendimento médico (Ids 29580168 e 29580169). A
parte requerida, em contestação (Id 40725430), alega que as suas instalações estavam em dia com a
vigilância sanitária e órgãos de fiscalização. Sustenta que ofereceu o ressarcimento por mera liberalidade,
bem como que solicitou que a parte autora apresentasse a refeição para a realização de perícia, porém
recebeu a informação de que o produto já teria sido descartado. Afirma que não é possível estabelecer
relação entre o suposto quadro de saúde da parte autora e o evento por ela relatado, destacando que a
consulta teria sido realizada dias depois. Deste modo, asseverou que não há provas quanto à
comercialização de produto impróprio para consumo, ou à prática de conduta que tenha causado danos à
saúde da parte autora. Por fim, impugnou os documentos apresentados pela parte autora e requereu a
improcedência dos pedidos. Com a contestação, a parte requerida apresentou a licença de funcionamento
(Id 40765945), o certificado de ¿controle de pragas urbanas¿ (Id 40922398) e o ¿atestado de
saneamento¿ (Id 40922393), sendo que estes últimos dois documentos são de data posterior ao evento
narrado pelo autor. Compulsando os argumentos e documentos apresentados pelas partes, verifica-se que
a parte requerida não se desincumbiu do seu ônus probatório a fim de demonstrar que o produto
alimentício não foi disponibilizado de maneira inadequada. Dos documentos apresentados pela parte
autora, observa-se que o consumidor manteve contato com preposto da parte requerida, tento
prontamente informado o ocorrido, conforme se verifica no Id 29580168. A requerida, embora impugne tais
mensagens, a despeito de ter o aparelho interlocutor à disposição, não apresentou qualquer elemento que
possa infirmar o conteúdo dos documentos apresentados pela parte autora ou demonstrar que houve
adulteração das mensagens. Ainda, o certificado de ¿controle de pragas¿ é datado de 19/10/2021, ou
seja, posterior aos fatos, não sendo suficiente, por si só, para atestar que não havia corpo estranho no
produto. Cabe analisar, então, se tal fato pode ensejar a condenação da parte requerida ao pagamento de
compensação por danos morais. Segundo o art. 6º, I e VI do CDC, ¿são direitos básicos do consumidor: I -
a proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos provocados por práticas no fornecimento de
produtos e serviços considerados perigosos ou nocivos; VI - a efetiva prevenção e reparação de danos
patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos;¿. Ainda, dispõe o art. 8º, caput, do CDC, ¿os
produtos e serviços colocados no mercado de consumo não acarretarão riscos à saúde ou segurança dos
consumidores, exceto os considerados normais e previsíveis em decorrência de sua natureza e fruição,
obrigando-se os fornecedores, em qualquer hipótese, a dar as informações necessárias e adequadas a
seu respeito¿. É evidente, portanto, que o Código de Defesa do Consumidor visa proteger os
consumidores contra produtos que coloquem em risco a saúde e a segurança destes. A reparação civil, no
âmbito do Código Civil, encontra-se prevista em uma tríade normativa, qual seja: arts. 186, 187 e 927 do
CC. O dano moral tem assento constitucional (art. 5º, V e X, CF) e consiste na violação dos direitos da
personalidade, compreendidos estes como uma série de atributos jurídicos decorrentes do princípio da
dignidade da pessoa humana, previsto no art. 1º, III, da CF. Segundo Bruno Miragem, ¿dentre os danos
morais podemos distinguir entre os danos corporais ou à saúde, e os danos anímicos ou danos morais em
sentido estrito, como sendo os que atingem a integridade psicofísica da pessoa, desde lesões corporais
até a provação da vida, assim como as situações em que as pessoas tornam-se incapazes de
experimentar sensações, ou de entender e querer, em face de lesões no sistema nervoso central. Ao seu
lado, outra espécie de danos, também abrangido sob a terminologia dos danos morais, são aqueles que
decorrem de ofensas a pessoa no que diz respeito ao seu sentimento, sua vida afetiva, social ou cultural,
os quais se classificam como danos anímicos ou danos morais em sentido estrito. Todavia, caracteriza
dano moral, que pode mesmo ser presumido, qualquer ato de atente igualmente contra a credibilidade do
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
2. O propósito recursal consiste em determinar se, na hipótese dos autos, caracterizou-se dano moral
indenizável em razão da presença de corpo estranho em alimento industrializado, que, embora adquirido,
não chegou a ser ingerido pelo consumidor.
4. Segundo as definições contidas na norma, a segurança alimentar e nutricional compreende, para além
do acesso regular e permanente aos alimentos, como condição de sobrevivência do indivíduo, também a
qualidade desses alimentos, o que envolve a regulação e devida informação acerca do potencial nutritivo
dos alimentos e, em especial, o controle de riscos para a saúde das pessoas.
5. Nesse sentido, o art. 4º, IV, da Lei 11.346/2006 prevê, expressamente, que a segurança alimentar e
nutricional abrange "a garantia da qualidade biológica, sanitária, nutricional e tecnológica dos alimentos".
6. Ao fornecedor incumbe uma gestão adequada dos riscos inerentes a cada etapa do processo de
produção, transformação e comercialização dos produtos alimentícios. Esses riscos, próprios da atividade
econômica desenvolvida, não podem ser transferidos ao consumidor, notadamente nas hipóteses em que
há violação dos deveres de cuidado, prevenção e redução de danos.
7. A presença de corpo estranho em alimento industrializado excede aos riscos razoavelmente esperados
pelo consumidor em relação a esse tipo de produto, sobretudo levando-se em consideração que o Estado,
no exercício do poder de polícia e da atividade regulatória, já valora limites máximos tolerados nos
alimentos para contaminantes, resíduos tóxicos outros elementos que envolvam risco à saúde.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
8. Dessa forma, à luz do disposto no art. 12, caput e § 1º, do CDC, tem-se por defeituoso o produto, a
permitir a responsabilização do fornecedor, haja vista a incrementada - e desarrazoada - insegurança
alimentar causada ao consumidor.
10. É irrelevante, para fins de caracterização do dano moral, a efetiva ingestão do corpo estranho pelo
consumidor, haja vista que, invariavelmente, estará presente a potencialidade lesiva decorrente da
aquisição do produto contaminado.
11. Essa distinção entre as hipóteses de ingestão ou não do alimento insalubre pelo consumidor, bem
como da deglutição do próprio corpo estranho, para além da hipótese de efetivo comprometimento de sua
saúde, é de inegável relevância no momento da quantificação da indenização, não surtindo efeitos,
todavia, no que tange à caracterização, a priori, do dano moral.
(REsp 1899304/SP, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, SEGUNDA SEÇÃO, julgado em 25/08/2021, DJe
04/10/2021)
Sendo assim, diante do que foi exposto, para fins de responsabilização da parte requerida, em que pese
os argumentos apresentados em contestação, é irrelevante discutir se há nexo causal entre a ingestão do
alimento contaminado e o quadro de saúde apresentado pela parte autora, considerando que a simples
exposição ao risco já é suficiente para a configuração do dano moral. Levando-se em consideração a
extensão do dano (art. 944 do CC), a função pedagógica do dano moral, a capacidade econômica das
partes, as peculiaridades da causa, a vedação ao enriquecimento ilícito, o princípio da proporcionalidade e
a jurisprudência do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Pará em caso análogo (TJPA
2019.01105119-16, 202.057, Rel. MARIA FILOMENA DE ALMEIDA BUARQUE, Órgão Julgador 1ª
TURMA DE DIREITO PRIVADO, Julgado em 2019-03-25, Publicado em 2019-03-29), mostra-se razoável
o valor de R$ 4.000,00 (quatro mil reais) a ser atualizado a partir do arbitramento, acrescido de juros de
mora em 1% ao mês a partir da citação. Ante o exposto, JULGO PROCEDENTE o pedido deduzido por
ADENILSON DE ASSIS LUZ para condenar a parte requerida R LOPES CARDOSO EIRELI
(¿SUPERMERCADO PAULISTA¿) ao pagamento do valor de R$ 4.000,00 (quatro mil reais) a título de
compensação por danos morais, com correção monetária pelo INPC a partir do arbitramento e juros de
mora em 1% ao mês a contar da citação. Por conseguinte, resolvo o mérito, nos termos do art. 487, inciso
I, do CPC. Sem condenação ao pagamento de custas, despesas processuais e honorários de
sucumbência, conforme disposto nos arts. 54 e 55, da Lei n.º 9099/95. Após o trânsito em julgado, não
havendo requerimentos, arquive-se e dê-se baixa na distribuição, com as cautelas legais. Registre-se.
Publique-se. Intimem-se. Belém, Distrito de Mosqueiro, 03 de dezembro de 2021. JOÃO PAULO
SANTANA NOVA DA COSTA. Juiz de Direito Substituto respondendo pela Vara do Juizado Especial de
Mosqueiro (Portaria nº 3699/2021-GP, de 28/10/2021).
se o processo, sem resolução de mérito: II - quando ficar parado durante mais de 1 (um) ano por
negligência das partes; III - quando, por não promover os atos e diligências que Ihe competir, o autor
abandonar a causa por mais de 30 (trinta) dias; No caso dos autos, foi determinada a intimação da parte
exequente para manifestação, a qual, deixou transcorrer o prazo, ficando o processo paralisado por
negligência da parte há mais de ano. Não se manifestando o exequente, resta patente sua falta de
interesse no processo e o abandono da causa, havendo de ser declarado extinto o processo sem
resolução do mérito. Isto posto, JULGO EXTINTO O PROCESSO SEM RESOLUÇÃO DE MÉRITO, nos
termos do artigo 485, incisos II e III, do CPC. Sem custas. Após o trânsito em julgado, arquive-se.
P.R.I.C. Belém, Ilha de Mosqueiro, 04 de novembro de 2021. MARIA DAS GRAÇAS ALFAIA FONSECA.
Juíza de Direito da Vara do Juizado Especial de Mosqueiro.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
Considerando os artigos do Capítulo VI da Lei 6.969/07 que tratam do desenvolvimento na carreira dos
Servidores Públicos do Poder Judiciário do Estado do Pará;
Considerando os artigos do Capítulo VI da Lei 6.969/07 que tratam do desenvolvimento na carreira dos
Servidores Públicos do Poder Judiciário do Estado do Pará;
FÓRUM CÍVEL
pelo autor/desistente. Contudo, diante do deferimento de gratuidade, fica suspensa a exigibilidade das
custas, nos termos do art. 98, §3º, CPC.          Transitada livremente em julgado,
arquivem-se os autos, dando-se sua baixa no Sistema Libra e remetendo-o, em ocasião oportuna, ao
setor competente, observando-se as cautelas legais. Belém-PA, 01 de dezembro de 2021. ROSANA
LÃCIA DE CANELAS BASTOS JuÃ-za de Direito 1ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital PROCESSO:
00179501120128140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
ROSANA LUCIA DE CANELAS BASTOS A??o: Execução de Título Extrajudicial em: 02/12/2021
REU:ITAU SEGUROS S.A Representante(s): OAB 130291 - ANA RITA R PETRAROLI (ADVOGADO)
OAB 20011-A - VICTOR JOSE PETRAROLI NETO (ADVOGADO) REPRESENTANTE:MICHELLE
GONCALVES RIBEIRO AUTOR:H. E. S. AUTOR:MARIA JOSE EVANGELISTA DA SILVA
Representante(s): OAB 7617 - FABRICIO BACELAR MARINHO (ADVOGADO) . PROCESSO N. 0017950-
11.2012.8.14.0301 Declaro minha SUSPEIÃÃO, por motivo de foro Ã-ntimo, para atuar no presente feito,
nos termos do art. 145, §1º, do Código de Processo Civil.  Assim, após alteração do juÃ-zo no
sistema LIBRA, remetam-se os autos ao magistrado substituto. Intime-se. Cumpra-se. Belém, 26 de
novembro de 2021. Rosana Lúcia de Canelas Bastos JuÃ-za de Direito titular 1ª VCE da Capital
PROCESSO: 00225259120148140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROSANA LUCIA DE CANELAS BASTOS A??o:
Procedimento Comum Cível em: 02/12/2021 AUTOR:ALCY SOUZA CARDOZO Representante(s): OAB
17670 - MAYARA LUCIA DE SOUZA NASCIMENTO (ADVOGADO) REU:FEDERAL DE SEGUROS S/A
Representante(s): OAB 19042 - LUCIANNA CRISTINA OLIVEIRA DE ALBUQUERQUE (ADVOGADO)
OAB 21365 - LORENA RAFAELLA GONÇALVES COUTO (ADVOGADO) . çã Processo nº 0022525-
91.2014.8.14.0301 DESPACHO Â Â Â Â Â INTIME-SE a parte autora para, no prazo de 5 (cinco) dias,
manifestar-se acerca do conteúdo de fls. 94/161 Belém-PA, 30 de agosto de 2018. ROSANA LÃCIA DE
CANELAS BASTOS JuÃ-za de Direito Titular da 1ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital PROCESSO:
00282359220148140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
ROSANA LUCIA DE CANELAS BASTOS A??o: Embargos à Execução em: 02/12/2021
EMBARGADO:BANCO SANTANDER BRASIL SA Representante(s): OAB 38534 - ANTONIO BRAZ DA
SILVA (ADVOGADO) OAB 12306 - ANA PAULA BARBOSA DA ROCHA GOMES (ADVOGADO)
EMBARGANTE:CMB SERVICOS TECNICOS S/S LTDA EMBARGANTE:CLAUDINE SILVA SARDINHA
Representante(s): OAB 6459 - ALEX ANDREY LOURENCO SOARES (ADVOGADO) OAB 21884 - LUIZE
ALESSANDRA SILVA VALENTE (ADVOGADO) . PROCESSO N. 0028235.92.2014.8.14.0301 R.H. Â Â Â
      Diante da certidão de fl. 65, requeira o Exequente o que entender de direito, juntando
cálculo atualizado e discriminado da dÃ-vida, bem como proceda o necessário o recolhimento prévio de
custas judiciais com base no art. 3º, XVIII e §8º, e art. 12 da Lei Estadual nº 8.328/2015 (abril/2016).
         Intime-se. Belém, 02 de Dezembro de 2021. Rosana Lúcia de Canelas Bastos
JuÃ-za de Direito titular 1ª VCE da Capital PROCESSO: 00321210720118140301 PROCESSO ANTIGO:
---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROSANA LUCIA DE CANELAS BASTOS A??o:
Procedimento Comum Cível em: 02/12/2021 AUTOR:ILAELMA DA SILVA BARROS Representante(s):
OAB 7617 - FABRICIO BACELAR MARINHO (ADVOGADO) REU:EMPRESA ESTRELA DO MAR LTDA
Representante(s): OAB 15612 - DANIELA NAZARE MOTA DE OLIVEIRA (ADVOGADO) OAB 6522 -
CARLA NAZARE JORGE MELEM SOUZA (ADVOGADO) . ã Processo 0032121-07.2011.8.14.0301
DECISÃO 1- Entendo que o processo encontra-se devidamente preparado para uma decisão de
mérito, nos termos do artigo 355 do Código de Processo Civil. Todavia, pelo princÃ-pio da
cooperação e em respeito ao que consta nos artigos, 6º, 10º e 9º do Código de Processo Civil,
oportunizo um prazo comum de 05 (cinco) dias, para que ambas as partes apontem, de maneira clara,
objetiva e sucinta, as questões de fato e de direito que entendam pertinentes ao julgamento da lide. 2-
Quanto às questões de fato, deverão indicar a matéria que consideram incontroversa, bem como
aquela que entendem já provada pela prova trazida, enumerando nos autos os documentos que servem
de suporte a cada alegação. Com relação ao restante, remanescendo controvertida, deverão
especificar as provas que pretendem produzir, justificando, objetiva e fundamentadamente, sua
relevância e pertinência. O silêncio ou o protesto genérico por produção de provas serão
interpretados como anuência ao julgamento antecipado, indeferindo-se, ainda, os requerimentos de
diligências inúteis ou meramente protelatórias. 3- Quanto às questões de direito, para que não se
alegue prejuÃ-zo, deverão, desde logo, manifestar-se sobre a matéria cognoscÃ-vel de ofÃ-cio pelo
juÃ-zo, desde que interessem ao processo. 4- Com relação aos argumentos jurÃ-dicos trazidos pelas
partes, deverão estar de acordo com toda a legislação vigente, que, presume-se, tenha sido estudada
até o esgotamento pelos litigantes, e cujo desconhecimento não poderá ser posteriormente alegado.
Registre-se, ainda, que não serão consideradas relevantes as questões não adequadamente
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
OAB 15671 - VICENTE DE PAULO TAVARES NORONHA FILHO (ADVOGADO) OAB 16966 - ARIANE
DE NAZARE CUNHA AMORAS (ADVOGADO) OAB 21073 - RENATA MURTA NORONHA (ADVOGADO)
REU:ATACADAO SA Representante(s): OAB 11099 - WILSON LINDBERGH SILVA (ADVOGADO) OAB
5526 - MARIO AUGUSTO VIEIRA DE OLIVEIRA (ADVOGADO) OAB 8724 - ANA KARINA TUMA MELO
(ADVOGADO) OAB 10409 - MARK IMBIRIBA DE CASTRO (ADVOGADO) OAB 19680 - BRUNO
ANDERSON DOS ANJOS RABELO (ADVOGADO) . Processo n.0565653.36.2016.8.14.0301 R.H.   Â
      Sobre a alegação de que o sistema do TJPA esteve fora do ar no dia 23/09/2020,
conforme petição de fl. 76, informe a secretaria da 1ª UPJ CÃ-vel através de certidão sobre a
veracidade e o prejuÃ-zo a parte Requerida.          Intime-se. Belém, 02 de Dezembro de
2021.  Rosana Lúcia de Canelas Bastos JuÃ-za de Direito titular 1ª VCE da Capital
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
disposições do art. 591 c/c o art. 406 do CC/02; d) à admitida a revisão das taxas de juros
remuneratórios em situações excepcionais, desde que caracterizada a relação de consumo e que a
abusividade (capaz de colocar o consumidor em desvantagem exagerada - art. 51, §1º, do CDC) fique
cabalmente demonstrada, ante às peculiaridades do julgamento em concreto. (STJ, REsp 1061530/RS,
Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, SEGUNDA SEÃÃO, julgado em 22/10/2008, Dje 10/03/2009). Â Â Â Â Â
           No caso, deve restar cabalmente comprovado que o encargo cobrado pela
instituição encontra-se acima daquele normalmente praticado pelo mercado financeiro, de modo a gerar
desequilÃ-brio na relação contratual, com onerosidade excessiva ao consumidor.           Â
     Caso não seja comprovada essa abusividade, não se considera ilegal a taxa de juros
cobrada.                 Diante de todas essas considerações, tem-se que é livre
aplicação dos juros remuneratórios contratados pelas partes, desde que dentro de uma razoabilidade,
ou seja, dentro do patamar da taxa média de mercado divulgada pelo Banco Central do Brasil.     Â
           Frise-se que o entendimento prevalente no âmbito do Superior Tribunal de
Justiça, conforme evidenciado no REsp nº 1.061.530/RS, é de que devem ser consideradas como
abusivas as taxas de juros que superem em 50% a média praticada pelo mercado.          Â
      Nesse contexto, para analisar a relação entre a taxa de juros contratada e a taxa média
fixada pelo Banco Central do Brasil, utiliza-se a projeção disponibilizada pelo próprio Banco Central
e m s e u " s i t e " , q u e f o i o b t i d a a t r a v à © s d o
link:https://www3.bcb.gov.br/sgspub/localizarseries/localizarSeries.do?method=prepararTelaLocalizarSerie
s, no caminho indicadores de crédito, taxas de juros com recursos livres, taxa média de juros -
pessoas fÃ-sicas - aquisição de veÃ-culos, código 20749.                 De acordo
com os dados disponibilizados pelo Banco Central do Brasil, verifica-se que em MAIO de 2011, mês da
celebração do contrato, a taxa média dos juros prefixados para pessoas fÃ-sicas com o fim de
aquisição de veÃ-culo foi de 28,33% ao ano.                 Por outro lado, no
celebrado pelas partes a taxa de juros pactuada foi de 29,54% ao ano (conforme doc. de fls. 105), de
modo que o percentual máximo admissÃ-vel para fins de juros era de 42,49% a.a. (média + 50%). Logo,
considerando-se que o valor fixado no contrato é inferior ao limite admissÃ-vel, reputa-se VÃLIDO o
percentual ajustado para este contrato, já que inexistente abusividade. Da capitalização dos juros  Â
              Também é pacÃ-fico o entendimento jurisprudencial de que é permitida
a capitalização de juros pelas instituições bancárias, de que é exemplo a seguinte ementa de
julgado proferido pela 4ª Turma do Superior Tribunal de Justiça: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO
EM RECURSO ESPECIAL. PROCESSUAL CIVIL E BANCÃRIO CAPITALIZAÃÃO MENSAL DE JUROS.
PACTUAÃÃO EXPRESSA. VERIFICAÃÃO. TAXA ANUAL SUPERA O DUODÃCUPLO DA TAXA
MENSAL. AFASTAMENTO DAS SÃMULAS 5 E 7 DO STJ. AGRAVO PARCIALMENTE PROVIDO. 1.
Com relação à capitalização mensal dos juros, a jurisprudência desta E. Corte pacificou-se no
sentido de que sua cobrança é admitida nos contratos bancários celebrados a partir da edição da
Medida Provisória nº 1.963-17/2000, reeditada sob o nº 2.170-36/2001, qual seja, 31.03.2000, desde
que expressamente pactuada. 2. Esta Corte pacificou o entendimento de que há previsão expressa de
cobrança de juros capitalizados em periodicidade mensal quando a taxa de juros anual ultrapassa o
duodécuplo da taxa mensal. 3. In casu, o aresto recorrido afirmou a existência de expressa
pactuação a respeito da cobrança de juros capitalizados em periodicidade mensal, razão pela qual
é inviável a pretensão recursal, porquanto demandaria rever questões fáticas e interpretação de
cláusula contratual, o que se sabe vedado nesta instância especial. Incidência das Súmulas 5 e 7
desta Corte Superior de Justiça. 4. Agravo regimental a que se dá parcial provimento. (AgRg no Agravo
em Recurso Especial nº 632.948/SP (2014/0333346-6), 4ª Turma do STJ, Rel. Raul Araújo. j.
18.08.2015, DJe 04.09.2015). Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Nesse julgamento especÃ-fico, o Ministro
Relator houve por bem consignar que: ¿para a cobrança da capitalização mensal dos juros, faz-se
necessária a presença, cumulativa, dos seguintes requisitos: (a) legislação especÃ-fica possibilitando
a pactuação, como nos contratos bancários posteriores a 31/3/2000 (MP nº 1.963-17/2000, reeditada
pela MP nº 2.170-36/2001), em vigência em face do art. 2º da Emenda Constitucional nº 32/2001
(AgRg no REsp 1.052.298/MS, Rel. Min. ALDIR PASSARINHO JUNIOR, Quarta Turma, DJe de
1º/3/2010); e (b) expressa previsão contratual quanto à periodicidade.Tal entendimento foi sedimentado
na forma do art. 543-C do CPC, com o julgamento do REsp 973.827/RS (Rel. Ministro LUIS FELIPE
SALOMÃO, Rel. p/ acórdão Ministra MARIA ISABEL GALLOTTI, SEGUNDA SEÃÃO, julgado em
8/8/2012, DJe de 24/9/2012). ¿                 Continuando, o Ministro Relator
enfatizou que mesmo que não haja previsão escrita de capitalização mensal no instrumento
contratual firmado: ¿esta Corte possui entendimento de que há previsão expressa de cobrança de
juros capitalizados em periodicidade mensal quando a taxa de juros anual ultrapassa o duodécuplo da
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taxa mensal. Nesse sentido: REsp 1.220.930/RS, Rel. Min. Massami Uyeda, DJe de 9.2.2011; AgRg no
REsp 735.140/RS, Quarta Turma, Rel. Min. Jorge Scartezzini, DJ de 5.12.2005; AgRg no REsp
735.711/RS, Quarta Turma, Rel. Min. Fernando Gonçalves, DJ de 12.9.2005; AgRg no REsp
714.510/RS, Quarta Turma, Rel. Min. Jorge Documento: 58612112 - RELATÃRIO E VOTO - Site
certificado Página 3 de 4 Superior Tribunal de Justiça Scartezzini, DJ de 22.8.2005; AgRg no REsp
809.882/RS, Rel. Min. Aldir Passarinho Junior, DJ de 24.4.2006¿.                Â
Conclui-se, desta forma, que, no caso discutido nos presentes autos, inexiste abusividade na
capitalização de juros, na medida em que nos contratos bancários tal prática é permitida. Da Tarifa
de Cadastro                 No que diz respeito à tarifa de cadastro, o Superior Tribunal
de Justiça fixou o entendimento, em 2013, tomado sob o rito dos recursos repetitivos, de que, desde que
expressamente pactuada, o que é o caso dos autos, tal taxa pode ser cobrada dos consumidores pelos
bancos, pois é autorizada pelo Banco Central, por meio da Portaria 3.919, de novembro de 2010. Bem
assim, o Superior Tribunal de Justiça emitiu a Súmula 566 nos seguintes termos: ¿nos contratos
bancários posteriores ao inÃ-cio da vigência da Resolução-CMN n. 3.518/2007, em 30/4/2008, pode
ser cobrada a tarifa de cadastro no inÃ-cio do relacionamento entre o consumidor e a instituição
financeira¿.                 Portanto, quanto a tarifa de cadastro, não há o que se
restituir à parte requerente, posto que reconhecida a sua não abusividade. Do Imposto sobre
Operações Financeiras - IOF                 Quanto ao Imposto sobre Operações
Financeiras - IOF, o Superior Tribunal de Justiça também fixou o entendimento tomado sob o rito dos
recursos repetitivos, no julgamento dos Recursos Especiais nº 1.251.331/RS e 1.255.573/RS, no sentido
de que podem as partes convencionar o pagamento do Imposto sobre Operações Financeiras e de
Crédito (IOF) por meio de financiamento acessório ao mútuo principal, sujeitando-o aos mesmos
encargos contratuais.                 Senão vejamos: CIVIL E PROCESSUAL CIVIL.
RECURSO ESPECIAL. CONTRATO DE FINANCIAMENTO COM GARANTIA DE ALIENAÃÃO
FIDUCIÃRIA. COMISSÃO DE PERMANÃNCIA. COMPENSAÃÃO/REPETIÃÃO SIMPLES DO INDÃBITO.
RECURSOS REPETITIVOS. TARIFAS BANCÃRIAS. TAC E TEC. EXPRESSA PREVISÃO
CONTRATUAL. COBRANÃA. LEGITIMIDADE. PRECEDENTES. FINANCIAMENTO DO IOF.
POSSIBILIDADE. 1. A comissão de permanência não pode ser cumulada com quaisquer outros
encargos remuneratórios ou moratórios (enunciados Súmulas 30, 294 e 472 do STJ). 2. Tratando-se de
relação de consumo ou de contrato de adesão, a compensação/repetição simples do indébito
independe da prova do erro (Enunciado 322 da Súmula do STJ). 3. Nos termos dos arts. 4º e 9º da Lei
4.595/1964, recebida pela Constituição como lei complementar, compete ao Conselho Monetário
Nacional dispor sobre taxa de juros e sobre a remuneração dos serviços bancários, e ao Banco
Central do Brasil fazer cumprir as normas expedidas pelo CMN. 4. Ao tempo da Resolução CMN
2.303/1996, a orientação estatal quanto à cobrança de tarifas pelas instituições financeiras era
essencialmente não intervencionista, vale dizer, "a regulamentação facultava às instituições
financeiras a cobrança pela prestação de quaisquer tipos de serviços, com exceção daqueles
que a norma definia como básicos, desde que fossem efetivamente contratados e prestados ao cliente,
assim como respeitassem os procedimentos voltados a assegurar a transparência da polÃ-tica de
preços adotada pela instituição." 5. Com o inÃ-cio da vigência da Resolução CMN 3.518/2007, em
30.4.2008, a cobrança por serviços bancários prioritários para pessoas fÃ-sicas ficou limitada à s
hipóteses taxativamente previstas em norma padronizadora expedida pelo Banco Central do Brasil. 6. A
Tarifa de Abertura de Crédito (TAC) e a Tarifa de Emissão de Carnê (TEC) não foram previstas na
Tabela anexa à Circular BACEN 3.371/2007 e atos normativos que a sucederam, de forma que não mais
é válida sua pactuação em contratos posteriores a 30.4.2008. 7. A cobrança de tais tarifas (TAC e
TEC) é permitida, portanto, se baseada em contratos celebrados até 30.4.2008, ressalvado abuso
devidamente comprovado caso a caso, por meio da invocação de parâmetros objetivos de mercado e
circunstâncias do caso concreto, não bastando a mera remissão a conceitos jurÃ-dicos abstratos ou Ã
convicção subjetiva do magistrado. 8. Permanece legÃ-tima a estipulação da Tarifa de Cadastro, a
qual remunera o serviço de "realização de pesquisa em serviços de proteção ao crédito, base
de dados e informações cadastrais, e tratamento de dados e informações necessários ao inicio de
relacionamento decorrente da abertura de conta de depósito à vista ou de poupança ou contratação
de operação de crédito ou de arrendamento mercantil, não podendo ser cobrada cumulativamente"
(Tabela anexa à vigente Resolução CMN 3.919/2010, com a redação dada pela Resolução
4.021/2011). 9. à lÃ-cito aos contratantes convencionar o pagamento do Imposto sobre Operações
Financeiras e de Crédito (IOF) por meio financiamento acessório ao mútuo principal, sujeitando-o aos
mesmos encargos contratuais. 10. Teses para os efeitos do art. 543-C do CPC: - 1ª Tese: Nos contratos
bancários celebrados até 30.4.2008 (fim da vigência da Resolução CMN 2.303/96) era válida a
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pactuação das tarifas de abertura de crédito (TAC) e de emissão de carnê (TEC), ou outra
denominação para o mesmo fato gerador, ressalvado o exame de abusividade em cada caso concreto.
- 2ª Tese: Com a vigência da Resolução CMN 3.518/2007, em 30.4.2008, a cobrança por serviços
bancários prioritários para pessoas fÃ-sicas ficou limitada à s hipóteses taxativamente previstas em
norma padronizadora expedida pela autoridade monetária. Desde então, não mais tem respaldo legal
a contratação da Tarifa de Emissão de Carnê (TEC) e da Tarifa de Abertura de Crédito (TAC), ou
outra denominação para o mesmo fato gerador. Permanece válida a Tarifa de Cadastro
expressamente tipificada em ato normativo padronizador da autoridade monetária, a qual somente pode
ser cobrada no inÃ-cio do relacionamento entre o consumidor e a instituição financeira. - 3ª Tese:
Podem as partes convencionar o pagamento do Imposto sobre Operações Financeiras e de Crédito
(IOF) por meio de financiamento acessório ao mútuo principal, sujeitando-o aos mesmos encargos
contratuais. 11. Recurso especial conhecido e parcialmente provido. (REsp 1255573/RS, Rel. Ministra
MARIA ISABEL GALLOTTI, SEGUNDA SEÃÃO, julgado em 28/08/2013, DJe 24/10/2013). Desta feita,
não há qualquer ilegalidade na referida cobrança, sobretudo porque é baseada em imperativo de lei,
cuja incidência torna-se obrigatória, não devendo ser considerada a vontade das partes. CIVIL E
PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. CONTRATO DE FINANCIAMENTO COM GARANTIA DE
ALIENAÃÃO FIDUCIÃRIA. DIVERGÃNCIA. CAPITALIZAÃÃO DE JUROS. JUROS COMPOSTOS.
MEDIDA PROVISÃRIA 2.170-36/2001. RECURSOS REPETITIVOS. CPC, ART. 543-C. TARIFAS
ADMINISTRATIVAS PARA ABERTURA DE CRÃDITO (TAC), E EMISSÃO DE CARNÃ (TEC).
EXPRESSA PREVISÃO CONTRATUAL. COBRANÃA. LEGITIMIDADE. PRECEDENTES. MÃTUO
ACESSÃRIO PARA PAGAMENTO PARCELADO DO IMPOSTO SOBRE OPERAÃÃES FINANCEIRAS
(IOF). POSSIBILIDADE. 1. "A capitalização dos juros em periodicidade inferior à anual deve vir
pactuada de forma expressa e clara. A previsão no contrato bancário de taxa de juros anual superior ao
duodécuplo da mensal é suficiente para permitir a cobrança da taxa efetiva anual contratada" (2ª
Seção, REsp 973.827/RS, julgado na forma do art. 543-C do CPC, acórdão de minha relatoria, DJe
de 24.9.2012). 2. Nos termos dos arts. 4º e 9º da Lei 4.595/1964, recebida pela Constituição como
lei complementar, compete ao Conselho Monetário Nacional dispor sobre taxa de juros e sobre a
remuneração dos serviços bancários, e ao Banco Central do Brasil fazer cumprir as normas
expedidas pelo CMN. 3. Ao tempo da Resolução CMN 2.303/1996, a orientação estatal quanto Ã
cobrança de tarifas pelas instituições financeiras era essencialmente não intervencionista, vale dizer,
"a regulamentação facultava às instituições financeiras a cobrança pela prestação de
quaisquer tipos de serviços, com exceção daqueles que a norma definia como básicos, desde que
fossem efetivamente contratados e prestados ao cliente, assim como respeitassem os procedimentos
voltados a assegurar a transparência da polÃ-tica de preços adotada pela instituição." 4. Com o
inÃ-cio da vigência da Resolução CMN 3.518/2007, em 30.4.2008, a cobrança por serviços
bancários prioritários para pessoas fÃ-sicas ficou limitada à s hipóteses taxativamente previstas em
norma padronizadora expedida pelo Banco Central do Brasil. 5. A Tarifa de Abertura de Crédito (TAC) e
a Tarifa de Emissão de Carnê (TEC) não foram previstas na Tabela anexa à Circular BACEN
3.371/2007 e atos normativos que a sucederam, de forma que não mais é válida sua pactuação em
contratos posteriores a 30.4.2008. 6. A cobrança de tais tarifas (TAC e TEC) é permitida, portanto, se
baseada em contratos celebrados até 30.4.2008, ressalvado abuso devidamente comprovado caso a
caso, por meio da invocação de parâmetros objetivos de mercado e circunstâncias do caso
concreto, não bastando a mera remissão a conceitos jurÃ-dicos abstratos ou à convicção subjetiva
do magistrado. 7. Permanece legÃ-tima a estipulação da Tarifa de Cadastro, a qual remunera o
serviço de "realização de pesquisa em serviços de proteção ao crédito, base de dados e
informações cadastrais, e tratamento de dados e informações necessários ao inÃ-cio de
relacionamento decorrente da abertura de conta de depósito à vista ou de poupança ou contratação
de operação de crédito ou de arrendamento mercantil, não podendo ser cobrada cumulativamente"
(Tabela anexa à vigente Resolução CMN 3.919/2010, com a redação dada pela Resolução
4.021/2011). 8. à lÃ-cito aos contratantes convencionar o pagamento do Imposto sobre Operações
Financeiras e de Crédito (IOF) por meio financiamento acessório ao mútuo principal, sujeitando-o aos
mesmos encargos contratuais. 9. Teses para os efeitos do art. 543-C do CPC: - 1ª Tese: Nos contratos
bancários celebrados até 30.4.2008 (fim da vigência da Resolução CMN 2.303/96) era válida a
pactuação das tarifas de abertura de crédito (TAC) e de emissão de carnê (TEC), ou outra
denominação para o mesmo fato gerador, ressalvado o exame de abusividade em cada caso concreto.
- 2ª Tese: Com a vigência da Resolução CMN 3.518/2007, em 30.4.2008, a cobrança por serviços
bancários prioritários para pessoas fÃ-sicas ficou limitada à s hipóteses taxativamente previstas em
norma padronizadora expedida pela autoridade monetária. Desde então, não mais tem respaldo legal
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10/03/2009), o que se traduz nos presentes autos, uma vez que a comissão de permanência cumulada
com os encargos moratórios é devida somente durante o inadimplemento ou mora.         Â
        No mesmo julgado restou decidido ainda que caracterizada a mora, correta a
inscrição/manutenção em cadastro de inadimplentes. Assim, por via de consequência, são
improcedentes os pedidos do requerente para que o requerido seja impedido de enviar seu nome ou o
retire dos órgãos de restrição ao crédito SPC/SERASA, bem como de ajuizar ação de busca e
apreensão do veÃ-culo e enviar correspondências de cobrança, visto que tais medidas são permitidas
e possuem amparo legal diante da mora devidamente comprovada. Da restituição/ compensação de
valores               Por fim, no que tange à compensação e restituição do valor
cobrado indevidamente, tem-se que, na presente sentença, definiu-se como cláusula abusiva apenas
aquela que prevê a cumulação da comissão de permanência com os demais encargos decorrentes
do atraso e, sendo o caso, a taxa da comissão de permanência superior à soma dos juros
remuneratórios à taxa média de mercado (não podendo ultrapassar o percentual contratado para o
perÃ-odo de normalidade da operação), dos juros de mora de 12% a.a e da multa contratual de 2% do
valor da prestação. Dessa forma, os valores excedentes pagos pelo requerente, consideram-se como
pagamento indevido. Tratando-se de pagamento indevido, torna-se o requerente credor dessa quantia
especÃ-fica, cabendo ao requerido compensar a quantia no saldo devedor ou restituir-lhe o valor. Cumpre
ressaltar que não cabe a restituição em dobro, pois os valores até então cobrados pelo requerido
estavam amparados em contrato legÃ-timo e válido, não estando, ainda, caracterizada a cobrança
indevida, o que afasta a aplicação da regra contida no artigo 42, parágrafo único, do CDC ou do
artigo 940 do CC.               Assim, no caso de pagamento indevido com relação,
única e exclusivamente, aos encargos definidos como abusivos pela sentença, deverá ocorrer,
primeiramente, a compensação do que foi pago de forma indevida com o eventual saldo devedor, e
somente na hipótese de ainda existir crédito em favor do requerente, é que deve ocorrer a
restituição, na forma simples, como consequência da recondução das partes ao status quo ante. Â
             DISPOSITIVO               Declaro existir, na terminologia de
Giuseppe Chiovenda, o direito concreto alegado pelo requerente, sendo, destarte, fundada a demanda, e,
por isso, no concreto conceito de Piero Calamandrei e Francesco Carnelutti, existente a ação. Com
adarga no escorço fático autuado, JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE o pedido do requerente e,
por consequência, extingo o processo com resolução do mérito, na forma do art. 487, I, do Código
de Processo Civil/2015, revogando a liminar deferida à s fls. 33/34, para:              Â
EXCLUIR a possibilidade de cobrança de Comissão de permanência cumulada com os demais
encargos decorrentes do atraso (afastados estes últimos), tratando-se de cláusula abusiva, portanto nula
de pleno direito, assim como o que superar a soma dos juros remuneratórios à taxa média de mercado,
não podendo ultrapassar o percentual contratado para o perÃ-odo de normalidade da operação, juros
moratórios de 12% ao ano e multa contratual de 2% do valor da prestação;             Â
 CONDENAR o requerido a compensar os valores pagos a maior pelo requerente a tais tÃ-tulos, até o
limite do saldo devedor que eventualmente restar do mesmo contrato, e havendo ainda excedente, a
devolver de forma simples, devendo sobre tais valores incidir correção monetária pelo Ã-ndice
INPC/IBGE, em conformidade à súmula 43 do STJ, bem como juros de mora a partir da citação, Ã
taxa de 1% ao mês.               Em razão da sucumbência recÃ-proca e por força
do disposto nos artigos 82, § 2º, 85, § 14, e 86, todos do Código de Processo Civil/2015,
CONDENAR cada uma das partes ao pagamento de 50% (cinquenta por cento) das custas e despesas
processuais, bem como dos honorários advocatÃ-cios da parte contrária, ora fixados em 10% sobre o
valor da condenação para cada qual, suspendendo-se, contudo, a exigibilidade para o requerente, face
a assistência judiciária gratuita deferida às fls. 33, enquanto perdurar a condição de
hipossuficiência, observado o disposto no art.98, §3º, do CPC/2015.              Â
RECONHEÃER a legalidade da cobrança de taxa de juros superiores a 12% (doze por cento) ao ano,
capitalização de juros, Tarifa de Cadastro e IOF.               Certificado o trânsito
em julgado, havendo custas pendentes, intime-se o responsável para o recolhimento, sob pena de
inscrição na dÃ-vida ativa. Inerte, inscreva-se.               Após, cumpridas as
cautelas legais, arquivar os presentes autos e dar baixa na distribuição.              Â
P.R.I.C. Belém/PA, 03/09/2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e
Empresarial da Capital 301 PROCESSO: 00019930720028140301 PROCESSO ANTIGO: 200210023194
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o:
Cumprimento de sentença em: 03/12/2021 ADVOGADO:REYNALDO ANDRADE DA SILVEIRA
ADVOGADO:MARCELO CASTELO BRANCO IUDICE ADVOGADO:LAIR DA PAIXAO ROCHA
AUTOR:SUELY DE JESUS DA SILVA Representante(s): OAB 7729 - LAIR DA PAIXAO ROCHA
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resta comprovado que tenha sido a responsável pela fraude, sem, contudo, negar que no perÃ-odo de
12/2009 a 01/2011 suas faturas tenham sido em valores bem abaixo do que o normal. Â Â Â Â Â Ocorre
que, compulsando detalhadamente os autos, verifica-se que a perÃ-cia técnica está em consonância
com outras provas, não sendo analisada isoladamente como comprovação do desvio de energia, pois
constata-se também pelo histórico de consumo que no perÃ-odo apontado pela demandada, de fato,
houve queda brusca no faturamento da requerente, que foi de 277 para 30 e que após a visita técnica,
com a correção da irregularidade, o faturamento foi para 176, aumentando nos meses seguintes.  Â
   Portanto, não há dúvida quanto à lisura da conduta dos prepostos da concessionária, e no
mesmo sentido, o Termo de Ocorrência de Irregularidade (TOI) é legal e respaldado em Resolução
especÃ-fica de reconhecida constitucionalidade, possuindo presunção de veracidade quando está
amparado por demais elementos probantes. Â Â Â Â Â Nesse sentido: COBRANÃA - ENERGIA
ELÃTRICA - Obrigação do proprietário - TOI válido - Prova demonstra degrau pelo histórico de
consumo, correspondente à data do fim da irregularidade e aferida ocupação no imóvel - Não há
como respaldar a apuração unilateral de valores de consumo segundo critério de maior valor de
consumo, considerada inválida a apuração unilateral do valor fraudado que contraria as normas
protetivas do consumidor Condenação estabelecendo critério objetivo, pela média em seis meses
de consumo posteriores ao fim da irregularidade, ante a inexistência do perÃ-odo anterior, bem como
exclusão do custo administrativo e inclusão da multa de 2% do CDC - IncabÃ-vel o corte ou suspensão
do fornecimento de energia elétrica em razão de dÃ-vida pretérita - Ação principal parcialmente
procedente - Recurso do réu parcialmente provido. (TJSP; Apelação CÃ-vel 0000131-
88.2008.8.26.0197; Relator (a): José Malerbi; Ãrgão Julgador: 35ª Câmara de Direito Privado; Foro
de Francisco Morato - 2ª Vara Judicial; Data do Julgamento: 18/11/2013; Data de Registro: 18/11/2013).
(Grifo nosso). RESTAÃÃO DE SERVIÃOS ENERGIA ELÃTRICA AÃÃO DECLARATÃRIA PROCEDÃNCIA
REFORMA CONFIGURAÃÃO DE DEGRAU DE CONSUMO DEMONSTRAÃÃO DE CONSUMO NÃO
MEDIDO EM BENEFÃCIO DO USUÃRIO DÃBITO EXIGÃVEL CÃLCULO, PORÃM, QUE DEVE SER
REFEITO PELA REQUERIDA AÃÃO JULGADA PARCIALMENTE PROCEDENTE. Apelação
parcialmente provida. (TJSP; Apelação CÃ-vel 1001357-11.2016.8.26.0075; Relator (a): Jayme Queiroz
Lopes; Ãrgão Julgador: 36ª Câmara de Direito Privado; Foro de Bertioga - 2ª Vara; Data do
Julgamento: 28/06/2019; Data de Registro: 28/06/2019).  Recurso Inominado. Ação declaratória de
inexigibilidade de débito. Fornecimento de energia elétrica. Irregularidade no medidor (gato). Prova de
que o registro do consumo foi alterado em decorrência da adulteração. Presunção de veracidade
quanto ao TOI, já que em consonância com as demais provas dos autos. Existência de demonstrativo
de consumo que demonstra consumo zerado de energia elétrica do imóvel durante o perÃ-odo de
irregularidade na medição. Caracterização de degrau de consumo. Débito devido. Cobrança de
divida pretérita que deve se pautar pelos meios ordinários, sem possibilidade de corte. Sentença
formada. Recurso provido, com observação. (TJ-SP - RI: 00022785520198260471 SP 0002278-
55.2019.8.26.0471, Relator: Cássio Mahuad, Data de Julgamento: 28/07/2021, 3ª Turma CÃ-vel e
Criminal, Data de Publicação: 28/07/2021)         Por conseguinte, diante da evidência de
apuração irregular do consumo no perÃ-odo, possibilita-se à concessionária a apuração do
consumo não faturado ou faturado a menor e a consequente lavratura do TOI, conforme a Resolução
Normativa n. 414, de 9 de setembro de 2010, da Aneel, que em seu art. 129 dispõe: ¿Art. 129. Na
ocorrência de indÃ-cio de procedimento irregular, a distribuidora deve adotar as providências
necessárias para sua fiel caracterização e apuração do consumo não faturado ou faturado a
menor. § 1o A distribuidora deve compor conjunto de evidências para a caracterização de eventual
irregularidade por meio dos seguintes procedimentos: I - emitir o Termo de Ocorrência e Inspeção -
TOI , em formulário próprio, elaborado conforme Anexo V desta Resolução; II - solicitar perÃ-cia
técnica, a seu critério, ou quando requerida pelo consumidor ou por seu representante legal; III -
elaborar relatório de avaliação técnica, quando constatada a violação do medidor ou demais
equipamentos de medição; III - elaborar relatório de avaliação técnica, quando constatada a
violação do medidor ou demais equipamentos de medição, exceto quando for solicitada a perÃ-cia
técnica de que trata o inciso II; (Redação dada pela REN ANEEL 479, de 03.04.2012) IV - efetuar a
avaliação do histórico de consumo e grandezas elétricas; e V - implementar, quando julgar
necessário, os seguintes procedimentos: a) medição fiscalizadora, com registros de fornecimento em
memória de massa de, no mÃ-nimo, 15 (quinze) dias consecutivos; e b) recursos visuais, tais como
fotografias e vÃ-deos. § 2o Uma cópia do TOI deve ser entregue ao consumidor ou à quele que
acompanhar a inspeção, no ato da sua emissão, mediante recibo. § 3o Quando da recusa do
consumidor em receber a cópia do TOI, esta deve ser enviada em até 15 (quinze) dias por qualquer
modalidade que permita a comprovação do recebimento. (...) § 4º O consumidor tem 15 (quinze)
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dias, a partir do recebimento do TOI, para informar à distribuidora a opção pela perÃ-cia técnica no
medidor e demais equipamentos, quando for o caso, desde que não se tenha manifestado
expressamente no ato de sua emissão. (Redação dada pela REN ANEEL 418, de 23.11.2010) § 5o
Nos casos em que houver a necessidade de retirada do medidor ou demais equipamentos de medição,
a distribuidora deve acondicioná-los em invólucro especÃ-fico, a ser lacrado no ato da retirada, mediante
entrega de comprovante desse procedimento ao consumidor ou àquele que acompanhar a inspeção, e
encaminhá-los por meio de transporte adequado para realização da avaliação técnica. § 6º A
avaliação técnica dos equipamentos de medição pode ser realizada pela Rede de Laboratórios
Acreditados ou pelo laboratório da distribuidora, desde que com pessoal tecnicamente habilitado e
equipamentos calibrados conforme padrões do órgão metrológico, devendo o processo ter
certificação na norma ABNT NBR ISO 9001, preservado o direito de o consumidor requerer a perÃ-cia
técnica de que trata o inciso II do § 1º. (Redação dada pela REN ANEEL 479, de 03.04.2012) §
7o Na hipótese do § 6o, a distribuidora deve comunicar ao consumidor, por escrito, mediante
comprovação, com pelo menos 10 (dez) dias de antecedência, o local, data e hora da realização da
avaliação técnica, para que ele possa, caso deseje, acompanhá-la pessoalmente ou por meio de
representante nomeado. § 8o O consumidor pode solicitar, antes da data previamente informada pela
distribuidora, uma única vez, novo agendamento para realização da avaliação técnica do
equipamento. § 9o Caso o consumidor não compareça à data previamente informada, faculta se Ã
distribuidora seguir cronograma próprio para realização da avaliação técnica do equipamento,
desde que observado o disposto no § 7o. § 10. Comprovada a irregularidade nos equipamentos de
medição, o consumidor será responsável pelos custos de frete e da perÃ-cia técnica, caso tenha
optado por ela, devendo a distribuidora informá-lo previamente destes custos, vedada a cobrança de
demais custos. § 11. Os custos de frete de que trata o § 10 devem ser limitados ao disposto no § 10
do art. 137.¿ (sem grifos)         Destaca-se que a cobrança do consumo recuperado, na
forma realizada pela apelante, é plenamente autorizada pela Resolução 414/2010 da ANEEL, na
forma do seu art. 130, in verbis: ¿Art. 130. Comprovado o procedimento irregular, para proceder Ã
recuperação da receita, a distribuidora deve apurar as diferenças entre os valores efetivamente
faturados e aqueles apurados por meio de um dos critérios descritos nos incisos a seguir, aplicáveis de
forma sucessiva, sem prejuÃ-zo do disposto nos arts. 131 e 170 : I - utilização do consumo apurado por
medição fiscalizadora, proporcionalizado em 30 dias, desde que utilizada para caracterização da
irregularidade, segundo a alÃ-nea a do inciso V do § 1o do art. 129; II - aplicação do fator de
correção obtido por meio de aferição do erro de medição causado pelo emprego de
procedimentos irregulares, desde que os selos e lacres, a tampa e a base do medidor estejam intactos; III
- utilização da média dos 3 (três) maiores valores disponÃ-veis de consumo de energia elétrica,
proporcionalizados em 30 dias, e de demanda de potências ativas e reativas excedentes, ocorridos em
até 12 (doze) ciclos completos de medição regular, imediatamente anteriores ao inÃ-cio da
irregularidade; (Redação dada pela REN ANEEL 670 de 14.07.2015) IV - determinação dos
consumos de energia elétrica e das demandas de potências ativas e reativas excedentes, por meio da
carga desviada, quando identificada, ou por meio da carga instalada, verificada no momento da
constatação da irregularidade, aplicando-se para a classe residencial o tempo médio e a frequência
de utilização de cada carga; e, para as demais classes, os fatores de carga e de demanda, obtidos a
partir de outras unidades consumidoras com atividades similares; ou V - utilização dos valores
máximos de consumo de energia elétrica, proporcionalizado em 30 (trinta) dias, e das demandas de
potência ativa e reativa excedentes, dentre os ocorridos nos 3 (três) ciclos imediatamente posteriores Ã
regularização da medição. Parágrafo único. Se o histórico de consumo ou demanda de potência
ativa da unidade consumidora variar, a cada 12 (doze) ciclos completos de faturamento, em valor igual ou
inferior a 40% (quarenta por cento) para a relação entre a soma dos 4 (quatro) menores e a soma dos 4
(quatro) maiores consumos de energia elétrica ativa, nos 36 (trinta e seis) ciclos completos de
faturamento anteriores à data do inÃ-cio da irregularidade, a utilização dos critérios de apuração
para recuperação da receita deve levar em consideração tal condição.¿ (sem grifos)     Â
De outra banda, verifica-se que a parte autora apenas fez uma série de declarações, sem, no
entanto, comprovar o que alega, carecendo o processo de arcabouço documental que, AO MENOS,
EVIDENCIASSE que suas afirmações possivelmente correspondessem a verdade.       Â
Desta forma, estando demonstrado que o consumo de energia após o ajuste no medidor fora
consideravelmente maior do que a paga costumeiramente, subsiste a obrigação de
complementação, independentemente da comprovação acerca de ato fraudador pelo consumidor,
de dolo ou de culpa, ante a VEDAÃÃO AO ENRIQUECIMENTO SEM CAUSA. Â Â Â Â Â Â Â Neste
sentido: AÃÃO DECLARATÃRIA DE INEXIGIBILIDADE DE DÃBITO. Fornecimento de energia elétrica.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
morais deve ser fixado de acordo com os princÃ-pios da proporcionalidade e razoabilidade, levando em
conta o grau de culpa e a extensão do dano causado, bem como a situação social e econômica das
partes e as circunstâncias do evento danoso. Não há inerentemente nenhuma conduta abusiva nas
cobranças realizadas, não sendo cabÃ-vel a repetição em dobro pleiteada; eventuais valore s de fato
pagos em excesso devem ser restituÃ-dos de forma simples à parte autora. Se cada litigante for, em parte,
vencedor e vencido, serão proporcionalmente distribuÃ-das entre eles as despesas. (TJ-MG - AC:
10642090060350001 São Romão, Relator: Valéria Rodrigues Queiroz, Data de Julgamento:
13/07/2021, Câmaras CÃ-veis / 6ª CÃMARA CÃVEL, Data de Publicação: 23/07/2021) APELAÃÃO.
Lavratura de TOI. Ausência de prova de eventual irregularidade no termo de ocorrência apta a gerar a
nulidade das cobranças realizadas pela concessionária. Provas dos autos que demonstram a
observância do previsto na Resolução Normativa n. 414, de 9 de setembro de 2010, da ANEEL, haja
vista a comprovada existência de irregularidade no sistema de medição de energia elétrica do
imóvel objeto do litÃ-gio. Relatórios evidenciam que o consumo do imóvel permaneceu quase zerado,
durante extenso perÃ-odo, o que, à luz das provas dos autos, não se mostra crÃ-vel. Cobrança do
consumo recuperado que se mostra devida, nos termos do artigo 129 c/c artigo 130, ambos da
Resolução 414/2010 da ANEEL. Lavratura do TOI que é decorrente do exercÃ-cio regular do direito da
concessionária, o que induz à improcedência dos pedidos autorais. Impossibilidade de devolução em
dobro dos valores pagos, nos termos do artigo 42, parágrafo único, do CDC. Multa prevista no artigo
4º, da Lei Estadual 7.990/2018 que não se destina ao consumidor. Norma em apreço que tutela o
interesse difuso ou coletivo dos consumidores. Quantum indenizatório, fixado em R$3.000,00, em razão
da indevida interrupção do fornecimento de energia elétrica, ante a cobrança de dÃ-vida pretérita
pela concessionária, que se mostra adequado aos princÃ-pios da proporcionalidade e da razoabilidade, e
à reprovabilidade da conduta da apelada, bem como ao usualmente fixado por esta Câmara em casos
análogos Jurisprudência desta Corte. RECURSO NÃO PROVIDO. (TJ-RJ - APL:
00352993920198190205, Relator: Des(a). CELSO SILVA FILHO, Data de Julgamento: 06/04/2021,
VIGÃSIMA TERCEIRA CÃMARA CÃVEL, Data de Publicação: 09/04/2021)             Â
   Comprovada a ocorrência da situação lesiva, consistente na suspensão indevida do
fornecimento dos serviços, destaca-se que é desnecessária a prova de prejuÃ-zos, visto que se trata
de caso de reparação por dano moral in re ipsa: PROCESSUAL CIVIL E ADMINISTRATIVO. AGRAVO
REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. SERVIÃO DE FORNECIMENTO DE ENERGIA
ELÃTRICA. Â IMPOSSIBILIDADE DE INTERRUPÃÃO DO FORNECIMENTO POR DÃBITO PRETÃRITO.
 O DANO à IN RE IPSA, BASTANDO, PARA QUE RESTE CARACTERIZADO A COMPROVAÃÃO DA
PRÃTICA DE ATO ILEGAL, IN CASU, A SUSPENSÃO DO FORNECIMENTO DO SERVIÃO POR
DÃBITO PRETÃRITO. VERBA INDENIZATÃRIA FIXADA COM RAZOABILIDADE NA SENTENÃA EM R$
10.000,00 E MANTIDA PELO TRIBUNAL DE ORIGEM. INCABIMENTO DE ALTERAÃÃO. AGRAVO
REGIMENTAL DA COMPANHIA ENERGÃTICA DE PERNAMBUCO DESPROVIDO. 1. Esta Corte
pacificou o entendimento de que nos casos, como o presente, em que se caracteriza a exigência de
débito pretérito referente ao fornecimento de energia, não deve haver a suspensão do serviço; o
corte pressupõe o inadimplemento de dÃ-vida atual, relativa ao mês do consumo, sendo inviável a
suspensão do abastecimento em razão de débitos antigos. 2. A suspensão ilegal do fornecimento
do serviço dispensa a comprovação de efetivo prejuÃ-zo, uma vez que o dano moral, nesses casos,
opera-se in re ipsa, em decorrência da ilicitude do ato praticado. 3. No que tange ao quantum
indenizatório, é pacÃ-fico nesta Corte o entendimento de que, em sede de Recurso Especial, sua
revisão apenas é cabÃ-vel quando o valor arbitrado nas instâncias originárias for irrisório ou
exorbitante. No caso dos autos, o valor dos honorários fixados em R$ 10.000,00, foi arbitrado na
sentença tendo por parâmetro a natureza e a extensão do prejuÃ-zo, a repercussão do fato, o grau
de culpa do ofensor e a condição econômica das partes. O Tribunal de origem, por sua vez, manteve a
sucumbência por considerar que o Autor foi vÃ-tima de atos arbitrários e unilaterais praticados pela
CELPE, que acarretaram na suspensão da energia elétrica por mais de 15 dias. Desse modo, a
sucumbência não se mostra exorbitante a ponto de excepcionar a aplicação da Súmula 7/STJ. 4.
Agravo Regimental da COMPANHIA ENERGÃTICA DE PERNAMBUCO desprovido. (AgRg no AREsp
371.875/PE, Rel. Ministro NAPOLEÃO NUNES MAIA FILHO, PRIMEIRA TURMA, julgado em 15/03/2016,
DJe 04/04/2016) (g.n) DISPOSITIVO Â Â Â Â Â Â Â Â Ante o exposto, com fundamento no art. 487, I, do
Código de Processo Civil/2015, JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE os pedidos da parte
requerente, e: a)     CONDENO a requerida ao pagamento de indenização por danos morais Ã
autora no valor de R$ 3.000,00 (três mil reais), diante do corte no fornecimento de energia elétrica na
unidade consumidora em que reside por dÃ-vida pretérita, nos termos da fundamentação, e, por
consequência, extingo o processo com resolução do mérito. b)     REVOGO parcialmente a
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
medida liminar concedida anteriormente às fls.30/36 dos autos, apenas no que diz respeito a inscrição
da requerente em cadastros de inadimplentes em razão da dÃ-vida de R$ 2.305,38 (dois mil trezentos e
cinco reais e trinta e oito centavos), tendo em vista o reconhecimento de sua existência.        Â
Em razão da sucumbência recÃ-proca e por força do disposto nos artigos 82, § 2º, 85, § 14, e 86,
todos do Código de Processo Civil/2015, CONDENO cada uma das partes ao pagamento de 50%
(cinquenta por cento) das custas e despesas processuais, bem como ao pagamento dos honorários
advocatÃ-cios da parte contrária, ora fixados em 10% sobre o valor da condenação para cada qual,
suspendendo-se, contudo, a exigibilidade em relação à parte autora face a assistência judiciária
gratuita deferida à fl. 31, observado o disposto no art. 98, §3º, do CPC/2015.         Nos
termos do artigo 46, caput, da Lei estadual n. 8.328, de 29/12/2015, fica advertida a parte responsável de
que, na hipótese de, havendo custas, não efetuar o pagamento delas no prazo legal, o respectivo
crédito, além de encaminhado para inscrição em DÃ-vida Ativa, sofrerá atualização monetária e
incidência de outros encargos legais.         Fica autorizado o desentranhamento de
documentos por quem os juntou, exceto a procuração, substituindo-os por cópias que poderão ser
declaradas autênticas pelo patrono nos termos do artigo 425, IV do CPC/2015, devendo o cartório
certificar o ato de desentranhamento.         Certificado o trânsito em julgado, havendo custas
pendentes, intime-se o responsável para o recolhimento, sob pena de inscrição na dÃ-vida ativa. Inerte,
inscreva-se.         Após, cumpridas as cautelas legais, arquivar os presentes autos e dar baixa
na distribuição.         P.R.I.C.         Belém/PA, 26/10/2021. Roberto Andrés
Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital 109 PROCESSO:
00020508119968140301 PROCESSO ANTIGO: 199610029402
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o: Execução
de Título Extrajudicial em: 03/12/2021 EXECUTADO:NAGIB JOSE TUMA Representante(s): OAB 4433 -
FRANCISCO POMPEU BRASIL FILHO (ADVOGADO) EXEQUENTE:BANCO BRASILEIRO COMERCIAL
SA Representante(s): OAB 5781 - LUIS CARLOS SILVA MENDONCA (ADVOGADO) EXECUTADO:JOSE
ROBERTO TUMA NICOLAU Representante(s): OAB 4433 - FRANCISCO POMPEU BRASIL FILHO
(ASSISTENTE DE ACUSAÇÃO ) OAB 8305 - MYCHELLE BRAZ POMPEU BRASIL (ADVOGADO) OAB
17501 - HILTON JOSE SANTOS DA SILVA (ADVOGADO) INTERESSADO:ROSEANE FREITAS
NICOLAU Representante(s): ROBERTA FREITAS NICOLAU (REP LEGAL) EXECUTADO:GANHA
POUCO MODAS E ARTSESPORTIVOS LTDA Representante(s): OAB 4433 - FRANCISCO POMPEU
BRASIL FILHO (ADVOGADO) OAB 8305 - MYCHELLE BRAZ POMPEU BRASIL (ADVOGADO)
INTERESSADO:FRANCISCO AIRTON NOGUEIRA Representante(s): OAB 5875 - KELMA SOUSA DE
OLIVEIRA REUTER COUTINHO (ADVOGADO) INTERESSADO:GLAIRTON LIMA NOGUEIRA. Autos
nº: 0002050-81.1996.8.14.0301               BANCO BRASILEIRO COMERCIAL S/A,
exequente na ação movida em face de GANHA POUCO MODAS E ARTIGOS ESPORTIVOS LTDA e
outros, intentou EMBARGOS DE DECLARAÃÃO visando sanar suposta omissão e contradição
existentes na decisão de fl. 385 dos autos.               A parte embargada apresentou
contrarrazões aos embargos de declaração na petição de fls. 517/527.             Â
 Eis o relatório. Fundamento e Decido.               Quanto aos embargos de
declaração, o CPC, art. 1022, verbo ad verbum reza: Cabem embargos de declaração contra
qualquer decisão judicial para: I - esclarecer obscuridade ou eliminar contradição; II - suprir omissão
de ponto ou questão sobre o qual deveria se pronunciar o juiz de ofÃ-cio ou a requerimento; III - corrigir
erro material. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Nesse contexto, insta esclarecer que os embargos de
declaração constituem recurso de fundamentação vinculada, o que significa que somente podem ser
manejados ante a constatação das taxativas hipóteses previstas em lei - omissão, obscuridade,
contradição do julgado ou para corrigir erros materiais, ainda que o Superior Tribunal de Justiça
venha admitindo de forma excepcional, limitada a situações teratológicas, os embargos de
declaração com efeitos infringentes, nos quais a fundamentação não estará vinculada à s
hipótese legais da omissão, obscuridade e contradição. Destinam-se, portanto, a complementar ou
aclarar as decisões judiciais latu sensu, quando nestas se verificar algum dos mencionados vÃ-cios.  Â
            à o que se extrai da seguinte lição: ¿(...) os casos previstos para
manifestação dos embargos declaratórios são especÃ-ficos, de modo que somente são
admissÃ-veis quando houver obscuridade, contradição ou omissão em questão (ponto controvertido)
sobre o qual deveria o juiz ou tribunal pronunciar-se necessariamente. Os embargos de declaração
são espécie de recurso de fundamentação vinculada.¿               Todavia,
não se vislumbram no presente caso quaisquer dos vÃ-cios que autorizam o acolhimento dos
aclaratórios. O mero inconformismo da parte com decisão que lhe é desfavorável não constitui
fundamento idôneo para modificar o decisum pela via dos embargos de declaração, porquanto essa
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via não pode ser utilizada para rediscussão da matéria apreciada, devendo a parte, para tanto,
manejar recurso próprio.               A decisão proferida foi precisa quanto aos seus
fundamentos e coerente com as informações constantes nos autos, em consonância com os
dispositivos legais que regem a matéria.               Apesar do que diz o mestre
Eliézer Rosa que ¿enquanto a justiça for obra do homem e sempre o será, a possibilidade de falha
não pode ser, a priori, descartada¿ é escancarado que não se cuida de falha.          Â
    Nesse sentido, transcrevo aresto do Superior Tribunal de Justiça: PROCESSUAL CIVIL.
EMBARGOS DE DECLARAÃÃO NO RECURSO ESPECIAL. ADVOGADO DA UNIÃO. GRATIFICAÃÃO
DE ATIVIDADE EXECUTIVA - GAE. EXCLUSÃO PELA MEDIDA PROVISÃRIA 2.048-26/2000, QUE
INSTITUIU A GRATIFICAÃÃO DE DESEMPENHO DE ATIVIDADE JURÃDICA - GDAJ. AUSÃNCIA DE
VÃCIOS DE OMISSÃO, CONTRADIÃÃO OU OBSCURIDADE. INOCORRÃNCIA. PRETENSÃO DE
REEXAME. NÃO CABIMENTO. 1. Os aclaratórios não merecem prosperar, pois o acórdão
embargado não padece de vÃ-cios de omissão, contradição ou obscuridade, na medida que apreciou
a demanda de forma clara e precisa, estando bem delineados os motivos e fundamentos que a embasam.
2. Não se prestam os embargos de declaração ao reexame da matéria que se constitui em objeto do
decisum, porquanto constitui instrumento processual com o escopo de eliminar do julgamento
obscuridade, contradição ou omissão sobre tema cujo pronunciamento se impunha pela decisão ou,
ainda, de corrigir evidente erro material, consoante reza o art. 535 do CPC. 3. Embargos de declaração
rejeitados. (EDcl no REsp 1353016/AL, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, PRIMEIRA
SEÃÃO, julgado em 28/08/2013, DJe 03/09/2013). PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE
DECLARAÃÃO. PRECATÃRIO. JUROS DE MORA. PERÃODO COMPREENDIDO ENTRE A
HOMOLOGAÃÃO DO CÃLCULO E A EXPEDIÃÃO DO PRECATÃRIO OU RPV. NÃO INCIDÃNCIA.
AUSÃNCIA DE OBSCURIDADE, CONTRADIÃÃO OU OMISSÃO. REDUÃÃO DO PERCENTUAL DA
MULTA DO ART. 557, § 2º, DO CPC. ACOLHIMENTO PARCIAL. 1. Inexistente qualquer das
hipóteses do art. 535 do CPC, não merecem acolhida embargos de declaração com nÃ-tido caráter
infringente. 2. Embargos de declaração acolhidos, apenas para excluir a multa do art. 557, § 2º, do
CPC. (EDcl no AgRg no REsp 1233813/RS, Rel. Ministra ELIANA CALMON, SEGUNDA TURMA, julgado
em 11/06/2013, DJe 28/08/2013). Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Note-se, portanto, que ao apreciar os
Embargos Declaração o julgador encontra-se adstrito à s hipóteses taxativas previstas em lei.    Â
          Sendo assim, não havendo omissão, obscuridade ou contradição a serem
afastados, impõe-se a rejeição dos embargos de declaração.               Isto
posto, REJEITO os Embargos de Declaração interpostos, MANTENDO em todos os seus termos a
decisão de fl. 385, com fulcro no art. 1022 e ss do CPC.               P.R.I.C.     Â
         Belém/PA, 01/09/2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara
CÃ-vel e Empresarial da Capital 303 PROCESSO: 00024087920148140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o:
Procedimento Comum Cível em: 03/12/2021 AUTOR:MARIA DAS GRACAS SANTOS DE OLIVEIRA
Representante(s): OAB 19110 - ELENIZE DAS MERCES MESQUITA (ADVOGADO) REU:CAIXA DE
PREVIDENCIA COMPLEMENTAR DO BANCO DA AMAZONIA SA CAPAF Representante(s): OAB 16101
- SAMUEL CUNHA DE OLIVEIRA (ADVOGADO) OAB 16956 - LUCAS NUNES CHAMA (ADVOGADO)
REU:BANCO DA AMAZONIA SA Representante(s): OAB 20479 - FELIPE MONTEIRO GUERRA
(ADVOGADO) OAB 11471 - FABRICIO DOS REIS BRANDAO (ADVOGADO) . PROCESSO: 0002408-
79.2014.814.0301 EMBARGANTE: CAIXA DE PREVIDÃNCIA COMPLEMENTAR DO BANCO DA
AMAZÃNIA - CAPAF EMBARGADO: MARIA DAS GRAÃAS SANTOS DE OLIVEIRA SENTENÃA Â Â Â Â
          CAIXA DE PREVIDÃNCIA COMPLEMENTAR DO BANCO DA AMAZÃNIA - CAPAF,
requerida na Ação de Cobrança movida por MARIA DAS GRAÃAS SANTOS DE OLIVEIRA, intentou
EMBARGOS DE DECLARAÃÃO visando sanar supostos vÃ-cios existentes na sentença de fl. 291, ao
argumento de que a sentença contém disposições que padeceriam de contrariedade.       Â
       Alega o embargante que a sentença deixou de fixar o pagamento de honorários
advocatÃ-cios pela parte autora, nos termos do artigo 90 do CPC, uma vez que o processo foi extinto pela
desistência da requerente, embora tenha sido apresentada defesa pelo réu (fls. 78/91).        Â
      Eis o relatório. Fundamento e Decido.               Quanto aos embargos
de declaração, o CPC/2015, art. 1022, verbo ad verbum reza: Cabem embargos de declaração
contra qualquer decisão judicial para: I - esclarecer obscuridade ou eliminar contradição; II - suprir
omissão de ponto ou questão sobre o qual deveria se pronunciar o juiz de ofÃ-cio ou a requerimento; III
- corrigir erro material. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Nesse contexto, insta esclarecer que os embargos de
declaração constituem recurso de fundamentação vinculada, o que significa que somente podem ser
manejados ante a constatação das taxativas hipóteses previstas em lei - omissão, obscuridade,
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contradição do julgado ou para corrigir erros materiais, ainda que o Superior Tribunal de Justiça
venha admitindo de forma excepcional, limitada a situações teratológicas, os embargos de
declaração com efeitos infringentes, nos quais a fundamentação não estará vinculada à s
hipótese legais da omissão, obscuridade e contradição. Destinam-se, portanto, a complementar ou
aclarar as decisões judiciais latu sensu, quando nestas se verificar algum dos mencionados vÃ-cios.  Â
            à o que se extrai da seguinte lição: ¿(...) os casos previstos para
manifestação dos embargos declaratórios são especÃ-ficos, de modo que somente são
admissÃ-veis quando houver obscuridade, contradição ou omissão em questão (ponto controvertido)
sobre o qual deveria o juiz ou tribunal pronunciar-se necessariamente. Os embargos de declaração
são espécie de recurso de fundamentação vinculada.¿                 Feitas as
devidas ponderações e analisando detidamente os autos, constato que realmente a sentença foi
contraditória, pois extinguiu o feito sem resolução de mérito por desistência da parte autora, nos
termos do art. 200, parágrafo único, do CPC/2015, sem, contudo, condenar a parte vencida a arcar com
os honorários advocatÃ-cios, impondo-se, assim, o acolhimento dos EMBARGOS DE DECLARAÃÃO para
sanar o vÃ-cio apontado. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Neste sentido: ABANDONO DA CAUSA.
EXTINÃÃO DO PROCESSO. FIXAÃÃO DE HONORÃRIOS ADVOCATÃCIOS. Extinto o processo em
razão da inércia da parte autora, que deixou de promover os atos e diligências que lhe competiam,
responde esta pelo pagamento das despesas processuais, bem como dos honorários advocatÃ-cios nos
termos do art. 485 , inciso III , § 2º , do Novo Código de Processo Civil . APELO PROVIDO.
(Apelação CÃ-vel Nº 70073750366, Décima Quarta Câmara CÃ-vel, Tribunal de Justiça do RS,
Relator: Miriam A. Fernandes, Julgado em 29/06/2017). Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Ademais, para
que não pairem dúvidas, a correção monetária incidente sobre os honorários advocatÃ-cios de
sucumbência arbitrados em sede de embargos de declaração flui a partir de sua fixação, consoante
precedentes jurisprudenciais do C. STJ: PROCESSUAL CIVIL. HONORÃRIOS ADVOCATÃCIOS.
QUANTIA CERTA. CORREÃÃO MONETÃRIA E JUROS MORATÃRIOS. TERMO INICIAL. 1. A
jurisprudência do STJ sedimentou-se no sentido de que, arbitrados os honorários advocatÃ-cios em
quantia certa, a correção monetária deve ser computada a partir da data em que fixada a verba.
Também devem incidir juros de mora sobre a verba advocatÃ-cia, desde que o trânsito em julgado da
sentença a fixou. 2. Agravo Regimental não provido. (AgRg no AgRg no AREsp 360.741/AL, Rel.
Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA TURMA, julgado em 12/08/2014, DJe 10/10/2014) Â
EMBARGOS DE DECLARAÃÃO. HONORÃRIOS ADVOCATÃCIOS ARBITRADOS EM VALOR FIXO.
TERMO INICIAL PARA A CORREÃÃO MONETÃRIA E JUROS MORATÃRIOS. 1. Os honorários
advocatÃ-cios arbitrados em valor fixo, nos termos do art. 20, § 4º, do CPC, sofrem correção
monetária a partir do seu arbitramento. Também devem incidir juros de mora sobre a verba
advocatÃ-cia, desde o trânsito em julgado da sentença a fixou. 2. Embargos de declaração
acolhidos. (EDcl no REsp 1119300/RS, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, SEGUNDA SEÃÃO,
julgado em 13/10/2010, DJe 20/10/2010) Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â
  Isto posto, com fulcro no art. 1022 e ss do CPC/2015, ACOLHO os Embargos de Declaração
interpostos, para sanar a teratologia existente na sentença de fl. 291, substituindo a frase ¿Não
havendo apresentação de defesa pelo requerido, deixo de fixar honorários advocatÃ-cios¿ para que
passe a constar da seguinte forma: ¿CONDENO o autor ao pagamento dos honorários advocatÃ-cios,
ora fixados em R$ 1.000,00 (mil reais), corrigidos monetariamente a partir do arbitramento¿.      Â
        Mantidos os demais termos da sentença inalterados.              Â
P.R.I.C.               Belém/PA, 02/09/2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito
Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital 303 PROCESSO: 00032018620128140301
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES
ITZCOVICH A??o: Cumprimento de sentença em: 03/12/2021 AUTOR:YEDA DIMENSTEIN KOATZ
Representante(s): OAB 13933 - GUSTAVO PASTOR DA SILVA PINHEIRO (ADVOGADO) REU:POSTO
TRES ESTRELAS LTDA. DESPACHO          Considerando ainda a não interposição de
recursos face a sentença de fls. 42/44, certifique-se acerca do trânsito em julgado e, após, arquivem-
se os autos, cumpridas as cautelas legais. Belém/PA, 18/11/2021. ROBERTO ANDRES ITZCOVICH
Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial de Belém 303 PROCESSO:
00034645320088140301 PROCESSO ANTIGO: 200810110805
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o:
Cumprimento de sentença em: 03/12/2021 REU:MARIA APARECIDA SANTANA DE FREITAS
AUTOR:BANCO DO ESTADO DO PARA BANPARA Representante(s): OAB 9127 - MARIA ROSA DO
SOCORRO LOURINHO DE SOUZA (ADVOGADO) WALCIMARA ALINE MOREIRA CARDOSO
(ADVOGADO) WALCIMARA ALINE CARDOSO (ADVOGADO) FERNANDO GURJAO SAMPAIO
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
(ADVOGADO) OAB 12964 - THIAGO WISNIEWSKI MARTINI (REP LEGAL) OAB 9238 - ALLAN FABIO
DA SILVA PINGARILHO (ADVOGADO) . Processo nº 0003464-53.2008.8.14.0301.          Â
  Defiro pedido de fl. 138, de desentranhamento dos documentos que instruem a inicial, substituindo-os
por cópias que poderão ser declaradas autênticas pelo patrono, nos termos do artigo 425, IV do
CPC/2015, devendo o cartório certificar o ato de desentranhamento.            Após,
cumpridas as cautelas legais, arquivar os presentes autos e dar baixa na distribuição.        Â
   P.R.I.C.  Belém/PA, 09/11/2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara
CÃ-vel e Empresarial da Capital 302 PROCESSO: 00039191020178140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o:
Procedimento Comum Cível em: 03/12/2021 AUTOR:NILSEN CASTELO DE VASCONCELOS
Representante(s): OAB 22487 - MONIQUE MEIRELES FRANCO (ADVOGADO) REU:CELPA CENTRAIS
ELETRICAS DO PARA. PODER JUDICIÃRIO TRIBUNAL DE JUSTIÃA DO ESTADO DO PARà 4ª
VARA CÃVEL E EMPRESARIAL DA CAPITAL Processo: 0003919-10.2017.8.14.0301Â SENTENÃA Â Â Â
  Trata-se de AÃÃO ORDINÃRIA DECLARATÃRIA DE INEXISTÃNCIA DE DÃBITO ajuizada por
NILSEN CASTELO DE VASCONCELOS em face de CELPA - DRE - DEPARTAMENTO DE
RECUPERAÃÃO DE ENERGIA.      à parte autora, logo após a propositura da demanda, foi
oportunizada a comprovação da condição de hipossuficiência (fl. 33).      Posteriormente o
requerimento de gratuidade da justiça foi indeferido em decisão de fl. 67, que determinou o
recolhimento das custas no prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de cancelamento da distribuição,
independente de nova intimação.      Embora devidamente intimada, a parte requerente não
recolheu as custas iniciais.            à o relatório. Decido.            O art.
290 do Código de Processo Civil preconiza que:  Art. 290. Será cancelada a distribuição do feito se
a parte, intimada na pessoa de seu advogado, não realizar o pagamento das custas e despesas de
ingresso em 15 (quinze) dias.             Verifica-se, pois, que até a presente data,
decorridos mais de quinze dias, as custas iniciais não foram recolhidas, tampouco houve qualquer outra
manifestação da parte.            Isto posto, com fulcro no art. 290 do Código de
Processo Civil, e considerando que não houve recolhimento das custas iniciais, cancelo a distribuição
do presente feito, por falta de preparo e, por consequência, JULGO EXTINTO o processo sem
resolução do mérito, com amparo no art. 485, III do Diploma Processual Civil.           Â
Deixo de condenar o requerente ao pagamento de custas judiciais, tendo em vista que houve a
formulação de pedido de gratuidade da justiça nos presentes autos, em observância ao preceito
lógico extraÃ-do do art. 22 da Lei Estadual nº 8.328/2015.            Certificado o
trânsito em julgado, após cumpridas as cautelas legais, arquivar os presentes autos e dar baixa na
distribuição.            P.R.I.C.            Belém/PA, 30/08/2021. Roberto
Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital 302 PROCESSO:
00043183920178140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o: Execução de Título Extrajudicial em: 03/12/2021
REQUERENTE:BANCO VOLKSWAGEN S/A Representante(s): OAB 24872-A - JOSE LIDIO ALVES DOS
SANTOS (ADVOGADO) OAB 24871-A - ROBERTA BEATRIZ DO NASCIMENTO (ADVOGADO)
REQUERIDO:ANA MARIA CORREA COIMBRA. Autos nº: 0004318-39.2017.8.14.0301 Requerente:
BANCO VOLKSWAGEN S/A Requerido: ANA MARIA CORREA COIMBRA I.     DOS EMBARGOS
DE DECLARAÃÃO Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â BANCO VOLKSWAGEN S/A, parte exequente na
ação de execução movida em face de ANA MARIA CORREA COIMBRA, intentou EMBARGOS DE
DECLARAÃÃO visando sanar suposta omissão/contradição existente na decisão de fl. 57 dos autos.
              Eis o relatório. Fundamento e Decido.               Quanto
aos embargos de declaração, o CPC, art. 1022, verbo ad verbum reza: Cabem embargos de
declaração contra qualquer decisão judicial para: I - esclarecer obscuridade ou eliminar
contradição; II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual deveria se pronunciar o juiz de
ofÃ-cio ou a requerimento; III - corrigir erro material. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Nesse contexto, insta
esclarecer que os embargos de declaração constituem recurso de fundamentação vinculada, o que
significa que somente podem ser manejados ante a constatação das taxativas hipóteses previstas em
lei - omissão, obscuridade, contradição do julgado ou para corrigir erros materiais, ainda que o
Superior Tribunal de Justiça venha admitindo de forma excepcional, limitada a situações
teratológicas, os embargos de declaração com efeitos infringentes, nos quais a fundamentação
não estará vinculada às hipótese legais da omissão, obscuridade e contradição. Destinam-se,
portanto, a complementar ou aclarar as decisões judiciais latu sensu, quando nestas se verificar algum
dos mencionados vÃ-cios.               à o que se extrai da seguinte lição: ¿(...) os
casos previstos para manifestação dos embargos declaratórios são especÃ-ficos, de modo que
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somente são admissÃ-veis quando houver obscuridade, contradição ou omissão em questão (ponto
controvertido) sobre o qual deveria o juiz ou tribunal pronunciar-se necessariamente. Os embargos de
declaração são espécie de recurso de fundamentação vinculada.¿             Â
 Todavia, não se vislumbram no presente caso quaisquer dos vÃ-cios que autorizam o acolhimento dos
aclaratórios. O mero inconformismo da parte com decisão que lhe é desfavorável não constitui
fundamento idôneo para modificar o decisum pela via dos embargos de declaração, porquanto essa
via não pode ser utilizada para rediscussão da matéria apreciada, devendo a parte, para tanto,
manejar recurso próprio.               A decisão proferida foi precisa quanto aos seus
fundamentos e coerente com as informações constantes nos autos, em consonância com os
dispositivos legais que regem a matéria.               Apesar do que diz o mestre
Eliézer Rosa que ¿enquanto a justiça for obra do homem e sempre o será, a possibilidade de falha
não pode ser, a priori, descartada¿ é escancarado que não se cuida de falha.          Â
    Nesse sentido, transcrevo aresto do Superior Tribunal de Justiça: PROCESSUAL CIVIL.
EMBARGOS DE DECLARAÃÃO NO RECURSO ESPECIAL. ADVOGADO DA UNIÃO. GRATIFICAÃÃO
DE ATIVIDADE EXECUTIVA - GAE. EXCLUSÃO PELA MEDIDA PROVISÃRIA 2.048-26/2000, QUE
INSTITUIU A GRATIFICAÃÃO DE DESEMPENHO DE ATIVIDADE JURÃDICA - GDAJ. AUSÃNCIA DE
VÃCIOS DE OMISSÃO, CONTRADIÃÃO OU OBSCURIDADE. INOCORRÃNCIA. PRETENSÃO DE
REEXAME. NÃO CABIMENTO. 1. Os aclaratórios não merecem prosperar, pois o acórdão
embargado não padece de vÃ-cios de omissão, contradição ou obscuridade, na medida que apreciou
a demanda de forma clara e precisa, estando bem delineados os motivos e fundamentos que a embasam.
2. Não se prestam os embargos de declaração ao reexame da matéria que se constitui em objeto do
decisum, porquanto constitui instrumento processual com o escopo de eliminar do julgamento
obscuridade, contradição ou omissão sobre tema cujo pronunciamento se impunha pela decisão ou,
ainda, de corrigir evidente erro material, consoante reza o art. 535 do CPC. 3. Embargos de declaração
rejeitados. (EDcl no REsp 1353016/AL, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, PRIMEIRA
SEÃÃO, julgado em 28/08/2013, DJe 03/09/2013). PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE
DECLARAÃÃO. PRECATÃRIO. JUROS DE MORA. PERÃODO COMPREENDIDO ENTRE A
HOMOLOGAÃÃO DO CÃLCULO E A EXPEDIÃÃO DO PRECATÃRIO OU RPV. NÃO INCIDÃNCIA.
AUSÃNCIA DE OBSCURIDADE, CONTRADIÃÃO OU OMISSÃO. REDUÃÃO DO PERCENTUAL DA
MULTA DO ART. 557, § 2º, DO CPC. ACOLHIMENTO PARCIAL. 1. Inexistente qualquer das
hipóteses do art. 535 do CPC, não merecem acolhida embargos de declaração com nÃ-tido caráter
infringente. 2. Embargos de declaração acolhidos, apenas para excluir a multa do art. 557, § 2º, do
CPC. (EDcl no AgRg no REsp 1233813/RS, Rel. Ministra ELIANA CALMON, SEGUNDA TURMA, julgado
em 11/06/2013, DJe 28/08/2013). Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Note-se, portanto, que ao apreciar os
Embargos Declaração o julgador encontra-se adstrito à s hipóteses taxativas previstas em lei.    Â
          Sendo assim, não havendo omissão, obscuridade ou contradição a serem
afastados, impõe-se a rejeição dos embargos de declaração.               Isto
posto, REJEITO os Embargos de Declaração interpostos, MANTENDO em todos os seus termos a
decisão de fl. 57, com fulcro no art. 1022 e ss do CPC. II - DO INDEFERIMENTO DA INICIAL     Â
            Trata-se de ação de Execução de tÃ-tulo extrajudicial movida por BANCO
VOLKSWAGEN S/A, em face de ANA MARIA CORREA COIMBRA. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Facultada a
emenda da inicial às fls. 57, o requerente quedou-se inerte, limitando-se à oposição de Embargos de
Declaração, acima rejeitados.                        à relatório. Decido.  Â
         Conforme dispõe o art. 320 do CPC/2015, a petição inicial deve ser instruÃ-da com
todos os documentos indispensáveis à propositura da ação.            No caso dos
autos, a peça de ingresso carece de documentos essenciais, o que impossibilitaria/dificultaria a análise
do mérito da demanda. Sendo assim, considerando que o requerente não cumpriu a determinação
de emenda, mesmo depois de intimado para tal fim nos moldes do art. 321 do CPC/2015, não há outro
caminho senão o indeferimento da petição inicial.            Posto isto, INDEFIRO A
INICIAL e extingo o processo sem resolução do mérito na forma arts. 330, IV, e 485, I, do CPC/2015,
condenando o requerente ao pagamento das custas. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Nos termos do artigo 46,
caput, da Lei estadual n. 8.328, de 29/12/2015, fica advertida a parte responsável de que, na hipótese
de, havendo custas, não efetuar o pagamento delas no prazo legal, o respectivo crédito, além de
encaminhado para inscrição em DÃ-vida Ativa, sofrerá atualização monetária e incidência de
outros encargos legais. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Fica autorizado o desentranhamento de documentos por
quem os juntou, exceto a procuração, substituindo-os por cópias que poderão ser declaradas
autênticas pelo patrono nos termos do artigo 425, IV do CPC/2015, devendo o cartório certificar o ato de
desentranhamento.            Certificado o trânsito em julgado e cumpridas as cautelas
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voluntariedade, que advém da liberdade de escolha do agente, com discernimento necessário para ter
consciência daquilo que faz. E nesse sentido, seria inadmissÃ-vel imputar ao agente a prática de um ato
involuntário.         Insta consignar, porém, que a voluntariedade da conduta não traduz
necessariamente a intenção de causar o dano, mas a consciência daquilo que se faz, o conhecimento
dos atos materiais que se está praticando.         No que se refere ao dano ou prejuÃ-zo, este
traduz uma lesão a um interesse jurÃ-dico material ou moral. A ocorrência deste elemento é requisito
indispensável para a configuração da responsabilidade, pois não há responsabilidade sem dano. Â
       Nesse sentido é a lição de Sérgio Cavalieri Filho, citado pelo doutrinador Pablo
Stolze Gagliano, em sua obra "Novo Curso de Responsabilidade Civil":         "O dano é, sem
dúvida, o grande vilão da responsabilidade civil. Não haveria que se falar em indenização, nem em
ressarcimento, se não houvesse o dano. Pode haver responsabilidade sem culpa, mas não pode haver
responsabilidade sem dano.(in" Novo Curso de Responsabilidade Civil ", São Paulo: Saraiva, 2005, p.
40).         Já o nexo de causalidade, representa o liame que une a conduta do agente ao
dano, sendo que somente se responsabilizará alguém cujo comportamento positivo ou negativo tenha
dado causa ao prejuÃ-zo, pois sem a relação de causalidade não existe a obrigação de indenizar. Â
       Pois bem, quando se trata de ônus da prova no processo judicial, o art. 373 do CPC
dispõe que:         Art. 373.  O ônus da prova incumbe:         I - ao autor, quanto
ao fato constitutivo de seu direito;         II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo,
modificativo ou extintivo do direito do autor.         Assim, distribui-se o ônus da prova conforme
a posição processual que a parte assume. Se ela está no polo ativo, compete-lhe provar o fato
constitutivo de seu pretenso direito. Se no polo passivo, cabe-lhe provar fato impeditivo, modificativo ou
extintivo do direito alegado pelo autor.         Fato constitutivo é aquele que tem o condão de
gerar o direito postulado pelo autor e que, se demonstrado, leva à procedência do pedido. Fato
impeditivo, modificativo ou extintivo é todo aquele que leva ao não reconhecimento do direito alegado
pelo autor. Impeditivo, porque obsta um ou alguns dos efeitos que naturalmente ocorreriam da relação
jurÃ-dica. Modificativo, porque implica a alteração (diminuição ou mudança de natureza) do direito
que derivaria do fato constitutivo. Extintivo, porque fulminam no todo o direito invocado pelo autor, fazendo
cessar a relação jurÃ-dica original.         Neste diapasão, pelo que dos autos pode se
observar, a parte autora não logrou êxito em comprovar suas alegações, não tendo demonstrado a
contento os fatos constitutivos do seu direito. Em contrapartida, AINDA QUE HOUVESSE A INVERSÃO
DO ÃNUS DA PROVA, restou claramente evidenciado nos autos, tanto através da inicial, quanto pela
defesa da parte requerida, a existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor. Â
       Inicialmente, no que se refere ao pedido de danos materiais em razão do lançamento de
modelo com design mais moderno, apesar de possuir no registro o mesmo ano, não há qualquer razão
o autor. A jurisprudência pátria é pacÃ-fica quanto ao assunto, havendo decisão do STJ em sede de
RECURSO ESPECIAL: RECURSO ESPECIAL. DIREITO DO CONSUMIDOR. MUDANÃAS
SIGNIFICATIVAS NO MODELO DE AUTOMÃVEL DURANTE O MESMO ANO, FAZENDO REFERÃNCIA
A ANOS DISTINTOS. COEXISTÃNCIA DE OFERTA DE AMBOS OS MODELOS, COM RESPECTIVOS
PREÃOS. PROPAGANDA ENGANOSA NÃO CARACTERIZADA. AUSÃNCIA DE VIOLAÃÃO AO ART. 37,
§ 1º, DO CDC. RECURSO DESPROVIDO. 1. Não constitui prática comercial abusiva ou propaganda
enganosa (CDC, art. 37, § 1º) o lançamento, no começo de um ano, de veÃ-culo de modelo já
referente ao ano seguinte, desde que o modelo referente ao ano corrente, lançado ainda no ano anterior,
continue sendo ofertado pelo fabricante durante o ano em exercÃ-cio, coexistindo ambos os modelos. 2. No
caso, o Ford Fiesta modelo 2007, lançado em meados de 2006, não foi retirado de oferta em 2007, ano
em que coexistiu no mercado com o novo modelo 2008, lançado no inÃ-cio de 2007, cabendo ao
consumidor, então, a livre escolha entre os dois modelos do automóvel, pagando o respectivo preço,
mais barato ou mais caro pelo veÃ-culo zero quilômetro. 3. As montadoras, fabricantes de veÃ-culos,
operam em mercado altamente competitivo, que envolve elevados investimentos e custos, bem como o
desenvolvimento de novas tecnologias, com a necessidade de preservação de segredos industriais e
de estratégias de vendas, o que recomenda maior prestÃ-gio aos princÃ-pios constitucionais da liberdade
de iniciativa e da livre concorrência, evitando-se o intervencionismo estatal, de duvidosa eficiência. 4.
Recurso especial desprovido. (STJ - REsp: 1536026 RS 2013/0204659-6, Relator: Ministro RAUL
ARAÃJO, Data de Julgamento: 27/10/2015, T4 - QUARTA TURMA, Data de Publicação: DJe
30/11/2015).       Assim, é prática recorrente no mercado automobilÃ-stico a existência de ano
de fabricação diferente do ano do modelo, ainda que coexistam dois modelos referentes a um mesmo
ano, não havendo que se falar em indenização por desvalorização do automóvel com design mais
antigo.       Ademais, não subsiste a alegação de propaganda enganosa, pois o próprio autor
confirmou e comprovou que comprara o seu veÃ-culo em 31/07/2015, sendo que o modelo com novo
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design apenas foi anunciado em agosto de 2015, portanto, em momento posterior a compra, não
havendo que se falar em ocultação ou informações dispares.         Quanto aos danos
materiais referentes a supostos danos na carroceria do carro, a parte autora anexou à exordial laudo de
fls. 29/30, que fizera a seguinte conclusão: `1. Nada de irregular foi encontrado na estrutura veicular no
que concerne a avariais e recuperações, estando sua estrutura e componentes mecânicos em
condições normais de uso, e compatÃ-veis com um veÃ-culo novo. 2. O veÃ-culo apresenta
caracterÃ-sticas de ter passado por reparos em sua carroceria, setor dianteiro, tendo sofrido pintura
restauradora, no qual apenas a grade se encontra notadamente fora dos padrões de fabricação. 3. Os
reparos sofridos não interferem na segurança veicular, além de ser plenamente passÃ-vel a
conformização das irregularidades encontradas e relacionadas no item 3.2.¿       Da leitura
da referida conclusão, chega-se a conclusão que, a despeito de alguns defeitos, o veÃ-culo se tratava
de um automóvel 0km, não possuindo avarias ou defeitos acentuados que atraÃ-ssem uma vultosa
desvalorização de seu preço.       Mas isso não é tudo.       A própria parte
autora narrara na inicial que o carro ficou 30 dias na oficina da parte requerida para a realização de
reparos, sendo que, no documento anexado a fl. 28, lê-se: `REPAROS EFETUADOS: EM RELAÃÃO DO
CAPU, PARACHOQUE DIANTEIRO E PARALAMA, FORAM FEITAS AS REGULAGENS E
ALINHAMENTO DOS MESMOS.¿       Ora, cuidam-se justamente dos reparados que foram
notados pelo exame pericial, não existindo qualquer outro defeito no carro. à importante ressaltar que a
abertura do reparo, fl. 28, foi realizado em 22/09/2015 e a compra do carro se deu em 30/07/2015, não
sendo possÃ-vel determinar, pelo lapso temporal de quase dois meses, que o desalinhamento ocorrido era
problema de fábrica, ou por uso do veÃ-culo.      Entrementes, certo é que a parte requerida de
pronto realizou o ajuste, não tendo a perÃ-cia detectado nenhum outro problema, o que só corrobora ao
entendimento de que, também nesse ponto, não merece prosperar o pleito do autor em relação a
indenização por danos materiais.       Anele-se que quanto ao reparo, o prazo do direito
consumerista foi devidamente respeitado, pois a abertura da ordem de serviço, como já dito
anteriormente, data de 22/09/2015, e a sua conclusão ocorreu em 20/10/2015, portanto, em menos de 30
dias, em obediência ao estabelecido pelo Art. 18, § 1°, do CDC.      Passo à análise dos
danos morais.      O dano moral viola direitos não patrimoniais, como a honra, a imagem, a
privacidade, a autoestima, o nome, a integridade psÃ-quica, dentre outros, consistindo em ofensa aos
princÃ-pios éticos e morais que norteiam nossa sociedade.      O dano moral, ao contrário do
dano material, não reclama prova especÃ-fica do prejuÃ-zo objetivo, vez que este decorre do próprio fato.
Ocorrendo o fato, ao juiz é dada a verificação se aquela ação vilipendiou alguns dos direitos de
personalidade do indivÃ-duo, ou, se trata de mero dissabor do cotidiano.      Desta forma,
compulsando detidamente os autos, não se vislumbra e nem se comprova nenhuma conduta abusiva da
parte requerida que fundamente o abalo moral que porventura a parte autora sofreu, ônus que lhe cabia
por ser ato constitutivo de seu direito. Vejamos a jurisprudência: Compra e venda de automóvel. Ação
destinada a compelir a vendedora e fabricante a substituir o bem, devolver a quantia paga ou reduzir o
preço, bem como a indenizar danos morais. VeÃ-culo reparado no prazo legal. Improcedência da
ação autorizada. Recurso improvido. (TJ-SP - AC: 00000580520138260242 SP 0000058-
05.2013.8.26.0242, Relator: Arantes Theodoro, Data de Julgamento: 09/05/2019, 36ª Câmara de Direito
Privado, Data de Publicação: 09/05/2019). DISPOSITIVO               Posto isto,
JULGO IMPROCEDENTE os pedidos e, por consequência, extingo o processo com resolução do
mérito, na forma do art. art. 487, I, do Código de Processo Civil/2015.              Â
CONDENO a parte requerente ao pagamento das custas e despesas processuais, bem como dos
honorários advocatÃ-cios, ora fixados em 10% sobre o valor da causa.          Nos termos do
artigo 46, caput, da Lei estadual n. 8.328, de 29/12/2015, fica advertida a parte responsável de que, na
hipótese de, havendo custas, não efetuar o pagamento delas no prazo legal, o respectivo crédito,
além de encaminhado para inscrição em DÃ-vida Ativa, sofrerá atualização monetária e
incidência de outros encargos legais.          Fica autorizado o desentranhamento de
documentos por quem os juntou, exceto a procuração, substituindo-os por cópias que poderão ser
declaradas autênticas pelo patrono nos termos do artigo 425, IV do CPC/2015, devendo o cartório
certificar o ato de desentranhamento.          Certificado o trânsito em julgado, havendo
custas pendentes, intime-se o responsável para o recolhimento, sob pena de inscrição na dÃ-vida
ativa. Inerte, inscreva-se.          Após, cumpridas as cautelas legais, arquivar os presentes
autos e dar baixa na distribuição.               P.R.I.C.              Â
Belém/PA, 04/11/2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e
Empresarial da Capital 301 PROCESSO: 00048914820158140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o: Monitória
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
 Belém/PA, 28/09/2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e
Empresarial da Capital 301 PROCESSO: 00050072520138140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o:
Procedimento Comum Cível em: 03/12/2021 AUTOR:TEOFILA DO NASCIMENTO MONTEIRO
Representante(s): OAB 7261 - JOSE OTAVIO NUNES MONTEIRO (ADVOGADO) REU:BANCO BMG SA
Representante(s): OAB 109730 - FLAVIA ALMEIDA MOURA DI LATELLA (ADVOGADO) . PROCESSO:
0005007-25.2013.814.0301 REQUERENTE: TEÃFILA DO NASCIMENTO MONTEIRO REQUERIDO:
BANCO BMG S.A SENTENÃA RELATÃRIO Â Â Â Â Â Â Cuida-se de AÃÃO ORDINÃRIA DE
INDENIZAÃÃO POR DANO MATERIAL E MORAL movida por TEÃFILA DO NASCIMENTO MONTEIRO
em face de BANCO BMG S.A. Â Â Â Â Â Â Afirma a parte autora que que ao movimentar a sua conta de
benefÃ-cio, deparou-se com a existência de um contrato de empréstimo fraudulento, em seu nome, que
jamais foi contratado pela parte autora, firmado com o banco réu, por meio de pagamento em
consignação de conta de benefÃ-cio.       Pontua que, conforme os comprovantes fornecidos
pelo INSS, o contrato fraudulento de nº. 228647803 teria sido firmado por volta de agosto de 2012, na
quantia de R$ 785,83 [setecentos e oitenta e cinco reais e oitenta e três centavos], com descontos de 58
prestações mensais de R$ 24,50 [vinte e quatro reais e cinquenta centavos] a partir de 01.08.2012.  Â
    Requer ao final, entre outros pedidos, a nulidade do contrato fraudulento, a tÃ-tulo de danos
materiais, o pagamento dobrado do valor do empréstimo e danos morais.       Junta
documentos.       Em decisão de fl. 19/21, restou deferida a gratuidade de justiça a parte
autora, bem como fora concedida a tutela antecipada requerida, determinando que o banco réu se
abstivesse de exigir e receber as prestações mensais do empréstimo fraudulento na conta do
benefÃ-cio da parte autora até ulterior decisão judicial.       Em petição de fl. 25, protocolada
em 29/08/2013, a parte autora informou que continuava recebendo os descontos na folha do benefÃ-cio,
tendo o banco réu descumprido a tutela antecipada deferida em 02.05.2013.       Devidamente
citada, a parte requerida não apresentou contestação nos autos, conforme certidão de fl. 47.    Â
  Em petição de fls. 44/45, a parte requerida pugna pela reforma da tutela antecipada deferida a
parte autora, a fim de que seja excluÃ-da a multa aplicada. Â Â Â Â Â Â Os autos vieram-me conclusos.
FUNDAMENTAÃÃO JULGAMENTO ANTECIPADO Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â No caso sub examine,
desnecessária a ampliação probatória, posto que o feito já contém elementos suficientes para
apreciação e julgamento e, ainda, em atenção ao princÃ-pio da livre convicção, antecipo o
julgamento do mérito, na forma do art. 355, I, do CPC/2015, o qual estabelece a conveniência do
julgamento antecipado do pedido, quando não houver necessidade de outras provas.         Â
     Nesse sentido, há tempos a jurisprudência dos tribunais superiores aponta que ¿Presentes
as condições que ensejam o julgamento antecipado da causa, é dever do juiz e não mera faculdade,
assim o proceder¿. DA APLICAÃÃO DO CDC      Insta consignar que a relação jurÃ-dica objeto
da presente demanda é de consumo, uma vez que a parte requerente se encontra abarcada pelo
conceito normativo de consumidor positivado nos arts. 2º c/c 17 c/c 29 da Lei n 8.078/90 e, igualmente, a
requerida subsuma-se ao conceito de fornecedor do art. 3º do referido diploma legal. Por essa razão,
as questões discutidas nestes autos devem ser dirimidas à luz do Código de Defesa do Consumidor.
DO MÃRITO               O artigo 344 do CPC/2015 dispõe o seguinte: ¿Art. 344. Se
o réu não contestar a ação, será considerado revel e presumir-se-ão verdadeiras as alegações
de fato formuladas pelo autor.¿               A Doutrina e Jurisprudência orientam:
¿Revel é quem não contesta a ação ou, o que é o mesmo, não a contesta validamente. A
revelia é o efeito daÃ- decorrente¿  ¿A falta de contestação faz presumir verdadeiros os fatos
alegados pelo autor, desde que se trate de direito disponÃ-vel. Deixando de reconhecê-lo, contrariou o
acórdão o disposto no art. 319 do CPC¿ (STJ - 3ª Turma, Resp 8.392-MT, rel. Min. Eduardo Ribeiro,
j. 29.4.91).                 A parte requerida não contestou o feito, pelo que lhe é
imposta a revelia operante e o processo comporta o julgamento antecipado da lide em face da
determinação inserida no artigo 355, incisos I e II do mesmo diploma legal.             Â
 à o entendimento jurisprudencial. ¿Presentes as condições que ensejam o julgamento antecipado
da causa, é dever do juiz, e não mera faculdade, assim proceder¿(STJ - 4ª Turma,l Resp 2.832-RJ,
rel. Min. Sálvio de Figueiredo, j. 14.8.90).      Como efeito da revelia operada nos autos, há a
incidência da presunção de veracidade dos fatos alegados na inicial quanto ao débito da requerente.
     Segundo a melhor doutrina sobre responsabilidade civil, para que surja o direito a
indenização é necessário que haja uma conduta, um dano e nexo de causalidade entre eles.
Senão vejamos:      A conduta, pode ser positiva ou negativa (ação ou omissão) e tem por
núcleo a voluntariedade, que advém da liberdade de escolha do agente, com discernimento
necessário para ter consciência daquilo que faz. E nesse sentido, seria inadmissÃ-vel imputar ao agente
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
a prática de um ato involuntário.      No que se refere ao dano ou prejuÃ-zo, este traduz uma
lesão a um interesse jurÃ-dico material ou moral. A ocorrência deste elemento é requisito
indispensável para a configuração da responsabilidade, pois não há responsabilidade sem dano. Â
    Nesse sentido é a lição de Sérgio Cavalieri Filho, citado pelo doutrinador Pablo Stolze
Gagliano, em sua obra "Novo Curso de Responsabilidade Civil": "O dano é, sem dúvida, o grande
vilão da responsabilidade civil. Não haveria que se falar em indenização, nem em ressarcimento, se
não houvesse o dano. Pode haver responsabilidade sem culpa, mas não pode haver responsabilidade
sem dano.(in" Novo Curso de Responsabilidade Civil ", São Paulo: Saraiva, 2005, p. 40).       Â
Já o nexo de causalidade, representa o liame que une a conduta do agente ao dano, sendo que somente
se responsabilizará alguém cujo comportamento positivo ou negativo tenha dado causa ao prejuÃ-zo,
pois sem a relação de causalidade não existe a obrigação de indenizar.        Pois bem,
quando se trata de ônus da prova no processo judicial, o art. 373 do CPC dispõe que: Art. 373.  O
ônus da prova incumbe: I - ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito; II - ao réu, quanto Ã
existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor.       Por óbvio e
conforme toda a fundamentação retro despendida, constato que o caso concreto configura dano moral
indenizável.         Dessarte, verifica-se a ocorrência no caso concreto de ato ensejador de
danos morais, pois: configurada a conduta, qual seja, a realização do empréstimo fraudulento em
nome da autora, o que configura caso fortuito interno, o que não exime de responsabilidade a empresa
ré; o dano, qual seja, a privação da autora de receber os valores de sua benefÃ-cio integralmente; e o
nexo de causalidade, qual seja, o ato abusivo da empresa, que descontou em conta empréstimo
fraudulento indevidamente realizado em nome da autora. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Para
fixação do quantum indenizatório, é indispensável a apreciação da condição econômica dos
ofensores, o caráter sancionatório e a gravidade do dano na espécie.               Â
 Repita-se que, no caso em comento, a conduta da parte requerida destoa dos parâmetros mÃ-nimos de
razoabilidade.                 Sendo assim, a indenização / reparação, de modo
geral, além de compensar a parte pelos transtornos e gravame suportados, leva em conta a
repercussão do dano e as circunstâncias fáticas do caso. Nos casos de dano moral, busca-se
sancionar o causador dos danos.                 Filio-me à corrente que atribui ao dano
moral um caráter punitivo-pedagógico, condenando-o em dano moral a fim de desestimular o requerido a
voltar a praticar condutas como a do presente processo. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Assim sendo,
sopesando a situação concreta, levando em conta a situação econômica das partes, a
repercussão do dano e as circunstâncias fáticas do evento gerador, fixo a indenização devida pelos
danos morais em R$ 2.000,00 (dois mil reais), pois tal valor se apresenta suficiente e razoável para
recompor o dano sofrido. DA MULTA COMINADA EM TUTELA ANTECIPADA Â Â Â Â Â As astreintes
têm o efeito de compelir uma das partes ao cumprimento da decisão liminar, mas não devem acarretar
enriquecimento sem causa, pois não possuem natureza indenizatória e nem reparatória, mas apenas
coercitiva.      No presente caso, após a concessão da tutela antecipada requerida pela parte
autora, no sentido de que a empresa ré suspendesse os descontos consignados do empréstimo
fraudulento, restou definida a multa de R$ 1.000,00 [hum mil reais] POR CADA DESCONTO MENSAL
realizado até o limite de R$ 20.000,00 [vinte mil reais].      Assim, tendo a parte requerida tomado
a ciência da decisão em 27/02/2014, conforme AR. de fl. 29, a cada desconto efetuado a partir de
27/03/2014 haverá incidência das astreintes.      Entrementes, para que o valor das astreintes
não fiquem excessivos em detrimento da obrigação principal, REDUZO-AS para o limite de R$ 500,00
[quinhentos reais] POR CADA DESCONTO MENSAL realizado até o limite de R$ 5.000,00 [cinco mil
reais], revogando-se a liminar na parte que for contrária à presente sentença.      O termo inicial
da incidência da correção monetária das astreintes ocorre a partir do momento em que os valores se
tornaram devidos, o que implica dizer que deve incidir desde a data da sua consolidação na primeira
instância.    Já o termo inicial dos juros moratórios das astreintes por descumprimento de ordem
judicial deve ser a partir da constituição em mora do executado, ou seja, após a consolidação da
pena pecuniária, tornando-se o valor certo e determinado com o trânsito em julgado da presente
sentença. DISPOSITIVO               Posto isto, JULGO PROCEDENTES os pedidos
e, por consequência, extingo o processo com resolução do mérito, na forma do art. art. 487, I, do
Código de Processo Civil/2015, para:               DECLARAR a inexistência do
débito em relação à parte autora, referente ao contrato de nº. 228647803, e, por conseguinte, a
nulidade do respectivo contrato em relação à parte autora, pois pactuado mediante fraude, por terceiro
desconhecido, nos termos da fundamentação.               CONDENAR a requerida a
devolver à parte autora os valores descontados em folha de seu benefÃ-cio referente ao contrato
fraudulento de nº. nº. 228647803, de maneira simples, pois não constatada a má-fé do banco
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
réu, nos termos da fundamentação, devendo sobre tal valor incidir correção monetária pelo
Ã-ndice INPC/IBGE, a partir do efetivo prejuÃ-zo, em conformidade à súmula 43 do STJ, bem como juros
de mora a partir da citação, à taxa de 1% ao mês.               CONDENAR a
requerida ao pagamento de R$ 2.000,00 (dois mil reais) a tÃ-tulo de danos morais, com juros de 1% ao
mês, contabilizados a partir da citação, e correção monetária, com adoção do INPC, a partir do
arbitramento do valor estipulado nesta sentença até seu efetivo pagamento (Súmula 362 do STJ).  Â
            CONDENAR a requerida ao pagamento de MULTA ASTREINTES fixada na
decisão liminar, fls. 19/21, em razão do descumprimento da tutela concedida, no valor de R$ 500,00
[quinhentos reais] POR CADA DESCONTO MENSAL realizado a partir de 27/03/2014, até o limite de R$
5.000,00 [cinco mil reais], conforme a fundamentação, revogando-se a liminar na parte que que for
contrária à presente sentença, acrescido de correção monetária pelo INPC e juros de 1% ao mês,
ambos a contar da presente sentença.              CONDENAR a parte requerida ao
pagamento das custas e despesas processuais, bem como dos honorários advocatÃ-cios, ora fixados em
10% sobre o proveito econômico do autor. Frisa-se a incidência da súmula 326 do STJ e Art. 86,
parágrafo único do CPC, ao caso.               Nos termos do artigo 46, caput, da Lei
estadual n. 8.328, de 29/12/2015, fica advertida a parte responsável de que, na hipótese de, havendo
custas, não efetuar o pagamento delas no prazo legal, o respectivo crédito, além de encaminhado
para inscrição em DÃ-vida Ativa, sofrerá atualização monetária e incidência de outros encargos
legais. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Fica autorizado o desentranhamento de documentos por quem os
juntou, exceto a procuração, substituindo-os por cópias que poderão ser declaradas autênticas pelo
patrono nos termos do artigo 425, IV do CPC/2015, devendo o cartório certificar o ato de
desentranhamento.               Certificado o trânsito em julgado, havendo custas
pendentes, intime-se o responsável para o recolhimento, sob pena de inscrição na dÃ-vida ativa. Inerte,
inscreva-se.               Após, cumpridas as cautelas legais, arquivar os presentes
autos e dar baixa na distribuição.               P.R.I.C.              Â
Belém/PA, 28/09/2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e
Empresarial da Capital 301 PROCESSO: 00050797020178140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o:
Procedimento Comum Cível em: 03/12/2021 REQUERENTE:CONDOMINIO DO EDIFICIO EMGENHEIRO
MANOEL JOSE GONÇALVES Representante(s): OAB 11857 - SEVERINO ANTONIO ALVES
(ADVOGADO) REQUERIDO:ASSOCIACAO NIPO BRASILEIRA DA AMAZONIA Representante(s): OAB
4587 - IVANETE SOCORRO FREIRE DAS CHAGAS MACEDO (ADVOGADO) OAB 4110 - PAULO
MAURICIO DOS SANTOS MACEDO (ADVOGADO) . PROCESSO: 0005079-70.2017.814.0301
REQUERENTE: CONDOMÃNIO DO EDIFÃCIO ENGENHEIRO MANOEL JOSÃ GONÃALVES
REQUERIDO: ASSOCIAÃÃO NIPO BRASILEIRA DA AMAZÃNIA SENTENÃA RELATÃRIO Â Â Â Â Â Â
Cuida-se de AÃÃO DE OBRIGAÃÃO DE FAZER C/C DANOS MORAIS POR USO ANORMAL DA
PROPRIEDADE - ABUSO DE EMISSÃO SONORA movida por CONDOMÃNIO DO EDIFÃCIO
ENGENHEIRO MANOEL JOSÃ GONÃALVES em face de ASSOCIAÃÃO NIPO BRASILEIRA DA
AMAZÃNIA.       Afirma a parte autora que tem sido corriqueira a ocorrência de atividades
festivas, comemorativas e de lazer na referida associação, sem que exista qualquer tipo de tratamento
acústico, incluindo shows, onde as músicas são executadas em altÃ-ssimo volume, gerando a
emissão de nÃ-veis de pressão sonora elevados.       Declara que durante a execução dos
shows, fica impossÃ-vel aos vizinhos dormir com tranquilidade ou laborar em suas residências, tal o
incômodo gerado.       Pontua que a parte requerida já foi notifica duas vezes, não dando
explicações e nem efetivando ações que impeçam a perturbação sonora.       Requer
ao final, em sÃ-ntese, uma série de pedidos relacionados à limitação da emissão de barulhos
sonoros, emendando a inicial às fls. 37/38, para excluir o pedido relacionado aos danos morais antes da
citação do réu.       Junta documentos.       Em petição de fls. 65/68 a parte
autora requer a revelia da parte requerida, ante a falta de apresentação de contestação nos autos,
pugnando pelo julgamento antecipado da lide.       Em petição de fls. 69/72, a parte requerida
requer a gratuidade de justiça.       Restou certificado à fl. 75 que, em relação a
contestação, a parte requerida quedou-se inerte.       Os autos vieram-me conclusos. DO
REQUERIMENTO DE JUSTIÃA GRATUITA DA PARTE REQUERIDA Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Anote-
se que nos termos da atual redação da Súmula nº 06 do TJ/PA ¿A alegação de
hipossuficiência econômica configura presunção meramente relativa de que a pessoa natural goza do
direito ao deferimento da gratuidade de justiça prevista no artigo 98 e seguintes do Código de Processo
Civil (2015), podendo ser desconstituÃ-da de ofÃ-cio pelo próprio magistrado caso haja prova nos autos
que indiquem a capacidade econômica do requerente.¿ (grifos nossos).           Â
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Destarte, em que pesem os argumentos apresentados pelo requerente, constato que existem elementos
que evidenciam a suficiência de renda para arcar com as custas, despesas processuais e honorários
advocatÃ-cios, em especial a constituição de advogado particular.              Posto
isto, tendo em vista que a parte requerida não preenche os requisitos previstos em lei, INDEFIRO O
PEDIDO DE GRATUIDADE DA JUSTIÃA. FUNDAMENTAÃÃOÂ Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â O artigo
344 do CPC/2015 dispõe o seguinte:  ¿Art. 344. Se o réu não contestar a ação, será
considerado revel e presumir-se-ão verdadeiras as alegações de fato formuladas pelo autor.¿  Â
               A Doutrina e Jurisprudência orientam:  ¿Revel é quem não
contesta a ação ou, o que é o mesmo, não a contesta validamente. A revelia é o efeito daÃ-
decorrente¿  ¿A falta de contestação faz presumir verdadeiros os fatos alegados pelo autor,
desde que se trate de direito disponÃ-vel. Deixando de reconhecê-lo, contrariou o acórdão o disposto
no art. 319 do CPC¿ (STJ - 3ª Turma, Resp 8.392-MT, rel. Min. Eduardo Ribeiro, j. 29.4.91).    Â
              A parte requerida não contestou o feito, pelo que lhe é imposta a revelia
operante e o processo comporta o julgamento antecipado da lide em face da determinação inserida no
artigo 355, incisos I e II do mesmo diploma legal.                  à o entendimento
jurisprudencial.  ¿Presentes as condições que ensejam o julgamento antecipado da causa, é
dever do juiz, e não mera faculdade, assim proceder¿(STJ - 4ª Turma, Resp 2.832-RJ, rel. Min.
Sálvio de Figueiredo, j. 14.8.90).                Como efeito da revelia operada nos
autos, há a incidência da presunção de veracidade dos fatos alegados na inicial.          Â
    Quando se trata de ônus da prova no processo judicial, o art. 373 do CPC dispõe que:    Â
    Art. 373.  O ônus da prova incumbe:         I - ao autor, quanto ao fato constitutivo de
seu direito;         II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo
do direito do autor.         Assim, distribui-se o ônus da prova conforme a posição
processual que a parte assume. Se ela está no polo ativo, compete-lhe provar o fato constitutivo de seu
pretenso direito. Se no polo passivo, cabe-lhe provar fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito
alegado pelo autor.         Fato constitutivo é aquele que tem o condão de gerar o direito
postulado pelo autor e que, se demonstrado, leva à procedência do pedido. Fato impeditivo, modificativo
ou extintivo é todo aquele que leva ao não reconhecimento do direito alegado pelo autor. Impeditivo,
porque obsta um ou alguns dos efeitos que naturalmente ocorreriam da relação jurÃ-dica. Modificativo,
porque implica a alteração (diminuição ou mudança de natureza) do direito que derivaria do fato
constitutivo. Extintivo, porque fulminam no todo o direito invocado pelo autor, fazendo cessar a relação
jurÃ-dica original.         Frise-se que a revelia atrai a presunção de veracidade dos fatos
alegados apenas de forma relativa, sendo indispensável que a parte autora instrua minimamente a
ação com provas do seu direito.         Neste diapasão, pelo que dos autos pode se
observar, a parte autora logrou êxito em comprovar suas alegações, tendo demonstrado os fatos
constitutivos do seu direito.         Isto porque, fora juntado às fls. 30/31, abaixo-assinado com
dezenas de moradores do condomÃ-nio autor, chancelando uma situação corriqueira, qual seja, o
barulho sonoro que perturba a vizinhança emitido pela parte requerida.         Ademais, a
parte autora foi diligente, e enviou à parte requerida duas notificações, datadas respectivamente em
06/06/2013 (fl. 28) e 04/04/2016 (fl. 26), o que demonstra a intenção de resolver o problema
amigavelmente.         à importante ressaltar que o Direito de Associação se liga
intimamente à liberdade de expressão e ao sistema democrático de governo, já que é um
instrumento para controle do exercÃ-cio do poder e efetiva a participação na vida pública, com livre
expressão de ideias e reivindicações. Nessa perspectiva, é improcedente quaisquer pedidos que
ventilem a limitação numerária de pessoas em eventos que ocorram em suas dependências.    Â
    Outrossim, é improcedente o pedido ventilado no item ¿d¿, fl. 13, da petição inicial, pois
segundo o artigo 5º da CF, em seu inciso: XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de
cooperativas independem de autorização, sendo vedada a interferência estatal em seu funcionamento;
        Assim, por óbvio, não cabe ao Poder Judiciário se imiscuir em matéria relacionada
ao quadro de funcionários ou contratados das associações.         A liberdade de
associação é garantida no inciso XVII do Artigo 5º da Constituição, ao determinar que somos
livres para criar ou participar de associações, desde que seus fins sejam lÃ-citos e que não tenham
caráter paramilitar. Por conseguinte, para a organização ser lÃ-cita, suas ações não podem ir
contra as leis do nosso ordenamento jurÃ-dico. Â Â Â Â Â Â Â Â Dando seguimento, devemos observar que
o Código Civil de 2002, em seu artigo 1.277, assegura que todo proprietário ou possuidor, deve observar
as regras de boa convivência, senão vejamos: Art. 1.277. O proprietário ou o possuidor de um prédio
tem o direito de fazer cessar as interferências prejudiciais à segurança, ao sossego e à saúde dos que
o habitam, provocadas pela utilização de propriedade vizinha. Parágrafo único. ProÃ-bem-se as
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infringente. 2. Embargos de declaração acolhidos, apenas para excluir a multa do art. 557, § 2º, do
CPC. (EDcl no AgRg no REsp 1233813/RS, Rel. Ministra ELIANA CALMON, SEGUNDA TURMA, julgado
em 11/06/2013, DJe 28/08/2013). Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Note-se, portanto, que ao apreciar os
Embargos Declaração o julgador encontra-se adstrito à s hipóteses taxativas previstas em lei.    Â
          Sendo assim, não havendo omissão, obscuridade ou contradição a serem
afastados, impõe-se a rejeição dos embargos de declaração.               Isto
posto, REJEITO os Embargos de Declaração interpostos, MANTENDO em todos os seus termos a
sentença de fls. 86/88, com fulcro no art. 1022 e ss do CPC.               P.R.I.C.   Â
           Belém/PA, 01/09/2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª
Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital 303 PROCESSO: 00065181920178140301 PROCESSO ANTIGO: ---
- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o: Tutela
Antecipada Antecedente em: 03/12/2021 MENOR:CRISTIANA MACEDO DOS SANTOS FIGUEIREDO
REPRESENTANTE:ROSINEI MACEDO DOS SANTOS FIGUEIREDO REQUERIDO:HOSPITAL SAUDE
DA MULHER Representante(s): OAB 6778 - MARLUCE ALMEIDA DE MEDEIROS (ADVOGADO) .
PROCESSO: 0006518-19.2017.814.0301 REQUERENTE: CRISTIANA MACEDO DOS SANTOS
FIGUEIREDO REQUERIDO: DIAGNOSIS CENTRO DE DIAGNÃSTICO LTDA- HOSPITAL SAÃDE DA
MULHER SENTENÃA RELATÃRIO Â Â Â Â Â Cuida-se de AÃÃO DE OBRIGAÃÃO DE FAZER C/C
DANOS MORAIS movida por CRISTIANA MACEDO DOS SANTOS FIGUEIREDO em face de
DIAGNOSIS CENTRO DE DIAGNÃSTICO LTDA- HOSPITAL SAÃDE DA MULHER. Â Â Â Â Â Afirma a
parte autora que é beneficiária do serviço médico hospitalar fornecido pela empresa ré, realizando
tratamento de saúde na mesma, em razão de convênio PAS/IASEP, matrÃ-cula de nº. 05091532,
prontuário 00522577.      Pontua que é portadora de TUMOR TERATÃIDE RABDÃIDE
ATÃPICO EM, SNC, CID C71, conforme laudo médico anexado. A despeito de fazer o tratamento na
empresa ré desde que foi diagnosticada, foi informada na data do ajuizamento da ação que seu
tratamento seria interrompido no próximo ciclo medicamentoso, em razão da falta da substancia
medicamentosa utilizada pela paciente.      Sob essas circunstâncias, requer, dentre outros
pedidos, a tutela antecipada para que a ré compre imediatamente o medicamento indicado pela
médica, qual seja, ETOPOSÃDEO, e, posteriormente, julgue procedente a ação, tornando definitiva a
tutela antecipada que esperava deferimento, com o fim de condenar a ré a prestar cirurgias, exames,
internações, bem como quaisquer tratamentos necessários ou úteis a critério do médico, como
medidas necessárias a preservação de sua vida, bem como danos morais.      Junta
documentação.      Em decisão de fls. 64/66, foi deferida a tutela antecipada requerida, sendo
determinado que a ré efetuasse a compra e fornecesse o medicamento ETOPOSÃDEO [TEVAETOPO -
ANVISA] / ETOPOSÃDO / EPOSÃDO / EVOPOSDO INJENTÃVEL pelo tempo que fosse necessário ao
tratamento, bem como restou deferido o pedido de inversão do ônus da prova.     Â
Contestação à s fls. 82/89, onde a parte requerida defende, em sÃ-ntese: 1. O cumprimento da tutela; 2.
A falta de interesse de agir, tendo em vista que não houve pretensão resistida; 3. Ausência de nexo
causal, pois o hospital não poderia ser responsabilizado pelo desabastecimento da medicação juntos
aos fornecedores e laboratórios do paÃ-s; 4. A ausência de danos morais.      Junta documentos.
     Réplica a fl. 96.      Os autos vieram-me conclusos. JULGAMENTO ANTECIPADO  Â
   No caso sub examine, desnecessária a ampliação probatória, posto que o feito já contém
elementos suficientes para apreciação e julgamento e, ainda, em atenção ao princÃ-pio da livre
convicção, antecipo o julgamento do mérito, na forma do art. 355, I, do CPC/2015, o qual estabelece
a conveniência do julgamento antecipado do pedido, quando não houver necessidade de outras provas.
     Nesse sentido, há tempos a jurisprudência dos tribunais superiores aponta que ¿Presentes
as condições que ensejam o julgamento antecipado da causa, é dever do juiz e não mera faculdade,
assim o proceder¿. DA FUNDAMENTAÃÃO DA APLICAÃÃO DO CDC         Insta consignar
que a relação jurÃ-dica objeto da presente demanda é de consumo, uma vez que a parte requerente
se encontra abarcada pelo conceito normativo de consumidor positivado nos arts. 2º c/c 17 c/c 29 da Lei
n 8.078/90 e, igualmente, a requerida subsuma-se ao conceito de fornecedor do art. 3º do referido
diploma legal. Por essa razão, as questões discutidas nestes autos devem ser dirimidas à luz do
Código de Defesa do Consumidor. DO MÃRITO MÃRITO         Segundo a melhor doutrina
sobre responsabilidade civil, para que surja o direito a indenização é necessário que haja uma
conduta, um dano e nexo de causalidade entre eles. Senão vejamos:         A conduta, pode
ser positiva ou negativa (ação ou omissão) e tem por núcleo a voluntariedade, que advém da
liberdade de escolha do agente, com discernimento necessário para ter consciência daquilo que faz. E
nesse sentido, seria inadmissÃ-vel imputar ao agente a prática de um ato involuntário.        Â
Insta consignar, porém, que a voluntariedade da conduta humana não traduz necessariamente a
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intenção de causar o dano, mas a consciência daquilo que se faz, o conhecimento dos atos materiais
que se está praticando.         No que se refere ao dano ou prejuÃ-zo, este traduz uma lesão a
um interesse jurÃ-dico material ou moral. A ocorrência deste elemento é requisito indispensável para a
configuração da responsabilidade, pois não há responsabilidade sem dano.         Nesse
sentido é a lição de Sérgio Cavalieri Filho, citado pelo doutrinador Pablo Stolze Gagliano, em sua
obra "Novo Curso de Responsabilidade Civil":         "O dano é, sem dúvida, o grande vilão
da responsabilidade civil. Não haveria que se falar em indenização, nem em ressarcimento, se não
houvesse o dano. Pode haver responsabilidade sem culpa, mas não pode haver responsabilidade sem
dano.(in" Novo Curso de Responsabilidade Civil ", São Paulo: Saraiva, 2005, p. 40).         Já
o nexo de causalidade, representa o liame que une a conduta do agente ao dano, sendo que somente se
responsabilizará alguém cujo comportamento positivo ou negativo tenha dado causa ao prejuÃ-zo, pois
sem a relação de causalidade não existe a obrigação de indenizar.         Pois bem,
quando se trata de ônus da prova no processo judicial, o art. 373 do CPC dispõe que:        Â
Art. 373.  O ônus da prova incumbe:         I - ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu
direito;         II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do
direito do autor.         Assim, distribui-se o ônus da prova conforme a posição processual
que a parte assume. Se ela está no polo ativo, compete-lhe provar o fato constitutivo de seu pretenso
direito. Se no polo passivo, cabe-lhe provar fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito alegado pelo
autor.         Fato constitutivo é aquele que tem o condão de gerar o direito postulado pelo
autor e que, se demonstrado, leva à procedência do pedido. Fato impeditivo, modificativo ou extintivo é
todo aquele que leva ao não reconhecimento do direito alegado pelo autor. Impeditivo, porque obsta um
ou alguns dos efeitos que naturalmente ocorreriam da relação jurÃ-dica. Modificativo, porque implica a
alteração (diminuição ou mudança de natureza) do direito que derivaria do fato constitutivo.
Extintivo, porque fulminam no todo o direito invocado pelo autor, fazendo cessar a relação jurÃ-dica
original.         Pelo que dos autos pode se observar, a parte autora logrou êxito em comprovar
suas alegações, tendo demonstrado os fatos constitutivos do seu direito. Entrementes, a parte
requerida não provou qualquer existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor.
      Verifica-se, através de simples análise do processo, que a empresa ré, de fato, negou a
cobertura de medicamento necessário ao tratamento da paciente, sob a alegação de que a
substância estaria em falta no mercado brasileiro, conforme laudo de fl. 30.       Em sede de
contestação, a parte requerida inclusive anexou alguns e-mails, tentando provar que buscou realizar a
compra do medicamento, sem obter sucesso, conforme fls. 92/94.       Entrementes, a ré é
responsável pela prestação de serviços médicos hospitalares a autora, e, sendo experiente no seu
ramo de atuação, deveria possuir estoque do medicamento para atender seus pacientes, prevendo
eventual situação de desabastecimento de seus fornecedores diretos, não tendo se acautelado
quanto as medidas necessárias para que o tratamento da requerente não fosse interrompido.     Â
 Tanto assim o é, que, após o deferimento da tutela de antecipada no bojo do presente processo, a
empresa ré adquiriu, ainda que de maneira emprestada, a medicação de uma outra empresa, que,
diferentemente da requerida, estava diligentemente preparada para atender a seus pacientes. Â Â Â Â Â Â
Desta forma, a matéria se trata de responsabilidade objetiva, não havendo sequer que se falar em
apuração de culpa. Ademais, a empresa ré não comprovou que o medicamento estava sem estoque
no paÃ-s inteiro, e ainda que tivesse feito essa prova, seria sua obrigação buscar o remédio inclusive
no mercado estrangeiro, demonstração que não realizou. Nesse sentido é a jurisprudência:
EMENTA: APELAÃÃO CÃVEL - PLANO DE SAÃDE - RELAÃÃO DE CONSUMO - PROCEDIMENTOS
MÃDICOS PARA TRATAMENTO DE CARCINOMA DE MAMA - NEGATIVA DE COBERTURA -
RESPONSABILIDADE OBJETIVA - DANOS MORAIS - OCORRÃNCIA. Constitui-se em responsabilidade
objetiva a do prestador de serviços médicos, consoante o art. 14 do Código de Defesa do
Consumidor, não afastando, entretanto, a necessidade de demonstração do ato ilÃ-cito e do dano
resultante. A prestadora de serviços de saúde responde objetivamente pelos danos morais causados Ã
parte em virtude da deficiência na prestação dos serviços. A fixação do valor pecuniário da
indenização a tÃ-tulo de danos morais deve ser realizada pelo Magistrado, levando-se em
consideração as peculiaridades do caso concreto e a extensão dos prejuÃ-zos gerados. (TJ-MG - AC:
10188160115070001 Nova Lima, Relator: Fernando Caldeira Brant, Data de Julgamento: 29/04/2020,
Câmaras CÃ-veis / 20ª CÃMARA CÃVEL, Data de Publicação: 09/06/2020).           Â
Sendo assim, detecta-se A CONDUTA ILÃCITA DO PLANO DE SAÃDE AO NEGAR A COBERTURA DO
REFERIDO TRATAMENTO. Ã importante frisar que se a parte autora fosse esperar a boa vontade do
plano em oferecer o medicamento a que está obrigada por contrato, certamente correria risco de ver a
doença progredir em seu corpo.         Nestes termos, a determinação de que a parte
141
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
requerida arque com o tratamento integral, inclusive com o fornecimento da medicação denominada
ETOPOSÃDEO [TEVAETOPO - ANVISA] / ETOPOSÃDO / EPOSÃDO / EVOPOSDO INJENTÃVEL, nos
termos do pedido, é medida que se impõe.         Passo à análise dos danos morais.   Â
     Segundo a melhor doutrina sobre responsabilidade civil, para que surja o direito a
indenização é necessário que haja uma conduta, um dano e nexo de causalidade entre eles.
Senão vejamos:         A conduta, pode ser positiva ou negativa (ação ou omissão) e tem
por núcleo a voluntariedade, que advém da liberdade de escolha do agente, com discernimento
necessário para ter consciência daquilo que faz. E nesse sentido, seria inadmissÃ-vel imputar ao agente
a prática de um ato involuntário.         Insta consignar, porém, que a voluntariedade da
conduta não traduz necessariamente a intenção de causar o dano, mas a consciência daquilo que se
faz, o conhecimento dos atos materiais que se está praticando.         No que se refere ao
dano ou prejuÃ-zo, este traduz uma lesão a um interesse jurÃ-dico material ou moral. A ocorrência deste
elemento é requisito indispensável para a configuração da responsabilidade, pois não há
responsabilidade sem dano.         Nesse sentido é a lição de Sérgio Cavalieri Filho,
citado pelo doutrinador Pablo Stolze Gagliano, em sua obra "Novo Curso de Responsabilidade Civil": Â Â
      "O dano é, sem dúvida, o grande vilão da responsabilidade civil. Não haveria que se
falar em indenização, nem em ressarcimento, se não houvesse o dano. Pode haver responsabilidade
sem culpa, mas não pode haver responsabilidade sem dano.(in" Novo Curso de Responsabilidade Civil ",
São Paulo: Saraiva, 2005, p. 40).         Já o nexo de causalidade, representa o liame que
une a conduta do agente ao dano, sendo que somente se responsabilizará alguém cujo comportamento
positivo ou negativo tenha dado causa ao prejuÃ-zo, pois sem a relação de causalidade não existe a
obrigação de indenizar.         Pois bem, quando se trata de ônus da prova no processo
judicial, o art. 373 do CPC dispõe que:         Art. 373.  O ônus da prova incumbe:     Â
   I - ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito;         II - ao réu, quanto Ã
existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor.      O caso submetido Ã
análise deste JuÃ-zo não é novo à luz da realidade fática, sendo que o Judiciário vem enfrentando
tal situação, com diversas questões pacificadas no âmbito dos Tribunais.      Conforme ficara
evidenciado no embate entre as partes, A CONTROVÃRSIA RESIDE NA EXISTÃNCIA DA
RESPONSABILIDADE DA PARTE REQUERIDA EM NEGAR A OFERTA DA MEDICAÃÃO REQUERIDA
POR MÃDICA ONCOLOGISTA. Â Â Â Â Â No concernente ao dano moral perseguido pelo autor, por
óbvio e conforme toda a fundamentação supra despendida, constato que o caso concreto ultrapassa a
seara do mero dissabor e percalços do cotidiano, de modo que configura dano moral indenizável.   Â
  Dessarte, verifica-se a ocorrência no caso concreto de ato GRAVÃSSIMO, ensejador de danos
morais, pois: configurada a conduta, qual seja, a não prestação do MEDICAMENTO REQUERIDO; o
dano, qual seja, a exposição vexatória à que a parte requerida foi submetida; e o nexo de causalidade,
qual seja, A CONDUTA ABUSIVA DA EMPRESA RÃ, QUE MESMO ESTANDO OBRIGADA POR
CONTRATO A PRESTAR SERVIÃOS MÃDICO-HOSPITALARES, negou o medicamento necessário Ã
sua paciente. Â Â Â Â Â Caracteriza-se, assim, de maneira lÃ-mpida, a FLAGRANTE FALHA NA
PRESTAÃÃO DO SERVIÃO.      Frise-se tal orientação está alinhada à jurisprudência supra
colaciona, que, inclusive, considera o referido dano in re ipsa, isto é, presumido e independente de
comprovação.         Para fixação do quantum indenizatório, é indispensável a
apreciação da condição econômica dos ofensores, o caráter sancionatório e a gravidade do dano
na espécie.         Repita-se que, no caso em comento, a conduta da parte requerida destoa
dos parâmetros mÃ-nimos de razoabilidade e ultrapassa os limites do mero aborrecimento, gerando
lesão a direito da personalidade.         Sendo assim, a indenização / reparação, de
modo geral, além de compensar a parte pelos transtornos e gravame suportados, leva em conta a
repercussão do dano e as circunstâncias fáticas do caso. Nos casos de dano moral, busca também
sancionar o causador dos danos e reparar o sofrimento ou constrangimento causado. Â Â Â Â Â Â Â Â
Filio-me à corrente que atribui ao dano moral um caráter punitivo-pedagógico, condenando-o em dano
moral a fim de desestimular o requerido a voltar a praticar condutas como a do presente processo. Â Â Â Â
    Destarte, sopesando a situação concreta, levando em conta a situação econômica das
partes, a repercussão do dano e as circunstâncias fáticas do evento gerador, fixo a indenização
devida pelos danos morais em R$ 7.000,00 (sete mil reais), pois tal valor se apresenta suficiente e
razoável para recompor o dano sofrido. DISPOSITIVO         Posto isto, JULGO
PROCEDENTES os pedidos e, por consequência, extingo o processo com resolução do mérito, na
forma do art. art. 487, I, do Código de Processo Civil/2015, para:         CONFIRMAR a tutela
antecipada deferida às fls. 64/66.         DETERMINAR que a parte requerida arque com o
tratamento da parte autora, contra o TUMOR TERATÃIDE RABDÃIDE ATÃPICO EM SNC, CID C71,
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
foi revel e não apresentou qualquer tipo de defesa ou documento capaz de impugnar a dÃ-vida, pelo
contrário admitiu o valor, mas afirmou a sua impossibilidade financeira de efetuar o pagamento. 3. O
pedido de parcelamento, totalmente desprovido de fundamento legal, depende de vontade de aceitação
da parte autora, não cabendo ao judiciário sua análise na forma que foi realizada. No caso a dÃ-vida foi
reconhecida, mas a parte sustenta sua impossibilidade em pagar, de modo que correta a condenação
na ação monitória, cabendo no momento do cumprimento de sentença, possÃ-vel tentativa de acordo
entre as partes. 4. Recurso conhecido e desprovido. (TJ-DF 07045577820188070004 DF 0704557-
78.2018.8.07.0004, Relator: ALFEU MACHADO, Data de Julgamento: 15/05/2019, 6ª Turma CÃ-vel, Data
de Publicação: Publicado no DJE : 24/05/2019 . Pág.: Sem Página Cadastrada.).     Â
Acrescente-se ainda, ao presente julgado, a seguinte jurisprudência, pois embasa a cominação do
dispositivo: EMENTA: APELAÃÃO CÃVEL - AÃÃO MONITÃRIA - TERMO DE CONFISSÃO DE DÃVIDA -
JUROS DE MORA - TERMO INICIAL - OBRIGAÃÃO POSITIVA E LÃQUIDA - DATA DO VENCIMENTO
DA PARCELA - Nos termos do artigo 397 do Código Civil: "o inadimplemento da obrigação, positiva e
lÃ-quida, no seu termo, constitui de pleno direito em mora o devedor". (TJ-MG - AC: 10024113445662002
MG, Relator: Evandro Lopes da Costa Teixeira, Data de Julgamento: 08/02/2018, Data de Publicação:
26/02/2018). APELAÃÃO CÃVEL. DIREITO PRIVADO NÃO ESPECIFICADO. ENSINO PARTICULAR.
AÃÃO MONITÃRIA. CONFISSÃO DE DÃVIDA. JUROS DE MORA. INCIDÃNCIA A CONTAR DO
VENCIMENTO DA OBRIGAÃÃO. Os juros moratórios de 1% ao mês incidem a contar do vencimento da
dÃ-vida, uma vez que a mora é ex re. Inteligência do art. 397, do Código Civil.APELO DESPROVIDO.
UNÃNIME.(Apelação CÃ-vel, Nº 70083183046, Décima Segunda Câmara CÃ-vel, Tribunal de
Justiça do RS, Relator: Pedro Luiz Pozza, Julgado em: 30-01-2020) (TJ-RS - AC: 70083183046 RS,
Relator: Pedro Luiz Pozza, Data de Julgamento: 30/01/2020, Décima Segunda Câmara CÃ-vel, Data de
Publicação: 03/02/2020). CONTRATO BANCÃRIO. AÃÃO DE COBRANÃA. ABERTURA DE CRÃDITO
EM CONTA CORRENTE. CHEQUE ESPECIAL. CONFISSÃO DE DÃVIDA. TERMO INICIAL DE
INCIDÃNCIA DA ATUALIZAÃÃO MONETÃRIA. Tratando-se de dÃ-vidas de parcelas sucessivas,
resultantes de obrigação lÃ-quida e positiva, com termo fixado para o vencimento, a atualização
monetária incide a partir da data do vencimento de cada parcela.CONTRATO BANCÃRIO. AÃÃO DE
COBRANÃA. ABERTURA DE CRÃDITO EM CONTA CORRENTE. CHEQUE ESPECIAL. CONFISSÃO
DE DÃVIDA. MULTA CONTRATUAL QUE, NO CASO CONCRETO, NÃO COMPORTA REDUÃÃO.
IRRETROATIVIDADE DOS EFEITOS DA LEI Nº 9.268/96. PRECEDENTES DO STJ.A limitação da
multa prevista na Lei n. 9.298/1996 não se aplica aos contratos celebrados anteriormente à sua
vigência.Apelação provida. (TJ-SP - APL: 9062211752007826 SP 9062211-75.2007.8.26.0000,
Relator: Sandra Galhardo Esteves, Data de Julgamento: 20/06/2012, 12ª Câmara de Direito Privado,
Data de Publicação: 27/06/2012). EMENTA: APELAÃÃO CÃVEL - AÃÃO MONITÃRIA - CORREÃÃO
MONETÃRIA. "A jurisprudência do STJ é firme no sentido de que a correção monetária incide para
manutenção do poder aquisitivo, motivo pelo qual, o termo inicial, na ação monitória, é a data do
vencimento do tÃ-tulo, a fim de não gerar um enriquecimento da parte contrária" (STJ, AgRg no AREsp
679.160/SP). (TJ-MG - AC: 10512160078931001 MG, Relator: José Augusto Lourenço dos Santos,
Data de Julgamento: 28/05/2020, Data de Publicação: 16/06/2020). APELAÃÃO - AÃÃO MONITÃRIA -
COBRANÃA DE DÃVIDA LIQUIDA E COM VENCIMENTO CERTO - INÃCIO DOS JUROS DE MORA E
DA CORREÃÃO MONETÃRIA PELO INPC A PARTIR DA DATA DO VENCIMENTO - APELAÃÃO
DESPROVIDA - SENTENÃA MANTIDA. O inÃ-cio dos juros de mora e da correção monetária para
cobrança de dÃ-vida lÃ-quida com vencimento certo se dá a partir da data do vencimento (AgInt no
AREsp 1261493/DF, Rel. Ministro MARCO AURÃLIO BELLIZZE, TERCEIRA TURMA, julgado em
05/06/2018, DJe 15/06/2018). (TJ-MT - AC: 00038060620178110086 MT, Relator: GUIOMAR TEODORO
BORGES, Data de Julgamento: 22/05/2019, Quarta Câmara de Direito Privado, Data de Publicação:
27/05/2019). DISPOSITIVO Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Ante todo o exposto, rejeito os embargos
apresentados pela ré e JULGO PROCEDENTE o pedido inicial e, com amparo no artigo 701, § 8º, do
Código de Processo Civil, constituo de pleno direito o tÃ-tulo judicial, convertendo o mandado monitório
em executivo, cuja tramitação obedecerá ao disposto no TÃ-tulo II do Livro I da Parte Especial, no que
for cabÃ-vel.               CONDENO a parte ré a efetuar o pagamento do débito
principal, qual seja, R$ 31.650,00 (trinta e um mil, seiscentos e cinquenta reais), acrescido de juros
moratórios de 1% (um por cento) ao mês e correção monetária pelo INPC, ambos a partir do
inadimplemento de cada parcela.               CONDENO ainda a parte Ré ao
pagamento das custas processuais e honorários advocatÃ-cios, estes fixados em 10% (dez por cento)
sobre o valor da condenação, o que faço com base no artigo 85, § 2º, do Código de Processo
Civil.               Após, prossiga-se como execução de tÃ-tulo judicial, por quantia
certa contra devedor solvente. Para tanto, INTIME-SE a exequente para apresentação de memorial de
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
homologação é indispensável, pois ela completa o ato, tornando-o perfeito e acabado e passÃ-vel de
produzir efeitos de natureza processual, dentre eles o de extinguir a relação jurÃ-dico-processual, pondo
fim à demanda judicial. 6.     Recurso especial provido. (REsp 1267525/DF, Rel. Ministro RICARDO
VILAS BÃAS CUEVA, TERCEIRA TURMA, julgado em 20/10/2015, DJe 29/10/2015)¿ ¿AGRAVO DE
INSTRUMENTO. ALIENAÃÃO FIDUCIÃRIA. AÃÃO REVISIONAL DE CONTRATO. ANÃLISE DE
ACORDO PARA FINS DE EVENTUAL HOMOLOGAÃÃO. POSSIBILIDADE MESMO APÃS TRÃNSITO
EM JULGADO. Tratando-se de direitos patrimoniais de caráter privado, o acordo celebrado entre as
partes deve ser apreciado pelo JuÃ-zo a quo, mesmo que já existam sentença, recurso(s) e trânsito em
julgado. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO. DECISÃO MONOCRÃTICA. (Agravo de Instrumento
Nº 70076584473, Décima Quarta Câmara CÃ-vel, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Miriam A.
Fernandes, Julgado em 06/03/2018)¿            Logo, considerando que o acordo se
encontra em consonância com as exigências legais, deve ser homologado, impondo-se a extinção
do processo, com resolução de mérito, a teor do que dispõe o Código Processual Civil. III.
DISPOSITIVO            ISTO POSTO, HOMOLOGO, por sentença, o acordo celebrado
pelos interessados, materializado na manifestação de vontades constantes de fls. 143/150, para que
produza seus jurÃ-dicos e legais efeitos, com fundamento nos artigos 200 do NCPC c/c o art. 840 do CC. Â
          Em consequência, tendo a transação efeito de sentença entre os interessados,
extingo o processo, com resolução de mérito, a teor do disposto no artigo 487, inciso III, alÃ-nea b, do
NCPC. INTIMEM-SE. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Custas e despesas processuais desta fase do processo, nos
termos do acordo. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Nos termos do artigo 46, caput, da Lei estadual n. 8.328, de
29/12/2015, fica advertida a parte responsável de que, na hipótese de, havendo custas, não efetuar o
pagamento delas no prazo legal, o respectivo crédito, além de encaminhado para inscrição em
DÃ-vida Ativa, sofrerá atualização monetária e incidência de outros encargos legais.        Â
   Certificado o trânsito em julgado, havendo custas pendentes, intime-se o responsável para o
recolhimento, sob pena de inscrição na dÃ-vida ativa. Inerte, inscreva-se.            Após
cumpridas as cautelas legais, arquivar os presentes autos e dar baixa na distribuição.      Após
o trânsito em julgado, arquivem-se os autos.            P. R. I. Cumpra-se.      Â
Belém/PA, 09 de novembro de 2021. ROBERTO ANDRES ITZCOVICH Juiz de Direito Titular da 4ª
Vara CÃ-vel e Empresarial de Belém 302 PROCESSO: 00077849720048140301 PROCESSO ANTIGO:
200410264432 MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH
A??o: Cumprimento de sentença em: 03/12/2021 AUTOR:DARCILENE BARBOSA DA GRACA
Representante(s): JOSE OTAVIO NUNES MONTEIRO (ADVOGADO) REU:INSS INSTITUTO NACIONAL
DE PREVIDENCIA SOCIAL Representante(s): ALADIO COSTA FERREIRA (ADVOGADO) . Vistos etc.
Considerando o esgotamento do prazo legal para cumprimento do OfÃ-cio Requisitório de Pequeno Valor
expedido nestes autos sem que o INSS tenha comprovado o pagamento, bem como as petições da
parte requerente (fls. 184/185; 186; 188; 189 e 190), requerendo providências e informando o não
cumprimento da sentença quanto ao depósito da RPV expedida em 30/07/2020, RESOLVO O
SEGUINTE: I- DETERMINO a INTIMAÃÃO, pessoal, do Requerido INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
SOCIAL, concedendo-se vista dos autos a um dos procuradores federais (art. 17, da Lei n. 10.910/2004), a
fim de que, no prazo improrrogável de 10 (dez) dias: I.I- Cumpra o OfÃ-cio Requisitório de Pequeno Valor
- RPV (OfÃ-cio Nº 064/2020 - 4ª VC/RPV - fl. 183); SOB PENA DE MULTA, no valor de R$ 1.000,00 (mil
reais) por cada dia de inadimplemento (arts. 536, § 1º c/c. art. 537, ambos do NCPC), até o limite de
R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais). Decorrido o prazo, certifique-se e retornem-me os autos conclusos.
Cumpra-se com URGÃNCIA.                             Belém/PA,
20/09/2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital
302 PROCESSO: 00078509719928140301 PROCESSO ANTIGO: 199210125385
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o:
Consignação em Pagamento em: 03/12/2021 AUTOR:AMIN NAAMAN DAOU Representante(s): OAB
6864 - MARIA ALEXANDRINA DA SILVA GONCALVES (ADVOGADO) ALIDA VAN DEN BERG
(ADVOGADO) REU:CARLOS LIMA CHAMIE Representante(s): RICARDO CHAMIE (ADVOGADO)
ADVOGADO:ALIDA VAN DEN BERG. Autos nº: 0007850-97.1992.8.14.0301 Autor: Amin Naaman Daou
Réu: Carlos Lima Chamie               Amin Naaman Daou, requerente na Ação de
Consignação em Pagamento movida em face de Carlos Lima Chamie, opôs EMBARGOS DE
DECLARAÃÃO visando sanar suposta contradição existente na sentença de fl. 280, que extinguiu o
processo sem resolução do mérito.               Eis o relatório. Fundamento e
Decido.               Quanto aos embargos de declaração, o CPC, art. 1022, verbo ad
verbum reza: Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para: I - esclarecer
obscuridade ou eliminar contradição; II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual deveria se
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recuperação judicial homologado por sentença, tampouco de que recebeu parcialmente a dÃ-vida, há
interesse processual na ação monitória. II - Transcorrido o prazo de 180 dias, art. 6º, § 4º, da Lei
11.101/05, assiste ao credor o direito de propor ação monitória para consecução de seu crédito.
Rejeitada alegação de falta de interesse processual. III - A ré não provou fato extintivo, modificativo
ou impeditivo do direito da autora, art. 333, inc. II, do CPC/1973. Mantida procedência do pedido
monitório. IV - Apelação desprovida. (TJ-DF 20151010042202 DF 0004167-39.2015.8.07.0010,
Relator: VERA ANDRIGHI, Data de Julgamento: 13/04/2016, 6ª TURMA CÃVEL, Data de Publicação:
Publicado no DJE : 03/05/2016 . Pág.: 357/408). JULGAMENTO ANTECIPADO      No caso sub
examine, desnecessária a ampliação probatória, posto que o feito já contém elementos suficientes
para apreciação e julgamento e, ainda, em atenção ao princÃ-pio da livre convicção, antecipo o
julgamento do mérito, na forma do art. 355, I, do CPC/2015, o qual estabelece a conveniência do
julgamento antecipado do pedido, quando não houver necessidade de outras provas.      Nesse
sentido, há tempos a jurisprudência dos tribunais superiores aponta que ¿Presentes as condições
que ensejam o julgamento antecipado da causa, é dever do juiz e não mera faculdade, assim o
proceder¿. FUNDAMENTAÃÃO       Inicialmente, INDEFIRO a preliminar arguida de
ilegitimidade ativa da parte autora para o manejo da presente AÃÃO MONITÃRIA, tendo em vista que a
embargante alega que não possui vÃ-nculo jurÃ-dico com a embargada. Entrementes, tal tese se
confunde com próprio mérito e natureza da ação, eis que a demandante buscar dar exequibilidade
ao crédito que alega possuir junto à demandada. Assim, tal questão será com o mérito analisada,
não se tratando de preliminar.      Dispunha o Código de Processo Civil de 1973: Art. 1.102.a - A
ação monitória compete a quem pretender, com base em prova escrita sem eficácia de tÃ-tulo
executivo, pagamento de soma em dinheiro, entrega de coisa fungÃ-vel ou de determinado bem móvel. Â
    O novo Código de Processo Civil repetiu a regra nos seguintes termos: Art. 700. A ação
monitória pode ser proposta por aquele que afirmar, com base em prova escrita sem eficácia de tÃ-tulo
executivo, ter direito de exigir do devedor capaz: I - o pagamento de quantia em dinheiro; II - a entrega de
coisa fungÃ-vel ou infungÃ-vel ou de bem móvel ou imóvel; III - o adimplemento de obrigação de fazer
ou de não fazer. §1º A prova escrita pode consistir em prova oral documentada, produzida
antecipadamente nos termos do art. 381.      A ação monitória, portanto, exige prova mÃ-nima
da obrigação mediante documento idôneo sem que necessariamente tenha sido emitido pelo devedor
ou contenha sua assinatura, senão vejamos: PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. AÃÃO
MONITÃRIA. A DOCUMENTAÃÃO NECESSÃRIA PARA A ADMISSIBILIDADE TEM QUE SER IDÃNEA.
APTA Ã FORMAÃÃO DO JUÃZO DE PROBABILIDADE ACERCA DO DIREITO AFIRMADO, A PARTIR
DO PRUDENTE EXAME DO MAGISTRADO. 1. A prova hábil a instruir a ação monitória, a que alude
o artigo 1.102-A do Código de Processo Civil não precisa, necessariamente, ter sido emitida pelo
devedor ou nela constar sua assinatura ou de um representante. Basta que tenha forma escrita e seja
suficiente para, efetivamente, influir na convicção do magistrado acerca do direito alegado. 2. Dessarte,
para a admissibilidade da ação monitória, não é necessário que o autor instrua a ação com
prova robusta, estreme de dúvida, podendo ser aparelhada por documento idôneo, ainda que emitido
pelo próprio credor, contanto que, por meio do prudente exame do magistrado, exsurja o juÃ-zo de
probabilidade acerca do direito afirmado pelo autor. 3. No caso dos autos, a recorrida, ao ajuizar a ação
monitória, juntou como prova escrita sem eficácia de tÃ-tulo executivo a própria nota fiscal do negócio
de compra e venda de mercadorias, seguida do comprovante de entrega assinado e mais o protesto das
duplicatas, que ficaram inadimplidas. A Corte local, após minucioso exame da documentação que
instrui a ação, apurou que os documentos são suficientes para atender aos requisitos da legislação
processual para cobrança via ação monitória, pois servem como inÃ-cio de prova escrita. A
revisão desse entendimento, demanda o reexame de provas, vedado em sede de recurso especial
(Súmula 7/STJ). 4. Agravo regimental não provido. (AgRg no AREsp 289.660/RN, Rel. Ministro LUIS
FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em 04/06/2013, DJe 19/06/2013) PROCESSO CIVIL -
AÃÃO MONITÃRIA - COBRANÃA PELO FORNECIMENTO DE MERCADORIA - FATURA: DOCUMENTO
HÃBIL - APLICAÃÃO DO ART. 515, § 3º, DO CPC: POSSIBILIDADE. (...) 2. Doutrina e jurisprudência,
inclusive do STJ, têm entendido que é tÃ-tulo hábil para cobrança, documento escrito que prove, de
forma razoável, a obrigação, podendo, a depender do caso, ter sido produzido unilateralmente pelo
credor. 3. à perfeitamente viável instruir ação monitória ajuizada por concessionária de energia
elétrica com cópia de faturas para cobrança por serviços prestados, sendo desnecessária, na
hipótese, a assinatura do devedor. 4. Recurso especial não provido. (REsp 894.767/SE, Rel. Ministra
ELIANA CALMON, SEGUNDA TURMA, julgado em 19/08/2008, DJe 24/09/2008). APELAÃÃO CÃVEL.
AÃÃO MONITÃRIA. NOTA PROMISSÃRIA IRREGULAR E DOCUMENTOS SEM A ASSINATURA DO
DEVEDOR. INTERESSE PROCESSUAL. INTELIGÃNCIA DO ARTIGO 1102A DO CPC. Tanto a nota
150
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
promissória irregular - assinada por simples preposto do devedor -, como as notas fiscais acostadas Ã
inicial, são documentos hábeis a instruir a ação monitória, pois inexiste a exigência legal de que os
documentos que embasam tal procedimento contenham a assinatura do devedor. DERAM PROVIMENTO
PARA DESCONSTITUIR A SENTENÃA. (Apelação CÃ-vel Nº 70008534380, Décima Sétima
Câmara CÃ-vel, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Alzir Felippe Schmitz, Julgado em 18/05/2004).  Â
            Assim, havendo prova escrita suficiente para a instrução da ação que
objetiva o pagamento de soma em dinheiro, como no caso noticiado, há cabimento, sim, de ação
monitória.               Apesar da embargante dizer reiteradas vezes nos embargos que
não existe contrato ou documentos que comprovem a relação jurÃ-dica entre as empresas, o
arcabouço probatório dos autos vai totalmente de encontro a essa tese.              Â
Isso porque, através do e-mail anexado à fl. 32, proveniente do departamento FINANCEIRO da
embargante, redigido por LUIS CARLOS, diretor financeiro, afirma, categoricamente: `Conforme conversa
no sábado [04/09], informo que, a proposta apresentada foi deferida pela nossa DIRETORIA. Assim,
solicitamos a emissão da nota fiscal pelo valor total, para que possamos emitir os cheques para
pagamento, na seguinte ordem e valor: 1] R$ 20.000,00 para o dia 18/09; 2] R$ 20.000,00 para o dia
15/10; 3] R$ 20.000,00 para o dia 15/11; 4] R$ 11.449 para o dia 15/12. Na oportunidade, por motivo de
força maior, solicitamos o cancelamento do referido contrato, a partir desta data.¿          Â
       Trata-se, assim, de e-mail que confessa a dÃ-vida perseguida pelo autor, e, nessa
perspectiva, o STJ em sede de recurso especial já resolveu a celeuma, chancelando a validade do e-mail
como prova em ação monitória quando houver verossimilhança das alegações, o que é o caso
dos autos. Vejamos: RECURSO ESPECIAL. AÃÃO MONITÃRIA. PROVA ESCRITA. JUÃZO DE
PROBABILIDADE. CORRESPONDÃNCIA ELETRÃNICA. E-MAIL. DOCUMENTO HÃBIL A COMPROVAR
A RELAÃÃO CONTRATUAL E A EXISTÃNCIA DE DÃVIDA. 1. A prova hábil a instruir a ação
monitória, isto é, apta a ensejar a determinação da expedição do mandado monitório - a que
alude os artigos 1.102-A do CPC/1.973 e 700 do CPC/2.015 -, precisa demonstrar a existência da
obrigação, devendo o documento ser escrito e suficiente para, efetivamente, influir na convicção do
magistrado acerca do direito alegado, não sendo necessário prova robusta, estreme de dúvida, mas
sim documento idôneo que permita juÃ-zo de probabilidade do direito afirmado pelo autor. 2. O correio
eletrônico (e-mail) pode fundamentar a pretensão monitória, desde que o juÃ-zo se convença da
verossimilhança das alegações e da idoneidade das declarações, possibilitando ao réu
impugnar-lhe pela via processual adequada. 3. O exame sobre a validade, ou não, da correspondência
eletrônica (e-mail) deverá ser aferida no caso concreto, juntamente com os demais elementos de prova
trazidos pela parte autora. 4. Recurso especial não provido. (STJ - REsp: 1381603 MS 2013/0057876-1,
Relator: Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, Data de Julgamento: 06/10/2016, T4 - QUARTA TURMA, Data
de Publicação: DJe 11/11/2016).                     Neste norte, está
devidamente comprovado que existia um contrato, ainda que informal, ante a falta de assinatura naquele
de fls. 24/28, pois, independentemente deste fato, o contrato de fl. 14/15, que está devidamente assinado
entre as partes ali signatárias, IDENTIFICA EM SUA CLÃUSULA SEGUNDA que a prestação de
serviços se daria na empresa EMBARGANTE, o que, sem dúvida, demonstra o vÃ-nculo existente entre
as empresas que integram os polos ativo e passivo desta ação.               Isto
demonstra, cabalmente, que a relação jurÃ-dica entre as empresas, de fato, iniciou-se através da
contratação de uma terceira empresa, mas ante o e-mail anexado aos autos, verifica-se, sem que
restem quaisquer questionamentos, que o vÃ-nculo contratual entre AUTOR e RÃ passou a ser direto,
tendo esta se esquivado reiteradas vezes, sem justificativa, de formalizar o pacto. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â
   Diante do acervo probatório constante nos autos, verifico a consistência do crédito em favor da
parte demandante, e existindo valores a serem pagos por força do cheque (Art. 374, III, do NCPC e
Súmula 531 do STJ), incumbia a parte requerida o ônus de provar a existência de fato impeditivo,
modificativo ou extintivo do direito da requerente, o que não logrou êxito (art. 373, II, do CPC).    Â
          Acrescente-se ainda, ao presente julgado, a seguinte jurisprudência, pois embasa a
cominação do dispositivo: E M E N T A - APELAÃÃO CÃVEL - AÃÃO MONITÃRIA - NOTAS
FISCAIS/BOLETOS NÃO QUITADOS - JUROS DE MORA E CORREÃÃO MONETÃRIA - TERMO INICIAL
- VENCIMENTO DO TÃTULO - SENTENÃA MANTIDA - RECURSO NÃO PROVIDO. Em se tratando de
dÃ-vidas vencidas e não pagas, a mora se constitui automaticamente, isto é, a começar do
vencimento dos tÃ-tulos, devendo a partir deste momento o débito sofrer a incidência de juros e
correção monetária. Recurso não provido. (TJ-MS - APL: 08000778920168120006 MS 0800077-
89.2016.8.12.0006, Relator: Des. João Maria Lós, Data de Julgamento: 29/08/2017, 1ª Câmara
CÃ-vel). APELAÃÃO CÃVEL. AÃÃO MONITÃRIA. PROVA ESCRITA. NOTAS FISCAIS E BOLETOS DE
PAGAMENTO COM ASSINATURA, DATA E CARIMBO DE RECEBIMENTO. PROTESTO.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
juros e correção monetária, advertindo-lhe que, caso não o efetue, será o valor acrescido de multa
no percentual de 10% (dez por cento).               Consequentemente, extingo o
processo com resolução de mérito conforme o disposto no artigo 487, inciso I, do Código de
Processo Civil.               P. R. I. C.               Belém/PA,
01/09/2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital
301 PROCESSO: 00101878520148140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o:
Procedimento Comum Cível em: 03/12/2021 AUTOR:JOSE LUIZ MIRANDA RODRIGUES
AUTOR:MARINEIA JALES RODRIGUES Representante(s): OAB 13475 - LUIS DENIVAL NETO
(ADVOGADO) REU:FIT 25 EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS LTDA Representante(s): OAB 21313 -
GUSTAVO DE CARVALHO AMAZONAS COTTA (ADVOGADO) OAB 22237-A - RODRIGO MATTAR
COSTA ALVES DA SILVA (ADVOGADO) . PROC. 0010187-85.2014.814.0301 REQUERENTE: JOSÃ
LUIZ MIRANDA RODRIGUES e MARINEIA JALES RODRIGUES REQUERIDO: FIT 25
EMPREENDIMENTOS IMOBILIÃRIOS LTDA SENTENÃA RELATÃRIO Â Â Â Â Â Â Cuida-se de AÃÃO
DE OBRIGAÃÃO DE FAZER C/C DANOS MATERIAIS, MORAIS E LUCROS CESSANTES movida por
JOSÃ LUIZ MIRANDA RODRIGUES e MARINEIA JALES RODRIGUES em face de FIT 25
EMPREENDIMENTOS IMOBILIÃRIOS LTDA. Â Â Â Â Â Â Afirma a parte autora que firmou com a parte
requerida um instrumento particular de compromisso de venda e compra da unidade autônoma número
122, Torre III, no empreendimento FIT ICOARACI. Â Â Â Â Â Â Pontua que ficou estabelecido o prazo
para entrega para DEZEMBRO/2011, conforme cláusula G, do instrumento particular de promessa de
compra e venda. Entrementes, tal prazo para entrega não fora respeitado, sendo que o imóvel somente
fora entregue em 13/08/2013. Â Â Â Â Â Â Requer ao final, entre outros pedidos: 1. Lucros cessantes, no
valor de R$ 2.000,00 [dois mil reais]; 2. Multa contratual por atraso; 3. Danos morais. Â Â Â Â Â Â Junta
documentos.       Em decisão de fl. 105, restou deferida a gratuidade processual a parte autora.
     Contestação à s fls. 112/144, onde a parte requerida defende, em sÃ-ntese: 1. A
inexistência de lucros cessantes; 2. A improcedência do pleito para imposição de multa em desfavor
da ré; 3. O atraso na entrega da obra se deu em virtude de chuvas em demasia, o que atrairia a
incidência de força maior ou caso fortuito, como excludente de responsabilidade; 4. A impossibilidade
de condenação em danos morais.      Junta documentos.      Réplica a contestação
à s fls. 214/223.      Em decisão de fl. 227, houve a inversão do ônus da prova.     Â
Petição a fl. 228, onde a parte autora apresentou proposta de acordo e informou ao juÃ-zo que não
possuÃ-am mais provas a serem produzidas, pugnando pelo julgamento antecipado da lide. Â Â Â Â Â
Agravo retido interposto pela parte requerida, fls. 229/232, contra a decisão que inverteu o ônus da
prova, fl. 227.      Contraminuta ao agravo retino as fls. 238/241.      Em petição de fl.
242, a parte requerida comunicou que não possuÃ-a interesse na realização de acordo.     Â
Após o julgamento de alguns temas repetitivos que motivaram a suspensão processual, a parte autora
em petição de fls. 249/248 requereu o regular processamento do feito.      Os autos vieram-me
conclusos. FUNDAMENTAÃÃO               O caso submetido à análise deste JuÃ-zo
não é novo à luz da realidade fática que foi implementada com o crescimento do setor imobiliário
neste paÃ-s. De algum tempo, o Judiciário vem enfrentando tal situação, com diversas questões
pacificadas no âmbito dos Tribunais.               Portanto, para o deslinde da presente
ação será considerada a matéria já calcificada no âmbito dos Tribunais Superiores, fazendo-se
ressalvas pontuais, quando necessárias, amoldando ao entendimento deste Juiz. DO JULGAMENTO
ANTECIPADO               Constato ser desnecessária a ampliação probatória,
posto que o feito já contém elementos suficientes para apreciação e julgamento e, ainda, em
atenção ao princÃ-pio da livre convicção, antecipo o julgamento do mérito, na forma do art. 355, I,
do CPC/2015, o qual estabelece a conveniência do julgamento antecipado do pedido, quando não
houver necessidade de outras provas.               Nesse sentido, há tempos a
jurisprudência dos tribunais superiores aponta que ¿Presentes as condições que ensejam o
julgamento antecipado da causa, é dever do juiz e não mera faculdade, assim o proceder¿. DO REsp
1.729.593      A 2ª Seção do Superior Tribunal de Justiça fixou quatro teses jurÃ-dicas
relativas a compromissos de compra e venda de imóveis na planta, que são de extrema relevância na
análise de processos que tratam do tema, motivo pelo qual os transcrevo-as, especialmente por
possuÃ-rem efeito vinculado incidente em todos os tribunais do paÃ-s.      1 - Na aquisição de
unidades autônomas em construção, o contrato deverá estabelecer de forma clara, expressa e
inteligÃ-vel o prazo certo para a entrega do imóvel, o qual não poderá estar vinculado à concessão do
financiamento ou a nenhum outro negócio jurÃ-dico, exceto o acréscimo do prazo de tolerância.   Â
  2 - No caso de descumprimento do prazo para a entrega do imóvel incluÃ-do o perÃ-odo de
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entendimento, transcreve-se: (...) A destinação que o promitente comprador daria ao bem, se para fins
de moradia ou locação, se auferiria renda, ou não, em nada influencia na obrigação de o
promitente vendedor compor lucros cessantes, que são comprovados diante da própria mora. 4. A não
entrega do imóvel prometido no prazo ajustado no contrato impõe ao promitente vendedor a
obrigação de indenizar o promitente comprador pelos lucros cessantes (...) (Apelação CÃ-vel nº
20130111573979 (876042), 3ª Turma CÃ-vel do TJDFT, Rel. Fátima Rafael. j. 17.06.2015, DJe
26.06.2015). (...)A destinação que o promitente comprador daria ao bem, se para fins de moradia ou
locação, se auferiria renda, ou não, em nada influencia na obrigação de o promitente vendedor
compor lucros cessantes, que são comprovados diante da própria mora. (...) (Apelação CÃ-vel nº
20140310023959 (876032), 3ª Turma CÃ-vel do TJDFT, Rel. Fátima Rafael. j. 17.06.2015, DJe
26.06.2015 (...) Em caso de atraso na entrega de imóvel adquirido, para fins residenciais ou comerciais,
é presumido o prejuÃ-zo sofrido pela privação do bem durante o perÃ-odo de mora, tendo em vista que
não se cogita alguém investir vultuosa quantia se não for para fazer do bem a sua moradia, local de
trabalho ou obter dele um retorno financeiro por meio da renda proveniente dos aluguéis(...)
(Apelação CÃ-vel nº 2014.025964-4, 3ª Câmara CÃ-vel do TJRN, Rel. João Rebouças. j.
08.09.2015). Â Â Â Â Â Â Â Â Â Conforme se verifica do contrato, a entrega da unidade se daria em
JUNHO/2012, já contando com o prazo de tolerância.          Sendo assim, reconhecido o
dever de indenização por lucros cessantes, torna-se necessária a fixação do termo inicial e final de
sua aplicação. Para tanto, em sintonia com o que foi decidido no item precedente, considerar-se-á
como termo inicial, a data prevista para a entrega do empreendimento, JUNHO/2012, já incluÃ-do aÃ- o
prazo de tolerância de 180 dias. Após esse perÃ-odo inicial, a requerida estará obrigada a ressarcir
mensalmente o requerente pelo que deixou de ganhar com o imóvel em um quantum, até A ENTREGA
DO IMÃVEL, QUE OCORREU APENAS EM 13/08/2013, FLS. 58/59. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Diante de todo o
exposto, vejo que o pagamento de valores correspondentes aos aluguéis, a tÃ-tulo de lucros cessantes,
é devido, e, observando-se as caracterÃ-sticas gerais, bem como localização e tamanho do imóvel
discutido nos presentes autos, resolvo arbitrar o valor mensal de R$ 2.000,00 [dois mil reais], o que
considero compatÃ-vel com os critérios de razoabilidade e proporcionalidade. INCABÃVEL A
APLICAÃÃO POR MULTA POR INADIMPLEMENTO CONTRATUAL DOS REQUERIDOS Â Â Â Â Â Â Â
    Quanto ao ponto, sem razão o requerente, uma vez que já houve condenação da
demandada ao pagamento de lucros cessantes pelo perÃ-odo de atraso. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Em suma,
os danos decorrentes do atraso já foram devidamente reconhecidos por meio da condenação em
LUCROS CESSANTES EM DESFAVOR DA PARTE REQUERIDA, mostrando-se sua cumulação com
a inversão de cláusula penal COMINADA EM DESFAVOR DA PARTE REQUERENTE verdadeiro bis in
idem.          Assim, incabÃ-vel e inválido no caso concreto, a inversão do CapÃ-tulo X,
alÃ-neas ¿b¿, ¿c¿ e ¿f¿ do Contrato de Compromisso de Compra e Venda. DANO MORAL   Â
           O dano moral viola direitos não patrimoniais, como a honra, a imagem, a
privacidade, a autoestima, o nome, a integridade psÃ-quica, dentre outros, consistindo em ofensa aos
princÃ-pios éticos e morais que norteiam nossa sociedade. O dano moral, ao contrário do dano material,
não reclama prova especÃ-fica do prejuÃ-zo objetivo, vez que este decorre do próprio fato. Ocorrendo o
fato, ao Juiz é dada a verificação se aquela ação vilipendiou alguns dos direitos de personalidade
do indivÃ-duo, ou, se trata de mero dissabor do cotidiano. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Ã preciso que se
diga que, regra geral, o mero inadimplemento contratual não gera dano moral. Contudo são nas
peculiaridades do caso que se subtrai algum tipo de abalo subjetivo ao autor. Assim, no meu sentir, não
ocorre um mero dissabor e nem um mero descumprimento do contrato, eis que, considerando o prazo final
de entrega do empreendimento, o atraso se prolongou por mais de 1 ano. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â
Trata-se de um perÃ-odo considerável de espera, que causa ao consumidor, sem dúvida, angústia,
aflição e frustração, advinda do fato de se ter quitado um imóvel, confiando na idoneidade da
empresa construtora (princÃ-pio da confiança e boa-fé objetiva), e de não se poder para ele se mudar
ou alugar.               Filio-me à corrente que atribui ao dano moral um caráter
punitivo-pedagógico, condenando-a em dano moral a fim de desestimular a requerida a voltar a praticar
condutas como a do presente processo: descumprindo prazos contratualmente previstos para entrega de
obras. O caso abaixo colacionado reflete perfeitamente a hipótese discutida nos autos: DIREITO
PROCESSUAL CIVIL E CONSUMERISTA. APELAÃÃES CÃVEIS. AÃÃO DE INDENIZAÃÃO POR DANO
MATERIAL E MORAL. ATRASO NA ENTREGA DE IMÃVEL. 1º APELO. LEGALIDADE DA CLÃUSULA
DE TOLERÃNCIA. DANO MORAL. IMPOSSIBILIDADE DE MAJORAÃÃO. VALOR RAZOÃVEL. 2º
APELO. PRESCRIÃÃO. INOCORRENTE. JULGAMENTO EXTRA PETITA. AUSENTE. COMPROVAÃÃO
DOS FATOS CONSTITUTIVOS DO DIREITO DO AUTOR - ART. 333, I, DO CPC. RECURSOS
CONHECIDOS E DESPROVIDOS. SENTENÃA MANUTENIDA. I - 1ª apelação. A cláusula contratual
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que prevê prazo de tolerância de 180 (cento e oitenta) dias se justifica porque permite que as
empreiteiras tenham tempo suficiente para administrar os atrasos em razão de, inter alia, ausência de
mão de obra qualificada, falta de materiais adequados e/ou falta de maquinário. Assim sendo, em regra,
não há abusividade na estipulação de prazo de tolerância para entrega do imóvel, haja vista que
atrasos são comuns na construção civil. II - Houve atraso por demais prolongado na entrega do
imóvel, eis que este atingiu patamar superior a um ano. Em razão destes fatos, percebo a ocorrência
de frustração nas legÃ-timas expectativas do comprador, que ultrapassa a esfera dos meros dissabores
e aborrecimentos, de forma a ofender os direitos da personalidade. Ademais, o valor de R$ 10.000,00 (dez
mil reais) está dentro dos parâmetros da razoabilidade e proporcionalidade. III - 2ª apelação. O
prazo prescricional aplicável à hipótese é o geral, de 10 (dez) anos, contido no art. 205 do CC. O caso
em tela funda-se em responsabilidade civil contratual, cujo dano imputado à empresa requerida decorre de
inadimplemento de dever contratual, qual seja a entrega dos imóveis no prazo contratual estipulado. IV -
A condenação ao pagamento de indenização por lucros cessantes, exposta na sentença
objurgada, é reflexo do pedido do autor realizado na inicial. (...) V - O atraso na entrega dos imóveis em
questão é fato incontroverso. Ou seja, houve inadimplemento contratual, razão pela qual surge o
dever de reparar os prejuÃ-zos materiais e morais advindos da conduta da requerida. Fatos constitutivos do
direito do autor devidamente comprovados. VI Apelações improvidas. (Apelação nº 0625994-
05.2014.8.04.0001, 3ª Câmara CÃ-vel do TJAM, Rel. João de Jesus Abdala Simões. j. 28.09.2015). Â
             O quantum da indenização por danos morais deve ser fixado em
consonância com o princÃ-pio da razoabilidade, bem como apresentar uma proporcionalidade com a
lesão à honra, à moral ou à dignidade do ofendido, devendo ainda atentar-se para as circunstâncias
que envolveram os fatos, analisando a extensão do dano sofrido, e levar em conta as condições
pessoais e econômicas dos envolvidos, de modo que a reparação não cause enriquecimento
indevido de quem recebe, nem impunidade e reincidência de quem paga (função pedagógica do
dano moral, ver AgRg no Recurso Especial nº 1388548/MG (2013/0201056-0), 3ª Turma do STJ, Rel.
Sidnei Beneti. j. 06.08.2013, unânime, DJe 29.08.2013).               Nesse norte,
penso que é justo e razoável a fixação dos danos morais em R$ 10.000,00 (dez mil reais). CUSTAS,
DESPESAS PROCESSUAIS E HONORÃRIOS ADVOCATÃCIOS      A jurisprudência AFETA ao
tema ora em análise, qual seja, obrigações decorrentes por atraso de obra, é pacÃ-fica ao
estabelecer que em respeito ao PRINCÃPIO DA CAUSALIDADE, as custas e honorários advocatÃ-cios
devem ser suportados por quem deu causa à ação, ou seja, para as empresas requeridas que
prometem entregar o imóvel em data especÃ-fica, mas que na prática, muitas vezes, no dia estabelecido
para entrega sequer começaram a obra. Vejamos: Apelação cÃ-vel. Compra e venda de imóvel.
Ação de rescisão cumulado com restituição dos valores pagos. Alegação de atraso na entrega
de obra imobiliária. SENTENÃA DE PROCEDÃNCIA PARCIAL. Recurso apenas do autor. Aplicação
do princÃ-pio do "tantum devolutum quantum apelatum". Sucumbência. PRINCÃPIO DA CAUSALIDADE
ANUNCIA QUE INCUMBE Ã PARTE QUE DEU CAUSA Ã INSTAURAÃÃO DO PROCESSO O DEVER DE
ARCAR COM A SUCUMBÃNCIA. RÃ QUE POR DUAS VEZES NÃO CUMPRIU COM O PRAZO PARA
ENTREGA DA OBRA, MOTIVO PELO QUAL O AUTOR INGRESSOU COM A PRESENTE AÃÃO.
AFERIÃÃO DA SUCUMBÃNCIA SE FAZ POR CRITÃRIOS LÃGICOS E NÃO MATEMÃTICOS.
INVERSÃO DO ÃNUS DA SUCUMBÃNCIA DE RIGOR, DEVENDO SER IMPOSTO Ã RÃ O
PAGAMENTO DAS CUSTAS, DESPESAS PROCESSUAIS E HONORÃRIOS ADVOCATÃCIOS. RÃ QUE
SUCUMBIU EM MAIOR PARTE. Interpretação do artigo 86, parágrafo único do Código de Processo
Civil. Resultado. Recurso provido. (TJ-SP - AC: 10077313120178260003 SP 1007731-31.2017.8.26.0003,
Relator: Edson Luiz de Queiróz, Data de Julgamento: 21/11/2019, 9ª Câmara de Direito Privado, Data
de Publicação: 21/11/2019).       Pontua-se que não há que se falar em condenação
recÃ-proca das custas, das despesas processuais e dos honorários advocatÃ-cios, uma vez que se trata
de matéria que foge à regra de divisão de tais encargos, sendo a jurisprudência calcificada nesse
sentido. DISPOSITIVO Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Ante o exposto, julgo PARCIALMENTE procedenteS
os pedidos e, por consequência, extingo o processo com resolução do mérito, na forma do art. 487,
I, do Código de Processo Civil/2015, para:               CONDENAR a parte requerida
em lucros cessantes, no que diz respeito ao ressarcimento ao requerente pelo que este poderia auferir a
tÃ-tulo de aluguel com o imóvel objeto da presente ação, a partir de JUNHO/2012 até A ENTREGA
DO IMÃVEL, QUE OCORREU APENAS EM 13/08/2013, FLS. 58/59, no valor mensal de R$ 2.000,00 [dois
mil reais], nos termos da fundamentação, corrigindo a cada vencimento, mensalmente, pelo INPC, até
o efetivo pagamento, e acrescido de juros de mora de 1% ao mês desde a data da citação.     Â
         CONDENAR a requerida ao pagamento de R$ 10.000,00 (dez mil reais), a tÃ-tulo de
danos morais, ao requerente, com juros de 1% ao mês, contabilizados a partir da citação, e
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correção monetária, com adoção do INPC, a partir do arbitramento do valor estipulado nesta
sentença até seu efetivo pagamento (Súmula 362 do STJ).               CONDENAR
a parte requerida ao pagamento das custas e despesas processuais, bem como aos honorários
advocatÃ-cios, ora fixados em 10% sobre o valor da condenação, considerando o PrincÃ-pio da
Causalidade que rege o caso em concreto e de acordo com a orientação pacÃ-fica da jurisprudência. Â
             Nos termos do artigo 46, caput, da Lei estadual n. 8.328, de 29/12/2015, fica
advertida a parte responsável de que, na hipótese de, havendo custas, não efetuar o pagamento delas
no prazo legal, o respectivo crédito, além de encaminhado para inscrição em DÃ-vida Ativa, sofrerá
atualização monetária e incidência de outros encargos legais.               Fica
autorizado o desentranhamento de documentos por quem os juntou, exceto a procuração, substituindo-
os por cópias que poderão ser declaradas autênticas pelo patrono nos termos do artigo 425, IV do
CPC/2015, devendo o cartório certificar o ato de desentranhamento;              Â
Certificado o trânsito em julgado, havendo custas pendentes, intime-se o responsável para o
recolhimento, sob pena de inscrição na dÃ-vida ativa. Inerte, inscreva-se.              Â
Após, cumpridas as cautelas legais, arquivar os presentes autos e dar baixa na distribuição.     Â
         P.R.I.C. Belém/PA, 04/10/2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da
4ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital 301 PROCESSO: 00106343920158140301 PROCESSO
ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH
A??o: Monitória em: 03/12/2021 REQUERENTE:ACEPA - ASSOCIAÇÃO CULTURAL E EDUCACIONAL
DO PARÁ. Representante(s): OAB 20220 - REBECCA BENTES (ADVOGADO) REQUERIDO:SANDRO
CUNHA PEREIRA. PROCESSO: 0010634-39.2015.814.0301 DEMANDANTE: ASSOCIAÃÃO CULTURAL
E EDUCACIONAL DO PARÃ - ACEPA DEMANDADO: SANDRO CUNHA PEREIRA SENTENÃA Â Â Â Â
 Cuida-se de AÃÃO MONITÃRIA movida por ASSOCIAÃÃO CULTURAL E EDUCACIONAL DO PARà -
ACEPA em face de SANDRO CUNHA PEREIRA.      Afirma a parte demandante que é credora
da requerida em quantia (NÃO ATUALIZADA) correspondente a R$ 9.448,60 (nove mil, quatrocentos e
quarenta e oito reais e sessenta centavos), montante este equivalente a soma das mensalidades vencidas
em 05/09/2013, 05/10/2013, 05/11/2013 e 05/12/2013, cada uma no valor de R$ 1.889,72. Â Â Â Â Â
Tendo sido citado, conforme assinatura do próprio réu no AR juntado à fl. 30, permaneceu o
demandado inerte, não realizando o pagamento da dÃ-vida, nem apresentando embargos.      Em
petição de fls. 30/31, a parte demandante requer o prosseguimento do feito, tendo colacionado o
cálculo da atualização da dÃ-vida.      Os autos vieram-me conclusos.      à O
RELATÃRIO. DECIDO.      A hipótese é de julgamento antecipado da lide, diante da revelia da
parte requerida, conforme previsão do artigo 355, inciso II, do Novo CPC.        Ademais,
vislumbro presentes as condições da ação, sendo o pedido do autor lÃ-cito, possÃ-vel e determinado
(ou determinável).      Dispunha o Código de Processo Civil de 1973: Art. 1.102.a - A ação
monitória compete a quem pretender, com base em prova escrita sem eficácia de tÃ-tulo executivo,
pagamento de soma em dinheiro, entrega de coisa fungÃ-vel ou de determinado bem móvel.      O
novo Código de Processo Civil repetiu a regra nos seguintes termos: Art. 700. A ação monitória pode
ser proposta por aquele que afirmar, com base em prova escrita sem eficácia de tÃ-tulo executivo, ter
direito de exigir do devedor capaz: I - o pagamento de quantia em dinheiro; II - a entrega de coisa fungÃ-vel
ou infungÃ-vel ou de bem móvel ou imóvel; III - o adimplemento de obrigação de fazer ou de não
fazer. §1º A prova escrita pode consistir em prova oral documentada, produzida antecipadamente nos
termos do art. 381.      A ação monitória, portanto, exige prova mÃ-nima da obrigação
mediante documento idôneo sem que necessariamente tenha sido emitido pelo devedor ou contenha sua
assinatura, senão vejamos: PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. AÃÃO MONITÃRIA. A
DOCUMENTAÃÃO NECESSÃRIA PARA A ADMISSIBILIDADE TEM QUE SER IDÃNEA. APTA Ã
FORMAÃÃO DO JUÃZO DE PROBABILIDADE ACERCA DO DIREITO AFIRMADO, A PARTIR DO
PRUDENTE EXAME DO MAGISTRADO. 1. A prova hábil a instruir a ação monitória, a que alude o
artigo 1.102-A do Código de Processo Civil não precisa, necessariamente, ter sido emitida pelo devedor
ou nela constar sua assinatura ou de um representante. Basta que tenha forma escrita e seja suficiente
para, efetivamente, influir na convicção do magistrado acerca do direito alegado. 2. Dessarte, para a
admissibilidade da ação monitória, não é necessário que o autor instrua a ação com prova
robusta, estreme de dúvida, podendo ser aparelhada por documento idôneo, ainda que emitido pelo
próprio credor, contanto que, por meio do prudente exame do magistrado, exsurja o juÃ-zo de
probabilidade acerca do direito afirmado pelo autor. 3. No caso dos autos, a recorrida, ao ajuizar a ação
monitória, juntou como prova escrita sem eficácia de tÃ-tulo executivo a própria nota fiscal do negócio
de compra e venda de mercadorias, seguida do comprovante de entrega assinado e mais o protesto das
duplicatas, que ficaram inadimplidas. A Corte local, após minucioso exame da documentação que
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instrui a ação, apurou que os documentos são suficientes para atender aos requisitos da legislação
processual para cobrança via ação monitória, pois servem como inÃ-cio de prova escrita. A
revisão desse entendimento, demanda o reexame de provas, vedado em sede de recurso especial
(Súmula 7/STJ). 4. Agravo regimental não provido. (AgRg no AREsp 289.660/RN, Rel. Ministro LUIS
FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em 04/06/2013, DJe 19/06/2013) PROCESSO CIVIL -
AÃÃO MONITÃRIA - COBRANÃA PELO FORNECIMENTO DE MERCADORIA - FATURA: DOCUMENTO
HÃBIL - APLICAÃÃO DO ART. 515, § 3º, DO CPC: POSSIBILIDADE. (...) 2. Doutrina e jurisprudência,
inclusive do STJ, têm entendido que é tÃ-tulo hábil para cobrança, documento escrito que prove, de
forma razoável, a obrigação, podendo, a depender do caso, ter sido produzido unilateralmente pelo
credor. 3. à perfeitamente viável instruir ação monitória ajuizada por concessionária de energia
elétrica com cópia de faturas para cobrança por serviços prestados, sendo desnecessária, na
hipótese, a assinatura do devedor. 4. Recurso especial não provido. (REsp 894.767/SE, Rel. Ministra
ELIANA CALMON, SEGUNDA TURMA, julgado em 19/08/2008, DJe 24/09/2008). APELAÃÃO CÃVEL.
AÃÃO MONITÃRIA. NOTA PROMISSÃRIA IRREGULAR E DOCUMENTOS SEM A ASSINATURA DO
DEVEDOR. INTERESSE PROCESSUAL. INTELIGÃNCIA DO ARTIGO 1102A DO CPC. Tanto a nota
promissória irregular - assinada por simples preposto do devedor -, como as notas fiscais acostadas Ã
inicial, são documentos hábeis a instruir a ação monitória, pois inexiste a exigência legal de que os
documentos que embasam tal procedimento contenham a assinatura do devedor. DERAM PROVIMENTO
PARA DESCONSTITUIR A SENTENÃA. (Apelação CÃ-vel Nº 70008534380, Décima Sétima
Câmara CÃ-vel, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Alzir Felippe Schmitz, Julgado em 18/05/2004).  Â
    Desta forma, comprovou a parte demandante que prestou os serviços educacionais ao
demandado, demonstrado categoricamente através do HISTÃRICO ESCOLAR do aluno réu, anexado
às fls. 26/27.      Entrementes, apesar da revelia, não acolho a forma como o autor calculou a
dÃ-vida, fl. 33, pois fugindo do padrão normativo estabelecido para espécie, deveria estar respaldado
em CONTRATO entabulado entre as partes, documento que não consta no processo.      Neste
norte, acrescente-se ao presente julgado, a seguinte jurisprudência, pois embasa a cominação do
dispositivo quanto ao cálculo que deverá ser realizado para a atualização da dÃ-vida: EMENTA:
APELAÃÃO CÃVEL - AÃÃO MONITÃRIA - MENSALIDADE DE FACULDADE - CORREÃÃO MONETÃRIA
E JUROS DE MORA - TERMO INICIAL - VENCIMENTO DE CADA PARCELA - PECULIARIDADE -
VALOR INDICADO NA INICIAL COM ENCARGOS - BIS IN IDEM - INCIDÃNCIA DESDE A
PROPOSITURA DA AÃÃO - CORREÃÃO MONETÃRIA - MATÃRIA DE ORDEM PÃBLICA - CORREÃÃO,
DE OFÃCIO. Em se tratando de dÃ-vida lÃ-quida e a termo certo, os juros e a correção monetária
incidem desde a data do vencimento de cada parcela inadimplida. A incidência dos encargos legais tem
termo inicial na propositura da ação na hipótese em que o valor postulado na inicial já é acrescido
de juros de mora e correção monetária, sob pena de bis in idem. A correção monetária, na
condição de matéria de ordem pública, pode ser alterada de ofÃ-cio no recurso. (TJ-MG - AC:
10000191566579001 MG, Relator: Octávio de Almeida Neves, Data de Julgamento: 21/01/0020, Data de
Publicação: 29/01/2020). EMENTA: APELAÃÃO CÃVEL - AÃÃO MONITÃRIA - FACULDADE DE
DIREITO DE CONSELHEIRO LAFAIETE - MENSALIDADES ESCOLARES - INADIMPLEMENTO DE
PARTE DO VALOR CONTRATUAL - ALEGADA INADEQUAÃÃO DA VIA ELEITA - REJEIÃÃO -
INADIMPLEMENTO NÃO AFASTADO - JUROS - TERMO INICIAL - DATA DO VENCIMENTO -
RECURSO NÃO PROVIDO. - A possibilidade, em tese, de ajuizamento de ação de execução
lastreada em tÃ-tulo executivo extrajudicial não afasta o interesse na propositura de ação monitória
voltada à satisfação de idêntico crédito - Em se tratando de inadimplemento de obrigação
contratual, os juros e a correção monetária devem incidir desde a data de vencimento, momento em
que constituÃ-do em mora o devedor, ex vi do artigo 397, do Código Civil - Recurso não provido. (TJ-MG
- AC: 10461140081419001 MG, Relator: Corrêa Junior, Data de Julgamento: 10/07/2018, Data de
Publicação: 20/07/2018). EMENTA: APELAÃÃO CÃVEL - AÃÃO MONITÃRIA - PRELIMINARES DE
NULIDADE DA SENTENÃA E DE INÃPCIA DA INICIAL - REJEIÃÃO - PRESTAÃÃO DE SERVIÃOS
EDUCACIONAIS - INADIMPLÃNCIA - JUROS DE MORA DE 1% AO MÃS E CORREÃÃO MONETÃRIA -
TERMO INICIAL - VENCIMENTO DA MENSALIDADE ESCOLAR. Mostra-se descabida a pretendida
declaração da nulidade da sentença proferida com base no CPC/15 se os dispositivos legais
mencionados pelo culto sentenciante encontram correspondência no CPC/73 e se não há nenhuma
inovação legislativa trazida pelo CPC/15 quanto ao tema discutido. Não se há de falar em inépcia
da inicial se a parte autora traz aos autos documento escrito sem eficácia de tÃ-tulo executivo bastante Ã
comprovação de seu crédito. Em se tratando de mensalidade escolar, que representa obrigação
positiva e lÃ-quida, os juros moratórios e a correção monetária devem incidir a partir da data do seu
vencimento, nos termos do art. 397 do Código Civil. Prevê o Código Civil, em seu artigo 406,
160
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combinado com o parágrafo primeiro do artigo 161 do CTN, a aplicação de juros moratórios à razão
de 1% ao mês. (TJ-MG - AC: 10382150076679001 Lavras, Relator: José de Carvalho Barbosa, Data de
Julgamento: 30/11/2017, Câmaras CÃ-veis / 13ª CÃMARA CÃVEL, Data de Publicação: 13/12/2017).
EMENTA: APELAÃÃO CÃVEL - AÃÃO MONITÃRIA - CORREÃÃO MONETÃRIA. "A jurisprudência do
STJ é firme no sentido de que a correção monetária incide para manutenção do poder aquisitivo,
motivo pelo qual, o termo inicial, na ação monitória, é a data do vencimento do tÃ-tulo, a fim de não
gerar um enriquecimento da parte contrária" (STJ, AgRg no AREsp 679.160/SP). (TJ-MG - AC:
10512160078931001 MG, Relator: José Augusto Lourenço dos Santos, Data de Julgamento:
28/05/2020, Data de Publicação: 16/06/2020). APELAÃÃO - AÃÃO MONITÃRIA - COBRANÃA DE
DÃVIDA LIQUIDA E COM VENCIMENTO CERTO - INÃCIO DOS JUROS DE MORA E DA CORREÃÃO
MONETÃRIA PELO INPC A PARTIR DA DATA DO VENCIMENTO - APELAÃÃO DESPROVIDA -
SENTENÃA MANTIDA. O inÃ-cio dos juros de mora e da correção monetária para cobrança de
dÃ-vida lÃ-quida com vencimento certo se dá a partir da data do vencimento (AgInt no AREsp 1261493/DF,
Rel. Ministro MARCO AURÃLIO BELLIZZE, TERCEIRA TURMA, julgado em 05/06/2018, DJe 15/06/2018).
(TJ-MT - AC: 00038060620178110086 MT, Relator: GUIOMAR TEODORO BORGES, Data de
Julgamento: 22/05/2019, Quarta Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 27/05/2019).   Â
  Dessa feita, não tendo o demandado efetuado o pagamento da quantia reclamada, tampouco
oferecido qualquer tipo de oposição à cobrança provocada pelo autor (art. 702, do NCPC), com base
no artigo 701, § 2º, do Novo CPC, JULGO PROCEDENTE a Ação Monitória em epÃ-grafe,
declarando, por conseguinte, constituÃ-do de pleno direito, em favor do autor o tÃ-tulo executivo judicial. Â
    CONDENO a parte ré a efetuar o pagamento do débito principal, qual seja, R$ 9.448,60 (nove
mil, quatrocentos e quarenta e oito reais e sessenta centavos), equivalente a soma das mensalidades com
vencimento em 05/09/2013, 05/10/2013, 05/11/2013 e 05/12/2013 (cada uma no valor de R$ 1.889,72),
nos termos da fundamentação, acrescido de juros moratórios de 1% (um por cento) ao mês e
correção monetária pelo INPC, ambos a partir do inadimplemento de CADA parcela vencida.    Â
 CONDENO ainda a parte Ré ao pagamento das custas processuais e honorários advocatÃ-cios, estes
fixados em 10% (vinte por cento) sobre o valor da condenação, nos termos da fundamentação, o
que faço com base no artigo 85, § 2º do Código de Processo Civil.              Â
Após, prossiga-se como execução de tÃ-tulo judicial, por quantia certa contra devedor solvente. Para
tanto, INTIME-SE a exequente para apresentação de memorial de cálculo atualizado e conforme os
ditames da presente sentença. Em sequência, intime-se a parte executada para, nos termos do art. 523,
do CPC, efetuar, no prazo de quinze dias, o pagamento do montante atualizado com juros e correção
monetária, advertindo-lhe que, caso não o efetue, será o valor acrescido de multa no percentual de
10% (dez por cento). Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Consequentemente, extingo o processo com
resolução de mérito conforme o disposto no artigo 487, inciso I, do Código de Processo Civil.   Â
           P. R. I. C.               Belém/PA, 02/09/2021. Roberto Andrés
Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital 301 PROCESSO:
00117176820068140301 PROCESSO ANTIGO: 200610390029
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o:
Procedimento Comum Cível em: 03/12/2021 REU:BANCO AMAZONIA SA BASA Representante(s):
GUSTAVO ANDERE CRUZ (ADVOGADO) OAB 56543 - DECIO FREIRE (ADVOGADO)
AUTOR:EDUVALDINA CORREA GEMAQUE AUTOR:JUAREZ SOARES AUTOR:ANA TEREZA SERENI
MURRIETA AUTOR:DIOGENES NEVES DE CARVALHO AUTOR:ELAIR SANTOS CRUZ AUTOR:JOSE
FERNANDES DA SILVA JUNIOR AUTOR:ZILMA CRUZ PINHEIRO DA COSTA Representante(s):
WALDEMAR NOVA DA COSTA FILHO (ADVOGADO) HERMINIO LUIZ DA SILVA (ADVOGADO)
REU:CAIXA DE PREVIDENCIA E ASSISTENCIA AOS FUNCIONARIOS DO BASA - CAPAF
Representante(s): OAB 9999 - SERGIO LUIS TEIXEIRA DA SILVA (ADVOGADO) AUTOR:GLORIANITA
ALVES RAIOL. Autos nº 0011717-68.2006.814.0301 Requerentes: Ana Tereza Sereni Murrieta e outros
Requeridos: Banco da Amazônia S/A e Caixa de Previdência e Assistência aos funcionários do Banco
da Amazônia S/A SENTENÃA            Trata-se de Reclamação Trabalhista,
inicialmente ajuizada perante a Justiça do Trabalho, tendo como autores Ana Tereza Sereni Murrieta e
outros e como réus Banco da Amazônia S/A e Caixa de Previdência e Assistência aos funcionários
do Banco da Amazônia S/A.            Os requeridos apresentaram contestação às fls.
51/61 e 76/83.            Sentença de fls. 89/100 acolheu a preliminar de incompetência
absoluta em razão da matéria, declinando da competência e determinando a remessa dos autos Ã
Justiça competente.            Em sede recursal os autores requereram isenção das
custas, o que fora indeferido, conforme decisão de fl. 131-verso.            Após a
interposição de recursos e mantida a sentença, despacho de fl. 251 determina que seja cumprido o
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ante a constatação das taxativas hipóteses previstas em lei - omissão, obscuridade, contradição
do julgado ou para corrigir erros materiais, ainda que o Superior Tribunal de Justiça venha admitindo de
forma excepcional, limitada a situações teratológicas, os embargos de declaração com efeitos
infringentes, nos quais a fundamentação não estará vinculada às hipótese legais da omissão,
obscuridade e contradição. Destinam-se, portanto, a complementar ou aclarar as decisões judiciais
latu sensu, quando nestas se verificar algum dos mencionados vÃ-cios. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Ã o
que se extrai da seguinte lição: ¿(...) os casos previstos para manifestação dos embargos
declaratórios são especÃ-ficos, de modo que somente são admissÃ-veis quando houver obscuridade,
contradição ou omissão em questão (ponto controvertido) sobre o qual deveria o juiz ou tribunal
pronunciar-se necessariamente. Os embargos de declaração são espécie de recurso de
fundamentação vinculada.¿               Dito isto, passo a análise das alegações
do embargante.               Compulsando os autos, verifica-se que sentença de fl. 246
extinguiu a ação com resolução do mérito, ante a homologação do acordo firmado entre as
partes.                 Feitas as devidas ponderações e analisando detidamente os
autos, constato que realmente houve um equÃ-voco no dispositivo da sentença ao constar a frase
¿Quanto ao autor WALBER NOGUEIRA E SILVA, em virtude de não haver manifestação no pedido
de homologação de acordo peticionado, o processo continuará com seu devido prosseguimento¿,
pois todas as partes - requerentes e requeridos - anuÃ-ram com os termos do acordo assinado, razão
pela qual deve o processo ser extinto para todas as partes. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Isto posto,
com fulcro no art. 1022 e ss do CPC/2015, ACOLHO os Embargos de Declaração interpostos, para
sanar a contradição existente na sentença de fl. 246, determinando a exclusão da frase ¿Quanto
ao autor WALBER NOGUEIRA E SILVA, em virtude de não haver manifestação no pedido de
homologação de acordo peticionado, o processo continuará com seu devido prosseguimento¿, do
dispositivo da sentença.               Mantidos os demais termos da sentença
inalterados.               Belém/PA, 30/08/2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz de
Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital 303 PROCESSO: 00128991420158140301
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES
ITZCOVICH A??o: Procedimento Comum Cível em: 03/12/2021 AUTOR:MARIA HELENA OLIVEIRA
FERREIRA Representante(s): OAB 17670 - MAYARA LUCIA DE SOUZA NASCIMENTO (ADVOGADO)
REU:INSS INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL. Considerando a certidão de fl. 88, intime-se a
parte requerente, pessoalmente, para, no prazo de 05 (cinco) dias, manifestar-se quanto ao interesse no
prosseguimento do feito, requerendo o que entender de direito, sob pena de extinção do processo (art.
485, III, §1º, CPC/2015).            Após o prazo, certificar acerca da manifestação e
fazer os autos conclusos.      SE NECESSÃRIO, SERVIRà CÃPIA DESTE (A)
DESPACHO/DECISÃO COMO MANDADO conforme autorizado pelo PROVIMENTO CJ/CI 003/2009,
devendo o Sr. Diretor Observar o disposto em seus nos artigos 3º e 4º.               Â
           Belém/PA, 21/10/2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª
Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital 302 PROCESSO: 00132992820158140301 PROCESSO ANTIGO: ---
- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o:
Procedimento Comum Cível em: 03/12/2021 AUTOR:ALEXANDRE LEITAO LIMA Representante(s): OAB
7426 - GISELLE ALINE DE AQUINO CABECA (ADVOGADO) OAB 19591 - ERIVALDO NAZARENO DO
NASCIMENTO FILHO (ADVOGADO) REU:SPE PROGRESSO INCORPORADORA LTDA
Representante(s): OAB 16956 - LUCAS NUNES CHAMA (ADVOGADO) OAB 21074-A - FABIO RIVELLI
(ADVOGADO) REU:ASACORP EMPREENDIMENTOS E PARTICIPACOES LTDA Representante(s): OAB
16956 - LUCAS NUNES CHAMA (ADVOGADO) OAB 21074-A - FABIO RIVELLI (ADVOGADO) REU:PDG
REALTY SA EMPREENDIMENTOS E PARTICIPACOES Representante(s): OAB 16956 - LUCAS NUNES
CHAMA (ADVOGADO) OAB 21074-A - FABIO RIVELLI (ADVOGADO) REU:ELO INCORPORADORA
LTDA Representante(s): OAB 13179 - EDUARDO TADEU FRANCEZ BRASIL (ADVOGADO) OAB 12724 -
GUSTAVO FREIRE DA FONSECA (ADVOGADO) REU:LEAL MOREIRA ENGENHARIA LTDA
Representante(s): OAB 13179 - EDUARDO TADEU FRANCEZ BRASIL (ADVOGADO) OAB 12724 -
GUSTAVO FREIRE DA FONSECA (ADVOGADO) . Processo nº: 0013299-28.2015.8.14.0301
Requerente(s): Alexandre Leitão Lima Requerido(s): SPE - Progresso Incorporadora Ltda, Asacorp
Empreendimentos e Participações Ltda., PDG Reality S/A Empreendimentos e Participações, Elo
Incorporadora Ltda. e Leal Moreira Engenharia Ltda. SENTENÃA Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â RELATÃRIO Â Â
         Cuida-se de Ação Ordinária de Obrigação de Fazer e de não fazer c/c
Reconhecimento aos Lucros Cessantes e Indenização por Perdas e Danos Materiais e Morais.    Â
       Ocorre que o autor peticionou às fls. 583/586, informando transação extrajudicial e
quitação do acordo, requerendo a extinção do processo.            FUNDAMENTAÃÃO
163
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
Somente haverá isenção da obrigação de indenizar do promitente vendedor caso configure uma
das hipóteses de excludente de responsabilidade, o que não ocorreu na espécie(...).(AgRg no REsp
1523955/SP, Rel. Ministro MARCO BUZZI, QUARTA TURMA, julgado em 01/12/2015, DJe 11/12/2015).Â
         Frisa-se que, no meu sentir, o lucro cessante não é algo hipotético, pois
originário de um efeito danoso concreto (atraso na entrega do imóvel) e é plenamente possÃ-vel
presumir o prejuÃ-zo sofrido, sendo exigÃ-vel apenas que o lesado consiga demonstrar, dentro da
razoabilidade, o montante do dano sofrido.          Em suma: filio-me a jurisprudência do
Superior de Tribunal de Justiça, bastando a comprovação do atraso na entrega para que ocorra o
dano. Reforça-se que, no caso concreto, o atraso injustificado é patente, consoante ao norte decidido.
Coerente com a linha de entendimento do Superior Tribunal de Justiça, no meu entender, pouco importa
o destino a ser dado ao imóvel pelo consumidor: se para fins residenciais ou locatÃ-cio. Exigir do
consumidor, desde o inÃ-cio da compra, uma posição estanque acerca da finalidade a ser dada ao
imóvel, é onerá-lo em demasia, desnecessariamente e, por via transversas, desnaturar a aplicação
do entendimento consolidado do Superior Tribunal de Justiça. Ora, a vontade do consumidor pode mudar
ao longo da construção do empreendimento, trata-se de algo transitório, que, nem por isso, afasta a
responsabilidade da construtora em ressarci-lo pelo que deixou de ganhar com o imóvel. Tal
posicionamento se coaduna inclusive com os princÃ-pios e vigas mestras da lei 8078/90, colocando o
consumidor, parte hipossuficiente da relação, em prestigiada posição de proteção, frente ao
crescente desrespeito das construtoras no cumprimento de prazos das obras. Até por isso que, nos
julgados do Superior Tribunal de Justiça, não há qualquer tipo de ressalva acerca da finalidade a ser
dada ao imóvel: o simples atraso injustificado na entrega já gera o dever de indenizar. Com esse
entendimento, transcreve-se: (...) A destinação que o promitente comprador daria ao bem, se para fins
de moradia ou locação, se auferiria renda, ou não, em nada influencia na obrigação de o
promitente vendedor compor lucros cessantes, que são comprovados diante da própria mora. 4. A não
entrega do imóvel prometido no prazo ajustado no contrato impõe ao promitente vendedor a
obrigação de indenizar o promitente comprador pelos lucros cessantes (...) (Apelação CÃ-vel nº
20130111573979 (876042), 3ª Turma CÃ-vel do TJDFT, Rel. Fátima Rafael. j. 17.06.2015, DJe
26.06.2015). (...)A destinação que o promitente comprador daria ao bem, se para fins de moradia ou
locação, se auferiria renda, ou não, em nada influencia na obrigação de o promitente vendedor
compor lucros cessantes, que são comprovados diante da própria mora. (...) (Apelação CÃ-vel nº
20140310023959 (876032), 3ª Turma CÃ-vel do TJDFT, Rel. Fátima Rafael. j. 17.06.2015, DJe
26.06.2015 (...) Em caso de atraso na entrega de imóvel adquirido, para fins residenciais ou comerciais,
é presumido o prejuÃ-zo sofrido pela privação do bem durante o perÃ-odo de mora, tendo em vista que
não se cogita alguém investir vultuosa quantia se não for para fazer do bem a sua moradia, local de
trabalho ou obter dele um retorno financeiro por meio da renda proveniente dos aluguéis(...)
(Apelação CÃ-vel nº 2014.025964-4, 3ª Câmara CÃ-vel do TJRN, Rel. João Rebouças. j.
08.09.2015). Â Â Â Â Â Â Â Â Â Conforme se verifica do contrato, a entrega da unidade se daria em
JANEIRO/2012, já contando com o prazo de tolerância.          Sendo assim, reconhecido o
dever de indenização por lucros cessantes, torna-se necessária a fixação do termo inicial e final de
sua aplicação. Para tanto, em sintonia com o que foi decidido no item precedente, considerar-se-á
como termo inicial, a data prevista para a entrega do empreendimento, JANEIRO/2012, já incluÃ-do aÃ- o
prazo de tolerância de 180 dias. Após esse perÃ-odo inicial, a requerida estará obrigada a ressarcir
mensalmente o requerente pelo que deixou de ganhar com o imóvel em um quantum, até a data de
entrega do imóvel, que se deu em 16/07/2013, conforme TERMO DE VISTORIA de fl. 140.       Â
  Diante de todo o exposto, vejo que o pagamento de valores correspondentes aos aluguéis, a tÃ-tulo
de lucros cessantes, é devido, e, observando-se as caracterÃ-sticas gerais, bem como localização e
tamanho do imóvel discutido nos presentes autos, resolvo arbitrar a quantia mensal de R$ 2.000,00 [dois
mil reais], o que considero compatÃ-vel com os critérios de razoabilidade e proporcionalidade. DO
CONGELAMENTO DO SALDO DEVEDOR         Os autores pleitearam a declaração de
nulidade de aplicação de correção monetária, juros de mora e multa sobre o saldo devedor, durante
o perÃ-odo de atraso na entrega do empreendimento e da liberação da documentação da construtora
para a contratação do financiamento, com a devolução em dobro do que foi cobrado como
excedente ao devido.         Por outro lado, o contrato prevê item sobre correção
monetária aplicável no caso concreto.         Mais uma vez reforço que adotarei
posicionamento já consagrado pela jurisprudência, fazendo, quando relevantes, observações
pontuais.         Pois bem. A correção monetária é a recuperação do poder de
compra do valor emprestado. Com outras palavras: trata-se de uma atualização do valor da moeda face
ao poder corrosivo da inflação. Não representa lucro (juros remuneratórios) pelo valor emprestado,
167
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mas sim, como dito, preservação do valor do dinheiro para manutenção do equilÃ-brio econômico-
financeiro de um contrato. O Ã-ndice a ser adotado para correção monetária deve estar expressamente
pactuado em contrato, bem como um substituto, caso haja a extinção do primeiro pactuado.     Â
   Em contratos de compra e venda de imóveis é comum a previsão de aplicação de um Ã-ndice
de correção monetária durante o prazo de construção do imóvel e de outro Ã-ndice após a
entrega. Â Â Â Â Â Â Â Â Primeiro ponto digno de destaque versa sobre o congelamento do saldo
devedor, isto é, escoado o prazo de entrega do empreendimento, o atraso justificaria a não incidência
de qualquer tipo de atualização monetária.         Comungo do entendimento de que o
congelamento em si é indevido. A correção faz-se relevante para manutenção proporcional da
sinalagma. Ã que o saldo devedor a ser financiado, necessariamente, precisa passar por uma
atualização do valor monetário ante ao poder de corrosão da inflação. Pensar de forma diferente,
no meu sentir, conduziria ao enriquecimento ilÃ-cito do consumidor, o qual teria a valorização do imóvel
ao longo do tempo, sem a contrapartida de atualização monetária do valor da moeda. Portanto, a
cláusula que prevê a atualização monetária do saldo devedor não pode ser tida como ilegal por
abusividade.         à desta forma que entende o Superior Tribunal de Justiça e o Tribunal de
Justiça do Estado do Pará: RECURSO ESPECIAL Nº 1.579.663 - RN (2016/0017711-4). RELATOR :
MINISTRO RICARDO VILLAS BÃAS CUEVA. DECISÃO (...) Por fim, o recurso merece prosperar em
relação à alegação de não ser possÃ-vel o congelamento do saldo devedor até a efetiva entrega
do bem. O entendimento desta Corte Superior está consolidado no sentido de que "a correção
monetária constitui mera reposição do valor real da moeda, devendo ser integralmente aplicada, sob
pena de enriquecimento sem causa de uma das partes" (REsp n. 1.391.770, Primeira Turma, Rel. Min.
Benedito Gonçalves, DJe de 9/4/2014. No mesmo sentido: REsp n. 1.202.514/RS, Terceira Turma, Rel.
Nancy Andrighi, DJe de 30/6/2011; e AgRg no REsp n. 780.581/GO, Quarta Turma, Rel. Min. Luis Felipe
Salomão, DJe de 19/10/2010). Nesse contexto, o fato de o vendedor encontrar-se em mora no
cumprimento da sua obrigação no caso a entrega do imóvel não justifica a suspensão da cláusula
de correção monetária do saldo devedor, na medida em que inexiste equivalência econômica entre
as duas obrigações/direitos. Em outras palavras, o prejuÃ-zo decorrente do atraso na conclusão da
obra não guarda correspondência como o valor da correção monetária do saldo devedor para o
perÃ-odo de inadimplência. (...)precedente: "CIVIL. CONTRATOS. COMPRA E VENDA DE IMÃVEL.
MORA NA ENTREGA DASCHAVES. CORREÃÃO MONETÃRIA DO SALDO DEVEDOR. SUSPENSÃO.
IMPOSSIBILIDADE. INEXISTÃNCIA DE EQUIVALÃNCIA ECONÃMICA DAS OBRIGAÃÃES.
DISPOSITIVOS LEGAIS ANALISADOS: ARTS. 395, 884 E 944 DO CC/02; 1º DA LEI Nº 4.864/65; E 46
DA LEI Nº 10.931/04. (...) 3. A correção monetária nada acrescenta ao valor da moeda, servindo
apenas para recompor o seu poder aquisitivo, corroÃ-do pelos efeitos da inflação, constituindo fator de
reajuste intrÃ-nseco à s dÃ-vidas de valor.4. Nos termos dos arts. 395 e 944 do CC/02, as indenizações
decorrentes de inadimplência contratual devem guardar equivalência econômica com o prejuÃ-zo
suportado pela outra parte, sob pena de se induzir o desequilÃ-brio econômico-financeiro do contrato e o
enriquecimento sem causa de uma das partes. 5. Hipótese de aquisição de imóvel na planta em que,
diante do atraso na entrega das chaves, determinou-se fosse suspensa a correção monetária do saldo
devedor. Ausente equivalência econômica entre as duas obrigações/direitos, o melhor é que se
restabeleça a correção do saldo devedor, sem prejuÃ-zo da fixação de outras medidas, que tenham
equivalência econômica com os danos decorrentes do atraso na entrega das chaves e, por conseguinte,
restaurem o equilÃ-brio contratual comprometido pela inadimplência da vendedora. 6. Considerando, de
um lado, que o mutuário não pode ser prejudicado por descumprimento contratual imputável
exclusivamente à construtora e, de outro, que a correção monetária visa apenas a recompor o valor
da moeda, a solução que melhor reequilibra a relação contratual nos casos em que, ausente má-
fé da construtora, há atraso na entrega da obra, é a substituição, como indexador do saldo
devedor, do Ãndice Nacional de Custo de Construção (INCC, que afere os custos dos insumos
empregados em construções habitacionais, sendo certo que sua variação em geral supera a
variação do custo de vida médio da população) pelo Ãndice Nacional de Preços ao Consumidor
Amplo (IPCA, indexador oficial calculado pelo IBGE e que reflete a variação do custo de vida de
famÃ-lias com renda mensal entre 01 e 40 salários mÃ-nimos), salvo se o INCC for menor. Essa
substituição se dará com o transcurso da data limite estipulada no contrato para a entrega da obra,
incluindo-se eventual prazo de tolerância previsto no instrumento. (REsp 1454139/RJ, Rel. Ministra
NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em 03/06/2014, DJe 17/06/2014). Inconteste, portanto,
que o acórdão recorrido foi prolatado em dissonância com a jurisprudência deste Tribunal Superior,
carecendo de reforma. RECURSO ESPECIAL Nº 1.579.663 - RN (2016/0017711-4), DE 18.02.2016,.
RELATOR : MINISTRO RICARDO VILLAS BÃAS CUEVA. Ministro RICARDO VILLAS BÃAS CUEVA.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
superior a 180 dias, passando a incidir o prazo de tolerância de 180 dias, entendido como razoável
conforme argumentação ao norte.               CONDENAR a parte requerida em
lucros cessantes, no que diz respeito ao ressarcimento ao requerente pelo que este poderia auferir a
tÃ-tulo de aluguel com o imóvel objeto da presente ação, a partir de JANEIRO/2012 até a data de
entrega do imóvel, que se deu em 16/07/2013, conforme TERMO DE VISTORIA de fl. 140, no valor
mensal de R$ 2.000,00 [dois mil reais], nos termos da fundamentação, corrigindo a cada vencimento,
mensalmente, pelo INPC, até o efetivo pagamento, e acrescido de juros de mora de 1% ao mês desde
a data da citação.               CONDENAR a requerida ao pagamento de R$
10.000,00 (dez mil reais), a tÃ-tulo de danos morais, ao requerente, com juros de 1% ao mês,
contabilizados a partir da citação, e correção monetária, com adoção do INPC, a partir do
arbitramento do valor estipulado nesta sentença até seu efetivo pagamento (Súmula 362 do STJ).  Â
            CONDENAR a parte requerida ao pagamento das custas e despesas
processuais, bem como aos honorários advocatÃ-cios, ora fixados em 10% sobre o valor da
condenação, considerando o PrincÃ-pio da Causalidade que rege o caso em concreto e de acordo com
a orientação pacÃ-fica da jurisprudência.               Nos termos do artigo 46, caput,
da Lei estadual n. 8.328, de 29/12/2015, fica advertida a parte responsável de que, na hipótese de,
havendo custas, não efetuar o pagamento delas no prazo legal, o respectivo crédito, além de
encaminhado para inscrição em DÃ-vida Ativa, sofrerá atualização monetária e incidência de
outros encargos legais. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Fica autorizado o desentranhamento de documentos
por quem os juntou, exceto a procuração, substituindo-os por cópias que poderão ser declaradas
autênticas pelo patrono nos termos do artigo 425, IV do CPC/2015, devendo o cartório certificar o ato de
desentranhamento;               Certificado o trânsito em julgado, havendo custas
pendentes, intime-se o responsável para o recolhimento, sob pena de inscrição na dÃ-vida ativa. Inerte,
inscreva-se.               Após, cumpridas as cautelas legais, arquivar os presentes
autos e dar baixa na distribuição.               P.R.I.C. Belém/PA, 04/10/2021.
Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital 301
PROCESSO: 00147222320158140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o: Monitória
em: 03/12/2021 REQUERENTE:MARIA DE NAZARE CARDOSO DE OLIVEIRA REQUERENTE:REGINA
LUCIA CARDOSO DE OLIVEIRA Representante(s): OAB 6933 - MARIA REGINA ARRUDA BARRETO
(ADVOGADO) REQUERIDO:CLYDIONOR RENDEIRO DE SA. PROCESSO: 0014722-23.2015.814.0301
REQUERENTE: MARIA DE NAZARÃ CARDOSO DE OLIVEIRA e REGINA LUCIA CARDOSO DE
OLIVEIRA REQUERIDO: CLYDIONOR RENDEIRO DE SÃ SENTENÃA RELATÃRIO Â Â Â Â Â Â Cuida-
se de AÃÃO MONITÃRIA movida por MARIA DE NAZARÃ CARDOSO DE OLIVEIRA e REGINA LUCIA
CARDOSO DE OLIVEIRA em face de CLYDIONOR RENDEIRO DE SÃ. Â Â Â Â Â Â Afirma a parte
demandante que propôs AÃÃO REINVIDICATÃRIA C/C COM PERDAS E DANOS MORAIS, MATERIAIS
e LUCROS CESSANTES, tendo sido vencedora na ação que tramitou na 8ª Vara, processo de nº.
0060066-95.2013.814.0301, com sentença transitada em julgado em 17/10/2014, onde o demandado foi
obrigado a indenizar a construção de um muro que derrubou.       Pontua que a sentença
condenou o demandado a pagar o valor de R$ 3.434,08 pela construção do muro, valor este informado
nos autos, que lá está sendo executado, por ser condenação de sentença.       Declara
que, entretanto, no levantamento do muro, o requerido não acatou a decisão do juÃ-zo e a demandante
construiu o muro, sendo que o custo, na verdade, teria totalizado o valor de R$ 9.346,10, quantia superior
à condenação estipulada sem sentença.       Informa que o valor da diferença não
poderá ser executado nos autos de nº. 0060066-95.2013.814.0301, em razão de assim não estar
consignado na condenação, motivo pelo qual ajuizou a presente ação monitória, para
posteriormente executar a referida quantia, que equivaleria a R$ 5.912,02. Â Â Â Â Â Â Junta documentos.
      Devidamente citada, conforme comprova o AR de fl. 21, a parte requerida permaneceu inerte.
      Os autos vieram-me conclusos. JULGAMENTO ANTECIPADO      No caso sub
examine, desnecessária a ampliação probatória, posto que o feito já contém elementos suficientes
para apreciação e julgamento e, ainda, em atenção ao princÃ-pio da livre convicção, antecipo o
julgamento do mérito, na forma do art. 355, I, do CPC/2015, o qual estabelece a conveniência do
julgamento antecipado do pedido, quando não houver necessidade de outras provas.      Nesse
sentido, há tempos a jurisprudência dos tribunais superiores aponta que ¿Presentes as condições
que ensejam o julgamento antecipado da causa, é dever do juiz e não mera faculdade, assim o
proceder¿. FUNDAMENTAÃÃO: OCORRÃNCIA DE COISA JULGADA      Na Constituição
Federal de 1988, o termo "coisa julgada" é mencionado no artigo 5º, inciso XXXVI, que o descreve
como garantia fundamental e prevê que a lei não pode prejudicar a coisa julgada.      O
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conceito de coisa julgada está previsto no artigo 502 do Código de Processo Civil, que a denomina como
sendo uma autoridade que impede a modificação ou discussão de decisão de mérito da qual não
cabe mais recursos. Â Â Â Â Â A coisa julgada decorre diretamente do esgotamento ou dispensa das vias
recursais, tornando definitiva a decisão que enfrentou a questão principal do processo.      Â
Nos presentes autos, a própria parte autora informa sobre a existência de ação interior, de nº.
0060066-95.2013.814.0301, onde foi vencedora, e a parte requerida condenada, nos seguintes termos,
conforme sentença colacionada à fl. 08: ¿Condeno o réu ao pagamento de R$ 3.434,08 referente ao
custeio da construção do muro em questão¿.      Ocorre que, a referida sentença em seu
dispositivo, foi especifica e peremptória quanto ao montante devido para a construção do citado muro,
objeto do litÃ-gio, de modo que se a parte demandante discordasse do valor, deveria ter escolhido a via
adequada para impugnação, qual seja, o recurso que melhor se amoldasse a hipótese.     Â
Apesar da existência do referido processo e da referida sentença, decidiram os demandantes ajuizar
novo processo para discutir o citado litÃ-gio entre as partes, o que sem dúvidas gera estranheza. Ora, já
tendo a sentença do processo de nº. 0060066-95.2013.814.0301 transitado em julgado em 17/10/2014,
não poderá agora a parte demandante, com a desculpa de receber valores excedentes, ajuizar nova
ação arguindo o mesmo objeto de causa julgada anteriormente.        No caso em apreço,
é inviável a formulação de pedido idêntico, a pretexto de receber valor superior ao especificado em
condenação, pois houve a renúncia da pretensão condenatória superior ao montante estipulado em
sentença, uma vez que esta transitou em julgado. Aliás, é exatamente por essa razão que a parte
autora não conseguiu e nem conseguirá embutir o excedente, qual seja, R$ 5.912,02, no cumprimento
de sentença da ação de nº. 0060066-95.2013.814.0301.       Desta forma, a pretexto de
receber valores excedentes, não pode a parte autora, neste momento, insurgir-se em um novo processo,
sobretudo porque a sentença do processo anteriormente ajuizado já foi clara ao condenar a parte
requerida em indenização de valor ESPECÃFICO. Caso contrário, estarÃ-amos diante de flagrante
ofensa à coisa julgada. Vejamos a jurisprudência: RECURSO INOMINADO. CONSUMIDOR.
TELEFONIA MÃVEL. AÃÃO DE REPETIÃÃO DE INDÃBITO C/C INDENIZAÃÃO POR DANOS MORAIS.
COBRANÃA A MAIOR. DESCUMPRIMENTO DE DECISÃO JUDICIAL TRANSITADA EM JULGADO.
AJUIZAMENTO DE NOVA AÃÃO. COISA JULGADA. EXECUÃÃO NOS AUTOS DO PROCESSO
ORIGINÃRIO. SENTENÃA REFORMADA. A parte autora pede provimento ao recurso, para reformar a
sentença que julgou parcialmente procedente a demanda. Descumprimento de decisão judicial,
transitada em julgado, prolatada nos autos de ação anteriormente ajuizada entre as mesmas partes.
Pretensão que deve ser formulada nos autos do processo originário, já em fase de cumprimento de
sentença, pena de ofensa à coisa julgada. Portanto, merece ser reformada a decisão para o fim de
decretar a extinção do processo sem julgamento do mérito, nos termos do art. 267, inciso V, do
CPC.EXTINÃÃO, DE OFÃCIO, DO FEITO, RESTANDO PREJUDICADO O RECURSO. (TJ-RS - Recurso
CÃ-vel: 71005704390 RS, Relator: José Ricardo de Bem Sanhudo, Data de Julgamento: 24/11/2015,
Primeira Turma Recursal CÃ-vel, Data de Publicação: 26/11/2015). EMENTA: APELAÃÃO. AÃÃO DE
INDENIZAÃÃO. PRELIMINAR. DIALETICIDADE. REJEITADA. AFRONTA Ã COISA JULGADA.
IMPOSSIBILIDADE DE REDISCUSSÃO DA MATÃRIA DISCUTIDA EM PROCESSO ANTERIOR. O
descumprimento da obrigação de cancelar os descontos determinada em sentença anterior transitada
em julgado, deve ser objeto de cumprimento de sentença e não ajuizamento de nova ação. (TJ-MG -
AC: 10000200411924001 MG, Relator: Rogério Medeiros, Data de Julgamento: 13/08/2020, Câmaras
CÃ-veis / 13ª CÃMARA CÃVEL, Data de Publicação: 14/08/2020). AGRAVO DE INSTRUMENTO.
AÃÃO MONITÃRIA EM FASE DE CUMPRIMENTO DE SENTENÃA. IMPUGNAÃÃO. INCOMPETÃNCIA
DO JUÃZO AFASTADA POR DECISUM TRANSITADO EM JULGADO. COISA JULGADA.
IMPOSSIBILIDADE DE REDISCUSSÃO DA MATÃRIA. REJEIÃÃO DA IMPUGNAÃÃO MANTIDA. Há
preclusão consumativa, quando as questões tiverem sido objeto de decisão anterior definitivamente
julgada, sendo vedado renovar sua discussão no curso do processo, nos termos do artigo 507 do
CPC/2015. Precedentes do STJ e desta Corte. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. (TJ-GO - AI:
04599529820188090000, Relator: NELMA BRANCO FERREIRA PERILO, Data de Julgamento:
29/07/2019, 4ª Câmara CÃ-vel, Data de Publicação: DJ de 29/07/2019).      Todavia, isto
não é tudo. Ao se deparar com a chamada eficácia preclusiva da coisa julgada, enfrenta-se uma
situação especial, que projeta os efeitos da decisão de mérito para fora do processo, impedindo a
propositura de demanda nova que alcança as questões de fato e de direito efetivamente alegadas e
aquelas que poderiam ser alegadas, passado em julgado a sentença de mérito, acompanhando a coisa
julgada material.      Esse efeito não se relaciona somente com um processo especÃ-fico (na sua
causa de pedir, partes e pedidos) mas sim em toda a relação jurÃ-dica principal e derivada do objeto da
causa. Isto porque, o fracionamento da demanda, que é o que se busca neste processo, não é
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admitido. A parte, de acordo com o Processo Civil vigente, tem a obrigação de requerer todos os
pedidos que pode fazer em uma só ação ou os não feitos estarão atingidos pela eficácia
preclusiva da coisa julgada, tal como prescreve o art. 474 do CPC. Vejamos: JUIZADOS ESPECIAIS
CÃVEIS. CONSUMIDOR. CONTRATO DE COMPROMISSO DE COMPRA E VENDA DE IMÃVEL.
ATRASO NA ENTREGA. DESCUMPRIMENTO CONTRATUAL. AJUIZAMENTO DE DUAS AÃÃES EM
JUÃZOS DE COMPETÃNCIA DIVERSA. FRACIONAMENTO DA AÃÃO. MESMA CAUSA DE PEDIR.
IMPOSSIBILIDADE. PRELIMINAR DE OFÃCIO. APLICAÃÃO DA NORMA DO ART. 474 DO CPC.
EFICÃCIA PRECLUSIVA DA COISA JULGADA. EXTINÃÃO SEM MÃRITO. 1. Contrato de compra e
venda de imóvel. Discussão que girou em torno do contrato que firmaram, descumprido pela recorrente,
sendo o pedido de indenização referente ao descumprimento do mesmo contrato dirigido ao juizado
especial e o de rescisão ao juÃ-zo cÃ-vel comum. 2. Fracionamento que não se admite. Com base na
mesma causa de pedir e contra a mesma pessoa, ou o autor deduz todos os pedidos que pode fazer em
uma só ação ou os não feitos estarão atingidos pela eficácia preclusiva da coisa julgada, tal como
prescreve o art. 474 do CPC ("Art. 474. Passada em julgado a sentença de mérito, reputar-se-ão
deduzidas e repelidas todas as alegações e defesas, que a parte poderia opor assim ao acolhimento
como à rejeição do pedido"). 3. A eficácia preclusiva da coisa julgada liga-se a uma garantia
fundamental, que é a efetividade do processo judicial. Havendo possibilidade de alteração da
sentença em outro processo, a atividade jurisdicional e o próprio estado de direito ficam em risco de
não serem observados com o sentido de definitivo, previsto no art. 5º, XXXVI, da CF e art. 6º da LICC.
4. Sendo inadmissÃ-vel a fragmentação da lide, não é possÃ-vel fragmentar a causa de pedir por ato
do advogado, assim também como não o é por ato do Juiz. Em outras palavras, delimitada a
demanda, o Juiz é competente para todos os pedidos ou não o é para todos. 5. Preliminar de ofÃ-cio
acolhida para a extinção sem mérito do feito. (TJ-DF - ACJ: 20140710308243, Relator: ARNALDO
CORRÃA SILVA, Data de Julgamento: 16/06/2015, 2ª Turma Recursal dos Juizados Especiais do Distrito
Federal, Data de Publicação: Publicado no DJE : 01/09/2015 . Pág.: 420).       Com base em
toda a fundamentação despendida e diante da existência do processo de número 0060066-
95.2013.814.0301, sentenciado COM RESOLUÃÃO de mérito, declaro ex officio a ocorrência coisa
julgada sobre a presente demanda, o que por lógica impede o reconhecimento dos pedidos aqui
ventilados. Neste norte: Apelação. Responsabilidade Civil. Ação de reparação de danos. Danos
morais. Retenção de valores. Sentença de procedência quanto aos danos morais. Decisão que
deve ser afastada. COISA JULGADA QUE DEVE SER RECONHECIDA DE OFÃCIO. Discussão quanto
à retenção indevida de valores realizada exaustivamente nos autos da ação de obrigação de
fazer de nº 1110860-52.2017.8.26.0100 onde foi analisado o mesmo corpo probatório, sendo proferido
voto por este relator. Inteligência do art. 508 do Código de Processo Civil que dispõe que:
"TRANSITADA EM JULGADO A DECISÃO DE MÃRITO, CONSIDERAR-SE-ÃO DEDUZIDAS E
REPELIDAS TODAS AS ALEGAÃÃES E AS DEFESAS QUE A PARTE PODERIA OPOR TANTO AO
ACOLHIMENTO QUANTO Ã REJEIÃÃO DO PEDIDO". RECONHECIMENTO DE COISA JULGADA DE
OFÃCIO. Sentença anulada, extinguindo-se o feito sem resolução do mérito com fulcro no art. 485,
V do Código de Processo Civil. Recurso prejudicado. RECURSO PREJUDICADO. (TJ-SP - AC:
10493936720208260100 SP 1049393-67.2020.8.26.0100, Relator: L. G. Costa Wagner, Data de
Julgamento: 30/04/2021, 34ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 30/04/2021).   Â
DISPOSITIVO      Ante o exposto, diante da ocorrência do fenômeno da coisa julgada material,
em face de anterior pronunciamento judicial sobre o objeto aventado nos presentes autos, JULGO
EXTINTO o processo sem resolução do mérito, na forma do art. art. 485, V, do Código de Processo
Civil/2015. Â Â Â Â Â CONDENO o autor ao pagamento das custas e despesas processuais, bem como
dos honorários advocatÃ-cios, ora fixados em 10% sobre o valor da causa, suspendendo-se, contudo, a
exigibilidade face a assistência judiciária gratuita deferida às fls. 19, enquanto perdurar a condição
de hipossuficiência, observado o disposto no art.98, §3º, do CPC/2015.      Fica autorizado o
desentranhamento de documentos por quem os juntou, exceto a procuração, substituindo-os por
cópias que poderão ser declaradas autênticas pelo patrono nos termos do artigo 425, IV do CPC/2015,
devendo o cartório certificar o ato de desentranhamento.      Certificado o trânsito em julgado e
observadas as formalidades legais, arquivar os presentes autos e dar baixa na distribuição.     Â
P.R.I.C. Belém/PA, 02/09/2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e
Empresarial da Capital 301 PROCESSO: 00152442120138140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o:
Procedimento Comum Cível em: 03/12/2021 AUTOR:NIVALDO JOSE FERREIRA BANDEIRA
Representante(s): OAB 1132 - MIGUEL BRASIL CUNHA (ADVOGADO) REU:FUNDACAO NACIONAL DE
SAUDE - FUNASA. Considerando o extenso lapso temporal desde a última decisão, bem como a
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
ausência de manifestação ao ato ordinatório de fl. 208, intime-se a parte requerente, pessoalmente,
para, no prazo de 05 (cinco) dias, manifestar-se quanto ao interesse no prosseguimento do feito,
requerendo o que entender de direito, sob pena de extinção do processo (art. 485, III, §1º,
CPC/2015).            Após o prazo, certificar acerca da manifestação e fazer os autos
conclusos.      SE NECESSÃRIO, SERVIRà CÃPIA DESTE (A) DESPACHO/DECISÃO COMO
MANDADO conforme autorizado pelo PROVIMENTO CJ/CI 003/2009, devendo o Sr. Diretor Observar o
disposto em seus nos artigos 3º e 4º.                          Â
Belém/PA, 22/10/2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e
Empresarial da Capital 302 PROCESSO: 00156828120128140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o: Cautelar
Inominada em: 03/12/2021 REU:AMIL - ASSISTENCIA MEDICA INTERNACIONAL Representante(s):
OAB 1151-A - HUGO FILARDI PEREIRA (ADVOGADO) OAB 12268 - CASSIO CHAVES CUNHA
(ADVOGADO) AUTOR:KAIO DMITRI DOS SANTOS AGUIAR Representante(s): OAB 8419 - FRANCISCO
LINDOLFO COELHO DOS SANTOS (ADVOGADO) . Ação Cautelar Inominada Autos nº: 0015682-
81.2012.814.0301 Requerente(s): KAIO DMITRI DOS SANTOS AGUIAR Requerido(s): AMIL -
ASSISTENCIA MEDICA INTERNACIONAL Juiz: Roberto Andrés Itzcovich Vistos SENTENÃA     Â
           RELATÃRIO                 A parte requerente, por
intermédio de advogado devidamente habilitado, ajuizou a presente Ação Cautelar Inominada com
Pedido de Concessão de Liminar em face do requerido, todos qualificados na inicial, alegando que é
beneficiário do plano de saúde da ré desde o ano de 2004, e que em 09/02/2012 se submeteu a
exames médicos sendo constatando patologia de natureza grave (dilação aneurismática fusiforme
do terço distal da artéria esplênica).                 Aduz que em 29/02/2012 foi
internado em caráter de urgência, necessitando de intervenção cirúrgica, sendo orçado o
procedimento em R$ 76.774,00 (setenta e seis mil setecentos e setenta e quatro reais), todavia a equipe
medica da ré não autorizou o hospital a realizar o procedimento.                Â
Afirma que em 09/04/2012 foi reiterado pelo médico a necessidade da intervenção cirúrgica, mas
sem resposta da ré, razão pela qual ajuizou a presente ação cautelar com pedido de liminar para
que seja determinado a requerida a disponibilização do material necessário a realização da cirurgia
de embolização TTO endovascular de aneurisma de esplênica no autor.              Â
  Foi deferido pedido de gratuidade, deferia a liminar determinando a requerida a autorização
imediata para a realização do procedimento cirúrgico no autor, fls. 34/38.              Â
  Devidamente citada, a requerida contestou às fls. 46/53, afirmando que não se negou a dar
cobertura ao procedimento cirúrgico solicitado pela parte autora, sendo liberado na mesma data em
29/02/2012, razão pela qual a ação é infundada.                 Parte requerida
peticionou às fls. 90/91 requerendo extinção do feito sem julgamento do mérito por perda do objeto.
                Autor não apresentou réplica nem se manifestou sobre interesse no
prosseguimento do feito, fl. 95. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Os autos vieram-me conclusos. Â Â Â Â
            FUNDAMENTAÃÃO                 Trata-se de medida
cautelar proposta com o fito de obter liminar para realização de cirurgia de natureza urgente,
necessária ao tratamento de dilação aneurismática fusiforme do terço distal da artéria esplênica
de que padece a parte autora. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Compulsando os autos verifica-se que o
autor formulou reclamação junto à ANS em 09/04/2012 (fls. 32/33), bem como a liminar foi concedida
em 27/04/2012, decisão de fls. 34/38, e a cirurgia foi realizada em 27/04/2012, conforme documentos
apresentados pela ré às fls. 86/87 e 88, portanto, diversamente do que alega em contestação, o
procedimento cirúrgico não foi autorizado no mesmo dia em que ocorreu a internação do autor, pois
do contrário não teria sido necessário aguardar tanto tempo para o procedimento.          Â
      Em verdade, pela documentação apresentada pela própria demandada é possÃ-vel
observar que somente após a concessão da liminar em 27/04/2012 é que o procedimento cirúrgico
foi finalmente realizado no requerente, sendo completamente desnecessário a expressa negativa da ré,
bastando a demora na autorização para realizar o procedimento cirúrgico no autor para comprovar a
resistência do plano de saúde.                 Ademais, é fato incontroverso que a
parte autora não propôs nenhuma ação em face da requerida após a concessão da liminar de fls.
34/38, o que acarretaria, em tese, a extinção da medida cautelar, com a cessação de sua eficácia
(o art. 308, do CPC), entretanto, eventual revogação da liminar não traria nenhum efeito prático, na
medida em que a cirurgia foi realizada com sucesso no requerente, graças à tutela jurisdicional prestada.
                No caso concreto, a finalidade almejada já foi alcançada,
independentemente do ajuizamento de uma ação principal, o que revela o caráter satisfativo da
presente cautelar, hipótese reconhecida pela jurisprudência: AGRAVO INOMINADO. DECISÃO
174
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
dos autos. Isto porque o exequente não conseguiu comprovar ter efetuado qualquer diligência na busca
de informações sobre a existência de bens (móveis e/ou imóveis) em nome do devedor. Aqui,
importante consignar que os convênios realizados entre os órgãos do Poder Judiciário e a Receita
Federal (Infojud), o Departamento Nacional de Trânsito (Renajud), dentre outros, tem por escopo
municiar o Judiciário com informações relevantes, muitas vezes imprescindÃ-veis à prestação
jurisdicional, e não transferir a ele o ônus de localizar bens de executado, assumindo ônus do
exeqüente. 3. Outrossim, em relação ao pedido subsidiário de penhora do Registro de Marca n.
818874929, antes de sua apreciação, o exequente deverá buscar e indicar bens móveis e/ou
imóveis nos órgãos competentes, em nome do executado, a fim de se evitar eventual infringência ao
princÃ-pio da menor onerosidade previsto no art. 620 do CPC, já que o valor a ser executado é bem
razoável e que o valor da marca pode ser extremamente elevado. Aqui, importante frisar que nossa lei
processual, no art. 791, inciso III, prevê a possibilidade de suspensão da execução quando o
devedor não possuir bens penhoráveis, até que o executado passe a ter bens passÃ-veis de penhora.
4. Ante o exposto, como o credor não demonstrou ter esgotado todos os meios à sua disposição para
encontrar bens móveis e/ou imóveis passÃ-veis de penhora, indefiro os pedidos de expedição de
ofÃ-cios ao Infojud e Renajud. 5. No mais, apreciarei os demais pedidos após a indicação de bens
móveis e/ou imóveis em nome do executado, pelo que concedo prazo de 30 dias ao exequente.
Publique-se. Intime-se. BrasÃ-lia (DF), 10 de novembro de 2014. Ministro Luis Felipe Salomão Ministro
(STJ - ExeAR: 4877 SP 2014/0129165-6, Relator: Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, Data de
Publicação: DJ 19/11/2014) (grifos nossos). Na mesma linha: A.I. 7.097.285-5 TJ/SP, 16ª Câmara
de Direito Privado Rel. Candido Alem: REQUISIÃÃO DE INFORMAÃÃES - Expedição de ofÃ-cios -
Delegacia da Receita Federal e BACEN - Inadmissibilidade - Necessidade de relevante motivo de ordem
pública - Sigilo bancário e de dados assegurado pela Constituição - Entendimento que se coaduna
com a Lei Complementar nº 105, de 10.01.2001 - Inexistência de prova de esgotamento dos meios de
localização de bens dos devedores - Providência de interesse individual do agravante - Recurso
improvido. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Isto posto: Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â 1) Indefiro o pedido de
consulta do endereço.               2) Intime-se a parte requerente para indicar o
endereço correto, completo e atualizado dos executados, no prazo de 15 dias.            Â
  3) Decorrido o prazo:               3.1) Informado novo endereço e recolhidas as
custas, se for o caso, renovem-se as diligências de citação e/ou intimação.           Â
   3.2) Caso contrário, ficando o processo parado por mais 30 dias, intime-se a parte autora
PESSOALMENTE, para em 5 dias, informar se possui interesse no prosseguimento no feito, requerendo o
que entende cabÃ-vel a regular tramitação do processo, SOB PENA DE SUA EXTINÃÃO SEM
JULGAMENTO DE MÃRITO, nos termos do art. 274, parágrafo único, c/c o art. 485, III e §1º, todos
do Novo Código de Processo Civil, e, por conseguinte, arquivamento dos autos.            Â
  4) Caso seja necessário, servirá o presente, por cópia digitalizada, como carta de intimação, nos
termos do Provimento nº 003/2009 - CJRMB.               5) Cumpra-se. Belém/PA,
20/10/2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital
303 PROCESSO: 00169478720058140301 PROCESSO ANTIGO: 200510533836
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o: Monitória
em: 03/12/2021 REU:ANJOS AZEVEDO LTDA AUTOR:LIQUIGAS DO BRASIL SA Representante(s): OAB
11291 - CAMILE SILVA FERREIRA OLIVIA (ADVOGADO) OAB 16286 - ELIELTON JOSE ROCHA
SOUSA (ADVOGADO) GEORGES C HEDID ABDULMASSIH (ADVOGADO) . Autos nº: 0016947-
87.2005.8.14.0301 Autor: LIQUIGÃS DO BRASIL S/A Réu: ANJOS E AZEVEDO LTDA.        Â
      LIQUIGÃS DO BRASIL S/A, parte autora na ação movida em face de ANJOS E AZEVEDO
LTDA, intentou EMBARGOS DE DECLARAÃÃO visando sanar suposta omissão existente na sentença
de fls. 69/70, que julgou improcedente a ação, tendo declarado a prescrição da pretensão do autor.
              Eis o relatório. Fundamento e Decido.               Quanto
aos embargos de declaração, o CPC, art. 1022, verbo ad verbum reza: Cabem embargos de
declaração contra qualquer decisão judicial para: I - esclarecer obscuridade ou eliminar
contradição; II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual deveria se pronunciar o juiz de
ofÃ-cio ou a requerimento; III - corrigir erro material. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Nesse contexto, insta
esclarecer que os embargos de declaração constituem recurso de fundamentação vinculada, o que
significa que somente podem ser manejados ante a constatação das taxativas hipóteses previstas em
lei - omissão, obscuridade, contradição do julgado ou para corrigir erros materiais, ainda que o
Superior Tribunal de Justiça venha admitindo de forma excepcional, limitada a situações
teratológicas, os embargos de declaração com efeitos infringentes, nos quais a fundamentação
não estará vinculada às hipótese legais da omissão, obscuridade e contradição. Destinam-se,
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
portanto, a complementar ou aclarar as decisões judiciais latu sensu, quando nestas se verificar algum
dos mencionados vÃ-cios.               à o que se extrai da seguinte lição: ¿(...) os
casos previstos para manifestação dos embargos declaratórios são especÃ-ficos, de modo que
somente são admissÃ-veis quando houver obscuridade, contradição ou omissão em questão (ponto
controvertido) sobre o qual deveria o juiz ou tribunal pronunciar-se necessariamente. Os embargos de
declaração são espécie de recurso de fundamentação vinculada.¿             Â
 Todavia, não se vislumbram no presente caso quaisquer dos vÃ-cios que autorizam o acolhimento dos
aclaratórios. O mero inconformismo da parte com decisão que lhe é desfavorável não constitui
fundamento idôneo para modificar o decisum pela via dos embargos de declaração, porquanto essa
via recursal não pode ser utilizada para rediscussão da matéria apreciada, devendo a parte, para
tanto, manejar recurso próprio.               A sentença proferida foi precisa quanto
aos seus fundamentos e coerente com as informações constantes nos autos, em consonância com os
dispositivos legais que regem a matéria.               Apesar do que diz o mestre
Eliézer Rosa que ¿enquanto a justiça for obra do homem e sempre o será, a possibilidade de falha
não pode ser, a priori, descartada¿ é escancarado que não se cuida de falha.          Â
    Nesse sentido, transcrevo aresto do Superior Tribunal de Justiça: PROCESSUAL CIVIL.
EMBARGOS DE DECLARAÃÃO NO RECURSO ESPECIAL. ADVOGADO DA UNIÃO. GRATIFICAÃÃO
DE ATIVIDADE EXECUTIVA - GAE. EXCLUSÃO PELA MEDIDA PROVISÃRIA 2.048-26/2000, QUE
INSTITUIU A GRATIFICAÃÃO DE DESEMPENHO DE ATIVIDADE JURÃDICA - GDAJ. AUSÃNCIA DE
VÃCIOS DE OMISSÃO, CONTRADIÃÃO OU OBSCURIDADE. INOCORRÃNCIA. PRETENSÃO DE
REEXAME. NÃO CABIMENTO. 1. Os aclaratórios não merecem prosperar, pois o acórdão
embargado não padece de vÃ-cios de omissão, contradição ou obscuridade, na medida que apreciou
a demanda de forma clara e precisa, estando bem delineados os motivos e fundamentos que a embasam.
2. Não se prestam os embargos de declaração ao reexame da matéria que se constitui em objeto do
decisum, porquanto constitui instrumento processual com o escopo de eliminar do julgamento
obscuridade, contradição ou omissão sobre tema cujo pronunciamento se impunha pela decisão ou,
ainda, de corrigir evidente erro material, consoante reza o art. 535 do CPC. 3. Embargos de declaração
rejeitados. (EDcl no REsp 1353016/AL, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, PRIMEIRA
SEÃÃO, julgado em 28/08/2013, DJe 03/09/2013). PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE
DECLARAÃÃO. PRECATÃRIO. JUROS DE MORA. PERÃODO COMPREENDIDO ENTRE A
HOMOLOGAÃÃO DO CÃLCULO E A EXPEDIÃÃO DO PRECATÃRIO OU RPV. NÃO INCIDÃNCIA.
AUSÃNCIA DE OBSCURIDADE, CONTRADIÃÃO OU OMISSÃO. REDUÃÃO DO PERCENTUAL DA
MULTA DO ART. 557, § 2º, DO CPC. ACOLHIMENTO PARCIAL. 1. Inexistente qualquer das
hipóteses do art. 535 do CPC, não merecem acolhida embargos de declaração com nÃ-tido caráter
infringente. 2. Embargos de declaração acolhidos, apenas para excluir a multa do art. 557, § 2º, do
CPC. (EDcl no AgRg no REsp 1233813/RS, Rel. Ministra ELIANA CALMON, SEGUNDA TURMA, julgado
em 11/06/2013, DJe 28/08/2013). Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Note-se, portanto, que ao apreciar os
Embargos Declaração o julgador encontra-se adstrito à s hipóteses taxativas previstas em lei.    Â
          Sendo assim, não havendo omissão, obscuridade ou contradição a serem
afastados, impõe-se a rejeição dos embargos de declaração.               Isto
posto, REJEITO os Embargos de Declaração interpostos, MANTENDO em todos os seus termos a
sentença de fls. 69/70, com fulcro no art. 1022 e ss do CPC.               P.R.I.C.   Â
           Belém/PA, 01/09/2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª
Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital 303 PROCESSO: 00169868620058140301 PROCESSO ANTIGO:
200510534743 MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH
A??o: Execução de Título Extrajudicial em: 03/12/2021 EXECUTADO:LIDIA OLIVEIRA DE SOUSA
EXEQUENTE:ATLAS VEICULOS LTDA Representante(s): OAB 12915 - DANIEL RODRIGUES CRUZ
(ADVOGADO) OAB 18512 - FABRICIO AUGUSTO MAGALHAES DE ASSUNCAO FERREIRA
(ADVOGADO) OAB 22816 - LUCIANA COSTA DE CARVALHO (ADVOGADO) OAB 26730 - LUARA DA
COSTA MONTEIRO (ADVOGADO) . Considerando a petição de fl. 80 e a certidão de fl. 80-verso, as
quais informam que os presentes autos não foram localizados na 1ª UPJ CÃ-vel na data em que
solicitado pelo patrono da requerente, defiro o pedido da parte autora e renovo o prazo de 15 (quinze) dias
para manifestação quanto à decisão de fls. 77/79.               Após, conclusos.
Belém/PA, 21/10/2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e
Empresarial da Capital 303 PROCESSO: 00175026720148140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o:
Impugnação ao Valor da Causa Cível em: 03/12/2021 IMPUGNANTE:ANTONIO WILSON PAZ DO
NASCIMENTO Representante(s): OAB 2203 - MANOEL JOSE MONTEIRO SIQUEIRA (ADVOGADO)
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
princÃ-pio da livre convicção, antecipo o julgamento do mérito, na forma do art. 355, I, do CPC/2015, o
qual estabelece a conveniência do julgamento antecipado do pedido, quando não houver necessidade
de outras provas.      Nesse sentido, há tempos a jurisprudência dos tribunais superiores aponta
que ¿Presentes as condições que ensejam o julgamento antecipado da causa, é dever do juiz e
não mera faculdade, assim o proceder¿. FUNDAMENTAÃÃO      Dispunha o Código de
Processo Civil de 1973: Art. 1.102.a - A ação monitória compete a quem pretender, com base em
prova escrita sem eficácia de tÃ-tulo executivo, pagamento de soma em dinheiro, entrega de coisa
fungÃ-vel ou de determinado bem móvel.      O novo Código de Processo Civil repetiu a regra nos
seguintes termos: Art. 700. A ação monitória pode ser proposta por aquele que afirmar, com base em
prova escrita sem eficácia de tÃ-tulo executivo, ter direito de exigir do devedor capaz: I - o pagamento de
quantia em dinheiro; II - a entrega de coisa fungÃ-vel ou infungÃ-vel ou de bem móvel ou imóvel; III - o
adimplemento de obrigação de fazer ou de não fazer. §1º A prova escrita pode consistir em prova
oral documentada, produzida antecipadamente nos termos do art. 381.      A ação monitória,
portanto, exige prova mÃ-nima da obrigação mediante documento idôneo sem que necessariamente
tenha sido emitido pelo devedor ou contenha sua assinatura, senão vejamos: PROCESSUAL CIVIL.
RECURSO ESPECIAL. AÃÃO MONITÃRIA. A DOCUMENTAÃÃO NECESSÃRIA PARA A
ADMISSIBILIDADE TEM QUE SER IDÃNEA. APTA Ã FORMAÃÃO DO JUÃZO DE PROBABILIDADE
ACERCA DO DIREITO AFIRMADO, A PARTIR DO PRUDENTE EXAME DO MAGISTRADO. 1. A prova
hábil a instruir a ação monitória, a que alude o artigo 1.102-A do Código de Processo Civil não
precisa, necessariamente, ter sido emitida pelo devedor ou nela constar sua assinatura ou de um
representante. Basta que tenha forma escrita e seja suficiente para, efetivamente, influir na convicção
do magistrado acerca do direito alegado. 2. Dessarte, para a admissibilidade da ação monitória, não
é necessário que o autor instrua a ação com prova robusta, estreme de dúvida, podendo ser
aparelhada por documento idôneo, ainda que emitido pelo próprio credor, contanto que, por meio do
prudente exame do magistrado, exsurja o juÃ-zo de probabilidade acerca do direito afirmado pelo autor. 3.
No caso dos autos, a recorrida, ao ajuizar a ação monitória, juntou como prova escrita sem eficácia
de tÃ-tulo executivo a própria nota fiscal do negócio de compra e venda de mercadorias, seguida do
comprovante de entrega assinado e mais o protesto das duplicatas, que ficaram inadimplidas. A Corte
local, após minucioso exame da documentação que instrui a ação, apurou que os documentos
são suficientes para atender aos requisitos da legislação processual para cobrança via ação
monitória, pois servem como inÃ-cio de prova escrita. A revisão desse entendimento, demanda o
reexame de provas, vedado em sede de recurso especial (Súmula 7/STJ). 4. Agravo regimental não
provido. (AgRg no AREsp 289.660/RN, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado
em 04/06/2013, DJe 19/06/2013) PROCESSO CIVIL - AÃÃO MONITÃRIA - COBRANÃA PELO
FORNECIMENTO DE MERCADORIA - FATURA: DOCUMENTO HÃBIL - APLICAÃÃO DO ART. 515, §
3º, DO CPC: POSSIBILIDADE. (...) 2. Doutrina e jurisprudência, inclusive do STJ, têm entendido que
é tÃ-tulo hábil para cobrança, documento escrito que prove, de forma razoável, a obrigação,
podendo, a depender do caso, ter sido produzido unilateralmente pelo credor. 3. à perfeitamente viável
instruir ação monitória ajuizada por concessionária de energia elétrica com cópia de faturas para
cobrança por serviços prestados, sendo desnecessária, na hipótese, a assinatura do devedor. 4.
Recurso especial não provido. (REsp 894.767/SE, Rel. Ministra ELIANA CALMON, SEGUNDA TURMA,
julgado em 19/08/2008, DJe 24/09/2008). APELAÃÃO CÃVEL. AÃÃO MONITÃRIA. NOTA PROMISSÃRIA
IRREGULAR E DOCUMENTOS SEM A ASSINATURA DO DEVEDOR. INTERESSE PROCESSUAL.
INTELIGÃNCIA DO ARTIGO 1102A DO CPC. Tanto a nota promissória irregular - assinada por simples
preposto do devedor -, como as notas fiscais acostadas à inicial, são documentos hábeis a instruir a
ação monitória, pois inexiste a exigência legal de que os documentos que embasam tal procedimento
contenham a assinatura do devedor. DERAM PROVIMENTO PARA DESCONSTITUIR A SENTENÃA.
(Apelação CÃ-vel Nº 70008534380, Décima Sétima Câmara CÃ-vel, Tribunal de Justiça do RS,
Relator: Alzir Felippe Schmitz, Julgado em 18/05/2004). Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Assim, havendo
prova escrita suficiente para a instrução da ação que objetiva o pagamento de soma em dinheiro,
como no caso noticiado, há cabimento, sim, de ação monitória, e por essa razão, INDEFIRO, prima
facie, a preliminar arguida de carência do direito em razão da suposta inadequação eleita.     Â
         Dando seguimento, frise-se que a maior parte dos embargos sugere que não houve
recebimento, pela embargante, de materiais ou prestação de serviços fornecidos pela embargada.
Para tanto, apesar dos documentos de fls. 21 e 24 estarem devidamente assinados por SERGIO SURIA,
gerente da embargante, esta afirma que a assinatura é diversa da aposta em sua identidade, anexada Ã
fl. 47. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â De inÃ-cio, frise-se que, a despeito da embargante tentar arguir que as
assinaturas divergem, curiosamente anexou uma cópia da identidade de seu gerente com baixÃ-ssima
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
qualidade à fl. 47. Entrementes, mesmo com a imagem desfocada, é possÃ-vel perceber que a
assinatura ali aposta por SERGIO SURIA é extremamente peculiar e semelhante às lançadas às fls.
21 e 24, com a única diferença que a assinatura dos documentos de fls. 21 e 24 contem apenas a
primeira parte da assinatura do gerente da embargante, que deve equivaler ao seu prenome, SERGIO. Â
             Destaque-se que, se os referidos documentos fossem isoladamente
considerados, de fato, até restaria margem para a dúvida quanto a sua autenticidade, mas melhor sorte
não assiste a embargante quando diz não ter existido o fornecimento de peças e/ou serviços com a
embargada, quando há nos autos, copia de e-mail onde SÃRGIO SURIà enviou ao embargado,
afirmando, dentre outras coisas, o seguinte: `preciso URGENTE desta compressor em pleno
funcionamento e sei que a Fertécnica me ajudará nesse sentido, haja vista que temos uma parceria de
longas datas. Enfim...¿                     Ora, fica mais do que caracterizado
que as empresas guardavam Ã-ntima relação, o que, sem dúvida, retrata a existência, inclusive, de
tratamento com confiabilidade entre ambas. à no mÃ-nimo curioso que a embargante impugne tão
veemente a cobrança, afirmando que nada deve, quando, na verdade, tratam-se de empresas parceiras
de `longas datas¿, nas palavras de SÃRGIO SURIÃ, gerente da embargante.             Â
       Neste norte, resta mais do que COMPROVADO não só a relação de parceria perene
entre as empresas, mas a própria legitimidade do crédito aqui perseguido, pois os materiais e serviços
foram devidamente fornecidos à parte embargante, já que avalizados por SÃRGIO SURIÃ, gerente da
ré, não pairando nenhum indÃ-cio de que a assinatura aposta nos documentos de fls. 21 e 24 são de
terceiro não identificado. A jurisprudência vai ao encontro de tal entendimento: Embargos monitórios.
Duplicatas mercantis acompanhadas de notas fiscais com assinaturas de prepostos da requerida.
Sentença com constituição de tÃ-tulo executivo judicial de parte do crédito. Apelo da credora.
Acolhimento. Documentos que preenchem os requisitos dispostos no art. 701 do CPC. DÃ-vida retratada
em prova escrita sem eficácia executiva. Notas fiscais com assinatura dos receptores. Ré que
embargou de forma evasiva, sem negar a aquisição das mercadorias ou suscitar outro fato impeditivo,
modificativo ou extintivo do crédito reclamado. Particular contexto probatório a tornar irrelevante a falta
de carimbo com o nome da requerida em algumas notas fiscais. Decisão reformada. Recurso provido.
(TJ-SP - AC: 10271271520188260114 SP 1027127-15.2018.8.26.0114, Relator: Jonize Sacchi de Oliveira,
Data de Julgamento: 25/06/2020, 24ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 25/06/2020).
APELAÃÃO CÃVEL. MEDIDA CAUTELAR DE SUSTAÃÃO DE PROTESTO E AÃÃO DECLARATÃRIA DE
NULIDADE DE TÃTULO DE CRÃDITO. SENTENÃA DE PROCEDÃNCIA. RECURSO DA DEMANDADA.
PROTESTO DE BOLETO REPRESENTATIVO DE DUPLICATA MERCANTIL. VIABILIDADE. NOTAS
FISCAIS QUE SERVEM DE LASTRO AO TÃTULO. ALEGAÃÃO GENÃRICA DA PARTE AUTORA DE
QUE AS ASSINATURAS CONSTANTES NOS COMPROVANTES DE ENTREGA DAS MERCADORIAS
LHE SÃO DESCONHECIDAS. ÃNUS DE DEMONSTRAR QUE A SUBSCRIÃÃO NÃO SE DEU POR
SEUS PREPOSTOS OU EMPREGADOS. PROVA NÃO REALIZADA. RECURSO CONHECIDO E
PROVIDO. (TJ-SC - AC: 00082554920078240036 Jaraguá do Sul 0008255-49.2007.8.24.0036, Relator:
Sérgio Izidoro Heil, Data de Julgamento: 20/08/2019, Quarta Câmara de Direito Comercial).     Â
               Ademais, tendo o gerente da embargante lançado sua assinatura na
documentação que comprova o recebimento de produtos e serviço, sem fazer qualquer ressalva,
não mais é oportuno, neste momento, a acusação da falta de itens entregues/fornecidos, pois a
parte requerida poderia ter recusado a nota, caso a mesma estivesse errada. Não poderá a parte
embargada, no afã de diminuir o crédito que é de sua responsabilidade, usar sua eventual falta de
atenção ao validar a nota, para considerar que não recebera os itens lá descritos. O trabalho de
conferência é feito no ato de recebimento dos produtos e/ou serviços. Nesse sentido é a
jurisprudência pacificada: Responsabilidade Contratual - Assinatura de recebimento em canhoto da nota
fiscal sem ressalvas ou observação - Presunção de recebimento da mercadoria - Responsabilidade
da contratante pelo pagamento do valor correspondente - Recurso não provido. (TJ-SP - AC:
02634156120098260000 SP 0263415-61.2009.8.26.0000, Relator: Aliende Ribeiro, Data de Julgamento:
12/12/2011, 11ª Câmara de Direito Público, Data de Publicação: 16/12/2011). APELAÃÃO
EMBARGOS Ã EXECUÃÃO JULGAMENTO ANTECIPADO DA LIDE POSSIBILIDADE CERCEAMENTO
DE DEFESA INOCORRÃNCIA Preliminar rejeitada. APELAÃÃO EMBARGOS Ã EXECUÃÃO EXECUÃÃO
DE TÃTULO EXTRAJUDICIAL ? NOTA FISCAL QUE DEU ORIGEM à DUPLICATA Relação comercial
Fornecimento de produtos para revenda no estabelecimento do embargante Produtos que não estão de
acordo com o avençado Embargante não esclarece qual seria a causa do não aproveitamento do
produto Nota fiscal sem ressalva quanto ao desacordo Embargante não se desincumbiu do ônus de
provar o fato desconstitutivo do direito do credor Inteligência do artigo 333, inciso II, do Código de
Processo Civil Sentença mantida Recurso improvido. (TJ-SP - APL: 00020526820088260428 SP
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
Despesas atinentes aos atos notarias a serem suportadas pela apelante. Sentença mantida. Reclamo
desprovido. (TJ-SC - AC: 00004349620138240031 Indaial 0000434-96.2013.8.24.0031, Relator: Ronaldo
Moritz Martins da Silva, Data de Julgamento: 12/07/2018, Terceira Câmara de Direito Comercial).
DISPOSITIVO Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Ante todo o exposto, rejeito os embargos apresentados pela
ré e JULGO PROCEDENTE o pedido inicial e, com amparo no artigo 701, § 8º, do Código de
Processo Civil, constituo de pleno direito o tÃ-tulo judicial, convertendo o mandado monitório em
executivo, cuja tramitação obedecerá ao disposto no TÃ-tulo II do Livro I da Parte Especial, no que for
cabÃ-vel.               CONDENO a parte ré a efetuar o pagamento do débito
principal, qual seja, 16.813,17 (dezesseis mil, oitocentos e treze reais e dezessete centavos), acrescido de
juros moratórios de 1% (um por cento) ao mês e correção monetária pelo INPC, ambos a partir do
inadimplemento de cada parcela.               CONDENO ainda a parte Ré ao
pagamento das custas processuais e honorários advocatÃ-cios, estes fixados em 10% (dez por cento)
sobre o valor da condenação, o que faço com base no artigo 85, § 2º, do Código de Processo
Civil.               Após, prossiga-se como execução de tÃ-tulo judicial, por quantia
certa contra devedor solvente. Para tanto, INTIME-SE a exequente para apresentação de memorial de
cálculo atualizado e conforme os ditames da presente sentença. Em sequência, intime-se a parte
executada para, nos termos do art. 523, do CPC, efetuar, no prazo de quinze dias, o pagamento do
montante atualizado com juros e correção monetária, advertindo-lhe que, caso não o efetue, será o
valor acrescido de multa no percentual de 10% (dez por cento).              Â
Consequentemente, extingo o processo com resolução de mérito conforme o disposto no artigo 487,
inciso I, do Código de Processo Civil.               P. R. I. C.             Â
 Belém/PA, 02/09/2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e
Empresarial da Capital 301 PROCESSO: 00179044620178140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o:
Procedimento Comum Cível em: 03/12/2021 REQUERENTE:MAIA DE FATIMA DO NASCIMENTO
ALBANO Representante(s): OAB 11471 - FABRICIO DOS REIS BRANDAO (ADVOGADO)
REQUERIDO:CELPA CENTRAIS ELETRICAS DO PARA Representante(s): OAB 18329 - JIMMY SOUZA
DO CARMO (ADVOGADO) . PROC. 0017904-46.2017.814.0301 Requerente(s): MARIA DE FÃTIMA DO
NASCIMENTO ALBANO Requerido(s): CENTRAIS ELETRICAS DO PARÃ S/S -CELPA SENTENÃA
RELATÃRIO               A parte requerente, por intermédio de advogado devidamente
habilitado, ajuizou a presente Ação Declaratória de Inexistência de Débito c/c Revisional de Conta
de Energia c/c Danos Morais em face da requerida, todos qualificados na inicial, aduzindo, em sÃ-ntese,
que é usuário dos serviços de eletricidade de Unidade Consumidora inscrita sob o nº 1925326, cujo
serviço serve para atender o uso pessoal de sua residência, onde reside com seu filho.        Â
      Afirma que em 27/09/2014 foi substituÃ-do pela ré o medidor da residência da autora,
conforme TOI 465809, pois por muitos anos ficou sem medidor a UC da autora, em razão ao anterior ter
pegado fogo juntamente com todo o poste elétrico.               Alega que em
18/02/2016, através do TOI 1240971, um funcionário da ré trocou o medidor da UC, e alguns dias
depois, retornou a residência da mesma com um documento e afirmou que havia sido trocador o medidor
de energia, entretanto, a suposta troca não foi presenciada por ninguém da residência da autora.  Â
            Aduz que no mês de agosto de 2016 recebeu uma fatura indevida e abusiva, no
valor de R$ 1.525,39 [hum mil, quinhentos e vinte e cinco reais e trinta e nove centavos], com vencimento
em 17/08/2016, tendo a autora imediatamente ido até a agência da ré questionar a referida fatura, de
suposto consumo não contabilizado, através do protocolo de atendimento 9470456.         Â
     Assinala que o funcionário da ré disse que realmente estava equivocada a fatura e refez o
cálculo, tendo emitido nova fatura no valor de R$ 467,76 [quatrocentos e sessenta e sete reais e setenta
e seis centavos]. Entrementes, mesmo tal valor estava bem superior a sua media de consumo na U.C. Â Â
            Declara que no dia 23/08/2016 realizou reclamação junto ao site da ANEEL,
sob o n. 3019222471694, pedindo explicações e nunca obteve resposta da ré sobre o caso.    Â
          Pontua que em janeiro de 2017, após tentar realizar uma compra, a autora foi
surpreendida com a informação de que estava inscrita no SPC/SERASA pela ré, por valor justamente
de R$ 1.525,39 [hum mil, quinhentos e vinte e cinco reais e trinta e nove centavos], que já havido sido
inclusive recalculado pela própria requerida.               Acrescenta que no dia
23/02/2017 a CELPA entregou outra fatura no valor de R$ 4.078,61 [quatro mil e setenta e oito reais e
sessenta e um centavos], com vencimento em 31/03/2017, constando o consumo de 4.639 Kw/h, sendo
que seu histórico de consumo demonstra que sua média é bem abaixo do imputado, caracterizando-
se mais uma fatura indevida e abusiva. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Ratifica que por estarem esgotadas
todas as formas possÃ-veis e amigáveis de tentar solucionar este problema, ajuizou a presente ação. Â
187
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
sem dúvida, o grande vilão da responsabilidade civil. Não haveria que se falar em indenização,
nem em ressarcimento, se não houvesse o dano. Pode haver responsabilidade sem culpa, mas não
pode haver responsabilidade sem dano.(in" Novo Curso de Responsabilidade Civil ", São Paulo: Saraiva,
2005, p. 40).                   Já o nexo de causalidade, representa o liame que une
a conduta do agente ao dano, sendo que somente se responsabilizará alguém cujo comportamento
positivo ou negativo tenha dado causa ao prejuÃ-zo, pois sem a relação de causalidade não existe a
obrigação de indenizar.                   No caso dos autos, o acervo probatório
é amplo e suficiente para caracterizar a responsabilidade do réu, impondo-se, assim, o dever de
indenizar o dano sofrido, nos termos dos art. 186, 187 e 927 do Código Civil.             Â
     A análise individualizada e concreta dos diversos elementos de prova e convicção, no caso
concreto, leva, de forma natural, porém segura e induvidosa, a concluir que, ao menos para o que se
requer nesta fase, os referidos elementos provem suporte sólido.                   Â
 Pelo que dos autos pode se observar, a parte autora logrou êxito em comprovar suas alegações,
tendo demonstrado os fatos constitutivos do seu direito. Entrementes, a parte requerida não provou
qualquer existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor, tendo, na verdade,
PERMANECIDO INERTE, ATRAINDO OS EFEITOS DA REVELIA, POIS AS ALEGAÃÃES DO AUTOR
NÃO APENAS SÃO VEROSSÃMEIS, MAS FORAM COMPROVADAS. Â Â Â Â Â Â Â Â No concernente
ao dano moral, por óbvio e conforme toda a fundamentação supra despendida, constato que o caso
concreto ultrapassa a seara do mero dissabor e percalços do cotidiano, de modo que configura dano
moral indenizável.         Dessarte, verifica-se a ocorrência no caso concreto de ato ensejador
de danos morais, pois: configurada a conduta, qual seja, o lançamento do nome da parte autora no
SPC/SERASA, comprovado a fl. 39; o dano, qual seja, o constrangimento causado; e o nexo de
causalidade, qual seja, o ato abusivo da empresa, que cobrou a dÃ-vida indevidamente da autora. Â Â Â Â
    à importante ressaltar ainda que, tratando-se de negativação de nome de consumidor
indevidamente, o prejuÃ-zo é presumido, não precisando sequer ser comprovado, caracterizando dano
moral in re ipsa: APELAÃÃO CÃVEL. COBRANÃA INDEVIDA. NEGATIVAÃÃO ILEGÃTIMA. DANO
MORAL IN RE IPSA. DANO MORAL. Sentença que, diante da inscrição indevida, julgou procedentes
os pedidos para: confirmar a tutela antecipada que determinou a exclusão do nome da autora dos
cadastros restritivos de crédito com relação ao contrato ora impugnado; declarar a inexistência de
débito referente ao contrato nº GSM0190811472314 no valor de R$49,00 (quarenta e nove reais), e
ainda condenou a ré ao pagamento da quantia de R$10.000,00 (dez mil reais) a tÃ-tulo de
indenização pelos danos morais sofridos, bem como ao pagamento das custas e dos honorários
sucumbenciais, fixados em 10% sobre o valor da condenação. Irresignação da empresa ré que
não merece prosperar. Caracterizada a falha na prestação de serviço. Responsabilidade Objetiva da
empresa ré, nos moldes do art. 14 do Código de Defesa do Consumidor. Negativação indevida.
Dano moral in re ipsa. Utilização de método bifásico para arbitramento do dano. Valorização do
interesse jurÃ-dico lesado e das circunstâncias do caso concreto. Indenização que merecia ser
majorada para R$ 12.000,00 (doze mil reais). Todavia, não houve recurso nesse sentido, razão por que
deve ser mantido o que foi estipulado na sentença, em R$ 10.000,00, sob pena de violação do
princÃ-pio do non reformatio in pejus. Sentença que solucionou adequadamente a demanda e deve ser
integralmente mantida. DESPROVIMENTO DO RECURSO.(TJ-RJ - APL: 00624014220148190001,
Relator: Des(a). ALCIDES DA FONSECA NETO, Data de Julgamento: 19/08/2020, VIGÃSIMA QUARTA
CÃMARA CÃVEL, Data de Publicação: 20/08/2020). TELEFONIA - DANO MORAL - COBRANÃA
INDEVIDA - NEGATIVAÃÃO INDEVIDA EM CADASTRO DE INADIMPLENTES - DANO IN RE IPSA -
DESNECESSIDADE DE PROVA - MANUTENÃÃO DO QUANTUM INDENIZATÃRIO. 1 - A inscrição
sem causa dos dados da parte Autora em cadastro de inadimplentes, assegura-lhe o direito Ã
indenização pelo dano moral que decorre da própria ação ilÃ-cita, não se exigindo prova de efetivo
prejuÃ-zo sofrido. Ã o chamado dano moral in re ipsa. 2 - Dever de indenizar, valor fixado com
moderação e razoabilidade, não caracterizando enriquecimento ilÃ-cito por parte do Autor. 3 - Recurso
conhecido e não provido. (TJ-MT - RECURSO CÃVEL INOMINADO: 23382010 MT, Relator: YALE SABO
MENDES, Data de Julgamento: 17/06/2010, 5ª TURMA RECURSAL, Data de Publicação:
16/09/2010). DÃBITO INEXISTENTE. COBRANÃA INDEVIDA. NEGATIVAÃÃO INDEVIDA. DANOS
MORAIS IN RE IPSA. I - A ré não se esforçou em demonstrar sequer indÃ-cios da origem legÃ-tima do
débito, restringindo-se a meras alegações e cópias de telas de seu sistema informativo. Dessa feita,
considerada, ainda, a impossibilidade da requerente fazer prova negativa acerca do negócio jurÃ-dico
sustentado pela requerida, presume-se a verossimilhança das alegações da autora e tem-se por
inexistente o débito alegado. II - Inexistente o débito, é, pois, indevida a inscrição negativa do
nome da autora nos... (TJ-RS - Recurso CÃ-vel: 71003006533 RS, Relator: Carlos Eduardo Richinitti, Data
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
de Julgamento: 30/06/2011, Terceira Turma Recursal CÃ-vel, Data de Publicação: Diário da Justiça
do dia 05/07/2011). APELAÃÃO - INDENIZAÃÃO - DANOS MORAIS - INDEVIDA NEGATIVAÃÃO -DANO
"IN RE IPSA" - A indevida negativação junto aos órgãos de proteção ao crédito ocasiona o
denominado dano moral "in re ipsa", prescindindo de prova efetiva do prejuÃ-zo decorrente do
apontamento - Evento danoso decorrente de ato perpetrado por terceiro fraudador não exclui a
responsabilidade do fornecedor -Configuração de prestação defeituosa de serviço - Dever de
indenizar caracterizado -DANOS MORAIS - VALOR DA INDENIZAÃÃO - PRINCÃPIOS DA
PROPORCIONALIDADE E DA RAZOABILIDADE - JUROS E CORREÃÃO MONETÃRIA - TERMO
INICIAL - A correção monetária incide a partir do arbitramento da indenização e os juros de mora
fluem a partir da citação. Sentença mantida.Recurso não provido. (TJ-SP - APL:
174255620098260606 SP 0017425-56.2009.8.26.0606, Relator: Roberto Mac Cracken, Data de
Julgamento: 19/05/2011, 37ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 06/06/2011).    Â
    Para fixação do quantum indenizatório, é indispensável a apreciação da condição
econômica dos ofensores, o caráter sancionatório e a gravidade do dano na espécie.        Â
Repita-se que, no caso em comento, a conduta da parte requerida destoa dos parâmetros mÃ-nimos de
razoabilidade e ultrapassa os limites do mero aborrecimento, gerando lesão a direito da personalidade. Â
       Sendo assim, a indenização / reparação, de modo geral, além de compensar a
parte pelos transtornos e gravame suportados, leva em conta a repercussão do dano e as
circunstâncias fáticas do caso. Nos casos de dano moral, busca também sancionar o causador dos
danos e reparar o sofrimento ou constrangimento causado.         Filio-me à corrente que atribui
ao dano moral um caráter punitivo-pedagógico, condenando-o em dano moral a fim de desestimular o
requerido a voltar a praticar condutas como a do presente processo. Â Â Â Â Â Â Â Â Destarte, sopesando
a situação concreta, levando em conta a situação econômica das partes, a repercussão do dano e
as circunstâncias fáticas do evento gerador, fixo a indenização devida pelos danos morais em R$
2.000,00 (dois mil reais), pois tal valor se apresenta suficiente e razoável para recompor o dano sofrido. Â
       Destaque-se, por derradeiro, que não há que se falar em devolução de repetição
do indébito, e nem muito menos em dobro, pois ao que consta nos autos, as contas nunca foram pagas
pelo autor, condição que seria indispensável para a procedência do pedido, não se podendo falar
em devolução do que jamais fora pago. DISPOSITIVO               Diante do exposto,
com base no CPC/2015, arts. 344 e 355, JULGO PROCEDENTES os pedidos do requerente e, por
consequência, extingo o processo com resolução do mérito, na forma do art. 487, I, do Código de
Processo Civil/2015, confirmando a tutela concedida, para: Â Â Â Â Â Â Â Â CONFIRMAR a tutela
antecipada anteriormente deferida;         DECLARAR a inexistência do débito discriminado
fatura nº. 0201607002040454, no valor de R$ 1.525,39 [hum mil, quinhentos e vinte e cinco reais e trinta
e nove centavos], com vencimento em 17/08/2016 e fatura n. 0201701001832771, no valor de R$ 4.078,61
[quatro mil e setenta e oito reais e sessenta e um centavos], com vencimento em 31/03/2017; Â Â Â Â Â Â
  DETERMINAR que a requerida se abstenha de efetuar cobrança, suspender o fornecimento de
energia e inscrever o nome da autora nos órgãos de proteção ao crédito em razão dos referidos
débitos.         CONDENAR a requerida ao pagamento de R$ 2.000,00 (dois mil reais) a tÃ-tulo
de danos morais, com juros de 1% ao mês, contabilizados a partir da citação, e correção
monetária, com adoção do INPC, a partir do arbitramento do valor estipulado nesta sentença até
seu efetivo pagamento (Súmula 362 do STJ).              CONDENAR, ainda, a parte
requerida ao pagamento das custas e despesas processuais, bem como dos honorários advocatÃ-cios,
ora fixados em 10% sobre o valor do proveito econômico do autor. Frisa-se a incidência da súmula 326
do STJ e Art. 86, parágrafo único do CPC, ao caso.             Nos termos do artigo 46,
caput, da Lei estadual n. 8.328, de 29/12/2015, fica advertida a parte responsável de que, na hipótese
de, havendo custas, não efetuar o pagamento delas no prazo legal, o respectivo crédito, além de
encaminhado para inscrição em DÃ-vida Ativa, sofrerá atualização monetária e incidência de
outros encargos legais.             Certificado o trânsito em julgado, havendo custas
pendentes, intime-se o responsável para o recolhimento, sob pena de inscrição na dÃ-vida ativa. Inerte,
inscreva-se.             Após, cumpridas as cautelas legais, arquivar os presentes autos e
dar baixa na distribuição.             P.R.I.C.             Belém/PA,
28/09/2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital
301 PROCESSO: 00183222320138140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o: Busca e
Apreensão em Alienação Fiduciária em: 03/12/2021 AUTOR:B V FINANCEIRA SA CREDITO
FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO Representante(s): OAB 89774 - ACACIO FERNANDEZ
ROBOREDO (ADVOGADO) OAB 18694-A - VERIDIANA PRUDENCIO RAFAEL (ADVOGADO)
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
na espécie, que assim dispõe: Em ação monitória fundada em cheque prescrito ajuizada contra o
emitente, é dispensável a menção ao negócio jurÃ-dico subjacente à emissão da cártula.    Â
          Assim, havendo prova escrita suficiente para a instrução da ação que objetiva
o pagamento de soma em dinheiro, como no caso noticiado, há cabimento, sim, de ação monitória. Â
             Ademais, verifica-se no caso que os embargos monitórios não desenvolvem
tese capaz de inviabilizar o direito do demandante em receber o seu crédito.             Â
 Entrementes, em razão da celeuma criado entre as partes, que envolve caução dada por terceiro,
são necessários alguns apontamentos.               Inicialmente, houve a
pactuação de contrato, fls. 26/39, intermediado pela imobiliária ré, cujo término se daria em
19/12/2013. Verifica-se que a relação entre autor e réu já atravessava certo desgaste, pois conforme
carta enviada à imobiliária pelo autor, fl. 25, existia atraso para o repasse do pagamento dos alugueres,
além de desencontros de informações entre o que o dono do imóvel, o autor, dizia, e o que o locador
ficava sabendo.               A despeito da imobiliária ré dizer que o contrato ainda
estava vigente no momento do protocolo da impugnação, em 22/08/2014, o contrato de
administração do imóvel foi devidamente rescindido em 20/05/2013, comprovado através do acordo
juntado à fl. 39, não havendo mais interferência da imobiliária no contrato de locação.      Â
        Ademais, o autor foi diligente ao juntar documento onde a empresa ré confessa a
origem do débito, conforme RECIBO DE DEVOLUÃÃO DE CAUÃÃO CORRIGIDA, fl. 42, e
DEVOLUÃÃO DE CAUÃÃO, fl. 43, não havendo quaisquer dúvidas que os cheques se referem Ã
caução que originou o conflito.               Frise-se que, a embargante, a todo
momento, tenta apenas se desvencilhar do pagamento ao qual está obrigada pelo contrato e pela
emissão dos respectivos cheques em garantia, sendo que sua defesa é apenas evasiva e desprovida
de qualquer fundamentação.               A uma que, em nenhum momento, a
imobiliária ré apresentou a conta onde a caução foi depositada, demonstrando que o crédito
continuava ali para ser devolvido, quando fosse oportuno. Destaque-se que o valor dado em caução
não poderia, em hipótese alguma, estar disponÃ-vel para o uso pessoal da demandada. Não bastasse
isso, a imobiliária ainda produziu documento confessando a dÃ-vida e o atraso na devolução do valor
que estava em seu poder, fl. 43. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â A duas que a parte requerida declara ter
usado tal valor para pagar despesas decorrentes do atraso no pagamento do aluguel pelo locatário, mas
não faz qualquer prova nesse sentido, tratando-se de afirmação vazia, especialmente porque não
há nenhuma ressalva nos documentos RECIBO DE DEVOLUÃÃO DE CAUÃÃO CORRIGIDA e
DEVOLUÃÃO DE CAUÃÃO, fls. 42/43. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Destaque-se ainda que a
rescisão do contrato entre autor e ré se deu de forma VOLUNTÃRIA, conforme ACORDO PARA
RESCISÃO DO CONTRATO DE ADMINISTRAÃÃO, fl. 39, não podendo a imobiliária demandada,
agora, insurgir-se, tentando fazer acreditar que o contrato de administração ainda estava vigente e,
portanto, caberia a ela parte dos créditos relacionados ao pagamento do aluguel pelo inquilino.    Â
           Dando seguimento, é imperioso ressaltar que o mandado de citação, fl. 58, foi
devidamente recebido e assinado pela sua representante, DAVINA SILVA GONÃALVES, nos termos da
certidão produzida pelo oficial de justiça, sem qualquer ressalva, no endereço da empresa ré. Neste
caso, é válida a Teoria da Aparência, independentemente da representante ter poderes concedidos
pela empresa para receber citação. Neste sentido, a jurisprudência é pacifica: AGRAVO DE
INSTRUMENTO - FASE DE CUMPRIMENTO DE SENTENÃA - AÃÃO INDENIZATÃRIA DE REGRESSO -
ALEGAÃÃO DE NULIDADE DA CITAÃÃO - NÃO OCORRÃNCIA - insurgência em face da decisão pela
qual foi rejeitada a impugnação oposta pela agravante, com afastamento da alegação de nulidade
da citação - ausência de demonstração de que no endereço no qual recebida a carta de
citação não estava instalada à época qualquer das filiais, agências ou sucursais da agravante -
teoria da aparência - receptor da carta que não fez qualquer ressalva quanto à sua suposta falta de
poderes para o ato - cabia à agravante provar que tal pessoa não fazia parte de seus quadros ou que no
endereço não funcionava qualquer de suas agências, filiais ou sucursais à época do ato,
providência da qual se descurou - decisão mantida - agravo desprovido. (TJ-SP - AI:
20267013220218260000 SP 2026701-32.2021.8.26.0000, Relator: Castro Figliolia, Data de Julgamento:
24/08/2021, 12ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 24/08/2021). EMENTA:
APELAÃÃO CÃVEL - CITAÃÃO - PESSOA JURÃDICA - TEORIA DA APARÃNCIA - REVELIA - EFEITOS.
1. Por aplicação do princÃ-pio da aparência, considera-se válida a citação da pessoa jurÃ-dica
efetuada na pessoa que, na sua filial, sucursal ou agência, se apresenta como seu representante legal e
recebe a carta citatória sem qualquer ressalva. 2. Configurada a revelia do réu, reputam-se verdadeiros
os fatos alegados na inicial.(TJ-MG - AC: 10024111028262001 MG, Relator: MaurÃ-lio Gabriel, Data de
Julgamento: 11/08/2016, Data de Publicação: 23/08/2016).               Acrescente-se
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que, é o emitente do tÃ-tulo, ainda que assinado por sua representante, a parte demandada SMF
ADMINISTRAÃÃO IMOBILIÃRIA LTDA, sendo inclusive passÃ-vel de aplicação, novamente na
espécie, da Teoria da Aparência. Neste sentido, é a jurisprudência: APELAÃÃO CÃVEL - AÃÃO
MONITÃRIA - SENTENÃA DE PROCEDÃNCIA - REJEIÃÃO DOS EMBARGOS MONITÃRIOS -
INSURGÃNCIA DA EMBARGANTE - ILEGITIMIDADE PASSIVA NÃO CONFIGURADA - CHEQUE
ASSINADO PELO REPRESENTANTE LEGAL DA EMPRESA - INCOMPATIBILIDADE COM OBJETO
SOCIAL E EXCESSO PELO ADMINISTRADOR NÃO COMPROVADO - FIXAÃÃO DE HONORÃRIOS DE
SUCUMBÃNCIA - ESTRITO CUMPRIMENTO DOS CRITÃRIOS DO ART. 85, § 2º, CPC/2015 -
MAJORAÃÃO DA VERBA - CABIMENTO. SENTENÃA MANTIDA. RECURSO CONHECIDO E
DESPROVIDO. (TJPR - 7ª C. CÃ-vel - 0010794-37.2015.8.16.0001 - Curitiba - Rel.: Desembargadora
Joeci Machado Camargo - J. 06.08.2019). (TJ-PR - APL: 00107943720158160001 PR 0010794-
37.2015.8.16.0001 (Acórdão), Relator: Desembargadora Joeci Machado Camargo, Data de Julgamento:
06/08/2019, 7ª Câmara CÃ-vel, Data de Publicação: 12/08/2019). APELAÃÃO CÃVEL. AÃÃO
MONITÃRIA FUNDADA EM CHEQUE. EMISSÃO DE CÃRTULA REALIZADA POR PESSOA FÃSICA.
DEMANDA PROPOSTA EM DESFAVOR DA PESSOA JURÃDICA - REVENDEDORA DE VEÃCULOS.
LEGITIMIDADE PASSIVA AD CAUSAM RECONHECIDA NA ORIGEM. COBRANÃA QUE RECAIU NA
EMPRESA, HAJA VISTA A DEMONSTRAÃÃO DE VÃNCULO SOCIETÃRIO COM O EMITENTE, O QUAL
ATUOU NA CONDIÃÃO DE SÃCIO COTISTA QUANDO NEGOCIOU A AQUISIÃÃO DE VEÃCULO COM
O CREDOR EM NOME DA EMPRESA. SENTENÃA DE IMPROCEDÃNCIA DOS EMBARGOS
MONITÃRIOS. RECURSO DO EMBARGANTE/DEVEDOR. ALEGAÃÃO DE AUSÃNCIA DE CONTEÃDO
PROBATÃRIO QUE JUSTIFICASSE A PRETENSÃO DE COBRANÃA DO DÃBITO. TESE REJEITADA.
DEFICIÃNCIA DE PROVAS PARA DESCONSTITUIÃÃO DO TÃTULO SUB JUDICE. CONTEXTO
PROBATÃRIO QUE DEMONSTRA O VÃNCULO ENTRE A EMBARGANTE E O EMITENTE DO
CHEQUE. APLICABILIDADE DA TEORIA DA APARÃNCIA NA HIPÃTESE. "Faz-se incidente no caso sub
judice, a aplicação da teoria da aparência, principalmente pela preservação da boa-fé daqueles
que contratam com a pessoa jurÃ-dica, a qual é indubitavelmente responsável perante terceiros pelos
atos levados a efeito por aqueles que, por presunção, possuem poderes para realizá-los (Apelação
CÃ-vel n. 2006.020035-4, de Lages, rel. Juiz Jânio Machado, j. em 23-11-2006). VALOR DESCRITO NA
CÃRTULA QUE Ã ORIUNDO DE NEGOCIAÃÃO DE VEÃCULO. TÃTULO QUE OSTENTA AS
CARACTERÃSTICAS DA LITERALIDADE, AUTONOMIA E CARTULARIDADE. RESPONSABILIZAÃÃO
PELO PAGAMENTO DA DÃVIDA PERANTE TERCEIRO DE BOA-FÃ MANTIDA. FATOS EXTINTIVOS,
MODIFICATIVOS OU IMPEDITIVOS DO DIREITO DO AUTOR NÃO DEMONSTRADOS. EXEGESE DO
ART. 333, II, DO CÃDIGO DE PROCESSO CIVIL DE 1973."Frente a autonomia e literalidade do cheque,
bem como ao sistema probatório constante no Código de Ritos, cabe à parte devedora, que pretende
desconstituir em juÃ-zo a presunção de legalidade do tÃ-tulo, fazer provas de suas alegações. (TJ-SC
- AC: 20160072457 Joinville 2016.007245-7, Relator: Rejane Andersen, Data de Julgamento: 17/05/2016,
Segunda Câmara de Direito Comercial).               Anele-se, por oportuno, que a
assinante dos cheques emitidos em nome da empresa ré, é a mesma representante da imobiliária
que recebeu a citação, DAVINA SILVA GONÃALVES, o que sem dúvida, evidencia indÃ-cios de
litigância de má-fé por parte da embargante, que, no afã de se desobrigar da dÃ-vida, alegou várias
teses que vão FRONTALMENTE DE ENCONTRO AO EXTENSO ARCABOLÃO PROBATÃRIO carreado
aos autos.               Neste norte, diante do acervo probatório constante nos autos,
verifico a consistência do crédito em favor da parte demandante, e existindo valores a serem pagos por
força do cheque (Art. 374, III, do NCPC e Súmula 531 do STJ), incumbia a parte requerida o ônus de
provar a existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito da requerente, o que não
logrou êxito (art. 373, II, do CPC).               Acrescente-se ainda, ao presente
julgado, a seguinte jurisprudência, pois embasa a cominação do dispositivo: RECURSO ESPECIAL
REPRESENTATIVO DE CONTROVÃRSIA. CHEQUE. INEXISTÃNCIA DE QUITAÃÃO REGULAR DO
DÃBITO REPRESENTADO PELA CÃRTULA. TESE DE QUE OS JUROS DE MORA DEVEM FLUIR A
CONTAR DA CITAÃÃO, POR SE TRATAR DE AÃÃO MONITÃRIA. DESCABIMENTO. CORREÃÃO
MONETÃRIA E JUROS MORATÃRIOS. TEMAS DE DIREITO MATERIAL, DISCIPLINADOS PELO ART.
52, INCISOS, DA LEI N. 7.357/1985. 1. A tese a ser firmada, para efeito do art. 1.036 do CPC/2015 (art.
543-C do CPC/1973), é a seguinte: "Em qualquer ação utilizada pelo portador para cobrança de
cheque, a correção monetária incide a partir da data de emissão estampada na cártula, e os juros
de mora a contar da primeira apresentação à instituição financeira sacada ou câmara de
compensação". 2. No caso concreto, recurso especial não provido. (STJ - REsp: 1556834 SP
2015/0239877-3, Relator: Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, Data de Julgamento: 22/06/2016, S2 -
SEGUNDA SEÃÃO, Data de Publicação: DJe 10/08/2016). EMENTA: APELAÃÃO CÃVEL - AÃÃO
195
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
MONITÃRIA - CHEQUE PRESCRITO - TERMO INICIAL DOS JUROS DE MORA - A PARTIR DA DATA
DA PRIMEIRA APRESENTAÃÃO Ã INSTITUIÃÃO FINANCEIRA SACADA - EXCEÃÃO - CÃRTULA NÃO
APRESENTADA - JUROS DE MORA A PARTIR DA CITAÃÃO. 1. Os juros de mora incidem a partir da
citação nos casos em que a cártula não houver sido apresentada para compensação perante a
instituição financeira. (TJ-MG - AC: 10625150061921001 MG, Relator: José Américo Martins da
Costa, Data de Julgamento: 31/10/2019, Data de Publicação: 08/11/2019). MONITÃRIA - CHEQUE -
CERCEAMENTO DE DEFESA E INÃPCIA DA INICIAL - PRELIMINARES REJEITADAS - CORREÃÃO
MONETÃRIA - INCIDÃNCIA A PARTIR DA EMISSÃO DO TÃTULO - ÃNDICE INPC - RECURSO
PARCIALMENTE PROVIDO. O juiz na condição de dirigente do processo, é o destinatário da
atividade probatória das partes, a qual tem por finalidade a formação da sua convicção acerca dos
fatos sob controvérsia, podendo dispensar a produção das provas que achar desnecessária Ã
solução do feito, conforme lhe é facultado pela lei processual civil, sem que isso configure
supressão do direito de defesa. O cheque constitui documento hábil e suficiente para embasar o
procedimento monitório. Conforme orientação do STJ, a correção monetária incide a partir da data
de emissão estampada na cártula. Na espécie deve-se aplicar o Ã-ndice de INPC por representar
melhor a perda do poder de compra da moeda. (Ap 154058/2016, DES. CARLOS ALBERTO ALVES DA
ROCHA, QUINTA CÃMARA CÃVEL, Julgado em 08/02/2017, Publicado no DJE 16/02/2017). (TJ-MT -
APL: 00021074320108110015 154058/2016, Relator: DES. CARLOS ALBERTO ALVES DA ROCHA, Data
de Julgamento: 08/02/2017, QUINTA CÃMARA CÃVEL, Data de Publicação: 16/02/2017).
DISPOSITIVO Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Ante todo o exposto, rejeito os embargos apresentados pela
ré e JULGO PROCEDENTE o pedido inicial e, com amparo no artigo 701, § 8º, do Código de
Processo Civil, constituo de pleno direito o tÃ-tulo judicial, convertendo o mandado monitório em
executivo, cuja tramitação obedecerá ao disposto no TÃ-tulo II do Livro I da Parte Especial, no que for
cabÃ-vel.               CONDENO a parte ré a efetuar o pagamento do débito
principal, qual seja, R$ 18.529,30 [dezoito mil, quinhentos e vinte e nove reais e trinta centavos], nos
termos da fundamentação, acrescido de juros moratórios de 1% (um por cento) ao mês a contar da
primeira apresentação à instituição financeira sacada ou câmara de compensação, ou, somente
se não houver ocorrido a referida apresentação, a partir da citação, e correção monetária pelo
INPC a partir da data de emissão estampada na cártula.               CONDENO ainda
a parte Ré ao pagamento das custas processuais e honorários advocatÃ-cios, estes fixados em 10%
(dez por cento) sobre o valor da condenação, o que faço com base no artigo 85, § 2º, do Código
de Processo Civil.               Após, prossiga-se como execução de tÃ-tulo judicial,
por quantia certa contra devedor solvente. Para tanto, INTIME-SE a exequente para apresentação de
memorial de cálculo atualizado e conforme os ditames da presente sentença. Em sequência, intime-se
a parte executada para, nos termos do art. 523, do CPC, efetuar, no prazo de quinze dias, o pagamento do
montante atualizado com juros e correção monetária, advertindo-lhe que, caso não o efetue, será o
valor acrescido de multa no percentual de 10% (dez por cento).              Â
Consequentemente, extingo o processo com resolução de mérito conforme o disposto no artigo 487,
inciso I, do Código de Processo Civil.               P. R. I. C.             Â
 Belém/PA, 02/09/2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e
Empresarial da Capital 301 PROCESSO: 00188072320138140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o: Exibição
em: 03/12/2021 AUTOR:WELLINGTON WAGNER CRISTO DA FONSECA Representante(s): OAB 13736
- ROBERTO CAVALLEIRO DE MACEDO JUNIOR (ADVOGADO) OAB 15450-B - GUILHERME MESSIAS
CAVALLEIRO DE MACEDO (ADVOGADO) REU:BANCO CRUZEIRO DO SUL SA Representante(s): OAB
15.201-A - NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES (ADVOGADO) . Ação Cautelar de Exibição
de Documentos Autos nº: 0018807-23.2013.814.0301 Requerente(s): WELLINGTON WAGNER CRISTO
DA FONSECA Requerido(s): BANCO CRUZEIRO DO SUL S/A Juiz: Roberto Andrés Itzcovich Vistos
SENTENÃA Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â RELATÃRIO Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â A parte
requerente, por intermédio de advogado devidamente habilitado, ajuizou a presente Ação de
Exibição de Documentos em face do requerido, todos qualificados na inicial, alegando que firmou
contrato de empréstimo consignado com o banco réu, mas nunca recebeu cópia, razão pela qual
ajuizou a presente ação objetivando que seja determinada a exibição de toda a documentação
referente a contratos firmados entre as partes. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Devidamente citada, a
requerida contestou às fls. 19/22, afirmando que não se negou a fornecer os contratos pertencentes a
parte autora, pois não foi solicitado administrativamente, porém não se opõe à exibição e
apresenta a documentação pleiteada às fls. 26/29.                 A parte autora
não apresentou réplica, fl. 85.                 Os autos vieram-me conclusos.   Â
196
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
             FUNDAMENTAÃÃO                 A exibição de
documentos como medida cautelar preparatória, prevista no antigo Código de Processo Civil de 1973,
tinha por escopo evitar o risco de uma ação principal deficientemente instruÃ-da, tendo por objetivo
permitir que a parte interessada tenha às vistas os documentos, a fim de examiná-los, para atestar seu
direito ou interesse.                 A cautelar de exibição de documentos tinha
cabimento como medida preparatória para compelir o detentor do documento a exibi-lo, para utilização
como prova pelo requerente, em futura ação a ser ajuizada, mas pode, diante do seu conteúdo, deixar
de ajuizá-la.                 Nesse sentido é o entendimento do STJ: RECURSO
ESPECIAL - AÃÃO CAUTELAR DE EXIBIÃÃO DE DOCUMENTOS - MEDIDA DE NATUREZA
SATISFATIVA - PROPOSITURA DE AÃÃO PRINCIPAL - DESNECESSIDADE. 1. A ação cautelar de
exibição é satisfativa, não garantindo eficácia de suposto provimento jurisdicional a ser buscado
em outra ação. Exibidos os documentos, pode haver o desinteresse da parte em interpor o feito
principal, por constatar que não porta o direito que antes suspeitava ostentar. 2. O direito subjetivo
especÃ-fico da cautelar de exibição é o de ver. Assim, entendendo o JuÃ-zo que a parte requerente
é possuidora de tal direito, a ponto de determinar a exibição, é decorrência lógica que julgue a
medida procedente. 3. Recurso especial conhecido, mas improvido'. Recurso Especial Nº 2000/0000451-
0, Relator Ministro João (Otávio De Noronha, Segunda Turma, DJ 19.09.2005 p. 243RDDP vol. 32 p.
120).                 Na espécie, a parte autora alega que solicitou
administrativamente à requerida cópia do contrato de empréstimo consignado firmado com a ré, mas
que houve recusa daquela em fornecê-los.                 Em contestação, a parte
requerida alega que não se negou a fornecer as informações solicitadas pelo demandante, afirmando
que nunca foi solicitado, bem como apresentou a documentação juntamente com a defesa, não
havendo que se falar em descumprimento. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Verifica-se que com a
contestação a parte requerida apresentou cópias do contrato firmado entre as partes, conforme
solicitado na exordial.                 Acerca da obrigação de exibição de
documentos, colaciono o seguinte julgado: AGRAVO DE INSTRUMENTO - AÃÃO CAUTELAR DE
EXIBIÃÃO DE DOCUMENTOS - CONTRATO DE FINANCIAMENTO - DOCUMENTO COMUM ÃS
PARTES - REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO - NEGATIVA DE APRESENTAÃÃO - ISENÃÃO AO
PAGAMENTO DE HONORÃRIOS AVOCATÃCIOS COM APRESENTAÃÃO DO DOCUMENTO
JUNTAMENTE COM A CONTESTAÃÃO - IMPOSSIBILIDADE. A responsabilidade pelo pagamento dos
honorários advocatÃ-cios se fundamenta nos princÃ-pios da sucumbência e da causalidade, de modo
que, tendo o autor solicitado, administrativamente, a exibição de documento comum entre as partes, a
conduta omissiva do réu, em não atender ao pedido extrajudicial, já configura resistência ao pedido
inaugural, compelindo o autor a acessar o Poder Judiciário. Portanto, em eventual procedência da
ação, haverá sucumbência da instituição financeira ré, a demandar a respectiva condenação
ao pagamento das verbas sucumbenciais, razão pela qual não há que falar em isenção ao
pagamento dos honorários advocatÃ-cios com a exibição dos documentos pretendidos juntamente com
a apresentação da contestação. (TJ-MG - AI: 10144120047119001 MG, Relator: João Cancio,
Data de Julgamento: 16/04/2013, Câmaras CÃ-veis / 18ª CÃMARA CÃVEL, Data de Publicação:
18/04/2013)                 Diante da pretensão resistida por parte do demandado,
em razão de ter apresentado os documentos solicitados somente por ocasião da defesa nos presentes
autos, cabÃ-vel sua condenação nos ônus sucumbenciais, pois pelo princÃ-pio da causalidade, quem
dá causa à instauração da demanda ou a ela resiste deve arcar com o pagamento das despesas
decorrentes do processo. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Uma vez que os documentos solicitados foram
exibidos no curso do processo, comprovada a recusa, incumbe a parte requerida o pagamento de
despesas processuais e honorários advocatÃ-cios.                 DISPOSITIVO   Â
             Ante o exposto, com base nos critérios e limites da fundamentação,
JULGO PROCEDENTE os pedidos formulados nesta Ação Cautelar de Exibição de Documentos,
extinguindo o processo com resolução do mérito, na forma do art. 487, I, do Código de Processo
Civil/2015, considerando que já houve o alcance do objetivo almejado pela parte autora, nos termos da
fundamentação.                 Em razão da sucumbência da parte requerida,
tendo em vista que deu causa à propositura da ação, e por força do disposto nos artigos 82, § 2º,
85, § 14, e 86, todos do Código de Processo Civil/2015, CONDENO ao pagamento das custas e
despesas processuais, bem como dos honorários advocatÃ-cios que ora arbitro em R$ 500,00 (quinhentos
reais). Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Nos termos do artigo 46, caput, da Lei estadual n. 8.328, de
29/12/2015, fica advertida a parte responsável de que, na hipótese de, havendo custas, não efetuar o
pagamento delas no prazo legal, o respectivo crédito, além de encaminhado para inscrição em
DÃ-vida Ativa, sofrerá atualização monetária e incidência de outros encargos legais.        Â
197
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em 04/06/2013, DJe 19/06/2013) PROCESSO CIVIL -
AÃÃO MONITÃRIA - COBRANÃA PELO FORNECIMENTO DE MERCADORIA - FATURA: DOCUMENTO
HÃBIL - APLICAÃÃO DO ART. 515, § 3º, DO CPC: POSSIBILIDADE. (...) 2. Doutrina e jurisprudência,
inclusive do STJ, têm entendido que é tÃ-tulo hábil para cobrança, documento escrito que prove, de
forma razoável, a obrigação, podendo, a depender do caso, ter sido produzido unilateralmente pelo
credor. 3. à perfeitamente viável instruir ação monitória ajuizada por concessionária de energia
elétrica com cópia de faturas para cobrança por serviços prestados, sendo desnecessária, na
hipótese, a assinatura do devedor. 4. Recurso especial não provido. (REsp 894.767/SE, Rel. Ministra
ELIANA CALMON, SEGUNDA TURMA, julgado em 19/08/2008, DJe 24/09/2008). APELAÃÃO CÃVEL.
AÃÃO MONITÃRIA. NOTA PROMISSÃRIA IRREGULAR E DOCUMENTOS SEM A ASSINATURA DO
DEVEDOR. INTERESSE PROCESSUAL. INTELIGÃNCIA DO ARTIGO 1102A DO CPC. Tanto a nota
promissória irregular - assinada por simples preposto do devedor -, como as notas fiscais acostadas Ã
inicial, são documentos hábeis a instruir a ação monitória, pois inexiste a exigência legal de que os
documentos que embasam tal procedimento contenham a assinatura do devedor. DERAM PROVIMENTO
PARA DESCONSTITUIR A SENTENÃA. (Apelação CÃ-vel Nº 70008534380, Décima Sétima
Câmara CÃ-vel, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Alzir Felippe Schmitz, Julgado em 18/05/2004).  Â
            Considera-se no caso concreto como incontroversa a inadimplência da ré,
bem como a relação causal que deu origem ao débito, pois há incidência da súmula 531 do STJ
na espécie, que assim dispõe: Em ação monitória fundada em cheque prescrito ajuizada contra o
emitente, é dispensável a menção ao negócio jurÃ-dico subjacente à emissão da cártula.    Â
          Assim, havendo prova escrita suficiente para a instrução da ação que objetiva
o pagamento de soma em dinheiro, como no caso noticiado, há cabimento, sim, de ação monitória. Â
             Ademais, verifica-se no caso que os embargos monitórios são
extremamente genéricos, não contraditando a situação fática concretamente ou de maneira
especÃ-fica, e nem muito argui tese capaz de inviabilizar o direito do demandante em receber o seu
crédito.               Pontue-se que, alinhado ao REsp: 1556834 SP 2015/0239877-3,
os juros moratórios pelo inadimplemento são cabÃ-veis, e devem ser pagos na razão de 1% ao mês, a
contar da primeira apresentação à instituição financeira sacada ou câmara de compensação,
conforme norma de regência da matéria, bem como há incidência de correção monetária pelo
INPC a partir da data de emissão estampada na cártula. Anele-se ainda que os juros de mora incidem a
partir da citação nos casos em que a cártula não houver sido apresentada para compensação
perante a instituição financeira.               Diante do acervo probatório constante
nos autos, verifico a consistência do crédito em favor da parte demandante, e existindo valores a serem
pagos por força do cheque (Art. 374, III, do NCPC e Súmula 531 do STJ), incumbia a parte requerida o
ônus de provar a existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito da requerente, o que
não logrou êxito (art. 373, II, do CPC).               Acrescente-se ainda, ao presente
julgado, a seguinte jurisprudência, pois embasa a cominação do dispositivo: RECURSO ESPECIAL
REPRESENTATIVO DE CONTROVÃRSIA. CHEQUE. INEXISTÃNCIA DE QUITAÃÃO REGULAR DO
DÃBITO REPRESENTADO PELA CÃRTULA. TESE DE QUE OS JUROS DE MORA DEVEM FLUIR A
CONTAR DA CITAÃÃO, POR SE TRATAR DE AÃÃO MONITÃRIA. DESCABIMENTO. CORREÃÃO
MONETÃRIA E JUROS MORATÃRIOS. TEMAS DE DIREITO MATERIAL, DISCIPLINADOS PELO ART.
52, INCISOS, DA LEI N. 7.357/1985. 1. A tese a ser firmada, para efeito do art. 1.036 do CPC/2015 (art.
543-C do CPC/1973), é a seguinte: "Em qualquer ação utilizada pelo portador para cobrança de
cheque, a correção monetária incide a partir da data de emissão estampada na cártula, e os juros
de mora a contar da primeira apresentação à instituição financeira sacada ou câmara de
compensação". 2. No caso concreto, recurso especial não provido. (STJ - REsp: 1556834 SP
2015/0239877-3, Relator: Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, Data de Julgamento: 22/06/2016, S2 -
SEGUNDA SEÃÃO, Data de Publicação: DJe 10/08/2016). EMENTA: APELAÃÃO CÃVEL - AÃÃO
MONITÃRIA - CHEQUE PRESCRITO - TERMO INICIAL DOS JUROS DE MORA - A PARTIR DA DATA
DA PRIMEIRA APRESENTAÃÃO Ã INSTITUIÃÃO FINANCEIRA SACADA - EXCEÃÃO - CÃRTULA NÃO
APRESENTADA - JUROS DE MORA A PARTIR DA CITAÃÃO. 1. Os juros de mora incidem a partir da
citação nos casos em que a cártula não houver sido apresentada para compensação perante a
instituição financeira. (TJ-MG - AC: 10625150061921001 MG, Relator: José Américo Martins da
Costa, Data de Julgamento: 31/10/2019, Data de Publicação: 08/11/2019). EMENTA: APELAÃÃO
CÃVEL - AÃÃO MONITÃRIA - CHEQUE - JUROS MORATÃRIOS - INCIDÃNCIA DO ART. 406 DO
CÃDIGO CIVIL E 161, § 1º DO CTN - JUROS à TAXA DE 1% AO MÃS. Os juros moratórios devem
ser aplicados à taxa de 1% ao mês, em respeito ao artigo 406, do Código Civil, que remete ao
pagamento dos juros pela taxa prevista legalmente para a mora dos impostos devidos à Fazenda
199
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
Pública, prevista no artigo 161, § 1º, do Código Tributário Nacional. (TJ-MG - AC:
10000191512946001 MG, Relator: Mônica Libânio, Data de Julgamento: 18/02/0020, Data de
Publicação: 20/02/2020). MONITÃRIA - CHEQUE - CERCEAMENTO DE DEFESA E INÃPCIA DA
INICIAL - PRELIMINARES REJEITADAS - CORREÃÃO MONETÃRIA - INCIDÃNCIA A PARTIR DA
EMISSÃO DO TÃTULO - ÃNDICE INPC - RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO. O juiz na condição
de dirigente do processo, é o destinatário da atividade probatória das partes, a qual tem por finalidade
a formação da sua convicção acerca dos fatos sob controvérsia, podendo dispensar a
produção das provas que achar desnecessária à solução do feito, conforme lhe é facultado pela
lei processual civil, sem que isso configure supressão do direito de defesa. O cheque constitui
documento hábil e suficiente para embasar o procedimento monitório. Conforme orientação do STJ, a
correção monetária incide a partir da data de emissão estampada na cártula. Na espécie deve-se
aplicar o Ã-ndice de INPC por representar melhor a perda do poder de compra da moeda. (Ap
154058/2016, DES. CARLOS ALBERTO ALVES DA ROCHA, QUINTA CÃMARA CÃVEL, Julgado em
08/02/2017, Publicado no DJE 16/02/2017). (TJ-MT - APL: 00021074320108110015 154058/2016, Relator:
DES. CARLOS ALBERTO ALVES DA ROCHA, Data de Julgamento: 08/02/2017, QUINTA CÃMARA
CÃVEL, Data de Publicação: 16/02/2017). DISPOSITIVO               Ante todo o
exposto, rejeito os embargos apresentados pela ré e JULGO PROCEDENTE o pedido inicial e, com
amparo no artigo 701, § 8º, do Código de Processo Civil, constituo de pleno direito o tÃ-tulo judicial,
convertendo o mandado monitório em executivo, cuja tramitação obedecerá ao disposto no TÃ-tulo II
do Livro I da Parte Especial, no que for cabÃ-vel.               CONDENO a parte ré a
efetuar o pagamento do débito principal, qual seja, R$ 2.350,00 (dois mil trezentos e cinquenta reais),
nos termos da fundamentação, acrescido de juros moratórios de 1% (um por cento) ao mês a contar
da primeira apresentação à instituição financeira sacada ou câmara de compensação, ou,
somente se não houver ocorrido a referida apresentação, a partir da citação, e correção
monetária pelo INPC a partir da data de emissão estampada na cártula.              Â
CONDENO ainda a parte Ré ao pagamento das custas processuais e honorários advocatÃ-cios, estes
fixados em 10% (dez por cento) sobre o valor da condenação, o que faço com base no artigo 85, §
2º, do Código de Processo Civil.               Após, prossiga-se como execução de
tÃ-tulo judicial, por quantia certa contra devedor solvente. Para tanto, INTIME-SE a exequente para
apresentação de memorial de cálculo atualizado e conforme os ditames da presente sentença. Em
sequência, intime-se a parte executada para, nos termos do art. 523, do CPC, efetuar, no prazo de
quinze dias, o pagamento do montante atualizado com juros e correção monetária, advertindo-lhe que,
caso não o efetue, será o valor acrescido de multa no percentual de 10% (dez por cento).      Â
        Consequentemente, extingo o processo com resolução de mérito conforme o
disposto no artigo 487, inciso I, do Código de Processo Civil.               P. R. I. C.  Â
            Belém/PA, 02/09/2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da
4ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital 301 PROCESSO: 00194040320048140301 PROCESSO
ANTIGO: 200410656522 MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES
ITZCOVICH A??o: Execução de Título Extrajudicial em: 03/12/2021 EXECUTADO:ALBERTO
ALEXANDRE COSTA E SOUZA Representante(s): GERSON ROGERIO REIS DE SOUSA (ADVOGADO)
EXEQUENTE:BANCO BMC BRADESCO SA Representante(s): RONDINELI FERREIRA PINTO
(ADVOGADO) DOUGLAS OLEGARIO SANTOS (ADVOGADO) CAMILO CASSIANO RANGEL CANTO
(ADVOGADO) . Tendo em vista a petição de fl.109, defiro o pedido de vistas pelo prazo de 5 (cinco)
dias. Após, proceda-se à devolução dos autos ao arquivo. Belém do Pará, 14/10/2021. Roberto
Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital 303 PROCESSO:
00195965120158140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o: Despejo por Falta de Pagamento Cumulado Com Cobrança em:
03/12/2021 AUTOR:IRCILENE NETO FERREIRA Representante(s): OAB 2979 - JOSE MARIA VIANNA
OLIVEIRA (ADVOGADO) REU:JOAQUIM BENEDITO MENDES ARAUJO Representante(s): OAB 5154 -
EVANDRO DE OLIVEIRA COSTA (ADVOGADO) REU:FLORIVAL DE CARVALHO SODRE SOBRINHO
REU:EMILIA MARIA SODRÉ ARAUJO. PROC. 0019596-51.2015.814.0301 REQUERENTE: IRCILENE
NETO FERREIRA REQUERIDO: JOAQUIM BENEDITO MENDES ARAÃJO, EMÃLIA MARIA SODRÃ
ARAÃJO e FLORIVAL DE CARVALHO SODRÃ SOBRINHO SENTENÃA RELATÃRIO Â Â Â Â Â Cuida-se
de AÃÃO DE DESPEJO C/C COBRANÃA DE ALUGUEIS E DEMAIS ACESSÃRIOS DA LOCAÃÃO
movida por IRCILENE NETO FERREIRA em face de JOAQUIM BENEDITO MENDES ARAÃJO, EMÃLIA
MARIA SODRÃ ARAÃJO e FLORIVAL DE CARVALHO SODRÃ SOBRINHO. Â Â Â Â Â A parte autora
declara que é legÃ-tima proprietária do imóvel localizado na RUA à DE ALMEIDA, Nº. 490, EDIFÃCIO
ROTARY, SALA 604, CEP 66.017-050, o qual foi dado em locação a parte requerida com vigência de
200
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
07 de agosto de 2013 a 06 de fevereiro 2016, com aluguel ajustado em R$ 700,00 [setecentos reais]. Â Â
   Ocorre que, ignorando as disposições contratuais, a parte autora alega que a requerida se tornou
inadimplente com suas obrigações, não efetuando o pagamento dos alugueres vencidos em
06/02/2015, 06/03/2015, 06/04/2015, 06/05/2015, inclusive as taxas condominiais dos meses 09/2013,
07/2014 a 12/2014, e 01/2015 a 04/2015.      Em razão da inadimplência, assevera a autora que
tentou de forma amigável o recebimento do débito junto a parte requerida, bem como a
apresentação da comprovação de pagamento de pagamentos dos acessórios locatÃ-cios [energia
elétrica, taxa condominial, IPTU], porém não logrou êxito em suas tentativas.      Requer ao
final, dentre outros pedidos, a total procedência da ação, condenando a parte requerida ao pagamento
dos débitos, os quais equivaleriam a quantia de R$ 8.313,21 (oito mil, trezentos e treze reais e vinte e
um centavos.       Junta documentos.       Em decisão de fl. 26, restou deferida a
gratuidade a parte autora e em decisão de fl. 39, restou deferida a IMISSÃO DA POSSE do imóvel a
parte autora, o que fora concretizado em 23/11/2016, conforme AUTO DE
CONSTATAÃÃO/VERIFICAÃÃO/IMISSÃO NA POSSE de fl. 53.       Em petição de fl. 113, a
parte autora arguiu a revelia da parte requerida, em razão da contestação ser intempestiva, tendo, na
oportunidade, juntado planilha do débito atualizada, fl. 235, cujo montante perfazia a quantia de R$
40.535,87 [quarenta mil, quinhentos e trinta e cinco reais e oitenta e sete centavos] e se referiria apenas
aos alugueis em atraso, não mais contemplando acessórios da locação.       Conforme
certidão de fl. 116, a contestação apresentada por JOAQUIM BENEDITO MENDES ARAÃJO e
EMÃLIA MARIA SODRà DE ARAÃJO, fls. 59/108, é intempestiva; ademais, o requerido FLORIVAL DE
CARVALHO SODRà SOBRINHO foi citado, conforme certidão do oficial DE JUSTIÃA DE FL. 111,
porém não contestou o feito.       Os autos vieram-me conclusos. FUNDAMENTAÃÃO   Â
            O artigo 344 do CPC/2015 dispõe o seguinte:  ¿Art. 344. Se o réu não
contestar a ação, será considerado revel e presumir-se-ão verdadeiras as alegações de fato
formuladas pelo autor.¿                  A Doutrina e Jurisprudência orientam: Â
¿Revel é quem não contesta a ação ou, o que é o mesmo, não a contesta validamente. A
revelia é o efeito daÃ- decorrente¿  ¿A falta de contestação faz presumir verdadeiros os fatos
alegados pelo autor, desde que se trate de direito disponÃ-vel. Deixando de reconhecê-lo, contrariou o
acórdão o disposto no art. 319 do CPC¿ (STJ - 3ª Turma, Resp 8.392-MT, rel. Min. Eduardo Ribeiro,
j. 29.4.91).                   A parte requerida contestou intempestivamente, pelo
que lhe é imposta a revelia operante.                 à o entendimento
jurisprudencial.  ¿Presentes as condições que ensejam o julgamento antecipado da causa, é
dever do juiz, e não mera faculdade, assim proceder¿(STJ - 4ª Turma, Resp 2.832-RJ, rel. Min.
Sálvio de Figueiredo, j. 14.8.90).                Como efeito da revelia operada nos
autos, há a incidência da presunção de veracidade dos fatos alegados na inicial quanto ao
inadimplemento dos aluguéis e demais encargos decorrentes do contrato de locação.       Â
       De outra banda, o contrato juntado aos autos comprova a existência da relação
locatÃ-cia, bem como o valor dos aluguéis e dos encargos de locação devidos, o que determina a
procedência do pedido de cobrança de aluguéis no montante indicado na inicial.         Â
      Os autos mostram, de forma clara, o direito do requerente. Mostram de forma cabal o atraso
e, em suma, que estão preenchidos todos os requisitos da lei para o despejo na forma pleiteada.   Â
            O requerente se desincumbiu do ônus de demonstrar os fatos constitutivos de
seu direito, conforme art. 333, I do CPC, provando tanto a existência contrato de locação, quanto o
atraso no pagamento dos aluguéis.                Sendo assim, na cristalina
dicção da norma regente, tanto o atraso, quanto o fim do contrato possibilitam o despejo na forma
pleiteada.               Cumpre asseverar que o contrato, lei entre as partes, não
prevê qualquer autorização para realização de benfeitorias. Por outro lado, a lei e o contrato
impõem ao requerido a devolução do imóvel no bom estado em que este declara que o recebeu. Â
              Sendo assim, na ausência de autorização expressa do locatário para
realização de benfeitorias, não há que falar em direito a indenização ou retenção em
relação àquelas eventualmente realizadas pelo requerido.                Frise-se
que, uma vez que não verificada a rescisão contratual por outros meios, entendo como RESCINDIDO O
CONTRATO NO ATO DE IMISSÃO DE POSSE DO IMÃVEL AO AUTOR, ou seja, 23/11/2016, conforme o
AUTO DE CONSTATAÃÃO/VERIFICAÃÃO/IMISSÃO NA POSSE de fl. 53. Destaque-se que tal
posicionamento não é pontual, pois está em consonância com jurisprudência pacificada. Apenas a
tÃ-tulo de exemplo: AÃÃO DE DESPEJO C/C RESCISÃO CONTRATUAL E COBRANÃA DE VALORES.
RESPONSABILIDADE DO LOCATÃRIO ATÃ A EFETIVA IMISSÃO DA POSSE. SENTENÃA
REFORMADA. 1. A responsabilidade pelas prestações periódicas do locatário se encerra com a
201
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
efetiva entrega das chaves, com o depósito em juÃ-zo ou com a imissão na posse, ou seja, no momento
em que o locador volta a usufruir e gozar do bem, sendo insuficiente a simples desocupação do imóvel
pelo locatário. 2. Recurso provido. TJ-DF - 07366937420178070001 DF 0736693-74.2017.8.07.0001 (TJ-
DF). Data de publicação: 17/10/2019.               Ademais, a PLANILHA DE
DÃBITOS JUDICIAIS juntada pela parte autora em 27/07/2020, contempla a cobrança apenas dos
alugueis atrasados [tal qual a de fl. 57, protocolada em 26/01/2017], no Ã-nterim entre 06/02/2015 e
23/11/2016, presumindo-se, dessa forma, que os demais encargos encontram-se quitados. Â Â Â Â Â Â Â
       Por derradeiro, registre-se que a norma regente é de uma clareza solar no que diz
respeito a não exigência de caução para execução provisória. Quaisquer alegações em
contrário carecem de fundamento e de previsão contratual. ¿EXECUÃÃO PROVISÃRIA DISPENSA
CAUÃÃO. Eis que ônus já excessivo do despejo, o seria ainda maior TJ-PR - AC 3781580 PR 0378158-
0 (TJ-PR) publicada: 08/11/2006.¿                DISPOSITIVO          Â
    Diante do exposto, com base no CPC/2015, art. 316, Lei do Inquilinato e dispositivos condizentes,
JULGO TOTALMENTE PROCEDENTES os pedidos do requerente e, por consequência, extingo o
processo com resolução do mérito, na forma do art. 487, I, do Código de Processo Civil/2015, e:  Â
            CONDENO a parte requerida ao pagamento, em consonância com a planilha
de fls. 57 e 115/235, dos alugueis vencidos entre 06/02/2015 e 23/11/2016, incidindo correção
monetária e juros de mora legais de 1% ao mês, ambos desde o vencimento de cada parcela (art. 397,
CC/2002), cujo montante será calculado por simples cálculo matemático.              Â
CONDENO a parte requerida ao pagamento da multa de 10% por atraso sobre o montante do débito, em
observância a CLÃUSULA II, PARÃGRAFO SEGUNDO do contrato de locação, fl. 13.       Â
       DECLARAR dispensada a caução para execução provisória, nos termos do art. 64
da Lei 8.245/91, dado que a ação é fundada no art. 9º, III, da Lei 8.245/91.            Â
  CONDENO o requerido ao pagamento das custas e despesas processuais, além dos honorários
advocatÃ-cios, que ora arbitro em 10% (vinte por cento) sobre o valor da condenação, nos termos do
art. 85 do CPC/2015. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Nos termos do artigo 46, caput, da Lei estadual n.
8.328, de 29/12/2015, fica advertida a parte responsável de que, na hipótese de, havendo custas, não
efetuar o pagamento delas no prazo legal, o respectivo crédito, além de encaminhado para
inscrição em DÃ-vida Ativa, sofrerá atualização monetária e incidência de outros encargos legais.
              Fica autorizado o desentranhamento de documentos por quem os juntou,
exceto a procuração, substituindo-os por cópias que poderão ser declaradas autênticas pelo
patrono nos termos do artigo 425, IV do CPC/2015, devendo o cartório certificar o ato de
desentranhamento;               Certificado o trânsito em julgado, havendo custas
pendentes, intime-se o responsável para o recolhimento, sob pena de inscrição na dÃ-vida ativa. Inerte,
inscreva-se.               Após, cumpridas as cautelas legais, arquivar os presentes
autos e dar baixa na distribuição.               P.R.I.C. Belém/PA, 04/11/2021.
Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital 301
PROCESSO: 00196045720178140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o: Monitória
em: 03/12/2021 REQUERENTE: GF - FACTORING FOMENTO MERCANTIL LTDA Representante(s):
OAB 8478 - HUGO MARQUES NOGUEIRA (ADVOGADO) REQUERIDO:ANGELA MARIA MAUES
FERREIRA. PROCESSO: 0019604-57.2017.814.0301 REQUERENTE: G F FACTORING FOMENTO
MERCANTIL LTDA REQUERIDO: ANGELA MARIA MAUES FERREIRA SENTENÃA RELATÃRIO Â Â Â
   Cuida-se de AÃÃO MONITÃRIA movida por L C FACTORING FOMENTO MERCANTIL LTDA em
face de ANGELA MARIA MAUES FERREIRA.       Afirma a parte demandante que é credora da
requerida em quantia correspondente a R$ 53.700,00 (cinquenta e três mil e setecentos reais), valor este
representado pelo cheque colacionado em original à fl. 22.       Em sede de embargos
monitórios, fls. 31/43, a parte demandada defende, em sÃ-ntese: 1) emprestou o respectivo cheque ao
seu irmão, assinado, sem data e em branco; 2) a denunciação da lide de JOÃO BOSCO DA COSTA
MAUÃS, seu irmão e da empresa PARAMAD LTDA; 3) a inépcia da inicial por ausência do contrato
original de factoring; 4) a ausência de descrição da causa debendi na ação monitória; 5) a
ausência de notificação da embargante da cessão do crédito por meio de factoring; 6) a nulidade
do termo aditivo do contrato por ausência de assinatura das testemunhas.       Impugnação
aos embargos monitórios às fls. 63/73.       Os autos vieram-me conclusos. JULGAMENTO
ANTECIPADO      No caso sub examine, desnecessária a ampliação probatória, posto que o
feito já contém elementos suficientes para apreciação e julgamento e, ainda, em atenção ao
princÃ-pio da livre convicção, antecipo o julgamento do mérito, na forma do art. 355, I, do CPC/2015, o
qual estabelece a conveniência do julgamento antecipado do pedido, quando não houver necessidade
202
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
de outras provas.      Nesse sentido, há tempos a jurisprudência dos tribunais superiores aponta
que ¿Presentes as condições que ensejam o julgamento antecipado da causa, é dever do juiz e
não mera faculdade, assim o proceder¿. DO REQUERIMENTO DE JUSTIÃA GRATUITA DA
EMBARGANTE              Anote-se que nos termos da atual redação da Súmula nº
06 do TJ/PA ¿A alegação de hipossuficiência econômica configura presunção meramente
relativa de que a pessoa natural goza do direito ao deferimento da gratuidade de justiça prevista no
artigo 98 e seguintes do Código de Processo Civil (2015), podendo ser desconstituÃ-da de ofÃ-cio pelo
próprio magistrado caso haja prova nos autos que indiquem a capacidade econômica do requerente.¿
(grifos nossos). Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Destarte, em que pesem os argumentos apresentados pelo
requerente, constato pelo comprovante de rendimento juntado à fl. 48, estar plenamente evidenciado nos
autos a suficiência de renda da parte para arcar com as custas, despesas processuais e honorários
advocatÃ-cios sem comprometimento do seu sustento ou de sua famÃ-lia, uma vez que a parte percebe
uma renda mensal de R$ 2.553,00 (dois mil, quinhentos e cinquenta e três reais), bem como constituiu
advogado particular para patrocinar a causa. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Posto isto, tendo em vista que o
requerente não preenche os requisitos previstos em lei, INDEFIRO O PEDIDO DE GRATUIDADE DA
JUSTIÃA. FUNDAMENTAÃÃO      Dispunha o Código de Processo Civil de 1973: Art. 1.102.a - A
ação monitória compete a quem pretender, com base em prova escrita sem eficácia de tÃ-tulo
executivo, pagamento de soma em dinheiro, entrega de coisa fungÃ-vel ou de determinado bem móvel. Â
    O novo Código de Processo Civil repetiu a regra nos seguintes termos: Art. 700. A ação
monitória pode ser proposta por aquele que afirmar, com base em prova escrita sem eficácia de tÃ-tulo
executivo, ter direito de exigir do devedor capaz: I - o pagamento de quantia em dinheiro; II - a entrega de
coisa fungÃ-vel ou infungÃ-vel ou de bem móvel ou imóvel; III - o adimplemento de obrigação de fazer
ou de não fazer. §1º A prova escrita pode consistir em prova oral documentada, produzida
antecipadamente nos termos do art. 381.      A ação monitória, portanto, exige prova mÃ-nima
da obrigação mediante documento idôneo sem que necessariamente tenha sido emitido pelo devedor
ou contenha sua assinatura, senão vejamos: PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. AÃÃO
MONITÃRIA. A DOCUMENTAÃÃO NECESSÃRIA PARA A ADMISSIBILIDADE TEM QUE SER IDÃNEA.
APTA Ã FORMAÃÃO DO JUÃZO DE PROBABILIDADE ACERCA DO DIREITO AFIRMADO, A PARTIR
DO PRUDENTE EXAME DO MAGISTRADO. 1. A prova hábil a instruir a ação monitória, a que alude
o artigo 1.102-A do Código de Processo Civil não precisa, necessariamente, ter sido emitida pelo
devedor ou nela constar sua assinatura ou de um representante. Basta que tenha forma escrita e seja
suficiente para, efetivamente, influir na convicção do magistrado acerca do direito alegado. 2. Dessarte,
para a admissibilidade da ação monitória, não é necessário que o autor instrua a ação com
prova robusta, estreme de dúvida, podendo ser aparelhada por documento idôneo, ainda que emitido
pelo próprio credor, contanto que, por meio do prudente exame do magistrado, exsurja o juÃ-zo de
probabilidade acerca do direito afirmado pelo autor. 3. No caso dos autos, a recorrida, ao ajuizar a ação
monitória, juntou como prova escrita sem eficácia de tÃ-tulo executivo a própria nota fiscal do negócio
de compra e venda de mercadorias, seguida do comprovante de entrega assinado e mais o protesto das
duplicatas, que ficaram inadimplidas. A Corte local, após minucioso exame da documentação que
instrui a ação, apurou que os documentos são suficientes para atender aos requisitos da legislação
processual para cobrança via ação monitória, pois servem como inÃ-cio de prova escrita. A
revisão desse entendimento, demanda o reexame de provas, vedado em sede de recurso especial
(Súmula 7/STJ). 4. Agravo regimental não provido. (AgRg no AREsp 289.660/RN, Rel. Ministro LUIS
FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em 04/06/2013, DJe 19/06/2013) PROCESSO CIVIL -
AÃÃO MONITÃRIA - COBRANÃA PELO FORNECIMENTO DE MERCADORIA - FATURA: DOCUMENTO
HÃBIL - APLICAÃÃO DO ART. 515, § 3º, DO CPC: POSSIBILIDADE. (...) 2. Doutrina e jurisprudência,
inclusive do STJ, têm entendido que é tÃ-tulo hábil para cobrança, documento escrito que prove, de
forma razoável, a obrigação, podendo, a depender do caso, ter sido produzido unilateralmente pelo
credor. 3. à perfeitamente viável instruir ação monitória ajuizada por concessionária de energia
elétrica com cópia de faturas para cobrança por serviços prestados, sendo desnecessária, na
hipótese, a assinatura do devedor. 4. Recurso especial não provido. (REsp 894.767/SE, Rel. Ministra
ELIANA CALMON, SEGUNDA TURMA, julgado em 19/08/2008, DJe 24/09/2008). APELAÃÃO CÃVEL.
AÃÃO MONITÃRIA. NOTA PROMISSÃRIA IRREGULAR E DOCUMENTOS SEM A ASSINATURA DO
DEVEDOR. INTERESSE PROCESSUAL. INTELIGÃNCIA DO ARTIGO 1102A DO CPC. Tanto a nota
promissória irregular - assinada por simples preposto do devedor -, como as notas fiscais acostadas Ã
inicial, são documentos hábeis a instruir a ação monitória, pois inexiste a exigência legal de que os
documentos que embasam tal procedimento contenham a assinatura do devedor. DERAM PROVIMENTO
PARA DESCONSTITUIR A SENTENÃA. (Apelação CÃ-vel Nº 70008534380, Décima Sétima
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
Câmara CÃ-vel, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Alzir Felippe Schmitz, Julgado em 18/05/2004).  Â
            Considera-se no caso concreto como incontroversa a inadimplência da ré,
bem como a relação causal que deu origem ao débito, pois há incidência da súmula 531 do STJ
na espécie, que assim dispõe: Em ação monitória fundada em cheque prescrito ajuizada contra o
emitente, é dispensável a menção ao negócio jurÃ-dico subjacente à emissão da cártula.    Â
          Assim, deixo de acolher as preliminares que pontuam a INÃPCIA DA INICIAL por
ausência do contrato original de factoring, bem como a AUSÃNCIA DE DESCRIÃÃO DA CAUSA
DEBENDI desta ação monitória, pois o tÃ-tulo que está sendo executado é um cheque, sendo
irrelevante o negócio jurÃ-dico subjacente à emissão da cártula.               Com
base na mesma fundamentação, indefiro os requerimentos referentes à denunciação da lide de
JOÃO BOSCO DA COSTA MAUÃS, irmão da ré, e da empresa PARAMAD LTDA.          Â
    A uma que a demandada confessou que entregou a seu irmão um cheque assinado em branco,
e, portanto, garantiu que se responsabilizaria pelo tÃ-tulo de crédito, independentemente de como seria
preenchido, não podendo agora se eximir de sua obrigação, decorrente de sua ação VOLITIVA e
CONSCIENTE. A tese defensiva baseada na alegada ¿quebra de confiança¿ não é oponÃ-vel Ã
demandante de boa-fé, que em nada tem a ver com a relação da ré com o seu irmão. Neste
sentido: Cumprimento de sentença - TÃ-tulo judicial constituÃ-do nos autos de ação de conhecimento -
Ação com base em cheque - Inadmissibilidade de o réu, na impugnação, exercer toda a matéria
de defesa que não exerceu na fase de conhecimento - Preclusão - Impugnação limitada à s
matérias do art. 525, § 1º, do novo CPC - Ilegitimidade de parte como única matéria cognoscÃ-vel -
Réu, no entanto, emitente de cheques entregues em branco à irmã e que alega preenchimento abusivo
- Legitimidade que advém do art. 15 da Lei do Cheque (Lei n. 7.357/85)- INOPONIBILIDADE DO
PREENCHIMENTO ABUSIVO Ã AUTORA, SE A MÃ-FÃ NO PREENCHIMENTO Ã DA IRMÃ A QUEM OS
CHEQUES FORAM ENTREGUES EM CONFIANÃA - Exegese do art. 16 da Lei do Cheque - Recurso
desprovido nessa parte. Assistência judiciária - Gratuidade processual - Recorrente instigado a trazer
prova complementar da pobreza jurÃ-dica - Opção pelo recolhimento da taxa judiciária - Ato
incompatÃ-vel com a gratuidade - Falta de interesse recursal - Recurso não conhecido nessa parte. (TJ-
SP - AI: 21135622620188260000 SP 2113562-26.2018.8.26.0000, Relator: Cerqueira Leite, Data de
Julgamento: 29/10/2018, 12ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 29/10/2018)
APELAÃÃO CÃVEL. EMBARGOS Ã EXECUÃÃO. MATÃRIA RELATIVA Ã AGRAVO RETIDO NÃO
DEDUZIDA EM PRELIMINAR DE APELO. NÃO CONHECIMENTO DO AGRAVO. CHEQUE. TÃTULO
NÃO CAUSAL. EMISSÃO EM BRANCO. REPASSADO A TERCEIRO. RESPONSABILIDADE DO
EMITENTE PERANTE PORTADORES DE BOA-FÃ. 1. Para que matéria deduzida em sede de Agravo
Retido seja conhecida, em grau recursal, por ocasião do julgamento do recurso apelatório, é mister
que a Agravante o requeira, de forma expressa, nas razões de sua Apelação CÃ-vel. Não o fazendo,
resta preclusa a matéria objeto daquele recurso, ensejando a sua não apreciação, na Instância
Recursal. 2. à da parte Autora/Embargante o ônus da comprovação dos fatos extintivos, modificativos,
ou impeditivos do direito da Ré/Embargada. Desse modo, a simples alegação de que suas folhas de
cheque, estavam assinadas, em branco, sem a devida comprovação deste fato, não é apta a afastar
a pretensão executiva. 3. Tendo a parte Autora afirmado que tinha o hábito de repassar folhas de
cheque assinadas em branco, a terceiro de sua confiança, fica presumida a sua outorga, ainda que
tácita, de poderes para que o portador preencha o tÃ-tulo. APELAÃÃO CÃVEL CONHECIDA E
DESPROVIDA. (TJ-GO - AC: 03695011420128090036, Relator: DES. FRANCISCO VILDON JOSE
VALENTE, Data de Julgamento: 25/08/2016, 5A CAMARA CIVEL, Data de Publicação: DJ 2104 de
05/09/2016).       A duas que a empresa PARAMAD LTDA cedeu seu crédito a demandante,
estando o negócio devidamente comprovado às fls. 19/21. Frise-se que a falta de assinatura de
testemunhas no TERMO ADITIVO AO CONTRATO DE FOMENTO MERCANTIL em nada prejudica a
higidez do contrato, não tendo qualquer relevância para a presente causa. Acrescente-se ainda que a
falta de notificação da cessão do crédito, nos termos do art. 290 do CC, não tem o condão de
afastar a exigibilidade da dÃ-vida, mas tão somente evitar que o devedor pague a quem não detém
mais o crédito. à importante ressaltar que, no caso dos autos, a ausência de notificação menos
importa ainda para a exigibilidade do tÃ-tulo, pois em se tratando de cheque, somente pode este ser
cobrado quando apresentada a via original, que, por óbvio, é única. Vejamos a jurisprudência:
APELAÃÃO CÃVEL. DIREITO PRIVADO NÃO ESPECIFICADO. CESSÃO DE CRÃDITO. AUSÃNCIA DE
NOTIFICAÃÃO DA CESSÃO DE CRÃDITO. ORIGEM DO DÃBITO. Exigibilidade da dÃ-vida. Restou
provado documentalmente a origem da dÃ-vida, pois a ré trouxe contrato de serviços assinado pela
autora, bem como demonstrativo de inadimplência de faturas de cartão de crédito.Negativação
anterior ao termo de cessão de crédito. Alegação que não condiz com os fatos, considerando que
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
exposto, rejeito os embargos apresentados pela ré e JULGO PROCEDENTE o pedido inicial e, com
amparo no artigo 701, § 8º, do Código de Processo Civil, constituo de pleno direito o tÃ-tulo judicial,
convertendo o mandado monitório em executivo, cuja tramitação obedecerá ao disposto no TÃ-tulo II
do Livro I da Parte Especial, no que for cabÃ-vel. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â INDEFIRO o pedido de
gratuidade da justiça requerido pela parte ré, nos termos da fundamentação.           Â
   CONDENO a parte ré a efetuar o pagamento do débito principal, qual seja, R$ 53.700,00
(cinquenta e três mil e setecentos reais), nos termos da fundamentação, acrescido de juros
moratórios de 1% (um por cento) ao mês a contar da primeira apresentação à instituição
financeira sacada ou câmara de compensação, ou, somente se não houver ocorrido a referida
apresentação, a partir da citação, e correção monetária pelo INPC a partir da data de emissão
estampada na cártula.               CONDENO ainda a parte Ré ao pagamento das
custas processuais e honorários advocatÃ-cios, estes fixados em 10% (dez por cento) sobre o valor da
condenação, o que faço com base no artigo 85, § 2º, do Código de Processo Civil.       Â
       Após, prossiga-se como execução de tÃ-tulo judicial, por quantia certa contra devedor
solvente. Para tanto, INTIME-SE a exequente para apresentação de memorial de cálculo atualizado e
conforme os ditames da presente sentença. Em sequência, intime-se a parte executada para, nos
termos do art. 523, do CPC, efetuar, no prazo de quinze dias, o pagamento do montante atualizado com
juros e correção monetária, advertindo-lhe que, caso não o efetue, será o valor acrescido de multa
no percentual de 10% (dez por cento).               Consequentemente, extingo o
processo com resolução de mérito conforme o disposto no artigo 487, inciso I, do Código de
Processo Civil.               P. R. I. C.               Belém/PA,
02/09/2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital
301 PROCESSO: 00200020720088140301 PROCESSO ANTIGO: 200810621208
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o: Monitória
em: 03/12/2021 REU:ROSANE SANTOS ANSELMO Representante(s): HELOISA HELENA DONZA
VIEIRA (ADVOGADO) AUTOR:UNIAO DE ENSINO SUPERIOR DO PARA - UNESPA Representante(s):
CLAUDIA DOCE COELHO DE SOUZA (ADVOGADO) . Considerando o extenso lapso temporal desde a
última decisão, bem como a certidão de fl. 25, intime-se a parte requerente, pessoalmente, para, no
prazo de 05 (cinco) dias, manifestar-se quanto ao interesse no prosseguimento do feito, requerendo o que
entender de direito, sob pena de extinção do processo (art. 485, III, §1º, CPC/2015).       Â
    Após o prazo, certificar acerca da manifestação e fazer os autos conclusos.      SE
NECESSÃRIO, SERVIRÃ CÃPIA DESTE (A) DESPACHO/DECISÃO COMO MANDADO conforme
autorizado pelo PROVIMENTO CJ/CI 003/2009, devendo o Sr. Diretor Observar o disposto em seus nos
artigos 3º e 4º.                           Belém/PA, 22/10/2021.
Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital 302
PROCESSO: 00211476020068140301 PROCESSO ANTIGO: 200610623579
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o:
Procedimento Comum Cível em: 03/12/2021 AUTOR:ELENILDE BORGES PAES Representante(s): OAB
6207 - CLAUDIONOR CARDOSO DA SILVA (ADVOGADO) REU:FUNDACAO SISTEL DE SEGURIDADE
SOCIAL Representante(s): JOAO JOAQUIM MARTINELLI (ADVOGADO) OAB 17598 - LUIZ RICARDO
DE CASTRO GUERRA (ADVOGADO) OAB 19186 - JOAO ANDRE SALES RODRIGUES (ADVOGADO) .
Ação Ordinária de Cobrança Autos nº: 0021147-60.2006.8.14.0301 Requente(s): Elenilde Borges
Paes Requerido(s): Fundação Sistel de Seguridade Social Juiz: Roberto Andrés Itzcovich SENTENÃA
           Trata-se de Ação Ordinária de Cobrança ajuizada por ELENILDE BORGES
PAES em face de FUNDAÃÃO SISTEL DE SEGURIDADE SOCIAL. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â
     Estando o feito paralisado há mais de 30 (trinta) dias, por não ter a requerente promovido
atos/diligências que lhes competiam, determinou-se a sua intimação pessoal para dar andamento ao
processo, no prazo legal, sob pena de extinção.            Contudo, não foi possÃ-vel
localizar seu endereço, pois o AR (fl. 314) voltou com a informação ¿MUDOU-SE¿ (certidão de
fls. 315).            à o relatório. Decido.            Não foi possÃ-vel intimar a
requerente, para que este se manifestasse acerca do interesse no prosseguimento do feito. Â Â Â Â Â Â Â
    De acordo com o CPC, é dever das partes manter seu endereço atualizado, conforme reza o
art. 271, parágrafo único. No mesmo sentido, é pacÃ-fico na jurisprudência: PROCESSO CIVIL -
EXECUÃÃO - EXTINÃÃO DO PROCESSO SEM JULGAMENTO DE MÃRITO - ART. 267 , INCISO III DO
CPC - ABANDONO DA CAUSA - INTIMAÃÃO PESSOAL POR AR - DESCONHECIDO NO ENDEREÃO -
OBRIGAÃÃO DA PARTE MANTER ENDEREÃO ATUALIZADO - PEDIDOS INDEFERIDOS POR
DECISÃO INTERLOCUTÃRIA IRRECORRIDA - RECURSO IMPROVIDO - SENTENÃA MANTIDA. 1.Ã
OBRIGAÃÃO DAS PARTES MANTER NOS AUTOS SEU ENDEREÃO ATUALIZADO. 2.A INTIMAÃÃO
206
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
 Belém/PA, 16/09/2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e
Empresarial da Capital 302 PROCESSO: 00232717620098140301 PROCESSO ANTIGO: 200910502960
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o: Execução
de Título Extrajudicial em: 03/12/2021 EXECUTADO:GABRIEL CESAR SALGADO POMAR
EXEQUENTE:CHARLES COSWOSCH DEL PUPO Representante(s): OAB 8008 - GEORGES CHEDID
ABDULMASSIH JUNIOR (ADVOGADO) OAB 13300 - VANESSA NERIS BRASIL MONTEIRO
(ADVOGADO) OAB 13963 - FERNANDA DE MOURA CEBOLAO (ADVOGADO) CHEDID GEORGES
ABDULMASSIH (ADVOGADO) . Autos nº 0023271-76.2009.8.14.0301 Requerente(s): Charles
Coswosch Del Pupo Requerido(s): Gabriel Cesar Salgado Pomar SENTENÃA Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â
RELATÃRIO            O exequente ingressou com a presente ação de execução em
face do executado.             O exequente manifestou-se em petição (fl. 109),
requerendo a desistência da ação.            FUNDAMENTAÃÃO           Â
Uma vez requerida a desistência é caso de encerramento do processo.             O art.
775, do Código de Processo Civil/2015 prevê a possibilidade de extinção do processo de
execução, sem resolução de mérito no caso da desistência do autor.            Â
Conforme entendimento consolidado pelo Superior Tribunal de Justiça, no sentido de que: ¿Nos termos
do art. 775, parágrafo único, inciso I, do CPC, ocorrendo antes da oposição dos embargos a
desistência da execução prescinde da anuência do devedor e, antecedendo também o ingresso de
advogado constituÃ-do nos autos, indevidas as verbas de sucumbência, conforme lição de Humberto
Theodoro Junior, com remissão em suas notas a precedentes de tribunal superior¿. (AREsp 1607953,
Min. Moura Ribeiro, j.04/03/2020). Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Considerando que no presente feito a parte
requerida não apresentou embargos, não existe óbice à homologação da desistência.      Â
      DISPOSITIVO            Diante do exposto, HOMOLOGO a desistência para
os fins do art. 200, parágrafo único, do CPC/2015 e, em consequência, JULGO EXTINTO o processo
sem resolução de mérito, nos termos do artigo 775, do Código de Processo Civil/2015.      Â
      Custas pelo requerente nos termos do art. 90, caput, do CPC/2015.           Â
Nos termos do artigo 46, caput, da Lei estadual n. 8.328, de 29/12/2015, fica advertida a parte
responsável de que, na hipótese de, havendo custas, não efetuar o pagamento delas no prazo legal, o
respectivo crédito, além de encaminhado para inscrição em DÃ-vida Ativa, sofrerá atualização
monetária e incidência de outros encargos legais.            Não havendo
apresentação de defesa pelo requerido, deixo de fixar honorários advocatÃ-cios.          Â
 Certificado o trânsito em julgado, havendo custas pendentes, intime-se o responsável para o
recolhimento, sob pena de inscrição na dÃ-vida ativa. Inerte, inscreva-se.            Fica
autorizado o desentranhamento de documentos por quem os juntou, exceto a procuração, substituindo-
os por cópias que poderão ser declaradas autênticas pelo patrono nos termos do artigo 425, IV do
CPC/2015, devendo o cartório certificar o ato de desentranhamento.            Após,
cumpridas as cautelas legais, arquivar os presentes autos e dar baixa na distribuição.        Â
   P.R.I.C.           Belém/PA, 18/10/2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito
Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital 302 PROCESSO: 00237063020148140301
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES
ITZCOVICH A??o: Procedimento Comum Cível em: 03/12/2021 AUTOR:ELCIO LAMARAO DA SILVA
Representante(s): OAB 24388 - JULYANA TAVARES OLIVEIRA (ADVOGADO) OAB 21667 - BRUNA
CRISTINE DE MIRANDA SANTOS (ADVOGADO) OAB 20558 - ROGERIO MATOS MARTINS
(ADVOGADO) REU:FORMOSA SUPERMERCADOS E MAGAZINE LTDA Representante(s): OAB 16494 -
RAISSA BERNARDO SOARES CARRALAS (ADVOGADO) OAB 13919 - SAULO COELHO CAVALEIRO
DE MACEDO PEREIRA (ADVOGADO) . Considerando a petição de fls. 370/371 e a certidão de fl.
387, as quais informam que na publicação do despacho de fl. 368 não constaram os nomes dos
patronos do requerente, embora previamente habilitados nos autos, defiro o pedido da parte autora e
renovo o prazo de 10 (dez) dias para apresentação de memoriais escritos.           Â
Após, vista dos autos ao requerido, pelo prazo de 10 (dez) dias para, querendo, complementar os
memoriais escritos apresentados às fls. 372/381. Belém/PA, 18/11/2021. Roberto Andrés Itzcovich
Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital 303 PROCESSO:
00241135820108140301 PROCESSO ANTIGO: 201010365307
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o:
Cumprimento de sentença em: 03/12/2021 REU:CONSTRUTORA VILA DEL REY LTDA Representante(s):
OAB 9117 - ROBERTO TAMER XERFAN JUNIOR (ADVOGADO) OAB 14319 - TOBIAS CARVALHO
BRANCO ALMEIDA (ADVOGADO) OAB 19754 - ELIANE MENDES PEREIRA DA SILVA CARNEIRO
(ADVOGADO) OAB 19675 - MARIA IDALUCIA DE OLIVEIRA REIS (ADVOGADO) REU:LUNA
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
extenso lapso temporal desde a última decisão, bem como a ausência de manifestação ao ato
ordinatório de fl. 36, intime-se a parte requerente, pessoalmente, para, no prazo de 05 (cinco) dias,
manifestar-se quanto ao interesse no prosseguimento do feito, requerendo o que entender de direito, sob
pena de extinção do processo (art. 485, III, §1º, CPC/2015).            Após o prazo,
certificar acerca da manifestação e fazer os autos conclusos.      SE NECESSÃRIO, SERVIRÃ
CÃPIA DESTE (A) DESPACHO/DECISÃO COMO MANDADO conforme autorizado pelo PROVIMENTO
CJ/CI 003/2009, devendo o Sr. Diretor Observar o disposto em seus nos artigos 3º e 4º.       Â
                   Belém/PA, 22/10/2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz de
Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital 302 PROCESSO: 00266766620158140301
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES
ITZCOVICH A??o: Cumprimento de sentença em: 03/12/2021 AUTOR:RAIMUNDO NONATO LIMA
MIRANDA Representante(s): OAB 7568 - EDILENE SANDRA DE SOUSA LUZ SILVA (ADVOGADO) OAB
21000 - LARISSA MIRANDA PINHEIRO (ADVOGADO) REU:INSS INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO
SOCIAL. DESPACHO Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Intime-se a advogada Larissa Miranda Pinheiro, OAB/PA
21000, no endereço profissional: Rua dos Caripunas 1019, Jurunas, Belém/PA, para fins de
devolução do processo nº 0026676-66.2015.8.14.0301, nos termos da decisão de nº
20190429722232. Belém/PA, 28/10/2021. ROBERTO ANDRES ITZCOVICH Juiz de Direito Titular da
4ª Vara CÃ-vel e Empresarial de Belém 303 PROCESSO: 00269101920138140301 PROCESSO
ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH
A??o: Cumprimento de sentença em: 03/12/2021 AUTOR:ELOI MACHADO DE PAIVA Representante(s):
OAB 18004 - HAROLDO SOARES DA COSTA (ADVOGADO) OAB 15650 - KENIA SOARES DA COSTA
(ADVOGADO) REU:AYMORE CREDITO FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO SA. Vistos etc.    Â
      Analisando os autos verifico a existência de erro material na sentença proferida (fl. 39), no
que diz respeito à determinação de recolhimento de custas judiciais com a extinção do processo,
uma vez que o pedido de gratuidade da justiça, formulado na exordial, não fora analisado.      Â
    Como é cediço, "O erro material é aquele perceptÃ-vel 'primu ictu oculi' e sem maior exame,
a traduzir desacordo entre a vontade do juiz e a expressa na sentença" (RSTJ 102/278). De acordo com
o art. 494 do CPC/2015 ¿Publicada a sentença, o juiz só poderá alterá-la: I - para corrigir-lhe, de
ofÃ-cio ou a requerimento da parte, inexatidões materiais ou erros de cálculo.           Â
Nas duas hipóteses do inciso I, o juiz pode atuar de ofÃ-cio ou provocado pelas partes, a qualquer
momento, até mesmo depois do trânsito em julgado da decisão (informativo 547/STJ: 2ª Turma,
RMS 43.956/MG, Rel. Min Og Fernandes, j. 09.09.2014: STJ, 1.ª Turma, REsp 439.863/RO, Rel. Min
Humberto Gomes de Barros, Rel. p/ acórdão Min. José Delgado, j. 09.12.2003, DJ 15.03.2004, p.
155).            No mesmo sentido: Evidência de erro material, suscetÃ-vel de ser sanado de
ofÃ-cio - Prevalência da real intenção do julgador, com vista à definição precisa da questão (A.I.
990.10.159023-9 TJ/SP Rel. Vicentini Barroso j.12.05.2010). Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Pelo exposto, declaro
o erro material existente na sentença em comento e o corrijo de ofÃ-cio para que, onde consta: Custas
pela própria requerente.            Passe a constar: Defiro os benefÃ-cios da gratuidade da
justiça. Custas pela requerente, nos termos do art. 90, caput, do CPC/2015, suspendendo-se, contudo, a
exigibilidade face a assistência judiciária gratuita deferida, enquanto perdurar a condição de
hipossuficiência, observado o disposto no art.98, §3º, do CPC/2015.           Mantidos
inalterados os demais termos da sentença.           Intime-se.           SE
NECESSÃRIO, SERVIRÃ CÃPIA DESTE(A) DESPACHO/DECISÃO COMO MANDADO conforme
autorizado pelo PROVIMENTO CJ/CI 003/2009, devendo o Sr. Diretor Observar o disposto em seus nos
artigos 3º e 4º.           Belém/PA, 04/11/2021. ROBERTO ANDRES ITZCOVICH Juiz de
Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial de Belém 303 PROCESSO: 00269689020118140301
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES
ITZCOVICH A??o: Procedimento Comum Cível em: 03/12/2021 AUTOR:ORLANDO BORGES
RODRIGUES PEREIRA Representante(s): OAB 15124 - ANDERSON DA SILVA CARVALHO BRANCO
(ADVOGADO) REU:BANCO FIAT ITAU Representante(s): OAB 20638-A - ANTONIO BRAZ DA SILVA
(ADVOGADO) . Autos nº: 0026968-90.2011.8.14.0301 Requerente(s): Orlando Borges Rodrigues Pereira
Requerido(s): Banco Itaú VeÃ-culos S/A Juiz: Roberto Andrés Itzcovich Vistos SENTENÃA      Â
        RELATÃRIO               Banco Itaú VeÃ-culos S/A, parte demandada
na Ação Ordinária movida por Orlando Borges Rodrigues Pereira, já qualificados na inicial, intentou
EMBARGOS DE DECLARAÃÃO alegando a existência de omissão na parte dispositiva da sentença
de fls. 205/207 dos autos.               A embargante afirma que a sentença deixou de
determinar que seja abatida do valor encontrado o valor das prestações em aberto, despesas do
contrato e com a venda do veÃ-culo, devendo haver apuração de haveres contratuais.        Â
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
honorários sucumbenciais no valor de R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais), que não foram
discriminados na memória de cálculo apresentada. Destarte, HOMOLOGO, pois, como quantum
debeatur, a somatória de R$ 39.798,09 (Trinta e nove mil, setecentos e noventa e oito reais, e nove
centavos), já incluÃ-dos os honorários sucumbenciais. Outrossim, cuidando-se de Execução contra a
Fazenda Pública, relativa à obrigação de pagar quantia certa, a atrair a observância, portanto, do
procedimento previsto no artigo 535, do Novo Código de Processo Civil (Lei n. 13.105/2015), INTIME-SE
o Requerido INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL (INSS), pessoalmente, abrindo-se vista a um
de seus ilustres Procuradores federais (art. 183, § 1º e art. 269, § 3º, do NCPC c/c art. 17, da Lei n.
10.910/2004), para que, no prazo de 30 (trinta) dias (art. 183, § 2º, do NCPC), querendo, ofereça
Impugnação nos próprios autos, tal como facultado pelo ordenamento jurÃ-dico. Esgotado o prazo
supra referido, com ou sem manifestação, neste último caso desde que devidamente certificado,
voltem-me conclusos. P. R. I. C. Belém/PA, 27/10/2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito
Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital 302 PROCESSO: 00293578320088140301
PROCESSO ANTIGO: 200810859635 MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO
ANDRES ITZCOVICH A??o: Cumprimento de sentença em: 03/12/2021 REU:APARICIO AIRES COUTO
JUNIOR REU:ADENILSON FERNANDO DA SILVA AUTOR:B B LEASING SA ARRENDAMENTO
MERCANTIL Representante(s): OAB 211648 - RAFAEL SGANZERLA DURAND (ADVOGADO) REU:J R
HOSPITALAR DO BRASIL LTDA INTERESSADO:ROSEANA DOS SANTOS RODRIGUES E
RODRIGUES Representante(s): OAB 1895 - ROSEANA DOS SANTOS RODRIGUES E RODRIGUES
(ADVOGADO) . Com espeque no CPC, art. 144, IX, declaro-me impedido para atuar no feito por estar
sendo promovida a ação em desfavor da parte requerida.                 Em
cumprimento ao disposto na Portaria nº 4638/2013 - GP, alterada pelas Portarias nº 5014/2013-GP,
5113/2013-GP e 1027/2015-GP, comunicar a afirmação de impedimento ao substituto legal
automático, com cópia para a Corregedora de Justiça do TJE/PA e Divisão de Apoio Técnico-
JurÃ-dico da Presidência.                 Oficiar. Intimar. Belém/PA, 14/10/2021.
Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital 303
PROCESSO: 00299712020088140301 PROCESSO ANTIGO: 200810873031
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o:
Cumprimento de sentença em: 03/12/2021 REU:PLANO DE SAUDE AMS PETROBRAS
Representante(s): OAB 12813 - BRUNO RIBEIRO GUEDES (REP LEGAL) FRANKLIN DAVI REINALDO
DE MOURA (ADVOGADO) AUTOR:LUIZ ANTONIO CARVALHO DA SILVA Representante(s): CAMILLA
FACIOLA PESSOA LOBO (ADVOGADO) MARIA ADELINA FACIOLA PESSOA DE OLIVEIRA
(ADVOGADO) OAB 13415 - MARIA ADELINA FACIOLA PESSOA DE OLIVEIRA (ADVOGADO)
FERNANDA FACIOLA PESSOA LOBO (ADVOGADO) LIVIA LANOA COSENZA (ADVOGADO) . Tendo
em vista que até a presente data o(a) requerido(a) não tomou a iniciativa necessária para dar inÃ-cio
ao cumprimento de sentença, constato ser desnecessária a sua intimação pessoal para tanto.   Â
  Destarte, considerando que as partes já foram intimadas da Sentença de fls. 111/113 e deixaram
transcorrer o prazo sem manifestação, arquivem-se os autos, cumpridas as cautelas legais, facultado o
desarquivamento, caso solicitado. Belém do Pará, 18 de outubro de 2021. Roberto Andrés Itzcovich
Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital 302 PROCESSO:
00311565420108140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o: Monitória em: 03/12/2021 AUTOR:HEIMIR PINHEIRO DA SILVA
JUNIOR Representante(s): OAB 4705 - RAIMUNDO AUGUSTO RIOS BRITO (DEFENSOR) REU:G. A.
DE SOUZA COMERCIO - ME. PROCESSO: 0031156-54.2010.814.0301 REQUERENTE: HEIMER
PINHEIRO DA SILVA JUNIOR REQUERIDO: G. A DE SOUZA COMÃRCIO - ME SENTENÃA
RELATÃRIO Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â A parte demandante ingressou com a presente AÃÃO
MONITÃRIA em desfavor do demandado, aduzindo que é credora da importância lÃ-quida e certa de
R$ 17.000,00 (dezessete mil reais), decorrente de cheque de nº. 000041-8, emitido em 01/12/2006,
BANCO BRADESCO, agência 2195, conta 004941-7.               Junta documentos. Â
             Em despacho de fl. 17 foi determinada a citação do réu e deferido o
pedido de justiça gratuita à parte autora.               Após a tentativa de citação,
certidão de fl. 20, o réu não foi encontrado, sendo deferida em sequência a pesquisa do endereço
do demandado pelo SISTEMA INFOSEG, fl. 22, juntada à fl. 23. O endereço encontrado na pesquisa foi
o mesmo informado na inicial pelo autor, e, por essa razão, o demandante solicitara a citação por
edital do demandado, fl. 24, por estar este em lugar incerto e não sabido.              Â
Sendo obrigação da empresa sempre atualizar seu cadastro junto à Receita Federal, o que, todavia,
não foi efetuado, inviabilizando a sua localização quando do ajuizamento da ação e maculando o
direito de futuros credores, no caso, o próprio demandante, que se viu impedido de localizar a empresa, o
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requerimento foi deferido em decisão de fl. 25.               Citação por edital, fl. 26.
              Certidão do transcurso do prazo fixado para citação por edital sem que
a parte citada tenha apresentado manifestação, fl. 28.               A Defensoria
Pública foi nomeada como curadora especial e apresentou embargos monitórios por negação geral,
à s fls. 29/31.               Impugnação aos embargos monitórios à fl. 33.     Â
         Os autos vieram me conclusos.               FUNDAMENTAÃÃO.  Â
            Dispõe o artigo 700 do Código de Processo Civil vigente, ipsis litteris:    Â
          ¿Art. 700. A ação monitória pode ser proposta por aquele que afirmar, com
base em prova escrita sem eficácia de tÃ-tulo executivo, ter direito de exigir do devedor capaz:     Â
         I - o pagamento de quantia em dinheiro;               II - a entrega de
coisa fungÃ-vel ou infungÃ-vel ou de bem móvel ou imóvel;               III - o
adimplemento de obrigação de fazer ou de não fazer.¿               Com efeito, é
a hipótese in casu, pois que a parte autora se utilizou justamente desse instrumento processual na
tentativa de recuperar suposto crédito representado por tÃ-tulos sem eficácia executiva.        Â
      Considera-se no caso concreto como incontroversa a inadimplência da ré, bem como a
relação causal que deu origem ao débito, pois há incidência da súmula 531 do STJ na espécie,
que assim dispõe: Em ação monitória fundada em cheque prescrito ajuizada contra o emitente, é
dispensável a menção ao negócio jurÃ-dico subjacente à emissão da cártula.          Â
    Assim, havendo prova escrita suficiente para a instrução da ação que objetiva o pagamento
de soma em dinheiro, como no caso noticiado, há cabimento, sim, de ação monitória.       Â
       A parte ré, em sua defesa, alega inobservância de requisitos legais para citação por
edital que foi realizada nos autos, já que não teria existido ¿qualquer diligência no sentido de localizar
o endereço atualizado do demandado, passando imediatamente a sua citação por edital.¿     Â
         Entrementes, tal alegação não corresponde à realidade, pois o juÃ-zo autorizou a
pesquisa do endereço do réu no SISTEMA INFOSEG e verificou que os dados ali contidos
correspondem exatamente aos apontados na inicial, tendo o oficial de justiça diligenciado no respectivo
endereço, conforme certidão, fl. 20, deixando de citar o demandado em razão de o mesmo não
exercer mais as suas atividades no referido lugar, motivo pelo qual desnecessária a tentativa de
citação no mesmo endereço.               Pontue-se ainda que uma empresa não
pode funcionar sem que o endereço de sua sede ou do eventual estabelecimento se encontre atualizado
perante o órgão competente da Administração Tributária               Diante de
todo o acervo probatório constante nos autos, verifico a consistência do crédito em favor da parte
demandante, e tendo havido valores a serem pagos por força do cheque (Art. 374, III, do NCPC e
Súmula 531 do STJ), incumbia a parte requerida o ônus de provar a existência de fato impeditivo,
modificativo ou extintivo do direito da requerente, o que não logrou êxito (art. 373, II, do CPC).    Â
          Acrescente-se ainda, ao presente julgado, a seguinte jurisprudência, pois embasa a
cominação do dispositivo: RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE CONTROVÃRSIA.
CHEQUE. INEXISTÃNCIA DE QUITAÃÃO REGULAR DO DÃBITO REPRESENTADO PELA CÃRTULA.
TESE DE QUE OS JUROS DE MORA DEVEM FLUIR A CONTAR DA CITAÃÃO, POR SE TRATAR DE
AÃÃO MONITÃRIA. DESCABIMENTO. CORREÃÃO MONETÃRIA E JUROS MORATÃRIOS. TEMAS DE
DIREITO MATERIAL, DISCIPLINADOS PELO ART. 52, INCISOS, DA LEI N. 7.357/1985. 1. A tese a ser
firmada, para efeito do art. 1.036 do CPC/2015 (art. 543-C do CPC/1973), é a seguinte: "Em qualquer
ação utilizada pelo portador para cobrança de cheque, a correção monetária incide a partir da
data de emissão estampada na cártula, e os juros de mora a contar da primeira apresentação Ã
instituição financeira sacada ou câmara de compensação". 2. No caso concreto, recurso especial
não provido. (STJ - REsp: 1556834 SP 2015/0239877-3, Relator: Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, Data
de Julgamento: 22/06/2016, S2 - SEGUNDA SEÃÃO, Data de Publicação: DJe 10/08/2016). EMENTA:
APELAÃÃO CÃVEL - AÃÃO MONITÃRIA - CHEQUE PRESCRITO - TERMO INICIAL DOS JUROS DE
MORA - A PARTIR DA DATA DA PRIMEIRA APRESENTAÃÃO Ã INSTITUIÃÃO FINANCEIRA SACADA -
EXCEÃÃO - CÃRTULA NÃO APRESENTADA - JUROS DE MORA A PARTIR DA CITAÃÃO. 1. Os juros
de mora incidem a partir da citação nos casos em que a cártula não houver sido apresentada para
compensação perante a instituição financeira. (TJ-MG - AC: 10625150061921001 MG, Relator:
José Américo Martins da Costa, Data de Julgamento: 31/10/2019, Data de Publicação: 08/11/2019).
EMENTA: APELAÃÃO CÃVEL - AÃÃO MONITÃRIA - CHEQUE - JUROS MORATÃRIOS - INCIDÃNCIA
DO ART. 406 DO CÃDIGO CIVIL E 161, § 1º DO CTN - JUROS à TAXA DE 1% AO MÃS. Os juros
moratórios devem ser aplicados à taxa de 1% ao mês, em respeito ao artigo 406, do Código Civil, que
remete ao pagamento dos juros pela taxa prevista legalmente para a mora dos impostos devidos Ã
Fazenda Pública, prevista no artigo 161, § 1º, do Código Tributário Nacional. (TJ-MG - AC:
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procuração, substituindo-os por cópias que poderão ser declaradas autênticas pelo patrono nos
termos do artigo 425, IV do CPC/2015, devendo o cartório certificar o ato de desentranhamento.    Â
       Certificado o trânsito em julgado, após cumpridas as cautelas legais, arquivar os
presentes autos e dar baixa na distribuição.            P.R.I.C. Belém/PA, 04/11/2021.
Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital 303
PROCESSO: 00333742220108140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o: Monitória
em: 03/12/2021 AUTOR:OTÁVIO AUGUSTO SOUZA DA SILVA Representante(s): OAB 12822 -
MARCELY CAROLINE BAENA BRAGA (ADVOGADO) OAB 13730 - DANIEL PANTOJA RAMALHO
(ADVOGADO) OAB 15041 - MARIANA FONSECA SOUZA (ADVOGADO) OAB 14373 - JULIANA SANTA
BRIGIDA BITTENCOURT (ADVOGADO) REU:JOÃO FRANCISCO PACHECO QUARESMA
Representante(s): OAB 14062 - FRANCISCO BORGES DOS SANTOS QUARESMA NETO (ADVOGADO)
REU:SILVIA HELENA DO NASCIMENTO ARAUJO QUARESMA AUTOR:MARIA DO SOCORRO PINTO
DA SILVA Representante(s): OAB 13730 - DANIEL PANTOJA RAMALHO (ADVOGADO) OAB 15041 -
MARIANA FONSECA SOUZA (ADVOGADO) OAB 14373 - JULIANA SANTA BRIGIDA BITTENCOURT
(ADVOGADO) . Ação Monitória Processo nº: 0033374-22.2010.814.0301 Autor: OTÃVIO AUGUSTO
SOUZA DA SILVA e MARIA DO SOCORRO PINTO DA SILVA Requerido: JOÃO FRANCISCO PACHECO
QUARESMA E SILVIA HELENA DO NASCIMENTO ARAÃJO SENTENÃA Vistos e etc. Â Â Â Â Â Â Â Â Â
     RELATÃRIO.               OTÃVIO AUGUSTO SOUZA DA SILVA e MARIA
DO SOCORRO PINTO DA SILVA, ingressou com a presente AÃÃO MONITÃRIA em desfavor de JOÃO
FRANCISCO PACHECO QUARESMA E SILVIA HELENA DO NASCIMENTO ARAÃJO, aduzindo que
são credores da importância lÃ-quida, certa e exigÃ-vel de R$ 112.184,75 (cento e doze mil, cento e
oitenta e quatro reais e setenta e cinco centavos), decorrentes de valores pendentes da venda de um
imóvel localizado na Rod. Mario Covas, WE 1, nº 29, no conj. Green Garden, pelo preço total de R$
396.000,00 (trezentos e noventa e seis mil reais), conforme contrato de promessa de compra e venda
colacionados aos autos às fls. 16/19 dos autos.               Juntou documentos às fls.
16/54 dos autos. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Em despacho de fl. 56, foi recebida a exordial e
determinada a citação dos réus.               Os requeridos opuseram embargos
monitórios, às fls. 58/65 dos autos, alegando que os autores não cumpriram parte do contrato, uma vez
que o imóvel apresentava débitos de condomÃ-nio, IPTU e energia, e que negociaram verbalmente
pagar o restante do valor do contrato por meio de materiais de construção, já tendo quitado o débito,
razão pela qual improcede a monitoria, juntando documentos de fls. 68/113.             Â
 Os requeridos apresentaram Reconvenção às fls. 116/119, requerendo condenação dos autores
ao pagamento de multa de 30% sobre o valor da compra do imóvel por descumprimento do contrato,
totalizando R$ 118.800,00 (cento e dezoito mil e oitocentos reais). Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Os
demandantes apresentaram impugnação aos embargos, fls.120/122 e contestação Ã
reconvenção, fls. 123/127 dos autos.               FUNDAMENTAÃÃO.       Â
       DOS EMBARGOS MONITÃRIOS               Os autores alegam
inadimplemento dos réus com o restante do valor do contrato de promessa de venda e compra do
imóvel localizado na Rod. Mario Covas, WE 1, nº 29, no conj. Green Garden, os quais aduzem que
houve um acordo verbal de que pagariam as dÃ-vidas anteriores existentes no imóvel e comprariam
materiais de construção como quitação do restante devido.               Pois bem,
dispõe o artigo 700 do Código de Processo Civil vigente, ipsis litteris: ¿Art. 700. A ação monitória
pode ser proposta por aquele que afirmar, com base em prova escrita sem eficácia de tÃ-tulo executivo,
ter direito de exigir do devedor capaz: I - o pagamento de quantia em dinheiro; II - a entrega de coisa
fungÃ-vel ou infungÃ-vel ou de bem móvel ou imóvel; III - o adimplemento de obrigação de fazer ou de
não fazer.¿               Com efeito, é a hipótese in casu, pois que a parte autora
se utilizou justamente desse instrumento processual na tentativa de recuperar suposto crédito
representado por tÃ-tulo sem eficácia executiva (contrato particular de promessa de compra e venda de
imóvel de fls.16/19).               Considera-se nesse processo, nos termos do artigo
374, inciso III, do Código Processual Civil, como incontroversa a relação causal que deu origem Ã
dÃ-vida, qual seja, o contrato escrito de promessa de compra e venda de imóvel entre a parte autora e a
parte demandada. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Assim, havendo provas escritas suficientes para a
instrução da ação que objetiva o pagamento de soma em dinheiro, como no caso noticiado, e não
sendo hipótese de prescrição, há cabimento, sim, de ação monitória.             Â
 Por outro lado, a divergência se encontra no fato de haver inadimplência ou não dos réus, os quais
alegam já terem quitado a dÃ-vida por meio de acordo verbal. Em outras palavras, aduzem que o
pagamento do débito foi substituÃ-do pelo pagamento de dÃ-vidas do imóvel constituÃ-das antes da
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compra e não adimplidas pelos autores, os quais teriam dessa forma descumprido o contrato.     Â
         Inicialmente cumpre salientar que no que diz respeito a compra de imóveis, as
dÃ-vidas contraÃ-das antes do contrato não são dos vendedores e sim dos compradores, pois são
débitos relacionados ao imóvel. à ônus do comprador tomar todas as cautelas necessárias antes da
compra do imóvel.               Quando se compra um imóvel, necessário se faz
averiguar se há débitos vinculados a ele, para não ser surpreendido posteriormente, pois caso existam
dÃ-vidas estas devem ser mencionadas no contrato para que façam parte da negociação entre as
partes, do contrário cabe aos compradores efetuarem os pagamentos e depois acionarem os vendedores
judicialmente para ressarcimento.               Em que pese os réus alegarem que o
restante do valor da compra do imóvel foi negociado com os autores com suposta substituição pelo
pagamento dos débitos existentes no imóvel (IPTU, energia elétrica e condomÃ-nio), bem como
compra de materiais de construção, não há nos autos demonstração de que tal pacto tenha, de
fato, sido realizado.               A alegação dos embargantes/réus de que não
efetuaram o pagamento do restante do valor do contrato em razão das dÃ-vidas existentes no imóvel
não é motivo para a inadimplência, ainda que aleguem descumprimento do contrato porque havia
comprometimento de que o imóvel estaria livre e desembaraçado.               Nestes
casos, quando uma das partes descumpre o contrato, cabe a resilição contratual ou o ajuizamento de
ação de cobrança, como assim procederam os embargados/autores.               De
tudo o que consta nos autos, detidamente analisados, não se vislumbra qualquer invalidação do
crédito dos embargados/autores, tendo o embargante admitido a inadimplência, não comprovando a
quitação alegada.               Ademais, os embargados alegam na exordial que os
valores referentes ao fornecimento de materiais de construção já foram abatidos da dÃ-vida dos
embargantes, fl. 05 da petição inicial, sendo ainda devidos a quantia de R$ 112.184,75 (cento e doze
mil, cento e oitenta e quatro reais e setenta e cinco centavos). Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Repita-se que,
averiguando detalhadamente o arcabouço probatório dos autos, não restam comprovados pelos
embargantes que os valores cobrados na presente ação monitória estejam quitados por meio de
pagamento das dÃ-vidas existentes sobre o imóvel, tampouco pela compra de materiais de construção,
uma vez que não lograram êxito em demonstrar a existência de acordo com os autores nesse sentido.
              Diante de todo o acervo probatório constante nos autos, verifico a
consistência o crédito em favor dos Embargados, e tendo havido valores a serem pagos em
observância ao contrato de fls. 16/19 (art. 374, III, do CPC), incumbia aos embargantes/requeridos o
ônus de provar a existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito dos autores, o que
não lograram êxito (art. 373, II, do CPC).               No que diz respeito ao valor de
20% de honorários advocatÃ-cios contido no pedido dos autores acrescido ao valor principal da dÃ-vida,
improcede, uma vez que não há previsão contratual para a referida cobrança, bem como há no
Código de Processo Civil previsão de condenação da parte vencida ao pagamento de honorários
sucumbenciais em sentenças judiciais.               DA RECONVENÃÃO       Â
       Contrariamente ao que alegam os autores/reconvindos, é possÃ-vel Reconvenção em
ação monitória, consoante previsão do art. 702, § 6º, do Código de Processo Civil.       Â
       Pois bem, passando a análise do pedido dos reconvintes, os quais requerem a
condenação dos reconvindos ao pagamento de multa contratual no importe de 30% sobre o valor da
venda do imóvel, totalizando R$ 118.800,00 (cento e dezoito mil e oitocentos reais).          Â
    Alegam que os reconvindos descumpriram o contrato, uma vez que venderam aos reconvintes o
imóvel contendo dÃ-vidas de IPTU, energia elétrica e condomÃ-nio anteriores a compra, não estando
livre e desembaraçado de quaisquer ônus e encargos judiciais ou extrajudiciais.           Â
   Todavia, em que pese os argumentos apresentados pelos reconvintes, estes não merecem
prosperar, pois a clausula sétima do contrato (fl. 18 dos autos) que faz referência a multa contratual por
descumprimento somente é aplicável no caso de haver pedido de rescisão do contrato, conforme
transcrito abaixo: ¿CLAUSULA SÃTIMA: Em caso de desistência ou descumprimento de qualquer das
cláusulas acima, a parte que der causa a referida infração, pagará a outra parte, 30% (trinta) por
cento do valor total deste contrato, a tÃ-tulo de multa e rescisão contratual.¿ (grifei)          Â
    Ante o exposto, uma vez que não há pedido dos reconvintes para que seja declarada a
rescisão do contrato por descumprimento dos reconvindos, impossibilitada a condenação ao
pagamento da multa pleiteada, razão pela qual improcede a reconvenção.             Â
 DISPOSITIVO               Ante todo o exposto:                a) Â
   JULGO PROCEDENTE a AÃÃO MONITÃRIA e, com amparo no artigo 701, § 8º, do Código de
Processo Civil, constitui-se de pleno direito o tÃ-tulo judicial, convertendo o mandado monitório em
executivo, cuja tramitação obedecerá ao disposto no TÃ-tulo II do Livro I da Parte Especial, no que for
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cabÃ-vel. b)     CONDENO os requeridos a efetuarem o pagamento do débito principal, qual seja,
R$ 112.184,75 (cento e doze mil, cento e oitenta e quatro reais e setenta e cinco centavos), acrescido de
juros moratórios de 1% (um por cento) ao mês a contar de citação, e correção monetária pelo
INPC a partir da data de 23/03/2016 (data dos cheques). c)Â Â Â Â Â CONDENO ainda os demandados
ao pagamento das custas processuais e honorários advocatÃ-cios, estes fixados em 10% (dez por cento)
sobre o valor da condenação, o que faço com base no artigo 85, § 2º, do Código de Processo
Civil. d)     Por fim, JULGO IMPROCEDENTE A RECONVENÃÃO, extinguindo-a com resolução
do mérito, na forma do art. 487, I, do Código de Processo Civil/2015, e, nos termos da
fundamentação, condenando os reconvintes ao pagamento das custas e despesas processuais, bem
como dos honorários advocatÃ-cios, ora fixados em 10% sobre o valor da causa da Reconvenção, nos
termos do art. 85 do CPC/2015.               Após, prossiga-se como execução de
tÃ-tulo judicial, por quantia certa contra devedor solvente. Para tanto, INTIMEM-SE os exequentes para
apresentação de memorial de cálculo atualizado e conforme os ditames da presente sentença. Em
sequência, intimem-se os executados para, nos termos do art. 523, do CPC, efetuarem, no prazo de
quinze dias, o pagamento do montante atualizado com juros e correção monetária, advertindo-lhe que,
caso não o efetue, será o valor acrescido de multa no percentual de 10% (dez por cento).      Â
        Consequentemente, extingo o processo com resolução de mérito conforme o
disposto no artigo 487, inciso I, do Código de Processo Civil.               P. R. I. C.  Â
            Belém /PA, 27/10/2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da
4ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital 109 PROCESSO: 00351523520118140301 PROCESSO
ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH
A??o: Cumprimento de sentença em: 03/12/2021 AUTOR:MANOEL DE JESUS DA SILVA QUARESMA
Representante(s): OAB 8273 - SUZY SOUZA DE OLIVEIRA (DEFENSOR) REU:INSS INSTITUTO
NACIONAL DE SEGURO SOCIAL. Processo nº: 0035152-35.2011.8.14.0301 Requerente(s): MANOEL
DE JESUS DA SILVA QUARESMA. Requerido(s): INSS - INSTITUTO NACIONAL DE PREVIDÃNCIA
SOCIAL SENTENÃA Vistos etc. Trata-se de Ação Previdenciária, em fase de cumprimento de
sentença, promovida por Manoel de Jesus da Silva Quaresma, em desfavor do Instituto Nacional do
Seguro Social, autarquia previdenciária de âmbito federal, que goza, nos termos do artigo 8º, da Lei n.
8.620/93, das mesmas prerrogativas e privilégios assegurados à Fazenda Pública. O requerido INSS
apresentou planilha/memória de cálculo, apontando como montante condenatório a importância de R$
972,72 (Novecentos e setenta e dois reais e setenta e dois centavos). Após, o (a) requerente (a), por sua
vez, instado (a) a manifestar-se acerca da quantia aferida, não opôs qualquer objeção (fl. 132).
Então, posteriormente, à (s) folha(s) 134, este JuÃ-zo procedeu à homologação do montante --
quantum debeatur -- outrora apurado pelo Requerido INSS, que chegara à soma de R$ 972,72
(Novecentos e setenta e dois reais e setenta e dois centavos), determinando, por conseguinte, em respeito
às normas que regem a matéria (art. 1º-B, da Lei n. 9.494/97, art. 130, da Lei n. 8.213/91, art. 535, do
CPC e art. 17, da Lei n. 10.910/2004), a competente remessa dos autos ao Requerido INSS, para fins de
intimação, abrindo-se vista a um de seus ilustres Procuradores, a fim de que, sendo o caso, no prazo
de 30 (trinta) dias, querendo, opusesse Impugnação. Porém, o Requerido INSS, mesmo devidamente
intimado, mediante vista dos autos a um de seus ilustres Procuradores (art. 17, da Lei n. 10.910/2004),
não ofereceu a resposta que lhe facultava a lei. Fizeram-me conclusos. à o Relatório. Fundamento e
Decido. Dessa feita, NÃO tendo o Requerido INSS apresentado Impugnação à Execução, procedo,
por conseguinte, à regra prevista no artigo 535, § 3º, inciso II, do Código de Processo Civil:
Ressaltando-se o caráter alimentar do crédito exequendo, já que decorrente de benefÃ-cio
previdenciário, DETERMINO a expedição de REQUISIÿO PARA PAGAMENTO DE PEQUENO
VALOR, no montante de R$ 972,72 (Novecentos e setenta e dois reais e setenta e dois centavos) ao
requerente. A expedição de REQUISIÿO PARA PAGAMENTO DE OBRIGAÿO DE PEQUENO
VALOR (RPV) deverá ser feita ao Representante Legal do INSS, nos termos do art. 75 do CPC/2015,
devendo o pagamento ser realizado no prazo de 02 (dois) meses, contados da entrega da requisição,
mediante depósito na agência de banco oficial mais próxima do domicÃ-lio do exequente, na forma do
art. 535, § 3º, II do NCPC. Havendo a comunicação/confirmação do pagamento da quantia
indicada, declaro, desde já, EXTINTA A EXECUÃÃO, na forma dos artigos 924, inciso II e 925, do
CPC/2015; Após, arquivem-se os autos, dando-se baixa na distribuição e observando-se as demais
cautelas da Lei. P. R. I. C. Belém/PA, 27/09/2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da
4ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital 302 PROCESSO: 00360533220138140301 PROCESSO
ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH
A??o: Procedimento Comum Cível em: 03/12/2021 AUTOR:TATIANA FONSECA LOBATO
Representante(s): OAB 18004 - HAROLDO SOARES DA COSTA (ADVOGADO) OAB 15650 - KENIA
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      O requerido alega que o requerente não teria comprovado os requisitos necessários para o
deferimento do pedido de gratuidade da justiça.                 Sobre o assunto,
transcrevo recentes decisões do E. Superior Tribunal de Justiça: PROCESSUAL CIVIL. AÃÃO
MONITÃRIA. COBRANÃA DE HONORÃRIOS CONTRATUAIS. CONTRATANTE QUE LITIGARA SOB A
PROTEÃÃO DA JUSTIÃA GRATUITA. IRRELEVÃNCIA. VERBA QUE NÃO Ã ALCANÃADA PELOS
BENEFÃCIOS CONCEDIDOS PELA LEI Nº 1.060/50. 1. "Nada impede a parte de obter os benefÃ-cios
da assistência judiciária e ser representada por advogado particular que indique, hipótese em que,
havendo a celebração de contrato com previsão de pagamento de honorários ad exitum, estes
serão devidos, independentemente da sua situação econômica ser modificada pelo resultado final da
ação, não se aplicando a isenção prevista no art. 3º, V, da Lei nº 1.060/50, presumindo-se que a
esta renunciou" (REsp 1.153.163/RS, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em
26.06.2012, DJe 02.08.2012). 2. Entendimento contrário tem a virtualidade de fazer com que a decisão
que concede a gratuidade de justiça apanhe ato extraprocessual e pretérito, qual seja o próprio
contrato celebrado entre o advogado e o cliente, interpretação que vulnera a cláusula de sobredireito
da intangibilidade do ato jurÃ-dico perfeito (CF/88, art. 5º, inciso XXXVI; LINDB, art. 6º). 3. Ademais,
estender os benefÃ-cios da justiça gratuita aos honorários contratuais, retirando do causÃ-dico a
merecida remuneração pelo serviço prestado, não viabiliza, absolutamente, maior acesso do
hipossuficiente ao Judiciário. Antes, dificuta-o, pois não haverá advogado que aceitará patrocinar os
interesses de necessitados para ser remunerado posteriormente com amparo em cláusula contratual ad
exitum, circunstância que, a um só tempo, também fomentará a procura pelas Defensorias Públicas,
com inegável prejuÃ-zo à coletividade de pessoas - igualmente necessitadas - que delas precisam. 4.
Recurso especial provido. (STJ-0405029) Recurso Especial nº 1065782/RS (2008/0127852-4), 4ª
Turma do STJ, Rel. Luis Felipe Salomão. j. 07.03.2013, unânime, DJe 22.03.2013). PROCESSUAL
CIVIL. JUSTIÃA GRATUITA. DECLARAÃÃO DE POBREZA. PRESUNÃÃO RELATIVA. EXIGÃNCIA DE
COMPROVAÃÃO. ADMISSIBILIDADE. 1. A declaração de pobreza, com o intuito de obter os
benefÃ-cios da Assistência Judiciária Gratuita, goza de presunção relativa, admitindo, portanto, prova
em contrário. 2. Para o deferimento da gratuidade de justiça, não pode o juiz se balizar apenas na
remuneração auferida, no patrimônio imobiliário, na contratação de advogado particular pelo
requerente (gratuidade de justiça difere de assistência judiciária), ou seja, apenas nas suas receitas.
ImprescindÃ-vel fazer o cotejo das condições econômico-financeiras com as despesas correntes
utilizadas para preservar o sustento próprio e o da famÃ-lia. 3. Dessa forma, o magistrado, ao analisar o
pedido de gratuidade, nos termos do art. 5º da Lei 1.060/1950, perquirirá sobre as reais condições
econômico-financeiras do requerente, podendo solicitar que comprove nos autos que não pode arcar
com as despesas processuais e com os honorários de sucumbência. Precedentes do STJ. 4. Agravo
Regimental não provido. (STJ-0378859)AgRg no Agravo em Recurso Especial nº 257029/RS
(2012/0242654-4), 2ª Turma do STJ, Rel. Herman Benjamin. j. 05.02.2013, unânime, DJe 15.02.2013).
                Conforme apontado pelas ementas acima transcritas, para o deferimento
da justiça gratuita é necessário fazer o cotejo das condições econômicas do requerente com as
despesas que tem para o seu próprio sustento e/ou de sua famÃ-lia, daÃ- demonstrando-se a
impossibilidade da parte arcar também com as custas e despesas de um processo judicial.      Â
          Ressalta-se, ainda, que o Código de Processo Civil não estabelece patamar
pecuniário para se aferir a pobreza, e, se assim não o faz, é porque esta questão é de caráter
subjetivo, pois varia de pessoa para pessoa, considerando-se as peculiaridades de cada caso, a exemplo
dos encargos e do grau de dificuldades que a vida impõe a cada indivÃ-duo.              Â
  Ademais, a assistência judiciária não se restringe aos miseráveis, mas sim aqueles que não
podem suportar os custos de uma demanda, sem sacrificar a subsistência da famÃ-lia. Isso é o que vem
expresso.                 Assim, não havendo suficiente e robusta comprovação de
que o requerente possui, com efeito, padrão de vida que lhe permitiria arcar com as custas processuais,
sem prejuÃ-zo de seu sustento e/ou de sua famÃ-lia, forçoso é convir pela insubsistência do pedido de
revogação da gratuidade. Da preliminar de inépcia da inicial                 O
requerido alega a inépcia da petição inicial em razão do não atendimento ao disposto no art. 285-B
do Antigo Diploma Processual, correspondente ao art. 330 do Código de Processo Civil de 2015. Art. 285-
B. Nos litÃ-gios que tenham por objeto obrigações decorrentes de empréstimo, financiamento ou
arrendamento mercantil, o autor deverá discriminar na petição inicial, dentre as obrigações
contratuais, aquelas que pretende controverter, quantificando o valor incontroverso. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â
     Todavia, no caso dos autos, a petição inicial indica expressamente as cláusulas que se
pretende revisar: taxa de juros acima de 12% ao ano e capitalização dos juros.           Â
     No requisito de quantificação do valor incontroverso, há que se considerar que, quando a
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parte não possui cópia do contrato a ser revisado, tendo pleiteado a determinação de juntada pelo
requerido, o requerente se desincumbe de indicar o valor incontroverso de imediato. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â
      A propósito, transcrevo o seguinte julgado: APELAÃÃO CÃVEL. REVISIONAL DE
CONTRATO. SENTENÃA DE EXTINÃÃO. INDEFERIMENTO DA INICIAL. ART. 285-B DO CPC. A parte-
autora deve quantificar o valor incontroverso nas ações que tenham por objeto obrigações com
repercussão econômica decorrentes de contrato de empréstimo, financiamento ou arrendamento
mercantil. No caso concreto, como o contrato de mútuo n. 2210056098, objeto da revisão, não veio
aos autos com a exordial, tendo a parte pleiteado a determinação de juntada pela parte ré, a
demandante se desincumbe de indicar o valor incontroverso de imediato. RECURSO PROVIDO.
SENTENÃA DESCONSTITUÃDA. (Apelação CÃ-vel Nº 70063746341, Vigésima Quarta Câmara
CÃ-vel, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Jorge Maraschin dos Santos, Julgado em 25/03/2015)    Â
            Destarte, pelas razões expostas alhures, rejeito a preliminar arguida. Do pedido
de perÃ-cia contábil      Em razão da fundamentação que se segue e que se dá com base na
jurisprudência pacificada em relação ao tema, INDEFIRO, conforme a norma processualista vigente, o
pedido de realização de perÃ-cia técnica em relação aos cálculos do financiamento, pois se
mostra como diligência inútil para o julgamento do processo: Art. 370. Caberá ao juiz, de ofÃ-cio ou a
requerimento da parte, determinar as provas necessárias ao julgamento do mérito. Parágrafo único.
O juiz indeferirá, em decisão fundamentada, as diligências inúteis ou meramente protelatórias. Da
limitação da taxa de juros remuneratórios                 A respeito dos juros
remuneratórios, a Súmula vinculante n.º 07 do Supremo Tribunal Federal pacificou a discussão sobre
a auto-aplicabilidade do extinto art. 192, §3º, da Constituição Federal, in verbis: ¿a norma do
§3º do artigo 192 da Constituição, revogada pela Emenda Constitucional n.º 40/2003, que limitava
a taxa de juros reais a 12% ao ano, tinha sua aplicação condicionada à edição de lei
complementar.¿                 Desse modo, tornou-se incabÃ-vel qualquer
argumentação no sentido de que os juros remuneratórios, mesmo naqueles contratos celebrados
antes da Emenda Constitucional n º 40/2003, deveriam ficar limitados em 12% (doze por cento) ao ano
por imposição constitucional.                 Entrementes, ainda subsiste a
discussão sobre a limitação dos juros remuneratórios com relação às normas
infraconstitucionais, principalmente quanto ao artigo 591 do Código Civil e ao Decreto n. 22.626/33,
também conhecido como Lei de Usura. Nesse quadro, impõe-se, em princÃ-pio, a manutenção da
taxa de juros remuneratórios pactuada, por ser insuficiente a legislação infraconstitucional a embasar
pretensão de limitá-los.                 Os juros remuneratórios não sofrem as
limitações da Lei da Usura, a teor da Súmula nº 596 do STF. Isso porque, com a edição da Lei
4.595/64, não se aplica a limitação dos juros remuneratórios em 12% ao ano aos contratos
celebrados com instituições integrantes do Sistema Financeiro Nacional.              Â
  Também não há que se falar em limitação dos juros remuneratórios em razão da regra
prevista no artigo 591 do Código Civil. Esse dispositivo legal se refere apenas à s relações jurÃ-dicas
mantidas entre pessoas fÃ-sicas ou entre pessoas fÃ-sicas e jurÃ-dicas, desde que estas não sejam
instituições financeiras. Havendo uma relação jurÃ-dica entre pessoa fÃ-sica ou jurÃ-dica e uma
instituição financeira, não há aplicação dessa norma civil, devendo ser utilizadas as regras do
Sistema Financeiro Nacional, principalmente aquelas da Lei n. 4.595/64. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â
Portanto, não se considera como abusiva, por si só, a taxa de juros que exceda o patamar de 12% ao
ano. Todavia, para que sejam evitados abusos extremos, a taxa de juros remuneratórios não poderá
jamais exceder consideravelmente a média fixada pelo Banco Central.                Â
Dessa forma, será abusiva a taxa de juros que exceder o Ã-ndice médio fixado pelo Banco Central e
utilizado pelas demais instituições financeiras, conforme o Superior Tribunal de Justiça assentou no
julgamento do Recurso Especial nº 1.061.530-RS, uma vez instaurado o incidente de processo repetitivo:
DIREITO PROCESSUAL CIVIL E BANCÃRIO. RECURSO ESPECIAL. AÃÃO REVISIONAL DE
CLÃUSULAS DE CONTRATO BANCÃRIO. INCIDENTE DE PROCESSO REPETITIVO. JUROS
REMUNERATÃRIOS. CONFIGURAÃÃO DA MORA. JUROS MORATÃRIOS. INSCRIÃÃO/MANUTENÃÃO
EM CADASTRO DE INADIMPLENTES. DISPOSIÃÃES DE OFÃCIO. [...] I - JULGAMENTO DAS
QUESTÃES IDÃNTICAS QUE CARACTERIZAM A MULTIPLICIDADE. ORIENTAÃÃO 1 - JUROS
REMUNERATÃRIOS a) As instituições financeiras não se sujeitam à limitação dos juros
remuneratórios estipulada na Lei de Usura (Decreto 22.626/33), Súmula 596/STF; b) A estipulação
de juros remuneratórios superiores a 12% ao ano, por si só, não indica abusividade; c) São
inaplicáveis aos juros remuneratórios dos contratos de mútuo bancário as disposições do art. 591
c/c o art. 406 do CC/02; d) à admitida a revisão das taxas de juros remuneratórios em situações
excepcionais, desde que caracterizada a relação de consumo e que a abusividade (capaz de colocar o
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
consumidor em desvantagem exagerada - art. 51, §1º, do CDC) fique cabalmente demonstrada, ante Ã
s peculiaridades do julgamento em concreto. (STJ, REsp 1061530/RS, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI,
SEGUNDA SEÃÃO, julgado em 22/10/2008, Dje 10/03/2009). Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â No caso,
deve restar cabalmente comprovado que o encargo cobrado pela instituição se encontra acima daquele
normalmente praticado pelo mercado financeiro, de modo a gerar desequilÃ-brio na relação contratual,
com onerosidade excessiva ao consumidor.                 Caso não seja
comprovada essa abusividade, não se considera ilegal a taxa de juros cobrada.            Â
    Diante de todas essas considerações, tem-se que é livre aplicação dos juros
remuneratórios contratados pelas partes, desde que dentro de uma razoabilidade, ou seja, dentro do
patamar da taxa média de mercado divulgada pelo Banco Central do Brasil.             Â
   Para analisar a relação entre a taxa de juros contratada e a taxa média fixada pelo Banco
Central do Brasil, utilizo a projeção disponibilizada pelo próprio Banco Central em seu "site", que foi
o b t i d a a t r a v à © s d o l i n k :
https://www3.bcb.gov.br/sgspub/localizarseries/localizarSeries.do?method=prepararTelaLocalizarSeries,
no caminho indicadores de crédito, taxas de juros com recursos livres, taxa média de juros - Pessoas
fÃ-sicas - Aquisição de veÃ-culos, código 20749.                 De acordo com os
dados disponibilizados pelo Banco Central do Brasil, verifica-se que em ABRIL de 2012, mês da
celebração do contrato, a taxa média dos juros prefixados para pessoas fÃ-sicas com o fim de
aquisição de veÃ-culo foi de 24,75 ao ano.                 No contrato celebrado
pelas partes a taxa de juros pactuada de 23,26% ao ano (conforme doc. de fls. 85) está em valor inferior
à taxa média de mercado. Logo, inexiste abusividade a ser reconhecida quanto aos juros
remuneratórios, vez que se encontra dentro de parâmetros compatÃ-veis com a média do mercado.Â
Da capitalização dos juros                 Também é pacÃ-fico o entendimento
jurisprudencial de que é permitida a capitalização de juros pelas instituições bancárias, de que
é exemplo a seguinte ementa de julgado proferido pela 4ª Turma do Superior Tribunal de Justiça:
AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. PROCESSUAL CIVIL E BANCÃRIO
CAPITALIZAÃÃO MENSAL DE JUROS. PACTUAÃÃO EXPRESSA. VERIFICAÃÃO. TAXA ANUAL
SUPERA O DUODÃCUPLO DA TAXA MENSAL. AFASTAMENTO DAS SÃMULAS 5 E 7 DO STJ.
AGRAVO PARCIALMENTE PROVIDO. 1. Com relação à capitalização mensal dos juros, a
jurisprudência desta E. Corte pacificou-se no sentido de que sua cobrança é admitida nos contratos
bancários celebrados a partir da edição da Medida Provisória nº 1.963-17/2000, reeditada sob o nº
2.170-36/2001, qual seja, 31.03.2000, desde que expressamente pactuada. 2. Esta Corte pacificou o
entendimento de que há previsão expressa de cobrança de juros capitalizados em periodicidade
mensal quando a taxa de juros anual ultrapassa o duodécuplo da taxa mensal. 3. In casu, o aresto
recorrido afirmou a existência de expressa pactuação a respeito da cobrança de juros capitalizados
em periodicidade mensal, razão pela qual é inviável a pretensão recursal, porquanto demandaria
rever questões fáticas e interpretação de cláusula contratual, o que se sabe vedado nesta
instância especial. Incidência das Súmulas 5 e 7 desta Corte Superior de Justiça. 4. Agravo
regimental a que se dá parcial provimento. (AgRg no Agravo em Recurso Especial nº 632.948/SP
(2014/0333346-6), 4ª Turma do STJ, Rel. Raul Araújo. j. 18.08.2015, DJe 04.09.2015).        Â
        Nesse julgamento especÃ-fico, o Ministro Relator houve por bem consignar que: ¿para a
cobrança da capitalização mensal dos juros, faz-se necessária a presença, cumulativa, dos
seguintes requisitos: (a) legislação especÃ-fica possibilitando a pactuação, como nos contratos
bancários posteriores a 31/3/2000 (MP nº 1.963-17/2000, reeditada pela MP nº 2.170-36/2001), em
vigência em face do art. 2º da Emenda Constitucional nº 32/2001 (AgRg no REsp 1.052.298/MS, Rel.
Min. ALDIR PASSARINHO JUNIOR, Quarta Turma, DJe de 1º/3/2010); e (b) expressa previsão
contratual quanto à periodicidade.Tal entendimento foi sedimentado na forma do art. 543-C do CPC, com
o julgamento do REsp 973.827/RS (Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, Rel. p/ acórdão Ministra
MARIA ISABEL GALLOTTI, SEGUNDA SEÃÃO, julgado em 8/8/2012, DJe de 24/9/2012). ¿      Â
          Continuando, o Ministro Relator enfatizou que mesmo que não haja previsão
escrita de capitalização mensal no instrumento contratual firmado: ¿esta Corte possui entendimento
de que há previsão expressa de cobrança de juros capitalizados em periodicidade mensal quando a
taxa de juros anual ultrapassa o duodécuplo da taxa mensal. Nesse sentido: REsp 1.220.930/RS, Rel.
Min. Massami Uyeda, DJe de 9.2.2011; AgRg no REsp 735.140/RS, Quarta Turma, Rel. Min. Jorge
Scartezzini, DJ de 5.12.2005; AgRg no REsp 735.711/RS, Quarta Turma, Rel. Min. Fernando Gonçalves,
DJ de 12.9.2005; AgRg no REsp 714.510/RS, Quarta Turma, Rel. Min. Jorge Documento: 58612112 -
RELATÃRIO E VOTO - Site certificado Página 3 de 4 Superior Tribunal de Justiça Scartezzini, DJ de
22.8.2005; AgRg no REsp 809.882/RS, Rel. Min. Aldir Passarinho Junior, DJ de 24.4.2006¿.     Â
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
           Conclui-se, desta forma, que, no caso discutido nos presentes autos, inexiste
abusividade na capitalização de juros, na medida em que nos contratos bancários tal prática é
permitida. Do Imposto sobre Operações Financeiras - IOF                 Quanto ao
Imposto sobre Operações Financeiras - IOF, o Superior Tribunal de Justiça também fixou o
entendimento tomado sob o rito dos recursos repetitivos, no julgamento dos Recursos Especiais nº
1.251.331/RS e 1.255.573/RS, no sentido de que podem as partes convencionar o pagamento do Imposto
sobre Operações Financeiras e de Crédito (IOF) por meio de financiamento acessório ao mútuo
principal, sujeitando-o aos mesmos encargos contratuais.                 Senão
vejamos: CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. CONTRATO DE FINANCIAMENTO COM
GARANTIA DE ALIENAÃÃO FIDUCIÃRIA. COMISSÃO DE PERMANÃNCIA.
COMPENSAÃÃO/REPETIÃÃO SIMPLES DO INDÃBITO. RECURSOS REPETITIVOS. TARIFAS
BANCÃRIAS. TAC E TEC. EXPRESSA PREVISÃO CONTRATUAL. COBRANÃA. LEGITIMIDADE.
PRECEDENTES. FINANCIAMENTO DO IOF. POSSIBILIDADE. 1. A comissão de permanência não
pode ser cumulada com quaisquer outros encargos remuneratórios ou moratórios (enunciados Súmulas
30, 294 e 472 do STJ). 2. Tratando-se de relação de consumo ou de contrato de adesão, a
compensação/repetição simples do indébito independe da prova do erro (Enunciado 322 da
Súmula do STJ). 3. Nos termos dos arts. 4º e 9º da Lei 4.595/1964, recebida pela Constituição
como lei complementar, compete ao Conselho Monetário Nacional dispor sobre taxa de juros e sobre a
remuneração dos serviços bancários, e ao Banco Central do Brasil fazer cumprir as normas
expedidas pelo CMN. 4. Ao tempo da Resolução CMN 2.303/1996, a orientação estatal quanto Ã
cobrança de tarifas pelas instituições financeiras era essencialmente não intervencionista, vale dizer,
"a regulamentação facultava às instituições financeiras a cobrança pela prestação de
quaisquer tipos de serviços, com exceção daqueles que a norma definia como básicos, desde que
fossem efetivamente contratados e prestados ao cliente, assim como respeitassem os procedimentos
voltados a assegurar a transparência da polÃ-tica de preços adotada pela instituição." 5. Com o
inÃ-cio da vigência da Resolução CMN 3.518/2007, em 30.4.2008, a cobrança por serviços
bancários prioritários para pessoas fÃ-sicas ficou limitada à s hipóteses taxativamente previstas em
norma padronizadora expedida pelo Banco Central do Brasil. 6. A Tarifa de Abertura de Crédito (TAC) e
a Tarifa de Emissão de Carnê (TEC) não foram previstas na Tabela anexa à Circular BACEN
3.371/2007 e atos normativos que a sucederam, de forma que não mais é válida sua pactuação em
contratos posteriores a 30.4.2008. 7. A cobrança de tais tarifas (TAC e TEC) é permitida, portanto, se
baseada em contratos celebrados até 30.4.2008, ressalvado abuso devidamente comprovado caso a
caso, por meio da invocação de parâmetros objetivos de mercado e circunstâncias do caso
concreto, não bastando a mera remissão a conceitos jurÃ-dicos abstratos ou à convicção subjetiva
do magistrado. 8. Permanece legÃ-tima a estipulação da Tarifa de Cadastro, a qual remunera o
serviço de "realização de pesquisa em serviços de proteção ao crédito, base de dados e
informações cadastrais, e tratamento de dados e informações necessários ao inicio de
relacionamento decorrente da abertura de conta de depósito à vista ou de poupança ou contratação
de operação de crédito ou de arrendamento mercantil, não podendo ser cobrada cumulativamente"
(Tabela anexa à vigente Resolução CMN 3.919/2010, com a redação dada pela Resolução
4.021/2011). 9. à lÃ-cito aos contratantes convencionar o pagamento do Imposto sobre Operações
Financeiras e de Crédito (IOF) por meio financiamento acessório ao mútuo principal, sujeitando-o aos
mesmos encargos contratuais. 10. Teses para os efeitos do art. 543-C do CPC: - 1ª Tese: Nos contratos
bancários celebrados até 30.4.2008 (fim da vigência da Resolução CMN 2.303/96) era válida a
pactuação das tarifas de abertura de crédito (TAC) e de emissão de carnê (TEC), ou outra
denominação para o mesmo fato gerador, ressalvado o exame de abusividade em cada caso concreto.
- 2ª Tese: Com a vigência da Resolução CMN 3.518/2007, em 30.4.2008, a cobrança por serviços
bancários prioritários para pessoas fÃ-sicas ficou limitada à s hipóteses taxativamente previstas em
norma padronizadora expedida pela autoridade monetária. Desde então, não mais tem respaldo legal
a contratação da Tarifa de Emissão de Carnê (TEC) e da Tarifa de Abertura de Crédito (TAC), ou
outra denominação para o mesmo fato gerador. Permanece válida a Tarifa de Cadastro
expressamente tipificada em ato normativo padronizador da autoridade monetária, a qual somente pode
ser cobrada no inÃ-cio do relacionamento entre o consumidor e a instituição financeira. - 3ª Tese:
Podem as partes convencionar o pagamento do Imposto sobre Operações Financeiras e de Crédito
(IOF) por meio de financiamento acessório ao mútuo principal, sujeitando-o aos mesmos encargos
contratuais. 11. Recurso especial conhecido e parcialmente provido. (REsp 1255573/RS, Rel. Ministra
MARIA ISABEL GALLOTTI, SEGUNDA SEÃÃO, julgado em 28/08/2013, DJe 24/10/2013). Desta feita,
não há qualquer ilegalidade na referida cobrança, sobretudo porque é baseada em imperativo de lei,
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
cuja incidência torna-se obrigatória, não devendo ser considerada a vontade das partes. CIVIL E
PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. CONTRATO DE FINANCIAMENTO COM GARANTIA DE
ALIENAÃÃO FIDUCIÃRIA. DIVERGÃNCIA. CAPITALIZAÃÃO DE JUROS. JUROS COMPOSTOS.
MEDIDA PROVISÃRIA 2.170-36/2001. RECURSOS REPETITIVOS. CPC, ART. 543-C. TARIFAS
ADMINISTRATIVAS PARA ABERTURA DE CRÃDITO (TAC), E EMISSÃO DE CARNÃ (TEC).
EXPRESSA PREVISÃO CONTRATUAL. COBRANÃA. LEGITIMIDADE. PRECEDENTES. MÃTUO
ACESSÃRIO PARA PAGAMENTO PARCELADO DO IMPOSTO SOBRE OPERAÃÃES FINANCEIRAS
(IOF). POSSIBILIDADE. 1. "A capitalização dos juros em periodicidade inferior à anual deve vir
pactuada de forma expressa e clara. A previsão no contrato bancário de taxa de juros anual superior ao
duodécuplo da mensal é suficiente para permitir a cobrança da taxa efetiva anual contratada" (2ª
Seção, REsp 973.827/RS, julgado na forma do art. 543-C do CPC, acórdão de minha relatoria, DJe
de 24.9.2012). 2. Nos termos dos arts. 4º e 9º da Lei 4.595/1964, recebida pela Constituição como
lei complementar, compete ao Conselho Monetário Nacional dispor sobre taxa de juros e sobre a
remuneração dos serviços bancários, e ao Banco Central do Brasil fazer cumprir as normas
expedidas pelo CMN. 3. Ao tempo da Resolução CMN 2.303/1996, a orientação estatal quanto Ã
cobrança de tarifas pelas instituições financeiras era essencialmente não intervencionista, vale dizer,
"a regulamentação facultava às instituições financeiras a cobrança pela prestação de
quaisquer tipos de serviços, com exceção daqueles que a norma definia como básicos, desde que
fossem efetivamente contratados e prestados ao cliente, assim como respeitassem os procedimentos
voltados a assegurar a transparência da polÃ-tica de preços adotada pela instituição." 4. Com o
inÃ-cio da vigência da Resolução CMN 3.518/2007, em 30.4.2008, a cobrança por serviços
bancários prioritários para pessoas fÃ-sicas ficou limitada à s hipóteses taxativamente previstas em
norma padronizadora expedida pelo Banco Central do Brasil. 5. A Tarifa de Abertura de Crédito (TAC) e
a Tarifa de Emissão de Carnê (TEC) não foram previstas na Tabela anexa à Circular BACEN
3.371/2007 e atos normativos que a sucederam, de forma que não mais é válida sua pactuação em
contratos posteriores a 30.4.2008. 6. A cobrança de tais tarifas (TAC e TEC) é permitida, portanto, se
baseada em contratos celebrados até 30.4.2008, ressalvado abuso devidamente comprovado caso a
caso, por meio da invocação de parâmetros objetivos de mercado e circunstâncias do caso
concreto, não bastando a mera remissão a conceitos jurÃ-dicos abstratos ou à convicção subjetiva
do magistrado. 7. Permanece legÃ-tima a estipulação da Tarifa de Cadastro, a qual remunera o
serviço de "realização de pesquisa em serviços de proteção ao crédito, base de dados e
informações cadastrais, e tratamento de dados e informações necessários ao inÃ-cio de
relacionamento decorrente da abertura de conta de depósito à vista ou de poupança ou contratação
de operação de crédito ou de arrendamento mercantil, não podendo ser cobrada cumulativamente"
(Tabela anexa à vigente Resolução CMN 3.919/2010, com a redação dada pela Resolução
4.021/2011). 8. à lÃ-cito aos contratantes convencionar o pagamento do Imposto sobre Operações
Financeiras e de Crédito (IOF) por meio financiamento acessório ao mútuo principal, sujeitando-o aos
mesmos encargos contratuais. 9. Teses para os efeitos do art. 543-C do CPC: - 1ª Tese: Nos contratos
bancários celebrados até 30.4.2008 (fim da vigência da Resolução CMN 2.303/96) era válida a
pactuação das tarifas de abertura de crédito (TAC) e de emissão de carnê (TEC), ou outra
denominação para o mesmo fato gerador, ressalvado o exame de abusividade em cada caso concreto.
- 2ª Tese: Com a vigência da Resolução CMN 3.518/2007, em 30.4.2008, a cobrança por serviços
bancários prioritários para pessoas fÃ-sicas ficou limitada à s hipóteses taxativamente previstas em
norma padronizadora expedida pela autoridade monetária. Desde então, não mais tem respaldo legal
a contratação da Tarifa de Emissão de Carnê (TEC) e da Tarifa de Abertura de Crédito (TAC), ou
outra denominação para o mesmo fato gerador. Permanece válida a Tarifa de Cadastro
expressamente tipificada em ato normativo padronizador da autoridade monetária, a qual somente pode
ser cobrada no inÃ-cio do relacionamento entre o consumidor e a instituição financeira. - 3ª Tese:
Podem as partes convencionar o pagamento do Imposto sobre Operações Financeiras e de Crédito
(IOF) por meio de financiamento acessório ao mútuo principal, sujeitando-o aos mesmos encargos
contratuais. 10. Recurso especial parcialmente provido. (REsp 1251331/RS, Rel. Ministra MARIA ISABEL
GALLOTTI, SEGUNDA SEÃÃO, julgado em 28/08/2013, DJe 24/10/2013) Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â
 Sendo assim, havendo disposição expressa no contrato acerca da cobrança de IOF, não há
qualquer abusividade ser reconhecida neste ponto. Da Tarifa de Cadastro/Confecção de cadastro  Â
              No que diz respeito à tarifa de cadastro, o Superior Tribunal de Justiça
fixou o entendimento, em 2013, tomado sob o rito dos recursos repetitivos, de que, desde que
expressamente pactuada, o que é o caso dos autos, tal taxa pode ser cobrada dos consumidores pelos
bancos, pois é autorizada pelo Banco Central, por meio da Portaria 3.919, de novembro de 2010. Bem
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assim, o Superior Tribunal de Justiça emitiu a Súmula 566 nos seguintes termos: ¿nos contratos
bancários posteriores ao inÃ-cio da vigência da Resolução-CMN n. 3.518/2007, em 30/4/2008, pode
ser cobrada a tarifa de cadastro no inÃ-cio do relacionamento entre o consumidor e a instituição
financeira¿.                 Portanto, quanto a tarifa de cadastro, não há o que se
restituir à parte requerente, posto que reconhecida a sua não abusividade. Da Comissão de
Permanência e das Tarifas de avaliação do bem, de inserção de gravame e de serviços de
terceiros                 Em pese o requerente alegar a ilegalidade da cumulação da
comissão de permanência com outros encargos decorrentes do atraso, bem como a ilegalidade das
tarifas de avaliação do bem, de inserção de gravame e de serviços de terceiros, verifico que, no
caso vertente, conforme restou comprovado nos autos, não há previsão de tais cobranças, razão
pela qual não merecem prosperar quaisquer pedidos de reconhecimento de cobranças indevidas a tais
tÃ-tulos.                 Por fim, em virtude de não se vislumbrar qualquer ilegalidade a
ser declarada, são improcedentes, por conseguinte, os pedidos de revisão contratual, de anulação
de cláusulas contratuais supostamente abusivas, de autorização para consignação de valores, bem
como de repetição do indébito, uma vez que, nos termos da jurisprudência do STJ, ¿se os
encargos da normalidade exigidos pela instituição financeira não são abusivos, entende-se que a
inadimplência não pode ser atribuÃ-da ao credor, razão pela qual há de se entender configurada a
"mora debendi".¿(3ª Turma, AgRg no REsp 897.659¿RS, Rel. Ministro PAULO DE TARSO
SANSEVERINO, unânime, DJe de 9.11.2010). DISPOSITIVO                 Ante o
exposto, com fundamento no art. 487, I, do Código de Processo Civil/2015, JULGO IMPROCEDENTE o
pedido do requerente e, por consequência, extingo o processo com resolução do mérito.     Â
           CONDENO a parte requerente ao pagamento das custas e despesas processuais,
bem como dos honorários advocatÃ-cios, ora fixados em 10% sobre o valor da causa, suspendendo-se,
contudo, a exigibilidade, face a gratuita deferida na decisão de fl. 35, enquanto perdurar a condição de
hipossuficiência, observado o disposto no art.98, §3º, do CPC/2015.                Â
Fica autorizado o desentranhamento de documentos por quem os juntou, exceto a procuração,
substituindo-os por cópias que poderão ser declaradas autênticas pelo patrono nos termos do artigo
425, IV do CPC/2015, devendo o cartório certificar o ato de desentranhamento.            Â
    Oportunamente, arquivem-se observadas as formalidades legais.               Â
 P.R.I.C                 Belém/PA, 04/10/2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz de
Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital 301 PROCESSO: 00361287120138140301
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES
ITZCOVICH A??o: Procedimento Comum Cível em: 03/12/2021 AUTOR:GESSYKELE DOS SANTOS
Representante(s): JOSE ANIJAR FRAGOSO REI (DEFENSOR) REU:COMPANHIA DE SANEAMENTO
DO ESTADO DO PARA COSANPA Representante(s): OAB 16345 - RAFAELLE ROCHA LEAL
(ADVOGADO) . Processo nº: 0036128-71.2013.814.0301 Requerente: GESSYKELE DOS SANTOS
Requerido: COMPANHIA DE SANEAMENTO DO PARà - COSANPA SENTENÃA  Trata-se de Ação
de Ordinária movida por GESSYKELE DOS SANTOS em face de COMPANHIA DE SANEAMENTO DO
PARà - COSANPA.  Estando o feito paralisado há mais de 30 (trinta) dias, por não ter a autora
promovido ato/diligência que lhe competia, foi tentada sua intimação pessoal, para dar andamento ao
processo, no prazo legal, sob pena de extinção.          Como se observa pelo mandado/
certidão, de fls. 151/152, a parte autora não foi encontrada no endereço declinado nos autos.    Â
     à o relatório. Decido.          Com efeito, dispõe o parágrafo único do art. 274
do CPC/2015 que se presume válida a intimação dirigida ao endereço constante nos autos, ainda
que não recebidas pessoalmente pelo interessado, se a modificação temporária ou definitiva não
tiver sido devidamente comunicada ao juÃ-zo, fluindo os prazos a partir da juntada aos autos do
comprovante de entrega da correspondência no primitivo endereço.          à exatamente o
que ocorre no caso vertente, uma vez que o mandado de intimação foi dirigido ao endereço informado
nos autos pela autora. Desse modo, a intimação desta para manifestar seu interesse no
prosseguimento do feito sob pena de extinção, é, portanto, perfeitamente válida, de sorte que atingiu
a sua finalidade.          Sendo assim, a autora foi regularmente intimada a providenciar o
andamento do feito, suprindo a falta nele existente e que lhe impede o prosseguimento, mas deixou que se
escoasse, sem providência, o prazo fixado.          Destarte, o feito encontra-se paralisado
por culpa exclusiva da autora, abandonando a causa por mais de trinta dias. Tal fato é causa bastante
para a sua extinção, sobretudo, depois de cumprida a formalidade prescrita pelo art. 485, § 1º, do
CPC/2015. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Isto posto, com lastro no art. 485, III, do CPC/2015, julgo extinto o processo,
sem resolução do mérito.          Condeno a autora nas custas processuais,
suspendendo-se, contudo, a exigibilidade, ante a assistência judiciária gratuita que ora defiro, enquanto
229
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
Assim dispõe o art. 356, do CPC ¿Art. 356. O juiz decidirá parcialmente o mérito quando um ou mais
dos pedidos formulados ou parcela deles:            (...) II - estiver em condições de
imediato julgamento, nos termos do art. 355 .¿            Verifico que, no presente caso, é
indiscutÃ-vel que o pedido de DISSOLUÃÃO TOTAL DA SOCIEDADE, mostrou-se ponto incontroverso e
apto para julgamento imediato. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Logo, considerando que o acordo se encontra em
consonância com as exigências legais, deve ser homologado, impondo-se a extinção do processo,
com resolução PARCIAL de mérito, a teor do que dispõe o art. 356 e ss, Código Processual Civil.
III. DISPOSITIVO      ISTO POSTO homologo, por sentença, o acordo celebrado pelos
interessados, materializado na manifestação de vontades constantes à fl. 1454, para que produza seus
jurÃ-dicos e legais efeitos, com fundamento nos artigos 200 do NCPC c/c o art. 840 do CC. Â Â Â Â Â Â
Em consequência, tendo a transação efeito de sentença entre os interessados, extingo o processo,
com resolução PARCIAL de mérito para declarar a DISSOLUÃÃO TOTAL/EXTINÃÃO DA EMPRESA
¿WHX SERVIÃOS LTDA.¿, cujo nome fantasia é ¿GLOBAL PARKING GESTÃO E NEGÃCIOS¿,
a teor do disposto no artigo 356 e § 1º, do NCPC, devendo o processo prosseguir para liquidação e
apuração de haveres.      INTIMEM-SE.            P. R. I. Cumpra-se. Â
Belém/PA, 01 de setembro de 2021. ROBERTO ANDRES ITZCOVICH Juiz de Direito Titular da 4ª
Vara CÃ-vel e Empresarial de Belém 302 PROCESSO: 00376280720158140301 PROCESSO ANTIGO: -
--- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o:
Procedimento Comum Cível em: 03/12/2021 REQUERENTE:KENWOOD AUTOCENTER SERVIOS LTDA
Representante(s): OAB 7960 - HILDEMAN ANTONIO ROMERO COLMENARES JR (ADVOGADO) OAB
23831 - ANNA CAROLINE FERREIRA LISBOA (ADVOGADO) REQUERIDO:LUCIANA ANDREA DANTAS
RODRIGUES Representante(s): OAB 20463 - MILSON ABRONHERO DE BARROS (ADVOGADO) .
Processo nº: 0037628-07.2015.8.14.0301 Requerente: KENWOOD AUTOCENTER SERVIÃOS LTDA.
Requerido: LUCIANA ANDREA DANTAS RODRIGUES SENTENÃA Â Â Â Â Â RELATÃRIO Â Â Â Â Â O
requerente ingressou com a presente ação em face da requerida.      O requerente manifestou-
se em petição de fls. 181/183, requerendo a desistência da ação, reiterando o pedido em fls.
184/187.      FUNDAMENTAÃÃO      Uma vez requerida a desistência é caso de
encerramento do processo.      O inciso VIII, do art. 485, do Código de Processo Civil/2015 prevê
a possibilidade de extinção do processo sem resolução de mérito no caso da desistência do
autor, porém, a condiciona ao consentimento do réu caso já tenha sido oferecida contestação.  Â
   Considerando que no presente feito a parte requerida apresentou contestação e não se opôs
pedido de desistência (fl. 190), não existe óbice à homologação.      DISPOSITIVO    Â
 Diante do exposto, HOMOLOGO a desistência para os fins do art. 200, parágrafo único, do
CPC/2015 e, em consequência, JULGO EXTINTO o processo sem resolução de mérito, nos termos
do artigo 485, inciso VIII, do Código de Processo Civil/2015.      Custas pelo requerente, nos
termos do art. 90, caput, do CPC/2015. Â Â Â Â Â Nos termos do artigo 46, caput, da Lei estadual n.
8.328, de 29/12/2015, fica advertida a parte responsável de que, na hipótese de, havendo custas, não
efetuar o pagamento delas no prazo legal, o respectivo crédito, além de encaminhado para
inscrição em DÃ-vida Ativa, sofrerá atualização monetária e incidência de outros encargos legais.
     Certificado o trânsito em julgado, havendo custas pendentes, intime-se o responsável para o
recolhimento, sob pena de inscrição na dÃ-vida ativa. Inerte, inscreva-se.      Fica autorizado o
desentranhamento de documentos por quem os juntou, exceto a procuração, substituindo-os por
cópias que poderão ser declaradas autênticas pelo patrono nos termos do artigo 425, IV do CPC/2015,
devendo o cartório certificar o ato de desentranhamento.      Após, cumpridas as cautelas legais,
arquivar os presentes autos e dar baixa na distribuição.      P.R.I.C. Belém do Pará, 15 de
outubro de 2021. ROBERTO ANDRÃS ITZCOVICH Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e
Empresarial da Capital 302 PROCESSO: 00389589320088140301 PROCESSO ANTIGO: 200811070785
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o:
Cumprimento de sentença em: 03/12/2021 REU:INSS - INSTITUTO NACIONAL DE SEGURIDADE
SOCIAL Representante(s): RAPHAEL ARAUJO COLARES DE FREITAS (ADVOGADO)
AUTOR:BENEDITO AZEVEDO DE CAMPOS BARBOSA Representante(s): NAZARE GONCALVES DOS
SANTOS (ADVOGADO) . Intime-se a parte autora para manifestar-se acerca das petições de fls.
120/130, 131/132 e 133/144, do INSS, no prazo de 15 (quinze) dias. Belém do Pará, 28 de outubro de
2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital 302
PROCESSO: 00390298020118140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o: Monitória
em: 03/12/2021 AUTOR:HSBC BANK BRASIL S.A - BANCO MULTIPLO Representante(s): OAB 12599 -
VANILDO DE SOUZA LEAO FILHO (ADVOGADO) OAB 17191-A - MARIA SOCORRO ARAUJO
231
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
SANTIAGO (ADVOGADO) REU:MAX MARCELO ASSUNCAO DA COSTA. A parte autora peticionou pela
realização, por este JuÃ-zo, de consulta do endereço da parte ré (fl. 96).             Â
 No que concerne a esse tipo de providência, salvo casos excepcionais, nos quais deve restar
devidamente comprovada a resistência imotivada, é ônus da parte diligenciar a respeito de interesse
próprio.               Nesse sentido já se pronunciou o Egrégio Superior Tribunal de
Justiça: EXECUÃÃO EM AÃÃO RESCISÃRIA Nº 4.877 - SP (2014/0129165-6) RELATOR: MINISTRO
PRESIDENTE DA SEGUNDA SEÃÃO EXEQUENTE: CENTRO ESPÃRITA BENEFICENTE UNIÃO DO
VEGETAL ADVOGADOS: JOYCE MACHADO E MELO E OUTRO (S) CLAUDINEI JOSÃ FIORI E OUTRO
(S) EXECUTADO: CENTRO ESPIRITUAL BENEFICENTE UNIÃO DO VEGETAL LUZ PAZ E AMOR
ADVOGADO: ADRIANA MARTA HOFFMANN SIMON E OUTRO (S) DECISÃO 1. Na petição juntada Ã
s fls. 1853/1854, o exequente noticia que foi realizado o bloqueio, via Sistema BacenJud, de R$ 260,00
(duzentos e sessenta reais), sendo que o valor total devido é de R$ 2.848,57 (dois mil, oitocentos e
quarenta e oito reais e cinquenta e sete centavos). Assim, requer: a) a expedição de alvará para o
levantamento dos R$ 260,00 (duzentos e sessenta reais) bloqueados via BacenJud; b) a expedição de
ofÃ-cios ao Infojud (receita Federal) e Renajud (Departamento Nacional de Trânsito), "a fim de obter
informações a respeito dos bens passÃ-veis de penhora" ou, c) "subsidiariamente, caso não sejam
localizados quaisquer bens através das referidas consultas, a exequente requer seja deferida a penhora
do Registro de Marca n. 818874929, obtido perante o Instituto Nacional de Propriedade Industrial - INPI
pela executada" e à o relatório. DECIDO. 2. Ao que se depreende dos autos, em razão da penhora on-
line na conta da parte executada de apenas R$ 260,00 (duzentos e sessenta reais), o exequente requereu
a realização de pesquisa pelo sistema Renajud, Infojud, além da expedição de alvará para
levantamento dos R$ 260,00 e, subsidiariamente, da penhora de marca da executada. 2.1. Com efeito,
verifica-se que o exequente, antes mesmo de tomar as medidas administrativas cabÃ-veis com vistas Ã
localização de bens (móveis e/ou imóveis) em nome do devedor, preferiu solicitar a intervenção do
Poder Judiciário para a obtenção de diligências que pode e deve realizar. A jurisprudência desta
Corte de Justiça é clara no sentido de que cabe ao exequente esgotar comprovadamente todos os
meios a seu cargo para a localização de bens do devedor. Nesse sentido: "AGRAVO REGIMENTAL
NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSO CIVIL. EXECUÃÃO. EXPEDIÃÃO DE OFÃCIO Ã
RECEITA FEDERAL. MEDIDA EXCEPCIONAL. IMPOSSIBILIDADE. 1. O acórdão recorrido está em
consonância com a jurisprudência deste C. Superior Tribunal de Justiça, firmada no sentido de que 'a
expedição de ofÃ-cio à Receita Federal, para fornecimento de informações, é providência
admitida excepcionalmente, justificando-se tão somente quando demonstrado ter o credor esgotado
todos os meios à sua disposição para encontrar bens passÃ-veis de penhora, o que não ocorre no
caso dos autos' (AgRg no REsp nº 595.612/DF, Relator o Ministro HÃLIO QUAGLIA BARBOSA, 4ª
Turma, DJ 11/02/2008). 2. Em relação ao pedido de informações para fins de localização do
endereço do executado 'o raciocÃ-nio a ser utilizado nesta hipótese deverá ser o mesmo dos casos em
que se pretende localizar bens do devedor, pois tem o contribuinte ou o titular de conta bancária direito Ã
privacidade relativa aos seus dados pessoais, além do que não cabe ao Judiciário substituir a parte
autora nas diligências que lhe são cabÃ-veis para demandar em juÃ-zo.' (REsp nº 306.570/SP, Relatora
a Ministra ELIANA CALMON, DJU de 18/02/2002). 3. Agravo regimental a que se nega provimento."
(AgRg no Ag 1.386.116/MS, Rel. Ministro RAUL ARAÃJO, QUARTA TURMA, julgado em 26.4.2011, DJe
10.5.2011.) PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS RECEBIDOS COMO AGRAVO REGIMENTAL.
DILIGÃNCIA PARA LOCALIZAÃÃO DO DEVEDOR. EXPEDIÃÃO DE OFÃCIOS A REPARTIÃÃES E
ÃRGÃOS PÃBLICOS. INDEFERIMENTO PELO TRIBUNAL ESTADUAL. ORIENTAÃÃO HARMÃNICA
COM O ENTENDIMENTO DO STJ. I. O ônus da localização do devedor e de seus bens cabe à parte
interessada e não ao juÃ-zo, que não é seu coadjuvante ou auxiliar nessa busca. II. Precedentes do
STJ. III. Agravo improvido. (AgRg no Ag 498.264/SP, Rel. Min. ALDIR PASSARINHO JÃNIOR, QUARTA
TURMA, DJ 22.9.03); Processual civil. Recurso especial. Ação de execução. Informações sobre
o devedor. Expedição de ofÃ-cios a órgãos da administração pública. Impossibilidade. - Não se
mostra cabÃ-vel pedido de expedição de ofÃ-cios a órgãos da administração pública com o
objetivo de serem fornecidas informações sobre o devedor, formulado no exclusivo interesse do credor,
pois recai nele o ônus de diligenciar no sentido de obter tais dados. Precedentes. (REsp 328.862/RS,
Relª. p/ Ac. Min. NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, DJ 2.12.02). Todavia, este não é o caso
dos autos. Isto porque o exequente não conseguiu comprovar ter efetuado qualquer diligência na busca
de informações sobre a existência de bens (móveis e/ou imóveis) em nome do devedor. Aqui,
importante consignar que os convênios realizados entre os órgãos do Poder Judiciário e a Receita
Federal (Infojud), o Departamento Nacional de Trânsito (Renajud), dentre outros, tem por escopo
municiar o Judiciário com informações relevantes, muitas vezes imprescindÃ-veis à prestação
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
jurisdicional, e não transferir a ele o ônus de localizar bens de executado, assumindo ônus do
exeqüente. 3. Outrossim, em relação ao pedido subsidiário de penhora do Registro de Marca n.
818874929, antes de sua apreciação, o exequente deverá buscar e indicar bens móveis e/ou
imóveis nos órgãos competentes, em nome do executado, a fim de se evitar eventual infringência ao
princÃ-pio da menor onerosidade previsto no art. 620 do CPC, já que o valor a ser executado é bem
razoável e que o valor da marca pode ser extremamente elevado. Aqui, importante frisar que nossa lei
processual, no art. 791, inciso III, prevê a possibilidade de suspensão da execução quando o
devedor não possuir bens penhoráveis, até que o executado passe a ter bens passÃ-veis de penhora.
4. Ante o exposto, como o credor não demonstrou ter esgotado todos os meios à sua disposição para
encontrar bens móveis e/ou imóveis passÃ-veis de penhora, indefiro os pedidos de expedição de
ofÃ-cios ao Infojud e Renajud. 5. No mais, apreciarei os demais pedidos após a indicação de bens
móveis e/ou imóveis em nome do executado, pelo que concedo prazo de 30 dias ao exequente.
Publique-se. Intime-se. BrasÃ-lia (DF), 10 de novembro de 2014. Ministro Luis Felipe Salomão Ministro
(STJ - ExeAR: 4877 SP 2014/0129165-6, Relator: Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, Data de
Publicação: DJ 19/11/2014) (grifos nossos). Na mesma linha: A.I. 7.097.285-5 TJ/SP, 16ª Câmara
de Direito Privado Rel. Candido Alem: REQUISIÃÃO DE INFORMAÃÃES - Expedição de ofÃ-cios -
Delegacia da Receita Federal e BACEN - Inadmissibilidade - Necessidade de relevante motivo de ordem
pública - Sigilo bancário e de dados assegurado pela Constituição - Entendimento que se coaduna
com a Lei Complementar nº 105, de 10.01.2001 - Inexistência de prova de esgotamento dos meios de
localização de bens dos devedores - Providência de interesse individual do agravante - Recurso
improvido. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Isto posto: 1)Â Â Â Â Â Indefiro o pedido de consulta do
endereço.               2) Intime-se a parte requerente para indicar o endereço
correto, completo e atualizado do requerido, no prazo de 15 dias. 3)Â Â Â Â Â Decorrido o prazo: Â Â Â Â
          3.1) Informado novo endereço e recolhidas as custas, se for o caso, renovem-se as
diligências de citação.               3.2) Caso contrário, ficando o processo parado
por mais 30 dias, intime-se a parte autora PESSOALMENTE, para em 5 dias, informar se possui interesse
no prosseguimento no feito, requerendo o que entende cabÃ-vel a regular tramitação do processo, SOB
PENA DE SUA EXTINÃÃO SEM JULGAMENTO DE MÃRITO, nos termos do art. 274, parágrafo único,
c/c o art. 485, III e §1º, todos do Novo Código de Processo Civil, e, por conseguinte, arquivamento dos
autos.               4) Caso seja necessário, servirá o presente, por cópia digitalizada,
como carta de intimação, nos termos do Provimento nº 003/2009 - CJRMB. 5) Cumpra-se.
Belém/PA, 04/11/2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e
Empresarial da Capital 303 PROCESSO: 00395976220128140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o:
Procedimento Comum Cível em: 03/12/2021 REQUERENTE:MOISES BAIA DE PAULA Representante(s):
OAB 10432 - LEILIANA SOARES LIMA (DEFENSOR) REQUERIDO:HAPVIDASISTEMA DE SAUDE
Representante(s): OAB 1395 - HAROLDO GUILHERME PINHEIRO DA SILVA (ADVOGADO) OAB 8699 -
LEONARDO AMARAL PINHEIRO DA SILVA (ADVOGADO) . PROCESSO: 0039597-62.2012.814.0301
REQUERENTE: MOISES BAIA DE PAULA REQUERIDO: HAPVIDA PLANO DE SAÃDE SENTENÃA
RELATÃRIO Â Â Â Â Â Â Cuida-se de AÃÃO DE OBRIGAÃÃO DE FAZER movida por MOISES BAIA DE
PAULA em face de HAPVIDA PLANO DE SAÃDE.       Afirma a parte autora que é usuária do
plano de saúde da requerida.       Pontua que se dirigiu ao hospital da promovida, LAYR MAIA,
sentindo cansaço acentuado e foi submetido a exames clÃ-nicos e raio x, tendo sido detectado que
estava com grave infecção pulmonar e a médica que o atendeu, DR. SANDRELI, prescreveu
medicação e determinou que o mesmo deveria ser internado para receber a referida medicação. .Â
Frisa que a direção do hospital não autorizou a transferência do paciente para a unidade de
internação, mantendo-lhe em sala de reanimação da urgência, sendo que no primeiro dia não
ministraram a medicação prescrita, e somente pela parte da noite, após reclamação da famÃ-lia
junto a administração do hospital, é que passou a receber a medicação.       Assinala que
no dia seguinte o seu quadro se agravou, tendo informado o médico DR. MELO que seria necessário
entubá-lo e mantê-lo sob sedação contÃ-nua, porém a operadora de saúde, decorrido mais de 24
horas, não fez a transferência do paciente para a UTI, mantendo-lhe na mesma sala de animação da
urgência, sem prestar o atendimento necessário.       Requer ao final, entre outros pedidos,
tutela antecipada, para determinar que a requerida providencie a integral prestação de cuidados,
exames, tratamentos, procedimentos e intervenções médicas ao autor, inclusive, de forma imediata a
transferência para a UTI, e no mérito, a confirmação dos efeitos da tutela, caso deferida, além de
danos morais.       Junta documentos.       Em sede de decisão interlocutória, fls.
31/32, restou DEFERIDA A TUTELA ANTECIPADA pleiteada, para determinar que a parte reclamada
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
transferisse o paciente IMEDIATAMENTE para a UTI, realizando todo o tratamento necessário indicado
pelos médicos a fim de garantir a sobrevivência do requerente.       Contestação às fls.
35/149, onde a parte requerida defende, em sÃ-ntese: 1) que a operadora observou a legislação
pertinente ao caso na relação com a parte autora; 2) que a despeito do cumprimento da liminar, a
requerente ainda não faz jus à realização de internação hospitalar, pois possuÃ-a apenas 15 dias
de plano, fazendo-se necessário o cumprimento da carência de 180 dias; 3) a boa-fé contratual da
promovida e do efetivo cumprimento das obrigações contratuais; 4) a inexistência de danos morais
pela inexecução contratual, pois a parte autora ainda não teria direito ao procedimento.      Â
Junta documentos. Â Â Â Â Â Â Agravo de instrumento a fl. 99, sendo negado o seu seguimento, conforme
decisão de fl. 119.       Réplica às fls. 129/132.       Os autos vieram-me conclusos.
FUNDAMENTAÃÃO DO JULGAMENTO ANTECIPADO Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Constato ser
desnecessária a ampliação probatória, posto que o feito já contém elementos suficientes para
apreciação e julgamento e, ainda, em atenção ao princÃ-pio da livre convicção, antecipo o
julgamento do mérito, na forma do art. 355, I, do CPC/2015, o qual estabelece a conveniência do
julgamento antecipado do pedido, quando não houver necessidade de outras provas.         Â
     Nesse sentido, há tempos a jurisprudência dos tribunais superiores aponta que ¿Presentes
as condições que ensejam o julgamento antecipado da causa, é dever do juiz e não mera faculdade,
assim o proceder¿.               Portanto, para o deslinde da presente ação será
considerada a matéria já calcificada no âmbito dos Tribunais Superiores, fazendo-se ressalvas
pontuais, quando necessárias, amoldando ao entendimento deste Juiz. DO MÃRITO          Â
    O caso submetido à análise deste JuÃ-zo não é novo à luz da realidade fática, sendo que o
Judiciário vem enfrentando tal situação, com diversas questões pacificadas no âmbito dos
Tribunais.               Conforme ficara evidenciado, a controvérsia entre as partes
reside na existência da parte autora em ser internada em UTI, antes do prazo de carência alegado pela
parte requerida.               Em regra, desde que respeitados os limites máximos
estabelecidos pela Lei nº 9.656/98, é lÃ-cita a cláusula contratual do plano de saúde que estabeleça
prazos de carência.               Entrementes, da análise da documentação juntada
pela própria parte autora, já resta COMPLETAMENTE COMPROVADO, independentemente da
inversão do ônus da prova ocorrida, o risco de morte ao qual o paciente estava submetido, razão pela
qual transcrevo o laudo médico do DR. NILTON SADECK, que assim esclareceu: `O Sr. MOISES BAIA
DE PAULA, 55 anos, hipertenso, sequelado de AVC, encontra-se na sala de reanimação da urgência
do hospital LAYR MAIA, com quadro clÃ-nico compatÃ-vel com infecção respiratória. No momento,
encontra-se entubado, grave sob sedação contÃ-nua. Necessita de internação hospitalar em
UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA.¿      Há MANIFESTAMENTE no caso a incidência da
SÃMULA 587 DO STJ, QUE à EXTREMAMENTE CLARA E DIDÃTICA, AO ESTABELECER: A cláusula
contratual de plano de saúde que prevê carência para utilização dos serviços de assistência
médica nas situações de emergência ou de urgência é considerada abusiva se ultrapassado o
prazo máximo de 24 horas contado da data da contratação. STJ. 2ª Seção. Aprovada em
08/10/2017.      Neste norte, é importante frisar se o caso do paciente era de emergência.   Â
  Segundo o CNJ, o que determina as diferenças são a condição do paciente (com ou sem riscoÂ
iminente de morte) e do que ele necessita de imediato (atendimento ou tratamento): A ¿urgência¿ é
definida como ¿a ocorrência imprevista de agravo à saúde com ou sem risco potencial de vida, cujo
portador necessita de assistência médica imediata¿ e a ¿emergência¿, como a ¿constatação
médica de condições de agravo à saúde que impliquem em risco iminente de vida ou sofrimento
intenso, exigindo portanto, tratamento médico imediato.¿ Um exemplo do primeiro é um caso de
fratura de perna; o segundo, um caso de infarto agudo do miocárdio.      Sendo assim, verifica-se
na espécie que o caso da parte autora era de EMERGÃNCIA, pois corria risco de morte.      A
operadora tinha a obrigação de arcar com a internação, mesmo estando no perÃ-odo de carência.
Em se tratando de procedimento DE EMERGÃNCIA OU DE URGÃNCIA, ou seja, de evento que se não
for realizado imediatamente implica em risco concreto de morte ou lesão irreparável para o paciente,
deve ser adotado o PRAZO DE CARÃNCIA DE VINTE E QUATRO HORAS E NÃO O DE CENTO E
OITENTA DIAS, sob pena de violação à legÃ-tima expectativa do consumidor ao celebrar o contrato
para preservar a sua vida, sua saúde e sua integridade fÃ-sica. Nesse sentido: STJ. 3ª Turma. AgInt no
REsp 1448660/MG, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, julgado em 04/04/2017. Â Â Â Â Â A
legislação permite que o contrato estipule prazo de carência (art. 12, da Lei nº 9.656/1998). No
entanto, mesmo havendo carência, OS PLANOS DE SAÃDE E SEGUROS PRIVADOS DE SAÃDE SÃO
OBRIGADOS A OFERECER COBERTURA NOS CASOS DE URGÃNCIA E EMERGÃNCIA A PARTIR DE
24 HORAS DEPOIS DE TER SIDO ASSINADO O CONTRATO (ART. 12, V, C). Â Â Â Â Â Os contratos de
234
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
pressupõe a existência de elementos que demonstrem ter ocorrido efetivo equÃ-voco, quando da
fixação. A preocupação com o estabelecimento de valores padronizados, a depender do assunto, tal
como se fosse uma tabela de danos morais, não é desejável por diversas razões. 5.1.
Primeiramente, porque cabe ao JuÃ-zo de origem fixar o valor do dano moral, baseado nas provas do fato,
nas circunstâncias e nuances, sendo de todo desejável a realização de audiência para tal
finalidade. A coerência dessa assertiva, reside no entendimento de que, justiça deve ser aplicada a
cada caso concreto, segundo as suas peculiaridades, principalmente no que se refere ao complexo quadro
fático de que se reveste o dano moral, quando diversos fatores objetivos e subjetivos (em certo grau)
devem ser sopesados pelo julgador. A gravidade do dano, o grau de culpa e o procedimento do ofensor,
fatos do foro, são alguns dos fatores a serem apreciados. 5.2. Segundo, a mudança do critério
adotado pelo JuÃ-zo de origem, constitui uma inovação na prestação jurisdicional, que exige a
reavaliação de todos os elementos que foram inicialmente utilizados, daÃ- a grande dificuldade de se
reproduzir em fase recursal o processo hermenêutico da origem, visto ser necessária a recuperação
integral do quadro fático, cuja cognoscibilidade, de regra, não se mostra viável nesta instância. 5.3.
Os precedentes jurisprudenciais das Turmas Recursais e dos Tribunais Pátrios podem e devem conferir
um norteamento ao JuÃ-zo de 1º grau, de forma a evitar situações claramente abusivas. A
modificação do valor fixado somente deverá ocorrer em casos de evidente excesso, o que de forma
alguma restou demonstrado nestes autos eis que a indenização foi fixada com certa parcimônia.
Ademais, há que se considerar o efeito pedagógico-inibitório que tem o valor fixado, devendo servir de
desestÃ-mulo a repetição da prática ilÃ-cita, consoante teoria do dano punitivo (punitive damage).
DEVENDO AINDA SER CONSIDERADO QUE A NEGATIVA DO PLANO DE SAÃDE TEM O CONDÃO
DE ACOMETER SERIAMENTE A ÃRBITA PSÃQUICA E FÃSICA DOS BENEFICIÃRIOS, AO PASSO
QUE OS IMPINGEM SOFRIMENTO DE GRANDE PROPORÃÃO LOGO NO MOMENTO DE
FRAGILIDADE QUE HABITUALMENTE ACOMETE OS ENFERMOS. Além de forçá-los a enfrentar
uma verdadeira via crucis na tentativa de obter a autorização para a internação, a realização dos
exames e procedimentos ou o reembolso das despesas inadiáveis. 6. Recurso CONHECIDO e NÃO
PROVIDO. SENTENÃA MANTIDA. 7. Condeno a recorrente ao pagamento das custas processuais e
honorários advocatÃ-cios que fixo em 20% (vinte por cento) do valor atualizado da condenação, a teor
do disposto no artigo 55 da Lei nº 9.099/95. 8. Acórdão elaborado em conformidade com o disposto no
art. 46 da Lei nº. 9.099/1995 e arts. 12, inciso IX, 98 e 99 do Regimento Interno das Turmas Recursais.
(TJ-DF 07056553320168070016 DF 0705655-33.2016.8.07.0016, Relator: FLÃVIO AUGUSTO MARTINS
LEITE, Data de Julgamento: 26/10/2016, SEGUNDA TURMA RECURSAL, Data de Publicação:
Publicado no DJE: 04/11/2016 . Pág.: Sem Página Cadastrada.). PLANO DE SAÃDE. AÃÃO DE
INDENIZAÃÃO POR DANO MORAL DECORRENTE DE NEGATIVA DE COBERTURA. Prévio
ajuizamento de ação de cobrança julgada procedente com determinação de RESTITUIÃÃO DOS
VALORES DESPENDIDOS PELO AUTOR COM A INTERNAÃÃO EMERGENCIAL EM UTI.
RECONHECIDA A ABUSIVIDADE DA RECUSA NAQUELA AÃÃO. DEMANDA QUE VISA
EXCLUSIVAMENTE A REPARAÃÃO POR DANO MORAL. INDENIZAÃÃO POR DANO MORAL DEVIDA.
Quantum a ser fixado com razoabilidade. Sentença reformada. Recurso provido. (TJ-SP - AC:
11019506520198260100 SP 1101950-65.2019.8.26.0100, Relator: Coelho Mendes, Data de Julgamento:
20/04/2021, 10ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 22/04/2021). PLANO DE SAÃDE.
NEGATIVA DE COBERTURA PARA INTERNAÃÃO EMERGENCIAL EM UTI. ILICITUDE. ESTADO
GRAVE SEM RELAÃÃO COM DOENÃA PREEXISTENTE. INAPLICABILIDADE DE PRAZO DE
CARÃNCIA SUPERIOR A 24 HORAS. SÃMULA Nº 103 DESTE TRIBUNAL DE JUSTIÃA. REEMBOLSO
DE DESPESAS MÃDICO-HOSPITALARES, MAS NÃO EM DOBRO. DANOS MORAIS CONFIGURADOS.
ARBITRAMENTO MAJORADO PARA R$ 10.000,00. PROPORCIONALIDADE E RAZOABILIDADE.
Apelação da ré não provida. Recurso do autor provido em parte. (TJ-SP - APL:
40062229320138260604 SP 4006222-93.2013.8.26.0604, Relator: Guilherme Santini Teodoro, Data de
Julgamento: 16/12/2014, 2ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 16/12/2014).     Â
 Assim, está devidamente evidenciado a GRAVE FALHA NA PRESTAÃÃO DOS SERVIÃOS da parte
requerida. Â Â Â Â Â Â Nesse norte, a despeito do entendimento de alguns tribunais de dano in re ipsa na
espécie, não há necessidade de fixação com base em tal fundamentação, pois no caso
concreto, Ã EVIDENTE QUE A RECUSA DE INTERNAÃÃO DA PACIENTE EM LEITO DE UTI, CAUSOU-
LHE TRANSTORNOS QUE FOGEM DA ESFERA DA NORMALIDADE, ESPECIALMENTE PORQUE
ESTAVA CORRENDO PERIGO DE MORTE, NÃO SENDO NECESSÃRIAS MAIS ILAÃÃES ACERCA DE
SEU QUADRO CLÃNICO.         A indenização / reparação, de modo geral, além de
compensar a parte pelos transtornos e gravame suportados, leva em conta a repercussão do dano e as
circunstâncias fáticas do caso. Nos casos de dano moral, busca também sancionar o causador dos
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à quantias ilÃ-quidas continuam tramitando no juÃ-zo em que estiverem sendo processadas. (...) 3.
Destarte, tratando-se de demanda cujos pedidos são ilÃ-quidos, a ação de conhecimento deverá
prosseguir - a princÃ-pio até a sentença, perante o juÃ-zo na qual foi proposta, não havendo falar em
competência absoluta do JuÃ-zo Falimentar para apreciar e julgar a demanda, nos termos do artigo 6º,
§ 1º, da Lei n. 11.101/2005. Precedentes. 4. Conflito de competência conhecido para declarar
competente o JuÃ-zo de Direito da 4ª Vara CÃ-vel de Curitiba/PR. (CC 122.869/GO, Rel. Ministro LUIS
FELIPE SALOMÃO, Segunda Seção, julgado em 22/10/2014, DJe 02/12/2014). Grifei        Â
      No caso em tela, trata-se de ação que se encontra em fase de conhecimento, inexistindo
qualquer possibilidade de constrição judicial capaz de atingir o patrimônio da requerida, razão pela
qual não há que falar em suspensão/extinção do processo.               Frise-se
ainda, por oportuno, que a recuperação judicial informada nos autos se refere à parte PROJETO
IMOBILIÃRIO SPE 46 LTDA, sendo que o processo não é apenas contra ela movido. DO REsp
1.729.593      A 2ª Seção do Superior Tribunal de Justiça fixou quatro teses jurÃ-dicas
relativas a compromissos de compra e venda de imóveis na planta, que são de extrema relevância na
análise de processos que tratam do tema, motivo pelo qual os transcrevo-as, especialmente por
possuÃ-rem efeito vinculado incidente em todos os tribunais do paÃ-s.      1 - Na aquisição de
unidades autônomas em construção, o contrato deverá estabelecer de forma clara, expressa e
inteligÃ-vel o prazo certo para a entrega do imóvel, o qual não poderá estar vinculado à concessão do
financiamento ou a nenhum outro negócio jurÃ-dico, exceto o acréscimo do prazo de tolerância.   Â
  2 - No caso de descumprimento do prazo para a entrega do imóvel incluÃ-do o perÃ-odo de
tolerância, o prejuÃ-zo do comprador é presumido, consistente na injusta privação do uso do bem, a
ensejar o pagamento de indenização na forma de aluguel mensal, com base no valor locatÃ-cio de
imóvel assemelhado, com termo final na data da disponibilização da posse direta ao adquirente da
unidade imobiliária. DOS PONTOS INCONTROVERSOS               Cotejando a
prefacial com a peça defensiva de contestação, pude notar ser ponto incontroverso o atraso na
entrega do empreendimento, não sendo encontrado nos autos notÃ-cias de sua entrega.        Â
      Considerando o atraso ponto incontroverso, há uma conduta ilÃ-cita da requerida em não
entregar o empreendimento dentro do prazo ajustado, a qual se encontra desprotegida de qualquer
excludente. DO ATRASO NA ENTREGA DA OBRA E DA CLÃUSULA DE TOLERÃCIA Â Â Â Â Â Â Â Â Â
     No caso dos autos, constato a previsão para a entrega da obra era DEZEMBRO/2013
(cláusula E.2), não incluÃ-do o prazo da cláusula de tolerância, que estenderia o prazo de conclusão
em mais 180 dias, para JUNHO/2014, fl. 94, cláusula 7.1.1.               No que
concerne à cláusula de tolerância convém tecer as seguintes considerações:          Â
    A cláusula de tolerância está muito presente nos contratos de compromissos de compra e
venda. Ela acontece, para que ao contratar um imóvel na planta, o promitente comprador tenha noção
do prazo da entrega de seu imóvel, já a incorporadora estipula tal cláusula com o intuito de precaver-se
caso haja algum atraso na entrega da obra. Não se pode alterar o prazo da entrega da obra. No entanto,
usa-se a cláusula de tolerância para prevenir-se, diante de motivos de caso fortuito ou de força maior,
que não possa ser previsto com antecedência pela incorporadora. No caso em comento, questiona-se a
validade da previsão de tal cláusula no contrato estabelecido.               Entendo
que o prazo de tolerância estabelecido em cláusula clara, facilmente inteligÃ-vel e em prazo razoável
(180 dias) não pode ser tido como abusivo, posto que representa a vontade das partes, especialmente
porque os requerentes não demonstraram, nem sequer requereram a produção de prova acerca da
alegada inexistência de informação suficiente acerca da contratação do prazo questionado,
devendo aplicar-se, portanto, o princÃ-pio "pacta sunt servanda".               Esse é o
entendimento seguido pelo Tribunal de Justiça do Estado do Pará: AGRAVO DE INSTRUMENTO.
DIREITO CIVIL. CONTRATOS IMOBILIÃRIOS. DEFERIMENTO PARCIAL DA ANTECIPAÃÃO DE
TUTELA. INDEFERIMENTO DO PEDIDO DE DECRETAÃÃO DE NULIDADE DA CLÃUSULA DE
TOLERÃNCIA DE 180 DIAS PARA A ENTREGA DO IMÃVEL. AUSÃNCIA DE QUALQUER ILEGALIDADE
OU ABUSIVIDADE. PRECEDENTES DESTA CORTE. MANUTENÃÃO DA DECISÃO AGRAVADA.
RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO. 1 - Verifica-se que a matéria já fora objeto de análise pela
5ª Câmara CÃ-vel Isolada, que se manifestou no sentido de que a cláusula de tolerância de 180
(cento e oitenta) dias estabelecida nos contratos imobiliários não se monstra abusiva ou ilegal, uma vez
que o consumidor tem conhecimento da condição no momento da assinatura do contrato, de modo que
submete-se ao princÃ-pio do pacta sunt servanda, ressaltando-se, ainda, o prazo de tolerância apresenta-
se de forma moderada, não acarretando desvantagem exagerada ao consumidor, mas tão somente
visando atender a complexidade inerente à construção civil, não havendo que se falar em violação
de princÃ-pios da equidade, proporcionalidade, razoabilidade e transparência previstos no CDC. 2 -
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venda de imóveis, há entendimento de que o consumidor poderia ter explorado o imóvel
economicamente, arbitrando um valor de aluguel, mas se vê impedido, face o atraso na entrega.    Â
     O atraso na entrega, segundo esse entendimento, configuraria um ato ilÃ-cito passÃ-vel de
ressarcimento, na modalidade de lucros cessantes, pelo que o consumidor deixou de ganhar. Â Â Â Â Â Â
   Nesse ponto, o Superior Tribunal de Justiça e o Tribunal de Justiça do Estado do Pará têm
entendimento consolidado que se trata de um dano presumÃ-vel. Bastaria ao consumidor comprovar a
ação ilÃ-cita (atraso na entrega) que o dano seria uma consequência necessária. AGRAVO
REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL - ATRASO NA ENTREGA DE IMÃVEL - DECISÃO
MONOCRÃTICA QUE CONHECEU DO AGRAVO PARA DAR PARCIAL PROVIMENTO AO RECURSO
ESPECIAL.1. A jurisprudência desta Corte Superior já consolidou entendimento que os lucros cessantes
são presumÃ-veis na hipótese de descumprimento contratual derivado de atraso de entrega do imóvel.
Somente haverá isenção da obrigação de indenizar do promitente vendedor caso configure uma
das hipóteses de excludente de responsabilidade, o que não ocorreu na espécie(...).(AgRg no REsp
1523955/SP, Rel. Ministro MARCO BUZZI, QUARTA TURMA, julgado em 01/12/2015, DJe 11/12/2015).Â
         Frisa-se que, no meu sentir, o lucro cessante não é algo hipotético, pois
originário de um efeito danoso concreto (atraso na entrega do imóvel) e é plenamente possÃ-vel
presumir o prejuÃ-zo sofrido, sendo exigÃ-vel apenas que o lesado consiga demonstrar, dentro da
razoabilidade, o montante do dano sofrido.          Em suma: filio-me a jurisprudência do
Superior de Tribunal de Justiça, bastando a comprovação do atraso na entrega para que ocorra o
dano. Reforça-se que, no caso concreto, o atraso injustificado é patente, consoante ao norte decidido.
Coerente com a linha de entendimento do Superior Tribunal de Justiça, no meu entender, pouco importa
o destino a ser dado ao imóvel pelo consumidor: se para fins residenciais ou locatÃ-cio. Exigir do
consumidor, desde o inÃ-cio da compra, uma posição estanque acerca da finalidade a ser dada ao
imóvel, é onerá-lo em demasia, desnecessariamente e, por via transversas, desnaturar a aplicação
do entendimento consolidado do Superior Tribunal de Justiça. Ora, a vontade do consumidor pode mudar
ao longo da construção do empreendimento, trata-se de algo transitório, que, nem por isso, afasta a
responsabilidade da construtora em ressarci-lo pelo que deixou de ganhar com o imóvel. Tal
posicionamento se coaduna inclusive com os princÃ-pios e vigas mestras da lei 8078/90, colocando o
consumidor, parte hipossuficiente da relação, em prestigiada posição de proteção, frente ao
crescente desrespeito das construtoras no cumprimento de prazos das obras. Até por isso que, nos
julgados do Superior Tribunal de Justiça, não há qualquer tipo de ressalva acerca da finalidade a ser
dada ao imóvel: o simples atraso injustificado na entrega já gera o dever de indenizar. Com esse
entendimento, transcreve-se: (...) A destinação que o promitente comprador daria ao bem, se para fins
de moradia ou locação, se auferiria renda, ou não, em nada influencia na obrigação de o
promitente vendedor compor lucros cessantes, que são comprovados diante da própria mora. 4. A não
entrega do imóvel prometido no prazo ajustado no contrato impõe ao promitente vendedor a
obrigação de indenizar o promitente comprador pelos lucros cessantes (...) (Apelação CÃ-vel nº
20130111573979 (876042), 3ª Turma CÃ-vel do TJDFT, Rel. Fátima Rafael. j. 17.06.2015, DJe
26.06.2015). (...)A destinação que o promitente comprador daria ao bem, se para fins de moradia ou
locação, se auferiria renda, ou não, em nada influencia na obrigação de o promitente vendedor
compor lucros cessantes, que são comprovados diante da própria mora. (...) (Apelação CÃ-vel nº
20140310023959 (876032), 3ª Turma CÃ-vel do TJDFT, Rel. Fátima Rafael. j. 17.06.2015, DJe
26.06.2015 (...) Em caso de atraso na entrega de imóvel adquirido, para fins residenciais ou comerciais,
é presumido o prejuÃ-zo sofrido pela privação do bem durante o perÃ-odo de mora, tendo em vista que
não se cogita alguém investir vultuosa quantia se não for para fazer do bem a sua moradia, local de
trabalho ou obter dele um retorno financeiro por meio da renda proveniente dos aluguéis(...)
(Apelação CÃ-vel nº 2014.025964-4, 3ª Câmara CÃ-vel do TJRN, Rel. João Rebouças. j.
08.09.2015). Â Â Â Â Â Â Â Â Â Conforme se verifica do contrato, a entrega da unidade se daria em
JUNHO/2014, já contando com o prazo de tolerância.          Sendo assim, reconhecido o
dever de indenização por lucros cessantes, torna-se necessária a fixação do termo inicial e final de
sua aplicação. Para tanto, em sintonia com o que foi decidido no item precedente, considerar-se-á
como termo inicial, a data prevista para a entrega do empreendimento, JUNHO/2014, já incluÃ-do aÃ- o
prazo de tolerância de 180 dias. Após esse perÃ-odo inicial, a requerida estará obrigada a ressarcir
mensalmente o requerente pelo que deixou de ganhar com o imóvel em um quantum, até a data da
expedição do ¿Habite-se¿, sendo que esta data será considerada como termo final da mora da
requerida, pois o referido documento é emitido por órgão oficial do MunicÃ-pio, atestando que o
imóvel se encontra em condições de habitação.          Diante de todo o exposto, vejo
que o pagamento de valores correspondentes aos aluguéis, a tÃ-tulo de lucros cessantes, é devido, e,
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observando-se as caracterÃ-sticas gerais, bem como localização e tamanho do imóvel discutido nos
presentes autos, resolvo arbitrar o valor mensal nos termos do pedido, qual seja, R$ 1.300,00 [HUM MIL E
TREZENTOS REAIS], o que considero compatÃ-vel com os critérios de razoabilidade e
proporcionalidade.          Pontue-se que a presente sentença está alinhada ao julgamento
do agravo de instrumento de nº. 2014.3.032292-9, que ao reformar a decisão que indeferira a tutela
antecipada, concedeu ao autor os lucros cessantes requeridos na inicial. INCABÃVEL A APLICAÃÃO POR
MULTA POR INADIMPLEMENTO CONTRATUAL DOS REQUERIDOS Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Quanto ao
ponto, sem razão o requerente, uma vez que já houve condenação da demandada ao pagamento de
lucros cessantes pelo perÃ-odo de atraso. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Em suma, os danos decorrentes do
atraso já foram devidamente reconhecidos por meio da condenação em LUCROS CESSANTES EM
DESFAVOR DA PARTE REQUERIDA, mostrando-se sua cumulação com a inversão de cláusula
penal COMINADA EM DESFAVOR DA PARTE REQUERENTE verdadeiro bis in idem. Â Â Â Â Â Â Â Â Â
Assim, incabÃ-vel e inválido no caso concreto, a inversão do CapÃ-tulo X, alÃ-neas ¿b¿, ¿c¿ e
¿f¿ do Contrato de Compromisso de Compra e Venda. DO CONGELAMENTO DO SALDO DEVEDOR
        Os autores pleitearam a declaração de nulidade de aplicação de correção
monetária, juros de mora e multa sobre o saldo devedor, durante o perÃ-odo de atraso na entrega do
empreendimento e da liberação da documentação da construtora para a contratação do
financiamento, com a devolução em dobro do que foi cobrado como excedente ao devido.      Â
  Por outro lado, o contrato prevê item sobre correção monetária aplicável no caso concreto.  Â
      Mais uma vez reforço que adotarei posicionamento já consagrado pela jurisprudência,
fazendo, quando relevantes, observações pontuais.         Pois bem. A correção
monetária é a recuperação do poder de compra do valor emprestado. Com outras palavras: trata-
se de uma atualização do valor da moeda face ao poder corrosivo da inflação. Não representa
lucro (juros remuneratórios) pelo valor emprestado, mas sim, como dito, preservação do valor do
dinheiro para manutenção do equilÃ-brio econômico-financeiro de um contrato. O Ã-ndice a ser adotado
para correção monetária deve estar expressamente pactuado em contrato, bem como um substituto,
caso haja a extinção do primeiro pactuado.         Em contratos de compra e venda de
imóveis é comum a previsão de aplicação de um Ã-ndice de correção monetária durante o
prazo de construção do imóvel e de outro Ã-ndice após a entrega.         Primeiro ponto
digno de destaque versa sobre o congelamento do saldo devedor, isto é, escoado o prazo de entrega do
empreendimento, o atraso justificaria a não incidência de qualquer tipo de atualização monetária. Â
       Comungo do entendimento de que o congelamento em si é indevido. A correção faz-se
relevante para manutenção proporcional da sinalagma. à que o saldo devedor a ser financiado,
necessariamente, precisa passar por uma atualização do valor monetário ante ao poder de corrosão
da inflação. Pensar de forma diferente, no meu sentir, conduziria ao enriquecimento ilÃ-cito do
consumidor, o qual teria a valorização do imóvel ao longo do tempo, sem a contrapartida de
atualização monetária do valor da moeda. Portanto, a cláusula que prevê a atualização
monetária do saldo devedor não pode ser tida como ilegal por abusividade.         à desta
forma que entende o Superior Tribunal de Justiça e o Tribunal de Justiça do Estado do Pará:
RECURSO ESPECIAL Nº 1.579.663 - RN (2016/0017711-4). RELATOR : MINISTRO RICARDO VILLAS
BÃAS CUEVA. DECISÃO (...) Por fim, o recurso merece prosperar em relação à alegação de não
ser possÃ-vel o congelamento do saldo devedor até a efetiva entrega do bem. O entendimento desta
Corte Superior está consolidado no sentido de que "a correção monetária constitui mera reposição
do valor real da moeda, devendo ser integralmente aplicada, sob pena de enriquecimento sem causa de
uma das partes" (REsp n. 1.391.770, Primeira Turma, Rel. Min. Benedito Gonçalves, DJe de 9/4/2014.
No mesmo sentido: REsp n. 1.202.514/RS, Terceira Turma, Rel. Nancy Andrighi, DJe de 30/6/2011; e
AgRg no REsp n. 780.581/GO, Quarta Turma, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, DJe de 19/10/2010). Nesse
contexto, o fato de o vendedor encontrar-se em mora no cumprimento da sua obrigação no caso a
entrega do imóvel não justifica a suspensão da cláusula de correção monetária do saldo devedor,
na medida em que inexiste equivalência econômica entre as duas obrigações/direitos. Em outras
palavras, o prejuÃ-zo decorrente do atraso na conclusão da obra não guarda correspondência como o
valor da correção monetária do saldo devedor para o perÃ-odo de inadimplência. (...)precedente:
"CIVIL. CONTRATOS. COMPRA E VENDA DE IMÃVEL. MORA NA ENTREGA DASCHAVES.
CORREÃÃO MONETÃRIA DO SALDO DEVEDOR. SUSPENSÃO. IMPOSSIBILIDADE. INEXISTÃNCIA
DE EQUIVALÃNCIA ECONÃMICA DAS OBRIGAÃÃES. DISPOSITIVOS LEGAIS ANALISADOS: ARTS.
395, 884 E 944 DO CC/02; 1º DA LEI Nº 4.864/65; E 46 DA LEI Nº 10.931/04. (...) 3. A correção
monetária nada acrescenta ao valor da moeda, servindo apenas para recompor o seu poder aquisitivo,
corroÃ-do pelos efeitos da inflação, constituindo fator de reajuste intrÃ-nseco à s dÃ-vidas de valor.4. Nos
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termos dos arts. 395 e 944 do CC/02, as indenizações decorrentes de inadimplência contratual devem
guardar equivalência econômica com o prejuÃ-zo suportado pela outra parte, sob pena de se induzir o
desequilÃ-brio econômico-financeiro do contrato e o enriquecimento sem causa de uma das partes. 5.
Hipótese de aquisição de imóvel na planta em que, diante do atraso na entrega das chaves,
determinou-se fosse suspensa a correção monetária do saldo devedor. Ausente equivalência
econômica entre as duas obrigações/direitos, o melhor é que se restabeleça a correção do
saldo devedor, sem prejuÃ-zo da fixação de outras medidas, que tenham equivalência econômica
com os danos decorrentes do atraso na entrega das chaves e, por conseguinte, restaurem o equilÃ-brio
contratual comprometido pela inadimplência da vendedora. 6. Considerando, de um lado, que o mutuário
não pode ser prejudicado por descumprimento contratual imputável exclusivamente à construtora e, de
outro, que a correção monetária visa apenas a recompor o valor da moeda, a solução que melhor
reequilibra a relação contratual nos casos em que, ausente má-fé da construtora, há atraso na
entrega da obra, é a substituição, como indexador do saldo devedor, do Ãndice Nacional de Custo de
Construção (INCC, que afere os custos dos insumos empregados em construções habitacionais,
sendo certo que sua variação em geral supera a variação do custo de vida médio da
população) pelo Ãndice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA, indexador oficial calculado
pelo IBGE e que reflete a variação do custo de vida de famÃ-lias com renda mensal entre 01 e 40
salários mÃ-nimos), salvo se o INCC for menor. Essa substituição se dará com o transcurso da data
limite estipulada no contrato para a entrega da obra, incluindo-se eventual prazo de tolerância previsto no
instrumento. (REsp 1454139/RJ, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em
03/06/2014, DJe 17/06/2014). Inconteste, portanto, que o acórdão recorrido foi prolatado em
dissonância com a jurisprudência deste Tribunal Superior, carecendo de reforma. RECURSO
ESPECIAL Nº 1.579.663 - RN (2016/0017711-4), DE 18.02.2016,. RELATOR : MINISTRO RICARDO
VILLAS BÃAS CUEVA. Ministro RICARDO VILLAS BÃAS CUEVA. AGRAVO DE INSTRUMENTO - AÃÃO
DE OBRIGAÃÃO DE FAZER CUMULADO COM INDENIZAÃÃO POR DANOS MATERIAIS - A
PRINCÃPIO NOTA-SE VEROSSIMILHANÃA NAS ALEGAÃÃES DOS AGRAVANTES, QUANTO AO
ATRASO NA ENTREGA DA OBRA. NÃO Ã CABÃVEL O CONGELAMENTO DO SALDO DEVEDOR, JÃ
QUE A ATUALIZAÃÃO MONETÃRIA DO SALDO DEVEDOR CONFIGURA APENAS A ATUALIZAÃÃO
MONETÃRIA DO SALDO DEVEDOR CONFIGURA APENAS A ATUALIZAÃÃO DO VALOR NOMINAL DA
MOEDA, CORROÃDA PELA INFLAÃÃO - NESSAS CONDIÃÃES, PERMANECENDO CONGELADO,
HAVERÃ ENRIQUECIMENTO ILÃCITO DOS COMPRADORES - PORTANTO, INCABÃVEL O
PRETENDIDO CONGELAMENTO DO SALDO DEVEDOR - A SOLUÃÃO MAIS ADEQUADA AO
REEQUILÃBRIO DA RELAÃÃO CONTRATUAL Ã RESTABELECER A CORREÃÃO MONETÃRIA DO
SALDO DEVEDOR, PORÃM COM A SUBSTITUIÃÃO DO INCC PELO IGP-M - NÃO SE ESTÃ
DESCONSIDERANDO A OBRIGAÃÃO DA CONSTRUTORA DE, UMA VEZ INADIMPLENTE NA
CONCLUSÃO DA OBRA, RESSARCIR O MUTUÃRIO DE TODOS OS PREJUÃZOS ACARRETADOS
POR ESSA MORA; TODAVIA ISSO NÃO AFASTA O DIREITO DO CREDOR DE VER O SALDO
DEVEDOR ATUALIZADO MONETARIAMENTE - Ã NULO DE PLENO DIREITO TODA E QUALQUER
CLÃUSULA QUE ULTRAPASSE 180 DIAS, NÃO HAVENDO QUALQUER DISCUSSÃO NESTE SENTIDO
- NO QUE TANGE AO PAGAMENTO DE ALUGUÃIS RETROATIVOS A INTERPOSIÃÃO DA DEMANDA,
EMBORA DEVIDAMENTE COMPROVADOS ATRAVÃS DO CONTRATO DE LOCAÃÃO JUNTADO AOS
AUTOS, ESTES SÃ PODEM SER CONSIDERADOS QUANDO DO JULGAMENTO DA DEMANDA E NÃO
EM SEDE LIMINAR - DEVENDO A AGRAVANTE ARCAR APENAS E TÃO SOMENTE COM OS
ALUGUÃIS MENSAIS POSTERIORES A INTERPOSIÃÃO DA DEMANDA DE CONHECIMENTO ATÃ A
EFETIVA ENTREGA DO IMÃVEL - RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO, PARA
PERMITIR A CORREÃÃO MONETÃRIA DO SALDO DEVEDOR, PORÃM COM A SUBSTITUIÃÃO DO
INCC PELO IGP-M A PARTIR DO TRANSCURSO DA DATA LIMITE PREVISTA NO CONTRATO PARA A
ENTREGA DA OBRA, INCLUINDO-SE O PRAZO DE TOLERÃNCIA DE 180 DIAS, BEM COMO, PARA
EM SEDE DE TUTELA ANTECIPADA, DELIMITAR A OBRIGAÃÃO DOS AGRAVANTES AO
PAGAMENTO MENSAL DE R$ 2.200,00 A TÃTULO DE LOCAÃÃO, DESDE A INTERPOSIÃÃO DA
DEMANDA ATà A EFETIVA ENTREGA DO IMÃVEL, à UNANIMIDADE. (Agravo de Instrumento nº
00086124220148140301 (146537), 4ª Câmara CÃ-vel Isolada do TJPA, Rel. Elena Farag. j. 11.05.2015,
DJe 29.05.2015).          Ante o exposto, incabÃ-vel o pedido de não aplicação da
correção monetária, que deve incidir, de acordo com a previsão contratual, ainda nos casos em que
tenha ocorrido a culpa da requerida construtora para o atraso na obtenção do financiamento pelos
autores, se não veja-se: COMPROMISSO DE COMPRA E VENDA - Inexistência de julgamento ultra
petita - Legitimidade passiva ad causam configurada - Prazo de tolerância - validade - Atraso na
obtenção do financiamento pela consumidora que deve ser imputado à Construtora e à empresa de
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assessoria, sua parceira comercial - Restituição devida dos juros que acresceram à obrigação -
Correção monetária devida por nada acrescer à dÃ-vida - Sem culpa da compradora, os condomÃ-nios
anteriores à efetiva entrega das chaves são de responsabilidade da vendedora - Dano moral -
Inexistência - Inadimplemento contratual que, por si só, não gera dano moral indenizável - Recurso
provido em parte.( TJDFT - APL 00695762620138260002 SP 0069576-26.2013.8.26.0002, Ãrgão
Julgador: 1ª Câmara de Direito Privado, Rel. Alcides Leopoldo e Silva Júnior, publicado e julgado em
15/09/2015). DANO MORAL               O dano moral viola direitos não patrimoniais,
como a honra, a imagem, a privacidade, a autoestima, o nome, a integridade psÃ-quica, dentre outros,
consistindo em ofensa aos princÃ-pios éticos e morais que norteiam nossa sociedade. O dano moral, ao
contrário do dano material, não reclama prova especÃ-fica do prejuÃ-zo objetivo, vez que este decorre do
próprio fato. Ocorrendo o fato, ao Juiz é dada a verificação se aquela ação vilipendiou alguns dos
direitos de personalidade do indivÃ-duo, ou, se trata de mero dissabor do cotidiano. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â
   à preciso que se diga que, regra geral, o mero inadimplemento contratual não gera dano moral.
Contudo são nas peculiaridades do caso que se subtrai algum tipo de abalo subjetivo ao autor. Assim, no
meu sentir, não ocorre um mero dissabor e nem um mero descumprimento do contrato, eis que,
considerando o prazo final de entrega do empreendimento, o atraso se prolongou por mais de 1 ano. Â Â
            Trata-se de um perÃ-odo considerável de espera, que causa ao consumidor,
sem dúvida, angústia, aflição e frustração, advinda do fato de se ter quitado um imóvel, confiando
na idoneidade da empresa construtora (princÃ-pio da confiança e boa-fé objetiva), e de não se poder
para ele se mudar ou alugar.               Filio-me à corrente que atribui ao dano moral
um caráter punitivo-pedagógico, condenando-a em dano moral a fim de desestimular a requerida a voltar
a praticar condutas como a do presente processo: descumprindo prazos contratualmente previstos para
entrega de obras. O caso abaixo colacionado reflete perfeitamente a hipótese discutida nos autos:
DIREITO PROCESSUAL CIVIL E CONSUMERISTA. APELAÃÃES CÃVEIS. AÃÃO DE INDENIZAÃÃO
POR DANO MATERIAL E MORAL. ATRASO NA ENTREGA DE IMÃVEL. 1º APELO. LEGALIDADE DA
CLÃUSULA DE TOLERÃNCIA. DANO MORAL. IMPOSSIBILIDADE DE MAJORAÃÃO. VALOR
RAZOÃVEL. 2º APELO. PRESCRIÃÃO. INOCORRENTE. JULGAMENTO EXTRA PETITA. AUSENTE.
COMPROVAÃÃO DOS FATOS CONSTITUTIVOS DO DIREITO DO AUTOR - ART. 333, I, DO CPC.
RECURSOS CONHECIDOS E DESPROVIDOS. SENTENÃA MANUTENIDA. I - 1ª apelação. A
cláusula contratual que prevê prazo de tolerância de 180 (cento e oitenta) dias se justifica porque
permite que as empreiteiras tenham tempo suficiente para administrar os atrasos em razão de, inter alia,
ausência de mão de obra qualificada, falta de materiais adequados e/ou falta de maquinário. Assim
sendo, em regra, não há abusividade na estipulação de prazo de tolerância para entrega do
imóvel, haja vista que atrasos são comuns na construção civil. II - Houve atraso por demais
prolongado na entrega do imóvel, eis que este atingiu patamar superior a um ano. Em razão destes
fatos, percebo a ocorrência de frustração nas legÃ-timas expectativas do comprador, que ultrapassa a
esfera dos meros dissabores e aborrecimentos, de forma a ofender os direitos da personalidade. Ademais,
o valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais) está dentro dos parâmetros da razoabilidade e
proporcionalidade. III - 2ª apelação. O prazo prescricional aplicável à hipótese é o geral, de 10
(dez) anos, contido no art. 205 do CC. O caso em tela funda-se em responsabilidade civil contratual, cujo
dano imputado à empresa requerida decorre de inadimplemento de dever contratual, qual seja a entrega
dos imóveis no prazo contratual estipulado. IV - A condenação ao pagamento de indenização por
lucros cessantes, exposta na sentença objurgada, é reflexo do pedido do autor realizado na inicial. (...)
V - O atraso na entrega dos imóveis em questão é fato incontroverso. Ou seja, houve inadimplemento
contratual, razão pela qual surge o dever de reparar os prejuÃ-zos materiais e morais advindos da
conduta da requerida. Fatos constitutivos do direito do autor devidamente comprovados. VI Apelações
improvidas. (Apelação nº 0625994-05.2014.8.04.0001, 3ª Câmara CÃ-vel do TJAM, Rel. João de
Jesus Abdala Simões. j. 28.09.2015).               O quantum da indenização por
danos morais deve ser fixado em consonância com o princÃ-pio da razoabilidade, bem como apresentar
uma proporcionalidade com a lesão à honra, à moral ou à dignidade do ofendido, devendo ainda
atentar-se para as circunstâncias que envolveram os fatos, analisando a extensão do dano sofrido, e
levar em conta as condições pessoais e econômicas dos envolvidos, de modo que a reparação
não cause enriquecimento indevido de quem recebe, nem impunidade e reincidência de quem paga
(função pedagógica do dano moral, ver AgRg no Recurso Especial nº 1388548/MG (2013/0201056-
0), 3ª Turma do STJ, Rel. Sidnei Beneti. j. 06.08.2013, unânime, DJe 29.08.2013).          Â
    Nesse norte, penso que é justo e razoável a fixação dos danos morais em R$ 10.000,00
(dez mil reais). DO PEDIDO DE CONCLUSÃO DA OBRA E ENTREGA DO IMÃVEL OBJETO DO
LITÃGIO       Se por um lado a parte requerida não entregou o imóvel na data aprazada, não
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
cabe ao juÃ-zo forçar a entrega do mesmo quando as obras ainda estão em andamento, ou até
mesmo quando há pendências administrativas junto aos órgãos municipais.      Salienta-se
que o requerente não precisa ficar vinculado a negócio com prazo indeterminado, podendo, a qualquer
momento, optar pela rescisão contratual.      Ademais, os prejuÃ-zos advindos da mora na entrega
do imóvel restam devidamente compensados por meio do pagamento dos lucros cessantes, a que foi
condenada a requerida, conforme item precedente.      Não há, portanto, que se falar em
deferimento do pedido de estipulação de prazo para conclusão da obra e entrega do imóvel.
CUSTAS, DESPESAS PROCESSUAIS E HONORÃRIOS ADVOCATÃCIOS      A jurisprudência
AFETA ao tema ora em análise, qual seja, obrigações decorrentes por atraso de obra, é pacÃ-fica ao
estabelecer que em respeito ao PRINCÃPIO DA CAUSALIDADE, as custas e honorários advocatÃ-cios
devem ser suportados por quem deu causa à ação, ou seja, para as empresas requeridas que
prometem entregar o imóvel em data especÃ-fica, mas que na prática, muitas vezes, no dia estabelecido
para entrega sequer começaram a obra. Vejamos: Apelação cÃ-vel. Compra e venda de imóvel.
Ação de rescisão cumulado com restituição dos valores pagos. Alegação de atraso na entrega
de obra imobiliária. SENTENÃA DE PROCEDÃNCIA PARCIAL. Recurso apenas do autor. Aplicação
do princÃ-pio do "tantum devolutum quantum apelatum". Sucumbência. PRINCÃPIO DA CAUSALIDADE
ANUNCIA QUE INCUMBE Ã PARTE QUE DEU CAUSA Ã INSTAURAÃÃO DO PROCESSO O DEVER DE
ARCAR COM A SUCUMBÃNCIA. RÃ QUE POR DUAS VEZES NÃO CUMPRIU COM O PRAZO PARA
ENTREGA DA OBRA, MOTIVO PELO QUAL O AUTOR INGRESSOU COM A PRESENTE AÃÃO.
AFERIÃÃO DA SUCUMBÃNCIA SE FAZ POR CRITÃRIOS LÃGICOS E NÃO MATEMÃTICOS.
INVERSÃO DO ÃNUS DA SUCUMBÃNCIA DE RIGOR, DEVENDO SER IMPOSTO Ã RÃ O
PAGAMENTO DAS CUSTAS, DESPESAS PROCESSUAIS E HONORÃRIOS ADVOCATÃCIOS. RÃ QUE
SUCUMBIU EM MAIOR PARTE. Interpretação do artigo 86, parágrafo único do Código de Processo
Civil. Resultado. Recurso provido. (TJ-SP - AC: 10077313120178260003 SP 1007731-31.2017.8.26.0003,
Relator: Edson Luiz de Queiróz, Data de Julgamento: 21/11/2019, 9ª Câmara de Direito Privado, Data
de Publicação: 21/11/2019).       Pontua-se que não há que se falar em condenação
recÃ-proca das custas, das despesas processuais e dos honorários advocatÃ-cios, uma vez que se trata
de matéria que foge à regra de divisão de tais encargos, sendo a jurisprudência calcificada nesse
sentido. DISPOSITIVO Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Ante o exposto, julgo PARCIALMENTE procedenteS
os pedidos e, por consequência, extingo o processo com resolução do mérito, na forma do art. 487,
I, do Código de Processo Civil/2015, para:               CONDENAR a parte requerida
em lucros cessantes, no que diz respeito ao ressarcimento ao requerente pelo que este poderia auferir a
tÃ-tulo de aluguel com o imóvel objeto da presente ação, a partir de JUNHO/2014 até a expedição
do Habite-se, no valor mensal de R$ 1.300,00 [HUM MIL E TREZENTOS REAIS], nos termos da
fundamentação, corrigindo a cada vencimento, mensalmente, pelo INPC, até o efetivo pagamento, e
acrescido de juros de mora de 1% ao mês desde a data da citação.              Â
CONDENAR a requerida ao pagamento de R$ 10.000,00 (dez mil reais), a tÃ-tulo de danos morais, ao
requerente, com juros de 1% ao mês, contabilizados a partir da citação, e correção monetária,
com adoção do INPC, a partir do arbitramento do valor estipulado nesta sentença até seu efetivo
pagamento (Súmula 362 do STJ).               CONDENAR a parte requerida ao
pagamento das custas e despesas processuais, bem como aos honorários advocatÃ-cios, ora fixados em
10% sobre o valor da condenação, considerando o PrincÃ-pio da Causalidade que rege o caso em
concreto e de acordo com a orientação pacÃ-fica da jurisprudência.               Nos
termos do artigo 46, caput, da Lei estadual n. 8.328, de 29/12/2015, fica advertida a parte responsável de
que, na hipótese de, havendo custas, não efetuar o pagamento delas no prazo legal, o respectivo
crédito, além de encaminhado para inscrição em DÃ-vida Ativa, sofrerá atualização monetária e
incidência de outros encargos legais.               Fica autorizado o desentranhamento
de documentos por quem os juntou, exceto a procuração, substituindo-os por cópias que poderão ser
declaradas autênticas pelo patrono nos termos do artigo 425, IV do CPC/2015, devendo o cartório
certificar o ato de desentranhamento;               Certificado o trânsito em julgado,
havendo custas pendentes, intime-se o responsável para o recolhimento, sob pena de inscrição na
dÃ-vida ativa. Inerte, inscreva-se.               Após, cumpridas as cautelas legais,
arquivar os presentes autos e dar baixa na distribuição.               P.R.I.C.
Belém/PA, 04/10/2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e
Empresarial da Capital 301 PROCESSO: 00436158820088140301 PROCESSO ANTIGO: 200811175832
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o: Petição
Cível em: 03/12/2021 REU:INSS INSTITUTO NACIONAL DE SEGURIDADE SOCIAL Representante(s):
RODRIGO FERREIRA SANTOS-PROC. FEDERAL (ADVOGADO) AUTOR:GINALDO SOARES DE
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
SOUZA Representante(s): OAB 11203 - SERGIO AUGUSTO AZEVEDO ROSA (ADVOGADO) . Processo
nº: 0043615-88.2008.8.14.0301 Requerente: GINALDO SOARES DE SOUZA. Requerido: INSS -
INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL. SENTENÃA          Trata-se de Ação
Previdenciária ajuizada por GINALDO SOARES DE SOUZA em face de INSS - INSTITUTO NACIONAL
DO SEGURO SOCIAL.          Estando o feito paralisado há mais de 30 (trinta) dias, por
não ter o requerente promovido atos/diligências que lhes competiam, determinou-se a sua intimação
pessoal para dar andamento ao processo, no prazo legal, sob pena de extinção.         Â
Porém, o requerente peticionou às fls. 123/132, limitando-se a informar que não possui interesse no
prosseguimento feito, sem, contudo, suprir a falta existente nos autos.          à o relatório.
Decido. Â Â Â Â Â Â Â Â Â O requerente foi regularmente intimado a providenciar o andamento do feito,
suprindo a falta nele existente e que lhe impede o prosseguimento, mas deixou que se escoasse, sem
providência, o prazo fixado, restringindo-se a requerer o prosseguimento do feito, sem, no entanto,
esclarecer a pendência existente nos autos.          à imperioso frisar que foi oportunizado ao
autor providenciar o seguimento do feito, mas esta não desincumbiu da sua obrigação, demonstrando,
assim, o seu desinteresse com a sorte deste processo. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Destarte, o feito encontra-se
paralisado por culpa exclusiva do autor, abandonando a causa por mais de trinta dias. Tal fato é causa
bastante para a sua extinção, sobretudo, depois de cumprida a formalidade prescrita pelo §1º, do
art. 485, do Código de Processo Civil/2015.          Isto posto, JULGO EXTINTO o processo,
sem resolução do mérito, com lastro no art. 485, III, do CPC/2015.          Condeno o
autor nas custas processuais, suspendendo-se, contudo, a exigibilidade, ante a assistência judiciária
gratuita deferida à fl. 69, enquanto perdurar a condição de hipossuficiência, observado o disposto no
art. 12 da Lei nº 1.060/50.          Fica autorizado o desentranhamento de documentos por
quem os juntou, exceto a procuração, substituindo-os por cópias que poderão ser declaradas
autênticas pelo patrono nos termos do artigo 425, IV do CPC/2015, devendo o cartório certificar o ato de
desentranhamento.          Certificado o trânsito em julgado e cumpridas as cautelas legais,
arquivar os presentes autos e dar baixa na distribuição.          P.R.I.C. Belém do Pará,
01 de outubro de 2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial
da Capital 302 PROCESSO: 00450665020168140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o:
Cumprimento de sentença em: 03/12/2021 AUTOR:JOSE FRANCISCO DA SILVA FILHO
Representante(s): OAB 6643 - RAIMUNDO JORGE SANTOS DE MATOS (ADVOGADO) OAB 8863 -
ELIZETE MARIA DOS SANTOS PAMPLONA (ADVOGADO) OAB 25599 - ROMULO SALDANHA
ARAUJO MIRALHA (ADVOGADO) REU:INSS INSTITUTO NACIONAL DE SEGURIDADE SOCIAL. 1-
Tendo em vista que o Inss NÃO apresentou o demonstrativo discriminado e atualizado do crédito para
fins de cumprimento de obrigação de pagar contra a Fazenda Pública, INTIME-SE o(a)
Autor(a)/Exequente, para, querendo, proceder segundo o previsto nos artigos 524, § 5º e 534, ambos
do NCPC (¿Art. 524, § 5º - Se os dados adicionais a que se refere o § 4o não forem apresentados
pelo executado, sem justificativa, no prazo designado, reputar-se-ão corretos os cálculos apresentados
pelo exequente apenas com base nos dados de que dispõe. (...) Art. 534 - No cumprimento de
sentença que impuser à Fazenda Pública o dever de pagar quantia certa, o exequente apresentará
demonstrativo discriminado e atualizado do crédito contendo: (...)¿ ou requerer o que entender de
direito para o prosseguimento do feito no prazo de 15 (quinze) dias. 2- De mais a mais, ressalta-se que,
em relação à obrigação de pagar quantia certa, cuidando-se de execuções contra a Fazenda
Pública, será observado o procedimento previsto no artigo 535, do NCPC. 3- Ato contÃ-nuo, devolvido
este caderno e encontrando-se vencido o perÃ-odo assinalado anteriormente, com ou sem
manifestação, nesta última hipótese desde que devidamente certificado, refaçam-me o mesmo
concluso; P. R. I. C. Belém /PA, 30 de agosto de 2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular
da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital 302 PROCESSO: 00469011520128140301 PROCESSO
ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH
A??o: Procedimento Comum Cível em: 03/12/2021 AUTOR:HELVIS DA SILVA MONTEIRO
Representante(s): OAB 18004 - HAROLDO SOARES DA COSTA (ADVOGADO) OAB 15650 - KENIA
SOARES DA COSTA (ADVOGADO) REU:AYMORE CREDITO FINACIAMENTO E INVESTIMENTO SA
Representante(s): OAB 6171 - MARCO ANDRE HONDA FLORES (ADVOGADO) . PROCESSO Nº.:
0046483-43.2013.8.14.0301 DESPACHO Intime-se a parte Requerente, para manifestar-se acerca de
petição de fls. 188/189, no prazo de 15 (quinze) dias. Após, certifique-se e retornem-me conclusos.
Belém do Pará, 15 de outubro de 2021 ROBERTO ANDRES ITZCOVICH Juiz de Direito Titular da 4ª
Vara CÃ-vel e Empresarial de Belém 302 PROCESSO: 00470154620158140301 PROCESSO ANTIGO: -
--- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o:
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naqueles contratos celebrados antes da Emenda Constitucional n º 40/2003, deveriam ficar limitados em
12% (doze por cento) ao ano por imposição constitucional.                Â
Entrementes, ainda subsiste a discussão sobre a limitação dos juros remuneratórios com relação
às normas infraconstitucionais, principalmente quanto ao artigo 591 do Código Civil e ao Decreto n.
22.626/33, também conhecido como Lei de Usura. Nesse quadro, impõe-se, em princÃ-pio, a
manutenção da taxa de juros remuneratórios pactuada, por ser insuficiente a legislação
infraconstitucional a embasar pretensão de limitá-los.                 Os juros
remuneratórios não sofrem as limitações da Lei da Usura, a teor da Súmula nº 596 do STF. Isso
porque, com a edição da Lei 4.595/64, não se aplica a limitação dos juros remuneratórios em 12%
ao ano aos contratos celebrados com instituições integrantes do Sistema Financeiro Nacional.    Â
            Também não há que se falar em limitação dos juros remuneratórios em
razão da regra prevista no artigo 591 do Código Civil. Esse dispositivo legal se refere apenas à s
relações jurÃ-dicas mantidas entre pessoas fÃ-sicas ou entre pessoas fÃ-sicas e jurÃ-dicas, desde que
estas não sejam instituições financeiras. Havendo uma relação jurÃ-dica entre pessoa fÃ-sica ou
jurÃ-dica e uma instituição financeira, não há aplicação dessa norma civil, devendo ser utilizadas
as regras do Sistema Financeiro Nacional, principalmente aquelas da Lei n. 4.595/64. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â
      Portanto, não se considera como abusiva, por si só, a taxa de juros que exceda o patamar
de 12% ao ano. Todavia, para que sejam evitados abusos extremos, a taxa de juros remuneratórios não
poderá jamais exceder consideravelmente a média fixada pelo Banco Central.            Â
    Dessa forma, será abusiva a taxa de juros que exceder o Ã-ndice médio fixado pelo Banco
Central e utilizado pelas demais instituições financeiras, conforme o Superior Tribunal de Justiça
assentou no julgamento do Recurso Especial nº 1.061.530-RS, uma vez instaurado o incidente de
processo repetitivo: DIREITO PROCESSUAL CIVIL E BANCÃRIO. RECURSO ESPECIAL. AÃÃO
REVISIONAL DE CLÃUSULAS DE CONTRATO BANCÃRIO. INCIDENTE DE PROCESSO REPETITIVO.
JUROS REMUNERATÃRIOS. CONFIGURAÃÃO DA MORA. JUROS MORATÃRIOS.
INSCRIÃÃO/MANUTENÃÃO EM CADASTRO DE INADIMPLENTES. DISPOSIÃÃES DE OFÃCIO. [...] I -
JULGAMENTO DAS QUESTÃES IDÃNTICAS QUE CARACTERIZAM A MULTIPLICIDADE.
ORIENTAÃÃO 1 - JUROS REMUNERATÃRIOS a) As instituições financeiras não se sujeitam Ã
limitação dos juros remuneratórios estipulada na Lei de Usura (Decreto 22.626/33), Súmula 596/STF;
b) A estipulação de juros remuneratórios superiores a 12% ao ano, por si só, não indica
abusividade; c) São inaplicáveis aos juros remuneratórios dos contratos de mútuo bancário as
disposições do art. 591 c/c o art. 406 do CC/02; d) à admitida a revisão das taxas de juros
remuneratórios em situações excepcionais, desde que caracterizada a relação de consumo e que a
abusividade (capaz de colocar o consumidor em desvantagem exagerada - art. 51, §1º, do CDC) fique
cabalmente demonstrada, ante às peculiaridades do julgamento em concreto. (STJ, REsp 1061530/RS,
Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, SEGUNDA SEÃÃO, julgado em 22/10/2008, Dje 10/03/2009). Â Â Â Â Â
           No caso, deve restar cabalmente comprovado que o encargo cobrado pela
instituição encontra-se acima daquele normalmente praticado pelo mercado financeiro, de modo a gerar
desequilÃ-brio na relação contratual, com onerosidade excessiva ao consumidor.           Â
     Caso não seja comprovada essa abusividade, não se considera ilegal a taxa de juros
cobrada.                 Diante de todas essas considerações, tem-se que é livre
aplicação dos juros remuneratórios contratados pelas partes, desde que dentro de uma razoabilidade,
ou seja, dentro do patamar da taxa média de mercado divulgada pelo Banco Central do Brasil.     Â
           Para analisar a relação entre a taxa de juros contratada e a taxa média fixada
pelo Banco Central do Brasil, utilizo a projeção disponibilizada pelo próprio Banco Central em seu
" s i t e " , q u e f o i o b t i d a a t r a v à © s d o l i n k :
https://www3.bcb.gov.br/sgspub/localizarseries/localizarSeries.do?method=prepararTelaLocalizarSeries,
no caminho indicadores de crédito, taxas de juros com recursos livres, taxa média de juros - pessoas
fÃ-sicas - aquisição de veÃ-culos, código 20749.                 De acordo com os
dados disponibilizados pelo Banco Central do Brasil, verifica-se que em outubro de 2010, mês da
celebração do contrato, a taxa média dos juros prefixados para pessoas fÃ-sicas com o fim de
aquisição de veÃ-culo foi de 22,76 ao ano.                 No contrato celebrado
pelas partes a taxa de juros pactuada de 17,18% ao ano (conforme doc. de fls. 62) está em valor abaixo
à taxa média de mercado. Logo, inexiste abusividade a ser reconhecida quanto aos juros
remuneratórios, vez que se encontra dentro de parâmetros compatÃ-veis com a média do mercado.Â
Da capitalização dos juros                 Também é pacÃ-fico o entendimento
jurisprudencial de que é permitida a capitalização de juros pelas instituições bancárias, de que
é exemplo a seguinte ementa de julgado proferido pela 4ª Turma do Superior Tribunal de Justiça:
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
sobre Operações Financeiras - IOF, o Superior Tribunal de Justiça também fixou o entendimento
tomado sob o rito dos recursos repetitivos, no julgamento dos Recursos Especiais nº 1.251.331/RS e
1.255.573/RS, no sentido de que podem as partes convencionar o pagamento do Imposto sobre
Operações Financeiras e de Crédito (IOF) por meio de financiamento acessório ao mútuo principal,
sujeitando-o aos mesmos encargos contratuais.                 Senão vejamos: CIVIL
E PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. CONTRATO DE FINANCIAMENTO COM GARANTIA DE
ALIENAÃÃO FIDUCIÃRIA. COMISSÃO DE PERMANÃNCIA. COMPENSAÃÃO/REPETIÃÃO SIMPLES
DO INDÃBITO. RECURSOS REPETITIVOS. TARIFAS BANCÃRIAS. TAC E TEC. EXPRESSA
PREVISÃO CONTRATUAL. COBRANÃA. LEGITIMIDADE. PRECEDENTES. FINANCIAMENTO DO IOF.
POSSIBILIDADE. 1. A comissão de permanência não pode ser cumulada com quaisquer outros
encargos remuneratórios ou moratórios (enunciados Súmulas 30, 294 e 472 do STJ). 2. Tratando-se de
relação de consumo ou de contrato de adesão, a compensação/repetição simples do indébito
independe da prova do erro (Enunciado 322 da Súmula do STJ). 3. Nos termos dos arts. 4º e 9º da Lei
4.595/1964, recebida pela Constituição como lei complementar, compete ao Conselho Monetário
Nacional dispor sobre taxa de juros e sobre a remuneração dos serviços bancários, e ao Banco
Central do Brasil fazer cumprir as normas expedidas pelo CMN. 4. Ao tempo da Resolução CMN
2.303/1996, a orientação estatal quanto à cobrança de tarifas pelas instituições financeiras era
essencialmente não intervencionista, vale dizer, "a regulamentação facultava às instituições
financeiras a cobrança pela prestação de quaisquer tipos de serviços, com exceção daqueles
que a norma definia como básicos, desde que fossem efetivamente contratados e prestados ao cliente,
assim como respeitassem os procedimentos voltados a assegurar a transparência da polÃ-tica de
preços adotada pela instituição." 5. Com o inÃ-cio da vigência da Resolução CMN 3.518/2007, em
30.4.2008, a cobrança por serviços bancários prioritários para pessoas fÃ-sicas ficou limitada à s
hipóteses taxativamente previstas em norma padronizadora expedida pelo Banco Central do Brasil. 6. A
Tarifa de Abertura de Crédito (TAC) e a Tarifa de Emissão de Carnê (TEC) não foram previstas na
Tabela anexa à Circular BACEN 3.371/2007 e atos normativos que a sucederam, de forma que não mais
é válida sua pactuação em contratos posteriores a 30.4.2008. 7. A cobrança de tais tarifas (TAC e
TEC) é permitida, portanto, se baseada em contratos celebrados até 30.4.2008, ressalvado abuso
devidamente comprovado caso a caso, por meio da invocação de parâmetros objetivos de mercado e
circunstâncias do caso concreto, não bastando a mera remissão a conceitos jurÃ-dicos abstratos ou Ã
convicção subjetiva do magistrado. 8. Permanece legÃ-tima a estipulação da Tarifa de Cadastro, a
qual remunera o serviço de "realização de pesquisa em serviços de proteção ao crédito, base
de dados e informações cadastrais, e tratamento de dados e informações necessários ao inicio de
relacionamento decorrente da abertura de conta de depósito à vista ou de poupança ou contratação
de operação de crédito ou de arrendamento mercantil, não podendo ser cobrada cumulativamente"
(Tabela anexa à vigente Resolução CMN 3.919/2010, com a redação dada pela Resolução
4.021/2011). 9. à lÃ-cito aos contratantes convencionar o pagamento do Imposto sobre Operações
Financeiras e de Crédito (IOF) por meio financiamento acessório ao mútuo principal, sujeitando-o aos
mesmos encargos contratuais. 10. Teses para os efeitos do art. 543-C do CPC: - 1ª Tese: Nos contratos
bancários celebrados até 30.4.2008 (fim da vigência da Resolução CMN 2.303/96) era válida a
pactuação das tarifas de abertura de crédito (TAC) e de emissão de carnê (TEC), ou outra
denominação para o mesmo fato gerador, ressalvado o exame de abusividade em cada caso concreto.
- 2ª Tese: Com a vigência da Resolução CMN 3.518/2007, em 30.4.2008, a cobrança por serviços
bancários prioritários para pessoas fÃ-sicas ficou limitada à s hipóteses taxativamente previstas em
norma padronizadora expedida pela autoridade monetária. Desde então, não mais tem respaldo legal
a contratação da Tarifa de Emissão de Carnê (TEC) e da Tarifa de Abertura de Crédito (TAC), ou
outra denominação para o mesmo fato gerador. Permanece válida a Tarifa de Cadastro
expressamente tipificada em ato normativo padronizador da autoridade monetária, a qual somente pode
ser cobrada no inÃ-cio do relacionamento entre o consumidor e a instituição financeira. - 3ª Tese:
Podem as partes convencionar o pagamento do Imposto sobre Operações Financeiras e de Crédito
(IOF) por meio de financiamento acessório ao mútuo principal, sujeitando-o aos mesmos encargos
contratuais. 11. Recurso especial conhecido e parcialmente provido. (REsp 1255573/RS, Rel. Ministra
MARIA ISABEL GALLOTTI, SEGUNDA SEÃÃO, julgado em 28/08/2013, DJe 24/10/2013). Desta feita,
não há qualquer ilegalidade na referida cobrança, sobretudo porque é baseada em imperativo de lei,
cuja incidência torna-se obrigatória, não devendo ser considerada a vontade das partes. CIVIL E
PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. CONTRATO DE FINANCIAMENTO COM GARANTIA DE
ALIENAÃÃO FIDUCIÃRIA. DIVERGÃNCIA. CAPITALIZAÃÃO DE JUROS. JUROS COMPOSTOS.
MEDIDA PROVISÃRIA 2.170-36/2001. RECURSOS REPETITIVOS. CPC, ART. 543-C. TARIFAS
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
pelo prejuÃ-zos com o atraso" (STJ, REsp nº 271.214/RS, 2ª Seção, julgado em 12/3/03).     Â
           O STJ editou súmula definindo que a comissão de permanência é
inacumulável com a correção monetária e com os juros remuneratórios (verbetes n.º 30 e 296,
respectivamente). Ademais, a cobrança de comissão de permanência em conjunto com os juros
moratórios e a multa contratual, é questão que o Superior Tribunal de Justiça vem decidindo pela
não-admissão, conforme a ementa ora transcrita: Agravo regimental. Recurso especial. Ação de
cobrança. Contrato de abertura de crédito em conta-corrente. Cumulação da comissão de
permanência com juros moratórios e multa contratual. Precedentes da Corte. 1. Confirma-se a
jurisprudência da Corte que veda a cobrança da comissão de permanência com os juros moratórios
e com a multa contratual, ademais de vedada a sua cumulação com a correção monetária e com os
juros remuneratórios, a teor das Súmulas nº 30, nº 294 e nº 296 da Corte. 2. Agravo regimental
desprovido. (STJ, AgRg no REsp 712801 / RS; Ministro Carlos Alberto Menezes Direito; DJ 04.05.2005 p.
154).                 Diante desse quadro delineado pela jurisprudência do STJ,
sempre que o contrato contenha cláusula com previsão de cobrança da comissão de permanência
com outro encargo remuneratório ou compensatório pelo atraso, o encargo acrescido não é devido.
Em suma, trata-se a comissão de permanência de encargo perfeitamente legal, entretanto não pode
ser cobrada de forma cumulada com a correção monetária, juros remuneratórios, juros moratórios
ou multa contratual, e deverá ser calculada considerando a taxa média do mercado, segundo a
espécie de operação, apurada pelo Banco Central do Brasil, nos termos do procedimento previsto na
Circular da Diretoria nº 2.957, de 28 de dezembro de 1999, não podendo ser superior à taxa do
contrato.                 No caso vertente, conforme se vê do contrato de fls. 62, há
cumulação da comissão de permanência com outros encargos, razão pela qual estes devem ser
afastados.                 Relevo, ainda, que a comissão de permanência deve ser
mantida sem acréscimos dos encargos reconhecidos como indevidos, porém, a sua aplicação
¿não poderá ultrapassar a soma dos encargos remuneratórios e moratórios previstos no contrato, ou
seja: a) juros remuneratórios à taxa média de mercado, não podendo ultrapassar o percentual
contratado para o perÃ-odo de normalidade da operação; b) juros moratórios até o limite de 12% ao
ano; e c) multa contratual limitada a 2% do valor da prestação, nos termos do art. 52, 1º, do CDC¿
(REsp 1058114/RS submetido ao rito do art. 543-C do CPC e Súmulas 294 e 472 do e. STJ).      Â
           Frise-se, em que pese o reconhecimento da abusividade da cobrança da
comissão de permanência, nas condições e termos outrora explicitados, tal não possui o condão
de descaracterizar a mora, pois, como já restou decidido pelo Superior Tribunal de Justiça, sob a
metodologia dos recursos repetitivos ¿Não descaracteriza a mora o ajuizamento isolado de ação
revisional, nem mesmo quando o reconhecimento de abusividade incidir sobre os encargos inerentes ao
perÃ-odo de inadimplência contratual¿ (REsp 1061530/RS, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, SEGUNDA
SEÃÃO, julgado em 22/10/2008, DJe 10/03/2009), o que se traduz nos presentes autos, uma vez que a
comissão de permanência cumulada com os encargos moratórios são devidos somente durante o
inadimplemento ou mora. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â No mesmo julgado restou decidido ainda
que caracterizada a mora, correta a inscrição/manutenção em cadastro de inadimplentes. Assim, por
via de consequência, são improcedentes os pedidos do requerente para que o requerido seja impedido
de enviar seu nome ou o retire dos órgãos de restrição ao crédito SPC/SERASA, bem como de
ajuizar ação de busca e apreensão do veÃ-culo, visto que tais medidas são permitidas e possuem
amparo legal diante da mora devidamente comprovada. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Por fim, em
virtude de não se vislumbrar qualquer ilegalidade a ser declarada, são improcedentes, por conseguinte,
os pedidos de revisão contratual, de anulação de cláusulas contratuais supostamente abusivas, de
autorização para consignação de valores, bem como de repetição do indébito, uma vez que,
nos termos da jurisprudência do STJ, ¿se os encargos da normalidade exigidos pela instituição
financeira não são abusivos, entende-se que a inadimplência não pode ser atribuÃ-da ao credor,
razão pela qual há de se entender configurada a "mora debendi".¿(3ª Turma, AgRg no REsp
897.659¿RS, Rel. Ministro PAULO DE TARSO SANSEVERINO, unânime, DJe de 9.11.2010).
DISPOSITIVO Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Ante o exposto, julgo PARCIALMENTE procedenteS os
pedidos e, por consequência, extingo o processo com resolução do mérito, na forma do art. 487, I,
do Código de Processo Civil/2015, para:                 REVOGAR a liminar deferida
às fls. 31/33. Intime-se a parte autora para proceder ao levantamento dos valores eventualmente
depositados nos autos.                 EXCLUIR a possibilidade de cobrança de
Comissão de permanência cumulada com os demais encargos decorrentes do atraso (afastados estes
últimos), tratando-se de cláusula abusiva, portanto nula de pleno direito, assim como o que superar a
soma dos juros remuneratórios à taxa média de mercado, não podendo ultrapassar o percentual
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
contratado para o perÃ-odo de normalidade da operação, juros moratórios de 12% ao ano e multa
contratual de 2% do valor da prestação;                 CONDENAR o requerido a
compensar os valores pagos a maior pelo requerente a tais tÃ-tulos, até o limite do saldo devedor que
eventualmente restar do mesmo contrato, e havendo ainda excedente, a devolver de forma simples,
devendo sobre tais valores incidir correção monetária pelo Ã-ndice INPC/IBGE, em conformidade Ã
súmula 43 do STJ, bem como juros de mora a partir da citação, à taxa de 1% ao mês.       Â
         RECONHECER a legalidade da cobrança de taxa de juros superiores a 12% (doze
por cento) ao ano, de Tarifa de Cadastro, de Avaliação do bem, de IOF, de serviços de terceiros e de
registro de contrato, assim como capitalização de juros.                 Em razão
da sucumbência recÃ-proca e por força do disposto nos artigos 82, § 2º, 85, § 14, e 86, todos do
Código de Processo Civil/2015, CONDENO cada uma das partes ao pagamento de 50% (cinquenta por
cento) das custas e despesas processuais, bem como ao pagamento dos honorários advocatÃ-cios da
parte contrária, ora fixados em 10% sobre o valor da condenação para cada qual, suspendendo-se,
contudo, a exigibilidade para o requerente, face a assistência judiciária gratuita deferida às fls. 31,
enquanto perdurar a condição de hipossuficiência, observado o disposto no art.98, §3º, do
CPC/2015. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Oportunamente, arquivem-se observadas as formalidades
legais.                 P.R.I.C                 Belém/PA,
04/10/2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital
301 PROCESSO: 00489007320008140301 PROCESSO ANTIGO: 200010240282
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o:
Cumprimento de sentença em: 03/12/2021 REU:EDER EDSON LIMA NASCIMENTO AUTOR:SOCEPA
LTDA Representante(s): OAB 7857 - DURVAL MENDONCA PEREIRA (REP LEGAL) OAB 6450 -
LIENILDA MARIA CAMARA DE SOUZA (ADVOGADO) . DECISÃO Considerando que a parte foi
devidamente intimada para o pagamento das custas e manteve-se inerte, nos termos do artigo 46, caput,
da Lei estadual n. 8.328, de 29/12/2015, inscreva-se o respectivo crédito em DÃ-vida Ativa, com
atualização monetária e incidência de outros encargos legais. Após, arquivem-se os autos,
cumpridas as cautelas legais. Belém do Pará, 20 de setembro de 2021 ROBERTO ANDRES
ITZCOVICH Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial de Belém 302 PROCESSO:
00495143720148140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o: Procedimento Comum Cível em: 03/12/2021 AUTOR:ENIO DOS
SANTOS SILVA Representante(s): OAB 18910 - CAIO BRITTO RIBEIRO (ADVOGADO) REU:SISTEN
CONSTRUTORA E INCORPORADORA LTDA REU:ENCICON ENGENHARIA CIVIL E CONSTRUCOES
DA AMAZONIA LTDA Representante(s): OAB 15007 - ELLEN LARISSA ALVES MARTINS (ADVOGADO)
. PROC. 0049514-37.2014.814.0301 REQUERENTE: ENIO DOS SANTOS SILVA REQUERIDO: SISTEN
- CONSTRUTORA E INCORPORADORA LTDA e ENCICON - ENGENHARIA CIVIL E CONSTRUÃÃO DA
AMAZONIA LTDA. SENTENÃA RELATÃRIO Â Â Â Â Â Â Cuida-se de AÃÃO DE OBRIGAÃÃO DE FAZER
C/C DANOS MATERIAIS, MORAIS E PERDAS E DANOS movida por ENIO DOS SANTOS SILVA em
face de SISTEN - CONSTRUTORA E INCORPORADORA LTDA e ENCICON - ENGENHARIA CIVIL E
CONSTRUÃÃO DA AMAZONIA LTDA. Â Â Â Â Â Â Afirma a parte autora que em 29/04/2011 firmou com
a parte requerida um instrumento particular de compromisso de venda e compra da unidade autônoma
número 601, no empreendimento AZURE CONDOMINIUM, localizado na Rua SOARES CARNEIRO, nº.
958, UMARIZAL, BELÃM-PA. Â Â Â Â Â Â Pontua que ficou estabelecido o prazo para entrega para
MARÃO DE 2012, conforme cláusula X, item X.1, do instrumento particular de promessa de compra e
venda. Entrementes, tal prazo para entrega não fora respeitado.       Requer ao final, entre
outros pedidos: 1. Lucros cessantes, no valor de R$ 2.048,53 [dois mil e quarenta e oito reais e cinquenta
e três centavos]; 2. O congelamento do saldo devedor; 3. Seja vedada a aplicação do INCC, após a
data final de tolerância; 4. O recálculo dos valores pagos pelo autor, e apuradas as diferenças em seu
favor, com a devolução acrescida de encargos; 5. A imposição a ré de concluir e entregar o
imóvel objeto do litÃ-gio; 6. A nulidade da cláusula X.1, referente ao prazo de tolerância de 180 dias; 7.
Danos morais; 8. Determinar que a construtora apresente cronograma fÃ-sico da obra; 9. Que a ré seja
condenada a multa por atraso.       Junta documentos.       Em decisão de fl. 127, restou
deferida a gratuidade processual a parte autora e foi determinado o pagamento de lucros cessantes, como
aluguéis mensais, na base de 0.6 % sobre o valor total da unidade habitacional, o que equivale a R$
952,30 [novecentos e cinquenta e dois reais e trinta centavos].      Contestação às fls. 138/144,
onde a parte requerida ENCICON - ENGENHARIA CIVIL E CONSTRUÃÃO DA AMAZONIA LTDA
defende, em sÃ-ntese, a sua ilegitimidade passiva, pois não celebrou qualquer tipo de contrato com o
autor, sendo simplesmente contratada para executar as obras do AZURE CONDOMINIUM. Â Â Â Â Â
Réplica a contestação de fls. 138/144, às fls. 147/152.      Devidamente citada, a parte
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
dano material é o prejuÃ-zo financeiro efetivamente sofrido pela vÃ-tima, causando diminuição do seu
patrimônio. Esse dano pode ser de duas naturezas: o que efetivamente o lesado perdeu, dano
emergente, e o que razoavelmente deixou de ganhar, lucro cessante. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Os lucros
cessantes são, portanto, espécie de danos materiais sofridos pela vÃ-tima que deixa de auferir valores
em razão do evento danoso. à imprescindÃ-vel, portanto, que se comprove que os lucros eram certos e
que não foram alcançados em virtude de determinado fato.          O Código Civil
brasileiro, assim dispõe sobre a reparação de danos: Art. 402. Salvo as exceções expressamente
previstas em lei, as perdas e danos devidas ao credor abrangem, além do que ele efetivamente perdeu,
o que razoavelmente deixou de lucrar. Art. 403. Ainda que a inexecução resulte de dolo do devedor, as
perdas e danos só incluem os prejuÃ-zos efetivos e os lucros cessantes por efeito dela direto e imediato,
sem prejuÃ-zo do disposto na lei processual.          No âmbito dos contratos de compra e
venda de imóveis, há entendimento de que o consumidor poderia ter explorado o imóvel
economicamente, arbitrando um valor de aluguel, mas se vê impedido, face o atraso na entrega.    Â
     O atraso na entrega, segundo esse entendimento, configuraria um ato ilÃ-cito passÃ-vel de
ressarcimento, na modalidade de lucros cessantes, pelo que o consumidor deixou de ganhar. Â Â Â Â Â Â
   Nesse ponto, o Superior Tribunal de Justiça e o Tribunal de Justiça do Estado do Pará têm
entendimento consolidado que se trata de um dano presumÃ-vel. Bastaria ao consumidor comprovar a
ação ilÃ-cita (atraso na entrega) que o dano seria uma consequência necessária. AGRAVO
REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL - ATRASO NA ENTREGA DE IMÃVEL - DECISÃO
MONOCRÃTICA QUE CONHECEU DO AGRAVO PARA DAR PARCIAL PROVIMENTO AO RECURSO
ESPECIAL.1. A jurisprudência desta Corte Superior já consolidou entendimento que os lucros cessantes
são presumÃ-veis na hipótese de descumprimento contratual derivado de atraso de entrega do imóvel.
Somente haverá isenção da obrigação de indenizar do promitente vendedor caso configure uma
das hipóteses de excludente de responsabilidade, o que não ocorreu na espécie(...).(AgRg no REsp
1523955/SP, Rel. Ministro MARCO BUZZI, QUARTA TURMA, julgado em 01/12/2015, DJe 11/12/2015).Â
         Frisa-se que, no meu sentir, o lucro cessante não é algo hipotético, pois
originário de um efeito danoso concreto (atraso na entrega do imóvel) e é plenamente possÃ-vel
presumir o prejuÃ-zo sofrido, sendo exigÃ-vel apenas que o lesado consiga demonstrar, dentro da
razoabilidade, o montante do dano sofrido.          Em suma: filio-me a jurisprudência do
Superior de Tribunal de Justiça, bastando a comprovação do atraso na entrega para que ocorra o
dano. Reforça-se que, no caso concreto, o atraso injustificado é patente, consoante ao norte decidido.
Coerente com a linha de entendimento do Superior Tribunal de Justiça, no meu entender, pouco importa
o destino a ser dado ao imóvel pelo consumidor: se para fins residenciais ou locatÃ-cio. Exigir do
consumidor, desde o inÃ-cio da compra, uma posição estanque acerca da finalidade a ser dada ao
imóvel, é onerá-lo em demasia, desnecessariamente e, por via transversas, desnaturar a aplicação
do entendimento consolidado do Superior Tribunal de Justiça. Ora, a vontade do consumidor pode mudar
ao longo da construção do empreendimento, trata-se de algo transitório, que, nem por isso, afasta a
responsabilidade da construtora em ressarci-lo pelo que deixou de ganhar com o imóvel. Tal
posicionamento se coaduna inclusive com os princÃ-pios e vigas mestras da lei 8078/90, colocando o
consumidor, parte hipossuficiente da relação, em prestigiada posição de proteção, frente ao
crescente desrespeito das construtoras no cumprimento de prazos das obras. Até por isso que, nos
julgados do Superior Tribunal de Justiça, não há qualquer tipo de ressalva acerca da finalidade a ser
dada ao imóvel: o simples atraso injustificado na entrega já gera o dever de indenizar. Com esse
entendimento, transcreve-se: (...) A destinação que o promitente comprador daria ao bem, se para fins
de moradia ou locação, se auferiria renda, ou não, em nada influencia na obrigação de o
promitente vendedor compor lucros cessantes, que são comprovados diante da própria mora. 4. A não
entrega do imóvel prometido no prazo ajustado no contrato impõe ao promitente vendedor a
obrigação de indenizar o promitente comprador pelos lucros cessantes (...) (Apelação CÃ-vel nº
20130111573979 (876042), 3ª Turma CÃ-vel do TJDFT, Rel. Fátima Rafael. j. 17.06.2015, DJe
26.06.2015). (...)A destinação que o promitente comprador daria ao bem, se para fins de moradia ou
locação, se auferiria renda, ou não, em nada influencia na obrigação de o promitente vendedor
compor lucros cessantes, que são comprovados diante da própria mora. (...) (Apelação CÃ-vel nº
20140310023959 (876032), 3ª Turma CÃ-vel do TJDFT, Rel. Fátima Rafael. j. 17.06.2015, DJe
26.06.2015 (...) Em caso de atraso na entrega de imóvel adquirido, para fins residenciais ou comerciais,
é presumido o prejuÃ-zo sofrido pela privação do bem durante o perÃ-odo de mora, tendo em vista que
não se cogita alguém investir vultuosa quantia se não for para fazer do bem a sua moradia, local de
trabalho ou obter dele um retorno financeiro por meio da renda proveniente dos aluguéis(...)
(Apelação CÃ-vel nº 2014.025964-4, 3ª Câmara CÃ-vel do TJRN, Rel. João Rebouças. j.
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prosperar. De inÃ-cio, quanto à tese jurÃ-dica referente à denunciação à lide, observa-se que a
matéria não foi objeto de debate pelas instâncias ordinárias, sequer de modo implÃ-cito, e, nos
embargos declaratórios opostos, não se provocou o pronunciamento acerca da questão. Nessa
circunstância, ausente o requisito do prequestionamento, incide o disposto na Súmula nº 282 do STF:
"à inadmissÃ-vel o recurso extraordinário, quando não ventilada, na decisão recorrida, a questão
federal suscitada". No tocante às questões de responsabilidade pela taxa de obra e legitimidade da
Caixa Econômica Federal, o tribunal de origem, após análise dos elementos acostados aos autos,
assim concluiu: "(...) POR PRIMEIRO, NO TOCANTE Ã RESTITUIÃÃO DOS 'JUROS DE EVOLUÃÃO DE
OBRA', A RÃ/APELANTE TEM LEGITIMIDADE PARA RESPONDER POR TAIS VALORES, JÃ QUE FOI
ELA QUEM DEU CAUSA AO ATRASO DA OBRA, DEVENDO RECOMPOR O PREJUÃZO DA
AUTORA/APELADA. ASSIM, NÃO HÃ QUE SE FALAR EM RESPONSABILIDADE DA CAIXA
ECONÃMICA FEDERAL OU, AINDA, QUE A QUESTÃO NÃO TERIA SIDO ANALISADA NA R.
SENTENÃA. ADEMAIS, A COBRANÃA DE 'TAXAS DE OBRAS' OU 'JUROS DE OBRAS' SÃ Ã
POSSÃVEL ATÃ O PRAZO PREVISTO PARA A RESPECTIVA ENTREGA DO EMPREENDIMENTO,
COMPREENDIDO O PERÃODO DE 180 DIAS DE TOLERÃNCIA, NO CASO CONCRETO MAIO/2012;
conforme decidido no Incidente de Resolução de Demandas Repetitivas nº 0023203-
35.2016.8.26.0000, Relator Francisco Loureiro, j. em 31/08/17: 'Ã ilÃ-cito o repasse dos 'juros de obra', ou
'juros de evolução da obra', ou outros encargos equivalentes após o prazo ajustado no contrato para
entrega das chaves da unidade autônoma, incluÃ-do perÃ-odo de tolerância. De igual modo, o STJ já
decidiu que 'Os 'juros de obra' pagos após o prazo de previsão de entrega das chaves, deverão ser
ressarcidos pela construtora ao consumidor' (AREsp 718080, Rel Min Maria Isabel Gallotti, j. em
08/06/2016). Vale ainda acrescentar que o prazo máximo para a entrega da obra é aquele previsto no
cronograma no 'instrumento particular de compromisso de compra e venda' (cláusula 1.4. fls. 33) e não
a contar da data da obtenção do financiamento pelo adquirente. Ressalta-se que a r. sentença
condenou a requerida a restituir os valores a tÃ-tulo de juros de obra comprovadamente despendidos entre
dez/2012 a jan/2014" (fls. 311/312 e-STJ). Rever a conclusão do acórdão recorrido demandaria o
revolvimento do contrato e do contexto fático-probatório dos autos, procedimento vedado em recurso
especial, em razão da incidência das Súmulas nºs 5 e 7/STJ. A esse respeito: 'AGRAVO INTERNO
NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. VIOLAÃÃO DO ART. 535 NÃO CONFIGURADA. OMISSÃO.
INEXISTÃNCIA. MERA INSATISFAÃÃO COM O CONTEÃDO DO JULGADO. AUSÃNCIA DE
PREQUESTIONAMENTO. SÃMULAS 282 E 356 DO STF. DEFICIÃNCIA NA FUNDAMENTAÃÃO.
SÃMULA 284/STF. ANÃLISE DE QUESTÃES FÃTICAS E DE CLÃUSULAS CONTRATUAIS.
IMPOSSIBILIDADE. ÃBICE DAS SÃMULAS 5 E 7 DO STJ. 1. No que tange à admissibilidade do recurso
especial por violação ao art. 535 do CPC/73 (art. 1.022 do CPC/2015), observa-se, no ponto, que não
houve negativa de prestação jurisdicional, máxime porque a Corte de origem analisou a questão
deduzida pelos recorrentes. 2. A Corte de origem, de forma expressa e cristalina, apontou que a decisão
colegiada não foi omissa ao analisar o prazo para a entrega do imóvel e os efeitos dele decorrentes.
Além disso, ressaltou que as apontadas violações aos arts. 405, 408 e 412 do CPC/2015
configuravam inovação recursal, já que a matéria não foi impugnada no recurso de apelação. 3.
No que tange aos arts. 372 e 373, deve ser aplicado os óbices das Súmulas 282 e 356, visto que a
Corte de origem não apreciou tais pontos, até porque não foram sequer alvo dos embargos de
declaração opostos pelas partes. 4. Quanto aos arts. 405, 408 e 412 do CPC/2015, o Tribunal a quo, no
acórdão integrativo em sede de embargos de declaração, salientou que se tratava de inovação
recursal, em virtude de a matéria não ter sido aportada no recurso de apelação. 5. Não obstante,
os recorrentes apenas sustentam, no apelo nobre, a violação de tais dispositivos, sem enfrentar a tese
de inovação recursal. Incidência da Súmula 284/STF, ante a deficiência na fundamentação. 6.
Quanto à tese de que não há, na hipótese, dever de indenizar por ausência de dano, a Corte de
origem asseriu que os recorrentes são responsáveis pela restituição dos valores pagos pelos
compradores a tÃ-tulo de juros de obra, tendo em vista a apreciação das cláusulas previstas no
instrumento contratual. 7. Como tais conclusões advieram da própria interpretação das cláusulas
contratuais presentes no instrumento firmado entre as partes e da análise do acervo fático-probatório,
incidem, na hipótese, os óbices das Súmulas 5 e 7 do STJ. 8. Agravo Interno não provido" (AgInt no
AREsp 1.171.703/PR, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em 20/9/2018,
DJe 25/9/2018). "AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. AÃÃO DE COBRANÃA.
COMPRA E VENDA DE IMÃVEL. AUSÃNCIA DE INDICAÃÃO DOS ARTIGOS SUPOSTAMENTE
VIOLADOS. INCIDÃNCIA DA SÃMULA 284/STF. REVISÃO DAS CONCLUSÃES ESTADUAIS.
IMPOSSIBILIDADE. NECESSIDADE DE INTERPRETAÃÃO DE CLÃUSULAS CONTRATUAIS E
REEXAME DO CONTEXTO FÃTICO-PROBATÃRIO DOS AUTOS. SÃMULAS 5 E 7/STJ. AGRAVO
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
INTERNO DESPROVIDO. 1. A falta de indicação dos dispositivos legais que teriam sido eventualmente
violados faz incidir à hipótese o teor da Súmula 284 do STF, por analogia: à inadmissÃ-vel o recurso
extraordinário, quando a deficiência na sua fundamentação não permitir a exata compreensão da
controvérsia. 2. A revisão da conclusão estadual - acerca da legitimidade passiva da recorrente, da
desnecessidade da produção de prova pericial, da competência da Justiça Estadual para julgar o
feito, bem como pela cobrança indevida dos juros de obra ao consumidor - demandaria,
necessariamente, a interpretação de cláusulas contratuais e o revolvimento do acervo fático-
probatório dos autos, providência inviável na via estreita do recurso especial, ante o óbice disposto na
Súmula 7/STJ. (...) 5. Agravo interno desprovido" (AgInt no AREsp 1.213.182/RS, Rel. Ministro MARCO
AURÃLIO BELLIZZE, TERCEIRA TURMA, julgado em 24/4/2018, DJe 3/5/2018). Ante o exposto, nego
provimento ao recurso especial. Na origem, os honorários sucumbenciais foram fixados em 12% (doze
por cento) sobre o valor da condenação, os quais devem ser majorados para 15% (quinze por cento)
em favor do advogado da parte recorrida, nos termos do art. 85, § 11, do Código de Processo Civil de
2015, observado o benefÃ-cio da gratuidade da justiça, se for o caso. Publique-se. Intimem-se. BrasÃ-lia,
22 de novembro de 2019. Ministro RICARDO VILLAS BÃAS CUEVA (Relator). Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â
 Desta forma, em consonância com o posicionamento atual do STJ e considerando para tanto a
cláusula contratual de tolerância de 180 dias, que projetou a data da entrega do imóvel para
SETEMBRO/2012, constata-se que a taxa de construção é devida até SETEMBRO/2012, devendo
os valores subsequentes a esta data serem ressarcidos à parte requerente, entretanto, de forma simples,
pois não restara comprovada a má-fé das empresas requeridas na cobrança indevida. DO
CONGELAMENTO DO SALDO DEVEDOR         Os autores pleitearam a declaração de
nulidade de aplicação de correção monetária, juros de mora e multa sobre o saldo devedor, durante
o perÃ-odo de atraso na entrega do empreendimento e da liberação da documentação da construtora
para a contratação do financiamento, com a devolução em dobro do que foi cobrado como
excedente ao devido.         Por outro lado, o contrato prevê item sobre correção
monetária aplicável no caso concreto.         Mais uma vez reforço que adotarei
posicionamento já consagrado pela jurisprudência, fazendo, quando relevantes, observações
pontuais.         Pois bem. A correção monetária é a recuperação do poder de
compra do valor emprestado. Com outras palavras: trata-se de uma atualização do valor da moeda face
ao poder corrosivo da inflação. Não representa lucro (juros remuneratórios) pelo valor emprestado,
mas sim, como dito, preservação do valor do dinheiro para manutenção do equilÃ-brio econômico-
financeiro de um contrato. O Ã-ndice a ser adotado para correção monetária deve estar expressamente
pactuado em contrato, bem como um substituto, caso haja a extinção do primeiro pactuado.     Â
   Em contratos de compra e venda de imóveis é comum a previsão de aplicação de um Ã-ndice
de correção monetária durante o prazo de construção do imóvel e de outro Ã-ndice após a
entrega. Â Â Â Â Â Â Â Â Primeiro ponto digno de destaque versa sobre o congelamento do saldo
devedor, isto é, escoado o prazo de entrega do empreendimento, o atraso justificaria a não incidência
de qualquer tipo de atualização monetária.         Comungo do entendimento de que o
congelamento em si é indevido. A correção faz-se relevante para manutenção proporcional da
sinalagma. Ã que o saldo devedor a ser financiado, necessariamente, precisa passar por uma
atualização do valor monetário ante ao poder de corrosão da inflação. Pensar de forma diferente,
no meu sentir, conduziria ao enriquecimento ilÃ-cito do consumidor, o qual teria a valorização do imóvel
ao longo do tempo, sem a contrapartida de atualização monetária do valor da moeda. Portanto, a
cláusula que prevê a atualização monetária do saldo devedor não pode ser tida como ilegal por
abusividade.         à desta forma que entende o Superior Tribunal de Justiça e o Tribunal de
Justiça do Estado do Pará: RECURSO ESPECIAL Nº 1.579.663 - RN (2016/0017711-4). RELATOR :
MINISTRO RICARDO VILLAS BÃAS CUEVA. DECISÃO (...) Por fim, o recurso merece prosperar em
relação à alegação de não ser possÃ-vel o congelamento do saldo devedor até a efetiva entrega
do bem. O entendimento desta Corte Superior está consolidado no sentido de que "a correção
monetária constitui mera reposição do valor real da moeda, devendo ser integralmente aplicada, sob
pena de enriquecimento sem causa de uma das partes" (REsp n. 1.391.770, Primeira Turma, Rel. Min.
Benedito Gonçalves, DJe de 9/4/2014. No mesmo sentido: REsp n. 1.202.514/RS, Terceira Turma, Rel.
Nancy Andrighi, DJe de 30/6/2011; e AgRg no REsp n. 780.581/GO, Quarta Turma, Rel. Min. Luis Felipe
Salomão, DJe de 19/10/2010). Nesse contexto, o fato de o vendedor encontrar-se em mora no
cumprimento da sua obrigação no caso a entrega do imóvel não justifica a suspensão da cláusula
de correção monetária do saldo devedor, na medida em que inexiste equivalência econômica entre
as duas obrigações/direitos. Em outras palavras, o prejuÃ-zo decorrente do atraso na conclusão da
obra não guarda correspondência como o valor da correção monetária do saldo devedor para o
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
Isolada do TJPA, Rel. Elena Farag. j. 11.05.2015, DJe 29.05.2015). Â Â Â Â Â Â Â Â Â Ante o exposto,
incabÃ-vel o pedido de não aplicação da correção monetária, que deve incidir, de acordo com a
previsão contratual, ainda nos casos em que tenha ocorrido a culpa da requerida construtora para o
atraso na obtenção do financiamento pelos autores, se não veja-se: COMPROMISSO DE COMPRA E
VENDA - Inexistência de julgamento ultra petita - Legitimidade passiva ad causam configurada - Prazo de
tolerância - validade - Atraso na obtenção do financiamento pela consumidora que deve ser imputado
à Construtora e à empresa de assessoria, sua parceira comercial - Restituição devida dos juros que
acresceram à obrigação - Correção monetária devida por nada acrescer à dÃ-vida - Sem culpa da
compradora, os condomÃ-nios anteriores à efetiva entrega das chaves são de responsabilidade da
vendedora - Dano moral - Inexistência - Inadimplemento contratual que, por si só, não gera dano moral
indenizável - Recurso provido em parte.( TJDFT - APL 00695762620138260002 SP 0069576-
26.2013.8.26.0002, Ãrgão Julgador: 1ª Câmara de Direito Privado, Rel. Alcides Leopoldo e Silva
Júnior, publicado e julgado em 15/09/2015). DANO MORAL               O dano moral
viola direitos não patrimoniais, como a honra, a imagem, a privacidade, a autoestima, o nome, a
integridade psÃ-quica, dentre outros, consistindo em ofensa aos princÃ-pios éticos e morais que norteiam
nossa sociedade. O dano moral, ao contrário do dano material, não reclama prova especÃ-fica do
prejuÃ-zo objetivo, vez que este decorre do próprio fato. Ocorrendo o fato, ao Juiz é dada a
verificação se aquela ação vilipendiou alguns dos direitos de personalidade do indivÃ-duo, ou, se
trata de mero dissabor do cotidiano. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Ã preciso que se diga que, regra geral, o
mero inadimplemento contratual não gera dano moral. Contudo são nas peculiaridades do caso que se
subtrai algum tipo de abalo subjetivo ao autor. Assim, no meu sentir, não ocorre um mero dissabor e nem
um mero descumprimento do contrato, eis que, considerando o prazo final de entrega do empreendimento,
o atraso se prolongou por mais de 1 ano. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Trata-se de um perÃ-odo
considerável de espera, que causa ao consumidor, sem dúvida, angústia, aflição e frustração,
advinda do fato de se ter quitado um imóvel, confiando na idoneidade da empresa construtora (princÃ-pio
da confiança e boa-fé objetiva), e de não se poder para ele se mudar ou alugar.          Â
    Filio-me à corrente que atribui ao dano moral um caráter punitivo-pedagógico, condenando-a
em dano moral a fim de desestimular a requerida a voltar a praticar condutas como a do presente
processo: descumprindo prazos contratualmente previstos para entrega de obras. O caso abaixo
colacionado reflete perfeitamente a hipótese discutida nos autos: DIREITO PROCESSUAL CIVIL E
CONSUMERISTA. APELAÃÃES CÃVEIS. AÃÃO DE INDENIZAÃÃO POR DANO MATERIAL E MORAL.
ATRASO NA ENTREGA DE IMÃVEL. 1º APELO. LEGALIDADE DA CLÃUSULA DE TOLERÃNCIA.
DANO MORAL. IMPOSSIBILIDADE DE MAJORAÃÃO. VALOR RAZOÃVEL. 2º APELO. PRESCRIÃÃO.
INOCORRENTE. JULGAMENTO EXTRA PETITA. AUSENTE. COMPROVAÃÃO DOS FATOS
CONSTITUTIVOS DO DIREITO DO AUTOR - ART. 333, I, DO CPC. RECURSOS CONHECIDOS E
DESPROVIDOS. SENTENÃA MANUTENIDA. I - 1ª apelação. A cláusula contratual que prevê prazo
de tolerância de 180 (cento e oitenta) dias se justifica porque permite que as empreiteiras tenham tempo
suficiente para administrar os atrasos em razão de, inter alia, ausência de mão de obra qualificada,
falta de materiais adequados e/ou falta de maquinário. Assim sendo, em regra, não há abusividade na
estipulação de prazo de tolerância para entrega do imóvel, haja vista que atrasos são comuns na
construção civil. II - Houve atraso por demais prolongado na entrega do imóvel, eis que este atingiu
patamar superior a um ano. Em razão destes fatos, percebo a ocorrência de frustração nas
legÃ-timas expectativas do comprador, que ultrapassa a esfera dos meros dissabores e aborrecimentos, de
forma a ofender os direitos da personalidade. Ademais, o valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais) está
dentro dos parâmetros da razoabilidade e proporcionalidade. III - 2ª apelação. O prazo prescricional
aplicável à hipótese é o geral, de 10 (dez) anos, contido no art. 205 do CC. O caso em tela funda-se
em responsabilidade civil contratual, cujo dano imputado à empresa requerida decorre de inadimplemento
de dever contratual, qual seja a entrega dos imóveis no prazo contratual estipulado. IV - A condenação
ao pagamento de indenização por lucros cessantes, exposta na sentença objurgada, é reflexo do
pedido do autor realizado na inicial. (...) V - O atraso na entrega dos imóveis em questão é fato
incontroverso. Ou seja, houve inadimplemento contratual, razão pela qual surge o dever de reparar os
prejuÃ-zos materiais e morais advindos da conduta da requerida. Fatos constitutivos do direito do autor
devidamente comprovados. VI Apelações improvidas. (Apelação nº 0625994-05.2014.8.04.0001,
3ª Câmara CÃ-vel do TJAM, Rel. João de Jesus Abdala Simões. j. 28.09.2015).          Â
    O quantum da indenização por danos morais deve ser fixado em consonância com o
princÃ-pio da razoabilidade, bem como apresentar uma proporcionalidade com a lesão à honra, à moral
ou à dignidade do ofendido, devendo ainda atentar-se para as circunstâncias que envolveram os fatos,
analisando a extensão do dano sofrido, e levar em conta as condições pessoais e econômicas dos
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envolvidos, de modo que a reparação não cause enriquecimento indevido de quem recebe, nem
impunidade e reincidência de quem paga (função pedagógica do dano moral, ver AgRg no Recurso
Especial nº 1388548/MG (2013/0201056-0), 3ª Turma do STJ, Rel. Sidnei Beneti. j. 06.08.2013,
unânime, DJe 29.08.2013).               Nesse norte, penso que é justo e razoável a
fixação dos danos morais em R$ 10.000,00 (dez mil reais). DO PEDIDO DE CONCLUSÃO DA OBRA E
ENTREGA DO IMÃVEL OBJETO DO LITÃGIO       Se por um lado a parte requerida não
entregou o imóvel na data aprazada, não cabe ao juÃ-zo forçar a entrega do mesmo quando as obras
ainda estão em andamento, ou até mesmo quando há pendências administrativas junto aos
órgãos municipais.      Salienta-se que o requerente não precisa ficar vinculado a negócio com
prazo indeterminado, podendo, a qualquer momento, optar pela rescisão contratual.      Ademais,
os prejuÃ-zos advindos da mora na entrega do imóvel restam devidamente compensados por meio do
pagamento dos lucros cessantes, a que foi condenada a requerida, conforme item precedente. Â Â Â Â Â
Não há, portanto, que se falar em deferimento do pedido de estipulação de prazo para conclusão
da obra, entrega do imóvel, ou até mesmo para apresentação do cronograma fÃ-sico da obra.
CUSTAS, DESPESAS PROCESSUAIS E HONORÃRIOS ADVOCATÃCIOS      A jurisprudência
AFETA ao tema ora em análise, qual seja, obrigações decorrentes por atraso de obra, é pacÃ-fica ao
estabelecer que em respeito ao PRINCÃPIO DA CAUSALIDADE, as custas e honorários advocatÃ-cios
devem ser suportados por quem deu causa à ação, ou seja, para as empresas requeridas que
prometem entregar o imóvel em data especÃ-fica, mas que na prática, muitas vezes, no dia estabelecido
para entrega sequer começaram a obra. Vejamos: Apelação cÃ-vel. Compra e venda de imóvel.
Ação de rescisão cumulado com restituição dos valores pagos. Alegação de atraso na entrega
de obra imobiliária. SENTENÃA DE PROCEDÃNCIA PARCIAL. Recurso apenas do autor. Aplicação
do princÃ-pio do "tantum devolutum quantum apelatum". Sucumbência. PRINCÃPIO DA CAUSALIDADE
ANUNCIA QUE INCUMBE Ã PARTE QUE DEU CAUSA Ã INSTAURAÃÃO DO PROCESSO O DEVER DE
ARCAR COM A SUCUMBÃNCIA. RÃ QUE POR DUAS VEZES NÃO CUMPRIU COM O PRAZO PARA
ENTREGA DA OBRA, MOTIVO PELO QUAL O AUTOR INGRESSOU COM A PRESENTE AÃÃO.
AFERIÃÃO DA SUCUMBÃNCIA SE FAZ POR CRITÃRIOS LÃGICOS E NÃO MATEMÃTICOS.
INVERSÃO DO ÃNUS DA SUCUMBÃNCIA DE RIGOR, DEVENDO SER IMPOSTO Ã RÃ O
PAGAMENTO DAS CUSTAS, DESPESAS PROCESSUAIS E HONORÃRIOS ADVOCATÃCIOS. RÃ QUE
SUCUMBIU EM MAIOR PARTE. Interpretação do artigo 86, parágrafo único do Código de Processo
Civil. Resultado. Recurso provido. (TJ-SP - AC: 10077313120178260003 SP 1007731-31.2017.8.26.0003,
Relator: Edson Luiz de Queiróz, Data de Julgamento: 21/11/2019, 9ª Câmara de Direito Privado, Data
de Publicação: 21/11/2019).       Pontua-se que não há que se falar em condenação
recÃ-proca das custas, das despesas processuais e dos honorários advocatÃ-cios, uma vez que se trata
de matéria que foge à regra de divisão de tais encargos, sendo a jurisprudência calcificada nesse
sentido. DISPOSITIVO Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Ante o exposto, julgo PARCIALMENTE procedenteS
os pedidos e, por consequência, extingo o processo com resolução do mérito, na forma do art. 487,
I, do Código de Processo Civil/2015, para:               CONDENAR a parte requerida
em lucros cessantes, confirmando a tutela antecipada anteriormente deferida, no que diz respeito ao
ressarcimento ao requerente pelo que este poderia auferir a tÃ-tulo de aluguel com o imóvel objeto da
presente ação, a partir de SETEMBRO/2012 até a expedição do Habite-se, no valor mensal de R$
952,30 [novecentos e cinquenta e dois reais e trinta centavos], nos termos da fundamentação,
corrigindo a cada vencimento, mensalmente, pelo INPC, até o efetivo pagamento, e acrescido de juros
de mora de 1% ao mês desde a data da citação.               DECLARAR indevida a
cobrança de juros de mora, desde SETEMBRO/2012 até a expedição do Habite-se, e CONDENAR
a parte requerida em restituir o valor correspondente, na sua forma simples, pois que a sua cobrança
não pode ser considerada de manifesta má-fé, acrescido de juros moratórios de 1% ao mês a partir
da citação e correção monetária pelo Ã-ndice do INPC a contar do desembolso de cada parcela
paga, até a data do efetivo pagamento.               CONDENAR a requerida ao
pagamento de R$ 10.000,00 (dez mil reais), a tÃ-tulo de danos morais, ao requerente, com juros de 1% ao
mês, contabilizados a partir da citação, e correção monetária, com adoção do INPC, a partir do
arbitramento do valor estipulado nesta sentença até seu efetivo pagamento (Súmula 362 do STJ).  Â
            CONDENAR a parte requerida ao pagamento das custas e despesas
processuais, bem como aos honorários advocatÃ-cios, ora fixados em 10% sobre o valor da
condenação, considerando o PrincÃ-pio da Causalidade que rege o caso em concreto e de acordo com
a orientação pacÃ-fica da jurisprudência.               Nos termos do artigo 46, caput,
da Lei estadual n. 8.328, de 29/12/2015, fica advertida a parte responsável de que, na hipótese de,
havendo custas, não efetuar o pagamento delas no prazo legal, o respectivo crédito, além de
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relação jurÃ-dica entre as partes em nada impede que a embargada cobre os créditos que lhes são
devidos, estando o débito devidamente COMPROVADO mediante a documentação apresentada
junto a exordial.      Não há nos autos nenhuma comprovação de que a demandante
descumpriu o contrato, estando demonstrado que, na verdade, honrou suas obrigações e, portanto, tem
o direito de exigir o pagamento que lhe é devido em sua integralidade. Neste sentido: PROCESSUAL
CIVIL. REMESSA NECESSÃRIA E APELAÃÃO CÃVEL. AÃÃO MONITÃRIA. SENTENÃA QUE
CONDENOU O RÃU AO PAGAMENTO DE DÃVIDA DEMONSTRADA POR MEIO DE DOCUMENTO
ESCRITO. ALEGAÃÃO DE CERCEAMENTO DE DEFESA. INSUBSISTÃNCIA. MATÃRIA UNICAMENTE
DE DIREITO. JULGAMENTO ANTECIPADO DA LIDE QUE SE IMPUNHA. EMBARGOS MONITÃRIOS
GENÃRICOS, QUE NÃO IMPUGNARAM ESPECIFICAMENTE O CONTRATO EM QUESTÃO.
EXISTÃNCIA DA DÃVIDA CORROBORADA PELA DOCUMENTAÃÃO ACOSTADA. CONHECIMENTO E
DESPROVIMENTO TANTO DA REMESSA NECESSÃRIA QUANTO DO RECURSO VOLUNTÃRIO. (TJ-
RN - AC: 20160061887 RN, Relator: Desembargador Dilermando Mota., Data de Julgamento: 23/08/2018,
1ª Câmara CÃ-vel). APELAÃÃO CIVEL. AÃÃO MONITÃRIA. CONTRATO DE ABERTURA DE
CRÃDITO BANCÃRIO. JUROS E CLÃUSULAS ANÃLOGAS. ÃNUS DE ALEGAR E PROVAR. A
petição inicial, instruÃ-da com o contrato de abertura de crédito e com o demonstrativo do débito,
justifica a ação monitória. A petição dos embargos monitórios, genérica, vaga, sem
demonstração da ilegalidade das taxas, do regime de capitalização e dos encargos de mora, além
da falta de especificação do resultado diverso da pretensão monitória, justifica a improcedência dos
embargos à ação monitória, do que decorre a constituição do tÃ-tulo executivo.Incumbe ao devedor
alegar com exatidão, demonstrar e especificar a diferença. (TJ-RS - AC: 70070546726 RS, Relator:
Carlos Cini Marchionatti, Data de Julgamento: 31/08/2016, Vigésima Câmara CÃ-vel, Data de
Publicação: 16/09/2016).      Assim, não provado nos autos a inexistência de causa
impeditiva, extintiva ou modificativa do direito do autor, impõe-se a rejeição dos embargos
monitórios.      Acrescente-se ainda, ao presente julgado, a seguinte jurisprudência, pois embasa
a cominação do dispositivo: AGRAVO DE INSTRUMENTO - AÃÃO MONITÃRIA - JUROS
MORATÃRIOS - TERMO INICIAL - CITAÃÃO. Em ação monitória, os juros moratórios incidem a
partir da data da citação. (TJ-MG - AI: 10625130023462001 MG, Relator: MaurÃ-lio Gabriel, Data de
Julgamento: 09/05/2013, Câmaras CÃ-veis / 15ª CÃMARA CÃVEL, Data de Publicação: 17/05/2013).
APELAÃÃO CÃVEL. NEGÃCIOS JURÃDICOS BANCÃRIOS. AÃÃO MONITÃRIA. JUROS MORATÃRIOS.
Nos contratos bancários, os juros moratórios podem ser convencionados em até 1% (um por cento) ao
mês. APELAÃÃO PROVIDA. (TJ-RS - AC: 70066247800 RS, Relator: Marco Antonio Angelo, Data de
Julgamento: 30/06/2016, Décima Nona Câmara CÃ-vel, Data de Publicação: 25/07/2016). AÃÃO
MONITÃRIA - CONTRATO DE CRÃDITO ROTATIVO - EXTRATOS VINCULADOS Ã CONTA
CORRENTE - CORREÃÃO MONETÃRIA - TERMO INICIAL. - O contrato de abertura de crédito rotativo
em conta corrente, acompanhado de demonstrativo do débito, constitui prova escrita hábil para instruir
o procedimento monitório - A correção monetária conta-se do vencimento de cada parcela. (TJ-MG -
AC: 10016070748112001 Alfenas, Relator: Fabio Maia Viani, Data de Julgamento: 01/07/2008, Câmaras
CÃ-veis Isoladas / 18ª CÃMARA CÃVEL, Data de Publicação: 12/07/2008) APELAÃÃO - AÃÃO
MONITÃRIA - COBRANÃA DE DÃVIDA LIQUIDA E COM VENCIMENTO CERTO - INÃCIO DOS JUROS
DE MORA E DA CORREÃÃO MONETÃRIA PELO INPC A PARTIR DA DATA DO VENCIMENTO -
APELAÃÃO DESPROVIDA - SENTENÃA MANTIDA. O inÃ-cio dos juros de mora e da correção
monetária para cobrança de dÃ-vida lÃ-quida com vencimento certo se dá a partir da data do
vencimento (AgInt no AREsp 1261493/DF, Rel. Ministro MARCO AURÃLIO BELLIZZE, TERCEIRA
TURMA, julgado em 05/06/2018, DJe 15/06/2018). (TJ-MT - AC: 00038060620178110086 MT, Relator:
GUIOMAR TEODORO BORGES, Data de Julgamento: 22/05/2019, Quarta Câmara de Direito Privado,
Data de Publicação: 27/05/2019). DISPOSITIVO               Ante todo o exposto,
rejeito os embargos apresentados pela ré e JULGO PROCEDENTE o pedido inicial e, com amparo no
artigo 701, § 8º, do Código de Processo Civil, constituo de pleno direito o tÃ-tulo judicial, convertendo o
mandado monitório em executivo, cuja tramitação obedecerá ao disposto no TÃ-tulo II do Livro I da
Parte Especial, no que for cabÃ-vel. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â INDEFIRO o pedido de gratuidade da
justiça requerido pela parte ré, nos termos da fundamentação.              Â
CONDENO a parte ré a efetuar o pagamento do débito principal, qual seja, R$ 63.048,52 [sessenta e
três mil, quarenta e oito reais e cinquenta e dois centavos], acrescido de juros moratórios de 1% ao
mês a contar da citação e correção monetária pelo INPC, a partir do vencimento de cada parcela.
              CONDENO ainda a parte Ré ao pagamento das custas processuais e
honorários advocatÃ-cios, estes fixados em 10% (dez por cento) sobre o valor da condenação, o que
faço com base no artigo 85, § 2º, do Código de Processo Civil.               Após,
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prossiga-se como execução de tÃ-tulo judicial, por quantia certa contra devedor solvente. Para tanto,
INTIME-SE a exequente para apresentação de memorial de cálculo atualizado e conforme os ditames
da presente sentença. Em sequência, intime-se a parte executada para, nos termos do art. 523, do
CPC, efetuar, no prazo de quinze dias, o pagamento do montante atualizado com juros e correção
monetária, advertindo-lhe que, caso não o efetue, será o valor acrescido de multa no percentual de
10% (dez por cento).               Consequentemente, extingo o processo com
resolução de mérito conforme o disposto no artigo 487, inciso I, do Código de Processo Civil.   Â
           P. R. I. C.               Belém/PA, 28/09/2021. Roberto Andrés
Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital 301 PROCESSO:
00520938920138140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o: Procedimento Comum Cível em: 03/12/2021
REQUERENTE:FRANCISCO DE JESUS DA COSTA Representante(s): OAB 8534 - GLAUCIA MARIA
CUESTA CAVALCANTE ROCHA (ADVOGADO) REQUERIDO:BANCO BRADESCO Representante(s):
OAB 17314 - WILSON SALES BELCHIOR (ADVOGADO) . Processo nº: 0052093-89.2013.8.14.0301
Requerente(s): Francisco de Jesus da Costa Requerido(s): Banco Bradesco SENTENÃA Â Â Â Â Â Â Â Â
   RELATÃRIO            O requerente ingressou com a presente ação em face do
requerido.             O requerente manifestou-se em petição de fl. 23, requerendo a
desistência da ação.            FUNDAMENTAÃÃO            Uma vez
requerida a desistência é caso de encerramento do processo.             O inciso VIII, do
art. 485, do Código de Processo Civil/2015 prevê a possibilidade de extinção do processo sem
resolução de mérito no caso da desistência do autor, porém, a condiciona ao consentimento do
réu caso já tenha sido oferecida contestação.             Considerando que no
presente feito a parte requerida apresentou contestação e intimada a se manifestar acerca do pedido
de desistência, manifestou sua concordância (fl. 66), não existe óbice à homologação.     Â
       DISPOSITIVO            Diante do exposto, HOMOLOGO a desistência para
os fins do art. 200, parágrafo único, do CPC/2015 e, em consequência, JULGO EXTINTO o processo
sem resolução de mérito, nos termos do artigo 485, inciso VIII, do Código de Processo Civil/2015. Â
           Custas pelo requerente, nos termos do art. 90, caput, do CPC/2015, suspendendo-
se, contudo, a exigibilidade, face a assistência judiciária gratuita deferida à fl. 21, enquanto perdurar a
condição de hipossuficiência, observado o disposto no art.98, §3º, do CPC/2015.        Â
   Fica autorizado o desentranhamento de documentos por quem os juntou, exceto a procuração,
substituindo-os por cópias que poderão ser declaradas autênticas pelo patrono nos termos do artigo
425, IV do CPC/2015, devendo o cartório certificar o ato de desentranhamento.            Â
           Após, cumpridas as cautelas legais, arquivar os presentes autos e dar baixa na
distribuição.            P.R.I.C.           Belém/PA, 15/10/2021. Roberto
Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital 302 PROCESSO:
00521644920008140301 PROCESSO ANTIGO: 200010277314
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o: Execução
de Título Extrajudicial em: 03/12/2021 REU:MARIA DE NAZARE COSTA DA SILVA REU:WILSON
BRASIL BRAGA REU:ROSANA SILVA BRASIL BRAGA REU:JOEL BENICIO NASCIMENTO DA SILVA
Representante(s): OAB 8795 - RANGEMEM COSTA DA SILVA (ADVOGADO) AUTOR:VIVENDA -
ASSOC. DE POUP. E EMPRESTIMO Representante(s): OAB 5781 - LUIS CARLOS SILVA MENDONCA
(ADVOGADO) OAB 15274 - GABRIEL COMESANHA PINHEIRO (ADVOGADO) . Processo nº 0052164-
49.2000.8.14.0301 Autor: VIVENDA - Associação de Poupança e Empréstimo Réus: Wilson Brasil
Braga, Rosana Silva Brasil Braga, Maria de Nazaré Costa da Silva e Joel BenÃ-cio Nascimento da Silva
SENTENÃA            Cuida-se de Ação Executiva Hipotecária ajuizada por VIVENDA -
Associação de Poupança e Empréstimo, em face de Wilson Brasil Braga, Rosana Silva Brasil
Braga, Maria de Nazaré Costa da Silva e Joel BenÃ-cio Nascimento da Silva.            A
execução seguiu seu trâmite até que em petição de fl. 162 o Exequente informa o cumprimento
da obrigação pelos executados e requer, portanto, a extinção da ação.           Â
Eis o relatório. Fundamento e Decido            Como é cediço, a teor do art. 925, do
CPC/2015, a extinção da execução só produz efeito quando declarada por sentença.      Â
     Uma vez comprovada a satisfação do crédito patrimonial por meio de pagamento direto ao
exequente, tem-se que a obrigação foi satisfeita.            Ante o exposto, com espeque
no 924, incisos II do Código de Processo Civil/2015, JULGO EXTINTA o presente cumprimento de
sentença.            Custas e despesas processuais desta fase do processo pelo requerido.
           Nos termos do artigo 46, caput, da Lei estadual n. 8.328, de 29/12/2015, fica
advertida a parte responsável de que, na hipótese de, havendo custas, não efetuar o pagamento delas
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no prazo legal, o respectivo crédito, além de encaminhado para inscrição em DÃ-vida Ativa, sofrerá
atualização monetária e incidência de outros encargos legais.            Certificado o
trânsito em julgado, havendo custas pendentes, intime-se o responsável para o recolhimento, sob pena
de inscrição na dÃ-vida ativa. Inerte, inscreva-se.            Após cumpridas as cautelas
legais, arquivar os presentes autos e dar baixa na distribuição.            P.R.I.C. Belém
/PA, 19/10/2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial da
Capital 303 PROCESSO: 00561918320148140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o:
Cumprimento de sentença em: 03/12/2021 AUTOR:ROSINALDO DO SOCORRO DA SILVA SANTOS
Representante(s): OAB 18900 - DIRSANDRO TEIXEIRA VENDRAMINI (ADVOGADO) REU:INSS
INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL. PROCESSO Nº: 0056191-83.2014.8.14.0301
REQUERENTE: ROSINALDO DO SOCORRO DA SILVA SANTOS REQUERIDO: INSTITUTO NACIONAL
DO SEGURO SOCIAL SENTENÃA Trate-se de Ação Previdenciária em fase de cumprimento de
sentença promovida por Rosinaldo do Socorro da Silva Santos em desfavor do Instituto Nacional do
Seguro Social, Autarquia Previdenciária de âmbito federal, que goza, nos termos do artigo 8º, da Lei n.
8.620/93, das mesmas prerrogativas e privilégios assegurados à Fazenda Pública. A parte requerida
apresentou planilha/memória de cálculo do montante condenatório e a parte requerente manifestou sua
concordância com o valor indicado pelo INSS. O advogado da parte requerente apresentou o contrato de
prestação de serviços profissionais e requereu a reserva de honorários contratuais e consequente
expedição de RPV em separado. Considerando a aquiescência do requerente, este juÃ-zo, à s fls.
70/71, HOMOLOGOU a somatória apresentada pelo INSS de R$ 10.968,14 (Dez mil, novecentos e
sessenta e oito reais, e quatorze centavos), determinado a intimação do requerido para que, querendo,
opusesse Impugnação, bem como determinou a intimação pessoal do autor para manifestar-se
quanto ao pedido de abandamento de honorários. Conforme documentos constantes de fls. 76/77 e
certidão de fl. 78, a parte requerente devidamente cientificada, nada opôs quanto aos honorários
advocatÃ-cios contratuais requeridos. Ademais, o INSS, por sua vez, devidamente intimado, mediante vista
dos autos a um de seus ilustres Procuradores (art. 17, da Lei n. 10.910/2004), não ofereceu
impugnação (certidão de fl. 74). à o relatório. Decido. Tendo em vista que o Requerido INSS não
apresentou Impugnação à Execução; e considerando ainda a manifestação do requerente,
expressando sua concordância com o pedido de dedução dos honorários contratuais da quantia ser
recebida por ele, nos termos do art. 22, § 4º, do EOAB, Lei nº 8.906/94, PROCEDO, por conseguinte,
à regra prevista no artigo 535, § 3º, inciso II, do Código de Processo Civil: DETERMINO a
expedição de 2 (duas) REQUISIÃÃES PARA PAGAMENTO DE PEQUENO VALOR: 1- A primeira no
valor correspondente a 30%(trinta por cento) de R$ 10.968,14 (Dez mil, novecentos e sessenta e oito
reais, e quatorze centavos), em nome do advogado DIRSANDRO TEIXEIRA VENDRAMINI, OAB/PA
18.900 e CPF 610.675.712-72, a tÃ-tulo de honorários contratuais; 2- A segunda do valor do
remanescente, em nome do Requerente. A expedição das REQUISIÃÃES PARA PAGAMENTO DE
OBRIGAÃÃES DE PEQUENO VALOR (RPV) deverá ser feita ao Representante Legal do INSS, nos
termos do art. 75 do CPC/2015, devendo o pagamento ser realizado no prazo de 02 (dois) meses,
contados da entrega da requisição, mediante depósito na agência de banco oficial mais próxima do
domicÃ-lio do exequente, na forma do art. 535, § 3º, II do NCPC. Havendo a
comunicação/confirmação do pagamento da quantia indicada, DECLARO, desde já, EXTINTA A
EXECUÃÃO, na forma dos artigos 924, inciso II e 925, do CPC/2015; Após, arquivem-se os autos, dando-
se baixa na distribuição e observando-se as demais cautelas da Lei. P. R. I. C. Belém/PA, 30/08/2021
. Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital 302
PROCESSO: 00564204320148140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o:
Cumprimento de sentença em: 03/12/2021 REQUERENTE:PORTO SEGURO COMPANHIA DE
SEGUROS GERAIS Representante(s): OAB 11935 - JOSE MOURAO NETO (ADVOGADO) OAB 16323 -
AMAURI DE MACEDO CATIVO (ADVOGADO) OAB 5627 - SILVIA MARINA RIBEIRO DE MIRANDA
MOURAO (ADVOGADO) OAB 5741 - LIGIA MARIA SOBRAL NEVES (ADVOGADO)
REQUERIDO:MIRLEM FRANCE CARVALHO PANTOJA Representante(s): OAB 123456789 -
DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DO PARA (DEFENSOR) . DECISÃO Defiro o pedido de fl. 80.
Cumpra-se o Despacho de fl. 79, intimando-se pessoalmente a Requerida. Belém do Pará, 30 de
agosto de 2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial da
Capital 302 PROCESSO: 00573469220128140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o:
Procedimento Comum Cível em: 03/12/2021 AUTOR:MARCELO RODRIGUES DE MOURA
271
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
Representante(s): OAB 18277 - FELYPE BENTO ALMEIDA RIBEIRO (ADVOGADO) OAB 20964 -
FRANCINELE SOUZA MONTEIRO (ADVOGADO) REU:MONACO MOTOCENTER COMERCIAL LTDA
Representante(s): OAB 28300-A - RICARDO TURBINO NEVES (ADVOGADO) OAB 28341-A - JOÃO
PAULO MORESCHI (ADVOGADO) . Autos nº: 0057346-92.2012.814.0301 Juiz: Roberto Andrés
Itzcovich Vistos SENTENÃA Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â RELATÃRIO Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â
MONACO MOTOCENTER COMERCIAL LTDA, requerida na Ação Ordinária que lhe move MARCELO
RODRIGUES DE MOURA, ambos qualificados na inicial, intentou EMBARGOS DE DECLARAÃÃO
alegando a existência de obscuridade e contradição na sentença de fls. 218/222 que julgou
parcialmente procedente a ação.               Alega que a sentença não analisou
corretamente as provas contidas nos autos e a condutda da embargante que não teve responsabilidade
pelo ocorrido, bem como o valor da indenização está acima do que representam os danos sofridos
pelo autor embargado.               A parte embargada não apresentou
manifestação, certidão fl. 230.               FUNDAMENTAÃÃO          Â
    Quanto aos embargos de declaração, o CPC/2015, art. 1022, verbo ad verbum reza: Cabem
embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para: I - esclarecer obscuridade ou eliminar
contradição; II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual deveria se pronunciar o juiz de
ofÃ-cio ou a requerimento; III - corrigir erro material. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Nesse contexto, insta
esclarecer que os embargos de declaração constituem recurso de fundamentação vinculada, o que
significa que somente podem ser manejados ante a constatação das taxativas hipóteses previstas em
lei - omissão, obscuridade, contradição do julgado ou para corrigir erros materiais, ainda que o
Superior Tribunal de Justiça venha admitindo de forma excepcional, limitada a situações
teratológicas, os embargos de declaração com efeitos infringentes, nos quais a fundamentação
não estará vinculada às hipótese legais da omissão, obscuridade e contradição. Destinam-se,
portanto, a complementar ou aclarar as decisões judiciais latu sensu, quando nesta se verificar algum
dos mencionados vÃ-cios.               à o que se extrai da seguinte lição: ¿(...) os
casos previstos para manifestação dos embargos declaratórios são especÃ-ficos, de modo que
somente são admissÃ-veis quando houver obscuridade, contradição ou omissão em questão (ponto
controvertido) sobre o qual deveria o juiz ou tribunal pronunciar-se necessariamente. Os embargos de
declaração são espécie de recurso de fundamentação vinculada.¿             Â
 Todavia, não se vislumbram no presente caso quaisquer dos vÃ-cios que autorizam o acolhimento dos
aclaratórios. O mero inconformismo da parte com decisão que lhe é desfavorável não constitui
fundamento idôneo para modificar o decisum pela via dos embargos de declaração, porquanto essa
via recursal não pode ser utilizada para rediscussão da matéria apreciada, devendo a parte, para
tanto, manejar recurso próprio.               A sentença embargada não merece
qualquer modificação, uma vez que claramente o juÃ-zo aponta suas motivações, inexistindo no
julgado qualquer decisão desassociada de fundamentação, tendo sido analisado detidamente o que
consta nos autos. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Ressalta-se, por oportuno, que os embargos de
declaração opostos não buscam sanar eventual vÃ-cio relativo à aplicação do aludido dispositivo
legal.               Apesar do que diz o mestre Eliézer Rosa que ¿enquanto a justiça
for obra do homem e sempre o será, a possibilidade de falha não pode ser, a priori, descartada¿ é
escancarado que não se cuida de falha.               Nesse sentido, transcrevo aresto
do Superior Tribunal de Justiça: PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÃÃO NO RECURSO
ESPECIAL. ADVOGADO DA UNIÃO. GRATIFICAÃÃO DE ATIVIDADE EXECUTIVA - GAE. EXCLUSÃO
PELA MEDIDA PROVISÃRIA 2.048-26/2000, QUE INSTITUIU A GRATIFICAÃÃO DE DESEMPENHO DE
ATIVIDADE JURÃDICA - GDAJ. AUSÃNCIA DE VÃCIOS DE OMISSÃO, CONTRADIÃÃO OU
OBSCURIDADE. INOCORRÃNCIA. PRETENSÃO DE REEXAME. NÃO CABIMENTO. 1. Os aclaratórios
não merecem prosperar, pois o acórdão embargado não padece de vÃ-cios de omissão,
contradição ou obscuridade, na medida que apreciou a demanda de forma clara e precisa, estando
bem delineados os motivos e fundamentos que a embasam. 2. Não se prestam os embargos de
declaração ao reexame da matéria que se constitui em objeto do decisum, porquanto constitui
instrumento processual com o escopo de eliminar do julgamento obscuridade, contradição ou omissão
sobre tema cujo pronunciamento se impunha pela decisão ou, ainda, de corrigir evidente erro material,
consoante reza o art. 535 do CPC. 3. Embargos de declaração rejeitados. (EDcl no REsp 1353016/AL,
Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, PRIMEIRA SEÃÃO, julgado em 28/08/2013, DJe
03/09/2013). PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÃÃO. PRECATÃRIO. JUROS DE MORA.
PERÃODO COMPREENDIDO ENTRE A HOMOLOGAÃÃO DO CÃLCULO E A EXPEDIÃÃO DO
PRECATÃRIO OU RPV. NÃO INCIDÃNCIA. AUSÃNCIA DE OBSCURIDADE, CONTRADIÃÃO OU
OMISSÃO. REDUÃÃO DO PERCENTUAL DA MULTA DO ART. 557, § 2º, DO CPC. ACOLHIMENTO
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
PARCIAL. 1. Inexistente qualquer das hipóteses do art. 535 do CPC, não merecem acolhida embargos
de declaração com nÃ-tido caráter infringente. 2. Embargos de declaração acolhidos, apenas para
excluir a multa do art. 557, § 2º, do CPC. (EDcl no AgRg no REsp 1233813/RS, Rel. Ministra ELIANA
CALMON, SEGUNDA TURMA, julgado em 11/06/2013, DJe 28/08/2013). Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â
Note-se, portanto, que ao apreciar os Embargos Declaração o julgador encontra-se adstrito à s
hipóteses taxativas previstas em lei.               Sendo assim, não havendo
omissão, obscuridade e/ou contradição a ser afastada, impõe-se a rejeição dos embargos de
declaração, inclusive para fins de prequestionamento.               DISPOSITIVO  Â
            Isto posto, REJEITO os Embargos de Declaração interpostos, MANTENDO
em todos os seus termos a sentença de fls. 218/222, com fulcro no art. 1022 e ss do CPC/2015.    Â
          Fica advertido o embargante de que em caso de nova interposição de Embargos
de Declaração meramente protelatórios, estará sujeito à aplicação de multa e condenação por
litigância de má-fé, nos termos do CPC, arts. 80 e 1026.               P.R.I.C.   Â
           Belém/PA, 18/10/2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª
Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital 109 PROCESSO: 00581075520148140301 PROCESSO ANTIGO: ---
- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o: Monitória
em: 03/12/2021 REQUERENTE:BANCO ITAU SA Representante(s): OAB 45445 - JOSE CARLOS
SKRZYSZOWISKI JUNIOR (ADVOGADO) REQUERIDO:RENATO ROBERTO LIMA DE ALMEIDA.
Processo nº: 0058107-55.2014.8.14.0301 Requerente(s): Banco Itaú S/A Requerido(s): Renato Roberto
Lima de Almeida. SENTENÃA Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â RELATÃRIO Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â O requerente
ingressou com a presente ação em face do requerido.             O requerente
manifestou-se em petição (fl. 34), requerendo a desistência da ação.           Â
FUNDAMENTAÃÃO            Uma vez requerida a desistência é caso de encerramento
do processo.            O inciso VIII, do art. 485, do Código de Processo Civil/2015 prevê a
possibilidade de extinção do processo sem resolução de mérito no caso da desistência do autor,
porém, a condiciona ao consentimento do réu caso já tenha sido oferecida contestação.     Â
      Considerando que no presente feito a parte requerida não apresentou contestação, pois
sequer foi citada, não existe óbice à homologação da desistência.            Â
DISPOSITIVO            Diante do exposto, HOMOLOGO a desistência para os fins do art.
200, parágrafo único, do CPC/2015 e, em consequência, JULGO EXTINTO o processo sem
resolução de mérito, nos termos do artigo 485, inciso VIII, do Código de Processo Civil/2015.   Â
  Custas pelo requerente nos termos do art. 90, caput, do CPC/2015.            Nos
termos do artigo 46, caput, da Lei estadual n. 8.328, de 29/12/2015, fica advertida a parte responsável de
que, na hipótese de, havendo custas, não efetuar o pagamento delas no prazo legal, o respectivo
crédito, além de encaminhado para inscrição em DÃ-vida Ativa, sofrerá atualização monetária e
incidência de outros encargos legais.            Não havendo apresentação de defesa
pelo requerido, deixo de fixar honorários advocatÃ-cios.            Certificado o trânsito em
julgado, havendo custas pendentes, intime-se o responsável para o recolhimento, sob pena de
inscrição na dÃ-vida ativa. Inerte, inscreva-se.            Fica autorizado o
desentranhamento de documentos por quem os juntou, exceto a procuração, substituindo-os por
cópias que poderão ser declaradas autênticas pelo patrono nos termos do artigo 425, IV do CPC/2015,
devendo o cartório certificar o ato de desentranhamento.            Após, cumpridas as
cautelas legais, arquivar os presentes autos e dar baixa na distribuição.            P.R.I.C.
          Belém/PA, 15/10/2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª
Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital 302 PROCESSO: 00584124420118140301 PROCESSO ANTIGO: ---
- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o:
Procedimento Comum Cível em: 03/12/2021 AUTOR:FRANCILEY DOS SANTOS PEREIRA
Representante(s): OAB 13443 - BRENDA FERNANDES BARRA (ADVOGADO) REU:BANCO
SANTANDER LEASING S/A ARRENDAMENTO MERCANTIL Representante(s): OAB 6171 - MARCO
ANDRE HONDA FLORES (ADVOGADO) . PROCESSO Nº.: 0058412-44.2011.8.14.0301 DECISÃO
Cumpra-se a r. Sentença proferida no processo apenso - 0000392-35.2012.8.14.0201. Belém do
Pará, 19 de outubro de 2021 ROBERTO ANDRES ITZCOVICH Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel
e Empresarial de Belém 302 PROCESSO: 00591182220148140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o:
Procedimento Comum Cível em: 03/12/2021 REQUERENTE:F. M. S. REQUERIDO:M. A. F.
Representante(s): OAB 16527 - ALINE PRISCILA AMORIM SANTOS GUZZO (ADVOGADO)
REPRESENTANTE:A. A. S. M. Representante(s): OAB 11462 - JENIFFER DE BARROS RODRIGUES
ARAUJO (DEFENSOR) . Ante o teor das certidões de fls. 45 e 46 e tendo em vista o que dispõe o
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
parágrafo único do art. 274 do CPC/2015, que se presume válida a intimação dirigida ao endereço
constante nos autos, ainda que não recebida pessoalmente pelo interessado, se a modificação
temporária ou definitiva não tiver sido devidamente comunicada ao juÃ-zo, fluindo os prazos a partir da
juntada aos autos do comprovante de entrega da correspondência no primitivo endereço, dou por
intimada a parte autora. Certifique-se o trânsito em julgado da sentença de fls. 40/41 e após as
cautelas legais, arquive-se os autos, facultado o desarquivamento, caso solicitado. Belém do Pará, 20
de setembro de 2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial
da Capital 302 PROCESSO: 00598853120128140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o: Agravo de
Instrumento em: 03/12/2021 AUTOR:JAILSON MOREIRA TORRES Representante(s): OAB 18004 -
HAROLDO SOARES DA COSTA (ADVOGADO) OAB 15650 - KENIA SOARES DA COSTA (ADVOGADO)
REU:BANCO VOLKSWAGEM Representante(s): OAB 20397 - MANUELA MOTTA MOURA DA FONTE
(ADVOGADO) . Autos nº: 0059885-31.2012.8.14.0301 Autor: JAILSON MOREIRA TORRES Réu:
BANCO VOLKSWAGEN S/A Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â BANCO VOLKSWAGEN S/A, parte requerida
na Ação Revisional de contrato de financiamento c/c Repetição de Indébito, movida por JAILSON
MOREIRA TORRES, intentou EMBARGOS DE DECLARAÃÃO visando sanar suposta contradição/erro
existente na sentença de fls. 140/153, que julgou parcialmente procedente a ação.         Â
     O embargante alega, em sÃ-ntese, a legalidade da comissão de permanência do contrato de
financiamento objeto da lide, encargo afastado pela sentença embargada.              Â
Eis o relatório. Fundamento e Decido.               Quanto aos embargos de
declaração, o CPC, art. 1022, verbo ad verbum reza: Cabem embargos de declaração contra
qualquer decisão judicial para: I - esclarecer obscuridade ou eliminar contradição; II - suprir omissão
de ponto ou questão sobre o qual deveria se pronunciar o juiz de ofÃ-cio ou a requerimento; III - corrigir
erro material. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Nesse contexto, insta esclarecer que os embargos de
declaração constituem recurso de fundamentação vinculada, o que significa que somente podem ser
manejados ante a constatação das taxativas hipóteses previstas em lei - omissão, obscuridade,
contradição do julgado ou para corrigir erros materiais, ainda que o Superior Tribunal de Justiça
venha admitindo de forma excepcional, limitada a situações teratológicas, os embargos de
declaração com efeitos infringentes, nos quais a fundamentação não estará vinculada à s
hipótese legais da omissão, obscuridade e contradição. Destinam-se, portanto, a complementar ou
aclarar as decisões judiciais latu sensu, quando nestas se verificar algum dos mencionados vÃ-cios.  Â
            à o que se extrai da seguinte lição: ¿(...) os casos previstos para
manifestação dos embargos declaratórios são especÃ-ficos, de modo que somente são
admissÃ-veis quando houver obscuridade, contradição ou omissão em questão (ponto controvertido)
sobre o qual deveria o juiz ou tribunal pronunciar-se necessariamente. Os embargos de declaração
são espécie de recurso de fundamentação vinculada.¿               Todavia,
não se vislumbram no presente caso quaisquer dos vÃ-cios que autorizam o acolhimento dos
aclaratórios. O mero inconformismo da parte com decisão que lhe é desfavorável não constitui
fundamento idôneo para modificar o decisum pela via dos embargos de declaração, porquanto essa
via recursal não pode ser utilizada para rediscussão da matéria apreciada, devendo a parte, para
tanto, manejar recurso próprio.               A sentença proferida foi precisa quanto
aos seus fundamentos e coerente com as informações constantes nos autos, em consonância com os
dispositivos legais que regem a matéria.               Apesar do que diz o mestre
Eliézer Rosa que ¿enquanto a justiça for obra do homem e sempre o será, a possibilidade de falha
não pode ser, a priori, descartada¿ é escancarado que não se cuida de falha.          Â
    Nesse sentido, transcrevo aresto do Superior Tribunal de Justiça: PROCESSUAL CIVIL.
EMBARGOS DE DECLARAÃÃO NO RECURSO ESPECIAL. ADVOGADO DA UNIÃO. GRATIFICAÃÃO
DE ATIVIDADE EXECUTIVA - GAE. EXCLUSÃO PELA MEDIDA PROVISÃRIA 2.048-26/2000, QUE
INSTITUIU A GRATIFICAÃÃO DE DESEMPENHO DE ATIVIDADE JURÃDICA - GDAJ. AUSÃNCIA DE
VÃCIOS DE OMISSÃO, CONTRADIÃÃO OU OBSCURIDADE. INOCORRÃNCIA. PRETENSÃO DE
REEXAME. NÃO CABIMENTO. 1. Os aclaratórios não merecem prosperar, pois o acórdão
embargado não padece de vÃ-cios de omissão, contradição ou obscuridade, na medida que apreciou
a demanda de forma clara e precisa, estando bem delineados os motivos e fundamentos que a embasam.
2. Não se prestam os embargos de declaração ao reexame da matéria que se constitui em objeto do
decisum, porquanto constitui instrumento processual com o escopo de eliminar do julgamento
obscuridade, contradição ou omissão sobre tema cujo pronunciamento se impunha pela decisão ou,
ainda, de corrigir evidente erro material, consoante reza o art. 535 do CPC. 3. Embargos de declaração
rejeitados. (EDcl no REsp 1353016/AL, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, PRIMEIRA
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
Superiores, fazendo-se ressalvas pontuais, quando necessárias, amoldando ao entendimento deste Juiz.
DO JULGAMENTO ANTECIPADO               Constato ser desnecessária a
ampliação probatória, posto que o feito já contém elementos suficientes para apreciação e
julgamento e, ainda, em atenção ao princÃ-pio da livre convicção, antecipo o julgamento do mérito,
na forma do art. 355, I, do CPC/2015, o qual estabelece a conveniência do julgamento antecipado do
pedido, quando não houver necessidade de outras provas.               Nesse sentido,
há tempos a jurisprudência dos tribunais superiores aponta que ¿Presentes as condições que
ensejam o julgamento antecipado da causa, é dever do juiz e não mera faculdade, assim o
proceder¿.               Ademais, o caso submetido à análise deste JuÃ-zo não é
novo à luz da realidade fática que foi implementada com o crescimento do setor imobiliário neste paÃ-s.
De algum tempo, o Judiciário vem enfrentando tal situação, com diversas questões pacificadas no
âmbito dos Tribunais.               Portanto, para o deslinde da presente ação será
considerada a matéria já calcificada no âmbito dos Tribunais Superiores, fazendo-se ressalvas
pontuais, quando necessárias, amoldando ao entendimento deste Juiz. DO PEDIDO DE
SUSPENSÃO/EXTINÃÃO DO PROCESSO Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Num primeiro momento
convém analisar a questão de ordem pública suscitada pela requerida acerca da suposta
obrigatoriedade de suspensão/extinção do processo em razão de encontrar-se em recuperação
judicial.               A Lei nº 11.101/2005, em seu art. 6º, dispõe o seguinte: "Art.
6º - A decretação da falência ou o deferimento do processamento da recuperação judicial
suspende o curso da prescrição e de todas as ações e execuções em face do devedor, inclusive
aquelas dos credores particulares do sócio solidário.  §1º Terá prosseguimento no juÃ-zo no qual
estiver se processando a ação que demandar quantia ilÃ-quida.  (...)"               Â
 De acordo com entendimento consolidado na jurisprudência pátria acerca do referido dispositivo, o
deferimento do processamento da recuperação judicial não acarreta a suspensão ou extinção
das ações de conhecimento para constituição de tÃ-tulo executivo, pois o acervo patrimonial da parte
não será imediatamente atingido, inexistindo risco de qualquer constrição judicial.         Â
       Nesse sentido, transcrevo o seguinte precedentes: AGRAVO DE INSTRUMENTO -
RECUPERAÃÃO JUDICIAL- DEFERIMENTO - PEDIDO ILIQUIDO - SUSPENSÃO - NÃO OCORRÃNCIA.
 Em se tratando de demanda que pleiteia quantia ilÃ-quida, não há que se falar em suspensão da
ação em face do deferimento da recuperação judicial, devendo o feito prosseguir regularmente na
justiça comum, nos termos do art. 6º, §1º, da Lei 11.101/05. Recurso não provido." (TJMG - Agravo
de Instrumento-Cv 1.0024.12.150481-5/001, Relator (a): Des.(a) Amorim Siqueira, 9ª CÃMARA CÃVEL,
julgamento em 23/04/2013, publicação da sumula em 29/04/2013).  "(...). - Somente as ações que
demandam quantia lÃ-quida é que se suspendem por força do deferimento do pedido de
recuperação judicial, haja vista que, nessas hipóteses, existe risco de ato de constrição judicial de
bens da massa. Aquelas que demandam quantia ainda ilÃ-quida, prosseguem.  (...)" (TJMG - Apelação
CÃ-vel 1.0024.10.178520-2/001, Relator (a): Des.(a) Eduardo Mariné da Cunha, 17ª CÃMARA CÃVEL,
julgamento em 10/11/2016, publicação da sumula em 22/11/2016). Grifei CONFLITO POSITIVO DE
COMPETÃNCIA. FALÃNCIA. AÃÃO DE RESCISÃO CONTRATUAL POR INADIMPLEMENTO
CUMULADA COM PEDIDO DE PERDAS E DANOS E MULTA. JUÃZOS CÃVEL COMUM E
FALIMENTAR. DEMANDA RELATIVA Ã QUANTIA ILÃQUIDA. COMPETÃNCIA DO JUÃZO EM QUE
ESTIVER SENDO PROCESSADA A AÃÃO DE CONHECIMENTO. 1. O art. 24, § 2º, II, do Decreto-lei
7.661/45 foi revogado com o advento da Lei n. 11.101/2005 (art. 6º, § 1º), acarretando redução das
hipóteses que não se submetem aos efeitos da falência/recuperação. Assim, as demandas relativas
à quantias ilÃ-quidas continuam tramitando no juÃ-zo em que estiverem sendo processadas. (...) 3.
Destarte, tratando-se de demanda cujos pedidos são ilÃ-quidos, a ação de conhecimento deverá
prosseguir - a princÃ-pio até a sentença, perante o juÃ-zo na qual foi proposta, não havendo falar em
competência absoluta do JuÃ-zo Falimentar para apreciar e julgar a demanda, nos termos do artigo 6º,
§ 1º, da Lei n. 11.101/2005. Precedentes. 4. Conflito de competência conhecido para declarar
competente o JuÃ-zo de Direito da 4ª Vara CÃ-vel de Curitiba/PR. (CC 122.869/GO, Rel. Ministro LUIS
FELIPE SALOMÃO, Segunda Seção, julgado em 22/10/2014, DJe 02/12/2014). Grifei        Â
      No caso em tela, trata-se de ação que se encontra em fase de conhecimento, inexistindo
qualquer possibilidade de constrição judicial capaz de atingir o patrimônio da requerida, razão pela
qual não há que falar em suspensão/extinção do processo.               Frise-se
ainda, por oportuno, que a recuperação judicial informada nos autos se refere à parte SCORPIUS
INCORPORADORA LTDA, sendo que o processo não é apenas contra ela movido. DOS PONTOS
INCONTROVERSOS      Conforme foi constatado no saneamento do processo, através de
audiência cujo termo está a fl. 149, é ponto incontroverso o atraso na entrega do empreendimento.  Â
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
   Considerando o atraso ponto incontroverso, há uma conduta ilÃ-cita da requerida em não entregar
o empreendimento dentro do prazo ajustado, a qual se encontra desprotegida de qualquer excludente. DA
RESCISÃO CONTRATUAL POR INADIMPLEMENTO CULPOSO DA REQUERIDA E DA DEVOLUÃÃO
INTEGRAL DOS VALORES PAGOS               O Código Civil Brasileiro distinguiu
duas espécies de inadimplemento: o absoluto e o relativo.               O
inadimplemento absoluto pode se dar por impossibilidade do objeto ou por fato relativo ao interesse do
credor, estando as duas hipóteses previstas, respectivamente, nos arts. 389 e 395, parágrafo único,
ambos do Código Civil de 2002: Art. 389. Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas
e danos, mais juros e atualização monetária segundo Ã-ndices oficiais regularmente estabelecidos, e
honorários de advogado. Art. 395. [...] Parágrafo único. Se a prestação, devido à mora, se tornar
inútil ao credor, este poderá enjeitá-la, e exigir a satisfação das perdas e danos.         Â
     No caso em tela, a parte requerente sustenta que ocorreu a mora da requerida no tocante a
conclusão da obra, tornando-se inútil a prestação que lhe era devida: a entrega da unidade
imobiliária.               Sendo assim, nos termos do art. 475 do Código Civil
Brasileiro, a parte lesada pelo inadimplemento pode pedir a resolução do contrato, se não preferir
exigir-lhe o cumprimento, cabendo, em qualquer dos casos, indenização por perdas e danos.     Â
         Verifica-se, então, que a parte requerente tem direito à resolução do contrato e Ã
reparação das perdas e danos com a percepção dos consectários legais do inadimplemento
contratual absoluto, nos termos dos artigos retromencionados, a saber: a correção monetária, o
acréscimo de juros moratórios e o ressarcimento da quantia despendida com o pagamento de
honorários advocatÃ-cios.               Neste capÃ-tulo da sentença, interessa examinar
a tese de inadimplemento contratual para o fim de julgar a pretensão de extinção do contrato.   Â
            à inquestionável que a não entrega do imóvel na data prevista no contrato
caracteriza o inadimplemento contratual da construtora, sendo lÃ-dimo o direito do requerente à rescisão
contratual em razão da perda da utilidade da prestação.               Em outras
palavras, diante do comprovado inadimplemento contratual absoluto por fato relativo ao interesse do
credor (adquirente da unidade imobiliária objeto do contrato em questão nesta causa) nasce o direito
subjetivo do requerente à resolução contratual, não sendo dado olvidar, em face da existência de
cláusula resolutiva expressa no contrato, que o requerente estaria livre do ônus de demonstrar em juÃ-zo
a inutilidade da prestação, ficando a cargo do inadimplente (construtora) a prova de que não houve o
alegado descumprimento.               Como já dito, inquestionável o inadimplemento
contratual culposo da requerida, a ensejar o direito à resolução contratual com a reparação das
perdas e danos, e, diante disso, procedente é o pedido autoral para a devolução da integralidade dos
valores pagos à Requerida para aquisição do imóvel contratado, nos termos da Súmula 543 do STJ:
Súmula 543-STJ: Na hipótese de resolução de contrato de promessa de compra e venda de imóvel
submetido ao Código de Defesa do Consumidor, deve ocorrer a imediata restituição das parcelas
pagas pelo promitente comprador - integralmente, em caso de culpa exclusiva do promitente
vendedor/construtor, ou parcialmente, caso tenha sido o comprador quem deu causa ao desfazimento. DO
DANO MORAL               O dano moral viola direitos não patrimoniais, como a honra,
a imagem, a privacidade, a autoestima, o nome, a integridade psÃ-quica, dentre outros, consistindo em
ofensa aos princÃ-pios éticos e morais que norteiam nossa sociedade. O dano moral, ao contrário do
dano material, não reclama prova especÃ-fica do prejuÃ-zo objetivo, vez que este decorre do próprio fato.
Ocorrendo o fato, ao juiz é dada a verificação se aquela ação vilipendiou alguns dos direitos de
personalidade do indivÃ-duo, ou, se trata de mero dissabor do cotidiano.               Ã
preciso que se diga que, regra geral, o mero inadimplemento contratual não gera dano moral. Contudo
são nas peculiaridades do caso que se subtrai algum tipo de abalo subjetivo ao autor.         Â
     Neste sentido, não se percebe uma conduta perpetrada pela parte requerida ensejadora de
danos morais, mas apenas situação corriqueira que gera dissabor. A resolução do contrato com a
devolução do valor pago, devidamente atualizado, é a medida que por si só basta para resolver a
presente lide.               Ademais, compulsando detidamente os autos, não se
vislumbra a demonstração do abalo moral que porventura tenha sofrido a parte autora, ônus que lhe
cabia por ser ato constitutivo de seu direito, o que não justifica compensação pretendida a tÃ-tulo de
dano moral. CUSTAS, DESPESAS PROCESSUAIS E HONORÃRIOS ADVOCATÃCIOS Â Â Â Â Â A
jurisprudência AFETA ao tema ora em análise, qual seja, obrigações decorrentes por atraso de obra,
é pacÃ-fica ao estabelecer que em respeito ao PRINCÃPIO DA CAUSALIDADE, as custas e honorários
advocatÃ-cios devem ser suportados por quem deu causa à ação, ou seja, para as empresas
requeridas que prometem entregar o imóvel em data especÃ-fica, mas que na prática, muitas vezes, no
dia estabelecido para entrega sequer começaram a obra. Vejamos: Apelação cÃ-vel. Compra e venda
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de imóvel. Ação de rescisão cumulado com restituição dos valores pagos. Alegação de atraso
na entrega de obra imobiliária. SENTENÃA DE PROCEDÃNCIA PARCIAL. Recurso apenas do autor.
Aplicação do princÃ-pio do "tantum devolutum quantum apelatum". Sucumbência. PRINCÃPIO DA
CAUSALIDADE ANUNCIA QUE INCUMBE Ã PARTE QUE DEU CAUSA Ã INSTAURAÃÃO DO
PROCESSO O DEVER DE ARCAR COM A SUCUMBÃNCIA. RÃ QUE POR DUAS VEZES NÃO
CUMPRIU COM O PRAZO PARA ENTREGA DA OBRA, MOTIVO PELO QUAL O AUTOR INGRESSOU
COM A PRESENTE AÃÃO. AFERIÃÃO DA SUCUMBÃNCIA SE FAZ POR CRITÃRIOS LÃGICOS E NÃO
MATEMÃTICOS. INVERSÃO DO ÃNUS DA SUCUMBÃNCIA DE RIGOR, DEVENDO SER IMPOSTO Ã
RÃ O PAGAMENTO DAS CUSTAS, DESPESAS PROCESSUAIS E HONORÃRIOS ADVOCATÃCIOS. RÃ
QUE SUCUMBIU EM MAIOR PARTE. Interpretação do artigo 86, parágrafo único do Código de
Processo Civil. Resultado. Recurso provido. (TJ-SP - AC: 10077313120178260003 SP 1007731-
31.2017.8.26.0003, Relator: Edson Luiz de Queiróz, Data de Julgamento: 21/11/2019, 9ª Câmara de
Direito Privado, Data de Publicação: 21/11/2019).       Pontua-se que não há que se falar em
condenação recÃ-proca das custas, das despesas processuais e dos honorários advocatÃ-cios, uma
vez que se trata de matéria que foge à regra de divisão de tais encargos, sendo a jurisprudência
calcificada nesse sentido. DISPOSITIVO Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Ante o exposto, julgo procedenteS
os pedidos e, por consequência, extingo o processo com resolução do mérito, na forma do art. 487,
I, do Código de Processo Civil/2015, para:               DECLARAR rescindido o
contrato entre as partes. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â CONDENAR a parte requerida a restituir
integralmente à parte requerente, em parcela única, os valores pagos por esta, referentes aos contratos
de compra e venda do imóvel retromencionados, acrescidos de juros moratórios de 1% ao mês a partir
da citação e correção monetária pelo Ã-ndice do INPC a contar do desembolso de cada parcela
paga, até a data do efetivo pagamento.                CONDENAR a parte requerida
ao pagamento das custas e despesas processuais, bem como aos honorários advocatÃ-cios, ora fixados
em 10% sobre o valor da condenação, considerando o PrincÃ-pio da Causalidade que rege o caso em
concreto e de acordo com a orientação pacÃ-fica da jurisprudência.               Nos
termos do artigo 46, caput, da Lei estadual n. 8.328, de 29/12/2015, fica advertida a parte responsável de
que, na hipótese de, havendo custas, não efetuar o pagamento delas no prazo legal, o respectivo
crédito, além de encaminhado para inscrição em DÃ-vida Ativa, sofrerá atualização monetária e
incidência de outros encargos legais.               Fica autorizado o desentranhamento
de documentos por quem os juntou, exceto a procuração, substituindo-os por cópias que poderão ser
declaradas autênticas pelo patrono nos termos do artigo 425, IV do CPC/2015, devendo o cartório
certificar o ato de desentranhamento;               Certificado o trânsito em julgado,
havendo custas pendentes, intime-se o responsável para o recolhimento, sob pena de inscrição na
dÃ-vida ativa. Inerte, inscreva-se.               Após, cumpridas as cautelas legais,
arquivar os presentes autos e dar baixa na distribuição.               P.R.I.C.
Belém/PA, 04/11/2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e
Empresarial da Capital 301 PROCESSO: 00626498720128140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o: Monitória
em: 03/12/2021 AUTOR:GIZELE ELIANE FERREIRA DA COSTA Representante(s): OAB 10832 - ANNA
KARINA DE FIGUEIREDO SANTOS (ADVOGADO) REU:VALERIA FIGUEIREDO DA SILVA
Representante(s): OAB 18713 - MAURICIO NUNES FREIRE DA COSTA (ADVOGADO) . PROCESSO:
0062649-87.2012.814.0301 DEMANDANTE: GIZELA ELIANE FERREIRA DA COSTA DEMANDADO:
VALÃRIA FIGUEIREDO DA SILVA SENTENÃA RELATÃRIO Â Â Â Â Â Cuida-se de AÃÃO MONITÃRIA
movida por GIZELA ELIANE FERREIRA DA COSTA em face de VALÃRIA FIGUEIREDO DA SILVA. Â Â Â
  Afirma a parte demandante que é credora da requerida em quantia (NÃO ATUALIZADA)
correspondente a R$ 13.000,00 (treze mil reais), montante este equivalente ao débito remanescente do
pacto entabulado entre as partes, denominado RECIBO DE COMPRA E VENDA, tendo como objeto uma
banca de revistas. Esclarece o autor que o valor do total do negócio foi de R$ 25.000,00 (vinte e cinco
mil), já tendo a demandada pago a quantia de R$ 12.000,00 (doze mil), restando, portando, o pagamento
dos R$ 13.000,00 (treze mil reais) restantes. Â Â Â Â Â Junta documentos, dentre eles, o citado recibo, fl.
11.      Em sede de embargos monitórios, fls. 20/25, a parte demandada defende, em sÃ-ntese: 1.
A vendedora não entregou todas as contas da banca de revistas em dia; 2. A vendedora não entregou
a banca de revistas em perfeitas condições; 3. A vendedora não transferiu a banca de revista para o
nome da ré perante a SECRETARIA MUNICIAL DE ECONOMIA - SECON e perante o fornecedor
ALBANO MARTINS; 4. Que precisou gastar R$ 10.000,00 (dez mil reais) para reformar a banca de
revistas.       Junta documentos.      Impugnação aos embargos monitórios às fls.
36/38.      Termo de audiência à fl. 44, infrutÃ-fera a conciliação.      Os autos vieram-me
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nas datas 14/11/2011 e 07/12/2011, ou seja, em perÃ-odo muito posterior ao recibo de compra e venda,
datado de 30/08/2011, não restando caracterizado que a dÃ-vida era realmente pertencente ao autor.  Â
            Além disso, apesar da embargante ter gastado R$ 10.000,00 (dez mil reais)
para reformar a banca de revistas, não há que se falar na AÃÃO MONITÃRIA, em compensação de
valores com base em vÃ-cios redibitórios.               Frise-se, aliás, que a
compensação de valores foi justamente o que a embargante fez no caso prático, pois afirma
genericamente ter pago algumas contas do autor, ocasião em que descontou R$ 3.000,00 (três mil
reais), de uma parcela R$ 5.000,00 (cinco mil reais), e depois, curiosamente, fez uma reforma na banca de
revistas no exato valor das duas parcelas restantes de R$ 5.000,00 (cinco mil reais) cada, conforme recibo
por ela mesma anexado, no valor de total de R$ 10.000,00 (dez mil reais). Nessa perspectiva, não
assiste razão a embargante, que não tem poderes para deixar de cumprir o negócio nos termos
acordados e compensar valores como bem entenda ser devido. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Nesse norte,
eventuais valores que a embargante pagou, a tÃ-tulo de contas do vendedor, do perÃ-odo anterior ao
negócio, ou, para reformar o bem comprado em razão de vÃ-cios redibitórios, EM NADA INVIABILIZA
OU INVALIDA A COBRANÃA DO CRÃDITO DEVIDO EM RAZÃO DO DOCUMENTO DE FL. 11. Deverá
a embargante, se lhe for oportuno, ajuizar ação autônoma e comprovar suas alegações, não
sendo permitido, em sede de AÃÃO MONITÃRIA, embargar com o intuito de transformar o processo em
AÃÃO DE EVENTUAIS COMPENSAÃÃO DE DÃBITOS. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Diante do acervo
probatório constante nos autos, verifico a consistência do crédito em favor da parte demandante, e
existindo valores a serem pagos por força do cheque (Art. 374, III, do NCPC e Súmula 531 do STJ),
incumbia a parte requerida o ônus de provar a existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do
direito da requerente, o que não logrou êxito (art. 373, II, do CPC).              Â
Acrescente-se ainda, ao presente julgado, a seguinte jurisprudência, pois embasa a cominação do
dispositivo: E M E N T A - APELAÃÃO CÃVEL - AÃÃO MONITÃRIA - NOTAS FISCAIS/BOLETOS NÃO
QUITADOS - JUROS DE MORA E CORREÃÃO MONETÃRIA - TERMO INICIAL - VENCIMENTO DO
TÃTULO - SENTENÃA MANTIDA - RECURSO NÃO PROVIDO. Em se tratando de dÃ-vidas vencidas e
não pagas, a mora se constitui automaticamente, isto é, a começar do vencimento dos tÃ-tulos,
devendo a partir deste momento o débito sofrer a incidência de juros e correção monetária.
Recurso não provido. (TJ-MS - APL: 08000778920168120006 MS 0800077-89.2016.8.12.0006, Relator:
Des. João Maria Lós, Data de Julgamento: 29/08/2017, 1ª Câmara CÃ-vel). APELAÃÃO CÃVEL.
AÃÃO MONITÃRIA. PROVA ESCRITA. NOTAS FISCAIS E BOLETOS DE PAGAMENTO COM
ASSINATURA, DATA E CARIMBO DE RECEBIMENTO. PROTESTO. DESNECESSIDADE. ÃNUS
PROBATÃRIO. NÃO COMPROVAÃÃO DE FATO IMPEDITIVO DO DIREITO DO CREDOR. OBRIGAÃÃO
LÃQUIDA E POSITIVA. JUROS DE MORA E CORREÃÃO MONETÃRIA. TERMO INICIAL. VENCIMENTO
DA OBRIGAÃÃO. EMBARGOS à MONITÃRIA REJEITADOS. SENTENÃA MANTIDA. 1. Ação
monitória, regulada nos arts. 700 a 702 do CPC/2015, é meio hábil àquele que pretender, com base
em prova escrita sem eficácia de tÃ-tulo executivo, pagamento de soma em dinheiro, entrega de coisa
fungÃ-vel ou de determinado bem móvel. 2. Prova escrita, segundo orientação doutrinária e
jurisprudencial, é aquela suficiente a demonstrar, em um juÃ-zo de probabilidade e verossimilhança, o
direito afirmado. Não precisa, necessariamente, ser robusta e estreme de dúvidas, podendo a ação
monitória ser aparelhada com documento idôneo que apresente elementos indiciários da
materialização de uma obrigação. 3. Conforme amplamente admitido pela jurisprudência, notas
fiscais servem como lastro para o ajuizamento de ação monitória, desde que evidenciada a existência
do crédito, a entrega da mercadoria ou a prestação do serviço. No caso, as notas fiscais estão
acompanhadas de boletos de cobrança e dos respectivos comprovantes de entrega das mercadorias,
constando a descrição pormenorizada dos produtos adquiridos e, em todos os documentos, foi aposto
carimbo da apelante, contendo o nome e o CNPJ da empresa, além da data de recebimento e assinatura
da pessoa responsável. 4. Não afeta a idoneidade jurÃ-dica da prova escrita que alicerça a ação
monitória a falta de identificação de eventuais representantes, prepostos ou empregados que
rubricaram os comprovantes de entrega das mercadorias acompanhado do carimbo da empresa. A
assinatura de recebimento aposta no canhoto da nota fiscal, direcionada ao domicÃ-lio da pessoa jurÃ-dica,
tem presunção juris tantum de entrega das mercadorias nela relacionadas e somente pode ser afastada
mediante prova inequÃ-voca de que a entrega não se consumou. Protesto também não constitui
requisito para o ajuizamento da ação monitória baseada em nota fiscal com o respectivo aceite, visto
que o art. 700 do CPC exige tão somente prova escrita sem eficácia de tÃ-tulo executivo, a qual foi
apresentada pelo credor. Precedentes. 5. Havendo prova escrita que confere verossimilhança Ã
existência do vÃ-nculo obrigacional e à evidência do crédito (art. 700 do CPC/2015), e não tendo a
apelante comprovado quaisquer fatos extintivos, modificativos ou impeditivos do direito postulado (art. 373,
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II do CPC/2015), deve ser mantida a sentença que julgou procedente o pedido monitório. 6. Na
documentação que instrui a monitória, tanto o valor dos produtos, quanto a data de vencimento estão
declarados, o que também se fez acompanhar do cálculo atualizado da dÃ-vida. Tratando-se, portanto,
de obrigação positiva, lÃ-quida e com termo certo de vencimento, a correção monetária e os juros
de mora devem incidir a partir do vencimento nos termos do art. 397 do Código Civil, sendo hipótese de
mora ex re. Precedentes. 7. Recurso conhecido e desprovido. (TJ-DF 07075149720198070010 DF
0707514-97.2019.8.07.0010, Relator: MARIA IVATÃNIA, Data de Julgamento: 12/05/2021, 5ª Turma
CÃ-vel, Data de Publicação: Publicado no DJE : 01/06/2021 . Pág.: Sem Página Cadastrada.).
EMENTA: APELAÃÃO CÃVEL - AÃÃO REVISIONAL DE CONTRATO - COMPRA E VENDA -
VINCULAÃÃO DAS PARCELAS AO SALÃRIO MÃNIMO - IMPOSSIBILIDADE - ÃNDICE DE CORREÃÃO
MONETÃRIA - INPC - NECESSIDADE - SENTENÃA REFORMADA - RECURSO PARCIALMENTE
PROVIDO. - Não se admite a utilização do salário mÃ-nimo como fator de correção monetária,
consoante dispõe o art. 7º, IV, da Constituição Federal - Deve ser aplicado o INPC - Ãndice Nacional
de Preços ao Consumidor, adotado pela tabela da CGTJMG, que reflete a variação de preço ao
consumidor, melhor servindo de parâmetro para os contratos de compra e venda de lote. (TJ-MG - AC:
10433051686742003 MG, Relator: Shirley Fenzi Bertão, Data de Julgamento: 12/02/2020, Data de
Publicação: 12/02/2020). DISPOSITIVO               Ante todo o exposto, rejeito os
embargos apresentados pela ré e JULGO PROCEDENTE o pedido inicial e, com amparo no artigo 701,
§ 8º, do Código de Processo Civil, constituo de pleno direito o tÃ-tulo judicial, convertendo o mandado
monitório em executivo, cuja tramitação obedecerá ao disposto no TÃ-tulo II do Livro I da Parte
Especial, no que for cabÃ-vel.               CONDENO a parte ré a efetuar o pagamento
do débito principal, qual seja, R$ 13.000,00 (treze mil reais), acrescido de juros moratórios de 1% (um
por cento) ao mês e correção monetária pelo INPC, ambos a partir do inadimplemento de cada
parcela.               CONDENO ainda a parte Ré ao pagamento das custas
processuais e honorários advocatÃ-cios, estes fixados em 10% (dez por cento) sobre o valor da
condenação, o que faço com base no artigo 85, § 2º, do Código de Processo Civil.       Â
       Após, prossiga-se como execução de tÃ-tulo judicial, por quantia certa contra devedor
solvente. Para tanto, INTIME-SE a exequente para apresentação de memorial de cálculo atualizado e
conforme os ditames da presente sentença. Em sequência, intime-se a parte executada para, nos
termos do art. 523, do CPC, efetuar, no prazo de quinze dias, o pagamento do montante atualizado com
juros e correção monetária, advertindo-lhe que, caso não o efetue, será o valor acrescido de multa
no percentual de 10% (dez por cento).               Consequentemente, extingo o
processo com resolução de mérito conforme o disposto no artigo 487, inciso I, do Código de
Processo Civil.               P. R. I. C.               Belém/PA,
02/09/2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital
301 PROCESSO: 00645927120148140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o:
Procedimento Comum Cível em: 03/12/2021 REQUERENTE:ROBSON CASTRO DA SILVA
Representante(s): OAB 14045 - JOAO LUIS BRASIL BATISTA ROLIM DE CASTRO (ADVOGADO)
REQUERIDO:ANCORA CONSTRUTORA E INCORPORADORA LTDA Representante(s): OAB 21095 -
CINTHIA DANTAS VALENTE (ADVOGADO) . PROCESSO: 0064592-71.2014.814.0301 REQUERENTE:
ROBSON CASTRO DA SILVA REQUERIDO: ANCORA CONSTRUTORA E INCORPORADORA
SENTENÃA RELATÃRIO Â Â Â Â Â Â Cuida-se de AÃÃO DE RESTITUIÃÃO DE VALORES C/C DANOS
MORAIS movida por ROBSON CASTRO DA SILVA em face de ANCORA CONSTRUTORA E
INCORPORADORA. Â Â Â Â Â Â Afirma a parte autora que em 06/01/2007 firmou com a requerida
CONTRATO DE PROMESSA DE COMPRA E VENDA de um apartamento não identificado no
empreendimento denominado RESIDENCIAL COSTA ROMANTICA, que contaria com 9 torres, que
também poderia ser denominado de `imóvel¿ ou `unidade habitacional¿.       Declara que a
obra, conforme previsão contratual, deveria ter sido entregue em no máximo DEZEMBRO/2012,
entretanto, nesta data ainda estava sendo entregue a sexta torre e o autor tomou conhecimento de que
somente receberia seu imóvel apenas na última torre, sem nenhum prazo definido.       Pontua
que alguns meses antes do ajuizamento da ação, que se deu em 12/12/2014, recebeu uma carta do
condomÃ-nio, que lhe informara que seu contrato fora rescindido, não fazendo menção a devolução
dos valores pagos.       Requer ao final, entre outros pedidos: 1. A decretação de nulidade da
cláusula de tolerância; 2. A devolução dos valores pagos; 3. Danos morais. 2. A condenação da
requerida a devolver integralmente todos os valores pagos, acrescidos de multa contratual de 2%; 3.
Lucros cessantes; 4. Danos morais.       Junta documentos.       Em decisão de fls.
56/57, restou 109/110, restou deferido o benefÃ-cio da gratuidade processual a parte autora, bem como
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determinado que a requerida se abstivesse ou retirasse o nome do autor dos cadastros de proteção ao
crédito.       Contestação da parte requerida à s fls. 118/136, onde é alegado, em sÃ-ntese:
1. A inépcia da inicial; 2. Que o atraso se deu pela alta inadimplência dos promissários-compradores;
3. A inexistência de danos materiais e morais.       Junta documentos.       Réplica à s
fls. 155/166. Â Â Â Â Â Os autos vieram-me conclusos. DO JULGAMENTO ANTECIPADO Â Â Â Â Â Â Â
       Constato ser desnecessária a ampliação probatória, posto que o feito já contém
elementos suficientes para apreciação e julgamento e, ainda, em atenção ao princÃ-pio da livre
convicção, antecipo o julgamento do mérito, na forma do art. 355, I, do CPC/2015, o qual estabelece
a conveniência do julgamento antecipado do pedido, quando não houver necessidade de outras provas.
              Nesse sentido, há tempos a jurisprudência dos tribunais superiores aponta
que ¿Presentes as condições que ensejam o julgamento antecipado da causa, é dever do juiz e
não mera faculdade, assim o proceder¿.               Ademais, o caso submetido Ã
análise deste JuÃ-zo não é novo à luz da realidade fática que foi implementada com o crescimento do
setor imobiliário neste paÃ-s. De algum tempo, o Judiciário vem enfrentando tal situação, com
diversas questões pacificadas no âmbito dos Tribunais.               Portanto, para o
deslinde da presente ação será considerada a matéria já calcificada no âmbito dos Tribunais
Superiores, fazendo-se ressalvas pontuais, quando necessárias, amoldando ao entendimento deste Juiz.
DA SUPOSTA INÃPCIA DA INICIAL Â Â Â Â Â Â Rejeito, prima facie, a preliminar arguida, por ser
desprovida de qualquer fundamentação.       Frisa-se que a petição inicial possui
correlação lógica entre os fatos e os pedidos; eventualmente, sendo estes incompatÃ-veis entre si,
cabe ao mérito da sentença assim analisá-los, tendo em vista não está caracterizado, de nenhuma
forma, a ocorrência de cumulação de pedidos juridicamente impossÃ-veis. FUNDAMENTAÃÃO   Â
           O caso submetido à análise deste JuÃ-zo não é novo à luz da realidade fática
que foi implementada com o crescimento do setor imobiliário neste paÃ-s. De algum tempo, o Judiciário
vem enfrentando tal situação, com diversas questões pacificadas no âmbito dos Tribunais.    Â
          Portanto, para o deslinde da presente ação será considerada a matéria já
calcificada no âmbito dos Tribunais Superiores, fazendo-se ressalvas pontuais, quando necessárias,
amoldando ao entendimento deste Juiz. DO SUPOSTO ATRASO NA ENTREGA DA OBRA Â Â Â Â Â Â Â
       No caso dos autos, constato a previsão para a entrega da obra era DEZEMBRO/2012,
não incluÃ-do o prazo da cláusula de tolerância, que estenderia o prazo de conclusão em mais 180
dias, JUNHO/2013.               No que concerne à cláusula de tolerância convém
tecer as seguintes considerações:               A cláusula de tolerância está muito
presente nos contratos de compromissos de compra e venda. Ela acontece, para que ao contratar um
imóvel na planta, o promitente comprador tenha noção do prazo da entrega de seu imóvel, já a
incorporadora estipula tal cláusula com o intuito de precaver-se caso haja algum atraso na entrega da
obra. Não se pode alterar o prazo da entrega da obra. No entanto, usa-se a cláusula de tolerância para
prevenir-se, diante de motivos de caso fortuito ou de força maior, que não possa ser previsto com
antecedência pela incorporadora. No caso em comento, questiona-se a validade da previsão de tal
cláusula no contrato estabelecido.               Entendo que o prazo de tolerância
estabelecido em cláusula clara, facilmente inteligÃ-vel e em prazo razoável (180 dias) não pode ser tido
como abusivo, posto que representa a vontade das partes, especialmente porque os requerentes não
demonstraram, nem sequer requereram a produção de prova acerca da alegada inexistência de
informação suficiente acerca da contratação do prazo questionado, devendo aplicar-se, portanto, o
princÃ-pio "pacta sunt servanda".               Esse é o entendimento seguido pelo
Tribunal de Justiça do Estado do Pará: AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIREITO CIVIL. CONTRATOS
IMOBILIÃRIOS. DEFERIMENTO PARCIAL DA ANTECIPAÃÃO DE TUTELA. INDEFERIMENTO DO
PEDIDO DE DECRETAÃÃO DE NULIDADE DA CLÃUSULA DE TOLERÃNCIA DE 180 DIAS PARA A
ENTREGA DO IMÃVEL. AUSÃNCIA DE QUALQUER ILEGALIDADE OU ABUSIVIDADE. PRECEDENTES
DESTA CORTE. MANUTENÃÃO DA DECISÃO AGRAVADA. RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO. 1
- Verifica-se que a matéria já fora objeto de análise pela 5ª Câmara CÃ-vel Isolada, que se
manifestou no sentido de que a cláusula de tolerância de 180 (cento e oitenta) dias estabelecida nos
contratos imobiliários não se monstra abusiva ou ilegal, uma vez que o consumidor tem conhecimento
da condição no momento da assinatura do contrato, de modo que submete-se ao princÃ-pio do pacta
sunt servanda, ressaltando-se, ainda, o prazo de tolerância apresenta-se de forma moderada, não
acarretando desvantagem exagerada ao consumidor, mas tão somente visando atender a complexidade
inerente à construção civil, não havendo que se falar em violação de princÃ-pios da equidade,
proporcionalidade, razoabilidade e transparência previstos no CDC. 2 - Outrossim, o próprio art. 273 do
Código de Processo, ao regulamentar o instituto da antecipação de tutela estabelece em seu § 2º
282
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
que não será concedida a antecipação quando houver perigo de irreversibilidade do provimento
antecipado, de modo que, ainda que fosse possÃ-vel a declaração de nulidade da referida cláusula,
esta somente poderia ser decretada a quando do julgamento definitivo da lide. (Agravo de Instrumento nº
00445437720128140301 (149393), 5ª Câmara CÃ-vel Isolada do TJPA, Rel. Diracy Nunes Alves. j.
06.08.2015, DJe 10.08.2015). ACÃRDÃO: 153612 COMARCA: BELÃM DATA DE JULGAMENTO:
09/11/2015 00:00 PROCESSO: 00471307220128140301 PROCESSO ANTIGO: 201330338638
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÃRIO(A): JOSE MARIA TEIXEIRA DO ROSARIO CÃMARA:
4ª CAMARA CIVEL ISOLADA Ação: Apelação em: APELADO:ALECIA THACIANE PEREIRA DA
SILVA APELANTE:RIO MENDONZA EMPREENDIMENTOS SPE LTDA Representante(s): THEO SALES
REDIG E OUTROS (ADVOGADO) APELADO:IGOR NOLETO MOREIRA Representante(s): BERNARDO
ALBUQUERQUE DE ALMEIDA E OUTROS (ADVOGADO) LEONARDO MAIA NASCIMENTO
(ADVOGADO) EMENTA: . APELAÃÃO CÃVEL. CONTRATO DE PROMESSA DE COMPRA E VENDA.
ATRASO NA ENTREGA DO IMÃVEL. ABUSIVIDADE DE CLÃUSULA DE PRORROGAÃÃO DE 365 DIAS.
REDUÃÃO AO LIMITE DE 180 DIAS. CONGELAMENTO DO SALDO DEVEDOR A PARTIR DA MORA
NA ENTREGA. DANOS EMERGENTES DEVIDOS EM RAZÃO DO PAGAMENTO DE ALUGUÃIS.
EXCLUSÃO DOS LUCROS CESSANTES. INVERSÃO DE CLÃUSULA MORATÃRIA. OCORRÃNCIA DE
DANO MORAL PELO ATRASO EXCESSIVO DE 2 ANOS NA ENTREGA DO IMÃVEL. RECURSO
CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO. 1. Atualmente todos os contratos, indistintamente, preveem
cláusula de prorrogação da data de entrega, que, em regra, é de até 180 (cento e oitenta) dias,
prazo este entendido como razoável pela jurisprudência deste Egrégio Tribunal. A apelante, no
entanto, estabeleceu cláusula de prorrogação de 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias, ou seja, o
dobro do prazo praticado no mercado, motivo pelo qual caracteriza-se como abusiva e deve ser reduzida
ao limite de 180 (cento e oitenta) dias. 2. Nesses termos, e em observância aos princÃ-pios
consumeristas, entendo que a correção monetária do saldo devedor somente era cabÃ-vel dentro do
limite do prazo de entrega do imóvel, o qual, acrescido dos 180 (cento e oitenta) dias de prorrogação,
teve como termo final o mês de janeiro do ano de 2012, a partir do qual há o congelamento do saldo
devedor. 3. Assiste razão ao apelante quanto à impossibilidade de condenação ao pagamento de
lucros cessantes e danos emergentes de forma cumulativa, tendo em vista que as situações que lhes
dão causa são, no presente caso, excludentes. Dessa forma, já que os apelados arcaram com o
pagamento de aluguéis em decorrência do atraso na entrega do imóvel, farão jus apenas aos danos
emergentes, pois não poderiam, simultaneamente, morar e alugar o apartamento. 4. Ressalto que a
jurisprudência pátria é unÃ-ssona quanto a possibilidade e cabimento da inversão de cláusula
moratória em desfavor da Construtora/Incorporadora, de modo que além dos danos emergentes,
cumpre ao apelante o pagamento de juros moratórios de 1% (um por cento) ao mês a partir do
inadimplemento do contrato, que teve inÃ-cio em fevereiro de 2012, bem como multa de 2% (dois por
cento) sobre o valor das parcelas adimplidas até a data de efetiva entrega do imóvel. 5. A despeito de
ser entendimento jurisprudencial consolidado pelo Superior Tribunal de Justiça de que o inadimplemento
de contrato, por si só, não acarreta dano moral, a jurisprudência pátria vem se posicionando pela
ocorrência de tal dano em casos de demora excessiva na entrega de imóvel, tal como ocorrido no caso
em análise. 6. Por derradeiro, ressalto que o valor arbitrado pelo juÃ-zo a quo a tÃ-tulo de indenização
por danos morais está dentro dos parâmetros da jurisprudência deste Egrégio Tribunal, motivo pelo
qual não merece nenhuma reforma a decisão de primeiro grau no que se refere ao arbitramento de
indenização por danos morais no valor de R$ 30.000,00 (trinta mil reais). 7. Recurso CONHECIDO e
PARCIALMENTE PROVIDO. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Dito isto, no presente caso, considerando a
validade da cláusula de tolerância, verifica-se que o termo inicial da mora da construtora será:
DEZEMBRO/2012 + 180 dias: JUNHO/2013. DO MÃRITO Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â No caso dos
autos, não houve atraso na entrega do empreendimento, pois, conforme se verifica da notificação de
fl. 42, datada de 20/08/2013, o autor já estava inadimplente há três meses, portanto, sua mora teria
começado ao menos em MAIO/2013, ou seja, antes do vencimento do prazo para entrega do
empreendimento.               Desta forma, constata-se que a rescisão do contrato se
deu por culpa exclusiva do requerente. O fato do comprador não ter condições financeiras de arcar
com as parcelas devidas não pode ser imputado à construtora, visto que o contrato é claro em
relação a correção monetária do saldo devedor.               Deve ser
reconhecida a culpa do comprador pela rescisão da avença e nesse caso, de acordo com o enunciado
da Súmula 543 do STJ, a restituição dos valores pagos pelo comprador deve ser parcial: Súmula
543-STJ: Na hipótese de resolução de contrato de promessa de compra e venda de imóvel
submetido ao Código de Defesa do Consumidor, deve ocorrer a imediata restituição das parcelas
pagas pelo promitente comprador - integralmente, em caso de culpa exclusiva do promitente vendedor
283
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
/construtor, ou parcialmente, caso tenha sido o comprador quem deu causa ao desfazimento. Â Â Â Â Â Â
          Todavia, analisando detidamente o contrato de compra e venda, concluo pela
abusividade da CLÃUSULA DEZESSETE, no que concerne à retenção de valores em caso de
rescisão do contrato, posto que os percentuais indicados na referida cláusula são desproporcionais e
configuram enriquecimento sem causa por parte do vendedor. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Cumpre
ressaltar que, a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça tem considerado razoável, em rescisão
de contrato de compra e venda de imóvel por culpa do comprador, que o percentual de retenção, pelo
vendedor, de parte das prestações pagas seja arbitrado entre 10% e 25%. Nesse sentido transcrevo o
seguinte julgado: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. PROCESSUAL
CIVIL. CONTRATO DE PROMESSA DE COMPRA E VENDA DE IMÃVEL. RESOLUÃÃO. RETENÃÃO.
PERCENTUAL DE 10%. RAZOABILIDADE. AGRAVO NÃO PROVIDO. 1. A jurisprudência desta Corte
de Justiça, nas hipóteses de rescisão de contrato de promessa de compra e venda por
inadimplemento do comprador, tem admitido a flutuação do percentual de retenção pelo vendedor
entre 10% a 25% do total da quantia paga. 2. O percentual a ser retido pelo vendedor é fixado pelas
instâncias ordinárias em conformidade com as particularidades do caso concreto, de maneira que não
se mostra adequada sua revisão na via estreita do recurso especial. 3. O Tribunal de origem, ao analisar
os documentos acostados aos autos, bem como o contrato firmado entre as partes, entendeu abusiva a
cláusula contratual que previa a retenção de 25% do valor das quantias pagas em caso de rescisão
por inadimplemento. Analisando as peculiaridades do caso, fixou a retenção em 10% do valor das
parcelas pagas, o que não se distancia do admitido por esta Corte Superior. 4. Agravo regimental não
provido. (AgRg no AREsp 600.887/PE, Rel. Ministro RAUL ARAÃJO, QUARTA TURMA, julgado em
19/05/2015, DJe 22/06/2015) AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL.
PROCESSUAL CIVIL. CONTRATO DE PROMESSA DE COMPRA E VENDA DE IMÃVEL. RESOLUÃÃO.
RETENÃÃO. PERCENTUAL DE 10%. RAZOABILIDADE. ACÃRDÃO RECORRIDO DE ACORDO COM A
JURISPRUDÃNCIA DESTE TRIBUNAL SUPERIOR. SÃMULA 83 DO STJ. AGRAVO NÃO PROVIDO. 1. A
jurisprudência desta Corte de Justiça, nas hipóteses de rescisão de contrato de promessa de
compra e venda de imóvel por inadimplemento do comprador, tem admitido a flutuação do percentual
de retenção pelo vendedor entre 10% e 25% do total da quantia paga. 2. Em se tratando de
resolução pelo comprador de promessa de compra e venda de imóvel em construção, ainda não
entregue no momento da formalização do distrato, bem como em se tratando de comprador adimplente
ao longo de toda a vigência do contrato, entende-se razoável o percentual de 10% a tÃ-tulo de
retenção pela construtora dos valores pagos, não se distanciando do admitido por esta Corte
Superior. 3. à abusiva a disposição contratual que estabelece, em caso de Resolução do contrato
de compromisso de compra e venda de imóvel pelo comprador, a restituição dos valores pagos de
forma parcelada. 4. Agravo interno não provido. (AgRg no AREsp n. 807.880/DF, Relator Ministro RAUL
ARAÃJO, QUARTA TURMA, julgado em 19/4/2016, DJe 29/4/2016.) Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â No
caso dos autos, em se tratando de resolução pelo comprador de promessa de compra e venda de
imóvel em construção, ainda não entregue, bem como em se tratando de comprador adimplente
até a proximidade do momento da rescisão contratual, entendo razoável o percentual de 10% a tÃ-tulo
de retenção pela construtora dos valores pagos, não se distanciando do admitido pela Corte Superior.
              Insta consignar que é firme o entendimento STJ no sentido de que na
hipótese de resolução contratual do compromisso de compra e venda por culpa do comprador, em que
postulada a restituição das parcelas pagas de forma diversa da cláusula penal convencionada, os
juros moratórios serão computados a partir do trânsito em julgado da decisão. (REsp 1211323/MS,
Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, DJe 20.10.2015). Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â
Ainda nesse sentido: AGRAVO REGIMENTAL NOS EMBARGO DE DECLARAÃÃO NO RECURSO
ESPECIAL.AÃÃO DE RESCISÃO DE COMPROMISSO DE COMPRA E VENDA. VIOLAÃÃO DO ART.396
DO CC. TERMO INICIAL DOS JUROS. TRÃNSITO EM JULGADO DA DECISÃO.PRECEDENTES. 1. A
Segunda Seção deste Tribunal Superior sufragou o entendimento de que, "na hipótese de
resolução contratual do compromisso de compra e venda por simples desistência dos adquirentes, em
que postulada, pelos autores, a restituição das parcelas pagas de forma diversa da cláusula penal
convencionada, os juros moratórios sobre as mesmas serão computados a partir do trânsito em
julgado da decisão" (REsp 1.008.610/RJ, Rel. Min. ALDIR PASSARINHO JUNIOR, DJe 03.09.2008) 2.
Não apresentação pela parte agravante de argumentos novos capazes de infirmar os fundamentos
que alicerçaram a decisão agravada. 3. AGRAVO REGIMENTAL DESPROVIDO. (AgRg nos EDcl no
REsp 1354293/SP, Rel. Ministro PAULO DE TARSO SANSEVERINO, TERCEIRA TURMA, DJe
15.9.2014). DO DANO MORAL               O dano moral viola direitos não
patrimoniais, como a honra, a imagem, a privacidade, a autoestima, o nome, a integridade psÃ-quica,
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
dentre outros, consistindo em ofensa aos princÃ-pios éticos e morais que norteiam nossa sociedade. O
dano moral, ao contrário do dano material, não reclama prova especÃ-fica do prejuÃ-zo objetivo, vez que
este decorre do próprio fato. Ocorrendo o fato, ao juiz é dada a verificação se aquela ação
vilipendiou alguns dos direitos de personalidade do indivÃ-duo, ou, se trata de mero dissabor do cotidiano.Â
              à preciso que se diga que, regra geral, o mero inadimplemento contratual
não gera dano moral. Contudo são nas peculiaridades do caso que se subtrai algum tipo de abalo
subjetivo ao autor.               Neste sentido, não se percebe uma conduta perpetrada
pela parte requerida ensejadora de danos morais, mas apenas situação corriqueira que gera dissabor.
A devolução dos valores pagos é a medida que por si só basta para resolver a presente lide.    Â
          Ademais, compulsando detidamente os autos, não se vislumbra a demonstração
do abalo moral que porventura tenha sofrido a parte autora, ônus que lhe cabia por ser ato constitutivo de
seu direito, o que não justifica compensação pretendida a tÃ-tulo de dano moral.          Â
    Frise-se por derradeiro que não se tratou de negativação de nome por dÃ-vida indevida, pois,
contratualmente, a parte autora se obrigara a pagar o valor então cobrado.              Â
DISPOSITIVO Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Ante o exposto, julgo parcialmente procedenteS os pedidos e,
por consequência, extingo o processo com resolução do mérito, na forma do art. 487, I, do Código
de Processo Civil/2015, para: Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â DECLARAR RESCINDIDO o contrato de
compromisso de compra e venda celebrado entre as partes. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â DECLARAR a
nulidade da cláusula CLÃUSULA DEZESSETE do contrato, no que concerne à retenção de valores
em caso de rescisão do contrato, entendida como abusiva nos termos da fundamentação.     Â
         CONDENAR a requerida a restituir à parte requerente, em parcela única, um total de
90% de todos os valores pagos por esta, referentes ao contrato de compra e venda do imóvel
retromencionado, acrescidos de juros moratórios de 1% ao mês a partir do trânsito em julgado desta
sentença e correção monetária pelo Ã-ndice do INPC a contar do desembolso de cada parcela paga,
até a data do efetivo pagamento.               Em razão da sucumbência recÃ-proca
e por força do disposto nos artigos 82, § 2º, 85, § 14, e 86, todos do Código de Processo Civil/2015,
CONDENAR cada uma das partes ao pagamento de 50% (cinquenta por cento) das custas e despesas
processuais, bem como ao pagamento dos honorários advocatÃ-cios da parte contrária, ora fixados em
10% sobre o valor da condenação para cada qual, suspendendo-se, contudo, a exigibilidade para a
requerente face a assistência judiciária gratuita deferida às fls. 109/110, enquanto perdurar a
condição de hipossuficiência, observado o disposto no art.98, §3º, do CPC/2015.        Â
      Nos termos do artigo 46, caput, da Lei estadual n. 8.328, de 29/12/2015, fica advertida a parte
responsável de que, na hipótese de, havendo custas, não efetuar o pagamento delas no prazo legal, o
respectivo crédito, além de encaminhado para inscrição em DÃ-vida Ativa, sofrerá atualização
monetária e incidência de outros encargos legais.               Fica autorizado o
desentranhamento de documentos por quem os juntou, exceto a procuração, substituindo-os por
cópias que poderão ser declaradas autênticas pelo patrono nos termos do artigo 425, IV do CPC/2015,
devendo o cartório certificar o ato de desentranhamento;               Certificado o
trânsito em julgado, havendo custas pendentes, intime-se o responsável para o recolhimento, sob pena
de inscrição na dÃ-vida ativa. Inerte, inscreva-se.               Após, cumpridas as
cautelas legais, arquivar os presentes autos e dar baixa na distribuição.              Â
P.R.I.C. Belém/PA, 28/09/2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e
Empresarial da Capital 301 PROCESSO: 00647457020158140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o:
Procedimento Comum Cível em: 03/12/2021 REQUERENTE:WILSON CARLOS PINTO BENTES
Representante(s): OAB 6022 - WILSON CARLOS PINTO BENTES (ADVOGADO) REQUERIDO:RIBEIRO
CORDEIRO INDÚSTRIA E COMERCIO LTDA Representante(s): OAB 7961 - MICHEL FERRO E SILVA
(ADVOGADO) OAB 21461 - ALLAN ROCHA OLIVEIRA DA SILVA (ADVOGADO) . Autos nº: 0064745-
70.2015.8.14.0301 Juiz: Roberto Andrés Itzcovich Vistos SENTENÃA              Â
RELATÃRIO               Dos Embargos de Declaração opostos por Michel Ferro e
Silva               Michel Ferro e Silva opôs embargos de declaração contra a
sentença de fls. 116/119 como terceiro interessado, alegando ter atuado na demanda como procurador
da requerida/embargada Ribeiro Cordeiro Industria e Comercio S/A, considerando a sentença omissa
porque não fixou honorários de sucumbência.               Insurge-se alegando que a
sentença deixou de fixar os honorários de sucumbência, uma vez que o autor/embargado decaiu em
parte dos seus pedidos, requerendo o acolhimento dos embargos para que o autor seja condenado ao
pagamento dos honorários de sucumbência, bem como que seja fixado o valor proporcional devido ao
embargante até onde atuou nos autos.               Recebidos os embargos e
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determinada a intimação dos embargados para, querendo, manifestar-se no prazo de 5 (cinco) dias -
fls. 135.               A parte embargada não apresentou contra razões.       Â
       Dos Embargos de Declaração opostos por Ribeiro Cordeiro Industria e Comercio S/A Â
             RIBEIRO CORDEIRO INDUSTRIA E COMERCIO S/A (Estrela D¿Alva),
requerida na Ação Ordinária movida por Wilson Carlos Pinto Bentes, já qualificados na inicial,
intentou EMBARGOS DE DECLARAÃÃO alegando a existência de omissão na sentença de fls.
116/119 dos autos.               A embargante afirma que a sentença foi omissa porque
não justificou a dispensa de dilação probatória, não se manifestou sobre o pedido de
denunciação a lide, deixou de arbitrar honorarios sucumbenciais em favor dos advogados da
embargante diante da sucumbencia reciproca, pelo que requer o acolhimento dos embargos declaratórios
para que seja reformada a sentença para sanar as omissões apontadas.              Â
Recebidos os embargos e determinada a intimação dos embargados para, querendo, manifestar-se no
prazo de 5 (cinco) dias - fls. 135.               A embargada apresentou contrarrazões Ã
s fls. 136/141. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â FUNDAMENTAÃÃO Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Quanto aos
embargos de declaração, o CPC/2015, art. 1022, verbo ad verbum reza: Cabem embargos de
declaração contra qualquer decisão judicial para: I - esclarecer obscuridade ou eliminar
contradição; II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual deveria se pronunciar o juiz de
ofÃ-cio ou a requerimento; III - corrigir erro material. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Nesse contexto, insta
esclarecer que os embargos de declaração constituem recurso de fundamentação vinculada, o que
significa que somente podem ser manejados ante a constatação das taxativas hipóteses previstas em
lei - omissão, obscuridade, contradição do julgado ou para corrigir erros materiais, ainda que o
Superior Tribunal de Justiça venha admitindo de forma excepcional, limitada a situações
teratológicas, os embargos de declaração com efeitos infringentes, nos quais a fundamentação
não estará vinculada às hipótese legais da omissão, obscuridade e contradição. Destinam-se,
portanto, a complementar ou aclarar as decisões judiciais latu sensu, quando nesta se verificar algum
dos mencionados vÃ-cios.               à o que se extrai da seguinte lição: ¿(...) os
casos previstos para manifestação dos embargos declaratórios são especÃ-ficos, de modo que
somente são admissÃ-veis quando houver obscuridade, contradição ou omissão em questão (ponto
controvertido) sobre o qual deveria o juiz ou tribunal pronunciar-se necessariamente. Os embargos de
declaração são espécie de recurso de fundamentação vinculada.¿             Â
 Todavia, não se vislumbram no presente caso quaisquer dos vÃ-cios que autorizam o acolhimento dos
aclaratórios. O mero inconformismo da parte com decisão que lhe é desfavorável não constitui
fundamento idôneo para modificar o decisum pela via dos embargos de declaração, porquanto essa
via recursal não pode ser utilizada para rediscussão da matéria apreciada, devendo a parte, para
tanto, manejar recurso próprio.               Frise-se que a sentença foi precisa quanto
aos seus fundamentos e coerente com as informações constantes nos autos, cujo convencimento foi
formado após detida análise do arcabouço probatório nele contido, os quais foram devidamente
apontados no decisum. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Apesar de os embargantes considerarem que a parte
requerente foi sucumbente em parte do pedido, equivocam-se, pois em que pese a sentença ter sido
parcialmente procedente, ela claramente foi assim nomeada apenas porque o autor decaiu em parte
mÃ-nima do seu pedido, lembrando que a ação é de arbitramento de honorários, ou seja, o proveito
econômico a que almejava o requerente ainda seria arbitrado.               Ademais no
que diz respeito a dispensa de dilação probatória, igualmente não há como prosperar os
argumentos da embargante, posto que há na sentença a devida justificativa legal, inexistindo omissão.
              E mais, anote-se, também, que o juiz não está obrigado a responder a
todas as questões suscitadas pelas partes e tampouco a se manifestar sobre todos os documentos
trazidos aos autos, quando já tenha encontrado motivo suficiente para proferir a decisão, como no caso
em epÃ-grafe. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Nesse sentido: PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE
DECLARAÃÃO NO MANDADO DE SEGURANÃA. VIOLAÃÃO AO ART. 535 DO CPC. OMISSÃO. NÃO
OCORRÃNCIA. MATÃRIA DECIDIDA DE FORMA CONTRÃRIA Ã TESE DEFENSIVA. REDISCUSSÃO
DA MATÃRIA IMPUGNADA. IMPOSSIBILIDADE. EMBARGOS CONHECIDOS E IMPROVIDOS. 1.
Inexistem as omissões apontadas pelo embargante. 2. O magistrado não está obrigado a se
manifestar sobre todas as alegações das partes, nem a mencionar todos os dispositivos legais citados
por elas. 3. Os argumentos do embargante denotam mero inconformismo e intuito de rediscutir a
controvérsia, não se prestando os aclaratórios a esse fim. 4. Embargos de declaração conhecidos
e não providos. (TJ-PI - MS: 00040564520168180000 PI, Relator: Des. Fernando Carvalho Mendes, Data
de Julgamento: 15/10/2018, Tribunal Pleno) EMENTA: EMBARGOS DE DECLARAÃÃO NO MANDADO
DE SEGURANÃA. PEDIDO DE OUTORGA DE USO DA ÃGUA. DIREITO Ã RAZOÃVEL DURAÃÃO DO
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admissÃ-vel a denunciação da lide, promovida por qualquer das partes: I - ao alienante imediato, no
processo relativo à coisa cujo domÃ-nio foi transferido ao denunciante, a fim de que possa exercer os
direitos que da evicção lhe resultam; II - àquele que estiver obrigado, por lei ou pelo contrato, a
indenizar, em ação regressiva, o prejuÃ-zo de quem for vencido no processo. Dessa forma, para que a
demandada promovesse a denunciação daqueles apontados na contestação, deveria ter
apresentado nos autos comprovação mÃ-nima da suposta relação jurÃ-dica existente que se
enquadrasse nos incisos do artigo 125 do CPC. Frise-se que fazer os denunciados comporem os autos
sem qualquer demonstração de obrigação jurÃ-dica, por lei ou contrato, poderia apenas tumultuar o
andamento da lide sem trazer resultado útil ao processo. Isto posto, rejeito o pedido.¿        Â
      Mantidos os demais termos da sentença inalterados.               P.R.I.C.
              Belém/PA, 19/10/2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular
da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital 109 PROCESSO: 00711968220138140301 PROCESSO
ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH
A??o: Procedimento Comum Cível em: 03/12/2021 AUTOR:REGINA DA SILVA CHAAR Representante(s):
OAB 18004 - HAROLDO SOARES DA COSTA (ADVOGADO) OAB 15650 - KENIA SOARES DA COSTA
(ADVOGADO) REU:BANCO BV FINANCEIRA Representante(s): OAB 20107-A - GIULIO ALVARENGA
REALE (ADVOGADO) OAB 112409 - ALEXANDRE PASQUALI PARISE (ADVOGADO) OAB 155574 -
GUSTAVO PASQUALI PARISE (ADVOGADO) . PROC. 0071196-82.2013.814.0301 REQUERENTE:
REGINA DA SILVA CHAAR REQUERIDO: BANCO BV FINANCEIRA S/A SENTENÃA RELATÃRIO Â Â Â
            O requerente, por intermédio de advogado devidamente habilitado, ajuizou a
presente Ação Revisional de Contrato em face do requerido, ambos qualificados na inicial, aduzindo,
em sÃ-ntese, que celebrou com o requerido CÃDULA DE CRÃDITO BANCÃRIO, para compra de dois
veÃ-culos descritos na exordial.                Alega, em sÃ-ntese, a existência de
cláusulas abusivas no contrato, tais como a exorbitância dos juros cobrados e a ocorrência de indevida
capitalização dos juros, além da cobrança indevida de comissão de permanência, dentre outros
itens.                No mérito, requer a revisão do contrato, mormente para que seja
aplicada a taxa de juros revisada e a anulação das cláusulas contratuais indicadas como abusivas. Â
              A decisão de fl. 35 deferiu a gratuidade processual a parte autora.    Â
           Devidamente citado, o requerido contestou às fls. 39/56, juntando a cédula de
crédito bancário, fls. 68/70 e requerendo a improcedência total da ação.             Â
  A parte autora se manifestou em réplica, consoante se vê à s fls. 72/77.             Â
  Em decisão de fl. 78, restou sinalizado que o feito comportava julgamento antecipado, sendo as
partes intimadas para especificar as provas que pretendessem produzir. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â
Em petição de fls. 142/143 a parte autora requereu perÃ-cia contábil no contrato, com o fim de
demonstrar a incidência de capitalização mensal vedada pela súmula 121 do STF.         Â
      Os autos, então, vieram-me conclusos. FUNDAMENTAÃÃO Julgamento antecipado    Â
            No caso sub examine, desnecessária a ampliação probatória, posto que o
feito já contém elementos suficientes para apreciação e julgamento e, ainda, em atenção ao
princÃ-pio da livre convicção, antecipo o julgamento do mérito, na forma do art. 355, I, do CPC/2015, o
qual estabelece a conveniência do julgamento antecipado do pedido, quando não houver necessidade
de outras provas.                 Nesse sentido, há tempos a jurisprudência dos
tribunais superiores aponta que ¿Presentes as condições que ensejam o julgamento antecipado da
causa, é dever do juiz e não mera faculdade, assim o proceder¿. Do Mérito Da aplicação do
CDC ao caso dos autos                 à flagrante a aplicação do Código de
Defesa do Consumidor aos contratos bancários, porquanto decorrente de expressa determinação legal
a teor dos artigos 2º e 3º, do CDC, os quais trazem os conceitos de consumidor e fornecedor,
respectivamente.                 Resta evidente que as operações bancárias como
um todo, por expressa determinação legal (CDC, art. 3º, §2º), inclusive as de mútuo ou de
abertura de crédito, regem-se pelo CDC, sendo contra legem e despropositada qualquer
argumentação em contrário.                 O Código de Defesa do Consumidor
fala expressamente em atividade de natureza bancária, financeira e de crédito.           Â
     Como esclarece CLÃUDIA LIMA MARQUES: O produto da empresa de banco é dinheiro ou
crédito, bem juridicamente consumÃ-vel, sendo, portanto, fornecedora; e o consumidor o mutuário ou
creditado. (Contratos no Código de Defesa do Consumidor, RT, 4ª ed., 2002, pág. 460).       Â
         Ressalte-se, ainda, que no caso dos autos, constata-se desde logo que o requerente foi
destinatário final dos recursos financeiros obtidos junto ao requerido, o que é mais um elemento
caracterizador da relação de consumo, conforme adverte NELSON NERY JÃNIOR: Os contratos
bancários podem ter como objeto o crédito. Destes, os mais comuns são o contrato de mútuo, de
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     Caso não seja comprovada essa abusividade, não se considera ilegal a taxa de juros
cobrada.                 Diante de todas essas considerações, tem-se que é livre
aplicação dos juros remuneratórios contratados pelas partes, desde que dentro de uma razoabilidade,
ou seja, dentro do patamar da taxa média de mercado divulgada pelo Banco Central do Brasil.     Â
           Para analisar a relação entre a taxa de juros contratada e a taxa média fixada
pelo Banco Central do Brasil, utilizo a projeção disponibilizada pelo próprio Banco Central em seu
" s i t e " , q u e f o i o b t i d a a t r a v à © s d o l i n k :
https://www3.bcb.gov.br/sgspub/localizarseries/localizarSeries.do?method=prepararTelaLocalizarSeries,
no caminho indicadores de crédito, taxas de juros com recursos livres, taxa média de juros - Pessoas
jurÃ-dicas - Aquisição de veÃ-culos, código 20728.                 De acordo com os
dados disponibilizados pelo Banco Central do Brasil, verifica-se que em MAIO/2010, mês da
celebração do contrato, a taxa média dos juros prefixados para pessoas fÃ-sicas com o fim de
aquisição de veÃ-culo foi de 24,82 % ao ano.                 No contrato celebrado
pelas partes a taxa de juros pactuada de 17,46% ao ano (conforme doc. de fls. 68) está em valor inferior
à taxa média de mercado. Logo, inexiste abusividade a ser reconhecida quanto aos juros
remuneratórios, vez que se encontra dentro de parâmetros compatÃ-veis com a média do mercado.Â
Da capitalização dos juros                 Também é pacÃ-fico o entendimento
jurisprudencial de que é permitida a capitalização de juros pelas instituições bancárias, de que
é exemplo a seguinte ementa de julgado proferido pela 4ª Turma do Superior Tribunal de Justiça:
AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. PROCESSUAL CIVIL E BANCÃRIO
CAPITALIZAÃÃO MENSAL DE JUROS. PACTUAÃÃO EXPRESSA. VERIFICAÃÃO. TAXA ANUAL
SUPERA O DUODÃCUPLO DA TAXA MENSAL. AFASTAMENTO DAS SÃMULAS 5 E 7 DO STJ.
AGRAVO PARCIALMENTE PROVIDO. 1. Com relação à capitalização mensal dos juros, a
jurisprudência desta E. Corte pacificou-se no sentido de que sua cobrança é admitida nos contratos
bancários celebrados a partir da edição da Medida Provisória nº 1.963-17/2000, reeditada sob o nº
2.170-36/2001, qual seja, 31.03.2000, desde que expressamente pactuada. 2. Esta Corte pacificou o
entendimento de que há previsão expressa de cobrança de juros capitalizados em periodicidade
mensal quando a taxa de juros anual ultrapassa o duodécuplo da taxa mensal. 3. In casu, o aresto
recorrido afirmou a existência de expressa pactuação a respeito da cobrança de juros capitalizados
em periodicidade mensal, razão pela qual é inviável a pretensão recursal, porquanto demandaria
rever questões fáticas e interpretação de cláusula contratual, o que se sabe vedado nesta
instância especial. Incidência das Súmulas 5 e 7 desta Corte Superior de Justiça. 4. Agravo
regimental a que se dá parcial provimento. (AgRg no Agravo em Recurso Especial nº 632.948/SP
(2014/0333346-6), 4ª Turma do STJ, Rel. Raul Araújo. j. 18.08.2015, DJe 04.09.2015).        Â
        Nesse julgamento especÃ-fico, o Ministro Relator houve por bem consignar que: ¿para a
cobrança da capitalização mensal dos juros, faz-se necessária a presença, cumulativa, dos
seguintes requisitos: (a) legislação especÃ-fica possibilitando a pactuação, como nos contratos
bancários posteriores a 31/3/2000 (MP nº 1.963-17/2000, reeditada pela MP nº 2.170-36/2001), em
vigência em face do art. 2º da Emenda Constitucional nº 32/2001 (AgRg no REsp 1.052.298/MS, Rel.
Min. ALDIR PASSARINHO JUNIOR, Quarta Turma, DJe de 1º/3/2010); e (b) expressa previsão
contratual quanto à periodicidade.Tal entendimento foi sedimentado na forma do art. 543-C do CPC, com
o julgamento do REsp 973.827/RS (Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, Rel. p/ acórdão Ministra
MARIA ISABEL GALLOTTI, SEGUNDA SEÃÃO, julgado em 8/8/2012, DJe de 24/9/2012). ¿      Â
          Continuando, o Ministro Relator enfatizou que mesmo que não haja previsão
escrita de capitalização mensal no instrumento contratual firmado: ¿esta Corte possui entendimento
de que há previsão expressa de cobrança de juros capitalizados em periodicidade mensal quando a
taxa de juros anual ultrapassa o duodécuplo da taxa mensal. Nesse sentido: REsp 1.220.930/RS, Rel.
Min. Massami Uyeda, DJe de 9.2.2011; AgRg no REsp 735.140/RS, Quarta Turma, Rel. Min. Jorge
Scartezzini, DJ de 5.12.2005; AgRg no REsp 735.711/RS, Quarta Turma, Rel. Min. Fernando Gonçalves,
DJ de 12.9.2005; AgRg no REsp 714.510/RS, Quarta Turma, Rel. Min. Jorge Documento: 58612112 -
RELATÃRIO E VOTO - Site certificado Página 3 de 4 Superior Tribunal de Justiça Scartezzini, DJ de
22.8.2005; AgRg no REsp 809.882/RS, Rel. Min. Aldir Passarinho Junior, DJ de 24.4.2006¿.     Â
           Conclui-se, desta forma, que, no caso discutido nos presentes autos, inexiste
abusividade na capitalização de juros, na medida em que nos contratos bancários tal prática é
permitida. Do Imposto sobre Operações Financeiras - IOF                 Quanto ao
Imposto sobre Operações Financeiras - IOF, o Superior Tribunal de Justiça também fixou o
entendimento tomado sob o rito dos recursos repetitivos, no julgamento dos Recursos Especiais nº
1.251.331/RS e 1.255.573/RS, no sentido de que podem as partes convencionar o pagamento do Imposto
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sobre Operações Financeiras e de Crédito (IOF) por meio de financiamento acessório ao mútuo
principal, sujeitando-o aos mesmos encargos contratuais.                 Senão
vejamos: CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. CONTRATO DE FINANCIAMENTO COM
GARANTIA DE ALIENAÃÃO FIDUCIÃRIA. COMISSÃO DE PERMANÃNCIA.
COMPENSAÃÃO/REPETIÃÃO SIMPLES DO INDÃBITO. RECURSOS REPETITIVOS. TARIFAS
BANCÃRIAS. TAC E TEC. EXPRESSA PREVISÃO CONTRATUAL. COBRANÃA. LEGITIMIDADE.
PRECEDENTES. FINANCIAMENTO DO IOF. POSSIBILIDADE. 1. A comissão de permanência não
pode ser cumulada com quaisquer outros encargos remuneratórios ou moratórios (enunciados Súmulas
30, 294 e 472 do STJ). 2. Tratando-se de relação de consumo ou de contrato de adesão, a
compensação/repetição simples do indébito independe da prova do erro (Enunciado 322 da
Súmula do STJ). 3. Nos termos dos arts. 4º e 9º da Lei 4.595/1964, recebida pela Constituição
como lei complementar, compete ao Conselho Monetário Nacional dispor sobre taxa de juros e sobre a
remuneração dos serviços bancários, e ao Banco Central do Brasil fazer cumprir as normas
expedidas pelo CMN. 4. Ao tempo da Resolução CMN 2.303/1996, a orientação estatal quanto Ã
cobrança de tarifas pelas instituições financeiras era essencialmente não intervencionista, vale dizer,
"a regulamentação facultava às instituições financeiras a cobrança pela prestação de
quaisquer tipos de serviços, com exceção daqueles que a norma definia como básicos, desde que
fossem efetivamente contratados e prestados ao cliente, assim como respeitassem os procedimentos
voltados a assegurar a transparência da polÃ-tica de preços adotada pela instituição." 5. Com o
inÃ-cio da vigência da Resolução CMN 3.518/2007, em 30.4.2008, a cobrança por serviços
bancários prioritários para pessoas fÃ-sicas ficou limitada à s hipóteses taxativamente previstas em
norma padronizadora expedida pelo Banco Central do Brasil. 6. A Tarifa de Abertura de Crédito (TAC) e
a Tarifa de Emissão de Carnê (TEC) não foram previstas na Tabela anexa à Circular BACEN
3.371/2007 e atos normativos que a sucederam, de forma que não mais é válida sua pactuação em
contratos posteriores a 30.4.2008. 7. A cobrança de tais tarifas (TAC e TEC) é permitida, portanto, se
baseada em contratos celebrados até 30.4.2008, ressalvado abuso devidamente comprovado caso a
caso, por meio da invocação de parâmetros objetivos de mercado e circunstâncias do caso
concreto, não bastando a mera remissão a conceitos jurÃ-dicos abstratos ou à convicção subjetiva
do magistrado. 8. Permanece legÃ-tima a estipulação da Tarifa de Cadastro, a qual remunera o
serviço de "realização de pesquisa em serviços de proteção ao crédito, base de dados e
informações cadastrais, e tratamento de dados e informações necessários ao inicio de
relacionamento decorrente da abertura de conta de depósito à vista ou de poupança ou contratação
de operação de crédito ou de arrendamento mercantil, não podendo ser cobrada cumulativamente"
(Tabela anexa à vigente Resolução CMN 3.919/2010, com a redação dada pela Resolução
4.021/2011). 9. à lÃ-cito aos contratantes convencionar o pagamento do Imposto sobre Operações
Financeiras e de Crédito (IOF) por meio financiamento acessório ao mútuo principal, sujeitando-o aos
mesmos encargos contratuais. 10. Teses para os efeitos do art. 543-C do CPC: - 1ª Tese: Nos contratos
bancários celebrados até 30.4.2008 (fim da vigência da Resolução CMN 2.303/96) era válida a
pactuação das tarifas de abertura de crédito (TAC) e de emissão de carnê (TEC), ou outra
denominação para o mesmo fato gerador, ressalvado o exame de abusividade em cada caso concreto.
- 2ª Tese: Com a vigência da Resolução CMN 3.518/2007, em 30.4.2008, a cobrança por serviços
bancários prioritários para pessoas fÃ-sicas ficou limitada à s hipóteses taxativamente previstas em
norma padronizadora expedida pela autoridade monetária. Desde então, não mais tem respaldo legal
a contratação da Tarifa de Emissão de Carnê (TEC) e da Tarifa de Abertura de Crédito (TAC), ou
outra denominação para o mesmo fato gerador. Permanece válida a Tarifa de Cadastro
expressamente tipificada em ato normativo padronizador da autoridade monetária, a qual somente pode
ser cobrada no inÃ-cio do relacionamento entre o consumidor e a instituição financeira. - 3ª Tese:
Podem as partes convencionar o pagamento do Imposto sobre Operações Financeiras e de Crédito
(IOF) por meio de financiamento acessório ao mútuo principal, sujeitando-o aos mesmos encargos
contratuais. 11. Recurso especial conhecido e parcialmente provido. (REsp 1255573/RS, Rel. Ministra
MARIA ISABEL GALLOTTI, SEGUNDA SEÃÃO, julgado em 28/08/2013, DJe 24/10/2013). Desta feita,
não há qualquer ilegalidade na referida cobrança, sobretudo porque é baseada em imperativo de lei,
cuja incidência torna-se obrigatória, não devendo ser considerada a vontade das partes. CIVIL E
PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. CONTRATO DE FINANCIAMENTO COM GARANTIA DE
ALIENAÃÃO FIDUCIÃRIA. DIVERGÃNCIA. CAPITALIZAÃÃO DE JUROS. JUROS COMPOSTOS.
MEDIDA PROVISÃRIA 2.170-36/2001. RECURSOS REPETITIVOS. CPC, ART. 543-C. TARIFAS
ADMINISTRATIVAS PARA ABERTURA DE CRÃDITO (TAC), E EMISSÃO DE CARNÃ (TEC).
EXPRESSA PREVISÃO CONTRATUAL. COBRANÃA. LEGITIMIDADE. PRECEDENTES. MÃTUO
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serviços prestados por terceiros (o que se aplica também à cobrança de Registro de Contrato), o
Superior Tribunal de Justiça fixou tese em julgamento de Recurso Repetitivo (Recurso Especial nº
1.578.553 - SP) considerando abusiva a cláusula que prevê a cobrança de ressarcimento de serviços
prestados por terceiros, sem a especificação do serviço a ser efetivamente prestado.        Â
        Fixada tal premissa, observa-se que o contrato objeto da presente ação (fls. 68), no
item 8, prevê expressamente a especificação dos serviços de terceiros (prestados pela empresa
TOULON VEICULOS LTDA), os quais incluem o serviço prestado pela revendedora para acesso à s
cotações/simulações de financiamento. O mesmo se aplica à cobrança à tÃ-tulo de Registro de
Contrato, devidamente especificado. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Assim sendo, constata-se que as
cobranças de tais encargos no referido contrato são legÃ-timas e atendem ao requisito estabelecido no
julgado supracitado, razão pela qual não qualquer abusividade neste ponto. Da Comissão de
Permanência                 Vale lembrar que a comissão de permanência tem
finalidade semelhante, precipuamente, à da correção monetária, qual seja: atualizar o valor da dÃ-vida,
a contar de seu vencimento.                 A posição dominante na jurisprudência
conclui pela legalidade da comissão de permanência, embora com algumas ressalvas, mais
especificamente, desde que calculada pela taxa média de mercado apurada pelo Banco Central do
Brasil e limitada à taxa do contrato, a teor da Súmula n.º 294 do STJ.                Â
Não obstante, a comissão de permanência é encargo que não admite cumulação com outro
encargo remuneratório ou moratório, isso porque ela representa o total dos "ônus do devedor moroso
para compensar o credor pelo prejuÃ-zos com o atraso" (STJ, REsp nº 271.214/RS, 2ª Seção,
julgado em 12/3/03).                 O STJ editou súmula definindo que a comissão
de permanência é inacumulável com a correção monetária e com os juros remuneratórios
(verbetes n.º 30 e 296, respectivamente). Ademais, a cobrança de comissão de permanência em
conjunto com os juros moratórios e a multa contratual, é questão que o Superior Tribunal de Justiça
vem decidindo pela não-admissão, conforme a ementa ora transcrita: Agravo regimental. Recurso
especial. Ação de cobrança. Contrato de abertura de crédito em conta-corrente. Cumulação da
comissão de permanência com juros moratórios e multa contratual. Precedentes da Corte. 1. Confirma-
se a jurisprudência da Corte que veda a cobrança da comissão de permanência com os juros
moratórios e com a multa contratual, ademais de vedada a sua cumulação com a correção
monetária e com os juros remuneratórios, a teor das Súmulas nº 30, nº 294 e nº 296 da Corte. 2.
Agravo regimental desprovido. (STJ, AgRg no REsp 712801 / RS; Ministro Carlos Alberto Menezes Direito;
DJ 04.05.2005 p. 154). Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Diante desse quadro delineado pela
jurisprudência do STJ, sempre que o contrato contenha cláusula com previsão de cobrança da
comissão de permanência com outro encargo remuneratório ou compensatório pelo atraso, o encargo
acrescido não é devido. Em suma, trata-se a comissão de permanência de encargo perfeitamente
legal, entretanto não pode ser cobrada de forma cumulada com a correção monetária, juros
remuneratórios, juros moratórios ou multa contratual, e deverá ser calculada considerando a taxa
média do mercado, segundo a espécie de operação, apurada pelo Banco Central do Brasil, nos
termos do procedimento previsto na Circular da Diretoria nº 2.957, de 28 de dezembro de 1999, não
podendo ser superior à taxa do contrato.                 No caso vertente, conforme se
vê do contrato de fls. 68, há cumulação da comissão de permanência com outros encargos,
razão pela qual estes devem ser afastados.                 Relevo, ainda, que a
comissão de permanência deve ser mantida sem acréscimos dos encargos reconhecidos como
indevidos, porém, a sua aplicação ¿não poderá ultrapassar a soma dos encargos
remuneratórios e moratórios previstos no contrato, ou seja: a) juros remuneratórios à taxa média de
mercado, não podendo ultrapassar o percentual contratado para o perÃ-odo de normalidade da
operação; b) juros moratórios até o limite de 12% ao ano; e c) multa contratual limitada a 2% do
valor da prestação, nos termos do art. 52, 1º, do CDC¿ (REsp 1058114/RS submetido ao rito do art.
543-C do CPC e Súmulas 294 e 472 do e. STJ).                  Frise-se, em que
pese o reconhecimento da abusividade da cobrança da comissão de permanência, nas condições
e termos outrora explicitados, tal não possui o condão de descaracterizar a mora, pois, como já restou
decidido pelo Superior Tribunal de Justiça, sob a metodologia dos recursos repetitivos ¿Não
descaracteriza a mora o ajuizamento isolado de ação revisional, nem mesmo quando o reconhecimento
de abusividade incidir sobre os encargos inerentes ao perÃ-odo de inadimplência contratual¿ (REsp
1061530/RS, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, SEGUNDA SEÃÃO, julgado em 22/10/2008, DJe
10/03/2009), o que se traduz nos presentes autos, uma vez que a comissão de permanência cumulada
com os encargos moratórios são devidos somente durante o inadimplemento ou mora.        Â
         No mesmo julgado restou decidido ainda que caracterizada a mora, correta a
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lhe competia, foi tentada sua intimação pessoal, para dar andamento ao processo, no prazo legal, sob
pena de extinção.          Como se observa pela certidão de fls. 119/120, a parte autora
não foi encontrada no endereço declinado nos autos.          à o relatório. Decido.    Â
     Com efeito, dispõe o parágrafo único do art. 274 do CPC/2015 que se presume válida a
intimação dirigida ao endereço constante nos autos, ainda que não recebidas pessoalmente pelo
interessado, se a modificação temporária ou definitiva não tiver sido devidamente comunicada ao
juÃ-zo, fluindo os prazos a partir da juntada aos autos do comprovante de entrega da correspondência no
primitivo endereço.          à exatamente o que ocorre no caso vertente, uma vez que o
mandado de intimação foi dirigido ao endereço informado nos autos pelo autor. Desse modo, a
intimação desta para manifestar seu interesse no prosseguimento do feito sob pena de extinção,
é, portanto, perfeitamente válida, de sorte que atingiu a sua finalidade.          Sendo
assim, o autor foi regularmente intimado a providenciar o andamento do feito, suprindo a falta nele
existente e que lhe impede o prosseguimento, mas deixou que se escoasse, sem providência, o prazo
fixado. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Destarte, o feito encontra-se paralisado por culpa exclusiva do autor,
abandonando a causa por mais de trinta dias. Tal fato é causa bastante para a sua extinção,
sobretudo, depois de cumprida a formalidade prescrita pelo art. 485, § 1º, do CPC/2015.       Â
  Isto posto, com lastro no art. 485, III, do CPC/2015, julgo extinto o processo, sem resolução do
mérito.          Condeno o autor nas custas processuais, suspendendo-se, contudo, a
exigibilidade, ante a assistência judiciária gratuita deferida à fl. 108, enquanto perdurar a condição de
hipossuficiência, observado o disposto no art. 12 da Lei nº 1.060/50.          Fica autorizado
o desentranhamento de documentos por quem os juntou, exceto a procuração, substituindo-os por
cópias que poderão ser declaradas autênticas pelo patrono nos termos do artigo 425, IV do CPC/2015,
devendo o cartório certificar o ato de desentranhamento.          Certificado o trânsito em
julgado e cumpridas as cautelas legais, arquivar os presentes autos e dar baixa na distribuição.    Â
     P.R.I.C. Belém do Pará, 30 de agosto de 2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito
Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital 302 PROCESSO: 00796845520158140301
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES
ITZCOVICH A??o: Monitória em: 03/12/2021 REQUERENTE:CONDUSPAR CONDUTORES ELETRICOS
LTDA Representante(s): OAB 31177 - RICARDO ANDRAUS (ADVOGADO) OAB 47267 - LUIZ GUSTAVO
BARON (ADVOGADO) REQUERIDO:LUMECENTER COMERCIO DE MATERIAIS ELETRICOS LTDA.
Uma vez recolhidas as custas intermediárias, defiro a expedição de mandado de pagamento e
concedo ao requerido o prazo de 15 (quinze) dias úteis para o cumprimento e o pagamento de
honorários advocatÃ-cios de 5% (cinco por cento) do valor atribuÃ-do à causa, que corresponde Ã
importância devida (CPC, artigo 701). Anoto que o requerido será isento do pagamento de custas
processuais se cumprir o mandado no prazo estipulado (art. 701, § 1º, CPC/2015). Independentemente
de prévia segurança do juÃ-zo, o requerido poderá opor, nos próprios autos, no prazo de 15 (quinze)
dias, embargos à ação monitória (art. 702, CPC/2015). Apresentados os embargos, intime-se o
requerente para responder no prazo de 15 (quinze) dias. Belém/PA, 18/11/2021. Roberto Andrés
Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital 303 PROCESSO:
00839100620158140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o: Procedimento Comum Cível em: 03/12/2021
AUTOR:CONDOMINIO EDIFICIO JOSE BONIFACIO II Representante(s): OAB 17470 - SIGLIA BETANIA
DE OLIVEIRA (ADVOGADO) OAB 20564 - RUAN PATRICK TEIXEIRA DA COSTA (ADVOGADO)
REU:CARLOS LACERDA CARVALHO. Ação de Cobrança de Taxas Condominiais Autos nº:
0083910-06.2015.8.14.0301 Requerente(s): Condominio do Edificio Jose Bonifácio II Requerido(s):
Carlos Lacerda Carvalho Juiz: Roberto Andrés Itzcovich Vistos SENTENÃA             Â
 RELATÃRIO               O CondomÃ-nio requerente, por intermédio de advogado
devidamente habilitado, ajuizou a presente Ação de Cobrança em face do condômino demandado,
ambos qualificados na inicial, alegando, em suma, ser o réu legitimo proprietário do apartamento 204
situado no condomÃ-nio autor, encontrando-se em débito com as cotas condominiais de janeiro de 2010
a julho de 2015 totalizando uma dÃ-vida de R$ 22.312,21 (vinte e dois mil, trezentos e doze reais e vinte e
um centavos).               Requer a procedência da ação para condenar a parte
requerida ao pagamento das taxas condominiais vencidas e vincendas, acrescidas de correção
monetária, juros de mora de 1% e multa de 2% ao mês, conforme previsto na Convenção
Condominial. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Despacho de fl. 87 determinou emenda a inicial. Â Â Â Â Â Â Â
       O autor emendou as fls. 88/89.               Deferida a justiça gratuita e
determinada a citação, fl. 116.               Réu citado por hora certa, fl. 148.   Â
           Não houve contestação, fl. 150.              Â
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
incidindo correção monetária pelo INPC, além de juros de mora de 1% (um por cento) ao mês a
partir da propositura da demanda. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â b) Condeno, ainda, a parte requerida
ao pagamento das custas e despesas processuais, além dos honorários advocatÃ-cios, que ora arbitro
em 10% (dez por cento) sobre o valor da condenação, nos termos do art. 85 do CPC/2015.      Â
        Certificado o trânsito em julgado, arquivar os presentes autos e dar baixa na
distribuição.               P.R.I.C.               Belém/PA,
26/10/2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital
109 PROCESSO: 00839765420138140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o:
Procedimento Comum Cível em: 03/12/2021 AUTOR:ANA CLAUDIA FERREIRA DA SILVA
Representante(s): OAB 18004 - HAROLDO SOARES DA COSTA (ADVOGADO) OAB 15650 - KENIA
SOARES DA COSTA (ADVOGADO) REU:BANCO FIAT SA Representante(s): OAB 6686 - CARLA
SIQUEIRA BARBOSA (ADVOGADO) . PODER JUDICIÃRIO Â TRIBUNAL DE JUSTIÃA DO ESTADO DO
PARà Processo nº: 0083976-54.2013.8.14.0301 Requerente(s): Ana Cláudia Ferreira da Silva
Requerido(s): Banco Fiat S/A Â Â Â Â Â Â Â Â Â SENTENÃA HOMOLOGATÃRIA I. ANA CLÃUDIA
FERREIRA DA SILVA e BANCO FIAT S/A, devidamente representados, requerem HOMOLOGAÃÃO DE
ACORDO constante de fls. 135/137. II. FUNDAMENTAÃÃO Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Diz o caput do artigo
200 do Novo Código de Processo Civil: ¿Art. 200 - Os atos das partes consistentes em declarações
unilaterais ou bilaterais de vontade produzem imediatamente a constituição, modificação ou
extinção de direitos processuais. ¿            Dispõe o art. 840 do Código Civil/2002
que: ¿Art. 840. ¿à lÃ-cito aos interessados prevenirem ou terminarem o litÃ-gio mediante concessões
mútuas. ¿            O artigo 487 do Novo Código de Processo Civil determina: ¿Art.
487 - Haverá resolução de mérito quando o juiz: III - homologar:      b) a transação; ¿  Â
         Cuida-se de pedido de homologação de acordo formulado por pessoas capazes e
devidamente representadas, sendo o objeto lÃ-cito. Os documentos necessários foram juntados. As
formalidades legais na lavratura da avença e no aspecto processual foram observadas. Os interesses
existentes nos autos foram preservados. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Logo, considerando que o acordo se
encontra em consonância com as exigências legais, deve ser homologado, impondo-se a extinção
do processo, com resolução de mérito, a teor do que dispõe o Código Processual Civil. III.
DISPOSITIVO      ISTO POSTO homologo, por sentença, o acordo celebrado pelos interessados,
materializado na manifestação de vontades constantes nas fls. 135/137, para que produza seus
jurÃ-dicos e legais efeitos, com fundamento nos artigos 200 do NCPC c/c o art. 840 do CC. Â Â Â Â Â Â Â
    Em consequência, tendo a transação efeito de sentença entre os interessados, extingo o
processo, com resolução de mérito, a teor do disposto no artigo 487, inciso III, alÃ-nea b, do NCPC.
INTIMEM-SE. Â Â Â Â Â Â Â As partes ficam dispensadas do pagamento das custas processuais
remanescentes, se houver, diante do disposto no art. 90, § 3º do NCPC.      Após o trânsito
em julgado, arquivem-se os autos.      P. R. I. Cumpra-se.             Belém/PA, 15
de outubro de 2021. ROBERTO ANDRES ITZCOVICH Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e
Empresarial de Belém 302 PROCESSO: 00898468020138140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o:
Cumprimento de sentença em: 03/12/2021 AUTOR:OLENILTON GONCALVES DE OLIVEIRA
Representante(s): OAB 7261 - JOSE OTAVIO NUNES MONTEIRO (ADVOGADO) REU:INSS INSTITUTO
NACIONAL DE SEGURIDADE SOCIAL. Intime-se a parte autora para manifestar-se acerca da petição
de fls. 80/82, do INSS, informando acerca do pagamento, no prazo de 15 (quinze) dias. Belém do Pará,
28 de outubro de 2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial
da Capital 302 PROCESSO: 00951046620168140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o: Exibição
de Documento ou Coisa Infância e Juventude em: 03/12/2021 REQUERENTE:PROBASP PROGRAMA
BRASILEIRO DE ASSISTENCIA AOS SERVIDORES PUBLICOS Representante(s): OAB 13524 -
CECILIA RODRIGUES MOTA (ADVOGADO) INTERESSADO:MIGUEL SANTOS LOBATO RODRIGUES
REQUERIDO:BANCO SANTADER SA Representante(s): OAB 44243 - NEY JOSE CAMPOS
(ADVOGADO) . Ação Cautelar de Exibição de Documentos Autos nº: 0095104-66.2016.814.0301
Requerente(s): PROBASP - Programa Brasileiro de Assistência a Servidores Públicos, substituto
processual de Miguel Santos Lobato Requerido(s): BANCO SANTANDER Juiz: Roberto Andrés Itzcovich
Vistos SENTENÃA Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â RELATÃRIO Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â A
parte requerente, por intermédio de advogado devidamente habilitado, como substituta processual de
Miguel Santos Lobato, ajuizou a presente Ação de Exibição de Documentos em face do requerido,
todos qualificados na inicial, objetivando que seja determinada a exibição de toda a documentação
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
encaminhado para a demandada, mas que não obteve resposta, causando-lhe imenso prejuÃ-zo já que
impossibilitou fazer recalculo de sua dÃ-vida e propor ação de revisão do contrato.         Â
       Foi determinada a citação da ré e apresentação dos documentos requeridos na
exordial, fl. 23.                 Devidamente citada, a requerida se manifestou às fls.
25/35 e contestou às fls. 48/59, afirmando preliminarmente que não houve solicitação administrativa
pelo autor, que não há individualização dos documentos que pretende exibição, que não se
negou a fornecer os contratos pertencentes a parte autora, razão pela qual a ação é infundada.  Â
              Autor apresentou réplica, fls. 81/93 alegando resumo injustificado da ré
em exibir os documentos. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Os autos vieram-me conclusos. Â Â Â Â Â Â Â
         FUNDAMENTAÃÃO                 A exibição de documentos
como medida cautelar preparatória, prevista no antigo Código de Processo Civil de 1973, tinha por
escopo evitar o risco de uma ação principal deficientemente instruÃ-da, tendo por objetivo permitir que a
parte interessada tenha às vistas os documentos, a fim de examiná-los, para atestar seu direito ou
interesse.                 A cautelar de exibição de documentos tinha cabimento
como medida preparatória para compelir o detentor do documento a exibi-lo, para utilização como
prova pelo requerente, em futura ação a ser ajuizada, mas pode, diante do seu conteúdo, deixar de
ajuizá-la.                 Nesse sentido é o entendimento do STJ: RECURSO
ESPECIAL - AÃÃO CAUTELAR DE EXIBIÃÃO DE DOCUMENTOS - MEDIDA DE NATUREZA
SATISFATIVA - PROPOSITURA DE AÃÃO PRINCIPAL - DESNECESSIDADE. 1. A ação cautelar de
exibição é satisfativa, não garantindo eficácia de suposto provimento jurisdicional a ser buscado
em outra ação. Exibidos os documentos, pode haver o desinteresse da parte em interpor o feito
principal, por constatar que não porta o direito que antes suspeitava ostentar. 2. O direito subjetivo
especÃ-fico da cautelar de exibição é o de ver. Assim, entendendo o JuÃ-zo que a parte requerente
é possuidora de tal direito, a ponto de determinar a exibição, é decorrência lógica que julgue a
medida procedente. 3. Recurso especial conhecido, mas improvido'. Recurso Especial Nº 2000/0000451-
0, Relator Ministro João (Otávio De Noronha, Segunda Turma, DJ 19.09.2005 p. 243RDDP vol. 32 p.
120).                 A jurisprudência do STJ é pacÃ-fica no sentido de que a
propositura de cautelar de exibição de documentos, em se tratando de documentos comuns às partes,
é cabÃ-vel como medida preparatória a fim de instruir a ação principal, bastando a demonstração
de relação jurÃ-dica entre as partes.                 Na espécie, a parte autora
alega que solicitou administrativamente à requerida o contrato Particular de Confissão e
Reescalonamento de DÃ-vida nº150344831 firmado com a ré em 17/03/2015, para fins de
verificação da dÃ-vida e de propositura de ação de revisão de contrato.             Â
   Em contestação, a parte requerida alega que o autor nunca solicitou o contrato, bem como não
se negou a fornecer as informações administrativamente, não havendo que se falar em
descumprimento.                 Frise-se que a comprovação de solicitação
administrativa e recusa da ré não é requisito para a propositura da presente ação, razão pela
qual infundada a alegação de falta de interesse de agir.                 Portanto,
rejeito a preliminar de falta de interesse de agir, uma vez que a presente demanda é meio hábil para
obter a satisfação de um interesse primário que a autora alega ter sido lesado pelo comportamento da
parte contrária.                 Não há nos autos qualquer justificativa plausÃ-vel
para a negativa do banco réu em fornecer as cópias dos documentos requeridos pela autora. Note-se
que o demandado sustenta ter disponibilizado os seus canais extrajudiciais para a obtenção dos
contratos requeridos pela autora. Todavia, deixou de acostar referidos documentos com sua
contestação, de modo que a procedência do pedido, no particular, se impõe.           Â
     Corroborando com a tese em comento, colaciono o seguinte julgado: AGRAVO DE
INSTRUMENTO - AÃÃO CAUTELAR DE EXIBIÃÃO DE DOCUMENTOS - CONTRATO DE
FINANCIAMENTO - DOCUMENTO COMUM ÃS PARTES - REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO -
NEGATIVA DE APRESENTAÃÃO - ISENÃÃO AO PAGAMENTO DE HONORÃRIOS AVOCATÃCIOS
COM APRESENTAÃÃO DO DOCUMENTO JUNTAMENTE COM A CONTESTAÃÃO -
IMPOSSIBILIDADE. A responsabilidade pelo pagamento dos honorários advocatÃ-cios se fundamenta
nos princÃ-pios da sucumbência e da causalidade, de modo que, tendo o autor solicitado,
administrativamente, a exibição de documento comum entre as partes, a conduta omissiva do réu, em
não atender ao pedido extrajudicial, já configura resistência ao pedido inaugural, compelindo o autor a
acessar o Poder Judiciário. Portanto, em eventual procedência da ação, haverá sucumbência da
instituição financeira ré, a demandar a respectiva condenação ao pagamento das verbas
sucumbenciais, razão pela qual não há que falar em isenção ao pagamento dos honorários
advocatÃ-cios com a exibição dos documentos pretendidos juntamente com a apresentação da
300
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contestação. (TJ-MG - AI: 10144120047119001 MG, Relator: João Cancio, Data de Julgamento:
16/04/2013, Câmaras CÃ-veis / 18ª CÃMARA CÃVEL, Data de Publicação: 18/04/2013)      Â
          Diante da pretensão resistida por parte do banco demandado, em razão de não
ter apresentado os documentos solicitados, nem mesmo por ocasião da defesa nos presentes autos,
cabÃ-vel sua condenação nos ônus sucumbenciais, pois pelo princÃ-pio da causalidade, quem dá
causa à instauração da demanda ou a ela resiste deve arcar com o pagamento das despesas
decorrentes do processo.                 Destarte, a sanção aplicável pela não
apresentação dos documentos é a presunção de veracidade dos fatos que se pretendem provar,
conforme previsão do art. 400, incisos I e II, do CPC, o que, contudo, só surtirá efeitos na ação
posterior ação de conhecimento.                 DISPOSITIVO          Â
      Ante o exposto, com base nos critérios e limites da fundamentação, JULGO
PROCEDENTE os pedidos formulados nesta Ação Cautelar de Exibição de Documentos,
extinguindo o processo com resolução do mérito, na forma do art. 487, I, do Código de Processo
Civil/2015, admitindo como verdadeiros os fatos que o autor pretenda provar por meio dos documentos
solicitados, nos termos do art. 400, I e II, do CPC, condenando, ainda, o banco réu a exibir o Instrumento
Particular de Confissão e Reescalonamento de DÃ-vida nº150344831 firmado com a ré em 17/03/2015
no prazo de 10 (dez) dias a contar da intimação da presente decisão, nos termos da
fundamentação. Deixo de aplicar multa cominatória em razão do que dispõe a Súmula 372 do
STJ.                 Em razão da sucumbência da parte requerida, tendo em vista
que deu causa à propositura da ação, e por força do disposto nos artigos 82, § 2º, 85, § 14, e 86,
todos do Código de Processo Civil/2015, CONDENO ao pagamento das custas e despesas processuais,
bem como dos honorários advocatÃ-cios que ora arbitro em R$ 1.000,00 (um mil reais).         Â
       Nos termos do artigo 46, caput, da Lei estadual n. 8.328, de 29/12/2015, fica advertida a
parte responsável de que, na hipótese de, havendo custas, não efetuar o pagamento delas no prazo
legal, o respectivo crédito, além de encaminhado para inscrição em DÃ-vida Ativa, sofrerá
atualização monetária e incidência de outros encargos legais.                 Fica
autorizado o desentranhamento de documentos por quem os juntou, exceto a procuração, substituindo-
os por cópias que poderão ser declaradas autênticas pelo patrono nos termos do artigo 425, IV do
CPC/2015, devendo o cartório certificar o ato de desentranhamento.                Â
Certificado o trânsito em julgado, havendo custas pendentes, intime-se o responsável para o
recolhimento, sob pena de inscrição na dÃ-vida ativa. Inerte, inscreva-se.              Â
  Após, cumpridas as cautelas legais, arquivar os presentes autos e dar baixa na distribuição.   Â
             P.R.I.C.                 Belém/PA, 22 de outubro de 2021.
Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital 109
PROCESSO: 01008054220158140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o:
Procedimento Comum Cível em: 03/12/2021 REQUERENTE:MARIA DO CARMO DA SILVA GONALVES
Representante(s): OAB 23724 - ERICK ALAN SANTOS DE CASTRO (ADVOGADO)
REQUERIDO:FABRICIO BUARQUE CORREA Representante(s): DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO
DO PARA (CURADOR ESPECIAL) REQUERIDO:BIANCA VASCONCELOS WANDERLEY CORREA
Representante(s): DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DO PARA (CURADOR ESPECIAL) .
PROCESSO Nº.: 0100805-42.2015.8.14.0301 DECISÃO Em interpretação do art. 346, do CPC/2015
contra o réu revel representado por curador especial, basta que esse seja intimado da sentença, bem
como da publicação do ato, para efeitos de contagem e fluição dos prazos processuais e do
trânsito em julgado. Destarte, considerando a remessa dos autos à Defensoria Pública, dou os réus
por intimados e INDEFIRO o pedido de intimação pessoal. Certifique-se acerca do trânsito em julgado
da Sentença de fls. 80/82 e arquivem-se os autos, cumpridas as cautelas legais. Belém do Pará, 30
de setembro de 2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial
da Capital 302 PROCESSO: 01039657520158140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o: Monitória
em: 03/12/2021 AUTOR:ODIVALDO MELO FIGUEIREDO JUNIOR Representante(s): OAB 15584 -
ADELVAN OLIVERIO SILVA (ADVOGADO) REU:LUIS CARLOS MAIA PINHEIRO JUNIOR. Ação
Monitória Processo nº: 0103965-75.2015.814.0301 Autor: Odivaldo Melo Figueiredo Junior Requerido:
Luis Carlos Maia Pinheiro Junior SENTENÃA Vistos e etc. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â RELATÃRIO. Â Â
            A parte requerente, ingressou com a presente AÃÃO MONITÃRIA em desfavor
do requerido, aduzindo que é credora do réu da importância lÃ-quida e certa de R$ 71.204,18 (setenta
e um mil duzentos e quatro reais e dezoito centavos), decorrente de termo confissão de dÃ-vida, a ser
pago em 24 parcelas de R$ 2.878,75 (dois mil oitocentos e setenta e oito reais e setenta e cinco
301
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
centavos), tendo recebido apenas a primeira prestação, restando o réu inadimplente na quantia de R$
69.090,00 (sessenta e nove mil e noventa reais).               Juntou documentos às fls.
11/24 dos autos. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Em despacho de fl. 25, foi recebida a exordial e
determinada a comprovação de pobreza do autor.               Autor manifestou-se Ã
fl. 26/27.               Deferida gratuidade processual e determinada citação do réu,
fl. 40.               Réu citado, fl. 42/43.               Autor peticionou
às fls. 44/45 requerendo prosseguimento do feito.               O requerido não opôs
embargos à monitória, fl. 45/verso.               FUNDAMENTAÃÃO.         Â
     Compulsando os autos verifica-se que o requerido não efetuou o pagamento, não opôs
embargos à monitória e não se utilizou de qualquer outra manifestação processual, consoante
certidão de fls. 45/verso.               Acerca da ausência de manifestação do réu
nos autos, o artigo 344 do CPC/2015 dispõe o seguinte: ¿Art. 344. Se o réu não contestar a
ação, será considerado revel e presumir-se-ão verdadeiras as alegações de fato formuladas pelo
autor.¿               A Doutrina e Jurisprudência orientam: ¿Revel é quem não
contesta a ação ou, o que é o mesmo, não a contesta validamente. A revelia é o efeito daÃ-
decorrente¿ ¿A falta de contestação faz presumir verdadeiros os fatos alegados pelo autor, desde
que se trate de direito disponÃ-vel. Deixando de reconhecê-lo, contrariou o acórdão o disposto no art.
319 do CPC¿ (STJ - 3ª Turma, Resp 8.392-MT, rel. Min. Eduardo Ribeiro, j. 29.4.91).        Â
       A parte requerida não efetuou pagamento, bem como não se manifestou nos autos, pelo
que lhe é imposta a revelia operante e o processo comporta o julgamento antecipado da lide em face da
determinação inserida no artigo 355, incisos I e II do mesmo diploma legal.             Â
 à o entendimento jurisprudencial. ¿Presentes as condições que ensejam o julgamento antecipado
da causa, é dever do juiz, e não mera faculdade, assim proceder¿(STJ - 4ª Turma, Resp 2.832-RJ,
rel. Min. Sálvio de Figueiredo, j. 14.8.90).               Como efeito da revelia operada
nos autos, há a incidência da presunção de veracidade dos fatos alegados na inicial quanto a
validade do negócio jurÃ-dico e ao inadimplemento do autor.               Nesse sentido
seguem os julgados: EMENTA: APELAÃÃO - MONITÃRIA - REVELIA - CUMPRIMENTO DE SENTENÃA -
PRESCRIÃÃO - NÃO OCORRÃNCIA - COISA JULGADA. I- Ocorrida a revelia na ação monitória,
constitui-se de pleno direito o tÃ-tulo executivo judicial. II- Faz coisa julgada material a constituição de
pleno direito do tÃ-tulo executivo judicial, por falta de oposição de embargos na monitória. III- Não
cabe reconhecimento da prescrição da ação monitória na fase de cumprimento de sentença, já
que formada coisa julgada material. (TJ-MG - AC: 10287090573869001 MG, Relator: Sérgio André da
Fonseca Xavier, Data de Julgamento: 14/04/2015, Data de Publicação: 17/04/2015) APELAÃÃO -
MONITÃRIA - MATÃRIAS DE ORDEM PÃBLICA - POSSÃVEL ARGUIÃÃO EM APELAÃÃO -
VIABILIDADE A QUALQUER TEMPO NAS INSTÃNCIAS ORDINÃRIAS - PEDIDO DE ASSISTÃNCIA
JUDICIÃRIA - RECOLHIMENTO DAS CUSTAS RECURSAIS - INCOMPATIBILIDADE - PRECLUSÃO
LÃGICA - AÃÃO MONITÃRIA - REVELIA - CONSTITUIÃÃO DE PLENO DIREITO DE TÃTULO
EXECUTIVO JUDICIAL - CONVERSÃO EM EXECUÃÃO - AUSÃNCIA DE JULGAMENTO ANTECIPADO
DA LIDE. PossÃ-vel suscitar em sede de apelo matéria não anteriormente ventilada na hipótese em
que seja de ordem pública, uma vez que inexiste empecilho à sua arguição a qualquer tempo nas
instâncias ordinárias. O pagamento de custas recursais consiste em ato incompatÃ-vel com o pedido de
assistência judiciária, acarretando a preclusão lógica do ato cuja pretensão almeja a concessão do
referido benefÃ-cio. Verificada a revelia na ação monitória, ocorre a constituição de pleno direito do
tÃ-tulo executivo judicial, com a conversão do rito para cumprimento de sentença, consubstanciando
erro de procedimento a prolação de sentença com julgamento antecipado da lide. (TJ-MG - AC:
10024096065339002 MG, Relator: Pedro Bernardes, Data de Julgamento: 10/09/2013, Câmaras CÃ-veis
/ 9ª CÃMARA CÃVEL, Data de Publicação: 16/09/2013)               Ademais,
dispõe o artigo 700 do Código de Processo Civil vigente, ipsis litteris: ¿Art. 700. A ação monitória
pode ser proposta por aquele que afirmar, com base em prova escrita sem eficácia de tÃ-tulo executivo,
ter direito de exigir do devedor capaz: I - o pagamento de quantia em dinheiro; II - a entrega de coisa
fungÃ-vel ou infungÃ-vel ou de bem móvel ou imóvel; III - o adimplemento de obrigação de fazer ou de
não fazer.¿               Com efeito, é a hipótese in casu, pois que a parte autora
se utilizou justamente desse instrumento processual na tentativa de recuperar suposto crédito
representado por tÃ-tulo sem eficácia executiva (termo de confissão de dÃ-vida de fls. 18/22).     Â
         Considera-se nesse processo, nos termos do artigo 374, inciso III, do Código
Processual Civil, como incontroversa a relação causal que deu origem ao débito, qual seja,
existência de contratos de confissão de dÃ-vida firmado entre a parte autora e a parte demandada, bem
como da inadimplência da ré.               Assim, havendo provas escritas suficientes
302
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
para a instrução da ação que objetiva o pagamento de soma em dinheiro, como no caso noticiado, e
não sendo hipótese de prescrição, há cabimento, sim, de ação monitória.          Â
    Diante de todo o acervo probatório constante nos autos, verifico a consistência do crédito em
favor da parte demandante, e tendo havido valores a serem pagos por força do termo de confissão de
dÃ-vida juntado autos (art. 374, III, do NCPC), incumbia a parte requerida o ônus de provar a existência
de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito da parte requerente, o que não logrou êxito (art.
373, II, do CPC). Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â DISPOSITIVO Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Ante todo o
exposto, JULGO PROCEDENTE o pedido inicial e, com amparo no artigo 701, § 8º, do Código de
Processo Civil, constitui-se de pleno direito o tÃ-tulo judicial, convertendo o mandado monitório em
executivo, cuja tramitação obedecerá ao disposto no TÃ-tulo II do Livro I da Parte Especial, no que for
cabÃ-vel.               CONDENO a parte ré a efetuar o pagamento do débito
principal, qual seja, R$ 69.090,00 (sessenta e nove mil e noventa reais), acrescido de juros moratórios de
1% (um por cento) ao mês a contar de citação, e correção monetária pelo INPC a partir do
inadimplemento.               CONDENO ainda a parte Ré ao pagamento das custas
processuais e honorários advocatÃ-cios, estes fixados em 10% (dez por cento) sobre o valor da
condenação, o que faço com base no artigo 85, § 2º, do Código de Processo Civil.       Â
       Após, prossiga-se como execução de tÃ-tulo judicial, por quantia certa contra devedor
solvente. Para tanto, INTIME-SE a exequente para apresentação de memorial de cálculo atualizado e
conforme os ditames da presente sentença. Em sequência, intime-se a parte executada para, nos
termos do art. 523, do CPC, efetuar, no prazo de quinze dias, o pagamento do montante atualizado com
juros e correção monetária, advertindo-lhe que, caso não o efetue, será o valor acrescido de multa
no percentual de 10% (dez por cento).               Consequentemente, extingo o
processo com resolução de mérito conforme o disposto no artigo 487, inciso I, do Código de
Processo Civil.               P. R. I. C.               Belém /PA,
27/10/2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital
109 PROCESSO: 01040883920168140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o:
Cumprimento de sentença em: 03/12/2021 AUTOR:ISMAEL PINHEIRO DE OLIVEIRA Representante(s):
OAB 22737 - TEREZINHA BEZERRA DE BARROS (ADVOGADO) OAB 24025 - APARECIDA NAZARÉ
DA SILVA FERREIRA (ADVOGADO) REU:INSS INSTITUTO NACIONAL DE SEGURIDADE SOCIAL.
Autos nº 0104088-39.2016.8.14.0301 Requerente(s): Ismael Pinheiro de Oliveira Requerido(s): Instituto
Nacional do Seguro Social SENTENÃA Trate-se de Ação Previdenciária em fase de cumprimento de
sentença promovida por Ismael Pinheiro de Oliveira em desfavor do Instituto Nacional do Seguro Social,
autarquia previdenciária de âmbito federal, que goza, nos termos do artigo 8º, da Lei n. 8.620/93, das
mesmas prerrogativas e privilégios assegurados à Fazenda Pública. O requerente apresentou
planilha/memória de cálculo e requereu a execução do julgado, apontando como montante
condenatório a importância de R$ 76.090,09 (setenta e seis mil, noventa reais e nove centavos), já
incluÃ-dos os honorários de sucumbência. Dando inÃ-cio a fase de cumprimento de sentença, foi
determinada a intimação do Requerido INSS, a fim de que, no prazo de 30 (trinta) dias, querendo,
opusesse Embargos à Execução. Porém, o Requerido INSS, mesmo devidamente intimado,
mediante vista dos autos a um de seus ilustres Procuradores (art. 17, da Lei n. 10.910/2004), não
ofereceu a resposta que lhe facultava a lei, apenas manifestou ciência, sem oposição (petição de fl.
83). NÃO tendo o Requerido INSS apresentado Impugnação à Execução, HOMOLOGO, pois, como
quantum debeatur, a somatória de R$ 76.090,09 (setenta e seis mil, noventa reais e nove centavos) e
procedo, por conseguinte, à regra prevista no artigo 535, § 3º, incisos II, do Código de Processo Civil:
DETERMINO a expedição de 2 (duas) REQUISIÃÃES PARA PAGAMENTO DE PEQUENO VALOR:
1)Â Â Â Â Â A primeira, no valor de R$ 13.491,26 (treze mil, quatrocentos e noventa e um reais e vinte e
seis centavos), correspondentes aos honorários sucumbenciais, em nome da Advogada TEREZINHA
BEZERRA DE BARROS, OAB/PA 22.737 e CPF nº 397.061.842,87; 2)     A segunda, no valor de
R$ 62.598,83 (sessenta e dois mil, quinhentos e noventa e oito reais e oitenta e três centavos), em nome
do Requerente ISMAEL PINHEIRO DE OLIVEIRA, referente ao valor da condenação judicial. A
expedição das REQUISIÃÃES PARA PAGAMENTO DE OBRIGAÃÃES DE PEQUENO VALOR (RPV)
deverá ser feita ao Representante Legal do INSS, nos termos do art. 75 do CPC/2015, devendo o
pagamento ser realizado no prazo de 02 (dois) meses, contados da entrega da requisição, mediante
depósito na agência de banco oficial mais próxima do domicÃ-lio do exequente, na forma do art. 535, §
3º, II do NCPC. Havendo a comunicação/confirmação do pagamento da quantia indicada,
DECLARO, desde já, EXTINTA A EXECUÃÃO, na forma dos artigos 924, inciso II e 925, do CPC/2015.
Após, arquivem-se os autos, dando-se baixa na distribuição e observando-se as demais cautelas da
303
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
Lei. P. R. I. C. Belém/PA, 30/08/2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara
CÃ-vel e Empresarial da Capital 302 PROCESSO: 01060218120158140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o:
Cumprimento de sentença em: 03/12/2021 AUTOR:JOSIVALDO MELO BALTAZAR Representante(s):
OAB 7568 - EDILENE SANDRA DE SOUSA LUZ SILVA (ADVOGADO) REU:INSS INSTITUTO
NACIONAL DO SEGURO SOCIAL. Autos nº 0106021-81.2015.8.14.0301 Requerente: Josivaldo Melo
Baltazar Requerido: Instituto Nacional do Seguro Social - INSS DECISÃO INTERLOCUTÃRIA Â Â Â Â Â Â
     Vistos etc.            Vieram-me os autos conclusos por conta de incorreções
constantes na Decisão de fl. 78 em relação ao montante devido pelo INSS objeto da Requisição de
Pequeno valor a ser expedida. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Assim, trata-se aqui de erro material. Â Â Â Â Â Â Â
    Como cediço, "O erro material é aquele perceptÃ-vel 'primu ictu oculi' e sem maior exame, a
traduzir desacordo entre a vontade do juiz e a expressa na sentença" (RSTJ 102/278). De acordo com o
art. 494 do CPC/2015 ¿Publicada a sentença, o juiz só poderá alterá-la: I - para corrigir-lhe, de
ofÃ-cio ou a requerimento da parte, inexatidões materiais ou erros de cálculo.           Â
Nas duas hipóteses do inciso I, o juiz pode atuar de ofÃ-cio ou provocado pelas partes, a qualquer
momento, até mesmo depois do trânsito em julgado da decisão (informativo 547/STJ: 2ª Turma,
RMS 43.956/MG, Rel. Min Og Fernandes, j. 09.09.2014: STJ, 1.ª Turma, REsp 439.863/RO, Rel. Min
Humberto Gomes de Barros, Rel. p/ acórdão Min. José Delgado, j. 09.12.2003, DJ 15.03.2004, p.
155).            No mesmo sentido: Evidência de erro material, suscetÃ-vel de ser sanado de
ofÃ-cio - Prevalência da real intenção do julgador, com vista à definição precisa da questão (A.I.
990.10.159023-9 TJ/SP Rel. Vicentini Barroso j.12.05.2010). Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Pelo exposto, declaro
o erro material existente na sentença em comento e o corrijo de ofÃ-cio para que, onde consta: ¿Isto
posto, dou por encerrada a prestação jurisdicional. Arquivem-se os autos, cumpridas as cautelas
legais¿ Passe a constar: ¿Tratando-se de cumprimento definitivo de sentença, referente Ã
obrigação de fazer cominada contra a Fazenda Pública, resolvo o seguinte (art. 536, caput, do NCPC):
1. INTIME-SE o Requerido INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL, pessoalmente, concedendo-se
vista dos autos a um de seus ilustres Procuradores (art. 183, § 1º e art. 269, § 3º, do NCPC c.c. art.
17, da Lei n. 10.910/2004), para que, no prazo de 30 (trinta) dias, ainda não tendo feito, dê cumprimento
à obrigação de fazer imposta em citado tÃ-tulo judicial, qual seja: APRESENTAR nos autos
planilha/memória de cálculo dos valores atrasados devidos à parte requerente, ou para FORNECER os
dados necessários para realização dos cálculos pela Contadoria do JuÃ-zo, conforme acordo
homologado em audiência. 2. Frisa-se que, caso NÃO apresentado pelo Requerido INSS o demonstrativo
discriminado e atualizado do crédito ou os dados necessários para o cálculos, tal como a si próprio
comprometera-se, o(a) Autor(a)/Exequente, para fins de cumprimento de obrigação de pagar contra a
Fazenda Pública, poderá proceder segundo o previsto nos artigos 524, § 5º e 534, ambos do NCPC
(¿Art. 524, § 5º - Se os dados adicionais a que se refere o § 4o não forem apresentados pelo
executado, sem justificativa, no prazo designado, reputar-se-ão corretos os cálculos apresentados pelo
exequente apenas com base nos dados de que dispõe. (...) Art. 534 - No cumprimento de sentença que
impuser à Fazenda Pública o dever de pagar quantia certa, o exequente apresentará demonstrativo
discriminado e atualizado do crédito contendo: (...)¿. 3. Ato contÃ-nuo, devolvido este caderno e
encontrando-se vencido o perÃ-odo assinalado anteriormente, com ou sem manifestação, nesta última
hipótese desde que devidamente certificado, refaçam-me o mesmo concluso; 4. De mais a mais,
ressalta-se que, em relação à obrigação de pagar quantia certa, cuidando-se de execuções
contra a Fazenda Pública, será observado o procedimento previsto no artigo 535, do NCPC.¿ P. R. I.
C.            Mantidos os demais termos da Decisão inalterados.           Â
Anote-se a retificação por certidão.            P.R.I.C.            SE
NECESSÃRIO, SERVIRÃ CÃPIA DESTE(A) DESPACHO/DECISÃO COMO MANDADO conforme
autorizado pelo PROVIMENTO CJ/CI 003/2009, devendo o Sr. Diretor Observar o disposto em seus nos
artigos 3º e 4º.                             Belém/PA, 26/10/2021.
Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital 302
PROCESSO: 01101015420168140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o:
Procedimento Comum Cível em: 03/12/2021 REQUERENTE:NORTE LOCADORA E SERVICOS EIRELI
EPP Representante(s): OAB 16779 - MELQUIZEDEQUE GARCA MONTEIRO (ADVOGADO)
REQUERIDO:NOBRE SEGURADORA DO BRASIL SA Representante(s): OAB 23748 - MARIA EMILIA
GONCALVES DE RUEDA (REP LEGAL) REQUERIDO:EMPRESA DE TRANSPORTES ESTRELA DO
MAR LTDA - EPP. PROCESSO: 0110101-54.2016.814.0301 REQUERENTE: NORTE LOCADORA E
SERVIÃOS EIRELLI - EPP REQUERIDO: NOBRE SEGURADORA DO BRASIL S/A e EMPRESA DE
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
conhecimento dos atos materiais que se está praticando.         No que se refere ao dano ou
prejuÃ-zo, este traduz uma lesão a um interesse jurÃ-dico material ou moral. A ocorrência deste elemento
é requisito indispensável para a configuração da responsabilidade, pois não há responsabilidade
sem dano.         Nesse sentido é a lição de Sérgio Cavalieri Filho, citado pelo
doutrinador Pablo Stolze Gagliano, em sua obra "Novo Curso de Responsabilidade Civil": Â Â Â Â Â Â Â Â
"O dano é, sem dúvida, o grande vilão da responsabilidade civil. Não haveria que se falar em
indenização, nem em ressarcimento, se não houvesse o dano. Pode haver responsabilidade sem
culpa, mas não pode haver responsabilidade sem dano.(in" Novo Curso de Responsabilidade Civil ",
São Paulo: Saraiva, 2005, p. 40).         Já o nexo de causalidade, representa o liame que
une a conduta do agente ao dano, sendo que somente se responsabilizará alguém cujo comportamento
positivo ou negativo tenha dado causa ao prejuÃ-zo, pois sem a relação de causalidade não existe a
obrigação de indenizar.         Pois bem, quando se trata de ônus da prova no processo
judicial, o art. 373 do CPC dispõe que:         Art. 373.  O ônus da prova incumbe:     Â
   I - ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito;         II - ao réu, quanto Ã
existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor.         Assim,
distribui-se o ônus da prova conforme a posição processual que a parte assume. Se ela está no polo
ativo, compete-lhe provar o fato constitutivo de seu pretenso direito. Se no polo passivo, cabe-lhe provar
fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito alegado pelo autor. Â Â Â Â Â Â Â Â Fato constitutivo
é aquele que tem o condão de gerar o direito postulado pelo autor e que, se demonstrado, leva Ã
procedência do pedido. Fato impeditivo, modificativo ou extintivo é todo aquele que leva ao não
reconhecimento do direito alegado pelo autor. Impeditivo, porque obsta um ou alguns dos efeitos que
naturalmente ocorreriam da relação jurÃ-dica. Modificativo, porque implica a alteração (diminuição
ou mudança de natureza) do direito que derivaria do fato constitutivo. Extintivo, porque fulminam no todo
o direito invocado pelo autor, fazendo cessar a relação jurÃ-dica original.         Pelo que dos
autos pode se observar, a parte autora logrou êxito em comprovar suas alegações, tendo
demonstrado os fatos constitutivos do seu direito. Â Â Â Â Â Â Â Â No que se refere aos lucros cessantes,
que é uma espécie de danos materiais sofridos pela vÃ-tima, que deixa de auferir valores em razão
do evento danoso, é imprescindÃ-vel que se comprove que os lucros eram certos e que não foram
alcançados em virtude de determinado fato.      O Código Civil brasileiro, assim dispõe sobre a
reparação de danos: Art. 402. Salvo as exceções expressamente previstas em lei, as perdas e
danos devidas ao credor abrangem, além do que ele efetivamente perdeu, o que razoavelmente deixou
de lucrar. Art. 403. Ainda que a inexecução resulte de dolo do devedor, as perdas e danos só incluem
os prejuÃ-zos efetivos e os lucros cessantes por efeito dela direto e imediato, sem prejuÃ-zo do disposto na
lei processual.          No entanto, é necessário pontuar que apenas in concreto e de acordo
com as peculiaridades da lide, é possÃ-vel aferir se os lucros cessantes serão cabÃ-veis, não se
tratando de direito automático de quem o requer.          No que se refere ao ponto, a parte
autora comprovou devidamente os lucros que deixou de auferir em razão do sinistro, através da
juntada do CONTRATO DE LOCAÃÃO junto à ALEPA, nº. 006/2011, fls. 21/31. Anele-se ainda que os
demonstrativos de aluguel de fls. 33/36 (vencimento em 10/2012, 11/2012, 12/2012, 01/2013, sendo que o
acidente ocorreu em 18.02.2013), COMPROVAM CATEGORICAMENTE que a requerente percebia
mensalmente pelo veÃ-culo LINEA ESSENCE 1.8 PLACA OBV-5787 a quantia de R$ 3.600,00 (três mil e
seiscentos reis), o que equivale ao valor da diária, conforme declarado na inicial, no valor de R$ 120,00
(cento e vinte reais).          Realce-se, por oportuno, que a parte autora é locadora de
veÃ-culos, e, por óbvio, o acidente inviabilizou o aluguel do carro sinistrado. Neste sentido, quando há
comprovação dos lucros cessantes, a jurisprudência é farta e unÃ-ssona quanto ao direito do
ressarcimento da vÃ-tima: RESPONSABILIDADE CIVIL - ACIDENTE DE TRÃNSITO - LUCROS
CESSANTES PROVA EFETIVA DA OCORRÃNCIA EXISTÃNCIA REPARAÃÃO DEVIDA. Os lucros
cessantes só podem ser indenizados mediante prova efetiva de sua ocorrência, conforme o presente
caso. PRELIMINAR REJEITADA. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO. (TJ-SP - APL:
00402649820068260309 SP 0040264-98.2006.8.26.0309, Relator: Antonio Nascimento, Data de
Julgamento: 14/05/2014, 26ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 14/05/2014).
APELAÃÃO CÃVEL. RESPONSABILIDADE CIVIL EM ACIDENTE DE TRÃNSITO. AÃÃO DE
REPARAÃÃO E RESSARCIMENTO DE DANO CAUSADO EM VEICULO POR ACIDENTE DE
TRÃNSITO. LUCROS CESSANTES. CONSERTO DO VEÃCULO. Os gastos com o conserto do
caminhão comprovados por meio dos orçamentos juntados são condizentes com os danos causados.
LUCROS CESSANTES. Lucros cessantes devidos, pois o caminhão ficou parado para conserto por três
meses. Valor arbitrado com base na média mensal auferida nos três meses anteriores ao acidente,
descontado o percentual relativos aos custos operacionais (40%). Sentença mantida. APELO
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
DESPROVIDO. UNÃNIME. (TJ-RS - AC: 70083262337 RS, Relator: Pedro Luiz Pozza, Data de
Julgamento: 05/03/2020, Décima Segunda Câmara CÃ-vel, Data de Publicação: 09/03/2020).
APELAÃÃO CÃVEL. AÃÃO DE REPARAÃÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS. ACIDENTE DE
TRÃNSITO. SEGURADORA. ACORDO EXTRAJUDICIAL. QUITAÃÃO. INTERPRETAÃÃO RESTRITIVA.
LUCROS CESSANTES. COMPROVAÃÃO. DANO MORAL. NÃO OCORRÃNCIA. 1. Apelação
interposta contra sentença em que foram julgados improcedentes os pedidos de indenização por
lucros cessantes e por dano moral decorrentes de acidente automobilÃ-stico causado pelo segurado da
Ré. 2. Conforme orientação do Superior Tribunal de Justiça, embora os acordos extrajudiciais de
geral e plena quitação celebrados entre as partes sejam válidos e hábeis a produzir seus regulares
efeitos, quando ausentes vÃ-cios que possam invalidá-los, ?devem ser interpretados de forma restritiva,
tendo repercussão apenas aos danos a que se referem? (AgRg no Ag 637.975/RJ). 3. No caso em
exame, se a quitação conferida pela parte lesada em acidente automobilÃ-stico foi restrita ao dano
emergente (conserto das avarias no veÃ-culo), não há impedimento a que postule em juÃ-zo a
indenização pelos lucros cessantes. 4. PRESENTE PROVA TANTO DA ATIVIDADE LUCRATIVA
DESEMPENHADA PELA PARTE, QUANTO DO VALOR QUE DEIXOU DE AUFERIR, Ã DEVIDA A
CONDENAÃÃO POR LUCROS CESSANTES. 5. O dano moral decorrente de acidente automobilÃ-stico
sem vÃ-timas, via de regra, não é presumido (REsp nº 1.653.413/RJ). Por isso, em tais situações
é preciso prova do prejuÃ-zo extrapatrimonial decorrente do evento danoso. 6. Apelação parcialmente
provida. (TJ-DF 07123905920188070001 DF 0712390-59.2018.8.07.0001, Relator: CESAR LOYOLA, Data
de Julgamento: 10/04/2019, 2ª Turma CÃ-vel, Data de Publicação: Publicado no DJE : 08/05/2019 .
Pág.: Sem Página Cadastrada.).          Destarte, diferentemente do alegado em
contestação, os lucros cessantes restam devidamente comprovados.          Nessa
perspectiva, entendo como devidos os lucros cessantes experimentados pela parte autora, no valor de R$
21.000,00 (vinte e um mil), pois referente ao aluguel entre o Ã-nterim do acidente e do recebimento da
indenização por perca total do automóvel (18.02.2013 a 12.08.2013), o que equivale a 175 dias com
diária no valor de R$ 120,00 (cento e vinte reais).          Por derradeiro, realce-se que o
entendimento do STJ em sede de recurso especial, é no sentido de que a seguradora pode ser
condenada solidariamente a pagar a indenização devida à vÃ-tima, nos limites contratados na apólice,
em casos de acidente de trânsito. EMENTA: APELAÃÃO CÃVEL - AÃÃO DE INDENIZAÃÃO -
ACIDENTE DE TRÃNSITO - BOLETIM DE OCORRÃNCIAS - CULPA DO RÃU COMPROVADA -
LUCROS CESSANTES - COMPROVAÃÃO. RESPONSABILIDADE SOLIDÃRIA DA SEGURADORA -
RECURSO REPETITIVO - ENTENDIMENTO DO STJ. Presentes os requisitos da responsabilidade civil,
especialmente a culpa do réu, o dever de indenizar é medida que se impõe. Restando comprovados
os lucros cessantes através de notas fiscais de frete em perÃ-odo imediatamente anterior ao acidente,
deve ser mantida a sentença que julgou procedente tal pedido. Conforme entendimento firmado pelo
STJ, em sede de Recurso Repetitivo, a Seguradora denunciada pode ser condenada solidariamente a
pagar a indenização devida à vÃ-tima, nos limites contratados na apólice, em casos de acidente de
trânsito. (TJ-MG - AC: 10261150013488001 MG, Relator: Pedro Bernardes, Data de Julgamento:
08/02/2018, Data de Publicação: 23/02/2018). APELAÃÃO CÃVEL - ACIDENTE DE TRÃNSITO -
INDENIZAÃÃO - LUCROS CESSANTES - COMPROVAÃÃO - OCORRÃNCIA - RESSARCIMENTO DO
SEGURO ACIMA DO LIMITE DA APÃLICE - INCABÃVEL - JUROS E CORREÃÃO MONETÃRIA -
TERMO INICIAL. - à cabÃ-vel a indenização por lucros cessantes quando provado que em razão de
acidente de trânsito, provocado por veÃ-culo de propriedade da parte contrária, teve o autor a
impossibilidade de utilizar o seu caminhão, único instrumento de trabalho, para realizar transporte de
carga. - O ressarcimento da indenização do seguro deve ocorrer nos limites da apólice. Os juros
moratórios sobre o valor da condenação devem incidir a partir do evento danoso (Súmula 54 STJ).
(TJ-MG - AC: 10137100028307002 MG, Relator: Maria Luiza Santana Assunção(JD Convocada), Data
de Julgamento: 01/07/2015, Câmaras CÃ-veis / 12ª CÃMARA CÃVEL, Data de Publicação:
06/07/2015). DISPOSITIVO Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Diante do exposto, com base no CPC/2015, arts.
344 e 355, JULGO PROCEDENTES os pedidos do requerente e, por consequência, extingo o processo
com resolução do mérito, na forma do art. 487, I, do Código de Processo Civil/2015, confirmando a
tutela concedida, para: Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â INDEFERIR O PEDIDO DE GRATUIDADE DA
JUSTIÃA à parte requerida NOBRE SEGURADORA DO BRASIL S/A, nos termos da fundamentação. Â
             INDEFERIR O PEDIDO da parte requerida NOBRE SEGURADORA DO
BRASIL S/A quanto a exclusão da incidência de juros de mora e de correção monetária no valor a
ser indenizado, nos termos da fundamentação.               CONDENAR a parte
requerida ao pagamento do valor de R$ 21.000,00 (vinte e um mil reais) Ã parte autora, como danos
materiais, a tÃ-tulo de lucros cessantes, nos termos da fundamentação, com correção monetária da
308
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
data do desembolso ou efetivo prejuÃ-zo (Súmula 43/STJ), e juros de mora de 1% ao mês, a partir do
evento danoso (Súmula 54/STJ). FRISE-SE que a parte requerida NOBRE SEGURADORA DO BRASIL
S/A somente será responsável pela indenização segurada até o limite da apólice, nos termos da
fundamentação.               CONDENAR a parte requerida ao pagamento das custas
e despesas processuais, bem como dos honorários advocatÃ-cios, ora fixados em 10% sobre o valor da
condenação.               Nos termos do artigo 46, caput, da Lei estadual n. 8.328, de
29/12/2015, fica advertida a parte responsável de que, na hipótese de, havendo custas, não efetuar o
pagamento delas no prazo legal, o respectivo crédito, além de encaminhado para inscrição em
DÃ-vida Ativa, sofrerá atualização monetária e incidência de outros encargos legais.        Â
      Fica autorizado o desentranhamento de documentos por quem os juntou, exceto a
procuração, substituindo-os por cópias que poderão ser declaradas autênticas pelo patrono nos
termos do artigo 425, IV do CPC/2015, devendo o cartório certificar o ato de desentranhamento.    Â
          Certificado o trânsito em julgado, havendo custas pendentes, intime-se o
responsável para o recolhimento, sob pena de inscrição na dÃ-vida ativa. Inerte, inscreva-se.     Â
         Após, cumpridas as cautelas legais, arquivar os presentes autos e dar baixa na
distribuição.               P.R.I.C.               Belém/PA,
04/11/2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital
301 PROCESSO: 01102334820158140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o:
Cumprimento de sentença em: 03/12/2021 REQUERENTE:LOZEANE DE OLIVEIRA PEREIRA
Representante(s): OAB 6935 - LUCIA VALENA BARROSO PEREIRA CARNEIRO (ADVOGADO)
REQUERIDO:I & A SERVICOS DE AQUICULTURA E PESCA LTDA. Uma vez comprovado o
recolhimento das custas da diligência, defiro o pedido de renovação da intimação da requerida I " A
SERVIÃOS DE AQUICULTURA E PESCA LTDA., a ser cumprida no endereço fornecido à fl. 67, nos
termos do despacho de fl. 52.            Expeça-se o necessário. Cumpra-se.      Â
     Intimar. Belém/PA, 14/10/2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara
CÃ-vel e Empresarial da Capital 303 PROCESSO: 01303384620158140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o:
Procedimento Comum Cível em: 03/12/2021 REQUERENTE:ROBINSON NAZARENO MACHADO VAZ
MARTINS Representante(s): OAB 12819 - RENATO DA SILVA NEVES (ADVOGADO)
REQUERIDO:SARRE EMPREENDIMENTOS IMOBILIARIOS LTDA Representante(s): OAB 90461 -
JULIO DE CARVALHO PAULA LIMA (ADVOGADO) OAB 91.263 - HUMBERTO ROSSETTI PORTELA
(ADVOGADO) REQUERIDO:VENDEIA EMPREENDIMENTOS IMOBILIARIOS LTDA Representante(s):
OAB 14057 - ERIC BITTENCOURT DE ALMEIDA (ADVOGADO) OAB 128341 - NELSON WILIANS
FRANTONI RODRIGUES (ADVOGADO) REQUERIDO:CAPITAL ROSSI EMPREENDIMENTOS SA
Representante(s): OAB 18390 - PRISCILA ROCHA CANAVIEIRA (ADVOGADO) OAB 3467 - KEYTH
YARA PONTES PINA (ADVOGADO) OAB 057/97 - ESCRITORIO ANDRADE GC ADVOGADOS
(SOCIEDADE DE ADVOGADO) . SENTENÃA Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â VENDEIA
EMPREENDIMENTOS IMOBILIARIOS LTDA, SARRE EMPREENDIMENTOS IMOBILIÃRIOS e ROSSI
NORTE EMPRRENDIMENTOS S/A requeridos na AÃÃO DE COBRANÃA C/C RESOLUÃÃO DO
CONTRATO C/C DANOS MORAIS movida por ROBINSON NAZARENO MACHADO VAZ MARTINS,
intentou EMBARGOS DE DECLARAÃÃO visando sanar supostos vÃ-cios existentes na sentença de fls.
171/173, ao argumento de que a decisão contém disposições que padeceriam de omissão.   Â
           Contrarrazões aos embargos no documento a fl. 181.             Â
 Quanto aos embargos de declaração, o CPC, art. 1022, verbo ad verbum reza: Cabem embargos de
declaração contra qualquer decisão judicial para: I - esclarecer obscuridade ou eliminar
contradição; II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual deveria se pronunciar o juiz de
ofÃ-cio ou a requerimento; III - corrigir erro material. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Nesse contexto, insta
esclarecer que os embargos de declaração constituem recurso de fundamentação vinculada, o que
significa que somente podem ser manejados ante a constatação das taxativas hipóteses previstas em
lei - omissão, obscuridade, contradição do julgado ou para corrigir erros materiais, ainda que o
Superior Tribunal de Justiça venha admitindo de forma excepcional, limitada a situações
teratológicas, os embargos de declaração com efeitos infringentes, nos quais a fundamentação
não estará vinculada às hipótese legais da omissão, obscuridade e contradição. Destinam-se,
portanto, a complementar ou aclarar as decisões judiciais latu sensu, quando nestas se verificar algum
dos mencionados vÃ-cios.               à o que se extrai da seguinte lição: ¿(...) os
casos previstos para manifestação dos embargos declaratórios são especÃ-ficos, de modo que
somente são admissÃ-veis quando houver obscuridade, contradição ou omissão em questão (ponto
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seu sustento ou de sua famÃ-lia, em especial a constituição de advogado particular e o objeto da causa.
             Posto isto, tendo em vista que o requerente não preenche os requisitos
previstos em lei, INDEFIRO O PEDIDO DE GRATUIDADE DA JUSTIÃA. FUNDAMENTAÃÃO Â Â Â Â Â
Dispunha o Código de Processo Civil de 1973: Art. 1.102.a - A ação monitória compete a quem
pretender, com base em prova escrita sem eficácia de tÃ-tulo executivo, pagamento de soma em dinheiro,
entrega de coisa fungÃ-vel ou de determinado bem móvel.      O novo Código de Processo Civil
repetiu a regra nos seguintes termos: Art. 700. A ação monitória pode ser proposta por aquele que
afirmar, com base em prova escrita sem eficácia de tÃ-tulo executivo, ter direito de exigir do devedor
capaz: I - o pagamento de quantia em dinheiro; II - a entrega de coisa fungÃ-vel ou infungÃ-vel ou de bem
móvel ou imóvel; III - o adimplemento de obrigação de fazer ou de não fazer. §1º A prova escrita
pode consistir em prova oral documentada, produzida antecipadamente nos termos do art. 381. Â Â Â Â Â
A ação monitória, portanto, exige prova mÃ-nima da obrigação mediante documento idôneo sem
que necessariamente tenha sido emitido pelo devedor ou contenha sua assinatura, senão vejamos:
PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. AÃÃO MONITÃRIA. A DOCUMENTAÃÃO NECESSÃRIA
PARA A ADMISSIBILIDADE TEM QUE SER IDÃNEA. APTA Ã FORMAÃÃO DO JUÃZO DE
PROBABILIDADE ACERCA DO DIREITO AFIRMADO, A PARTIR DO PRUDENTE EXAME DO
MAGISTRADO. 1. A prova hábil a instruir a ação monitória, a que alude o artigo 1.102-A do Código
de Processo Civil não precisa, necessariamente, ter sido emitida pelo devedor ou nela constar sua
assinatura ou de um representante. Basta que tenha forma escrita e seja suficiente para, efetivamente,
influir na convicção do magistrado acerca do direito alegado. 2. Dessarte, para a admissibilidade da
ação monitória, não é necessário que o autor instrua a ação com prova robusta, estreme de
dúvida, podendo ser aparelhada por documento idôneo, ainda que emitido pelo próprio credor, contanto
que, por meio do prudente exame do magistrado, exsurja o juÃ-zo de probabilidade acerca do direito
afirmado pelo autor. 3. No caso dos autos, a recorrida, ao ajuizar a ação monitória, juntou como prova
escrita sem eficácia de tÃ-tulo executivo a própria nota fiscal do negócio de compra e venda de
mercadorias, seguida do comprovante de entrega assinado e mais o protesto das duplicatas, que ficaram
inadimplidas. A Corte local, após minucioso exame da documentação que instrui a ação, apurou
que os documentos são suficientes para atender aos requisitos da legislação processual para
cobrança via ação monitória, pois servem como inÃ-cio de prova escrita. A revisão desse
entendimento, demanda o reexame de provas, vedado em sede de recurso especial (Súmula 7/STJ). 4.
Agravo regimental não provido. (AgRg no AREsp 289.660/RN, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO,
QUARTA TURMA, julgado em 04/06/2013, DJe 19/06/2013) PROCESSO CIVIL - AÃÃO MONITÃRIA -
COBRANÃA PELO FORNECIMENTO DE MERCADORIA - FATURA: DOCUMENTO HÃBIL - APLICAÃÃO
DO ART. 515, § 3º, DO CPC: POSSIBILIDADE. (...) 2. Doutrina e jurisprudência, inclusive do STJ,
têm entendido que é tÃ-tulo hábil para cobrança, documento escrito que prove, de forma razoável, a
obrigação, podendo, a depender do caso, ter sido produzido unilateralmente pelo credor. 3. Ã
perfeitamente viável instruir ação monitória ajuizada por concessionária de energia elétrica com
cópia de faturas para cobrança por serviços prestados, sendo desnecessária, na hipótese, a
assinatura do devedor. 4. Recurso especial não provido. (REsp 894.767/SE, Rel. Ministra ELIANA
CALMON, SEGUNDA TURMA, julgado em 19/08/2008, DJe 24/09/2008). APELAÃÃO CÃVEL. AÃÃO
MONITÃRIA. NOTA PROMISSÃRIA IRREGULAR E DOCUMENTOS SEM A ASSINATURA DO
DEVEDOR. INTERESSE PROCESSUAL. INTELIGÃNCIA DO ARTIGO 1102A DO CPC. Tanto a nota
promissória irregular - assinada por simples preposto do devedor -, como as notas fiscais acostadas Ã
inicial, são documentos hábeis a instruir a ação monitória, pois inexiste a exigência legal de que os
documentos que embasam tal procedimento contenham a assinatura do devedor. DERAM PROVIMENTO
PARA DESCONSTITUIR A SENTENÃA. (Apelação CÃ-vel Nº 70008534380, Décima Sétima
Câmara CÃ-vel, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Alzir Felippe Schmitz, Julgado em 18/05/2004).  Â
    Rejeito, prima facie, a preliminar de inépcia da inicial, com base em cerceamento de defesa,
pois diferentemente do que fora alegado pela embargante, os cálculos analÃ-ticos e detalhados do
débito foram anexados as fls. 32/34.      à importante ressaltar que todos os documentos
indispensáveis ao ajuizamento da ação foram devidamente juntados às fls. 05/34. Frise-se que o
contrato objeto da ação está devidamente assinado pelo réu, conforme conferência de fls. 05, tendo
este inclusive retificado o negócio, fl. 82.   Em contrapartida, percebe-se que os embargos interpostos
pelo demandado são extremamente genéricos, pois: 1)     Não faz impugnação aos
cálculos apresentados pela demandante as fls. 32/34, que são, destaque-se, analÃ-ticos e detalhados,
concedendo todo o arcabouço necessário para o apontamento de divergências, se fosse o caso; 2) Â
   Alega a falta de juntada dos documentos imprescindÃ-veis a propositura da ação, quando, na
verdade, os mesmos foram anexados a inicial;Â 3)Â Â Â Â Â Apenas alega de forma inespecÃ-fica que o
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valor cobrado é exorbitante, mas não faz prova de qual valor seria o devido, através de
apresentação de novos cálculos, razão pela qual resta caracterizada a alegação vazia e/ou
precária; 4)     A aplicação do CDC na relação jurÃ-dica entre as partes em nada impede que
a embargada cobre os créditos que lhes são devidos, estando o débito devidamente COMPROVADO
mediante a documentação apresentada junto a exordial.      Destaque-se, por oportuno, que os
cálculos juntados as fls. 32/34 são categóricos ao elucidar o histórico do saldo vencido no valor de R$
15.508,96, tendo, por consequência, ocasionado o vencimento antecipado da quantia de R$ 27.205,93, o
que, somados, totaliza o importe requerido na inicial, qual seja, R$ 42.714,89 [quarenta e dois mil,
setecentos e catorze reais e oitenta e nove centavos], estando o débito devidamente explanado com a
propositura da ação, não havendo, de nenhuma forma, como se falar em cerceamento de defesa.  Â
   Não há nos autos nenhuma comprovação de que a demandante descumpriu o contrato,
estando demonstrado que, na verdade, honrou suas obrigações e, portanto, tem o direito de exigir o
pagamento que lhe é devido em sua integralidade. Neste sentido: PROCESSUAL CIVIL. REMESSA
NECESSÃRIA E APELAÃÃO CÃVEL. AÃÃO MONITÃRIA. SENTENÃA QUE CONDENOU O RÃU AO
PAGAMENTO DE DÃVIDA DEMONSTRADA POR MEIO DE DOCUMENTO ESCRITO. ALEGAÃÃO DE
CERCEAMENTO DE DEFESA. INSUBSISTÃNCIA. MATÃRIA UNICAMENTE DE DIREITO.
JULGAMENTO ANTECIPADO DA LIDE QUE SE IMPUNHA. EMBARGOS MONITÃRIOS GENÃRICOS,
QUE NÃO IMPUGNARAM ESPECIFICAMENTE O CONTRATO EM QUESTÃO. EXISTÃNCIA DA
DÃVIDA CORROBORADA PELA DOCUMENTAÃÃO ACOSTADA. CONHECIMENTO E
DESPROVIMENTO TANTO DA REMESSA NECESSÃRIA QUANTO DO RECURSO VOLUNTÃRIO. (TJ-
RN - AC: 20160061887 RN, Relator: Desembargador Dilermando Mota., Data de Julgamento: 23/08/2018,
1ª Câmara CÃ-vel). APELAÃÃO CIVEL. AÃÃO MONITÃRIA. CONTRATO DE ABERTURA DE
CRÃDITO BANCÃRIO. JUROS E CLÃUSULAS ANÃLOGAS. ÃNUS DE ALEGAR E PROVAR. A
petição inicial, instruÃ-da com o contrato de abertura de crédito e com o demonstrativo do débito,
justifica a ação monitória. A petição dos embargos monitórios, genérica, vaga, sem
demonstração da ilegalidade das taxas, do regime de capitalização e dos encargos de mora, além
da falta de especificação do resultado diverso da pretensão monitória, justifica a improcedência dos
embargos à ação monitória, do que decorre a constituição do tÃ-tulo executivo.Incumbe ao devedor
alegar com exatidão, demonstrar e especificar a diferença. (TJ-RS - AC: 70070546726 RS, Relator:
Carlos Cini Marchionatti, Data de Julgamento: 31/08/2016, Vigésima Câmara CÃ-vel, Data de
Publicação: 16/09/2016).      Assim, não provado nos autos a inexistência de causa
impeditiva, extintiva ou modificativa do direito do autor, impõe-se a rejeição dos embargos
monitórios.      Acrescente-se ainda, ao presente julgado, a seguinte jurisprudência, pois embasa
a cominação do dispositivo: AGRAVO DE INSTRUMENTO - AÃÃO MONITÃRIA - JUROS
MORATÃRIOS - TERMO INICIAL - CITAÃÃO. Em ação monitória, os juros moratórios incidem a
partir da data da citação. (TJ-MG - AI: 10625130023462001 MG, Relator: MaurÃ-lio Gabriel, Data de
Julgamento: 09/05/2013, Câmaras CÃ-veis / 15ª CÃMARA CÃVEL, Data de Publicação: 17/05/2013).
APELAÃÃO CÃVEL. NEGÃCIOS JURÃDICOS BANCÃRIOS. AÃÃO MONITÃRIA. JUROS MORATÃRIOS.
Nos contratos bancários, os juros moratórios podem ser convencionados em até 1% (um por cento) ao
mês. APELAÃÃO PROVIDA. (TJ-RS - AC: 70066247800 RS, Relator: Marco Antonio Angelo, Data de
Julgamento: 30/06/2016, Décima Nona Câmara CÃ-vel, Data de Publicação: 25/07/2016). AÃÃO
MONITÃRIA - CONTRATO DE CRÃDITO ROTATIVO - EXTRATOS VINCULADOS Ã CONTA
CORRENTE - CORREÃÃO MONETÃRIA - TERMO INICIAL. - O contrato de abertura de crédito rotativo
em conta corrente, acompanhado de demonstrativo do débito, constitui prova escrita hábil para instruir
o procedimento monitório - A correção monetária conta-se do vencimento de cada parcela. (TJ-MG -
AC: 10016070748112001 Alfenas, Relator: Fabio Maia Viani, Data de Julgamento: 01/07/2008, Câmaras
CÃ-veis Isoladas / 18ª CÃMARA CÃVEL, Data de Publicação: 12/07/2008) APELAÃÃO - AÃÃO
MONITÃRIA - COBRANÃA DE DÃVIDA LIQUIDA E COM VENCIMENTO CERTO - INÃCIO DOS JUROS
DE MORA E DA CORREÃÃO MONETÃRIA PELO INPC A PARTIR DA DATA DO VENCIMENTO -
APELAÃÃO DESPROVIDA - SENTENÃA MANTIDA. O inÃ-cio dos juros de mora e da correção
monetária para cobrança de dÃ-vida lÃ-quida com vencimento certo se dá a partir da data do
vencimento (AgInt no AREsp 1261493/DF, Rel. Ministro MARCO AURÃLIO BELLIZZE, TERCEIRA
TURMA, julgado em 05/06/2018, DJe 15/06/2018). (TJ-MT - AC: 00038060620178110086 MT, Relator:
GUIOMAR TEODORO BORGES, Data de Julgamento: 22/05/2019, Quarta Câmara de Direito Privado,
Data de Publicação: 27/05/2019). DISPOSITIVO               Ante todo o exposto,
rejeito os embargos apresentados pela ré e JULGO PROCEDENTE o pedido inicial e, com amparo no
artigo 701, § 8º, do Código de Processo Civil, constituo de pleno direito o tÃ-tulo judicial, convertendo o
mandado monitório em executivo, cuja tramitação obedecerá ao disposto no TÃ-tulo II do Livro I da
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julgador, com vista à definição precisa da questão (A.I. 990.10.159023-9 TJ/SP Rel. Vicentini Barroso
j.12.05.2010).            Pelo exposto, declaro o erro material existente na sentença em
comento e o corrijo de ofÃ-cio para que, onde consta: ¿Isto posto, dou por encerrada a prestação
jurisdicional. Arquivem-se os autos, cumpridas as cautelas legais¿ Passe a constar: ¿Tratando-se de
cumprimento definitivo de sentença, referente à obrigação de fazer cominada contra a Fazenda
Pública, resolvo o seguinte (art. 536, caput, do NCPC): 1. INTIME-SE o Requerido INSTITUTO
NACIONAL DO SEGURO SOCIAL, pessoalmente, concedendo-se vista dos autos a um de seus ilustres
Procuradores (art. 183, § 1º e art. 269, § 3º, do NCPC c.c. art. 17, da Lei n. 10.910/2004), para que,
no prazo de 30 (trinta) dias, ainda não tendo feito, dê cumprimento à obrigação de fazer imposta em
citado tÃ-tulo judicial, qual seja: APRESENTAR nos autos planilha/memória de cálculo dos valores
atrasados devidos à parte requerente, ou para FORNECER os dados necessários para realização dos
cálculos pela Contadoria do JuÃ-zo, conforme acordo homologado em audiência. 2. Frisa-se que, caso
NÃO apresentado pelo Requerido INSS o demonstrativo discriminado e atualizado do crédito ou os
dados necessários para o cálculos, tal como a si próprio comprometera-se, o(a) Autor(a)/Exequente,
para fins de cumprimento de obrigação de pagar contra a Fazenda Pública, poderá proceder segundo
o previsto nos artigos 524, § 5º e 534, ambos do NCPC (¿Art. 524, § 5º - Se os dados adicionais a
que se refere o § 4o não forem apresentados pelo executado, sem justificativa, no prazo designado,
reputar-se-ão corretos os cálculos apresentados pelo exequente apenas com base nos dados de que
dispõe. (...) Art. 534 - No cumprimento de sentença que impuser à Fazenda Pública o dever de pagar
quantia certa, o exequente apresentará demonstrativo discriminado e atualizado do crédito contendo:
(...)¿. 3. Ato contÃ-nuo, devolvido este caderno e encontrando-se vencido o perÃ-odo assinalado
anteriormente, com ou sem manifestação, nesta última hipótese desde que devidamente certificado,
refaçam-me o mesmo concluso; 4. De mais a mais, ressalta-se que, em relação à obrigação de
pagar quantia certa, cuidando-se de execuções contra a Fazenda Pública, será observado o
procedimento previsto no artigo 535, do NCPC.¿ P. R. I. C.            Mantidos os demais
termos da Decisão inalterados.            Anote-se a retificação por certidão.     Â
      P.R.I.C.            SE NECESSÃRIO, SERVIRà CÃPIA DESTE(A)
DESPACHO/DECISÃO COMO MANDADO conforme autorizado pelo PROVIMENTO CJ/CI 003/2009,
devendo o Sr. Diretor Observar o disposto em seus nos artigos 3º e 4º.               Â
             Belém/PA, 26/10/2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da
4ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital 302 PROCESSO: 06146565720168140301 PROCESSO
ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH
A??o: Cumprimento de sentença em: 03/12/2021 AUTOR:FRANCISCO DE ASSIS BARROS RIBEIRO
Representante(s): OAB 17670 - MAYARA LUCIA DE SOUZA NASCIMENTO (ADVOGADO)
REQUERIDO:INSS INSTITUTO NACIONAL DE SEGURO SOCIAL. Autos nº 0614656-
57.2016.8.14.0301 Requerente(s): Francisco de Assis Barros Ribeiro Requerido(s): Instituto Nacional do
Seguro Social SENTENÃA Trate-se de Ação Previdenciária em fase de cumprimento de sentença
promovida por Francisco de Assis Barros Ribeiro em desfavor do Instituto Nacional do Seguro Social,
autarquia previdenciária de âmbito federal, que goza, nos termos do artigo 8º, da Lei n. 8.620/93, das
mesmas prerrogativas e privilégios assegurados à Fazenda Pública. O requerente apresentou
planilha/memória de cálculo e requereu a execução do julgado, apontando como montante
condenatório a importância de R$ 10.348,88 (Dez mil, trezentos e quarenta e oito reais e oitenta e oito
centavos). Dando inÃ-cio a fase de cumprimento de sentença, foi determinada a intimação do
Requerido INSS, a fim de que, no prazo de 30 (trinta) dias, querendo, opusesse Impugnação. Porém,
o Requerido INSS, mesmo devidamente intimado, mediante vista dos autos a um de seus ilustres
Procuradores (art. 17, da Lei n. 10.910/2004), não ofereceu a resposta que lhe facultava a lei (certidão
de fl. 81). O advogado da parte requerente apresentou o contrato de prestação de serviços
profissionais e requereu a reserva de honorários contratuais e consequente expedição de RPV em
separado. Conforme documento constante de fls. 77/79, a parte requerente informou ciência quanto aos
honorários advocatÃ-cios contratuais requeridos. à o relatório. Decido. Diante da anuência do requerido,
HOMOLOGO, pois, como quantum debeatur, a somatória de R$ 10.348,88 (Dez mil, trezentos e quarenta
e oito reais e oitenta e oito centavos). Tendo em vista que o Requerido INSS não apresentou
Impugnação à Execução; e considerando ainda a manifestação do requerente, expressando sua
concordância com o pedido de dedução dos honorários contratuais da quantia ser recebida por ele,
nos termos do art. 22, § 4º, do EOAB, Lei nº 8.906/94, PROCEDO, por conseguinte, à regra prevista
no artigo 535, § 3º, inciso II, do Código de Processo Civil: DETERMINO a expedição de 2 (duas)
REQUISIÃÃES PARA PAGAMENTO DE PEQUENO VALOR: 1)Â Â Â Â Â A primeira, no valor de 21%
(vinte e um por cento) de R$ 10.348,88 (Dez mil, trezentos e quarenta e oito reais e oitenta e oito
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prazo de 05 (cinco) dias, manifestar-se quanto ao interesse no prosseguimento do feito, requerendo o que
entender de direito, sob pena de extinção do processo (art. 485, III, §1º, CPC/2015).       Â
    Após o prazo, certificar acerca da manifestação e fazer os autos conclusos.      SE
NECESSÃRIO, SERVIRÃ CÃPIA DESTE (A) DESPACHO/DECISÃO COMO MANDADO conforme
autorizado pelo PROVIMENTO CJ/CI 003/2009, devendo o Sr. Diretor Observar o disposto em seus nos
artigos 3º e 4º.                           Belém/PA, 29/09/2021.
Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital 302
PROCESSO: 06666693320168140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o: Execução
de Título Extrajudicial em: 03/12/2021 REQUERENTE:SIPRIANO FERRAZ SANTOS JÚNIOR
Representante(s): OAB 18938 - EUGEN BARBOSA ERICHSEN (ADVOGADO) REQUERENTE:MARIANA
CAMPOS DE BRITTO Representante(s): OAB 18938 - EUGEN BARBOSA ERICHSEN (ADVOGADO)
REQUERIDO:LUZ DOURADA COMERCIO DE ALIMENTOS EIRELI Representante(s): OAB 15042 -
ALEX PINHEIRO CENTENO (ADVOGADO) REQUERIDO:ANDRÉ SILVA LOUREIRO GODINHO
Representante(s): OAB 25231 - VICTORIA KAROLYNNE FIDELIS OLIVEIRA (ADVOGADO) . Autos nº:
0666669-33.2016.8.14.0301 Requerentes: Mariana Campos de Britto e Sipriano Ferraz Santos Junior
Requeridos: André Silva Loureiro Godinho e Luz Dourada Comércio de Alimentos - EIRELI     Â
      Cuida-se de Execução de TÃ-tulo Extrajudicial ajuizada por Mariana Campos de Britto e
Sipriano Ferraz Santos Junior em face de André Silva Loureiro Godinho e Luz Dourada Comércio de
Alimentos - EIRELI. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Devidamente citada, a parte executada ajuizou Embargos Ã
Execução (nº 0816018-76.2017.8.14.0301). Em consulta ao Sistema PJe, verifica-se que os referidos
Embargos tiveram a distribuição cancelada, ante o nao recolhimento das custas processuais.     Â
      Embora ainda não transitada em julgado a sentença que extinguiu os embargos Ã
execução, tem-se que os mesmos não tem o condão de suspender os atos executórios. E ainda,
tendo em vista que os executados foram devidamente intimados para pagar o débito, todavia, não
efetuaram o pagamento, DEFIRO o pedido de penhora on line, via Sistema SISBAJUD, no valor de R$
51.501,90 (cinquenta e um mil, quinhentos e um reais e noventa centavos), conforme petição de fls.
109/111.            Frise-se que, em consulta ao Sistema SISBAJUD, não foi identificada
conta bancária em nome da executada Luz Dourada Comércio de Alimentos - EIRELI, apenas do
executado André Silva Loureiro Godinho.            Procedida a solicitação de bloqueio,
segue para juntada nos autos Detalhamento de Ordem Judicial de Bloqueio de Valores junto ao BACEN,
protocolado nesta data.            Os autos aguardarão em Gabinete pelo prazo de 48
(quarenta e oito) horas para verificação do cumprimento efetivo da medida.           Â
Ficam as partes intimadas para manifestarem-se sobre o resultado do bloqueio via BACENJUD. Â Â Â Â Â
      Certifique-se acerca da manifestação e retornem-me os autos conclusos. Belém/PA,
01/12/2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital
303 PROCESSO: 07176410720168140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o: Busca e
Apreensão em Alienação Fiduciária em: 03/12/2021 REQUERENTE:BANCO GMAC SA Representante(s):
OAB 10219 - MAURICIO PEREIRA DE LIMA (ADVOGADO) REQUERIDO:JOSE MARTINS DE
ANDRADE. Ação de Busca e Apreensão Autos nº: 0717641-07.2016.8.14.0301 Requente(s): Banco
Gmac S/A Requerido(s): José Martins de Andrade Juiz: Roberto Andrés Itzcovich SENTENÃA    Â
             Trata-se de Ação de Busca e Apreensão movida pelo Banco Gmac S/A
em face de José Martins de Andrade.            Determinada a emenda da inicial à fl. 20
para juntar o original da(s) cédula(s) de crédito bancário, o requerente não cumpriu a
determinação, limitando-se peticionar para juntar cópia autenticada do referido documento.     Â
      à relatório. Decido.            Conforme dispõe o art. 320 do CPC/2015, a
petição inicial deve ser instruÃ-da com todos os documentos indispensáveis à propositura da ação.
           No caso dos autos, tendo em vista tratar-se de ação de busca e apreensão, a
inicial deve ser instruÃ-da com o original da cédula de crédito bancário, uma vez que o referido
documento é um tÃ-tulo de crédito passÃ-vel de circulação por endosso, conforme dispõe o art. 29,
§1º, da Lei nº 10.931/2004.            Nesse sentido, segue jurisprudência:Â
PROCESSO CIVIL. DETERMINAÃÃO DE EMENDA DA INICIAL. FALTA DE APRESENTAÃÃO DA
CÃDULA DE CRÃDITO BANCÃRIO ORIGINAL NO PRAZO LEGAL. INDEFERIMENTO DA PETIÃÃO
INICIAL. EXTINÃÃO REGULAR DO PROCESSO. 1. Nas hipóteses de tÃ-tulos extrajudiciais passÃ-veis de
circulação mediante endosso, como é o caso da cédula de crédito bancário, a teor do disposto
no art. 29, § 1º, da Lei 10.931/2004, a execução deve ser aparelhada com a versão original da
cártula. 2. Impossibilita-se a reforma da sentença que indeferiu a petição inicial em razão da falta
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
contra ato atribuÃ-do ao Diretor Presidente do Banco do Estado do Pará - Banpará S.A, em que a
impetrante alega, em sÃ-ntese, ter sido aprovada e classificada em 5º lugar, no cadastro de reserva, no
polo I, municÃ-pio de Curralinho, para o cargo de Técnico Bancário, ofertado no CONCURSO PÃBLICO
PARA PROVIMENTO DE VAGAS EM CARGOS DE NÃVEL MÃDIO - TÃCNICO BANCÃRIO E DE NÃVEL
SUPERIOR - CONTADOR E MÃDICO DO TRABALHO, conforme Edital nº 001/2014, o qual teve sua
validade estendida até 11/11/2016.          Afirma que o impetrado lançou o Edital nº
001/2015, que regulamentou novo concurso público para provimento de vagas do cargo de Técnico
Bancário, e passou a efetuar ilegalmente a nomeação de candidatos aprovados em novo concurso,
sem, contudo, observar o direito de preferência da impetrante, conforme procedimento previsto no item
18.9 do Edital nº 001/2014.          Argumenta, ainda, acerca do seu direito lÃ-quido e certo Ã
imediata nomeação, convocação e posse para o cargo de Técnico Bancário junto ao Banco do
Estado do Pará - Banpará, uma vez que, de acordo com o procedimento previsto nos itens
supramencionados, no caso de surgimento de ¿novos pontos de atendimento em localidades diversas
das especificadas no Anexo I, deste Edital, bem como se não houver candidato(s) aprovado(s) ou
cadastro de reserva em alguma localidade constante do Anexo I deste Edital, o Banpará convocará, do
cadastro de reserva da localidade mais próxima (critério: distância em quilômetros)¿.       Â
  A impetrante requereu em sede liminar a sua imediata nomeação, convocação e posse ao cargo
de Técnico Bancário, junto ao Banco do Estado do Pará - Banpará, em decorrência de sua
aprovação em cadastro de reserva ofertado no CONCURSO PÃBLICO PARA PROVIMENTO DE
VAGAS EM CARGOS DE NÃVEL MÃDIO - TÃCNICO BANCÃRIO E DE NÃVEL SUPERIOR -
CONTADOR E MÃDICO DO TRABALHO, conforme o Edital nº 001/2014.          Deferida
gratuidade processual e concedida liminar, decisão de fls. 131/132.          Acolhido
Embargos de Declaração reconhecendo incompetência, decisão de fls. 133/134.         Â
Processo recebido, determinou-se apresentação de informações pelo impetrado, despacho a fl. 137.
         O impetrado interpôs Agravo de instrumento, fls. 138/163 contra decisão do juÃ-zo da
2ª vara da fazenda que concedeu a liminar.          O Ministério Público manifestou-se
pela não concessão da segurança (fls. 166/167).          A impetrante requer aplicação
de multa contra o impetrado por descumprimento da decisão liminar, fls. 168/170.         Â
FUNDAMENTAÃÃO          Cumpre inicialmente frisar que a questão em análise foi objeto
de repercussão geral no STF no RE 837.311/PI (TEMA 784), onde ficou assentado que o surgimento de
novas vagas ou a abertura de novo concurso para o mesmo cargo, durante o prazo de validade do
certame anterior, não gera automaticamente o direito à nomeação dos candidatos aprovados fora das
vagas previstas no edital: EMENTA: RECURSO EXTRAORDINÃRIO. CONSTITUCIONAL E
ADMINISTRATIVO. REPERCUSSÃO GERAL RECONHECIDA. TEMA 784 DO PLENÃRIO VIRTUAL.
CONTROVÃRSIA SOBRE O DIREITO SUBJETIVO Ã NOMEAÃÃO DE CANDIDATOS APROVADOS
ALÃM DO NÃMERO DE VAGAS PREVISTAS NO EDITAL DE CONCURSO PÃBLICO NO CASO DE
SURGIMENTO DE NOVAS VAGAS DURANTE O PRAZO DE VALIDADE DO CERTAME. MERA
EXPECTATIVA DE DIREITO Ã NOMEAÃÃO. ADMINISTRAÃÃO PÃBLICA. SITUAÃÃES EXCEPCIONAIS.
IN CASU, A ABERTURA DE NOVO CONCURSO PÃBLICO FOI ACOMPANHADA DA DEMONSTRAÃÃO
INEQUÃVOCA DA NECESSIDADE PREMENTE E INADIÃVEL DE PROVIMENTO DOS CARGOS.
INTERPRETAÃÃO DO ART. 37, IV, DA CONSTITUIÃÃO DA REPÃBLICA DE 1988. ARBÃTRIO.
PRETERIÃÃO. CONVOLAÃÃO EXCEPCIONAL DA MERA EXPECTATIVA EM DIREITO SUBJETIVO Ã
NOMEAÃÃO. PRINCÃPIOS DA EFICIÃNCIA, BOA-FÃ, MORALIDADE, IMPESSOALIDADE E DA
PROTEÃÃO DA CONFIANÃA. FORÃA NORMATIVA DO CONCURSO PÃBLICO. INTERESSE DA
SOCIEDADE. RESPEITO Ã ORDEM DE APROVAÃÃO. ACÃRDÃO RECORRIDO EM SINTONIA COM A
TESE ORA DELIMITADA. RECURSO EXTRAORDINÃRIO A QUE SE NEGA PROVIMENTO. 1. O
postulado do concurso público traduz-se na necessidade essencial de o Estado conferir efetividade a
diversos princÃ-pios constitucionais, corolários do merit system, dentre eles o de que todos são iguais
perante a lei, sem distinção de qualquer natureza (CRFB/88, art. 5º, caput). 2. O edital do concurso
com número especÃ-fico de vagas, uma vez publicado, faz exsurgir um dever de nomeação para a
própria Administração e um direito à nomeação titularizado pelo candidato aprovado dentro desse
número de vagas. Precedente do Plenário: RE 598.099 - RG, Relator Min. Gilmar Mendes, Tribunal
Pleno, DJe 03-10-2011. 3. O Estado Democrático de Direito republicano impõe à Administração
Pública que exerça sua discricionariedade entrincheirada não, apenas, pela sua avaliação
unilateral a respeito da conveniência e oportunidade de um ato, mas, sobretudo, pelos direitos
fundamentais e demais normas constitucionais em um ambiente de perene diálogo com a sociedade. 4. O
Poder Judiciário não deve atuar como ¿Administrador Positivo¿, de modo a aniquilar o espaço
decisório de titularidade do administrador para decidir sobre o que é melhor para a Administração: se
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
a convocação dos últimos colocados de concurso público na validade ou a dos primeiros aprovados
em um novo concurso. Essa escolha é legÃ-tima e, ressalvadas as hipóteses de abuso, não encontra
obstáculo em qualquer preceito constitucional. 5. Consectariamente, é cediço que a Administração
Pública possui discricionariedade para, observadas as normas constitucionais, prover as vagas da
maneira que melhor convier para o interesse da coletividade, como verbi gratia, ocorre quando, em
função de razões orçamentárias, os cargos vagos só possam ser providos em um futuro distante,
ou, até mesmo, que sejam extintos, na hipótese de restar caracterizado que não mais serão
necessários. 6. A publicação de novo edital de concurso público ou o surgimento de novas vagas
durante a validade de outro anteriormente realizado não caracteriza, por si só, a necessidade de
provimento imediato dos cargos. à que, a despeito da vacância dos cargos e da publicação do novo
edital durante a validade do concurso, podem surgir circunstâncias e legÃ-timas razões de interesse
público que justifiquem a inocorrência da nomeação no curto prazo, de modo a obstaculizar eventual
pretensão de reconhecimento do direito subjetivo à nomeação dos aprovados em colocação
além do número de vagas. Nesse contexto, a Administração Pública detém a prerrogativa de
realizar a escolha entre a prorrogação de um concurso público que esteja na validade ou a
realização de novo certame. 7. A tese objetiva assentada em sede desta repercussão geral é a de
que o surgimento de novas vagas ou a abertura de novo concurso para o mesmo cargo, durante o prazo
de validade do certame anterior, não gera automaticamente o direito à nomeação dos candidatos
aprovados fora das vagas previstas no edital, ressalvadas as hipóteses de preterição arbitrária e
imotivada por parte da administração, caracterizadas por comportamento tácito ou expresso do Poder
Público capaz de revelar a inequÃ-voca necessidade de nomeação do aprovado durante o perÃ-odo de
validade do certame, a ser demonstrada de forma cabal pelo candidato. Assim, a discricionariedade da
Administração quanto à convocação de aprovados em concurso público fica reduzida ao patamar
zero (Ermessensreduzierung auf Null), fazendo exsurgir o direito subjetivo à nomeação, verbi gratia,
nas seguintes hipóteses excepcionais: i) Quando a aprovação ocorrer dentro do número de vagas
dentro do edital (RE 598.099); ii) Quando houver preterição na nomeação por não observância da
ordem de classificação (Súmula 15 do STF); iii) Quando surgirem novas vagas, ou for aberto novo
concurso durante a validade do certame anterior, e ocorrer a preterição de candidatos aprovados fora
das vagas de forma arbitrária e imotivada por parte da administração nos termos acima. 8. In casu,
reconhece-se, excepcionalmente, o direito subjetivo à nomeação aos candidatos devidamente
aprovados no concurso público, pois houve, dentro da validade do processo seletivo e, também, logo
após expirado o referido prazo, manifestações inequÃ-vocas da Administração piauiense acerca da
existência de vagas e, sobretudo, da necessidade de chamamento de novos Defensores Públicos para o
Estado. 9. Recurso Extraordinário a que se nega provimento. (RE 837311, Relator(a): LUIZ FUX, Tribunal
Pleno, julgado em 09/12/2015, PROCESSO ELETRÃNICO REPERCUSSÃO GERAL - MÃRITO DJe-072
DIVULG 15-04-2016 PUBLIC 18-04-2016). Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Para que haja o surgimento do direito
subjetivo à nomeação de candidato aprovado em concurso público, o STF estabeleceu as seguintes
condições: I - Quando a aprovação ocorrer dentro do número de vagas dentro do edital; II -
Quando houver preterição na nomeação por não observância da ordem de classificação; III -
Quando surgirem novas vagas, ou for aberto novo concurso durante a validade do certame anterior, e
ocorrer a preterição de candidatos de forma arbitrária e imotivada por parte da administração nos
termos acima. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â No caso em exame, na qualidade de candidata aprovada emÂ
cadastro de reserva, possui, via de regra, mera expectativa de direito à nomeação, ressalvadas as
hipóteses de preterição arbitrária e imotivada por parte da administração, caracterizadas por
comportamento tácito ou expresso do Poder Público capaz de revelar a inequÃ-voca necessidade de
nomeação durante o perÃ-odo de validade do certame, a qual deve ser demonstrada pelo candidato. Â
        Repita-se que a aprovação em concurso público com o nome do aprovado incluso
em cadastro de reserva não gera, por si só, direito subjetivo à nomeação para o cargo pretendido,
não estando a Administração Pública vinculada à nomeação de candidatos aprovados, o que só
ocorre se ficar demonstrada eventual arbitrariedade ou ilegalidade. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Constata-se,
primeiramente, que no edital do concurso n. 001/2015 não foi ofertada vaga para o municÃ-pio de
Curralinho, onde a impetrante foi classificada no cadastro de reserva. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Alega que o
certame posterior ocorreu em desobediência ao procedimento previsto no item 18.9 do edital nº
001/2014, uma vez que na eventualidade de abertura de vagas em novos municÃ-pios, o candidato
aprovado poderia, a critério da administração pública, ser nomeado em cidade mais próxima, desde
que não houvesse cadastro de reserva para essa respectiva cidade. Vejamos o que dispõe o item
18.9 e 18.9.1 do edital nº 001/2014:  18.9. De acordo com as necessidades do Banco, na hipótese de
abertura de novos pontos de atendimento em localidades diversas das especificadas no Anexo I, deste
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
Edital, bem como se não houver candidato(s) aprovado(s) ou cadastro de reserva em alguma
localidade constante do Anexo I deste Edital, o Banpará convocará, do cadastro de reserva da
localidade mais próxima (critério: distância em quilômetros), o candidato aprovado para suprir a vaga
existente, sendo obedecida, rigorosamente, a ordem de classificação. 18.9.1. O candidato convocado
para prover vaga na forma do subitem acima que declinar da vaga ou não seja de seu interesse ocupá-
la, será imediatamente excluÃ-do do cadastro de reserva e considerado desistente. O Banpará seÂ
reserva o direito de convocar o próximo candidato classificado, imediatamente a seguir.        Â
  Como se vê, não há prova inequÃ-voca de descumprimento das regras do concurso a convolar a
mera expectativa em direito subjetivo à nomeação, uma vez que a administração pública
demonstrou ter obedecido à ordem de classificação do cadastro de reserva para o municÃ-pio de
Curralinho, não havendo que se falar em preterição em detrimento dos aprovados no certame de
2015, que não ofertou vagas para o municÃ-pio da impetrante.           Embora a impetrante
tenha sido classificada em 5º lugar no cadastro de reserva para o cargo de técnico bancário no
MunicÃ-pio de Curralinho, não logrou êxito em ser convocada durante o prazo de vigência do concurso,
pois as convocações não alcançaram sua classificação, ocorrendo nomeação apenas até a
4ª colocação.           Ao mesmo tempo, como já mencionado, o direito à nomeação
para tomar posse em outro municÃ-pio, conforme prevê o Edital 001/2014, no item 18.9 (fls. 34), por
suposta preterição segundo as regras do municÃ-pio mais próximo, não restou configurado, pois
não há provas de ausência de candidato aprovado ou esgotamento de cadastro de reserva até
chegar-se na classificação da autora, permanecendo a mera expectativa, necessitando, assim que haja
instrução probatória, o que não se admite em via mandamental.           Não basta
apenas comprovar a abertura de novo concurso, mas demonstrar de maneira inequÃ-voca, a preterição
arbitrária e imotivada pela Administração Pública, o que não ocorre nos autos. Neste sentido segue
entendendo o Egrégio Superior Tribunal de Justiça: MANDADO DE SEGURANÃA. ADMINISTRATIVO.
CONCURSO PÃBLICO. CLASSIFICAÃÃO ALÃM DAS VAGAS OFERECIDAS NO EDITAL. MERA
EXPECTATIVA DE DIREITO. LEGÃTIMO EXERCÃCIO DO PODER ADMINISTRATIVO
DISCRICIONÃRIO. 1. A teor do disposto no art. 1º da Lei n. 12.016/2009, a concessão do mandado de
segurança pressupõe ilegalidade ou abuso de poder, a violar direito lÃ-quido e certo. 2. Em princÃ-pio,
não se revela abusiva ou ilegal a não nomeação de candidatos cuja classificação nos certames
públicos se dê para além das vagas inicialmente oferecidas no instrumento convocatório, hipótese
em que a decisão pelo provimento dos cargos excedentes se sujeita ao legÃ-timo juÃ-zo de conveniência
e oportunidade da Administração Pública. Precedentes do STJ e do STF. 3. A prova pré-constituÃ-da
existente nos autos não indica ilegalidade ou abuso de poder por parte das apontadas autoridades
coatoras, não havendo, portanto, falar em violação de direito lÃ-quido e certo da parte impetrante,
capaz de legitimar a concessão do pretendido writ. 4. Ordem denegada.(STJ - MS: 19958 DF
2013/0081110-3, Relator: Ministro SÃRGIO KUKINA, Data de Julgamento: 22/06/2016, S1 - PRIMEIRA
SEÃÃO, Data de Publicação: DJe 05/08/2016)  ADMINISTRATIVO. CONCURSO PÃBLICO.Â
CADASTRO DE RESERVA. AUSÃNCIA DE COMPROVAÃÃO DE DIREITO LÃQUIDO E CERTO.
IMPOSSIBILIDADE DE DILAÃÃO PROBATÃRIA EM MANDADO DE SEGURANÃA. I - O Supremo
Tribunal Federal, ao julgar o Recurso Extraordinário n. 837.311/PI, submetido ao rito do art. 543-B, firmou
entendimento segundo o qual o surgimento de novas vagas ou a abertura de novo concurso para o
mesmo cargo, durante o prazo de validade do certame anterior, não gera automaticamente o direito Ã
nomeação dos candidatos aprovados fora das vagas previstas no edital, ressalvadas as hipóteses de
preterição arbitrária e imotivada por parte da administração, caracterizadas por comportamento
tácito ou expresso do Poder Público capaz de revelar a inequÃ-voca necessidade de nomeação do
aprovado durante o perÃ-odo de validade do certame, a ser demonstrada de forma cabal pelo candidato.
Nesse sentido: AgInt no RMS 50.429/MG, Rel. Ministra Regina Helena Costa, Primeira Turma, julgado em
21/3/2017, DJe 30/3/2017; AgRg no RMS 48.178/SC, Rel. Ministro Herman Benjamin, Segunda Turma,
julgado em 9/3/2017, DJe 19/4/2017). II - Na hipótese em debate, além de necessitar da
comprovação do surgimento de vagas bastantes para garantir a nomeação da impetrante, deve ser
igualmente comprovado o interesse inequÃ-voco da Administração em preenchê-las, o que não ficou
suficientemente demonstrado. III - Importante destacar que a mera edição de lei criando novas vagas
não se traduz em inequÃ-voco interesse público no preenchimento das respectivas vagas, uma vez que
cabe à própria Administração Pública, valendo-se de seu juÃ-zo de conveniência e oportunidade,
determinar o momento em que aquelas serão preenchidas, bem como a quantidade de convocações.
IV - Ademais, tal verificação, quanto à existência de cargos vagos, demandaria necessária dilação
probatória, o que não se admite nesta via mandamental (AgRg no RMS 35.906/MG, Rel. Ministra
Regina Helena Costa, Primeira Turma, julgado em 21/3/2017, DJe 30/3/2017). V - Agravo interno
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
improvido. (STJ - AgInt no RMS: 55183 SP 2017/0222315-3, Relator: Ministro FRANCISCO FALCÃO,
Data de Julgamento: 20/02/2018, T2 - SEGUNDA TURMA, Data de Publicação: DJe 26/02/2018)   Â
       Como dito, o Poder Judiciário não pode atuar como administrador positivo, limitando,
assim, o poder decisório de titularidade do administrador para decidir sobre o que é melhor para a
Administração: como por exemplo, se a convocação dos últimos colocados de concurso público
na validade ou a dos primeiros aprovados em um novo concurso. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Portanto, seguindo a
orientação do RE 837.311/PI, o candidato aprovado fora do número de vagas anunciadas em edital de
concurso público deve comprovar, de maneira inconteste, a existência de cargos vagos, e a ocorrência
de preterição indevida pela Administração, para que a mera expectativa de direito se convole em
direito lÃ-quido e certo à sua convocação e nomeação.          Todavia, no caso dos
autos, repita-se, após análise de todo o conjunto probatório apresentado, a impetrante não conseguiu
demonstrar, cabalmente, que as novas nomeações efetuadas pela impetrada feriram os critérios
pertinentes à proximidade geográfica e, consequentemente, atingiram seu direito subjetivo Ã
nomeação, uma vez que havia municÃ-pios mais próximos com possibilidade de existir candidatos
mais bem colocados para assumir a vaga.          A alegada preterição no concurso
público necessita de dilação probatória para a sua aferição, o que é inviável na via
mandamental. Assim, dada a ausência de prova pré-constituÃ-da, forçoso o reconhecimento da
ausência de direito lÃ-quido e certo a ser amparado por mandado de segurança.         Â
DISPOSITIVO Â Â Â Â Â Â Â Â Â Pelo exposto, DENEGO A SEGURANÃA pretendida, revogando a
liminar concedida às fls. 131/132 dos autos.          Condeno a impetrante ao pagamento das
custas processuais, suspendendo-se, contudo, sua exigibilidade face a assistência judiciária gratuita
deferida, observado o disposto no art. 98, §3º, do CPC/2015, bem como isentando-a do pagamento de
honorários advocatÃ-cios a teor do contido no art. 25 da Lei nº 12.016/09, Súmula 105 do STJ e
Súmula 512 do STF.          Certificado o trânsito em julgado, havendo custas pendentes,
intime-se o responsável para o recolhimento, sob pena de inscrição na dÃ-vida ativa. Inerte, inscreva-
se.          Após, cumpridas as cautelas legais, arquivar os presentes autos e dar baixa na
distribuição.          P.R.I.C.          Belém, 28/10/2021. Roberto Andrés
Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital  109 PROCESSO:
00000736419918140301 PROCESSO ANTIGO: 199110111730
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o: Inventário
em: 06/12/2021 INVENTARIANTE:ELIZABETH ROCHA LOBATO Representante(s): OAB 17450 - ERICK
BRAGA BRITO (ADVOGADO) HELENA ROCHA LOBATO (ADVOGADO) INVENTARIADO:JOSE MARIA
MALCHER LOBATO INTERESSADO:MARIA BERNADETE LOBATO FRANCO Representante(s): OAB
17450 - ERICK BRAGA BRITO (ADVOGADO) . Defiro o pedido formulado pela parte requerente na
petição de fl. 87.          Após recolhidas as custas, expeça-se formal de partilha a
interveniente, Sra. Maria Bernadette Lobato Franco, conforme item a) da Cláusula 05 da Escritura
Particular de Contrato de Partilha Amigável de Herança (fl. 67), homologado por sentença.
Belém/PA, 29/11/2021. ROBERTO ANDRES ITZCOVICH Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e
Empresarial de Belém 303 PROCESSO: 00000932220038140301 PROCESSO ANTIGO: 200310003013
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o: Monitória
em: 06/12/2021 REU:JOAO ANTONIO DE MORAES FILHO AUTOR:BANCO DO ESTADO DO PARA S.A.
Representante(s): ANA CRISTINA S PEREIRA (ADVOGADO) . Considerando a informação de
falecimento do réu (fls. 45/46) e a petição de habilitação formulada pelo autor, determino a
citação dos herdeiros do requerido, Deuzarina da Silva Moraes, Alan Antônio e Andreza Antônia, no
endereço declinado à fl. 65, para se manifestarem, no prazo de 05 dias, nos termos do artigo 690 do
CPC.            Expeça-se o necessário. Cumpra-se.            Intimar.
Belém/PA, 26/08/2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e
Empresarial da Capital 303 PROCESSO: 00000960720038140301 PROCESSO ANTIGO: 200310003097
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o: Execução
de Título Extrajudicial em: 06/12/2021 AUTOR:BANCO BRASILEIRO COMERCIAL S/A Representante(s):
LUIS CARLOS MENDONCA (ADVOGADO) REU:ANANIAS FERREIRA PEREIRA REU:ANANIAS
FERREIRA PEREIRA JUNIOR REU:FATIMA CONCEICAO RIBEIRO PEREIRA. Em consulta ao sistema
RENAJUD, que segue anexo ao presente despacho, verifica-se não foi encontrado nenhum veÃ-culo em
nome do(s) Executado(s). Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Destarte, INTIME-SE o exequente para manifestar-se,
no prazo de 15 dias, requererendo o que enteder de direito para o prosseguimento dda execução.  Â
          Após o prazo, certifique-se e retornem-me os autos conclusos.          Â
  Int. Belém/PA, 01/12/2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e
Empresarial da Capital 303 PROCESSO: 00003834019998140301 PROCESSO ANTIGO: 199910005569
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
Decisão de fls. 58/59 deferiu a gratuidade de justiça ao autor, indeferiu os pedidos de tutela de
urgência e determinou ao requerido a exibição do contrato de financiamento no prazo da
contestação.                Devidamente citado, o requerido contestou às fls. 63/67,
requerendo a improcedência total da ação, bem como apresentou cópia do contrato à s fls. 68/72. Â
              A parte autora se manifestou em réplica à s fls. 75/86.         Â
      Os autos, então, vieram-me conclusos.                Â
FUNDAMENTAÃÃO Julgamento antecipado                 No caso sub examine,
desnecessária a ampliação probatória, posto que o feito já contém elementos suficientes para
apreciação e julgamento e, ainda, em atenção ao princÃ-pio da livre convicção, antecipo o
julgamento do mérito, na forma do art. 355, I, do CPC/2015, o qual estabelece a conveniência do
julgamento antecipado do pedido, quando não houver necessidade de outras provas.         Â
       Nesse sentido, há tempos a jurisprudência dos tribunais superiores aponta que
¿Presentes as condições que ensejam o julgamento antecipado da causa, é dever do juiz e não
mera faculdade, assim o proceder¿. Do Mérito Da aplicação do CDC ao caso dos autos      Â
          à flagrante a aplicação do Código de Defesa do Consumidor aos contratos
bancários, porquanto decorrente de expressa determinação legal a teor dos artigos 2º e 3º, do
CDC, os quais trazem os conceitos de consumidor e fornecedor, respectivamente. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â
     Resta evidente que as operações bancárias como um todo, por expressa determinação
legal (CDC, art. 3º, §2º), inclusive as de mútuo ou de abertura de crédito, regem-se pelo CDC,
sendo contra legem e despropositada qualquer argumentação em contrário.            Â
    O Código de Defesa do Consumidor fala expressamente em atividade de natureza bancária,
financeira e de crédito.                 Como esclarece CLÃUDIA LIMA MARQUES: O
produto da empresa de banco é dinheiro ou crédito, bem juridicamente consumÃ-vel, sendo, portanto,
fornecedora; e o consumidor o mutuário ou creditado. (Contratos no Código de Defesa do Consumidor,
RT, 4ª ed., 2002, pág. 460).                 Ressalte-se, ainda, que no caso dos
autos, constata-se desde logo que o requerente foi destinatário final dos recursos financeiros obtidos
junto ao requerido, o que é mais um elemento caracterizador da relação de consumo, conforme
adverte NELSON NERY JÃNIOR: Os contratos bancários podem ter como objeto o crédito. Destes, os
mais comuns são o contrato de mútuo, de desconto, de financiamento de aquisição de produtos ao
consumidor, de abertura de crédito, de cartão de crédito etc. Se o devedor destinar o crédito para
sua utilidade pessoal, como destinatário final, haverá relação de consumo, sujeita ao regime do CDC.
(Código Brasileiro de Defesa do Consumidor, vários autores, Forense, 7ª ed., pág. 472).      Â
          Afora a Súmula nº 297 do STJ, que dispõe que "o Código de Defesa do
Consumidor é aplicável às instituições financeiras", tem-se que o Supremo Tribunal Federal julgou
improcedente o pedido da Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 2591, ajuizada pela
Confederação Nacional do Sistema Financeiro - CONSIF, ação esta que tinha por fim,
especificamente, a declaração de inaplicabilidade do CDC às operações realizadas entre o cliente-
consumidor e as instituições financeiras. Da limitação da taxa de juros remuneratórios      Â
          A respeito dos juros remuneratórios, a Súmula vinculante n.º 07 do Supremo
Tribunal Federal pacificou a discussão sobre a auto-aplicabilidade do extinto art. 192, §3º, da
Constituição Federal, in verbis: ¿a norma do §3º do artigo 192 da Constituição, revogada pela
Emenda Constitucional n.º 40/2003, que limitava a taxa de juros reais a 12% ao ano, tinha sua
aplicação condicionada à edição de lei complementar.¿                 Desse
modo, tornou-se incabÃ-vel qualquer argumentação no sentido de que os juros remuneratórios, mesmo
naqueles contratos celebrados antes da Emenda Constitucional n º 40/2003, deveriam ficar limitados em
12% (doze por cento) ao ano por imposição constitucional.                Â
Entrementes, ainda subsiste a discussão sobre a limitação dos juros remuneratórios com relação
às normas infraconstitucionais, principalmente quanto ao artigo 591 do Código Civil e ao Decreto n.
22.626/33, também conhecido como Lei de Usura. Nesse quadro, impõe-se, em princÃ-pio, a
manutenção da taxa de juros remuneratórios pactuada, por ser insuficiente a legislação
infraconstitucional a embasar pretensão de limitá-los.                 Os juros
remuneratórios não sofrem as limitações da Lei da Usura, a teor da Súmula nº 596 do STF. Isso
porque, com a edição da Lei 4.595/64, não se aplica a limitação dos juros remuneratórios em 12%
ao ano aos contratos celebrados com instituições integrantes do Sistema Financeiro Nacional.    Â
            Também não há que se falar em limitação dos juros remuneratórios em
razão da regra prevista no artigo 591 do Código Civil. Esse dispositivo legal se refere apenas à s
relações jurÃ-dicas mantidas entre pessoas fÃ-sicas ou entre pessoas fÃ-sicas e jurÃ-dicas, desde que
estas não sejam instituições financeiras. Havendo uma relação jurÃ-dica entre pessoa fÃ-sica ou
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jurÃ-dica e uma instituição financeira, não há aplicação dessa norma civil, devendo ser utilizadas
as regras do Sistema Financeiro Nacional, principalmente aquelas da Lei n. 4.595/64. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â
      Portanto, não se considera como abusiva, por si só, a taxa de juros que exceda o patamar
de 12% ao ano. Todavia, para que sejam evitados abusos extremos, a taxa de juros remuneratórios não
poderá jamais exceder consideravelmente a média fixada pelo Banco Central.            Â
    Dessa forma, será abusiva a taxa de juros que exceder o Ã-ndice médio fixado pelo Banco
Central e utilizado pelas demais instituições financeiras, conforme o Superior Tribunal de Justiça
assentou no julgamento do Recurso Especial nº 1.061.530-RS, uma vez instaurado o incidente de
processo repetitivo: DIREITO PROCESSUAL CIVIL E BANCÃRIO. RECURSO ESPECIAL. AÃÃO
REVISIONAL DE CLÃUSULAS DE CONTRATO BANCÃRIO. INCIDENTE DE PROCESSO REPETITIVO.
JUROS REMUNERATÃRIOS. CONFIGURAÃÃO DA MORA. JUROS MORATÃRIOS.
INSCRIÃÃO/MANUTENÃÃO EM CADASTRO DE INADIMPLENTES. DISPOSIÃÃES DE OFÃCIO. [...] I -
JULGAMENTO DAS QUESTÃES IDÃNTICAS QUE CARACTERIZAM A MULTIPLICIDADE.
ORIENTAÃÃO 1 - JUROS REMUNERATÃRIOS a) As instituições financeiras não se sujeitam Ã
limitação dos juros remuneratórios estipulada na Lei de Usura (Decreto 22.626/33), Súmula 596/STF;
b) A estipulação de juros remuneratórios superiores a 12% ao ano, por si só, não indica
abusividade; c) São inaplicáveis aos juros remuneratórios dos contratos de mútuo bancário as
disposições do art. 591 c/c o art. 406 do CC/02; d) à admitida a revisão das taxas de juros
remuneratórios em situações excepcionais, desde que caracterizada a relação de consumo e que a
abusividade (capaz de colocar o consumidor em desvantagem exagerada - art. 51, §1º, do CDC) fique
cabalmente demonstrada, ante às peculiaridades do julgamento em concreto. (STJ, REsp 1061530/RS,
Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, SEGUNDA SEÃÃO, julgado em 22/10/2008, Dje 10/03/2009). Â Â Â Â Â
           No caso, deve restar cabalmente comprovado que o encargo cobrado pela
instituição encontra-se acima daquele normalmente praticado pelo mercado financeiro, de modo a gerar
desequilÃ-brio na relação contratual, com onerosidade excessiva ao consumidor.           Â
     Caso não seja comprovada essa abusividade, não se considera ilegal a taxa de juros
cobrada.                 Diante de todas essas considerações, tem-se que é livre
aplicação dos juros remuneratórios contratados pelas partes, desde que dentro de uma razoabilidade,
ou seja, dentro do patamar da taxa média de mercado divulgada pelo Banco Central do Brasil.     Â
           Para analisar a relação entre a taxa de juros contratada e a taxa média fixada
pelo Banco Central do Brasil, utilizo a projeção disponibilizada pelo próprio Banco Central em seu
" s i t e " , q u e f o i o b t i d a a t r a v à © s d o l i n k :
https://www3.bcb.gov.br/sgspub/localizarseries/localizarSeries.do?method=prepararTelaLocalizarSeries,
no caminho indicadores de crédito, taxas de juros com recursos livres, taxa média de juros - pessoas
fÃ-sicas - aquisição de veÃ-culos, código 20749.                 De acordo com os
dados disponibilizados pelo Banco Central do Brasil, verifica-se que em  março de 2010, mês da
celebração do contrato, a taxa média dos juros prefixados para pessoas fÃ-sicas com o fim de
aquisição de veÃ-culo foi de 23,54% ao ano.                 No contrato celebrado
pelas partes a taxa de juros pactuada de 22,03% ao ano (conforme doc. de fls. 68) está em valor inferior
à taxa média de mercado. Logo, inexiste abusividade a ser reconhecida quanto aos juros
remuneratórios, vez que se encontra dentro de parâmetros compatÃ-veis com a média do mercado.Â
Da capitalização dos juros                 Também é pacÃ-fico o entendimento
jurisprudencial de que é permitida a capitalização de juros pelas instituições bancárias, de que
é exemplo a seguinte ementa de julgado proferido pela 4ª Turma do Superior Tribunal de Justiça:
AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. PROCESSUAL CIVIL E BANCÃRIO
CAPITALIZAÃÃO MENSAL DE JUROS. PACTUAÃÃO EXPRESSA. VERIFICAÃÃO. TAXA ANUAL
SUPERA O DUODÃCUPLO DA TAXA MENSAL. AFASTAMENTO DAS SÃMULAS 5 E 7 DO STJ.
AGRAVO PARCIALMENTE PROVIDO. 1. Com relação à capitalização mensal dos juros, a
jurisprudência desta E. Corte pacificou-se no sentido de que sua cobrança é admitida nos contratos
bancários celebrados a partir da edição da Medida Provisória nº 1.963-17/2000, reeditada sob o nº
2.170-36/2001, qual seja, 31.03.2000, desde que expressamente pactuada. 2. Esta Corte pacificou o
entendimento de que há previsão expressa de cobrança de juros capitalizados em periodicidade
mensal quando a taxa de juros anual ultrapassa o duodécuplo da taxa mensal. 3. In casu, o aresto
recorrido afirmou a existência de expressa pactuação a respeito da cobrança de juros capitalizados
em periodicidade mensal, razão pela qual é inviável a pretensão recursal, porquanto demandaria
rever questões fáticas e interpretação de cláusula contratual, o que se sabe vedado nesta
instância especial. Incidência das Súmulas 5 e 7 desta Corte Superior de Justiça. 4. Agravo
regimental a que se dá parcial provimento. (AgRg no Agravo em Recurso Especial nº 632.948/SP
329
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
(2014/0333346-6), 4ª Turma do STJ, Rel. Raul Araújo. j. 18.08.2015, DJe 04.09.2015).        Â
        Nesse julgamento especÃ-fico, o Ministro Relator houve por bem consignar que: ¿para a
cobrança da capitalização mensal dos juros, faz-se necessária a presença, cumulativa, dos
seguintes requisitos: (a) legislação especÃ-fica possibilitando a pactuação, como nos contratos
bancários posteriores a 31/3/2000 (MP nº 1.963-17/2000, reeditada pela MP nº 2.170-36/2001), em
vigência em face do art. 2º da Emenda Constitucional nº 32/2001 (AgRg no REsp 1.052.298/MS, Rel.
Min. ALDIR PASSARINHO JUNIOR, Quarta Turma, DJe de 1º/3/2010); e (b) expressa previsão
contratual quanto à periodicidade.Tal entendimento foi sedimentado na forma do art. 543-C do CPC, com
o julgamento do REsp 973.827/RS (Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, Rel. p/ acórdão Ministra
MARIA ISABEL GALLOTTI, SEGUNDA SEÃÃO, julgado em 8/8/2012, DJe de 24/9/2012). ¿      Â
          Continuando, o Ministro Relator enfatizou que mesmo que não haja previsão
escrita de capitalização mensal no instrumento contratual firmado: ¿esta Corte possui entendimento
de que há previsão expressa de cobrança de juros capitalizados em periodicidade mensal quando a
taxa de juros anual ultrapassa o duodécuplo da taxa mensal. Nesse sentido: REsp 1.220.930/RS, Rel.
Min. Massami Uyeda, DJe de 9.2.2011; AgRg no REsp 735.140/RS, Quarta Turma, Rel. Min. Jorge
Scartezzini, DJ de 5.12.2005; AgRg no REsp 735.711/RS, Quarta Turma, Rel. Min. Fernando Gonçalves,
DJ de 12.9.2005; AgRg no REsp 714.510/RS, Quarta Turma, Rel. Min. Jorge Documento: 58612112 -
RELATÃRIO E VOTO - Site certificado Página 3 de 4 Superior Tribunal de Justiça Scartezzini, DJ de
22.8.2005; AgRg no REsp 809.882/RS, Rel. Min. Aldir Passarinho Junior, DJ de 24.4.2006¿.     Â
           Conclui-se, desta forma, que, no caso discutido nos presentes autos, inexiste
abusividade na capitalização de juros, na medida em que nos contratos bancários tal prática é
permitida. Do Imposto sobre Operações Financeiras - IOF                 Quanto ao
Imposto sobre Operações Financeiras - IOF, o Superior Tribunal de Justiça também fixou o
entendimento tomado sob o rito dos recursos repetitivos, no julgamento dos Recursos Especiais nº
1.251.331/RS e 1.255.573/RS, no sentido de que podem as partes convencionar o pagamento do Imposto
sobre Operações Financeiras e de Crédito (IOF) por meio de financiamento acessório ao mútuo
principal, sujeitando-o aos mesmos encargos contratuais.                 Senão
vejamos: CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. CONTRATO DE FINANCIAMENTO COM
GARANTIA DE ALIENAÃÃO FIDUCIÃRIA. COMISSÃO DE PERMANÃNCIA.
COMPENSAÃÃO/REPETIÃÃO SIMPLES DO INDÃBITO. RECURSOS REPETITIVOS. TARIFAS
BANCÃRIAS. TAC E TEC. EXPRESSA PREVISÃO CONTRATUAL. COBRANÃA. LEGITIMIDADE.
PRECEDENTES. FINANCIAMENTO DO IOF. POSSIBILIDADE. 1. A comissão de permanência não
pode ser cumulada com quaisquer outros encargos remuneratórios ou moratórios (enunciados Súmulas
30, 294 e 472 do STJ). 2. Tratando-se de relação de consumo ou de contrato de adesão, a
compensação/repetição simples do indébito independe da prova do erro (Enunciado 322 da
Súmula do STJ). 3. Nos termos dos arts. 4º e 9º da Lei 4.595/1964, recebida pela Constituição
como lei complementar, compete ao Conselho Monetário Nacional dispor sobre taxa de juros e sobre a
remuneração dos serviços bancários, e ao Banco Central do Brasil fazer cumprir as normas
expedidas pelo CMN. 4. Ao tempo da Resolução CMN 2.303/1996, a orientação estatal quanto Ã
cobrança de tarifas pelas instituições financeiras era essencialmente não intervencionista, vale dizer,
"a regulamentação facultava às instituições financeiras a cobrança pela prestação de
quaisquer tipos de serviços, com exceção daqueles que a norma definia como básicos, desde que
fossem efetivamente contratados e prestados ao cliente, assim como respeitassem os procedimentos
voltados a assegurar a transparência da polÃ-tica de preços adotada pela instituição." 5. Com o
inÃ-cio da vigência da Resolução CMN 3.518/2007, em 30.4.2008, a cobrança por serviços
bancários prioritários para pessoas fÃ-sicas ficou limitada à s hipóteses taxativamente previstas em
norma padronizadora expedida pelo Banco Central do Brasil. 6. A Tarifa de Abertura de Crédito (TAC) e
a Tarifa de Emissão de Carnê (TEC) não foram previstas na Tabela anexa à Circular BACEN
3.371/2007 e atos normativos que a sucederam, de forma que não mais é válida sua pactuação em
contratos posteriores a 30.4.2008. 7. A cobrança de tais tarifas (TAC e TEC) é permitida, portanto, se
baseada em contratos celebrados até 30.4.2008, ressalvado abuso devidamente comprovado caso a
caso, por meio da invocação de parâmetros objetivos de mercado e circunstâncias do caso
concreto, não bastando a mera remissão a conceitos jurÃ-dicos abstratos ou à convicção subjetiva
do magistrado. 8. Permanece legÃ-tima a estipulação da Tarifa de Cadastro, a qual remunera o
serviço de "realização de pesquisa em serviços de proteção ao crédito, base de dados e
informações cadastrais, e tratamento de dados e informações necessários ao inicio de
relacionamento decorrente da abertura de conta de depósito à vista ou de poupança ou contratação
de operação de crédito ou de arrendamento mercantil, não podendo ser cobrada cumulativamente"
330
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
(Tabela anexa à vigente Resolução CMN 3.919/2010, com a redação dada pela Resolução
4.021/2011). 9. à lÃ-cito aos contratantes convencionar o pagamento do Imposto sobre Operações
Financeiras e de Crédito (IOF) por meio financiamento acessório ao mútuo principal, sujeitando-o aos
mesmos encargos contratuais. 10. Teses para os efeitos do art. 543-C do CPC: - 1ª Tese: Nos contratos
bancários celebrados até 30.4.2008 (fim da vigência da Resolução CMN 2.303/96) era válida a
pactuação das tarifas de abertura de crédito (TAC) e de emissão de carnê (TEC), ou outra
denominação para o mesmo fato gerador, ressalvado o exame de abusividade em cada caso concreto.
- 2ª Tese: Com a vigência da Resolução CMN 3.518/2007, em 30.4.2008, a cobrança por serviços
bancários prioritários para pessoas fÃ-sicas ficou limitada à s hipóteses taxativamente previstas em
norma padronizadora expedida pela autoridade monetária. Desde então, não mais tem respaldo legal
a contratação da Tarifa de Emissão de Carnê (TEC) e da Tarifa de Abertura de Crédito (TAC), ou
outra denominação para o mesmo fato gerador. Permanece válida a Tarifa de Cadastro
expressamente tipificada em ato normativo padronizador da autoridade monetária, a qual somente pode
ser cobrada no inÃ-cio do relacionamento entre o consumidor e a instituição financeira. - 3ª Tese:
Podem as partes convencionar o pagamento do Imposto sobre Operações Financeiras e de Crédito
(IOF) por meio de financiamento acessório ao mútuo principal, sujeitando-o aos mesmos encargos
contratuais. 11. Recurso especial conhecido e parcialmente provido. (REsp 1255573/RS, Rel. Ministra
MARIA ISABEL GALLOTTI, SEGUNDA SEÃÃO, julgado em 28/08/2013, DJe 24/10/2013). Desta feita,
não há qualquer ilegalidade na referida cobrança, sobretudo porque é baseada em imperativo de lei,
cuja incidência torna-se obrigatória, não devendo ser considerada a vontade das partes. CIVIL E
PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. CONTRATO DE FINANCIAMENTO COM GARANTIA DE
ALIENAÃÃO FIDUCIÃRIA. DIVERGÃNCIA. CAPITALIZAÃÃO DE JUROS. JUROS COMPOSTOS.
MEDIDA PROVISÃRIA 2.170-36/2001. RECURSOS REPETITIVOS. CPC, ART. 543-C. TARIFAS
ADMINISTRATIVAS PARA ABERTURA DE CRÃDITO (TAC), E EMISSÃO DE CARNÃ (TEC).
EXPRESSA PREVISÃO CONTRATUAL. COBRANÃA. LEGITIMIDADE. PRECEDENTES. MÃTUO
ACESSÃRIO PARA PAGAMENTO PARCELADO DO IMPOSTO SOBRE OPERAÃÃES FINANCEIRAS
(IOF). POSSIBILIDADE. 1. "A capitalização dos juros em periodicidade inferior à anual deve vir
pactuada de forma expressa e clara. A previsão no contrato bancário de taxa de juros anual superior ao
duodécuplo da mensal é suficiente para permitir a cobrança da taxa efetiva anual contratada" (2ª
Seção, REsp 973.827/RS, julgado na forma do art. 543-C do CPC, acórdão de minha relatoria, DJe
de 24.9.2012). 2. Nos termos dos arts. 4º e 9º da Lei 4.595/1964, recebida pela Constituição como
lei complementar, compete ao Conselho Monetário Nacional dispor sobre taxa de juros e sobre a
remuneração dos serviços bancários, e ao Banco Central do Brasil fazer cumprir as normas
expedidas pelo CMN. 3. Ao tempo da Resolução CMN 2.303/1996, a orientação estatal quanto Ã
cobrança de tarifas pelas instituições financeiras era essencialmente não intervencionista, vale dizer,
"a regulamentação facultava às instituições financeiras a cobrança pela prestação de
quaisquer tipos de serviços, com exceção daqueles que a norma definia como básicos, desde que
fossem efetivamente contratados e prestados ao cliente, assim como respeitassem os procedimentos
voltados a assegurar a transparência da polÃ-tica de preços adotada pela instituição." 4. Com o
inÃ-cio da vigência da Resolução CMN 3.518/2007, em 30.4.2008, a cobrança por serviços
bancários prioritários para pessoas fÃ-sicas ficou limitada à s hipóteses taxativamente previstas em
norma padronizadora expedida pelo Banco Central do Brasil. 5. A Tarifa de Abertura de Crédito (TAC) e
a Tarifa de Emissão de Carnê (TEC) não foram previstas na Tabela anexa à Circular BACEN
3.371/2007 e atos normativos que a sucederam, de forma que não mais é válida sua pactuação em
contratos posteriores a 30.4.2008. 6. A cobrança de tais tarifas (TAC e TEC) é permitida, portanto, se
baseada em contratos celebrados até 30.4.2008, ressalvado abuso devidamente comprovado caso a
caso, por meio da invocação de parâmetros objetivos de mercado e circunstâncias do caso
concreto, não bastando a mera remissão a conceitos jurÃ-dicos abstratos ou à convicção subjetiva
do magistrado. 7. Permanece legÃ-tima a estipulação da Tarifa de Cadastro, a qual remunera o
serviço de "realização de pesquisa em serviços de proteção ao crédito, base de dados e
informações cadastrais, e tratamento de dados e informações necessários ao inÃ-cio de
relacionamento decorrente da abertura de conta de depósito à vista ou de poupança ou contratação
de operação de crédito ou de arrendamento mercantil, não podendo ser cobrada cumulativamente"
(Tabela anexa à vigente Resolução CMN 3.919/2010, com a redação dada pela Resolução
4.021/2011). 8. à lÃ-cito aos contratantes convencionar o pagamento do Imposto sobre Operações
Financeiras e de Crédito (IOF) por meio financiamento acessório ao mútuo principal, sujeitando-o aos
mesmos encargos contratuais. 9. Teses para os efeitos do art. 543-C do CPC: - 1ª Tese: Nos contratos
bancários celebrados até 30.4.2008 (fim da vigência da Resolução CMN 2.303/96) era válida a
331
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
pactuação das tarifas de abertura de crédito (TAC) e de emissão de carnê (TEC), ou outra
denominação para o mesmo fato gerador, ressalvado o exame de abusividade em cada caso concreto.
- 2ª Tese: Com a vigência da Resolução CMN 3.518/2007, em 30.4.2008, a cobrança por serviços
bancários prioritários para pessoas fÃ-sicas ficou limitada à s hipóteses taxativamente previstas em
norma padronizadora expedida pela autoridade monetária. Desde então, não mais tem respaldo legal
a contratação da Tarifa de Emissão de Carnê (TEC) e da Tarifa de Abertura de Crédito (TAC), ou
outra denominação para o mesmo fato gerador. Permanece válida a Tarifa de Cadastro
expressamente tipificada em ato normativo padronizador da autoridade monetária, a qual somente pode
ser cobrada no inÃ-cio do relacionamento entre o consumidor e a instituição financeira. - 3ª Tese:
Podem as partes convencionar o pagamento do Imposto sobre Operações Financeiras e de Crédito
(IOF) por meio de financiamento acessório ao mútuo principal, sujeitando-o aos mesmos encargos
contratuais. 10. Recurso especial parcialmente provido. (REsp 1251331/RS, Rel. Ministra MARIA ISABEL
GALLOTTI, SEGUNDA SEÃÃO, julgado em 28/08/2013, DJe 24/10/2013) Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â
 Sendo assim, havendo disposição expressa no contrato acerca da cobrança de IOF, não há
qualquer abusividade ser reconhecida neste ponto. Da Comissão de Permanência, Tarifa de Abertura
de Crédito (TAC) e Tarifa de Emissão Carnê/Boleto (TEC)                 Em pese
o requerente alegar a ilegalidade da cumulação da comissão de permanência com outros encargos
decorrentes do atraso, bem cobrança indevida das Tarifas de Abertura de Crédito e Emissão de
Boleto, verifico que no caso vertente, conforme se vê do contrato, não há previsão de tais
cobranças, não havendo, pois, o que se revisar no contrato nesses pontos e, por via de consequência,
não há que falar em restituição de valores.                 Sendo assim, não
havendo qualquer ilegalidade a ser reconhecida nas cláusulas contratuais apontadas pelo requerente
como abusivas, por via de consequência, são improcedentes os pedidos para que o requerido seja
impedido de enviar o nome do requerente ou o retire dos órgãos de restrição ao crédito
SPC/SERASA, bem como seja proibido de ajuizar ação de busca e apreensão do veÃ-culo, uma vez
que, nos termos da jurisprudência do STJ, ¿se os encargos da normalidade exigidos pela instituição
financeira não são abusivos, entende-se que a inadimplência não pode ser atribuÃ-da ao credor,
razão pela qual há de se entender configurada a "mora debendi".¿(3ª Turma, AgRg no REsp
897.659¿RS, Rel. Ministro PAULO DE TARSO SANSEVERINO, unânime, DJe de 9.11.2010).    Â
          DISPOSITIVO               Ante o exposto, com fundamento no art.
487, I, do Código de Processo Civil/2015, JULGO IMPROCEDENTE o pedido do requerente e, por
consequência, extingo o processo com resolução do mérito.              Â
CONDENO a parte requerente ao pagamento das custas e despesas processuais, bem como dos
honorários advocatÃ-cios, ora fixados em 10% sobre o valor da causa, suspendendo-se, contudo, a
exigibilidade, face à assistência judiciária gratuita deferida às fls. 58, enquanto perdurar a condição
de hipossuficiência, observado o disposto no art.98, §3º, do CPC/2015.              Â
Fica autorizado o desentranhamento de documentos por quem os juntou, exceto a procuração,
substituindo-os por cópias que poderão ser declaradas autênticas pelo patrono nos termos do artigo
425, IV do CPC/2015, devendo o cartório certificar o ato de desentranhamento.            Â
  Oportunamente, arquivem-se observadas as formalidades legais.              Â
P.R.I.C Belém/PA, 31/08/2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e
Empresarial da Capital 101 PROCESSO: 00015989220098140301 PROCESSO ANTIGO: 200910037438
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o: Embargos
à Execução em: 06/12/2021 EMBARGANTE:ELIANA MONTEIRO MARQUES Representante(s):
CRISTIANE DO SOCORRO CUNHA DE OLIVEIRA (ADVOGADO) EMBARGADO:BANCO DA AMAZONIA
S/A Representante(s): ANTONIO FELIX TEIXEIRA NEGRAO (ADVOGADO) . BANCO DA AMAZÃNIA
S/A, parte embargada nos Embargos à Execução movida por Eliana Monteiro Marques, intentou
EMBARGOS DE DECLARAÃÃO visando sanar suposta omissão/contradição existente na decisão
de fl. 103 dos autos.               Eis o relatório. Fundamento e Decido.        Â
      Quanto aos embargos de declaração, o CPC, art. 1022, verbo ad verbum reza: Cabem
embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para: I - esclarecer obscuridade ou eliminar
contradição; II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual deveria se pronunciar o juiz de
ofÃ-cio ou a requerimento; III - corrigir erro material. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Nesse contexto, insta
esclarecer que os embargos de declaração constituem recurso de fundamentação vinculada, o que
significa que somente podem ser manejados ante a constatação das taxativas hipóteses previstas em
lei - omissão, obscuridade, contradição do julgado ou para corrigir erros materiais, ainda que o
Superior Tribunal de Justiça venha admitindo de forma excepcional, limitada a situações
teratológicas, os embargos de declaração com efeitos infringentes, nos quais a fundamentação
332
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
  Também não há que se falar em limitação dos juros remuneratórios em razão da regra
prevista no artigo 591 do Código Civil. Esse dispositivo legal se refere apenas à s relações jurÃ-dicas
mantidas entre pessoas fÃ-sicas ou entre pessoas fÃ-sicas e jurÃ-dicas, desde que estas não sejam
instituições financeiras. Havendo uma relação jurÃ-dica entre pessoa fÃ-sica ou jurÃ-dica e uma
instituição financeira, não há aplicação dessa norma civil, devendo ser utilizadas as regras do
Sistema Financeiro Nacional, principalmente aquelas da Lei n. 4.595/64. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â
Portanto, não se considera como abusiva, por si só, a taxa de juros que exceda o patamar de 12% ao
ano. Todavia, para que sejam evitados abusos extremos, a taxa de juros remuneratórios não poderá
jamais exceder consideravelmente a média fixada pelo Banco Central.                Â
Dessa forma, será abusiva a taxa de juros que exceder o Ã-ndice médio fixado pelo Banco Central e
utilizado pelas demais instituições financeiras, conforme o Superior Tribunal de Justiça assentou no
julgamento do Recurso Especial nº 1.061.530-RS, uma vez instaurado o incidente de processo repetitivo:
DIREITO PROCESSUAL CIVIL E BANCÃRIO. RECURSO ESPECIAL. AÃÃO REVISIONAL DE
CLÃUSULAS DE CONTRATO BANCÃRIO. INCIDENTE DE PROCESSO REPETITIVO. JUROS
REMUNERATÃRIOS. CONFIGURAÃÃO DA MORA. JUROS MORATÃRIOS. INSCRIÃÃO/MANUTENÃÃO
EM CADASTRO DE INADIMPLENTES. DISPOSIÃÃES DE OFÃCIO. [...] I - JULGAMENTO DAS
QUESTÃES IDÃNTICAS QUE CARACTERIZAM A MULTIPLICIDADE. ORIENTAÃÃO 1 - JUROS
REMUNERATÃRIOS a) As instituições financeiras não se sujeitam à limitação dos juros
remuneratórios estipulada na Lei de Usura (Decreto 22.626/33), Súmula 596/STF; b) A estipulação
de juros remuneratórios superiores a 12% ao ano, por si só, não indica abusividade; c) São
inaplicáveis aos juros remuneratórios dos contratos de mútuo bancário as disposições do art. 591
c/c o art. 406 do CC/02; d) à admitida a revisão das taxas de juros remuneratórios em situações
excepcionais, desde que caracterizada a relação de consumo e que a abusividade (capaz de colocar o
consumidor em desvantagem exagerada - art. 51, §1º, do CDC) fique cabalmente demonstrada, ante Ã
s peculiaridades do julgamento em concreto. (STJ, REsp 1061530/RS, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI,
SEGUNDA SEÃÃO, julgado em 22/10/2008, Dje 10/03/2009). Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â No caso,
deve restar cabalmente comprovado que o encargo cobrado pela instituição encontra-se acima daquele
normalmente praticado pelo mercado financeiro, de modo a gerar desequilÃ-brio na relação contratual,
com onerosidade excessiva ao consumidor.                 Caso não seja
comprovada essa abusividade, não se considera ilegal a taxa de juros cobrada.            Â
    Diante de todas essas considerações, tem-se que é livre aplicação dos juros
remuneratórios contratados pelas partes, desde que dentro de uma razoabilidade, ou seja, dentro do
patamar da taxa média de mercado divulgada pelo Banco Central do Brasil.             Â
   Frise-se que o entendimento prevalente no âmbito do Superior Tribunal de Justiça, conforme
evidenciado no REsp nº 1.061.530/RS, é de que devem ser consideradas como abusivas as taxas de
juros que superem em 50% a média praticada pelo mercado.                 Nesse
contexto, para analisar a relação entre a taxa de juros contratada e a taxa média fixada pelo Banco
Central do Brasil, utiliza-se a projeção disponibilizada pelo próprio Banco Central em seu "site", que foi
o b t i d a a t r a v à © s d o
link:https://www3.bcb.gov.br/sgspub/localizarseries/localizarSeries.do?method=prepararTelaLocalizarSerie
s, no caminho indicadores de crédito, taxas de juros com recursos livres, taxa média de juros -
pessoas fÃ-sicas - aquisição de veÃ-culos, código 20749.                 De acordo
com os dados disponibilizados pelo Banco Central do Brasil, verifica-se que em MAIO de 2011, mês da
celebração do contrato, a taxa média dos juros prefixados para pessoas fÃ-sicas com o fim de
aquisição de veÃ-culo foi de 28,33% ao ano.                 Por outro lado, no
celebrado pelas partes a taxa de juros pactuada foi de 41,82% ao ano (conforme doc. de fls. 73), de modo
que o percentual máximo admissÃ-vel para fins de juros era de 42,49% a.a. (média + 50%). Logo,
considerando-se que o valor fixado no contrato é inferior ao limite admissÃ-vel, reputa-se VÃLIDO o
percentual ajustado para este contrato, já que inexistente abusividade. Da capitalização dos juros  Â
              Também é pacÃ-fico o entendimento jurisprudencial de que é permitida
a capitalização de juros pelas instituições bancárias, de que é exemplo a seguinte ementa de
julgado proferido pela 4ª Turma do Superior Tribunal de Justiça: AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO
EM RECURSO ESPECIAL. PROCESSUAL CIVIL E BANCÃRIO CAPITALIZAÃÃO MENSAL DE JUROS.
PACTUAÃÃO EXPRESSA. VERIFICAÃÃO. TAXA ANUAL SUPERA O DUODÃCUPLO DA TAXA
MENSAL. AFASTAMENTO DAS SÃMULAS 5 E 7 DO STJ. AGRAVO PARCIALMENTE PROVIDO. 1.
Com relação à capitalização mensal dos juros, a jurisprudência desta E. Corte pacificou-se no
sentido de que sua cobrança é admitida nos contratos bancários celebrados a partir da edição da
Medida Provisória nº 1.963-17/2000, reeditada sob o nº 2.170-36/2001, qual seja, 31.03.2000, desde
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que expressamente pactuada. 2. Esta Corte pacificou o entendimento de que há previsão expressa de
cobrança de juros capitalizados em periodicidade mensal quando a taxa de juros anual ultrapassa o
duodécuplo da taxa mensal. 3. In casu, o aresto recorrido afirmou a existência de expressa
pactuação a respeito da cobrança de juros capitalizados em periodicidade mensal, razão pela qual
é inviável a pretensão recursal, porquanto demandaria rever questões fáticas e interpretação de
cláusula contratual, o que se sabe vedado nesta instância especial. Incidência das Súmulas 5 e 7
desta Corte Superior de Justiça. 4. Agravo regimental a que se dá parcial provimento. (AgRg no Agravo
em Recurso Especial nº 632.948/SP (2014/0333346-6), 4ª Turma do STJ, Rel. Raul Araújo. j.
18.08.2015, DJe 04.09.2015). Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Nesse julgamento especÃ-fico, o Ministro
Relator houve por bem consignar que: ¿para a cobrança da capitalização mensal dos juros, faz-se
necessária a presença, cumulativa, dos seguintes requisitos: (a) legislação especÃ-fica possibilitando
a pactuação, como nos contratos bancários posteriores a 31/3/2000 (MP nº 1.963-17/2000, reeditada
pela MP nº 2.170-36/2001), em vigência em face do art. 2º da Emenda Constitucional nº 32/2001
(AgRg no REsp 1.052.298/MS, Rel. Min. ALDIR PASSARINHO JUNIOR, Quarta Turma, DJe de
1º/3/2010); e (b) expressa previsão contratual quanto à periodicidade.Tal entendimento foi sedimentado
na forma do art. 543-C do CPC, com o julgamento do REsp 973.827/RS (Rel. Ministro LUIS FELIPE
SALOMÃO, Rel. p/ acórdão Ministra MARIA ISABEL GALLOTTI, SEGUNDA SEÃÃO, julgado em
8/8/2012, DJe de 24/9/2012). ¿                 Continuando, o Ministro Relator
enfatizou que mesmo que não haja previsão escrita de capitalização mensal no instrumento
contratual firmado: ¿esta Corte possui entendimento de que há previsão expressa de cobrança de
juros capitalizados em periodicidade mensal quando a taxa de juros anual ultrapassa o duodécuplo da
taxa mensal. Nesse sentido: REsp 1.220.930/RS, Rel. Min. Massami Uyeda, DJe de 9.2.2011; AgRg no
REsp 735.140/RS, Quarta Turma, Rel. Min. Jorge Scartezzini, DJ de 5.12.2005; AgRg no REsp
735.711/RS, Quarta Turma, Rel. Min. Fernando Gonçalves, DJ de 12.9.2005; AgRg no REsp
714.510/RS, Quarta Turma, Rel. Min. Jorge Documento: 58612112 - RELATÃRIO E VOTO - Site
certificado Página 3 de 4 Superior Tribunal de Justiça Scartezzini, DJ de 22.8.2005; AgRg no REsp
809.882/RS, Rel. Min. Aldir Passarinho Junior, DJ de 24.4.2006¿.                Â
Conclui-se, desta forma, que, no caso discutido nos presentes autos, inexiste abusividade na
capitalização de juros, na medida em que nos contratos bancários tal prática é permitida. Da Tarifa
de Cadastro                 No que diz respeito à tarifa de cadastro, o Superior Tribunal
de Justiça fixou o entendimento, em 2013, tomado sob o rito dos recursos repetitivos, de que, desde que
expressamente pactuada, o que é o caso dos autos, tal taxa pode ser cobrada dos consumidores pelos
bancos, pois é autorizada pelo Banco Central, por meio da Portaria 3.919, de novembro de 2010. Bem
assim, o Superior Tribunal de Justiça emitiu a Súmula 566 nos seguintes termos: ¿nos contratos
bancários posteriores ao inÃ-cio da vigência da Resolução-CMN n. 3.518/2007, em 30/4/2008, pode
ser cobrada a tarifa de cadastro no inÃ-cio do relacionamento entre o consumidor e a instituição
financeira¿.                 Portanto, quanto a tarifa de cadastro, não há o que se
restituir à parte requerente, posto que reconhecida a sua não abusividade. Do Imposto sobre
Operações Financeiras - IOF                 Quanto ao Imposto sobre Operações
Financeiras - IOF, o Superior Tribunal de Justiça também fixou o entendimento tomado sob o rito dos
recursos repetitivos, no julgamento dos Recursos Especiais nº 1.251.331/RS e 1.255.573/RS, no sentido
de que podem as partes convencionar o pagamento do Imposto sobre Operações Financeiras e de
Crédito (IOF) por meio de financiamento acessório ao mútuo principal, sujeitando-o aos mesmos
encargos contratuais.                 Senão vejamos: CIVIL E PROCESSUAL CIVIL.
RECURSO ESPECIAL. CONTRATO DE FINANCIAMENTO COM GARANTIA DE ALIENAÃÃO
FIDUCIÃRIA. COMISSÃO DE PERMANÃNCIA. COMPENSAÃÃO/REPETIÃÃO SIMPLES DO INDÃBITO.
RECURSOS REPETITIVOS. TARIFAS BANCÃRIAS. TAC E TEC. EXPRESSA PREVISÃO
CONTRATUAL. COBRANÃA. LEGITIMIDADE. PRECEDENTES. FINANCIAMENTO DO IOF.
POSSIBILIDADE. 1. A comissão de permanência não pode ser cumulada com quaisquer outros
encargos remuneratórios ou moratórios (enunciados Súmulas 30, 294 e 472 do STJ). 2. Tratando-se de
relação de consumo ou de contrato de adesão, a compensação/repetição simples do indébito
independe da prova do erro (Enunciado 322 da Súmula do STJ). 3. Nos termos dos arts. 4º e 9º da Lei
4.595/1964, recebida pela Constituição como lei complementar, compete ao Conselho Monetário
Nacional dispor sobre taxa de juros e sobre a remuneração dos serviços bancários, e ao Banco
Central do Brasil fazer cumprir as normas expedidas pelo CMN. 4. Ao tempo da Resolução CMN
2.303/1996, a orientação estatal quanto à cobrança de tarifas pelas instituições financeiras era
essencialmente não intervencionista, vale dizer, "a regulamentação facultava às instituições
financeiras a cobrança pela prestação de quaisquer tipos de serviços, com exceção daqueles
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que a norma definia como básicos, desde que fossem efetivamente contratados e prestados ao cliente,
assim como respeitassem os procedimentos voltados a assegurar a transparência da polÃ-tica de
preços adotada pela instituição." 5. Com o inÃ-cio da vigência da Resolução CMN 3.518/2007, em
30.4.2008, a cobrança por serviços bancários prioritários para pessoas fÃ-sicas ficou limitada à s
hipóteses taxativamente previstas em norma padronizadora expedida pelo Banco Central do Brasil. 6. A
Tarifa de Abertura de Crédito (TAC) e a Tarifa de Emissão de Carnê (TEC) não foram previstas na
Tabela anexa à Circular BACEN 3.371/2007 e atos normativos que a sucederam, de forma que não mais
é válida sua pactuação em contratos posteriores a 30.4.2008. 7. A cobrança de tais tarifas (TAC e
TEC) é permitida, portanto, se baseada em contratos celebrados até 30.4.2008, ressalvado abuso
devidamente comprovado caso a caso, por meio da invocação de parâmetros objetivos de mercado e
circunstâncias do caso concreto, não bastando a mera remissão a conceitos jurÃ-dicos abstratos ou Ã
convicção subjetiva do magistrado. 8. Permanece legÃ-tima a estipulação da Tarifa de Cadastro, a
qual remunera o serviço de "realização de pesquisa em serviços de proteção ao crédito, base
de dados e informações cadastrais, e tratamento de dados e informações necessários ao inicio de
relacionamento decorrente da abertura de conta de depósito à vista ou de poupança ou contratação
de operação de crédito ou de arrendamento mercantil, não podendo ser cobrada cumulativamente"
(Tabela anexa à vigente Resolução CMN 3.919/2010, com a redação dada pela Resolução
4.021/2011). 9. à lÃ-cito aos contratantes convencionar o pagamento do Imposto sobre Operações
Financeiras e de Crédito (IOF) por meio financiamento acessório ao mútuo principal, sujeitando-o aos
mesmos encargos contratuais. 10. Teses para os efeitos do art. 543-C do CPC: - 1ª Tese: Nos contratos
bancários celebrados até 30.4.2008 (fim da vigência da Resolução CMN 2.303/96) era válida a
pactuação das tarifas de abertura de crédito (TAC) e de emissão de carnê (TEC), ou outra
denominação para o mesmo fato gerador, ressalvado o exame de abusividade em cada caso concreto.
- 2ª Tese: Com a vigência da Resolução CMN 3.518/2007, em 30.4.2008, a cobrança por serviços
bancários prioritários para pessoas fÃ-sicas ficou limitada à s hipóteses taxativamente previstas em
norma padronizadora expedida pela autoridade monetária. Desde então, não mais tem respaldo legal
a contratação da Tarifa de Emissão de Carnê (TEC) e da Tarifa de Abertura de Crédito (TAC), ou
outra denominação para o mesmo fato gerador. Permanece válida a Tarifa de Cadastro
expressamente tipificada em ato normativo padronizador da autoridade monetária, a qual somente pode
ser cobrada no inÃ-cio do relacionamento entre o consumidor e a instituição financeira. - 3ª Tese:
Podem as partes convencionar o pagamento do Imposto sobre Operações Financeiras e de Crédito
(IOF) por meio de financiamento acessório ao mútuo principal, sujeitando-o aos mesmos encargos
contratuais. 11. Recurso especial conhecido e parcialmente provido. (REsp 1255573/RS, Rel. Ministra
MARIA ISABEL GALLOTTI, SEGUNDA SEÃÃO, julgado em 28/08/2013, DJe 24/10/2013). Desta feita,
não há qualquer ilegalidade na referida cobrança, sobretudo porque é baseada em imperativo de lei,
cuja incidência torna-se obrigatória, não devendo ser considerada a vontade das partes. CIVIL E
PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. CONTRATO DE FINANCIAMENTO COM GARANTIA DE
ALIENAÃÃO FIDUCIÃRIA. DIVERGÃNCIA. CAPITALIZAÃÃO DE JUROS. JUROS COMPOSTOS.
MEDIDA PROVISÃRIA 2.170-36/2001. RECURSOS REPETITIVOS. CPC, ART. 543-C. TARIFAS
ADMINISTRATIVAS PARA ABERTURA DE CRÃDITO (TAC), E EMISSÃO DE CARNÃ (TEC).
EXPRESSA PREVISÃO CONTRATUAL. COBRANÃA. LEGITIMIDADE. PRECEDENTES. MÃTUO
ACESSÃRIO PARA PAGAMENTO PARCELADO DO IMPOSTO SOBRE OPERAÃÃES FINANCEIRAS
(IOF). POSSIBILIDADE. 1. "A capitalização dos juros em periodicidade inferior à anual deve vir
pactuada de forma expressa e clara. A previsão no contrato bancário de taxa de juros anual superior ao
duodécuplo da mensal é suficiente para permitir a cobrança da taxa efetiva anual contratada" (2ª
Seção, REsp 973.827/RS, julgado na forma do art. 543-C do CPC, acórdão de minha relatoria, DJe
de 24.9.2012). 2. Nos termos dos arts. 4º e 9º da Lei 4.595/1964, recebida pela Constituição como
lei complementar, compete ao Conselho Monetário Nacional dispor sobre taxa de juros e sobre a
remuneração dos serviços bancários, e ao Banco Central do Brasil fazer cumprir as normas
expedidas pelo CMN. 3. Ao tempo da Resolução CMN 2.303/1996, a orientação estatal quanto Ã
cobrança de tarifas pelas instituições financeiras era essencialmente não intervencionista, vale dizer,
"a regulamentação facultava às instituições financeiras a cobrança pela prestação de
quaisquer tipos de serviços, com exceção daqueles que a norma definia como básicos, desde que
fossem efetivamente contratados e prestados ao cliente, assim como respeitassem os procedimentos
voltados a assegurar a transparência da polÃ-tica de preços adotada pela instituição." 4. Com o
inÃ-cio da vigência da Resolução CMN 3.518/2007, em 30.4.2008, a cobrança por serviços
bancários prioritários para pessoas fÃ-sicas ficou limitada à s hipóteses taxativamente previstas em
norma padronizadora expedida pelo Banco Central do Brasil. 5. A Tarifa de Abertura de Crédito (TAC) e
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a Tarifa de Emissão de Carnê (TEC) não foram previstas na Tabela anexa à Circular BACEN
3.371/2007 e atos normativos que a sucederam, de forma que não mais é válida sua pactuação em
contratos posteriores a 30.4.2008. 6. A cobrança de tais tarifas (TAC e TEC) é permitida, portanto, se
baseada em contratos celebrados até 30.4.2008, ressalvado abuso devidamente comprovado caso a
caso, por meio da invocação de parâmetros objetivos de mercado e circunstâncias do caso
concreto, não bastando a mera remissão a conceitos jurÃ-dicos abstratos ou à convicção subjetiva
do magistrado. 7. Permanece legÃ-tima a estipulação da Tarifa de Cadastro, a qual remunera o
serviço de "realização de pesquisa em serviços de proteção ao crédito, base de dados e
informações cadastrais, e tratamento de dados e informações necessários ao inÃ-cio de
relacionamento decorrente da abertura de conta de depósito à vista ou de poupança ou contratação
de operação de crédito ou de arrendamento mercantil, não podendo ser cobrada cumulativamente"
(Tabela anexa à vigente Resolução CMN 3.919/2010, com a redação dada pela Resolução
4.021/2011). 8. à lÃ-cito aos contratantes convencionar o pagamento do Imposto sobre Operações
Financeiras e de Crédito (IOF) por meio financiamento acessório ao mútuo principal, sujeitando-o aos
mesmos encargos contratuais. 9. Teses para os efeitos do art. 543-C do CPC: - 1ª Tese: Nos contratos
bancários celebrados até 30.4.2008 (fim da vigência da Resolução CMN 2.303/96) era válida a
pactuação das tarifas de abertura de crédito (TAC) e de emissão de carnê (TEC), ou outra
denominação para o mesmo fato gerador, ressalvado o exame de abusividade em cada caso concreto.
- 2ª Tese: Com a vigência da Resolução CMN 3.518/2007, em 30.4.2008, a cobrança por serviços
bancários prioritários para pessoas fÃ-sicas ficou limitada à s hipóteses taxativamente previstas em
norma padronizadora expedida pela autoridade monetária. Desde então, não mais tem respaldo legal
a contratação da Tarifa de Emissão de Carnê (TEC) e da Tarifa de Abertura de Crédito (TAC), ou
outra denominação para o mesmo fato gerador. Permanece válida a Tarifa de Cadastro
expressamente tipificada em ato normativo padronizador da autoridade monetária, a qual somente pode
ser cobrada no inÃ-cio do relacionamento entre o consumidor e a instituição financeira. - 3ª Tese:
Podem as partes convencionar o pagamento do Imposto sobre Operações Financeiras e de Crédito
(IOF) por meio de financiamento acessório ao mútuo principal, sujeitando-o aos mesmos encargos
contratuais. 10. Recurso especial parcialmente provido. (REsp 1251331/RS, Rel. Ministra MARIA ISABEL
GALLOTTI, SEGUNDA SEÃÃO, julgado em 28/08/2013, DJe 24/10/2013) Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â
 Sendo assim, havendo disposição expressa no contrato acerca da cobrança de IOF, não há
qualquer abusividade ser reconhecida neste ponto. Da Comissão de Permanência          Â
      Vale lembrar que a comissão de permanência tem finalidade semelhante, precipuamente,
à da correção monetária, qual seja: atualizar o valor da dÃ-vida, a contar de seu vencimento.     Â
           A posição dominante na jurisprudência conclui pela legalidade da comissão
de permanência, embora com algumas ressalvas, mais especificamente, desde que calculada pela taxa
média de mercado apurada pelo Banco Central do Brasil e limitada à taxa do contrato, a teor da
Súmula n.º 294 do STJ.                 Não obstante, a comissão de
permanência é encargo que não admite cumulação com outro encargo remuneratório ou
moratório, isso porque ela representa o total dos "ônus do devedor moroso para compensar o credor
pelo prejuÃ-zos com o atraso" (STJ, REsp nº 271.214/RS, 2ª Seção, julgado em 12/3/03).     Â
           O STJ editou súmula definindo que a comissão de permanência é
inacumulável com a correção monetária e com os juros remuneratórios (verbetes n.º 30 e 296,
respectivamente). Ademais, a cobrança de comissão de permanência em conjunto com os juros
moratórios e a multa contratual, é questão que o Superior Tribunal de Justiça vem decidindo pela
não-admissão, conforme a ementa ora transcrita: Agravo regimental. Recurso especial. Ação de
cobrança. Contrato de abertura de crédito em conta-corrente. Cumulação da comissão de
permanência com juros moratórios e multa contratual. Precedentes da Corte. 1. Confirma-se a
jurisprudência da Corte que veda a cobrança da comissão de permanência com os juros moratórios
e com a multa contratual, ademais de vedada a sua cumulação com a correção monetária e com os
juros remuneratórios, a teor das Súmulas nº 30, nº 294 e nº 296 da Corte. 2. Agravo regimental
desprovido. (STJ, AgRg no REsp 712801 / RS; Ministro Carlos Alberto Menezes Direito; DJ 04.05.2005 p.
154).                 Diante desse quadro delineado pela jurisprudência do STJ,
sempre que o contrato contenha cláusula com previsão de cobrança da comissão de permanência
com outro encargo remuneratório ou compensatório pelo atraso, o encargo acrescido não é devido.
Em suma, trata-se a comissão de permanência de encargo perfeitamente legal, entretanto não pode
ser cobrada de forma cumulada com a correção monetária, juros remuneratórios, juros moratórios
ou multa contratual, e deverá ser calculada considerando a taxa média do mercado, segundo a
espécie de operação, apurada pelo Banco Central do Brasil, nos termos do procedimento previsto na
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Circular da Diretoria nº 2.957, de 28 de dezembro de 1999, não podendo ser superior à taxa do
contrato.                 No caso vertente, conforme se vê do contrato, há
cumulação da comissão de permanência com outros encargos, razão pela qual estes devem ser
afastados.                  Frise-se, ainda, que a comissão de permanência deve
ser mantida, sem acréscimos dos encargos reconhecidos como indevidos, porém a sua aplicação
não poderá superar a soma da taxa de juros remuneratórios pactuada para a vigência do contrato, de
juros de mora de 12% ao ano e da multa contratual de 2%, respeitada, ainda, a taxa média de juros
praticada no mercado, apurada pelo Banco Central ( REsp 1058114/RS submetido ao rito do art. 543-C do
CPC e Súmulas 294 e 472 do e. STJ). Da cobrança dos Serviços Prestados por Terceiros e Gravame
              No que tange à cobrança dos serviços prestados por terceiros (o que se
aplica também à cobrança de Registro de Contrato/Gravame eletrônico), o Superior Tribunal de
Justiça fixou tese em julgamento de Recurso Repetitivo (Recurso Especial nº 1.578.553 - SP)
considerando abusiva a cláusula cobrança de ressarcimento de serviços prestados por terceiros, sem
a especificação do serviço a ser efetivamente prestado.                Fixada tal
premissa, observa-se que o contrato objeto da presente ação (fls.74), no item 1.1, prevê
expressamente a especificação dos serviços de terceiros, os quais incluem os serviços prestados
pelo vendedor do bem e/ou promotores de venda para viabilizar a aquisição do bem e concessão do
financiamento e.               Assim sendo, constata-se que as cobranças de tais
encargos no referido contrato são legÃ-timas e atendem ao requisito estabelecido no julgado supracitado,
razão pela qual não se vislumbra qualquer abusividade neste ponto. Das consequências da
declaração de abusividade da cumulação da cobrança da Comissão de Permanência com os
demais encargos decorrentes do atraso                  Em que pese o
reconhecimento da abusividade da cobrança da comissão de permanência, nas condições e
termos outrora explicitados, tal não possui o condão de descaracterizar a mora, pois, como já restou
decidido pelo Superior Tribunal de Justiça, sob a metodologia dos recursos repetitivos ¿Não
descaracteriza a mora o ajuizamento isolado de ação revisional, nem mesmo quando o reconhecimento
de abusividade incidir sobre os encargos inerentes ao perÃ-odo de inadimplência contratual¿ (REsp
1061530/RS, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, SEGUNDA SEÃÃO, julgado em 22/10/2008, DJe
10/03/2009), o que se traduz nos presentes autos, uma vez que a comissão de permanência cumulada
com os encargos moratórios é devida somente durante o inadimplemento ou mora.         Â
        No mesmo julgado restou decidido ainda que caracterizada a mora, correta a
inscrição/manutenção em cadastro de inadimplentes. Assim, por via de consequência, são
improcedentes os pedidos do requerente para que o requerido seja impedido de enviar seu nome ou o
retire dos órgãos de restrição ao crédito SPC/SERASA, bem como de ajuizar ação de busca e
apreensão do veÃ-culo, além da suspensão de qualquer ação em curso proposta pelo requerido e
expedição de mandado de manutenção do bem, visto que tais medidas são permitidas e possuem
amparo legal diante da mora devidamente comprovada. Da restituição/ compensação de valores  Â
            Por fim, no que tange à compensação e restituição do valor cobrado
indevidamente, tem-se que, na presente sentença, definiu-se como cláusula abusiva apenas aquela que
prevê a cumulação da comissão de permanência com os demais encargos decorrentes do atraso e,
sendo o caso, a taxa da comissão de permanência superior à soma dos juros remuneratórios à taxa
média de mercado (não podendo ultrapassar o percentual contratado para o perÃ-odo de normalidade
da operação), dos juros de mora de 12% a.a e da multa contratual de 2% do valor da prestação.
Dessa forma, os valores excedentes pagos pelo requerente, consideram-se como pagamento indevido.
Tratando-se de pagamento indevido, torna-se o requerente credor dessa quantia especÃ-fica, cabendo ao
requerido compensar a quantia no saldo devedor ou restituir-lhe o valor. Cumpre ressaltar que não cabe
a restituição em dobro, pois os valores até então cobrados pelo requerido estavam amparados em
contrato legÃ-timo e válido, não estando, ainda, caracterizada a cobrança indevida, o que afasta a
aplicação da regra contida no artigo 42, parágrafo único, do CDC ou do artigo 940 do CC.     Â
         Assim, no caso de pagamento indevido com relação, única e exclusivamente, aos
encargos definidos como abusivos pela sentença, deverá ocorrer, primeiramente, a compensação do
que foi pago de forma indevida com o eventual saldo devedor, e somente na hipótese de ainda existir
crédito em favor do requerente, é que deve ocorrer a restituição, na forma simples, como
consequência da recondução das partes ao status quo ante.              Â
DISPOSITIVO Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Declaro existir, na terminologia de Giuseppe Chiovenda, o
direito concreto alegado pelo requerente, sendo, destarte, fundada a demanda, e, por isso, no concreto
conceito de Piero Calamandrei e Francesco Carnelutti, existente a ação. Com adarga no escorço
fático autuado, JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE o pedido do requerente e, por consequência,
340
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extingo o processo com resolução do mérito, na forma do art. 487, I, do Código de Processo
Civil/2015, para:               EXCLUIR a possibilidade de cobrança de Comissão de
permanência cumulada com os demais encargos decorrentes do atraso (afastados estes últimos),
tratando-se de cláusula abusiva, portanto nula de pleno direito, assim como o que superar a soma dos
juros remuneratórios à taxa média de mercado, não podendo ultrapassar o percentual contratado para
o perÃ-odo de normalidade da operação, juros moratórios de 12% ao ano e multa contratual de 2% do
valor da prestação;               CONDENAR o requerido a compensar os valores
pagos a maior pelo requerente a tais tÃ-tulos, até o limite do saldo devedor que eventualmente restar do
mesmo contrato, e havendo ainda excedente, a devolver de forma simples, devendo sobre tais valores
incidir correção monetária pelo Ã-ndice INPC/IBGE, em conformidade à súmula 43 do STJ, bem como
juros de mora a partir da citação, à taxa de 1% ao mês.               Em razão da
sucumbência recÃ-proca e por força do disposto nos artigos 82, § 2º, 85, § 14, e 86, todos do
Código de Processo Civil/2015, CONDENAR cada uma das partes ao pagamento de 50% (cinquenta por
cento) das custas e despesas processuais, bem como dos honorários advocatÃ-cios da parte contrária,
ora fixados em 10% sobre o valor da condenação para cada qual, suspendendo-se, contudo, a
exigibilidade para o requerente, face a assistência judiciária gratuita deferida às fls. 37, enquanto
perdurar a condição de hipossuficiência, observado o disposto no art.98, §3º, do CPC/2015.   Â
           RECONHEÃER a legalidade da cobrança de taxa de juros superiores a 12%
(doze por cento) ao ano, capitalização de juros, Tarifa de Cadastro, Serviços de terceiros/ Gravame e
IOF.               Certificado o trânsito em julgado, havendo custas pendentes, intime-
se o responsável para o recolhimento, sob pena de inscrição na dÃ-vida ativa. Inerte, inscreva-se.  Â
            Após, cumpridas as cautelas legais, arquivar os presentes autos e dar baixa na
distribuição.               P.R.I.C. Belém/PA, 01/09/2021. Roberto Andrés Itzcovich
Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital 101 PROCESSO:
00024863920158140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o: Execução de Título Extrajudicial em: 06/12/2021
EXEQUENTE:NORTE REFRIGERACAO LTDA Representante(s): OAB 7203 - NELSON ADSON
ALMEIDA DO AMARAL (ADVOGADO) OAB 19067 - LUCAS GOMES BOMBONATO (ADVOGADO)
EXECUTADO:ESPACO MAR COMERCIAL DE PESCADOS LTDA. Autos nº: 0002486-
39.2015.8.14.0301 Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â NORTE REFRIGERAÃÃO LTDA., requerentes na
ação de execução movida em face de ESPAÃO MAR COMERCIAL DE PESCADOS LTDA., intentou
EMBARGOS DE DECLARAÃÃO visando sanar suposta omissão/contradição existente na decisão
de fl. 95 dos autos.               Certidão de fl. 110 informa que os embargos de
declaração sao intempestivos.               Eis o relatório. Fundamento e Decido.  Â
            Quanto aos embargos de declaração, o CPC, art. 1022, verbo ad verbum
reza: Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para: I - esclarecer
obscuridade ou eliminar contradição; II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual deveria se
pronunciar o juiz de ofÃ-cio ou a requerimento; III - corrigir erro material. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â
Nesse contexto, insta esclarecer que os embargos de declaração constituem recurso de
fundamentação vinculada, o que significa que somente podem ser manejados ante a constatação
das taxativas hipóteses previstas em lei - omissão, obscuridade, contradição do julgado ou para
corrigir erros materiais, ainda que o Superior Tribunal de Justiça venha admitindo de forma excepcional,
limitada a situações teratológicas, os embargos de declaração com efeitos infringentes, nos quais a
fundamentação não estará vinculada às hipótese legais da omissão, obscuridade e
contradição. Destinam-se, portanto, a complementar ou aclarar as decisões judiciais latu sensu,
quando nestas se verificar algum dos mencionados vÃ-cios. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Ã o que se extrai
da seguinte lição: ¿(...) os casos previstos para manifestação dos embargos declaratórios são
especÃ-ficos, de modo que somente são admissÃ-veis quando houver obscuridade, contradição ou
omissão em questão (ponto controvertido) sobre o qual deveria o juiz ou tribunal pronunciar-se
necessariamente. Os embargos de declaração são espécie de recurso de fundamentação
vinculada.¿               Todavia, não se vislumbram no presente caso quaisquer dos
vÃ-cios que autorizam o acolhimento dos aclaratórios. O mero inconformismo da parte com decisão que
lhe é desfavorável não constitui fundamento idôneo para modificar o decisum pela via dos embargos
de declaração, porquanto essa via não pode ser utilizada para rediscussão da matéria apreciada,
devendo a parte, para tanto, manejar recurso próprio.               A decisão proferida
foi precisa quanto aos seus fundamentos e coerente com as informações constantes nos autos, em
consonância com os dispositivos legais que regem a matéria.               Apesar do
que diz o mestre Eliézer Rosa que ¿enquanto a justiça for obra do homem e sempre o será, a
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
possibilidade de falha não pode ser, a priori, descartada¿ é escancarado que não se cuida de falha.
              Nesse sentido, transcrevo aresto do Superior Tribunal de Justiça:
PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÃÃO NO RECURSO ESPECIAL. ADVOGADO DA
UNIÃO. GRATIFICAÃÃO DE ATIVIDADE EXECUTIVA - GAE. EXCLUSÃO PELA MEDIDA PROVISÃRIA
2.048-26/2000, QUE INSTITUIU A GRATIFICAÃÃO DE DESEMPENHO DE ATIVIDADE JURÃDICA -
GDAJ. AUSÃNCIA DE VÃCIOS DE OMISSÃO, CONTRADIÃÃO OU OBSCURIDADE. INOCORRÃNCIA.
PRETENSÃO DE REEXAME. NÃO CABIMENTO. 1. Os aclaratórios não merecem prosperar, pois o
acórdão embargado não padece de vÃ-cios de omissão, contradição ou obscuridade, na medida
que apreciou a demanda de forma clara e precisa, estando bem delineados os motivos e fundamentos que
a embasam. 2. Não se prestam os embargos de declaração ao reexame da matéria que se constitui
em objeto do decisum, porquanto constitui instrumento processual com o escopo de eliminar do
julgamento obscuridade, contradição ou omissão sobre tema cujo pronunciamento se impunha pela
decisão ou, ainda, de corrigir evidente erro material, consoante reza o art. 535 do CPC. 3. Embargos de
declaração rejeitados. (EDcl no REsp 1353016/AL, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES,
PRIMEIRA SEÃÃO, julgado em 28/08/2013, DJe 03/09/2013). PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE
DECLARAÃÃO. PRECATÃRIO. JUROS DE MORA. PERÃODO COMPREENDIDO ENTRE A
HOMOLOGAÃÃO DO CÃLCULO E A EXPEDIÃÃO DO PRECATÃRIO OU RPV. NÃO INCIDÃNCIA.
AUSÃNCIA DE OBSCURIDADE, CONTRADIÃÃO OU OMISSÃO. REDUÃÃO DO PERCENTUAL DA
MULTA DO ART. 557, § 2º, DO CPC. ACOLHIMENTO PARCIAL. 1. Inexistente qualquer das
hipóteses do art. 535 do CPC, não merecem acolhida embargos de declaração com nÃ-tido caráter
infringente. 2. Embargos de declaração acolhidos, apenas para excluir a multa do art. 557, § 2º, do
CPC. (EDcl no AgRg no REsp 1233813/RS, Rel. Ministra ELIANA CALMON, SEGUNDA TURMA, julgado
em 11/06/2013, DJe 28/08/2013). Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Note-se, portanto, que ao apreciar os
Embargos Declaração o julgador encontra-se adstrito à s hipóteses taxativas previstas em lei.    Â
          Sendo assim, não havendo omissão, obscuridade ou contradição a serem
afastados, impõe-se a rejeição dos embargos de declaração.               Isto
posto, REJEITO os Embargos de Declaração interpostos, MANTENDO em todos os seus termos a
decisão de fl. 95, com fulcro no art. 1022 e ss do CPC.               P.R.I.C.     Â
         Belém/PA, 01/09/2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara
CÃ-vel e Empresarial da Capital 303 PROCESSO: 00025399820078140301 PROCESSO ANTIGO:
200710079698 MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH
A??o: Monitória em: 06/12/2021 AUTOR:BANCO DO ESTADO DO PARA BANPARA Representante(s):
OAB 10270 - LETICIA DAVID THOME (ADVOGADO) OAB 11362 - ERON CAMPOS SILVA (ADVOGADO)
OAB 9238 - ALLAN FABIO DA SILVA PINGARILHO (ADVOGADO) ALESSANDRA MARIA PEREIRA
CRUZ (ADVOGADO) REU:FERNANDO ANTONIO BASTOS. Chamo o feito à ordem para tornar sem
efeito a sentença de extinção sem resolução do mérito e determinar o seguimento do feito,
intimando-se a parte autora para requerer o que entender de direito. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Caso
contrário, ficando o processo parado por mais de 30 dias, intime-se a parte autora, pessoalmente, para
manifestar-se, no prazo de 05 dias, quanto ao interesse no prosseguimento do feito, sob pena de
extinção do processo (art. 485, III do CPC).             BELÃM/PA, 01/09/2021. Roberto
Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital 303 PROCESSO:
00026085220158140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o: Procedimento Comum Cível em: 06/12/2021
REQUERENTE:PAULO GOMES DOS SANTOS Representante(s): OAB 10153 - ADRIANA DE OLIVEIRA
SILVA CASTRO (ADVOGADO) REQUERIDO:BANCO SANTANDER Representante(s): OAB 6171 -
MARCO ANDRE HONDA FLORES (ADVOGADO) OAB 1853 - ELISIA HELENA DE MELO MARTINI
(ADVOGADO) . Trata-se de Ação de cancelamento de dÃ-vida de contrato de financiamento de
automóvel. Após juntada do contrato pelo requerido, a parta autora requereu a prova pericial, pugnando
pela realização do EXAME GRAFOTÃCNICO na assinatura aposta no contrato que é objeto da lide
(fls. 90/98 e 126/135). Â Â Â Nestes termos: 1)Â Â Â Â Â Oficie-se o CENTRO DE PERÃCIAS RENATO
CHAVES para indicar, NO PRAZO DE 30 DIAS, perito habilitado a realizar a referida perÃ-cia, devendo no
ofÃ-cio constar o valor dos honorários periciais que serão devidos, conforme tabela própria do tribunal,
tendo em vista que o autor é beneficiário da gratuidade de justiça; 2)     Intimem-se as partes
para, NO PRAZO DE 15 DIAS, apresentarem os quesitos a serem analisados no exame pericial; Â Â Â Â
       3) Cumpridos os expedientes, certifique-se o ocorrido e retornem-me os autos conclusos. Â
  Intimar. SE NECESSÃRIO, SERVIRà CÃPIA DESTE(A) DESPACHO/DECISÃO COMO MANDADO
conforme autorizado pelo PROVIMENTO CJ/CI 003/2009, devendo o Sr. Diretor observar o disposto em
seus artigos 3º e 4º. BELÃM/PA, 10/11/2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital 303 PROCESSO: 00026559420138140301 PROCESSO ANTIGO: ---
- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o:
Execução de Título Extrajudicial em: 06/12/2021 EXEQUENTE:BANCO SANTADER SA Representante(s):
OAB 13904-A - ACACIO FERNANDES ROBOREDO (ADVOGADO) OAB 20666-A - GUSTAVO
GONCALVES GOMES (ADVOGADO) EXECUTADO:PREMIUM VEICULOS LTDA ME Representante(s):
OAB 166349 - GIZA HELENA COELHO (ADVOGADO) EXECUTADO:WELLINGTON DA SILVA PINTO
EXECUTADO:DANIELE DA SILVA PINTO. Processo nº 0002655-94.2013.8.14.0301 Exequente: BANCO
SANTANDER S/A Executados: PREMIUM VEÃCULOS LTDA ME, WELLINGTON DA SILVA PINTO e
DANIELE DA SILVA PINTO Â Â Â Â Â Â Â SENTENÃA HOMOLOGATÃRIA I. BANCO SANTANDER S/A
e PREMIUM VEÃCULOS LTDA ME, WELLINGTON DA SILVA PINTO, DANIELE DA SILVA PINTO,
devidamente representados, requerem HOMOLOGAÃÃO DE ACORDO, conforme petição de fls.
161/164. II. FUNDAMENTAÃÃO            Diz o caput do artigo 200 do Novo Código de
Processo Civil: ¿Art. 200 - Os atos das partes consistentes em declarações unilaterais ou bilaterais de
vontade produzem imediatamente a constituição, modificação ou extinção de direitos
processuais.¿            Dispõe o art. 840 do Código Civil/2002 que: ¿Art. 840. ¿Ã
lÃ-cito aos interessados prevenirem ou terminarem o litÃ-gio mediante concessões mútuas. ¿     Â
      O artigo 487 do Novo Código de Processo Civil determina: ¿Art. 487 - Haverá
resolução de mérito quando o juiz: III - homologar:      b) a transação; ¿        Â
   Cuida-se de pedido de homologação de acordo formulado por pessoas capazes e devidamente
representadas, sendo o objeto lÃ-cito. Os documentos necessários foram juntados. As formalidades legais
na lavratura da avença e no aspecto processual foram observadas. Os interesses existentes nos autos
foram preservados. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Logo, considerando que o acordo se encontra em
consonância com as exigências legais, deve ser homologado, impondo-se a extinção do processo,
com resolução de mérito, a teor do que dispõe o Código Processual Civil. III. DISPOSITIVO   Â
        ISTO POSTO homologo, por sentença, o acordo celebrado pelos interessados,
materializado na manifestação de vontades constantes na petição de fls. 161/164, para que produza
seus jurÃ-dicos e legais efeitos, com fundamento nos artigos 200 do NCPC c/c o art. 840 do CC. Â Â Â Â Â
      Em consequência, tendo a transação efeito de sentença entre os interessados, extingo
o processo, com resolução de mérito, a teor do disposto no artigo 487, inciso III, alÃ-nea b, do NCPC.
INTIMEM-SE. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â As partes ficam dispensadas do pagamento das custas processuais
remanescentes, se houver, diante do disposto no art. 90, § 3º do NCPC.            Após
o trânsito em julgado, arquivem-se os autos.            P. R. I. Cumpra-se.        Â
   Belém/PA, 19/10/2021. ROBERTO ANDRES ITZCOVICH Juiz de Direito Titular da 4ª Vara
CÃ-vel e Empresarial de Belém 303 PROCESSO: 00027989019998140301 PROCESSO ANTIGO:
199910043438 MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH
A??o: Cumprimento de sentença em: 06/12/2021 AUTOR:MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO
PROMOTOR:ROSANGELA CHAGAS DE NAZARE REU:FUNDECOP. Ante o teor da petição de fl. 56,
cite-se o requerido, por edital, com prazo de 20 (vinte) dias, nos termos da decisão de fl. 44.     Â
      Decorrido o prazo, não havendo resposta, certificar e intimar (pessoalmente e não via
mandado) Defensor Público desta Comarca, a quem nomeio desde já para exercer a função de
curador, para apresentar resposta no prazo legal (art. 72, II, CPC/2015). Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â
BELÃM/PA, 29/11/2021.   ROBERTO ANDRÃS ITZCOVICH Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel
e Empresarial de Belém   303 PROCESSO: 00036028420108140301 PROCESSO ANTIGO:
201010060022 MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH
A??o: Execução de Título Extrajudicial em: 06/12/2021 EXEQUENTE:BANCO ABN AMRO REAL SA
Representante(s): OAB 13904-A - ACACIO FERNANDES ROBOREDO (ADVOGADO) CRISTINE
GOUVEA DE ARAUJO (ADVOGADO) EXECUTADO:ALBERTO SEBASTIAO BILOIA
EXECUTADO:DOCE DESPERTA COMERCIO DE DOCES LTDA ME CESSIONÁRIO:FUNDO ITAPEVA II
MULTICARTEIRA FIDC NO Representante(s): OAB 13904-A - ACACIO FERNANDES ROBOREDO
(ADVOGADO) . 1.     Para fins de apreciação dos pedidos de fls. 28/29, intime-se a
cessionária, ITAPEVA II MULTICARTEIRA FUNDO DE INVESTIMENTOS EM DIREITOS CREDITÃRIOS
NÃO PADRONIZADOS, para, em 15 (quinze) dias, juntar aos autos termo de cessão em que conste
expressamente a cessão de crédito discutida nos presentes autos, devendo o respectivo cedente ser o
autor da demanda. 2.     Caso a determinação supra não seja cumprida, intime-se a parte
requerente, BANCO SANTANDER BRASIL S/A, pessoalmente, para, em 05 (cinco) dias, manifestar-se
quanto ao interesse no prosseguimento do feito, requerendo o que entender de direito, sob pena de
extinção do processo (art. 485, III, §1º, CPC/2015). BELÃM/PA, 19/10/2021. Roberto Andrés
Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital 303 PROCESSO:
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
dúvida, podendo ser aparelhada por documento idôneo, ainda que emitido pelo próprio credor, contanto
que, por meio do prudente exame do magistrado, exsurja o juÃ-zo de probabilidade acerca do direito
afirmado pelo autor. 3. No caso dos autos, a recorrida, ao ajuizar a ação monitória, juntou como prova
escrita sem eficácia de tÃ-tulo executivo a própria nota fiscal do negócio de compra e venda de
mercadorias, seguida do comprovante de entrega assinado e mais o protesto das duplicatas, que ficaram
inadimplidas. A Corte local, após minucioso exame da documentação que instrui a ação, apurou
que os documentos são suficientes para atender aos requisitos da legislação processual para
cobrança via ação monitória, pois servem como inÃ-cio de prova escrita. A revisão desse
entendimento, demanda o reexame de provas, vedado em sede de recurso especial (Súmula 7/STJ). 4.
Agravo regimental não provido. (AgRg no AREsp 289.660/RN, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO,
QUARTA TURMA, julgado em 04/06/2013, DJe 19/06/2013) PROCESSO CIVIL - AÃÃO MONITÃRIA -
COBRANÃA PELO FORNECIMENTO DE MERCADORIA - FATURA: DOCUMENTO HÃBIL - APLICAÃÃO
DO ART. 515, § 3º, DO CPC: POSSIBILIDADE. (...) 2. Doutrina e jurisprudência, inclusive do STJ,
têm entendido que é tÃ-tulo hábil para cobrança, documento escrito que prove, de forma razoável, a
obrigação, podendo, a depender do caso, ter sido produzido unilateralmente pelo credor. 3. Ã
perfeitamente viável instruir ação monitória ajuizada por concessionária de energia elétrica com
cópia de faturas para cobrança por serviços prestados, sendo desnecessária, na hipótese, a
assinatura do devedor. 4. Recurso especial não provido. (REsp 894.767/SE, Rel. Ministra ELIANA
CALMON, SEGUNDA TURMA, julgado em 19/08/2008, DJe 24/09/2008). APELAÃÃO CÃVEL. AÃÃO
MONITÃRIA. NOTA PROMISSÃRIA IRREGULAR E DOCUMENTOS SEM A ASSINATURA DO
DEVEDOR. INTERESSE PROCESSUAL. INTELIGÃNCIA DO ARTIGO 1102A DO CPC. Tanto a nota
promissória irregular - assinada por simples preposto do devedor -, como as notas fiscais acostadas Ã
inicial, são documentos hábeis a instruir a ação monitória, pois inexiste a exigência legal de que os
documentos que embasam tal procedimento contenham a assinatura do devedor. DERAM PROVIMENTO
PARA DESCONSTITUIR A SENTENÃA. (Apelação CÃ-vel Nº 70008534380, Décima Sétima
Câmara CÃ-vel, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Alzir Felippe Schmitz, Julgado em 18/05/2004).  Â
    No que se refere a arguição de prescrição, o próprio tribunal já decidiu a questão, não
acolhendo a preliminar, fundamentadamente, conforme fls. 160/161. Â Â Â Â Â Â Quanto a preliminar de
indeferimento da petição inicial por ausência de documento indispensável à propositura da ação,
rejeito-a, uma vez que não é necessária a anexação dos extratos de contracorrente do
embargante, até mesmo porque, não é tese defensiva do demandado a inexistência do débito. O
CONTRATO DE CRÃDITO EM CONTA CORRENTE ESPECIAL, fl. 09, e a tabela com o SALDO
DEVEDOR, fl. 12, são suficientes para comprovar o débito e alicerçar a ação, bem como para
munir o demandado de informações suficientes para ter realizar os seus próprios cálculos, caso
assim considerasse conveniente.            No entanto, é importante ressaltar que é
vedada a cumulação, conforme entendimento consolidado do STJ, da comissão de permanência
com quaisquer outros encargos referente a atualização do montante da dÃ-vida, razão pela qual
reconheço a impossibilidade de cobrança de comissão de permanência no caso concreto. Neste
sentido: DIREITO COMERCIAL E BANCÃRIO. CONTRATOS BANCÃRIOS SUJEITOS AO CÃDIGO DE
DEFESA DO CONSUMIDOR. PRINCÃPIO DA BOA-FÃ OBJETIVA. COMISSÃO DE PERMANÃNCIA.
VALIDADE DA CLÃUSULA. VERBAS INTEGRANTES. DECOTE DOS EXCESSOS. PRINCÃPIO DA
CONSERVAÃÃO DOS NEGÃCIOS JURÃDICOS. ARTIGOS 139 E 140 DO CÃDIGO CIVIL ALEMÃO.
ARTIGO 170 DO CÃDIGO CIVILBRASILEIRO. 1. O princÃ-pio da boa-fé objetiva se aplica a todos os
partÃ-cipes da relação obrigacional, inclusive daquela originada de relação de consumo. No que diz
respeito ao devedor, a expectativa é a de que cumpra, no vencimento, a sua prestação. 2. Nos
contratos bancários sujeitos ao Código de Defesa do Consumidor, é válida a cláusula que institui
comissão de permanência para viger após o vencimento da dÃ-vida. 3. A importância cobrada a tÃ-tulo
de comissão de permanência não poderá ultrapassar a soma dos encargos remuneratórios e
moratórios previstos no contrato, ou seja, a) juros remuneratórios à taxa média de mercado, não
podendo ultrapassar o percentual contratado para o perÃ-odo de normalidade da operação; b) juros
moratórios até o limite de 12% ao ano; e c) multa contratual limitada a 2% do valor da prestação, nos
termos do art. 52, § 1º, do CDC. 4. Constatada abusividade dos encargos pactuados na cláusula de
comissão de permanência, deverá o juiz decotá-los, preservando, tanto quanto possÃ-vel, a vontade
das partes manifestada na celebração do contrato, em homenagem ao princÃ-pio da conservação
dos negócios jurÃ-dicos consagrado nos artigos 139 e 140 do Código Civil alemão e reproduzido no
artigo 170 do Código Civil brasileiro. 5. A decretação de nulidade de cláusula contratual é medida
excepcional, somente adotada se impossÃ-vel o seu aproveitamento. 6. Recurso especial conhecido e
parcialmente provido. (STJ - REsp: 1063343 RS 2008/0128904-9, Relator: Ministra NANCY ANDRIGHI,
345
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
intime-se a parte autora, pessoalmente, para manifestar-se, no prazo de 05 dias, quanto ao interesse no
prosseguimento do feito, sob pena de extinção do processo (art. 485, III do CPC). BELÃM/PA,
19/10/2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital
303 PROCESSO: 00041672220038140301 PROCESSO ANTIGO: 200310069213
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o: Monitória
em: 06/12/2021 REU:ESTRUTURA COMERCIO E REPRESENTACAO LTDA Representante(s):
ROGERIO ROBSON JUCA VILAR (ADVOGADO) OAB 9333 - VIVIANE COSTA COELHO PASSARINHO
(ADVOGADO) AUTOR:BANCO DA AMAZONIA SA Representante(s): OAB 11471 - FABRICIO DOS REIS
BRANDAO (ADVOGADO) OAB 6861 - FRANCISCO EDSON LOPES DA ROCHA JUNIOR (ADVOGADO)
OAB 8489 - ANA LUCIA BARBOSA DA SILVA (ADVOGADO) OAB 23343 - AMANDA REBELO BARRETO
(ADVOGADO) REU:JOAO SALAMIR DA COSTA NETO Representante(s): VIVIANE COSTA COELHO
PASSARINHO (ADVOGADO) REU:FLAVIO HENRIQUE DUARTE DE SOUZA Representante(s): VIVIANE
COSTA COELHO PASSARINHO (ADVOGADO) . Intime-se a parte requerente, pessoalmente, para, no
prazo de 05 dias, manifestar-se quanto ao interesse no prosseguimento do feito, requerendo o que
entender de direito, sob pena de extinção do processo (art. 485, III, §1º, CPC/2015).       Â
    Em caso positivo, deverá o autor, no mesmo prazo, indicar endereço atual do Requerido, nos
termos da decisão de fls. 337/338.            Após o prazo, certificar acerca da
manifestação e fazer os autos conclusos.            SE NECESSÃRIO, SERVIRà CÃPIA
DESTE (A) DESPACHO/DECISÃO COMO MANDADO conforme autorizado pelo PROVIMENTO CJ/CI
003/2009, devendo o Sr. Diretor Observar o disposto em seus nos artigos 3º e 4º.          Â
 Belém/PA, 20/10/2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e
Empresarial da Capital 303 PROCESSO: 00050083920158140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o:
Procedimento Comum Cível em: 06/12/2021 REQUERENTE:RENATO JOSE SINDRIM JUNIOR
REQUERENTE:MARIA LUIZA SIDRIM DOS SANTOS SIDRIM Representante(s): OAB 15556 - CARLOS
AUGUSTO BAHIA DE REZENDE JUNIOR (ADVOGADO) REQUERIDO:AMANHA INCORPORADORA
LTDA REQUERIDO:PDG REALITY SA. Autos nº: 0005008-39.2015.8.14.0301            Â
  RENATO JOSà SIDRIM JUNIOR e MARIA LUIZA SIDRIM DOS SANTOS SIDRIM, requerentes na
ação de execução movida em face de ANA MARIA CORREA COIMBRA, intentou EMBARGOS DE
DECLARAÃÃO visando sanar suposta omissão/contradição existente na decisão de fls. 44/46 dos
autos.               Eis o relatório. Fundamento e Decido.              Â
Quanto aos embargos de declaração, o CPC, art. 1022, verbo ad verbum reza: Cabem embargos de
declaração contra qualquer decisão judicial para: I - esclarecer obscuridade ou eliminar
contradição; II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual deveria se pronunciar o juiz de
ofÃ-cio ou a requerimento; III - corrigir erro material. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Nesse contexto, insta
esclarecer que os embargos de declaração constituem recurso de fundamentação vinculada, o que
significa que somente podem ser manejados ante a constatação das taxativas hipóteses previstas em
lei - omissão, obscuridade, contradição do julgado ou para corrigir erros materiais, ainda que o
Superior Tribunal de Justiça venha admitindo de forma excepcional, limitada a situações
teratológicas, os embargos de declaração com efeitos infringentes, nos quais a fundamentação
não estará vinculada às hipótese legais da omissão, obscuridade e contradição. Destinam-se,
portanto, a complementar ou aclarar as decisões judiciais latu sensu, quando nestas se verificar algum
dos mencionados vÃ-cios.               à o que se extrai da seguinte lição: ¿(...) os
casos previstos para manifestação dos embargos declaratórios são especÃ-ficos, de modo que
somente são admissÃ-veis quando houver obscuridade, contradição ou omissão em questão (ponto
controvertido) sobre o qual deveria o juiz ou tribunal pronunciar-se necessariamente. Os embargos de
declaração são espécie de recurso de fundamentação vinculada.¿             Â
 Todavia, não se vislumbram no presente caso quaisquer dos vÃ-cios que autorizam o acolhimento dos
aclaratórios. O mero inconformismo da parte com decisão que lhe é desfavorável não constitui
fundamento idôneo para modificar o decisum pela via dos embargos de declaração, porquanto essa
via não pode ser utilizada para rediscussão da matéria apreciada, devendo a parte, para tanto,
manejar recurso próprio.               A decisão proferida foi precisa quanto aos seus
fundamentos e coerente com as informações constantes nos autos, em consonância com os
dispositivos legais que regem a matéria.               Apesar do que diz o mestre
Eliézer Rosa que ¿enquanto a justiça for obra do homem e sempre o será, a possibilidade de falha
não pode ser, a priori, descartada¿ é escancarado que não se cuida de falha.          Â
    Nesse sentido, transcrevo aresto do Superior Tribunal de Justiça: PROCESSUAL CIVIL.
EMBARGOS DE DECLARAÃÃO NO RECURSO ESPECIAL. ADVOGADO DA UNIÃO. GRATIFICAÃÃO
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
       Apesar do que diz o mestre Eliézer Rosa que ¿enquanto a justiça for obra do homem e
sempre o será, a possibilidade de falha não pode ser, a priori, descartada¿ é escancarado que não
se cuida de falha. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Nesse sentido, transcrevo aresto do Superior Tribunal de
Justiça: PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÃÃO NO RECURSO ESPECIAL.
ADVOGADO DA UNIÃO. GRATIFICAÃÃO DE ATIVIDADE EXECUTIVA - GAE. EXCLUSÃO PELA
MEDIDA PROVISÃRIA 2.048-26/2000, QUE INSTITUIU A GRATIFICAÃÃO DE DESEMPENHO DE
ATIVIDADE JURÃDICA - GDAJ. AUSÃNCIA DE VÃCIOS DE OMISSÃO, CONTRADIÃÃO OU
OBSCURIDADE. INOCORRÃNCIA. PRETENSÃO DE REEXAME. NÃO CABIMENTO. 1. Os aclaratórios
não merecem prosperar, pois o acórdão embargado não padece de vÃ-cios de omissão,
contradição ou obscuridade, na medida que apreciou a demanda de forma clara e precisa, estando
bem delineados os motivos e fundamentos que a embasam. 2. Não se prestam os embargos de
declaração ao reexame da matéria que se constitui em objeto do decisum, porquanto constitui
instrumento processual com o escopo de eliminar do julgamento obscuridade, contradição ou omissão
sobre tema cujo pronunciamento se impunha pela decisão ou, ainda, de corrigir evidente erro material,
consoante reza o art. 535 do CPC. 3. Embargos de declaração rejeitados. (EDcl no REsp 1353016/AL,
Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, PRIMEIRA SEÃÃO, julgado em 28/08/2013, DJe
03/09/2013). PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÃÃO. PRECATÃRIO. JUROS DE MORA.
PERÃODO COMPREENDIDO ENTRE A HOMOLOGAÃÃO DO CÃLCULO E A EXPEDIÃÃO DO
PRECATÃRIO OU RPV. NÃO INCIDÃNCIA. AUSÃNCIA DE OBSCURIDADE, CONTRADIÃÃO OU
OMISSÃO. REDUÃÃO DO PERCENTUAL DA MULTA DO ART. 557, § 2º, DO CPC. ACOLHIMENTO
PARCIAL. 1. Inexistente qualquer das hipóteses do art. 535 do CPC, não merecem acolhida embargos
de declaração com nÃ-tido caráter infringente. 2. Embargos de declaração acolhidos, apenas para
excluir a multa do art. 557, § 2º, do CPC. (EDcl no AgRg no REsp 1233813/RS, Rel. Ministra ELIANA
CALMON, SEGUNDA TURMA, julgado em 11/06/2013, DJe 28/08/2013). Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â
Note-se, portanto, que ao apreciar os Embargos Declaração o julgador encontra-se adstrito à s
hipóteses taxativas previstas em lei.               Sendo assim, não havendo
omissão, obscuridade ou contradição a serem afastados, impõe-se a rejeição dos embargos de
declaração.               Isto posto, REJEITO os Embargos de Declaração
interpostos, MANTENDO em todos os seus termos a decisão de fls. 44/46, com fulcro no art. 1022 e ss
do CPC.               P.R.I.C.               Belém/PA, 01/09/2021.
Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital 303
PROCESSO: 00050131019968140301 PROCESSO ANTIGO: 199610072883
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o: Processo
de Execução em: 06/12/2021 AUTOR:BANCO DO ESTADO DO PARA SA Representante(s): OAB 10270 -
LETICIA DAVID THOME (ADVOGADO) OAB 11663 - WALCIMARA ALINE MOREIRA CARDOSO
(ADVOGADO) OAB 8988 - ANA CRISTINA SILVA PEREIRA (ADVOGADO) OAB 10328 - CLISTENES DA
SILVA VITAL (ADVOGADO) OAB 9238 - ALLAN FABIO DA SILVA PINGARILHO (ADVOGADO)
REU:IVANILDO FERRRAZ PATRICIO REU:MARCIA LARRAT PATRICIO REU:REFUGIO NORDESTINO
COMERCIO LTDA. DECISÃO Defiro o pedido contido na petição de fls. 121/125. Expeçam-se novos
mandados de citação/intimação, nos endereços indicados na petição acima mencionada,
mediante a comprovação do recolhimento das respectivas custas, Intimem-se. Belém do Pará, 20 de
setembro de 2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial da
Capital 302 PROCESSO: 00051177219968140301 PROCESSO ANTIGO: 199610074354
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o: Execução
de Título Extrajudicial em: 06/12/2021 AUTOR:BANCO ECONOMICO S A Representante(s): OAB 193 -
CLOVIS CUNHA DA GAMA MALCHER (REP LEGAL) REU:FLORIANO GALUCIO DE ANDRADE
Representante(s): OAB 7647 - VICENTE BRAGA CORDEIRO (REP LEGAL) OAB 2413 - JOSE DA SILVA
SALDANHA (ADVOGADO) . Processo nº: 0005117-72.1996.8.14.0301 Requerente: BANCO
ECONÃMICO S/A Requerido: FLORIANO GALÃCIO DE ANDRADE SENTENÃA Â Â Â Â Â Â Â Â Â
RELATÃRIO          O processo seguiu seu trâmite normal até que, por negligência das
partes, estagnou.          Há mais de 1 (um) ano que não se tem notÃ-cia nos autos de
requerimento da parte interessada visando o seu prosseguimento, embora devidamente intimada para tal
fim.          FUNDAMENTAÃÃO          Como se observa dos autos, é patente a
negligência das partes e, por conseguinte, o desinteresse no feito.          Diante disso, em
que pese os termos da lei, não vejo necessária, in casu, a intimação das partes para dar
continuidade ao processo, fato que se constituiria em perda de tempo, aliás, em face da intenção
implÃ-cita no sentido da extinção do feito.          Exigir, num caso como este, a
intimação da parte para que promova o andamento de feito, de seu privativo interesse, seria fazer uma
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e, por conseguinte, o desinteresse no feito. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Diante disso, em que pese os termos da lei,
não vejo necessária, in casu, a intimação das partes para dar continuidade ao processo, fato que se
constituiria em perda de tempo, aliás, em face da intenção implÃ-cita no sentido da extinção do
feito.          Exigir, num caso como este, a intimação da parte para que promova o
andamento de feito, de seu privativo interesse, seria fazer uma interpretação da lei desprovida de
teleologia e finalidade.          Sabido é que a lei oferta multifárias intelecções possÃ-veis,
inexistindo uma única justa, correta ou verdadeira. Dentre elas deve o juiz acolher a mais tolerável,
aceitável, lógica.          A interpretação teleológica é, neste caso, a única tolerável,
aceitável, lógica, é a de que a lei, ao dizer que seja o autor intimado pessoalmente para suprir a falta,
em 5 (cinco) dias. (CPC, art. 485, § 1º), ¿quando o autor abandonar a causa por mais de 30 dias
(trinta) dias.¿, quer dizer exatamente isso: que seja o autor intimado, quando abandonar a causa por
mais de dias (30), por exemplo, por 35 (trinta e cinco) ou 40 (quarenta) dias. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Se
quisesse a lei que o autor fosse intimado quando abandona a causa por meses, diria: que seja intimado
quando abandona por mais de um mês; por mais de 2 (dois) meses, ou, até, por mais de 60 (sessenta)
dias (que é, em meses, mais de um, isto é, um mês ou mais).          Ao dizer a lei
¿mais de 30¿, implicitamente põe o limite de 60 (sessenta). Do contrário, se quisesse significar
meses, diria meses. Se quisesse falar em até 3 (três) meses, poderia dizer mais de 60 (sessenta) dias.
         A lei não quer a intimação do autor, cuja displicência é tal que abandona a
causa por meses ou anos, como é o caso de autos.          O deslinde da causa é
exclusivo interesse dos envolvidos e, se por alguma razão, esses não colaboram para impulsionar o
feito, refoge a este JuÃ-zo prosseguir até a decisão meritória.          No caso, frise-se que
não há questão pendente a ser decidida pelo JuÃ-zo. A situação depende do querer da parte.
Conclui-se assim que o maior interessado deixou processo paralisado por mais de um ano sem que
procurasse o JuÃ-zo ou promovesse os atos e diligências necessárias ao andamento do feito.     Â
    Muito embora a lei processual preveja a necessidade de intimar a parte a dar andamento ao feito
antes da extinção, diante do perfil atual do Processo Civil isso não é mais obrigatório e sim
facultativo.          Atualmente, ao Juiz é atribuÃ-da a tarefa de impulsionar o processo e
não assumi-lo, imiscuindo-se cada vez menos, de modo a não influenciar na direção do processo.
Não cabe ao magistrado perquirir em nome delas o direito almejado ou procurar de ofÃ-cio as razões
que as levaram a abandonar a causa.          Ante a negligência da parte, não há outro
caminho senão a extinção do feito.          DISPOSITIVO          Isto posto, de
ofÃ-cio, com lastro no art. 485, inciso II, do CPC/2015 julgo extinto o processo, sem resolução do
mérito.          Custas na forma da lei.          Decorrido o prazo legal e
certificado o trânsito em julgado, arquivar autos, observadas as formalidades legais.         Â
P.R.I.C. Belém/PA, 20/10/2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e
Empresarial da Capital 303 PROCESSO: 00065831420178140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o: Execução
de Título Extrajudicial em: 06/12/2021 REQUERENTE:BANCO DA AMAZONIA S A Representante(s):
OAB 8200-B - ROBERTO BRUNO ALVES PEDROSA (ADVOGADO) REQUERIDO:JOSE VIEIRA
BARBOSA. Compulsando os autos, verifica-se que foi certificado o óbito do executado, razão pela qual
a parte autora peticionou requerendo a inclusão do espólio do réu no polo passivo, bem como a
expedição de ofÃ-cio ao Cartório respectivo para localização de informações. Dessa forma: 1. Â
   INDEFIRO o pedido da parte autora para expedição de ofÃ-cio ao Cartório de Registro Civil
desta Capital. No que concerne a esse tipo de providência, salvo casos excepcionais, nos quais deve
restar devidamente comprovada a resistência imotivada, é ônus da parte diligenciar a respeito de
interesse próprio.               Nesse sentido já se pronunciou o Egrégio Superior
Tribunal de Justiça: EXECUÃÃO EM AÃÃO RESCISÃRIA Nº 4.877 - SP (2014/0129165-6) RELATOR :
MINISTRO PRESIDENTE DA SEGUNDA SEÃÃO EXEQUENTE : CENTRO ESPÃRITA BENEFICENTE
UNIÃO DO VEGETAL ADVOGADOS : JOYCE MACHADO E MELO E OUTRO (S) CLAUDINEI JOSÃ
FIORI E OUTRO (S) EXECUTADO : CENTRO ESPIRITUAL BENEFICENTE UNIÃO DO VEGETAL LUZ
PAZ E AMOR ADVOGADO : ADRIANA MARTA HOFFMANN SIMON E OUTRO (S) DECISÃO 1. Na
petição juntada às fls. 1853/1854, o exequente noticia que foi realizado o bloqueio, via Sistema
BacenJud, de R$ 260,00 (duzentos e sessenta reais), sendo que o valor total devido é de R$ 2.848,57
(dois mil, oitocentos e quarenta e oito reais e cinquenta e sete centavos). Assim, requer: a) a expedição
de alvará para o levantamento dos R$ 260,00 (duzentos e sessenta reais) bloqueados via BacenJud; b) a
expedição de ofÃ-cios ao Infojud (receita Federal) e Renajud (Departamento Nacional de Trânsito), "a
fim de obter informações a respeito dos bens passÃ-veis de penhora" ou, c) "subsidiariamente, caso
não sejam localizados quaisquer bens através das referidas consultas, a exequente requer seja
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deferida a penhora do Registro de Marca n. 818874929, obtido perante o Instituto Nacional de Propriedade
Industrial - INPI pela executada" e à o relatório. DECIDO. 2. Ao que se depreende dos autos, em razão
da penhora on-line na conta da parte executada de apenas R$ 260,00 (duzentos e sessenta reais), o
exequente requereu a realização de pesquisa pelo sistema Renajud, Infojud, além da expedição
de alvará para levantamento dos R$ 260,00 e, subsidiariamente, da penhora de marca da executada. 2.1.
Com efeito, verifica-se que o exequente, antes mesmo de tomar as medidas administrativas cabÃ-veis com
vistas à localização de bens (móveis e/ou imóveis) em nome do devedor, preferiu solicitar a
intervenção do Poder Judiciário para a obtenção de diligências que pode e deve realizar. A
jurisprudência desta Corte de Justiça é clara no sentido de que cabe ao exequente esgotar
comprovadamente todos os meios a seu cargo para a localização de bens do devedor. Nesse sentido:
"AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSO CIVIL. EXECUÃÃO.
EXPEDIÃÃO DE OFÃCIO Ã RECEITA FEDERAL. MEDIDA EXCEPCIONAL. IMPOSSIBILIDADE. 1. O
acórdão recorrido está em consonância com a jurisprudência deste C. Superior Tribunal de Justiça,
firmada no sentido de que 'a expedição de ofÃ-cio à Receita Federal, para fornecimento de
informações, é providência admitida excepcionalmente, justificando-se tão somente quando
demonstrado ter o credor esgotado todos os meios à sua disposição para encontrar bens passÃ-veis de
penhora, o que não ocorre no caso dos autos' (AgRg no REsp nº 595.612/DF, Relator o Ministro HÃLIO
QUAGLIA BARBOSA, 4ª Turma, DJ 11/02/2008). 2. Em relação ao pedido de informações para
fins de localização do endereço do executado 'o raciocÃ-nio a ser utilizado nesta hipótese deverá ser
o mesmo dos casos em que se pretende localizar bens do devedor, pois tem o contribuinte ou o titular de
conta bancária direito à privacidade relativa aos seus dados pessoais, além do que não cabe ao
Judiciário substituir a parte autora nas diligência que lhe são cabÃ-veis para demandar em juÃ-zo.'
(REsp nº 306.570/SP, Relatora a Ministra ELIANA CALMON, DJU de 18/02/2002). 3. Agravo regimental
a que se nega provimento." (AgRg no Ag 1.386.116/MS, Rel. Ministro RAUL ARAÃJO, QUARTA TURMA,
julgado em 26.4.2011, DJe 10.5.2011.) PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS RECEBIDOS COMO
AGRAVO REGIMENTAL. DILIGÃNCIA PARA LOCALIZAÃÃO DO DEVEDOR. EXPEDIÃÃO DE OFÃCIOS
A REPARTIÃÃES E ÃRGÃOS PÃBLICOS. INDEFERIMENTO PELO TRIBUNAL ESTADUAL.
ORIENTAÃÃO HARMÃNICA COM O ENTENDIMENTO DO STJ. I. O ônus da localização do devedor
e de seus bens cabe à parte interessada e não ao juÃ-zo, que não é seu coadjuvante ou auxiliar
nessa busca. II. Precedentes do STJ. III. Agravo improvido. (AgRg no Ag 498.264/SP, Rel. Min. ALDIR
PASSARINHO JÃNIOR, QUARTA TURMA, DJ 22.9.03); Processual civil. Recurso especial. Ação de
execução. Informações sobre o devedor. Expedição de ofÃ-cios a órgãos da administração
pública. Impossibilidade. - Não se mostra cabÃ-vel pedido de expedição de ofÃ-cios a órgãos da
administração pública com o objetivo de serem fornecidas informações sobre o devedor, formulado
no exclusivo interesse do credor, pois recai nele o ônus de diligenciar no sentido de obter tais dados.
Precedentes. (REsp 328.862/RS, Relª. p/ Ac. Min. NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, DJ 2.12.02).
Publique-se. Intime-se. BrasÃ-lia (DF), 10 de novembro de 2014. Ministro Luis Felipe Salomão Ministro
(STJ - ExeAR: 4877 SP 2014/0129165-6, Relator: Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, Data de
Publicação: DJ 19/11/2014) (grifos nossos).               Dessa forma, considerando
que, diante da informação do falecimento do requerido, a parte autora não juntou aos autos certidão
de óbito ou informações sobre os herdeiros do réu, INDEFIRO a substituição processual e a
inclusão do espólio de José Vieira Barbosa e respectivos herdeiros no polo passivo da demanda. 2.Â
    Determino a intimação da parte autora, pessoalmente, para, no prazo de 05 dias, manifestar-se
quanto ao interesse no prosseguimento do feito, requerendo o que entender de direito, sob pena de
extinção do processo (art. 485, III, §1º, CPC/2015).               Após o prazo,
certificar acerca da manifestação e fazer os autos conclusos.               SE
NECESSÃRIO, SERVIRÃ CÃPIA DESTE (A) DESPACHO/DECISÃO COMO MANDADO conforme
autorizado pelo PROVIMENTO CJ/CI 003/2009, devendo o Sr. Diretor Observar o disposto em seus nos
artigos 3º e 4º. Belém/PA, 05/11/2021.                   Roberto Andrés
Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital 303 PROCESSO:
00074181319968140301 PROCESSO ANTIGO: 198810115472
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o: Execução
de Título Extrajudicial em: 06/12/2021 ADVOGADO:PAULO DE SA REU:MAURO JORGE HAMOY
REU:HAMOY & CIA. INDUSTRIA E COMERCIO Representante(s): OAB 1746 - REYNALDO ANDRADE
DA SILVEIRA (ADVOGADO) REU:ISAAC HAMOY REU:COMERCIO E NAVEGACAO BAIO AMAZONAS
LTDA. AUTOR:BANCO ECONOMICO S/A. Representante(s): ANDREY MONTENEGRO DE SA
(ADVOGADO) PAULO RUBENS XAVIER DE SA (ADVOGADO) . Processo nº: 0007418-
13.1996.8.14.0301 Requerente:Â BANCO ECON/ÃMICO S/A. Requeridos: HAMOY E CIA. INDÃSTRIA E
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COMÃRCIO; ISAAC HAMOY; COMÃRCIO E NAVEGAÃÃO BAIXO AMAZONAS LTDA. e MAURO JORGE
HAMOY SENTENÃA          RELATÃRIO          O processo seguiu seu trâmite
normal até que, por negligência das partes, estagnou.          Há mais de 1 (um) ano que
não se tem notÃ-cia nos autos de requerimento da parte interessada visando o seu prosseguimento,
embora devidamente intimada para tal fim. Â Â Â Â Â Â Â Â Â FUNDAMENTAÃÃO Â Â Â Â Â Â Â Â Â
Como se observa dos autos, é patente a negligência das partes e, por conseguinte, o desinteresse no
feito.          Diante disso, em que pese os termos da lei, não vejo necessária, in casu, a
intimação das partes para dar continuidade ao processo, fato que se constituiria em perda de tempo,
aliás, em face da intenção implÃ-cita no sentido da extinção do feito.          Exigir, num
caso como este, a intimação da parte para que promova o andamento de feito, de seu privativo
interesse, seria fazer uma interpretação da lei desprovida de teleologia e finalidade.         Â
Sabido é que a lei oferta multifárias intelecções possÃ-veis, inexistindo uma única justa, correta ou
verdadeira. Dentre elas deve o juiz acolher a mais tolerável, aceitável, lógica.          A
interpretação teleológica é, neste caso, a única tolerável, aceitável, lógica, é a de que a lei, ao
dizer que seja o autor intimado pessoalmente para suprir a falta, em 5 (cinco) dias. (CPC, art. 485, §
1º), ¿quando o autor abandonar a causa por mais de 30 dias (trinta) dias.¿, quer dizer exatamente
isso: que seja o autor intimado, quando abandonar a causa por mais de dias (30), por exemplo, por 35
(trinta e cinco) ou 40 (quarenta) dias. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Se quisesse a lei que o autor fosse intimado
quando abandona a causa por meses, diria: que seja intimado quando abandona por mais de um mês;
por mais de 2 (dois) meses, ou, até, por mais de 60 (sessenta) dias (que é, em meses, mais de um,
isto é, um mês ou mais).          Ao dizer a lei ¿mais de 30¿, implicitamente põe o limite
de 60 (sessenta). Do contrário, se quisesse significar meses, diria meses. Se quisesse falar em até 3
(três) meses, poderia dizer mais de 60 (sessenta) dias.          A lei não quer a intimação
do autor, cuja displicência é tal que abandona a causa por meses ou anos, como é o caso de autos. Â
        O deslinde da causa é exclusivo interesse dos envolvidos e, se por alguma razão,
esses não colaboram para impulsionar o feito, refoge a este JuÃ-zo prosseguir até a decisão
meritória.          No caso, frise-se que não há questão pendente a ser decidida pelo
JuÃ-zo. A situação depende do querer da parte. Conclui-se assim que o maior interessado deixou
processo paralisado por mais de um ano sem que procurasse o JuÃ-zo ou promovesse os atos e
diligências necessárias ao andamento do feito.          Muito embora a lei processual preveja
a necessidade de intimar a parte a dar andamento ao feito antes da extinção, diante do perfil atual do
Processo Civil isso não é mais obrigatório e sim facultativo.          Atualmente, ao Juiz é
atribuÃ-da a tarefa de impulsionar o processo e não assumi-lo, imiscuindo-se cada vez menos, de modo a
não influenciar na direção do processo. Não cabe ao magistrado perquirir em nome delas o direito
almejado ou procurar de ofÃ-cio as razões que as levaram a abandonar a causa.          Ante
a negligência da parte, não há outro caminho senão a extinção do feito.         Â
DISPOSITIVO Â Â Â Â Â Â Â Â Â Isto posto, de ofÃ-cio, com lastro no art. 485, inciso II, do CPC/2015 julgo
extinto o processo, sem resolução do mérito.          Determino a baixa na penhora
efetuada à fl. 38. Proceda-se às comunicações necessárias.          Custas na forma da
lei.          Decorrido o prazo legal e certificado o trânsito em julgado, arquivar autos,
observadas as formalidades legais.          P.R.I.C. Belém/PA, 20/10/2021. Roberto Andrés
Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital 303 PROCESSO:
00075199320108140301 PROCESSO ANTIGO: 201010121303
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o: Execução
de Título Extrajudicial em: 06/12/2021 EXEQUENTE:BANCO ABN AMRO REAL S.A Representante(s):
OAB 357590 - CAUE TAUAN DE SOUZA YAEGASHI (ADVOGADO) EXECUTADO:HELIO FATTURI. 1.Â
    Para fins de apreciação dos pedidos de fls. 89/91, intime-se a cessionária, FUNDO DE
INVESTIMENTOS EM DIREITOS CREDITÃRIOS NÃO PADRONIZADOS NPL III, para, em 15 (quinze)
dias, juntar aos autos termo de cessão em que conste expressamente a cessão de crédito discutida
nos presentes autos, devendo o respectivo cedente ser o autor da demanda. 2.     Caso a
determinação supra não seja cumprida, intime-se a parte requerente, BANCO SANTANDER S.A.,
pessoalmente, para, em 05 (cinco) dias, manifestar-se quanto ao interesse no prosseguimento do feito,
requerendo o que entender de direito, sob pena de extinção do processo (art. 485, III, §1º,
CPC/2015). BELÃM/PA, 20/10/2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara
CÃ-vel e Empresarial da Capital 303 PROCESSO: 00075644820148140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o:
Cumprimento de sentença em: 06/12/2021 AUTOR:REVOLUTION TREINAMENTOS E EVENTOS
TECNICOS REPRESENTANTE:ERILENE ALVES DINIZ Representante(s): OAB 5178 - BENEDITO
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CORDEIRO NEVES (ADVOGADO) OAB 14120 - RENEIDA KELLY SERRA DO ROSARIO (ADVOGADO)
REU:FUNDO DE PROMOCAO E PROPAGANDA DO PARQUE SHOPPING BELEM. Ante a petição de
fls. 92, defiro assistência judiciária gratuita, enquanto perdurar a condição de hipossuficiência,
observado o disposto no art. 98, §3º do Código de Processo Civil.          Ademais,
considerando a não interposição de recursos face a sentença, certifique-se acerca do trânsito em
julgado e, após, arquivem-se os autos, cumpridas as cautelas legais. Belém/PA, 18/11/2021. Roberto
Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital 303 PROCESSO:
00075823219998140301 PROCESSO ANTIGO: 199910115351
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o: Execução
de Título Extrajudicial em: 06/12/2021 EXEQUENTE:BANCO BRADESCO S A Representante(s): MARIA
DO PERPETUO SOCORRO RASSY TEIXEIRA (ADVOGADO) OAB 2716 - ONEIDE KATAOKA
NOGUEIRA LIMA (ADVOGADO) EXECUTADO:SOERGA ENGENHARIA LTDA Representante(s): OAB
7838 - ALICE DO AMARAL DE LIMA (ADVOGADO) OAB 6246-B - JORGE FERRAZ NETO (ADVOGADO)
EXECUTADO:EMILIO GUTIERREZ PORPINO MARTINS EXECUTADO:ESPOLIO DE ABDIAS ARRUDA
DO AMARAL. Autos nº: 0007582-32.1999.8.14.0301               SOERGA
ENGENHARIA LTDA., requerida na ação de execução movida por BANCO BRADESCO S/A,
intentou EMBARGOS DE DECLARAÃÃO visando sanar suposta omissão/contradição existente na
decisão de fl. 206 dos autos.               Eis o relatório. Fundamento e Decido.   Â
           Quanto aos embargos de declaração, o CPC, art. 1022, verbo ad verbum reza:
Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para: I - esclarecer obscuridade ou
eliminar contradição; II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual deveria se pronunciar o
juiz de ofÃ-cio ou a requerimento; III - corrigir erro material. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Nesse contexto,
insta esclarecer que os embargos de declaração constituem recurso de fundamentação vinculada, o
que significa que somente podem ser manejados ante a constatação das taxativas hipóteses previstas
em lei - omissão, obscuridade, contradição do julgado ou para corrigir erros materiais, ainda que o
Superior Tribunal de Justiça venha admitindo de forma excepcional, limitada a situações
teratológicas, os embargos de declaração com efeitos infringentes, nos quais a fundamentação
não estará vinculada às hipótese legais da omissão, obscuridade e contradição. Destinam-se,
portanto, a complementar ou aclarar as decisões judiciais latu sensu, quando nestas se verificar algum
dos mencionados vÃ-cios.               à o que se extrai da seguinte lição: ¿(...) os
casos previstos para manifestação dos embargos declaratórios são especÃ-ficos, de modo que
somente são admissÃ-veis quando houver obscuridade, contradição ou omissão em questão (ponto
controvertido) sobre o qual deveria o juiz ou tribunal pronunciar-se necessariamente. Os embargos de
declaração são espécie de recurso de fundamentação vinculada.¿             Â
 Todavia, não se vislumbram no presente caso quaisquer dos vÃ-cios que autorizam o acolhimento dos
aclaratórios. O mero inconformismo da parte com decisão que lhe é desfavorável não constitui
fundamento idôneo para modificar o decisum pela via dos embargos de declaração, porquanto essa
via não pode ser utilizada para rediscussão da matéria apreciada, devendo a parte, para tanto,
manejar recurso próprio.               A decisão proferida foi precisa quanto aos seus
fundamentos e coerente com as informações constantes nos autos, em consonância com os
dispositivos legais que regem a matéria.               Apesar do que diz o mestre
Eliézer Rosa que ¿enquanto a justiça for obra do homem e sempre o será, a possibilidade de falha
não pode ser, a priori, descartada¿ é escancarado que não se cuida de falha.          Â
    Nesse sentido, transcrevo aresto do Superior Tribunal de Justiça: PROCESSUAL CIVIL.
EMBARGOS DE DECLARAÃÃO NO RECURSO ESPECIAL. ADVOGADO DA UNIÃO. GRATIFICAÃÃO
DE ATIVIDADE EXECUTIVA - GAE. EXCLUSÃO PELA MEDIDA PROVISÃRIA 2.048-26/2000, QUE
INSTITUIU A GRATIFICAÃÃO DE DESEMPENHO DE ATIVIDADE JURÃDICA - GDAJ. AUSÃNCIA DE
VÃCIOS DE OMISSÃO, CONTRADIÃÃO OU OBSCURIDADE. INOCORRÃNCIA. PRETENSÃO DE
REEXAME. NÃO CABIMENTO. 1. Os aclaratórios não merecem prosperar, pois o acórdão
embargado não padece de vÃ-cios de omissão, contradição ou obscuridade, na medida que apreciou
a demanda de forma clara e precisa, estando bem delineados os motivos e fundamentos que a embasam.
2. Não se prestam os embargos de declaração ao reexame da matéria que se constitui em objeto do
decisum, porquanto constitui instrumento processual com o escopo de eliminar do julgamento
obscuridade, contradição ou omissão sobre tema cujo pronunciamento se impunha pela decisão ou,
ainda, de corrigir evidente erro material, consoante reza o art. 535 do CPC. 3. Embargos de declaração
rejeitados. (EDcl no REsp 1353016/AL, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, PRIMEIRA
SEÃÃO, julgado em 28/08/2013, DJe 03/09/2013). PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE
DECLARAÃÃO. PRECATÃRIO. JUROS DE MORA. PERÃODO COMPREENDIDO ENTRE A
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
da obrigação mediante documento idôneo sem que necessariamente tenha sido emitido pelo devedor
ou contenha sua assinatura, senão vejamos: PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. AÃÃO
MONITÃRIA. A DOCUMENTAÃÃO NECESSÃRIA PARA A ADMISSIBILIDADE TEM QUE SER IDÃNEA.
APTA Ã FORMAÃÃO DO JUÃZO DE PROBABILIDADE ACERCA DO DIREITO AFIRMADO, A PARTIR
DO PRUDENTE EXAME DO MAGISTRADO. 1. A prova hábil a instruir a ação monitória, a que alude
o artigo 1.102-A do Código de Processo Civil não precisa, necessariamente, ter sido emitida pelo
devedor ou nela constar sua assinatura ou de um representante. Basta que tenha forma escrita e seja
suficiente para, efetivamente, influir na convicção do magistrado acerca do direito alegado. 2. Dessarte,
para a admissibilidade da ação monitória, não é necessário que o autor instrua a ação com
prova robusta, estreme de dúvida, podendo ser aparelhada por documento idôneo, ainda que emitido
pelo próprio credor, contanto que, por meio do prudente exame do magistrado, exsurja o juÃ-zo de
probabilidade acerca do direito afirmado pelo autor. 3. No caso dos autos, a recorrida, ao ajuizar a ação
monitória, juntou como prova escrita sem eficácia de tÃ-tulo executivo a própria nota fiscal do negócio
de compra e venda de mercadorias, seguida do comprovante de entrega assinado e mais o protesto das
duplicatas, que ficaram inadimplidas. A Corte local, após minucioso exame da documentação que
instrui a ação, apurou que os documentos são suficientes para atender aos requisitos da legislação
processual para cobrança via ação monitória, pois servem como inÃ-cio de prova escrita. A
revisão desse entendimento, demanda o reexame de provas, vedado em sede de recurso especial
(Súmula 7/STJ). 4. Agravo regimental não provido. (AgRg no AREsp 289.660/RN, Rel. Ministro LUIS
FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em 04/06/2013, DJe 19/06/2013) PROCESSO CIVIL -
AÃÃO MONITÃRIA - COBRANÃA PELO FORNECIMENTO DE MERCADORIA - FATURA: DOCUMENTO
HÃBIL - APLICAÃÃO DO ART. 515, § 3º, DO CPC: POSSIBILIDADE. (...) 2. Doutrina e jurisprudência,
inclusive do STJ, têm entendido que é tÃ-tulo hábil para cobrança, documento escrito que prove, de
forma razoável, a obrigação, podendo, a depender do caso, ter sido produzido unilateralmente pelo
credor. 3. à perfeitamente viável instruir ação monitória ajuizada por concessionária de energia
elétrica com cópia de faturas para cobrança por serviços prestados, sendo desnecessária, na
hipótese, a assinatura do devedor. 4. Recurso especial não provido. (REsp 894.767/SE, Rel. Ministra
ELIANA CALMON, SEGUNDA TURMA, julgado em 19/08/2008, DJe 24/09/2008). APELAÃÃO CÃVEL.
AÃÃO MONITÃRIA. NOTA PROMISSÃRIA IRREGULAR E DOCUMENTOS SEM A ASSINATURA DO
DEVEDOR. INTERESSE PROCESSUAL. INTELIGÃNCIA DO ARTIGO 1102A DO CPC. Tanto a nota
promissória irregular - assinada por simples preposto do devedor -, como as notas fiscais acostadas Ã
inicial, são documentos hábeis a instruir a ação monitória, pois inexiste a exigência legal de que os
documentos que embasam tal procedimento contenham a assinatura do devedor. DERAM PROVIMENTO
PARA DESCONSTITUIR A SENTENÃA. (Apelação CÃ-vel Nº 70008534380, Décima Sétima
Câmara CÃ-vel, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Alzir Felippe Schmitz, Julgado em 18/05/2004).  Â
   Considera-se, no caso concreto, como incontroverso: 1)     A existência, validade e
vigência do contrato entabulado entre as partes, fls. 12/17; 2)     O débito referente ao mês de
MARÃO/2005, confessado pela parte demandada, fl.40, item 1.9; 3)Â Â Â Â Â A falta de distrato ou
comprovação de que o referido contrato teve como último mês vigente ABRIL/2005.     Â
Nesses termos, a parte demandante anexou aos autos, fl. 60, a comunicação da parte demanda sobre
a rescisão contratual, datada de 05/07/2005, o que, sem que restem dúvidas, chancela que o contrato
ainda estava vigente até esse momento.      Dessa forma, também se torna incontroversa a
inadimplência da ré referentes às duplicatas com vencimento em 10/03/2005, 10/05/2005 e
10/06/2005, bem como a relação causal que deu origem ao débito.      Acrescente-se ainda
que a própria ré declara que foi presencialmente até a empresa autora em ABRIL/2005, adotando
conduta negligente, pois como os autos demonstram, apesar de afirmar que confirmou a rescisão do
contrato na ocasião, nada juntou para comprovar o distrato, o que era sua obrigação, em atenção
a distribuição do ônus da prova do direito processualista.      Frise-se ainda que em nada
influencia os funcionários da empresa ré não terem usufruÃ-do dos serviços da parte autora, pois
estes foram postos à disponibilidade, o que por si só constitui o débito, e a consequente cobrança. Â
    Assim, havendo prova escrita suficiente para a instrução da ação que objetiva o pagamento
de soma em dinheiro, como no caso noticiado, há cabimento, sim, de ação monitória.     Â
Diante do acervo probatório constante nos autos, verifico a consistência do crédito em favor da parte
demandante, e existindo valores a serem pagos, incumbia a parte requerida o ônus de provar a
existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito da requerente, o que não logrou êxito
(art. 373, II, do CPC).      Acrescente-se ainda, ao presente julgado, a seguinte jurisprudência, pois
embasa a cominação do dispositivo: AGRAVO DE INSTRUMENTO - AÃÃO MONITÃRIA - JUROS
MORATÃRIOS - TERMO INICIAL - CITAÃÃO. Em ação monitória, os juros moratórios incidem a
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
partir da data da citação. (TJ-MG - AI: 10625130023462001 MG, Relator: MaurÃ-lio Gabriel, Data de
Julgamento: 09/05/2013, Câmaras CÃ-veis / 15ª CÃMARA CÃVEL, Data de Publicação: 17/05/2013).
APELAÃÃO CÃVEL. NEGÃCIOS JURÃDICOS BANCÃRIOS. AÃÃO MONITÃRIA. JUROS MORATÃRIOS.
Nos contratos bancários, os juros moratórios podem ser convencionados em até 1% (um por cento) ao
mês. APELAÃÃO PROVIDA. (TJ-RS - AC: 70066247800 RS, Relator: Marco Antonio Angelo, Data de
Julgamento: 30/06/2016, Décima Nona Câmara CÃ-vel, Data de Publicação: 25/07/2016). EMENTA:
APELAÃÃO CÃVEL - AÃÃO MONITÃRIA - CORREÃÃO MONETÃRIA. "A jurisprudência do STJ é firme
no sentido de que a correção monetária incide para manutenção do poder aquisitivo, motivo pelo
qual, o termo inicial, na ação monitória, é a data do vencimento do tÃ-tulo, a fim de não gerar um
enriquecimento da parte contrária" (STJ, AgRg no AREsp 679.160/SP). (TJ-MG - AC:
10512160078931001 MG, Relator: José Augusto Lourenço dos Santos, Data de Julgamento:
28/05/2020, Data de Publicação: 16/06/2020). APELAÃÃO - AÃÃO MONITÃRIA - COBRANÃA DE
DÃVIDA LIQUIDA E COM VENCIMENTO CERTO - INÃCIO DOS JUROS DE MORA E DA CORREÃÃO
MONETÃRIA PELO INPC A PARTIR DA DATA DO VENCIMENTO - APELAÃÃO DESPROVIDA -
SENTENÃA MANTIDA. O inÃ-cio dos juros de mora e da correção monetária para cobrança de
dÃ-vida lÃ-quida com vencimento certo se dá a partir da data do vencimento (AgInt no AREsp 1261493/DF,
Rel. Ministro MARCO AURÃLIO BELLIZZE, TERCEIRA TURMA, julgado em 05/06/2018, DJe 15/06/2018).
(TJ-MT - AC: 00038060620178110086 MT, Relator: GUIOMAR TEODORO BORGES, Data de
Julgamento: 22/05/2019, Quarta Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 27/05/2019).
DISPOSITIVO Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Ante todo o exposto, rejeito os embargos apresentados pela
ré e JULGO PROCEDENTE o pedido inicial e, com amparo no artigo 701, § 8º, do Código de
Processo Civil, constituo de pleno direito o tÃ-tulo judicial, convertendo o mandado monitório em
executivo, cuja tramitação obedecerá ao disposto no TÃ-tulo II do Livro I da Parte Especial, no que for
cabÃ-vel.               CONDENO a parte ré a efetuar o pagamento do débito
principal, qual seja, R$ 5.236,47 (cinco mil, duzentos e trinta e seis reais e quarenta e sete centavos),
acrescido de juros moratórios de 1% (um por cento) ao mês a contar de citação, e correção
monetária pelo INPC a partir do inadimplemento.               CONDENO ainda a parte
Ré ao pagamento das custas processuais e honorários advocatÃ-cios, estes fixados em 10% (dez por
cento) sobre o valor da condenação, o que faço com base no artigo 85, § 2º, do Código de
Processo Civil.               Após, prossiga-se como execução de tÃ-tulo judicial, por
quantia certa contra devedor solvente. Para tanto, INTIME-SE a exequente para apresentação de
memorial de cálculo atualizado e conforme os ditames da presente sentença. Em sequência, intime-se
a parte executada para, nos termos do art. 523, do CPC, efetuar, no prazo de quinze dias, o pagamento do
montante atualizado com juros e correção monetária, advertindo-lhe que, caso não o efetue, será o
valor acrescido de multa no percentual de 10% (dez por cento).              Â
Consequentemente, extingo o processo com resolução de mérito conforme o disposto no artigo 487,
inciso I, do Código de Processo Civil.               P. R. I. C.             Â
 Belém/PA, 02/09/2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e
Empresarial da Capital 301 PROCESSO: 00087368219998140301 PROCESSO ANTIGO: 199910137944
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o:
Procedimento Comum Cível em: 06/12/2021 AUTOR:BANCO BRASIL SA Representante(s): OAB 211648
- RAFAEL SGANZERLA DURAND (ADVOGADO) REU:MARIA DO SOCORRO ARAUJO JARDIM
REU:SANSTUR VIAGENS E TURISMO LTDA. Representante(s): JOSEANA SOUSA GONCALVES
(ADVOGADO) VANTUIR JOSE DE LIMA (ADVOGADO) . Com espeque no CPC, art. 144, IX, declaro-me
impedido para atuar no feito por estar sendo promovida a ação em desfavor da parte requerida.   Â
             Em cumprimento ao disposto na Portaria nº 4638/2013 - GP, alterada pelas
Portarias nº 5014/2013-GP, 5113/2013-GP e 1027/2015-GP, comunicar a afirmação de impedimento
ao substituto legal automático, com cópia para a Corregedora de Justiça do TJE/PA e Divisão de
Apoio Técnico-JurÃ-dico da Presidência.                 Oficiar. Intimar. Belém/PA,
19/10/2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital
303 PROCESSO: 00088417120058140301 PROCESSO ANTIGO: 199710305254
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o: Embargos
à Execução em: 06/12/2021 EMBARGADO:BANCO DO BRASIL SA Representante(s): ANA MARGARIDA
SILVA LOREIRO GODINHO (ADVOGADO) ANTONIO JOSE DE MATTOS NETO (ADVOGADO)
EMBARGANTE:ORLANDO GOMES DOS REIS Representante(s): PAULO EDUARDO S. PEREIRA
(ADVOGADO) EMBARGANTE:CECILIA AZEVEDO REIS Representante(s): PAULO EDUARDO S.
PEREIRA (ADVOGADO) . Com espeque no CPC, art. 144, IX, declaro-me impedido para atuar no feito por
estar sendo promovida a ação em desfavor da parte requerida.                 Em
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cumprimento ao disposto na Portaria nº 4638/2013 - GP, alterada pelas Portarias nº 5014/2013-GP,
5113/2013-GP e 1027/2015-GP, comunicar a afirmação de impedimento ao substituto legal
automático, com cópia para a Corregedora de Justiça do TJE/PA e Divisão de Apoio Técnico-
JurÃ-dico da Presidência.                 Oficiar. Intimar. Belém/PA, 26/10/2021.
Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital 303
PROCESSO: 00088644020178140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o: Execução
de Título Extrajudicial em: 06/12/2021 REQUERENTE:BANCO ITAU UNIBANCO S\A Representante(s):
OAB 14305 - CARLOS GONDIM NEVES BRAGA (ADVOGADO) OAB 21573 - SYDNEY SOUSA SILVA
(ADVOGADO) REQUERIDO:ELLO DISTRIBUIDORA EIRELI ME REQUERIDO:MARCOS EVANGELISTA
DE MELO. 1.     Para fins de apreciação dos pedidos de fl. 69, intime-se a cessionária,
IRESOLVE COMPANHIA SECURITIZADORA DE CRÃDITOS FINANCEIROS S/A, para, em 15 (quinze)
dias, juntar aos autos termo de cessão em que conste expressamente a cessão de crédito discutida
nos presentes autos, devendo o respectivo cedente ser o autor da demanda. 2.     Caso a
determinação supra não seja cumprida, intime-se a parte requerente, BANCO ITAUCARD S.A.,
pessoalmente, para, em 05 (cinco) dias, manifestar-se quanto ao interesse no prosseguimento do feito,
requerendo o que entender de direito, sob pena de extinção do processo (art. 485, III, §1º,
CPC/2015). BELÃM/PA, 30/11/2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara
CÃ-vel e Empresarial da Capital 303 PROCESSO: 00090371920038140301 PROCESSO ANTIGO:
200310124942 MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH
A??o: Execução de Título Extrajudicial em: 06/12/2021 AUTOR:LINDE GASES LTDA Representante(s):
LILIANE NETO BARROSO (ADVOGADO) LUIZ GUSTAVO ROCHA OLIVEIRA (ADVOGADO) LUCIANO
A. DE OLIVEIRA SANTOS (ADVOGADO) ADRIANA APARECIDA ROCHA OLIVEIRA (ADVOGADO)
REU:A VALENTE GOMES COMERCIO ME. PROCESSO Nº 0009037-19.2003.8.14.0301 EXEQUENTE:
LINDE GASES LTDA. EXECUTADO: A. VALENTE GOMES COMÃRCIO ME SENTENÃA Â Â Â Â Â Â Â Â
   RELATÃRIO            A requerente ingressou com a presente ação em face do
requerido. A parte autora manifestou-se em petição de fls. 252/253 requerendo a desistência da
ação.            FUNDAMENTAÃÃO            Uma vez requerida a
desistência é caso de encerramento do processo.            O inciso VIII, do art. 485, do
Código de Processo Civil/2015 prevê a possibilidade de extinção do processo sem resolução de
mérito no caso da desistência do autor, porém, a condiciona ao consentimento do réu caso já
tenha sido oferecida contestação.            Considerando que no presente feito a parte
requerida não apresentou contestação, não existe óbice à homologação da desistência.   Â
         DISPOSITIVO            Diante do exposto, HOMOLOGO a desistência
para os fins do art. 200, parágrafo único, do CPC/2015 e, em consequência, JULGO EXTINTO o
processo sem resolução de mérito, nos termos do artigo 485, inciso VIII, do Código de Processo
Civil/2015.            Defiro os benefÃ-cios da gratuidade da justiça.           Â
Custas pelo requerente, nos termos do art. 90, caput, do CPC/2015, suspendendo-se, contudo, a
exigibilidade face a assistência judiciária gratuita deferida, enquanto perdurar a condição de
hipossuficiência, observado o disposto no art.98, §3º, do CPC/2015.            Não
havendo apresentação de defesa pelo requerido, deixo de fixar honorários advocatÃ-cios.      Â
     Fica autorizado o desentranhamento de documentos por quem os juntou, exceto a
procuração, substituindo-os por cópias que poderão ser declaradas autênticas pelo patrono nos
termos do artigo 425, IV, do CPC/2015, devendo o cartório certificar o ato de desentranhamento.    Â
       Decorrido o prazo legal, certificar o trânsito em julgado, dar baixa nos registros e arquivar.
           Fazer as anotações e tomar as cautelas de praxe.              Â
         P.R.I.C. Belém/PA, 19/10/2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da
4ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital 303 PROCESSO: 00093385320078140301 PROCESSO
ANTIGO: 200710287605 MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES
ITZCOVICH A??o: Monitória em: 06/12/2021 AUTOR:BANCO DO ESTADO DO PARA SA
Representante(s): OAB 9127 - MARIA ROSA DO SOCORRO LOURINHO DE SOUZA (ADVOGADO) OAB
8988 - ANA CRISTINA SILVA PEREIRA (ADVOGADO) OAB 11663 - WALCIMARA ALINE MOREIRA
CARDOSO (ADVOGADO) LETICIA DAVID SILVA (ADVOGADO) REU:RAIMUNDO FRANCISCO DOS
SANTOS Representante(s): OAB 11111 - DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DO PARA (DEFENSOR)
. PROCESSO: 0009338-53.2007.814.0301 DEMANDANTE: BANCO DO ESTADO DO PARÃ S.A.
DEMANDADO: RAIMUNDO FRANCISCO DOS SANTOS SENTENÃA RELATÃRIO Â Â Â Â Â Â Cuida-se
de AÃÃO MONITÃRIA movida por BANCO DO ESTADO DO PARÃ S.A. em face de RAIMUNDO
FRANCISCO DOS SANTOS.       Afirma a parte autora que é credora do réu da importância
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
total de R$ 21.527,14 (vinte e um mil, quinhentos e vinte e sete reais e catorze centavos), em virtude de
contrato datado de 22/08/2002, onde fora disponibilizado um limite de crédito rotativo denominado
MULTICRED, no valor de R$ 1.801,00, passando o seu limite, após firmado cinco Termos de Adesão,
para R$ 4.278,58, a partir de 26/03/2004.       Pontua que o réu recebeu um limite de crédito
rotativo a ser utilizado conforme sua conveniência, obrigando-se em contrapartida a devolver o capital
emprestado em até 14 parcelas, acrescidos dos encargos previstos no contrato de adesão que rege o
produto.       Declara que o réu devolveu parte do capital emprestado com os encargos
assumidos, porém, a partir de JANEIRO/2005, deixou de pagar os valores que devia pela utilização
deste limite, tornando-se inadimplente desde então.       Junta documentos.       Em
sede de embargos monitórios, fls. 102/113, protocolados em 18/04/2016, a parte demandada defende,
em sÃ-ntese: 1) existem vários contratos com o mesmo número e com datas muito próximas; 2) a
instituição embargada não apresenta cálculos de uma suposta dÃ-vida, nem demonstra os valores
pagos e que valores deveriam ser quitados; 3) a relação de consumo, com a inversão do ônus da
prova; 4) é vedada a capitalização de juros sobre juros, ainda que expressamente convencionada; 5)
é abusiva a cobrança cumulada de comissão de permanência com quaisquer outros encargos.  Â
    Impugnação aos embargos monitórios às fls. 118/125.       Os autos vieram-me
conclusos. JULGAMENTO ANTECIPADO      No caso sub examine, desnecessária a
ampliação probatória, posto que o feito já contém elementos suficientes para apreciação e
julgamento e, ainda, em atenção ao princÃ-pio da livre convicção, antecipo o julgamento do mérito,
na forma do art. 355, I, do CPC/2015, o qual estabelece a conveniência do julgamento antecipado do
pedido, quando não houver necessidade de outras provas.      Nesse sentido, há tempos a
jurisprudência dos tribunais superiores aponta que ¿Presentes as condições que ensejam o
julgamento antecipado da causa, é dever do juiz e não mera faculdade, assim o proceder¿.
FUNDAMENTAÃÃO      Dispunha o Código de Processo Civil de 1973: Art. 1.102.a - A ação
monitória compete a quem pretender, com base em prova escrita sem eficácia de tÃ-tulo executivo,
pagamento de soma em dinheiro, entrega de coisa fungÃ-vel ou de determinado bem móvel.      O
novo Código de Processo Civil repetiu a regra nos seguintes termos: Art. 700. A ação monitória pode
ser proposta por aquele que afirmar, com base em prova escrita sem eficácia de tÃ-tulo executivo, ter
direito de exigir do devedor capaz: I - o pagamento de quantia em dinheiro; II - a entrega de coisa fungÃ-vel
ou infungÃ-vel ou de bem móvel ou imóvel; III - o adimplemento de obrigação de fazer ou de não
fazer. §1º A prova escrita pode consistir em prova oral documentada, produzida antecipadamente nos
termos do art. 381.      A ação monitória, portanto, exige prova mÃ-nima da obrigação
mediante documento idôneo sem que necessariamente tenha sido emitido pelo devedor ou contenha sua
assinatura, senão vejamos: PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. AÃÃO MONITÃRIA. A
DOCUMENTAÃÃO NECESSÃRIA PARA A ADMISSIBILIDADE TEM QUE SER IDÃNEA. APTA Ã
FORMAÃÃO DO JUÃZO DE PROBABILIDADE ACERCA DO DIREITO AFIRMADO, A PARTIR DO
PRUDENTE EXAME DO MAGISTRADO. 1. A prova hábil a instruir a ação monitória, a que alude o
artigo 1.102-A do Código de Processo Civil não precisa, necessariamente, ter sido emitida pelo devedor
ou nela constar sua assinatura ou de um representante. Basta que tenha forma escrita e seja suficiente
para, efetivamente, influir na convicção do magistrado acerca do direito alegado. 2. Dessarte, para a
admissibilidade da ação monitória, não é necessário que o autor instrua a ação com prova
robusta, estreme de dúvida, podendo ser aparelhada por documento idôneo, ainda que emitido pelo
próprio credor, contanto que, por meio do prudente exame do magistrado, exsurja o juÃ-zo de
probabilidade acerca do direito afirmado pelo autor. 3. No caso dos autos, a recorrida, ao ajuizar a ação
monitória, juntou como prova escrita sem eficácia de tÃ-tulo executivo a própria nota fiscal do negócio
de compra e venda de mercadorias, seguida do comprovante de entrega assinado e mais o protesto das
duplicatas, que ficaram inadimplidas. A Corte local, após minucioso exame da documentação que
instrui a ação, apurou que os documentos são suficientes para atender aos requisitos da legislação
processual para cobrança via ação monitória, pois servem como inÃ-cio de prova escrita. A
revisão desse entendimento, demanda o reexame de provas, vedado em sede de recurso especial
(Súmula 7/STJ). 4. Agravo regimental não provido. (AgRg no AREsp 289.660/RN, Rel. Ministro LUIS
FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em 04/06/2013, DJe 19/06/2013) PROCESSO CIVIL -
AÃÃO MONITÃRIA - COBRANÃA PELO FORNECIMENTO DE MERCADORIA - FATURA: DOCUMENTO
HÃBIL - APLICAÃÃO DO ART. 515, § 3º, DO CPC: POSSIBILIDADE. (...) 2. Doutrina e jurisprudência,
inclusive do STJ, têm entendido que é tÃ-tulo hábil para cobrança, documento escrito que prove, de
forma razoável, a obrigação, podendo, a depender do caso, ter sido produzido unilateralmente pelo
credor. 3. à perfeitamente viável instruir ação monitória ajuizada por concessionária de energia
elétrica com cópia de faturas para cobrança por serviços prestados, sendo desnecessária, na
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
hipótese, a assinatura do devedor. 4. Recurso especial não provido. (REsp 894.767/SE, Rel. Ministra
ELIANA CALMON, SEGUNDA TURMA, julgado em 19/08/2008, DJe 24/09/2008). APELAÃÃO CÃVEL.
AÃÃO MONITÃRIA. NOTA PROMISSÃRIA IRREGULAR E DOCUMENTOS SEM A ASSINATURA DO
DEVEDOR. INTERESSE PROCESSUAL. INTELIGÃNCIA DO ARTIGO 1102A DO CPC. Tanto a nota
promissória irregular - assinada por simples preposto do devedor -, como as notas fiscais acostadas Ã
inicial, são documentos hábeis a instruir a ação monitória, pois inexiste a exigência legal de que os
documentos que embasam tal procedimento contenham a assinatura do devedor. DERAM PROVIMENTO
PARA DESCONSTITUIR A SENTENÃA. (Apelação CÃ-vel Nº 70008534380, Décima Sétima
Câmara CÃ-vel, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Alzir Felippe Schmitz, Julgado em 18/05/2004).  Â
   à importante ressaltar que os TERMOS DE ADESÃO DE TITULAR ÃS CLÃUSULAS PADRÃO QUE
REGERÃO O EMPRÃSTIMO E PRESTAÃÃO DE SERVIÃOS MEDIANTE O USO DE CARTÃO DE
DÃBITO/CRÃDITO foram devidamente juntados à s fls. 08, 09, 10,11, 12, 13/15, e estão todos assinados
pelo réu, RAIMUNDO FRANCISCO DOS SANTOS.   Em contrapartida, percebe-se que os embargos
interpostos pelo demandado são extremamente genéricos, pois: 1)     Afirmar que existem
vários contratos com o mesmo número e com datas muito próximas, em nada acrescenta à discussão
da matéria, tendo em vista que os contratos firmados voluntariamente pelo réu tinham como objetivo
utilizar limite de crédito rotativo gradativamente superior; 2)     Alegar que a parte demandante
não apresentou cálculos está totalmente fora da realidade documental dos autos, tendo em vista que
consta à s fls. 17/18, PLANILHA DE MOVIMENTAÃÃO FINANCEIRA DO MULTICRED, documento este
ANÃLITICO e CLARO quanto ao montante encontrado, qual seja, 21.527,14 (vinte e um mil, quinhentos e
vinte e sete reais e catorze centavos); desta forma, fora concedido ao demandado a oportunidade de
impugnar os cálculos e demonstrar o valor que acharia devido, se fosse o caso, ante a irrefutabilidade da
existência da dÃ-vida; 3)     Ao caso concreto aplica-se a súmula 541 do STJ, pois especÃ-fica em
relação ao tema, e não a 121 do STF. Nesse sentido: APELAÃÃO CÃVEL. NEGÃCIOS JURÃDICOS
BANCÃRIOS. AÃÃO REVISIONAL. CONTRATO DE ABERTURA DE CRÃDITO ROTATIVO
(EMPRÃSTIMO NÃO CONSIGNADO).POSSIBILIDADE DE REVISAR CONTRATAÃÃES BANCÃRIAS
COM BASE NO CDC. CAPITALIZAÃÃO DOS JUROS. Possibilidade da capitalização dos juros em
periodicidade inferior a anual. Entendimento firmado pelo STF em Repercussão Geral reconhecida ?
Tema 33 (RE 592.377).PossÃ-vel a capitalização mensal dos juros em contratos bancários, celebrados
após o advento da Medida Provisória nº 1.963-17/2000, de 31.03.2000, desde que expressamente
prevista no contrato. Consoante definido pelo colendo STJ no julgamento do Resp. Nº 973.827/RS,
mostra-se suficiente a indicação de juros anuais em Ã-ndice superior ao duodécuplo da taxa mensal.
Recente edição de verbetes pelo STJ. Súmulas nº 539 e 541. o. Observância das súmulas 30,
294, 296 e 472, todas do STJ.REPETIÃÃO DE INDÃBITO E COMPENSAÃÃO.Inexistindo cobrança de
encargos abusivos, não há falar em repetição do indébito.PEDIDO DE VEDAÃÃO DA INSCRIÃÃO
DO NOME DO DEVEDOR NOS CADASTROS RESTRITIVOS DE CRÃDITO. POSSIBILIDADE DE
INSCRIÃÃO.Ausência de preenchimento dos requisitos para o deferimento da medida.Sucumbência
mantida.Preliminar contrarrecursal rejeitada.APELAÃÃO PARCIALMENTE PROVIDA. (TJ-RS - AC:
70083574954 RS, Relator: Guinther Spode, Data de Julgamento: 30/10/2020, Décima Primeira Câmara
CÃ-vel, Data de Publicação: 09/11/2020). EMENTA: EMBARGOS à EXECUÃÃO - CONTRATO DE
EMPRÃSTIMO ROTATIVO - TÃTULO EXECUTIVO - LIQUIDEZ, CERTEZA E EXIGIBILIDADE -
EXCESSO DE EXECUÃÃO - JUROS - CAPITALIZAÃÃO. Não há relação de consumo, quando o
objeto do contrato visa a incrementar e a sustentar a atividade de uma das partes, que não é
consumidora final. Tratando-se o tÃ-tulo exequendo de contrato de empréstimo rotativo, e sendo
satisfatoriamente demonstrada a origem e evolução do débito, não há iliquidez, incerteza ou
inexigibilidade. Não há limitação de juros nos contratos firmados com instituição financeira. A
capitalização de juros pelas instituições financeiras é vedada apenas nos contratos anteriores Ã
Medida Provisória n. 1.963-17 de 30/03/2000. (V .V.) "Em contrato de abertura de crédito rotativo
aplica-se o entendimento do Superior Tribunal de Justiça consagrado, há muito, na Súmula 233:"o
contrato de abertura de crédito, ainda que acompanhado de extrato da conta-corrente, não é tÃ-tulo
executivo"." (TJ-MG - AC: 10701082292981001 MG, Relator: Evangelina Castilho Duarte, Data de
Julgamento: 09/07/2015, Data de Publicação: 17/07/2015). 4)     A tese de superendividamento
e afins/similares não é capaz de obstar a ação monitória, e nem muito menos de impossibilitar a
sua conversão em mandado executivo.      No entanto, é importante ressaltar que é vedada a
cumulação, conforme entendimento consolidado do STJ, da comissão de permanência com
quaisquer outros encargos referente a atualização do montante da dÃ-vida, razão pela qual
reconheço a impossibilidade de cobrança de comissão de permanência no caso concreto. Neste
sentido: DIREITO COMERCIAL E BANCÃRIO. CONTRATOS BANCÃRIOS SUJEITOS AO CÃDIGO DE
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
ao ano aos contratos celebrados com instituições integrantes do Sistema Financeiro Nacional.    Â
            Também não há que se falar em limitação dos juros remuneratórios em
razão da regra prevista no artigo 591 do Código Civil. Esse dispositivo legal se refere apenas à s
relações jurÃ-dicas mantidas entre pessoas fÃ-sicas ou entre pessoas fÃ-sicas e jurÃ-dicas, desde que
estas não sejam instituições financeiras. Havendo uma relação jurÃ-dica entre pessoa fÃ-sica ou
jurÃ-dica e uma instituição financeira, não há aplicação dessa norma civil, devendo ser utilizadas
as regras do Sistema Financeiro Nacional, principalmente aquelas da Lei n. 4.595/64. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â
      Portanto, não se considera como abusiva, por si só, a taxa de juros que exceda o patamar
de 12% ao ano. Todavia, para que sejam evitados abusos extremos, a taxa de juros remuneratórios não
poderá jamais exceder consideravelmente a média fixada pelo Banco Central.            Â
    Dessa forma, será abusiva a taxa de juros que exceder o Ã-ndice médio fixado pelo Banco
Central e utilizado pelas demais instituições financeiras, conforme o Superior Tribunal de Justiça
assentou no julgamento do Recurso Especial nº 1.061.530-RS, uma vez instaurado o incidente de
processo repetitivo: DIREITO PROCESSUAL CIVIL E BANCÃRIO. RECURSO ESPECIAL. AÃÃO
REVISIONAL DE CLÃUSULAS DE CONTRATO BANCÃRIO. INCIDENTE DE PROCESSO REPETITIVO.
JUROS REMUNERATÃRIOS. CONFIGURAÃÃO DA MORA. JUROS MORATÃRIOS.
INSCRIÃÃO/MANUTENÃÃO EM CADASTRO DE INADIMPLENTES. DISPOSIÃÃES DE OFÃCIO. [...] I -
JULGAMENTO DAS QUESTÃES IDÃNTICAS QUE CARACTERIZAM A MULTIPLICIDADE.
ORIENTAÃÃO 1 - JUROS REMUNERATÃRIOS a) As instituições financeiras não se sujeitam Ã
limitação dos juros remuneratórios estipulada na Lei de Usura (Decreto 22.626/33), Súmula 596/STF;
b) A estipulação de juros remuneratórios superiores a 12% ao ano, por si só, não indica
abusividade; c) São inaplicáveis aos juros remuneratórios dos contratos de mútuo bancário as
disposições do art. 591 c/c o art. 406 do CC/02; d) à admitida a revisão das taxas de juros
remuneratórios em situações excepcionais, desde que caracterizada a relação de consumo e que a
abusividade (capaz de colocar o consumidor em desvantagem exagerada - art. 51, §1º, do CDC) fique
cabalmente demonstrada, ante às peculiaridades do julgamento em concreto. (STJ, REsp 1061530/RS,
Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, SEGUNDA SEÃÃO, julgado em 22/10/2008, Dje 10/03/2009). Â Â Â Â Â
           No caso, deve restar cabalmente comprovado que o encargo cobrado pela
instituição encontra-se acima daquele normalmente praticado pelo mercado financeiro, de modo a gerar
desequilÃ-brio na relação contratual, com onerosidade excessiva ao consumidor.           Â
     Caso não seja comprovada essa abusividade, não se considera ilegal a taxa de juros
cobrada.                 Diante de todas essas considerações, tem-se que é livre
aplicação dos juros remuneratórios contratados pelas partes, desde que dentro de uma razoabilidade,
ou seja, dentro do patamar da taxa média de mercado divulgada pelo Banco Central do Brasil.     Â
           Para analisar a relação entre a taxa de juros contratada e a taxa média fixada
pelo Banco Central do Brasil, utilizo a projeção disponibilizada pelo próprio Banco Central em seu
" s i t e " , q u e f o i o b t i d a a t r a v à © s d o l i n k :
https://www3.bcb.gov.br/sgspub/localizarseries/localizarSeries.do?method=prepararTelaLocalizarSeries,
no caminho indicadores de crédito, taxas de juros com recursos livres, taxa média de juros - pessoas
fÃ-sicas - aquisição de veÃ-culos, código 20749.                 De acordo com os
dados disponibilizados pelo Banco Central do Brasil, verifica-se que em  janeiro de 2010, mês da
celebração do contrato, a taxa média dos juros prefixados para pessoas fÃ-sicas com o fim de
aquisição de veÃ-culo foi de 25,22% ao ano.                 No contrato celebrado
pelas partes a taxa de juros pactuada de 16,60% ao ano (conforme doc. de fls. 100) está em valor inferior
à taxa média de mercado. Logo, inexiste abusividade a ser reconhecida quanto aos juros
remuneratórios, vez que se encontra dentro de parâmetros compatÃ-veis com a média do mercado.Â
Da capitalização dos juros                 Também é pacÃ-fico o entendimento
jurisprudencial de que é permitida a capitalização de juros pelas instituições bancárias, de que
é exemplo a seguinte ementa de julgado proferido pela 4ª Turma do Superior Tribunal de Justiça:
AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. PROCESSUAL CIVIL E BANCÃRIO
CAPITALIZAÃÃO MENSAL DE JUROS. PACTUAÃÃO EXPRESSA. VERIFICAÃÃO. TAXA ANUAL
SUPERA O DUODÃCUPLO DA TAXA MENSAL. AFASTAMENTO DAS SÃMULAS 5 E 7 DO STJ.
AGRAVO PARCIALMENTE PROVIDO. 1. Com relação à capitalização mensal dos juros, a
jurisprudência desta E. Corte pacificou-se no sentido de que sua cobrança é admitida nos contratos
bancários celebrados a partir da edição da Medida Provisória nº 1.963-17/2000, reeditada sob o nº
2.170-36/2001, qual seja, 31.03.2000, desde que expressamente pactuada. 2. Esta Corte pacificou o
entendimento de que há previsão expressa de cobrança de juros capitalizados em periodicidade
mensal quando a taxa de juros anual ultrapassa o duodécuplo da taxa mensal. 3. In casu, o aresto
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(Tabela anexa à vigente Resolução CMN 3.919/2010, com a redação dada pela Resolução
4.021/2011). 8. à lÃ-cito aos contratantes convencionar o pagamento do Imposto sobre Operações
Financeiras e de Crédito (IOF) por meio financiamento acessório ao mútuo principal, sujeitando-o aos
mesmos encargos contratuais. 9. Teses para os efeitos do art. 543-C do CPC: - 1ª Tese: Nos contratos
bancários celebrados até 30.4.2008 (fim da vigência da Resolução CMN 2.303/96) era válida a
pactuação das tarifas de abertura de crédito (TAC) e de emissão de carnê (TEC), ou outra
denominação para o mesmo fato gerador, ressalvado o exame de abusividade em cada caso concreto.
- 2ª Tese: Com a vigência da Resolução CMN 3.518/2007, em 30.4.2008, a cobrança por serviços
bancários prioritários para pessoas fÃ-sicas ficou limitada à s hipóteses taxativamente previstas em
norma padronizadora expedida pela autoridade monetária. Desde então, não mais tem respaldo legal
a contratação da Tarifa de Emissão de Carnê (TEC) e da Tarifa de Abertura de Crédito (TAC), ou
outra denominação para o mesmo fato gerador. Permanece válida a Tarifa de Cadastro
expressamente tipificada em ato normativo padronizador da autoridade monetária, a qual somente pode
ser cobrada no inÃ-cio do relacionamento entre o consumidor e a instituição financeira. - 3ª Tese:
Podem as partes convencionar o pagamento do Imposto sobre Operações Financeiras e de Crédito
(IOF) por meio de financiamento acessório ao mútuo principal, sujeitando-o aos mesmos encargos
contratuais. 10. Recurso especial parcialmente provido. (REsp 1251331/RS, Rel. Ministra MARIA ISABEL
GALLOTTI, SEGUNDA SEÃÃO, julgado em 28/08/2013, DJe 24/10/2013) Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â
 Sendo assim, havendo disposição expressa no contrato acerca da cobrança de IOF, não há
qualquer abusividade ser reconhecida neste ponto. Da Comissão de Permanência, Tarifa de Abertura
de Crédito (TAC) e Tarifa de Emissão Carnê/Boleto (TEC)                 Em pese
o requerente alegar a ilegalidade da cumulação da comissão de permanência com outros encargos
decorrentes do atraso, bem cobrança indevida das Tarifas de Abertura de Crédito e Emissão de
Boleto, verifico que no caso vertente, conforme se vê do contrato, não há previsão de tais
cobranças, não havendo, pois, o que se revisar no contrato nesses pontos e, por via de consequência,
não há que falar em restituição de valores.                 Sendo assim, não
havendo qualquer ilegalidade a ser reconhecida nas cláusulas contratuais apontadas pelo requerente
como abusivas, por via de consequência, são improcedentes os pedidos para que o requerido seja
impedido de enviar o nome do requerente ou o retire dos órgãos de restrição ao crédito
SPC/SERASA, bem como seja proibido de ajuizar ação de busca e apreensão do veÃ-culo, uma vez
que, nos termos da jurisprudência do STJ, ¿se os encargos da normalidade exigidos pela instituição
financeira não são abusivos, entende-se que a inadimplência não pode ser atribuÃ-da ao credor,
razão pela qual há de se entender configurada a "mora debendi".¿(3ª Turma, AgRg no REsp
897.659¿RS, Rel. Ministro PAULO DE TARSO SANSEVERINO, unânime, DJe de 9.11.2010).    Â
          DISPOSITIVO               Ante o exposto, com fundamento no art.
487, I, do Código de Processo Civil/2015, JULGO IMPROCEDENTE o pedido do requerente e, por
consequência, extingo o processo com resolução do mérito.              Â
CONDENO a parte requerente ao pagamento das custas e despesas processuais, bem como dos
honorários advocatÃ-cios, ora fixados em 10% sobre o valor da causa, suspendendo-se, contudo, a
exigibilidade, face à assistência judiciária gratuita deferida às fls. 58, enquanto perdurar a condição
de hipossuficiência, observado o disposto no art.98, §3º, do CPC/2015.              Â
Fica autorizado o desentranhamento de documentos por quem os juntou, exceto a procuração,
substituindo-os por cópias que poderão ser declaradas autênticas pelo patrono nos termos do artigo
425, IV do CPC/2015, devendo o cartório certificar o ato de desentranhamento.            Â
  Oportunamente, arquivem-se observadas as formalidades legais.              Â
P.R.I.C Belém/PA, 31/08/2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e
Empresarial da Capital 101 PROCESSO: 00095434020178140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o:
Cumprimento de sentença em: 06/12/2021 AUTOR:ELIO GRECCHI COMERCIO DE VESTUARIOS E
ACESSORIOS EPP Representante(s): OAB 24522 - FELIPE MORRISSAY ROCHA DE SOUZA
(ADVOGADO) OAB 14965 - JACQUELINE MARIA MALCHER MARTINS (ADVOGADO) OAB 29613 -
ANA LAURA BARBOSA NUNES (ADVOGADO) OAB 30553 - CAIO MATHEUS DE SANTANA
CARVALHO (ADVOGADO) REU:BOULEVARD SHOPPING BELÉM S.A REU:MATISSE
PARTICIPACOES SA. Ante a petição de fls. 53/56, defiro assistência judiciária gratuita, enquanto
perdurar a condição de hipossuficiência, observado o disposto no art. 98, §3º do Código de
Processo Civil.            Considerando o trânsito em julgado da sentença de fls. 48/49,
conforme certidão de fl. 51, arquivem-se os autos, cumpridas as cautelas legais. Belém/PA,
17/11/2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
quinze dias, o pagamento do montante atualizado com juros e correção monetária, advertindo-lhe que,
caso não o efetue, será o valor acrescido de multa no percentual de 10% (dez por cento).      Â
        Consequentemente, extingo o processo com resolução de mérito conforme o
disposto no artigo 487, inciso I, do Código de Processo Civil.               P. R. I. C.  Â
            Belém/PA, 02/09/2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da
4ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital 301 PROCESSO: 00110377620138140301 PROCESSO
ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH
A??o: Cumprimento de sentença em: 06/12/2021 AUTOR:CARLOS JOSE DE MELO MOREIRA
Representante(s): OAB 10493 - NORMA MARIA CARDOSO MARTINS (ADVOGADO) OAB 18320 -
CAMILA SILVA CRUZ (ADVOGADO) REU:PROJETO IMOBILIARIO VIVER CASTANHEIRA SPE LTDA
Representante(s): OAB 14908 - CARLOS ALBERTO CAMARA DE SOUZA JUNIOR (ADVOGADO) OAB
14618 - LENON WALLACE IZURU DA CONCEICAO YAMADA (ADVOGADO) OAB 14943 - GABRIELLA
DINELLY RABELO MARECO (ADVOGADO) OAB 18726 - JORGE LUIZ FREITAS MARECO JUNIOR
(ADVOGADO) OAB 108112 - FERNANDO MOREIRA DRUMMOND TEIXEIRA (ADVOGADO) REU:VIVER
INCORPORADORA E CONSTRUTORA SA Representante(s): OAB 18726 - JORGE LUIZ FREITAS
MARECO JUNIOR (ADVOGADO) OAB 14618 - LENON WALLACE IZURU DA CONCEICAO YAMADA
(ADVOGADO) OAB 20364 - ELOISA QUEIROZ ARAUJO (ADVOGADO) REU:CHAO E TETO
CONSULTORIA IMOBILIARIA LTDA Representante(s): OAB 14106 - THIAGO AUGUSTO OLIVEIRA DE
MESQUITA (ADVOGADO) . DESPACHO Intime-se a parte requerente para manifestar-se acerca da
petição de fls. 380/386, no prazo de 15 (quinze) dias, requerendo o que entender de direito. Após,
conclusos. Belém/PA, 18/11/2021. ROBERTO ANDRES ITZCOVICH Juiz de Direito Titular da 4ª Vara
CÃ-vel e Empresarial de Belém 303 PROCESSO: 00113824220138140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o:
Cumprimento de sentença em: 06/12/2021 AUTOR:EDIVALDO MARINHO PINTO JUNIOR
Representante(s): OAB 7261 - JOSE OTAVIO NUNES MONTEIRO (ADVOGADO) REU:BMG BANCO DE
MINAS GERAIS SA Representante(s): OAB 76696 - FELIPE GAZOLA VIEIRA MARQUES (ADVOGADO) .
DESPACHO Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Intime-se a parte requerida para manifestar-se, no prazo de 15
(quinze) dias, acerca da petição de fl. 123, devendo comprovar o cumprimento do acordo homologado
pela sentença de fl. 122.            Após, conclusos.            SE
NECESSÃRIO, SERVIRÃ CÃPIA DESTE (A) DESPACHO/DECISÃO COMO MANDADO conforme
autorizado pelo PROVIMENTO CJ/CI 003/2009, devendo o Sr. Diretor Observar o disposto em seus nos
artigos 3º e 4º. Belém/PA, 29/11/2021. ROBERTO ANDRES ITZCOVICH Juiz de Direito Titular da 4ª
Vara CÃ-vel e Empresarial de Belém 303 PROCESSO: 00115539120058140301 PROCESSO ANTIGO:
200510356931 MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH
A??o: Execução de Título Extrajudicial em: 06/12/2021 EXEQUENTE:TELELISTAS REGIAO LTDA
Representante(s): OAB 19807 - ELLEM CRISTINE SOARES GOMES (ADVOGADO) AFFONSO PERNET
(ADVOGADO) MARLAN MARCOS DA SILVA FEREIRA (ADVOGADO) EXECUTADO:OTICA BELEM
LTDA Representante(s): JOAO BOSCO BATISTA LEITE (ADVOGADO) ARACI FEIO SOBRINHA
(ADVOGADO) . DESPACHO          Considerando a manifestação intempestiva da parte
autora (fls. 64/70), apresentada após a prolação de sentença que extinguiu o processo.
Considerando ainda a não interposição de recursos face a referida sentença, certifique-se acerca do
trânsito em julgado e, após, arquivem-se os autos, cumpridas as cautelas legais. Belém/PA,
21/10/2021. ROBERTO ANDRES ITZCOVICH Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial de
Belém 303 PROCESSO: 00119855220098140301 PROCESSO ANTIGO: 200910266607
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o: Execução
de Título Extrajudicial em: 06/12/2021 EXECUTADO:DISTRIBUIDORA VERDE AMAZONIA LTDA
EXECUTADO:LUCIENE SIQUEIRA BECKMAN PIMENTA EXECUTADO:MANOEL LINO PEREIRA
BECKMAN EXEQUENTE:EBF FOMENTO MERCANTIL LTDA Representante(s): OAB 8008 - GEORGES
CHEDID ABDULMASSIH JUNIOR (ADVOGADO) OAB 17343 - EMANUEL CLAUDIO TAVARES ARAUJO
(ADVOGADO) . Processo nº 0011985-52.2009.8.14.0301 Exequente: EBF FOMENTO MERCANTIL
LTDA. Executados: DISTRIBUIDORA VERDE AMAZÃNIA LTDA., MANOEL LINO PEREIRA BECKMAN e
LUCIENE SIQUEIRA BECKMAN DECISÃO 1- DEFIRO o pedido de fls. 53/55, levando em conta a ordem
estabelecida no artigo 835 do CPC/2015 e a possibilidade de, através do sistema RENAJUD, realizar a
penhora/bloqueio de veÃ-culos terrestres. Na data de hoje, realizei consulta ao sistema RENAJUD, a qual
restou positiva somente em relação ao executado MANOEL LINO PEREIRA BECKMAN, consoante se
vê na consulta em anexo ao presente despacho e, em consequência, efetuei a penhora on line,
através do sistema RENAJUD, do(s) veÃ-culo(s) automotor(es) encontrado(s) em nome do Executado
MANOEL LINO PEREIRA BECKMAN. 2- Em razão do cumprimento da ordem, CONVOLO a consulta em
374
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
PENHORA, valendo a tela de consulta como TERMO de PENHORA. 3- INTIME-se o executado MANOEL
LINO PEREIRA BECKMAN acerca da penhora efetivada, DEVENDO informar, no prazo de 5 dias, onde se
encontra(m) o(s) automóvel(eis) penhorado(s), nos termos do art. 774, V, do CPC/2015. 4- Após o
prazo, certifique-se acerca da manifestação do executado e intime-se o exequente para requerer o que
entender de direito para o prosseguimento da execução. 5- Após conclusos. Int. Belém/PA,
01/12/2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital
303 PROCESSO: 00125602620138140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o: Monitória
em: 06/12/2021 AUTOR:BANCO HSBC BANK BRASIL SA BANCO MULTIPLO Representante(s): OAB
13935 - MARCIO JOSE ISAKSON NOGUEIRA (ADVOGADO) REU:C A TORRES RAMOS ME
Representante(s): OAB 7234 - WALTER TAVARES DE MORAES (ADVOGADO) REU:CARLOS
AUGUSTO TORRES RAMOS. PROCESSO: 0012560-26.2013.814.0301 DEMANDANTE: HSBC BANK
BRASIL - BANCO MULTIPLO DEMANDADO: C A TORRES RAMOS ME e CARLOS AUGUSTO TOR
RAMOS. SENTENÃA RELATÃRIO Â Â Â Â Â Â Cuida-se de AÃÃO MONITÃRIA movida por HSBC BANK
BRASIL - BANCO MULTIPLO em face de C A TORRES RAMOS ME e CARLOS AUGUSTO TOR
RAMOS.       Afirma a parte autora que é credora do réu da importância [NÃO ATUALIZADA]
de R$ 63.745,16 (sessenta e três mil, setecentos e quarenta e cinco reais e dezesseis centavos), em
virtude de CONTRATO REFINANCIAMENTO MAC ESPECIAL PJ Nº. 10660554038.      Junta
documentos.       Em sede de embargos monitórios, fls. 31/42, a parte demandada defende, em
sÃ-ntese: 1. Que o autor não fundamentou por qual motivo a ação também é movida contra
CARLOS AUGUSTO TOR RAMOS; 2. Que o autor juntou o contrato totalmente ilegÃ-vel, sendo
imprestável como prova; 3. A prescrição da dÃ-vida; 4. A vedação da capitalização de juros.
Requer ao final, entre outros pedidos, a gratuidade de justiça.       Junta documentos.     Â
 Via original da Cédula de Crédito Bancário que fundamenta a ação colacionada à s fls. 55/59. Â
     Os autos vieram-me conclusos. JULGAMENTO ANTECIPADO      No caso sub examine,
desnecessária a ampliação probatória, posto que o feito já contém elementos suficientes para
apreciação e julgamento e, ainda, em atenção ao princÃ-pio da livre convicção, antecipo o
julgamento do mérito, na forma do art. 355, I, do CPC/2015, o qual estabelece a conveniência do
julgamento antecipado do pedido, quando não houver necessidade de outras provas.      Nesse
sentido, há tempos a jurisprudência dos tribunais superiores aponta que ¿Presentes as condições
que ensejam o julgamento antecipado da causa, é dever do juiz e não mera faculdade, assim o
proceder¿. DO REQUERIMENTO DE JUSTIÃA GRATUITA DA EMBARGANTE            Â
 Anote-se que nos termos da atual redação da Súmula nº 06 do TJ/PA ¿A alegação de
hipossuficiência econômica configura presunção meramente relativa de que a pessoa natural goza do
direito ao deferimento da gratuidade de justiça prevista no artigo 98 e seguintes do Código de Processo
Civil (2015), podendo ser desconstituÃ-da de ofÃ-cio pelo próprio magistrado caso haja prova nos autos
que indiquem a capacidade econômica do requerente.¿ (grifos nossos).             Â
Destarte, em que pesem os argumentos apresentados pelo requerente, constato estar plenamente
evidenciado nos autos a suficiência de renda da parte para arcar com as custas, despesas processuais e
honorários advocatÃ-cios sem comprometimento do seu sustento ou de sua famÃ-lia, em especial por uma
das partes requeridas ser pessoa jurÃ-dica, bem como pela constituição de advogado particular para
patrocinar a causa.              Posto isto, tendo em vista que o requerente não preenche
os requisitos previstos em lei, INDEFIRO O PEDIDO DE GRATUIDADE DA JUSTIÃA. FUNDAMENTAÃÃO
     Dispunha o Código de Processo Civil de 1973: Art. 1.102.a - A ação monitória compete a
quem pretender, com base em prova escrita sem eficácia de tÃ-tulo executivo, pagamento de soma em
dinheiro, entrega de coisa fungÃ-vel ou de determinado bem móvel.      O novo Código de
Processo Civil repetiu a regra nos seguintes termos: Art. 700. A ação monitória pode ser proposta por
aquele que afirmar, com base em prova escrita sem eficácia de tÃ-tulo executivo, ter direito de exigir do
devedor capaz: I - o pagamento de quantia em dinheiro; II - a entrega de coisa fungÃ-vel ou infungÃ-vel ou
de bem móvel ou imóvel; III - o adimplemento de obrigação de fazer ou de não fazer. §1º A prova
escrita pode consistir em prova oral documentada, produzida antecipadamente nos termos do art. 381. Â Â
   A ação monitória, portanto, exige prova mÃ-nima da obrigação mediante documento idôneo
sem que necessariamente tenha sido emitido pelo devedor ou contenha sua assinatura, senão vejamos:
PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. AÃÃO MONITÃRIA. A DOCUMENTAÃÃO NECESSÃRIA
PARA A ADMISSIBILIDADE TEM QUE SER IDÃNEA. APTA Ã FORMAÃÃO DO JUÃZO DE
PROBABILIDADE ACERCA DO DIREITO AFIRMADO, A PARTIR DO PRUDENTE EXAME DO
MAGISTRADO. 1. A prova hábil a instruir a ação monitória, a que alude o artigo 1.102-A do Código
de Processo Civil não precisa, necessariamente, ter sido emitida pelo devedor ou nela constar sua
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assinatura ou de um representante. Basta que tenha forma escrita e seja suficiente para, efetivamente,
influir na convicção do magistrado acerca do direito alegado. 2. Dessarte, para a admissibilidade da
ação monitória, não é necessário que o autor instrua a ação com prova robusta, estreme de
dúvida, podendo ser aparelhada por documento idôneo, ainda que emitido pelo próprio credor, contanto
que, por meio do prudente exame do magistrado, exsurja o juÃ-zo de probabilidade acerca do direito
afirmado pelo autor. 3. No caso dos autos, a recorrida, ao ajuizar a ação monitória, juntou como prova
escrita sem eficácia de tÃ-tulo executivo a própria nota fiscal do negócio de compra e venda de
mercadorias, seguida do comprovante de entrega assinado e mais o protesto das duplicatas, que ficaram
inadimplidas. A Corte local, após minucioso exame da documentação que instrui a ação, apurou
que os documentos são suficientes para atender aos requisitos da legislação processual para
cobrança via ação monitória, pois servem como inÃ-cio de prova escrita. A revisão desse
entendimento, demanda o reexame de provas, vedado em sede de recurso especial (Súmula 7/STJ). 4.
Agravo regimental não provido. (AgRg no AREsp 289.660/RN, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO,
QUARTA TURMA, julgado em 04/06/2013, DJe 19/06/2013) PROCESSO CIVIL - AÃÃO MONITÃRIA -
COBRANÃA PELO FORNECIMENTO DE MERCADORIA - FATURA: DOCUMENTO HÃBIL - APLICAÃÃO
DO ART. 515, § 3º, DO CPC: POSSIBILIDADE. (...) 2. Doutrina e jurisprudência, inclusive do STJ,
têm entendido que é tÃ-tulo hábil para cobrança, documento escrito que prove, de forma razoável, a
obrigação, podendo, a depender do caso, ter sido produzido unilateralmente pelo credor. 3. Ã
perfeitamente viável instruir ação monitória ajuizada por concessionária de energia elétrica com
cópia de faturas para cobrança por serviços prestados, sendo desnecessária, na hipótese, a
assinatura do devedor. 4. Recurso especial não provido. (REsp 894.767/SE, Rel. Ministra ELIANA
CALMON, SEGUNDA TURMA, julgado em 19/08/2008, DJe 24/09/2008). APELAÃÃO CÃVEL. AÃÃO
MONITÃRIA. NOTA PROMISSÃRIA IRREGULAR E DOCUMENTOS SEM A ASSINATURA DO
DEVEDOR. INTERESSE PROCESSUAL. INTELIGÃNCIA DO ARTIGO 1102A DO CPC. Tanto a nota
promissória irregular - assinada por simples preposto do devedor -, como as notas fiscais acostadas Ã
inicial, são documentos hábeis a instruir a ação monitória, pois inexiste a exigência legal de que os
documentos que embasam tal procedimento contenham a assinatura do devedor. DERAM PROVIMENTO
PARA DESCONSTITUIR A SENTENÃA. (Apelação CÃ-vel Nº 70008534380, Décima Sétima
Câmara CÃ-vel, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Alzir Felippe Schmitz, Julgado em 18/05/2004).  Â
    Neste sentido, INDEFIRO, prima facie, a preliminar de ilegitimidade passiva do réu CARLOS
AUGUSTO TORRES RAMOS, pois o mesmo também é responsável pela dÃ-vida, já que consta
como avalista na Cédula de Crédito Bancário que fundamenta a ação, esta, aliás, foi juntada em
via original às fls. 56/59. Desta forma, INDEFIRO, igualmente, a preliminar de carência da ação, com
base em falta de documento indispensável a propositura da ação, pois este foi devidamente juntado
aos autos, fls. 56/59, e, frise-se, está devidamente assinado pelos embargantes, que não podem alegar
desconhecimento de um negócio que contrataram.       Melhor sorte não assiste a embargante
no tocante a preliminar de prescrição, a qual INDEFIRO, desde logo. O prazo prescricional da Cédula
de Crédito Bancário de fato é trienal, mas em se tratando de pagamento em prestações
sucessivas, o termo inicial do prazo prescricional para a cobrança de dÃ-vida relativa à Cédula de
Crédito Bancário é a data do vencimento da última parcela.       Conforme consta nos autos,
fl. 56, a data de vencimento da última parcela ocorreu em 30/03/2011, enquanto a inicial foi protocolada
em 13/03/2013, portanto, dentro do triênio legal. Vejamos: AGRAVO INTERNO NO AGRAVO EM
RECURSO ESPECIAL. CÃDULA DE CRÃDITO BANCÃRIO. PRESCRIÃÃO TRIENAL CONTADO DO
VENCIMENTO DA ÃLTIMA PARCELA. ENTENDIMENTO ESTADUAL DE ACORDO COM A
JURISPRUDÃNCIA DESTA CORTE. SÃMULA 83/STJ. AGRAVO INTERNO DESPROVIDO. 1. O
acórdão combatido guarda consonância com a orientação jurisprudencial desta Corte Superior de
Justiça, no sentido de que o transcurso do prazo prescricional, em hipóteses como a dos autos, inicia-se
a partir do vencimento da última prestação, e não do vencimento antecipado da dÃ-vida. Incidência
da Súmula 83/STJ. 2. Agravo interno desprovido. (STJ - AgInt no AREsp: 1534625 SP 2019/0192569-8,
Relator: Ministro MARCO AURÃLIO BELLIZZE, Data de Julgamento: 18/11/2019, T3 - TERCEIRA
TURMA, Data de Publicação: DJe 21/11/2019). APELAÃÃO CÃVEL - AÃÃO DE EXECUÃÃO DE
TÃTULO EXTRAJUDICIAL - CÃDULA DE CRÃDITO BANCÃRIO - PRESCRIÃÃO TRIENAL - TERMO
INICIAL - VENCIMENTO DA ÃLTIMA PARCELA - OCORRÃNCIA - SENTENÃA MANTIDA - RECURSO
DESPROVIDO. Nos termos do artigo 206, § 3º do Código Civil c/c artigo 70 da Lei Uniforme de
Genébra, o prazo prescricional da cédula de crédito bancário é de 03 (três) anos. O
reconhecimento da prescrição é mantido, quando ação de execução é ajuizada após o
triênio, contado a partir da data de vencimento da última parcela estipulada no contrato. (TJ-MT - AC:
00470283320158110041 MT, Relator: ANTONIA SIQUEIRA GONCALVES, Data de Julgamento:
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a tÃ-tulo de exemplo, colaciono a jurisprudência: APELAÃÃO CÃVEL. ACÃRDÃO ANULADO PELO STJ.
CAPITALIZAÃÃO MENSAL DE JUROS. INCIDÃNCIA PERMITIDA. REPOSICIONAMENTO. 1) O
Supremo Tribunal Federal, ao julgar o Recurso Extraordinário nº 592377/RS, datado de 04/02/2015,
pacificou a divergência que existia sobre a capitalização de juros, proclamando pela
"constitucionalidade da Medida Provisória nº 2.170-36 de 23 de agosto de 2001". 2) Desse modo, é
permitida a capitalização de juros com periodicidade inferior a um ano, desde que expressamente
pactuada em contratos posteriores à edição da MP 2.170-36/01 (31/03/2000). 3) Nos termos da
Súmula nº 541 do STJ, a previsão no contrato bancário de taxa de juros anual superior ao
duodécuplo da mensal é suficiente para permitir a cobrança da taxa efetiva anual contratada.(TJ-MG
- AC: 10707110090966001 MG, Relator: Marcos Lincoln, Data de Julgamento: 08/02/2017, Câmaras
CÃ-veis / 11ª CÃMARA CÃVEL, Data de Publicação: 15/02/2017).      Desta forma, na
espécie, perfeitamente possÃ-vel e lÃ-cita a cobrança de capitalização de juros mensais.     Â
Acrescente-se ainda, ao presente julgado, a seguinte jurisprudência, pois embasa a cominação do
dispositivo: VOTO Nº 20852 MONITÃRIA. PRESCRIÃÃO. Inocorrência. Pretensão de cobrança de
dÃ-vida lÃ-quida constante de instrumento particular. Prazo quinquenal previsto no art. 206, § 5º, I, do
Código Civil. Termo inicial do prazo prescricional. Contrato de trato sucessivo. Vencimento da última
prestação. Sentença reformada. JULGAMENTO DOS EMBARGOS MONITÃRIOS. Teoria da causa
madura. Art. 515, § 3º, do CPC. Causa em condições de imediato julgamento. MÃRITO. Ação
monitória lastreada em cédula de crédito bancário. Emissão do tÃ-tulo admitido pelo Apelado.
Termo inicial de incidência dos JUROS DE MORA E CORREÃÃO MONETÃRIA. DATAS DE
VENCIMENTO DAS PRESTAÃÃES. Embargos rejeitados. TÃ-tulo executivo constituÃ-do. Recurso
provido.(TJ-SP - APL: 10015503720158260309 SP 1001550-37.2015.8.26.0309, Relator: Tasso Duarte de
Melo, Data de Julgamento: 05/04/2016, 12ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação:
05/04/2016) EMENTA: APELAÃÃO CÃVEL - AÃÃO MONITÃRIA - CORREÃÃO MONETÃRIA. "A
jurisprudência do STJ é firme no sentido de que a correção monetária incide para manutenção
do poder aquisitivo, motivo pelo qual, o termo inicial, na ação monitória, é a data do vencimento do
tÃ-tulo, a fim de não gerar um enriquecimento da parte contrária" (STJ, AgRg no AREsp 679.160/SP).
(TJ-MG - AC: 10512160078931001 MG, Relator: José Augusto Lourenço dos Santos, Data de
Julgamento: 28/05/2020, Data de Publicação: 16/06/2020). APELAÃÃO - AÃÃO MONITÃRIA -
COBRANÃA DE DÃVIDA LIQUIDA E COM VENCIMENTO CERTO - INÃCIO DOS JUROS DE MORA E
DA CORREÃÃO MONETÃRIA PELO INPC A PARTIR DA DATA DO VENCIMENTO - APELAÃÃO
DESPROVIDA - SENTENÃA MANTIDA. O inÃ-cio dos juros de mora e da correção monetária para
cobrança de dÃ-vida lÃ-quida com vencimento certo se dá a partir da data do vencimento (AgInt no
AREsp 1261493/DF, Rel. Ministro MARCO AURÃLIO BELLIZZE, TERCEIRA TURMA, julgado em
05/06/2018, DJe 15/06/2018). (TJ-MT - AC: 00038060620178110086 MT, Relator: GUIOMAR TEODORO
BORGES, Data de Julgamento: 22/05/2019, Quarta Câmara de Direito Privado, Data de Publicação:
27/05/2019).      Por derradeiro, no que se refere aos honorários advocatÃ-cios, levando em
consideração a complexidade do feito, bem como o trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido
para o seu serviço, com fundamento no artigo 85, §§ 2º e 8º do CPC e com base na
jurisprudência de regência, limito a condenação ao patamar de R$ 10.000,00 [dez mil reais], com
vistas a respeitar a equidade, a proporcionalidade e a razoabilidade do julgado. Neste norte: APELAÃÃO
CÃVEL. DIREITO CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. AÃÃO MONITÃRIA. PROCEDÃNCIA DO PEDIDO.
HONORÃRIOS ADVOCATÃCIOS. VALOR DA CONDENAÃÃO. EXORBITANTE. ARBITRAMENTO.
VALOR EQUITATIVO. 1. Como regra, havendo condenação em pecúnia e sendo possÃ-vel aferir o
proveito econômico correspondente, a fixação dos honorários ampara-se no § 2º do art. 85 do
Código de Processo Civil, que estabelece percentual entre 10% e 20% do valor atualizado da causa. 2. A
jurisprudência desta Corte, contudo, vem admitindo a aplicação do critério da equidade, para melhor
dimensionar o valor dos honorários sucumbenciais, nas hipóteses em que o percentual mÃ-nimo de 10%
(dez por cento) do valor da condenação resulte montante desproporcional à complexidade do feito. 3.
Recurso conhecido e não provido. (TJ-DF 07316205320198070001 DF 0731620-53.2019.8.07.0001,
Relator: GETÃLIO DE MORAES OLIVEIRA, Data de Julgamento: 30/06/2021, 7ª Turma CÃ-vel, Data de
Publicação: Publicado no PJe : 14/07/2021 . Pág.: Sem Página Cadastrada.). DISPOSITIVO    Â
          Ante todo o exposto, rejeito os embargos apresentados pela ré e JULGO
PROCEDENTE o pedido inicial e, com amparo no artigo 701, § 8º, do Código de Processo Civil,
constituo de pleno direito o tÃ-tulo judicial, convertendo o mandado monitório em executivo, cuja
tramitação obedecerá ao disposto no TÃ-tulo II do Livro I da Parte Especial, no que for cabÃ-vel.   Â
           INDEFIRO o pedido de gratuidade da justiça requerido pela parte ré, nos
termos da fundamentação.               CONDENO a parte ré a efetuar o
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pagamento do débito principal, qual seja, R$ 63.745,16 (sessenta e três mil, setecentos e quarenta e
cinco reais e dezesseis centavos), acrescido de juros moratórios de 1% ao mês e correção
monetária pelo INPC, ambos a partir da data constante na planilha juntada pelo autor.         Â
     CONDENO ainda a parte Ré ao pagamento das custas processuais e honorários
advocatÃ-cios, estes fixados em R$ 10.000,00 [dez mil reais], o que faço com base no artigo 85, §§
2º e 8º, do Código de Processo Civil, nos termos da fundamentação.              Â
Após, prossiga-se como execução de tÃ-tulo judicial, por quantia certa contra devedor solvente. Para
tanto, INTIME-SE a exequente para apresentação de memorial de cálculo atualizado e conforme os
ditames da presente sentença. Em sequência, intime-se a parte executada para, nos termos do art. 523,
do CPC, efetuar, no prazo de quinze dias, o pagamento do montante atualizado com juros e correção
monetária, advertindo-lhe que, caso não o efetue, será o valor acrescido de multa no percentual de
10% (dez por cento).               Consequentemente, extingo o processo com
resolução de mérito conforme o disposto no artigo 487, inciso I, do Código de Processo Civil.   Â
           P. R. I. C.               Belém/PA, 02/09/2021. Roberto Andrés
Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital 301 PROCESSO:
00128431520148140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o: Procedimento Comum Cível em: 06/12/2021 AUTOR:MIRIAM
BRITO DE OLIVEIRA Representante(s): OAB 20484 - ARIANE ALENCAR DE LEMOS (ADVOGADO) OAB
6047 - CARLOS ANDRE DE MELLO QUEIROZ (ADVOGADO) AUTOR:FUNDO ITAPEVA XII
MULTICARTEIRA FUNDO DE INVESTIMENTO EM DIREITOS CREDITORIOS NAOPADRONIZADOS
Representante(s): OAB 20953-A - RODRIGO FRASSETTO GOES (ADVOGADO) . PROC. 0012843-
15.2014.814.0301 REQUERENTE: MIRIAM BRITO DE OLIVEIRA REQUERIDO: AYMORÃ CRÃDITO
FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO S/A SENTENÃA RELATÃRIO Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â O
requerente, por intermédio de advogado devidamente habilitado, ajuizou a presente Ação Revisional
de Contrato em face do requerido, ambos qualificados na inicial, aduzindo, em sÃ-ntese, que celebrou
contrato de financiamento com a parte requerida, no valor de R$ 31.999,00, para compra do veÃ-culo
descrito na exordial.                Alega, em sÃ-ntese, a existência de cláusulas
abusivas no contrato, tais como a exorbitância dos juros cobrados e a ocorrência de indevida
capitalização dos juros, além da cobrança indevida de comissão de permanência, dentre outros
itens.                No mérito, requer a revisão do contrato, mormente para que seja
aplicada a taxa de juros revisada e a anulação das cláusulas contratuais indicadas como abusivas. Â
              Decisão de fls. 43/44 deferiu o pedido de justiça gratuita a parte autora e
indeferiu a tutela antecipada requerida. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Devidamente citado, o requerido
contestou às fls. 46/88, requerendo a substituição processual do polo passivo por ITAPEVA II
MULTICARTEIRA FUNDO DE INVESTIMENTO EM DIREITOS CREDITÃRIOS NÃO-PADRONIZADOS
[`FUNDO¿] e juntando o contrato objeto da lide, fls. 132/138, pugnando a improcedência total da
ação.                Devidamente intimada, fl. 143, a parte requerida não
apresentou réplica.                Em petição de fl. 144/145 a parte requerida
ofertou uma proposta de acordo. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Em despacho de fl. 192, restou
determinado que a cessionária ITAPEVA XII MULTICARTEIRA FUNDO DE INVESTIMENTOS EM
DIREITOS CREDITÃRIOS NÃO PADRONIZADOS juntasse TERMO DE CESSÃO onde constasse
expressamente a cessão do crédito discutido nos autos, o que foi prontamente cumprido na petição
de fl. 193.                Os autos, então, vieram-me conclusos. FUNDAMENTAÃÃO
Julgamento antecipado                 No caso sub examine, desnecessária a
ampliação probatória, posto que o feito já contém elementos suficientes para apreciação e
julgamento e, ainda, em atenção ao princÃ-pio da livre convicção, antecipo o julgamento do mérito,
na forma do art. 355, I, do CPC/2015, o qual estabelece a conveniência do julgamento antecipado do
pedido, quando não houver necessidade de outras provas.                 Nesse
sentido, há tempos a jurisprudência dos tribunais superiores aponta que ¿Presentes as condições
que ensejam o julgamento antecipado da causa, é dever do juiz e não mera faculdade, assim o
proceder¿. Do Mérito Da aplicação do CDC ao caso dos autos                 Ã
flagrante a aplicação do Código de Defesa do Consumidor aos contratos bancários, porquanto
decorrente de expressa determinação legal a teor dos artigos 2º e 3º, do CDC, os quais trazem os
conceitos de consumidor e fornecedor, respectivamente. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Resta evidente
que as operações bancárias como um todo, por expressa determinação legal (CDC, art. 3º,
§2º), inclusive as de mútuo ou de abertura de crédito, regem-se pelo CDC, sendo contra legem e
despropositada qualquer argumentação em contrário.                 O Código de
Defesa do Consumidor fala expressamente em atividade de natureza bancária, financeira e de crédito.
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normalmente praticado pelo mercado financeiro, de modo a gerar desequilÃ-brio na relação contratual,
com onerosidade excessiva ao consumidor.                 Caso não seja
comprovada essa abusividade, não se considera ilegal a taxa de juros cobrada.            Â
    Diante de todas essas considerações, tem-se que é livre aplicação dos juros
remuneratórios contratados pelas partes, desde que dentro de uma razoabilidade, ou seja, dentro do
patamar da taxa média de mercado divulgada pelo Banco Central do Brasil.             Â
   Para analisar a relação entre a taxa de juros contratada e a taxa média fixada pelo Banco
Central do Brasil, utilizo a projeção disponibilizada pelo próprio Banco Central em seu "site", que foi
o b t i d a a t r a v à © s d o l i n k :
https://www3.bcb.gov.br/sgspub/localizarseries/localizarSeries.do?method=prepararTelaLocalizarSeries,
no caminho indicadores de crédito, taxas de juros com recursos livres, taxa média de juros - Pessoas
fÃ-sicas - Aquisição de veÃ-culos, código 20749.                 De acordo com os
dados disponibilizados pelo Banco Central do Brasil, verifica-se que em NOVEMBRO DE 2012, mês da
celebração do contrato, a taxa média dos juros prefixados para pessoas fÃ-sicas com o fim de
aquisição de veÃ-culo foi de 20,47% ao ano.                 No contrato celebrado
pelas partes a taxa de juros pactuada de 22,03% ao ano (conforme doc. de fls. 132) e, dessa forma, está
alinhada à taxa média de mercado, pois não supera sequer 2% da taxa média de juros prefixados
respectiva. Logo, inexiste abusividade a ser reconhecida quanto aos juros remuneratórios, vez que se
encontra dentro de parâmetros compatÃ-veis com a média do mercado. Da capitalização dos juros
                Também é pacÃ-fico o entendimento jurisprudencial de que é
permitida a capitalização de juros pelas instituições bancárias, de que é exemplo a seguinte
ementa de julgado proferido pela 4ª Turma do Superior Tribunal de Justiça: AGRAVO REGIMENTAL
NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. PROCESSUAL CIVIL E BANCÃRIO CAPITALIZAÃÃO MENSAL
DE JUROS. PACTUAÃÃO EXPRESSA. VERIFICAÃÃO. TAXA ANUAL SUPERA O DUODÃCUPLO DA
TAXA MENSAL. AFASTAMENTO DAS SÃMULAS 5 E 7 DO STJ. AGRAVO PARCIALMENTE PROVIDO.
1. Com relação à capitalização mensal dos juros, a jurisprudência desta E. Corte pacificou-se no
sentido de que sua cobrança é admitida nos contratos bancários celebrados a partir da edição da
Medida Provisória nº 1.963-17/2000, reeditada sob o nº 2.170-36/2001, qual seja, 31.03.2000, desde
que expressamente pactuada. 2. Esta Corte pacificou o entendimento de que há previsão expressa de
cobrança de juros capitalizados em periodicidade mensal quando a taxa de juros anual ultrapassa o
duodécuplo da taxa mensal. 3. In casu, o aresto recorrido afirmou a existência de expressa
pactuação a respeito da cobrança de juros capitalizados em periodicidade mensal, razão pela qual
é inviável a pretensão recursal, porquanto demandaria rever questões fáticas e interpretação de
cláusula contratual, o que se sabe vedado nesta instância especial. Incidência das Súmulas 5 e 7
desta Corte Superior de Justiça. 4. Agravo regimental a que se dá parcial provimento. (AgRg no Agravo
em Recurso Especial nº 632.948/SP (2014/0333346-6), 4ª Turma do STJ, Rel. Raul Araújo. j.
18.08.2015, DJe 04.09.2015). Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Nesse julgamento especÃ-fico, o Ministro
Relator houve por bem consignar que: ¿para a cobrança da capitalização mensal dos juros, faz-se
necessária a presença, cumulativa, dos seguintes requisitos: (a) legislação especÃ-fica possibilitando
a pactuação, como nos contratos bancários posteriores a 31/3/2000 (MP nº 1.963-17/2000, reeditada
pela MP nº 2.170-36/2001), em vigência em face do art. 2º da Emenda Constitucional nº 32/2001
(AgRg no REsp 1.052.298/MS, Rel. Min. ALDIR PASSARINHO JUNIOR, Quarta Turma, DJe de
1º/3/2010); e (b) expressa previsão contratual quanto à periodicidade.Tal entendimento foi sedimentado
na forma do art. 543-C do CPC, com o julgamento do REsp 973.827/RS (Rel. Ministro LUIS FELIPE
SALOMÃO, Rel. p/ acórdão Ministra MARIA ISABEL GALLOTTI, SEGUNDA SEÃÃO, julgado em
8/8/2012, DJe de 24/9/2012). ¿                 Continuando, o Ministro Relator
enfatizou que mesmo que não haja previsão escrita de capitalização mensal no instrumento
contratual firmado: ¿esta Corte possui entendimento de que há previsão expressa de cobrança de
juros capitalizados em periodicidade mensal quando a taxa de juros anual ultrapassa o duodécuplo da
taxa mensal. Nesse sentido: REsp 1.220.930/RS, Rel. Min. Massami Uyeda, DJe de 9.2.2011; AgRg no
REsp 735.140/RS, Quarta Turma, Rel. Min. Jorge Scartezzini, DJ de 5.12.2005; AgRg no REsp
735.711/RS, Quarta Turma, Rel. Min. Fernando Gonçalves, DJ de 12.9.2005; AgRg no REsp
714.510/RS, Quarta Turma, Rel. Min. Jorge Documento: 58612112 - RELATÃRIO E VOTO - Site
certificado Página 3 de 4 Superior Tribunal de Justiça Scartezzini, DJ de 22.8.2005; AgRg no REsp
809.882/RS, Rel. Min. Aldir Passarinho Junior, DJ de 24.4.2006¿.                Â
Conclui-se, desta forma, que, no caso discutido nos presentes autos, inexiste abusividade na
capitalização de juros, na medida em que nos contratos bancários tal prática é permitida. Do
Imposto sobre Operações Financeiras - IOF                 Quanto ao Imposto
382
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
sobre Operações Financeiras - IOF, o Superior Tribunal de Justiça também fixou o entendimento
tomado sob o rito dos recursos repetitivos, no julgamento dos Recursos Especiais nº 1.251.331/RS e
1.255.573/RS, no sentido de que podem as partes convencionar o pagamento do Imposto sobre
Operações Financeiras e de Crédito (IOF) por meio de financiamento acessório ao mútuo principal,
sujeitando-o aos mesmos encargos contratuais.                 Senão vejamos: CIVIL
E PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. CONTRATO DE FINANCIAMENTO COM GARANTIA DE
ALIENAÃÃO FIDUCIÃRIA. COMISSÃO DE PERMANÃNCIA. COMPENSAÃÃO/REPETIÃÃO SIMPLES
DO INDÃBITO. RECURSOS REPETITIVOS. TARIFAS BANCÃRIAS. TAC E TEC. EXPRESSA
PREVISÃO CONTRATUAL. COBRANÃA. LEGITIMIDADE. PRECEDENTES. FINANCIAMENTO DO IOF.
POSSIBILIDADE. 1. A comissão de permanência não pode ser cumulada com quaisquer outros
encargos remuneratórios ou moratórios (enunciados Súmulas 30, 294 e 472 do STJ). 2. Tratando-se de
relação de consumo ou de contrato de adesão, a compensação/repetição simples do indébito
independe da prova do erro (Enunciado 322 da Súmula do STJ). 3. Nos termos dos arts. 4º e 9º da Lei
4.595/1964, recebida pela Constituição como lei complementar, compete ao Conselho Monetário
Nacional dispor sobre taxa de juros e sobre a remuneração dos serviços bancários, e ao Banco
Central do Brasil fazer cumprir as normas expedidas pelo CMN. 4. Ao tempo da Resolução CMN
2.303/1996, a orientação estatal quanto à cobrança de tarifas pelas instituições financeiras era
essencialmente não intervencionista, vale dizer, "a regulamentação facultava às instituições
financeiras a cobrança pela prestação de quaisquer tipos de serviços, com exceção daqueles
que a norma definia como básicos, desde que fossem efetivamente contratados e prestados ao cliente,
assim como respeitassem os procedimentos voltados a assegurar a transparência da polÃ-tica de
preços adotada pela instituição." 5. Com o inÃ-cio da vigência da Resolução CMN 3.518/2007, em
30.4.2008, a cobrança por serviços bancários prioritários para pessoas fÃ-sicas ficou limitada à s
hipóteses taxativamente previstas em norma padronizadora expedida pelo Banco Central do Brasil. 6. A
Tarifa de Abertura de Crédito (TAC) e a Tarifa de Emissão de Carnê (TEC) não foram previstas na
Tabela anexa à Circular BACEN 3.371/2007 e atos normativos que a sucederam, de forma que não mais
é válida sua pactuação em contratos posteriores a 30.4.2008. 7. A cobrança de tais tarifas (TAC e
TEC) é permitida, portanto, se baseada em contratos celebrados até 30.4.2008, ressalvado abuso
devidamente comprovado caso a caso, por meio da invocação de parâmetros objetivos de mercado e
circunstâncias do caso concreto, não bastando a mera remissão a conceitos jurÃ-dicos abstratos ou Ã
convicção subjetiva do magistrado. 8. Permanece legÃ-tima a estipulação da Tarifa de Cadastro, a
qual remunera o serviço de "realização de pesquisa em serviços de proteção ao crédito, base
de dados e informações cadastrais, e tratamento de dados e informações necessários ao inicio de
relacionamento decorrente da abertura de conta de depósito à vista ou de poupança ou contratação
de operação de crédito ou de arrendamento mercantil, não podendo ser cobrada cumulativamente"
(Tabela anexa à vigente Resolução CMN 3.919/2010, com a redação dada pela Resolução
4.021/2011). 9. à lÃ-cito aos contratantes convencionar o pagamento do Imposto sobre Operações
Financeiras e de Crédito (IOF) por meio financiamento acessório ao mútuo principal, sujeitando-o aos
mesmos encargos contratuais. 10. Teses para os efeitos do art. 543-C do CPC: - 1ª Tese: Nos contratos
bancários celebrados até 30.4.2008 (fim da vigência da Resolução CMN 2.303/96) era válida a
pactuação das tarifas de abertura de crédito (TAC) e de emissão de carnê (TEC), ou outra
denominação para o mesmo fato gerador, ressalvado o exame de abusividade em cada caso concreto.
- 2ª Tese: Com a vigência da Resolução CMN 3.518/2007, em 30.4.2008, a cobrança por serviços
bancários prioritários para pessoas fÃ-sicas ficou limitada à s hipóteses taxativamente previstas em
norma padronizadora expedida pela autoridade monetária. Desde então, não mais tem respaldo legal
a contratação da Tarifa de Emissão de Carnê (TEC) e da Tarifa de Abertura de Crédito (TAC), ou
outra denominação para o mesmo fato gerador. Permanece válida a Tarifa de Cadastro
expressamente tipificada em ato normativo padronizador da autoridade monetária, a qual somente pode
ser cobrada no inÃ-cio do relacionamento entre o consumidor e a instituição financeira. - 3ª Tese:
Podem as partes convencionar o pagamento do Imposto sobre Operações Financeiras e de Crédito
(IOF) por meio de financiamento acessório ao mútuo principal, sujeitando-o aos mesmos encargos
contratuais. 11. Recurso especial conhecido e parcialmente provido. (REsp 1255573/RS, Rel. Ministra
MARIA ISABEL GALLOTTI, SEGUNDA SEÃÃO, julgado em 28/08/2013, DJe 24/10/2013). Desta feita,
não há qualquer ilegalidade na referida cobrança, sobretudo porque é baseada em imperativo de lei,
cuja incidência torna-se obrigatória, não devendo ser considerada a vontade das partes. CIVIL E
PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. CONTRATO DE FINANCIAMENTO COM GARANTIA DE
ALIENAÃÃO FIDUCIÃRIA. DIVERGÃNCIA. CAPITALIZAÃÃO DE JUROS. JUROS COMPOSTOS.
MEDIDA PROVISÃRIA 2.170-36/2001. RECURSOS REPETITIVOS. CPC, ART. 543-C. TARIFAS
383
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
restituir à parte requerente, posto que reconhecida a sua não abusividade. Da Comissão de
Permanência e das Tarifas de avaliação do bem, de inserção de gravame e de serviços de
terceiros                 Em pese o requerente alegar a ilegalidade da cumulação da
comissão de permanência com outros encargos decorrentes do atraso, bem como a ilegalidade das
tarifas de avaliação do bem, de inserção de gravame e de serviços de terceiros, verifico que, no
caso vertente, conforme restou comprovado nos autos, não há previsão de tais cobranças, razão
pela qual não merecem prosperar quaisquer pedidos de reconhecimento de cobranças indevidas a tais
tÃ-tulos.                 Por fim, em virtude de não se vislumbrar qualquer ilegalidade a
ser declarada, são improcedentes, por conseguinte, os pedidos de revisão contratual, de anulação
de cláusulas contratuais supostamente abusivas, de autorização para consignação de valores, bem
como de repetição do indébito, uma vez que, nos termos da jurisprudência do STJ, ¿se os
encargos da normalidade exigidos pela instituição financeira não são abusivos, entende-se que a
inadimplência não pode ser atribuÃ-da ao credor, razão pela qual há de se entender configurada a
"mora debendi".¿(3ª Turma, AgRg no REsp 897.659¿RS, Rel. Ministro PAULO DE TARSO
SANSEVERINO, unânime, DJe de 9.11.2010). DISPOSITIVO                 Ante o
exposto, com fundamento no art. 487, I, do Código de Processo Civil/2015, JULGO IMPROCEDENTE o
pedido do requerente e, por consequência, extingo o processo com resolução do mérito.     Â
           CONDENO a parte requerente ao pagamento das custas e despesas processuais,
bem como dos honorários advocatÃ-cios, ora fixados em 10% sobre o valor da causa, suspendendo-se,
contudo, a exigibilidade, face a gratuita deferida na decisão de fl. 43, enquanto perdurar a condição de
hipossuficiência, observado o disposto no art.98, §3º, do CPC/2015.                Â
Fica autorizado o desentranhamento de documentos por quem os juntou, exceto a procuração,
substituindo-os por cópias que poderão ser declaradas autênticas pelo patrono nos termos do artigo
425, IV do CPC/2015, devendo o cartório certificar o ato de desentranhamento.            Â
    Oportunamente, arquivem-se observadas as formalidades legais.               Â
 P.R.I.C                 Belém/PA, 04/10/2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz de
Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital 301 PROCESSO: 00129554420048140301
PROCESSO ANTIGO: 200410434530 MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO
ANDRES ITZCOVICH A??o: Cumprimento de sentença em: 06/12/2021 REU:SERGIO MACHADO
FRETES AUTOR:BANCO HSBC BANK BRASIL SA BANCO MULTIPLO Representante(s): OAB 12599 -
VANILDO DE SOUZA LEAO FILHO (ADVOGADO) OAB 12911 - DENIS VINICIUS RODRIGUES
RENAULT (ADVOGADO) FABIO GUY LUCAS MOREIRA (ADVOGADO) AUTOR:BANCO BARADESCO
SA Representante(s): OAB 25197-A - LUCIA CRISTINA PINHO ROSAS (ADVOGADO) OAB 25196-A -
EDSON ROSAS JUNIOR (ADVOGADO) . Dispõe o art. 4º do Decreto-Lei nº 911/69, já com a
alteração da Lei nº 13.043/2014: Art. 4o Se o bem alienado fiduciariamente não for encontrado ou
não se achar na posse do devedor, fica facultado ao credor requerer, nos mesmos autos, a conversão
do pedido de busca e apreensão em ação executiva, na forma prevista no CapÃ-tulo II do Livro II da
Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Código de Processo Civil. (Redação dada pela Lei nº
13.043, de 2014). Considerando o pedido de fls. 90 e 101, bem como o teor da certidão de fl. 51-verso,
CONVERTO a AÃÃO DE BUSCA E APREENSÃO em EXECUÃÃO, nos termos do artigo 4º do Decreto-
Lei nº 911/69, razão pela qual determino: 1. Cite-se o executado para, no prazo de 3 (três) dias,
contado da citação, efetuar o pagamento da dÃ-vida (CPC, artigo 829). 2. Nos termos do artigo 827 do
Código de Processo Civil, fixo os honorários advocatÃ-cios a serem pagos pelo (s) executado (s) em 10%
(dez por cento) sobre o valor da execução. 3. Expeça-se mandado de citação, penhora e
avaliação de bens, constando expressamente do mandado que no caso de integral pagamento no
prazo de 3 (três) dias, a verba honorária será reduzida para metade, ou seja, para 5% (cinco por cento)
do valor do débito (CPC, artigo 827, § 1º). 3.1. Conste, também, que o executado,
independentemente de penhora, depósito ou caução, poderá opor-se à execução por meio de
embargos no prazo de 15 (quinze) dias. 3.2. Do mandado também deverá constar que se o oficial de
justiça não encontrar o executado, arrestar-lhe-á tantos bens quantos bastem para garantir a
execução e que nos 10 (dez) dias seguintes à efetivação do arresto, procurará o executado 2
(duas) vezes em dias distintos e, havendo suspeita de ocultação, realizará a citação com hora certa
(CPC, artigos 252/254), certificando pormenorizadamente o ocorrido (CPC, artigo 830 e § 1º). 4.
Decorrido o prazo de 3 (três) dias sem pagamento, deverá o senhor oficial de justiça proceder de
imediato à penhora de bens, tantos quantos bastem para o pagamento do principal atualizado, juros,
custas e honorários advocatÃ-cios, e a sua avaliação, lavrando o respectivo auto, intimando-se, na
mesma oportunidade, o (s) executado (s) (CPC, artigo 841, § 3º) e seu cônjuge, caso a penhora recaia
sobre bem imóvel ou direito real sobre imóvel (CPC, artigo 842). 5. Servirá o presente, por cópia
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
digitada, como mandado de citação, penhora ou arresto. Cumpra-se na forma e sob as penas da Lei.
Int. (Provimentos nº. 003 e 011/2009-CJRMB).               Belém/PA, 15/10/2021.
Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital 303
PROCESSO: 00142713220148140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o: Execução
de Título Extrajudicial em: 06/12/2021 REQUERENTE:BANCO HONDA SA Representante(s): OAB 10219
- MAURICIO PEREIRA DE LIMA (ADVOGADO) REQUERIDO:JOSE WILSON ANDRADE MARTINS . A
parte autora peticionou pela realização, por este JuÃ-zo, de consulta do endereço da parte ré (fls.
65/66).               No que concerne a esse tipo de providência, salvo casos
excepcionais, nos quais deve restar devidamente comprovada a resistência imotivada, é ônus da parte
diligenciar a respeito de interesse próprio.               Nesse sentido já se pronunciou
o Egrégio Superior Tribunal de Justiça: EXECUÃÃO EM AÃÃO RESCISÃRIA Nº 4.877 - SP
(2014/0129165-6) RELATOR: MINISTRO PRESIDENTE DA SEGUNDA SEÃÃO EXEQUENTE: CENTRO
ESPÃRITA BENEFICENTE UNIÃO DO VEGETAL ADVOGADOS: JOYCE MACHADO E MELO E OUTRO
(S) CLAUDINEI JOSÃ FIORI E OUTRO (S) EXECUTADO: CENTRO ESPIRITUAL BENEFICENTE UNIÃO
DO VEGETAL LUZ PAZ E AMOR ADVOGADO: ADRIANA MARTA HOFFMANN SIMON E OUTRO (S)
DECISÃO 1. Na petição juntada à s fls. 1853/1854, o exequente noticia que foi realizado o bloqueio, via
Sistema BacenJud, de R$ 260,00 (duzentos e sessenta reais), sendo que o valor total devido é de R$
2.848,57 (dois mil, oitocentos e quarenta e oito reais e cinquenta e sete centavos). Assim, requer: a) a
expedição de alvará para o levantamento dos R$ 260,00 (duzentos e sessenta reais) bloqueados via
BacenJud; b) a expedição de ofÃ-cios ao Infojud (receita Federal) e Renajud (Departamento Nacional de
Trânsito), "a fim de obter informações a respeito dos bens passÃ-veis de penhora" ou, c)
"subsidiariamente, caso não sejam localizados quaisquer bens através das referidas consultas, a
exequente requer seja deferida a penhora do Registro de Marca n. 818874929, obtido perante o Instituto
Nacional de Propriedade Industrial - INPI pela executada" e à o relatório. DECIDO. 2. Ao que se
depreende dos autos, em razão da penhora on-line na conta da parte executada de apenas R$ 260,00
(duzentos e sessenta reais), o exequente requereu a realização de pesquisa pelo sistema Renajud,
Infojud, além da expedição de alvará para levantamento dos R$ 260,00 e, subsidiariamente, da
penhora de marca da executada. 2.1. Com efeito, verifica-se que o exequente, antes mesmo de tomar as
medidas administrativas cabÃ-veis com vistas à localização de bens (móveis e/ou imóveis) em nome
do devedor, preferiu solicitar a intervenção do Poder Judiciário para a obtenção de diligências que
pode e deve realizar. A jurisprudência desta Corte de Justiça é clara no sentido de que cabe ao
exequente esgotar comprovadamente todos os meios a seu cargo para a localização de bens do
devedor. Nesse sentido: "AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSO CIVIL.
EXECUÃÃO. EXPEDIÃÃO DE OFÃCIO Ã RECEITA FEDERAL. MEDIDA EXCEPCIONAL.
IMPOSSIBILIDADE. 1. O acórdão recorrido está em consonância com a jurisprudência deste C.
Superior Tribunal de Justiça, firmada no sentido de que 'a expedição de ofÃ-cio à Receita Federal,
para fornecimento de informações, é providência admitida excepcionalmente, justificando-se tão
somente quando demonstrado ter o credor esgotado todos os meios à sua disposição para encontrar
bens passÃ-veis de penhora, o que não ocorre no caso dos autos' (AgRg no REsp nº 595.612/DF,
Relator o Ministro HÃLIO QUAGLIA BARBOSA, 4ª Turma, DJ 11/02/2008). 2. Em relação ao pedido
de informações para fins de localização do endereço do executado 'o raciocÃ-nio a ser utilizado
nesta hipótese deverá ser o mesmo dos casos em que se pretende localizar bens do devedor, pois tem
o contribuinte ou o titular de conta bancária direito à privacidade relativa aos seus dados pessoais, além
do que não cabe ao Judiciário substituir a parte autora nas diligências que lhe são cabÃ-veis para
demandar em juÃ-zo.' (REsp nº 306.570/SP, Relatora a Ministra ELIANA CALMON, DJU de 18/02/2002).
3. Agravo regimental a que se nega provimento." (AgRg no Ag 1.386.116/MS, Rel. Ministro RAUL
ARAÃJO, QUARTA TURMA, julgado em 26.4.2011, DJe 10.5.2011.) PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS
RECEBIDOS COMO AGRAVO REGIMENTAL. DILIGÃNCIA PARA LOCALIZAÃÃO DO DEVEDOR.
EXPEDIÃÃO DE OFÃCIOS A REPARTIÃÃES E ÃRGÃOS PÃBLICOS. INDEFERIMENTO PELO
TRIBUNAL ESTADUAL. ORIENTAÃÃO HARMÃNICA COM O ENTENDIMENTO DO STJ. I. O ônus da
localização do devedor e de seus bens cabe à parte interessada e não ao juÃ-zo, que não é seu
coadjuvante ou auxiliar nessa busca. II. Precedentes do STJ. III. Agravo improvido. (AgRg no Ag
498.264/SP, Rel. Min. ALDIR PASSARINHO JÃNIOR, QUARTA TURMA, DJ 22.9.03); Processual civil.
Recurso especial. Ação de execução. Informações sobre o devedor. Expedição de ofÃ-cios a
órgãos da administração pública. Impossibilidade. - Não se mostra cabÃ-vel pedido de
expedição de ofÃ-cios a órgãos da administração pública com o objetivo de serem fornecidas
informações sobre o devedor, formulado no exclusivo interesse do credor, pois recai nele o ônus de
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
diligenciar no sentido de obter tais dados. Precedentes. (REsp 328.862/RS, Relª. p/ Ac. Min. NANCY
ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, DJ 2.12.02). Todavia, este não é o caso dos autos. Isto porque o
exequente não conseguiu comprovar ter efetuado qualquer diligência na busca de informações sobre
a existência de bens (móveis e/ou imóveis) em nome do devedor. Aqui, importante consignar que os
convênios realizados entre os órgãos do Poder Judiciário e a Receita Federal (Infojud), o
Departamento Nacional de Trânsito (Renajud), dentre outros, tem por escopo municiar o Judiciário com
informações relevantes, muitas vezes imprescindÃ-veis à prestação jurisdicional, e não transferir a
ele o ônus de localizar bens de executado, assumindo ônus do exeqüente. 3. Outrossim, em
relação ao pedido subsidiário de penhora do Registro de Marca n. 818874929, antes de sua
apreciação, o exequente deverá buscar e indicar bens móveis e/ou imóveis nos órgãos
competentes, em nome do executado, a fim de se evitar eventual infringência ao princÃ-pio da menor
onerosidade previsto no art. 620 do CPC, já que o valor a ser executado é bem razoável e que o valor
da marca pode ser extremamente elevado. Aqui, importante frisar que nossa lei processual, no art. 791,
inciso III, prevê a possibilidade de suspensão da execução quando o devedor não possuir bens
penhoráveis, até que o executado passe a ter bens passÃ-veis de penhora. 4. Ante o exposto, como o
credor não demonstrou ter esgotado todos os meios à sua disposição para encontrar bens móveis
e/ou imóveis passÃ-veis de penhora, indefiro os pedidos de expedição de ofÃ-cios ao Infojud e Renajud.
5. No mais, apreciarei os demais pedidos após a indicação de bens móveis e/ou imóveis em nome
do executado, pelo que concedo prazo de 30 dias ao exequente. Publique-se. Intime-se. BrasÃ-lia (DF), 10
de novembro de 2014. Ministro Luis Felipe Salomão Ministro (STJ - ExeAR: 4877 SP 2014/0129165-6,
Relator: Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, Data de Publicação: DJ 19/11/2014) (grifos nossos). Na
mesma linha: A.I. 7.097.285-5 TJ/SP, 16ª Câmara de Direito Privado Rel. Candido Alem: REQUISIÃÃO
DE INFORMAÃÃES - Expedição de ofÃ-cios - Delegacia da Receita Federal e BACEN -
Inadmissibilidade - Necessidade de relevante motivo de ordem pública - Sigilo bancário e de dados
assegurado pela Constituição - Entendimento que se coaduna com a Lei Complementar nº 105, de
10.01.2001 - Inexistência de prova de esgotamento dos meios de localização de bens dos devedores -
Providência de interesse individual do agravante - Recurso improvido.               Isto
posto: 1)     Indefiro o pedido de consulta do endereço.               2) Intime-se
a parte requerente para indicar o endereço correto, completo e atualizado do requerido, no prazo de 15
dias. 3)     Decorrido o prazo:               3.1) Informado novo endereço e
recolhidas as custas, se for o caso, renovem-se as diligências de citação.             Â
 3.2) Caso contrário, ficando o processo parado por mais 30 dias, intime-se a parte autora
PESSOALMENTE, para em 5 dias, informar se possui interesse no prosseguimento no feito, requerendo o
que entende cabÃ-vel a regular tramitação do processo, SOB PENA DE SUA EXTINÃÃO SEM
JULGAMENTO DE MÃRITO, nos termos do art. 274, parágrafo único, c/c o art. 485, III e §1º, todos
do Novo Código de Processo Civil, e, por conseguinte, arquivamento dos autos.            Â
  4) Caso seja necessário, servirá o presente, por cópia digitalizada, como carta de intimação, nos
termos do Provimento nº 003/2009 - CJRMB. 5) Cumpra-se. Belém/PA, 04/11/2021. Roberto
Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital 303 PROCESSO:
00154523920128140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o: Procedimento Comum Cível em: 06/12/2021 AUTOR:DIEGO
GOMES BORGES Representante(s): OAB 11471 - FABRICIO DOS REIS BRANDAO (ADVOGADO) OAB
13221-A - CAIO ROGERIO DA COSTA BRANDAO (ADVOGADO) AUTOR:MARIA BENEDITA GOMES
BORGES Representante(s): OAB 15875 - MARCOS VINICIUS COROA SOUZA (ADVOGADO) OAB
13221-A - CAIO ROGERIO DA COSTA BRANDAO (ADVOGADO) REU:CONSTRUTORA VILLA DEL REY
LTDA Representante(s): OAB 9117 - ROBERTO TAMER XERFAN JUNIOR (ADVOGADO) OAB 13629 -
ERIKA MELO BATISTA (ADVOGADO) OAB 17387 - ARTHUR CRUZ NOBRE (ADVOGADO) REU:PLENO
TETO CONSTRUTORA E INCORPORADORA LTDA Representante(s): OAB 9117 - ROBERTO TAMER
XERFAN JUNIOR (ADVOGADO) OAB 13629 - ERIKA MELO BATISTA (ADVOGADO) OAB 17387 -
ARTHUR CRUZ NOBRE (ADVOGADO) . Tendo em vista a petição de fls. 216/218, por meio do qual os
patronos dos requeridos, habilitados no feito, informam a RENÃNCIA aos poderes ad judicia et extra
outrora outorgados, resolvo: 1. Suspendo a ação em epÃ-grafe, com fulcro no art. 76, caput, do CPC,
até que seja sanado o defeito na capacidade postulatória ou até ulterior deliberação; 2. INTIME-SE
os réus CONSTRUTORA VILA DEL REY LTDA. e PLENO TETO CONSTRUTORA E
INCORPORADORA LTDA., pessoalmente, mediante carta postal com aviso de recebimento (AR), para
que, no prazo de 10 (dez) dias, querendo, constituam novo advogado nos autos, na forma do art. 76,
§1º, II, do CPC. 3. Servirá a presente, por cópia digitalizada, como carta de intimação, nos termos
do provimento n. 003/2009-CJRMB; P. R. I. C.          Belém /PA, 09/11/2021. Roberto
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Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital 303 PROCESSO:
00155288519958140301 PROCESSO ANTIGO: 199510220455
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o: Execução
de Título Extrajudicial em: 06/12/2021 AUTOR:BANCO DO BRASIL SA Representante(s): OAB 15610 -
HERMOM DIAS MONTEIRO PIMENTEL (ADVOGADO) OAB 14797 - SERGIO LUIZ DE ANDRADE
(ADVOGADO) OAB 15048 - LUIZ OTAVIO SOUZA FERREIRA JUNIOR (ADVOGADO) OAB 17295 -
LEONARDO SOUSA FURTADO DA SILVA (ADVOGADO) OAB 18696-A - LOUISE RAINER PEREIRA
GIONEDIS (ADVOGADO) OAB 44698 - SERVIO TULIO DE BARCELOS (ADVOGADO) OAB 21078-A -
JOSE ARNALDO JANSSEN NOGUEIRA (ADVOGADO) ANDRE ALBERTO SOUZA SOARES
(ADVOGADO) ANA MARGARIDA SILVA LOUREIRO GODINHO (ADVOGADO) REU:ORLANDO GOMES
DOS REIS REU:CECILIA AZEVEDO REIS Representante(s): PAULO EDUARDO S. PEREIRA
(ADVOGADO) REU:OSVALDO DOS SANTOS WARISS REU:MARIA CECILIA REIS WARISS REU:M. C.
WARISS. Com espeque no CPC, art. 144, IX, declaro-me impedido para atuar no feito por estar sendo
promovida a ação em desfavor da parte requerida.                 Em cumprimento
ao disposto na Portaria nº 4638/2013 - GP, alterada pelas Portarias nº 5014/2013-GP, 5113/2013-GP e
1027/2015-GP, comunicar a afirmação de impedimento ao substituto legal automático, com cópia
para a Corregedora de Justiça do TJE/PA e Divisão de Apoio Técnico-JurÃ-dico da Presidência.  Â
              Oficiar. Intimar. Belém/PA, 26/10/2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz de
Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital 303 PROCESSO: 00158360220128140301
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): DANIELLE KAREN DA
SILVEIRA ARAUJO LEITE A??o: Despejo por Falta de Pagamento em: 06/12/2021 AUTOR:F. F RIBEIRO
NETO Representante(s): OAB 12753 - LUZELY BATISTA LIMA (ADVOGADO) REU:E. A SALDANHA E
CIA LTDA EPP Representante(s): OAB 11509 - ADONAI EBER RODRIGUES LEITAO (ADVOGADO) .
PROCESSO: 0015836-02.2012.814.0301 SENTENÃA Â Â Â Â Â Trata-se de AÃÃO DE DESPEJO POR
FALTA DE PAGAMENTO COM PEDIDO LIMINAR proposta por F F RIBEIRO NETO em desfavor do
locatário E A SALDANHA E CIA LTDA EPP      Alega ter firmado contrato de aluguel com o
requerido sobre o imóvel situado Rua Bernal do Couto, nº128, Bairro Umarizal, nesta cidade, pelo prazo
de 36 meses, com inÃ-cio em 05/06/2011, com valor do aluguel mensal e demais encargos, previstos nas
cláusulas 3.5, 3.6 e sétima do instrumento contratual acostado com a inicial.      Afirma que,
além de estar inadimplente desde novembro de 2011, o requerido realizou mudanças na estrutura do
imóvel sem autorização do autor, em clara afronta à cláusula 10 do contrato firmado entre as partes.
Assevera que o imóvel foi abandonado pela parte requerida com a obra inacabada desde abril de 2012.
Assim, conforme planilha acostada com a inicial, o requerente pede, em tutela de urgência, a imediata
imissão na posse do bem e, no mérito, pede a decretação do despejo e cobra o valor de R$
54.000,00 pelos encargos da locação      A medida liminar foi indeferida as fls 67/68 e ordenada
a citação do réu que apresentou contestação tempestiva as fls 72/118, assegurando que todas as
alterações realizadas no imóvel foram anuÃ-das pelo locador. Além disso, afirma que não
abandonou o bem, mas foi a parte autora, em virtude do atraso nos pagamentos, que impediu a entrada
do réu/locatário no bem. Por fim, admite o inadimplemento quanto aos alugueis, mas oferece proposta
de acordo para pagamento do débito.      Réplica à contestação as fls 120/121.     Â
Instadas a se manifestar sobre as provas que ainda pretendessem produzir, ambas as partes deixaram
transcorrer in albis o prazo que lhes foi assinalado conforme certidão de fls 123      Sem custas
conforme certidão da UNAJ de fls 129      Vieram-me os autos conclusos      à o breve
relatório. Passo a decidir.      Tendo em vista que não há provas pendentes a produzir, cabe o
julgamento antecipado da lide, conforme o art. 355, inciso II, do Código de Processo Civil.      De
inÃ-cio, é preciso levar em conta as informações quanto ao abandono do imóvel. A exordial afirma
que o locatário deixou o bem com a obra inacabada; o réu, em contestação, afirma que foi o autor
que não mais permitiu a entrada do requerido no imóvel. A despeito da controvérsia quanto à forma,
ambas as partes concordam que o imóvel já foi desocupado e, considerando que o autor cobra os
alugueis até abril de 2012, entendo pela perda do objeto da ação de despejo, subsistindo o interesse
do autor quanto a cobrança das alugueis e acessórios da locação.      Trata-se de ação de
despejo por falta de pagamento de aluguel e acessórios da locação (taxas, encargos e tributos), na
forma prevista no artigo 62, inciso I, da Lei n.º 8.245/91. Art. 62. Nas ações de despejo fundadas na
falta de pagamento de aluguel e acessórios da locação, de aluguel provisório, de diferenças de
aluguéis, ou somente de quaisquer acessórios de locação, observar-se-á o seguinte: I - o pedido de
rescisão da locação poderá ser cumulado com o de cobrança dos aluguéis e acessórios da
locação; nesta hipótese, citar-se-á o locatário para responder ao pedido de rescisão e o locatário
e os fiadores para responderem ao pedido de cobrança, devendo ser apresentado, com a inicial, cálculo
388
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
discriminado do valor do débito;      Caberia à parte ré purgar a mora no prazo de resposta,
depositando judicialmente os aluguéis e acessórios da locação, de acordo com o que dispõe a Lei
n.º 8.245/91.      Conforme narrado acima, o contrato escrito firmado entre as partes previa o
prazo de locação de 36 meses com inÃ-cio em 05/06/2011. No entanto, conforme a narrativa da inicial,
o réu deixou de pagar os alugueis a partir de novembro de 2011, alegação que foi confirmada pelo
próprio requerido em contestação.      Além disso, o requerente afirma que houve outro
inadimplemento contratual, assegurando que o réu realizou diversas mudanças no imóvel locado sem
a autorização do autor, em desobediência à cláusula 10 da avença. Do mesmo modo, apesar de
afirmar que tinha autorização do autor para realizar as reformas no bem, o réu não conseguiu se
desincumbir de comprovar essa anuência, uma vez que os documentos acostados com a peça de
bloqueio (fls 76/118) referem-se apenas à obra em si, sem provar de nenhum modo o cumprimento da
cláusula 10 do instrumento contratual.      Sabe-se que compete ao autor a comprovação dos
fatos constitutivos de seu direito, conforme dicção do art. 373, l, do CPC, e quanto ao réu demonstrar
a existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor. Restou demonstrado que o
autor conseguiu comprovar os fatos constitutivos de seu direito contra os quais o réu não trouxe prova
suficiente que pudesse modificá-lo ou extingui-lo.      Destarte, urge a condenação do
demandado no pagamento dos aluguéis, acessórios e impostos que se venceram a partir do
inadimplemento contratual até a efetiva desocupação do imóvel, devidamente acrescidos de juros e
correção monetária. No caso dos autos, tendo em vista que a inicial cobra os alugueis e encargos da
locação até abril de 2012, considero este como termo final para a cobrança dos alugueis.     Â
Ante o exposto, JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE os pedidos para: a)Â Â Â Â Â Rescindir o
contrato de locação, realizado entre as partes; b)     Condenar a ré ao pagamento dos
alugueres vencidos entre novembro de 2011 até a data da efetiva desocupação do bem (abril de
2012), acrescido dos encargos previstos nas cláusulas 3.7 do instrumento contratual (fls 26), montante a
ser apurado em liquidação de sentença; c)     Tanto as parcelas referentes alugueres e
acessórios deverão ser corrigidas monetariamente pelo INPC e acrescidas de juros de mora à base de
1% (um por cento) ao mês, ambos devidos desde à data dos respectivos vencimentos.        Â
 Extingo o processo com julgamento de mérito, nos termos do artigo 487, inciso I, do Código de
Processo Civil. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Condeno ainda a parte Requerida no pagamento das custas
processuais e honorários advocatÃ-cios, que fixo em 10% (dez por cento) sobre o valor da
condenação, com fundamento no artigo 85 do Código de Processo Civil.          Transitada
em julgado, arquive-se. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Publique-se. Registre-se. Intime-se. Â Â Â Â Â Â Â Â Â
Belém, 03 de dezembro de 2021          DANIELLE KAREN DA SILVEIRA ARAÃJO LEITE Â
        JuÃ-za de Direito,          respondendo pela 5a Vara CÃ-vel e Empresarial de
Belém PROCESSO: 00159436819968140301 PROCESSO ANTIGO: 199610251162
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o:
Cumprimento de sentença em: 06/12/2021 AUTOR:AMAZONIA SA CAPAF Representante(s): RODOLFO
MEIRA ROESSING (ADVOGADO) ARIEL FROES DE COUTO (ADVOGADO) REU:ABILIO CESAR
CANSANCAO PRESTES Representante(s): ANTONINO MAIA DA SILVA (ADVOGADO) OAB 1926 -
HAROLDO SOUZA SILVA (ADVOGADO) OAB 16786 - MARCEL DE SANTA BRIGIDA BITTENCOURT
(ADVOGADO) . Processo nº: 0015943-68.1996.8.14.0301 Requerente: ABÃLIO CESAR CANSANÃÃO
PRESTES Requerido: CAIXA DE PREVIDÃNCIA E ASSISTÃNCIA AOS FUNCIONÃRIOS DO BANCO DA
AMAZÃNIA S/A SENTENÃA Â Â Â Â Â Â Â Â Â RELATÃRIO Â Â Â Â Â Â Â Â Â O processo seguiu seu
trâmite normal até que, por negligência das partes, estagnou.          Há mais de 1 (um)
ano que não se tem notÃ-cia nos autos de requerimento da parte interessada visando o seu
prosseguimento, embora devidamente intimada para tal fim. Â Â Â Â Â Â Â Â Â FUNDAMENTAÃÃO Â Â Â
      Como se observa dos autos, é patente a negligência das partes e, por conseguinte, o
desinteresse no feito.          Diante disso, em que pese os termos da lei, não vejo
necessária, in casu, a intimação das partes para dar continuidade ao processo, fato que se constituiria
em perda de tempo, aliás, em face da intenção implÃ-cita no sentido da extinção do feito.     Â
    Exigir, num caso como este, a intimação da parte para que promova o andamento de feito, de
seu privativo interesse, seria fazer uma interpretação da lei desprovida de teleologia e finalidade.   Â
      Sabido é que a lei oferta multifárias intelecções possÃ-veis, inexistindo uma única justa,
correta ou verdadeira. Dentre elas deve o juiz acolher a mais tolerável, aceitável, lógica.       Â
  A interpretação teleológica é, neste caso, a única tolerável, aceitável, lógica, é a de que a
lei, ao dizer que seja o autor intimado pessoalmente para suprir a falta, em 5 (cinco) dias. (CPC, art. 485,
§ 1º), ¿quando o autor abandonar a causa por mais de 30 dias (trinta) dias.¿, quer dizer exatamente
isso: que seja o autor intimado, quando abandonar a causa por mais de dias (30), por exemplo, por 35
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
(trinta e cinco) ou 40 (quarenta) dias. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Se quisesse a lei que o autor fosse intimado
quando abandona a causa por meses, diria: que seja intimado quando abandona por mais de um mês;
por mais de 2 (dois) meses, ou, até, por mais de 60 (sessenta) dias (que é, em meses, mais de um,
isto é, um mês ou mais).          Ao dizer a lei ¿mais de 30¿, implicitamente põe o limite
de 60 (sessenta). Do contrário, se quisesse significar meses, diria meses. Se quisesse falar em até 3
(três) meses, poderia dizer mais de 60 (sessenta) dias.          A lei não quer a intimação
do autor, cuja displicência é tal que abandona a causa por meses ou anos, como é o caso de autos. Â
        O deslinde da causa é exclusivo interesse dos envolvidos e, se por alguma razão,
esses não colaboram para impulsionar o feito, refoge a este JuÃ-zo prosseguir até a decisão
meritória.          No caso, frise-se que não há questão pendente a ser decidida pelo
JuÃ-zo. A situação depende do querer da parte. Conclui-se assim que o maior interessado deixou
processo paralisado por mais de um ano sem que procurasse o JuÃ-zo ou promovesse os atos e
diligências necessárias ao andamento do feito.          Muito embora a lei processual preveja
a necessidade de intimar a parte a dar andamento ao feito antes da extinção, diante do perfil atual do
Processo Civil isso não é mais obrigatório e sim facultativo.          Atualmente, ao Juiz é
atribuÃ-da a tarefa de impulsionar o processo e não assumi-lo, imiscuindo-se cada vez menos, de modo a
não influenciar na direção do processo. Não cabe ao magistrado perquirir em nome delas o direito
almejado ou procurar de ofÃ-cio as razões que as levaram a abandonar a causa.          Ante
a negligência da parte, não há outro caminho senão a extinção do feito.         Â
DISPOSITIVO Â Â Â Â Â Â Â Â Â Isto posto, de ofÃ-cio, com lastro no art. 485, inciso II, do CPC/2015 julgo
extinto o processo, sem resolução do mérito.          Custas na forma da lei.      Â
   Decorrido o prazo legal e certificado o trânsito em julgado, arquivar autos, observadas as
formalidades legais.          P.R.I.C. Belém/PA, 26/10/2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz
de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital 303 PROCESSO: 00161633519968140301
PROCESSO ANTIGO: 199610254678 MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO
ANDRES ITZCOVICH A??o: Petição Cível em: 06/12/2021 ADVOGADO:GUILHERME HENRIQUE
ROCHA LOBATO AUTOR:LEA MARIA FIUZA DE MELLO MIZERANI. Tendo em vista a petição de
fl.15, defiro o pedido de vistas pelo prazo de 5 (cinco) dias, para fins de extração de cópia integral do
processo. Após, proceda-se à devolução dos autos ao arquivo. Belém do Pará, 19/10/2021.
Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital 303
PROCESSO: 00165701920098140301 PROCESSO ANTIGO: 200910362520
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o:
Cumprimento de sentença em: 06/12/2021 REU:RAIMUNDO ANFRISIO FARIAS MORAIS
Representante(s): OAB 8394 - JACQUES COELHO DE ARAUJO NETO (ADVOGADO)
AUTOR:RAIMUNDA DO NASCIMENTO ALENCAR Representante(s): OAB 2746 - HELENA CLAUDIA
MIRALHA PINGARILHO (ADVOGADO) OAB 15632 - ANTONIO LEMOS DA SILVA NETO (ADVOGADO)
OAB 5154 - EVANDRO DE OLIVEIRA COSTA (ADVOGADO) OAB 1601 - SONIA HAGE AMARO
PINGARILHO (ADVOGADO) OAB 14377 - RODRIGO MONTEIRO BARATA (ADVOGADO) OAB 12123 -
CLAUDIO DE SOUZA MIRALHA PINGARILHO (ADVOGADO) REU:MANOEL CUTRIM. Ante a petição
de fls. 107/110, defiro assistência judiciária gratuita à autora Raimunda do Nascimento Alencar,
enquanto perdurar a condição de hipossuficiência, observado o disposto no art. 98, §3º do Código
de Processo Civil.          Ademais, considerando o trânsito em julgado da sentença que
extinguiu o processo, arquivem-se os autos, cumpridas as cautelas legais. Belém/PA, 29/11/2021.
Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital 303
PROCESSO: 00166008420108140301 PROCESSO ANTIGO: 201010248991
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o:
Cumprimento de sentença em: 06/12/2021 AUTOR:LIDER SUPERMERCADOS E MAGAZINE LTDA
Representante(s): OAB 9296 - ISIS KRISHINA REZENDE SADECK (ADVOGADO) OAB 13363 -
RICARDO TADEU FONSECA FERREIRA (ADVOGADO) OAB 22540 - PAULA AMANDA RIBEIRO
TEIXEIRA VASCONCELOS (ADVOGADO) REU:MARGARETH SERRUYA. DESPACHO Â Â Â Â Â Â Â Â
      Intime-se a parte autora para manifestar-se acerca da certidão de fl. 121-verso, no prazo de
15 (quinze) dias.               Decorrido o prazo sem manifestação da parte, ficando o
processo parado por mais 30 dias, intime-se a parte requerente, PESSOALMENTE para, em 5 dias,
informar se possui interesse no prosseguimento no feito, requerendo o que entender cabÃ-vel a regular
tramitação do processo, SOB PENA DE SUA EXTINÃÃO SEM JULGAMENTO DE MÃRITO, nos
termos do art. 274, parágrafo único, c/c o art. 485, III e §1º, todos do Código de Processo Civil, e,
por conseguinte, arquivamento dos autos. Belém/PA, 04/11/2021. ROBERTO ANDRES ITZCOVICH Juiz
de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial de Belém 303 PROCESSO: 00168311720118140301
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
via recursal não pode ser utilizada para rediscussão da matéria apreciada, devendo a parte, para
tanto, manejar recurso próprio.               A sentença proferida foi precisa quanto
aos seus fundamentos e coerente com as informações constantes nos autos, em consonância com os
dispositivos legais que regem a matéria.               Apesar do que diz o mestre
Eliézer Rosa que ¿enquanto a justiça for obra do homem e sempre o será, a possibilidade de falha
não pode ser, a priori, descartada¿ é escancarado que não se cuida de falha.          Â
    Nesse sentido, transcrevo aresto do Superior Tribunal de Justiça: PROCESSUAL CIVIL.
EMBARGOS DE DECLARAÃÃO NO RECURSO ESPECIAL. ADVOGADO DA UNIÃO. GRATIFICAÃÃO
DE ATIVIDADE EXECUTIVA - GAE. EXCLUSÃO PELA MEDIDA PROVISÃRIA 2.048-26/2000, QUE
INSTITUIU A GRATIFICAÃÃO DE DESEMPENHO DE ATIVIDADE JURÃDICA - GDAJ. AUSÃNCIA DE
VÃCIOS DE OMISSÃO, CONTRADIÃÃO OU OBSCURIDADE. INOCORRÃNCIA. PRETENSÃO DE
REEXAME. NÃO CABIMENTO. 1. Os aclaratórios não merecem prosperar, pois o acórdão
embargado não padece de vÃ-cios de omissão, contradição ou obscuridade, na medida que apreciou
a demanda de forma clara e precisa, estando bem delineados os motivos e fundamentos que a embasam.
2. Não se prestam os embargos de declaração ao reexame da matéria que se constitui em objeto do
decisum, porquanto constitui instrumento processual com o escopo de eliminar do julgamento
obscuridade, contradição ou omissão sobre tema cujo pronunciamento se impunha pela decisão ou,
ainda, de corrigir evidente erro material, consoante reza o art. 535 do CPC. 3. Embargos de declaração
rejeitados. (EDcl no REsp 1353016/AL, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, PRIMEIRA
SEÃÃO, julgado em 28/08/2013, DJe 03/09/2013). PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE
DECLARAÃÃO. PRECATÃRIO. JUROS DE MORA. PERÃODO COMPREENDIDO ENTRE A
HOMOLOGAÃÃO DO CÃLCULO E A EXPEDIÃÃO DO PRECATÃRIO OU RPV. NÃO INCIDÃNCIA.
AUSÃNCIA DE OBSCURIDADE, CONTRADIÃÃO OU OMISSÃO. REDUÃÃO DO PERCENTUAL DA
MULTA DO ART. 557, § 2º, DO CPC. ACOLHIMENTO PARCIAL. 1. Inexistente qualquer das
hipóteses do art. 535 do CPC, não merecem acolhida embargos de declaração com nÃ-tido caráter
infringente. 2. Embargos de declaração acolhidos, apenas para excluir a multa do art. 557, § 2º, do
CPC. (EDcl no AgRg no REsp 1233813/RS, Rel. Ministra ELIANA CALMON, SEGUNDA TURMA, julgado
em 11/06/2013, DJe 28/08/2013). Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Note-se, portanto, que ao apreciar os
Embargos Declaração o julgador encontra-se adstrito à s hipóteses taxativas previstas em lei.    Â
          Sendo assim, não havendo omissão, obscuridade ou contradição a serem
afastados, impõe-se a rejeição dos embargos de declaração.               Isto
posto, REJEITO os Embargos de Declaração interpostos, MANTENDO em todos os seus termos a
sentença de fls. 136/140, com fulcro no art. 1022 e ss do CPC.               P.R.I.C.  Â
            Belém/PA, 19/10/2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da
4ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital 303 PROCESSO: 00183165320068140301 PROCESSO
ANTIGO: 200610575019 MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES
ITZCOVICH A??o: Monitória em: 06/12/2021 REU:ARTHUR ABEL MORAES DOREA
AUTOR:CONGREGACAO DAS FILHAS DA IMACULADA CONCEICAO Representante(s): OAB 0977 -
ROSOMIRO ARRAIS (ADVOGADO) OAB 15234 - SIMONE HATHERLY ARRAIS DE CASTRO
FERREIRA (ADVOGADO) . PROCESSO: 0018316-53.2006.814.0301 DEMANDANTE: CONGREGAÃÃO
DAS FILHAS DA IMACULADA DEMANDADO: ARTHUR ABEL MORAES DOREA SENTENÃA
RELATÃRIO Â Â Â Â Â Cuida-se de AÃÃO MONITÃRIA movida por CONGREGAÃÃO DAS FILHAS DA
IMACULADA em face de ARTHUR ABEL MORAES DOREA. Â Â Â Â Â Afirma a parte demandante que
é credora da requerida em quantia (NÃO ATUALIZADA) correspondente a R$ 100,00 (cem reais), valor
este representado pela nota promissória de nº 01/03, com vencimento em 10/02/2003, anexada aos
autos à fl. 08.      Tendo a parte demandada sido citada, compareceu ela em secretaria, conforme
certidão de fl. 27, requerendo a expedição de boleto para pagamento da dÃ-vida, tendo a diretora
aberto subconta judicial nº. 10.801.1311-2 e anexado o comprovante de pagamento realizado em
24/11/2010 à fl. 26.      Em sequência, a parte demandante peticionou arguindo que o valor pago,
qual seja, R$ 168,82 (cento e sessenta e oito reais e oitenta e dois centavos), coincide com o requerido na
inicial, e, portanto, estaria desatualizado, além de não observar a cobrança de honorários
advocatÃ-cios e custas processuais, razão pela qual requereu a intimação do réu para
complementação do pagamento.      Restou certificado à fl. 51 que o demandado fora intimado
para completar o pagamento, entrementes, permaneceu inerte. Â Â Â Â Â Os autos vieram-me conclusos.
     à O RELATÃRIO. DECIDO.      A hipótese é de julgamento antecipado da lide, diante
da revelia da parte requerida, conforme previsão do artigo 355, inciso II, do Novo CPC.       Â
Ademais, vislumbro presentes as condições da ação, sendo o pedido do autor lÃ-cito, possÃ-vel e
determinado (ou determinável).      Dispunha o Código de Processo Civil de 1973: Art. 1.102.a - A
392
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
ação monitória compete a quem pretender, com base em prova escrita sem eficácia de tÃ-tulo
executivo, pagamento de soma em dinheiro, entrega de coisa fungÃ-vel ou de determinado bem móvel. Â
    O novo Código de Processo Civil repetiu a regra nos seguintes termos: Art. 700. A ação
monitória pode ser proposta por aquele que afirmar, com base em prova escrita sem eficácia de tÃ-tulo
executivo, ter direito de exigir do devedor capaz: I - o pagamento de quantia em dinheiro; II - a entrega de
coisa fungÃ-vel ou infungÃ-vel ou de bem móvel ou imóvel; III - o adimplemento de obrigação de fazer
ou de não fazer. §1º A prova escrita pode consistir em prova oral documentada, produzida
antecipadamente nos termos do art. 381.      A ação monitória, portanto, exige prova mÃ-nima
da obrigação mediante documento idôneo sem que necessariamente tenha sido emitido pelo devedor
ou contenha sua assinatura, senão vejamos: PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. AÃÃO
MONITÃRIA. A DOCUMENTAÃÃO NECESSÃRIA PARA A ADMISSIBILIDADE TEM QUE SER IDÃNEA.
APTA Ã FORMAÃÃO DO JUÃZO DE PROBABILIDADE ACERCA DO DIREITO AFIRMADO, A PARTIR
DO PRUDENTE EXAME DO MAGISTRADO. 1. A prova hábil a instruir a ação monitória, a que alude
o artigo 1.102-A do Código de Processo Civil não precisa, necessariamente, ter sido emitida pelo
devedor ou nela constar sua assinatura ou de um representante. Basta que tenha forma escrita e seja
suficiente para, efetivamente, influir na convicção do magistrado acerca do direito alegado. 2. Dessarte,
para a admissibilidade da ação monitória, não é necessário que o autor instrua a ação com
prova robusta, estreme de dúvida, podendo ser aparelhada por documento idôneo, ainda que emitido
pelo próprio credor, contanto que, por meio do prudente exame do magistrado, exsurja o juÃ-zo de
probabilidade acerca do direito afirmado pelo autor. 3. No caso dos autos, a recorrida, ao ajuizar a ação
monitória, juntou como prova escrita sem eficácia de tÃ-tulo executivo a própria nota fiscal do negócio
de compra e venda de mercadorias, seguida do comprovante de entrega assinado e mais o protesto das
duplicatas, que ficaram inadimplidas. A Corte local, após minucioso exame da documentação que
instrui a ação, apurou que os documentos são suficientes para atender aos requisitos da legislação
processual para cobrança via ação monitória, pois servem como inÃ-cio de prova escrita. A
revisão desse entendimento, demanda o reexame de provas, vedado em sede de recurso especial
(Súmula 7/STJ). 4. Agravo regimental não provido. (AgRg no AREsp 289.660/RN, Rel. Ministro LUIS
FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em 04/06/2013, DJe 19/06/2013) PROCESSO CIVIL -
AÃÃO MONITÃRIA - COBRANÃA PELO FORNECIMENTO DE MERCADORIA - FATURA: DOCUMENTO
HÃBIL - APLICAÃÃO DO ART. 515, § 3º, DO CPC: POSSIBILIDADE. (...) 2. Doutrina e jurisprudência,
inclusive do STJ, têm entendido que é tÃ-tulo hábil para cobrança, documento escrito que prove, de
forma razoável, a obrigação, podendo, a depender do caso, ter sido produzido unilateralmente pelo
credor. 3. à perfeitamente viável instruir ação monitória ajuizada por concessionária de energia
elétrica com cópia de faturas para cobrança por serviços prestados, sendo desnecessária, na
hipótese, a assinatura do devedor. 4. Recurso especial não provido. (REsp 894.767/SE, Rel. Ministra
ELIANA CALMON, SEGUNDA TURMA, julgado em 19/08/2008, DJe 24/09/2008). APELAÃÃO CÃVEL.
AÃÃO MONITÃRIA. NOTA PROMISSÃRIA IRREGULAR E DOCUMENTOS SEM A ASSINATURA DO
DEVEDOR. INTERESSE PROCESSUAL. INTELIGÃNCIA DO ARTIGO 1102A DO CPC. Tanto a nota
promissória irregular - assinada por simples preposto do devedor -, como as notas fiscais acostadas Ã
inicial, são documentos hábeis a instruir a ação monitória, pois inexiste a exigência legal de que os
documentos que embasam tal procedimento contenham a assinatura do devedor. DERAM PROVIMENTO
PARA DESCONSTITUIR A SENTENÃA. (Apelação CÃ-vel Nº 70008534380, Décima Sétima
Câmara CÃ-vel, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Alzir Felippe Schmitz, Julgado em 18/05/2004).  Â
         Acrescente-se ainda, ao presente julgado, a seguinte jurisprudência, pois embasa a
cominação do dispositivo: AGRAVO DE INSTRUMENTO - AÃÃO MONITÃRIA - JUROS MORATÃRIOS
- TERMO INICIAL - CITAÃÃO. Em ação monitória, os juros moratórios incidem a partir da data da
citação. (TJ-MG - AI: 10625130023462001 MG, Relator: MaurÃ-lio Gabriel, Data de Julgamento:
09/05/2013, Câmaras CÃ-veis / 15ª CÃMARA CÃVEL, Data de Publicação: 17/05/2013). APELAÃÃO
CÃVEL. NEGÃCIOS JURÃDICOS BANCÃRIOS. AÃÃO MONITÃRIA. JUROS MORATÃRIOS. Nos
contratos bancários, os juros moratórios podem ser convencionados em até 1% (um por cento) ao
mês. APELAÃÃO PROVIDA. (TJ-RS - AC: 70066247800 RS, Relator: Marco Antonio Angelo, Data de
Julgamento: 30/06/2016, Décima Nona Câmara CÃ-vel, Data de Publicação: 25/07/2016). EMENTA:
APELAÃÃO CÃVEL - AÃÃO MONITÃRIA - CORREÃÃO MONETÃRIA. "A jurisprudência do STJ é firme
no sentido de que a correção monetária incide para manutenção do poder aquisitivo, motivo pelo
qual, o termo inicial, na ação monitória, é a data do vencimento do tÃ-tulo, a fim de não gerar um
enriquecimento da parte contrária" (STJ, AgRg no AREsp 679.160/SP). (TJ-MG - AC:
10512160078931001 MG, Relator: José Augusto Lourenço dos Santos, Data de Julgamento:
28/05/2020, Data de Publicação: 16/06/2020). APELAÃÃO - AÃÃO MONITÃRIA - COBRANÃA DE
393
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
DÃVIDA LIQUIDA E COM VENCIMENTO CERTO - INÃCIO DOS JUROS DE MORA E DA CORREÃÃO
MONETÃRIA PELO INPC A PARTIR DA DATA DO VENCIMENTO - APELAÃÃO DESPROVIDA -
SENTENÃA MANTIDA. O inÃ-cio dos juros de mora e da correção monetária para cobrança de
dÃ-vida lÃ-quida com vencimento certo se dá a partir da data do vencimento (AgInt no AREsp 1261493/DF,
Rel. Ministro MARCO AURÃLIO BELLIZZE, TERCEIRA TURMA, julgado em 05/06/2018, DJe 15/06/2018).
(TJ-MT - AC: 00038060620178110086 MT, Relator: GUIOMAR TEODORO BORGES, Data de
Julgamento: 22/05/2019, Quarta Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 27/05/2019).   Â
   Ademais, em razão do trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido para o seu serviço,
nos termos do Art. Art. 85, § 2º, IV, excepcionalmente acolho o requerimento de honorários
advocatÃ-cios no patamar de 20% sobre o valor da condenação.        Dessa feita, não tendo
o demandado efetuado o pagamento integral da quantia reclamada, tampouco oferecido qualquer tipo de
oposição à cobrança provocada pelo autor (art. 702, do NCPC), com base no artigo 701, § 2º, do
Novo CPC, JULGO PROCEDENTE a Ação Monitória em epÃ-grafe, declarando, por conseguinte,
constituÃ-do de pleno direito, em favor do autor o tÃ-tulo executivo judicial. Â Â Â Â Â CONDENO a parte
ré a efetuar o pagamento do débito principal, qual seja, R$ 100,00 (cem reais), nos termos da
fundamentação, acrescido de juros moratórios de 1% (um por cento) ao mês a contar de citação,
e correção monetária pelo INPC a partir do inadimplemento. Do valor encontrado, deverá ser
subtraÃ-do a quantia que já fora paga nos autos, qual seja, R$ 168,82 (cento e sessenta e oito reais e
oitenta e dois centavos).      CONDENO ainda a parte Ré ao pagamento das custas processuais
e honorários advocatÃ-cios, estes fixados em 20% (vinte por cento) sobre o valor da condenação, nos
termos da fundamentação, o que faço com base no artigo 85, § 2º, IV do Código de Processo
Civil.               Após, prossiga-se como execução de tÃ-tulo judicial, por quantia
certa contra devedor solvente. Para tanto, INTIME-SE a exequente para apresentação de memorial de
cálculo atualizado e conforme os ditames da presente sentença. Em sequência, intime-se a parte
executada para, nos termos do art. 523, do CPC, efetuar, no prazo de quinze dias, o pagamento do
montante atualizado com juros e correção monetária, advertindo-lhe que, caso não o efetue, será o
valor acrescido de multa no percentual de 10% (dez por cento).              Â
Consequentemente, extingo o processo com resolução de mérito conforme o disposto no artigo 487,
inciso I, do Código de Processo Civil.               P. R. I. C.             Â
 Belém/PA, 02/09/2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e
Empresarial da Capital 301 PROCESSO: 00185150720058140301 PROCESSO ANTIGO: 200510589425
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o:
Cumprimento de sentença em: 06/12/2021 REQUERIDO:RENATO ALEX HOLANDA PINTO
Representante(s): MARIA ROSAURA SILVA DE CASTILHO (ADVOGADO) REQUERENTE:BB - LEASING
ARRENDAMENTO MERCANTIL S/A. Representante(s): OAB 10859 - ELLEYSON CORREA SANDRES
(ADVOGADO) OAB 128341 - NELSON WILLIANS FRATONI RODRIGUES (ADVOGADO) OAB 5176 -
MARIA DEUSA ANDRADE DA SILVA (ADVOGADO) . Com espeque no CPC, art. 144, IX, declaro-me
impedido para atuar no feito por estar sendo promovida a ação em desfavor da parte requerida.   Â
             Em cumprimento ao disposto na Portaria nº 4638/2013 - GP, alterada pelas
Portarias nº 5014/2013-GP, 5113/2013-GP e 1027/2015-GP, comunicar a afirmação de impedimento
ao substituto legal automático, com cópia para a Corregedora de Justiça do TJE/PA e Divisão de
Apoio Técnico-JurÃ-dico da Presidência.                 Oficiar. Intimar. Belém/PA,
15/10/2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital
303 PROCESSO: 00186861220098140301 PROCESSO ANTIGO: 200910408275
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o:
Cumprimento de sentença em: 06/12/2021 REU:EMPRESA DE TRANSPORTES COLETIVOS AUTO
VIACAO ICOARACIENSE LTDA Representante(s): OAB 11918 - ALEXANDRE ALY PARAGUASSU
CHARONE (ADVOGADO) OAB 7855 - FERNANDO CONCEICAO DO VALE CORREA JUNIOR
(ADVOGADO) AUTOR:JOSE HAROLDO DE SOUSA SANTOS Representante(s): OAB 10276 - ADMIR
SOARES DA SILVA (ADVOGADO) FERNANDO DO VALE CORREA JUNIOR (ADVOGADO)
LITISCONSORTE:NOBRE SEGURADORA DO BRASIL SA Representante(s): OAB 23748 - MARIA
EMILIA GONCALVES DE RUEDA (ADVOGADO) . DECISÃO        Trata-se de Ação de
Indenização, em fase de cumprimento de sentença.        Compulsando os autos, verifica-se
que a sentença de fls. 157/159 julgou totalmente improcedente a ação. Acórdão de fls. 296/300
reformou a referida sentença, julgando parcialmente procedente o pedido do autor, condenando a
requerida VIAÃÃO ICORACIENSE ao pagamento de indenização por danos morais no valor de R$
25.000,00, incidindo juros de 1% ao mês a partir do evento danoso, e correção monetária.     Â
  Iniciado o cumprimento de sentença, o requerido comprovou à fl. 483 o depósito do valor de R$
394
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
     Resta evidente que as operações bancárias como um todo, por expressa determinação
legal (CDC, art. 3º, §2º), inclusive as de mútuo ou de abertura de crédito, regem-se pelo CDC,
sendo contra legem e despropositada qualquer argumentação em contrário.            Â
    O Código de Defesa do Consumidor fala expressamente em atividade de natureza bancária,
financeira e de crédito.                 Como esclarece CLÃUDIA LIMA MARQUES: O
produto da empresa de banco é dinheiro ou crédito, bem juridicamente consumÃ-vel, sendo, portanto,
fornecedora; e o consumidor o mutuário ou creditado. (Contratos no Código de Defesa do Consumidor,
RT, 4ª ed., 2002, pág. 460).                 Ressalte-se, ainda, que no caso dos
autos, constata-se desde logo que o requerente foi destinatário final dos recursos financeiros obtidos
junto ao requerido, o que é mais um elemento caracterizador da relação de consumo, conforme
adverte NELSON NERY JÃNIOR: Os contratos bancários podem ter como objeto o crédito. Destes, os
mais comuns são o contrato de mútuo, de desconto, de financiamento de aquisição de produtos ao
consumidor, de abertura de crédito, de cartão de crédito etc. Se o devedor destinar o crédito para
sua utilidade pessoal, como destinatário final, haverá relação de consumo, sujeita ao regime do CDC.
(Código Brasileiro de Defesa do Consumidor, vários autores, Forense, 7ª ed., pág. 472).      Â
          Afora a Súmula nº 297 do STJ, que dispõe que "o Código de Defesa do
Consumidor é aplicável às instituições financeiras", tem-se que o Supremo Tribunal Federal julgou
improcedente o pedido da Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 2591, ajuizada pela
Confederação Nacional do Sistema Financeiro - CONSIF, ação esta que tinha por fim,
especificamente, a declaração de inaplicabilidade do CDC às operações realizadas entre o cliente-
consumidor e as instituições financeiras. Da limitação da taxa de juros remuneratórios      Â
          A respeito dos juros remuneratórios, a Súmula vinculante n.º 07 do Supremo
Tribunal Federal pacificou a discussão sobre a auto-aplicabilidade do extinto art. 192, §3º, da
Constituição Federal, in verbis: ¿a norma do §3º do artigo 192 da Constituição, revogada pela
Emenda Constitucional n.º 40/2003, que limitava a taxa de juros reais a 12% ao ano, tinha sua
aplicação condicionada à edição de lei complementar.¿                 Desse
modo, tornou-se incabÃ-vel qualquer argumentação no sentido de que os juros remuneratórios, mesmo
naqueles contratos celebrados antes da Emenda Constitucional n º 40/2003, deveriam ficar limitados em
12% (doze por cento) ao ano por imposição constitucional.                Â
Entrementes, ainda subsiste a discussão sobre a limitação dos juros remuneratórios com relação
às normas infraconstitucionais, principalmente quanto ao artigo 591 do Código Civil e ao Decreto n.
22.626/33, também conhecido como Lei de Usura. Nesse quadro, impõe-se, em princÃ-pio, a
manutenção da taxa de juros remuneratórios pactuada, por ser insuficiente a legislação
infraconstitucional a embasar pretensão de limitá-los.                 Os juros
remuneratórios não sofrem as limitações da Lei da Usura, a teor da Súmula nº 596 do STF. Isso
porque, com a edição da Lei 4.595/64, não se aplica a limitação dos juros remuneratórios em 12%
ao ano aos contratos celebrados com instituições integrantes do Sistema Financeiro Nacional.    Â
            Também não há que se falar em limitação dos juros remuneratórios em
razão da regra prevista no artigo 591 do Código Civil. Esse dispositivo legal se refere apenas à s
relações jurÃ-dicas mantidas entre pessoas fÃ-sicas ou entre pessoas fÃ-sicas e jurÃ-dicas, desde que
estas não sejam instituições financeiras. Havendo uma relação jurÃ-dica entre pessoa fÃ-sica ou
jurÃ-dica e uma instituição financeira, não há aplicação dessa norma civil, devendo ser utilizadas
as regras do Sistema Financeiro Nacional, principalmente aquelas da Lei n. 4.595/64. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â
      Portanto, não se considera como abusiva, por si só, a taxa de juros que exceda o patamar
de 12% ao ano. Todavia, para que sejam evitados abusos extremos, a taxa de juros remuneratórios não
poderá jamais exceder consideravelmente a média fixada pelo Banco Central.            Â
    Dessa forma, será abusiva a taxa de juros que exceder o Ã-ndice médio fixado pelo Banco
Central e utilizado pelas demais instituições financeiras, conforme o Superior Tribunal de Justiça
assentou no julgamento do Recurso Especial nº 1.061.530-RS, uma vez instaurado o incidente de
processo repetitivo: DIREITO PROCESSUAL CIVIL E BANCÃRIO. RECURSO ESPECIAL. AÃÃO
REVISIONAL DE CLÃUSULAS DE CONTRATO BANCÃRIO. INCIDENTE DE PROCESSO REPETITIVO.
JUROS REMUNERATÃRIOS. CONFIGURAÃÃO DA MORA. JUROS MORATÃRIOS.
INSCRIÃÃO/MANUTENÃÃO EM CADASTRO DE INADIMPLENTES. DISPOSIÃÃES DE OFÃCIO. [...] I -
JULGAMENTO DAS QUESTÃES IDÃNTICAS QUE CARACTERIZAM A MULTIPLICIDADE.
ORIENTAÃÃO 1 - JUROS REMUNERATÃRIOS a) As instituições financeiras não se sujeitam Ã
limitação dos juros remuneratórios estipulada na Lei de Usura (Decreto 22.626/33), Súmula 596/STF;
b) A estipulação de juros remuneratórios superiores a 12% ao ano, por si só, não indica
abusividade; c) São inaplicáveis aos juros remuneratórios dos contratos de mútuo bancário as
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
disposições do art. 591 c/c o art. 406 do CC/02; d) à admitida a revisão das taxas de juros
remuneratórios em situações excepcionais, desde que caracterizada a relação de consumo e que a
abusividade (capaz de colocar o consumidor em desvantagem exagerada - art. 51, §1º, do CDC) fique
cabalmente demonstrada, ante às peculiaridades do julgamento em concreto. (STJ, REsp 1061530/RS,
Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, SEGUNDA SEÃÃO, julgado em 22/10/2008, Dje 10/03/2009). Â Â Â Â Â
           No caso, deve restar cabalmente comprovado que o encargo cobrado pela
instituição encontra-se acima daquele normalmente praticado pelo mercado financeiro, de modo a gerar
desequilÃ-brio na relação contratual, com onerosidade excessiva ao consumidor.           Â
     Caso não seja comprovada essa abusividade, não se considera ilegal a taxa de juros
cobrada.                 Diante de todas essas considerações, tem-se que é livre
aplicação dos juros remuneratórios contratados pelas partes, desde que dentro de uma razoabilidade,
ou seja, dentro do patamar da taxa média de mercado divulgada pelo Banco Central do Brasil.     Â
           Para analisar a relação entre a taxa de juros contratada e a taxa média fixada
pelo Banco Central do Brasil, utilizo a projeção disponibilizada pelo próprio Banco Central em seu
" s i t e " , q u e f o i o b t i d a a t r a v à © s d o l i n k :
https://www3.bcb.gov.br/sgspub/localizarseries/localizarSeries.do?method=prepararTelaLocalizarSeries,
no caminho indicadores de crédito, taxas de juros com recursos livres, taxa média de juros - pessoas
fÃ-sicas - aquisição de veÃ-culos, código 20749.                 De acordo com os
dados disponibilizados pelo Banco Central do Brasil, verifica-se que em  novembro de 2010, mês da
celebração do contrato, a taxa média dos juros prefixados para pessoas fÃ-sicas com o fim de
aquisição de veÃ-culo foi de 22,76% ao ano.                 No contrato celebrado
pelas partes a taxa de juros pactuada de 18.86% ao ano (conforme doc. de fls. 59) está em valor inferior
à taxa média de mercado. Logo, inexiste abusividade a ser reconhecida quanto aos juros
remuneratórios, vez que se encontra dentro de parâmetros compatÃ-veis com a média do mercado.Â
Da capitalização dos juros                 Também é pacÃ-fico o entendimento
jurisprudencial de que é permitida a capitalização de juros pelas instituições bancárias, de que
é exemplo a seguinte ementa de julgado proferido pela 4ª Turma do Superior Tribunal de Justiça:
AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. PROCESSUAL CIVIL E BANCÃRIO
CAPITALIZAÃÃO MENSAL DE JUROS. PACTUAÃÃO EXPRESSA. VERIFICAÃÃO. TAXA ANUAL
SUPERA O DUODÃCUPLO DA TAXA MENSAL. AFASTAMENTO DAS SÃMULAS 5 E 7 DO STJ.
AGRAVO PARCIALMENTE PROVIDO. 1. Com relação à capitalização mensal dos juros, a
jurisprudência desta E. Corte pacificou-se no sentido de que sua cobrança é admitida nos contratos
bancários celebrados a partir da edição da Medida Provisória nº 1.963-17/2000, reeditada sob o nº
2.170-36/2001, qual seja, 31.03.2000, desde que expressamente pactuada. 2. Esta Corte pacificou o
entendimento de que há previsão expressa de cobrança de juros capitalizados em periodicidade
mensal quando a taxa de juros anual ultrapassa o duodécuplo da taxa mensal. 3. In casu, o aresto
recorrido afirmou a existência de expressa pactuação a respeito da cobrança de juros capitalizados
em periodicidade mensal, razão pela qual é inviável a pretensão recursal, porquanto demandaria
rever questões fáticas e interpretação de cláusula contratual, o que se sabe vedado nesta
instância especial. Incidência das Súmulas 5 e 7 desta Corte Superior de Justiça. 4. Agravo
regimental a que se dá parcial provimento. (AgRg no Agravo em Recurso Especial nº 632.948/SP
(2014/0333346-6), 4ª Turma do STJ, Rel. Raul Araújo. j. 18.08.2015, DJe 04.09.2015).        Â
        Nesse julgamento especÃ-fico, o Ministro Relator houve por bem consignar que: ¿para a
cobrança da capitalização mensal dos juros, faz-se necessária a presença, cumulativa, dos
seguintes requisitos: (a) legislação especÃ-fica possibilitando a pactuação, como nos contratos
bancários posteriores a 31/3/2000 (MP nº 1.963-17/2000, reeditada pela MP nº 2.170-36/2001), em
vigência em face do art. 2º da Emenda Constitucional nº 32/2001 (AgRg no REsp 1.052.298/MS, Rel.
Min. ALDIR PASSARINHO JUNIOR, Quarta Turma, DJe de 1º/3/2010); e (b) expressa previsão
contratual quanto à periodicidade.Tal entendimento foi sedimentado na forma do art. 543-C do CPC, com
o julgamento do REsp 973.827/RS (Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, Rel. p/ acórdão Ministra
MARIA ISABEL GALLOTTI, SEGUNDA SEÃÃO, julgado em 8/8/2012, DJe de 24/9/2012). ¿      Â
          Continuando, o Ministro Relator enfatizou que mesmo que não haja previsão
escrita de capitalização mensal no instrumento contratual firmado: ¿esta Corte possui entendimento
de que há previsão expressa de cobrança de juros capitalizados em periodicidade mensal quando a
taxa de juros anual ultrapassa o duodécuplo da taxa mensal. Nesse sentido: REsp 1.220.930/RS, Rel.
Min. Massami Uyeda, DJe de 9.2.2011; AgRg no REsp 735.140/RS, Quarta Turma, Rel. Min. Jorge
Scartezzini, DJ de 5.12.2005; AgRg no REsp 735.711/RS, Quarta Turma, Rel. Min. Fernando Gonçalves,
DJ de 12.9.2005; AgRg no REsp 714.510/RS, Quarta Turma, Rel. Min. Jorge Documento: 58612112 -
397
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
norma padronizadora expedida pela autoridade monetária. Desde então, não mais tem respaldo legal
a contratação da Tarifa de Emissão de Carnê (TEC) e da Tarifa de Abertura de Crédito (TAC), ou
outra denominação para o mesmo fato gerador. Permanece válida a Tarifa de Cadastro
expressamente tipificada em ato normativo padronizador da autoridade monetária, a qual somente pode
ser cobrada no inÃ-cio do relacionamento entre o consumidor e a instituição financeira. - 3ª Tese:
Podem as partes convencionar o pagamento do Imposto sobre Operações Financeiras e de Crédito
(IOF) por meio de financiamento acessório ao mútuo principal, sujeitando-o aos mesmos encargos
contratuais. 11. Recurso especial conhecido e parcialmente provido. (REsp 1255573/RS, Rel. Ministra
MARIA ISABEL GALLOTTI, SEGUNDA SEÃÃO, julgado em 28/08/2013, DJe 24/10/2013). Desta feita,
não há qualquer ilegalidade na referida cobrança, sobretudo porque é baseada em imperativo de lei,
cuja incidência torna-se obrigatória, não devendo ser considerada a vontade das partes. CIVIL E
PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. CONTRATO DE FINANCIAMENTO COM GARANTIA DE
ALIENAÃÃO FIDUCIÃRIA. DIVERGÃNCIA. CAPITALIZAÃÃO DE JUROS. JUROS COMPOSTOS.
MEDIDA PROVISÃRIA 2.170-36/2001. RECURSOS REPETITIVOS. CPC, ART. 543-C. TARIFAS
ADMINISTRATIVAS PARA ABERTURA DE CRÃDITO (TAC), E EMISSÃO DE CARNÃ (TEC).
EXPRESSA PREVISÃO CONTRATUAL. COBRANÃA. LEGITIMIDADE. PRECEDENTES. MÃTUO
ACESSÃRIO PARA PAGAMENTO PARCELADO DO IMPOSTO SOBRE OPERAÃÃES FINANCEIRAS
(IOF). POSSIBILIDADE. 1. "A capitalização dos juros em periodicidade inferior à anual deve vir
pactuada de forma expressa e clara. A previsão no contrato bancário de taxa de juros anual superior ao
duodécuplo da mensal é suficiente para permitir a cobrança da taxa efetiva anual contratada" (2ª
Seção, REsp 973.827/RS, julgado na forma do art. 543-C do CPC, acórdão de minha relatoria, DJe
de 24.9.2012). 2. Nos termos dos arts. 4º e 9º da Lei 4.595/1964, recebida pela Constituição como
lei complementar, compete ao Conselho Monetário Nacional dispor sobre taxa de juros e sobre a
remuneração dos serviços bancários, e ao Banco Central do Brasil fazer cumprir as normas
expedidas pelo CMN. 3. Ao tempo da Resolução CMN 2.303/1996, a orientação estatal quanto Ã
cobrança de tarifas pelas instituições financeiras era essencialmente não intervencionista, vale dizer,
"a regulamentação facultava às instituições financeiras a cobrança pela prestação de
quaisquer tipos de serviços, com exceção daqueles que a norma definia como básicos, desde que
fossem efetivamente contratados e prestados ao cliente, assim como respeitassem os procedimentos
voltados a assegurar a transparência da polÃ-tica de preços adotada pela instituição." 4. Com o
inÃ-cio da vigência da Resolução CMN 3.518/2007, em 30.4.2008, a cobrança por serviços
bancários prioritários para pessoas fÃ-sicas ficou limitada à s hipóteses taxativamente previstas em
norma padronizadora expedida pelo Banco Central do Brasil. 5. A Tarifa de Abertura de Crédito (TAC) e
a Tarifa de Emissão de Carnê (TEC) não foram previstas na Tabela anexa à Circular BACEN
3.371/2007 e atos normativos que a sucederam, de forma que não mais é válida sua pactuação em
contratos posteriores a 30.4.2008. 6. A cobrança de tais tarifas (TAC e TEC) é permitida, portanto, se
baseada em contratos celebrados até 30.4.2008, ressalvado abuso devidamente comprovado caso a
caso, por meio da invocação de parâmetros objetivos de mercado e circunstâncias do caso
concreto, não bastando a mera remissão a conceitos jurÃ-dicos abstratos ou à convicção subjetiva
do magistrado. 7. Permanece legÃ-tima a estipulação da Tarifa de Cadastro, a qual remunera o
serviço de "realização de pesquisa em serviços de proteção ao crédito, base de dados e
informações cadastrais, e tratamento de dados e informações necessários ao inÃ-cio de
relacionamento decorrente da abertura de conta de depósito à vista ou de poupança ou contratação
de operação de crédito ou de arrendamento mercantil, não podendo ser cobrada cumulativamente"
(Tabela anexa à vigente Resolução CMN 3.919/2010, com a redação dada pela Resolução
4.021/2011). 8. à lÃ-cito aos contratantes convencionar o pagamento do Imposto sobre Operações
Financeiras e de Crédito (IOF) por meio financiamento acessório ao mútuo principal, sujeitando-o aos
mesmos encargos contratuais. 9. Teses para os efeitos do art. 543-C do CPC: - 1ª Tese: Nos contratos
bancários celebrados até 30.4.2008 (fim da vigência da Resolução CMN 2.303/96) era válida a
pactuação das tarifas de abertura de crédito (TAC) e de emissão de carnê (TEC), ou outra
denominação para o mesmo fato gerador, ressalvado o exame de abusividade em cada caso concreto.
- 2ª Tese: Com a vigência da Resolução CMN 3.518/2007, em 30.4.2008, a cobrança por serviços
bancários prioritários para pessoas fÃ-sicas ficou limitada à s hipóteses taxativamente previstas em
norma padronizadora expedida pela autoridade monetária. Desde então, não mais tem respaldo legal
a contratação da Tarifa de Emissão de Carnê (TEC) e da Tarifa de Abertura de Crédito (TAC), ou
outra denominação para o mesmo fato gerador. Permanece válida a Tarifa de Cadastro
expressamente tipificada em ato normativo padronizador da autoridade monetária, a qual somente pode
ser cobrada no inÃ-cio do relacionamento entre o consumidor e a instituição financeira. - 3ª Tese:
399
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
ITZCOVICH Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial de Belém 303 PROCESSO:
00209853120038140301 PROCESSO ANTIGO: 200310423146
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o: Execução
de Título Extrajudicial em: 06/12/2021 REU:ELIANA MONTEIRO MARQUES AUTOR:BANCO DA
AMAZONIA S/A Representante(s): OAB 11471 - FABRICIO DOS REIS BRANDAO (ADVOGADO) OAB
13221-A - CAIO ROGERIO DA COSTA BRANDAO (ADVOGADO) REU:VILMA GOMES E SILVA
REU:MARIA ARMANDA MONTEIRO MARQUES. Intime-se a parte requerente, para, no prazo de 15 dias,
requerer o que entender de direito, para fins de prosseguimento do feito.            Após o
prazo, certificar acerca da manifestação e fazer os autos conclusos.            SE
NECESSÃRIO, SERVIRÃ CÃPIA DESTE (A) DESPACHO/DECISÃO COMO MANDADO conforme
autorizado pelo PROVIMENTO CJ/CI 003/2009, devendo o Sr. Diretor Observar o disposto em seus nos
artigos 3º e 4º.            Belém/PA, 26/08/2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz de
Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital 303 PROCESSO: 00210133920158140301
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES
ITZCOVICH A??o: Execução de Título Extrajudicial em: 06/12/2021 EXEQUENTE:BANCO BRADESCO
SA Representante(s): OAB 16837-A - AMANDIO FERREIRA TERESO JUNIOR (ADVOGADO) OAB 18663
- SAMMARA ENITA CORREA VIEIRA (ADVOGADO) OAB 20659 - ELAINE CRISTINA DUARTE
CARDOSO (ADVOGADO) OAB 128341 - NELSON WILIANS FRANTONI RODRIGUES (ADVOGADO)
EXECUTADO:LUCIA MARIA JASSE SANTOS Representante(s): OAB 10272 - YANNICK MIRANDA
SANZ (ADVOGADO) EXECUTADO:EDUARDO SANTOS DOS SANTOS. DESPACHO Â Â Â Â Â Â Â Â Â
  Intime-se a parte requerente para manifestar-se, no prazo de 15 (quinze) dias, acerca da petição
de fls. 83/90, em que a parte requerida requer a extinção do feito ante a homologação de acordo em
outro processo, cujo objeto seria idêntico ao dos presentes autos.            Após o prazo,
certificar acerca da manifestação e fazer os autos conclusos.            SE
NECESSÃRIO, SERVIRÃ CÃPIA DESTE (A) DESPACHO/DECISÃO COMO MANDADO conforme
autorizado pelo PROVIMENTO CJ/CI 003/2009, devendo o Sr. Diretor Observar o disposto em seus nos
artigos 3º e 4º. Belém/PA, 16/11/2021. ROBERTO ANDRES ITZCOVICH Juiz de Direito Titular da 4ª
Vara CÃ-vel e Empresarial de Belém 303 PROCESSO: 00214459220148140301 PROCESSO ANTIGO: -
--- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o: Agravo
de Instrumento em: 06/12/2021 AUTOR:ELOISA NASSAR DE ALENCAR REBELO VIANNA
Representante(s): OAB 1654 - ICARAI DIAS DANTAS (ADVOGADO) OAB 12485 - EDUARDO MENDES
PATRIARCHA NETO (ADVOGADO) OAB 15930 - CARLOS EDUARDO ROSSY PATRIARCHA
(ADVOGADO) REQUERIDO:UNIMED BELEM COOPERATIVA DE TRABALHO MEDICO
Representante(s): OAB 11270 - DIOGO DE AZEVEDO TRINDADE (ADVOGADO) OAB 14782 - JOSE
MILTON DE LIMA SAMPAIO NETO (ADVOGADO) OAB 14074 - IARA FERREIRA DE OLIVEIRA
(ADVOGADO) . DESPACHO Intime-se a parte requerida para manifestar-se acerca da petição de fls.
160/161, no prazo de 15 (quinze) dias, requerendo o que entender de direito. Após, conclusos.
Belém/PA, 16/11/2021. ROBERTO ANDRES ITZCOVICH Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e
Empresarial de Belém 303 PROCESSO: 00215285320048140301 PROCESSO ANTIGO: 200410729783
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o: Execução
de Título Extrajudicial em: 06/12/2021 EXEQUENTE:BANCO BRASIL SA Representante(s): OAB 15201-A
- NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES (ADVOGADO) EXECUTADO:AC FELIPE CIA LTDA
Representante(s): OAB 4881 - JOSE WILLIAM COELHO DIAS (ADVOGADO) EXECUTADO:MARIA
PEREIRA DE JESUS EXECUTADO:RAIMUNDO SOARES FILHO EXECUTADO:REINALDO MUNHOZ
JUNIOR EXECUTADO:MARCEL BARROS PARREIRA. Com espeque no CPC, art. 144, IX, declaro-me
impedido para atuar no feito por estar sendo promovida a ação em desfavor da parte requerida.   Â
             Em cumprimento ao disposto na Portaria nº 4638/2013 - GP, alterada pelas
Portarias nº 5014/2013-GP, 5113/2013-GP e 1027/2015-GP, comunicar a afirmação de impedimento
ao substituto legal automático, com cópia para a Corregedora de Justiça do TJE/PA e Divisão de
Apoio Técnico-JurÃ-dico da Presidência.                 Oficiar. Intimar. Belém/PA,
23/11/2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital
303 PROCESSO: 00217244420158140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o: Monitória
em: 06/12/2021 REQUERENTE:EXITUS ASSESSORIA EMPRESARIAL LTDA Representante(s): OAB
18851 - HILDER ROCHA DE OLIVEIRA (ADVOGADO) OAB 15684 - JOSE MARIA DA CONSOLACAO
NETO (ADVOGADO) REQUERIDO:GISELLE BUENO SCOPEL Representante(s): OAB 16748 -
RICARDO NUNES POLARO (ADVOGADO) REQUERIDO:TRIBUNAL DE JUSTIÇA ARBITRAL DO PARÁ.
PROCESSO: 0021724-44.2015.814.0301 DEMANDANTE: EXITUS ASSESSORIA EMPRESARIAL LTDA
401
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
de emissão estampada na cártula. Anele-se ainda que os juros de mora incidem a partir da citação
nos casos em que a cártula não houver sido apresentada para compensação perante a instituição
financeira. Ademais, o TERMO DE RESPONSABILIDADE ainda prevê a cominação de MULTA
MORATÃRIA de 2%, motivo pelo qual é lÃ-cita sua incidência no débito.              Â
Frise-se que, a despeito da ré argumentar genericamente que o saldo devedor junto a instituição
financeira foi parcialmente pago, somente juntou 1 (um) depósito para comprovar o alegado, fl. 40. Caso
existissem mais pagamentos realizados, a demonstração de tal quitação era sua responsabilidade,
de acordo com a norma de regência que estipula a distribuição do ônus da prova. Neste sentido, em
sede de impugnação aos embargos monitórios, a parte autora esclarece que realmente recebeu o
respectivo depósito, e, por esta razão, somente cobrou 11 (onze) cheques, quando na verdade seriam
12 (doze), caso não existisse o depósito de fl. 40, alegação devidamente comprovada através do
TERMO DE RESPONSABILIDADE, fls. 23/24, onde se verifica a existência de 12 (doze) cheques, não
tendo o de nº. 000184 sido utilizado na cobrança veiculada nesta ação. Destarte, a dÃ-vida constante
dos autos é comprovadamente certa, lÃ-quida e exigÃ-vel em sua integralidade.            Â
  Diante do acervo probatório constante nos autos, verifico a consistência do crédito em favor da
parte demandante, e existindo valores a serem pagos por força do cheque (Art. 374, III, do NCPC e
Súmula 531 do STJ), incumbia a parte requerida o ônus de provar a existência de fato impeditivo,
modificativo ou extintivo do direito da requerente, o que não logrou êxito (art. 373, II, do CPC).    Â
          Acrescente-se ainda, ao presente julgado, a seguinte jurisprudência, pois embasa a
cominação do dispositivo: RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE CONTROVÃRSIA.
CHEQUE. INEXISTÃNCIA DE QUITAÃÃO REGULAR DO DÃBITO REPRESENTADO PELA CÃRTULA.
TESE DE QUE OS JUROS DE MORA DEVEM FLUIR A CONTAR DA CITAÃÃO, POR SE TRATAR DE
AÃÃO MONITÃRIA. DESCABIMENTO. CORREÃÃO MONETÃRIA E JUROS MORATÃRIOS. TEMAS DE
DIREITO MATERIAL, DISCIPLINADOS PELO ART. 52, INCISOS, DA LEI N. 7.357/1985. 1. A tese a ser
firmada, para efeito do art. 1.036 do CPC/2015 (art. 543-C do CPC/1973), é a seguinte: "Em qualquer
ação utilizada pelo portador para cobrança de cheque, a correção monetária incide a partir da
data de emissão estampada na cártula, e os juros de mora a contar da primeira apresentação Ã
instituição financeira sacada ou câmara de compensação". 2. No caso concreto, recurso especial
não provido. (STJ - REsp: 1556834 SP 2015/0239877-3, Relator: Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, Data
de Julgamento: 22/06/2016, S2 - SEGUNDA SEÃÃO, Data de Publicação: DJe 10/08/2016). EMENTA:
APELAÃÃO CÃVEL - AÃÃO MONITÃRIA - CHEQUE PRESCRITO - TERMO INICIAL DOS JUROS DE
MORA - A PARTIR DA DATA DA PRIMEIRA APRESENTAÃÃO Ã INSTITUIÃÃO FINANCEIRA SACADA -
EXCEÃÃO - CÃRTULA NÃO APRESENTADA - JUROS DE MORA A PARTIR DA CITAÃÃO. 1. Os juros
de mora incidem a partir da citação nos casos em que a cártula não houver sido apresentada para
compensação perante a instituição financeira. (TJ-MG - AC: 10625150061921001 MG, Relator:
José Américo Martins da Costa, Data de Julgamento: 31/10/2019, Data de Publicação: 08/11/2019).
MONITÃRIA - CHEQUE - CERCEAMENTO DE DEFESA E INÃPCIA DA INICIAL - PRELIMINARES
REJEITADAS - CORREÃÃO MONETÃRIA - INCIDÃNCIA A PARTIR DA EMISSÃO DO TÃTULO -
ÃNDICE INPC - RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO. O juiz na condição de dirigente do processo,
é o destinatário da atividade probatória das partes, a qual tem por finalidade a formação da sua
convicção acerca dos fatos sob controvérsia, podendo dispensar a produção das provas que achar
desnecessária à solução do feito, conforme lhe é facultado pela lei processual civil, sem que isso
configure supressão do direito de defesa. O cheque constitui documento hábil e suficiente para embasar
o procedimento monitório. Conforme orientação do STJ, a correção monetária incide a partir da
data de emissão estampada na cártula. Na espécie deve-se aplicar o Ã-ndice de INPC por representar
melhor a perda do poder de compra da moeda. (Ap 154058/2016, DES. CARLOS ALBERTO ALVES DA
ROCHA, QUINTA CÃMARA CÃVEL, Julgado em 08/02/2017, Publicado no DJE 16/02/2017). (TJ-MT -
APL: 00021074320108110015 154058/2016, Relator: DES. CARLOS ALBERTO ALVES DA ROCHA, Data
de Julgamento: 08/02/2017, QUINTA CÃMARA CÃVEL, Data de Publicação: 16/02/2017).
DISPOSITIVO Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Ante todo o exposto, rejeito os embargos apresentados pela
ré e JULGO PROCEDENTE o pedido inicial e, com amparo no artigo 701, § 8º, do Código de
Processo Civil, constituo de pleno direito o tÃ-tulo judicial, convertendo o mandado monitório em
executivo, cuja tramitação obedecerá ao disposto no TÃ-tulo II do Livro I da Parte Especial, no que for
cabÃ-vel.               CONDENO a parte ré a efetuar o pagamento do débito
principal, qual seja, R$ 40.344,26 (quarenta mil, trezentos e quarenta e quatro reais e vinte e seis
centavos), nos termos da fundamentação, acrescido de juros moratórios de 1% (um por cento) ao
mês a contar da primeira apresentação à instituição financeira sacada ou câmara de
compensação, ou, somente se não houver ocorrido a referida apresentação, a partir da citação,
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
direito de exigir do devedor capaz: I - o pagamento de quantia em dinheiro; II - a entrega de coisa fungÃ-vel
ou infungÃ-vel ou de bem móvel ou imóvel; III - o adimplemento de obrigação de fazer ou de não
fazer. §1º A prova escrita pode consistir em prova oral documentada, produzida antecipadamente nos
termos do art. 381.      A ação monitória, portanto, exige prova mÃ-nima da obrigação
mediante documento idôneo sem que necessariamente tenha sido emitido pelo devedor ou contenha sua
assinatura, senão vejamos: PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. AÃÃO MONITÃRIA. A
DOCUMENTAÃÃO NECESSÃRIA PARA A ADMISSIBILIDADE TEM QUE SER IDÃNEA. APTA Ã
FORMAÃÃO DO JUÃZO DE PROBABILIDADE ACERCA DO DIREITO AFIRMADO, A PARTIR DO
PRUDENTE EXAME DO MAGISTRADO. 1. A prova hábil a instruir a ação monitória, a que alude o
artigo 1.102-A do Código de Processo Civil não precisa, necessariamente, ter sido emitida pelo devedor
ou nela constar sua assinatura ou de um representante. Basta que tenha forma escrita e seja suficiente
para, efetivamente, influir na convicção do magistrado acerca do direito alegado. 2. Dessarte, para a
admissibilidade da ação monitória, não é necessário que o autor instrua a ação com prova
robusta, estreme de dúvida, podendo ser aparelhada por documento idôneo, ainda que emitido pelo
próprio credor, contanto que, por meio do prudente exame do magistrado, exsurja o juÃ-zo de
probabilidade acerca do direito afirmado pelo autor. 3. No caso dos autos, a recorrida, ao ajuizar a ação
monitória, juntou como prova escrita sem eficácia de tÃ-tulo executivo a própria nota fiscal do negócio
de compra e venda de mercadorias, seguida do comprovante de entrega assinado e mais o protesto das
duplicatas, que ficaram inadimplidas. A Corte local, após minucioso exame da documentação que
instrui a ação, apurou que os documentos são suficientes para atender aos requisitos da legislação
processual para cobrança via ação monitória, pois servem como inÃ-cio de prova escrita. A
revisão desse entendimento, demanda o reexame de provas, vedado em sede de recurso especial
(Súmula 7/STJ). 4. Agravo regimental não provido. (AgRg no AREsp 289.660/RN, Rel. Ministro LUIS
FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em 04/06/2013, DJe 19/06/2013) PROCESSO CIVIL -
AÃÃO MONITÃRIA - COBRANÃA PELO FORNECIMENTO DE MERCADORIA - FATURA: DOCUMENTO
HÃBIL - APLICAÃÃO DO ART. 515, § 3º, DO CPC: POSSIBILIDADE. (...) 2. Doutrina e jurisprudência,
inclusive do STJ, têm entendido que é tÃ-tulo hábil para cobrança, documento escrito que prove, de
forma razoável, a obrigação, podendo, a depender do caso, ter sido produzido unilateralmente pelo
credor. 3. à perfeitamente viável instruir ação monitória ajuizada por concessionária de energia
elétrica com cópia de faturas para cobrança por serviços prestados, sendo desnecessária, na
hipótese, a assinatura do devedor. 4. Recurso especial não provido. (REsp 894.767/SE, Rel. Ministra
ELIANA CALMON, SEGUNDA TURMA, julgado em 19/08/2008, DJe 24/09/2008). APELAÃÃO CÃVEL.
AÃÃO MONITÃRIA. NOTA PROMISSÃRIA IRREGULAR E DOCUMENTOS SEM A ASSINATURA DO
DEVEDOR. INTERESSE PROCESSUAL. INTELIGÃNCIA DO ARTIGO 1102A DO CPC. Tanto a nota
promissória irregular - assinada por simples preposto do devedor -, como as notas fiscais acostadas Ã
inicial, são documentos hábeis a instruir a ação monitória, pois inexiste a exigência legal de que os
documentos que embasam tal procedimento contenham a assinatura do devedor. DERAM PROVIMENTO
PARA DESCONSTITUIR A SENTENÃA. (Apelação CÃ-vel Nº 70008534380, Décima Sétima
Câmara CÃ-vel, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Alzir Felippe Schmitz, Julgado em 18/05/2004).  Â
    Inicialmente, é importante ressaltar a conduta do embargante, que no afã de confeccionar a
defesa, apresenta embargos que mais parecem tumultuar o processo. Â Â Â Â Â Â A uma que, Ã fl. 35, a
ré endossa ser desnecessário o manejo de AÃÃO MONITÃRIA, tendo em vista que a demandante `já
detém tÃ-tulo executivo extrajudicial apto ao aparelhamento de ação execução¿, requerendo o
INDEFERIMENTO DA INICIAL; entrementes, NA MESMA PÃGINA, argumenta que o contrato anexado
inviabiliza a propositura da demanda, pois não está revestido das formalidades legais, porquanto não
foi assinado por duas testemunhas.       A duas que, à fl. 35, a embargante argui a carência da
ação em razão do cálculo que se baseia a referida cobrança ser excessivo e abusivo, não se
revestindo da liquidez, certeza e exigibilidade pressupostas para a ação monitória.       Ora,
em um momento a embargante sugere que o CONTRATO que fundamenta a ação é tÃ-tulo executivo,
rogando o indeferimento da inicial, e no instante seguinte, endossa que sequer se trata de tÃ-tulo apto a
embasar monitória, argumentação desprovida de qualquer fundamentação legal, para depois inferir
que os cálculos apresentados em planilha de fl. 06 não gozam de liquidez, certeza e exigibilidade,
INCORRENDO reiteradas vezes no que a doutrina chama de venire contra factum proprium. Â Â Â Â Â
Alerta-se que tais argumentações, no caso concreto, são desprovidas de contextualização entre a
situação fática, as provas, e a norma, razão pela qual são temerárias. Ademais, não está na
esfera do embargante a escolha de qual ação deverá a autora manejar.      Por óbvio,
INDEFIRO, prima facie, a preliminar de carência de ação, tendo em vista que o CONTRATO DE
PRESTAÃÃO DE SERVIÃOS EDUCACIONAIS, FL. 07/10, independentemente de estar assinado ou não
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
por duas testemunhas, é apto a fundamentar a presente ação monitória, estando, aliás, o direito Ã
cobrança da dÃ-vida mais do que comprovado, também através da apresentação do boletim do
aluno, fl. 11, pelo qual a parte demandada é responsável financeiramente, sendo evidente que a autora
prestou os serviços a que se comprometeu, sendo-lhe devidas as mensalidades perseguidas nesse
processo, em contraprestação.      Sem qualquer tipo de razão a embargante também no
que se refere a impugnação dos valores cobrados, com a incidência de juros, multa e correção
monetária, pois todos estão devidamente previstos no contrato e não são, de nenhuma forma,
abusivos. Acrescente-se que, para o cálculo da planilha de fl. 06, não foram utilizados juros compostos,
sendo a defesa da embargante, mais uma vez, desconexa com a realidade. Â Â Â Â Â Neste norte, e em
consonância ao contrato pactuado entre as partes, FL. 8, CLÃUSULA III, deverá incidir sobre o saldo
devedor multa no percentual de 2%, juros de mora de 1% ao mês e correção monetária pelo IGP-M.
Vejamos a jurisprudência, que é pacÃ-fica e didática quanto a matéria: EMENTA: APELAÃÃO CÃVEL
- AÃÃO DE COBRANÃA - CONTRATO DE PRESTAÃÃO DE SERVIÃOS EDUCACIONAIS - CORREÃÃO
MONETÃRIA PELO IGP-M - PREVISÃO CONTRATUAL - INEXISTÃNCIA DE ÃBICE LEGAL - JUROS DE
MORA DE 1% AO MÃS, CORREÃÃO MONETÃRIA E MULTA DE 2% - TERMO INICIAL - ÃLTIMA
ATUALIZAÃÃO DO DÃBITO. - Inexiste óbice à aplicação do IGP-M (FGV) previsto no contrato
celebrado entre as partes - Se a apelada foi condenada ao pagamento de valor já atualizado do débito
até determinada data, os juros de mora e a correção monetária não devem incidir desde o
vencimento de cada mensalidade, sob pena de bis in idem. (TJ-MG - AC: 10000190566810001 MG,
Relator: Aparecida Grossi, Data de Julgamento: 24/09/0019, Data de Publicação: 27/09/2019).
EMENTA: APELAÃÃO CÃVEL - AÃÃO DE COBRANÃA DE MENSALIDADES - CONTRATO DE
PRESTAÃÃO DE SERVIÃOS EDUCACIONAIS - OBRIGAÃÃES POSITIVAS E LÃQUIDAS -
ATUALIZAÃÃO MONETÃRIA E JUROS DE MORA - TERMO A QUO - DATA DO VENCIMENTO - MULTA
MORATÃRIA - EXPRESSA PREVISÃO CONTRATUAL - INCIDÃNCIA DEVIDA. A jurisprudência, já há
muito pacÃ-fica do Superior Tribunal de Justiça, firmou o entendimento de que a correção monetária
é o mecanismo mediante o qual se recompõe a desvalorização da moeda, não constituindo um
plus que se acrescenta ao crédito, mas um minus que se evita. SENDO A MORA EX RE E LÃQUIDA OU
APURÃVEL A OBRIGAÃÃO NÃO CUMPRIDA, POR SIMPLES CÃLCULOS, EVIDENCIA-SE QUE SÃO
DEVIDOS JUROS MORATÃRIOS SOBRE O VALOR DAS MENSALIDADES, A PARTIR DOS
RESPECTIVOS VENCIMENTOS. ASSIM COMO A CORREÃÃO MONETÃRIA, PELO IGPM,
CONSOANTE EXPRESSA PREVISÃO CONTRATUAL, A MULTA DE 2% E OS JUROS MORATÃRIOS,
TAMBÃM DEVEM INCIDIR DESDE O VENCIMENTO DE CADA UMA DAS PARCELAS NÃO PAGAS. (TJ-
MG - AC: 10024133415364001 Belo Horizonte, Relator: Ramom Tácio, Data de Julgamento: 03/05/2017,
Câmaras CÃ-veis / 16ª CÃMARA CÃVEL, Data de Publicação: 12/05/2017).       Por
derradeiro, com o objetivo de evitar a ocorrência de bis in idem, anele-se que a condenação se dará
com base no valor desatualizado, traçando os Ã-ndices e parâmetros que devem ser adotados para a
confecção do cálculo total da dÃ-vida, nos termos da fundamentação acima desposada.
DISPOSITIVO Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Ante todo o exposto, rejeito os embargos apresentados pela
ré e JULGO PROCEDENTE o pedido inicial e, com amparo no artigo 701, § 8º, do Código de
Processo Civil, constituo de pleno direito o tÃ-tulo judicial, convertendo o mandado monitório em
executivo, cuja tramitação obedecerá ao disposto no TÃ-tulo II do Livro I da Parte Especial, no que for
cabÃ-vel.               INDEFIRO o pedido de gratuidade da justiça requerido pela parte
ré, nos termos da fundamentação.               CONDENO a parte ré a efetuar o
pagamento do débito principal, qual seja, R$ 7.992,00 (sete mil, novecentos e noventa e dois reais),
acrescido de juros moratórios de 1% (um por cento) ao mês e correção monetária pelo IGP-M,
ambos a partir do inadimplemento de cada parcela.               CONDENO a parte ré
a efetuar o pagamento de multa moratória de 2% sobre o valor do débito acima descrito, nos termos da
fundamentação, e em observância ao negócio entabulado entre as partes, fl. 08.         Â
     CONDENO ainda a parte Ré ao pagamento das custas processuais e honorários
advocatÃ-cios, estes fixados em 10% (dez por cento) sobre o valor da condenação, o que faço com
base no artigo 85, § 2º, do Código de Processo Civil.               Após, prossiga-se
como execução de tÃ-tulo judicial, por quantia certa contra devedor solvente. Para tanto, INTIME-SE a
exequente para apresentação de memorial de cálculo atualizado e conforme os ditames da presente
sentença. Em sequência, intime-se a parte executada para, nos termos do art. 523, do CPC, efetuar, no
prazo de quinze dias, o pagamento do montante atualizado com juros e correção monetária,
advertindo-lhe que, caso não o efetue, será o valor acrescido de multa no percentual de 10% (dez por
cento).               Consequentemente, extingo o processo com resolução de
mérito conforme o disposto no artigo 487, inciso I, do Código de Processo Civil.           Â
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
Portaria nº 4638/2013 - GP, alterada pelas Portarias nº 5014/2013-GP, 5113/2013-GP e 1027/2015-GP,
comunicar a afirmação de impedimento ao substituto legal automático, com cópia para a Corregedora
de Justiça do TJE/PA e Divisão de Apoio Técnico-JurÃ-dico da Presidência.            Â
    Oficiar. Intimar.                 SE NECESSÃRIO, SERVIRà CÃPIA DESTE(A)
DESPACHO/DECISÃO COMO MANDADO conforme autorizado pelo PROVIMENTO CJ/CI 003/2009,
devendo o Sr. Diretor Observar o disposto em seus nos artigos 3º e 4º Belém /PA, 19/10/2021.
Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital 303
PROCESSO: 00252417820078140301 PROCESSO ANTIGO: 200710788679
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o: Execução
de Título Extrajudicial em: 06/12/2021 EXECUTADO:TRANSPORTADORA ROCHA LTDA
EXEQUENTE:NORTE CAMINHOES LTDA Representante(s): RODOLFO MEIRA ROESSING
(ADVOGADO) . Em consulta ao sistema RENAJUD, que segue anexo ao presente despacho, verifica-se
não foi encontrado nenhum veÃ-culo em nome do(s) Executado(s).             Destarte,
INTIME-SE o exequente para manifestar-se, no prazo de 15 dias, requererendo o que enteder de direito
para o prosseguimento dda execução.             Após o prazo, certifique-se e
retornem-me os autos conclusos.             Int. Belém/PA, 01/12/2021. Roberto Andrés
Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital 303 PROCESSO:
00253656120088140301 PROCESSO ANTIGO: 200810785955
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o:
Cumprimento de sentença em: 06/12/2021 AUTOR:DINIZ LTDA REPRESENTANTE:MAURO CESAR
DINIZ DE SOUZA Representante(s): OAB 2837 - ISOMAR FERREIRA DE SOUZA (ADVOGADO)
REU:CIA ITAULEASING DE ARREND. MERCANTIL Representante(s): IONE ARRAIS OLIVEIRA
(ADVOGADO) . Processo nº 0025365-61.2008.8.14.0301 Autor: DINIZ LTDA. Réu: CIA. ITAULEASING
LTDA. SENTENÃA            Cuida-se de Ação de Cobrança ajuizada por DINIZ LTDA
em face de CIA. ITAULEASING LTDA.            A ação seguiu seu trâmite até que
em petição de fl. 214 o autor informa o cumprimento da obrigação pelo requerido e requer, portanto,
a extinção da ação.            Eis o relatório. Fundamento e Decido        Â
   Como é cediço, a teor do art. 925, do CPC/2015, a extinção da execução só produz efeito
quando declarada por sentença.            Uma vez comprovada a satisfação do
crédito patrimonial por meio de pagamento direto ao exequente, tem-se que a obrigação foi satisfeita.
           Ante o exposto, com espeque no 924, incisos II do Código de Processo Civil/2015,
JULGO EXTINTA o presente cumprimento de sentença.            Custas e despesas
processuais desta fase do processo pelo requerido. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Nos termos do artigo 46, caput,
da Lei estadual n. 8.328, de 29/12/2015, fica advertida a parte responsável de que, na hipótese de,
havendo custas, não efetuar o pagamento delas no prazo legal, o respectivo crédito, além de
encaminhado para inscrição em DÃ-vida Ativa, sofrerá atualização monetária e incidência de
outros encargos legais.            Certificado o trânsito em julgado, havendo custas
pendentes, intime-se o responsável para o recolhimento, sob pena de inscrição na dÃ-vida ativa. Inerte,
inscreva-se.            Após cumpridas as cautelas legais, arquivar os presentes autos e dar
baixa na distribuição.            P.R.I.C. Belém /PA, 19/10/2021. Roberto Andrés
Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital 303 PROCESSO:
00258912920078140301 PROCESSO ANTIGO: 200710809425
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o:
Procedimento Comum Cível em: 06/12/2021 REU:BENEDICTO ROSSETI INVENTARIANTE:IVETE
MONTEIRO VIEIRA AUTOR:ESPOLIO DE HARLEY NOGUEIRA VIEIRA JUNIOR Representante(s): OAB
3177 - MAURO MENDES DA SILVA (ADVOGADO) OAB 6788 - MARCIA ANDREA CELSO DA SILVA
(ADVOGADO) REU:ENDECO - ENGENHARIA LTDA. Representante(s): OAB 2774 - SABATO GIOVANI
MEGALE ROSSETTI (ADVOGADO) REU:FRANCISCO JOSE BENTES DE OLIVEIRA Representante(s):
SAVIO LEONARDO DE MELO RODRIGUES (ADVOGADO) SABATO GIOVANI MEGALE ROSSETTI
(ADVOGADO) REU:FLAVIO DE AZEVEDO LOBATO FILHO Representante(s): OAB 6845 - MARCIO
MARQUES GUILHON (ADVOGADO) OAB 1037 - JOAO AUGUSTO DA COSTA MARINHO (ADVOGADO)
LITISCONSORTE:PAULO GUILHERME DANTAS RIBEIRO Representante(s): RAIMUNDO BARBOSA
COSTA (ADVOGADO) ALEXEI BATISTA COSTA (ADVOGADO) LITISCONSORTE:BANCO DO ESTADO
DO PARA S/A Representante(s): OAB 10328 - CLISTENES VITAL (ADVOGADO)
LITISCONSORTE:METRO ENGENHARIA LTDA. Representante(s): RAIMUNDO BARBOSA COSTA
(ADVOGADO) ALEXEI BATISTA COSTA (ADVOGADO) REU:RAPHAEL LEVY Representante(s): OAB
3210 - PEDRO BENTES PINHEIRO FILHO (ADVOGADO) OAB 13274 - FABIO PEREIRA FLORES
(ADVOGADO) GILBERTO PIMENTEL PEREIRA GUIMARAES] (ADVOGADO) DENNIS LOPES
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
Francisco José Lobato Filho. O requerente apresentou réplicas às contestações às fls. 285/290,
291/292, 293/298. Designada audiência preliminar, fl. 302. O autor requereu expedição de ofÃ-cio Ã
RFB para obter informações da situação fiscal da ré Endeco Engenharia, fls. 316/317. Metro
Engenharia Ltda. Requer depoimento pessoal dos sócios, inquirição de testemunhas e perÃ-cia
técnica dos imóveis, fls. 318/319. Em audiência de fl. 320/321 o juÃ-zo determinou suspensão do
processo a pedido das partes para tentativa de acordo. O Banpará apresentou sugestão de provas e
pontos controvertidos fls. 322/330. Certidão de fl. 332 atesta que contestação de Flavio Azevedo
Lobato foi apresentada tempestivamente, porém juntada em outro processo. O requerido Flavio Azevedo
Lobato apresentou Contestação às fls. 333/358. O requerente insiste novamente no encaminhamento
de ofÃ-cio à receita federal, fls. 360/361. Decisão de fl. 362 deferiu o pedido. Receita federal respondeu Ã
s fls. 366. Despacho de fl. 367 determina manifestação sobre a resposta da RFB. Autor requer o
julgamento antecipado da lide diante da resposta da RFB, fls. 369/370. O requerido Raphael Levy
manifestou-se às fls. 371/372 alegando que a empresa Endeco está inapta por pendencias com a
Receita Federal e não extinta, requerendo sua exclusão dos autos por ilegitimidade passiva ad causam.
Habitações Aveirense Ltda peticionou às fls. 372/375, sem ser parte nos autos. Decisão de fl. 387
declara incompetência da vara e determina redistribuição. A parte autora informa que interpôs Agravo
de Instrumento, fls. 392/393 requerendo reconsideração da decisão. Em decisão de fl. 407 o juÃ-zo
reconsiderou. Suspenso o processo para tentativa de acordo entre as partes, audiência de fl. 414/415.
Petição de Contrarrazões a recurso de Apelação, fls. 418/434. FUNDAMENTAÃÃO No caso sub
examine, desnecessária a ampliação probatória, posto que o feito já contém elementos suficientes
para apreciação e julgamento e, ainda, em atenção ao princÃ-pio da livre convicção, antecipo o
julgamento do mérito, na forma do art. 355, I, do CPC/2015, o qual estabelece a conveniência do
julgamento antecipado do pedido, quando não houver necessidade de outras provas. Nesse sentido, há
tempos a jurisprudência dos tribunais superiores aponta que presentes as condições que ensejam o
julgamento antecipado da causa, é dever do juiz e não mera faculdade, assim o proceder. 1º Da
Revelia Afirma a parte requerente que quanto as requeridas que não apresentaram defesa, ocorreu a
revelia e confissão, devendo ser considerados verdadeiros os fatos alegados na exordial. Contudo, não
possui razão ao autor, uma vez que o art. 345, I do CPC já que o dispositivo assim prescreve: Art. 345.
A revelia não produz o efeito mencionado no se: I - havendo pluralidade de réus, algum deles contestar
a ação; Tal dispositivo se aplica ao caso, já que os requeridos Rafael Levy e Flávio de Azevedo
Lobato Filho contestaram nos autos, portanto não se configura a revelia dos demais requeridos. 2º Da
Ilegitimidade Verifica-se que a ação é motivada por interesse patrimonial dos herdeiros de Harley
Nogueira Vieira Junior sócio falecido da Endeco Engenharia Ltda., que postulam receber o que lhes
caberia na herança, arguindo que a referida empresa teria vendido imóveis parte do patrimônio da
sociedade sem a participação do espólio requerente e sem antes promover apuração dos haveres
societários, pelo que pretende a anulação do negócio jurÃ-dico de fls. 24/30. Resta evidente que o
negócio jurÃ-dico foi realizado entre a requerida Endeco Engenharia Ltda., promitente vendedora, e Paulo
Guilherme Dantas Ribeiro, Raphael Levy e Flávio de Azevedo Lobato Filho, promitentes compradores, e
se é este o contrato o qual a parte requerente pretende anulação, somente contra estes pode ser
dirigida a presente ação, razão pela qual são ilegÃ-timos para figurar no polo passivo da presente
demanda os sócios da sociedade empresarial, porquanto estranhos à relação jurÃ-dica. A pessoa
jurÃ-dica não se confunde com as pessoas dos seus sócios, assim, o fato de que Benedicto Rossetti,
Francisco José Bentes de Oliveira, Raphael Levy, Flavio de Azevedo Lobato Filho são sócios da
empresa Endeco Engenharia Ltda. Não lhes dá legitimidade para responder por negócio jurÃ-dico
realizado pela pessoa jurÃ-dica. Em que pese haver possibilidade de ser declarada a desconsideração
da personalidade jurÃ-dica, excepcionalmente, verifica-se não ser o caso dos autos, primeiro porque
não há pedido para tanto, segundo porque não há nos autos comprovação de que a pessoa
jurÃ-dica tenha sido extinta, assim como não há demonstração de confusão patrimonial entre bens
dos sócios e da sociedade. Frisa-se que o documento emitido pela Receita Federal à fl. 366 não é
suficiente para demonstrar a extinção da sociedade, posto que apenas informa estar inapta, com
relação as obrigações perante aquele órgão. Neste sentido, versa o art. 485, VI, do NCPC, que o
reconhecimento de ilegitimidade de parte leva à extinção do processo sem resolução do mérito:
Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando: (...) VI - verificar ausência de legitimidade ou de
interesse processual; Dessa forma, acolhendo a preliminar de ilegitimidade de parte arguida pelos
requeridos, julgo extinto o feito em relação aos requeridos Benedicto Rossetti, Francisco José Bentes
de Oliveira, Raphael Levy e Flavio de Azevedo Lobato Filho sem resolução do mérito, nos termos do
art. 485, VI, do CPC/2015. 3º Da Prescrição A parte requerida alega ocorrência de prescrição do
direito de pleitear anulação dos negócios jurÃ-dicos, nos termos do art. 178 do Código Civil.
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Inicialmente, em breve sÃ-ntese, há que se distinguir, no caso concreto, os instrumentos da decadência e
da prescrição, a fim de que se possa analisar o implemento de tais institutos. A decadência relaciona-
se aos direitos potestativos, aqueles que conferem ao titular o poder de fazer produzir determinado direito
pela simples manifestação de vontade, sendo a decadência, assim, a perda desse direito pelo seu
não exercÃ-cio no tempo legal. Já a prescrição é a perda de uma pretensão de exigir determinado
comportamento, de reivindicar esse direito por meio da ação judicial cabÃ-vel. Desta forma, enquanto a
prescrição atinge a pretensão da parte que surge do direito violado pela sua inércia durante
determinado perÃ-odo, a decadência atinge diretamente o direito da parte por não ter sido exercido num
perÃ-odo de tempo razoável. No caso em apreço, a parte Autora requer seja declarada a nulidade do
contrato de compra e venda firmado com os réus, bem como o retorno das partes ao status quo ante.
Dada a natureza sucessiva dos requerimentos finais, mesmo os pedidos de indenização por perdas e
danos estão condicionados ao reconhecimento do vÃ-cio na realização do negócio, apontado como a
causa de anulação do negócio jurÃ-dico. Acerca do prazo decadencial para anulação de negócio
jurÃ-dico, o art. 178 do Código Civil assim preleciona: Art. 178. à de quatro anos o prazo de decadência
para pleitear-se a anulação do negócio jurÃ-dico, contado: I - no caso de coação, do dia em que ela
cessar; II - no de erro, dolo, fraude contra credores, estado de perigo ou lesão, do dia em que se realizou
o negócio jurÃ-dico; III - no de atos de incapazes, do dia em que cessar a incapacidade. Pois bem, da
leitura dos autos constata-se que o espólio do sócio falecido apesar de os herdeiros alegarem fraude na
realização da venda dos imóveis e da extinção do condomÃ-nio com a Metro Engenharia, porque
ocorreram sem o consentimento dos herdeiros, verifica-se que o espólio não se enquadra na qualidade
de credor, previsto no inciso II do referido artigo, e tampouco se enquadra nas demais espécies
elencadas no diploma legal, portanto, não se submete, nesse caso, ao prazo decadencial apontado. Da
mesma forma, no que diz respeito à prescrição, não havendo lei que conceda prazo inferior a
situação narrada nos autos, de acordo com o art. 205 do Código Civil, o prazo prescricional como
regra geral é de 10 (dez) anos, portanto, uma vez que a venda dos imóveis e a extinção de
condomÃ-nio ocorreram no ano de 2000 e a ação de anulação foi ajuizada em 2007, não houve
alcance da prescrição. Ante o exposto, REJEITO a prejudicial de mérito e deixo de declarar a
prescrição e/ou decadência do direito de pleitear a anulação dos negócios jurÃ-dicos entabulados,
passando a análise dos pedidos formulados. 4º Do Mérito Não obstante o alcance da decadência
do direito de pedir anulação dos contratos de compra e venda e de extinção de condomÃ-nio, objetos
da lide, importa salientar que no mérito também não merece prosperar o pleito autoral, pois vejamos.
Frise-se que a nulidade do registro público (imobiliário) não é pedido principal da ação, mas
consequência da pretendida anulação de ato jurÃ-dico (escritura de compra e venda dos imóveis e
escritura de extinção de condomÃ-nio), que alega a parte autora serem eivados de vÃ-cio. Pois bem, a
demanda versa sobre pedido de anulação da escritura pública de promessa de venda e compra,
escritura pública de extinção de condomÃ-nio, e averbação dos referidos negócios em cartório de
registro imobiliário, oriunda de suposta alienação ilegal realizada em detrimento dos bens do espólio
requerente. Trata-se, em resumo, de situação que toca a invalidade do negócio jurÃ-dico, cujo objetivo
da ação judicial seria justamente evitar a dilapidação do patrimônio do espólio através da
anulação da venda dos imóveis sob litÃ-gio, realizadas sem o consentimento dos herdeiros, capazes
de reduzir o patrimônio da empresa vendedora à insolvência. In casu, a empresa ENDECO -
ENGENHARIA LTDA., do qual o de cujus era sócio, alienou mediante escritura pública de promessa de
venda e compra, sem o consentimento do Espólio e sem apuração de haveres, imóveis situados no
Estado do Rio de Janeiro, na capital, bem como extinguiu condomÃ-nio com a co-proprietária Metro
Engenharia Ltda. Primeiramente, observa-se que é cabÃ-vel a apuração dos haveres e eventual
prestação de contas aos herdeiros do sócio falecido, todavia em ação própria, e não no bojo de
ação anulatória de ato jurÃ-dico perfeito e válido, como é o caso dos autos. Compulsando
detidamente o conjunto probatório contido nos autos, verifica-se que os negócios jurÃ-dicos que se
pretende anular não possuem vÃ-cios ou defeitos, tendo sido realizados entre pessoas capazes, pessoas
jurÃ-dicas em plena atividade, e objetos lÃ-citos, bens imóveis de propriedade da sociedade promitente
vendedora, seguindo a forma prescrita em lei, qual seja, escritura pública e registro imobiliário. Como
dito, de fato os herdeiros possuem direito em receber a herança deixada pelo de cujus, entretanto, há
que se frisar que em relação à sociedade empresarial do qual o falecido era sócio, somente era
proprietário de quotas sociais e não do patrimônio que estivesse em nome da sociedade, visto que os
bens da pessoa jurÃ-dica não se confundem com os bens dos seus sócios. Ademais, o Contrato social
(fls. 60/63) prevê na Cláusula décima sexta a responsabilidade da empresa ENDECO no que diz
respeito aos haveres do sócio falecido, vejamos: Cláusula 16ª do Contrato social: A sociedade não
entrará em dissolução e consequentemente em liquidação, pela retirada, morte, insolvência ou
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incapacidade de qualquer dos sócios, desde que os outros sócios queiram continuar com a sociedade.
Ocorrendo um desses eventos, os haveres do sócio ou sócios que falecer, for declarado insolvente,
interdito, incapaz ou que desejar retirar-se, serão apurados conforme Balanço a ser levantado,
espelhando a situação da empresa até o último dia do mês anterior à ocorrência, e pagos ao
sócio ou sócios retirantes, seus herdeiros ou representantes legais, em (18) dezoito prestações
iguais, mensais e sucessivas, acrescidas de juros de 1% (hum por cento) ao mês, contados da data do
evento. Caso a Sociedade fique reduzida a dois sócios, e um não queira prosseguir com a Sociedade, o
outro poderá continuar com o fundo de comércio, apurando-se os haveres do sócio retirante, conforme
balaço, e pagando-lhe em (18) dezoito prestações mensais e juros de 1% (hum por cento) ao mês.
Da leitura da cláusula acima se conclui que a morte de um dos sócios não dissolve a Sociedade e em
consequência, não leva a liquidação, se outros componentes da pessoa jurÃ-dica queiram continuar
com a sociedade. E mais, resta claro no referido dispositivo contratual, que os haveres do sócio falecido
serão apurados conforme Balanço a ser levantado, espelhando a situação da empresa até o
último dia do mês anterior à ocorrência, e pagos ao sócio, seus herdeiros ou representantes legais,
em (18) dezoito prestações iguais, mensais e sucessivas, acrescidas de juros de 1% (um por cento) ao
mês, contados da data do evento. Quanto a esta argumentação deve-se observar o art. 620 do
Código de Processo Civil: Art. 620. Dentro de 20 (vinte) dias contados da data em que prestou o
compromisso, o inventariante fará as primeiras declarações, das quais se lavrará termo
circunstanciado, assinado pelo juiz, pelo escrivão e pelo inventariante, no qual serão exarados: I - o
nome, o estado, a idade e o domicÃ-lio do autor da herança, o dia e o lugar em que faleceu e se deixou
testamento; II - o nome, o estado, a idade, o endereço eletrônico e a residência dos herdeiros e,
havendo cônjuge ou companheiro supérstite, além dos respectivos dados pessoais, o regime de bens
do casamento ou da união estável; III - a qualidade dos herdeiros e o grau de parentesco com o
inventariado; IV - a relação completa e individualizada de todos os bens do espólio, inclusive aqueles
que devem ser conferidos à colação, e dos bens alheios que nele forem encontrados, descrevendo-se:
a) os imóveis, com as suas especificações, nomeadamente local em que se encontram, extensão da
área, limites, confrontações, benfeitorias, origem dos tÃ-tulos, números das matrÃ-culas e ônus que
os gravam; b) os móveis, com os sinais caracterÃ-sticos; c) os semoventes, seu número, suas
espécies, suas marcas e seus sinais distintivos; d) o dinheiro, as joias, os objetos de ouro e prata e as
pedras preciosas, declarando-se-lhes especificadamente a qualidade, o peso e a importância; e) os
tÃ-tulos da dÃ-vida pública, bem como as ações, as quotas e os tÃ-tulos de sociedade, mencionando-se-
lhes o número, o valor e a data; f) as dÃ-vidas ativas e passivas, indicando-se-lhes as datas, os tÃ-tulos, a
origem da obrigação e os nomes dos credores e dos devedores; g) direitos e ações; h) o valor
corrente de cada um dos bens do espólio. § 1o O juiz determinará que se proceda: I - ao balanço do
estabelecimento, se o autor da herança era empresário individual; II - à apuração de haveres, se o
autor da herança era sócio de sociedade que não anônima. § 2o As declarações podem ser
prestadas mediante petição, firmada por procurador com poderes especiais, à qual o termo se
reportará. Pela pura e simples leitura do artigo supracitado verifica-se que para a ocorrência da
apuração dos haveres o juiz deve determinar que a mesma se proceda, entretanto, somente a pedido
dos autores e em sede de Inventário, e o fato de até hoje não terem sido apurados os haveres em
nada se relaciona com as atividades da sociedade, não significa que a responsabilidade é dos sócios
da empresa requerida. Portanto, a responsabilidade é da Inventariante em declarar os bens do de cujus,
bem como requerer que seja determinada a apuração dos haveres do sócio falecido, em sede de
inventário, e não dos sócios da empresa da qual o falecido participava. Os herdeiros do sócio falecido
devem, em verdade, proceder à apuração do patrimônio da sociedade na data da morte do quotista e
não discutir anulação de negócio jurÃ-dico realizado pela sociedade que detinha plenos poderes para
dispor de seu patrimônio, consoante cláusula contratual disposta na constituição societária. Terão
direito os herdeiros, de fato, ao que teria direito o sócio falecido, se vivo estivesse e desejasse retirar-se
da sociedade na data em que ocorreu o falecimento, nos moldes do contrato social, não escolhendo
especificamente a esse ou aquele bem que esteja em nome da pessoa jurÃ-dica da qual fazia parte. Por
tudo que vem sendo exposto, a alegação de nulidade da transação imobiliária não é cabÃ-vel,
nenhum dos argumentos do espólio requerente justifica a anulação da escritura pública de promessa
de venda e compra e da extinção de condomÃ-nio com a Metro Engenharia.Vejamos. O art. 166 do
Código Civil prevê: Art. 166. à nulo o negócio jurÃ-dico quando: (...) II - for ilÃ-cito, impossÃ-vel ou
indeterminável o seu objeto; III - o motivo determinante, comum a ambas as partes, for ilÃ-cito; IV - não
revestir a forma prescrita em lei; V - for preterida alguma solenidade que a lei considere essencial para a
sua validade; VI - tiver por objetivo fraudar lei imperativa; Da análise dos autos não se verifica nenhuma
das hipóteses elencadas nos incisos do art. 166, pois não se configura em impedimento o fato de um
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dos sócios ter falecido, as atividades da sociedade devem continuar se houverem outros sócios que
possam representa-la, e obedecidas todas as determinações legais não há motivo plausÃ-vel para
considerar o negócio jurÃ-dico nulo. O Negócio jurÃ-dico é possÃ-vel, seu objeto é determinado, em
conformidade com a forma prescrita em lei, válido, não havendo nenhuma fraude comprovada ou
aparente, além disso, o espólio não perde o direito de receber o equivalente aos direitos do sócio
falecido na data do ocorrido, já que a cota social a que o espólio tem direito não se traduz em um bem
imóvel ou móvel, pois apurado o valor do patrimônio social à época do falecimento do sócio, os
herdeiros deste possuem direito ao percentual determinado no contrato social, independentemente do
destino que os bens imóveis pertencentes à sociedade tiveram após sua morte e independente do valor
pelo qual foram alienados. Repita-se que não ficou configurada a nulidade do negócio jurÃ-dico.
Corroborando com a tese em comento, em caso semelhante, o Egrégio Tribunal de Justiça do Estado
do Pará assim se manifestou: EMENTA APELAÃÃO. ANULAÃÃO DE COMPRA E VENDA E REGISTRO
IMOBILIÃRIO CUMULADA COM PERDAS E DANOS. PRELIMINAR DE LEGITIMIDADE DE PARTE
EXCLUIDA DO POLO PASSIVO- Rejeitada. ALEGAÃÃO DE REVELIA E CONFISSÃO POR AUSENCIA
DE DEFESA PRÃPRIA EM FACE DA AFIRMAÃÃO DE QUE A CONTESTAÃÃO APRESENTADA FOI
COPIADA E POR ESTE MOTIVO OS ADVOGADOS NÃO PODEM RECEBER HONORÃRIOS. QUE AS
EMPRESAS EM QUE O SÃCIO POSSUI COTAS SOCIAIS TEM RESPONSABILIDADE EM FACE DOS
APELANTES EM RELAÃÃO AOS HAVERES DO SÃCIO FALECIDO (CLÃUSULA 16º DO CONTRATO).
NULIDADE DA TRANSAÃÃO IMOBILIÃRIA. CONHECIDO E IMPROVIDO. I- Rejeitada a preliminar, tendo
em vista quea parte não participou do negócio jurÃ-dico em questão, e por isso não deve participar do
pólo passivo. II- Alegação de revelia e confissão não acolhida em face do art. 320, I do CPC.
IIIHonorários advocatÃ-cios mantidos tendo em vista a apreciação eqüitativa do juiz e o valor da
causa, §4º do art. 20 do CPC. IV- Os haveres do sócio falecido devem ser apurados, após
determinação judicial, requerida no Inventario, e antes disso os sócios não podem para suas
atividades se puderem representar a sociedade e quiserem continuar com esta. V- Não há nulidade do
negócio jurÃ-dico posto que observadas todas as formalidades legais, não incorrendo em nenhuma das
hipóteses do art. 166 do CC/2002. Recurso conhecido e Improvido. Decisão unânime.
(2010.02565539-08, 84.172, Rel. TRIBUNAIS SUPERIORES, Ãrgão Julgador 4ª CAMARA CIVEL
ISOLADA, Julgado em 2010-01-11, Publicado em 2010-01-13) Porém, como se viu, existe uma
limitação desse direito, que é somente sobre as quotas que pertenciam ao falecido e não sobre as
empresas, melhor dizendo, o espólio requerente têm o direito de cobrar o pertinente somente à s
referidas quotas. Repita-se que os imóveis alienados pertenciam à pessoa jurÃ-dica Endeco Engenharia
Ltda. e não à s pessoas fÃ-sicas que a compunham, seus sócios, razão pela qual não há que se
falar em nulidade do negócio jurÃ-dico. Desta feita, caso o espólio requerente se sinta lesado de alguma
forma pelo negócio jurÃ-dico firmado pela sociedade da qual o sócio falecido fazia parte, deverá
ingressar com ação competente, para reaver seus direitos, por exemplo uma ação de cobrança e
não o procedimento adotado na presente lide. Nessa toada, não há que se falar em violação de
direito do autor, de forma a gerar qualquer anulação da escritura pública de promessa de venda e
compra firmado entre as requeridas Endeco Engenharia LTda. E a extinção de condomÃ-nio com a
empresa Metro Engenharia, ante à inexistência de vÃ-cios ou defeitos nos referidos atos jurÃ-dicos, os
quais observaram as formalidades legais. Frise-se que tanto o espólio como os herdeiros do sócio
falecido não são sócios da sociedade empresária da qual este fazia parte para que exijam a
anuência ou consentimento nos negócios jurÃ-dicos realizados pela pessoa jurÃ-dica, que nesse caso é
a requeria Endeco Engenharia Ltda. Em outras palavras, a qualidade de sócio, outrora ostentada pelo
falecido, não se transfere automaticamente ao espólio ou aos herdeiros, haja vista que a própria lei
determina a intransmissibilidade da qualidade sócio da sociedade limitada. Sendo assim, constato que a
improcedência da ação é medida que se impõe, uma vez que as partes requeridas lograram êxito
em provar fatos impeditivos ou modificativos do direito invocado pelo requerente. DISPOSITIVO Ante o
exposto, acolho a preliminar de ilegitimidade de partes e julgo extinto o feito sem resolução de mérito
em relação aos requeridos Benedicto Rossetti, Francisco José Bentes de Oliveira, Raphael Levy e
Flavio de Azevedo Lobato Filho, nos termos do art. 485, VI, do NCPC, consoante fundamentação, bem
como JULGO IMPROCEDENTES os pedidos do requerente, revogando a tutela concedida à fl. 79/81, e,
por consequência, extingo o processo com resolução do mérito, com fundamento no art. 487, I, do
Código de Processo Civil/2015. CONDENO a parte requerente ao pagamento das custas e despesas
processuais, bem como dos honorários advocatÃ-cios, ora fixados em 10% sobre o valor da causa. Fica
autorizado o desentranhamento de documentos por quem os juntou, exceto a procuração, substituindo-
os por cópias que poderão ser declaradas autênticas pelo patrono nos termos do artigo 425, IV do
CPC/2015, devendo o cartório certificar o ato de desentranhamento. Ademais, determino o
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não sejam localizados quaisquer bens através das referidas consultas, a exequente requer seja
deferida a penhora do Registro de Marca n. 818874929, obtido perante o Instituto Nacional de Propriedade
Industrial - INPI pela executada" e à o relatório. DECIDO. 2. Ao que se depreende dos autos, em razão
da penhora on-line na conta da parte executada de apenas R$ 260,00 (duzentos e sessenta reais), o
exequente requereu a realização de pesquisa pelo sistema Renajud, Infojud, além da expedição
de alvará para levantamento dos R$ 260,00 e, subsidiariamente, da penhora de marca da executada. 2.1.
Com efeito, verifica-se que o exequente, antes mesmo de tomar as medidas administrativas cabÃ-veis com
vistas à localização de bens (móveis e/ou imóveis) em nome do devedor, preferiu solicitar a
intervenção do Poder Judiciário para a obtenção de diligências que pode e deve realizar. A
jurisprudência desta Corte de Justiça é clara no sentido de que cabe ao exequente esgotar
comprovadamente todos os meios a seu cargo para a localização de bens do devedor. Nesse sentido:
"AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO DE INSTRUMENTO. PROCESSO CIVIL. EXECUÃÃO.
EXPEDIÃÃO DE OFÃCIO Ã RECEITA FEDERAL. MEDIDA EXCEPCIONAL. IMPOSSIBILIDADE. 1. O
acórdão recorrido está em consonância com a jurisprudência deste C. Superior Tribunal de Justiça,
firmada no sentido de que 'a expedição de ofÃ-cio à Receita Federal, para fornecimento de
informações, é providência admitida excepcionalmente, justificando-se tão somente quando
demonstrado ter o credor esgotado todos os meios à sua disposição para encontrar bens passÃ-veis de
penhora, o que não ocorre no caso dos autos' (AgRg no REsp nº 595.612/DF, Relator o Ministro HÃLIO
QUAGLIA BARBOSA, 4ª Turma, DJ 11/02/2008). 2. Em relação ao pedido de informações para
fins de localização do endereço do executado 'o raciocÃ-nio a ser utilizado nesta hipótese deverá ser
o mesmo dos casos em que se pretende localizar bens do devedor, pois tem o contribuinte ou o titular de
conta bancária direito à privacidade relativa aos seus dados pessoais, além do que não cabe ao
Judiciário substituir a parte autora nas diligências que lhe são cabÃ-veis para demandar em juÃ-zo.'
(REsp nº 306.570/SP, Relatora a Ministra ELIANA CALMON, DJU de 18/02/2002). 3. Agravo regimental
a que se nega provimento." (AgRg no Ag 1.386.116/MS, Rel. Ministro RAUL ARAÃJO, QUARTA TURMA,
julgado em 26.4.2011, DJe 10.5.2011.) PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS RECEBIDOS COMO
AGRAVO REGIMENTAL. DILIGÃNCIA PARA LOCALIZAÃÃO DO DEVEDOR. EXPEDIÃÃO DE OFÃCIOS
A REPARTIÃÃES E ÃRGÃOS PÃBLICOS. INDEFERIMENTO PELO TRIBUNAL ESTADUAL.
ORIENTAÃÃO HARMÃNICA COM O ENTENDIMENTO DO STJ. I. O ônus da localização do devedor
e de seus bens cabe à parte interessada e não ao juÃ-zo, que não é seu coadjuvante ou auxiliar
nessa busca. II. Precedentes do STJ. III. Agravo improvido. (AgRg no Ag 498.264/SP, Rel. Min. ALDIR
PASSARINHO JÃNIOR, QUARTA TURMA, DJ 22.9.03); Processual civil. Recurso especial. Ação de
execução. Informações sobre o devedor. Expedição de ofÃ-cios a órgãos da administração
pública. Impossibilidade. - Não se mostra cabÃ-vel pedido de expedição de ofÃ-cios a órgãos da
administração pública com o objetivo de serem fornecidas informações sobre o devedor, formulado
no exclusivo interesse do credor, pois recai nele o ônus de diligenciar no sentido de obter tais dados.
Precedentes. (REsp 328.862/RS, Relª. p/ Ac. Min. NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, DJ 2.12.02).
Todavia, este não é o caso dos autos. Isto porque o exequente não conseguiu comprovar ter efetuado
qualquer diligência na busca de informações sobre a existência de bens (móveis e/ou imóveis) em
nome do devedor. Aqui, importante consignar que os convênios realizados entre os órgãos do Poder
Judiciário e a Receita Federal (Infojud), o Departamento Nacional de Trânsito (Renajud), dentre outros,
tem por escopo municiar o Judiciário com informações relevantes, muitas vezes imprescindÃ-veis Ã
prestação jurisdicional, e não transferir a ele o ônus de localizar bens de executado, assumindo
ônus do exeqüente. 3. Outrossim, em relação ao pedido subsidiário de penhora do Registro de
Marca n. 818874929, antes de sua apreciação, o exequente deverá buscar e indicar bens móveis
e/ou imóveis nos órgãos competentes, em nome do executado, a fim de se evitar eventual infringência
ao princÃ-pio da menor onerosidade previsto no art. 620 do CPC, já que o valor a ser executado é bem
razoável e que o valor da marca pode ser extremamente elevado. Aqui, importante frisar que nossa lei
processual, no art. 791, inciso III, prevê a possibilidade de suspensão da execução quando o
devedor não possuir bens penhoráveis, até que o executado passe a ter bens passÃ-veis de penhora.
4. Ante o exposto, como o credor não demonstrou ter esgotado todos os meios à sua disposição para
encontrar bens móveis e/ou imóveis passÃ-veis de penhora, indefiro os pedidos de expedição de
ofÃ-cios ao Infojud e Renajud. 5. No mais, apreciarei os demais pedidos após a indicação de bens
móveis e/ou imóveis em nome do executado, pelo que concedo prazo de 30 dias ao exequente.
Publique-se. Intime-se. BrasÃ-lia (DF), 10 de novembro de 2014. Ministro Luis Felipe Salomão Ministro
(STJ - ExeAR: 4877 SP 2014/0129165-6, Relator: Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, Data de
Publicação: DJ 19/11/2014) (grifos nossos). Na mesma linha: A.I. 7.097.285-5 TJ/SP, 16ª Câmara
de Direito Privado Rel. Candido Alem: REQUISIÃÃO DE INFORMAÃÃES - Expedição de ofÃ-cios -
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
do que afirma o julgado, o pedido de homologação de acordo não previa a extinção do feito, mas
apenas a suspensão do processo até o pagamento do acordo.          à o que havia a
relatar. Decido          Nos termos do art. 1022, inciso I, do CPC, os embargos declaratórios
são cabÃ-veis para a eliminar contradição, omissão, obscuridade e erro material.         Â
Ocorre que, de fato, há erro material na sentença guerreada, uma vez que de fato o pedido de
homologação estabelecia que extinção do feito deveria ocorrer após o cumprimento do acordo,
ficando suspenso o feito até o cumprimento da obrigação.          Ante o exposto, com
fundamento no art. 1022, I, do CPC, CONHEÃO dos Embargos de Declaração opostos e DOU-LHES
PROVIMENTO.          Portanto, altero o DISPOSITIVO da sentença guerreada e onde se
lê:          ¿HOMOLOGO por sentença o acordo firmado entre as partes DETERMINANDO
A EXTINÃÃO do processo¿,          Leia-se:          ¿HOMOLOGO por
sentença o acordo firmado entre as partes e determino a suspensão do feito nos termos do art. 922 do
CPC, ficando os autos acautelados em secretaria até o cumprimento da obrigação¿       Â
  Porém, tendo o informado às fls. 127 dou prosseguimento ao feito e determino à serventia judicial
que certifique quanto ao a citação dos requeridos, conforme carta expedidas à s fls. 88/90.      Â
   Após, considerando a Portaria nº 1304/2021 - GP deste E. TJPA; considerando a necessidade de
adequar-se às exigências do CNJ, a fim de assegurar economia e celeridade processual; considerando
o interesse deste JuÃ-zo em proporcionar aos jurisdicionados uma tramitação processual mais efetiva;
DETERMINO A DIGITALIZAÃÃO DOS PRESENTES AUTOS, observadas as cautelas de praxe e em tudo
certificado nos autos, devendo a UPJ adotar as providências necessárias para tanto.         Â
Em seguida, façam-me os autos conclusos.          Publique-se. Registre-se. Intime-se.  Â
       Belém, 02 de dezembro de 2021.          DANIELLE KAREN DA SILVEIRA
ARAÃJO LEITE          JuÃ-za de Direito, respondendo pela 5ª Vara CÃ-vel da Capital
PROCESSO: 00283743020078140301 PROCESSO ANTIGO: 200710889394
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o: Embargos
à Execução em: 06/12/2021 EMBARGADO:BBM INDUSTRIA, COMERCIO E EXPORTACAO DE
MADEIRAS Representante(s): PATYELLE FERREIRA FARIA (ADVOGADO) EMBARGANTE:ASTURIAS
IMPORTACAO E EXPORTACAO LTDA Representante(s): MARCELO PEREIRA E SILVA (ADVOGADO)
ANNA MARYSOL LEITE DE SOUZA (ADVOGADO) . Tendo em vista a petição de fl. 66, por meio do
qual o patrono do Embargante, habilitado no feito, informa a RENÃNCIA aos poderes ad judicia et extra
outrora outorgados, resolvo: 1. SUSPENDO a ação em epÃ-grafe, com fulcro no art. 76, caput, do CPC,
até que seja sanado o defeito na capacidade postulatória ou até ulterior deliberação; 2. INTIME-SE
o embargante, ASTRURIAS IMPORTAÃÃO E EXPORTAÃÃO, pessoalmente, por meio do seu
representante legal, mediante carta postal com aviso de recebimento (AR), para que, no prazo de 10 (dez)
dias, querendo, constitua novo advogado nos autos, na forma do art. 76, §1º, I, do CPC; 3. Decorrido o
perÃ-odo acima, com ou sem manifestação, neste último caso devidamente certificado, voltem os
autos conclusos; 4. Servirá a presente, por cópia digitalizada, como carta de intimação, nos termos
do provimento n. 003/2009-CJRMB; P. R. I. C.          Belém /PA, 21/10/2021. Roberto
Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital 303 PROCESSO:
00290190620138140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o: Busca e Apreensão em Alienação Fiduciária em: 06/12/2021
AUTOR:BANCO PSA FINANCE BRASIL SA Representante(s): OAB 14305 - CARLOS GONDIM NEVES
BRAGA (ADVOGADO) OAB 298933 - SERGIO SCHULZE (ADVOGADO) REU:RENATO RAIMUNDO
PACHECO LIRA. Dispõe o art. 4º do Decreto-Lei nº 911/69, já com a alteração da Lei nº
13.043/2014: Art. 4o Se o bem alienado fiduciariamente não for encontrado ou não se achar na posse
do devedor, fica facultado ao credor requerer, nos mesmos autos, a conversão do pedido de busca e
apreensão em ação executiva, na forma prevista no CapÃ-tulo II do Livro II da Lei no 5.869, de 11 de
janeiro de 1973 - Código de Processo Civil. (Redação dada pela Lei nº 13.043, de 2014).
Considerando o pedido de fls. 58/60, bem como o teor da certidão de fl. 34, CONVERTO a AÃÃO DE
BUSCA E APREENSÃO em EXECUÃÃO, nos termos do artigo 4º do Decreto-Lei nº 911/69, razão
pela qual determino: 1. Cite-se o executado (endereço indicado à fl. 59) para, no prazo de 3 (três) dias,
contado da citação, efetuar o pagamento da dÃ-vida (CPC, artigo 829). 2. Nos termos do artigo 827 do
Código de Processo Civil, fixo os honorários advocatÃ-cios a serem pagos pelo (s) executado (s) em 10%
(dez por cento) sobre o valor da execução. 3. Expeça-se mandado de citação, penhora e
avaliação de bens, constando expressamente do mandado que no caso de integral pagamento no
prazo de 3 (três) dias, a verba honorária será reduzida para metade, ou seja, para 5% (cinco por cento)
do valor do débito (CPC, artigo 827, § 1º). 3.1. Conste, também, que o executado,
independentemente de penhora, depósito ou caução, poderá opor-se à execução por meio de
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
embargos no prazo de 15 (quinze) dias. 3.2. Do mandado também deverá constar que se o oficial de
justiça não encontrar o executado, arrestar-lhe-á tantos bens quantos bastem para garantir a
execução e que nos 10 (dez) dias seguintes à efetivação do arresto, procurará o executado 2
(duas) vezes em dias distintos e, havendo suspeita de ocultação, realizará a citação com hora certa
(CPC, artigos 252/254), certificando pormenorizadamente o ocorrido (CPC, artigo 830 e § 1º). 4.
Decorrido o prazo de 3 (três) dias sem pagamento, deverá o senhor oficial de justiça proceder de
imediato à penhora de bens, tantos quantos bastem para o pagamento do principal atualizado, juros,
custas e honorários advocatÃ-cios, e a sua avaliação, lavrando o respectivo auto, intimando-se, na
mesma oportunidade, o (s) executado (s) (CPC, artigo 841, § 3º) e seu cônjuge, caso a penhora recaia
sobre bem imóvel ou direito real sobre imóvel (CPC, artigo 842). 5. Servirá o presente, por cópia
digitada, como mandado de citação, penhora ou arresto. Cumpra-se na forma e sob as penas da Lei.
Int. (Provimentos nº. 003 e 011/2009-CJRMB).               Belém/PA, 21/10/2021.
Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital 303
PROCESSO: 00295540320118140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o:
Cumprimento de sentença em: 06/12/2021 EXEQUENTE:BANCO ITAÚ S/A Representante(s): OAB
151056 - MAURICIO COIMBRA GUILHERME FERREIRA (ADVOGADO) EXECUTADO:LUFEMA
REPRESENTAÇÃO LTDA EXECUTADO:MARTHA MARHY GUEDES EXECUTADO:LUIZ AUGUSTO
FERNANDES VIEIRA. DESPACHO Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Intime-se a parte exequente para manifestar-
se, no prazo de 15 (quinze) dias, acerca da petição de fls. 71/76.            Caso
contrário, permanecendo o processo parado por mais de 30 (trinta) dias, intime-se a parte requerente,
pessoalmente, para, no prazo de 05 dias, manifestar-se quanto ao interesse no prosseguimento do feito,
requerendo o que entender de direito, sob pena de extinção do processo (art. 485, III, §1º,
CPC/2015).            Após o prazo, certificar acerca da manifestação e fazer os autos
conclusos.            SE NECESSÃRIO, SERVIRà CÃPIA DESTE (A)
DESPACHO/DECISÃO COMO MANDADO conforme autorizado pelo PROVIMENTO CJ/CI 003/2009,
devendo o Sr. Diretor Observar o disposto em seus nos artigos 3º e 4º. Belém/PA, 21/10/2021.
ROBERTO ANDRES ITZCOVICH Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial de Belém 303
PROCESSO: 00304678320098140301 PROCESSO ANTIGO: 200910661047
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o:
Procedimento Comum Cível em: 06/12/2021 REU:AGROPECUARIA RIO SAO JOAO S/A AUTOR:BANCO
DA AMAZONIA BASA Representante(s): OAB 10176 - ARNALDO HENRIQUE ANDRADE DA SILVA
(ADVOGADO) OAB 3501 - JOSE EVILASIO MESQUITA VALENTE (ADVOGADO) . Ã UPJ para certificar
acerca da citação do requerido e eventual decurso de prazo para contestação. Após, conclusos.
BELÃM/PA, 05/11/2021.   Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ªVara CÃ-vel e
Empresarial da Capital 303 PROCESSO: 00307251220078140301 PROCESSO ANTIGO: 200710958686
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o: Petição
Cível em: 06/12/2021 REU:FUNDACAO VOLUNTARIOS DA ALEGRIA AUTOR:MINISTERIO PUBLICO
DO ESTADO DO PARA Representante(s): ROSANGELA CHAGAS DE NAZARE (ADVOGADO) . Vistos,
etc.            Compulsando os autos, verifica-se que a petição de fls. 25/31 (aditamento Ã
petição inicial) informa endereço atualizado da parte requerida, ainda não citada. Dessa forma,
renove-se a diligência citatória no endereço constante na referida petição, nos termos da decisão
de fl. 20.            Apresentada contestação, intime-se a parte requerente para, no prazo
de 15 (quinze) dias úteis, manifestar-se em réplica            Após, conclusos.     Â
       BELÃM/PA, 04/11/2021.   ROBERTO ANDRÃS ITZCOVICH Juiz de Direito Titular da
4ª Vara CÃ-vel e Empresarial de Belém   303 PROCESSO: 00307450920078140301 PROCESSO
ANTIGO: 200710959494 MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES
ITZCOVICH A??o: Execução de Título Extrajudicial em: 06/12/2021 EXEQUENTE:SOLUCION
REPRESENTACAO E DISTRIBUICAO DE PRODUTOS DE INFORMATICA LTDA Representante(s):
THAIS CAMPOS IKETANI (ADVOGADO) OAB 15326 - MAURICIO ALBUQUERQUE COELHO
(ADVOGADO) OAB 11889 - ARIANI DE NAZARE AFONSO NOBRE (ADVOGADO) OAB 11962 -
ADRIANA AFONSO NOBRE (ADVOGADO) EXECUTADO:JUTAI EQUIPAMENTOS ELETRONICOS
LTDA. Intime-se a parte requerente, pessoalmente, para, no prazo de 05 dias, manifestar-se quanto ao
interesse no prosseguimento do feito, requerendo o que entender de direito, sob pena de extinção do
processo (art. 485, III, §1º, CPC/2015).            Em caso positivo, deverá o autor, no
mesmo prazo, observar o disposto no ato ordinatório de fl. 216.            Após o prazo,
certificar acerca da manifestação e fazer os autos conclusos.            SE
NECESSÃRIO, SERVIRÃ CÃPIA DESTE (A) DESPACHO/DECISÃO COMO MANDADO conforme
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
autorizado pelo PROVIMENTO CJ/CI 003/2009, devendo o Sr. Diretor Observar o disposto em seus nos
artigos 3º e 4º.            Belém/PA, 20/10/2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz de
Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital 303 PROCESSO: 00312723020148140301
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES
ITZCOVICH A??o: Busca e Apreensão em Alienação Fiduciária em: 06/12/2021 REQUERENTE:BANCO
BRADESCO SOCIEDADE ANONIMA Representante(s): OAB 18335 - ISANA SILVA GUEDES
(ADVOGADO) OAB 20455-A - MAURO PAULO GALERA MARY (ADVOGADO) OAB 18335 - CLAUDIO
KAZUYOSHI KAWASAKI (ADVOGADO) OAB 20455-A - MAURO PAULO GALERA MARI (ADVOGADO)
REQUERIDO:HELIO HENRIQUE BAGUNDES DE ARAUJ. Dispõe o art. 4º do Decreto-Lei nº 911/69,
já com a alteração da Lei nº 13.043/2014: Art. 4o Se o bem alienado fiduciariamente não for
encontrado ou não se achar na posse do devedor, fica facultado ao credor requerer, nos mesmos autos,
a conversão do pedido de busca e apreensão em ação executiva, na forma prevista no CapÃ-tulo II
do Livro II da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Código de Processo Civil. (Redação dada pela
Lei nº 13.043, de 2014). Considerando o pedido de fls. 99/102, bem como o teor da certidão de fl. 48,
CONVERTO a AÃÃO DE BUSCA E APREENSÃO em EXECUÃÃO, nos termos do artigo 4º do Decreto-
Lei nº 911/69, razão pela qual determino: 1. Cite-se o executado para, no prazo de 3 (três) dias,
contado da citação, efetuar o pagamento da dÃ-vida (CPC, artigo 829). 2. Nos termos do artigo 827 do
Código de Processo Civil, fixo os honorários advocatÃ-cios a serem pagos pelo (s) executado (s) em 10%
(dez por cento) sobre o valor da execução. 3. Expeça-se mandado de citação, penhora e
avaliação de bens, constando expressamente do mandado que no caso de integral pagamento no
prazo de 3 (três) dias, a verba honorária será reduzida para metade, ou seja, para 5% (cinco por cento)
do valor do débito (CPC, artigo 827, § 1º). 3.1. Conste, também, que o executado,
independentemente de penhora, depósito ou caução, poderá opor-se à execução por meio de
embargos no prazo de 15 (quinze) dias. 3.2. Do mandado também deverá constar que se o oficial de
justiça não encontrar o executado, arrestar-lhe-á tantos bens quantos bastem para garantir a
execução e que nos 10 (dez) dias seguintes à efetivação do arresto, procurará o executado 2
(duas) vezes em dias distintos e, havendo suspeita de ocultação, realizará a citação com hora certa
(CPC, artigos 252/254), certificando pormenorizadamente o ocorrido (CPC, artigo 830 e § 1º). 4.
Decorrido o prazo de 3 (três) dias sem pagamento, deverá o senhor oficial de justiça proceder de
imediato à penhora de bens, tantos quantos bastem para o pagamento do principal atualizado, juros,
custas e honorários advocatÃ-cios, e a sua avaliação, lavrando o respectivo auto, intimando-se, na
mesma oportunidade, o (s) executado (s) (CPC, artigo 841, § 3º) e seu cônjuge, caso a penhora recaia
sobre bem imóvel ou direito real sobre imóvel (CPC, artigo 842). 5. Servirá o presente, por cópia
digitada, como mandado de citação, penhora ou arresto. Cumpra-se na forma e sob as penas da Lei.
Int. (Provimentos nº. 003 e 011/2009-CJRMB).               Belém/PA, 19/10/2021.
Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital 303
PROCESSO: 00316647220118140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o: Execução
de Título Extrajudicial em: 06/12/2021 AUTOR:FLYTOUR AGENCIA DE VIAGENS E TURISMO LTDA
Representante(s): OAB 141662 - DENISE MARIN (ADVOGADO) OAB 237666 - RENATO NARDINI
MAZETO (ADVOGADO) REU:PORTOBELO VIAGENS TURISMO E REPRESENTACOES LTDA
REU:FERNANDO MARCIO DINIZ SILVA. Processo nº: 0031664-72.2011.8.14.0301 Requerente:Â
FLYTOUR AGÃNCIA DE VIAGENS E TURISMO LTDA. Requeridos: PORTOBELO VIAGENS, TURISMO
E REPRESENTAÃÃES LTDA e FERNANDO MÃRCIO DINIZ SILVA SENTENÃA Â Â Â Â Â Â Â Â Â
RELATÃRIO          O processo seguiu seu trâmite normal até que, por negligência das
partes, estagnou.          Há mais de 1 (um) ano que não se tem notÃ-cia nos autos de
requerimento da parte interessada visando o seu prosseguimento. Â Â Â Â Â Â Â Â Â FUNDAMENTAÃÃO
         Como se observa dos autos, é patente a negligência das partes e, por conseguinte,
o desinteresse no feito.          Diante disso, em que pese os termos da lei, não vejo
necessária, in casu, a intimação das partes para dar continuidade ao processo, fato que se constituiria
em perda de tempo, aliás, em face da intenção implÃ-cita no sentido da extinção do feito.     Â
    Exigir, num caso como este, a intimação da parte para que promova o andamento de feito, de
seu privativo interesse, seria fazer uma interpretação da lei desprovida de teleologia e finalidade.   Â
      Sabido é que a lei oferta multifárias intelecções possÃ-veis, inexistindo uma única justa,
correta ou verdadeira. Dentre elas deve o juiz acolher a mais tolerável, aceitável, lógica.       Â
  A interpretação teleológica é, neste caso, a única tolerável, aceitável, lógica, é a de que a
lei, ao dizer que seja o autor intimado pessoalmente para suprir a falta, em 5 (cinco) dias. (CPC, art. 485,
§ 1º), ¿quando o autor abandonar a causa por mais de 30 dias (trinta) dias.¿, quer dizer exatamente
421
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
isso: que seja o autor intimado, quando abandonar a causa por mais de dias (30), por exemplo, por 35
(trinta e cinco) ou 40 (quarenta) dias. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Se quisesse a lei que o autor fosse intimado
quando abandona a causa por meses, diria: que seja intimado quando abandona por mais de um mês;
por mais de 2 (dois) meses, ou, até, por mais de 60 (sessenta) dias (que é, em meses, mais de um,
isto é, um mês ou mais).          Ao dizer a lei ¿mais de 30¿, implicitamente põe o limite
de 60 (sessenta). Do contrário, se quisesse significar meses, diria meses. Se quisesse falar em até 3
(três) meses, poderia dizer mais de 60 (sessenta) dias.          A lei não quer a intimação
do autor, cuja displicência é tal que abandona a causa por meses ou anos, como é o caso de autos. Â
        O deslinde da causa é exclusivo interesse dos envolvidos e, se por alguma razão,
esses não colaboram para impulsionar o feito, refoge a este JuÃ-zo prosseguir até a decisão
meritória.          No caso, frise-se que não há questão pendente a ser decidida pelo
JuÃ-zo. A situação depende do querer da parte. Conclui-se assim que o maior interessado deixou
processo paralisado por mais de um ano sem que procurasse o JuÃ-zo ou promovesse os atos e
diligências necessárias ao andamento do feito.          Muito embora a lei processual preveja
a necessidade de intimar a parte a dar andamento ao feito antes da extinção, diante do perfil atual do
Processo Civil isso não é mais obrigatório e sim facultativo.          Atualmente, ao Juiz é
atribuÃ-da a tarefa de impulsionar o processo e não assumi-lo, imiscuindo-se cada vez menos, de modo a
não influenciar na direção do processo. Não cabe ao magistrado perquirir em nome delas o direito
almejado ou procurar de ofÃ-cio as razões que as levaram a abandonar a causa.          Ante
a negligência da parte, não há outro caminho senão a extinção do feito.         Â
DISPOSITIVO Â Â Â Â Â Â Â Â Â Isto posto, de ofÃ-cio, com lastro no art. 485, inciso II, do CPC/2015 julgo
extinto o processo, sem resolução do mérito.          Custas na forma da lei.      Â
   Decorrido o prazo legal e certificado o trânsito em julgado, arquivar autos, observadas as
formalidades legais.          P.R.I.C. Belém/PA, 19/10/2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz
de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital 303 PROCESSO: 00317873720078140301
PROCESSO ANTIGO: 200710992262 MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO
ANDRES ITZCOVICH A??o: Monitória em: 06/12/2021 REU:LUHANA SILVA DOS SANTOS
Representante(s): OAB 6800 - KLEVERSON GOMES ROCHA (ADVOGADO) AUTOR:BANCO HSBC
BANK BRASIL SA BANCO MULTIPLO Representante(s): OAB 12911 - DENIS VINICIUS RODRIGUES
RENAULT (ADVOGADO) OAB 18694-A - VERIDIANA PRUDENCIO RAFAEL (ADVOGADO) OAB 20636-
A - PATRICIA PONTAROLI JANSEN (ADVOGADO) OAB 13846-A - CRISTIANE BELINATI GARCIA
LOPES (ADVOGADO) FABIO GUY LUCAS MOREIRA (ADVOGADO) VANILDO DE SOUZA LEAO FILHO
(ADVOGADO) REU:ARTHEMIO SILVA DOS SANTOS - ME Representante(s): OAB 12428 - FLAVIA DE
AGUIAR CORREA (ADVOGADO) OAB 6800 - KLEVERSON GOMES ROCHA (ADVOGADO) MARTHA
HENRIQUE MOREIRA SANTOS (ADVOGADO) . 1.      Em atenção à decisão de fl. 106 e
certidão de fl. 109, observado o grau de especialidade e complexidade da perÃ-cia, fixo os honorários
provisórios em R$ 370,00 (trezentos e setenta reais), nos termos do Provimento Conjunto nº 010/2016 -
CJRMB/CJCI. 2.     Intime-se o réu para recolher as custas devidas, no prazo de 30 (trinta) dias,
sob pena de indeferimento por desistência tácita. 3.     Após, cumpra-se os demais termos da
decisão de fl. 106. Belém/PA, 18/11/2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª
Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital 303 PROCESSO: 00329542520118140301 PROCESSO ANTIGO: ---
- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o:
Reintegração / Manutenção de Posse em: 06/12/2021 AUTOR:SANTANDER LEASING S/A
ARRENDAMENTO MERCANTIL S/A Representante(s): OAB 24521 - FLAVIA DE ALBUQUERQUE LIRA
(ADVOGADO) OAB 16888 - ANDREIA CRISTINA DE JESUS RIBEIRO E SILVA (ADVOGADO) OAB
18694-A - VERIDIANA PRUDENCIO RAFAEL (ADVOGADO) REU:CASSIO ROBERTO PANTOJA SILVA.
Dispõe o art. 4º do Decreto-Lei nº 911/69, já com a alteração da Lei nº 13.043/2014: Art. 4o Se o
bem alienado fiduciariamente não for encontrado ou não se achar na posse do devedor, fica facultado
ao credor requerer, nos mesmos autos, a conversão do pedido de busca e apreensão em ação
executiva, na forma prevista no CapÃ-tulo II do Livro II da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 - Código
de Processo Civil. (Redação dada pela Lei nº 13.043, de 2014). Considerando o pedido de fls. 34/38,
bem como o teor da certidão de fl. 29, CONVERTO a AÃÃO DE REINTEGRAÃÃO DE POSSE em
EXECUÃÃO, nos termos do artigo 4º do Decreto-Lei nº 911/69, razão pela qual determino: 1. Cite-se
o executado, no endereço indicado à fl. 31 para, no prazo de 3 (três) dias, contado da citação,
efetuar o pagamento da dÃ-vida (CPC, artigo 829). 2. Nos termos do artigo 827 do Código de Processo
Civil, fixo os honorários advocatÃ-cios a serem pagos pelo (s) executado (s) em 10% (dez por cento)
sobre o valor da execução. 3. Expeça-se mandado de citação, penhora e avaliação de bens,
constando expressamente do mandado que no caso de integral pagamento no prazo de 3 (três) dias, a
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
verba honorária será reduzida para metade, ou seja, para 5% (cinco por cento) do valor do débito
(CPC, artigo 827, § 1º). 3.1. Conste, também, que o executado, independentemente de penhora,
depósito ou caução, poderá opor-se à execução por meio de embargos no prazo de 15 (quinze)
dias. 3.2. Do mandado também deverá constar que se o oficial de justiça não encontrar o executado,
arrestar-lhe-á tantos bens quantos bastem para garantir a execução e que nos 10 (dez) dias seguintes
à efetivação do arresto, procurará o executado 2 (duas) vezes em dias distintos e, havendo suspeita
de ocultação, realizará a citação com hora certa (CPC, artigos 252/254), certificando
pormenorizadamente o ocorrido (CPC, artigo 830 e § 1º). 4. Decorrido o prazo de 3 (três) dias sem
pagamento, deverá o senhor oficial de justiça proceder de imediato à penhora de bens, tantos quantos
bastem para o pagamento do principal atualizado, juros, custas e honorários advocatÃ-cios, e a sua
avaliação, lavrando o respectivo auto, intimando-se, na mesma oportunidade, o (s) executado (s) (CPC,
artigo 841, § 3º) e seu cônjuge, caso a penhora recaia sobre bem imóvel ou direito real sobre imóvel
(CPC, artigo 842). 5. Servirá o presente, por cópia digitada, como mandado de citação, penhora ou
arresto. Cumpra-se na forma e sob as penas da Lei. Int. (Provimentos nº. 003 e 011/2009-CJRMB).  Â
            Belém/PA, 31/08/2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da
4ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital 303 PROCESSO: 00339006620088140301 PROCESSO
ANTIGO: 200810956960 MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES
ITZCOVICH A??o: Busca e Apreensão em Alienação Fiduciária em: 06/12/2021 AUTOR:BANCO
BRADESCO SA Representante(s): OAB 18335 - ISANA SILVA GUEDES (ADVOGADO) OAB 18335 -
CLAUDIO KAZUYOSHI KAWASAKI (ADVOGADO) REU:MARIA JOSE AMARAL DA CUNHA. Intime-se a
parte requerente, pessoalmente, para, no prazo de 05 dias, manifestar-se quanto ao interesse no
prosseguimento do feito, requerendo o que entender de direito, sob pena de extinção do processo (art.
485, III, §1º, CPC/2015).          Após o prazo, certificar acerca da manifestação e
fazer os autos conclusos.            SE NECESSÃRIO, SERVIRà CÃPIA DESTE (A)
DESPACHO/DECISÃO COMO MANDADO conforme autorizado pelo PROVIMENTO CJ/CI 003/2009,
devendo o Sr. Diretor Observar o disposto em seus nos artigos 3º e 4º.           Â
Belém/PA, 05/11/2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e
Empresarial da Capital 303 PROCESSO: 00340890420138140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o: Busca e
Apreensão em Alienação Fiduciária em: 06/12/2021 REQUERENTE:AYMORE CREDITO
FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO SA Representante(s): OAB 894-B - PAULO HENRIQUE FERREIRA
(ADVOGADO) OAB 13846-A - CRISTIANE BELINATI GARCIA LOPES (ADVOGADO)
REQUERIDO:JOAQUIM RIBEIRO CHAVES Representante(s): OAB 18004 - HAROLDO SOARES DA
COSTA (ADVOGADO) OAB 15650 - KENIA SOARES DA COSTA (ADVOGADO) . Autos nº 0034089-
04.2013.8.14.0301 Autor: AYMORà CRÃDITO, FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO S/A Réu:
JOAQUIM RIBEIRO CHAVES SENTENÃA Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â RELATÃRIO Â Â Â Â Â Â Â Â Â
     JOAQUIM RIBEIRO CHAVES, requerido na Ação de Busca e Apreensão em Alienação
Fiduciária movida por AYMORà CRÃDITO, FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO S/A, ambos
qualificados na inicial, intentou EMBARGOS DE DECLARAÃÃO alegando a existência de omissão na
sentença de fl. 58, que julgou extinta a ação sem resolução de mérito.            Â
  O embargante alega que a sentença embargada foi omissa porque deixou de condenar a parte
autora ao pagamento dos honorários advocatÃ-cios.               FUNDAMENTAÃÃO Â
             Quanto aos embargos de declaração, o CPC/2015, art. 1022, verbo ad
verbum reza: Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para: I - esclarecer
obscuridade ou eliminar contradição; II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual deveria se
pronunciar o juiz de ofÃ-cio ou a requerimento; III - corrigir erro material. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â
Nesse contexto, insta esclarecer que os embargos de declaração constituem recurso de
fundamentação vinculada, o que significa que somente podem ser manejados ante a constatação
das taxativas hipóteses previstas em lei - omissão, obscuridade, contradição do julgado ou para
corrigir erros materiais, ainda que o Superior Tribunal de Justiça venha admitindo de forma excepcional,
limitada a situações teratológicas, os embargos de declaração com efeitos infringentes, nos quais a
fundamentação não estará vinculada às hipótese legais da omissão, obscuridade e
contradição. Destinam-se, portanto, a complementar ou aclarar as decisões judiciais latu sensu,
quando nesta se verificar algum dos mencionados vÃ-cios. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Ã o que se extrai
da seguinte lição: ¿(...) os casos previstos para manifestação dos embargos declaratórios são
especÃ-ficos, de modo que somente são admissÃ-veis quando houver obscuridade, contradição ou
omissão em questão (ponto controvertido) sobre o qual deveria o juiz ou tribunal pronunciar-se
necessariamente. Os embargos de declaração são espécie de recurso de fundamentação
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
supostos vÃ-cios existentes na sentença de fl. 263, ao argumento de que a sentença contém
disposições que padeceriam de omissão.               Em resumo, alega que, de
acordo com o PrincÃ-pio da Causalidade, há dever de a parte que causa o dano ou que desencadeia o
esforço materializado no processo, injustamente, pagar pelos prejuÃ-zos causados, dentre eles, o
pagamento de honorários advocatÃ-cios.               Devidamente intimado, o
embargado apresentou contrarrazões (fls. 287/292).               Eis o relatório.
Fundamento e Decido.               Quanto aos embargos de declaração, o CPC, art.
1022, verbo ad verbum reza: Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para: I
- esclarecer obscuridade ou eliminar contradição; II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o
qual deveria se pronunciar o juiz de ofÃ-cio ou a requerimento; III - corrigir erro material. Â Â Â Â Â Â Â Â Â
     Nesse contexto, insta esclarecer que os embargos de declaração constituem recurso de
fundamentação vinculada, o que significa que somente podem ser manejados ante a constatação
das taxativas hipóteses previstas em lei - omissão, obscuridade, contradição do julgado ou para
corrigir erros materiais, ainda que o Superior Tribunal de Justiça venha admitindo de forma excepcional,
limitada a situações teratológicas, os embargos de declaração com efeitos infringentes, nos quais a
fundamentação não estará vinculada às hipótese legais da omissão, obscuridade e
contradição. Destinam-se, portanto, a complementar ou aclarar as decisões judiciais latu sensu,
quando nestas se verificar algum dos mencionados vÃ-cios. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Ã o que se extrai
da seguinte lição: ¿(...) os casos previstos para manifestação dos embargos declaratórios são
especÃ-ficos, de modo que somente são admissÃ-veis quando houver obscuridade, contradição ou
omissão em questão (ponto controvertido) sobre o qual deveria o juiz ou tribunal pronunciar-se
necessariamente. Os embargos de declaração são espécie de recurso de fundamentação
vinculada.¿               Todavia, não se vislumbram no presente caso quaisquer dos
vÃ-cios que autorizam o acolhimento dos aclaratórios. O mero inconformismo da parte com decisão que
lhe é desfavorável não constitui fundamento idôneo para modificar o decisum pela via dos embargos
de declaração, porquanto essa via recursal não pode ser utilizada para rediscussão da matéria
apreciada, devendo a parte, para tanto, manejar recurso próprio.               A
sentença proferida foi precisa quanto aos seus fundamentos, não havendo que se falar em omissão
em sua parte dispositiva.               Vejamos a jurisprudência atual que é clara e
alinhada ao posicionamento do juÃ-zo: PROCESSO CIVIL. EXTINÃÃO SEM JULGAMENTO DO MÃRITO.
ACORDO EXTRAJUDICIAL. HONORÃRIOS ADVOCATÃCIOS. DESCABIMENTO. - Não cabe a
fixação de honorários advocatÃ-cios de sucumbência em razão da extinção do feito sem
resolução do mérito por força de acordo extrajudicial pactuado entre os litigantes, tendo em vista as
concessões mútuas feitas para a solução do litÃ-gio, não havendo falar, portanto, em vencedor e
vencido. (TRF-4 - AC: 50055453020184047002 PR 5005545-30.2018.4.04.7002, Relator: RICARDO
TEIXEIRA DO VALLE PEREIRA, Data de Julgamento: 21/10/2020, QUARTA TURMA).
ADMINISTRATIVO. EXTINÃÃO DA AÃÃO. ACORDO EXTRAJUDICIAL. HONORÃRIOS
ADVOCATÃCIOS. SUCUMBÃNCIA. NÃO CABIMENTO. Não cabe a condenação da parte autora ao
pagamento de honorários advocatÃ-cios por força de acordo extrajudicial pactuado entre os litigantes.
(TRF-4 - AC: 50026986920164047214 SC 5002698-69.2016.4.04.7214, Relator: LUÃS ALBERTO
D'AZEVEDO AURVALLE, Data de Julgamento: 21/03/2019, QUARTA TURMA). CIVIL. PROCESSUAL.
ADMINISTRATIVO. REINTEGRAÃÃO DE POSSE. EXTINÃÃO DA AÃÃO SEM RESOLUÃÃO DO
MÃRITO. ACORDO EXTRAJUDICIAL. HONORÃRIOS ADVOCATÃCIOS. SUCUMBÃNCIA. NÃO
CABIMENTO. Não cabe a condenação da parte autora ao pagamento de honorários advocatÃ-cios
em razão da extinção do feito sem resolução do mérito por força de acordo extrajudicial
pactuado entre os litigantes. (TRF-4 - AC: 50112539620164047110 RS 5011253-96.2016.4.04.7110,
Relator: ROGERIO FAVRETO, Data de Julgamento: 04/09/2018, TERCEIRA TURMA). APELAÃÃO
CÃVEL. PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS A EXECUÃÃO. ACORDO EXTRAJUDICIAL. HONORÃRIOS
ADVOCATÃCIOS. ESTIPULADOS NA AVENÃA FIRMADA ENTRE AS PARTES. VERBA PAGA
CONFORME SERVIÃOS ADVOCATÃCIOS PRESTADOS. RECURSO DESPROVIDO. 1. No próprio
instrumento do acordo, os recursos previstos na avença para pagamento de honorários advocatÃ-cios
não compreenderiam os honorários contratuais ajustados, porquanto foi devidamente expresso no
acordo, levando-se em conta a prestação de serviços advocatÃ-cios. 2. No acordo firmado entre as
partes, há de se estabelecer exatamente os recursos para pagamento, inclusive os relativos aos
honorários advocatÃ-cios, pois o litÃ-gio não perdurou, não havendo que ser estabelecido quando já
integra a cláusula expressa no acordo. 3. O Superior Tribunal de Justiça traz entendimento que
?havendo composição entre as partes quanto à dÃ-vida principal, dispondo expressamente sobre os
honorários advocatÃ-cios (...) não há falar em sucumbência quando não existe vencedor nem
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
vencido, cabendo às partes dispor sobre o ônus do pagamento da verba.? REsp. 1414394/DF, T3 -
TERCEIRA TURMA - Ministro RICARDO VILLAS BÃAS CUEVAS, Data de Julgamento: 22/09/2015, Dje.:
30/09/2015. Recurso desprovido.(TJ-DF 07025854820198070001 DF 0702585-48.2019.8.07.0001,
Relator: ROMEU GONZAGA NEIVA, Data de Julgamento: 11/09/2019, 7ª Turma CÃ-vel, Data de
Publicação: Publicado no DJE : 23/09/2019 . Pág.: Sem Página Cadastrada.).           Â
   Frisa-se, por oportuno, que o mérito da ação não fora apreciado, não sendo sequer
possÃ-vel aferir quem deu causa ao processo e muito menos, quem fora o vencido. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â
   Apesar do que diz o mestre Eliézer Rosa que ¿enquanto a justiça for obra do homem e sempre
o será, a possibilidade de falha não pode ser, a priori, descartada¿ resta evidente que não se cuida
de falha.               Nesse sentido, transcrevo aresto do Superior Tribunal de Justiça:
PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÃÃO NO RECURSO ESPECIAL. ADVOGADO DA
UNIÃO. GRATIFICAÃÃO DE ATIVIDADE EXECUTIVA - GAE. EXCLUSÃO PELA MEDIDA PROVISÃRIA
2.048-26/2000, QUE INSTITUIU A GRATIFICAÃÃO DE DESEMPENHO DE ATIVIDADE JURÃDICA -
GDAJ. AUSÃNCIA DE VÃCIOS DE OMISSÃO, CONTRADIÃÃO OU OBSCURIDADE. INOCORRÃNCIA.
PRETENSÃO DE REEXAME. NÃO CABIMENTO. 1. Os aclaratórios não merecem prosperar, pois o
acórdão embargado não padece de vÃ-cios de omissão, contradição ou obscuridade, na medida
que apreciou a demanda de forma clara e precisa, estando bem delineados os motivos e fundamentos que
a embasam. 2. Não se prestam os embargos de declaração ao reexame da matéria que se constitui
em objeto do decisum, porquanto constitui instrumento processual com o escopo de eliminar do
julgamento obscuridade, contradição ou omissão sobre tema cujo pronunciamento se impunha pela
decisão ou, ainda, de corrigir evidente erro material, consoante reza o art. 535 do CPC. 3. Embargos de
declaração rejeitados. (EDcl no REsp 1353016/AL, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES,
PRIMEIRA SEÃÃO, julgado em 28/08/2013, DJe 03/09/2013). PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE
DECLARAÃÃO. PRECATÃRIO. JUROS DE MORA. PERÃODO COMPREENDIDO ENTRE A
HOMOLOGAÃÃO DO CÃLCULO E A EXPEDIÃÃO DO PRECATÃRIO OU RPV. NÃO INCIDÃNCIA.
AUSÃNCIA DE OBSCURIDADE, CONTRADIÃÃO OU OMISSÃO. REDUÃÃO DO PERCENTUAL DA
MULTA DO ART. 557, § 2º, DO CPC. ACOLHIMENTO PARCIAL. 1. Inexistente qualquer das
hipóteses do art. 535 do CPC, não merecem acolhida embargos de declaração com nÃ-tido caráter
infringente. 2. Embargos de declaração acolhidos, apenas para excluir a multa do art. 557, § 2º, do
CPC. (EDcl no AgRg no REsp 1233813/RS, Rel. Ministra ELIANA CALMON, SEGUNDA TURMA, julgado
em 11/06/2013, DJe 28/08/2013). Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Note-se, portanto, que ao apreciar os
presentes Embargos de Declaração, o julgador encontra-se adstrito às hipóteses taxativas previstas
em lei.               Sendo assim, não havendo omissão, obscuridade ou
contradição a serem afastados, impõe-se a rejeição dos embargos de declaração.      Â
        Isto posto, REJEITO os Embargos de Declaração interpostos, MANTENDO em todos
os seus termos a sentença de fls. 263, com fulcro no art. 1022 e ss do CPC. II.     DA APELAÃÃO
              Inicialmente, convém ressaltar que, nos termos do enunciado nº 1 da
Presidência deste Tribunal de Justiça do Estado do Pará, publicado no Diário de Justiça nº
5936/2016, no dia 28/03/2016, bem como em observância ao enunciado administrativo nº 02 do
Superior Tribunal de Justiça, e arts. 14 e 1.046 do novo Código de Processo Civil, tendo sido o recurso
ora apreciado interposto com fundamento na norma processual de 1973, o seu juÃ-zo de admissibilidade
deverá ser exercido na forma prevista no código revogado, conforme adiante transcrito: ENUNCIADO 1
do TJE-PA: NOS RECURSOS INTERPOSTOS COM FUNDAMENTO NO CPC DE 1973 (IMPUGNANDO
DECISÃES PUBLICADAS ATà 17/03/2016) SERÃO AFERIDOS, PELOS JUÃZOS DE 1º GRAU, OS
REQUISITOS DE ADMISSIBILIDADE NA FORMA PREVISTA NESTE CÃDIGO, COM AS
INTERPRETAÃÃES CONSOLIDADAS ATÃ ENTÃO PELA JURISPRUDÃNCIA DOS TRIBUNAIS
SUPERIORES E DO TRIBUNAL DE JUSTIÃA DO ESTADO DO PARÃ. CÃDIGO DE PROCESSO CIVIL
(2015): Art. 14. A norma processual não retroagirá e será aplicável imediatamente aos processos em
curso, respeitados os atos processuais praticados e as situações jurÃ-dicas consolidadas sob a
vigência da norma revogada. Art. 1.046. Ao entrar em vigor este Código, suas disposições se
aplicarão desde logo aos processos pendentes, ficando revogada a Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de
1973.          Diante disso, recebo a apelação interposta às fls. 272/282 no efeito
devolutivo, na forma do art. 520, caput, Código de Processo Civil (1973), haja vista que apresentada no
prazo legal e comprovado o seu preparo. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Cite-se/intime-se o apelado para, querendo,
apresentar(em) contrarrazões no prazo de 15 (quinze) dias (art. 518 do CPC 1973/art. 331, §1º c/c art.
1.010, § 1º do CPC/2015).           Vencido o prazo, com ou sem a(s) resposta(s), remeter
ao E. TJE para os fins de direito (art. 1.010, § 3º do CPC/2015). Intime-se.              Â
P.R.I.C.               Belém/PA, 19/10/2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito
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nem força maior, por se tratar de fatos previsÃ-veis e inerentes aos riscos da atividade da construtora.
(...). Com efeito, tratando-se de empresa especializada no ramo de construção civil, a qual se dispôs a
comercializar imóveis a serem por elas construÃ-dos, competia-lhe organizar-se de modo a saber e a
programar as necessidades e demandas inerentes às construções que se comprometeram a realizar.
Neste caso, cumpria-lhe realizar estudos acerca da possibilidade de, no cenário fático em que se
encontra seu empreendimento, ter à sua disposição recursos materiais e humanos para cumprir com o
compromisso assumido perante os consumidores, dos quais recebe quantias vultosas a tÃ-tulo de
contraprestação. Ademais, a requerida não se desincumbiu do ônus de demonstrar que, no curso do
empreendimento, houve efetiva alteração da oferta de recursos de modo imprevisÃ-vel e inevitável, ou
que as alegadas chuvas efetivamente atrapalharam o andamento das obras. (Decisão Monocrática do
Ministro RAUL ARAÃJO, de 08/03/2016, no AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL Nº 805.589 - DF
(2015/0274117-0) ROCESSUAL CIVIL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÃÃO ORDINÃRIA REVISIONAL
DE CONTRATO DE COMPRA E VENDA C/C OBRIGAÃÃO DE FAZER E INDENIZAÃÃO POR DANOS
MORAIS E MATERIAIS COM PEDIDO DE TUTELA ANTECIPADA. ENTREGA DO HABITE-SE E TERMO
DE RECEBIMENTO DO IMÃVEL. ANÃLISE PREJUDICADA. EXCLUDENTE DE RESPONSABILIDADE.
CASO FORTUITO E FORÃA MAIOR. NÃO CONFIGURADOS PREJUÃZOS FINANCEIROS.
RESSARCIMENTO. PROVA INEQUÃVOCA, VEROSSIMILHANÃA DAS ALEGAÃÃES E FUNDADO
RECEIO DE DANO IRREPARÃVEL OU DE DIFÃCIL REPARAÃÃO. PRESENTES. CONGELAMENTO DO
SALDO DEVEDOR. DETERMINAÃÃO. IMPOSSIBILIDADE. ENTENDIMENTO DO STJ. (...) - A
alegação de ausência de mão de obra, greve e chuva não configuram força maior capaz de eximir
a responsabilidade da construtora pelo atraso na entrega do imóvel, haja vista sua previsibilidade, além
de que o risco do empreendido não pode ser compartilhado com o consumidor. (...) (Agravo de
Instrumento nº 00105158320128140301 (145776), 2ª Câmara CÃ-vel Isolada do TJPA, Rel. Celia
Regina de Lima Pinheiro. j. 04.05.2015, DJe 11.05.2015).          Portanto, há uma conduta
ilÃ-cita ré em atrasar a entrega do um empreendimento, A QUAL SE ENCONTRA DESPROTEGIDA DE
QUALQUER EXCLUDENTE. DO ATRASO NA ENTREGA DA OBRA E DA CLÃUSULA DE TOLERÃCIA Â
             No caso dos autos, constato a previsão para a entrega da obra era
MAIO/2010 (cláusula F, fl. 44), não incluÃ-do o prazo da cláusula de tolerância, que estenderia o
prazo de conclusão em mais 180 dias, para NOVEMBRO/2010.               No que
concerne à cláusula de tolerância convém tecer as seguintes considerações:          Â
    A cláusula de tolerância está muito presente nos contratos de compromissos de compra e
venda. Ela acontece, para que ao contratar um imóvel na planta, o promitente comprador tenha noção
do prazo da entrega de seu imóvel, já a incorporadora estipula tal cláusula com o intuito de precaver-se
caso haja algum atraso na entrega da obra. Não se pode alterar o prazo da entrega da obra. No entanto,
usa-se a cláusula de tolerância para prevenir-se, diante de motivos de caso fortuito ou de força maior,
que não possa ser previsto com antecedência pela incorporadora. No caso em comento, questiona-se a
validade da previsão de tal cláusula no contrato estabelecido.               Entendo
que o prazo de tolerância estabelecido em cláusula clara, facilmente inteligÃ-vel e em prazo razoável
(180 dias) não pode ser tido como abusivo, posto que representa a vontade das partes, especialmente
porque os requerentes não demonstraram, nem sequer requereram a produção de prova acerca da
alegada inexistência de informação suficiente acerca da contratação do prazo questionado,
devendo aplicar-se, portanto, o princÃ-pio "pacta sunt servanda".               Esse é o
entendimento seguido pelo Tribunal de Justiça do Estado do Pará: AGRAVO DE INSTRUMENTO.
DIREITO CIVIL. CONTRATOS IMOBILIÃRIOS. DEFERIMENTO PARCIAL DA ANTECIPAÃÃO DE
TUTELA. INDEFERIMENTO DO PEDIDO DE DECRETAÃÃO DE NULIDADE DA CLÃUSULA DE
TOLERÃNCIA DE 180 DIAS PARA A ENTREGA DO IMÃVEL. AUSÃNCIA DE QUALQUER ILEGALIDADE
OU ABUSIVIDADE. PRECEDENTES DESTA CORTE. MANUTENÃÃO DA DECISÃO AGRAVADA.
RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO. 1 - Verifica-se que a matéria já fora objeto de análise pela
5ª Câmara CÃ-vel Isolada, que se manifestou no sentido de que a cláusula de tolerância de 180
(cento e oitenta) dias estabelecida nos contratos imobiliários não se monstra abusiva ou ilegal, uma vez
que o consumidor tem conhecimento da condição no momento da assinatura do contrato, de modo que
submete-se ao princÃ-pio do pacta sunt servanda, ressaltando-se, ainda, o prazo de tolerância apresenta-
se de forma moderada, não acarretando desvantagem exagerada ao consumidor, mas tão somente
visando atender a complexidade inerente à construção civil, não havendo que se falar em violação
de princÃ-pios da equidade, proporcionalidade, razoabilidade e transparência previstos no CDC. 2 -
Outrossim, o próprio art. 273 do Código de Processo, ao regulamentar o instituto da antecipação de
tutela estabelece em seu § 2º que não será concedida a antecipação quando houver perigo de
irreversibilidade do provimento antecipado, de modo que, ainda que fosse possÃ-vel a declaração de
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
nulidade da referida cláusula, esta somente poderia ser decretada a quando do julgamento definitivo da
lide. (Agravo de Instrumento nº 00445437720128140301 (149393), 5ª Câmara CÃ-vel Isolada do
TJPA, Rel. Diracy Nunes Alves. j. 06.08.2015, DJe 10.08.2015). ACÃRDÃO: 153612 COMARCA: BELÃM
DATA DE JULGAMENTO: 09/11/2015 00:00 PROCESSO: 00471307220128140301 PROCESSO
ANTIGO: 201330338638 MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÃRIO(A): JOSE MARIA TEIXEIRA
DO ROSARIO CÃMARA: 4ª CAMARA CIVEL ISOLADA Ação: Apelação em: APELADO:ALECIA
THACIANE PEREIRA DA SILVA APELANTE:RIO MENDONZA EMPREENDIMENTOS SPE LTDA
Representante(s): THEO SALES REDIG E OUTROS (ADVOGADO) APELADO:IGOR NOLETO MOREIRA
Representante(s): BERNARDO ALBUQUERQUE DE ALMEIDA E OUTROS (ADVOGADO) LEONARDO
MAIA NASCIMENTO (ADVOGADO) EMENTA: . APELAÃÃO CÃVEL. CONTRATO DE PROMESSA DE
COMPRA E VENDA. ATRASO NA ENTREGA DO IMÃVEL. ABUSIVIDADE DE CLÃUSULA DE
PRORROGAÃÃO DE 365 DIAS. REDUÃÃO AO LIMITE DE 180 DIAS. CONGELAMENTO DO SALDO
DEVEDOR A PARTIR DA MORA NA ENTREGA. DANOS EMERGENTES DEVIDOS EM RAZÃO DO
PAGAMENTO DE ALUGUÃIS. EXCLUSÃO DOS LUCROS CESSANTES. INVERSÃO DE CLÃUSULA
MORATÃRIA. OCORRÃNCIA DE DANO MORAL PELO ATRASO EXCESSIVO DE 2 ANOS NA
ENTREGA DO IMÃVEL. RECURSO CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO. 1. Atualmente todos os
contratos, indistintamente, preveem cláusula de prorrogação da data de entrega, que, em regra, é de
até 180 (cento e oitenta) dias, prazo este entendido como razoável pela jurisprudência deste Egrégio
Tribunal. A apelante, no entanto, estabeleceu cláusula de prorrogação de 365 (trezentos e sessenta e
cinco) dias, ou seja, o dobro do prazo praticado no mercado, motivo pelo qual caracteriza-se como abusiva
e deve ser reduzida ao limite de 180 (cento e oitenta) dias. 2. Nesses termos, e em observância aos
princÃ-pios consumeristas, entendo que a correção monetária do saldo devedor somente era cabÃ-vel
dentro do limite do prazo de entrega do imóvel, o qual, acrescido dos 180 (cento e oitenta) dias de
prorrogação, teve como termo final o mês de janeiro do ano de 2012, a partir do qual há o
congelamento do saldo devedor. 3. Assiste razão ao apelante quanto à impossibilidade de
condenação ao pagamento de lucros cessantes e danos emergentes de forma cumulativa, tendo em
vista que as situações que lhes dão causa são, no presente caso, excludentes. Dessa forma, já que
os apelados arcaram com o pagamento de aluguéis em decorrência do atraso na entrega do imóvel,
farão jus apenas aos danos emergentes, pois não poderiam, simultaneamente, morar e alugar o
apartamento. 4. Ressalto que a jurisprudência pátria é unÃ-ssona quanto a possibilidade e cabimento
da inversão de cláusula moratória em desfavor da Construtora/Incorporadora, de modo que além dos
danos emergentes, cumpre ao apelante o pagamento de juros moratórios de 1% (um por cento) ao mês
a partir do inadimplemento do contrato, que teve inÃ-cio em fevereiro de 2012, bem como multa de 2%
(dois por cento) sobre o valor das parcelas adimplidas até a data de efetiva entrega do imóvel. 5. A
despeito de ser entendimento jurisprudencial consolidado pelo Superior Tribunal de Justiça de que o
inadimplemento de contrato, por si só, não acarreta dano moral, a jurisprudência pátria vem se
posicionando pela ocorrência de tal dano em casos de demora excessiva na entrega de imóvel, tal como
ocorrido no caso em análise. 6. Por derradeiro, ressalto que o valor arbitrado pelo juÃ-zo a quo a tÃ-tulo de
indenização por danos morais está dentro dos parâmetros da jurisprudência deste Egrégio
Tribunal, motivo pelo qual não merece nenhuma reforma a decisão de primeiro grau no que se refere
ao arbitramento de indenização por danos morais no valor de R$ 30.000,00 (trinta mil reais). 7. Recurso
CONHECIDO e PARCIALMENTE PROVIDO. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Dito isto, no presente caso,
considerando a validade da cláusula de tolerância, verifica-se que o termo inicial da mora da construtora
será: MAIO/2010 + 180 dias: NOVEMBRO/2010. DOS LUCROS CESSANTES          O dano
material é o prejuÃ-zo financeiro efetivamente sofrido pela vÃ-tima, causando diminuição do seu
patrimônio. Esse dano pode ser de duas naturezas: o que efetivamente o lesado perdeu, dano
emergente, e o que razoavelmente deixou de ganhar, lucro cessante. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Os lucros
cessantes são, portanto, espécie de danos materiais sofridos pela vÃ-tima que deixa de auferir valores
em razão do evento danoso. à imprescindÃ-vel, portanto, que se comprove que os lucros eram certos e
que não foram alcançados em virtude de determinado fato.          O Código Civil
brasileiro, assim dispõe sobre a reparação de danos: Art. 402. Salvo as exceções expressamente
previstas em lei, as perdas e danos devidas ao credor abrangem, além do que ele efetivamente perdeu,
o que razoavelmente deixou de lucrar. Art. 403. Ainda que a inexecução resulte de dolo do devedor, as
perdas e danos só incluem os prejuÃ-zos efetivos e os lucros cessantes por efeito dela direto e imediato,
sem prejuÃ-zo do disposto na lei processual.          No âmbito dos contratos de compra e
venda de imóveis, há entendimento de que o consumidor poderia ter explorado o imóvel
economicamente, arbitrando um valor de aluguel, mas se vê impedido, face o atraso na entrega.    Â
     O atraso na entrega, segundo esse entendimento, configuraria um ato ilÃ-cito passÃ-vel de
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
tolerância em dias úteis. Entendimento firmado pelo TJSP em IRDR. Súmulas 160 e 161, TJSP. Atraso
configurado. Rescisão do contrato. Retorno das partes ao status quo ante. Direito de devolução da
integralidade dos valores pagos pelo autor, ante a culpa da ré pela rescisão. Súmulas 1, 2 e 3, TJSP.
Lucros cessantes. Pedido incompatÃ-vel com a rescisão do contrato.. Recebimento de indenização,
além da devolução de valores, implicaria em enriquecimento sem causa do autor. Sentença
parcialmente reformada. Sucumbência. Distribuição proporcional.. Recurso parcialmente provido.. Nas
razões do recurso especial, o recorrente aponta violação dos arts. 186, 402, 421, 422 e 927 do
Código Civil, além de dissÃ-dio jurisprudencial.. Sustenta, em suma, que, mesmo que se opere a
rescisão do contrato firmado entre as partes, é cabÃ-vel a fixação de lucros cessantes. à o relatório.
Passo a decidir.. Extrai-se dos autos que Washington Luis Garcia Ortega ajuizou ação de rescisão
contratual cumulada com pedidos de restituição de valores e lucros cessantes em desfavor de SPE
OlÃ-mpia Q27 Empreendimentos Imobiliários, que foi julgada procedente para rescindir o compromisso de
compra e venda e condenar a ré a devolver todos os valores e pagar lucros cessantes. O Tribunal de
origem, de sua vez, entendeu como descabido o pedido de lucros cessantes, diante da resolução do
contrato e devolução de valores, e o afastou da condenação, nestes termos (e-STJ, fls. 348): No
que se refere à indenização por lucros cessantes, ante a resolução do contrato e devolução de
valores, torna-se descabido tal pedido, porquanto os lucros cessantes somente seriam devidos em caso
de recebimento e permanência no imóvel pelo requerente, e não no caso em que o contrato não é
mantido. As partes estão sendo repostas ao status quo ante, de modo que o recebimento de lucros
cessantes pelo autor, além da restituição dos valores pagos, implicaria em enriquecimento sem
causa. Ocorre que o entendimento do acórdão atacado destoa da jurisprudência do STJ assentada na
premissa de que "O ATRASO NA ENTREGA DE IMÃVEL ENSEJA O PAGAMENTO DE LUCROS
CESSANTES, SENDO PRESUMÃVEL O PREJUÃZO EXPERIMENTADO PELO PROMITENTE
COMPRADOR" (AgInt no AREsp 1.189.236/SP, Relator o Ministro Antonio Carlos Ferreira, DJe de
27/3/2018) e, portanto, merece reforma. Com efeito, O DESFAZIMENTO DO NEGÃCIO TEM COMO
EFEITO O RETORNO DAS PARTES AO STATUS QUO ANTE COM O RECONHECIMENTO DE
INCIDÃNCIA DE LUCROS CESSANTES EM FAVOR DO PROMITENTE COMPRADOR, TENDO EM
VISTA QUE SE TRATA DE UMA SITUAÃÃO DE DESCUMPRIMENTO CONTRATUAL POR PARTE DA
CONSTRUTORA, TAL COMO RECONHECIDO PELO MAGISTRADO SENTENCIANTE. Diante do
exposto, nos termos do art. 255, § 4º, III, do RISTJ, dou provimento ao recurso especial a fim de
restabelecer a sentença de primeiro grau, quanto à fixação dos lucros cessantes. Publique-se.
BrasÃ-lia, 28 de agosto de 2020. Ministro RAUL ARAÃJO. Relator. (Ministro RAUL ARAÃJO, 30/09/2020).
         Conforme se verifica do contrato, a entrega da unidade se daria em NOVEMBRO/2010,
já contando com o prazo de tolerância.          Sendo assim, reconhecido o dever de
indenização por lucros cessantes, torna-se necessária a fixação do termo inicial e final de sua
aplicação. Para tanto, em sintonia com o que foi decidido no item precedente, considerar-se-á como
termo inicial, a data prevista para a entrega do empreendimento, NOVEMBRO/2010, já incluÃ-do aÃ- o
prazo de tolerância de 180 dias. Após esse perÃ-odo inicial, a requerida estará obrigada a ressarcir
mensalmente o requerente pelo que deixou de ganhar com o imóvel em um quantum, até a data da
expedição do ¿Habite-se¿, que se deu em 20/12/2012, fl. 198, sendo que esta data será
considerada como termo final da mora da requerida, pois o referido documento é emitido por órgão
oficial do MunicÃ-pio, atestando que o imóvel se encontra em condições de habitação.      Â
   Diante de todo o exposto, vejo que o pagamento de valores correspondentes aos aluguéis, a
tÃ-tulo de lucros cessantes, é devido, e, observando-se as caracterÃ-sticas gerais, bem como
localização e tamanho do imóvel discutido nos presentes autos, resolvo arbitrar o valor mensal de R$
1.500,00 [hum mil e quinhentos reais], o que considero compatÃ-vel com os critérios de razoabilidade e
proporcionalidade. DA NÃO CUMULAÃÃO DE LUCROS CESSANTES COM A CLÃUSULA PENAL
CONDENATÃRIA       O tema sob exame já foi decidido em sede de Recurso Especial, motivo
pelo qual não paira mais dúvidas acerca de sua incidência.      Assim, uma vez que já foram
concedidos lucros cessantes para indenizar os meses de atraso na entrega do imóvel, não se torna
cabÃ-vel a cumulação de tal encargo com a multa penal condenatória. Neste sentido, vejamos a
jurisprudência clara, atualizada e didática, que dispensa maiores divagações: No tocante Ã
possibilidade de cumulação da indenização a tÃ-tulo de lucros cessantes com cláusula penal, a
Corte Superior de Justiça, no julgamento dos REsp n. 1.498.484/DF e REsp n. 1.635.428/SC, realizado
sob o rito dos recursos repetitivos, firmara tese no sentido de que a cláusula penal moratória tem a
finalidade de indenizar pelo adimplemento tardio da obrigação, e, em regra, estabelecida em valor
equivalente ao locativo, afasta-se sua cumulação com lucros cessantes, corroborando a exegese que
emerge do artigo 416 do Estatuto Civilista, tornando inviável que ao promissário adquirente,
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
contemplado com cláusula penal de natureza compensatória estabelecida em montante superior ao que
o próprio imóvel geraria à guisa de alugueres, seja assegurada sua fruição de forma cumulada ou,
quiçá, alternativa, com lucros cessantes no perÃ-odo da mora da promissária vendedora." Acórdão
1234430, 00404847920148070007, Relator: TEÃFILO CAETANO, 1ª Turma CÃ-vel, data de julgamento:
19/2/2020, publicado no DJE: 19/3/2020. INCABÃVEL A CUMULAÃÃO DE PEDIDO DE LUCROS
CESSANTES COM JUROS MORATÃRIOS E/OU COMPENSATÃRIOS Â Â Â Â Â Â Â Â Â No que se
refere aos pedidos de JUROS MORATÃRIOS, sem razão o requerente, uma vez que já houve
condenação da demandada ao pagamento de lucros cessantes pelo perÃ-odo de atraso, que
equivaleria ao valor que a parte autora poderia auferir caso tivesse alugado o imóvel objeto da lide, na
hipótese de este ter sido entregue no prazo combinado.          Em suma, os danos
decorrentes do atraso já foram devidamente reconhecidos por meio da condenação em LUCROS
CESSANTES EM DESFAVOR DA PARTE REQUERIDA. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Assim, descabida no caso
concreto o pedido de JUROS MORATÃRIOS E/OU COMPENSATÃRIOS, eis que a sua concessão
configuraria flagrante bis in idem no caso concreto. DA DEVOLUÃÃO DOS VALORES PAGOS POR
RESCISÃO DO CONTRATO      Dando seguimento ao julgamento, é de suma importância
ressaltar que, não é porque a autora deu causa a rescisão contratual, que a empresa ré estará
autorizada a arbitrariamente realizar todos os descontos que considera devidos, ainda que estabelecidos
em contrato. A presente matéria é regida pelo CDC e, em se tratando de contrato de adesão,
cláusulas abusivas são consideradas nulas de pleno direito, conforme art. 51 daquele Código.    Â
 Assim, considero como suficiente o desconto de 10% sobre os valores pagos para que a empresa seja
ressarcida dos potenciais prejuÃ-zos advindos da rescisão, de forma que uma retenção em patamar
superior se mostra flagrantemente abusiva. Neste diapasão, a jurisprudência é farta: RECURSO
INOMINADO. CONSUMIDOR. RESCISÃO DE CONTRATO DE COMPRA E VENDA DE IMÃVEL.
DESISTÃNCIA DOS ADQUIRENTES. MULTA CONTRATUAL FIXADA EM 25% DA QUANTIA PAGA.
REDUÃÃO PARA 10%. OBRIGAÃÃO DA RÃ DE DEVOLVER 90% DO VALOR PAGO PELOS AUTORES.
- SENTENÃA REFORMADA EM PARTE. RECURSO PROVIDO. (Recurso CÃ-vel Nº 71006041933,
Terceira Turma Recursal CÃ-vel, Turmas Recursais, Relator: Lusmary Fatima Turelly da Silva, Julgado em
28/07/2016). (TJ-RS - Recurso CÃ-vel: 71006041933 RS, Relator: Lusmary Fatima Turelly da Silva, Data
de Julgamento: 28/07/2016, Terceira Turma Recursal CÃ-vel, Data de Publicação: Diário da Justiça
do dia 29/07/2016). RECURSO INOMINADO. RESCISÃO CONTRATUAL CUMULADA COM
RESTITUIÃÃO DE VALORES PAGOS. PROMESSA DE COMPRA E VENDA DE IMÃVEL NÃO
PERFECTIBILIZADA. DESISTÃNCIA DO NEGÃCIO JURÃDICO PELO COMPRADOR. RESTITUIÃÃO
PARCIAL DE VALORES PAGOS. MULTA CONTRATUAL. DIANTE DA RESCISÃO DE CONTRATO DE
PROMESSA DE COMPRA E VENDA DE IMÃVEL POR DESISTÃNCIA DO ADQUIRENTE, Ã CABÃVEL A
RETENÃÃO DE PARTE DA PARCELA PAGA, NO VALOR CORRESPONDENTE A 10%. RECURSO DO
AUTOR PARCIALMENTE PROVIDO E RECURSO DA Rà DESPROVIDO. (Recurso CÃ-vel Nº
71006962757, Primeira Turma Recursal CÃ-vel, Turmas Recursais, Relator: Mara Lúcia Coccaro Martins
Facchini, Julgado em 29/08/2017). (TJ-RS - Recurso CÃ-vel: 71006962757 RS, Relator: Mara Lúcia
Coccaro Martins Facchini, Data de Julgamento: 29/08/2017, Primeira Turma Recursal CÃ-vel, Data de
Publicação: Diário da Justiça do dia 08/09/2017). APELAÃÃO CÃVEL. DIREITO CIVIL,
PROCESSUAL CIVIL E DO CONSUMIDOR. AÃÃO DE RESCISÃO DE CONTRATO. PROMESSA DE
COMPRA E VENDA DE IMÃVEL. RESCISÃO CONTRATUAL. DESINTERESSE DOS AUTORES.
DEVOLUÃÃO DAS PARCELAS PAGAS. CLÃUSULA PENAL. RETENÃÃO DE PARTE DO VALOR
ATUALIZADO DO IMÃVEL. REDUÃÃO DO PERCENTUAL ESTIPULADO PARA 10% SOBRE AS
PARCELAS ADIMPLIDAS. POSSIBILIDADE. ARRAS CONFIRMATÃRIAS. RETENÃÃO.
IMPOSSIBILIDADE. FASE PRELIMINAR ULTRAPASSADA. PROMESSA DE COMPRA E VENDA
CONCRETIZADA. 1. A relação jurÃ-dica estabelecida entre as partes em contrato de promessa de
compra e venda de imóvel constitui relação de consumo, pois as partes emolduram-se nos conceitos
de consumidor e fornecedor previstos nos artigos 2º e 3º do Código de Defesa do Consumidor. 2.
Ocorrendo a rescisão do contrato de promessa de compra e venda por culpa exclusiva dos promissários
compradores, tem o promitente vendedor direito de reter parte do valor pago, desde que haja previsão
contratual, a tÃ-tulo de cláusula penal. 3. Havendo adimplemento parcial do contrato (artigo 413 do CC),
é possÃ-vel a redução do percentual de retenção para 10% (dez por cento) sobre o total das
parcelas vertidas pelos promissários compradores, a se considerar a suficiência desse valor para fazer
frente às intercorrências advindas do distrato. Precedentes. 4. Ultrapassada a fase preliminar do contrato
e firmada a promessa de compra e venda, não há mais que se discutir a devolução das arras
confirmatórias, sendo descabido falar-se em retenção desse valor. Havendo a resolução do
contrato de promessa de compra e venda, as partes devem retornar ao status quo ante. 5. Apelação
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
conhecida e não provida. (TJ-DF - APC: 20140110988958, Relator: SIMONE LUCINDO, Data de
Julgamento: 28/05/2015, 1ª Turma CÃ-vel, Data de Publicação: Publicado no DJE : 03/06/2015 .
Pág.: 159). RECURSO INOMINADO. CONSUMIDOR. PROMESSA DE COMPRA E VENDA DE IMÃVEL.
RESCISÃO CONTRATUAL IMOTIVADA POSTULADA PELO COMPRADOR. RESTITUIÃÃO DE
PARCELAS PAGAS EM PARCELA ÃNICA, AUTORIZADA A RETENÃÃO DE MULTA CONTRATUAL, A
QUAL VAI REDUZIDA DE 25% PARA 10%, UMA VEZ QUE O PERCENTUAL CONTRATUALMENTE
PREVISTO IMPÃE EXCESSIVA ONEROSIDADE AO CONSUMIDOR, SENDO, POIS, DECLARADA
NULA DE PLENO DIREITO A CLÃUSULA CONTRATUAL QUE A FIXOU, NOS TERMOS DO ART. 51, IV,
E § 1º, III, DO CDC. RECURSO INOMINADO DA PARTE AUTORA PARCIALMENTE PROVIDO.
RECURSO INOMINADO. CONSUMIDOR. PROMESSA DE COMPRA E VENDA DE IMÃVEL. RESCISÃO
CONTRATUAL IMOTIVADA POSTULADA PELO COMPRADOR. RESTITUIÃÃO DE PARCELAS PAGAS
EM PARCELA ÃNICA, AUTORIZADA A RETENÃÃO DE MULTA CONTRATUAL, A QUAL VAI REDUZIDA
DE 25% PARA 10%, UMA VEZ QUE O PERCENTUAL CONTRATUALMENTE PREVISTO IMPÃE
EXCESSIVA ONEROSIDADE AO CONSUMIDOR, SENDO, POIS, DECLARADA NULA DE PLENO
DIREITO A CLÃUSULA CONTRATUAL QUE A FIXOU, NOS TERMOS DO ART. 51, IV, E § 1º, III, DO
CDC. RECURSO INOMINADO DA PARTE AUTORA PARCIALMENTE PROVIDO. RECURSO
INOMINADO. CONSUMIDOR. PROMESSA DE COMPRA E VENDA DE IMÃVEL. RESCISÃO
CONTRATUAL IMOTIVADA POSTULADA PELO COMPRADOR. RESTITUIÃÃO DE PARCELAS PAGAS
EM PARCELA ÃNICA, AUTORIZADA A RETENÃÃO DE MULTA CONTRATUAL, A QUAL VAI REDUZIDA
DE 25% PARA 10%, UMA VEZ QUE O PERCENTUAL CONTRATUALMENTE PREVISTO IMPÃE
EXCESSIVA ONEROSIDADE AO CONSUMIDOR, SENDO, POIS, DECLARADA NULA DE PLENO
DIREITO A CLÃUSULA CONTRATUAL QUE A FIXOU, NOS TERMOS DO ART. 51, IV, E § 1º, III, DO
CDC. RECURSO INOMINADO DA PARTE AUTORA PARCIALMENTE PROVIDO. RECURSO
INOMINADO. CONSUMIDOR. PROMESSA DE COMPRA E VENDA DE IMÃVEL. RESCISÃO
CONTRATUAL IMOTIVADA POSTULADA PELO COMPRADOR. RESTITUIÃÃO DE PARCELAS PAGAS
EM PARCELA ÃNICA, AUTORIZADA A RETENÃÃO DE MULTA CONTRATUAL, A QUAL VAI REDUZIDA
DE 25% PARA 10%, UMA VEZ QUE O PERCENTUAL CONTRATUALMENTE PREVISTO IMPÃE
EXCESSIVA ONEROSIDADE AO CONSUMIDOR, SENDO, POIS, DECLARADA NULA DE PLENO
DIREITO A CLÃUSULA CONTRATUAL QUE A FIXOU, NOS TERMOS DO ART. 51, IV, E § 1º, III, DO
CDC.. RECURSO INOMINADO DA PARTE AUTORA PARCIALMENTE PROVIDO. (Recurso CÃ-vel Nº
71005435995, Terceira Turma Recursal CÃ-vel, Turmas Recursais, Relator: Regis de Oliveira Montenegro
Barbosa, Julgado em 07/05/2015). (TJ-RS - Recurso CÃ-vel: 71005435995 RS, Relator: Regis de Oliveira
Montenegro Barbosa, Data de Julgamento: 07/05/2015, Terceira Turma Recursal CÃ-vel, Data de
Publicação: Diário da Justiça do dia 11/05/2015).       Destarte, e com fundamento no Art.
51, IV, e § 1º, III, do CDC, determino a devolução de 90% do valor pago a tÃ-tulo de pagamento do
imóvel.       Por derradeiro, uma vez que não existe nenhuma justificativa plausÃ-vel para que o
valor a ser devolvido seja parcelado e tendo a parte requerida a disponibilidade do imóvel imediatamente
para nova negociação, determino que a devolução ocorra em PARCELA ÃNICA, pois qualquer
estipulação em sentido contrário por cláusula contratual é considerada nula de pleno direito. Neste
sentido a jurisprudência é unÃ-ssona: CIVIL. CONSUMIDOR. AÃÃO DECLARATÃRIA. PROMESSA DE
COMPRA E VENDA DE IMÃVEL. APLICABILIDADE DO CÃDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR.
RESCISÃO CONTRATUAL. DISTRATO. NULIDADE DA CLÃUSULA ESTABELECENDO DEVOLUÃÃO
PARCELADA. ABUSIVIDADE. DEVER DE RESTITUIÃÃO DOS VALORES PAGOS EM PARCELA
ÃNICA. 1. ARELAÃÃO JURÃDICA ESTABELECIDA NO CONTRATO DE PROMESSA DE COMPRA E
VENDA DE IMÃVEL Ã RELAÃÃO DE CONSUMO, UMA VEZ QUE AS PARTES EMOLDURAM-SE NOS
CONCEITOS DE CONSUMIDOR E FORNECEDOR PREVISTOS NOS ARTIGOS 2º E 3º DA LEI Nº
8.078, DE 11 DE SETEMBRO DE 1990 Â CÃDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. 2. QUANDO HÃ
DESISTÃNCIA CONTRATUAL, AS PARTES DEVEM RETORNAR AO STATUS QUO ANTE, DE MODO
QUE ASSISTE AO CONSUMIDOR QUE DESISTIU DO CONTRATO O DIREITO DE SER RESTITUÃDO
DE TODA A QUANTIA PAGA Ã VENDEDORA, ABATENDO-SE SOMENTE O PERCENTUAL A TÃTULO
DE PENA CONVENCIONAL COMPENSATÃRIA. NA HIPÃTESE, OS AUTORES TÃM DIREITO AO
PAGAMENTO EM PARCELA ÃNICADO VALOR A SER RESTITUÃDO EM FACE DA CLÃUSULA
ABUSIVA CONSTANTE NO PACTO. NÃO OBSTANTE O REFERIDO DISTRATO TENHA SIDO
CELEBRADO EM 09.04.2013 E A PROMITENTE COMPRADORA JÃ TENHA DEVOLVIDO PARTE DO
VALOR A SER DEVOLVIDO, VERIFICA-SE QUE OS AUTORES FAZEM JUS Ã DEVOLUÃÃO DO
VALOR REMANESCENTE. ESTE, OUTROSSIM, COM A FORMALIZAÃÃO DO DISTRATO, IMPERIOSO
QUE A QUANTIA DEVIDA SEJA DEVOLVIDA AO CONSUMIDOR EM PARCELA ÃNICA E DE FORMA
IMEDIATA. 3. PRECEITUA O ARTIGO 422 DO CÃDIGO CIVIL: ÂOS CONTRATANTES SÃO
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envolvidos, de modo que a reparação não cause enriquecimento indevido de quem recebe, nem
impunidade e reincidência de quem paga (função pedagógica do dano moral, ver AgRg no Recurso
Especial nº 1388548/MG (2013/0201056-0), 3ª Turma do STJ, Rel. Sidnei Beneti. j. 06.08.2013,
unânime, DJe 29.08.2013).               Nesse norte, penso que é justo e razoável a
fixação dos danos morais em R$ 10.000,00 (dez mil reais). DISPOSITIVO              Â
Ante o exposto, julgo PARCIALMENTE procedenteS os pedidos e, por consequência, extingo o processo
com resolução do mérito, na forma do art. 487, I, do Código de Processo Civil/2015, para:     Â
         DECLARAR rescindido o contrato entre as partes.              Â
CONDENAR a requerida a restituir à parte requerente, em parcela única, um total de 90% de todos os
valores pagos por esta, referentes ao contrato de compra e venda do imóvel retromencionado, acrescidos
de juros moratórios de 1% ao mês a partir do trânsito em julgado desta sentença e correção
monetária pelo Ã-ndice do INPC a contar do desembolso de cada parcela paga, até a data do efetivo
pagamento. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â CONDENAR a parte requerida em lucros cessantes, no que diz
respeito ao ressarcimento ao requerente pelo que este poderia auferir a tÃ-tulo de aluguel com o imóvel
objeto da presente ação, a partir de NOVEMBRO/2010 até a expedição do Habite-se, que se deu
em 20/12/2012, fl. 198, no valor mensal de R$ 1.500,00 [hum mil e quinhentos reais], nos termos da
fundamentação, corrigindo a cada vencimento, mensalmente, pelo INPC, até o efetivo pagamento, e
acrescido de juros de mora de 1% ao mês desde a data da citação.              Â
CONDENAR a requerida ao pagamento de R$ 10.000,00 (dez mil reais), a tÃ-tulo de danos morais, ao
requerente, com juros de 1% ao mês, contabilizados a partir da citação, e correção monetária,
com adoção do INPC, a partir do arbitramento do valor estipulado nesta sentença até seu efetivo
pagamento (Súmula 362 do STJ).               Em razão da sucumbência recÃ-proca
e por força do disposto nos artigos 82, § 2º, 85, § 14, e 86, todos do Código de Processo Civil/2015,
CONDENAR cada uma das partes ao pagamento de 50% (cinquenta por cento) das custas e despesas
processuais, bem como ao pagamento dos honorários advocatÃ-cios da parte contrária, ora fixados em
10% sobre o valor da condenação para cada qual.               Nos termos do artigo
46, caput, da Lei estadual n. 8.328, de 29/12/2015, fica advertida a parte responsável de que, na
hipótese de, havendo custas, não efetuar o pagamento delas no prazo legal, o respectivo crédito,
além de encaminhado para inscrição em DÃ-vida Ativa, sofrerá atualização monetária e
incidência de outros encargos legais.               Fica autorizado o desentranhamento
de documentos por quem os juntou, exceto a procuração, substituindo-os por cópias que poderão ser
declaradas autênticas pelo patrono nos termos do artigo 425, IV do CPC/2015, devendo o cartório
certificar o ato de desentranhamento;               Certificado o trânsito em julgado,
havendo custas pendentes, intime-se o responsável para o recolhimento, sob pena de inscrição na
dÃ-vida ativa. Inerte, inscreva-se.               Após, cumpridas as cautelas legais,
arquivar os presentes autos e dar baixa na distribuição.               P.R.I.C.
Belém/PA, 04/11/2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e
Empresarial da Capital 301 PROCESSO: 00351656320138140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o:
Cumprimento de sentença em: 06/12/2021 AUTOR:LFM CAVALCANTE JUNIOR Representante(s): OAB
15875 - MARCOS VINICIUS COROA SOUZA (ADVOGADO) OAB 15317 - WALMIR HUGO PONTES DOS
SANTOS JUNIOR (ADVOGADO) OAB 16646 - RODRIGO PINHEIRO SCHMIDT (ADVOGADO)
REU:DROGARIA FARMAGEL LTDA Representante(s): OAB 18025 - MARIA LUISA MENDES CARNEIRO
(ADVOGADO) OAB 9678-A - CHEDID GEORGES ABDULMASSIH (ADVOGADO) . Em consulta ao
sistema RENAJUD, que segue anexo ao presente despacho, verifica-se não foi encontrado nenhum
veÃ-culo em nome do(s) Executado(s). Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Destarte, INTIME-SE o exequente para
manifestar-se, no prazo de 15 dias, requererendo o que enteder de direito para o prosseguimento dda
execução.             Após o prazo, certifique-se e retornem-me os autos conclusos. Â
           Int. Belém/PA, 01/12/2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da
4ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital 303 PROCESSO: 00359326220178140301 PROCESSO
ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH
A??o: Mandado de Segurança Infância e Juventude Cível em: 06/12/2021 IMPETRANTE:HUMBERTO
FARIAS UCHOA Representante(s): OAB 18974 - HILDEBERG RUBENSON DE LIMA BARBOSA JUNIOR
(ADVOGADO) IMPETRADO:SUPERINTENDENTE ESTADUAL DO INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO
SOCIAL. Mandado de Segurança Processo nº 0035932-62.2017.814.0301 Impetrante: Humberto
Farias Uchoa Impetrado: Superintendente Estadual do Instituto Nacional do Seguro Social SENTENÃA Â
             RELATÃRIO               Cuida-se de MANDADO DE
SEGURANÃA com pedido de liminar impetrado por Humberto Farias Uchoa conta ato atribuÃ-do Ã
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
previdenciário, em virtude de incapacidade laboral então verificada, conforme se vê do laudo médico
juntado às fls. 12, do que se sobressai a continuidade da situação fática, reconhecida em sede
judicial, que fundamentou o deferimento do benefÃ-cio previdenciário em questão.          Â
    Sendo assim, a suspensão sumária do pagamento do auxÃ-lio doença acidentário ao
impetrante, sem que tenha lhe sido possibilitada sequer ciência prévia de tal determinação,
caracteriza a prática de ato ilegal por parte do impetrado, em total violação aos princÃ-pios da
legalidade e moralidade que devem pautar a atuação da Administração Pública.         Â
     Se é certo que o INSS possa suspender ou até mesmo cancelar os benefÃ-cios concedidos,
indevidamente deferidos ou mantidos, a jurisprudência exige o pleno esgotamento da via administrativa,
antes da sua suspensão ou cancelamento.               Trata-se de ato unilateral da
Administração Pública que, ao suspender o pagamento de benefÃ-cio do segurado, invadiu sua esfera
de direitos individuais, sem, contudo, garantir-lhe o contraditório e a ampla defesa, constitucionalmente
previstos no art. 5.º, LV, da Constituição Federal.               Tal entendimento é
corroborado pelo Ministério Público no parecer de fls. 25/26, no qual se manifestou pela concessão da
segurança, confirmando a liminar deferida, bem como encontra respaldo na jurisprudência consolidada
do Superior Tribunal de Justiça. Senão vajamos: PREVIDENCIÃRIO. RESTABELECIMENTO DE
AUXÃLIO-DOENÃA. ALTA PROGRAMADA. CESSAÃÃO DO BENEFÃCIO. ENUNCIADO N. 83 DA
SÃMULA DO STJ. NECESSIDADE DE AMPLA DEFESA E CONTRADITÃRIO. I - Na origem, trata-se de
mandado de segurança contra ato praticado pelo Chefe da Agência do Instituto Nacional do Seguro
Social - INSS em Várzea Grande/MT, com o objetivo de restabelecer o seu benefÃ-cio de auxÃ-lio-
doença. II - à pacÃ-fico o entendimento no Superior Tribunal de Justiça no sentido da impossibilidade
da alta médica programada para cancelamento automático do benefÃ-cio previdenciário de auxÃ-lio-
doença, sem que haja prévia perÃ-cia médica que ateste a capacidade do segurado para o
desempenho de atividade laborativa que lhe garanta a subsistência, sob pena de ofensa aos princÃ-pios
da ampla defesa e do contraditório. Nesse sentido: AgInt no REsp 1547268/MT, Rel. Ministra REGINA
HELENA COSTA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 24/10/2017, DJe 10/11/2017; AgInt no AREsp
968.191/MG, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, SEGUNDA TURMA, julgado em 17/10/2017,
DJe 20/10/2017. III - Agravo interno improvido. (AgInt no AREsp 974.370/MT, Rel. Ministro FRANCISCO
FALCÃO, SEGUNDA TURMA, julgado em 08/02/2018, DJe 14/02/2018) Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â
Nesse viés, observa-se que o ato de cancelamento do benefÃ-cio, mais de 10 anos após sua
concessão, sem a realização de perÃ-cia médica e notificação do requerente é afrontoso Ã
segurança jurÃ-dica. Em outras palavras, ainda que o requerente tenha restabelecido sua capacidade
para o trabalho, a cessação do benefÃ-cio acidentário deveria ter ocorrido por meio de procedimento
administrativo que garantisse ao segurado o direito contraditório e ampla defesa.           Â
   Por derradeiro, cumpre esclarecer que, segundo entendimento pacificado na jurisprudência pátria,
em se tratando de mandado de segurança, os efeitos financeiros retroagem à impetração (art. 14,
§4º, da Lei 12.016/2009. Logo, o pagamento de atrasados, relativos ao perÃ-odo pretérito Ã
restabelecimento do benefÃ-cio determinado em sede de liminar podem ser reclamados
administrativamente ou pela via judicial própria.               DISPOSITIVO      Â
        Ante todo o exposto e com fulcro na Lei nº 8.213/91 e Lei 12.016/09, CONCEDO A
SEGURANÃA e, por conseguinte, EXTINGO o processo COM RESOLUÃÃO DO MÃRITO, na forma do
art. 487, I, do Código de Processo Civil, confirmando a liminar deferida às fls. 18, para determinar ao
INSS o restabelecimento do auxÃ-lio-doença devido ao impetrante, no prazo de 5 dias, até a
realização de perÃ-cia médica administrativa conclusiva a respeito da persistência ou não da
incapacidade, assegurando-se o contraditório e a ampla defesa.               Nos do
art. 25 da Lei 12.016/2009, incabÃ-vel a condenação em honorários advocatÃ-cios em sede de
Mandado de Segurança.               Isento o INSS de custas nos termos do art. 40, I,
da Lei Estadual nº 8.328/2015.               Em cumprimento ao disposto no art. 14,
§1º, da Lei 12.016/2009, transcorrido o prazo recursal, independentemente da interposição de
recurso voluntário, REMETAM-SE os autos ao E. Tribunal de Justiça do Estado do Pará para os fins de
direito.               P.R.I.C. Belém /PA, 28/10/2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz de
Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital 101 PROCESSO: 00362747320178140301
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES
ITZCOVICH A??o: Procedimento Comum Cível em: 06/12/2021 REQUERENTE:ALEXANDRE REGINA
ASEVEDO DE JESUS SILVA Representante(s): OAB 20495 - ALEXANDRE SAMARONE SILVA DE
SOUZA (ADVOGADO) REQUERIDO:FADESP - FUNDACAO DE AMPARO E DESENVOLVIMENTO DA
PESQUISA Representante(s): OAB 19222 - LUIS FELLIPE DOS SANTOS PEREIRA (ADVOGADO) .
PROCESSO: 0036274-73.2017.814.0301 REQUERENTE: ALEXANDRA REGINA ASEVEDO DE JESUS
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
seguida, a parte requerente interpôs recurso de Apelação, de forma que este juÃ-zo exerceu juÃ-zo de
retratação, dando regulara seguimento ao feito.                Por fim, a parte autora
requereu a produção de prova pericial.                Os autos, então, vieram-me
conclusos.                FUNDAMENTAÃÃO Julgamento antecipado         Â
       No caso sub examine, desnecessária a ampliação probatória, posto que se trata de
questão puramente de direito, assim como o feito já contém elementos suficientes para apreciação
e julgamento e, ainda, em atenção ao princÃ-pio da livre convicção, antecipo o julgamento do
mérito, na forma do art. 355, I, do CPC/2015, o qual estabelece a conveniência do julgamento
antecipado do pedido, quando não houver necessidade de outras provas..              Â
  Nesse sentido, há tempos a jurisprudência dos tribunais superiores aponta que ¿Presentes as
condições que ensejam o julgamento antecipado da causa, é dever do juiz e não mera faculdade,
assim o proceder¿. Do Mérito Da aplicação do CDC ao caso dos autos             Â
   à flagrante a aplicação do Código de Defesa do Consumidor aos contratos bancários,
porquanto decorrente de expressa determinação legal a teor dos artigos 2º e 3º, do CDC, os quais
trazem os conceitos de consumidor e fornecedor, respectivamente. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â
Resta evidente que as operações bancárias como um todo, por expressa determinação legal (CDC,
art. 3º, §2º), inclusive as de mútuo ou de abertura de crédito, regem-se pelo CDC, sendo contra
legem e despropositada qualquer argumentação em contrário.                 O
Código de Defesa do Consumidor fala expressamente em atividade de natureza bancária, financeira e
de crédito.                 Como esclarece CLÃUDIA LIMA MARQUES: O produto da
empresa de banco é dinheiro ou crédito, bem juridicamente consumÃ-vel, sendo, portanto, fornecedora;
e o consumidor o mutuário ou creditado. (Contratos no Código de Defesa do Consumidor, RT, 4ª ed.,
2002, pág. 460).                 Ressalte-se, ainda, que no caso dos autos, constata-
se desde logo que o requerente foi destinatário final dos recursos financeiros obtidos junto ao requerido, o
que é mais um elemento caracterizador da relação de consumo, conforme adverte NELSON NERY
JÃNIOR: Os contratos bancários podem ter como objeto o crédito. Destes, os mais comuns são o
contrato de mútuo, de desconto, de financiamento de aquisição de produtos ao consumidor, de
abertura de crédito, de cartão de crédito etc. Se o devedor destinar o crédito para sua utilidade
pessoal, como destinatário final, haverá relação de consumo, sujeita ao regime do CDC. (Código
Brasileiro de Defesa do Consumidor, vários autores, Forense, 7ª ed., pág. 472).           Â
     Afora a Súmula nº 297 do STJ, que dispõe que "o Código de Defesa do Consumidor é
aplicável às instituições financeiras", tem-se que o Supremo Tribunal Federal julgou improcedente o
pedido da Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 2591, ajuizada pela Confederação Nacional do
Sistema Financeiro - CONSIF, ação esta que tinha por fim, especificamente, a declaração de
inaplicabilidade do CDC às operações realizadas entre o cliente-consumidor e as instituições
financeiras. Da limitação da taxa de juros remuneratórios                 A respeito
dos juros remuneratórios, a Súmula vinculante n.º 07 do Supremo Tribunal Federal pacificou a
discussão sobre a auto-aplicabilidade do extinto art. 192, §3º, da Constituição Federal, in verbis:
¿a norma do §3º do artigo 192 da Constituição, revogada pela Emenda Constitucional n.º
40/2003, que limitava a taxa de juros reais a 12% ao ano, tinha sua aplicação condicionada à edição
de lei complementar.¿                 Desse modo, tornou-se incabÃ-vel qualquer
argumentação no sentido de que os juros remuneratórios, mesmo naqueles contratos celebrados
antes da Emenda Constitucional n º 40/2003, deveriam ficar limitados em 12% (doze por cento) ao ano
por imposição constitucional.                 Entrementes, ainda subsiste a
discussão sobre a limitação dos juros remuneratórios com relação às normas
infraconstitucionais, principalmente quanto ao artigo 591 do Código Civil e ao Decreto n. 22.626/33,
também conhecido como Lei de Usura. Nesse quadro, impõe-se, em princÃ-pio, a manutenção da
taxa de juros remuneratórios pactuada, por ser insuficiente a legislação infraconstitucional a embasar
pretensão de limitá-los.                 Os juros remuneratórios não sofrem as
limitações da Lei da Usura, a teor da Súmula nº 596 do STF. Isso porque, com a edição da Lei
4.595/64, não se aplica a limitação dos juros remuneratórios em 12% ao ano aos contratos
celebrados com instituições integrantes do Sistema Financeiro Nacional.              Â
  Também não há que se falar em limitação dos juros remuneratórios em razão da regra
prevista no artigo 591 do Código Civil. Esse dispositivo legal se refere apenas à s relações jurÃ-dicas
mantidas entre pessoas fÃ-sicas ou entre pessoas fÃ-sicas e jurÃ-dicas, desde que estas não sejam
instituições financeiras. Havendo uma relação jurÃ-dica entre pessoa fÃ-sica ou jurÃ-dica e uma
instituição financeira, não há aplicação dessa norma civil, devendo ser utilizadas as regras do
Sistema Financeiro Nacional, principalmente aquelas da Lei n. 4.595/64. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â
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Portanto, não se considera como abusiva, por si só, a taxa de juros que exceda o patamar de 12% ao
ano. Todavia, para que sejam evitados abusos extremos, a taxa de juros remuneratórios não poderá
jamais exceder consideravelmente a média fixada pelo Banco Central.                Â
Dessa forma, será abusiva a taxa de juros que exceder o Ã-ndice médio fixado pelo Banco Central e
utilizado pelas demais instituições financeiras, conforme o Superior Tribunal de Justiça assentou no
julgamento do Recurso Especial nº 1.061.530-RS, uma vez instaurado o incidente de processo repetitivo:
DIREITO PROCESSUAL CIVIL E BANCÃRIO. RECURSO ESPECIAL. AÃÃO REVISIONAL DE
CLÃUSULAS DE CONTRATO BANCÃRIO. INCIDENTE DE PROCESSO REPETITIVO. JUROS
REMUNERATÃRIOS. CONFIGURAÃÃO DA MORA. JUROS MORATÃRIOS. INSCRIÃÃO/MANUTENÃÃO
EM CADASTRO DE INADIMPLENTES. DISPOSIÃÃES DE OFÃCIO. [...] I - JULGAMENTO DAS
QUESTÃES IDÃNTICAS QUE CARACTERIZAM A MULTIPLICIDADE. ORIENTAÃÃO 1 - JUROS
REMUNERATÃRIOS a) As instituições financeiras não se sujeitam à limitação dos juros
remuneratórios estipulada na Lei de Usura (Decreto 22.626/33), Súmula 596/STF; b) A estipulação
de juros remuneratórios superiores a 12% ao ano, por si só, não indica abusividade; c) São
inaplicáveis aos juros remuneratórios dos contratos de mútuo bancário as disposições do art. 591
c/c o art. 406 do CC/02; d) à admitida a revisão das taxas de juros remuneratórios em situações
excepcionais, desde que caracterizada a relação de consumo e que a abusividade (capaz de colocar o
consumidor em desvantagem exagerada - art. 51, §1º, do CDC) fique cabalmente demonstrada, ante Ã
s peculiaridades do julgamento em concreto. (STJ, REsp 1061530/RS, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI,
SEGUNDA SEÃÃO, julgado em 22/10/2008, Dje 10/03/2009). Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â No caso,
deve restar cabalmente comprovado que o encargo cobrado pela instituição encontra-se acima daquele
normalmente praticado pelo mercado financeiro, de modo a gerar desequilÃ-brio na relação contratual,
com onerosidade excessiva ao consumidor.                 Caso não seja
comprovada essa abusividade, não se considera ilegal a taxa de juros cobrada.            Â
    Diante de todas essas considerações, tem-se que é livre aplicação dos juros
remuneratórios contratados pelas partes, desde que dentro de uma razoabilidade, ou seja, dentro do
patamar da taxa média de mercado divulgada pelo Banco Central do Brasil.             Â
   Para analisar a relação entre a taxa de juros contratada e a taxa média fixada pelo Banco
Central do Brasil, utilizo a projeção disponibilizada pelo próprio Banco Central em seu "site", que foi
o b t i d a a t r a v à © s d o l i n k :
https://www3.bcb.gov.br/sgspub/localizarseries/localizarSeries.do?method=prepararTelaLocalizarSeries,
no caminho indicadores de crédito, taxas de juros com recursos livres, taxa média de juros - pessoas
fÃ-sicas - aquisição de veÃ-culos, código 20749.                 De acordo com os
dados disponibilizados pelo Banco Central do Brasil, verifica-se que em  fevereiro de 2011, mês da
celebração do contrato, a taxa média dos juros prefixados para pessoas fÃ-sicas com o fim de
aquisição de veÃ-culo foi de 27,34% ao ano.                 No contrato celebrado
pelas partes a taxa de juros pactuada de 25/73% ao ano (conforme doc. de fls. 54) está em valor inferior
à taxa média de mercado. Logo, inexiste abusividade a ser reconhecida quanto aos juros
remuneratórios, vez que se encontra dentro de parâmetros compatÃ-veis com a média do mercado.Â
Da capitalização dos juros                 Também é pacÃ-fico o entendimento
jurisprudencial de que é permitida a capitalização de juros pelas instituições bancárias, de que
é exemplo a seguinte ementa de julgado proferido pela 4ª Turma do Superior Tribunal de Justiça:
AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. PROCESSUAL CIVIL E BANCÃRIO
CAPITALIZAÃÃO MENSAL DE JUROS. PACTUAÃÃO EXPRESSA. VERIFICAÃÃO. TAXA ANUAL
SUPERA O DUODÃCUPLO DA TAXA MENSAL. AFASTAMENTO DAS SÃMULAS 5 E 7 DO STJ.
AGRAVO PARCIALMENTE PROVIDO. 1. Com relação à capitalização mensal dos juros, a
jurisprudência desta E. Corte pacificou-se no sentido de que sua cobrança é admitida nos contratos
bancários celebrados a partir da edição da Medida Provisória nº 1.963-17/2000, reeditada sob o nº
2.170-36/2001, qual seja, 31.03.2000, desde que expressamente pactuada. 2. Esta Corte pacificou o
entendimento de que há previsão expressa de cobrança de juros capitalizados em periodicidade
mensal quando a taxa de juros anual ultrapassa o duodécuplo da taxa mensal. 3. In casu, o aresto
recorrido afirmou a existência de expressa pactuação a respeito da cobrança de juros capitalizados
em periodicidade mensal, razão pela qual é inviável a pretensão recursal, porquanto demandaria
rever questões fáticas e interpretação de cláusula contratual, o que se sabe vedado nesta
instância especial. Incidência das Súmulas 5 e 7 desta Corte Superior de Justiça. 4. Agravo
regimental a que se dá parcial provimento. (AgRg no Agravo em Recurso Especial nº 632.948/SP
(2014/0333346-6), 4ª Turma do STJ, Rel. Raul Araújo. j. 18.08.2015, DJe 04.09.2015).        Â
        Nesse julgamento especÃ-fico, o Ministro Relator houve por bem consignar que: ¿para a
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cobrança da capitalização mensal dos juros, faz-se necessária a presença, cumulativa, dos
seguintes requisitos: (a) legislação especÃ-fica possibilitando a pactuação, como nos contratos
bancários posteriores a 31/3/2000 (MP nº 1.963-17/2000, reeditada pela MP nº 2.170-36/2001), em
vigência em face do art. 2º da Emenda Constitucional nº 32/2001 (AgRg no REsp 1.052.298/MS, Rel.
Min. ALDIR PASSARINHO JUNIOR, Quarta Turma, DJe de 1º/3/2010); e (b) expressa previsão
contratual quanto à periodicidade.Tal entendimento foi sedimentado na forma do art. 543-C do CPC, com
o julgamento do REsp 973.827/RS (Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, Rel. p/ acórdão Ministra
MARIA ISABEL GALLOTTI, SEGUNDA SEÃÃO, julgado em 8/8/2012, DJe de 24/9/2012). ¿      Â
          Continuando, o Ministro Relator enfatizou que mesmo que não haja previsão
escrita de capitalização mensal no instrumento contratual firmado: ¿esta Corte possui entendimento
de que há previsão expressa de cobrança de juros capitalizados em periodicidade mensal quando a
taxa de juros anual ultrapassa o duodécuplo da taxa mensal. Nesse sentido: REsp 1.220.930/RS, Rel.
Min. Massami Uyeda, DJe de 9.2.2011; AgRg no REsp 735.140/RS, Quarta Turma, Rel. Min. Jorge
Scartezzini, DJ de 5.12.2005; AgRg no REsp 735.711/RS, Quarta Turma, Rel. Min. Fernando Gonçalves,
DJ de 12.9.2005; AgRg no REsp 714.510/RS, Quarta Turma, Rel. Min. Jorge Documento: 58612112 -
RELATÃRIO E VOTO - Site certificado Página 3 de 4 Superior Tribunal de Justiça Scartezzini, DJ de
22.8.2005; AgRg no REsp 809.882/RS, Rel. Min. Aldir Passarinho Junior, DJ de 24.4.2006¿.     Â
           Conclui-se, desta forma, que, no caso discutido nos presentes autos, inexiste
abusividade na capitalização de juros, na medida em que nos contratos bancários tal prática é
permitida. Da Comissão de Permanência                 Em pese o requerente
alegar a ilegalidade da cumulação da comissão de permanência com outros encargos decorrentes
do atraso, verifico que no caso vertente, conforme se vê do contrato, não há previsão da cobrança
da comissão de permanência, não havendo, pois, o que se revisar no contrato nesse ponto e, por via
de consequência, não há que falar em restituição de valores.                Por
fim, em virtude de não se vislumbrar qualquer ilegalidade a ser declarada, são improcedentes, por
conseguinte, os pedidos de revisão contratual, de anulação de cláusulas contratuais supostamente
abusivas, abstenção de negativação de seu nome em cadastros de inadimplentes, autorização
de depósito judicial dos valores incontroversos/impedimento de ajuizar ação judicial de busca e
apreensão, impedimento de envio de correspondências de cobrança, bem como a repetição do
indébito, uma vez que, nos termos da jurisprudência do STJ, ¿se os encargos da normalidade
exigidos pela instituição financeira não são abusivos, entende-se que a inadimplência não pode
ser atribuÃ-da ao credor, razão pela qual há de se entender configurada a "mora debendi".¿(3ª
Turma, AgRg no REsp 897.659¿RS, Rel. Ministro PAULO DE TARSO SANSEVERINO, unânime, DJe
de 9.11.2010). Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â DISPOSITIVO Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Ante o exposto,
com fundamento no art. 487, I, do Código de Processo Civil/2015, JULGO IMPROCEDENTE o pedido do
requerente e, por consequência, extingo o processo com resolução do mérito.          Â
    CONDENO a parte requerente ao pagamento das custas e despesas processuais, bem como dos
honorários advocatÃ-cios, ora fixados em 10% sobre o valor da causa, suspendendo-se, contudo, a
exigibilidade, face à assistência judiciária gratuita deferida às fls.42, enquanto perdurar a condição
de hipossuficiência, observado o disposto no art.98, §3º, do CPC/2015.              Â
Fica autorizado o desentranhamento de documentos por quem os juntou, exceto a procuração,
substituindo-os por cópias que poderão ser declaradas autênticas pelo patrono nos termos do artigo
425, IV do CPC/2015, devendo o cartório certificar o ato de desentranhamento.            Â
  Oportunamente, arquivem-se observadas as formalidades legais.              Â
P.R.I.C Belém/PA, 31/08/2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e
Empresarial da Capital 101 PROCESSO: 00372490320148140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o: Execução
de Título Judicial em: 06/12/2021 EXEQUENTE:LINDEMBERG BARBOSA DA CUNHA Representante(s):
OAB 10662 - JAQUELINE NORONHA DE M FILOMENO KITAMURA (ADVOGADO)
EXECUTADO:BANCO DO BRASIL SA Representante(s): OAB 15763-A - GUSTAVO AMATO PISSINI
(ADVOGADO) OAB 16637-A - RAFAEL SGANZERLA DURAND (ADVOGADO) . Com espeque no CPC,
art. 144, IX, declaro-me impedido para atuar no feito por estar sendo promovida a ação em desfavor da
parte requerida.                 Em cumprimento ao disposto na Portaria nº 4638/2013
- GP, alterada pelas Portarias nº 5014/2013-GP, 5113/2013-GP e 1027/2015-GP, comunicar a
afirmação de impedimento ao substituto legal automático, com cópia para a Corregedora de Justiça
do TJE/PA e Divisão de Apoio Técnico-JurÃ-dico da Presidência.                Â
Oficiar. Intimar. Belém/PA, 14/10/2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara
CÃ-vel e Empresarial da Capital 303 PROCESSO: 00382659420118140301 PROCESSO ANTIGO: ----
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
c/c o art. 406 do CC/02; d) à admitida a revisão das taxas de juros remuneratórios em situações
excepcionais, desde que caracterizada a relação de consumo e que a abusividade (capaz de colocar o
consumidor em desvantagem exagerada - art. 51, §1º, do CDC) fique cabalmente demonstrada, ante Ã
s peculiaridades do julgamento em concreto. (STJ, REsp 1061530/RS, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI,
SEGUNDA SEÃÃO, julgado em 22/10/2008, Dje 10/03/2009). Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â No caso,
deve restar cabalmente comprovado que o encargo cobrado pela instituição encontra-se acima daquele
normalmente praticado pelo mercado financeiro, de modo a gerar desequilÃ-brio na relação contratual,
com onerosidade excessiva ao consumidor.                 Caso não seja
comprovada essa abusividade, não se considera ilegal a taxa de juros cobrada.            Â
    Diante de todas essas considerações, tem-se que é livre aplicação dos juros
remuneratórios contratados pelas partes, desde que dentro de uma razoabilidade, ou seja, dentro do
patamar da taxa média de mercado divulgada pelo Banco Central do Brasil.             Â
   Para analisar a relação entre a taxa de juros contratada e a taxa média fixada pelo Banco
Central do Brasil, utilizo a projeção disponibilizada pelo próprio Banco Central em seu "site", que foi
o b t i d a a t r a v à © s d o l i n k :
https://www3.bcb.gov.br/sgspub/localizarseries/localizarSeries.do?method=prepararTelaLocalizarSeries,
no caminho indicadores de crédito, taxas de juros com recursos livres, taxa média de juros - Pessoas
jurÃ-dicas - Aquisição de veÃ-culos, código 25447.                 De acordo com os
dados disponibilizados pelo Banco Central do Brasil, verifica-se que em JULHO DE 2011, mês da
celebração do contrato, a taxa média dos juros prefixados para pessoas fÃ-sicas com o fim de
aquisição de veÃ-culo foi de 1,60% ao mês.                 No contrato celebrado
pelas partes a taxa de juros pactuada de 1,54% ao mês (fl. 132) está em valor inferior à taxa média de
mercado. Logo, inexiste abusividade a ser reconhecida quanto aos juros remuneratórios, vez que se
encontra dentro de parâmetros compatÃ-veis com a média do mercado. Da capitalização dos juros
                Também é pacÃ-fico o entendimento jurisprudencial de que é
permitida a capitalização de juros pelas instituições bancárias, de que é exemplo a seguinte
ementa de julgado proferido pela 4ª Turma do Superior Tribunal de Justiça: AGRAVO REGIMENTAL
NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. PROCESSUAL CIVIL E BANCÃRIO CAPITALIZAÃÃO MENSAL
DE JUROS. PACTUAÃÃO EXPRESSA. VERIFICAÃÃO. TAXA ANUAL SUPERA O DUODÃCUPLO DA
TAXA MENSAL. AFASTAMENTO DAS SÃMULAS 5 E 7 DO STJ. AGRAVO PARCIALMENTE PROVIDO.
1. Com relação à capitalização mensal dos juros, a jurisprudência desta E. Corte pacificou-se no
sentido de que sua cobrança é admitida nos contratos bancários celebrados a partir da edição da
Medida Provisória nº 1.963-17/2000, reeditada sob o nº 2.170-36/2001, qual seja, 31.03.2000, desde
que expressamente pactuada. 2. Esta Corte pacificou o entendimento de que há previsão expressa de
cobrança de juros capitalizados em periodicidade mensal quando a taxa de juros anual ultrapassa o
duodécuplo da taxa mensal. 3. In casu, o aresto recorrido afirmou a existência de expressa
pactuação a respeito da cobrança de juros capitalizados em periodicidade mensal, razão pela qual
é inviável a pretensão recursal, porquanto demandaria rever questões fáticas e interpretação de
cláusula contratual, o que se sabe vedado nesta instância especial. Incidência das Súmulas 5 e 7
desta Corte Superior de Justiça. 4. Agravo regimental a que se dá parcial provimento. (AgRg no Agravo
em Recurso Especial nº 632.948/SP (2014/0333346-6), 4ª Turma do STJ, Rel. Raul Araújo. j.
18.08.2015, DJe 04.09.2015). Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Nesse julgamento especÃ-fico, o Ministro
Relator houve por bem consignar que: ¿para a cobrança da capitalização mensal dos juros, faz-se
necessária a presença, cumulativa, dos seguintes requisitos: (a) legislação especÃ-fica possibilitando
a pactuação, como nos contratos bancários posteriores a 31/3/2000 (MP nº 1.963-17/2000, reeditada
pela MP nº 2.170-36/2001), em vigência em face do art. 2º da Emenda Constitucional nº 32/2001
(AgRg no REsp 1.052.298/MS, Rel. Min. ALDIR PASSARINHO JUNIOR, Quarta Turma, DJe de
1º/3/2010); e (b) expressa previsão contratual quanto à periodicidade.Tal entendimento foi sedimentado
na forma do art. 543-C do CPC, com o julgamento do REsp 973.827/RS (Rel. Ministro LUIS FELIPE
SALOMÃO, Rel. p/ acórdão Ministra MARIA ISABEL GALLOTTI, SEGUNDA SEÃÃO, julgado em
8/8/2012, DJe de 24/9/2012). ¿                 Continuando, o Ministro Relator
enfatizou que mesmo que não haja previsão escrita de capitalização mensal no instrumento
contratual firmado: ¿esta Corte possui entendimento de que há previsão expressa de cobrança de
juros capitalizados em periodicidade mensal quando a taxa de juros anual ultrapassa o duodécuplo da
taxa mensal. Nesse sentido: REsp 1.220.930/RS, Rel. Min. Massami Uyeda, DJe de 9.2.2011; AgRg no
REsp 735.140/RS, Quarta Turma, Rel. Min. Jorge Scartezzini, DJ de 5.12.2005; AgRg no REsp
735.711/RS, Quarta Turma, Rel. Min. Fernando Gonçalves, DJ de 12.9.2005; AgRg no REsp
714.510/RS, Quarta Turma, Rel. Min. Jorge Documento: 58612112 - RELATÃRIO E VOTO - Site
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(IOF) por meio de financiamento acessório ao mútuo principal, sujeitando-o aos mesmos encargos
contratuais. 10. Recurso especial parcialmente provido. (REsp 1251331/RS, Rel. Ministra MARIA ISABEL
GALLOTTI, SEGUNDA SEÃÃO, julgado em 28/08/2013, DJe 24/10/2013) Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â
 Sendo assim, havendo disposição no contrato acerca da cobrança de IOF, não há qualquer
abusividade ser reconhecida neste ponto. Da Comissão de Permanência e das Tarifas de avaliação
do bem, de inserção de gravame e de serviços de terceiros                 Em
pese o requerente alegar a ilegalidade da cumulação da comissão de permanência com outros
encargos decorrentes do atraso, bem como a ilegalidade das tarifas de avaliação do bem, de
inserção de gravame e de serviços de terceiros, verifico que, no caso vertente, conforme restou
comprovado nos autos, não há previsão de tais cobranças, razão pela qual não merecem
prosperar quaisquer pedidos de reconhecimento de cobranças indevidas a tais tÃ-tulos.        Â
        Por fim, em virtude de não se vislumbrar qualquer ilegalidade a ser declarada, são
improcedentes, por conseguinte, os pedidos de revisão contratual, de anulação de cláusulas
contratuais supostamente abusivas, de autorização para consignação de valores, bem como de
repetição do indébito, uma vez que, nos termos da jurisprudência do STJ, ¿se os encargos da
normalidade exigidos pela instituição financeira não são abusivos, entende-se que a inadimplência
não pode ser atribuÃ-da ao credor, razão pela qual há de se entender configurada a "mora
debendi".¿(3ª Turma, AgRg no REsp 897.659¿RS, Rel. Ministro PAULO DE TARSO SANSEVERINO,
unânime, DJe de 9.11.2010). DISPOSITIVO                 Ante o exposto, com
fundamento no art. 487, I, do Código de Processo Civil/2015, JULGO IMPROCEDENTE o pedido do
requerente e, por consequência, extingo o processo com resolução do mérito.          Â
      CONDENO a parte requerente ao pagamento das custas e despesas processuais, bem como
dos honorários advocatÃ-cios, ora fixados em 10% sobre o valor da causa, suspendendo-se, contudo, a
exigibilidade, face a gratuita deferida na decisão de fl. 35, enquanto perdurar a condição de
hipossuficiência, observado o disposto no art.98, §3º, do CPC/2015.                Â
Fica autorizado o desentranhamento de documentos por quem os juntou, exceto a procuração,
substituindo-os por cópias que poderão ser declaradas autênticas pelo patrono nos termos do artigo
425, IV do CPC/2015, devendo o cartório certificar o ato de desentranhamento.            Â
    Oportunamente, arquivem-se observadas as formalidades legais.               Â
 P.R.I.C                 Belém/PA, 04/10/2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz de
Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital 301 PROCESSO: 00410739620168140301
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES
ITZCOVICH A??o: Procedimento Comum Cível em: 06/12/2021 AUTOR:PERY NUNES NETTO
Representante(s): OAB 22694 - LANNA KARINA BRABO DE MORAES BOSSINI (ADVOGADO)
REU:MARKO ENGENHARIA E COMERCIO IMOBILIARIA LTDA Representante(s): OAB 14810 - THEO
SALES REDIG (ADVOGADO) . PROC. 0041073-96.2016.814.0301 REQUERENTE: PERY NUNES
NETTO REQUERIDAS: MARKO ENGENHARIA E COMÃRCIO IMOBILIÃRIA LTDA SENTENÃA
RELATÃRIO Â Â Â Â Â Â Cuida-se de AÃÃO DE INDENIZAÃÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS
movida por PERY NUNES NETTO em face de MARKO ENGENHARIA E COMÃRCIO IMOBILIÃRIA
LTDA.       Afirma a parte autora que firmou com a parte requerida, em 13/09/2011, através de
cessão de direitos e obrigações, a PROMESSA DE COMPRA E VENDA DE UNIDADE IMOBILIÃRIA
EM CONSTRUÃÃO COM FINANCIAMENTO, tendo como objeto o apartamento nº. 2504 do
empreendimento RIO FIGUEIRA.       Alega que as requeridas não cumpriram a obrigação
assumida quanto ao prazo para conclusão da obra, pois, o prazo previsto para término da obra seria
EM DEZEMBRO DE 2011, conforme cláusula 11 do contrato de promessa de compra e venda.     Â
 Requer ao final, entre outros pedidos: 1. Lucros cessantes; 2. O congelamento do saldo devedor; 3.
Inversão da cláusula penal; 4. Danos morais.       Junta documentos.       Em sede de
contestação, fls. 85/123, a parte requerida defende, em sÃ-ntese: 1. A exceção do contrato não
cumprido, pois a parte requerida não teria feito o pagamento da parcela das chaves; 2. Da necessidade
de observância do prazo para conclusão das obras pelo constante do TERMO DE CESSÃO; 3.
Validade de cláusula 11.1; 4. Da legalidade da correção monetária das parcelas contratuais; 5. A
inexistência de ato ilÃ-cito; 6. Do descabimento de danos materiais; 7. Da não comprovação dos
danos extrapatrimoniais; 8. A inexistência de danos morais.       Junta documentos, dentre eles,
ao Habite-se de fl. 124.       Réplica às fls. 149/164.       Os autos vieram-me
conclusos. FUNDAMENTAÃÃO               O caso submetido à análise deste JuÃ-zo
não é novo à luz da realidade fática que foi implementada com o crescimento do setor imobiliário
neste paÃ-s. De algum tempo, o Judiciário vem enfrentando tal situação, com diversas questões
pacificadas no âmbito dos Tribunais.               Portanto, para o deslinde da presente
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ação será considerada a matéria já calcificada no âmbito dos Tribunais Superiores, fazendo-se
ressalvas pontuais, quando necessárias, amoldando ao entendimento deste Juiz. DO JULGAMENTO
ANTECIPADO               Constato ser desnecessária a ampliação probatória,
posto que o feito já contém elementos suficientes para apreciação e julgamento e, ainda, em
atenção ao princÃ-pio da livre convicção, antecipo o julgamento do mérito, na forma do art. 355, I,
do CPC/2015, o qual estabelece a conveniência do julgamento antecipado do pedido, quando não
houver necessidade de outras provas.               Nesse sentido, há tempos a
jurisprudência dos tribunais superiores aponta que ¿Presentes as condições que ensejam o
julgamento antecipado da causa, é dever do juiz e não mera faculdade, assim o proceder¿.     Â
         Ademais, o caso submetido à análise deste JuÃ-zo não é novo à luz da realidade
fática que foi implementada com o crescimento do setor imobiliário neste paÃ-s. De algum tempo, o
Judiciário vem enfrentando tal situação, com diversas questões pacificadas no âmbito dos
Tribunais.               Portanto, para o deslinde da presente ação será considerada
a matéria já calcificada no âmbito dos Tribunais Superiores, fazendo-se ressalvas pontuais, quando
necessárias, amoldando ao entendimento deste Juiz. DO ATRASO NA ENTREGA DA OBRA E DA
CLÃUSULA DE TOLERÃCIA          A cláusula de tolerância está muito presente nos
contratos de compromissos de compra e venda. Ela acontece, para que ao contratar um imóvel na planta,
o promitente comprador tenha noção do prazo da entrega de seu imóvel, já a incorporadora estipula
tal cláusula com o intuito de precaver-se caso haja algum atraso na entrega da obra. Não se pode
alterar o prazo da entrega da obra. No entanto, usa-se a cláusula de tolerância para prevenir-se, diante
de motivos de caso fortuito ou de força maior, que não possa ser previsto com antecedência pela
incorporadora. No caso em comento, questiona-se a validade da previsão de tal cláusula no contrato
estabelecido.          Entendo que o prazo de tolerância estabelecido em cláusula clara,
facilmente inteligÃ-vel e em prazo razoável (180 dias) não pode ser tido como abusivo, posto que
representa a vontade das partes, especialmente porque os requerentes não demonstraram, nem sequer
requereram a produção de prova acerca da alegada inexistência de informação suficiente acerca
da contratação do prazo questionado, devendo aplicar-se, portanto, o princÃ-pio "pacta sunt servanda".
         Esse é o entendimento seguido pelo Tribunal de Justiça do Estado do Pará:
AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIREITO CIVIL. CONTRATOS IMOBILIÃRIOS. DEFERIMENTO PARCIAL
DA ANTECIPAÃÃO DE TUTELA. INDEFERIMENTO DO PEDIDO DE DECRETAÃÃO DE NULIDADE DA
CLÃUSULA DE TOLERÃNCIA DE 180 DIAS PARA A ENTREGA DO IMÃVEL. AUSÃNCIA DE
QUALQUER ILEGALIDADE OU ABUSIVIDADE. PRECEDENTES DESTA CORTE. MANUTENÃÃO DA
DECISÃO AGRAVADA. RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO. 1 - Verifica-se que a matéria já fora
objeto de análise pela 5ª Câmara CÃ-vel Isolada, que se manifestou no sentido de que a cláusula de
tolerância de 180 (cento e oitenta) dias estabelecida nos contratos imobiliários não se monstra abusiva
ou ilegal, uma vez que o consumidor tem conhecimento da condição no momento da assinatura do
contrato, de modo que submete-se ao princÃ-pio do pacta sunt servanda, ressaltando-se, ainda, o prazo de
tolerância apresenta-se de forma moderada, não acarretando desvantagem exagerada ao consumidor,
mas tão somente visando atender a complexidade inerente à construção civil, não havendo que se
falar em violação de princÃ-pios da equidade, proporcionalidade, razoabilidade e transparência
previstos no CDC. 2 - Outrossim, o próprio art. 273 do Código de Processo, ao regulamentar o instituto
da antecipação de tutela estabelece em seu § 2º que não será concedida a antecipação
quando houver perigo de irreversibilidade do provimento antecipado, de modo que, ainda que fosse
possÃ-vel a declaração de nulidade da referida cláusula, esta somente poderia ser decretada a quando
do julgamento definitivo da lide. (Agravo de Instrumento nº 00445437720128140301 (149393), 5ª
Câmara CÃ-vel Isolada do TJPA, Rel. Diracy Nunes Alves. j. 06.08.2015, DJe 10.08.2015). ACÃRDÃO:
153612 COMARCA: BELÃM DATA DE JULGAMENTO: 09/11/2015 00:00 PROCESSO:
00471307220128140301 PROCESSO ANTIGO: 201330338638
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÃRIO(A): JOSE MARIA TEIXEIRA DO ROSARIO CÃMARA:
4ª CAMARA CIVEL ISOLADA Ação: Apelação em: APELADO:ALECIA THACIANE PEREIRA DA
SILVA APELANTE:RIO MENDONZA EMPREENDIMENTOS SPE LTDA Representante(s): THEO SALES
REDIG E OUTROS (ADVOGADO) APELADO:IGOR NOLETO MOREIRA Representante(s): BERNARDO
ALBUQUERQUE DE ALMEIDA E OUTROS (ADVOGADO) LEONARDO MAIA NASCIMENTO
(ADVOGADO) EMENTA: . APELAÃÃO CÃVEL. CONTRATO DE PROMESSA DE COMPRA E VENDA.
ATRASO NA ENTREGA DO IMÃVEL. ABUSIVIDADE DE CLÃUSULA DE PRORROGAÃÃO DE 365 DIAS.
REDUÃÃO AO LIMITE DE 180 DIAS. CONGELAMENTO DO SALDO DEVEDOR A PARTIR DA MORA
NA ENTREGA. DANOS EMERGENTES DEVIDOS EM RAZÃO DO PAGAMENTO DE ALUGUÃIS.
EXCLUSÃO DOS LUCROS CESSANTES. INVERSÃO DE CLÃUSULA MORATÃRIA. OCORRÃNCIA DE
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Tribunal de Justiça e o Tribunal de Justiça do Estado do Pará têm entendimento consolidado que se
trata de um dano presumÃ-vel. Bastaria ao consumidor comprovar a ação ilÃ-cita (atraso na entrega) que
o dano seria uma consequência necessária. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL -
ATRASO NA ENTREGA DE IMÃVEL - DECISÃO MONOCRÃTICA QUE CONHECEU DO AGRAVO PARA
DAR PARCIAL PROVIMENTO AO RECURSO ESPECIAL.1. A jurisprudência desta Corte Superior já
consolidou entendimento que os lucros cessantes são presumÃ-veis na hipótese de descumprimento
contratual derivado de atraso de entrega do imóvel. Somente haverá isenção da obrigação de
indenizar do promitente vendedor caso configure uma das hipóteses de excludente de responsabilidade,
o que não ocorreu na espécie(...).(AgRg no REsp 1523955/SP, Rel. Ministro MARCO BUZZI, QUARTA
TURMA, julgado em 01/12/2015, DJe 11/12/2015).          Frisa-se que, no meu sentir, o
lucro cessante não é algo hipotético, pois originário de um efeito danoso concreto (atraso na entrega
do imóvel) e é plenamente possÃ-vel presumir o prejuÃ-zo sofrido, sendo exigÃ-vel apenas que o lesado
consiga demonstrar, dentro da razoabilidade, o montante do dano sofrido. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Em suma:
filio-me a jurisprudência do Superior de Tribunal de Justiça, bastando a comprovação do atraso na
entrega para que ocorra o dano. Reforça-se que, no caso concreto, o atraso injustificado é patente,
consoante ao norte decidido. Coerente com a linha de entendimento do Superior Tribunal de Justiça, no
meu entender, pouco importa o destino a ser dado ao imóvel pelo consumidor: se para fins residenciais
ou locatÃ-cio. Exigir do consumidor, desde o inÃ-cio da compra, uma posição estanque acerca da
finalidade a ser dada ao imóvel, é onerá-lo em demasia, desnecessariamente e, por via transversas,
desnaturar a aplicação do entendimento consolidado do Superior Tribunal de Justiça. Ora, a vontade
do consumidor pode mudar ao longo da construção do empreendimento, trata-se de algo transitório,
que, nem por isso, afasta a responsabilidade da construtora em ressarci-lo pelo que deixou de ganhar com
o imóvel. Tal posicionamento se coaduna inclusive com os princÃ-pios e vigas mestras da lei 8078/90,
colocando o consumidor, parte hipossuficiente da relação, em prestigiada posição de proteção,
frente ao crescente desrespeito das construtoras no cumprimento de prazos das obras. Até por isso que,
nos julgados do Superior Tribunal de Justiça, não há qualquer tipo de ressalva acerca da finalidade a
ser dada ao imóvel: o simples atraso injustificado na entrega já gera o dever de indenizar. Com esse
entendimento, transcreve-se: (...) A destinação que o promitente comprador daria ao bem, se para fins
de moradia ou locação, se auferiria renda, ou não, em nada influencia na obrigação de o
promitente vendedor compor lucros cessantes, que são comprovados diante da própria mora. 4. A não
entrega do imóvel prometido no prazo ajustado no contrato impõe ao promitente vendedor a
obrigação de indenizar o promitente comprador pelos lucros cessantes (...) (Apelação CÃ-vel nº
20130111573979 (876042), 3ª Turma CÃ-vel do TJDFT, Rel. Fátima Rafael. j. 17.06.2015, DJe
26.06.2015). (...)A destinação que o promitente comprador daria ao bem, se para fins de moradia ou
locação, se auferiria renda, ou não, em nada influencia na obrigação de o promitente vendedor
compor lucros cessantes, que são comprovados diante da própria mora. (...) (Apelação CÃ-vel nº
20140310023959 (876032), 3ª Turma CÃ-vel do TJDFT, Rel. Fátima Rafael. j. 17.06.2015, DJe
26.06.2015 (...) Em caso de atraso na entrega de imóvel adquirido, para fins residenciais ou comerciais,
é presumido o prejuÃ-zo sofrido pela privação do bem durante o perÃ-odo de mora, tendo em vista que
não se cogita alguém investir vultuosa quantia se não for para fazer do bem a sua moradia, local de
trabalho ou obter dele um retorno financeiro por meio da renda proveniente dos aluguéis(...)
(Apelação CÃ-vel nº 2014.025964-4, 3ª Câmara CÃ-vel do TJRN, Rel. João Rebouças. j.
08.09.2015).          Ainda em relação ao tema, há que se frisar que, de acordo com o
posicionamento pacificado do STJ, não há incompatibilidade entre a rescisão contratual e a
condenação em lucros cessantes de quem deu causa a mora. Neste sentindo: RECURSO ESPECIAL
Nº 1884688 - SP (2020/0175201-2). RELATOR : MINISTRO RAUL ARAÃJO. RECORRENTE : SPE
OLIMPIA Q27 EMPREENDIMENTOS IMOBILIARIOS S/A. ADVOGADO : CLÃUDIO RODARTE CAMOZZI
- GO018727. RECORRENTE : WASHINGTON LUIS GARCIA ORTEGA. ADVOGADOS : ARNALDO DE
LIMA JUNIOR - SP053513. VANESSA DEL VECCHIO R RODRIGUES DA CUNHA - SP210347.
RECORRIDO : OS MESMOS. DECISÃO. Trata-se de recurso especial interposto por WASHINGTON LUIS
GARCIA ORTEGA com fundamento nas alÃ-neas "a" e "c"do permissivo constitucional, contra acórdão
proferido pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, assim ementado (e-STJ, fl. 342):.
CERCEAMENTO DE DEFESA. Não configurado. Provas dos autos suficientes para o julgamento da lide.
Desnecessidade de dilação probatória.. Preliminar rejeitada.. COMPROMISSO DE COMPRA E
VENDA. RESCISÃO.. DEVOLUÃÃO DE VALORES. Atraso na entrega de obra.. Validade da cláusula de
tolerância de 180 dias para entrega da obra, desde que em dias corridos. Abusividade do prazo de
tolerância em dias úteis. Entendimento firmado pelo TJSP em IRDR. Súmulas 160 e 161, TJSP. Atraso
configurado. Rescisão do contrato. Retorno das partes ao status quo ante. Direito de devolução da
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integralidade dos valores pagos pelo autor, ante a culpa da ré pela rescisão. Súmulas 1, 2 e 3, TJSP.
Lucros cessantes. Pedido incompatÃ-vel com a rescisão do contrato.. Recebimento de indenização,
além da devolução de valores, implicaria em enriquecimento sem causa do autor. Sentença
parcialmente reformada. Sucumbência. Distribuição proporcional.. Recurso parcialmente provido.. Nas
razões do recurso especial, o recorrente aponta violação dos arts. 186, 402, 421, 422 e 927 do
Código Civil, além de dissÃ-dio jurisprudencial.. Sustenta, em suma, que, mesmo que se opere a
rescisão do contrato firmado entre as partes, é cabÃ-vel a fixação de lucros cessantes. à o relatório.
Passo a decidir.. Extrai-se dos autos que Washington Luis Garcia Ortega ajuizou ação de rescisão
contratual cumulada com pedidos de restituição de valores e lucros cessantes em desfavor de SPE
OlÃ-mpia Q27 Empreendimentos Imobiliários, que foi julgada procedente para rescindir o compromisso de
compra e venda e condenar a ré a devolver todos os valores e pagar lucros cessantes. O Tribunal de
origem, de sua vez, entendeu como descabido o pedido de lucros cessantes, diante da resolução do
contrato e devolução de valores, e o afastou da condenação, nestes termos (e-STJ, fls. 348): No
que se refere à indenização por lucros cessantes, ante a resolução do contrato e devolução de
valores, torna-se descabido tal pedido, porquanto os lucros cessantes somente seriam devidos em caso
de recebimento e permanência no imóvel pelo requerente, e não no caso em que o contrato não é
mantido. As partes estão sendo repostas ao status quo ante, de modo que o recebimento de lucros
cessantes pelo autor, além da restituição dos valores pagos, implicaria em enriquecimento sem
causa. Ocorre que o entendimento do acórdão atacado destoa da jurisprudência do STJ assentada na
premissa de que "O ATRASO NA ENTREGA DE IMÃVEL ENSEJA O PAGAMENTO DE LUCROS
CESSANTES, SENDO PRESUMÃVEL O PREJUÃZO EXPERIMENTADO PELO PROMITENTE
COMPRADOR" (AgInt no AREsp 1.189.236/SP, Relator o Ministro Antonio Carlos Ferreira, DJe de
27/3/2018) e, portanto, merece reforma. Com efeito, O DESFAZIMENTO DO NEGÃCIO TEM COMO
EFEITO O RETORNO DAS PARTES AO STATUS QUO ANTE COM O RECONHECIMENTO DE
INCIDÃNCIA DE LUCROS CESSANTES EM FAVOR DO PROMITENTE COMPRADOR, TENDO EM
VISTA QUE SE TRATA DE UMA SITUAÃÃO DE DESCUMPRIMENTO CONTRATUAL POR PARTE DA
CONSTRUTORA, TAL COMO RECONHECIDO PELO MAGISTRADO SENTENCIANTE. Diante do
exposto, nos termos do art. 255, § 4º, III, do RISTJ, dou provimento ao recurso especial a fim de
restabelecer a sentença de primeiro grau, quanto à fixação dos lucros cessantes. Publique-se.
BrasÃ-lia, 28 de agosto de 2020. Ministro RAUL ARAÃJO. Relator. (Ministro RAUL ARAÃJO, 30/09/2020).
         Conforme se verifica do contrato, a entrega da unidade se daria em JUNHO/2013, já
contando com o prazo de tolerância.          Sendo assim, reconhecido o dever de
indenização por lucros cessantes, torna-se necessária a fixação do termo inicial e final de sua
aplicação. Para tanto, em sintonia com o que foi decidido no item precedente, considerar-se-á como
termo inicial, a data prevista para a entrega do empreendimento, JUNHO/2013, já incluÃ-do aÃ- o prazo de
tolerância de 180 dias. Após esse perÃ-odo inicial, a requerida estará obrigada a ressarcir mensalmente
o requerente pelo que deixou de ganhar com o imóvel em um quantum, até a data da expedição do
¿Habite-se¿, que se deu em 30/04/2015, fl. 124, sendo que esta data será considerada como termo
final da mora da requerida, pois o referido documento é emitido por órgão oficial do MunicÃ-pio,
atestando que o imóvel se encontra em condições de habitação.          Diante de todo
o exposto, vejo que o pagamento de valores correspondentes aos aluguéis, a tÃ-tulo de lucros cessantes,
é devido, e, observando-se as caracterÃ-sticas gerais, bem como localização e tamanho do imóvel
discutido nos presentes autos, resolvo arbitrar o valor mensal de R$ 1.200,00 [hum mil e duzentos reais], o
que considero compatÃ-vel com os critérios de razoabilidade e proporcionalidade. DA ALEGAÃÃO DA
EXCEÃÃO DO CONTRATO NÃO CUMPRIDO       Em consonância com o decidido acima, no
que se refere ao prazo de atraso na entrega do empreendimento, que vinculou a incidência dos lucros
cessantes, sem razão a contestante quanto a alegação da exceção do contrato não cumprido. Â
     Neste norte, a parte requerida só foi condenada, em relação a seu atraso, até a data da
expedição do habite-se, pois permaneceu em mora até a referida data, qual seja, 30/04/2015, fl. 124.
      Desta forma, não importa para o julgamento quando a parte autora recebeu o apartamento,
ou mesmo se a demora em seu recebimento se deu pelo fato de a mesma não realizar o pagamento da
parcela denominada `chaves¿, qual seja, a equivalente ao saldo devedor.   Anele-se que,
independentemente da demora do pagamento do saldo devedor, a mora está CATEGORICAMENTE
COMPROVADA E APURADA, por óbvio, até o momento da expedição do habite-se. DA NÃO
CUMULAÃÃO DE LUCROS CESSANTES COM A CLÃUSULA PENAL CONDENATÃRIA Â Â Â Â Â Â O
tema sob exame já foi decidido em sede de Recurso Especial, motivo pelo qual não paira mais dúvidas
acerca de sua incidência.      Assim, uma vez que já foram concedidos lucros cessantes para
indenizar os meses de atraso na entrega do imóvel, não se torna cabÃ-vel a cumulação de tal
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encargo com a multa penal condenatória. Neste sentido, vejamos a jurisprudência clara, atualizada e
didática, que dispensa maiores divagações: No tocante à possibilidade de cumulação da
indenização a tÃ-tulo de lucros cessantes com cláusula penal, a Corte Superior de Justiça, no
julgamento dos REsp n. 1.498.484/DF e REsp n. 1.635.428/SC, realizado sob o rito dos recursos
repetitivos, firmara tese no sentido de que a cláusula penal moratória tem a finalidade de indenizar pelo
adimplemento tardio da obrigação, e, em regra, estabelecida em valor equivalente ao locativo, afasta-
se sua cumulação com lucros cessantes, corroborando a exegese que emerge do artigo 416 do
Estatuto Civilista, tornando inviável que ao promissário adquirente, contemplado com cláusula penal de
natureza compensatória estabelecida em montante superior ao que o próprio imóvel geraria à guisa de
alugueres, seja assegurada sua fruição de forma cumulada ou, quiçá, alternativa, com lucros
cessantes no perÃ-odo da mora da promissária vendedora." Acórdão 1234430,
00404847920148070007, Relator: TEÃFILO CAETANO, 1ª Turma CÃ-vel, data de julgamento: 19/2/2020,
publicado no DJE: 19/3/2020. INCABÃVEL A CUMULAÃÃO DE PEDIDO DE LUCROS CESSANTES COM
JUROS MORATÃRIOS E/OU COMPENSATÃRIOS Â Â Â Â Â Â Â Â Â No que se refere aos pedidos de
JUROS MORATÃRIOS, sem razão o requerente, uma vez que já houve condenação da demandada
ao pagamento de lucros cessantes pelo perÃ-odo de atraso, que equivaleria ao valor que a parte autora
poderia auferir caso tivesse alugado o imóvel objeto da lide, na hipótese de este ter sido entregue no
prazo combinado.          Em suma, os danos decorrentes do atraso já foram devidamente
reconhecidos por meio da condenação em LUCROS CESSANTES EM DESFAVOR DA PARTE
REQUERIDA. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Assim, descabida no caso concreto o pedido de JUROS MORATÃRIOS
E/OU COMPENSATÃRIOS, eis que a sua concessão configuraria flagrante bis in idem no caso concreto.
DO CONGELAMENTO DO SALDO DEVEDOR         Os autores pleitearam a declaração de
nulidade de aplicação de correção monetária, juros de mora e multa sobre o saldo devedor, durante
o perÃ-odo de atraso na entrega do empreendimento e da liberação da documentação da construtora
para a contratação do financiamento, com a devolução em dobro do que foi cobrado como
excedente ao devido.         Por outro lado, o contrato prevê item sobre correção
monetária aplicável no caso concreto. Observa-se que foram fixados dois Ã-ndices de correção
monetária a incidir sobre os valores contratuais: o INCC e o IGP-M, fl. 59.         Mais uma vez
reforço que adotarei posicionamento já consagrado pela jurisprudência, fazendo, quando relevantes,
observações pontuais.         Pois bem. A correção monetária é a recuperação do
poder de compra do valor emprestado. Com outras palavras: trata-se de uma atualização do valor da
moeda face ao poder corrosivo da inflação. Não representa lucro (juros remuneratórios) pelo valor
emprestado, mas sim, como dito, preservação do valor do dinheiro para manutenção do equilÃ-brio
econômico-financeiro de um contrato. O Ã-ndice a ser adotado para correção monetária deve estar
expressamente pactuado em contrato, bem como um substituto, caso haja a extinção do primeiro
pactuado.         Em contratos de compra e venda de imóveis é comum a previsão de
aplicação de um Ã-ndice de correção monetária durante o prazo de construção do imóvel e de
outro Ã-ndice após a entrega.         Primeiro ponto digno de destaque versa sobre o
congelamento do saldo devedor, isto é, escoado o prazo de entrega do empreendimento, o atraso
justificaria a não incidência de qualquer tipo de atualização monetária.         Comungo
do entendimento de que o congelamento em si é indevido. A correção faz-se relevante para
manutenção proporcional da sinalagma. à que o saldo devedor a ser financiado, necessariamente,
precisa passar por uma atualização do valor monetário ante ao poder de corrosão da inflação.
Pensar de forma diferente, no meu sentir, conduziria ao enriquecimento ilÃ-cito do consumidor, o qual teria
a valorização do imóvel ao longo do tempo, sem a contrapartida de atualização monetária do valor
da moeda. Portanto, a cláusula que prevê a atualização monetária do saldo devedor não pode
ser tida como ilegal por abusividade. Â Â Â Â Â Â Â Â Ã desta forma que entende o Superior Tribunal de
Justiça e o Tribunal de Justiça do Estado do Pará: RECURSO ESPECIAL Nº 1.579.663 - RN
(2016/0017711-4). RELATOR : MINISTRO RICARDO VILLAS BÃAS CUEVA. DECISÃO (...) Por fim, o
recurso merece prosperar em relação à alegação de não ser possÃ-vel o congelamento do saldo
devedor até a efetiva entrega do bem. O entendimento desta Corte Superior está consolidado no
sentido de que "a correção monetária constitui mera reposição do valor real da moeda, devendo ser
integralmente aplicada, sob pena de enriquecimento sem causa de uma das partes" (REsp n. 1.391.770,
Primeira Turma, Rel. Min. Benedito Gonçalves, DJe de 9/4/2014. No mesmo sentido: REsp n.
1.202.514/RS, Terceira Turma, Rel. Nancy Andrighi, DJe de 30/6/2011; e AgRg no REsp n. 780.581/GO,
Quarta Turma, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, DJe de 19/10/2010). Nesse contexto, o fato de o vendedor
encontrar-se em mora no cumprimento da sua obrigação no caso a entrega do imóvel não justifica a
suspensão da cláusula de correção monetária do saldo devedor, na medida em que inexiste
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uma proporcionalidade com a lesão à honra, à moral ou à dignidade do ofendido, devendo ainda
atentar-se para as circunstâncias que envolveram os fatos, analisando a extensão do dano sofrido, e
levar em conta as condições pessoais e econômicas dos envolvidos, de modo que a reparação
não cause enriquecimento indevido de quem recebe, nem impunidade e reincidência de quem paga
(função pedagógica do dano moral, ver AgRg no Recurso Especial nº 1388548/MG (2013/0201056-
0), 3ª Turma do STJ, Rel. Sidnei Beneti. j. 06.08.2013, unânime, DJe 29.08.2013).          Â
    Nesse norte, penso que é justo e razoável a fixação dos danos morais em R$ 10.000,00
(dez mil reais). CUSTAS, DESPESAS PROCESSUAIS E HONORÃRIOS ADVOCATÃCIOS Â Â Â Â Â A
jurisprudência AFETA ao tema ora em análise, qual seja, obrigações decorrentes por atraso de obra,
é pacÃ-fica ao estabelecer que em respeito ao PRINCÃPIO DA CAUSALIDADE, as custas e honorários
advocatÃ-cios devem ser suportados por quem deu causa à ação, ou seja, para as empresas
requeridas que prometem entregar o imóvel em data especÃ-fica, mas que na prática, muitas vezes, no
dia estabelecido para entrega sequer começaram a obra. Vejamos: Apelação cÃ-vel. Compra e venda
de imóvel. Ação de rescisão cumulado com restituição dos valores pagos. Alegação de atraso
na entrega de obra imobiliária. SENTENÃA DE PROCEDÃNCIA PARCIAL. Recurso apenas do autor.
Aplicação do princÃ-pio do "tantum devolutum quantum apelatum". Sucumbência. PRINCÃPIO DA
CAUSALIDADE ANUNCIA QUE INCUMBE Ã PARTE QUE DEU CAUSA Ã INSTAURAÃÃO DO
PROCESSO O DEVER DE ARCAR COM A SUCUMBÃNCIA. RÃ QUE POR DUAS VEZES NÃO
CUMPRIU COM O PRAZO PARA ENTREGA DA OBRA, MOTIVO PELO QUAL O AUTOR INGRESSOU
COM A PRESENTE AÃÃO. AFERIÃÃO DA SUCUMBÃNCIA SE FAZ POR CRITÃRIOS LÃGICOS E NÃO
MATEMÃTICOS. INVERSÃO DO ÃNUS DA SUCUMBÃNCIA DE RIGOR, DEVENDO SER IMPOSTO Ã
RÃ O PAGAMENTO DAS CUSTAS, DESPESAS PROCESSUAIS E HONORÃRIOS ADVOCATÃCIOS. RÃ
QUE SUCUMBIU EM MAIOR PARTE. Interpretação do artigo 86, parágrafo único do Código de
Processo Civil. Resultado. Recurso provido. (TJ-SP - AC: 10077313120178260003 SP 1007731-
31.2017.8.26.0003, Relator: Edson Luiz de Queiróz, Data de Julgamento: 21/11/2019, 9ª Câmara de
Direito Privado, Data de Publicação: 21/11/2019).       Pontua-se que não há que se falar em
condenação recÃ-proca das custas, das despesas processuais e dos honorários advocatÃ-cios, uma
vez que se trata de matéria que foge à regra de divisão de tais encargos, sendo a jurisprudência
calcificada nesse sentido. DISPOSITIVO Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Ante o exposto, julgo
PARCIALMENTE procedenteS os pedidos e, por consequência, extingo o processo com resolução do
mérito, na forma do art. 487, I, do Código de Processo Civil/2015, para:              Â
CONDENAR a parte requerida em lucros cessantes, no que diz respeito ao ressarcimento ao requerente
pelo que este poderia auferir a tÃ-tulo de aluguel com o imóvel objeto da presente ação, a partir de
JUNHO/2013 até a expedição do Habite-se, que se deu em 30/04/2015, fl. 124, no valor mensal de
R$ 1.200,00 [hum mil e duzentos reais], nos termos da fundamentação, corrigindo a cada vencimento,
mensalmente, pelo INPC, até o efetivo pagamento, e acrescido de juros de mora de 1% ao mês desde
a data da citação.               CONDENAR a requerida ao pagamento de R$
10.000,00 (dez mil reais), a tÃ-tulo de danos morais, ao requerente, com juros de 1% ao mês,
contabilizados a partir da citação, e correção monetária, com adoção do INPC, a partir do
arbitramento do valor estipulado nesta sentença até seu efetivo pagamento (Súmula 362 do STJ).  Â
            CONDENAR a parte requerida ao pagamento das custas e despesas
processuais, bem como aos honorários advocatÃ-cios, ora fixados em 10% sobre o valor da
condenação, considerando o PrincÃ-pio da Causalidade que rege o caso em concreto e de acordo com
a orientação pacÃ-fica da jurisprudência.               Nos termos do artigo 46, caput,
da Lei estadual n. 8.328, de 29/12/2015, fica advertida a parte responsável de que, na hipótese de,
havendo custas, não efetuar o pagamento delas no prazo legal, o respectivo crédito, além de
encaminhado para inscrição em DÃ-vida Ativa, sofrerá atualização monetária e incidência de
outros encargos legais. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Fica autorizado o desentranhamento de documentos
por quem os juntou, exceto a procuração, substituindo-os por cópias que poderão ser declaradas
autênticas pelo patrono nos termos do artigo 425, IV do CPC/2015, devendo o cartório certificar o ato de
desentranhamento;               Certificado o trânsito em julgado, havendo custas
pendentes, intime-se o responsável para o recolhimento, sob pena de inscrição na dÃ-vida ativa. Inerte,
inscreva-se.               Após, cumpridas as cautelas legais, arquivar os presentes
autos e dar baixa na distribuição.               P.R.I.C. Belém/PA, 04/11/2021.
Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital 301
PROCESSO: 00418589220158140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o:
Procedimento Comum Cível em: 06/12/2021 AUTOR:MARIA DE BELEM BARRETO DE CARVALHO
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
Representante(s): OAB 18004 - HAROLDO SOARES DA COSTA (ADVOGADO) OAB 15650 - KENIA
SOARES DA COSTA (ADVOGADO) REU:BANCO BMG SA Representante(s): OAB 63440 - MARCELO
TOSTES DE CASSTRO MAIA (ADVOGADO) OAB 109730 - FLAVIA ALMEIDA MOURA DI LATELLA
(ADVOGADO) REU:BANCO DO ESTADO DO PARA S/A Representante(s): OAB 10676 - PAULO
ROBERTO AREVALO BARROS FILHO (ADVOGADO) OAB 17337 - THIAGO DOS SANTOS ALMEIDA
(ADVOGADO) . Em 06/04/2021, nos autos dos REsp 1863973/SP, 1877113/SP e 1872441/SP, o ministro
do Superior Tribunal de Justiça (STJ), MARCO AURÃLIO BELLIZZE, proferiu decisão determinando a
suspensão, em todo o território nacional, dos processos pendentes, individuais ou coletivos, que versem
sobre " a aplicabilidade ou não da limitação de 30% prevista na Lei n. 10.820/2003 (art. 1º, § 1º),
para os contratos de empréstimos bancários livremente pactuados, nos quais haja previsão de
desconto em conta corrente, ainda que usada para o recebimento de salário¿ , conforme art. 1.037,
inciso II, do CPC/2015, ficando paralisados até que o recurso representativo da controvérsia em
trâmite no STJ seja julgado.          Diante disso, considerando que o tema acima referido é
objeto de discussão nos presentes autos, DECLARO A SUSPENSÃO da presente ação até ulterior
deliberação daquele Tribunal Superior, devendo os autos permanecerem na secretaria deste JuÃ-zo.
Belém /PA, 19/10/2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e
Empresarial da Capital 303 PROCESSO: 00420433620108140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o: Busca e
Apreensão em Alienação Fiduciária em: 06/12/2021 AUTOR:BANCO BRADESCO SA Representante(s):
OAB 18335 - ISANA SILVA GUEDES (ADVOGADO) OAB 20455-A - MAURO PAULO GALERA MARY
(ADVOGADO) OAB 18335 - CLAUDIO KAZUYOSHI KAWASAKI (ADVOGADO) REU:MONTORIL
COMERCIO DE MEDICAMENTOS E MATERIAIS HOSPITALARES LTDA. PROCESSO Nº.: 0042043-
36.2010.8.14.0301 DECISÃO Conforme se verifica à fl. 51, a ação de busca e apreensão foi
convertida em ação de depósito e não de execução. Destarte, indefiro o pedido de penhora
constante da petição de fls. 66/67, uma vez que, destituÃ-do de fundamentação legal. Intime-se o
autor para apresentar o endereço completo do réu (ponto de referência e perÃ-metro), no prazo de 15
(quinze) dias, bem como recolher as custas para expedição de novo mandado de citação. Cumprida
a determinação acima, expeça-se novo mandado de citação. Caso contrário, certifique-se e
retornem os autos conclusos. Belém do Pará, 21 de setembro de 2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz
de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital 302 PROCESSO: 00433696220148140301
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES
ITZCOVICH A??o: Busca e Apreensão em Alienação Fiduciária em: 06/12/2021 REQUERIDO:CLEAN
SERVICE SERVICOS GERAIS LTDA AUTOR:BANCO INDUSTRIAL E COMERCIAL S/A
Representante(s): OAB 21678 - BRUNO HENRIQUE DE OLIVEIRA VANDERLEI (ADVOGADO) OAB
18076 - DANIELLE FERREIRA SANTOS (ADVOGADO) REQUERIDO:CARLOS MAURICIO CARPES
ETTINGER. Chamo o feito à ordem para tornar sem efeito a sentença de extinção sem resolução
do mérito e determinar o seguimento do feito, intimando-se a parte autora para requerer o que entender
de direito.            Caso contrário, ficando o processo parado por mais de 30 dias, intime-
se a parte autora, pessoalmente, para manifestar-se, no prazo de 05 dias, quanto ao interesse no
prosseguimento do feito, sob pena de extinção do processo (art. 485, III do CPC).          Â
  BELÃM/PA, 21/10/2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e
Empresarial da Capital 303 PROCESSO: 00433919120128140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o: Execução
de Título Extrajudicial em: 06/12/2021 EXEQUENTE:AMAZON CARD´S S/S LTDA Representante(s): OAB
14415 - ALINE SOUZA SERRA (ADVOGADO) EXECUTADO:DISTRIBUIDORA BRASIL LTDA. O
requerente pleiteia, à s fls. 37/38, a desconsideração da personalidade jurÃ-dica do requerido.    Â
          O artigo 134, § 4º, do Código de Processo Civil preconiza que: ¿O requerimento
deve demonstrar o preenchimento dos pressupostos legais especÃ-ficos para desconsideração da
personalidade jurÃ-dica.¿               Já o artigo 50 do Código Civil, regra matriz de
nosso ordenamento jurÃ-dico em tema de desconsideração da personalidade jurÃ-dica, estabelece que:
Em caso de abuso da personalidade jurÃ-dica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão
patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber
intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam
estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurÃ-dica.          Â
    Destarte, a não localização do endereço do requerido não autoriza a instauração do
incidente previsto nos artigos 133 a 137 do Código de Processo Civil, tampouco a desconsideração da
personalidade jurÃ-dica.               Para que haja a instauração do incidente, como
se extrai da leitura do artigo 134, § 4º, do Código de Processo Civil, mister se faz que o exequente
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
demonstre o preenchimento dos requisitos legais especÃ-ficos que podem ser resumidos em um único
vocábulo: fraude.               No presente caso, o requerido ainda não fora sequer
citado, não se verificando, portanto, os requisitos que autorizam a desconsideração da personalidade
jurÃ-dica.               Com efeito, a fraude consubstancia pressuposto fundamental
para a desconsideração da personalidade jurÃ-dica e sem a qual não se pode desvelar a pessoa
jurÃ-dica executada para que os bens de seus sócios respondam pelas obrigações sociais.     Â
         Posto isso, INDEFIRO a instauração do incidente de desconsideração da
personalidade jurÃ-dica, com fulcro no art. 921, inciso III do CPC/2015. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Intime-se a
parte autora para, no prazo de 05 (cinco) dias, indicar endereço atual do requerido.          Â
 Cumprida a diligência, expeça-se novo mandado de citação, a ser cumprido no endereço
indicado pelo Requerente.            Caso contrário, ficando o processo parado por mais de
30 dias, intime-se a parte autora, pessoalmente, para manifestar-se, no prazo de 05 dias, quanto ao
interesse no prosseguimento do feito, sob pena de extinção do processo (art. 485, III do CPC).
Belém/PA, 19/10/2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e
Empresarial da Capital 303 PROCESSO: 00448894920008140301 PROCESSO ANTIGO: 200010188518
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o:
Cumprimento de sentença em: 06/12/2021 AUTOR:MARIA EMIDIA REBELO DE OLIVEIRA
Representante(s): OAB 2641 - MARIA EMIDIA REBELO DE OLIVEIRA (ADVOGADO) OAB 16147 -
WALDEMIR CARVALHO DOS REIS (ADVOGADO) OAB 3912 - JOSE PAULO DE ALMEIDA
(ADVOGADO) REU:MARIA DE LOURDES MOUTA PINHEIRO Representante(s): ADEMAR KATO (REP
LEGAL) OAB 3826 - ALBINA DE FATIMA BARBOSA DE SOUZA (ADVOGADO) . Compulsando os autos,
verifica-se que a autora foi condenada ao pagamento de custas finais, conforme sentença de fls. 61/64.
Intimada a pagar (fls. 68 e 73), requereu o parcelamento do valor, o que foi deferido em decisão de fl. 83.
              Decorrido o prazo para recolhimento das custas, a autora peticionou pela
concessão da gratuidade de justiça (fl. 87).               O artigo 99, § 2º do
Código de Processo Civil, acerca da matéria, disciplina que: ¿§2º A concessão de gratuidade
não afasta a responsabilidade do beneficiário pelas despesas processuais e pelos honorários
advocatÃ-cios decorrentes de sua sucumbência.¿               Ademais, a Lei Estadual
nº 8.328/2015, que dispõe sobre o Regimento de Custas e outras despesas processuais no âmbito do
Poder Judiciário do Estado do Pará, dispõe: ¿Art. 43. à vedada a isenção fundada em hipótese
não prevista nesta Lei, sob pena de responsabilidade¿.             Posto isto, indefiro o
pedido de gratuidade da justiça.               Tendo em vista que a parte foi
devidamente intimada para pagar as despesas processuais remanescentes, sem, contudo, ter cumprido a
referida determinação, expeça-se certidão de crédito. (Lei estadual n. 8.328, de 29/12/2015, art.
46, § 6º).               SE NECESSÃRIO, SERVIRà CÃPIA DESTE(A)
DESPACHO/DECISÃO COMO MANDADO conforme autorizado pelo PROVIMENTO CJ/CI 003/2009,
devendo o Sr. Diretor Observar o disposto em seus nos artigos 3º e 4º Belém /PA, 05/11/2021.
Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital 303
PROCESSO: 00450157820128140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o:
Procedimento Comum Cível em: 06/12/2021 AUTOR:ISMAEL LIMA DA SILVA Representante(s): OAB
16192 - MARIVALDO NUNES DO NASCIMENTO (ADVOGADO) REU:EMPRESA VIACAO GUAJARA
LTDA Representante(s): OAB 3210 - PEDRO BENTES PINHEIRO FILHO (ADVOGADO) OAB 15265 -
HELIO GUEIROS NETO (ADVOGADO) OAB 17617 - MANOLO PORTUGAL FAIAD FREITAS
(ADVOGADO) OAB 18988 - RENAN AZEVEDO SANTOS (ADVOGADO) . Compulsando os autos,
verifica-se que decisão interlocutória de fl. 55 indeferiu o pedido de denunciação da lide, com
indicação para integrar o polo passivo da lide a pessoa jurÃ-dica NOBRE SEGURADORA DO BRASIL
S/A.              O requerido interpôs agravo de instrumento face a referida decisão, que
tramitou sob o nº 0012389-94.2016.8.14.0000, tendo sido conhecido e provido (fls. 71/78).      Â
       Destarte, pelos motivos expostos, DEFIRO a denunciação à lide.           Â
  Cite-se a denunciada NOBRE SEGURADORA DO BRASIL S/A para, querendo, contestar a ação
no prazo de 15 dias úteis (art. 335, caput, do CPC/2015), com as advertências dos arts. 128 e 344 e do
CPC/2015.              Havendo contestação, intime-se a parte requerente e o
denunciante para manifestarem-se, no prazo de quinze dias úteis.              O
requerido/denunciante deverá providenciar a citação do denunciado nos prazos referidos no art. 131
do CPC, sob pena de ficar sem efeito a denunciação e ação prosseguir somente contra ele (art. 126
do CPC). Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Intimar. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â SE NECESSÃRIO SERVIRÃ
CÃPIA DESTA DECISÃO COMO MANDADO/CARTA DE CITAÃÃO, conforme autorizado pelo
461
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
PROVIMENTO CJ/CI 003/2009, devendo o Sr. Diretor Observar o disposto em seus nos artigos 3º e 4º
             Belém /PA, 31/08/2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da
4ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital 303 PROCESSO: 00453388320128140301 PROCESSO
ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH
A??o: Busca e Apreensão em Alienação Fiduciária em: 06/12/2021 AUTOR:BANCO BRADESCO
FINANCIAMENTOS SA Representante(s): OAB 19431-A - CARLA PASSOS MELHADO COCHI
(ADVOGADO) REU:HELOIZA HELENA SILVA SANTOS Representante(s): OAB 15320 - RAFAEL PAIVA
GADELHA (ADVOGADO) . I.     Face a interposição da apelação de fls. 52/55, e com
fundamento no artigo 485, § 7º do Código de Processo Civil, exerço o juÃ-zo de retratação para
tornar sem efeito a sentença de fl. 61 e determinar que a parte autora manifeste-se, no prazo de 15
(quinze) dias, acerca da certidão de fl. 45 e petição de fls. 46/47. II.     Caso contrário, ficando
o processo parado por mais de 30 dias, intime-se a parte autora, pessoalmente, para manifestar-se, no
prazo de 05 dias, quanto ao interesse no prosseguimento do feito, sob pena de extinção do processo
(art. 485, III do CPC). BELÃM/PA, 19/10/2021.  Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª
Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital 303 PROCESSO: 00453404120108140301 PROCESSO ANTIGO: ---
- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): DANIELLE KAREN DA SILVEIRA ARAUJO LEITE
A??o: Consignação em Pagamento em: 06/12/2021 AUTOR:PASCOAL DA CONCEICAO E SILVA
Representante(s): OAB 13372 - ALINE DE FATIMA MARTINS DA COSTA BULHOES LEITE
(ADVOGADO) REU:CIRINEU SILVEIRA Representante(s): OAB 138654 - FLAVIO DUARTE BARBOSA
(ADVOGADO) REU:ANDREI MAIA CARACCIOLO REU:A P L CARACIOLO LTDA. DESPACHO Â Â Â Â Â
    Renovem-se as diligências citatórias, expedindo o competente mandado de citação ao
endereço descrito às fls. 143.          Cumpra-se.          Belém (PA), 01 de
dezembro de 2021. Â Â Â Â Â Â Â Â Â DANIELLE KAREN DA SILVEIRA ARAÃJO LEITE Â Â Â Â Â Â Â Â
 JuÃ-za de Direito, respondendo pela 5ª Vara CÃ-vel da Capital PROCESSO: 00462836320008140301
PROCESSO ANTIGO: 200010206739 MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO
ANDRES ITZCOVICH A??o: Cumprimento de sentença em: 06/12/2021 REU:ABN AMRO
ARRENDAMENTO MERCANTIL S/A Representante(s): CARLOS ALBERTO GUEDES FERRO E SILVA
(ADVOGADO) OAB 10307 - DENIS MACHADO MELO (ADVOGADO) OAB 12079-B - ALEXANDRE
ROCHA MARTINS (ADVOGADO) OAB 6171 - MARCOS ANDRE HONDA FLORES (ADVOGADO) OAB
62192 - JOAO THOMAZ P GONDIM (ADVOGADO) AUTOR:ORLANDO DE ALMEIDA CORREA FILHO
Representante(s): ORLANDO ANTONIO FONSECA (ADVOGADO) . DESPACHO Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â
Intime-se a parte requerente para manifestar-se, no prazo de 15 (quinze) dias, acerca da petição de fls.
350.            Após o prazo, certificar acerca da manifestação e fazer os autos
conclusos.            SE NECESSÃRIO, SERVIRà CÃPIA DESTE (A)
DESPACHO/DECISÃO COMO MANDADO conforme autorizado pelo PROVIMENTO CJ/CI 003/2009,
devendo o Sr. Diretor Observar o disposto em seus nos artigos 3º e 4º. Belém/PA, 26/10/2021.
ROBERTO ANDRES ITZCOVICH Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial de Belém 303
PROCESSO: 00486238420128140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o: Execução
de Título Extrajudicial em: 06/12/2021 AUTOR:CASTANHEIRA EMPREENDIMENTOS E
PARTICIPAÇÕES LTDA Representante(s): OAB 15232 - FABIO BRITO GUIMARAES (ADVOGADO) OAB
19935 - ADRIANA VASCONCELOS ARAUJO MARTINS (ADVOGADO) REU:AUREA R FERREIRA E CIA
LTDA ME. Em consulta ao sistema RENAJUD, que segue anexo ao presente despacho, verifica-se não
foi encontrado nenhum veÃ-culo em nome do(s) Executado(s). Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Destarte, INTIME-
SE o exequente para manifestar-se, no prazo de 15 dias, requererendo o que enteder de direito para o
prosseguimento dda execução.             Após o prazo, certifique-se e retornem-me os
autos conclusos.             Int. Belém/PA, 01/12/2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz
de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital 303 PROCESSO: 00496197720158140301
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES
ITZCOVICH A??o: Execução de Título Extrajudicial em: 06/12/2021 EXEQUENTE:BANCO OURINVEST S
A Representante(s): OAB 19792-A - FELIPE GAZOLA VIERA MARQUES (ADVOGADO) OAB 289492 -
AMANDA RAMOS CANERO (ADVOGADO) EXECUTADO:D P COMERCIO DE MATERIAIS DE
CONSTRUCAO E ESTIVAS LTDA ME. Intime-se a parte requerente, pessoalmente, para, no prazo de 05
dias, manifestar-se quanto ao interesse no prosseguimento do feito, requerendo o que entender de direito,
sob pena de extinção do processo (art. 485, III, §1º, CPC/2015).            Em caso
positivo, deverá o autor, no mesmo prazo, indicar endereço atual do Requerido, em atenção Ã
certidão de fl. 79.            Após o prazo, certificar acerca da manifestação e fazer os
autos conclusos.            SE NECESSÃRIO, SERVIRà CÃPIA DESTE (A)
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
Relator o Ministro HÃLIO QUAGLIA BARBOSA, 4ª Turma, DJ 11/02/2008). 2. Em relação ao pedido
de informações para fins de localização do endereço do executado 'o raciocÃ-nio a ser utilizado
nesta hipótese deverá ser o mesmo dos casos em que se pretende localizar bens do devedor, pois tem
o contribuinte ou o titular de conta bancária direito à privacidade relativa aos seus dados pessoais, além
do que não cabe ao Judiciário substituir a parte autora nas diligências que lhe são cabÃ-veis para
demandar em juÃ-zo.' (REsp nº 306.570/SP, Relatora a Ministra ELIANA CALMON, DJU de 18/02/2002).
3. Agravo regimental a que se nega provimento." (AgRg no Ag 1.386.116/MS, Rel. Ministro RAUL
ARAÃJO, QUARTA TURMA, julgado em 26.4.2011, DJe 10.5.2011.) PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS
RECEBIDOS COMO AGRAVO REGIMENTAL. DILIGÃNCIA PARA LOCALIZAÃÃO DO DEVEDOR.
EXPEDIÃÃO DE OFÃCIOS A REPARTIÃÃES E ÃRGÃOS PÃBLICOS. INDEFERIMENTO PELO
TRIBUNAL ESTADUAL. ORIENTAÃÃO HARMÃNICA COM O ENTENDIMENTO DO STJ. I. O ônus da
localização do devedor e de seus bens cabe à parte interessada e não ao juÃ-zo, que não é seu
coadjuvante ou auxiliar nessa busca. II. Precedentes do STJ. III. Agravo improvido. (AgRg no Ag
498.264/SP, Rel. Min. ALDIR PASSARINHO JÃNIOR, QUARTA TURMA, DJ 22.9.03); Processual civil.
Recurso especial. Ação de execução. Informações sobre o devedor. Expedição de ofÃ-cios a
órgãos da administração pública. Impossibilidade. - Não se mostra cabÃ-vel pedido de
expedição de ofÃ-cios a órgãos da administração pública com o objetivo de serem fornecidas
informações sobre o devedor, formulado no exclusivo interesse do credor, pois recai nele o ônus de
diligenciar no sentido de obter tais dados. Precedentes. (REsp 328.862/RS, Relª. p/ Ac. Min. NANCY
ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, DJ 2.12.02). Todavia, este não é o caso dos autos. Isto porque o
exequente não conseguiu comprovar ter efetuado qualquer diligência na busca de informações sobre
a existência de bens (móveis e/ou imóveis) em nome do devedor. Aqui, importante consignar que os
convênios realizados entre os órgãos do Poder Judiciário e a Receita Federal (Infojud), o
Departamento Nacional de Trânsito (Renajud), dentre outros, tem por escopo municiar o Judiciário com
informações relevantes, muitas vezes imprescindÃ-veis à prestação jurisdicional, e não transferir a
ele o ônus de localizar bens de executado, assumindo ônus do exeqüente. 3. Outrossim, em
relação ao pedido subsidiário de penhora do Registro de Marca n. 818874929, antes de sua
apreciação, o exequente deverá buscar e indicar bens móveis e/ou imóveis nos órgãos
competentes, em nome do executado, a fim de se evitar eventual infringência ao princÃ-pio da menor
onerosidade previsto no art. 620 do CPC, já que o valor a ser executado é bem razoável e que o valor
da marca pode ser extremamente elevado. Aqui, importante frisar que nossa lei processual, no art. 791,
inciso III, prevê a possibilidade de suspensão da execução quando o devedor não possuir bens
penhoráveis, até que o executado passe a ter bens passÃ-veis de penhora. 4. Ante o exposto, como o
credor não demonstrou ter esgotado todos os meios à sua disposição para encontrar bens móveis
e/ou imóveis passÃ-veis de penhora, indefiro os pedidos de expedição de ofÃ-cios ao Infojud e Renajud.
5. No mais, apreciarei os demais pedidos após a indicação de bens móveis e/ou imóveis em nome
do executado, pelo que concedo prazo de 30 dias ao exequente. Publique-se. Intime-se. BrasÃ-lia (DF), 10
de novembro de 2014. Ministro Luis Felipe Salomão Ministro (STJ - ExeAR: 4877 SP 2014/0129165-6,
Relator: Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, Data de Publicação: DJ 19/11/2014) (grifos nossos). Na
mesma linha: A.I. 7.097.285-5 TJ/SP, 16ª Câmara de Direito Privado Rel. Candido Alem: REQUISIÃÃO
DE INFORMAÃÃES - Expedição de ofÃ-cios - Delegacia da Receita Federal e BACEN -
Inadmissibilidade - Necessidade de relevante motivo de ordem pública - Sigilo bancário e de dados
assegurado pela Constituição - Entendimento que se coaduna com a Lei Complementar nº 105, de
10.01.2001 - Inexistência de prova de esgotamento dos meios de localização de bens dos devedores -
Providência de interesse individual do agravante - Recurso improvido.               Isto
posto:               1) Indefiro o pedido de consulta do endereço.           Â
   2) Intime-se a parte requerente para indicar o endereço correto, completo e atualizado dos
executados, no prazo de 15 dias. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â 3) Decorrido o prazo: Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â
    3.1) Informado novo endereço e recolhidas as custas, se for o caso, renovem-se as diligências
de citação e/ou intimação.               3.2) Caso contrário, ficando o processo
parado por mais 30 dias, intime-se a parte autora PESSOALMENTE, para em 5 dias, informar se possui
interesse no prosseguimento no feito, requerendo o que entende cabÃ-vel a regular tramitação do
processo, SOB PENA DE SUA EXTINÃÃO SEM JULGAMENTO DE MÃRITO, nos termos do art. 274,
parágrafo único, c/c o art. 485, III e §1º, todos do Novo Código de Processo Civil, e, por conseguinte,
arquivamento dos autos.               4) Caso seja necessário, servirá o presente, por
cópia digitalizada, como carta de intimação, nos termos do Provimento nº 003/2009 - CJRMB.   Â
           5) Cumpra-se. Belém/PA, 21/10/2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz de
Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital 303 PROCESSO: 00514737220168140301
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
Súmula nº 297 do STJ, que dispõe que "o Código de Defesa do Consumidor é aplicável à s
instituições financeiras", tem-se que o Supremo Tribunal Federal julgou improcedente o pedido da
Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 2591, ajuizada pela Confederação Nacional do Sistema
Financeiro - CONSIF, ação esta que tinha por fim, especificamente, a declaração de inaplicabilidade
do CDC às operações realizadas entre o cliente-consumidor e as instituições financeiras. Da
conexão com outros processos       Assim impõe a norma processualista: Art. 55. Reputam-se
conexas 2 (duas) ou mais ações quando lhes for comum o pedido ou a causa de pedir. § 1º Os
processos de ações conexas serão reunidos para decisão conjunta, salvo se um deles já houver
sido sentenciado. Â Â Â Â Â Â Assim, rejeito a preliminar arguida as fls. 44/45, pois os processos
informados, quais sejam, 0033209-12.2013.814.0301 e 0032467-84.2013.814.0301, conforme pesquisa
pelo SISTEMA LIBRA, já se encontram sentenciados. Da limitação da taxa de juros remuneratórios Â
               A respeito dos juros remuneratórios, a Súmula vinculante n.º 07 do
Supremo Tribunal Federal pacificou a discussão sobre a auto-aplicabilidade do extinto art. 192, §3º,
da Constituição Federal, in verbis: ¿a norma do §3º do artigo 192 da Constituição, revogada
pela Emenda Constitucional n.º 40/2003, que limitava a taxa de juros reais a 12% ao ano, tinha sua
aplicação condicionada à edição de lei complementar.¿                 Desse
modo, tornou-se incabÃ-vel qualquer argumentação no sentido de que os juros remuneratórios, mesmo
naqueles contratos celebrados antes da Emenda Constitucional n º 40/2003, deveriam ficar limitados em
12% (doze por cento) ao ano por imposição constitucional.                Â
Entrementes, ainda subsiste a discussão sobre a limitação dos juros remuneratórios com relação
às normas infraconstitucionais, principalmente quanto ao artigo 591 do Código Civil e ao Decreto n.
22.626/33, também conhecido como Lei de Usura. Nesse quadro, impõe-se, em princÃ-pio, a
manutenção da taxa de juros remuneratórios pactuada, por ser insuficiente a legislação
infraconstitucional a embasar pretensão de limitá-los.                 Os juros
remuneratórios não sofrem as limitações da Lei da Usura, a teor da Súmula nº 596 do STF. Isso
porque, com a edição da Lei 4.595/64, não se aplica a limitação dos juros remuneratórios em 12%
ao ano aos contratos celebrados com instituições integrantes do Sistema Financeiro Nacional.    Â
            Também não há que se falar em limitação dos juros remuneratórios em
razão da regra prevista no artigo 591 do Código Civil. Esse dispositivo legal se refere apenas à s
relações jurÃ-dicas mantidas entre pessoas fÃ-sicas ou entre pessoas fÃ-sicas e jurÃ-dicas, desde que
estas não sejam instituições financeiras. Havendo uma relação jurÃ-dica entre pessoa fÃ-sica ou
jurÃ-dica e uma instituição financeira, não há aplicação dessa norma civil, devendo ser utilizadas
as regras do Sistema Financeiro Nacional, principalmente aquelas da Lei n. 4.595/64. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â
      Portanto, não se considera como abusiva, por si só, a taxa de juros que exceda o patamar
de 12% ao ano. Todavia, para que sejam evitados abusos extremos, a taxa de juros remuneratórios não
poderá jamais exceder consideravelmente a média fixada pelo Banco Central.            Â
    Dessa forma, será abusiva a taxa de juros que exceder o Ã-ndice médio fixado pelo Banco
Central e utilizado pelas demais instituições financeiras, conforme o Superior Tribunal de Justiça
assentou no julgamento do Recurso Especial nº 1.061.530-RS, uma vez instaurado o incidente de
processo repetitivo: DIREITO PROCESSUAL CIVIL E BANCÃRIO. RECURSO ESPECIAL. AÃÃO
REVISIONAL DE CLÃUSULAS DE CONTRATO BANCÃRIO. INCIDENTE DE PROCESSO REPETITIVO.
JUROS REMUNERATÃRIOS. CONFIGURAÃÃO DA MORA. JUROS MORATÃRIOS.
INSCRIÃÃO/MANUTENÃÃO EM CADASTRO DE INADIMPLENTES. DISPOSIÃÃES DE OFÃCIO. [...] I -
JULGAMENTO DAS QUESTÃES IDÃNTICAS QUE CARACTERIZAM A MULTIPLICIDADE.
ORIENTAÃÃO 1 - JUROS REMUNERATÃRIOS a) As instituições financeiras não se sujeitam Ã
limitação dos juros remuneratórios estipulada na Lei de Usura (Decreto 22.626/33), Súmula 596/STF;
b) A estipulação de juros remuneratórios superiores a 12% ao ano, por si só, não indica
abusividade; c) São inaplicáveis aos juros remuneratórios dos contratos de mútuo bancário as
disposições do art. 591 c/c o art. 406 do CC/02; d) à admitida a revisão das taxas de juros
remuneratórios em situações excepcionais, desde que caracterizada a relação de consumo e que a
abusividade (capaz de colocar o consumidor em desvantagem exagerada - art. 51, §1º, do CDC) fique
cabalmente demonstrada, ante às peculiaridades do julgamento em concreto. (STJ, REsp 1061530/RS,
Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, SEGUNDA SEÃÃO, julgado em 22/10/2008, Dje 10/03/2009). Â Â Â Â Â
           No caso, deve restar cabalmente comprovado que o encargo cobrado pela
instituição encontra-se acima daquele normalmente praticado pelo mercado financeiro, de modo a gerar
desequilÃ-brio na relação contratual, com onerosidade excessiva ao consumidor.           Â
     Caso não seja comprovada essa abusividade, não se considera ilegal a taxa de juros
cobrada.                 Diante de todas essas considerações, tem-se que é livre
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aplicação dos juros remuneratórios contratados pelas partes, desde que dentro de uma razoabilidade,
ou seja, dentro do patamar da taxa média de mercado divulgada pelo Banco Central do Brasil.     Â
           Para analisar a relação entre a taxa de juros contratada e a taxa média fixada
pelo Banco Central do Brasil, utilizo a projeção disponibilizada pelo próprio Banco Central em seu
" s i t e " , q u e f o i o b t i d a a t r a v à © s d o l i n k :
https://www3.bcb.gov.br/sgspub/localizarseries/localizarSeries.do?method=prepararTelaLocalizarSeries,
no caminho indicadores de crédito, taxas de juros com recursos livres, taxa média de juros - Pessoas
jurÃ-dicas - Aquisição de veÃ-culos, código 20728.                 De acordo com os
dados disponibilizados pelo Banco Central do Brasil, verifica-se que em março de 2011, mês da
celebração do contrato, a taxa média dos juros prefixados para pessoas fÃ-sicas com o fim de
aquisição de veÃ-culo foi de 21,13% ao ano.                 No contrato celebrado
pelas partes a taxa de juros pactuada de 20,85% ao ano (conforme doc. de fls. 60) está em valor inferior
à taxa média de mercado. Logo, inexiste abusividade a ser reconhecida quanto aos juros
remuneratórios, vez que se encontra dentro de parâmetros compatÃ-veis com a média do mercado.Â
Da capitalização dos juros                 Também é pacÃ-fico o entendimento
jurisprudencial de que é permitida a capitalização de juros pelas instituições bancárias, de que
é exemplo a seguinte ementa de julgado proferido pela 4ª Turma do Superior Tribunal de Justiça:
AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. PROCESSUAL CIVIL E BANCÃRIO
CAPITALIZAÃÃO MENSAL DE JUROS. PACTUAÃÃO EXPRESSA. VERIFICAÃÃO. TAXA ANUAL
SUPERA O DUODÃCUPLO DA TAXA MENSAL. AFASTAMENTO DAS SÃMULAS 5 E 7 DO STJ.
AGRAVO PARCIALMENTE PROVIDO. 1. Com relação à capitalização mensal dos juros, a
jurisprudência desta E. Corte pacificou-se no sentido de que sua cobrança é admitida nos contratos
bancários celebrados a partir da edição da Medida Provisória nº 1.963-17/2000, reeditada sob o nº
2.170-36/2001, qual seja, 31.03.2000, desde que expressamente pactuada. 2. Esta Corte pacificou o
entendimento de que há previsão expressa de cobrança de juros capitalizados em periodicidade
mensal quando a taxa de juros anual ultrapassa o duodécuplo da taxa mensal. 3. In casu, o aresto
recorrido afirmou a existência de expressa pactuação a respeito da cobrança de juros capitalizados
em periodicidade mensal, razão pela qual é inviável a pretensão recursal, porquanto demandaria
rever questões fáticas e interpretação de cláusula contratual, o que se sabe vedado nesta
instância especial. Incidência das Súmulas 5 e 7 desta Corte Superior de Justiça. 4. Agravo
regimental a que se dá parcial provimento. (AgRg no Agravo em Recurso Especial nº 632.948/SP
(2014/0333346-6), 4ª Turma do STJ, Rel. Raul Araújo. j. 18.08.2015, DJe 04.09.2015).        Â
        Nesse julgamento especÃ-fico, o Ministro Relator houve por bem consignar que: ¿para a
cobrança da capitalização mensal dos juros, faz-se necessária a presença, cumulativa, dos
seguintes requisitos: (a) legislação especÃ-fica possibilitando a pactuação, como nos contratos
bancários posteriores a 31/3/2000 (MP nº 1.963-17/2000, reeditada pela MP nº 2.170-36/2001), em
vigência em face do art. 2º da Emenda Constitucional nº 32/2001 (AgRg no REsp 1.052.298/MS, Rel.
Min. ALDIR PASSARINHO JUNIOR, Quarta Turma, DJe de 1º/3/2010); e (b) expressa previsão
contratual quanto à periodicidade.Tal entendimento foi sedimentado na forma do art. 543-C do CPC, com
o julgamento do REsp 973.827/RS (Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, Rel. p/ acórdão Ministra
MARIA ISABEL GALLOTTI, SEGUNDA SEÃÃO, julgado em 8/8/2012, DJe de 24/9/2012). ¿      Â
          Continuando, o Ministro Relator enfatizou que mesmo que não haja previsão
escrita de capitalização mensal no instrumento contratual firmado: ¿esta Corte possui entendimento
de que há previsão expressa de cobrança de juros capitalizados em periodicidade mensal quando a
taxa de juros anual ultrapassa o duodécuplo da taxa mensal. Nesse sentido: REsp 1.220.930/RS, Rel.
Min. Massami Uyeda, DJe de 9.2.2011; AgRg no REsp 735.140/RS, Quarta Turma, Rel. Min. Jorge
Scartezzini, DJ de 5.12.2005; AgRg no REsp 735.711/RS, Quarta Turma, Rel. Min. Fernando Gonçalves,
DJ de 12.9.2005; AgRg no REsp 714.510/RS, Quarta Turma, Rel. Min. Jorge Documento: 58612112 -
RELATÃRIO E VOTO - Site certificado Página 3 de 4 Superior Tribunal de Justiça Scartezzini, DJ de
22.8.2005; AgRg no REsp 809.882/RS, Rel. Min. Aldir Passarinho Junior, DJ de 24.4.2006¿.     Â
           Conclui-se, desta forma, que, no caso discutido nos presentes autos, inexiste
abusividade na capitalização de juros, na medida em que nos contratos bancários tal prática é
permitida. Da Comissão de Permanência                 Em pese o requerente
alegar a ilegalidade da cumulação da comissão de permanência com outros encargos decorrentes
do atraso, verifico que, no caso vertente, conforme se vê do contrato de fls. 49/97, não há previsão de
tal cobrança, razão pela qual não merece prosperar qualquer pedido de reconhecimento de
cobrança indevida a este tÃ-tulo. Do Imposto sobre Operações Financeiras - IOF          Â
      Quanto ao Imposto sobre Operações Financeiras - IOF, o Superior Tribunal de Justiça
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
também fixou o entendimento tomado sob o rito dos recursos repetitivos, no julgamento dos Recursos
Especiais nº 1.251.331/RS e 1.255.573/RS, no sentido de que podem as partes convencionar o
pagamento do Imposto sobre Operações Financeiras e de Crédito (IOF) por meio de financiamento
acessório ao mútuo principal, sujeitando-o aos mesmos encargos contratuais.            Â
    Senão vejamos: CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. CONTRATO DE
FINANCIAMENTO COM GARANTIA DE ALIENAÃÃO FIDUCIÃRIA. COMISSÃO DE PERMANÃNCIA.
COMPENSAÃÃO/REPETIÃÃO SIMPLES DO INDÃBITO. RECURSOS REPETITIVOS. TARIFAS
BANCÃRIAS. TAC E TEC. EXPRESSA PREVISÃO CONTRATUAL. COBRANÃA. LEGITIMIDADE.
PRECEDENTES. FINANCIAMENTO DO IOF. POSSIBILIDADE. 1. A comissão de permanência não
pode ser cumulada com quaisquer outros encargos remuneratórios ou moratórios (enunciados Súmulas
30, 294 e 472 do STJ). 2. Tratando-se de relação de consumo ou de contrato de adesão, a
compensação/repetição simples do indébito independe da prova do erro (Enunciado 322 da
Súmula do STJ). 3. Nos termos dos arts. 4º e 9º da Lei 4.595/1964, recebida pela Constituição
como lei complementar, compete ao Conselho Monetário Nacional dispor sobre taxa de juros e sobre a
remuneração dos serviços bancários, e ao Banco Central do Brasil fazer cumprir as normas
expedidas pelo CMN. 4. Ao tempo da Resolução CMN 2.303/1996, a orientação estatal quanto Ã
cobrança de tarifas pelas instituições financeiras era essencialmente não intervencionista, vale dizer,
"a regulamentação facultava às instituições financeiras a cobrança pela prestação de
quaisquer tipos de serviços, com exceção daqueles que a norma definia como básicos, desde que
fossem efetivamente contratados e prestados ao cliente, assim como respeitassem os procedimentos
voltados a assegurar a transparência da polÃ-tica de preços adotada pela instituição." 5. Com o
inÃ-cio da vigência da Resolução CMN 3.518/2007, em 30.4.2008, a cobrança por serviços
bancários prioritários para pessoas fÃ-sicas ficou limitada à s hipóteses taxativamente previstas em
norma padronizadora expedida pelo Banco Central do Brasil. 6. A Tarifa de Abertura de Crédito (TAC) e
a Tarifa de Emissão de Carnê (TEC) não foram previstas na Tabela anexa à Circular BACEN
3.371/2007 e atos normativos que a sucederam, de forma que não mais é válida sua pactuação em
contratos posteriores a 30.4.2008. 7. A cobrança de tais tarifas (TAC e TEC) é permitida, portanto, se
baseada em contratos celebrados até 30.4.2008, ressalvado abuso devidamente comprovado caso a
caso, por meio da invocação de parâmetros objetivos de mercado e circunstâncias do caso
concreto, não bastando a mera remissão a conceitos jurÃ-dicos abstratos ou à convicção subjetiva
do magistrado. 8. Permanece legÃ-tima a estipulação da Tarifa de Cadastro, a qual remunera o
serviço de "realização de pesquisa em serviços de proteção ao crédito, base de dados e
informações cadastrais, e tratamento de dados e informações necessários ao inicio de
relacionamento decorrente da abertura de conta de depósito à vista ou de poupança ou contratação
de operação de crédito ou de arrendamento mercantil, não podendo ser cobrada cumulativamente"
(Tabela anexa à vigente Resolução CMN 3.919/2010, com a redação dada pela Resolução
4.021/2011). 9. à lÃ-cito aos contratantes convencionar o pagamento do Imposto sobre Operações
Financeiras e de Crédito (IOF) por meio financiamento acessório ao mútuo principal, sujeitando-o aos
mesmos encargos contratuais. 10. Teses para os efeitos do art. 543-C do CPC: - 1ª Tese: Nos contratos
bancários celebrados até 30.4.2008 (fim da vigência da Resolução CMN 2.303/96) era válida a
pactuação das tarifas de abertura de crédito (TAC) e de emissão de carnê (TEC), ou outra
denominação para o mesmo fato gerador, ressalvado o exame de abusividade em cada caso concreto.
- 2ª Tese: Com a vigência da Resolução CMN 3.518/2007, em 30.4.2008, a cobrança por serviços
bancários prioritários para pessoas fÃ-sicas ficou limitada à s hipóteses taxativamente previstas em
norma padronizadora expedida pela autoridade monetária. Desde então, não mais tem respaldo legal
a contratação da Tarifa de Emissão de Carnê (TEC) e da Tarifa de Abertura de Crédito (TAC), ou
outra denominação para o mesmo fato gerador. Permanece válida a Tarifa de Cadastro
expressamente tipificada em ato normativo padronizador da autoridade monetária, a qual somente pode
ser cobrada no inÃ-cio do relacionamento entre o consumidor e a instituição financeira. - 3ª Tese:
Podem as partes convencionar o pagamento do Imposto sobre Operações Financeiras e de Crédito
(IOF) por meio de financiamento acessório ao mútuo principal, sujeitando-o aos mesmos encargos
contratuais. 11. Recurso especial conhecido e parcialmente provido. (REsp 1255573/RS, Rel. Ministra
MARIA ISABEL GALLOTTI, SEGUNDA SEÃÃO, julgado em 28/08/2013, DJe 24/10/2013). Desta feita,
não há qualquer ilegalidade na referida cobrança, sobretudo porque é baseada em imperativo de lei,
cuja incidência torna-se obrigatória, não devendo ser considerada a vontade das partes. CIVIL E
PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. CONTRATO DE FINANCIAMENTO COM GARANTIA DE
ALIENAÃÃO FIDUCIÃRIA. DIVERGÃNCIA. CAPITALIZAÃÃO DE JUROS. JUROS COMPOSTOS.
MEDIDA PROVISÃRIA 2.170-36/2001. RECURSOS REPETITIVOS. CPC, ART. 543-C. TARIFAS
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
executivo, pagamento de soma em dinheiro, entrega de coisa fungÃ-vel ou de determinado bem móvel. Â
    O novo Código de Processo Civil repetiu a regra nos seguintes termos: Art. 700. A ação
monitória pode ser proposta por aquele que afirmar, com base em prova escrita sem eficácia de tÃ-tulo
executivo, ter direito de exigir do devedor capaz: I - o pagamento de quantia em dinheiro; II - a entrega de
coisa fungÃ-vel ou infungÃ-vel ou de bem móvel ou imóvel; III - o adimplemento de obrigação de fazer
ou de não fazer. §1º A prova escrita pode consistir em prova oral documentada, produzida
antecipadamente nos termos do art. 381.      A ação monitória, portanto, exige prova mÃ-nima
da obrigação mediante documento idôneo sem que necessariamente tenha sido emitido pelo devedor
ou contenha sua assinatura, senão vejamos: PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. AÃÃO
MONITÃRIA. A DOCUMENTAÃÃO NECESSÃRIA PARA A ADMISSIBILIDADE TEM QUE SER IDÃNEA.
APTA Ã FORMAÃÃO DO JUÃZO DE PROBABILIDADE ACERCA DO DIREITO AFIRMADO, A PARTIR
DO PRUDENTE EXAME DO MAGISTRADO. 1. A prova hábil a instruir a ação monitória, a que alude
o artigo 1.102-A do Código de Processo Civil não precisa, necessariamente, ter sido emitida pelo
devedor ou nela constar sua assinatura ou de um representante. Basta que tenha forma escrita e seja
suficiente para, efetivamente, influir na convicção do magistrado acerca do direito alegado. 2. Dessarte,
para a admissibilidade da ação monitória, não é necessário que o autor instrua a ação com
prova robusta, estreme de dúvida, podendo ser aparelhada por documento idôneo, ainda que emitido
pelo próprio credor, contanto que, por meio do prudente exame do magistrado, exsurja o juÃ-zo de
probabilidade acerca do direito afirmado pelo autor. 3. No caso dos autos, a recorrida, ao ajuizar a ação
monitória, juntou como prova escrita sem eficácia de tÃ-tulo executivo a própria nota fiscal do negócio
de compra e venda de mercadorias, seguida do comprovante de entrega assinado e mais o protesto das
duplicatas, que ficaram inadimplidas. A Corte local, após minucioso exame da documentação que
instrui a ação, apurou que os documentos são suficientes para atender aos requisitos da legislação
processual para cobrança via ação monitória, pois servem como inÃ-cio de prova escrita. A
revisão desse entendimento, demanda o reexame de provas, vedado em sede de recurso especial
(Súmula 7/STJ). 4. Agravo regimental não provido. (AgRg no AREsp 289.660/RN, Rel. Ministro LUIS
FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado em 04/06/2013, DJe 19/06/2013) PROCESSO CIVIL -
AÃÃO MONITÃRIA - COBRANÃA PELO FORNECIMENTO DE MERCADORIA - FATURA: DOCUMENTO
HÃBIL - APLICAÃÃO DO ART. 515, § 3º, DO CPC: POSSIBILIDADE. (...) 2. Doutrina e jurisprudência,
inclusive do STJ, têm entendido que é tÃ-tulo hábil para cobrança, documento escrito que prove, de
forma razoável, a obrigação, podendo, a depender do caso, ter sido produzido unilateralmente pelo
credor. 3. à perfeitamente viável instruir ação monitória ajuizada por concessionária de energia
elétrica com cópia de faturas para cobrança por serviços prestados, sendo desnecessária, na
hipótese, a assinatura do devedor. 4. Recurso especial não provido. (REsp 894.767/SE, Rel. Ministra
ELIANA CALMON, SEGUNDA TURMA, julgado em 19/08/2008, DJe 24/09/2008). APELAÃÃO CÃVEL.
AÃÃO MONITÃRIA. NOTA PROMISSÃRIA IRREGULAR E DOCUMENTOS SEM A ASSINATURA DO
DEVEDOR. INTERESSE PROCESSUAL. INTELIGÃNCIA DO ARTIGO 1102A DO CPC. Tanto a nota
promissória irregular - assinada por simples preposto do devedor -, como as notas fiscais acostadas Ã
inicial, são documentos hábeis a instruir a ação monitória, pois inexiste a exigência legal de que os
documentos que embasam tal procedimento contenham a assinatura do devedor. DERAM PROVIMENTO
PARA DESCONSTITUIR A SENTENÃA. (Apelação CÃ-vel Nº 70008534380, Décima Sétima
Câmara CÃ-vel, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Alzir Felippe Schmitz, Julgado em 18/05/2004).  Â
            Considera-se no caso concreto como incontroversa a inadimplência da ré,
bem como a relação causal que deu origem ao débito, pois há incidência da súmula 531 do STJ
na espécie, que assim dispõe: Em ação monitória fundada em cheque prescrito ajuizada contra o
emitente, é dispensável a menção ao negócio jurÃ-dico subjacente à emissão da cártula.    Â
          Assim, havendo prova escrita suficiente para a instrução da ação que objetiva
o pagamento de soma em dinheiro, como no caso noticiado, há cabimento, sim, de ação monitória. Â
             Ademais, verifica-se no caso que os embargos monitórios são
extremamente genéricos, não arguindo tese capaz de inviabilizar o direito do demandante em receber
o seu crédito.               Neste sentido, rejeito, prima facie, a preliminar de
prescrição da ação, tendo em vista que, segundo entendimento consolidado do STJ, decidido em
sede de recurso repetitivo, o prazo prescricional da ação monitória fundamentada em cheque sem
força executiva é de 5 anos, a contar do dia seguinte à data de emissão estampada na cártula.
PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE CONTROVÃRSIA. ART. 543-C DO
CPC. AÃÃO MONITÃRIA APARELHADA EM CHEQUE PRESCRITO. PRAZO QUINQUENAL PARA
AJUIZAMENTO DA AÃÃO. INCIDÃNCIA DA REGRA PREVISTA NO ART. 206, § 5º, INCISO I, DO
CÃDIGO CIVIL. 1. Para fins do art. 543-C do Código de Processo Civil: "O prazo para ajuizamento de
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
ação monitória em face do emitente de cheque sem força executiva é quinquenal, a contar do dia
seguinte à data de emissão estampada na cártula". 2. Recurso especial provido. (STJ - REsp: 1101412
SP 2008/0240946-6, Relator: Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, Data de Julgamento: 11/12/2013, S2 -
SEGUNDA SEÃÃO, Data de Publicação: DJe 03/02/2014).               Pontue-se
que, alinhado ao REsp: 1556834 SP 2015/0239877-3, os juros moratórios pelo inadimplemento são
cabÃ-veis, e devem ser pagos na razão de 1% ao mês, a contar da primeira apresentação Ã
instituição financeira sacada ou câmara de compensação, conforme norma de regência da
matéria, bem como há incidência de correção monetária pelo INPC a partir da data de emissão
estampada na cártula. Anele-se ainda que os juros de mora incidem a partir da citação nos casos em
que a cártula não houver sido apresentada para compensação perante a instituição financeira. Â
             Frise-se que, a despeito da ré argumentar que a mencionada ¿taxa de
cobrança¿, ante a suposta inexistência de causa de pedir, teria o condão de gerar a inépcia da
inicial, rejeito a referida preliminar, pois é desprovida de qualquer fundamentação lógica ou jurÃ-dica.
Neste sentido, a própria parte demandada afirma à fl. 42, que tal requerimento ¿ao que parece, até se
confunde com os honorários advocatÃ-cios¿, o que por certo é a realidade, pois, conforme se análise
dos cálculos à fl. 04, representa a quantia de 10% do valor total da dÃ-vida, e o próprio nome ¿taxa de
cobrança¿ sugere se tratar dos honorários advocatÃ-cios, que são cabÃ-veis na espécie. Desta
forma, não há quaisquer vÃ-cios quanto ao ponto, o que só seria perceptÃ-vel se houvesse uma
cobrança em dobro (taxa de cobrança + honorários advocatÃ-cios).              Â
Diante do acervo probatório constante nos autos, verifico a consistência do crédito em favor da parte
demandante, e existindo valores a serem pagos por força do cheque (Art. 374, III, do NCPC e Súmula
531 do STJ), incumbia a parte requerida o ônus de provar a existência de fato impeditivo, modificativo ou
extintivo do direito da requerente, o que não logrou êxito (art. 373, II, do CPC).            Â
  Acrescente-se ainda, ao presente julgado, a seguinte jurisprudência, pois embasa a cominação do
dispositivo: RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE CONTROVÃRSIA. CHEQUE. INEXISTÃNCIA
DE QUITAÃÃO REGULAR DO DÃBITO REPRESENTADO PELA CÃRTULA. TESE DE QUE OS JUROS
DE MORA DEVEM FLUIR A CONTAR DA CITAÃÃO, POR SE TRATAR DE AÃÃO MONITÃRIA.
DESCABIMENTO. CORREÃÃO MONETÃRIA E JUROS MORATÃRIOS. TEMAS DE DIREITO
MATERIAL, DISCIPLINADOS PELO ART. 52, INCISOS, DA LEI N. 7.357/1985. 1. A tese a ser firmada,
para efeito do art. 1.036 do CPC/2015 (art. 543-C do CPC/1973), é a seguinte: "Em qualquer ação
utilizada pelo portador para cobrança de cheque, a correção monetária incide a partir da data de
emissão estampada na cártula, e os juros de mora a contar da primeira apresentação à instituição
financeira sacada ou câmara de compensação". 2. No caso concreto, recurso especial não provido.
(STJ - REsp: 1556834 SP 2015/0239877-3, Relator: Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, Data de
Julgamento: 22/06/2016, S2 - SEGUNDA SEÃÃO, Data de Publicação: DJe 10/08/2016). EMENTA:
APELAÃÃO CÃVEL - AÃÃO MONITÃRIA - CHEQUE PRESCRITO - TERMO INICIAL DOS JUROS DE
MORA - A PARTIR DA DATA DA PRIMEIRA APRESENTAÃÃO Ã INSTITUIÃÃO FINANCEIRA SACADA -
EXCEÃÃO - CÃRTULA NÃO APRESENTADA - JUROS DE MORA A PARTIR DA CITAÃÃO. 1. Os juros
de mora incidem a partir da citação nos casos em que a cártula não houver sido apresentada para
compensação perante a instituição financeira. (TJ-MG - AC: 10625150061921001 MG, Relator:
José Américo Martins da Costa, Data de Julgamento: 31/10/2019, Data de Publicação: 08/11/2019).
EMENTA: APELAÃÃO CÃVEL - AÃÃO MONITÃRIA - CHEQUE - JUROS MORATÃRIOS - INCIDÃNCIA
DO ART. 406 DO CÃDIGO CIVIL E 161, § 1º DO CTN - JUROS à TAXA DE 1% AO MÃS. Os juros
moratórios devem ser aplicados à taxa de 1% ao mês, em respeito ao artigo 406, do Código Civil, que
remete ao pagamento dos juros pela taxa prevista legalmente para a mora dos impostos devidos Ã
Fazenda Pública, prevista no artigo 161, § 1º, do Código Tributário Nacional. (TJ-MG - AC:
10000191512946001 MG, Relator: Mônica Libânio, Data de Julgamento: 18/02/0020, Data de
Publicação: 20/02/2020). MONITÃRIA - CHEQUE - CERCEAMENTO DE DEFESA E INÃPCIA DA
INICIAL - PRELIMINARES REJEITADAS - CORREÃÃO MONETÃRIA - INCIDÃNCIA A PARTIR DA
EMISSÃO DO TÃTULO - ÃNDICE INPC - RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO. O juiz na condição
de dirigente do processo, é o destinatário da atividade probatória das partes, a qual tem por finalidade
a formação da sua convicção acerca dos fatos sob controvérsia, podendo dispensar a
produção das provas que achar desnecessária à solução do feito, conforme lhe é facultado pela
lei processual civil, sem que isso configure supressão do direito de defesa. O cheque constitui
documento hábil e suficiente para embasar o procedimento monitório. Conforme orientação do STJ, a
correção monetária incide a partir da data de emissão estampada na cártula. Na espécie deve-se
aplicar o Ã-ndice de INPC por representar melhor a perda do poder de compra da moeda. (Ap
154058/2016, DES. CARLOS ALBERTO ALVES DA ROCHA, QUINTA CÃMARA CÃVEL, Julgado em
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
Civil. (Redação dada pela Lei nº 13.043, de 2014). Considerando o pedido de fls. 59/60, bem como o
teor da certidão de fl. 51, CONVERTO a AÃÃO DE BUSCA E APREENSÃO em EXECUÃÃO, nos termos
do artigo 4º do Decreto-Lei nº 911/69, razão pela qual determino: 1. Cite-se o executado para, no
prazo de 3 (três) dias, contado da citação, efetuar o pagamento da dÃ-vida (CPC, artigo 829). 2. Nos
termos do artigo 827 do Código de Processo Civil, fixo os honorários advocatÃ-cios a serem pagos pelo
(s) executado (s) em 10% (dez por cento) sobre o valor da execução. 3. Expeça-se mandado de
citação, penhora e avaliação de bens, constando expressamente do mandado que no caso de
integral pagamento no prazo de 3 (três) dias, a verba honorária será reduzida para metade, ou seja,
para 5% (cinco por cento) do valor do débito (CPC, artigo 827, § 1º). 3.1. Conste, também, que o
executado, independentemente de penhora, depósito ou caução, poderá opor-se à execução por
meio de embargos no prazo de 15 (quinze) dias. 3.2. Do mandado também deverá constar que se o
oficial de justiça não encontrar o executado, arrestar-lhe-á tantos bens quantos bastem para garantir a
execução e que nos 10 (dez) dias seguintes à efetivação do arresto, procurará o executado 2
(duas) vezes em dias distintos e, havendo suspeita de ocultação, realizará a citação com hora certa
(CPC, artigos 252/254), certificando pormenorizadamente o ocorrido (CPC, artigo 830 e § 1º). 4.
Decorrido o prazo de 3 (três) dias sem pagamento, deverá o senhor oficial de justiça proceder de
imediato à penhora de bens, tantos quantos bastem para o pagamento do principal atualizado, juros,
custas e honorários advocatÃ-cios, e a sua avaliação, lavrando o respectivo auto, intimando-se, na
mesma oportunidade, o (s) executado (s) (CPC, artigo 841, § 3º) e seu cônjuge, caso a penhora recaia
sobre bem imóvel ou direito real sobre imóvel (CPC, artigo 842). 5. Servirá o presente, por cópia
digitada, como mandado de citação, penhora ou arresto. Cumpra-se na forma e sob as penas da Lei.
Int. (Provimentos nº. 003 e 011/2009-CJRMB).               Belém/PA, 19/10/2021.
Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital 303
PROCESSO: 00775696120158140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o:
Procedimento Comum Cível em: 06/12/2021 REQUERENTE:ITAU SEGUROS DE AUTO E RESIDENCIA
Representante(s): OAB 20011-A - VICTOR JOSE PETRAROLI NETO (ADVOGADO) OAB 19989-A - ANA
RITA DOS REIS PETRAROLI (ADVOGADO) OAB 21917 - IZABEL CRISTINA GONCALVES BARREIROS
(ADVOGADO) REQUERIDO:ANTONIO LOPES MOREIRA REQUERIDO:BRAZ BRAZ COMERCIO
Representante(s): OAB 16779 - MELQUIZEDEQUE GARCA MONTEIRO (ADVOGADO) . Intime-se a
parte requerente para manifestar-se, no prazo de 15 (quinze) dias, acerca da alegação formulada na
contestação de fls. 77/83, de divergência entre o veÃ-culo informado na petição inicial (VW GOL
CITY TREND ano/modelo 2007/2008, de placa JWC 9902, como segurado, e o veÃ-culo que consta no
boletim de ocorrência policial (fl. 31), como objeto do sinistro que deu origem à lide. Belém/PA,
31/08/2021. ROBERTO ANDRES ITZCOVICH Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial de
Belém 303 PROCESSO: 00808769120138140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o:
Procedimento Comum Cível em: 06/12/2021 REU:BANCO BRADESCO SA Representante(s): OAB 9117-
A - FLAVIO GERALDO FERREIRA DA SILVA (ADVOGADO) AUTOR:M C S COIMBRA COMERCIAL MIX
ME Representante(s): OAB 18004 - HAROLDO SOARES DA COSTA (ADVOGADO) OAB 15650 - KENIA
SOARES DA COSTA (ADVOGADO) . DESPACHO Â Â Â Â Â Â Â Â Â Assim, intime-se o banco requerido
para que, no prazo de 05 (cinco) dias, conforme dispõe o art. 398, caput, do CPC/2015, apresente cópia
integral e legÃ-vel do contrato de financiamento firmado entre as partes, conforme já determinado na
decisão de fls. 35/37, sob pena de incidência do disposto no art. 400 do CPC/2015.         Â
Após, retornem-me conclusos com urgência. Belém/PA, 19/10/2021. ROBERTO ANDRES ITZCOVICH
Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial de Belém 303 PROCESSO:
00808786120138140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o: Procedimento Comum Cível em: 06/12/2021
REQUERENTE:MIDIA EXTERIOR LTDA Representante(s): OAB 14073 - CARLA DO SOCORRO
RODRIGUES ALVES (ADVOGADO) OAB 6557 - JOSE AUGUSTO FREIRE FIGUEIREDO (ADVOGADO)
OAB 24471 - PATRICIA LIA ARAUJO DE MACEDO (ADVOGADO) OAB 25707 - SABRINA SOUZA DO
NASCIMENTO MAIA (ADVOGADO DATIVO) OAB 30605 - FRANCISCO TIAGO PEREIRA LOPES
(ADVOGADO) REQUERIDO:CENTRAIS ELETRICAS DO PARA SA CELPA Representante(s): OAB
20103-A - LUCIMARY GALVAO LEONARDO GARCES (ADVOGADO) . DESPACHO Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â
    Intime-se a parte requerente para manifestar-se acerca da petição de fls. 58/61, no prazo de 15
(quinze) dias, requerendo o que entender de direito.          Após, conclusos. Belém/PA,
15/10/2021. ROBERTO ANDRES ITZCOVICH Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial de
Belém 303 PROCESSO: 00840276520138140301 PROCESSO ANTIGO: ----
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inadimplentes, a autorização de depósito judicial dos valores incontroversos, que seja impedida de
ajuizar ação judicial de busca e apreensão, impedimento de envio de correspondências de
cobrança, bem como a repetição do indébito.                Decisão de fls. 35/36
deferiu a gratuidade de justiça ao autor, indeferiu os pedidos de tutela de urgência e determinou ao
requerido a exibição do contrato de financiamento no prazo da contestação.           Â
    Devidamente citado, o requerido contestou às fls. 38/41, requerendo a improcedência total da
ação, bem como apresentou cópia do contrato às fls. 53/60.                A parte
autora se manifestou em réplica às fls. 90/94.                Os autos, então, vieram-
me conclusos.                FUNDAMENTAÃÃO Julgamento antecipado       Â
         No caso sub examine, desnecessária a ampliação probatória, posto que se trata
de questão puramente de direito, assim como o feito já contém elementos suficientes para
apreciação e julgamento e, ainda, em atenção ao princÃ-pio da livre convicção, antecipo o
julgamento do mérito, na forma do art. 355, I, do CPC/2015, o qual estabelece a conveniência do
julgamento antecipado do pedido, quando não houver necessidade de outras provas..         Â
       Nesse sentido, há tempos a jurisprudência dos tribunais superiores aponta que
¿Presentes as condições que ensejam o julgamento antecipado da causa, é dever do juiz e não
mera faculdade, assim o proceder¿. Do Mérito                 Inicialmente,
convém registrar que, muito embora não conte qualquer informação na inicial, observa pelos
documentos juntados pelo réu que a requerente adquiriu o veÃ-culo por de um Contrato de Cessão de
Direitos e Obrigações, no qual consta como cedente Fernanda Adréia Souza Dias. Constata-se ainda
que o contrato originário entre a primeira adquirente e a instituição financeira ré foi firmado em
setembro de 2008, sendo que a Termo de Cessão de Direitos foi firmado em março de 2013. Da
aplicação do CDC ao caso dos autos                 Feitas as devidas
ponderações, passo analisar a relação jurÃ-dica entre as partes.                 Ã
flagrante a aplicação do Código de Defesa do Consumidor aos contratos bancários, porquanto
decorrente de expressa determinação legal a teor dos artigos 2º e 3º, do CDC, os quais trazem os
conceitos de consumidor e fornecedor, respectivamente. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Resta evidente
que as operações bancárias como um todo, por expressa determinação legal (CDC, art. 3º,
§2º), inclusive as de mútuo ou de abertura de crédito, regem-se pelo CDC, sendo contra legem e
despropositada qualquer argumentação em contrário.                 O Código de
Defesa do Consumidor fala expressamente em atividade de natureza bancária, financeira e de crédito.
                Como esclarece CLÃUDIA LIMA MARQUES: O produto da empresa de
banco é dinheiro ou crédito, bem juridicamente consumÃ-vel, sendo, portanto, fornecedora; e o
consumidor o mutuário ou creditado. (Contratos no Código de Defesa do Consumidor, RT, 4ª ed.,
2002, pág. 460).                 Ressalte-se, ainda, que no caso dos autos, constata-
se desde logo que o requerente foi destinatário final dos recursos financeiros obtidos junto ao requerido, o
que é mais um elemento caracterizador da relação de consumo, conforme adverte NELSON NERY
JÃNIOR: Os contratos bancários podem ter como objeto o crédito. Destes, os mais comuns são o
contrato de mútuo, de desconto, de financiamento de aquisição de produtos ao consumidor, de
abertura de crédito, de cartão de crédito etc. Se o devedor destinar o crédito para sua utilidade
pessoal, como destinatário final, haverá relação de consumo, sujeita ao regime do CDC. (Código
Brasileiro de Defesa do Consumidor, vários autores, Forense, 7ª ed., pág. 472).           Â
     Afora a Súmula nº 297 do STJ, que dispõe que "o Código de Defesa do Consumidor é
aplicável às instituições financeiras", tem-se que o Supremo Tribunal Federal julgou improcedente o
pedido da Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 2591, ajuizada pela Confederação Nacional do
Sistema Financeiro - CONSIF, ação esta que tinha por fim, especificamente, a declaração de
inaplicabilidade do CDC às operações realizadas entre o cliente-consumidor e as instituições
financeiras. Da limitação da taxa de juros remuneratórios                 A respeito
dos juros remuneratórios, a Súmula vinculante n.º 07 do Supremo Tribunal Federal pacificou a
discussão sobre a auto-aplicabilidade do extinto art. 192, §3º, da Constituição Federal, in verbis:
¿a norma do §3º do artigo 192 da Constituição, revogada pela Emenda Constitucional n.º
40/2003, que limitava a taxa de juros reais a 12% ao ano, tinha sua aplicação condicionada à edição
de lei complementar.¿                 Desse modo, tornou-se incabÃ-vel qualquer
argumentação no sentido de que os juros remuneratórios, mesmo naqueles contratos celebrados
antes da Emenda Constitucional n º 40/2003, deveriam ficar limitados em 12% (doze por cento) ao ano
por imposição constitucional.                 Entrementes, ainda subsiste a
discussão sobre a limitação dos juros remuneratórios com relação às normas
infraconstitucionais, principalmente quanto ao artigo 591 do Código Civil e ao Decreto n. 22.626/33,
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também conhecido como Lei de Usura. Nesse quadro, impõe-se, em princÃ-pio, a manutenção da
taxa de juros remuneratórios pactuada, por ser insuficiente a legislação infraconstitucional a embasar
pretensão de limitá-los.                 Os juros remuneratórios não sofrem as
limitações da Lei da Usura, a teor da Súmula nº 596 do STF. Isso porque, com a edição da Lei
4.595/64, não se aplica a limitação dos juros remuneratórios em 12% ao ano aos contratos
celebrados com instituições integrantes do Sistema Financeiro Nacional.              Â
  Também não há que se falar em limitação dos juros remuneratórios em razão da regra
prevista no artigo 591 do Código Civil. Esse dispositivo legal se refere apenas à s relações jurÃ-dicas
mantidas entre pessoas fÃ-sicas ou entre pessoas fÃ-sicas e jurÃ-dicas, desde que estas não sejam
instituições financeiras. Havendo uma relação jurÃ-dica entre pessoa fÃ-sica ou jurÃ-dica e uma
instituição financeira, não há aplicação dessa norma civil, devendo ser utilizadas as regras do
Sistema Financeiro Nacional, principalmente aquelas da Lei n. 4.595/64. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â
Portanto, não se considera como abusiva, por si só, a taxa de juros que exceda o patamar de 12% ao
ano. Todavia, para que sejam evitados abusos extremos, a taxa de juros remuneratórios não poderá
jamais exceder consideravelmente a média fixada pelo Banco Central.                Â
Dessa forma, será abusiva a taxa de juros que exceder o Ã-ndice médio fixado pelo Banco Central e
utilizado pelas demais instituições financeiras, conforme o Superior Tribunal de Justiça assentou no
julgamento do Recurso Especial nº 1.061.530-RS, uma vez instaurado o incidente de processo repetitivo:
DIREITO PROCESSUAL CIVIL E BANCÃRIO. RECURSO ESPECIAL. AÃÃO REVISIONAL DE
CLÃUSULAS DE CONTRATO BANCÃRIO. INCIDENTE DE PROCESSO REPETITIVO. JUROS
REMUNERATÃRIOS. CONFIGURAÃÃO DA MORA. JUROS MORATÃRIOS. INSCRIÃÃO/MANUTENÃÃO
EM CADASTRO DE INADIMPLENTES. DISPOSIÃÃES DE OFÃCIO. [...] I - JULGAMENTO DAS
QUESTÃES IDÃNTICAS QUE CARACTERIZAM A MULTIPLICIDADE. ORIENTAÃÃO 1 - JUROS
REMUNERATÃRIOS a) As instituições financeiras não se sujeitam à limitação dos juros
remuneratórios estipulada na Lei de Usura (Decreto 22.626/33), Súmula 596/STF; b) A estipulação
de juros remuneratórios superiores a 12% ao ano, por si só, não indica abusividade; c) São
inaplicáveis aos juros remuneratórios dos contratos de mútuo bancário as disposições do art. 591
c/c o art. 406 do CC/02; d) à admitida a revisão das taxas de juros remuneratórios em situações
excepcionais, desde que caracterizada a relação de consumo e que a abusividade (capaz de colocar o
consumidor em desvantagem exagerada - art. 51, §1º, do CDC) fique cabalmente demonstrada, ante Ã
s peculiaridades do julgamento em concreto. (STJ, REsp 1061530/RS, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI,
SEGUNDA SEÃÃO, julgado em 22/10/2008, Dje 10/03/2009). Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â No caso,
deve restar cabalmente comprovado que o encargo cobrado pela instituição encontra-se acima daquele
normalmente praticado pelo mercado financeiro, de modo a gerar desequilÃ-brio na relação contratual,
com onerosidade excessiva ao consumidor.                 Caso não seja
comprovada essa abusividade, não se considera ilegal a taxa de juros cobrada.            Â
    Diante de todas essas considerações, tem-se que é livre aplicação dos juros
remuneratórios contratados pelas partes, desde que dentro de uma razoabilidade, ou seja, dentro do
patamar da taxa média de mercado divulgada pelo Banco Central do Brasil.             Â
   Para analisar a relação entre a taxa de juros contratada e a taxa média fixada pelo Banco
Central do Brasil, utilizo a projeção disponibilizada pelo próprio Banco Central em seu "site", que foi
o b t i d a a t r a v à © s d o l i n k :
https://www3.bcb.gov.br/sgspub/localizarseries/localizarSeries.do?method=prepararTelaLocalizarSeries,
no caminho indicadores de crédito, taxas de juros com recursos livres, taxa média de juros - pessoas
fÃ-sicas - aquisição de veÃ-culos - código 20.749.                 Cumpre esclarecer
ainda que, muito embora a requerente tenha adquirido o veÃ-culo em março de 2013 (conforme doc.
59/60), por meio de Termo de Cessão Direitos e Obrigações, já assumiu nessa data todas as
obrigações e direitos oriundos do contrato originário firmado em setembro de 2008, razão pela qual
deve ser utilizada esta data como parâmetro para aferição da legalidade da taxa de juros.      Â
          De acordo com os dados disponibilizados pelo Banco Central do Brasil, verifica-se
que em setembro de 2008, mês da celebração do contrato originário firmado entre a primeira
adquirente do veÃ-culo (Fernanda Andréia de Souza Dias) e instituição financeira ré, a taxa média
dos juros prefixados para pessoas fÃ-sicas com o fim de aquisição de veÃ-culo foi de 33,05 % ao ano. Â
               No contrato originário celebrado entre a primeira adquirente do veÃ-culo
(Fernanda Andréia de Souza Dias) e instituição financeira ré o Custo Efetivo Total de 19,96% ao
ano (conforme doc. de fls. 45) está em valor inferior à taxa média de mercado.            Â
    Logo, inexiste abusividade a ser reconhecida quanto aos juros remuneratórios, vez que se
encontra dentro de parâmetros compatÃ-veis com a média do mercado. Da capitalização dos juros
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declaração com efeitos infringentes, nos quais a fundamentação não estará vinculada à s
hipótese legais da omissão, obscuridade e contradição. Destinam-se, portanto, a complementar ou
aclarar as decisões judiciais latu sensu, quando nestas se verificar algum dos mencionados vÃ-cios.  Â
            à o que se extrai da seguinte lição: ¿(...) os casos previstos para
manifestação dos embargos declaratórios são especÃ-ficos, de modo que somente são
admissÃ-veis quando houver obscuridade, contradição ou omissão em questão (ponto controvertido)
sobre o qual deveria o juiz ou tribunal pronunciar-se necessariamente. Os embargos de declaração
são espécie de recurso de fundamentação vinculada.¿               Todavia,
não se vislumbram no presente caso quaisquer dos vÃ-cios que autorizam o acolhimento dos
aclaratórios. O mero inconformismo da parte com decisão que lhe é desfavorável não constitui
fundamento idôneo para modificar o decisum pela via dos embargos de declaração, porquanto essa
via não pode ser utilizada para rediscussão da matéria apreciada, devendo a parte, para tanto,
manejar recurso próprio.               A decisão proferida foi precisa quanto aos seus
fundamentos e coerente com as informações constantes nos autos, em consonância com os
dispositivos legais que regem a matéria.               Apesar do que diz o mestre
Eliézer Rosa que ¿enquanto a justiça for obra do homem e sempre o será, a possibilidade de falha
não pode ser, a priori, descartada¿ é escancarado que não se cuida de falha.          Â
    Nesse sentido, transcrevo aresto do Superior Tribunal de Justiça: PROCESSUAL CIVIL.
EMBARGOS DE DECLARAÃÃO NO RECURSO ESPECIAL. ADVOGADO DA UNIÃO. GRATIFICAÃÃO
DE ATIVIDADE EXECUTIVA - GAE. EXCLUSÃO PELA MEDIDA PROVISÃRIA 2.048-26/2000, QUE
INSTITUIU A GRATIFICAÃÃO DE DESEMPENHO DE ATIVIDADE JURÃDICA - GDAJ. AUSÃNCIA DE
VÃCIOS DE OMISSÃO, CONTRADIÃÃO OU OBSCURIDADE. INOCORRÃNCIA. PRETENSÃO DE
REEXAME. NÃO CABIMENTO. 1. Os aclaratórios não merecem prosperar, pois o acórdão
embargado não padece de vÃ-cios de omissão, contradição ou obscuridade, na medida que apreciou
a demanda de forma clara e precisa, estando bem delineados os motivos e fundamentos que a embasam.
2. Não se prestam os embargos de declaração ao reexame da matéria que se constitui em objeto do
decisum, porquanto constitui instrumento processual com o escopo de eliminar do julgamento
obscuridade, contradição ou omissão sobre tema cujo pronunciamento se impunha pela decisão ou,
ainda, de corrigir evidente erro material, consoante reza o art. 535 do CPC. 3. Embargos de declaração
rejeitados. (EDcl no REsp 1353016/AL, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, PRIMEIRA
SEÃÃO, julgado em 28/08/2013, DJe 03/09/2013). PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE
DECLARAÃÃO. PRECATÃRIO. JUROS DE MORA. PERÃODO COMPREENDIDO ENTRE A
HOMOLOGAÃÃO DO CÃLCULO E A EXPEDIÃÃO DO PRECATÃRIO OU RPV. NÃO INCIDÃNCIA.
AUSÃNCIA DE OBSCURIDADE, CONTRADIÃÃO OU OMISSÃO. REDUÃÃO DO PERCENTUAL DA
MULTA DO ART. 557, § 2º, DO CPC. ACOLHIMENTO PARCIAL. 1. Inexistente qualquer das
hipóteses do art. 535 do CPC, não merecem acolhida embargos de declaração com nÃ-tido caráter
infringente. 2. Embargos de declaração acolhidos, apenas para excluir a multa do art. 557, § 2º, do
CPC. (EDcl no AgRg no REsp 1233813/RS, Rel. Ministra ELIANA CALMON, SEGUNDA TURMA, julgado
em 11/06/2013, DJe 28/08/2013). Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Note-se, portanto, que ao apreciar os
Embargos Declaração o julgador encontra-se adstrito à s hipóteses taxativas previstas em lei.    Â
          Sendo assim, não havendo omissão, obscuridade ou contradição a serem
afastados, impõe-se a rejeição dos embargos de declaração.               Isto
posto, REJEITO os Embargos de Declaração interpostos, MANTENDO em todos os seus termos a
decisão de fl. 40, com fulcro no art. 1022 e ss do CPC.               P.R.I.C.     Â
         Belém/PA, 31/08/2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara
CÃ-vel e Empresarial da Capital 303 PROCESSO: 01096843820158140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o:
Procedimento Comum Cível em: 06/12/2021 AUTOR:JOSE CARLOS RODRIGUES PEREIRA
AUTOR:MARIA LAUDECY DIAS PEREIRA Representante(s): OAB 15867 - ALEX BACELAR SALES
(ADVOGADO) REU:DIRECIONAL AMETISTA EMPREENDIMENTOS IMOBILIARIOS LTDA. PROC.
0109684-38.2015.814.0301 REQUERENTE: JOSE CARLOS RODRIGUES PEREIRA e MARIA LAUDECY
DIAS PEREIRA REQUERIDAS: DIRECIONAL AMETISTA EMPREENDIMENTOS IMOBILIÃRIOS LTDA
SENTENÃA RELATÃRIO Â Â Â Â Â Â Cuida-se de AÃÃO DE RESCISÃO CONTRATUAL C/C
INDENIZAÃÃO POR DANOS MATERIAIS movida por JOSE CARLOS RODRIGUES PEREIRA e MARIA
LAUDECY DIAS PEREIRA em face de DIRECIONAL AMETISTA EMPREENDIMENTOS IMOBILIÃRIOS
LTDA. Â Â Â Â Â Â Afirma a parte autora que adquiriu junto a parte requerida, em 06.05.2011, o
apartamento 508, Bloco 01, do empreendimento denominado VERANO RESIDENCIAL, por meio de
Contrato de Venda e Compra de Unidade Autônoma.       Alega que as requeridas não
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cumpriram a obrigação assumida quanto ao prazo para conclusão da obra, que deveria ter ocorrido
em 30.09.2013, conforme item II do contrato. Â Â Â Â Â Â Requer ao final, entre outros pedidos: 1.
Rescisão contratual por culpa da parte requerida; 2. Devolução integral dos valores pagos pelos
autores; 3. Devolução do valor pago a tÃ-tulo de kit acabamento; 4. Nulidade da cláusula de
tolerância; 5. Devolução dos valores pagos a tÃ-tulo de taxas condominiais; 5. Devolução do valor
pago a tÃ-tulo de comissão de corretagem; 6. Lucros cessantes no valor de R$ 1.271,48 mensais.   Â
   Junta documentos.       Na decisão de fl. 143, restou deferida a gratuidade processual a
parte autora e indeferida a tutela antecipada requerida. Â Â Â Â Â Â Agravo de instrumento contra a
decisão que indeferira a tutela antecipada comunicado as fls. 146/169.      Através de consulta
ao site do Tribunal de Justiça do Estado Pará, este magistrado buscou o julgamento do agravo de
instrumento informado as fls. 146/169, entrementes, mesmo tendo se utilizado de diferentes
combinações e formas para a pesquisa, não encontrou o referido agravo, não tendo a parte
agravante informado nos autos o respectivo número do recurso.       Em sede de contestação,
fls. 173/194, a parte requerida defende, em sÃ-ntese: 1. O habite-se do empreendimento data de
07.07.2014; 2. A prescrição em relação a comissão de corretagem; 3. A legitimidade de
indenização por quebra de contrato; 4. A validade dos contratos firmados com a requerida; 5. A
inexistência de danos materiais/lucros cessantes.       Junta documentos.       Réplica
às fls. 304/305, pontuando ser desnecessária a produção de outras provas e requerendo o
julgamento antecipado da lide. Â Â Â Â Â Â Os autos vieram-me conclusos. FUNDAMENTAÃÃO Â Â Â Â
          O caso submetido à análise deste JuÃ-zo não é novo à luz da realidade fática
que foi implementada com o crescimento do setor imobiliário neste paÃ-s. De algum tempo, o Judiciário
vem enfrentando tal situação, com diversas questões pacificadas no âmbito dos Tribunais.    Â
          Portanto, para o deslinde da presente ação será considerada a matéria já
calcificada no âmbito dos Tribunais Superiores, fazendo-se ressalvas pontuais, quando necessárias,
amoldando ao entendimento deste Juiz. DO JULGAMENTO ANTECIPADO Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â
Constato ser desnecessária a ampliação probatória, posto que o feito já contém elementos
suficientes para apreciação e julgamento e, ainda, em atenção ao princÃ-pio da livre convicção,
antecipo o julgamento do mérito, na forma do art. 355, I, do CPC/2015, o qual estabelece a
conveniência do julgamento antecipado do pedido, quando não houver necessidade de outras provas. Â
             Nesse sentido, há tempos a jurisprudência dos tribunais superiores aponta
que ¿Presentes as condições que ensejam o julgamento antecipado da causa, é dever do juiz e
não mera faculdade, assim o proceder¿.               Ademais, o caso submetido Ã
análise deste JuÃ-zo não é novo à luz da realidade fática que foi implementada com o crescimento do
setor imobiliário neste paÃ-s. De algum tempo, o Judiciário vem enfrentando tal situação, com
diversas questões pacificadas no âmbito dos Tribunais.               Portanto, para o
deslinde da presente ação será considerada a matéria já calcificada no âmbito dos Tribunais
Superiores, fazendo-se ressalvas pontuais, quando necessárias, amoldando ao entendimento deste Juiz.
DA PRESCRIÃÃO AO RESSARCIMENTO Ã TAXA DE COMISSÃO DE CORRETAGEM Â Â Â Â Â Â Â Â
   No julgamento do REsp nº 1.551.956/SP, submetido ao rito dos recursos repetitivos, o Superior
Tribunal de Justiça firmou a tese de que prescreve em três anos o direito de discutir a devolução do
preço pago a tÃ-tulo de comissão de corretagem, nos termos do artigo 206, §3º, IV do Código Civil.
           No referido julgamento, destacou-se que a restituição de comissão de
corretagem e SATI não se confunde com o enriquecimento sem causa, razão pela qual deve ser
aplicada a regra geral do artigo 205 do Código Civil em relação ao prazo prescricional.       Â
    Desse modo, aplicando-se o prazo prescricional de três anos, há que ser reconhecida a
PRESCRIÃÃO no caso vertente em relação ao pedido de restituição da taxa de comissão de
corretagem, uma vez que o contrato fora firmado em 06/05/2011, fl. 76, e a ação foi proposta em
03/12/2015. DA IMPOSSIBILIDADE DO CONGELAMENTO DO SALDO DEVEDOR Â Â Â Â Â A
correção monetária é a recuperação do poder de compra do valor emprestado. Com outras
palavras: trata-se de uma atualização do valor da moeda face ao poder corrosivo da inflação. Não
representa lucro (juros remuneratórios) pelo valor emprestado, mas sim, como dito, preservação do
valor do dinheiro para manutenção do equilÃ-brio econômico-financeiro de um contrato. O Ã-ndice a ser
adotado para correção monetária deve estar expressamente pactuado em contrato, bem como um
substituto, caso haja a extinção do primeiro pactuado.         Em contratos de compra e
venda de imóveis é comum a previsão de aplicação de um Ã-ndice de correção monetária
durante o prazo de construção do imóvel e de outro Ã-ndice após a entrega.         Primeiro
ponto digno de destaque versa sobre o congelamento do saldo devedor, isto é, escoado o prazo de
entrega do empreendimento, o atraso justificaria a não incidência de qualquer tipo de atualização
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constato a previsão para a entrega da obra era 30/09/2013 (cláusula II, fl. 63), não incluÃ-do o prazo da
cláusula de tolerância, que estenderia o prazo de conclusão em mais 180 dias, para 30/03/2014, fl. 70,
cláusula 7.1.               No que concerne à cláusula de tolerância convém tecer
as seguintes considerações:               A cláusula de tolerância está muito
presente nos contratos de compromissos de compra e venda. Ela acontece, para que ao contratar um
imóvel na planta, o promitente comprador tenha noção do prazo da entrega de seu imóvel, já a
incorporadora estipula tal cláusula com o intuito de precaver-se caso haja algum atraso na entrega da
obra. Não se pode alterar o prazo da entrega da obra. No entanto, usa-se a cláusula de tolerância para
prevenir-se, diante de motivos de caso fortuito ou de força maior, que não possa ser previsto com
antecedência pela incorporadora. No caso em comento, questiona-se a validade da previsão de tal
cláusula no contrato estabelecido.               Entendo que o prazo de tolerância
estabelecido em cláusula clara, facilmente inteligÃ-vel e em prazo razoável (180 dias) não pode ser tido
como abusivo, posto que representa a vontade das partes, especialmente porque os requerentes não
demonstraram, nem sequer requereram a produção de prova acerca da alegada inexistência de
informação suficiente acerca da contratação do prazo questionado, devendo aplicar-se, portanto, o
princÃ-pio "pacta sunt servanda".               Esse é o entendimento seguido pelo
Tribunal de Justiça do Estado do Pará: AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIREITO CIVIL. CONTRATOS
IMOBILIÃRIOS. DEFERIMENTO PARCIAL DA ANTECIPAÃÃO DE TUTELA. INDEFERIMENTO DO
PEDIDO DE DECRETAÃÃO DE NULIDADE DA CLÃUSULA DE TOLERÃNCIA DE 180 DIAS PARA A
ENTREGA DO IMÃVEL. AUSÃNCIA DE QUALQUER ILEGALIDADE OU ABUSIVIDADE. PRECEDENTES
DESTA CORTE. MANUTENÃÃO DA DECISÃO AGRAVADA. RECURSO CONHECIDO E IMPROVIDO. 1
- Verifica-se que a matéria já fora objeto de análise pela 5ª Câmara CÃ-vel Isolada, que se
manifestou no sentido de que a cláusula de tolerância de 180 (cento e oitenta) dias estabelecida nos
contratos imobiliários não se monstra abusiva ou ilegal, uma vez que o consumidor tem conhecimento
da condição no momento da assinatura do contrato, de modo que submete-se ao princÃ-pio do pacta
sunt servanda, ressaltando-se, ainda, o prazo de tolerância apresenta-se de forma moderada, não
acarretando desvantagem exagerada ao consumidor, mas tão somente visando atender a complexidade
inerente à construção civil, não havendo que se falar em violação de princÃ-pios da equidade,
proporcionalidade, razoabilidade e transparência previstos no CDC. 2 - Outrossim, o próprio art. 273 do
Código de Processo, ao regulamentar o instituto da antecipação de tutela estabelece em seu § 2º
que não será concedida a antecipação quando houver perigo de irreversibilidade do provimento
antecipado, de modo que, ainda que fosse possÃ-vel a declaração de nulidade da referida cláusula,
esta somente poderia ser decretada a quando do julgamento definitivo da lide. (Agravo de Instrumento nº
00445437720128140301 (149393), 5ª Câmara CÃ-vel Isolada do TJPA, Rel. Diracy Nunes Alves. j.
06.08.2015, DJe 10.08.2015). ACÃRDÃO: 153612 COMARCA: BELÃM DATA DE JULGAMENTO:
09/11/2015 00:00 PROCESSO: 00471307220128140301 PROCESSO ANTIGO: 201330338638
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTUÃRIO(A): JOSE MARIA TEIXEIRA DO ROSARIO CÃMARA:
4ª CAMARA CIVEL ISOLADA Ação: Apelação em: APELADO:ALECIA THACIANE PEREIRA DA
SILVA APELANTE:RIO MENDONZA EMPREENDIMENTOS SPE LTDA Representante(s): THEO SALES
REDIG E OUTROS (ADVOGADO) APELADO:IGOR NOLETO MOREIRA Representante(s): BERNARDO
ALBUQUERQUE DE ALMEIDA E OUTROS (ADVOGADO) LEONARDO MAIA NASCIMENTO
(ADVOGADO) EMENTA: . APELAÃÃO CÃVEL. CONTRATO DE PROMESSA DE COMPRA E VENDA.
ATRASO NA ENTREGA DO IMÃVEL. ABUSIVIDADE DE CLÃUSULA DE PRORROGAÃÃO DE 365 DIAS.
REDUÃÃO AO LIMITE DE 180 DIAS. CONGELAMENTO DO SALDO DEVEDOR A PARTIR DA MORA
NA ENTREGA. DANOS EMERGENTES DEVIDOS EM RAZÃO DO PAGAMENTO DE ALUGUÃIS.
EXCLUSÃO DOS LUCROS CESSANTES. INVERSÃO DE CLÃUSULA MORATÃRIA. OCORRÃNCIA DE
DANO MORAL PELO ATRASO EXCESSIVO DE 2 ANOS NA ENTREGA DO IMÃVEL. RECURSO
CONHECIDO E PARCIALMENTE PROVIDO. 1. Atualmente todos os contratos, indistintamente, preveem
cláusula de prorrogação da data de entrega, que, em regra, é de até 180 (cento e oitenta) dias,
prazo este entendido como razoável pela jurisprudência deste Egrégio Tribunal. A apelante, no
entanto, estabeleceu cláusula de prorrogação de 365 (trezentos e sessenta e cinco) dias, ou seja, o
dobro do prazo praticado no mercado, motivo pelo qual caracteriza-se como abusiva e deve ser reduzida
ao limite de 180 (cento e oitenta) dias. 2. Nesses termos, e em observância aos princÃ-pios
consumeristas, entendo que a correção monetária do saldo devedor somente era cabÃ-vel dentro do
limite do prazo de entrega do imóvel, o qual, acrescido dos 180 (cento e oitenta) dias de prorrogação,
teve como termo final o mês de janeiro do ano de 2012, a partir do qual há o congelamento do saldo
devedor. 3. Assiste razão ao apelante quanto à impossibilidade de condenação ao pagamento de
lucros cessantes e danos emergentes de forma cumulativa, tendo em vista que as situações que lhes
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dão causa são, no presente caso, excludentes. Dessa forma, já que os apelados arcaram com o
pagamento de aluguéis em decorrência do atraso na entrega do imóvel, farão jus apenas aos danos
emergentes, pois não poderiam, simultaneamente, morar e alugar o apartamento. 4. Ressalto que a
jurisprudência pátria é unÃ-ssona quanto a possibilidade e cabimento da inversão de cláusula
moratória em desfavor da Construtora/Incorporadora, de modo que além dos danos emergentes,
cumpre ao apelante o pagamento de juros moratórios de 1% (um por cento) ao mês a partir do
inadimplemento do contrato, que teve inÃ-cio em fevereiro de 2012, bem como multa de 2% (dois por
cento) sobre o valor das parcelas adimplidas até a data de efetiva entrega do imóvel. 5. A despeito de
ser entendimento jurisprudencial consolidado pelo Superior Tribunal de Justiça de que o inadimplemento
de contrato, por si só, não acarreta dano moral, a jurisprudência pátria vem se posicionando pela
ocorrência de tal dano em casos de demora excessiva na entrega de imóvel, tal como ocorrido no caso
em análise. 6. Por derradeiro, ressalto que o valor arbitrado pelo juÃ-zo a quo a tÃ-tulo de indenização
por danos morais está dentro dos parâmetros da jurisprudência deste Egrégio Tribunal, motivo pelo
qual não merece nenhuma reforma a decisão de primeiro grau no que se refere ao arbitramento de
indenização por danos morais no valor de R$ 30.000,00 (trinta mil reais). 7. Recurso CONHECIDO e
PARCIALMENTE PROVIDO. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Dito isto, no presente caso, considerando a
validade da cláusula de tolerância, verifica-se que o termo inicial da mora da construtora será:
30/09/2013 + 180 dias: 30/03/2014. DOS LUCROS CESSANTES          O dano material é o
prejuÃ-zo financeiro efetivamente sofrido pela vÃ-tima, causando diminuição do seu patrimônio. Esse
dano pode ser de duas naturezas: o que efetivamente o lesado perdeu, dano emergente, e o que
razoavelmente deixou de ganhar, lucro cessante.          Os lucros cessantes são, portanto,
espécie de danos materiais sofridos pela vÃ-tima que deixa de auferir valores em razão do evento
danoso. à imprescindÃ-vel, portanto, que se comprove que os lucros eram certos e que não foram
alcançados em virtude de determinado fato.          O Código Civil brasileiro, assim dispõe
sobre a reparação de danos: Art. 402. Salvo as exceções expressamente previstas em lei, as perdas
e danos devidas ao credor abrangem, além do que ele efetivamente perdeu, o que razoavelmente
deixou de lucrar. Art. 403. Ainda que a inexecução resulte de dolo do devedor, as perdas e danos só
incluem os prejuÃ-zos efetivos e os lucros cessantes por efeito dela direto e imediato, sem prejuÃ-zo do
disposto na lei processual.          No âmbito dos contratos de compra e venda de imóveis,
há entendimento de que o consumidor poderia ter explorado o imóvel economicamente, arbitrando um
valor de aluguel, mas se vê impedido, face o atraso na entrega.          O atraso na entrega,
segundo esse entendimento, configuraria um ato ilÃ-cito passÃ-vel de ressarcimento, na modalidade de
lucros cessantes, pelo que o consumidor deixou de ganhar. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Nesse ponto, o Superior
Tribunal de Justiça e o Tribunal de Justiça do Estado do Pará têm entendimento consolidado que se
trata de um dano presumÃ-vel. Bastaria ao consumidor comprovar a ação ilÃ-cita (atraso na entrega) que
o dano seria uma consequência necessária. AGRAVO REGIMENTAL NO RECURSO ESPECIAL -
ATRASO NA ENTREGA DE IMÃVEL - DECISÃO MONOCRÃTICA QUE CONHECEU DO AGRAVO PARA
DAR PARCIAL PROVIMENTO AO RECURSO ESPECIAL.1. A jurisprudência desta Corte Superior já
consolidou entendimento que os lucros cessantes são presumÃ-veis na hipótese de descumprimento
contratual derivado de atraso de entrega do imóvel. Somente haverá isenção da obrigação de
indenizar do promitente vendedor caso configure uma das hipóteses de excludente de responsabilidade,
o que não ocorreu na espécie(...).(AgRg no REsp 1523955/SP, Rel. Ministro MARCO BUZZI, QUARTA
TURMA, julgado em 01/12/2015, DJe 11/12/2015).          Frisa-se que, no meu sentir, o
lucro cessante não é algo hipotético, pois originário de um efeito danoso concreto (atraso na entrega
do imóvel) e é plenamente possÃ-vel presumir o prejuÃ-zo sofrido, sendo exigÃ-vel apenas que o lesado
consiga demonstrar, dentro da razoabilidade, o montante do dano sofrido. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Em suma:
filio-me a jurisprudência do Superior de Tribunal de Justiça, bastando a comprovação do atraso na
entrega para que ocorra o dano. Reforça-se que, no caso concreto, o atraso injustificado é patente,
consoante ao norte decidido. Coerente com a linha de entendimento do Superior Tribunal de Justiça, no
meu entender, pouco importa o destino a ser dado ao imóvel pelo consumidor: se para fins residenciais
ou locatÃ-cio. Exigir do consumidor, desde o inÃ-cio da compra, uma posição estanque acerca da
finalidade a ser dada ao imóvel, é onerá-lo em demasia, desnecessariamente e, por via transversas,
desnaturar a aplicação do entendimento consolidado do Superior Tribunal de Justiça. Ora, a vontade
do consumidor pode mudar ao longo da construção do empreendimento, trata-se de algo transitório,
que, nem por isso, afasta a responsabilidade da construtora em ressarci-lo pelo que deixou de ganhar com
o imóvel. Tal posicionamento se coaduna inclusive com os princÃ-pios e vigas mestras da lei 8078/90,
colocando o consumidor, parte hipossuficiente da relação, em prestigiada posição de proteção,
frente ao crescente desrespeito das construtoras no cumprimento de prazos das obras. Até por isso que,
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nos julgados do Superior Tribunal de Justiça, não há qualquer tipo de ressalva acerca da finalidade a
ser dada ao imóvel: o simples atraso injustificado na entrega já gera o dever de indenizar. Com esse
entendimento, transcreve-se: (...) A destinação que o promitente comprador daria ao bem, se para fins
de moradia ou locação, se auferiria renda, ou não, em nada influencia na obrigação de o
promitente vendedor compor lucros cessantes, que são comprovados diante da própria mora. 4. A não
entrega do imóvel prometido no prazo ajustado no contrato impõe ao promitente vendedor a
obrigação de indenizar o promitente comprador pelos lucros cessantes (...) (Apelação CÃ-vel nº
20130111573979 (876042), 3ª Turma CÃ-vel do TJDFT, Rel. Fátima Rafael. j. 17.06.2015, DJe
26.06.2015). (...)A destinação que o promitente comprador daria ao bem, se para fins de moradia ou
locação, se auferiria renda, ou não, em nada influencia na obrigação de o promitente vendedor
compor lucros cessantes, que são comprovados diante da própria mora. (...) (Apelação CÃ-vel nº
20140310023959 (876032), 3ª Turma CÃ-vel do TJDFT, Rel. Fátima Rafael. j. 17.06.2015, DJe
26.06.2015 (...) Em caso de atraso na entrega de imóvel adquirido, para fins residenciais ou comerciais,
é presumido o prejuÃ-zo sofrido pela privação do bem durante o perÃ-odo de mora, tendo em vista que
não se cogita alguém investir vultuosa quantia se não for para fazer do bem a sua moradia, local de
trabalho ou obter dele um retorno financeiro por meio da renda proveniente dos aluguéis(...)
(Apelação CÃ-vel nº 2014.025964-4, 3ª Câmara CÃ-vel do TJRN, Rel. João Rebouças. j.
08.09.2015). Â Â Â Â Â Â Â Â Â Conforme se verifica do contrato, a entrega da unidade se daria em
30/03/2014, já contando com o prazo de tolerância.          Sendo assim, reconhecido o
dever de indenização por lucros cessantes, torna-se necessária a fixação do termo inicial e final de
sua aplicação. Para tanto, em sintonia com o que foi decidido no item precedente, considerar-se-á
como termo inicial, a data prevista para a entrega do empreendimento, 30/03/2014, já incluÃ-do aÃ- o
prazo de tolerância de 180 dias. Após esse perÃ-odo inicial, a requerida estará obrigada a ressarcir
mensalmente o requerente pelo que deixou de ganhar com o imóvel em um quantum, até a data da
expedição do ¿Habite-se¿, que se deu em 07/07/2014, fls. 228/273, sendo que esta data será
considerada como termo final da mora da requerida, pois o referido documento é emitido por órgão
oficial do MunicÃ-pio, atestando que o imóvel se encontra em condições de habitação.      Â
   Diante de todo o exposto, vejo que o pagamento de valores correspondentes aos aluguéis, a
tÃ-tulo de lucros cessantes, é devido, e, observando-se as caracterÃ-sticas gerais, bem como
localização e tamanho do imóvel discutido nos presentes autos, resolvo arbitrar o valor mensal de R$
1.271,48 [hum mil, duzentos e setenta e um reais e quarenta e oito centavos], o que considero compatÃ-vel
com os critérios de razoabilidade e proporcionalidade. DA DEVOLUÃÃO DOS VALORES PAGOS POR
RESCISÃO DO CONTRATO      Dando seguimento ao julgamento, é de suma importância
ressaltar que, não é porque a autora deu causa a rescisão contratual, que a empresa ré estará
autorizada a arbitrariamente realizar todos os descontos que considera devidos, ainda que estabelecidos
em contrato. A presente matéria é regida pelo CDC e, em se tratando de contrato de adesão,
cláusulas abusivas são consideradas nulas de pleno direito, conforme art. 51 daquele Código.    Â
 Assim, considero como suficiente o desconto de 10% sobre os valores pagos para que a empresa seja
ressarcida dos potenciais prejuÃ-zos advindos da rescisão, de forma que uma retenção em patamar
superior se mostra flagrantemente abusiva. Neste diapasão, a jurisprudência é farta: RECURSO
INOMINADO. CONSUMIDOR. RESCISÃO DE CONTRATO DE COMPRA E VENDA DE IMÃVEL.
DESISTÃNCIA DOS ADQUIRENTES. MULTA CONTRATUAL FIXADA EM 25% DA QUANTIA PAGA.
REDUÃÃO PARA 10%. OBRIGAÃÃO DA RÃ DE DEVOLVER 90% DO VALOR PAGO PELOS AUTORES.
- SENTENÃA REFORMADA EM PARTE. RECURSO PROVIDO. (Recurso CÃ-vel Nº 71006041933,
Terceira Turma Recursal CÃ-vel, Turmas Recursais, Relator: Lusmary Fatima Turelly da Silva, Julgado em
28/07/2016). (TJ-RS - Recurso CÃ-vel: 71006041933 RS, Relator: Lusmary Fatima Turelly da Silva, Data
de Julgamento: 28/07/2016, Terceira Turma Recursal CÃ-vel, Data de Publicação: Diário da Justiça
do dia 29/07/2016). RECURSO INOMINADO. RESCISÃO CONTRATUAL CUMULADA COM
RESTITUIÃÃO DE VALORES PAGOS. PROMESSA DE COMPRA E VENDA DE IMÃVEL NÃO
PERFECTIBILIZADA. DESISTÃNCIA DO NEGÃCIO JURÃDICO PELO COMPRADOR. RESTITUIÃÃO
PARCIAL DE VALORES PAGOS. MULTA CONTRATUAL. DIANTE DA RESCISÃO DE CONTRATO DE
PROMESSA DE COMPRA E VENDA DE IMÃVEL POR DESISTÃNCIA DO ADQUIRENTE, Ã CABÃVEL A
RETENÃÃO DE PARTE DA PARCELA PAGA, NO VALOR CORRESPONDENTE A 10%. RECURSO DO
AUTOR PARCIALMENTE PROVIDO E RECURSO DA Rà DESPROVIDO. (Recurso CÃ-vel Nº
71006962757, Primeira Turma Recursal CÃ-vel, Turmas Recursais, Relator: Mara Lúcia Coccaro Martins
Facchini, Julgado em 29/08/2017). (TJ-RS - Recurso CÃ-vel: 71006962757 RS, Relator: Mara Lúcia
Coccaro Martins Facchini, Data de Julgamento: 29/08/2017, Primeira Turma Recursal CÃ-vel, Data de
Publicação: Diário da Justiça do dia 08/09/2017). APELAÃÃO CÃVEL. DIREITO CIVIL,
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devolvido seja parcelado e tendo a parte requerida a disponibilidade do imóvel imediatamente para nova
negociação, determino que a devolução ocorra em PARCELA ÃNICA, pois qualquer estipulação
em sentido contrário por cláusula contratual é considerada nula de pleno direito. Neste sentido a
jurisprudência é unÃ-ssona: CIVIL. CONSUMIDOR. AÃÃO DECLARATÃRIA. PROMESSA DE COMPRA
E VENDA DE IMÃVEL. APLICABILIDADE DO CÃDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. RESCISÃO
CONTRATUAL. DISTRATO. NULIDADE DA CLÃUSULA ESTABELECENDO DEVOLUÃÃO PARCELADA.
ABUSIVIDADE. DEVER DE RESTITUIÃÃO DOS VALORES PAGOS EM PARCELA ÃNICA. 1.
ARELAÃÃO JURÃDICA ESTABELECIDA NO CONTRATO DE PROMESSA DE COMPRA E VENDA DE
IMÃVEL Ã RELAÃÃO DE CONSUMO, UMA VEZ QUE AS PARTES EMOLDURAM-SE NOS CONCEITOS
DE CONSUMIDOR E FORNECEDOR PREVISTOS NOS ARTIGOS 2º E 3º DA LEI Nº 8.078, DE 11
DE SETEMBRO DE 1990 Â CÃDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. 2. QUANDO HÃ DESISTÃNCIA
CONTRATUAL, AS PARTES DEVEM RETORNAR AO STATUS QUO ANTE, DE MODO QUE ASSISTE
AO CONSUMIDOR QUE DESISTIU DO CONTRATO O DIREITO DE SER RESTITUÃDO DE TODA A
QUANTIA PAGA Ã VENDEDORA, ABATENDO-SE SOMENTE O PERCENTUAL A TÃTULO DE PENA
CONVENCIONAL COMPENSATÃRIA. NA HIPÃTESE, OS AUTORES TÃM DIREITO AO PAGAMENTO
EM PARCELA ÃNICADO VALOR A SER RESTITUÃDO EM FACE DA CLÃUSULA ABUSIVA
CONSTANTE NO PACTO. NÃO OBSTANTE O REFERIDO DISTRATO TENHA SIDO CELEBRADO EM
09.04.2013 E A PROMITENTE COMPRADORA JÃ TENHA DEVOLVIDO PARTE DO VALOR A SER
DEVOLVIDO, VERIFICA-SE QUE OS AUTORES FAZEM JUS Ã DEVOLUÃÃO DO VALOR
REMANESCENTE. ESTE, OUTROSSIM, COM A FORMALIZAÃÃO DO DISTRATO, IMPERIOSO QUE A
QUANTIA DEVIDA SEJA DEVOLVIDA AO CONSUMIDOR EM PARCELA ÃNICA E DE FORMA
IMEDIATA. 3. PRECEITUA O ARTIGO 422 DO CÃDIGO CIVIL: ÂOS CONTRATANTES SÃO
OBRIGADOS A GUARDAR, ASSIM NA CONCLUSÃO DO CONTRATO, COMO EM SUA EXECUÃÃO, OS
PRINCÃPIOS DE PROBIDADE E BOA-FÃÂ. 4. COMO O DISTRATO DO CONTRATO DE PROMESSA
DE COMPRA E VENDA REMETE OS LITIGANTES A SITUAÃÃO JURÃDICA ANTERIOR,
DISPONIBILIZANDO O OBJETO DO CONTRATO IMEDIATAMENTE AO FORNECEDOR PARA NOVA
NEGOCIAÃÃO, O CONSUMIDOR DEVE SER RESTITUÃDO DAS PRESTAÃÃES PAGAS EM PARCELA
ÃNICA E DE FORMA IMEDIATA. (ACÃRDÃO N.645520, 20120110648124APC, RELATOR: SIMONE
LUCINDO, REVISOR: ALFEU MACHADO, 1ª TURMA CÃVEL, DATA DE JULGAMENTO: 09/01/2013,
PUBLICADO NO DJE: 15/01/2013. PÃG.: 221) SENTENÃA MANTIDA. RECURSO CONHECIDO E
DESPROVIDO. (TJ-DF - APC: 20130110980142 DF 0025499-60.2013.8.07.0001, Relator: ALFEU
MACHADO, Data de Julgamento: 09/07/2014, 1ª Turma CÃ-vel, Data de Publicação: Publicado no
DJE : 16/07/2014 . Pág.: 73).       Acrescente-se ainda que os pagamentos realizados a tÃ-tulo de
taxa condominial deverão igualmente ser devolvidos, uma vez que a parte autora não foi imitida na
posse do imóvel. Frise-se que até a imissão na posse, a responsabilidade pelo pagamento de tais
valores é da parte requerida. A respeito do tema, a jurisprudência é pacificada AGRAVO DE
INSTRUMENTO. PROMESSA DE COMPRA E VENDA. RESCISÃO DE CONTRATO. TAXAS
CONDOMINIAIS E IPTU. A responsabilidade pelo pagamento das taxas condominiais e do IPTU somente
são atribuÃ-das ao promissário comprador, após sua imissão na posse do imóvel. Hipótese em que
este não foi imitido na posse do bem, restando imperiosa a devolução dos valores pagos a tÃ-tulo das
referidas rúbricas. Decisão que se confirma. NEGARAM PROVIMENTO AO RECURSO. UNÃNIME. (TJ-
RS - AI: 70072148638 RS, Relator: Giuliano Viero Giuliato, Data de Julgamento: 23/03/2017, Décima
Oitava Câmara CÃ-vel, Data de Publicação: 27/03/2017).       Por derradeiro, anele-se que
todas as devoluções de valores, serão procedidas de forma simples, pois não comprovada a má-
fé na cobrança ou na transferência de obrigações. DISPOSITIVO              Â
Ante o exposto, julgo PARCIALMENTE procedenteS os pedidos e, por consequência, extingo o processo
com resolução do mérito, na forma do art. 487, I, do Código de Processo Civil/2015, para:     Â
         DECLARAR rescindido o contrato entre as partes.              Â
CONDENAR a requerida a restituir à parte requerente, em parcela única, um total de 90% de todos os
valores pagos por esta, referentes ao contrato de compra e venda do imóvel retromencionado, acrescidos
de juros moratórios de 1% ao mês a partir do trânsito em julgado desta sentença e correção
monetária pelo Ã-ndice do INPC a contar do desembolso de cada parcela paga, até a data do efetivo
pagamento. Frise-se que para o cálculo devido da devolução, será retirado o valor de R$ 13.055,80
(treze mil e cinquenta e cinco reais e oitenta centavos), pois referente a caso de prescrição do pedido
de devolução da taxa de comissão de corretagem, nos termos da fundamentação.        Â
      CONDENAR a parte requerida em lucros cessantes, no que diz respeito ao ressarcimento ao
requerente pelo que este poderia auferir a tÃ-tulo de aluguel com o imóvel objeto da presente ação, a
partir de 30/03/2014 até a expedição do Habite-se, que se deu em 07/07/2014, fls. 228/273, no valor
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mensal de R$ 1.271,48 [hum mil, duzentos e setenta e um reais e quarenta e oito centavos], nos termos
da fundamentação, corrigindo a cada vencimento, mensalmente, pelo INPC, até o efetivo pagamento,
e acrescido de juros de mora de 1% ao mês desde a data da citação.              Â
CONDENAR a parte requerida a devolver os valores pagos pela parte autora, a tÃ-tulo de taxa
condominial, acrescidos de juros moratórios de 1% ao mês a partir do trânsito em julgado desta
sentença e correção monetária pelo Ã-ndice do INPC a contar do desembolso de cada parcela paga,
até a data do efetivo pagamento, nos termos da fundamentação.               Em
razão da sucumbência recÃ-proca e por força do disposto nos artigos 82, § 2º, 85, § 14, e 86,
todos do Código de Processo Civil/2015, CONDENAR cada uma das partes ao pagamento de 50%
(cinquenta por cento) das custas e despesas processuais, bem como ao pagamento dos honorários
advocatÃ-cios da parte contrária, ora fixados em 10% sobre o valor da condenação para cada qual,
suspendendo-se, contudo, a exigibilidade para a requerente face a assistência judiciária gratuita deferida
às fls. 143, enquanto perdurar a condição de hipossuficiência, observado o disposto no art.98, §3º,
do CPC/2015. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Nos termos do artigo 46, caput, da Lei estadual n. 8.328, de
29/12/2015, fica advertida a parte responsável de que, na hipótese de, havendo custas, não efetuar o
pagamento delas no prazo legal, o respectivo crédito, além de encaminhado para inscrição em
DÃ-vida Ativa, sofrerá atualização monetária e incidência de outros encargos legais.        Â
      Fica autorizado o desentranhamento de documentos por quem os juntou, exceto a
procuração, substituindo-os por cópias que poderão ser declaradas autênticas pelo patrono nos
termos do artigo 425, IV do CPC/2015, devendo o cartório certificar o ato de desentranhamento;    Â
          Certificado o trânsito em julgado, havendo custas pendentes, intime-se o
responsável para o recolhimento, sob pena de inscrição na dÃ-vida ativa. Inerte, inscreva-se.     Â
         Após, cumpridas as cautelas legais, arquivar os presentes autos e dar baixa na
distribuição.               P.R.I.C. Belém/PA, 04/10/2021. Roberto Andrés Itzcovich
Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital 301 PROCESSO:
01201107520168140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o: Cumprimento de sentença em: 06/12/2021 AUTOR:VALDEMIR
MENDES DINIZ Representante(s): OAB 14264 - DENIS JORGE MODESTO SAUL (ADVOGADO) OAB
19079 - CAMILA SEABRA DE OLIVEIRA (ADVOGADO) REU:INSS INSTITUTO NACIONAL DE
SEGURIDADE SOCIAL. Quanto à pretensão de percepção dos honorários contratuais, a
jurisprudência do Superior Tribunal Justiça consagra entendimento segundo o qual, conforme previsão
do art. 22, § 4º, do EOAB, Lei nº 8.906/94, a reserva dos honorários contratuais em favor dos
patronos é permitida mediante a juntada do contrato de prestação de serviços profissionais, antes
da expedição do mandado de levantamento ou precatório, desde que não haja litÃ-gio entre o
outorgante e o advogado. (AgInt no AREsp 873.920/RS, Rel. Ministro MARCO BUZZI, QUARTA TURMA,
julgado em 05/06/2018, DJe 12/06/2018). Desse modo, antes de decidir acerca do pedido de reserva de
honorários contratuais da quantia a ser recebida pelo requerente, cabe oportunizar a manifestação da
parte. Destarte, INTIME-SE, pessoalmente, a parte requerente para manifestar-se, no prazo de 15 (quinze)
dias úteis, acerca do pedido de reserva de honorários contratuais, ficando desde já advertida de que a
ausência de manifestação será considerada como anuência ao pedido. Esgotado o prazo supra
referido, com ou sem manifestação, o que deverá ser devidamente certificado, voltem-me conclusos.
P. R. I. C. Belém/PA, 20/09/2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e
Empresarial da Capital 302 PROCESSO: 01281097920168140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o: Monitória
em: 06/12/2021 REQUERENTE:PAULO SERGIO RODRIGUES DE MORAES Representante(s): OAB
1817 - PAULO SERGIO RODRIGUES DE MORAES (ADVOGADO) REQUERIDO:ALFREDO VIEIRA
BARROS. PROCESSO: 0128109-79.2016.814.0301 REQUERENTE: PAULO SERGIO RODRIGUES DE
MORAES REQUERIDO: ALFREDO VIEIRA BARROS SENTENÃA RELATÃRIO Â Â Â Â Â Cuida-se de
AÃÃO MONITÃRIA movida por PAULO SERGIO RODRIGUES DE MORAES em face de ALFREDO
VIEIRA BARROS.      Afirma a parte demandante que é credora da requerida em quantia
correspondente a R$ 3.840,00 (três mil, oitocentos e quarenta reais), valor este representado pelo
cheque nº. AA-0000002, da conta nº. 24227-7, do Banco Itaú Unibanco S/A, agência 1580.     Â
Em sede de embargos monitórios, fls. 12/16, a parte demandada defende, em sÃ-ntese: 1) carência da
ação, alegando a iliquidez, incerteza e inexigibilidade do tÃ-tulo em que se baseia; 2) que o saldo
devedor que a embargante tinha junto a instituição financeira, fora devidamente baixado em 19 de
outubro de 2015; 3) que a parte autora não demonstrou quais os Ã-ndices foram utilizados para a
cobrança dos diversos encargos incidentes sobre o pretendido saldo devedor; 4) a invalidade da
capitalização de juros. Requer ao final a assistência judiciária gratuita.      Impugnação aos
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preposto do devedor -, como as notas fiscais acostadas à inicial, são documentos hábeis a instruir a
ação monitória, pois inexiste a exigência legal de que os documentos que embasam tal procedimento
contenham a assinatura do devedor. DERAM PROVIMENTO PARA DESCONSTITUIR A SENTENÃA.
(Apelação CÃ-vel Nº 70008534380, Décima Sétima Câmara CÃ-vel, Tribunal de Justiça do RS,
Relator: Alzir Felippe Schmitz, Julgado em 18/05/2004). Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Considera-se no
caso concreto como incontroversa a inadimplência da ré, bem como a relação causal que deu
origem ao débito, pois há incidência da súmula 531 do STJ na espécie, que assim dispõe: Em
ação monitória fundada em cheque prescrito ajuizada contra o emitente, é dispensável a
menção ao negócio jurÃ-dico subjacente à emissão da cártula.               Assim,
havendo prova escrita suficiente para a instrução da ação que objetiva o pagamento de soma em
dinheiro, como no caso noticiado, há cabimento, sim, de ação monitória.             Â
 Ademais, verifica-se no caso que os embargos monitórios são extremamente genéricos, não
contraditando a situação fática concretamente ou de maneira especÃ-fica, e nem muito argui tese
capaz de inviabilizar o direito do demandante em receber o seu crédito.              Â
Neste sentido, REJEITO, prima facie, a preliminar de carência de ação, tendo em vista que o cheque
que fundamenta a causa é provido de certeza, liquidez e exigibilidade.              Â
Pontue-se que, alinhado ao REsp: 1556834 SP 2015/0239877-3, os juros moratórios pelo
inadimplemento são cabÃ-veis, e devem ser pagos na razão de 1% ao mês, a contar da primeira
apresentação à instituição financeira sacada ou câmara de compensação, conforme norma de
regência da matéria, bem como há incidência de correção monetária pelo INPC a partir da data
de emissão estampada na cártula. Anele-se ainda que os juros de mora incidem a partir da citação
nos casos em que a cártula não houver sido apresentada para compensação perante a instituição
financeira.               Frise-se que, a despeito da ré argumentar que o saldo devedor
que a embargante tinha, junto a instituição financeira, fora devidamente baixado em 19 de outubro de
2015, não junta nenhum documento para provar o alegado, obrigação que era de sua
responsabilidade, de acordo com a norma de regência que estipula a distribuição do ônus da prova.
              Diante do acervo probatório constante nos autos, verifico a consistência do
crédito em favor da parte demandante, e existindo valores a serem pagos por força do cheque (Art.
374, III, do NCPC e Súmula 531 do STJ), incumbia a parte requerida o ônus de provar a existência de
fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito da requerente, o que não logrou êxito (art. 373, II, do
CPC).               Acrescente-se ainda, ao presente julgado, a seguinte jurisprudência,
pois embasa a cominação do dispositivo: RECURSO ESPECIAL REPRESENTATIVO DE
CONTROVÃRSIA. CHEQUE. INEXISTÃNCIA DE QUITAÃÃO REGULAR DO DÃBITO REPRESENTADO
PELA CÃRTULA. TESE DE QUE OS JUROS DE MORA DEVEM FLUIR A CONTAR DA CITAÃÃO, POR
SE TRATAR DE AÃÃO MONITÃRIA. DESCABIMENTO. CORREÃÃO MONETÃRIA E JUROS
MORATÃRIOS. TEMAS DE DIREITO MATERIAL, DISCIPLINADOS PELO ART. 52, INCISOS, DA LEI N.
7.357/1985. 1. A tese a ser firmada, para efeito do art. 1.036 do CPC/2015 (art. 543-C do CPC/1973), é a
seguinte: "Em qualquer ação utilizada pelo portador para cobrança de cheque, a correção
monetária incide a partir da data de emissão estampada na cártula, e os juros de mora a contar da
primeira apresentação à instituição financeira sacada ou câmara de compensação". 2. No caso
concreto, recurso especial não provido. (STJ - REsp: 1556834 SP 2015/0239877-3, Relator: Ministro
LUIS FELIPE SALOMÃO, Data de Julgamento: 22/06/2016, S2 - SEGUNDA SEÃÃO, Data de
Publicação: DJe 10/08/2016). EMENTA: APELAÃÃO CÃVEL - AÃÃO MONITÃRIA - CHEQUE
PRESCRITO - TERMO INICIAL DOS JUROS DE MORA - A PARTIR DA DATA DA PRIMEIRA
APRESENTAÃÃO Ã INSTITUIÃÃO FINANCEIRA SACADA - EXCEÃÃO - CÃRTULA NÃO
APRESENTADA - JUROS DE MORA A PARTIR DA CITAÃÃO. 1. Os juros de mora incidem a partir da
citação nos casos em que a cártula não houver sido apresentada para compensação perante a
instituição financeira. (TJ-MG - AC: 10625150061921001 MG, Relator: José Américo Martins da
Costa, Data de Julgamento: 31/10/2019, Data de Publicação: 08/11/2019). EMENTA: APELAÃÃO
CÃVEL - AÃÃO MONITÃRIA - CHEQUE - JUROS MORATÃRIOS - INCIDÃNCIA DO ART. 406 DO
CÃDIGO CIVIL E 161, § 1º DO CTN - JUROS à TAXA DE 1% AO MÃS. Os juros moratórios devem
ser aplicados à taxa de 1% ao mês, em respeito ao artigo 406, do Código Civil, que remete ao
pagamento dos juros pela taxa prevista legalmente para a mora dos impostos devidos à Fazenda
Pública, prevista no artigo 161, § 1º, do Código Tributário Nacional. (TJ-MG - AC:
10000191512946001 MG, Relator: Mônica Libânio, Data de Julgamento: 18/02/0020, Data de
Publicação: 20/02/2020). MONITÃRIA - CHEQUE - CERCEAMENTO DE DEFESA E INÃPCIA DA
INICIAL - PRELIMINARES REJEITADAS - CORREÃÃO MONETÃRIA - INCIDÃNCIA A PARTIR DA
EMISSÃO DO TÃTULO - ÃNDICE INPC - RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO. O juiz na condição
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de dirigente do processo, é o destinatário da atividade probatória das partes, a qual tem por finalidade
a formação da sua convicção acerca dos fatos sob controvérsia, podendo dispensar a
produção das provas que achar desnecessária à solução do feito, conforme lhe é facultado pela
lei processual civil, sem que isso configure supressão do direito de defesa. O cheque constitui
documento hábil e suficiente para embasar o procedimento monitório. Conforme orientação do STJ, a
correção monetária incide a partir da data de emissão estampada na cártula. Na espécie deve-se
aplicar o Ã-ndice de INPC por representar melhor a perda do poder de compra da moeda. (Ap
154058/2016, DES. CARLOS ALBERTO ALVES DA ROCHA, QUINTA CÃMARA CÃVEL, Julgado em
08/02/2017, Publicado no DJE 16/02/2017). (TJ-MT - APL: 00021074320108110015 154058/2016, Relator:
DES. CARLOS ALBERTO ALVES DA ROCHA, Data de Julgamento: 08/02/2017, QUINTA CÃMARA
CÃVEL, Data de Publicação: 16/02/2017). DISPOSITIVO               Ante todo o
exposto, rejeito os embargos apresentados pela ré e JULGO PROCEDENTE o pedido inicial e, com
amparo no artigo 701, § 8º, do Código de Processo Civil, constituo de pleno direito o tÃ-tulo judicial,
convertendo o mandado monitório em executivo, cuja tramitação obedecerá ao disposto no TÃ-tulo II
do Livro I da Parte Especial, no que for cabÃ-vel. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â INDEFIRO o pedido de
gratuidade da justiça requerido pela parte ré, nos termos da fundamentação.           Â
   CONDENO a parte ré a efetuar o pagamento do débito principal, qual seja, R$ 3.840,00 (três
mil, oitocentos e quarenta reais), nos termos da fundamentação, acrescido de juros moratórios de 1%
(um por cento) ao mês a contar da primeira apresentação à instituição financeira sacada ou
câmara de compensação, ou, somente se não houver ocorrido a referida apresentação, a partir
da citação, e correção monetária pelo INPC a partir da data de emissão estampada na cártula. Â
             CONDENO ainda a parte Ré ao pagamento das custas processuais e
honorários advocatÃ-cios, estes fixados em 10% (dez por cento) sobre o valor da condenação, o que
faço com base no artigo 85, § 2º, do Código de Processo Civil.               Após,
prossiga-se como execução de tÃ-tulo judicial, por quantia certa contra devedor solvente. Para tanto,
INTIME-SE a exequente para apresentação de memorial de cálculo atualizado e conforme os ditames
da presente sentença. Em sequência, intime-se a parte executada para, nos termos do art. 523, do
CPC, efetuar, no prazo de quinze dias, o pagamento do montante atualizado com juros e correção
monetária, advertindo-lhe que, caso não o efetue, será o valor acrescido de multa no percentual de
10% (dez por cento).               Consequentemente, extingo o processo com
resolução de mérito conforme o disposto no artigo 487, inciso I, do Código de Processo Civil.   Â
           P. R. I. C.               Belém/PA, 02/09/2021. Roberto Andrés
Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital 301 PROCESSO:
01357202020158140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o: Procedimento Comum Cível em: 06/12/2021 AUTOR:LHOREM
FERNANDES ALBUQUERQUE AUTOR:DANIEL AUGUSTO NUNES DA CRUZ Representante(s): OAB
18939 - ALEXANDRE PEREIRA BONNA (ADVOGADO) REU:META EMPREENDIMENTOS
IMOBILIARIOS LTDA Representante(s): OAB 8008 - GEORGES CHEDID ABDULMASSIH JUNIOR
(ADVOGADO) REU:PROMOTORA DE VENDAS CKOM ENGENHARIA LTDA Representante(s): OAB
13300 - VANESSA NERIS BRASIL MONTEIRO (ADVOGADO) . DESPACHO Intime-se a parte requerida
para manifestar-se acerca da petição de fl. 142, no prazo de 15 (quinze) dias, requerendo o que
entender de direito. Após, conclusos. Belém/PA, 18/11/2021. ROBERTO ANDRES ITZCOVICH Juiz de
Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial de Belém 303 PROCESSO: 01511239220168140301
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES
ITZCOVICH A??o: Procedimento Comum Cível em: 06/12/2021 AUTOR:HELENILDA GESANA LIMA
ARAUJO Representante(s): OAB -- - DEFENSORIA PUBLICA (DEFENSOR) REU:VIVER VENDAS LTDA
Representante(s): OAB 108112 - FERNANDO MOREIRA DRUMMOND TEIXEIRA (ADVOGADO) OAB
20364 - ELOISA QUEIROZ ARAUJO (ADVOGADO) . DESPACHO Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Intime-se
a parte autora para manifestar-se acerca das petições de fls. 142/143, 152/156, 174/179, 183/185 e
191/193, no prazo de 15 (quinze) dias, requerendo o que entender de direito. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â
Caso contrário, ficando o processo parado por mais 30 dias, intime-se a parte autora PESSOALMENTE,
para em 5 dias, informar se possui interesse no prosseguimento no feito, requerendo o que entende
cabÃ-vel a regular tramitação do processo, SOB PENA DE SUA EXTINÃÃO SEM JULGAMENTO DE
MÃRITO, nos termos do art. 274, parágrafo único, c/c o art. 485, III e §1º, todos do Novo Código de
Processo Civil, e, por conseguinte, arquivamento dos autos.          Após, conclusos.
Belém/PA, 24/08/2021. ROBERTO ANDRES ITZCOVICH Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e
Empresarial de Belém 303 PROCESSO: 02023164920168140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o: Execução
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gratuidade processual à autora, bem como fora invertido ônus da prova.       A parte requerida
APEU MOTOS, PEÃAS E SERVIÃOS LTDA foi devidamente citada, mas não contestou o feito, conforme
certidão de fl. 49 e AR de fl. 39.      A parte requerida BANCO BV FINANCEIRA apresentou
contestação, fls. 57/70, arguindo, dentre outras defesas, a sua ilegitimidade passiva, bem como a
prescrição da matéria.      Junta documentos.      A parte requerida BANCO
PANAMERICANO apresentou contestação, fls. 105/109, arguindo, dentre outras defesas, a
impossibilidade da concessão de justiça gratuita a parte autora, o exercÃ-cio regular do direito e a
ausência de responsabilidade.      Réplica às fls. 121/129.      Os autos vieram-me
conclusos. JULGAMENTO ANTECIPADO Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â No caso sub examine,
desnecessária a ampliação probatória, posto que o feito já contém elementos suficientes para
apreciação e julgamento e, ainda, em atenção ao princÃ-pio da livre convicção, antecipo o
julgamento do mérito, na forma do art. 355, I, do CPC/2015, o qual estabelece a conveniência do
julgamento antecipado do pedido, quando não houver necessidade de outras provas.         Â
     Nesse sentido, há tempos a jurisprudência dos tribunais superiores aponta que ¿Presentes
as condições que ensejam o julgamento antecipado da causa, é dever do juiz e não mera faculdade,
assim o proceder¿. DA IMPUGNAÃÃO à JUSTIÃA GRATUITA               No caso
dos autos, o impugnante não se desincumbiu de afastar a presunção de hiposuficiência, ônus que
lhe competia exclusivamente, nada provando de concreto a afastar de modo contundente a gratuidade
concedida inicialmente pelo JuÃ-zo. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Sobre o assunto, transcrevo recentes
decisões do E. Superior Tribunal de Justiça: PROCESSUAL CIVIL. AÃÃO MONITÃRIA. COBRANÃA
DE HONORÃRIOS CONTRATUAIS. CONTRATANTE QUE LITIGARA SOB A PROTEÃÃO DA JUSTIÃA
GRATUITA. IRRELEVÃNCIA. VERBA QUE NÃO Ã ALCANÃADA PELOS BENEFÃCIOS CONCEDIDOS
PELA LEI Nº 1.060/50. 1. "Nada impede a parte de obter os benefÃ-cios da assistência judiciária e ser
representada por advogado particular que indique, hipótese em que, havendo a celebração de
contrato com previsão de pagamento de honorários ad exitum, estes serão devidos,
independentemente da sua situação econômica ser modificada pelo resultado final da ação, não
se aplicando a isenção prevista no art. 3º, V, da Lei nº 1.060/50, presumindo-se que a esta
renunciou" (REsp 1.153.163/RS, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em
26.06.2012, DJe 02.08.2012). 2. Entendimento contrário tem a virtualidade de fazer com que a decisão
que concede a gratuidade de justiça apanhe ato extraprocessual e pretérito, qual seja o próprio
contrato celebrado entre o advogado e o cliente, interpretação que vulnera a cláusula de sobredireito
da intangibilidade do ato jurÃ-dico perfeito (CF/88, art. 5º, inciso XXXVI; LINDB, art. 6º). 3. Ademais,
estender os benefÃ-cios da justiça gratuita aos honorários contratuais, retirando do causÃ-dico a
merecida remuneração pelo serviço prestado, não viabiliza, absolutamente, maior acesso do
hipossuficiente ao Judiciário. Antes, dificuta-o, pois não haverá advogado que aceitará patrocinar os
interesses de necessitados para ser remunerado posteriormente com amparo em cláusula contratual ad
exitum, circunstância que, a um só tempo, também fomentará a procura pelas Defensorias Públicas,
com inegável prejuÃ-zo à coletividade de pessoas - igualmente necessitadas - que delas precisam. 4.
Recurso especial provido. (STJ-0405029) Recurso Especial nº 1065782/RS (2008/0127852-4), 4ª
Turma do STJ, Rel. Luis Felipe Salomão. j. 07.03.2013, unânime, DJe 22.03.2013). PROCESSUAL
CIVIL. JUSTIÃA GRATUITA. DECLARAÃÃO DE POBREZA. PRESUNÃÃO RELATIVA. EXIGÃNCIA DE
COMPROVAÃÃO. ADMISSIBILIDADE. 1. A declaração de pobreza, com o intuito de obter os
benefÃ-cios da Assistência Judiciária Gratuita, goza de presunção relativa, admitindo, portanto, prova
em contrário. 2. Para o deferimento da gratuidade de justiça, não pode o juiz se balizar apenas na
remuneração auferida, no patrimônio imobiliário, na contratação de advogado particular pelo
requerente (gratuidade de justiça difere de assistência judiciária), ou seja, apenas nas suas receitas.
ImprescindÃ-vel fazer o cotejo das condições econômico-financeiras com as despesas correntes
utilizadas para preservar o sustento próprio e o da famÃ-lia. 3. Dessa forma, o magistrado, ao analisar o
pedido de gratuidade, nos termos do art. 5º da Lei 1.060/1950, perquirirá sobre as reais condições
econômico-financeiras do requerente, podendo solicitar que comprove nos autos que não pode arcar
com as despesas processuais e com os honorários de sucumbência. Precedentes do STJ. 4. Agravo
Regimental não provido. (STJ-0378859)AgRg no Agravo em Recurso Especial nº 257029/RS
(2012/0242654-4), 2ª Turma do STJ, Rel. Herman Benjamin. j. 05.02.2013, unânime, DJe 15.02.2013).
              Conforme apontado pelas ementas acima transcritas, para o deferimento da
justiça gratuita é necessário fazer o cotejo das condições econômicas do requerente com as
despesas que tem para o seu próprio sustento e/ou de sua famÃ-lia, daÃ- demonstrando-se a
impossibilidade da parte arcar também com as custas e despesas de um processo judicial.      Â
        Ressalta-se, ainda, que o Diploma Processual não estabelece patamar pecuniário para
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se aferir a pobreza, e, se assim não o faz, é porque esta questão é de caráter subjetivo, pois varia
de pessoa para pessoa, considerando-se as peculiaridades de cada caso, a exemplo dos encargos e do
grau de dificuldades que a vida impõe a cada indivÃ-duo.               Ademais, a
assistência judiciária não se restringe aos miseráveis, mas sim aqueles que não podem suportar os
custos de uma demanda, sem sacrificar a subsistência da famÃ-lia. Isso é o que vem expresso.    Â
          Assim, não havendo suficiente e robusta comprovação de que a requerente
possui, com efeito, padrão de vida que lhe permitiria arcar com as custas processuais, sem prejuÃ-zo de
seu sustento e/ou de sua famÃ-lia, é forçoso convir pela insubsistência do pedido de revogação da
gratuidade.               Diante do exposto, REJEITO a impugnação e mantenho
beneficio da gratuidade da justiça deferido ao impugnado. DA SUPOSTA PRESCRIÃÃO        Â
       Rejeito, prima facie, a preliminar arguida, por ser desprovida de qualquer
fundamentação.                O presente processo, protocolado em 27/06/2016,
cuida de alegação de contrato fraudulento, que teria sido cometido em nome da parte autora, tendo a
mesma assinalado que tomou ciência do negócio em MARÃO/2016. Nesses casos, a prescrição, por
óbvio, começa a correr da ciência da fraude, uma vez que não é possÃ-vel impugnar o contrato sem
saber de sua existência.          Neste norte, a parte requerida não provou, de nenhuma
forma, que a parte autora tinha conhecimento do pactuado, e, cabendo ao mérito da causa a análise de
ocorrência ou de inocorrência da fraude, não há que se falar em reconhecimento de prescrição. A
jurisprudência é pacifica nesse sentido: E M E N T A - APELAÃÃO CÃVEL - DECLARATÃRIA DE
INEXISTÃNCIA DE DÃBITO - EMPRÃSTIMO CONSIGNADO - DÃBITO DECORRENTE DE SUPOSTA
FRAUDE PERPETRADA POR TERCEIROS - PRESCRIÃÃO AFASTADA - CONTAGEM A PARTIR DO
CONHECIMENTO DO DANO - RECURSO CONHECIDO E PROVIDO - SENTENÃA ANULADA. O termo
"a quo" para contagem da prescrição é o do conhecimento do dano e de sua autoria pela vÃ-tima.
Recurso conhecido e provido. Sentença anulada. (TJ-MS - AC: 08010683720178120004 MS 0801068-
37.2017.8.12.0004, Relator: Des. Marcelo Câmara Rasslan, Data de Julgamento: 18/11/2018, 1ª
Câmara CÃ-vel, Data de Publicação: 19/11/2018). DA SUPOSTA ILEGITIMIDADE PASSIVA DA
INSTITUIÃÃO FINANCEIRA Â Â Â Â Â Â Â Â Â Rejeito, prima facie, a preliminar arguida, por ser
desprovida de qualquer fundamentação.          Pela obviedade da matéria, colaciono a
jurisprudência pátria que é pacÃ-fica, cristalina e didática: CIVIL E PROCESSO CIVIL. COMPRA E
VENDA DE VEÃCULO MEDIANTE FINANCIAMENTO. FRAUDE NOS CONTRATOS. ALEGAÃÃO DE
PREJUÃZO PELO PARTICULAR. LEGITIMIDADE PASSIVA AD CAUSAM DA EMPRESA
INTERMEDIADORA E DA INSTITUIÃÃO FINANCEIRA. 1. Constatando-se fraude nos contratos de
compra e venda e de financiamento de veÃ-culo, cuja negociação fora intermediada por empresa
comercializadora de automóvel e instituição bancária, devem elas figurar no polo passivo da
demanda em que o autor, proprietário do veÃ-culo objeto do suposto ajuste, alega prejuÃ-zo. 2. à luz da
Teoria da Asserção, a qual tem ampla aplicabilidade no nosso sistema processual civil, as condições
da ação, tal como a legitimidade passiva ad causam, devem ser aferidas consoante o alegado pelo
autor na petição inicial, sem avançar em profundidade em sua análise, sob pena de garantir o direito
de ação apenas a quem possuir o direito material. 3. Recurso provido. Sentença cassada. (TJ-DF -
APC: 20150110580593, Relator: CRUZ MACEDO, Data de Julgamento: 09/03/2016, 4ª Turma CÃ-vel,
Data de Publicação: Publicado no DJE : 30/03/2016 . Pág.: 309). DO MÃRITO      Â
Inicialmente, é importante frisar um ponto incontroverso no caso concreto, qual seja, a utilização da
documentação original da parte autora para a realização do negócio. Entretanto, esse fato, por si
só, não conduz a improcedência da ação, pois, por óbvio, por se tratar de alegação de fraude,
espera-se uma conduta ardilosa do fraudador para conseguir enganar as empresas requeridas, devendo
os demais elementos de prova serem analisados em conjunto.       Neste diapasão, uma série
de ocorrências dão conta que, de fato, o negócio foi realizado por terceiro não identificado, e não
pela autora, senão vejamos: 1.     Os contratos foram pactuados com apenas alguns dias de
diferença, sendo um em 22/08/2011 e outro em 30/08/2011, o que evidencia que a fraudadora agiu
rapidamente antes de existir quaisquer inadimplências no nome da autora, inclusive captando o
financiamento com uma terceira empresa; 2.     Ao tomar conhecimento da dÃ-vida, a parte autora
foi diligente e registrou B.O., fl. 22; 3.     Mesmo ciente de eventual fraude, as empresas
continuaram a realizar as cobranças, sem realizar atos que pudessem apurar a fraude, transferindo a
responsabilidade para a autora; 4.     Isto porque, é notório que as assinaturas lançadas nos
contratos de fls. 84/96 e 110/117, apesar de possuÃ-rem boa grafia e estarem escritas com a mesma
quantidade de letras, não podem, de nenhuma forma, ser consideradas idênticas ou escritas pela
mesma pessoa, em razão de possuÃ-rem inúmeras diferenças com a assinatura do documento de
identidade original, conforme fls. 20, 97 e 116; 5.     Não bastasse isso, através da
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anexação de sua carteira de trabalho, fls. 31/32, a parte autora comprovou que nunca trabalhara na
empresa COMERCIAL ALENORTE, conforme contracheque entregue pela fraudadora, fl. 100, com
referência a julho/2011, o que evidencia que referido documento foi fraudado, até mesmo porque,
verifica-se que a assinatura aposta a fl. 100 parece ter sido LITERALMENTE copiada e colada diretamente
de sua identidade, fl. 20, pois as assinaturas não são somente próximas uma da outra, mas
exatamente idênticas, o que sem dúvidas é mais uma prova da fraude, tendo em vista que por meio de
escaneamento e procedimentos assemelhados não é difÃ-cil a transferência da aposição de uma
assinatura de um lugar para o outro; 6.     Realce-se que desde o inÃ-cio, na exordial, a parte autora
ratificou que nunca morara no endereço dado para a realização da fraude, e, tendo ocorrido a
inversão do ônus da prova, cabia a parte requerida a comprovação de que a autora ali residia, não
lhe sendo proveitosa a alegação vaga de que `é extremamente diligente no ato da conferencia da
identidade e idoneidade de seus clientes para a aprovação do cadastro¿, fl. 107, uma vez que a
empresa não só sofreu o golpe, como perseguiu indevidamente o crédito [ainda que culposamente] de
quem não deu causa ao prejuÃ-zo; 7.     A despeito de todas essas constatações, a que mais
chancela a ocorrência da fraude é a falta de comprovação do pagamento das parcelas de quaisquer
dos financiamentos. Isto porque, caso a autora estivesse pagando por um perÃ-odo o débito, e,
repentinamente, interrompesse os pagamentos, restaria caracterizado, no mÃ-nimo, que a mesma sabia ou
tinha como saber do contrato realizado em seu nome. No entanto, a parte requerida não comprovou o
pagamento de nenhuma das parcelas do parcelamento, o que confirma não somente o defeito no
negócio, mas também que as empresas estavam dispostas a cobrar de quem nada teve a ver com a
fraude, na ânsia de não assumirem o prejuÃ-zo; 8.     Neste seguimento, constata-se que as
empresas requeridas poderiam ter interrompido a cobrança, pois a fraude no caso concreto poderia ser
detectada pelo homem médio, se não no ato de sua realização, mas após o alerta realizado pela
parte autora, juntamente com toda a comprovação que é bastante robusta e fundamentou a presente
ação.      Destarte, inexistindo nos autos elementos probatórios que demonstrem a legitimidade
do débito questionado na inicial, e tendo a parte autora comprovado a fraude ocorrida no negócio
estabelecido entre as empresas requeridas e o fraudador, torna-se procedente o pedido de inexistência
dos respectivos débitos em nome da parte requerente.      Quanto ao pedido de danos morais,
segundo a melhor doutrina sobre responsabilidade civil, para que surja o direito a indenização é
necessário que haja uma conduta, um dano e nexo de causalidade entre eles. Senão vejamos: A
conduta, pode ser positiva ou negativa (ação ou omissão) e tem por núcleo a voluntariedade, que
advém da liberdade de escolha do agente, com discernimento necessário para ter consciência daquilo
que faz. E nesse sentido, seria inadmissÃ-vel imputar ao agente a prática de um ato involuntário.    Â
 Insta consignar, porém, que a voluntariedade da conduta humana não traduz necessariamente a
intenção de causar o dano, mas a consciência daquilo que se faz, o conhecimento dos atos materiais
que se está praticando.      No que se refere ao dano ou prejuÃ-zo, este traduz uma lesão a um
interesse jurÃ-dico material ou moral. A ocorrência deste elemento é requisito indispensável para a
configuração da responsabilidade, pois não há responsabilidade sem dano.      Nesse sentido
é a lição de Sérgio Cavalieri Filho, citado pelo doutrinador Pablo Stolze Gagliano, em sua obra
"Novo Curso de Responsabilidade Civil": "O dano é, sem dúvida, o grande vilão da responsabilidade
civil. Não haveria que se falar em indenização, nem em ressarcimento, se não houvesse o dano.
Pode haver responsabilidade sem culpa, mas não pode haver responsabilidade sem dano.(in" Novo
Curso de Responsabilidade Civil ", São Paulo: Saraiva, 2005, p. 40).      Já o nexo de
causalidade, representa o liame que une a conduta do agente ao dano, sendo que somente se
responsabilizará alguém cujo comportamento positivo ou negativo tenha dado causa ao prejuÃ-zo, pois
sem a relação de causalidade não existe a obrigação de indenizar.      O dano moral viola
direitos não patrimoniais, como a honra, a imagem, a privacidade, a autoestima, o nome, a integridade
psÃ-quica, dentre outros, consistindo em ofensa aos princÃ-pios éticos e morais que norteiam nossa
sociedade. O dano moral, ao contrário do dano material, não reclama prova especÃ-fica do prejuÃ-zo
objetivo, vez que este decorre do próprio fato. Ocorrendo o fato, ao Juiz é dada a verificação se
aquela ação vilipendiou alguns dos direitos de personalidade do indivÃ-duo, ou, se trata de mero
dissabor do cotidiano.      Por todo o conjunto probatório dos autos, resta demonstrada não só a
cobrança de valor que não foi contratado pela parte autora, mas que as partes requeridas poderiam
facilmente ter detectado a fraude, após a denúncia feita pela consumidora, todavia, optou por continuar
a perseguir o crédito de quem não deu causa ao prejuÃ-zo, mesmo após ajuizamento de ação
judicial, assumindo comportamento temerário e abusivo. No caso concreto, a responsabilidade das
empresas é solidária e objetiva. Neste sentido: APELAÃÃO CÃVEL. DIREITO DO CONSUMIDOR.
COBRANÃA INDEVIDA. INEXISTÃNCIA DE RELAÃÃO JURÃDICA ENTRE AS PARTES. FRAUDE.
501
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provido. (AgRg no AREsp 289.660/RN, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, QUARTA TURMA, julgado
em 04/06/2013, DJe 19/06/2013) PROCESSO CIVIL - AÃÃO MONITÃRIA - COBRANÃA PELO
FORNECIMENTO DE MERCADORIA - FATURA: DOCUMENTO HÃBIL - APLICAÃÃO DO ART. 515, §
3º, DO CPC: POSSIBILIDADE. (...) 2. Doutrina e jurisprudência, inclusive do STJ, têm entendido que
é tÃ-tulo hábil para cobrança, documento escrito que prove, de forma razoável, a obrigação,
podendo, a depender do caso, ter sido produzido unilateralmente pelo credor. 3. à perfeitamente viável
instruir ação monitória ajuizada por concessionária de energia elétrica com cópia de faturas para
cobrança por serviços prestados, sendo desnecessária, na hipótese, a assinatura do devedor. 4.
Recurso especial não provido. (REsp 894.767/SE, Rel. Ministra ELIANA CALMON, SEGUNDA TURMA,
julgado em 19/08/2008, DJe 24/09/2008). APELAÃÃO CÃVEL. AÃÃO MONITÃRIA. NOTA PROMISSÃRIA
IRREGULAR E DOCUMENTOS SEM A ASSINATURA DO DEVEDOR. INTERESSE PROCESSUAL.
INTELIGÃNCIA DO ARTIGO 1102A DO CPC. Tanto a nota promissória irregular - assinada por simples
preposto do devedor -, como as notas fiscais acostadas à inicial, são documentos hábeis a instruir a
ação monitória, pois inexiste a exigência legal de que os documentos que embasam tal procedimento
contenham a assinatura do devedor. DERAM PROVIMENTO PARA DESCONSTITUIR A SENTENÃA.
(Apelação CÃ-vel Nº 70008534380, Décima Sétima Câmara CÃ-vel, Tribunal de Justiça do RS,
Relator: Alzir Felippe Schmitz, Julgado em 18/05/2004). Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Considera-se no
caso concreto como incontroversa a inadimplência da ré, bem como a relação causal que deu
origem ao débito, pois há incidência da súmula 531 do STJ na espécie, que assim dispõe: Em
ação monitória fundada em cheque prescrito ajuizada contra o emitente, é dispensável a
menção ao negócio jurÃ-dico subjacente à emissão da cártula.               Assim,
havendo prova escrita suficiente para a instrução da ação que objetiva o pagamento de soma em
dinheiro, como no caso noticiado, há cabimento, sim, de ação monitória.             Â
 Ademais, verifica-se no caso que os embargos monitórios são extremamente omissos, não
contraditando a situação fática concretamente, e nem muito argui tese capaz de inviabilizar o direito do
demandante em receber o seu crédito.               Neste sentido, REJEITO, prima
facie, a preliminar de carência de ação, tendo em vista que o cheque que fundamenta a causa é
provido de certeza, liquidez e exigibilidade e não foi adimplido pela demandada.            Â
  Frise-se que, a despeito da ré argumentar que pagara o débito insculpido no cheque de fl. 19, a
parte demandante COMPROVOU que, na verdade, o TED mencionado em sede de embargos monitórios,
serviu para pagar OUTRO CHEQUE. à que a ré era devedora de três cheques, conforme documentos
de fls. 40, 41,45, 46 e 47, possuindo os tÃ-tulos de crédito o mesmo valor, qual seja, R$ 33.377,68 (trinte
e três mil, trezentos e setenta e sete reais e sessenta e oito centavos).              Â
Neste norte, o pagamento de fl. 37, datado de 11/06/2015, na verdade se refere ao cheque de nº. 445,
pré-datado para o dia 26/05/2015, fl. 46, enquanto o débito perseguido nos autos corresponde ao
cheque de nº. 446, pré-datado somente para 25/06/2015, ou seja, somente para semanas após a
realização do pagamento do cheque de nº. 445. Realce-se ainda, como provas, os e-mails anexados
às fls. 47/56.               Assim, verifica-se omissão da parte demandada, que deixou
de informar ao juÃ-zo a existência de três cheques de mesmo valor. Por conseguinte, apesar de arguir
em defesa o pagamento do débito aqui cobrado, não junta documento apto a provar sua tese,
obrigação que era de sua responsabilidade, de acordo com a norma de regência que estipula a
distribuição do ônus da prova. Em contrapartida, a parte demandante COMPROVOU que a dÃ-vida
existe e que não foi paga.               Diante do acervo probatório constante nos
autos, verifico a consistência do crédito em favor da parte demandante, e existindo valores a serem
pagos por força do cheque (Art. 374, III, do NCPC e Súmula 531 do STJ), incumbia a parte requerida o
ônus de provar a existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito da requerente, o que
não logrou êxito (art. 373, II, do CPC).               Acrescente-se ainda, ao presente
julgado, a seguinte jurisprudência, pois embasa a cominação do dispositivo: RECURSO ESPECIAL
REPRESENTATIVO DE CONTROVÃRSIA. CHEQUE. INEXISTÃNCIA DE QUITAÃÃO REGULAR DO
DÃBITO REPRESENTADO PELA CÃRTULA. TESE DE QUE OS JUROS DE MORA DEVEM FLUIR A
CONTAR DA CITAÃÃO, POR SE TRATAR DE AÃÃO MONITÃRIA. DESCABIMENTO. CORREÃÃO
MONETÃRIA E JUROS MORATÃRIOS. TEMAS DE DIREITO MATERIAL, DISCIPLINADOS PELO ART.
52, INCISOS, DA LEI N. 7.357/1985. 1. A tese a ser firmada, para efeito do art. 1.036 do CPC/2015 (art.
543-C do CPC/1973), é a seguinte: "Em qualquer ação utilizada pelo portador para cobrança de
cheque, a correção monetária incide a partir da data de emissão estampada na cártula, e os juros
de mora a contar da primeira apresentação à instituição financeira sacada ou câmara de
compensação". 2. No caso concreto, recurso especial não provido. (STJ - REsp: 1556834 SP
2015/0239877-3, Relator: Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, Data de Julgamento: 22/06/2016, S2 -
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
SEGUNDA SEÃÃO, Data de Publicação: DJe 10/08/2016). EMENTA: APELAÃÃO CÃVEL - AÃÃO
MONITÃRIA - CHEQUE PRESCRITO - TERMO INICIAL DOS JUROS DE MORA - A PARTIR DA DATA
DA PRIMEIRA APRESENTAÃÃO Ã INSTITUIÃÃO FINANCEIRA SACADA - EXCEÃÃO - CÃRTULA NÃO
APRESENTADA - JUROS DE MORA A PARTIR DA CITAÃÃO. 1. Os juros de mora incidem a partir da
citação nos casos em que a cártula não houver sido apresentada para compensação perante a
instituição financeira. (TJ-MG - AC: 10625150061921001 MG, Relator: José Américo Martins da
Costa, Data de Julgamento: 31/10/2019, Data de Publicação: 08/11/2019). EMENTA: APELAÃÃO
CÃVEL - AÃÃO MONITÃRIA - CHEQUE - JUROS MORATÃRIOS - INCIDÃNCIA DO ART. 406 DO
CÃDIGO CIVIL E 161, § 1º DO CTN - JUROS à TAXA DE 1% AO MÃS. Os juros moratórios devem
ser aplicados à taxa de 1% ao mês, em respeito ao artigo 406, do Código Civil, que remete ao
pagamento dos juros pela taxa prevista legalmente para a mora dos impostos devidos à Fazenda
Pública, prevista no artigo 161, § 1º, do Código Tributário Nacional. (TJ-MG - AC:
10000191512946001 MG, Relator: Mônica Libânio, Data de Julgamento: 18/02/0020, Data de
Publicação: 20/02/2020). MONITÃRIA - CHEQUE - CERCEAMENTO DE DEFESA E INÃPCIA DA
INICIAL - PRELIMINARES REJEITADAS - CORREÃÃO MONETÃRIA - INCIDÃNCIA A PARTIR DA
EMISSÃO DO TÃTULO - ÃNDICE INPC - RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO. O juiz na condição
de dirigente do processo, é o destinatário da atividade probatória das partes, a qual tem por finalidade
a formação da sua convicção acerca dos fatos sob controvérsia, podendo dispensar a
produção das provas que achar desnecessária à solução do feito, conforme lhe é facultado pela
lei processual civil, sem que isso configure supressão do direito de defesa. O cheque constitui
documento hábil e suficiente para embasar o procedimento monitório. Conforme orientação do STJ, a
correção monetária incide a partir da data de emissão estampada na cártula. Na espécie deve-se
aplicar o Ã-ndice de INPC por representar melhor a perda do poder de compra da moeda. (Ap
154058/2016, DES. CARLOS ALBERTO ALVES DA ROCHA, QUINTA CÃMARA CÃVEL, Julgado em
08/02/2017, Publicado no DJE 16/02/2017). (TJ-MT - APL: 00021074320108110015 154058/2016, Relator:
DES. CARLOS ALBERTO ALVES DA ROCHA, Data de Julgamento: 08/02/2017, QUINTA CÃMARA
CÃVEL, Data de Publicação: 16/02/2017). DISPOSITIVO               Ante todo o
exposto, rejeito os embargos apresentados pela ré e JULGO PROCEDENTE o pedido inicial e, com
amparo no artigo 701, § 8º, do Código de Processo Civil, constituo de pleno direito o tÃ-tulo judicial,
convertendo o mandado monitório em executivo, cuja tramitação obedecerá ao disposto no TÃ-tulo II
do Livro I da Parte Especial, no que for cabÃ-vel.               CONDENO a parte ré a
efetuar o pagamento do débito principal, qual seja, R$ 33.377,68 (trinte e três mil, trezentos e setenta e
sete reais e sessenta e oito centavos), nos termos da fundamentação, acrescido de juros moratórios
de 1% (um por cento) ao mês a contar da primeira apresentação à instituição financeira sacada ou
câmara de compensação, ou, somente se não houver ocorrido a referida apresentação, a partir
da citação, e correção monetária pelo INPC a partir da data de emissão estampada na cártula. Â
             CONDENO ainda a parte Ré ao pagamento das custas processuais e
honorários advocatÃ-cios, estes fixados em 10% (dez por cento) sobre o valor da condenação, o que
faço com base no artigo 85, § 2º, do Código de Processo Civil.               Após,
prossiga-se como execução de tÃ-tulo judicial, por quantia certa contra devedor solvente. Para tanto,
INTIME-SE a exequente para apresentação de memorial de cálculo atualizado e conforme os ditames
da presente sentença. Em sequência, intime-se a parte executada para, nos termos do art. 523, do
CPC, efetuar, no prazo de quinze dias, o pagamento do montante atualizado com juros e correção
monetária, advertindo-lhe que, caso não o efetue, será o valor acrescido de multa no percentual de
10% (dez por cento).               Consequentemente, extingo o processo com
resolução de mérito conforme o disposto no artigo 487, inciso I, do Código de Processo Civil.   Â
           P. R. I. C.               Belém/PA, 02/09/2021. Roberto Andrés
Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital 301 PROCESSO:
04576958820168140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
ROBERTO ANDRES ITZCOVICH A??o: Procedimento Comum Cível em: 06/12/2021
REQUERENTE:MIZAEL PEREIRA GATINHO Representante(s): OAB 21562 - JAYANE LIBBNE SILVA
DOS SANTOS (ADVOGADO) REQUERIDO:INSS INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL.
Processo: 0457695-88.2016.814.0301 Requerente: Mizael Pereira Gatinho Requerido: Instituto Nacional
do Seguro Social - INSS SENTENÃA Â Â Â Â Â Â Â Â Â RELATÃRIO Â Â Â Â Â Â Â Â Â Trata-se de
Ação de Acidentária ajuizada por Mizael Pereira Gatinho em face do Instituto Nacional do Seguro
Social - INSS.          O(A) requerente aduz, em suma, que trabalhava como ¿mecânico de
máquinas pesadas¿ quando sofreu um acidente de trabalho no ano de 2013, ao lesionar a coluna,
passando a receber auxÃ-lio-doença acidentário, cessado em 29/02/2016.          Relata que
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ao retornar ao trabalho foi readaptado na função de ¿mecânico ajustador III¿, porém, continuou a
realizar todas a atividades que desempenhava na função anterior, de modo que, em 31/05/2016, voltou
a sentir fortes dores de coluna. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Afirma que o empregador emitiu uma nova
Comunicação de Acidente de Trabalho e o INSS concedeu-lhe um segundo auxÃ-lio-doença, com alta
programada para 31/07/2016. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Ocorre que o benefÃ-cio fora cessado sem que fosse
concedido o auxÃ-lio-acidente que lhe era devido em razão da redução da capacidade laboral ante a
consolidação das sequelas do acidente de trabalho.          Diante disso, requer a
concessão de auxÃ-lio-acidente e o pagamento das parcelas retroativas.          Ao receber a
inicial, o juiz consignou na decisão de fls. 94/95 que o procedimento a ser adotado na presente ação
seria aquele preconizado na Recomendação CNJ nº 01 de, de 15/12/2015, determinando-se, desde
logo, a realização de perÃ-cia médica no requerente e designando audiência, para, somente após a
produção da prova pericial, efetivar-se a intimação do INSS, possibilitando, assim, a
apresentação de proposta de acordo ou de resposta/defesa.          O laudo pericial foi
juntado aos autos à s fls. 98/99.          O INSS apresentou contestação à s fls. 100.   Â
      Realizada audiência, apenas a parte requerida compareceu ao ato, restando impossibilitada
a tentativa de conciliação ante a ausência do requerente.          O requerente se
manifestou às fls. 116 justificando sua ausência.          Determinou-se, às fls. 119, a
intimação do requerente para manifestar-se em réplica, todavia, conforme certidão de fls. 119, a
parte se manteve inerte. Â Â Â Â Â Â Â Â Â FUNDAMENTAÃÃO Â Â Â Â Â Â Â Â Â Inicialmente, constato
ser desnecessária a ampliação probatória, posto que o feito já contém elementos suficientes para
apreciação e julgamento, contando inclusive com exames médicos e prova pericial, que reputo
fundamentais para a formação do convencimento deste magistrado.          Ademais,
cumpre fazer algumas ponderações atinentes ao acidente de trabalho objeto da presente demanda. Â
        Nos termos do art. 19 da Lei nº 8.213/91, que dispõe sobre os Planos de BenefÃ-cios
da Previdência Social, acidente de trabalho é o que ocorre pelo exercÃ-cio do trabalho a serviço da
empresa ou pelo exercÃ-cio do trabalho dos segurados especiais, provocando lesão corporal ou
perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da
capacidade para o trabalho.          Para a caracterização de um acidente de trabalho é
necessária a existência de três elementos, quais sejam: a contingência (causa), a incapacidade
laboral do acidentado (efeito) e que esta tenha sido decorrente da prestação do serviço (nexo causal).
         Ademais, conforme preconizam os artigos 20 e 21, da Lei n. 8.213/91, são também
qualificados como acidente do trabalho: (i) a doença profissional, produzida ou desencadeada pelo
exercÃ-cio de esforços/movimentos/ações peculiares a determinada atividade; (ii) a doença do
trabalho, adquirida ou desencadeada em função de condições especiais em que o labor é
realizado, guardando aquela (a moléstia) relação direta com estas (as situações laborais); e,
finalmente, (iii) o acidente de trajeto, identificado como aquele que ocorre no percurso da residência do
segurado para o local de trabalho ou vice-versa, sendo que, neste caso, leva-se em consideração a
distância e o tempo de deslocamento, que devem ser compatÃ-veis com o percurso do mencionado
itinerário.          A doutrinadora KERLLY HUBACK BRAGANÃA assevera ainda que é
possÃ-vel que tenha havido acidente e lesão, porém, que sem reflexo no labor, o que não caracteriza
acidente de trabalho (BRAGANÃA, Kerlly Huback. Direito Previdenciário. 6ª ed. Rio de janeiro: Editora
Lumem Juris, 2009. p. 142).          Nessa esteira, os acidentes que não decorrerem da
prestação do serviço, como o doméstico e o do lazer, embora possam acarretar a morte, perda ou
redução da capacidade de trabalho, não se qualificam como acidentes de trabalho, sendo chamados
de acidentes comuns. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Portanto, resta esclarecer que os benefÃ-cios concedidos em
razão de acidentes comuns são chamados de benefÃ-cios previdenciários, enquanto os decorrentes de
infortúnio laboral são qualificados como benefÃ-cios acidentários.          Sendo assim,
comprovada a ocorrência de acidente de qualquer natureza, seja comum ou do trabalho, o segurado
junto à Previdência Social, independentemente de carência (art. 26, da Lei n. 8.213/91), poderá fazer
jus, a depender do caso, dentre outros possÃ-veis benefÃ-cios, a auxÃ-lio-doença, auxÃ-lio-acidente ou
aposentadoria por invalidez; benefÃ-cios cuja pretensão, conforme adiantou-se anteriormente, se fundada
na ocorrência de um acidente do trabalho (arts. 19, 20 e 21, da Lei n. 8.213/91) e negando-se o INSS Ã
concessão administrativa, será de apreciação/competência absoluta da Justiça estadual.    Â
     Ademais, o auxÃ-lio acidente é o benefÃ-cio concedido, como forma de indenização, a
segurado empregado (exceto o doméstico), ao trabalhador avulso e ao segurado especial quando, após
a consolidação das lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza, resultar sequela definitiva
(art. 86, da Lei n. 8.213/91). Está, ao seu turno, condicionado à confirmação da redução da
capacidade laborativa do segurado, em decorrência de acidente de trabalho (competência da Justiça
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impostas pela ré para o recebimento dos valores do benefÃ-cio, razão pela qual ajuizou a presente
ação objetivando que seja determinada a exibição de toda a documentação referente a contratos
firmados entre o Sr. Luiz de Souza Pacheco e a requerida. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â O pedido foi
deferido, conforme decisão de fls. 20.                 Devidamente citada, a requerida
contestou às fls. 23/30, afirmando que não se negou a fornecer os contratos pertencentes a parte
autora, pois não foi solicitado administrativamente, porém não se opõe à exibição e apresenta a
documentação pleiteada às fls. 44/51.                 A autora não apresentou
réplica, fl. 53.                 Os autos vieram-me conclusos.            Â
    FUNDAMENTAÃÃO                 A exibição de documentos como
medida cautelar preparatória, prevista no antigo Código de Processo Civil de 1973, tinha por escopo
evitar o risco de uma ação principal deficientemente instruÃ-da, tendo por objetivo permitir que a parte
interessada tenha à s vistas os documentos, a fim de examiná-los, para atestar seu direito ou interesse. Â
               A cautelar de exibição de documentos tinha cabimento como medida
preparatória para compelir o detentor do documento a exibi-lo, para utilização como prova pelo
requerente, em futura ação a ser ajuizada, mas pode, diante do seu conteúdo, deixar de ajuizá-la. Â
               Nesse sentido é o entendimento do STJ: RECURSO ESPECIAL - AÃÃO
CAUTELAR DE EXIBIÃÃO DE DOCUMENTOS - MEDIDA DE NATUREZA SATISFATIVA -
PROPOSITURA DE AÃÃO PRINCIPAL - DESNECESSIDADE. 1. A ação cautelar de exibição é
satisfativa, não garantindo eficácia de suposto provimento jurisdicional a ser buscado em outra ação.
Exibidos os documentos, pode haver o desinteresse da parte em interpor o feito principal, por constatar
que não porta o direito que antes suspeitava ostentar. 2. O direito subjetivo especÃ-fico da cautelar de
exibição é o de ver. Assim, entendendo o JuÃ-zo que a parte requerente é possuidora de tal direito,
a ponto de determinar a exibição, é decorrência lógica que julgue a medida procedente. 3. Recurso
especial conhecido, mas improvido'. Recurso Especial Nº 2000/0000451-0, Relator Ministro João
(Otávio De Noronha, Segunda Turma, DJ 19.09.2005 p. 243RDDP vol. 32 p. 120).           Â
     Na espécie, a parte autora alega que solicitou administrativamente à requerida todos os
contratos que o Sr. Luiz de Souza Pacheco, cônjuge falecido, tenha firmado com a ré, mas que houve
recusa daquela em fornecê-los.                 Em contestação, a parte requerida
alega que não se negou a fornecer as informações solicitadas pelo demandante, afirmando que nunca
foi solicitado, bem como apresentaram a documentação juntamente com a defesa, não havendo que
se falar em descumprimento.                 Verifica-se que com a contestação a
parte requerida apresentou cópias de contratos firmados entre as partes, planilha de débitos e
certificados, conforme solicitado na exordial. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Acerca do tema colaciono o
seguinte julgado: AGRAVO DE INSTRUMENTO - AÃÃO CAUTELAR DE EXIBIÃÃO DE DOCUMENTOS -
CONTRATO DE FINANCIAMENTO - DOCUMENTO COMUM ÃS PARTES - REQUERIMENTO
ADMINISTRATIVO - NEGATIVA DE APRESENTAÃÃO - ISENÃÃO AO PAGAMENTO DE HONORÃRIOS
AVOCATÃCIOS COM APRESENTAÃÃO DO DOCUMENTO JUNTAMENTE COM A CONTESTAÃÃO -
IMPOSSIBILIDADE. A responsabilidade pelo pagamento dos honorários advocatÃ-cios se fundamenta
nos princÃ-pios da sucumbência e da causalidade, de modo que, tendo o autor solicitado,
administrativamente, a exibição de documento comum entre as partes, a conduta omissiva do réu, em
não atender ao pedido extrajudicial, já configura resistência ao pedido inaugural, compelindo o autor a
acessar o Poder Judiciário. Portanto, em eventual procedência da ação, haverá sucumbência da
instituição financeira ré, a demandar a respectiva condenação ao pagamento das verbas
sucumbenciais, razão pela qual não há que falar em isenção ao pagamento dos honorários
advocatÃ-cios com a exibição dos documentos pretendidos juntamente com a apresentação da
contestação. (TJ-MG - AI: 10144120047119001 MG, Relator: João Cancio, Data de Julgamento:
16/04/2013, Câmaras CÃ-veis / 18ª CÃMARA CÃVEL, Data de Publicação: 18/04/2013)      Â
          Diante da pretensão resistida por parte do demandado, em razão de ter
apresentado os documentos solicitados somente por ocasião da defesa nos presentes autos, cabÃ-vel
sua condenação nos ônus sucumbenciais, pois pelo princÃ-pio da causalidade, quem dá causa Ã
instauração da demanda ou a ela resiste deve arcar com o pagamento das despesas decorrentes do
processo. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Uma vez que os documentos solicitados foram exibidos no
curso do processo, comprovada a recusa, incumbe a parte requerida o pagamento de despesas
processuais e honorários advocatÃ-cios.                 DISPOSITIVO        Â
        Ante o exposto, com base nos critérios e limites da fundamentação, JULGO
PROCEDENTE os pedidos formulados nesta Ação Cautelar de Exibição de Documentos,
extinguindo o processo com resolução do mérito, na forma do art. 487, I, do Código de Processo
Civil/2015, considerando que já houve o alcance do objetivo almejado pela parte autora, nos termos da
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Câmaras CÃ-veis / 12ª CÃMARA CÃVEL, Data de Publicação: 10/12/2019). PLANO DE SAÃDE.
NEGATIVA DE COBERTURA. Autora que pretende compelir a ré a oferecer cobertura para a cirurgia
intrauterina de que necessita para tratamento de "mielomeningocele" apresentada pelo feto. Sentença de
procedência. Apelo da ré. 1. Impossibilidade de escolha pelo plano do método de tratamento de
doença coberta. Direito do consumidor ao tratamento mais avançado, prescrito pelo médico, com
melhor eficácia à doença que o acomete. Precedentes. Procedimento indicado pelo médico para
tratamento de doença coberta. Súmula 102 deste E. TJ. Cobertura devida. 2. Operadora que não
demonstrou que em sua rede credenciada havia profissional e hospital capacitados para tratamento da
autora. Intervenção cirúrgica realizada fora da rede conveniada que deve ser custeada pela ré.
Não demonstrado, também, que o hospital escolhido pela autora não seja credenciado a uma das
integrantes do "Sistema Unimed". Sentença mantida. 3. Recurso desprovido. (TJ-SP
10150224020178260114 SP 1015022-40.2017.8.26.0114, Relator: Mary Grün, Data de Julgamento:
23/02/2018, 7ª Câmara de Direito Privado, Data de Publicação: 23/02/2018). RECURSO
INOMINADO. AÃÃO INDENIZATÃRIA. PLANO DE SAÃDE. DECISÃO EXTRA PETITA RECONHECIDA.
TRATAMENTO DE FETO MIELOMENINGOCELE E VENTRICULOPATIA. NEGATIVA DE REEMBOLSO
INTEGRAL DOS VALORES DESPENDIDOS DE FORMA PARTICULAR. HONORÃRIOS MÃDICOS.
INEXISTÃNCIA DE PROFISSIONAL CREDENCIADO. TABELA DA OPERADORA DO PLANO DE SAÃDE
SEM PREVISÃO DO PROCEDIMENTO. INEXISTÃNCIA DE PARÃMETRO PARA REEMBOLSO.
SITUAÃÃO EXCEPCIONAL. REEMBOLSO INTEGRAL DOS VALORES. SENTENÃA ANULADA. Recurso
conhecido e provido. (TJPR - 1ª Turma Recursal - 0001690-90.2017.8.16.0117 - Medianeira - Rel.: Juiz
Nestario da Silva Queiroz - J. 26.10.2020) (TJ-PR - RI: 00016909020178160117 PR 0001690-
90.2017.8.16.0117 (Acórdão), Relator: Juiz Nestario da Silva Queiroz, Data de Julgamento: 26/10/2020,
1ª Turma Recursal, Data de Publicação: 26/10/2020).       Nessa perspectiva, procedente o
pleito da autora, no que se refere ao custeio do procedimento cirúrgico pela empresa ré.      No
concernente ao dano moral perseguido pelo autor, por óbvio e conforme toda a fundamentação supra
despendida, constato que o caso concreto ultrapassa a seara do mero dissabor e percalços do cotidiano,
de modo que configura dano moral indenizável.      Dessarte, verifica-se a ocorrência no caso
concreto de ato GRAVÃSSIMO, ensejador de danos morais, pois: configurada a conduta, qual seja, a
não prestação do atendimento especializado; o dano, qual seja, a submissão do paciente ao risco de
morte; e o nexo de causalidade, qual seja, A CONDUTA ABUSIVA DA EMPRESA RÃ, QUE MESMO
ESTANDO OBRIGADA POR CONTRATO A PRESTAR SERVIÃOS MÃDICO-HOSPITALARES, procura
abandonar a sua cliente/paciente a própria sorte, diante de sua imperÃ-cia técnica em não oferecer a
cirurgia que o caso preconiza.      Vejamos como a jurisprudência se comporta em caso
semelhante, onde o Plano de Saúde se nega a oferecer a referida cirurgia: APELAÃÃO CÃVEL.
RESPONSABILIDADE CIVIL.AÃÃO DE INDENIZAÃÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS. NEGATIVA
DE COBERTURA DE CIRURGIA PARA TRATAMENTO DE MIELOMENINGOCELE
LOMBOSACRAL.SENTENÃA QUE JULGOU PROCEDENTES OS PEDIDOS INICIAIS. 1. CÃDIGO DE
PROCESSO CIVIL DE 2015.APLICABILIDADE. 2. PRESSUPOSTOS DE ADMISSIBILIDADE
RECURSAL. ALEGAÃÃO DE INEXISTÃNCIA DE ATO ILÃCITO INDENIZÃVEL. MATÃRIA DE DEFESA
APRESENTADA APENAS EM SEDE DE APELAÃÃO. IMPOSSIBILIDADE. INOVAÃÃO RECURSAL.
RECURSO CONHECIDO EM PARTE. 3. ILEGITIMIDADE PASSIVA E CERCEAMENTO DE DEFESA.
NÃO ACOLHIMENTO. UNIMED.SOCIEDADES COOPERATIVAS. COMPLEXO ÃNICO DE SERVIÃOS
MÃDICOS. PLANO DE ABRANGÃNCIA NACIONAL. 4. DANOS MORAIS CONFIGURADOS. ABALO
SOFRIDO QUE FOGE Ã NORMALIDADE, A PONTO DE ROMPER O EQUILÃBRIO PSICOLÃGICO DO
INDIVÃDUO. 5. QUANTUM INDENIZATÃRIO MANTIDO EM R$ 10.000,00 (DEZ MIL REAIS).
OBSERVÃNCIA DOS PARÃMETROS DE PROPORCIONALIDADE E DE RAZOABILIDADE, E DA
TRÃPLICE FUNÃÃO DA INDENIZAÃÃO. 6. HONORÃRIOS ADVOCATÃCIOS
RECURSAIS.POSSIBILIDADE DE FIXAÃÃO, NOS TERMOS DO ARTIGO 85, § 11, DO
CPC/15.RECURSO DE APELAÃÃO PARCIALMENTE CONHECIDO E, NA PARTE CONHECIDA, NÃO
PROVIDO. (TJPR - 8ª C.CÃ-vel - AC - 1665540-0 - Paranaguá - Rel.: Desembargador Luis Sérgio
Swiech - Unânime - J. 01.06.2017) (TJ-PR - APL: 16655400 PR 1665540-0 (Acórdão), Relator:
Desembargador Luis Sérgio Swiech, Data de Julgamento: 01/06/2017, 8ª Câmara CÃ-vel, Data de
Publicação: DJ: 2055 26/06/2017).      Caracteriza-se, assim, de maneira lÃ-mpida, a
FLAGRANTE FALHA NA PRESTAÃÃO DO SERVIÃO.         Para fixação do quantum
indenizatório, é indispensável a apreciação da condição econômica dos ofensores, o caráter
sancionatório e a gravidade do dano na espécie.         Repita-se que, no caso em comento,
a conduta da parte requerida destoa dos parâmetros mÃ-nimos de razoabilidade e ultrapassa os limites
do mero aborrecimento, gerando lesão a direito da personalidade.         Sendo assim, a
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
indenização / reparação, de modo geral, além de compensar a parte pelos transtornos e gravame
suportados, leva em conta a repercussão do dano e as circunstâncias fáticas do caso. Nos casos de
dano moral, busca também sancionar o causador dos danos e reparar o sofrimento ou constrangimento
causado.         Filio-me à corrente que atribui ao dano moral um caráter punitivo-pedagógico,
condenando-o em dano moral a fim de desestimular o requerido a voltar a praticar condutas como a do
presente processo.         Destarte, sopesando a situação concreta, levando em conta a
jurisprudência supra colacionada, a situação econômica das partes, a repercussão do dano e as
circunstâncias fáticas do evento gerador, fixo a indenização devida pelos danos morais em R$
10.000,00 (dez mil reais), pois tal valor se apresenta suficiente e razoável para recompor o dano sofrido.
DISPOSITIVO         Posto isto, JULGO PROCEDENTES os pedidos e, por consequência,
extingo o processo com resolução do mérito, na forma do art. art. 487, I, do Código de Processo
Civil/2015, para: Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â CONDENAR a parte requerida a custear integralmente as
despesas médicas-hospitalares da parte requerente decorrentes da cirurgia intrauterina a ser realizada
conforme indicação médica, em razão da ocorrência de MIELOMENINGOCELE LOMBOSSACRA
[MMC] no feto da autora, nos termos do laudo médico de fl. 24, CONFIRMANDO a tutela antecipada
deferida à fl. 34/36, em todos os seus termos.              CONDENAR a requerida ao
pagamento de R$ 10.000,00 (dez mil reais), com juros de 1% ao mês, contabilizados a partir da
citação, e correção monetária, com adoção do INPC, a partir do arbitramento do valor estipulado
nesta sentença até seu efetivo pagamento (Súmula 362 do STJ).             Â
CONDENAR, ainda, a parte requerida ao pagamento das custas e despesas processuais, bem como dos
honorários advocatÃ-cios, ora fixados em 10% sobre o valor da condenação. Frisa-se a incidência da
súmula 326 do STJ ao caso.              Nos termos do artigo 46, caput, da Lei estadual
n. 8.328, de 29/12/2015, fica advertida a parte responsável de que, na hipótese de, havendo custas,
não efetuar o pagamento delas no prazo legal, o respectivo crédito, além de encaminhado para
inscrição em DÃ-vida Ativa, sofrerá atualização monetária e incidência de outros encargos legais.
     Fica autorizado o desentranhamento de documentos por quem os juntou, exceto a
procuração, substituindo-os por cópias que poderão ser declaradas autênticas pelo patrono nos
termos do artigo 425, IV do CPC/2015, devendo o cartório certificar o ato de desentranhamento.    Â
 Certificado o trânsito em julgado, havendo custas pendentes, intime-se o responsável para o
recolhimento, sob pena de inscrição na dÃ-vida ativa. Inerte, inscreva-se.      Após, cumpridas
as cautelas legais, arquivar os presentes autos e dar baixa na distribuição.         P.R.I.C.Â
Belém/PA, 28/09/2021. Roberto Andrés Itzcovich Juiz de Direito Titular da 4ª Vara CÃ-vel e
Empresarial da Capital 301
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
completado. Parágrafo único. Se o autor não cumprir a diligência, o juiz indeferirá a petição inicial.
      No caso dos autos, a parte autora, ainda que devidamente intimada pessoalmente, quedou-se
inerte a parte autora, conforme certidão de fls. 35.       Tendo em vista que a parte autora foi
devidamente intimada para corrigir a inicial, na forma do art. 321, caput do CPC, não apresentando o
referido documento, não há outra forma, senão indeferi-la, extinguindo o presente feito sem
resolução do mérito.          Dispositivo:          1-Isto posto, julgo
improcedente, no mérito, o pedido da parte Autora, de usucapir o imóvel situado na Travessa
Conquista, nº 52, Residencial Bom Jesus II, Bairro: Tapanã, CEP: 66825-010, Belém-Pará, indefiro a
petição inicial, pelo que decreto a extinção do feito sem resolução do mérito, com fundamento
nos art. 321, parágrafo único e art. 485, I do Código de Processo Civil e art. 2º-A da Lei Municipal nº
6795/70, bem como por tudo mais o que consta nos autos do processo. Â Â Â Â Â Â Â Â Â 2-Havendo
recurso de apelação, intime-se a apelada para, querendo, apresentar contrarrazões. Após,
encaminhem-se os autos ao E. Tribunal de Justiça do Pará.          3-Sem custas, uma vez
que a parte autora é beneficiária da justiça gratuita.          4- Remeta-se os autos ao
Curador Especial para ciência da sentença.          5-Após o trânsito em julgado,
cumpridas as diligências necessárias, arquivem-se os autos, dando-se baixa no registro e na
distribuição.   Publique-se. Registre-se. Intime-se. Cumpra-se.       Belém, 01 de
dezembro de 2021. AUGUSTO CÃSAR DA LUZ CAVALCANTE Juiz de Direito da 6ª Vara CÃ-vel e
Empresarial de Belém/PA PROCESSO: 00103287020158140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): AUGUSTO CESAR DA LUZ CAVALCANTE A??o:
Busca e Apreensão em Alienação Fiduciária em: 03/12/2021 REQUERENTE:BANCO ITAUCARD
Representante(s): OAB 6686 - CARLA SIQUEIRA BARBOSA (ADVOGADO) OAB 15530 - LAYSA
AGENOR LEITE (ADVOGADO) REQUERIDO:LUCIANO DA SILVA FONTES. Processo nº  0010328-
70.2015.8.14.0301 Autor:   BANCO ITAUCARD S/A Réu:   LUCIANO DA SILVA FONTES
DECISÃO      Vistos, etc.       Trata-se de ação de busca e apreensão.       Â
    A parte ré foi citada por edital, todavia não apresentou contestação, conforme certidão de
fl. 135.       Pois bem, considerando o cronograma de digitalização dos processos fÃ-sicos
instituÃ-do por este Tribunal, com vistas a possibilitar a análise dos autos de forma adequada, bem como
garantir maior celeridade processual e amplo acesso dos autos para as partes e seus procuradores,
proceda-se a digitalização do feito, migrando-o para o PJE.       No caso dos autos, tendo em
vista que a ré foi citada por edital e não apresentou defesa, após a migração dos autos para o
sistema PJE, remetam-se os autos ao curador especial, nos termos do art. 72, inciso II, do CPC. Â Â Â Â Â
 Não obstante, em virtude da citação por edital da parte ré, bem como que até o presente
momento não localizado o veÃ-culo objeto da ação, intime-se a parte autora, por advogado habilitado
nos autos, para se manifestar acerca da possibilidade de conversão do pedido de busca e apreensão
em ação executiva, conforme dispõe o art. 4º do Decreto-Lei nº 911/1969, no prazo de 15 (quinze)
dias.      Intime-se. Cumpra-se.       Belém, 01 de dezembro de 2021. Augusto César
da Luz Cavalcante Juiz de Direito da 6ª Vara CÃ-vel e Empresarial de Belém PROCESSO:
00113402220158140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
AUGUSTO CESAR DA LUZ CAVALCANTE A??o: Procedimento Comum Cível em: 03/12/2021
REQUERENTE:JIMMISON LEVI MONTEIRO DE OLIVEIRA Representante(s): OAB 11238 - WILSON
JOSE DE SOUZA (ADVOGADO) REQUERENTE:REJANE MARIA SARMANHO DE SOUZA
Representante(s): OAB 11238 - WILSON JOSE DE SOUZA (ADVOGADO) REQUERIDO:BERLIM
INCORPORADORA LTDA Representante(s): OAB 13179 - EDUARDO TADEU FRANCEZ BRASIL
(ADVOGADO) OAB 21052 - DANIELLE BARBOSA SILVA PEREIRA (ADVOGADO)
REQUERIDO:CONSTRUTORA LEAL MOREIRA Representante(s): OAB 13179 - EDUARDO TADEU
FRANCEZ BRASIL (ADVOGADO) OAB 21052 - DANIELLE BARBOSA SILVA PEREIRA (ADVOGADO)
REQUERIDO:AGRE EMREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS S.A.. DECISÃO Â Â Â Â Â Â Â Â Â Vistos, etc.
         Cuidam os presentes autos de Ação Ordinária de Obrigação de Fazer c/c Danos
Morais c/c Repetição de Indébito e Lucros Cessantes.          Ãs fls. 328 este juÃ-zo
sentenciou o feito homologando o acordo entabulado pelas partes, inclusive já tendo transitado em
julgado (fls. 345). Â Â Â Â Â Â Â Â Â Ãs fls. 336 e seguintes as requeridas peticionaram nos autos
requerendo o desbloqueio de valores efetuados por meio do sistema SISBAJUD. Â Â Â Â Â Â Â Â Â
Compulsando os autos verifico que houve bloqueio de R$ 56.769,12 (cinquenta e seis mil, setecentos e
sessenta e nove reais e doze centavos) nas contas da requerida Berlim Incorporadora LTDA (fls. 348), já
tendo referido valor sido transferido para sub conta judicial, conforme comprovante que anexo junto a
presente decisão.          Desta forma, considerando que este juÃ-zo já homologou o acordo
entre as partes, considerando que o bloqueio nas contas da requerida ocorreu em momento anterior a
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
sentença, considerando, por fim, que os valores bloqueados foram transferidos para sub conta judicial,
determino a expedição de alvará para levantamento do valor de R$ 56.769,12 (cinquenta e seis mil,
setecentos e sessenta e nove reais e doze centavos), acrescido de eventuais rendimentos, em nome de
BERLIM INCORPORADORA LTDA.          Autorizo a transferência dos referidos montantes
para conta bancária de titularidade do beneficiário do alvará, desde que assim o requeira por meio de
petição nos autos onde informe os dados bancários para transferência.          Instrua-se
o alvará com o extrato atualizado da subconta judicial.          Publique-se. Intime-se.
Registre-se. Cumpra-se.          Belém, 02 de dezembro de 2021. Augusto Cesar da Luz
Cavalcante Juiz de Direito da 6ª Vara CÃ-vel e Empresarial de Belém PROCESSO:
00131194220068140301 PROCESSO ANTIGO: 200610437730
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): AUGUSTO CESAR DA LUZ CAVALCANTE A??o:
Execução de Título Extrajudicial em: 03/12/2021 EXEQUENTE:KEUFFER COMERCIAL LTDA
Representante(s): ROSOMIRO ARRAIS (ADVOGADO) MARCIO ARRAIS (ADVOGADO)
EXECUTADO:ALMERINDO DA SILVA MACHADO. R. H. Considerando o cronograma de digitalização
dos processos fÃ-sicos instituÃ-do por este Tribunal, bem como considerando que atualmente o gabinete
deste juÃ-zo está analisando os processos conclusos em março de 2021, com vistas a possibilitar a
análise dos autos de forma adequada, bem como garantir maior celeridade processual e amplo acesso
dos autos para as partes e seus procuradores, proceda-se a digitalização do feito, migrando-o para o
PJE. Após a digitalização dos autos, voltem os autos conclusos para que este juÃ-zo possa analisar as
questões processuais pendentes, sem prejuÃ-zo da conclusão do feito procedida em 30/11/2021:Â
Junte-se eventuais petições pendentes.  Belém, 02 de dezembro de 2021. AUGUSTO CESAR DA
LUZ CAVALCANTE Juiz de Direito da 6ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital PROCESSO:
00143720620138140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
AUGUSTO CESAR DA LUZ CAVALCANTE A??o: Execução de Título Extrajudicial em: 03/12/2021
EXEQUENTE:FERNANDO ANTONIO CAVALEIRO DE MACEDO Representante(s): OAB 16953 -
CARLOS FRANCISCO DE SOUSA MAIA (ADVOGADO) OAB 16886 - ANTONIO MAURO SANTANA DE
SOUZA (ADVOGADO) OAB 6146-B - PAULO SERGIO WEYL ALBUQUERQUE COSTA (ADVOGADO)
EXECUTADO:LUIZ CARLOS CAVALEIRO DE MACEDO EXECUTADO:PEDRO PAULO CARDOSO DA
CUNHA COIMBRA Representante(s): OAB 3275 - ION ELOI DE RAUJO VIDIGAL (ADVOGADO)
EXECUTADO:SUELY NAZARE ARAUJO CAVALCANTE DE MACEDO Representante(s): OAB 8881 -
JOAO FABIO MADORRA FRANCO (ADVOGADO) EXECUTADO:MARISBELA ARRUDA COIMBRA. R. H.
Considerando o cronograma de digitalização dos processos fÃ-sicos instituÃ-do por este Tribunal, bem
como considerando que atualmente o gabinete deste juÃ-zo está analisando os processos conclusos em
março de 2021, com vistas a possibilitar a análise dos autos de forma adequada, bem como garantir
maior celeridade processual e amplo acesso dos autos para as partes e seus procuradores, proceda-se a
digitalização do feito, migrando-o para o PJE. Após a digitalização dos autos, voltem os autos
conclusos para que este juÃ-zo possa analisar as questões processuais pendentes, sem prejuÃ-zo da
conclusão do feito procedida em 30/11/2021: Junte-se eventuais petições pendentes.  Belém,
02 de dezembro de 2021. AUGUSTO CESAR DA LUZ CAVALCANTE Juiz de Direito da 6ª Vara CÃ-vel e
Empresarial da Capital PROCESSO: 00162257420088140301 PROCESSO ANTIGO: 200810495760
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): AUGUSTO CESAR DA LUZ CAVALCANTE A??o:
ORDINÁRIA - CÍVEL E COMÉRCIO em: 03/12/2021 REU:SOCIEDADE BENEFICIENTE SAO BRAZ
Representante(s): OAB 12724 - GUSTAVO FREIRE DA FONSECA (ADVOGADO) OAB 14782 - JOSE
MILTON DE LIMA SAMPAIO NETO (ADVOGADO) OAB 12028 - MARCELLA REGINA GRUPPI
RODRIGUES (ADVOGADO) AUTOR:SUELEN MAURIANY DE ALMEIDA NUNES Representante(s): OAB
14838 - JOSE ROBERTO PRADO DA SILVA (ADVOGADO) OAB 12433 - IRINA MARTINS CARNEIRO
(ADVOGADO) IRINA MARTINS CARNEIRO (ADVOGADO) . R. H. Considerando o cronograma de
digitalização dos processos fÃ-sicos instituÃ-do por este Tribunal, bem como considerando que
atualmente o gabinete deste juÃ-zo está analisando os processos conclusos em março de 2021, com
vistas a possibilitar a análise dos autos de forma adequada, bem como garantir maior celeridade
processual e amplo acesso dos autos para as partes e seus procuradores, proceda-se a digitalização
do feito, migrando-o para o PJE. Após a digitalização dos autos, voltem os autos conclusos para que
este juÃ-zo possa analisar as questões processuais pendentes, sem prejuÃ-zo da conclusão do feito
procedida em 30/11/2021: Junte-se eventuais petições pendentes.  Belém, 02 de dezembro de
2021. AUGUSTO CESAR DA LUZ CAVALCANTE Juiz de Direito da 6ª Vara CÃ-vel e Empresarial da
Capital PROCESSO: 00164388520158140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): AUGUSTO CESAR DA LUZ CAVALCANTE A??o:
Execução de Título Extrajudicial em: 03/12/2021 REQUERENTE:BANCO SANTANDER BRASIL SA
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
Representante(s): OAB 38534 - ANTONIO BRAZ DA SILVA (ADVOGADO) OAB 12306 - ANA PAULA
BARBOSA DA ROCHA GOMES (ADVOGADO) OAB 24346-A - DAVID SOMBRA PEIXOTO
(ADVOGADO) REQUERIDO:JEFFERSON JOSE SODRE FERRAZ Representante(s): OAB 11529 -
GIOVANNI DOS ANJOS PICKERELL (ADVOGADO) . R. H. Considerando o cronograma de
digitalização dos processos fÃ-sicos instituÃ-do por este Tribunal, bem como considerando que
atualmente o gabinete deste juÃ-zo está analisando os processos conclusos em março de 2021, com
vistas a possibilitar a análise dos autos de forma adequada, bem como garantir maior celeridade
processual e amplo acesso dos autos para as partes e seus procuradores, proceda-se a digitalização
do feito, migrando-o para o PJE. Após a digitalização dos autos, voltem os autos conclusos para que
este juÃ-zo possa analisar as questões processuais pendentes, sem prejuÃ-zo da conclusão do feito
procedida em 30/11/2021: Junte-se eventuais petições pendentes.  Belém, 02 de dezembro de
2021. AUGUSTO CESAR DA LUZ CAVALCANTE Juiz de Direito da 6ª Vara CÃ-vel e Empresarial da
Capital PROCESSO: 00181752620158140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): AUGUSTO CESAR DA LUZ CAVALCANTE A??o:
Execução de Título Extrajudicial em: 03/12/2021 EXEQUENTE:BANC BRADESCO FINANCIAMENTOS
SA BANCO FINASA SA Representante(s): OAB 14950 - FLAVIO SANTOS DE CASTRO (ADVOGADO)
OAB 235738 - ANDRE NIETO MOYA (ADVOGADO) OAB 21984-A - JOSE AUGUSTO DE REZENDE
JUNIOR (ADVOGADO) EXECUTADO:RUI LIMA FARIAS. Processo nº  0018175-26.2015.8.14.0301
Exequente: Â BANCO BRADESCO FINANCIAMENTOS S/A Executado: Â RUI LIMA FARIA DECISÃO Â
     Vistos, etc.       Trata-se de ação de execução.       A parte autora
requereu a conversão da execução em ação de cobrança, uma vez que o contrato carece da
assinatura de duas testemunhas, não tendo força de tÃ-tulo executivo extrajudicial (fls. 66/76).    Â
  Pois bem, considerando o cronograma de digitalização dos processos fÃ-sicos instituÃ-do por este
Tribunal, com vistas a possibilitar a análise dos autos de forma adequada, bem como garantir maior
celeridade processual e amplo acesso dos autos para as partes e seus procuradores, proceda-se a
digitalização do feito, migrando-o para o PJE.       No caso dos autos, verifica-se que a parte
executada ainda não foi citada, de modo que não houve a estabilização da lide, sendo possÃ-vel a
emenda da inicial e consequente conversão em ação de cobrança.       Diante disso, defiro
o pedido da parte autora e converto a presente execução em ação de cobrança, seguindo o
procedimento comum do CPC.       Após a migração dos autos para o sistema PJE, determino
a citação do Requerido, por oficial de justiça, para que apresente defesa no prazo de 15 (quinze) dias,
sob pena de revelia, conforme determinado no despacho de fl. 60. Â Â Â Â Â Â Dos mandados ou carta de
citação deverá constar as advertências dos arts. 336, 341 e 344, do CPC.       Se o réu
apresentar defesa, deverá a parte autora ser intimada, por ato ordinatório, para apresentar réplica, no
prazo de 15 (quinze) dias, caso entenda necessário.       Intime-se. Cumpra-se.     Â
Belém/PA, 01 de dezembro de 2021. Augusto César da Luz Cavalcante Juiz de Direito da 6ª Vara
CÃ-vel e Empresarial de Belém PROCESSO: 00190377120038140301 PROCESSO ANTIGO:
200310358145 MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): AUGUSTO CESAR DA LUZ
CAVALCANTE A??o: Procedimento Comum Cível em: 03/12/2021 REU:BANCO DO ESTADO DO PARA
SA Representante(s): OAB 8988 - ANA CRISTINA SILVA PEREIRA (ADVOGADO) OAB 9127 - MARIA
ROSA DO SOCORRO LOURINHO DOS SANTOS (ADVOGADO) CLISTENES DA SILVA VITAL
(ADVOGADO) AUTOR:OTACILIO RODRIGUES DA SILVA Representante(s): LUIZIANO B. DE PAULA
CAVALLERO (ADVOGADO) . R. H. Considerando o cronograma de digitalização dos processos
fÃ-sicos instituÃ-do por este Tribunal, bem como considerando que atualmente o gabinete deste juÃ-zo está
analisando os processos conclusos em março de 2021, com vistas a possibilitar a análise dos autos de
forma adequada, bem como garantir maior celeridade processual e amplo acesso dos autos para as partes
e seus procuradores, proceda-se a digitalização do feito, migrando-o para o PJE. Após a
digitalização dos autos, voltem os autos conclusos para que este juÃ-zo possa analisar as questões
processuais pendentes, sem prejuÃ-zo da conclusão do feito procedida em 30/11/2021: Junte-se
eventuais petições pendentes.  Belém, 02 de dezembro de 2021. AUGUSTO CESAR DA LUZ
CAVALCANTE Juiz de Direito da 6ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital PROCESSO:
00263890620098140301 PROCESSO ANTIGO: 200910572434
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): AUGUSTO CESAR DA LUZ CAVALCANTE A??o:
Procedimento Comum Cível em: 03/12/2021 AUTOR:MICROLITE S/A Representante(s): RUY RIBEIRO
(ADVOGADO) OAB 21074-A - FABIO RIVELLI (ADVOGADO) REU:E D COMERCIO E DISTRIBUIDORA
DO NORTE LTDA Representante(s): OAB 14488 - ERICA CRISTINA DOS SANTOS DE CARVALHO
(ADVOGADO) OAB 19389-A - EDUARDO LUIZ BROCK (ADVOGADO) OAB 21074-A - FABIO RIVELLI
(ADVOGADO) . R. H. Considerando o cronograma de digitalização dos processos fÃ-sicos instituÃ-do
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
por este Tribunal, bem como considerando que atualmente o gabinete deste juÃ-zo está analisando os
processos conclusos em março de 2021, com vistas a possibilitar a análise dos autos de forma
adequada, bem como garantir maior celeridade processual e amplo acesso dos autos para as partes e
seus procuradores, proceda-se a digitalização do feito, migrando-o para o PJE. Após a digitalização
dos autos, voltem os autos conclusos para que este juÃ-zo possa analisar as questões processuais
pendentes, sem prejuÃ-zo da conclusão do feito procedida em 30/11/2021: Junte-se eventuais
petições pendentes.  Belém, 02 de dezembro de 2021. AUGUSTO CESAR DA LUZ
CAVALCANTE Juiz de Direito da 6ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital PROCESSO:
00266768120078140301 PROCESSO ANTIGO: 200710834836
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): AUGUSTO CESAR DA LUZ CAVALCANTE A??o:
Procedimento Comum Cível em: 03/12/2021 REU:ALEXANDRE FARAH NETTO Representante(s): OAB
13083 - ALCEMIR DA COSTA PALHETA JUNIOR (ADVOGADO) AUTOR:LIDER SUPERMERCADOS E
MAGAZINE LTDA Representante(s): OAB 18711 - MAX PINHEIRO MARTINS JUNIOR (ADVOGADO)
OAB 22540 - PAULA AMANDA RIBEIRO TEIXEIRA VASCONCELOS (ADVOGADO) ISIS KRISHINA
REZENDE SADECK (ADVOGADO) . R. H. Considerando o cronograma de digitalização dos processos
fÃ-sicos instituÃ-do por este Tribunal, bem como considerando que atualmente o gabinete deste juÃ-zo está
analisando os processos conclusos em março de 2021, com vistas a possibilitar a análise dos autos de
forma adequada, bem como garantir maior celeridade processual e amplo acesso dos autos para as partes
e seus procuradores, proceda-se a digitalização do feito, migrando-o para o PJE. Após a
digitalização dos autos, voltem os autos conclusos para que este juÃ-zo possa analisar as questões
processuais pendentes, sem prejuÃ-zo da conclusão do feito procedida em 30/11/2021: Junte-se
eventuais petições pendentes.  Belém, 02 de dezembro de 2021. AUGUSTO CESAR DA LUZ
CAVALCANTE Juiz de Direito da 6ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital PROCESSO:
00430287020138140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
AUGUSTO CESAR DA LUZ CAVALCANTE A??o: Procedimento Comum Cível em: 03/12/2021
REQUERENTE:BRIUTE COM.IMP.LTDA Representante(s): OAB 14315 - PAULO DE TARSO
ANUNCIACAO DE MELO (ADVOGADO) OAB 19302-A - FLAVIO DE OLIVEIRA RODRIGUES
(ADVOGADO) OAB 23000 - MANOELLA MOREIRA LIMA DE SENA (ADVOGADO)
REQUERENTE:RONALDO LUONGO Representante(s): OAB 14315 - PAULO DE TARSO ANUNCIACAO
DE MELO (ADVOGADO) OAB 19302-A - FLAVIO DE OLIVEIRA RODRIGUES (ADVOGADO)
REQUERIDO:NONATO PEREIRA Representante(s): OAB 8941-B - ELSON JOSE SOARES COELHO
(ADVOGADO) OAB 15984 - ENDEL ELSON CORREA COELHO (ADVOGADO) OAB 15239 - ELSON
JUNIOR CORREA COELHO (ADVOGADO) REQUERIDO:ELSON JOSE SOARES COELHO
Representante(s): OAB 8941-B - ELSON JOSE SOARES COELHO (ADVOGADO) OAB 15984 - ENDEL
ELSON CORREA COELHO (ADVOGADO) OAB 15239 - ELSON JUNIOR CORREA COELHO
(ADVOGADO) REQUERIDO:ELIERSON SANTINO Representante(s): OAB 8941-B - ELSON JOSE
SOARES COELHO (ADVOGADO) OAB 15984 - ENDEL ELSON CORREA COELHO (ADVOGADO) OAB
15239 - ELSON JUNIOR CORREA COELHO (ADVOGADO) REQUERIDO:EMISSORAS RADIO
MARAJOARA LTDA Representante(s): OAB 8941-B - ELSON JOSE SOARES COELHO (ADVOGADO)
OAB 15984 - ENDEL ELSON CORREA COELHO (ADVOGADO) OAB 15239 - ELSON JUNIOR CORREA
COELHO (ADVOGADO) REQUERIDO:RÁDIO SP - UM LTDA Representante(s): OAB 295674 -
GUILHERME DE SA DEMENATO (ADVOGADO) OAB 8941-B - ELSON JOSE SOARES COELHO
(ADVOGADO) OAB 15984 - ENDEL ELSON CORREA COELHO (ADVOGADO) OAB 15239 - ELSON
JUNIOR CORREA COELHO (ADVOGADO) OAB 120287 - DEBORA CRISTINA SOARES SOARES
(ADVOGADO) OAB 6307632 - CLOTILDE TADEU CASSIM (ADVOGADO) . Processo nº:   0043028-
70.2013.8.14.0301 Autor:   RONALDO LUONGO e outro Réu:      NONATO PEREIRA e
outros DESPACHO      Vistos, etc.      Verifica-se que foi interposto recurso de apelação
e recurso adesivo, com as respectivas contrarrazões.      Saliente-se que a Secretaria deve se
atentar a fim de evitar a conclusão indevida do feito, pra que seja garantida a eficiência e a duração
razoável do processo.       Diante disso, remetam-se, com urgência, os autos para o Egrégio
Tribunal de Justiça do Estado do Pará, para os devidos fins.       Cumpra-se.      Â
Belém, 01 de dezembro de 2021. Augusto César da Luz Cavalcante Juiz de Direito da 6ª Vara CÃ-vel
e Empresarial de Belém PROCESSO: 00787125620138140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): EDMILTON PINTO SAMPAIO A??o: Execução de
Título Judicial em: 03/12/2021 EXEQUENTE:JOAO PAULO GONCALVES DE ALMEIDA
Representante(s): OAB 10662 - JAQUELINE NORONHA DE M FILOMENO KITAMURA (ADVOGADO)
EXECUTADO:BANCO DO BRASIL SA Representante(s): OAB 211648 - RAFAEL SGANZERLA DURAND
(ADVOGADO) OAB 18696-A - LOUISE RAINER PEREIRA GIONEDIS (ADVOGADO) OAB 128341 -
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
NELSON WILLIANS FRATONI RODRIGUES (ADVOGADO) OAB 21642 - JADIEL DE MORAES FAYAL
(ADVOGADO) . ATO ORDINATÃRIO - PROC. 0078712-56.2013.814.0301      Através do
provimento 006/2006, artigo 1º § 2º, inciso X oriundo da Corregedoria Geral de Justiça da Região
Metropolitana de Belém: ficam intimadas as partes para se manifestarem sobre os cálculos de fls.
171/177, no prazo de 15 dias. Â Â Â Â Â BELÃM-PA, 03 DE DEZEMBRO DE 2021. DIRETOR DE
SECRETARIA. PROCESSO: 01078223220158140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): AUGUSTO CESAR DA LUZ CAVALCANTE A??o:
Procedimento Comum Cível em: 03/12/2021 AUTOR:DAYANE MYLEO COELHO DE MIRANDA
Representante(s): OAB 19729 - PAULO ROGERIO MENDONCA ARRAES (ADVOGADO) OAB 20572 -
KÉRMESON CONCEIÇÃO DE LIMA (ADVOGADO) REU:LONDRES INCORPORADORA LTDA
Representante(s): OAB 18736 - CELSO ROBERTO DE MIRANDA RIBEIRO JUNIOR (ADVOGADO) OAB
19389-A - EDUARDO LUIZ BROCK (ADVOGADO) OAB 21074-A - FABIO RIVELLI (ADVOGADO)
REU:PDG REALTY SA EMPREENDIMENTOS E PARTICIPACOES Representante(s): OAB 173423 -
MAURICIO BARROS REGADO (ADVOGADO) OAB 18736 - CELSO ROBERTO DE MIRANDA RIBEIRO
JUNIOR (ADVOGADO) OAB 21074-A - FABIO RIVELLI (ADVOGADO) REU:ASACORP
EMPREENDIMENTOS E PARTICIPACAO LTDA Representante(s): OAB 19389-A - EDUARDO LUIZ
BROCK (ADVOGADO) . R. H. Considerando o cronograma de digitalização dos processos fÃ-sicos
instituÃ-do por este Tribunal, bem como considerando que atualmente o gabinete deste juÃ-zo está
analisando os processos conclusos em março de 2021, com vistas a possibilitar a análise dos autos de
forma adequada, bem como garantir maior celeridade processual e amplo acesso dos autos para as partes
e seus procuradores, proceda-se a digitalização do feito, migrando-o para o PJE. Após a
digitalização dos autos, voltem os autos conclusos para que este juÃ-zo possa analisar as questões
processuais pendentes, sem prejuÃ-zo da conclusão do feito procedida em 30/11/2021: Junte-se
eventuais petições pendentes.  Belém, 02 de dezembro de 2021. AUGUSTO CESAR DA LUZ
CAVALCANTE Juiz de Direito da 6ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital PROCESSO:
01345146820158140301 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
AUGUSTO CESAR DA LUZ CAVALCANTE A??o: Procedimento Comum Cível em: 03/12/2021
REQUERENTE:LUCAS IMPORTAO E EXPORTAO LTDA Representante(s): OAB 13475 - LUIS DENIVAL
NETO (ADVOGADO) REQUERIDO:REAL PARA DISTRIBUIDORA E COMERCIALIZACAO DE FRIOS
LTDA. R. H. Considerando o cronograma de digitalização dos processos fÃ-sicos instituÃ-do por este
Tribunal, bem como considerando que atualmente o gabinete deste juÃ-zo está analisando os processos
conclusos em março de 2021, com vistas a possibilitar a análise dos autos de forma adequada, bem
como garantir maior celeridade processual e amplo acesso dos autos para as partes e seus procuradores,
proceda-se a digitalização do feito, migrando-o para o PJE. Após a digitalização dos autos, voltem
os autos conclusos para que este juÃ-zo possa analisar as questões processuais pendentes, sem
prejuÃ-zo da conclusão do feito procedida em 30/11/2021: Junte-se eventuais petições pendentes.Â
 Belém, 02 de dezembro de 2021. AUGUSTO CESAR DA LUZ CAVALCANTE Juiz de Direito da 6ª
Vara CÃ-vel e Empresarial da Capital PROCESSO: 01500802320168140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): AUGUSTO CESAR DA LUZ CAVALCANTE A??o:
Busca e Apreensão em Alienação Fiduciária em: 03/12/2021 REQUERENTE:BANCO RODOBENS SA
Representante(s): OAB 236655 - JEFERSON ALEX SALVIATO (ADVOGADO) REQUERIDO:TROPICAL
NAVEGACAO E TRANSPORTE LTDA. Processo nº:  0150080-23.2016.8.14.0301 Requerente: Â
BANCO RODOBENS SA Requerido: Â TROPICAL NAVEGACAO E TRANSPORTE LTDA DECISÃO Â Â
   Vistos, etc.      Trata-se de cumprimento de sentença.      A parte executada foi
intimada, pessoalmente, para efetuar o pagamento do débito, a qual não foi localizada (fl. 193).    Â
 A parte exequente requereu o bloqueio via SISBAJUD (fls. 197/198).      à o que importa relatar.
     Analisando-se os autos, verifica-se que a parte executada não foi localizada no momento da
intimação para o pagamento do débito (fl. 193).      Acerca da intimação para o
cumprimento de sentença, dispõe o Código de Processo Civil: ¿Art. 513, § 3º Na hipótese do §
2º, incisos II e III, considera-se realizada a intimação quando o devedor houver mudado de endereço
sem prévia comunicação ao juÃ-zo, observado o disposto no parágrafo único do art. 274¿.    Â
 Tendo em vista que a parte executada mudou de endereço sem prévia comunicação ao juÃ-zo,
considera-se realizada a intimação, nos termos do art. 513, § 3º do CPC.      A parte
executada, apesar de devidamente intimada, não efetuou o pagamento voluntário no prazo legal, bem
como não há informação nos autos de que apresentou impugnação ao cumprimento de
sentença, de modo que passo a analisar o pedido de bloqueio via SISBAJUD, requerido na petição de
fls. 197/198.      No que concerne a penhora eletrônica, assim dispõe o Código de Processo
Civil: ¿Art. 854. Para possibilitar a penhora de dinheiro em depósito ou em aplicação financeira, o
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
juiz, a requerimento do exequente, sem dar ciência prévia do ato ao executado, determinará à s
instituições financeiras, por meio de sistema eletrônico gerido pela autoridade supervisora do sistema
financeiro nacional, que torne indisponÃ-veis ativos financeiros existentes em nome do executado,
limitando-se a indisponibilidade ao valor indicado na execução¿. (grifo nosso).       Nessa
lógica, verificado o débito, impõe-se o deferimento do pedido e a consulta aos sistemas
disponibilizados ao Poder Judiciário a fim de proceder à penhora eletrônica. Destaca-se, ainda, que o
bloqueio prescinde, inclusive, de esgotamento de meio extrajudiciais, conforme se verifica de
entendimento consolidado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) no Tema/Repetitivo nº 425, o qual
dispõe: A utilização do Sistema BACEN-JUD, no perÃ-odo posterior à vacatio legis da Lei 11.382/2006
(21.01.2007), prescinde do exaurimento de diligências extrajudiciais, por parte do exequente, a fim de se
autorizar o bloqueio eletrônico de depósitos ou aplicações financeiras.      Desse modo e em
observância aos princÃ-pios da economia processual, efetividade da prestação jurisdicional,
duração razoável do processo, bem como considerando o que dispõe o Código de Processo Civil
sobre a matéria e, notadamente, a ordem preferencial de penhora exarada no art. 835 do diploma
processual, procedo a tentativa de constrição de valores em desfavor de TROPICAL NAVEGACAO E
TRANSPORTE LTDA (CNPJ nº 05.394.674/0001-31) no valor de R$ 360.766,19 (trezentos e sessenta
mil, setecentos e sessenta e seis reais e dezenove centavos), conforme planilha de cálculo de fls. 198. Â
     Logrando êxito as medidas constritivas, intime-se imediatamente a parte executada,
pessoalmente, na forma do art. 854, §2º, do Código de Processo Civil, ficando desde já ciente de que
o silêncio importará em anuência em relação a constrição.       No que concerne à s
custas processuais, determino o seu recolhimento após a prática dos atos, tendo em vista que o próprio
Código de Processo Civil, no caput do art. 854, admite que as tentativas de constrição sejam
realizadas sem a ciência prévia do executado - o que inevitavelmente se daria, caso houvesse
intimação para o pagamento de despesas. Trata-se, tão somente, de medida que visa conferir
efetividade às medidas.       Não obstante a prática dos atos antes do recolhimento das
despesas processuais, fica a parte exequente intimada para o pagamento das custas processuais
referentes às diligências deferidas, bem como as eventualmente pendentes, no prazo de 10 (dez) dias,
ficando desde já advertido de que o pagamento é condição de eficácia das medidas e análise de
novos pedidos. Â Â Â Â Â Â Caso as tentativas anteriores restem infrutÃ-feras, aplico os efeitos do art. 921,
§2º, do Código de Processo Civil, suspendendo a execução pelo prazo de 1 (um) ano para que a
parte exequente indique bens do executado à penhora, sob pena de arquivamento do feito.      Â
Por fim, considerando o cronograma de digitalização dos processos fÃ-sicos instituÃ-do por este
Tribunal, com vistas a possibilitar a análise dos autos de forma adequada, bem como garantir maior
celeridade processual e amplo acesso dos autos para as partes e seus procuradores, proceda-se a
digitalização do feito, migrando-o para o PJE.      Intime-se. Cumpra-se.      Belém/PA,
25 de novembro de 2021. Augusto César da Luz Cavalcante Juiz de Direito da 6ª Vara CÃ-vel e
Empresarial de Belém PROCESSO: 05806892120168140301 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): AUGUSTO CESAR DA LUZ CAVALCANTE A??o:
Procedimento Comum Cível em: 03/12/2021 AUTOR:ROBSON LOPES TRINDADE Representante(s):
OAB 19209 - SILVANA CORREA BORGES PINHEIRO (ADVOGADO) REU:GUSTAVO COLUSSI.
Processo nº:  0580689-21.2016.8.14.0301 Autor:   ROBSON LOPES TRINDADE Réu:  Â
GUSTAVO COLUSSI SENTENÃA      Vistos etc.      Trata-se de ação de indenização
morais e materiais.      Foi determinada a intimação pessoal da parte autora para informar o
endereço atualizado da parte ré, sob pena de extinção (fl. 102).      Foi certificado que a
parte autora se mudou, motivo pelo qual não foi possÃ-vel a intimação (fl. 105v.).      Era o que
tinha a relatar. Passo a decidir.      Analisando-se os autos, verifica-se que a intimação pessoal
não foi cumprida, haja vista que foi certificado que a parte autora se mudou.       Acerca do
endereço para fins de intimação, dispõe o CPC: ¿Art. 274. Parágrafo único. Presumem-se
válidas as intimações dirigidas ao endereço constante dos autos, ainda que não recebidas
pessoalmente pelo interessado, se a modificação temporária ou definitiva não tiver sido devidamente
comunicada ao juÃ-zo, fluindo os prazos a partir da juntada aos autos do comprovante de entrega da
correspondência no primitivo endereço¿.      Tendo em vista que a parte autora não foi
encontrada no endereço informado nos autos, presume-se válida a sua intimação pessoal.     Â
Assim, como a parte autora foi intimada pessoalmente para informar o endereço atualizado do réu,
tendo a mesma se mantido inerte, resta caracterizado o abandono processual. Â Â Â Â Â Acerca do
abandono processual, dispõe o CPC: ¿Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando: (...) III - por
não promover os atos e as diligências que lhe incumbir, o autor abandonar a causa por mais de 30
(trinta) dias; (...) § 1º Nas hipóteses descritas nos incisos II e III, a parte será intimada pessoalmente
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
para suprir a falta no prazo de 5 (cinco) dias¿.      Assim, tendo em vista que a parte autora não
promoveu os atos e as diligências que lhe incumbia, deve o feito ser extinto sem resolução de
mérito.      Diante do exposto, extingo o processo sem resolução de mérito, nos termos do
art. 485, inciso III, do CPC, por abandono processual da parte autora. Â Â Â Â Â Condeno a parte autora
ao pagamento das custas processuais.      Após o trânsito em julgado, cumpridas as diligências
necessárias, arquivem-se os autos, dando-se baixa no registro e na distribuição.      Publique-
se. Registre-se. Intime-se.      Belém-PA, 30 de novembro de 2021. Augusto César da Luz
Cavalcante Juiz de Direito da 6ª Vara CÃ-vel e Empresarial de Belém
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
O MM. Juiz de Direito Titular da 5ª Vara de Família da Capital, Dr. JOSÉ ANTONIO CAVALCNATE, no uso
de suas atribuições legais e regimentais,
FAZ SABER a todos quantos o presente EDITAL virem ou dele notícia tiverem que nos dias 15 e 16
(quinze e dezesseis) de dezembro de 2021, de 8h (oito) às 14h (quatorze) horas, será a 5ª Vara de
Família da Capital submetida à Correição Periódica Ordinária, a ser realizada por este Magistrado.
FAZ SABER que poderá ser tomada por termo, para as providências cabíveis, toda e qualquer reclamação
porventura apresentada pelo Ministério Público, Defensoria Pública, Advogados, partes interessadas e
pelo público em geral.
E, para que seja levado ao conhecimento de todos, expede o presente Edital, que será publicado no Diário
da Justiça e afixado no átrio do Fórum Cível da Capital.
Dado e passado nesta cidade de Belém, Estado do Pará, aos 06 dias do mês de dezembro de 2021.
Dispõe sobre a correição ordinária instalada no Juízo da 5ª Vara de Família da capital e dá outras
providências.
CONSIDERANDO que a Função Correicional será exercida por meio de Correições Permanentes,
Ordinárias Gerais e Periódicas, Extraordinárias Gerais e Parciais e Inspeções Correicionais, bem assim a
Correição Permanente dos Juízes consiste na inspeção assídua e severa das Secretarias e demais
repartições relacionadas diretamente com os serviços judiciais e sobre a atividade dos servidores que lhes
sejam subordinados;
CONSIDERANDO o disposto no artigo 11, caput, do Provimento nº 04/2001 ¿ CRMB, o qual institui a
obrigatoriedade anual do Magistrado em realizar a Correição Ordinária em sua Comarca ou Vara;
RESOLVE:
Art. 1º. Determinar a instalação de Correição Ordinária junto à 5ª Vara de Família da capital, nos dias 15 e
16 (quinze e dezesseis) de dezembro de 2021, de 8:00 (oito) às 14:00 (quatorze) horas.
Parágrafo único. O atendimento ao público será realizado normalmente pela Unidade Judiciária, durante
realização da Correição de que trata o caput deste artigo.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
Art. 2º. Nomear a servidora DORANICE DOS SANTOS para exercer a função de Secretária da Correição.
Art. 3º. A Secretaria da Correição providenciará a expedição de ofício convite à Presidência, Corregedoria
Geral de Justiça, Procuradoria-Geral de Justiça do Estado do Pará, Defensor Público-Geral e Ordem dos
Advogados do Brasil ¿ Seção Pará a se fazerem presentes na instalação da Correição Ordinária.
Art. 4º - Esta Portaria deverá ser remetida às autoridades indicadas no artigo anterior e afixada nos átrios
do Fórum Cível.
modo que, nos registros da SEFIN, existem pendências de recolhimento por parte da PORTO SEGURO,
a despeito de os valores correspondentes já terem sido recolhidos previamente, por meio do pagamento
das guias avulsas.               Alega, ademais, que em razão das operações ora
narradas, o MunicÃ-pio de Belém, ao lavrar os AInfs nºs 2016/000056-001 e 003, lançou débitos de
ISS já recolhidos pela Autora aos cofres municipais, notadamente no que diz respeito às competências
de janeiro e agosto de 2011 e fevereiro, maio e outubro de 2013. Neste espeque, pleiteia a
desconstituição dos débitos de ISS formalizados nos AInfs referenciados.             Â
 Devidamente citado, o MunicÃ-pio de Belém contestou o pleito aduzindo que os lançamentos não
foram impugnados na via administrativa, razão pela qual os Ainfs são válidos, notadamente porque é
dever do contribuinte provar o recolhimento de tributos perante a autoridade fiscal. No mais, reconhece
que, de fato, houve o pagamento do ISS referente a algumas competências, porém alega que os
lançamentos em questão decorreram da retenção de valores menores que os devidos, conforme
arbitramento realizado pelo fisco municipal. Por fim, assevera que a Autora requer a desconstituição do
débito fiscal sem pedir a nulidade dos AInfs, de modo que o pedido formulado na inicial é
inadmissÃ-vel, destacando que os documentos apresentados somente na ação judicial são
imprestáveis para anular o débito fiscal.               Em réplica, conforme
mencionado alhures, a Autora ratificou os termos da inicial. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Inicialmente,
importante frisar que o art. 5º, inciso XXXV, da CF/1988, consagrou no ordenamento jurÃ-dico pátrio o
princÃ-pio da inafastabilidade da jurisdição, ao dispor que `a lei não excluirá da apreciação do
Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito¿, razão pela qual, nos dizeres de Pedro Lenza, `não
mais se admite no sistema constitucional pátrio a chamada jurisdição condicionada ou instância
administrativa de curso forçado, tal como se verificava no art. 153, § 4.º, da EC n. 1/69, na redação
dada pela EC n. 7, de 13.04.1977¿ (LENZA, Pedro. São Paulo: Saraiva, 2018).           Â
   Assim, não pode o fisco impedir que o contribuinte recorra ao judiciário para impugnar a
legalidade dos atos realizados pela administração, especialmente sob a pecha de que a via adequada
para tanto é o processo administrativo fiscal, pois, em se tratando especificamente da administração
tributária, havendo violação ao direito do contribuinte, seja por inobservância de regras
constitucionais ou infraconstitucionais, este poderá se socorrer do poder judiciário a fim de garantir o
controle de constitucionalidade ou legalidade do ato administrativo, conforme anota Alberto Nogueira: Em
suma o contribuinte poderá defender de exigências concretas ou de ameaças decorrentes de
dispositivos legais ou administrativos. Em outras palavras: controle preventivo e controle repressivo tanto
de exigências ainda não efetivadas, como daquelas definitivamente concretizadas. Em outro giro:
ameaça à lesão de direito (CF, art.5º, XXXV) ou ato lesivo consumado. Enfim, cuida-se de um
controle o mais abrangente possÃ-vel da legalidade da tributação, tal como se infere do nosso modelo
constitucional de 1988. Essa, aliás, a diferença de conteúdo (substância) e de abrangência entre os
sistemas de controle administrativo e judicial, sendo este último total e ilimitado, decorrência, por
simetria, aliás, da limitação dos poderes do legislador e da autoridade administrativa. (NOGUEIRA,
Alberto. Os Limites da Legalidade Tributária no Estado Democrático de Direito Fisco X Contribuinte na
arena jurÃ-dica: ataque e defesa, 2. ed. Rio de Janeiro: Renovar, 1999. P. 107). Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â
 No mais, pertinente destacar que o fato de o contribuinte não ter apresentado os supostos
comprovantes de pagamento do imposto na esfera administrativa não impede que tais documentos
sejam utilizados como prova na via judicial, na forma do art. 369 do CPC, notadamente em se tratando de
ação que enseja a desconstituição do lançamento tributário que a Autora entende indevido.   Â
           Consigne-se, ainda, que ao contrário do que foi afirmado pelo Réu, o pedido
formulado na inicial é plenamente admissÃ-vel, notadamente porque o art. 322, § 2º, do CPC, dispõe
que `a interpretação do pedido considerará o conjunto da postulação e observará o princÃ-pio da
boa-fé¿. Assim, tendo em vista que a Autora requereu a desconstituição do débito fiscal
formalizado por meio dos AInfs nºs 2016/000056-001 e 003, é evidente que a pretensão visa a
anulação do lançamento tributário e, por óbvio, dos AInfs que materializaram tal lançamento (art.
142 do CTN).               Devidamente demonstrada a possibilidade de discussão da
matéria na via judicial, passa-se à apreciação dos demais fundamentos invocados pela Autora no que
diz respeito a pretensa nulidade no lançamento tributário.               O CTN, ao
dispor sobre a sujeição tributária passiva, prevê em seu art. 121 que `sujeito passivo da obrigação
principal é a pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou penalidade pecuniária¿, podendo ser o
`contribuinte¿, quando tiver relação pessoal e direta com o fato gerador, ou o `responsável¿,
quando, não sendo o contribuinte, sua obrigação decorrer da lei. Analisando o tema da
responsabilidade tributária, anota Ricardo Alexandre: O responsável integra a relação jurÃ-dico-
tributária como devedor de um tributo, sem possuir relação pessoal e direta com o respectivo fato
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
gerador. [...] de acordo com o momento em que surge o vÃ-nculo jurÃ-dico entre a pessoa designada por lei
como responsável e o sujeito ativo do tributo, a responsabilidade tributária pode ser classificada como
¿por substituição¿ ou ¿por transferência¿. (ALEXANDRE, Ricardo. Direito tributário. 11ª. Ed.
Salvador: Juspodivm. 2017).               No caso em apreço, a própria Autora
reconhece que atua como responsável tributária, pois, apesar de o contribuinte do ISS, segundo a LC
nº 116/2003, ser o prestador do serviço (art. 5º), a LM nº 7.056/1977, que rege a matéria no
MunicÃ-pio de Belém, devidamente consubstanciada na legislação nacional, estabelece que em
determinadas hipóteses o imposto será devido pelo tomador do serviço. Veja-se: (CTN) Art. 128. Sem
prejuÃ-zo do disposto neste capÃ-tulo, a lei pode atribuir de modo expresso a responsabilidade pelo
crédito tributário a terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva obrigação, excluindo a
responsabilidade do contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter supletivo do cumprimento total ou
parcial da referida obrigação. (Grifo nosso). (LM nº 7.056/1977) Art. 29. São responsáveis pela
retenção na fonte e recolhimento do ISSQN devido neste MunicÃ-pio: [...] IX - o tomador de serviço
quando os serviços forem prestados por pessoa fÃ-sica que não fizer prova de sua inscrição
mobiliária no MunicÃ-pio;               Neste espeque, pode-se inferir da legislação
municipal que, conforme narrado na inicial, a PORTO SEGURO atua como responsável tributária pelo
recolhimento do ISS das corretoras de seguro ao contratar e tomar os serviços de agenciamento,
corretagem ou intermediação de seguros (item 10.01 do art. 21 da LM nº 7.056/1977) e de
regulação de sinistros vinculados a contratos de seguros, inspeção e avaliação de riscos para
cobertura de contratos de seguros e prevenção e gerência de riscos seguráveis e congêneres (item
18.01 do art. 21 da LM nº 7.056/1977).               No mais, a LM nº 7.056/1977, em
seu art. 29, § 2º, dispõe que `em caso de não recolhimento, nos prazos regulamentares, do imposto
retido na fonte, ficará o infrator, além das sanções penais cabÃ-veis, sujeita à multa de 100% sobre o
imposto a recolher¿, sendo que a LM nº 7.934/1998, ao regulamentar a matéria, estabelece: Art. 2º
O Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza retido pela fonte pagadora será recolhido, a cada dia 10
(dez) do mês subsequente ao mês de competência do serviço tomado ou intermediado, transferindo-
se esse prazo para o seguinte dia útil, se seu término coincidir com data em que não houver
expediente normal nos órgãos da Fazenda Municipal.               Desta feita,
constata-se que as normas municipais, além de elencarem o tomador dos serviços ora em análise
como responsável tributário, expressamente preveem que o recolhimento após o dia 10 do mês
subsequente à competência do serviço tomado enseja a imposição de multa de 100% do valor do
imposto a recolher. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â In casu, a Autora aduz que para fins de cumprimento da
legislação municipal e para evitar a cobrança de multa punitiva pelo atraso no recolhimento do ISS na
qualidade de responsável tributária, realiza a emissão de guias avulsas de recolhimento do imposto,
cujos valores correspondem ao ISS referente aos serviços das corretoras de seguro contratadas pela
PORTO SEGURO, sendo que, posteriormente, as corretoras emitem as NFs correspondentes, de modo
que o ISS nelas referenciado já foi pago avulsamente.               O E. TJSP, ao
analisar caso semelhante, no qual empresa seguradora, na qualidade de responsável tributária, discutia
a nulidade de CDA na qual foi inscrito crédito de ISS recolhido pelo pagamento de guias avulsas,
resumiu a operação da seguinte maneira: No caso dos autos, a autora é pessoa jurÃ-dica que atua no
ramo securitário, figurando-se como responsável tributária pelo recolhimento na fonte de ISS incidente
sobre os serviços de agenciamento e corretagem de seguros a ela prestados, consoante estabelece a
legislação municipal de regência (art. 14 LM 12.392/2005). [...] Ao que consta, o referido sistema
impõe aos contribuintes uma metodologia própria para geração de informações, guias e
escriturações das Notas Fiscais de Serviços. Ocorre que é possÃ-vel surgir divergências de
informações que induziriam equivocadamente a Autoridade Fiscal a apurar débitos tributários em
aberto que já teriam sido objeto de pagamento, por intermédio da inclusão de guias avulsas de
pagamento. Com efeito, conforme manifestação pericial, o sistema municipal possibilita a inclusão de
guias avulsas por parte do tomador de serviços somente nos casos em que não houver emissão das
notas fiscais pelos corretores, ou houver emissão em atraso, hipótese em que haverá o registro em
duplicidade, haja vista que o sistema da Fazenda Municipal não vincula o crédito consubstanciado na
guia avulsa emitida pelo tomador. (TJSP; Apelação CÃ-vel 1014820-97.2016.8.26.0114; Relator (a):Â
Rodrigues de Aguiar; Ãrgão Julgador: 15ª Câmara de Direito Público; Foro de Campinas - 1ª Vara
da Fazenda Pública; Data do Julgamento: 05/03/2020; Data de Registro: 05/03/2020).         Â
     No caso da Autora, a prestação do serviço tributado pelo ISS se dá quando as corretoras
de seguro contratadas e remuneradas pela PORTO SEGURO efetivamente negociam e vendem apólices
para os consumidores finais. Veja-se que a Autora toma os serviços das corretoras e, em decorrência
de expressa previsão legal, é responsável por reter o valor do ISS antes de repassar a comissão
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
devida, todavia, cabe às prestadoras de serviço emitir as NFs correspondentes, atividade sobre a qual a
Autora não tem ingerência.               Nesta toada, se a Autora recolhe o imposto de
forma avulsa e o MunicÃ-pio de Belém, com base nas NFs emitidas pelas prestadoras de serviço,
efetua a cobrança do ISS sobre a mesma prestação de serviço, resta evidente se tratar de bis in
idem, conduta vedada pela legislação pátria.               Ressalte-se que este juÃ-zo
tem consciência de que o recolhimento por meio de guias avulsas e não vinculadas às respectivas NFs
pode prejudicar sobremaneira a fiscalização da administração, todavia, tal situação não é
suficiente para autorizar a cobrança em duplicidade de um mesmo crédito, notadamente porque o
recolhimento tributário deve observar estado de fato das coisas e não a mera aparência.       Â
       Neste espeque, devidamente delineada a responsabilidade tributária da Autora pela
retenção e recolhimento do ISS referente aos serviços tomados, cabe a este juÃ-zo aquilatar se a
Autora se incumbiu de demonstrar que efetivamente recolheu avulsamente créditos que foram
lançados nos AInfs nºs 2016/000056-001 e 003 e que estão sendo indevidamente cobrados pelo
Réu.               Ressalte-se, desde já, que a despeito de o MunicÃ-pio de Belém,
em sede de contestação, ter alegado que o valor do imposto devido foi obtido mediante procedimento
de arbitramento, o próprio Réu anexou aos AInfs quadros demonstrativos dos créditos (fls. 25, 27 e
29), nos quais estão delimitados, mês a mês, os valores de ISS devidos em relação aos anos de
2011 e 2013, de modo que tais parâmetros objetivos, fornecidos pela administração fiscal, serão
utilizados pelo juÃ-zo para a apreciação dos demais documentos juntados à baila.          Â
    No que diz respeito ao AInf nº 2016/000056-001 (fl. 24), a Autora foi autuada em razão do
recolhimento a menor dos impostos retidos no ano de 2011, tendo em vista que foi apurada a retenção
de R$ 233.002,31, montante do qual foi recolhido apenas o valor de R$ 195.598,46, gerando uma
diferença a recolher de R$ 37.403,85. O valor devido, após a atualização e a aplicação das
multas cabÃ-veis, passou a ser de R$ 203.099,80.               Em relação a tal
exercÃ-cio fiscal, alega a Autora que efetuou o pagamento dos valores de ISS referentes à s
competências de janeiro e agosto, conforme documentação colacionada à fl. 31/38.        Â
      Quanto ao mês de janeiro/2011, o demonstrativo de créditos anexo ao AInf aponta que o
valor do tributo devido era de R$ 19.737,26, porém o recolhimento se deu somente sobre o montante de
R$ 18.725,87, restando uma pendência de R$ 1.011,39 (após atualização e multas, R$ 5.573,83). Â
             Verifica-se que a planilha juntada à fl. 31 indica que no dia 10 de fevereiro de
2011 houve o recolhimento avulso do ISS referente ao mês de janeiro, exatamente no valor de R$
1.011,39, todavia, os DAMs de fl. 32/35 não corroboram tal informação.              Â
O DAM juntado à fl. 32, correspondente à guia de recolhimento nº 72804, está com uma rasura no
campo destinado a indicação das NFs correspondentes, todavia, ainda que se presuma como correta a
informação constante da planilha, que atesta se tratar das NFs nºs 23 e 135, os valores indicados nos
dois documentos são completamente diferentes, pois na planilha consta como valores do ISS: R$ 44,58
(NF 23, cujo preço do serviço foi de R$ 891,65) e R$ 723,90 (NF 135, cujo preço do serviço foi de
R$ 14.478,19), totalizando R$ 768,48 (preço do serviço total de R$ 15.369,84), todavia, no DAM
¿correspondente¿ consta o valor do ISS no montante de R$ 15.258,82, calculado sobre uma
movimentação econômica de R$ 308.091,01. Veja-se que o valor do DAM supera em muitas vezes o
valor pendente constante do demonstrativo de débitos elaborado pelo fisco, de modo que é muito mais
provável que o montante em questão já esteja sendo considerado como tributo pago referente a
janeiro/2011 (R$ 18.725,87) e não diga respeito ao valor pendente de recolhimento.          Â
    Não obstante, os DAMs juntados à fl. 33/35 totalizam o ISS recolhido no valor de R$ 242,91,
constando em todas como competência o mês de janeiro de 2011 e como data de pagamento o dia 10
de fevereiro de 2011, referente as guias de nºs 00017 (26,93), 00021 (48,04) e 00020 (167,94),
informações que convergem com os dados constantes na planilha de fl. 31, permitindo ao juÃ-zo
concluir que tais valores, de fato, foram recolhidos previamente e, portanto, lançados indevidamente em
face da Autora, notadamente por se tratar de montante que se adequa ao valor do tributo devido, indicado
no quadro demonstrativo de créditos.               Quanto ao mês de agosto/2011, o
demonstrativo de créditos anexo ao AInf aponta que o valor do tributo devido era de R$ 24.235,79,
porém não houve recolhimento, estando o montante integralmente pendente (após atualização e
multas, R$ 131.192,22).               A planilha juntada à fl. 36/37 indica que houve o
recolhimento avulso do ISS referente à competência de agosto, no montante de R$ 24.513,92 (referente
às NFs emitidas no mês de agosto). Por sua vez, o DAM nº 119.02564/11 e o comprovante de
pagamento correspondente (fl. 38), dispõem que no dia 14 de setembro de 2011 foi recolhido o montante
de R$ 25.093.10, englobando o ISS no valor de R$ 24.601,08 e a multa no valor de R$ 492,02. Ressalte-
se que no próprio DAM consta a anotação `referente a retenção ISSQN sobre as NFS-E emitidas
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análise foi de R$ 19.438,58, ou seja, R$ 59,25 a menos do que conta no demonstrativo de créditos.  Â
            Nesta senda, conclui-se que a Autora não demonstrou ter recolhido nenhuma
parcela do valor que está sendo efetivamente cobrado em relação à competência de outubro/2013,
pois a documentação juntada à baila apenas corrobora a informação que consta do demonstrativo
de crédito de fl. 29, de que o valor pago pela responsável tributária foi insuficiente para quitar
integralmente o crédito devido.               A fim de sintetizar a análise documental
realizada, apontam-se as seguintes conclusões: (a) em relação à competência de janeiro/2011, a
Autora demonstrou ter recolhido avulsamente o montante de R$ 242,91, não contabilizado pelo
MunicÃ-pio de Belém e, portanto, sendo cabÃ-vel a dedução do valor devido e a elaboração de
novos cálculos; (b) em relação à competência de agosto/2011, a Autora demonstrou ter recolhido
avulsamente o montante de R$ 24.601,08, a tÃ-tulo de ISS, bem como R$ 492,02, a tÃ-tulo de multa, sendo
cabÃ-vel a dedução do valor devido e a elaboração de novos cálculos. Ressalte-se, porém, que o
pagamento se deu fora do prazo legal, sendo possÃ-vel a cobrança de multa punitiva, com os devidos
descontos, na forma do art. 29, § 2º e § 3º, da LM nº 7.056/1977; (c) em relação Ã
competência de fevereiro/2013, a Autora demonstrou ter recolhido avulsamente o montante de R$
1.185,29, não contabilizado pelo MunicÃ-pio de Belém e, portanto, sendo cabÃ-vel a dedução do
valor devido e elaboração de novos cálculos; e (d) em relação às demais competências, inclusive
maio e outubro de 2013, não se incumbiu a Autora de demonstrar o recolhimento avulso de nenhum
valor, sendo indevida qualquer dedução. II. PEDIDO DE TUTELA PROVISÃRIA CAUTELAR DE
URGÃNCIA. CONCESSÃO PARCIAL NA SENTENÃA. POSSIBILIDADE. INTELIGÃNCIA DO ART. 1.012,
§ 1º, INCISO V, DO CPC.               Conforme apontado quando na narrativa dos
fatos, ao receber a petição inicial este juÃ-zo se reservou para apreciar o pedido de tutela provisória
cautelar de urgência de forma postergada, tendo em vista a necessidade excepcional de analisar os
fundamentos da contestação, a fim de bem fundamentar a decisão.               Em
que pese a regra ser a apreciação do pedido de tutela provisória no inÃ-cio do trâmite processual (art.
300, § 2º, do CPC), é certo que o CPC, em seu art. 1.012, § 1º, inciso V, autoriza ao juÃ-zo
conceder a referida tutela em sentença, decisão que, nos dizeres de Teori Zavascki, tem o condão de
autorizar o cumprimento provisório da obrigação, uma vez que atribui eficácia imediata ao decisium e
retira da apelação o efeito suspensivo (ZAVASCKI, Teori Albino. Antecipação da Tutela. São
Paulo: Saraiva, 1997). Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â In casu, a Autora pretende obter a tutela para fins de
suspensão da exigibilidade do crédito tributário, tendo requerido, ainda, o direito de obter certidões
de regularidade fiscal durante o trâmite do presente feito (item ¿b¿, do tópico ¿V¿ da peça
vestibular).               O art. 300 do CPC, ao versar sobre a Tutela Provisória de
Urgência, dispõe que esta será concedida mediante a presença de dois requisitos cumulativos, a
saber: (1) existência de elementos que evidenciem a probabilidade do direito; e (2) perigo de dano ou
risco ao resultado útil do processo.               A probabilidade do direito (fumus boni
iuris) é aquele direito plausÃ-vel, que em um juÃ-zo sumário e superficial conduza a uma opinião de
credibilidade. Trata-se da probabilidade lógica, aquela que surge da confrontação das alegações e
das provas com os elementos disponÃ-veis nos autos, firmando o convencimento judicial da probabilidade
do direito e verossimilhança da alegação para fins de concessão da tutela provisória. Já o perigo
de dano (periculum in mora) é o risco que, objetivamente apurável, corre o processo de não ser útil
em razão da demora.               No que diz respeito à probabilidade de direito,
conforme devidamente esclarecido no item ¿I¿, acima, após a análise das provas constantes dos
autos chegou-se à conclusão de que o direito da Autora é, tão somente, a dedução de parte dos
valores lançados nos AINFs nºs 2016/000056-001 e 003, não tendo sido demonstrado o recolhimento
avulso de todo o crédito tributário, de modo que a pretensa suspensão da exigibilidade só pode se
dar sobre os valores indevidamente cobrados, mantendo-se hÃ-gida a cobrança em relação aos
valores não recolhidos.               Não obstante, quanto ao perigo de dano, é
evidente os prejuÃ-zos que podem ser causados ao sujeito passivo da obrigação tributária em
decorrência de uma cobrança indevida, mesmo que em parte, dentre os quais pode-se citar, por
exemplo, o ajuizamento de execução fiscal e protesto extrajudicial com valores em excesso.     Â
         Desta feita, estão presentes, in casu, os requisitos que autorizam a concessão
parcial da tutela provisória de urgência pretendida pela Autora, tão somente para suspender a
exigibilidade dos créditos de ISS recolhidos avulsamente, referentes às competências de janeiro/2011
(R$ 242,91), agosto/2001 (R$ 24.601,08) e fevereiro/2013 (R$ 1.185,29), lançados nos AInfs nºs
2016/000056-001 e 003.               No mais, não se justifica a concessão de tutela
para fins de obtenção de certidão negativa ou certidão positiva com efeitos de negativa, tendo em
vista a existência de créditos incontroversos devidos pela Autora, que não foram garantidos judicial ou
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
julgamento improcedente dos pleitos formulados na peça vestibular, sustentando, ainda, que a decisão
proferida na ação anulatória não havia transitado em julgado, estando em grau de recurso pendente
de julgamento.            Em réplica (fl. 65/74), a Embargante ratificou os termos da inicial,
reiterando que a matéria foi decidida nos autos da ação anulatória de forma favorável aos seus
interesses, aplicando-se aos presentes embargos por ser idêntica à questão em discussão.     Â
      Em decisão de fl. 87, o feito foi suspenso na forma do art. 313, inciso V, alÃ-nea ¿a¿, do
CPC, tendo em vista a pendência de trânsito em julgado da sentença proferida nos autos do processo
nº 0028107-20.2003.8.14.0301, originalmente em trâmite na 2ª Vara de Execução Fiscal de
Belém, no qual aquele juÃ-zo declarou a inexistência de relação jurÃ-dico-tributária que obrigasse a
ClÃ-nica de Olhos do Pará a recolher o ISS nos moldes apurados pelo MunicÃ-pio de Belém no AInf nº
2788-1/2003, declarando ainda o direito da empresa de pagar o imposto nos termos do art. 9º, §§ 1º
e 3º, do DL nº 406/1968.            à fl. 91 consta ofÃ-cio remetido pelo Diretor de
Secretaria da 2ª Vara de Execução Fiscal de Belém, informando que o processo nº 0028107-
20.2003.8.14.0301 transitou em julgado, conforme documentação de fl. 92/116, com certidão de
trânsito juntada à fl. 116-verso.            A execução fiscal foi extinta, em razão da
ausência de liquidez e certeza da dÃ-vida inscrita na CDA nº 36.940/2003, o que ensejou o
reconhecimento da nulidade da execução, conforme art. 803, inciso I, do CPC e, por conseguinte, a
extinção do crédito tributário.          Vieram-me os autos conclusos para decisão.  Â
       à O RELATÃRIO.          DECIDO.            Verifica-se que o
feito trata exclusivamente de questão de direito, sendo desnecessária a instrução probatória,
razão pela qual resta autorizado o julgamento antecipado do mérito, nos termos do art. 355, inciso I, do
CPC. I. QUESTÃO PREJUDICIAL DE MÃRITO. AUSÃNCIA SUPERVENIENTE DE INTERESSE DE
AGIR. EXTINÃÃO DA EXECUÃÃO. COISA JULGADA.            Da análise dos autos
principais, constata-se que o feito executório foi extinto, pois, em razão da sentença proferida nos
autos da Ação Anulatória de Débito Fiscal que tramitou na 2ª Vara de Execução Fiscal de
Belém (processo nº 0028107-20.2003.8.14.0301), reconheceu-se a ausência de liquidez e certeza da
dÃ-vida inscrita na CDA nº 36.940/2003, o que ensejou a nulidade da execução fiscal e, por corolário,
a extinção do crédito tributário, em virtude de decisão judicial passada em julgado, conforme
previsto no art. 156, inciso X, do CTN. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Consigne-se, por oportuno, que a referida
decisão declarou a inexistência de relação jurÃ-dico-tributária entre a Embargante e o Fisco
Municipal, no tocante à obrigatoriedade de recolhimento do ISS nos moldes apurados no AInf nº 2788-
1/2003, declarando o seu direito de pagar o imposto na forma prevista no art. 9º, §§ 1º e 3º, do DL
nº 406/1968.            Desta feita, verifica-se que o objeto da ação anulatória é o
mesmo dos presentes embargos, opostos com a finalidade de discutir a legalidade do crédito tributário
lançado no AInf nº 2788-1/2003.            Destarte, não há razão no prosseguimento
dos presentes embargos, uma vez que a execução impugnada já foi extinta, denotando, assim, a
ausência de interesse processual por parte da Embargante.            O art. 17 do CPC
condiciona o direito de ação à existência de legitimidade e interesse de agir, sendo que essa última
condição se desdobra no binômio: necessidade e adequação, conforme esclarece Humberto
Theodoro: O interesse processual, em suma, exige a conjugação do binômio necessidade e
adequação, cuja presença cumulativa é sempre indispensável para franquear à parte a
obtenção da sentença de mérito. Assim, não se pode, por exemplo, postular declaração de
validade de um contrato se o demandado nunca a questionou (desnecessidade da tutela jurisdicional),
nem pode o credor, mesmo legÃ-timo, propor ação de execução, se o tÃ-tulo de que dispõe não
é um tÃ-tulo executivo na definição da lei (inadequação do remédio processual eleito pela parte).
(THEODORO JR., Humberto. 2016. Edição 56).            Nesta toada, a extinção da
execução fiscal implica na superveniente perda do interesse de agir da embargante. A jurisprudência,
em decisões recentes, tem se firmado nesse sentido. Veja-se: APELAÃÃO CÃVEL. DIREITO
TRIBUTÃRIO. EMBARGOS Ã EXECUÃÃO FISCAL. TAXA DE LOCALIZAÃÃO E VISTORIA. EXTINÃÃO
DA EXECUÃÃO FISCAL PELA NULIDADE DA CDA. SENTENÃA MANTIDA EM SEDE DE APELAÃÃO.
TRÃNSITO EM JULGADO DA DECISÃO. PROSSEGUIMENTO EQUIVOCADO DA EXECUÃÃO FISCAL.
PERDA SUPERVENIENTE DO OBJETO. EXTINÃÃO DE OFÃCIO. - Os embargos à execução
possuem natureza jurÃ-dica de processo de conhecimento, autônomo ao feito executivo, mas incidente
sobre o seu curso. Logo, extinta a execução fiscal pela nulidade do tÃ-tulo executivo, devem ser extintos
sem resolução de mérito os embargos à execução opostos pelo codevedor, em face da
superveniente ausência de interesse de agir. Precedentes. DE OFÃCIO, JULGADOS EXTINTOS OS
EMBARGOS Ã EXECUÃÃO, RESTANDO PREJUDICADO O RECURSO DO MUNICÃPIO. (TJ-RS - AC:
70084195627 RS, Relator: Marilene Bonzanini, Data de Julgamento: 16/11/2020, Vigésima Segunda
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
165 (LM nº 7.056/1977). O crédito tributário, quando não pago nos prazos previstos em lei, ficará
acrescido da multa de mora, de acordo com os seguintes percentuais: (NR) Até 30 (trinta) dias, 2% (Dois
por Cento); De 31 (trinta e hum) a 60 (sessenta) dias, 4% (Quatro por Cento); De 61 (sessenta e um) a 90
(noventa) dias, 8% (Oito por Cento); De 91 (noventa e um) a 120 (cento e vinte) dias, 16% (Dezesseis por
Cento). Acima de 120 (cento e vinte) dias 32% (Trinta e Dois por Cento). Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â
Neste espeque, da análise do art. 161 do CTN, verifica-se que, uma vez não pago o crédito tributário
no vencimento, cabe a incidência de juros de mora, a partir do vencimento da obrigação, sendo fato
notório que, no caso do IPTU, a constituição do crédito tributário se dá pela notificação do
contribuinte por meio do recebimento do carnê, nos termos da Súmula 397 do STJ.          Â
     Nesse sentido: TRIBUTÃRIO. EXECUÃÃO FISCAL. JUROS DE MORA. INCIDÃNCIA A
PARTIR DO VENCIMENTO DA OBRIGAÃÃO. 1. Os juros moratórios incidem a partir do vencimento da
obrigação tributária, nos termos do art. 161 do Código Tributário Nacional. 2. Recurso especial
provido. (STJ - REsp: 512192/SP 2003/0017945-7, Relator: Ministro João Otávio de Noronha, Data de
Julgamento: 27/02/2007, T2 - Segunda Turma, Data de Publicação: DJ 16/03/2007, p. 332).     Â
         Em relação ao inciso III, constata-se que tanto na CDA de fl. 04 quanto na de fl. 26
do feito executório, está expressamente consignado que a natureza da dÃ-vida decorre do imposto sobre
a propriedade predial e territorial urbana (IPTU), que tem como fato gerador a propriedade, o domÃ-nio útil
ou a posse de bem imóvel, com fundamento legal previsto no art. 4º da Lei Municipal nº 7.056/1977. Â
             Por fim, no tocante ao inciso IV, tem-se que as ambas as CDAs dispõem
acerca da atualização monetária da dÃ-vida, em conformidade com o art. 3º, §2º, da Lei Municipal
nº 8.033/2000, ou seja, usando a variação do IPCA-E. Veja-se: Art. 3° (LM 8.033/2000). A
atualização monetária dos valores expressos em moeda, será realizada anualmente, com base na
variação do Ãndice de Preços ao Consumidor Amplo Especial - IPCA-E, medido pela Fundação
Instituto Brasileiro de Geografia e EstatÃ-stica - IBGE, criado pela Lei n° 8.383, de 30 de dezembro de
1991. [...] § 2°. Para os exercÃ-cios subsequentes, a atualização do valor terá como base a
variação acumulada do IPCA-E de outubro do exercÃ-cio anterior a setembro do exercÃ-cio em curso,
com aplicação a partir de 01 de janeiro do exercÃ-cio subsequente.              Â
Ademais, verifica-se que nos tÃ-tulos constam a discriminação do débito originário e corrigido, além
dos valores referentes à multa e juros de mora calculados especificamente para cada um dos exercÃ-cios
fiscais englobados pelas CDAs.               No tocante à alegação suscitada em
réplica de que ¿a CDA nº 237.993/2010 diverge dos elementos e informações da petição inicial
a ela relacionada¿ (fl. 50), e não identifica o número de inscrição das cobranças, melhor sorte
não assiste à Embargante.               à consabido que o cadastro imobiliário do
Sistema de Arrecadação Municipal de Belém conta com três identificadores, o primeiro se trata do
número sequencial, de seis dÃ-gitos (000.000); o segundo diz respeito à inscrição imobiliária, com
catorze dÃ-gitos (00/000/0000/000-00); e o terceiro, por fim, diz respeito à inscrição multifinalitária, que
conta com vinte e quatro dÃ-gitos (000/00000/00/00/0000/000/000-00). Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â No
caso concreto, da análise da CDA nº 125.281/2002 (fl. 04 - autos principais), verifica-se que consta a
inscrição imobiliária (07/019/0497/000-57), a inscrição multifinalitária
(007/34882/13/47/0655/000/000) e o sequencial (056156), sendo que após a decretação da
prescrição do crédito tributário relativo ao exercÃ-cio de 1997 por meio da decisão de fl. 17/21
(autos principais), o Embargado procedeu a substituição pela CDA nº 237.993/2010 (fl. 26 - autos
principais), constando no tÃ-tulo o mesmo número da inscrição multifinalitária e do sequencial, sendo
que na petição de fl. 25 consta o mesmo número da inscrição imobiliária que está na CDA
originária de nº 125.281/2002 (070190497000), além dos números da inscrição multifinalitária e
do sequencial do imóvel, não se vislumbrando nenhuma inconsistência de dados entre o tÃ-tulo
substituÃ-do e o tÃ-tulo original, com exceção da exclusão do exercÃ-cio prescrito, conforme
determinado na decisão do JuÃ-zo, ressaltando-se, ainda, que a CDA nº 237.993/2010 cumpre
integralmente com os requisitos legais estabelecidos no art. 2º, § 5º, da LEF e art. 202 do CTN.   Â
           Desta feita, tem-se que a Embargante se limitou a apresentar meras alegações
acerca da nulidade das certidões de dÃ-vida ativa, prevalecendo a presunção de certeza e liquidez do
tÃ-tulo executivo, conforme entendimento jurisprudencial a seguir ementado: AGRAVO DE
INSTRUMENTO. EXCEÃÃO DE PRÃ-EXECUTIVIDADE. ALEGAÃÃO GENÃRICA DE NULIDADE DA
CDA. PRESUNÃÃO DE LIQUIDEZ E CERTEZA PRESERVADA. 1 - Trata-se de agravo de instrumento
interposto em face de decisão que rejeitou a Exceção de Pré-Executividade apresentada pela parte
executada, afastando as alegações de nulidade do tÃ-tulo executivo. 2 - A Certidão de DÃ-vida Ativa
goza de presunção relativa de certeza e liquidez, nos termos do art. 204 do CTN e artigo 3º da Lei nº
6.830/80, sendo certo que a referida presunção impõe ao executado o ônus de demonstrar a
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
ilegalidade da cobrança, o que não ocorreu no caso. 3 - A Agravante não apresentou prova
inequÃ-voca tendente a afastar a presunção de liquidez e certeza do tÃ-tulo, limitando-se a
apresentação alegações genéricas quanto à constituição da CDA, por ofensa aos princÃ-pios
do contraditório e da ampla defesa. O tÃ-tulo apresenta todos os encargos que incidiram no cálculo do
crédito e suas fundamentações legais, bem como a forma de apuração, não havendo qualquer
fundamento para declarar a sua nulidade. 4 - Agravo de instrumento não provido (TRF-2, Agravo de
Instrumento AG 00105552520164020000 RJ 0010555-25.2016.4.02.0000, Relator Marcus Abraham,
julgado em 22/03/2017) (Grifo nosso).               Nessa toada, não se incumbiu a
Embargante de demonstrar, por prova inequÃ-voca, que as CDAs que instruem o feito executório estão
eivadas de vÃ-cios de liquidez e certeza, ao contrário, restou demonstrado que tanto a peça vestibular
quanto a inscrição da dÃ-vida preenchem todos os requisitos legais, razão pela qual não se sustenta
a alegação de inépcia, sendo, portanto, afastada a questão preliminar. II. PRESCRIÃÃO DO
CRÃDITO TRIBUTÃRIO. INOCORRÃNCIA. RECONHECIMENTO EM PARECER ADMINISTRATIVO.
AUSÃNCIA DE VINCULAÃÃO DO ATO. PRAZO QUINQUENAL NÃO ULTRAPASSADO. Â Â Â Â Â Â Â Â
      A Embargante aduz que solicitou administrativamente o reconhecimento da prescrição do
débito de IPTU dos exercÃ-cios de 1996 a 2005, pleito deferido pela SEFIN, razão pela qual pugna pela
extinção do feito.               O Embargado, por seu turno, sustenta a inocorrência
de prescrição uma vez que a cobrança executiva ocorreu no prazo legal, e no tocante ao pedido
administrativo formulado perante à SEFIN, afirma que a existência de parecer não implica no
deferimento do pleito na fase judicial. No mais, aduz que o parecer se apresenta em cópia simples e
sequer foi subscrito pela chefia do setor responsável e aprovado pelo Secretário Municipal.      Â
        No que concerne à prescrição originária, é cediço que a Fazenda Pública tem o
prazo de cinco anos para cobrar seus créditos tributários, contados da data de sua constituição
definitiva, ocorrendo a prescrição quando a pretensão jurÃ-dica não se exercita no prazo quinquenal,
em razão da inércia do titular, conforme se denota do art. 174 do CTN.              Â
Em se tratando do IPTU e taxas vinculadas ao imóvel, tem-se que o contribuinte é notificado do
lançamento pelo envio do carnê ao seu endereço (Súmula 397 do STJ), passando a correr o lustro
prescricional previsto no art. 174 do CTN no dia seguinte ao vencimento estipulado para o pagamento da
exação (05 de março de cada ano), não configurando o parcelamento de ofÃ-cio concedido pela
Fazenda Pública como causa interruptiva do prazo prescricional (Tema 980 dos Recursos Repetitivos -
REsp 1.658.517/PA e REsp 1.641.011/PA) e havendo presunção de recebimento em favor do
MunicÃ-pio, cabe ao próprio contribuinte provar que não recebeu o carnê (Informativo nº 247/2006 do
STJ). Ademais, a despeito da previsão contida no art. 174, Parágrafo Ãnico, inciso I, do CTN (seja antes
ou depois da LC nº 118/2005), é pacÃ-fico no STJ o entendimento jurisprudencial no sentido de que a
causa de interrupção retroage à data da propositura da ação, ou seja, pragmaticamente, entende-se
que a prescrição é interrompida a partir do momento em que o exequente provoca o Judiciário com o
ajuizamento da ação de execução fiscal (Tema 383 dos Recursos Repetitivos - REsp 1.120.295/SP).
              No caso dos autos a ação de execução fiscal foi devidamente ajuizada
em 20 de maio de 2002, visando a cobrança de débito de IPTU dos exercÃ-cios de 1997 a 1999 e 2001.
Todavia, em decisão proferida nos autos principais (fl. 17/21), foi decretada a prescrição do crédito
tributário relativo ao exercÃ-cio de 1997, tendo o Embargado substituÃ-do o tÃ-tulo original pela CDA nº
237.993/2010 (fl. 26), na qual passou a constar apenas o valor do débito remanescente relativamente
aos exercÃ-cios não prescritos, não se podendo falar em ocorrência de prescrição quanto ao
crédito do(s) exercÃ-cio(s) fiscal(is) executado(s) de 1998, 1999 e 2001, uma vez que o direito de
ação do fisco se deu antes de escoado o lapso quinquenal.               Outrossim,
em que pese em âmbito administrativo, nos autos do processo nº 034043/2012, a Secretaria de
Finanças do MunicÃ-pio ter se manifestado no sentido de reconhecer a prescrição do crédito
tributário em relação aos exercÃ-cios de 1996 a 2003 (fl. 21/22), verifica-se que o ato praticado trata-se
de parecer meramente opinativo, de maneira que suas motivações e conclusões não vinculam a
Administração Pública ou o Poder Judiciário.               Sobre o tema anota Maria
Sylvia Zanella Di Pietro: Parecer é o ato pelo qual os órgãos consultivos da Administração emitem
opinião sobre assuntos técnicos ou jurÃ-dicos de sua competência. [...] O parecer é obrigatório
quando a lei o exige como pressuposto para a prática do ato final. A obrigatoriedade diz respeito Ã
solicitação do parecer (o que não lhe imprime caráter vinculante). Por exemplo, uma lei que exija
parecer jurÃ-dico sobre todos os recursos encaminhados ao Chefe do Executivo; embora haja
obrigatoriedade de ser emitido o parecer sob pena de ilegalidade do ato final, ele não perde o seu
caráter opinativo. [...] No âmbito da Administração Pública, a atividade consultiva é privativa da
Advocacia-Geral da União e das Procuradorias dos Estados, conforme arts. 131 e 132 da
538
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
Constituição Federal. (DI PIETRO, Maria Sylvia. Direito Administrativo. 31. ed. rev. atual. ampl. Rio de
Janeiro: Forense, 2018. p. 263)               Não obstante, nota-se que o parecer
proferido no processo nº 034043 na data de 26 de setembro de 2012, ainda seria submetido Ã
apreciação do Procurador-Chefe, não havendo nos autos a prova da conclusão adotada pela
Procuradoria Fiscal, tampouco se o crédito foi extinto no âmbito administrativo. Ao contrário, a
consulta do sistema SAT datada de 01/10/2012, juntada pela própria Embargante à fl. 24/25, indica que
os exercÃ-cios fiscais de 1998, 1999 e 2001 permaneciam inscritos em dÃ-vida ativa, o que permite ao
juÃ-zo inferir que não houve cancelamento dos créditos tributários pela prescrição na esfera
administrativa.               Nesse viés, por se tratar de parecer desprovido de
caráter vinculante, sem comprovação do cancelamento dos créditos tributários na esfera
administrativa, nem tampouco sendo o caso de reconhecimento da prescrição no âmbito judicial, em
virtude do ajuizamento da ação fiscal dentro do lustro prescricional, não há que se falar em
extinção do crédito tributário pela prescrição, não resistindo o pleito autoral neste ponto. III.
EXCESSO DE PENHORA. INOCORRÃNCIA. CONSTRIÃÃO REALIZADA SOBRE O IMÃVEL QUE
ORIGINOU O CRÃDITO EXECUTADO. INEXISTÃNCIA DE INDICAÃÃO DE OUTROS BENS APTOS Ã
SUBSTITUIÃÃO. DESCONSTITUIÃÃO DO AUTO DE PENHORA. IMPOSSIBILIDADE. Â Â Â Â Â Â Â Â Â
     Sustenta a Embargante que a penhora foi realizada sobre imóvel que é dividido em duas
partes, o qual supera em muito o valor da dÃ-vida executada, caracterizando excesso de penhora, razão
pela qual pugna pela correta avaliação do bem e desconstituição da penhora excessiva.      Â
        Em impugnação o Embargado aponta que foi assegurado à Embargante pagar a
dÃ-vida ou nomear outros bens à penhora, tendo sido constrito o imóvel que originou o débito executado
em decorrência de sua inércia. Argumenta, ainda, que o fato de o bem ser avaliado em montante
superior ao da dÃ-vida não invalida a penhora, pois após a quitação da dÃ-vida e seus consectários
legais, haverá devolução do saldo ao executado.               Em réplica, a
Embargante ratifica a ocorrência de excesso de penhora, acrescentando que o imóvel penhorado foi
avaliado somente externamente, o que não retrata o real valor do bem.               In
casu, diversamente do que afirmou a Embargante, verifica-se que a Oficiala de Justiça encarregada da
diligência não descreveu que o imóvel penhorado abrangia duas partes, com diferentes metragens.
Pelo contrário, observa-se que a constrição recaiu sobre o imóvel gerador do débito tributário de
IPTU indicado na CDA, situado na Av. Marques de Herval, nº 1923, Pedreira, qual seja, um ¿galpão
utilizado para fins comerciais, construÃ-do em alvenaria, medindo, aproximadamente, trinta e cinco metros
de frente¿, avaliado em R$ 550.000,00 (quinhentos e cinquenta mil reais), conforme Auto de Penhora de
fl. 31 do feito executório.               Veja-se que a Embargante não demonstrou que
o bem possui matrÃ-culas distintas com a possibilidade de penhora apenas de parte do imóvel para
satisfação do crédito executado, o que poderia ter sido feito por meio da juntada de certidão
imobiliária expedida pelo cartório competente.               Especificamente no que diz
respeito ao pretenso excesso de penhora, é cediço que em se tratando de execução fiscal de
obrigação propter rem, como é o caso do IPTU, devidamente citado o executado, se este não paga
a dÃ-vida e nem garante a execução no prazo de cinco dias, o próprio imóvel que ensejou a
cobrança do tributo poderá ser penhorado para garantir a execução, ainda que seu valor seja muito
superior ao débito fiscal, pois não haverá prejuÃ-zo ao devedor, uma vez que a liberação do
numerário após a hasta pública se fará no limite do crédito quantificado, sendo o montante restante
restituÃ-do ao executado, nos termos do art. 907 do CPC. Neste sentido a jurisprudência pátria:
APELAÃÃO CÃVEL - EMBARGOS Ã EXECUÃÃO FISCAL - IPTU DOS EXERCÃCIOS DE 2007 A 2010.
[...] 4) Excesso de Penhora - Inexistência - Obrigação propter rem que coloca o próprio imóvel como
garantia da dÃ-vida - A execução se dá no interesse do credor. [...] (TJ-SP - AC:
10471975920178260576 SP 1047197-59.2017.8.26.0576, Relator: Eutálio Porto, Data de Julgamento:
14/09/2021, 15ª Câmara de Direito Público, Data de Publicação: 14/09/2021). (Grifo nosso)
TRIBUTÃRIO. EMBARGOS Ã EXECUÃÃO FISCAL. IPTU. PENHORA. IMÃVEL GERADOR DO
TRIBUTO. ARTIGO 3º, IV, LEI 8.009/90. CABIMENTO. EXCESSO. INOCORRÃNCIA. PRECEDENTES.
Perfeitamente cabÃ-vel a penhora do próprio imóvel gerador do IPTU, o qual inegavelmente responde
pelo débito e se apresenta como preferencial na definição da responsabilidade executiva, além de
estar fora do alcance da proteção do bem de famÃ-lia, a teor do artigo 3º, IV, da Lei nº 8.009/90, a
afastar a alegação em torno de impenhorabilidade do bem, não havendo cogitar, ainda, de excesso
de penhora, até por se limitar a constrição ao valor do crédito executado (Apelação CÃ-vel nº
70070139548, Vigésima Primeira Câmara CÃ-vel, TJRS, Relator ArmÃ-nio José Abreu Lima da Rosa,
julgado em 27/07/2016, DJ de 03/08/2016). (Grifo nosso) Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Desta feita,
considerando que o imóvel penhorado foi o próprio imóvel que gerou o crédito executado, não se
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
verifica excesso de penhora, ainda que o valor do bem seja consideravelmente superior ao do crédito. Â
             Infere-se, destarte, que o fato de o valor do bem superar significativamente o
montante da dÃ-vida executada não autoriza, por si só, a desconstituição da penhora, conforme
entendimento da jurisprudência pátria nesse sentido. Veja-se: EMENTA: APELAÃÃO CÃVEL -
TRIBUTÃRIO - EMBARGOS - EXECUÃÃO FISCAL - IPTU - PENHORA - IMÃVEL GERADOR DO
DÃBITO - EXCESSO - AUSÃNCIA DE INDICAÃÃO DE OUTRO BEM - PROSSEGUIMENTO DA
EXECUÃÃO - SENTENÃA MANTIDA.- Tendo em vista a natureza real da dÃ-vida do IPTU, inexiste
qualquer óbice à efetivação da constrição judicial do bem imóvel, gerador do débito fiscal.- A
discrepância entre o valor do imóvel e o do crédito tributário, por si só, não autoriza a
desconstituição da penhora, sob a alegação de excesso, notadamente porque além de não
terem sido indicados outros bens, passÃ-veis de constrição, que pudessem satisfazer o credor e atender
ao princÃ-pio da menor onerosidade, no caso de alienação, a quantia excedente apurada será
restituÃ-da à executada. (TJ/MG. APELAÃÃO CÃVEL Nº 1.0000.20.451871-6/001. REL. DES. CARLOS
LEVENHAGEN. ÃRGÃO JULGADOR: 5ª CÃMARA CÃVEL. JULGAMENTO: 20/08/2020. PUBLICAÃÃO:
21/08/2020) (Grifo nosso) Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â No tocante ao argumento de que o valor da
avaliação não corresponde ao real valor do imóvel penhorado, não se vislumbra prejuÃ-zo algum Ã
parte executada, notadamente porque, via de regra, caso seja realizado o leilão do bem, será feita nova
avaliação em data próxima à praça, para fins de atualização do bem pelo valor de mercado.  Â
            Por fim, importante pontuar que segundo disposição contida no art. 874,
inciso I, do CPC, após a avaliação, o juiz poderá, a requerimento do interessado e ouvida a parte
contrária, mandar reduzir a penhora aos bens suficientes ou transferi-la para outros, se o valor dos bens
penhorados for consideravelmente superior ao crédito do exequente e dos acessórios, porém, a
substituição do bem constrito por outro de menor valor somente será autorizada se o executado
cumprir os requisitos previstos no art. no art. 847, §§ 1º e 2º, do CPC.              Â
Não obstante, consigne-se que a embargante não apresentou outros bens em substituição ao
imóvel penhorado, limitando-se a alegação de penhora excessiva, razão pela qual não resiste a
pretensão autoral de desconstituição da constrição sustentada na inicial. IV. INEXIGIBILIDADE DO
TÃTULO EXECUTIVO. INOCORRÃNCIA. PRESUNÃÃO DE LIQUIDEZ E CERTEZA PRESERVADA.
APRESENTAÃÃO DE DEMONSTRATIVO DE CÃLCULO EM EXECUÃÃO FISCAL. DESNECESSIDADE.
SÃMULA Nº 559/STJ.               Sustenta a Embargante, ainda, ser inexigÃ-vel o
tÃ-tulo executivo que instruiu o feito executório, pois o débito inscrito é ilÃ-quido, sendo dever do
exequente demonstrar o quanto é devido, com a apuração da atualização monetária, dos juros de
mora e de todos os encargos que recaem sobre o principal, conforme previsto no art. 202 do CTN. Â Â Â Â
          O Embargado, por seu turno, destaca que a embargante não se desincumbiu do
ônus de ilidir, por prova inequÃ-voca, a presunção de certeza e liquidez da CDA, que preenche todos
os requisitos do art. 2º, § 5º, da LEF.               Conforme já apontado quando da
análise da preliminar de inépcia da inicial, no item ¿I¿ do presente decisum, este juÃ-zo reconheceu
que as CDA´s que instruem o feito executório preenchem os requisitos do art. 2º, § 5º, da LEF, uma
vez que, além do débito original, consta também o montante atualizado e os valores de multa
moratória e juros de mora, bem como os critérios usados para a atualização monetária (art. 3º, §
2º, da LM nº 8.033/2000) e para a aplicação da multa (art. 165 da LM nº 7.056/1977) e dos juros
(art. 161 do CTN).               Desta feita, a embargante não apresentou prova
inequÃ-voca apta a afastar a presunção de certeza e liquidez da dÃ-vida ativa regularmente inscrita,
conforme disposto no art. 3º, parágrafo único, da LEF, não havendo qualquer fundamento para
declarar a sua nulidade.               Ademais, a LEF é a norma que rege de forma
especÃ-fica o processo de execução fiscal, não se podendo invocar o art. 798, inciso I, alÃ-nea ¿b¿,
do CPC/2015, norma meramente subsidiária (art. 1º da LEF), com fito de exigir do exequente a
apresentação de espelho de cálculo, notadamente porque a CDA é suficiente para permitir ao
contribuinte a análise dos parâmetros adotados na exação.               Importante
consignar que, conforme pacificado pelo Colendo STJ no REsp nº 1138202/ES, submetido Ã
sistemática dos recursos repetitivos, é desnecessária a apresentação do demonstrativo de cálculo
em execução fiscal, uma vez que a Lei nº 6.830/80 dispõe, expressamente, sobre os requisitos
essenciais para a instrução da petição inicial e não elenca o demonstrativo de débito entre eles,
entendimento consolidado no enunciado da Súmula 559/STJ, litteris: Súmula nº 559/STJ: ¿Em
ações de execução fiscal, é desnecessária a instrução da petição inicial com o
demonstrativo de cálculo do débito, por tratar-se de requisito não previsto no art. 6º da Lei nº
6.830/80¿ (STJ, 1ª Seção, aprovada em 09/12/2015, DJe 15/12/2015).              Â
Por fim, ressalte-se que em se tratando de IPTU, o lançamento é de ofÃ-cio, dispensado processo
540
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
s¿o partes o Sindicato dos Servidores Públicos Estaduais no MunicÃ-pio de Belém no MunicÃ-pio de
Belém - SISPEMB - e o Estado do Pará.            O tÃ-tulo foi rescindido pelo Tribunal de
Justiça - Aç¿o Rescisória com o mesmo número -, motivando recursos para o Superior Tribunal de
Justiça (AREsp 1316039) e Supremo Tribunal Federal (ARE 1299939), ambos já alcançados pela
coisa julgada.            A execuç¿o/cumprimento de sentença e embargos, pressup¿e
a existência de tÃ-tulo, o que n¿o mais existe.            Em consequência, julgo extinto o
processo.            Sem custas, em raz¿o do pedido de gratuidade, ora deferido.
           Sem honorários, considerando que o Estado do Pará deu causa ao surgimento
do feito. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Transitada em julgado, arquive-se o processo.
           Belém, 22 de novembro de 2021 Jo¿o Batista Lopes do Nascimento Juiz da
2ª Vara da Fazenda
s¿o partes o Sindicato dos Servidores Públicos Estaduais no MunicÃ-pio de Belém no MunicÃ-pio de
Belém - SISPEMB - e o Estado do Pará.            O tÃ-tulo foi rescindido pelo Tribunal de
Justiça - Aç¿o Rescisória com o mesmo número -, motivando recursos para o Superior Tribunal de
Justiça (AREsp 1316039) e Supremo Tribunal Federal (ARE 1299939), ambos já alcançados pela
coisa julgada.            A execuç¿o/cumprimento de sentença e embargos, pressup¿e
a existência de tÃ-tulo, o que n¿o mais existe.            Em consequência, julgo extinto o
processo.            Sem custas, em raz¿o do pedido de gratuidade, ora deferido.
           Sem honorários, considerando que o Estado do Pará deu causa ao surgimento
do feito. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Transitada em julgado, arquive-se o processo.
           Belém, 22 de novembro de 2021 Jo¿o Batista Lopes do Nascimento Juiz da
2ª Vara da Fazenda
Justiça (AREsp 1316039) e Supremo Tribunal Federal (ARE 1299939), ambos já alcançados pela
coisa julgada.            A execuç¿o/cumprimento de sentença e embargos, pressup¿e
a existência de tÃ-tulo, o que n¿o mais existe.            Em consequência, julgo extinto o
processo.            Sem custas, em raz¿o do pedido de gratuidade, ora deferido.
           Sem honorários, considerando que o Estado do Pará deu causa ao surgimento
do feito. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Transitada em julgado, arquive-se o processo.
           Belém, 22 de novembro de 2021 Jo¿o Batista Lopes do Nascimento Juiz da
2ª Vara da Fazenda
Justiça - Aç¿o Rescisória com o mesmo número -, motivando recursos para o Superior Tribunal de
Justiça (AREsp 1316039) e Supremo Tribunal Federal (ARE 1299939), ambos já alcançados pela
coisa julgada.            A execuç¿o/cumprimento de sentença e embargos, pressup¿e
a existência de tÃ-tulo, o que n¿o mais existe.            Em consequência, julgo extinto o
processo.            Sem custas, em raz¿o do pedido de gratuidade, ora deferido.
           Sem honorários, considerando que o Estado do Pará deu causa ao surgimento
do feito. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Transitada em julgado, arquive-se o processo.
           Belém, 22 de novembro de 2021 Jo¿o Batista Lopes do Nascimento Juiz da
2ª Vara da Fazenda
CONSIDERANDO os termos do artigo 11 e seus incisos, do Provimento n.° 04/2001-GP, que versa acerca
da realização de correição ordinária;
RESOLVE:
Art.3º DETERMINAR a expedição de ofícios à Ordem dos Advogados do Brasil Seção Pará, à Defensoria
Pública do Estado do Pará e ao Ministério Público do Estado do Pará, informando sobre a correição ora
designada;
Art.5º Esta portaria entra em vigor na data de sua publicação. Publique-se na forma da lei.
FAZ SABER a todos quantos este edital virem ou dele tomarem conhecimento que, em cumprimento aos
termos do Art.11 do Provimento n.°004/2001, da Corregedoria Geral de Justiça do Estado do Pará, editou
a Portaria n.°001/2021 ¿ UPJ/VFAZ, a qual designa CORREIÇÃO ORDINÁRIA NA UNIDADE DE
PROCESSAMENTO JUDICIAL DA 1ª A 5ª VARA DA FAZENDA DA CAPITAL, para o período
compreendido entre os dias 19 e 21 de janeiro de 2022, das 9h às 13h. Durante os trabalhos correicionais
o Juízo receberá reclamações acerca do serviço no Foro em geral. E, para que ninguém possa alegar
ignorância no presente nem no futuro, expediu-se este edital, o qual será publicado na forma da lei, nos
locais públicos de costume, em especial no átrio do Fórum Cível da Capital. Dado e passado nesta Cidade
e Comarca de Belém, Capital do Estado do Pará aos seis dias do mês de dezembro de dois mil e vinte e
um. EU. (Carina Carreira Trindade Simões), Diretora Geral da UPJ das Varas da Fazenda da Capital,
digitei e conferi.
FÓRUM CRIMINAL
A Excelentíssima Doutora ANGELA ALICE ALVES TUMA, Juíza Diretora do Fórum Criminal da Capital e
Juíza Gestora da Central Unificada de Mandados, no uso de suas atribuições legais etc.
PORTARIA nº 138/2021-DFCri
DESIGNAR RODRIGO PIMENTEL MIRANDA, Auxiliar Judiciário, matrícula nº 145548, para responder
pelo Cargo de Diretor de Secretaria da 3ª Vara de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, no
período de 03 a 17/12/21.
A Excelentíssima Doutora ANGELA ALICE ALVES TUMA, Juíza Diretora do Fórum Criminal da Capital,
no uso de suas atribuições legais etc.
Considerando a Portaria n.º 110/2016-DFCri, de 16/12/16, que alterou a Portaria n.º 070/2016-DFCri
Resolve:
03, 04, 05 e Dias: 03 a 06/1 ¿ 08h às 1ª Vara Penal Distrital de Diretor (a) de Secretaria ou
06/01 14h Icoaraci substituto:
Oficiais de Justiça:
Operadores Sociais:
07, 08 e 09/01 Dia: 07/01 ¿ 14h às 17h 2ª Vara Penal Distrital de Diretor (a) de Secretaria ou
Icoaraci substituto:
Dias: 08 e 09/01 ¿ 08h às
14h Magistrado não publicado em Jeorgiannys Tellen Lobato Moura
obediência ao art. 1º parágrafo
único da Res. N.º 152/2012- Servidor de Secretaria:
CNJ
Renan Thiago Moraes dos
Celular de Plantão: Santos (08 e 09/01)
Marcelo Rodrigues
Operadores Sociais:
577
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
Eveny da Rocha Teixeira:
Psicóloga/3ª Vara Mulher
10, 11, 12 e Dia: 10/12 ¿ 14h às 17h 3ª Vara Penal Distrital de Diretor (a) de Secretaria ou
13/01 Icoaraci
Dias: 11 e 12/12 ¿ 08h às Substituto(a):
14h Magistrado não publicado em
obediência ao art. 1º parágrafo Ewerton Rodrigues Saavedra
único da Res. N.º 152/2012-
CNJ
Assessor(a) de Juiz (a): Ierece
Guerreiro Pinto Barroso
Celular de Plantão:
Oficiais de Justiça:
(91)99254-9313
Alice Gama (10 e 11/01)
E - m a i l :
[email protected]
Antônio Santos (10 e 11/01 ¿
Sobreaviso)
Operadores Sociais:
14, 15 e 16/01 Dia: 14/01 ¿ 1ª Vara do Juizado Especial Diretor (a) de Secretaria:
Criminal da Capital
14h às 17h Eliana da Costa Carneiro
Magistrado não publicado em
Dias: 15 e 16/01 ¿ 08h às obediência ao art. 1º parágrafo Servidor de Secretaria:
14h único da Res. N.º 152/2012-
CNJ
Reinaldo Alves Dutra
Operadores Sociais:
A d r i e l s o n S o u z a
Almeida/Pedagogia/1ª Vara de
Crimes Contra Criança
17, 18, 19 e Dias: 17 a 20/01 ¿ 14h às 2ª Vara do Juizado Especial Diretor (a) de Secretaria:
20/01 17h Criminal da Capital
Ana Daniela Ribeiro Teixeira
Magistrado não publicado em
obediência ao art. 1º parágrafo Servidora Distribuidora:
único da Res. N.º 152/2012-
CNJ
Tays Carolina Vilhena Santos
Celular de Plantão:
Assessor(a) de Juiz:
(91)99185-0112
Sóstenes Alves de Souza Júnior
E - m a i l :
Oficiais de Justiça:
[email protected]
Operadores Sociais:
21, 22 e 23/01 Dia: 21/01 ¿ 3ª Vara do Juizado Especial Diretor (a) de Secretaria:
Criminal da Capital
14h às 17h Eliana da Costa Carneiro
Magistrado não publicado em
Dias: 22 e 23/01 ¿ 08h às obediência ao art. 1º parágrafo Servidor de Secretaria:
14h único da Res. N.º 152/2012-
CNJ
Reinaldo Alves Dutra
Renato Lobo
E - m a i l :
[email protected]
Assessor (a) de Juiz(a):
Oficiais de Justiça:
Operadores Sociais:
24, 25, 26 e Dias: 24 a 2701 ¿ 14h às 4ª Vara do Juizado Especial Diretor (a) de Secretaria ou
27/01 17h Criminal da Capital substituto:
Operadores Sociais:
28, 29 e 30/01 Dia: 28/01 ¿ Vara do Juizado Especial Diretor (a) de Secretaria:
Criminal do Meio Ambiente
14h às 17h Eliana da Costa Carneiro
Magistrado não publicado em
Dias: 29 e 30/01 ¿ 08h às obediência ao art. 1º parágrafo Servidor de Secretaria:
14h único da Res. N.º 152/2012-
CNJ
Reinaldo Alves Dutra
Celular de Plantão:
Servidor(a) Distribuidor:
(91)99185-0112
Renato Lobo
E - m a i l :
Assessor (a) de Juiz(a):
[email protected]
Oficiais de Justiça:
Operadores Sociais:
31/01, 01, 02 Dias: 31/01, 01, 02 e Vara do Juizado Especial Diretor (a) de Secretaria:
e 03/02 03/02/22 ¿ 14h às 17h Criminal de Icoaraci
Downey Vidal Dias
Magistrado não publicado em
obediência ao art. 1º parágrafo Servidor(a)de Secretaria:
único da Res. N.º 152/2012-
CNJ
Marla Keith dos Santos Lopes
Celular de Plantão:
Assessor (a) de Juiz(a): Aline
Kabuki
(91)99119-9031
Oficiais de Justiça:
E - m a i l :
[email protected]
George Lopes (31/01 a 01/02)
Operadores Sociais:
DENUNCIADO:PEDRO PAULO ALVES OLIVEIRA Representante(s): OAB 3853 - ANA CELIA SILVA
CARNEIRO (ADVOGADO) OAB 24621 - JOAO AUGUSTO FERREIRA MIRANDA (ADVOGADO)
VITIMA:A. C. . Proc. 0028523-26.2017.8.14.0401 DECISÃO O acusado Paulo, após ser preso, recolheu
fiança e foi colocado em liberdade (fls. 54 e 60 dos autos de inquérito policial em apenso). A defesa
requereu a restituição da fiança paga (fls. 43/46). Após cumprimento das condições da
Suspensão Condicional do Processo que lhe foi ofertada, o acusado teve a extinta a punibilidade (fls.
128). A sentença transitou em julgado (fls.129). O valor recolhido ainda se encontra sob depósito
judicial. à o relatório. Decido. O acusado não incorreu em nenhuma das hipóteses previstas como
quebra da fiança e teve extinta a punibilidade em razão do cumprimento integral das condições da
suspensão condicional do processo que lhe foi oferecida, razão pela qual a restituição do valor pago
por ela a tÃ-tulo de fiança é medida que se impõe. Em face do exposto, Determino a restituição
integral da fiança ao acusado Paulo, nos termos do artigo 337 do CPP, do valor pago, com as
atualizações, caso cabÃ-veis, em tudo certificado. Oficie-se à Coordenadoria dos Depósitos Judiciais,
encaminhando a cópia do comprovante de fls. 54 dos autos de inquérito policial, comunicando acerca
da presente decisão. Após, expeça-se o cabÃ-vel alvará em favor de Paulo Roberto Serra Maia, com
as cautelas legais. Belém/PA, ____de dezembro de 2021. Murilo Lemos Simão Juiz de Direito
PROCESSO: 00203495720198140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): REINALDO ALVEZ DUTRA A??o: Ação Penal -
Procedimento Ordinário em: 03/12/2021 VITIMA:O. E. DENUNCIADO:FERNANDO FERREIRA
CARNEIRO NETO Representante(s): OAB 20329 - DRIELE BASTOS MENDES (ADVOGADO) OAB
22234 - PAULO ROBERTO BARBOSA CAMPOS (ADVOGADO) OAB 26578 - MARCO ANTONIO
MIRANDA PINTO MARQUES (ADVOGADO) OAB 18949 - KELY VILHENA DIB TAXI JACOB
(ADVOGADO) OAB 1847 - PEDRO PAULO DA SILVA CAMPOS (ADVOGADO) OAB 22533 - EUNICE
SARAI SILVA DE LIMA (ADVOGADO) OAB 13992 - FELIPE JACOB CHAVES (ADVOGADO) OAB 23583
- NATHALIA ALMEIDA HIPÓLITO BARBALHO SILVA (ADVOGADO) DENUNCIADO:JORGE AMARANTE
LEAL Representante(s): OAB 22234 - PAULO ROBERTO BARBOSA CAMPOS (ADVOGADO) OAB
26578 - MARCO ANTONIO MIRANDA PINTO MARQUES (ADVOGADO) OAB 1847 - PEDRO PAULO DA
SILVA CAMPOS (ADVOGADO) OAB 22533 - EUNICE SARAI SILVA DE LIMA (ADVOGADO) . ATO
ORDINATÃRIO Por meio deste, fica intimada a defesa do acusado Jorge Amarante Leal, a Dra. DRIELE
MENDES LOPES, OAB/PA Nº 20.329 para que apresente MEMORIAIS no prazo de 5 dias, conforme
deliberação em audiência de 29 de NOVEMBRO de 2021. Belém, 03 de dezembro de 2021.
REINALDO ALVES DUTRA Diretor de Secretaria da 1ª Vara Criminal de Belém em exercÃ-cio.
PROCESSO: 00203495720198140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): REINALDO ALVEZ DUTRA A??o: Ação Penal -
Procedimento Ordinário em: 03/12/2021 VITIMA:O. E. DENUNCIADO:FERNANDO FERREIRA
CARNEIRO NETO Representante(s): OAB 20329 - DRIELE BASTOS MENDES (ADVOGADO) OAB
22234 - PAULO ROBERTO BARBOSA CAMPOS (ADVOGADO) OAB 26578 - MARCO ANTONIO
MIRANDA PINTO MARQUES (ADVOGADO) OAB 18949 - KELY VILHENA DIB TAXI JACOB
(ADVOGADO) OAB 1847 - PEDRO PAULO DA SILVA CAMPOS (ADVOGADO) OAB 22533 - EUNICE
SARAI SILVA DE LIMA (ADVOGADO) OAB 13992 - FELIPE JACOB CHAVES (ADVOGADO) OAB 23583
- NATHALIA ALMEIDA HIPÓLITO BARBALHO SILVA (ADVOGADO) DENUNCIADO:JORGE AMARANTE
LEAL Representante(s): OAB 22234 - PAULO ROBERTO BARBOSA CAMPOS (ADVOGADO) OAB
26578 - MARCO ANTONIO MIRANDA PINTO MARQUES (ADVOGADO) OAB 1847 - PEDRO PAULO DA
SILVA CAMPOS (ADVOGADO) OAB 22533 - EUNICE SARAI SILVA DE LIMA (ADVOGADO) . ATO
ORDINATÃRIO Por meio deste, fica intimada a defesa do acusado FERNANDO FERREIRA CARNEIRO
NETO, O Dr. MARCO PINTO, OAB/PA Nº 2657 para que apresente MEMORIAIS no prazo de 5 dias,
conforme deliberação em audiência de 29 de NOVEMBRO de 2021. Belém, 03 de dezembro de
2021. REINALDO ALVES DUTRA Diretor de Secretaria da 1ª Vara Criminal de Belém em exercÃ-cio.
594
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
Poder Judiciário Tribunal de Justiça do Estado do Pará BELÉM SECRETARIA DA 3ª VARA CRIMINAL DE
BELEM
processo:00178800920178140401 20210207487277
denunciado: MARCOS CARVALHO VIEIRA
ADVOGADO: MANOEL BARROS MOREIRA - OAB-PA 6818
SENTENÇA - DOC: 20210207487277 SENTENÇA Vistos, etc. O MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO
DO PARÁ, no uso de suas atribuições legais, ofereceu DENÚNCIA em face de MARCOS CARVALHO
VIEIRA pela prática do delito tipificado no art. 171, caput, e art. 168, todos do Código Penal Brasileiro. A
denúncia, às fls. 02/05, relata: (...) que, em 14 de junho de 2017, por volta de 13hrs, a Representante da
empresa Carrossel dos Sonhos, Giselle Senna Velasco de Almeida, dirigiu-se à Seccional Urbana da
Pedreira, onde registrou boletim de ocorrência noticiando que realizou contrato de aluguel de móveis
provençais com um indivíduo, que se identificou inicialmente como DENIS ANDRADE FERREIRA SILVA,
contudo este indivíduo não cumpriu o contrato e não devolveu os móveis. Extrai-se dos autos que a vítima
firmou contrato de aluguel de kit provençal (1 mesa, 2 aparadores, 1 mesa luminária estrela, 1 estante
para brindes, 1 caixa de presentes, 1 abajur, 1 banquinho mesa, 1 ponte de mesa, 1 porta bolo, 1 torre
porta doces, 3 bandejas provençais, 1 piruliteiro, 2 vasos com bola de grama, 1 porta tubetes, 1 mini
carruagem, 1 parabéns, 4 cortinas: duas na cor azul escuro e duas douradas, 1 banco de praça e 1 tapete)
com o denunciado dia 05/06/2017, para serem devolvidos no dia 07/06/2015, pelo valor de R$ 120,00
(cento e vinte reais). (...) que uma moça chamada Rafaely Bruna Vaz entrou em contato com a vítima e
informou que havia sido vítima do mesmo golpe e mostrou a foto de Denis, posteriormente identificado
como o denunciado. Perante autoridade policial, o denunciado afirmou que alugou os móveis da vítima,
porém negou que se apresentou com outro nome. Alegou, também, que pretendia devolver os objetos
alugados e que presente ressarcir o prejuízo causado (...). IPL relatado às fls. 32/33, autos em apenso.
Denúncia recebida às fls. 06/08. Réu citado conforme certidão às fls. 24 Resposta à acusação às fls. 10.
Certidão de antecedentes às fls. 16. Audiência de instrução e julgamento às fls. 33/36, ocasião na qual foi
realizada a oitiva da vítima Giselle Senna Velasco de Almeida, do informante Paulo Eduardo Almeida de
Souza e da testemunha Bruna Rafaely Pantoja Vaz, bem como também foi realizado o interrogatório do
réu Marcos Carvalho Vieira. Em Memoriais Finais, às fls. 39/42, o Ministério Público ratificou parcialmente
os termos da denúncia e requereu a condenação dos réu, posto haver restado comprovada a autoria e a
materialidade do delito capitulado no art. 171, caput, do Código Penal. A Defesa, em Memoriais Finais, às
fls. 43/45, requereu a pena seja aplicada no mínimo legal. Vieram-me os autos conclusos para sentença. É
o relatório. DECIDO Encerrada a instrução criminal, este Juízo, examinando minuciosamente as provas
colhidas, entende comprovadas a materialidade e a autoria quanto ao crime previsto no art. 171, caput c/c
art. 16, todos do Código Penal Brasileiro. Vejamos: DA MATERIALIDADE A materialidade está
comprovada por meio dos autos do IPL, sendo, às fls. 04, o Boletim de Ocorrência, às fls. 15/16 o Contrato
de Prestação de Serviços, e às fls. 23/24, o Auto de Apreensão de Objeto e o Auto de Entrega. Desse
modo, pelos elementos de prova reunidos nos autos, não há que se admitir qualquer dúvida quanto à
existência material do crime. DA AUTORIA A vítima Giselle Senna Velasco de Almeida declarou em juízo
que trabalha em aluguel de provençais há cinco anos e que uma pessoa, que se identificou como Suanny,
entrou em contato e enviou seu documentos, via Whatsapp, com o intuito de realizar um contrato de
aluguel dos móveis, sendo por volta de 25 peças de kit de aniversário. Que Suanny teria dito que seu
marido iria buscar os móveis à noite. Que, então, de noite o acusado levou os móveis e pagou a quantia
do aluguel, que seria no prazo de um a dois dias. Que se passaram os dias e o acusado não retornou com
os móveis, bem como também não atendia o telefone celular. Que entrou em contato com Suanny, via
Facebook, e ela disse que desconhecia o aluguel em seu nome. Que publicou em seu Facebook que tinha
sido vítima de um golpe, de modo que a Bruna entrou em contato afirmando também ter sido vítima nas
mesmas circunstâncias. Que então se dirigiu à delegacia e conseguiu recuperar seus objetos. Que, na
delegacia, o acusado se defendeu dizendo que ainda iria devolver os objetos, porque estava doente, bem
como também pagou um valor de quinhentos reais como forma de ressarcir os prejuízos. Respondeu que
recuperou os objetos na casa da sogra do denunciado, que fica em frente à casa dele, em Águas Lindas.
Que, no contrato, o acusado tinha dado seu endereço em Benevides. O informante Paulo Eduardo
Almeida de Souza, marido da vítima, afirmou em juízo que, no dia do fato, quando o acusado foi buscar
os móveis, sua esposa não estava, então ficou responsabilizado de entregar para ele o equipamento do
contrato. Que quem fez o contrato se identificou em nome de mulher, porém quem buscou os móveis foi
595
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
um homem. A testemunha Bruna Rafaely Pantoja Vaz declarou em juízo que também foi vítima, em
situação parecida, semanas antes. Que também trabalha com aluguel de móveis provençais e que uma
moça, chamada Suanny, entrou em contato para alugar o móveis. Que ela informou que seu esposa iria
passar para pegar os equipamentos. Que Suanny repassou seus documentos vias Whatsapp. Que Marcos
apareceu de carro, se identificado como marido da Suanny, e que também assinou o contrato. Que passou
prazo de entrega e Marcos não retornou com os móveis. Que se dirigiu à delegacia e relatou o ocorrido
com filmagens de Marcos indo buscar os objetos em sua residência, bem como também foi registrado a
placa do carro. Que o endereço repassado pela delegacia era em Águas Lindas, sendo que Marcos
assinou, no contrato, endereço de Benevides. Que, quando se dirigiu ao endereço encontrado, a mãe de
Marcos negou o ocorrido. Que reconheceu a esposa de Marcos porque ela estava junto com ele no dia em
que foram buscar os móveis. Que ela disse que ele estava doente, por isso não entregou os objetos. Que
a mãe de Marcos mostrou o kit dos móveis, que estavam de escondidos em um ponto comercial, perto de
sua residência, com os móveis prontos para aluguel. E que, inclusive, também estavam o kit de Giselle.
Que então eles devolveram os móveis. Que viu a publicação de Giselle no Facebook e então entrou em
contato e reconheceu que seus objetos também estavam na posse de Marcos, porque tirou fotos. Que
Marcos ressarciu o valor de quinhentos reais devido ao atraso na entrega. O réu Marcos Carvalho Vieira
negou a acusação. Disse em juízo que trabalhava com frete e que é técnico em telecomunicações. Que
fez um frete de materiais de festa para uma cliente chamada Tati no endereço de Icoaraci. Que a cliente
pediu para ele guardar os materiais na sua casa. Que Tati também pediu para ele ir buscar mais materiais
de festa. Que não conhece Suanny, nem Gisselle e nem Bruna. Que estava com febre na sua casa e a
Bruna chegou perguntando sobre o material. Que o material ficou em sua casa por mais de uma semana e
Tati não tinha ido buscar. Que não assinou nenhum contrato quando foi buscar os móveis. Que ressarciu o
valor de quinhentos reais para cada porque o Delegado disse que, caso contrário, iria lhe prender. Durante
a instrução processual, embora o réu tenha negado a acusação, a vítima e a testemunha ofereceram
depoimentos convergentes e minuciosos acerca do fato. Ressalte-se que o réu alegou que estava em
serviço de frete para sua cliente Tati, porém a testemunha Bruna e a vítima Giselle afirmaram que ele se
identificou como marido de Suanny, sendo este o nome dado pela contratante via WhatsApp, quando foi
buscar os móveis provençais. Além disso, Giselle e Bruna narraram depoimentos consoantes acerca do
fato, sendo que a testemunha entrou em contato com a vítima quando esta anunciou ter sofrido o golpe via
Facebook e constatou que também foi vítima do réu nas mesmas circunstâncias. Ressalte-se que Bruna
afirmou que reconheceu os móveis provençais da vítima no ponto comercial, localizado ao lado da
residência da mãe do réu. Somado a isso, apesar do réu ter dito que estava em serviço de frete para sua
cliente Tati e que guardou os móveis em sua residência porque ela solicitou, sua declaração não se faz
convergente. Ora, caso assim fosse, não teria motivos para a mãe do réu, bem como ele e sua esposa,
inicialmente, negarem o conhecimento da existência dos móveis, quando a testemunha Bruna se dirigiu a
sua residência. É de entendimento que o crime de estelionato, em seu tipo objetivo, possui requisitos
obrigatórios para que conste a sua caracterização, são eles: emprego de artifício ardil ou qualquer outro
meio fraudulento; induzimento ou manutenção da vítima em erro; obtenção de vantagem patrimonial ilícita
em prejuízo alheio. Já em seu tipo subjetivo, o seu elemento é o dolo, pois o agente deve agir de forma
livre e consciente, a fim de obter o que dispõe o artigo do referido delito. Assim, diante do exposto de
provas de materialidade e de autoria, os requisitos do estelionato estão caracterizados no presente caso.
O acusado, via Whatsapp, se identificou como Suanny, alegando residir em Benevides nos dados do
contrato. Bem como se identificou como marido da contratante ao ir buscar os equipamentos ¿ utilizando
de artificio ardil para induzir a vítima em erro. Ademais, ao não devolver os equipamentos alugados no dia
estipulado, bem como ter informado endereço e telefone inexistentes para não ser encontrado, obteve a
vantagem patrimonial em prejuízo alheio. Já o dolo restou inquestionável diante da conduta do réu,
conforme tudo já exposto, que entrou em contato com a vítima e a testemunha via Whatsapp com o fim de
cometer o estelionato em circunstâncias similares. Por fim, se extrai dos autos, diante dos depoimentos
em juízo, que o réu, na delegacia, quando foi encontrado, se comprometeu em devolver os móveis
alugados, bem como pagou o valor dos dias atrasados na devolução do kit, que não estavam previstos no
contrato, motivo pelo qual reconheço a incidência do arrependimento posterior, causa de diminuição da
pena conforme art. 16, do Código Penal. Portanto, as provas colhidas nos autos mostram-se suficientes
para a autoria delitiva por parte do acusado Marcos Carvalho Vieira. DA CONCLUSÃO Assim, ante o
exposto relatado, encontra-se provada a materialidade e autoria do delito previsto no art. 171, caput, c/c
art. 16, todos do Código Penal Brasileiro, razão pela qual JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE a
denúncia para CONDENAR o acusado de MARCOS CARVALHO VIEIRA nas sanções punitivas relativas
ao delito tipificado. DA DOSIMETRIA DA PENA: Atenta às diretrizes do artigo 5º, XLVI, da Constituição da
República, ao artigo 68 do Código Penal Brasileiro e às circunstâncias judiciais do artigo 59 do mesmo
596
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
Diploma Legal, passo à individualização e fixação das penas a serem impostas ao réu: O réu agiu com
culpabilidade normal à espécie, uma vez que não praticou conduta de maior ou menor censurabilidade,
pois a culpabilidade é entendida como: Na dosimetria basilar, a culpabilidade do agente diz respeito à
maior ou menor reprovabilidade da conduta, não se confundindo com a culpabilidade como elemento do
crime, que é composta pela imputabilidade, potencial conhecimento da ilicitude do fato e exigibilidade de
conduta diversa. (Súmula nº 19/TJ-PA (Res.9/2016 ¿ DJ. Nº 5931/2016, 16/3/2016) O réu não registra
antecedentes criminais. O réu possui conduta social neutra, pois não foi possível auferir. O réu possui
personalidade neutra. Igualmente à consideração acerca da conduta social, considero ser neutra. Quanto
aos motivos do crime, estes dizem respeito às razões que levaram o agente praticar tal ato, sua fonte
propulsora, o que considerado ser normal à espécie, logo os motivos são neutros. As circunstâncias
referem-se ao fato delituoso quanto a sua forma, os meios utilizados, os objetos, o tempo e o lugar. Logo,
considerado as circunstâncias normais à espécie. As consequências do crime avaliam os efeitos principais
e secundários gerados pelo ato que está para além da tipificação do fato, que podem ser de natureza
afetiva, pessoal, moral, econômica, social ou política. Portanto, uma vez que os objetos foram recuperados
e o réu pagou os valores do aluguel atrasado, as consequências são neutras. Quanto ao comportamento
da vítima no delito que ora se cuida, considero que nada contribuiu para o delito. Logo, considerado como
neutro em razão de Súmula n. 18 TJ/PA. Assim, diante de nenhuma circunstância desfavorável ao réu, fixo
a pena base em 1 (um) ano de reclusão mais 10 (dez) dias-multa calculada em 1/30 (um trigésimo) do
Salário Mínimo vigente à época dos fatos. Em observância às circunstâncias atenuantes (CP art. 65) e
agravantes (CP arts. 61 e 62) da pena, não considero nenhuma incidência. Ante a presença de diminuição
da pena conforme arrependimento posterior previsto no art. 16, do Código Penal, diminuo a pena em 1/3
(4 meses de reclusão) Assim, FIXO EM DEFINITIVO A PENA PRIVATIVA DE LIBERDADE em 08 (oito)
meses de reclusão e 10 (dez) dias-multa calculados no valor de 1/30 (um trinta avos) sobre o valor do
salário mínimo vigente à época do fato. Em consonância ao art. 44, I, II, III c/c § 2, considero preenchidos
os requisitos necessários à substituição da pena privativa de liberdade por prestação pecuniária no valor
de 01 (um) salário mínimo à entidade privada com destinação social, conforme §1º, art. 45, do CP.
Considerando o regime de cumprimento da pena imposto, concedo ao réu o direito de apelar em liberdade
da presente decisão. Ao Juízo da Execução, após o trânsito em julgado desta decisão, para decidir o que
for de sua competência. Com o trânsito em julgado: 1. Lance-se o nome da ré no rol dos culpados e
procedam-se todas as comunicações e as anotações de estilo, inclusive as de interesse estatísticos e à
Justiça Eleitoral; 2. Expeça-se a guia definitiva à Vara de Execução de Penas e Medidas Alternativas. 3.
Cumprido o mandado, expeça-se guia de recolhimento definitivo; Isento de Custas. Após, proceder às
respectivas baixas, inclusive os apensos. Publique-se, registre-se, intimem-se. P.R.I.C. BELÉM - PA, 30
de setembro de 2021 HORÁCIO DE MIRANDA LOBATO NETO Juiz de Direito Respondendo pela 3ª Vara
Criminal de Belém
597
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
A Exma. Sra. Dra. ANGELA ALICE ALVES TUMA, MM. Juíza de Direito de 3ª Entrância, Comarca de
Belém, Capital do Estado do Pará, no uso de suas atribuições legais etc.
Faz saber a todos que lerem o presente Edital ou dele tomarem conhecimento, a fim de complementar
corpo de jurados desta vara, que na Secretaria deste Juízo da 3ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de
Belém (sala 205 do Fórum Criminal, situado na Rua Tomázia Perdigão, nº 310, Cidade Velha,
Belém/Pará), no dia 15 de dezembro de 2021, às 09:00h, será procedido ao sorteio dos jurados para
compor o corpo de jurados desta vara, em número de 25 (vinte e cinco) titulares e 100 (cem) suplentes,
referentes às sessões de julgamento do Tribunal do Júri do ano de 2022, conforme pauta de julgamentos
ou reuniões extraordinárias.
Fica registrado que será providenciada a expedição de ofícios ao representante do Ministério Público, à
Presidência da Ordem dos Advogados do Brasil Seção Pará e ao representante da Defensoria Pública
vinculado a esta vara para acompanhar o sorteio dos jurados, nos termos do art. 432 do Código de
Processo Penal.
E, para que não seja alegada ignorância, leva-se ao conhecimento de todos através da expedição do
presente Edital, a ser publicado no Diário de Justiça eletrônico e afixado no lugar de costume. Fórum
Criminal da Capital. Eu, Iaf Martins, Diretor de Secretaria da 3ª Vara do Tribunal do Júri da Capital, o
digitei. Belém-Pa, 16 de novembro de 2021.
Juíza de Direito
ao fato concreto, pois basta uma breve leitura na exordial para se verificar que ele sequer descreveu a
conduta do réu em relação ao tipo penal do art. 65, da LCP. A denúncia expôs os fatos e as
circunstâncias em que ocorreram os crimes de Lesão Corporal, Ameaça e Cárcere Privado, mas, em
relação à perturbação da tranquilidade, mencionou somente o texto legal, conforme se vê à fl. 02 (I
- DOS FATOS, segundo parágrafo): ¿...e perturbar-lhes a tranquilidade, por acinte ou por motivo
reprovável...¿, nada mais.                        De outra banda, o novo tipo
penal (art. 147-A, do CP) possui várias condutas, dispondo três modalidades alternativas (além da
perseguição reiterada de alguém por qualquer meio): (1) ameaçar a integridade fÃ-sica ou
psicológica; (2) restringir a capacidade de locomoção; ou (3) de qualquer forma, invadir ou perturbar a
esfera de liberdade ou privacidade. Esta última até que se parece com a revogada contravenção
penal do artigo 65, mas daÃ- dizer que há ¿continuidade normativo-tÃ-pica¿ não é verdade, pois a
nova lei além de acrescentar ao tipo que a perseguição gere ataques à liberdade (e não apenas Ã
tranquilidade), exigiu que a ação do agente seja reiterada. Além disso, foi retirado o dolo especÃ-fico
existente na lei anterior (por acinte ou por motivo reprovável). Ou seja, a nova lei suprimiu o elemento
subjetivo do tipo do art. 65, consistente na perturbação acintosa ou motivo reprovável.       Â
    Consigno, por fim, que além de tipificarem condutas diferentes, o art. 65, da LCP e o art. 147-A,
do CP, possuem condições de procedibilidade da ação penal distintas. A revogada perturbação
da tranquilidade era de ação penal pública incondicionada, ou seja, o acusado deveria ser processado
pela perturbação independentemente da manifestação de vontade da vÃ-tima. Já no caso do art.
147-A, do CP, conforme o § 3º, somente se procede mediante representação, sendo requisito
essencial para a ação a expressão de vontade da vÃ-tima.            Em tese, seria
possÃ-vel vislumbrar a continuidade-normativo tÃ-pica do art. 65 da LCP nos casos em que a conduta de
perturbação da tranquilidade, praticada antes do advento do crime de perseguição, coincidisse com
os atos previstos no art. 147-A do CP, como ocorreu, por exemplo, no crime previsto no art. 214, do CP,
cuja conduta foi inserida no art. 213, como bem mencionou o douto Promotor de Justiça. Porém. Isso,
entretanto, inocorreu no presente caso.            Assim, deve ser aplicado o art. 2º e
Parágrafo único, do CP, que dispõe:   Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior
deixa de considerar crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença
condenatória.    Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente,
aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada em julgado. Â
           Como se vê, sempre que uma lei penal nova descriminalizar uma conduta até
então definida como crime (ou contravenção penal), ela produzirá efeitos em relação aos que
respondem a inquéritos, processos judiciais ou cumprem pena pela sua prática, decretando-se a
extinção da punibilidade. à o que ocorre no presente caso em que o réu foi denunciado, dentre outros
crimes, pela contravenção penal de Perturbação da Tranquilidade, cujo feito se encontra na fase de
conhecimento.            Pelo exposto, considerando que a contravenção penal de
Perturbação da Tranquilidade (art. 65, da LCP) foi expressamente revogada pelo art. 3º, da Lei nº
14.132/2021, restando configurado a abolitio criminis, declaro EXTINTA A PUNIBILIDADE do réu
MARINALDO VIEGAS FERREIRA no que concerne à contravenção penal de perturbação da
tranquilidade, nos termos dispostos no art. 107, inc. III, do Código Penal.            II - Do
prosseguimento do feito em relação aos crimes de Lesão Corporal, Ameaça e Cárcere Privado.  Â
         Quantos aos demais crimes, não há preliminares a serem apreciadas e nem
vislumbro hipóteses de ocorrência para absolvição sumária, pelo que designo audiência de
instrução e julgamento para o dia 11 de abril de 2022, às 10h30.            Na referida
audiência se procederá à tomada de declarações da vÃ-tima, à inquirição das testemunhas
arroladas pela acusação e pela defesa, bem como os demais atos previstos no art. 400 do CPP, caso
sejam necessários no presente processo, interrogando-se em seguida o acusado.           Â
Em caso de alguma testemunha não ser localizada pelo Sr. Oficial de Justiça para fins de intimação,
dê-se vista imediatamente à parte que a arrolou, para manifestação.            Publique-
se. Intime-se.            Belém, PA, 03 de dezembro de 2021. OTÃVIO DOS SANTOS
ALBUQUERQUE Juiz de Direito da 3ª Vara de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher
PROCESSO: 00258087920158140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): OTAVIO DOS SANTOS ALBUQUERQUE A??o:
Ação Penal - Procedimento Sumário em: 03/12/2021 VITIMA:R. P. F. DENUNCIADO:DERCIO DE
OLIVEIRA PINHO. SENTENÃA            O representante do Ministério Público ofereceu
denúncia em face de DÃRCIO DE OLIVEIRA PINHO, já qualificado nos autos, pela prática da
contravenção penal de Vias de Fato, ocorrido no dia 05/07/2015.            A denúncia
foi recebida em 11/11/2015. A citação pessoal restou infrutÃ-fera, em virtude de o réu não ter sido
601
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
localizado no endereço informado nos autos. Citado por edital, o acusado não compareceu em juÃ-zo e
nem constituiu advogado, pelo que foi realizada a suspensão do processo e do prazo prescricional em
19/08/2016.            Durante a suspensão do processo outras tentativas de localizar o
paradeiro do réu restaram infrutÃ-feras.            Os autos vieram conclusos.      Â
     Sucintamente relatado,            DECIDO.            Em manuseio
aos autos, verifiquei que o presente feito já se encontra prescrito, eis que a infração penal aqui tratada
é de Vias de Fato, cuja pena máxima cominada é de prisão simples de 03 (três) meses (art. 21 da
LCP), e prescreve em 03 anos. Assim, por se tratar de uma questão de ordem pública e prejudicial de
mérito, passo a sua apreciação.            Sobre a prescrição das infrações
penais, cuja pena seja inferior a um ano, assim dispõe o art. 109, VI, do CPB:   ¿Art. 109 - A
prescrição, antes de transitar em julgado a sentença final, salvo o disposto nos §§ 1º e 2º do art.
110 deste Código, regula-se pelo máximo da pena privativa de liberdade cominada ao crime, verificando-
se:   (....)   VI - em 3 (três) anos, se o máximo da pena é inferior a 1 (um) ano.        Â
   O referido dispositivo se enquadra no presente caso, em que se apura a contravenção penal de
vias de fato.            Pelo exposto, tendo em vista que a denúncia foi recebida em
11/11/2015, e desde essa data, excluindo-se o tempo em que o feito ficou suspenso, já transcorreram
mais de 03 (três) anos, sem qualquer outra suspensão ou causa de interrupção do prazo
prescricional, reconheço a prescrição da pretensão punitiva do Estado e declaro EXTINTA A
PUNIBILIDADE do réu DÃRCIO DE OLIVEIRA PINHO, nos termos dispostos no art. 107, inc. IV, c/c art.
109, inc. VI, ambos do Código Penal.            Publique-se. Registre-se. Intimem-se.   Â
        Com o trânsito em julgado, arquivem-se os autos, dando-se baixa.          Â
 Belém (PA), 03 de dezembro de 2021. OTÃVIO DOS SANTOS ALBUQUERQUE Juiz de Direito da
3ª Vara de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher PROCESSO: 00259083420158140401
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): OTAVIO DOS SANTOS
ALBUQUERQUE A??o: Ação Penal - Procedimento Sumário em: 03/12/2021 VITIMA:S. F. A. N.
DENUNCIADO:JOSE ROBERTO DE ALMEIDA NEGRAO Representante(s): OAB 1087 - JOSE MARIA
TUMA HABER (ADVOGADO) OAB 7932 - MARCO ANTONIO GOMES DE CARVALHO (ADVOGADO) .
SENTENÃA            O representante do Ministério Público ofereceu denúncia em face
de JOSà ROBERTO DE ALMEIDA NEGRÃO, já qualificado, pela prática do crime de Ameaça, ocorrido
no dia 25/07/2015.            A denúncia foi recebida em 02/12/2015. A citação pessoal
restou infrutÃ-fera, em virtude de o réu não ter sido localizado no endereço informado nos autos.
Citado por edital, o acusado não compareceu em juÃ-zo e nem constituiu advogado, pelo que foi
realizada a suspensão do processo e do prazo prescricional no dia 10/02/2017.           Â
Durante a suspensão do processo outras tentativas de localizar o paradeiro do réu restaram
infrutÃ-feras. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Os autos vieram conclusos. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Sucintamente
relatado, Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â DECIDO. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Em manuseio aos autos, verifico que o
presente feito já se encontra prescrito, eis que a infração penal aqui tratada é de Ameaça, cuja
pena máxima cominada é de detenção de 06 (seis) meses (art. 147 da CP), e prescreve em 03
anos. Assim, por se tratar de uma questão de ordem pública e prejudicial de mérito, passo a sua
apreciação.            Sobre a prescrição das infrações penais, cuja pena seja
inferior a um ano, assim dispõe o art. 109, VI, do CPB:    ¿Art. 109 - A prescrição, antes de
transitar em julgado a sentença final, salvo o disposto nos §§ 1º e 2º do art. 110 deste Código,
regula-se pelo máximo da pena privativa de liberdade cominada ao crime, verificando-se:   (....)  Â
VI - em 3 (três) anos, se o máximo da pena é inferior a 1 (um) ano.            Pelo
exposto, tendo em vista que a denúncia foi recebida em 03/12/2015, e desde essa data, excluindo-se o
tempo em que o feito ficou suspenso, já transcorreram mais de 03 (três) anos, sem qualquer outra
suspensão ou causa de interrupção do prazo prescricional, reconheço a prescrição da
pretensão punitiva do Estado e declaro EXTINTA A PUNIBILIDADE do réu JOSà ROBERTO DE
ALMEIDA NEGRÃO, já qualificado nos autos, nos termos dispostos no art. 107, inc. IV, c/c art. 109, inc.
VI, ambos do Código Penal.            Publique-se. Registre-se. Intimem-se.       Â
    Com o trânsito em julgado, arquivem-se os autos, dando-se baixa.           Â
Belém (PA), 03 de dezembro de 2021. Otávio dos Santos Albuquerque Juiz de Direito da 3ª Vara de
Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher PROCESSO: 00305903220158140401 PROCESSO
ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): OTAVIO DOS SANTOS
ALBUQUERQUE A??o: Ação Penal - Procedimento Sumário em: 03/12/2021 VITIMA:M. S. S. C.
DENUNCIADO:RICARDO AUGUSTO ALVES CALANDRINE. SENTENÃA Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â O
representante do Ministério Público ofereceu denúncia em face de RICARDO AUGUSTO ALVES
CALANDRINE, já qualificado, pela prática do crime de Ameaça, ocorrido no dia 08/06/2014.     Â
602
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
ORDINATÃRIO Nos termos do art.1o, § 1o, VI do provimento no 006/06-CJRMB, fica intimada a defesa
da ré ERIKA MAYARA DA LUZ QUEIROZ, para que apresente alegações finais no prazo de 5 (cinco)
dias. Belém/PA, 01 de Dezembro de 2021 José Sebastião Chagas Filho Diretor de Secretaria
PROCESSO: 00160576320188140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): NANCY PALMEIRA SADALLA A??o: Procedimento
Especial da Lei Antitóxicos em: 01/12/2021 VITIMA:O. E. DENUNCIADO:NELSON RODRIGUES
NEGRAO Representante(s): DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DO PARA (DEFENSOR)
PROMOTOR:2(SEGUNDA) PROMOTORIA DE JUSTICA/ENTORPECENTES. ATO ORDINATÃRIO Â Â Â
  De ordem do Exmo. Sr. Eduardo Rodrigues de Mendonça Freire, Juiz de Direito, nesta data, procedo
ao arquivamento dos presentes autos. Belém/PA, 01 de dezembro de 2021. Nancy Sadalla Analista
Judiciário PROCESSO: 00180172020198140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): JOSÉ SEBASTIÃO MORAES DAS CHAGAS
FILHO A??o: Procedimento Especial da Lei Antitóxicos em: 01/12/2021 VITIMA:O. E.
DENUNCIADO:FABRICIO VIANA DE SOUSA Representante(s): OAB 18537 - THIAGO TELES DE
CARVALHO (ADVOGADO) . ATO ORDINATÃRIO Nos termos do art.1º, § 1º, VI do Provimento n°
006/06-CJRMB, fica intimada a defesa do réu, FABRÃCIO VIANA DE SOUSA, para que apresente
Alegações Finais no prazo de 05 (cinco) dias. Belém-PA, 01 de dezembro de 2021. José
Sebastião Chagas Filho Diretor de Secretaria. PROCESSO: 00200152320198140401 PROCESSO
ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): JOSÉ SEBASTIÃO MORAES DAS
CHAGAS FILHO A??o: Procedimento Especial da Lei Antitóxicos em: 01/12/2021 VITIMA:O. E.
DENUNCIADO:ELIELTON EMANOEL RIBEIRO RAIOL Representante(s): OAB 18859 - JOAO PAULO DE
CASTRO DUTRA (ADVOGADO) OAB 19600 - ARTHUR KALLIN OLIVEIRA MAIA (ADVOGADO) OAB
13998 - ARLINDO DE JESUS SILVA COSTA (ADVOGADO) OAB 21391 - ANDREZA PEREIRA DE LIMA
ALONSO (ADVOGADO) OAB 20874 - KAREN CRISTINY MENDES DO NASCIMENTO (ADVOGADO)
OAB 26955 - RAYSSA GABRIELLE BAGLIOLI DAMMSKI (ADVOGADO) OAB 27634 - JULIE REGINA
TEIXEIRA MARTINS (ADVOGADO) OAB 13372 - ALINE DE FATIMA MARTINS DA COSTA BULHOES
LEITE (ADVOGADO) . Ã-ATO ORDINATÃRIO Nos termos do art.1o, § 1o, VI do provimento no 006/06-
CJRMB, fica intimada a defesa do réu ELIELTON EMANOEL RIBEIRO RAIOL, para que apresente
alegações finais no prazo de 5 (cinco) dias. Belém/PA, 01 de Dezembro de 2021 José Sebastião
Chagas Filho Diretor de Secretaria PROCESSO: 00278965120198140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): JOSÉ SEBASTIÃO MORAES DAS CHAGAS
FILHO A??o: Procedimento Especial da Lei Antitóxicos em: 01/12/2021 DENUNCIADO:CLETO PANTOJA
GONCALVES Representante(s): OAB 19230 - ROCHERTER WALBER BARBOSA MARQUES
(ADVOGADO) OAB 22684 - BENEDITO GABRIEL MONTEIRO DE SOUZA (ADVOGADO) VITIMA:O. E. .
ATO ORDINATÃRIO Nos termos do art.1º, § 1º, VI do Provimento n° 006/06-CJRMB, fica intimada a
defesa do réu, CLETO PANTOJA GONÃALVES, para que apresente Alegações Finais no prazo de
05 (cinco) dias. Belém-PA, 01 de dezembro de 2021. José Sebastião Chagas Filho Diretor de
Secretaria. PROCESSO: 00004937220128140201 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): EDUARDO RODRIGUES DE MENDONCA FREIRE
A??o: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 02/12/2021 INDICIADO:MARLON DA SILVA DIAS
VITIMA:M. S. L. VITIMA:A. C. O. E. AUTORIDADE POLICIAL:CIAL PAULO GUILHERME BARRETO
TRINDADE - DPC. Poder Judiciário Tribunal de Justiça do Estado do Pará Vara de Combate ao
crime organizado- Belém AUDIÃNCIA DE INSTRUÃÃO E JULGAMENTO Autos nº 0000493-
72.2012.8.14.0201 (LIBRA) Autor.........: Ministério Público Réu............: MARLON DA SILVA DIAS
Data/hora..:Â 01/12/2021, ÃS 10h45. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â
TERMO DE AUDIÃNCIA Ao 01 dia do mês de DEZEMBRO do ano de 2021, nesta Cidade de Belém,
Estado do Pará, na Sala de Audiência da Vara de Combate ao Crime Organizado de Belém, no
Fórum local, onde se achavam presentes o Dr. EDUARDO RODRIGUES DE MENDONÃA FREIRE, MM.
Juiz de Direito, comigo o(a) servidor(a), abaixo assinado. Presentes o (a) Representante do Ministério
Público (RMP), Dra. ANDREA ALICE BRANCHES NAPOLEAO (via plataforma Microsoft Teams).
Presente o Representante da Defensoria Pública, Dr. FLORIANO BARBOSA JUNIOR (via plataforma
Microsoft Teams). ABERTA A AUDIÃNCIA, feito o pregão de praxe, verificou-se a AUSÃNCIA do réu
MARLON DA SILVA DIAS, que não foi intimado (fl. 194) no endereço que indicou à fl. 84, não tendo
atualizado o referido. O MP REQUEREU A DECRETAÃÃO DA REVELIA DO ACUSADO, O QUE FOI
DEFERIDO PELO MM. JUIZ, CONSIDERANDO QUE Ã DEVER DO ACUSADO MANTER SEU
ENDEREÃO ATUALIZADO. MOTIVO PELO QUAL, DECRETO A REVELIA CONFORME ART. 367, DO
CPP. PRESENTES a(s) testemunha(s) arroladas pelo Ministério Público RODRIGO DA SILVA
PEREIRA e ANTÃNIO LAURO NEVES VIEIRA. Em seguida, passou-se a ouvir a Testemunha arrolada
605
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
pelo Ministério Público RODRIGO DA SILVA PEREIRA (VIA MICROSOFT TEAMS) qualificado nos
autos. Testemunha compromissada e advertida das penas do crime de falso testemunho (art. 342, CP).
Em seguida, passou-se a ouvir a Testemunha arrolada pelo Ministério Público ANTÃNIO LAURO
NEVES VIEIRA qualificado nos autos. Testemunha compromissada e advertida das penas do crime de
falso testemunho (art. 342, CP). AUSENTE(s) a(s) testemunha(s) arroladas pelo Ministério Público,
CÃLIO NEGRÃO GOMES (RG: 13036 PM/PA), que não apresentou justificativa para sua ausência. O
MP DESISTE na(s) testemunha(s) faltosa(s), o que foi deferido pelo MM. Juiz. Na fase do art. 402 do CPP,
o Ministério Público e a Defesa nada requereram. ALEGAÃÃES FINAIS ORAIS PELO MP. GRAVADO.
ALEGAÃÃES FINAIS ORAIS PELA DEFESA. GRAVADO. Ao fim, o MM. Juiz proferiu a seguinte
DELIBERAÃÃO EM AUDIÃNCIA: 1) Segue juntado aos autos DVD; 2) CONCLUSOS PARA SENTENÃA.
3) Saem os presentes intimados. Nada mais havendo, DISPENSADAS AS ASSINATURAS AOS
PRESENTES VIA PLATAFORMA MICROSOFT TEAMS. Eu, , Versalhes Ferreira, Secretaria da VCCO,
c o n f e r i e a s s i n o . Â J U I Z D E D I R E I T O :
__________________________________________________________ MINISTÃRIO PÃBLICO: via
Plataforma Microsoft Teams DEFENSORIA PÃBLICA: via Plataforma Microsoft Teams TESTEMUNHAS
CÃLIO NEGRÃO GOMES: ________________________________________________ RODRIGO DA
SILVA PEREIRA: ___________________________________________ ANTÃNIO LAURO NEVES
VIEIRA: _________________________________________ DVD (CD) PROCESSO:
00123872720128140401 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
EDUARDO RODRIGUES DE MENDONCA FREIRE A??o: Procedimento Especial da Lei Antitóxicos em:
02/12/2021 VITIMA:O. E. AUTORIDADE POLICIAL:DAVID LEAO DOS SANTOS DPC
DENUNCIADO:CLEBER ULISSES MAIA DE BRITO PROMOTOR:PRIMEIRA PROMOTORIA DE
JUSTICAENTORPECENTES. Poder Judiciário Tribunal de Justiça do Estado do Pará Vara deÂ
Combate ao crime organizado- Belém AUDIÃNCIA DE INSTRUÃÃO E JULGAMENTO Autos nº
0012387-27.2012.8.14.0401 (LIBRA) Autor.........: Ministério Público Réu............: CLEBER ULISSES
MAIA DE BRITO Data/hora..:Â 01/12/2021, ÃS 10h. Â Â Â Â Â Â TERMO DE AUDIÃNCIA Ao 01 dia do
mês de DEZEMBRO do ano de 2021, nesta Cidade de Belém, Estado do Pará, na Sala de Audiência
da Vara de Combate ao Crime Organizado de Belém, no Fórum local, onde se achavam presentes o Dr.
EDUARDO RODRIGUES DE MENDONÃA FREIRE, MM. Juiz de Direito, comigo o(a) servidor(a), abaixo
assinado. Presentes o (a) Representante do Ministério Público (RMP), Dra. ANETTE MACEDO
ALEGRIA (via plataforma Microsoft Teams). Presente o Representante da Defensoria Pública, Dr.
FLORIANO BARBOSA JUNIOR (via plataforma Microsoft Teams). ABERTA A AUDIÃNCIA, feito o
pregão de praxe, verificou-se a AUSÃNCIA do réu CLEBER ULISSES MAIA DE BRITO, INTIMADO
NOS TERMOS DA CERTIDÃO Ã FL. 164. O MP REQUEREU E O MM. JUIZ DECRETOU A REVELIA DO
ACUSADO, CONFORME ART. 367, DO CPP. PRESENTES a(s) testemunha(s) arroladas pelo Ministério
Público BARBARA AGATHA DE SOUZA FRAGOSO MONTEIRO (RG: 36879 PM/PA), KLEBER
AUGUSTO DE SENA (RG: 25455 PM/PA) e CHARLLES NAZARENO FAVACHO DA SILVA (RG: 14257
PM/PA). Em seguida, passou-se a ouvir a Testemunha arrolada pelo Ministério Público BARBARA
AGATHA DE SOUZA FRAGOSO MONTEIRO qualificado nos autos. Testemunha compromissada e
advertida das penas do crime de falso testemunho (art. 342, CP). Em seguida, passou-se a ouvir a
Testemunha arrolada pelo Ministério Público KLEBER AUGUSTO DE SENA qualificado nos autos.
Testemunha compromissada e advertida das penas do crime de falso testemunho (art. 342, CP). Em
seguida, passou-se a ouvir a Testemunha arrolada pelo Ministério Público CHARLLES NAZARENO
FAVACHO DA SILVA qualificado nos autos. Testemunha compromissada e advertida das penas do crime
de falso testemunho (art. 342, CP). Na fase do art. 402 do CPP, o Ministério Público e a Defesa nada
requereram. Fora pedido pelo Ministério Público e pela Defesa a conversão dos debates orais em
memoriais. Ao fim, o MM. Juiz proferiu a seguinte DELIBERAÃÃO EM AUDIÃNCIA: 1) Segue juntado aos
autos DVD; 2) VISTAS ao MP e Defesa, para apresentação de alegações finais, no prazo sucessivo
de 05 dias sucessivos 3) Após, conclusos para sentença. 4) Saem os presentes intimados. Nada mais
havendo, DISPENSADAS AS ASSINATURAS AOS PRESENTES VIA PLATAFORMA MICROSOFT
TEAMS. Eu, , Versalhes Ferreira, Secretaria da VCCO, conferi e assino. JUIZ DE DIREITO:
__________________________________________________________ MINISTÃRIO PÃBLICO: via
Plataforma Microsoft Teams DEFENSORIA PÃBLICA: via Plataforma Microsoft Teams RÃU/RÃ:
____________________________________________________________________ TESTEMUNHAS
BARBARA AGATHA DE SOUZA FRAGOSO MONTEIRO (MP):______________________ KLEBER
AUGUSTO DE SENA (MP):______________________________________________ CHARLES
NAZARENO FAVACHO DA SILVA (MP):________________________________ DVD (CD) PROCESSO:
00230967720198140401 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
606
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
EDUARDO RODRIGUES DE MENDONCA FREIRE A??o: Procedimento Especial da Lei Antitóxicos em:
02/12/2021 VITIMA:O. E. DENUNCIADO:LUIZ AUGUSTO CONCEICAO LUCENA Representante(s): OAB
123456789 - DEFENSORIA PUBLICA (DEFENSOR) . Poder Judiciário Tribunal de Justiça do Estado do
Pará Vara de Combate ao crime organizado- Belém AUDIÃNCIA DE INSTRUÃÃO E
JULGAMENTO Autos nº 0023096-77.2019.8.14.0401 (LIBRA) Autor.........: Ministério Público
Réu............: LUIZ AUGUSTO CONCEIÃÃO LUCENA Data/hora..: 01/12/2021, ÃS 10h15.      Â
                        TERMO DE AUDIÃNCIA Ao 01 dia do mês de
DEZEMBRO do ano de 2021, nesta Cidade de Belém, Estado do Pará, na Sala de Audiência da Vara
de Combate ao Crime Organizado de Belém, no Fórum local, onde se achavam presentes o Dr.
EDUARDO RODRIGUES DE MENDONÃA FREIRE, MM. Juiz de Direito, comigo o(a) servidor(a), abaixo
assinado. Presentes o (a) Representante do Ministério Público (RMP), Dra. ANDREA ALICE
BRANCHES NAPOLEAO (via plataforma Microsoft Teams). Presente o Representante da Defensoria
Pública, Dr. FLORIANO BARBOSA JUNIOR (via plataforma Microsoft Teams). ABERTA A AUDIÃNCIA,
feito o pregão de praxe, verificou-se a AUSÃNCIA do réu LUIZ AUGUSTO CONCEIÃÃO LUCENA,
CITADO Ã FL 53 (ESTAVA PRESO), NÃO COMPARECEU PARA INFORMAR SEU ENDEREÃO. O MP
REQUEREU A REVELIA DO ACUSADO, POSTO QUE O MESMO, CONFORME DECISÃO DE FL. 53,
DEVERIA MANTER O SEU ENDEREÃO ATUALIZADO, E ASSIM NÃO PROCEDEU, PELO QUE DEFIRO
O PLEITO E DECRETO A REVELIA DO ACUSADO, CONFORME ART. 367, DO CPP. PRESENTES a(s)
testemunha(s) arroladas pelo Ministério Público WANDERSON FERREIRA PANTOJA (RG: 36794
PM/PA), GEYSON WILLY ALMEIDA RODRIGUES (RG: 43232 PM/PA) e JOSIELE LIMA LOBÃO (RG:
43228 PM/PA). Em seguida, passou-se a ouvir a Testemunha arrolada pelo Ministério Público
WANDERSON FERREIRA PANTOJA qualificado nos autos. Testemunha compromissada e advertida das
penas do crime de falso testemunho (art. 342, CP). Em seguida, passou-se a ouvir a Testemunha arrolada
pelo Ministério Público GEYSON WILLY ALMEIDA RODRIGUES qualificado nos autos. Testemunha
compromissada e advertida das penas do crime de falso testemunho (art. 342, CP). Em seguida, passou-
se a ouvir a Testemunha arrolada pelo Ministério Público JOSIELE LIMA LOBÃO qualificado nos autos.
Testemunha compromissada e advertida das penas do crime de falso testemunho (art. 342, CP). Na fase
do art. 402 do CPP, o Ministério Público e a Defesa nada requereram. Fora pedido pelo Ministério
Público e pela Defesa a conversão dos debates orais em memoriais. Ao fim, o MM. Juiz proferiu a
seguinte DELIBERAÃÃO EM AUDIÃNCIA: 1) Segue juntado aos autos DVD; 2) VISTAS ao MP e Defesa,
para apresentação de alegações finais, no prazo sucessivo de 05 dias sucessivos 3) Após,
conclusos para sentença. 4) Saem os presentes intimados. Nada mais havendo, DISPENSADAS AS
ASSINATURAS AOS PRESENTES VIA PLATAFORMA MICROSOFT TEAMS. Eu, , Versalhes Ferreira,
Secretaria da VCCO, conferi e assino. JUIZ DE DIREITO:
__________________________________________________________ MINISTÃRIO PÃBLICO: via
Plataforma Microsoft Teams DEFENSORIA PÃBLICA: via Plataforma Microsoft Teams RÃU/RÃ:
____________________________________________________________________ TESTEMUNHAS
WANDERSON FERREIRA PANTOJA (MP): _______________________________________ GEYSON
WILLY ALMEIDA RODRIGUES (MP): ___________________________________ JOSIELE LIMA LOBÃO
(MP): ___________________________________________________ DVD (CD) PROCESSO:
00232170820198140401 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
EDUARDO RODRIGUES DE MENDONCA FREIRE A??o: Procedimento Especial da Lei Antitóxicos em:
02/12/2021 VITIMA:O. E. DENUNCIADO:MARCIO TIAGO FERREIRA DE JESUS Representante(s): OAB
7749 - CLAUDIO DA SILVA CARVALHO (ADVOGADO) OAB 16102 - ELIEZER DA CONCEICAO
BORGES (ADVOGADO) OAB 123456789 - DEFENSORIA PUBLICA (DEFENSOR) . Poder Judiciário
Tribunal de Justiça do Estado do Pará Vara de Combate ao crime organizado- Belém
AUDIÃNCIA DE INSTRUÃÃO E JULGAMENTO Autos nº 0023217-08.2019.8.14.0401 (LIBRA)
Autor.........: Ministério Público Réu............: MARCIO TIAGO FERREIRA DE JESUS Data/hora..:Â
01/12/2021, ÃS 10h30. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â TERMO DE
AUDIÃNCIA Ao 01 dia do mês de DEZEMBRO do ano de 2021, nesta Cidade de Belém, Estado do
Pará, na Sala de Audiência da Vara de Combate ao Crime Organizado de Belém, no Fórum local,
onde se achavam presentes o Dr. EDUARDO RODRIGUES DE MENDONÃA FREIRE, MM. Juiz de
Direito, comigo o(a) servidor(a), abaixo assinado. Presentes o (a) Representante do Ministério Público
(RMP), Dra. ANDREA ALICE BRANCHES NAPOLEAO (via plataforma Microsoft Teams). Presente o DR.
CLAUDIO DA SILVA CARVALHO (OAB/PA 7749), patrono do acusado. ABERTA A AUDIÃNCIA, feito o
pregão de praxe, verificou-se a PRESENÃA do réu MÃRCIO TIAGO FERREIRA DE JESUS.
PRESENTES a(s) testemunha(s) arroladas pelo Ministério Público WANDERSON FERREIRA
PANTOJA (RG: 36794 PM/PA), CEZAR AUGUSTO PANTOJA DO NASCIMENTO (RG: 43193 PM/PA) e
607
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
JOSIELE LIMA LOBÃO (RG: 42228 PM/PA). Em seguida, passou-se a ouvir a Testemunha arrolada pelo
Ministério Público WANDERSON FERREIRA PANTOJA qualificado nos autos. Testemunha
compromissada e advertida das penas do crime de falso testemunho (art. 342, CP). Em seguida, passou-
se a ouvir a Testemunha arrolada pelo Ministério Público CEZAR AUGUSTO PANTOJA DO
NASCIMENTO qualificado nos autos. Testemunha compromissada e advertida das penas do crime de
falso testemunho (art. 342, CP). Em seguida, passou-se a ouvir a Testemunha arrolada pelo Ministério
Público JOSIELE LIMA LOBÃO qualificado nos autos. Testemunha compromissada e advertida das
penas do crime de falso testemunho (art. 342, CP). Em seguida, não havendo testemunhas de Defesa,
passou-se ao INTERROGATÃRIO do(a) Réu/Ré MÃRCIO TIAGO FERREIRA DE JESUS
qualificado(a) nos autos. Antes da realização do Interrogatório, foi assegurado o direito de entrevista
reservada do(a) acusado(a) com o(a) seu(sua) patrono(a), direito que foi exercido, na forma do artigo 185,
§ 2º, do CPP. Outrossim, depois de devidamente qualificado(a) e cientificado(a) do inteiro teor da
acusação, foi o(a) acusado(a) informado(a) do seu direito de permanecer calado(a) e de não
responder as perguntas que lhe forem formuladas (art. 186 do CPP). Na fase do art. 402 do CPP, o
Ministério Público e a Defesa nada requereram. Fora pedido pelo Ministério Público e pela Defesa a
conversão dos debates orais em memoriais. Ao fim, o MM. Juiz proferiu a seguinte DELIBERAÃÃO EM
AUDIÃNCIA: 1) Segue juntado aos autos DVD; 2) VISTAS ao MP e Defesa, para apresentação de
alegações finais, no prazo sucessivo de 05 dias sucessivos 3) Após, conclusos para sentença. 4)
Saem os presentes intimados. Nada mais havendo, DISPENSADAS AS ASSINATURAS AOS
PRESENTES VIA PLATAFORMA MICROSOFT TEAMS. Eu, , Versalhes Ferreira, Secretaria da VCCO,
c o n f e r i e a s s i n o . Â J U I Z D E D I R E I T O :
__________________________________________________________ MINISTÃRIO PÃBLICO: via
P l a t a f o r m a M i c r o s o f t T e a m s A D V O G A D O :
______________________________________________________________ RÃU:
____________________________________________________________________ TESTEMUNHAS
WANDERSON FERREIRA PANTOJA (MP): _______________________________________ MÃRCIO
TIAGO FERREIRA DE JESUS (MP): ___________________________________ JOSIELE LIMA LOBÃO
(MP): ___________________________________________________ DVD (CD) PROCESSO:
00146737120088140401 PROCESSO ANTIGO: 200820528288
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): NANCY PALMEIRA SADALLA A??o: Procedimento
Especial da Lei Antitóxicos em: 03/12/2021 VITIMA:O. E. DENUNCIADO:SAMIRA RIBEIRO CHAGAS
Representante(s): OAB 11111 - DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DO PARA (DEFENSOR) . ATO
ORDINATÃRIO      De ordem do Exmo. Sr. Eduardo Rodrigues de Mendonça Freire, Juiz de
Direito, nesta data, procedo ao arquivamento dos presentes autos. Belém/PA, 03 de dezembro de 2021.
Nancy Sadalla Analista Judiciário PROCESSO: 00026289220198140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): LUCAS DO CARMO DE JESUS A??o: Ação Penal -
Procedimento Ordinário em: 30/11/2021 REQUERIDO:MEDIDA CAUTELAR SIGILOSA
REQUERENTE:DPC VITOR PIETSCH FRACA FONTES REU:ELIZABETH MARIA CAMPOS RECA
Representante(s): OAB 19470 - EUGENIO COUTINHO DE OLIVEIRA JUNIOR (ADVOGADO) OAB 19110
- ELENIZE DAS MERCES MESQUITA (ADVOGADO) REU:ANGELO SHIGEMI YAMADA
Representante(s): OAB 6012 - JOSE ALYRIO WANZELER SABBA (ADVOGADO) OAB 25509 -
ROBERTO CARLOS WANZELER SABBÁ (ADVOGADO) REU:ALFREDO GARCIA DE MELO
Representante(s): OAB 18936 - ROBERTO DE OLIVEIRA TAVARES (ADVOGADO) OAB 23433 -
ADRIANO SILVA DE SOUSA (ADVOGADO) REU:LUIZ NAZARENO DA SILVA SANTOS
Representante(s): OAB 11957 - MAURO CESAR DA SILVA DE LIMA (ADVOGADO) OAB 11651 - NELMA
CATARINA OLIVEIRA MARTIRES COSTA (ADVOGADO) REU:SILVIO VIDAL CAMPOS JUNIOR
Representante(s): OAB 19718 - AMANDA GABRIELLY MORAIS SA (ADVOGADO) OAB 20474 -
MARCELO LIENDRO DA SILVA AMARAL (ADVOGADO) REU:ROBERVAN CRUZ SANTOS
Representante(s): OAB 18736 - CELSO ROBERTO DE MIRANDA RIBEIRO JUNIOR (ADVOGADO) OAB
27743 - BERG DILON AUAD NASCIMENTO (ADVOGADO) OAB 4.465 - RICARDO ALMEIDA ALVES
SANTOS (ADVOGADO) REU:WOLNEY DANIEL ARAUJO CABRAL Representante(s): OAB 25997 -
LUAN ROSAS LIMA TEIXEIRA (ADVOGADO) OAB 4315 - DEISE NATALIA DA ROCHA GAMA
(ADVOGADO) REU:ANGELO RICARDO REIS DE MATOS Representante(s): OAB 12998 - BRUNO
NATAN ABRAHAM BENCHIMOL (ADVOGADO) OAB 25735 - YAN AYRES ARAGAO E SERRAO
(ADVOGADO) OAB 21096 - MARIA CICERA DA SILVA BRITO (ADVOGADO) REU:SAMUE VIEIRA DE
AGUIAR Representante(s): OAB 19045 - LETICIA MAGALHAES RODRIGUES DA CUNHA (ADVOGADO)
OAB 12914 - MARCOS ERNESTO BEZERRA FILHO (ADVOGADO) REU:RAIMUNDO DA COSTA
REBELO Representante(s): OAB 8748 - RICARDO ALEXANDRE ALMEIDA ALVES (ADVOGADO) OAB
608
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
do Carmo de Jesus Juiz de Direito Respondendo pela Vara de Combate ao Crime Organizado Â
Documento assinado digitalmente PROCESSO: 00034419020178140401 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): NANCY PALMEIRA SADALLA A??o: Procedimento
Especial da Lei Antitóxicos em: 30/11/2021 DENUNCIADO:DIFFERSON JOAQUIM OLIVEIRA MARTINS
Representante(s): OAB 2222 - DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO PARA (DEFENSOR) VITIMA:A. C.
PROMOTOR(A):PRIMEIRA PROMOTORIA DE JUSTICAENTORPECENTES. ATO ORDINATÃRIO Â Â Â
  De ordem do Exmo. Sr. Eduardo Rodrigues de Mendonça Freire, Juiz de Direito, nesta data, procedo
ao arquivamento dos presentes autos. Belém/PA, 30 de novembro de 2021. Nancy Sadalla Analista
Judiciário PROCESSO: 00037034620208140074 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): LUCAS DO CARMO DE JESUS A??o: Ação Penal -
Procedimento Ordinário em: 30/11/2021 VITIMA:A. C. DENUNCIADO:ADAILSON DE SOUSA SILVA
Representante(s): OAB 11012 - FRANCISCO LOBO DUARTE BATISTA (ADVOGADO)
DENUNCIADO:CLEYSON TOME BEZERRA FERREIRA SOBRINHO DENUNCIADO:VERANICE
PEREIRA DA SILVA Representante(s): OAB 26352 - THAIS DANTAS ALVES (ADVOGADO)
DENUNCIANTE:MINISTERIO PUBLICO ESTADUAL DE TAILANDIA DENUNCIADO:TAFAREL CANDIDO
ASSUNCAO DENUNCIADO:EDSON RANDRO BRITO LIMA DENUNCIADO:FRANCISCO JUNIOR
SOUSA DA SILVA Representante(s): OAB 26352 - THAIS DANTAS ALVES (ADVOGADO)
DENUNCIADO:CLEUCIANO BARAUNA NASCIMENTO DENUNCIADO:ANTONIO MARCOS FERREIRA
DA SILVA Representante(s): OAB 31108-B - JAILSON SOARES DA SILVA (ADVOGADO)
DENUNCIADO:ANDREI CARDOSO VASCONCELOS DENUNCIADO:MOISES SILVA LIMA. VARA DE
COMBATE AO CRIME ORGANIZADO Processo número 0003703-46.2020.814.0074 DECISÃO    Â
     Vistos etc.          1. FRANCISCO JUNIOR SOUSA DA SILVA ingressou com
pedido de revogação de prisão preventiva (fls. 478/494) e, subsidiariamente, a sua conversão em
prisão domiciliar, a aplicação de medidas cautelares diversas da prisão e o desmembramento do
feito, pelos motivos de fato e de direito articulados no pleito. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Parecer ministerial (fls.
496) pelo indeferimento do pleito.          à o breve relatório.          DECIDO.  Â
       Compulsando os autos, extrai-se que CLEYSON TOME BEZERRA, ADAILSON DE SOUZA
SILVA e VERANICE PEREIRA SILVA foram presos em flagrante por tráfico de drogas em uma
residência.          Por ocasião de seus interrogatórios policiais, CLEYSON TOME
BEZERRA (fl. 13) confessou ser integrante da perigosa e conhecida organização criminosa
denominada COMANDO VERMELHO, e ADAILSON DE SOUZA SILVA (fls. 09-V/10) declarou que a
função de ¿MOSSORÿ, é de traficar, sendo o responsável por ¿despachar o pó¿, tendo as
investigações identificado ¿MOSSORÿ como sendo o requerente, sendo que, em seu pedido de
revogação de prisão preventiva de fls. 479/494, o mencionado requerente não nega que seja a
pessoa citada por ADAILSON DE SOUZA SILVA.          Quanto à questão da ausência de
indiciamento do requerente pela autoridade policial, extrai-se que tal entendimento não vinculada o
membro do Ministério Público, que é quem forma a opinio delicti, com independência, para a
eventual propositura de ação penal.          Na espécie, o ora requerente fora incluÃ-do na
ação penal através de aditamento à denúncia (fls. 202/207).          Quanto Ã
alegação de que possui filho menor de 12 anos de idade, sendo o ¿exclusivo cuidado da prole¿, é
cediço que o art. 318, VI, do CPP, autoriza a prisão domiciliar no caso de homem com filho de até 12
anos incompletos, desde que seja único responsável pelos cuidados do filho, não tendo, todavia, o
requerente, apresentado provas cabais de tal alegação, na medida em que a declaração de fl. 492
não afirma que o mesmo é o único responsável pelos cuidados do filho menor, mas que este
¿presta toda a assistência e cuidados ao menor¿.          Neste sentido: EMENTA:
HABEAS CORPUS - HOMICÃDIO QUALIFICADO TENTADO - ALEGAÃÃO DE LEGÃTIMA DEFESA - VIA
IMPRÃPRIA - PRISÃO PREVENTIVA - DECISÃO FUNDAMENTADA - CIRCUNSTÃNCIAS DO DELITO -
GARANTIA DA ORDEM PÃBLICA - PRISÃO DOMICILIAR - PREVISÃO DO ART. 318, VI, DO CPP -
IMPRESCINDIBILIDADE NÃO COMPROVADA - IMPOSSIBILIDADE. O "habeas corpus" não constitui
via adequada para apurar alegações que necessitem de dilação probatória. A prisão preventiva se
sustenta diante da comprovação da materialidade e dos indÃ-cios suficientes da autoria do crime,
associados ao motivo legal da garantia da ordem pública, sobretudo no que se refere ao modo concreto
com que o paciente teria agido. IncabÃ-vel a prisão domiciliar prevista no art. 318, VI, CPP se não
comprovado ser o paciente o único responsável pelos cuidados de filho menor de doze (12) anos.(TJ-
MG - HC: 10000210176822000 MG, Relator: Maria LuÃ-za de Marilac, Data de Julgamento: 09/03/2021,
Câmaras Criminais / 3ª CÃMARA CRIMINAL, Data de Publicação: 11/03/2021).         Â
Some-se a isso que, conforme consulta no Sistema INFOPEN, extrai-se que o aludido requerente não se
encontra na condição de custodiado, sendo que não há informação nos autos acerca do
610
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
isoladamente, revogar a prisão cautelar, se há nos autos elementos suficientes a demonstrar a
necessidade da custódia. PRIS¿O ANTECIPADA. INCIDÃNCIA DA LEI 12.403/2011.
IMPOSSIBILIDADE. GRAVIDADE DO DELITO. MEDIDAS ALTERNATIVAS QUE N¿O SE
MOSTRARIAM SUFICIENTES PARA ACAUTELAR A ORDEM E SAÃDE PÃBLICA. AUSÃNCIA DE
CONSTRANGIMENTO ILEGAL. 1. Indevida a aplicação de medidas diversas da prisão quando a
segregação encontra-se justificada na gravidade concreta do delito cometido, a demonstrar a
insuficiência das medidas alternativas para acautelar a ordem e saúde pública. 2. Recurso improvido.
(STJ -RHC: 41374 MS 2013/0334492-5, Relator: Ministro JORGE MUSSI, Data de Julgamento:
26/11/2013, T5 -QUINTA TURMA, Data de Publicação: DJe 05/12/2013).          Grifos do
signatário.          Nesta senda, há que ser mantida a prisão do referido requerente, na
medida em que há indicativos suficientes de envolvimento com a organização criminosa denominada
Comando Vermelho, de extrema periculosidade.          No que tange à alegação de que a
prisão preventiva deve ser reavaliada a cada 90 (noventa) dias, na forma do parágrafo único do art.
316 do Código de Processo Penal - CPP e que isso não fora feito nos presentes autos, fato que torna a
aludida prisão ilegal, também não merece prosperar, posto que o requerente não se encontra preso
e sim foragido, fato que não justifica a revogação de sua prisão. HABEAS CORPUS. PRISÃO
PREVENTIVA. REAVALIAÃÃO DA NECESSIDADE DE PRISÃO (CPP, ART. 316, PARÃGRAFO ÃNICO).
RÃU FORAGIDO. Ainda que transcorridos 90 dias desde a decretação da prisão preventiva sem que
a Autoridade Impetrada tenha reavaliado a necessidade de subsistência da medida, não se justifica sua
revogação se o acusado encontra-se foragido. ORDEM DENEGADA. (TJ-SC - HC:
50002896720218240000 Tribunal de Justiça de Santa Catarina 5000289-67.2021.8.24.0000, Relator:
Sérgio Rizelo, Data de Julgamento: 19/01/2021, Segunda Câmara Criminal).          Sendo
assim, verifico presentes os pressupostos da prisão preventiva - indÃ-cios suficientes de autoria e
materialidade, segundo o conjunto probatório carreado aos autos até o momento, assim como presente
na espécie o periculum libertatis - fundamento da prisão preventiva da garantia da ordem pública - ,
vez que é consabido que o comando vermelho é organização criminosa extremamente violenta e
perigosa, reconhecida tanto nacional como internacionalmente por diversas práticas delituosas dos mais
variados espectros, evidenciando a periculosidade real do requerente em comento, bem como que, em
liberdade, há veementes riscos de reiteração criminosa e abalo à ordem pública, pelo que indefiro o
pleito de revogação da prisão preventiva de FRANCISCO JUNIOR SOUSA DA SILVA, bem a prisão
domiciliar e a aplicação de medidas cautelares diversas da prisão.          2. O requerente
pede o desmembramento do feito com base nos seguintes argumentos: ¿(...) diante de vários réus
estarem sendo assistidos pela defensoria pública, e prolongando o andamento dos autos, em atenção
ao princÃ-pio da celeridade processual, requer o desmembramento do feito, prosseguindo a presente
persecução penal em prol simplesmente do denunciado, para que posso ter o devido célere
andamento processual¿.          Não assiste razão ao requerente.          O
processo segue seu curso normal, eventuais percalços temporais na marcha processual são próprios
de processos com elevado número de denunciados, o que, quase que invariavelmente, ocorre nos
processos em que se apura condutas pretensamente perpetradas por suposta organização criminosa,
como é o caso dos autos.          Ressalte-se que, nos presentes autos, foram denunciadas
10 (dez) pessoas, fato que, de per si, implica em maior tempo para o deslinde da questão posta em
juÃ-zo, sendo necessária a prática de vários atos para integração completa da relação processual
até ulterior prolação de sentença. Ademais, constata-se que embora o requerente alegue, em seu
favor, o princÃ-pio da celeridade processual, o mesmo não fora encontrado para ser notificado (v.
certidão de fl. 457, vol. 02) e também não apresentou defesa preliminar, sendo estes alguns dos fatos
quem vem atravancando a marcha processual.          Ressalte-se que a circunstância de
que alguns denunciados serem patrocinados pela Defensoria Pública não induz necessariamente Ã
demora na marcha processual, muito ao contrário, nos presentes autos verifica-se que a Defensoria
Pública já apresentou defesa preliminar de alguns réus (fls. 435/436, vol. 02), fato que não ocorreu
em relação ao peticionante que, embora tenha advogado nos autos, não só não foi encontrado para
ser notificado como nem sequer apresentou defesa. Nesta toada, se há dilação temporal na marcha
processual não se pode atribuÃ--la a este juÃ-zo ou mesmo à Defensoria Pública, mas sim a outros
denunciados, dentre eles o próprio requerente que, como já dito, embora saiba que foi denunciado em
processo criminal, não atende ao chamamento para perfazer a triangulação da relação processual
e nem apresenta defesa no feito.          Pelo exposto, entendo, ao menos por ora, não ser
conveniente a separação do processo, tudo na forma do art. 80 do CPP. Indefiro o pedido de
desmembramento do feito.          P.R.I.C.          Belém/PA, data registrada no
sistema. Lucas do Carmo de Jesus Juiz de Direito Respondendo pela Vara de Combate ao Crime
612
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
PROC. 0442640-97.2016.8.14.0301
RÉU : RILDO VILLENA FAVACHO
ADVOGADO:
ECIVALDO PAIXÃO NASCIMENTO, OAB PA Nº 19356
Intime-se o patrono ECIVALDO PAIXÃO NASCIMENTO, OAB PA Nº 19356 a proceder a devolução dos
autos nº 0442640-97.2016.8.14.0301, NO PRAZO MÁXIMO DE 24 HORAS, SOB PENA DE APLICAÇÃO
DE MULTA PREVISTA NO ART 234 DO CPC
615
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
FÓRUM DE ICOARACI
ocasião da intimação por via postal (fl. 207).       à o breve relatório. Passo a decidir.   Â
  O Artigo 485 do Código de Processo Civil prevê as possibilidades de extinção doÂ
processo sem resolução do mérito, dentre as quais, em seu inciso VI, a falta de
interesse processual, uma das condições da ação.      No caso presente, o autor não
promoveu nenhum ato nos autos, após a sua reiterada intimação para cumprir as diligências
determinadas pelo JuÃ-zo.            Observemos o que diz a jurisprudência: CIVIL E
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO NA APELAÃÃO. AÃÃO ORDINARIA DE COBRANÃA. EXTINÃÃO POR
FALTA DE INTERESSE PROCESSUAL EX VI DO ART. 267, INCISO VI, DO CPC. INTIMAÃÃO DO
BANCO PARA INFORMAR SE HAVIA INTERESSE NO PROSSEGUIMENTO DO FEITO. AUSÃNCIA DE
MANIFESTAÃÃO. PROCESSO PARALISADO. ARGUMENTAÃÃO QUE NÃO Ã CAPAZ DE MODIFICAR
A DECISÃO ATACADA. AGRAVO IMPROVIDO. POR MAIORIA DE VOTOS. 1. O processo que veicula a
ação na origem foi distribuÃ-do em 30/03/2000 e até o momento da sentença, ou seja, passados
mais de 15 anos sequer logrou êxito em realizar a citação da ré por deficiência do endereço
informado ao longo da tramitação. 2. Além disso, intimada a instituição bancária, por seu
advogado, para informar interesse no andamento do feito, em nada se manifestou. 3. Ã de se ressaltar,
por conseguinte, que o processo se encontrava sem qualquer movimentação ou manifestação do
suposto interessado, desde janeiro de 2012. 4. O comportamento do apelante é, de fato, incompatÃ-vel
com o interesse de obter a prestação jurisdicional no intuito de satisfazer a obrigação referente ao
pagamento da dÃ-vida em questão, sendo certo que o processo não pode permanecer eternamente
ativo, como no caso em apreço, sem qualquer definição do promovente.5. Agravo improvido. Por
maioria de votos. (TJ-PE - AGV: 3969862 PE, Relator: Josué Antônio Fonseca de Sena, Data de
Julgamento: 15/09/2015, 1ª Câmara CÃ-vel, Data de Publicação: 20/10/2015) - grifei.      Â
Desta forma, o não atendimento pela parte autora aos encargos que lhe competiam, denota concreta
falta de interesse no seguimento do feito, configurando o desinteresse processual superveniente Ã
propositura da ação.      Por tais motivos, julgo o processo sem resolução do mérito, com
fulcro no Artigo 485, VI, do CPC. Â Â Â Â Â Â Condeno a parte exequente no pagamento das custas, e
deixo de condená-lo, em virtude dos executados não terem constituÃ-do advogado nos autos.     Â
 Decorrido o prazo recursal e adotadas as providências de praxe e arquivar os autos. Icoaraci (PA), 02
de Dezembro de 2021 EDNA MARIA DE MOURA PALHA JuÃ-za de Direito respondendo pela 1º Vara
Civil e Empresarial de Icoaraci PROCESSO: 00037864020108140201 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANILDO SABÓIA DOS SANTOS A??o: Busca e
Apreensão em: 03/12/2021 AUTOR:BANCO MERCEDES BENS DO BRASIL Representante(s): OAB
19357 - CARLOS ANTONIO HARTEN FILHO (ADVOGADO) OAB 4482 - MANOEL ARCHANJO DAMA
FILHO (ADVOGADO) OAB 33.670 - LUCAS DE HOLANDA CAVALCANTI CARVALHO (ADVOGADO)
OAB 17784-B - THAIS PINA RODRIGUES (ADVOGADO) REU:DANDOLINI E PEPER LTDA. ATO
ORDINATÃRIO Em cumprimento aos termos do Provimento nº 006/2006, de 05/10/2006, da
Corregedoria de Justiça da Região Metropolitana de Belém e do que dispõe o Art. 152, VI, NCPC:
Intimo a parte requerente, através de seu advogado, via publicação no DJE., para no prazo de 10
(dez) dias, promover o recolhimento das custas para EXPEDIÃÃO DE MANDADO de Busca e Apreensão
do veÃ-culo, visto que, recolheu custas apenas da diligência do Oficial de Justiça, ou, requerer o que
entender de direito, para o regular andamento do processo, sob pena de arquivamento. Transcorrido o
prazo acima assinalado, sem manifestação, independentemente de novo Ato Ordinatório, será feita a
sua intimação pessoal, via postal, para, no mesmo prazo, manifestar o seu interesse, com a
advertência de arquivamento. Belém (PA), 03 de dezembro de 2021. Anildo SABOIA dos Santos Diretor
de Secretaria Mat. 14.281 PROCESSO: 00039385620108140201 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANILDO SABÓIA DOS SANTOS A??o:
Cumprimento de sentença em: 03/12/2021 AUTOR:SUZANA PATRICIA PINHEIRO NASCIMENTO
MEDEIROS Representante(s): OAB 1702 - PAULO SERGIO FERREIRA DE SOUZA (ADVOGADO) OAB
4815 - JANETE MARIA COSTA DE JESUS (ADVOGADO) REU:LIDER SUPERMERCADOS E
MAGAZINE LTDA Representante(s): OAB 15770-B - ALINE SALDANHA RODRIGUES DANIEL
(ADVOGADO) OAB 18717 - STEFANO RIBEIRO DE SOUSA COSTA (ADVOGADO) OAB 18711 - MAX
PINHEIRO MARTINS JUNIOR (ADVOGADO) . ATO ORDINATÃRIO Em cumprimento aos termos do
Provimento nº 006/2006, de 05/10/2006, da Corregedoria de Justiça da Região Metropolitana de
Belém e nos termos do Art. 152, VI, do NCPC: Intimo a parte requerida LIDER SUPERMERCADO E
MAGAZINE LTDA, através de seu advogado, via publicação no DJEN, para no prazo de 15 (quinze)
dias, promover o recolhimento das custas finais apuradas pela UNAJ, equivalente a R$ 903,07
(novecentos e três reais e sete centavos), sob pena de ser encaminhado o seu nome para inscrição
na DÃ-vida Ativa do Estado. Transcorrido o prazo acima assinalado, sem manifestação, será feita a
617
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
sua intimação pessoal, via postal, independentemente de novo Ato Ordinatório. Icoaraci(PA), 03 de
dezembro de 2021. Anildo SABOIA dos Santos Diretor de Secretaria Mat. 14.281 PROCESSO:
00047178720118140201 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
EDNA MARIA DE MOURA PALHA A??o: Processo de Execução em: 03/12/2021 AUTOR:SISTEMA DE
ENSINO EQUIPE LTDA Representante(s): OAB 8967-B - ALESSANDRO REIS E SILVA (ADVOGADO)
OAB 15233 - MARIO ANTONIO MEIRELLES (ADVOGADO) OAB 13281 - MARCELA MACEDO DE
QUEIROZ (ADVOGADO) REU:JOEL LOPES DE SOUZA. PROCESSO nº. 0004717-87.2011.8.14.0201
EXECUÃÃO DE TÃTULO EXTRAJUDICIAL EXEQUENTE: SISTEMA DE ENSINO EQUIPE LTDA.
EXECUTADA: JOEL LOPES DE SOUZA DESPACHO Tendo em vista que este JuÃ-zo determinou o
BLOQUEIO de valores através do SISBAJUD (fl. 153), determino a renovação da intimação do
exequente, para que apesente planilha atualizada do débito, que está defasado, no prazo de 05 (cinco)
dias, sob pena de extinção do processo sem resolução do mérito por falta de interesse.
Transcorrido o prazo, certifique-se e voltem conclusos. Icoaraci, 02 de Dezembro de 2021 EDNA MARIA
DE MOURA PALHA JuÃ-za de Direito respondendo pela 1ª Vara CÃ-vel e Empresarial Distrital de Icoaraci
PROCESSO: 00062369220148140201 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): EDNA MARIA DE MOURA PALHA A??o:
Procedimento Comum Cível em: 03/12/2021 AUTOR:ELIEL BRIGIDA DE MIRANDA Representante(s):
OAB 4543 - AFONSO DE MELO SILVA (ADVOGADO) REU:SEGURADORA LIDER DOS CONSORCIOS
DO SEGURO DPVAT S/A Representante(s): OAB 3259 - OPHIR FILGUEIRAS CAVALCANTE JUNIOR
(ADVOGADO) OAB 3574 - THALES EDUARDO RODRIGUES PEREIRA (ADVOGADO) OAB 6778 -
MARLUCE ALMEIDA DE MEDEIROS (ADVOGADO) OAB 11201 - PEDRO MIGUEL LARCHER DAS
NEVES FELIX ALVES (ADVOGADO) OAB 14351 - MARILIA DIAS ANDRADE (ADVOGADO) OAB 12719
- RODOLFO MEIRA ROESSING (ADVOGADO) OAB 16292 - LUANA SILVA SANTOS (ADVOGADO)
OAB 20164 - ALVARO AUGUSTO RODRIGUES NETO (ADVOGADO) PERITO:JONAS KARLEM
ANGELIM VIANA. PROCESSO N. 0006236-92.2014.8.14.0201 AÃÃO DE COBRANÃA AUTOR: ELIEL
BRÃGIDA DE MIRANDA RÃ: SEGURADORA LÃDER DOS CONSÃRCIOS DO SEGURO DPVAT
SENTENÃA Â Â Trata-se de AÃÃO DE COBRANÃA envolvendo as partes acima identificadas,
devidamente qualificadas na inicial.       à fl. 136 foi informado nos autos que o autor não
compareceu ao exame pericial e, por este motivo, o mesmo foi intimado, através de seu advogado, para
justificar sua ausência, conforme fl. 138.       Intimado para se manifestar sobre o interesse no
prosseguimento do feito, o autor seguiu inerte, tanto quando intimado por seu advogado (fl. 140) quanto
por ocasião da intimação por via postal (fl. 145).       à o breve relatório. Passo a decidir. Â
    O Artigo 485 do Código de Processo Civil prevê as possibilidades de extinção doÂ
processo sem resolução do mérito, dentre as quais, em seu inciso VI, a falta de
interesse processual, uma das condições da ação.      No caso presente, o autor não
promoveu nenhum ato nos autos, após a sua reiterada intimação para cumprir as diligências
determinadas pelo JuÃ-zo.            Observemos o que diz a jurisprudência: CIVIL E
PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO NA APELAÃÃO. AÃÃO ORDINARIA DE COBRANÃA. EXTINÃÃO POR
FALTA DE INTERESSE PROCESSUAL EX VI DO ART. 267, INCISO VI, DO CPC. INTIMAÃÃO DO
BANCO PARA INFORMAR SE HAVIA INTERESSE NO PROSSEGUIMENTO DO FEITO. AUSÃNCIA DE
MANIFESTAÃÃO. PROCESSO PARALISADO. ARGUMENTAÃÃO QUE NÃO Ã CAPAZ DE MODIFICAR
A DECISÃO ATACADA. AGRAVO IMPROVIDO. POR MAIORIA DE VOTOS. 1. O processo que veicula a
ação na origem foi distribuÃ-do em 30/03/2000 e até o momento da sentença, ou seja, passados
mais de 15 anos sequer logrou êxito em realizar a citação da ré por deficiência do endereço
informado ao longo da tramitação. 2. Além disso, intimada a instituição bancária, por seu
advogado, para informar interesse no andamento do feito, em nada se manifestou. 3. Ã de se ressaltar,
por conseguinte, que o processo se encontrava sem qualquer movimentação ou manifestação do
suposto interessado, desde janeiro de 2012. 4. O comportamento do apelante é, de fato, incompatÃ-vel
com o interesse de obter a prestação jurisdicional no intuito de satisfazer a obrigação referente ao
pagamento da dÃ-vida em questão, sendo certo que o processo não pode permanecer eternamente
ativo, como no caso em apreço, sem qualquer definição do promovente.5. Agravo improvido. Por
maioria de votos. (TJ-PE - AGV: 3969862 PE, Relator: Josué Antônio Fonseca de Sena, Data de
Julgamento: 15/09/2015, 1ª Câmara CÃ-vel, Data de Publicação: 20/10/2015) - grifei.      Â
Desta forma, o não atendimento pela parte autora aos encargos que lhe competiam, denota concreta
falta de interesse no seguimento do feito, configurando o desinteresse processual superveniente Ã
propositura da ação.      Por tais motivos, julgo o processo sem resolução do mérito, com
fulcro no Artigo 485, VI, do CPC. Â Â Â Â Â Â Condeno a parte autora no pagamento das custas e
honorários advocatÃ-cios, fixado em 10% sobre o valor da causa. Porém, diante da gratuidade de
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
justiça concedida ao autor, suspendo a sua exigibilidade pelo prazo de 5 (cinco) anos, conforme
Artigos 485 C/C 98, §3º, ambos do CPC.       Decorrido o prazo recursal e adotadas as
providências de praxe e arquivar os autos. Icoaraci (PA), 02 de Dezembro de 2021 EDNA MARIA DE
MOURA PALHA JuÃ-za de Direito respondendo pela 1º Vara Civil e Empresarial de Icoaraci PROCESSO:
00074790820138140201 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
ANILDO SABÓIA DOS SANTOS A??o: Cumprimento de sentença em: 03/12/2021
REQUERENTE:SERVICO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIALDEPARTAMENTO
NACIONALSENAIDN Representante(s): OAB 5773 - FERNANDO DE MORAES VAZ (ADVOGADO) OAB
20526 - CATARINA BARROS DE AGUIAR ARAUJO (ADVOGADO) REQUERIDO:PESQUEIRA
MAGUARY LTDA. ATO ORDINATÃRIO Em cumprimento aos termos do Provimento nº 006/2006, de
05/10/2006, da Corregedoria de Justiça da Região Metropolitana de Belém e do que dispõe o Art.
152, VI, NCPC: Intimo a parte requerente, através de seu advogado, via publicação no DJE., para no
prazo de 10 (dez) dias, promover o recolhimento das custas para EXPEDIÃÃO DE MANDADO de
Intimação da parte executada, para apresentação da planilha de faturamento dos últimos 12
meses, visto que, recolheu custas apenas da diligência do Oficial de Justiça, ou, requerer o que
entender de direito, para o regular andamento do processo, sob pena de arquivamento. Transcorrido o
prazo acima assinalado, sem manifestação, independentemente de novo Ato Ordinatório, será feita a
sua intimação pessoal, via postal, para, no mesmo prazo, manifestar o seu interesse, com a
advertência de arquivamento. Belém (PA), 03 de dezembro de 2021. Anildo SABOIA dos Santos Diretor
de Secretaria Mat. 14.281 PROCESSO: 00109485720168140201 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANILDO SABÓIA DOS SANTOS A??o: Busca e
Apreensão em Alienação Fiduciária em: 03/12/2021 AUTOR:BANCO VOLKSWAGEN S/A
Representante(s): OAB 285218 - ALBERTO IVAN ZAKIDALKSKI (ADVOGADO) REU:TROPICAL
NAVEGACAO E TRANSPORTE LTDA EPP. ATO ORDINATÃRIO Em cumprimento aos termos do
Provimento nº 006/2006, de 05/10/2006, da Corregedoria de Justiça da Região Metropolitana de
Belém e nos termos do Art. 152, VI, do NCPC: Intimo a parte autora BANCO VOLKSWAGEN S/A,
através de seu advogado, via publicação no DJEN, para no prazo de 15 (quinze) dias, promover o
recolhimento das custas finais apuradas pela UNAJ, equivalente a R$ 2.367,79 (dois mil, trezentos e
sessenta e sete reais e setenta e nove centavos), sob pena de ser encaminhado o seu nome para
inscrição na DÃ-vida Ativa do Estado. Transcorrido o prazo acima assinalado, sem manifestação,
será feita a sua intimação pessoal, via postal, independentemente de novo Ato Ordinatório.
Icoaraci(PA), 03 de dezembro de 2021. Anildo SABOIA dos Santos Diretor de Secretaria Mat. 14.281
PROCESSO: 00110091920068140301 PROCESSO ANTIGO: 200610367078
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANILDO SABÓIA DOS SANTOS A??o: Ação Civil
Pública em: 03/12/2021 PROMOTOR:LUCINEIDE DO AMARAL CABRAL ENVOLVIDO:BENEDITO
WILSON CORREA DE SA AUTOR:MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARA REU:CURTUME
COURO DO NORTE LTDA Representante(s): OAB 14816 - GUSTAVO COELHO CAVALEIRO DE
MACEDO PEREIRA (ADVOGADO) OAB 9933 - DANIEL LACERDA FARIAS (ADVOGADO) OAB 10725 -
UGO VASCONCELLOS FREIRE (ADVOGADO) OAB 15513 - CAMILA COELHO MELRES (ADVOGADO)
OAB 14878 - VITOR DE LIMA FONSECA (ADVOGADO) OAB 13919 - SAULO COELHO CAVALEIRO DE
MACEDO PEREIRA (ADVOGADO) OAB 14815 - BERNARDO DE SOUZA MENDES (ADVOGADO) OAB
14277 - WANILDO ISMAEL DE OLIVEIRA TORRES NETO (ADVOGADO) OAB 12000 - JOSELIZA
CUNHA PAES BARRETO (ADVOGADO) OAB 11454-B - MICHEL RODRIGUES VIANA (ADVOGADO)
OAB 20639 - AMERICO HERIALDO DE CASTRO RIBEIRO FILHO (ADVOGADO) OAB 19067 - LUCAS
GOMES BOMBONATO (ADVOGADO) OAB 18914 - CAMILA MAIA MIGLIANO (ADVOGADO) OAB 20208
- HELIO DE XEREZ E OLIVEIRA GOES JUNIOR (ADVOGADO) OAB 20289 - THIAGO NOBRE MAIA
(ADVOGADO) OAB 22452 - LEANDRO SILVA MAUES (ADVOGADO) OAB 22437 - ADHERBAL ARIAS
CAETANO CORREA (ADVOGADO) OAB 23227 - YAGO FANJAS PAIXAO (ADVOGADO) OAB 24589 -
AMANDA PINTO DOS SANTOS (ADVOGADO) OAB 24840 - ALEJANDRA MENEZES DE OLIVEIRA
(ADVOGADO) OAB 25487 - NELSON PAULO SIMÕES NASSER (ADVOGADO) OAB 26171-A - REBECA
GARCIA MARTINS REIS DOS SANTOS (ADVOGADO) OAB 18656 - PATRICIA PASTOR DA SILVA
PINHEIRO (ADVOGADO) OAB 14816 - GUSTAVO COELHO CAVALEIRO DE MACEDO PEREIRA
(ADVOGADO) OAB 9933 - DANIEL LACERDA FARIAS (ADVOGADO) OAB 10725 - UGO
VASCONCELLOS FREIRE (ADVOGADO) OAB 15513 - CAMILA COELHO MELRES (ADVOGADO) OAB
14878 - VITOR DE LIMA FONSECA (ADVOGADO) OAB 13919 - SAULO COELHO CAVALEIRO DE
MACEDO PEREIRA (ADVOGADO) OAB 14815 - BERNARDO DE SOUZA MENDES (ADVOGADO) OAB
14277 - WANILDO ISMAEL DE OLIVEIRA TORRES NETO (ADVOGADO) OAB 12000 - JOSELIZA
CUNHA PAES BARRETO (ADVOGADO) OAB 11454-B - MICHEL RODRIGUES VIANA (ADVOGADO)
619
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
OAB 20639 - AMERICO HERIALDO DE CASTRO RIBEIRO FILHO (ADVOGADO) OAB 19067 - LUCAS
GOMES BOMBONATO (ADVOGADO) OAB 18914 - CAMILA MAIA MIGLIANO (ADVOGADO) OAB 20208
- HELIO DE XEREZ E OLIVEIRA GOES JUNIOR (ADVOGADO) OAB 20289 - THIAGO NOBRE MAIA
(ADVOGADO) OAB 22452 - LEANDRO SILVA MAUES (ADVOGADO) OAB 22437 - ADHERBAL ARIAS
CAETANO CORREA (ADVOGADO) OAB 23227 - YAGO FANJAS PAIXAO (ADVOGADO) OAB 24589 -
AMANDA PINTO DOS SANTOS (ADVOGADO) OAB 24840 - ALEJANDRA MENEZES DE OLIVEIRA
(ADVOGADO) OAB 25487 - NELSON PAULO SIMÕES NASSER (ADVOGADO) OAB 26171-A - REBECA
GARCIA MARTINS REIS DOS SANTOS (ADVOGADO) OAB 18656 - PATRICIA PASTOR DA SILVA
PINHEIRO (ADVOGADO) REU:M.J. NOVAES DE LIMA E CIA LTDA - CURTUME IDEAL
Representante(s): MARCELO PEREIRA E SILVA (ADVOGADO) . ATO ORDINATÃRIO Em cumprimento
aos termos do Provimento nº 006/2009, de 09/03/2009, da Corregedoria de Justiça da Região
Metropolitana de Belém e do que dispõe o Art. 152, VI, NCPC: Em cumprimento ao item 4 do r.
Despacho de fl. 2025, intimo as partes autora e ré, acerca do Cronograma de Serviços apresentados
pela empresa MAGMA ANÃLISES AMBIENTAIS LTDA, a saber: PerÃ-cia em Campo, dia 05-01-2021;
PerÃ-odo de Análise, dia 05-02-2022 e Parecer Técnico e Entrega dos Relatórios, dia 25-02-2021. Â
Belém (PA), 03 de dezembro de 2021. Anildo SABOIA dos Santos Diretor de Secretaria Mat. 14.281
620
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
PROC.: 0802113-71.2021.8.14.0201
EDITAL DE INTERDIÇÃO
O Dr. CHARLES MENEZES BARROS, Juiz de Direito Titular da 2ª Vara Cível e Empresarial Distrital de
Icoaraci, Comarca de Belém, Estado do Pará, no uso de suas atribuições legais etc.
FAZ SABER a todos quanto o presente EDITAL virem ou dele conhecimento tiver que foi DECRETADA,
POR SENTENÇA, A INTERDIÇÃO DE GABRIELLE BIANK DE OLIVEIRA PANTOJA, nascido (a) em
11.07.1996, filho(a) de Miraneide de Oliveira Pantoja, portador (a) do RG nº 8041661/PC/PA, cujo registro
de nascimento foi feito sob a matrícula nº 066431 01 55 1996 1 00081 381 0086837 47, no Cartório de
Registro Civil do 1º Ofício de Belém/PA, residente e domiciliado (a) no mesmo endereço de seu curador
(a), que se encontra na impossibilidade de reger os atos da vida civil, nomeando como seu CURADOR (A)
DEFINITIVO (A) o (a) senhor (a) MARILUCIA DO SOCORRO OLIVEIRA DE SOUSA, portadora do RG
n.º 5882352/2ª VIA e do CPF n.º 005.692.922-63, residente e domiciliada no Conjunto COHAB, Travessa
S Quatro, nº 97, Campina, Icoaraci/Belém/PA, CEP: 66.813-400, tudo de conformidade com a sentença
prolatada nos autos cíveis de CURATELA/INTERDIÇÃO (Proc. nº 0802113-71.2021.8.14.0201), tendo
como autor (a) MARILUCIA DO SOCORRO OLIVEIRA DE SOUSA e como interditado(a) GABRIELLE
BIANK DE OLIVEIRA PANTOJA. Dado e passado neste Distrito de Icoaraci, aos 19 (dezenove) dias do
mês de outubro de dois mil e vinte e um (2021). Eu, Márcia C. Pantoja Nunes, o digitei. (Artigo 1º, §3º do
Provimento 006/2006-CJRMB).
PROC.: 0802401-19.2021.8.14.0201
EDITAL DE INTERDIÇÃO
O Dr. CHARLES MENEZES BARROS, Juiz de Direito Titular da 2ª Vara Cível e Empresarial Distrital de
Icoaraci, Comarca de Belém, Estado do Pará, no uso de suas atribuições legais etc.
FAZ SABER a todos quanto o presente EDITAL virem ou dele conhecimento tiver que foi DECRETADA,
POR SENTENÇA, A INTERDIÇÃO DE ADELMA SUELY SOUZA OLIVEIRA, nascido (a) em 31.10.1984,
filho(a) de Adelson Dias de Oliveira e de Bazilia da Silva Souza, portador (a) do RG nº 4884324/2ª
VIA/PC/PA e do CPF nº 869.050.742-68, cujo registro de nascimento foi feito sob o nº 196.908, às Fls. 28,
do Livro nº 232-A, no Cartório de Registro Civil do 2º Ofício de Belém/PA, residente e domiciliado (a) no
mesmo endereço de seu curador (a), que se encontra na impossibilidade de reger os atos da vida civil,
nomeando como seu CURADOR (A) DEFINITIVO (A) o (a) senhor (a) ADELSON DIAS DE OLIVEIRA,
621
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
FÓRUM DE ANANINDEUA
tanto. Outrossim, a Parte Exequente se manifestou concordando com os valores depositados, bem como
pugnando pelo seu levantamento via expedição de alvará (fl. 45). Nesta toada, a sentença
vergastada admitindo a satisfação da obrigação extinguiu o feito, deliberadamente sem a referida
condenação da Parte Executada em honorários advocatÃ-cios. Nesse sentido, vale trazer à baila a
Súmula 17 do STJ: ¿São devidos honorários advocatÃ-cios no cumprimento de sentença, haja ou
não impugnação, depois de escoado o prazo para pagamento voluntário, que se inicia após a
intimação do advogado da parte executada¿. Ainda sobre o tema e corroborando o entendimento
aduzido, transcrevo os seguintes julgados: EMENTA: APELAÃÃO. CUMPRIMENTO DE SENTENÃA.
SATISFAÃÃO DO VALOR EXEQUENDO. OBSERVÃNCIA AO PRAZO PARA PAGAMENTO
VOLUNTÃRIO. FIXAÃÃO DE HONORÃRIOS INDEVIDA. Se o executado, no prazo para cumprimento
voluntário da obrigação, estabelecido pelo art. 523 do CPC, a adimple, indevida a fixação de
honorários advocatÃ-cios. (TJ-MG - AC: 10395170020923001 MG, Relator: Amauri Pinto Ferreira, Data de
Julgamento: 06/12/2018, Data de Publicação: 18/12/2018). PROCESSUAL CIVIL - SENTENÃA
CONDENATÃRIA - DANOS MORAIS - TRÃNSITO EM JULGADO PARA A PARTE - CUMPRIMENTO DE
SENTENÃA - SATISFAÃÃO DA OBRIGAÃÃO - EXTINÃÃO DO FEITO - HONORÃRIOS ADVOCATÃCIOS
- DESCABIMENTO - PAGAMENTO VOLUNTÃRIO - INTIMAÃÃO PARA COMPLEMENTAÃÃO -
AUSÃNCIA "1. Para efeitos do art. 543-C do CPC: 1.1. São cabÃ-veis honorários advocatÃ-cios em fase
de cumprimento de sentença, haja ou não impugnação, depois de escoado o prazo para pagamento
voluntário a que alude o art. 475-J do CPC, que somente se inicia após a intimação do advogado,
com a baixa dos autos e a aposição do 'cumpra-se' (REsp. n.º 940.274/MS). 1.2. Não são cabÃ-veis
honorários advocatÃ-cios pela rejeição da impugnação ao cumprimento de sentença. 1.3. Apenas
no caso de acolhimento da impugnação, ainda que parcial, serão arbitrados honorários em benefÃ-cio
do executado, com base no art. 20, § 4º, do CPC. 2. Recurso especial provido" (REsp 1134186/RS,
Min. Luis Felipe Salomão) .(TJ-SC - AC: 00095563120078240036 Jaraguá do Sul 0009556-
31.2007.8.24.0036, Relator: Luiz Cézar Medeiros, Data de Julgamento: 01/08/2017, Quinta Câmara de
Direito Civil) Assim sendo, não há que se falar em condenação da Parte Executada em honorários.
Segue-se que não se trata, portanto, de alegado vÃ-cio no julgado, porquanto a Parte Embargante
pretende rever e modificar a conclusão a que chegou o Magistrado quando deixou de fixar
condenação em honorários advocatÃ-cios. Nesse sentido: EMBARGOS DE DECLARAÃÃO.
CONTRADIÃÃO. NÃO OCORRÃNCIA. CARÃTER MERAMENTE INFRINGENTE. RECURSO
EXTRAORDINÃRIO E DECLARATÃRIOS MANEJADOS SOB A VIGÃNCIA DO CPC/2015. 1. Inexistente
descompasso lógico entre os fundamentos adotados e a conclusão do julgado, a afastar a tese
veiculada nos embargos declaratórios de que contraditório o decisum. 2. Não se prestam os embargos
de declaração, não obstante sua vocação democrática e a finalidade precÃ-pua de
aperfeiçoamento da prestação jurisdicional, para o reexame das questões de fato e de direito já
apreciadas no acórdão embargado. 3. Ausência de contradição justificadora da oposição de
embargos declaratórios, nos termos do art. 1.022 do CPC, a evidenciar o caráter meramente infringente
da insurgência. 4. Ausente condenação anterior em honorários, inaplicável o artigo 85, § 11, do
CPC/2015. 5. Embargos de declaração rejeitados. (Emb. Decl. no Ag. Reg. no Recurso Extraordinário
nº 1155650/SP, 1ª Turma do STF, Rel. Rosa Weber. j. 22.03.2019, unânime, DJe 29.03.2019).
(Grifei). Desse modo, o inconformismo relatado no petitório deve ser deduzido pela via recursal própria.
III - Ante o exposto, DEIXO DE ACOLHER OS PRESENTES EMBARGOS, porque não caracterizados
quaisquer dos vÃ-cios do art. 1.022 do CPC. Recolhidas as custas, expeça-se alvará. Em seguida, nada
mais havendo e observadas as orientações da Corregedoria do e. TJPA e do CNJ, arquive-se o feito.
Publique-se. Intimem-se. Ananindeua/PA, 25 de novembro de 2021.  Gláucio Assad Juiz de Direito
Titular da 1ª Vara CÃ-vel e Empresarial de Ananindeua
624
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
inclusive.      Ambos os patronos das partes estão regularmente habilitados nos autos, inclusive
com poderes para transigir, na forma dos respectivos instrumentos de mandato, fls. 31 a 31-V e fl. 160 dos
autos. Â Â Â Â Â Destarte, HOMOLOGO o acordo firmado entre as partes, com base no artigo 487, inciso
III, alÃ-nea ¿b¿, do CPC, em face da transação, e extingo o processo com resolução de mérito.
     Sem custas, com base no artigo 90, §3º, do CPC.      Honorários na forma do
acordo.      Intimem-se as partes.      Secretaria deve certificar se houve ou não
desistência de eventual prazo recursal.      Caso tenha havido, certifique-se o trânsito em
julgado, se for o caso, e arquive-se com baixa, observadas as cautelas legais e de praxe. Â Â Â Â Â Antes,
proceda-se ao desbloqueio de eventual valor ainda penhorado em contas judiciais, expedindo-se, neste
caso, o alvará em nome da parte respectiva, também na forma do acordo ora homologado.     Â
Publique-se. Registre-se. Intime-se. Cumpra-se. Ananindeua, 26 de novembro de 2021 WEBER
LACERDA GONÃALVES Juiz de Direito Titular       1 PROCESSO: 00376022120158140006
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): WEBER LACERDA
GONCALVES A??o: Procedimento Comum Cível em: 06/12/2021 REQUERENTE:ARINALDO DA SILVA
BARBOSA Representante(s): OAB 7261 - JOSE OTAVIO NUNES MONTEIRO (ADVOGADO)
REQUERIDO:MAPFRE VERA CRUZ SEGURADORA Representante(s): OAB 8.123 - LOUISE RANNER
PEREIRA GIONEDIS (ADVOGADO) . PROCESSO: 0037602-21.2015.8.14.0006 Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â
                  SENTENÃA       Trata-se de ação ordinária de
indenização por danos materiais e morais proposta por ARINALDO DA SILVA BARBOSA contra
MAPFRE VERA CRUZ SEGURADORA S.A. Â Â Â Â Â Â Juntou com a inicial documentos de fls.18 a 25
dos autos.       Despacho inicial na fl. 26 dos autos. Deferimento de justiça gratuita ao autor.
Ordem de emenda à inicial para juntada de procuração inicial.       Juntada nas folhas 27 a 32
dos autos, com outros documentos.       Ordem de citação do réu na fl. 33 e 34 dos autos. Â
     Contestação tempestiva da ré de fls.37 a 155 dos autos e certidão de fl. 156 dos autos. Â
     Despacho de fl. 158 para réplica do autor.       Réplica tempestiva de fl. 159 a 167
dos autos e certidão de fl. 168 dos autos.       Despacho para especificação de meios de
provas de fls. 170 dos autos.       Manifestação do autor de fls. 171 a 175 dos autos.     Â
 Nova manifestação do autor de fls. 176 a 198 dos autos, juntando novos documentos.      Â
Manifestação da ré de fls. 199 a 204 dos autos.       Despacho do MM. Juiz de fl. 207 dos
autos para manifestação das partes sobre o laudo pericial.       Manifestação do autor de fls.
208 a 230 dos autos e 231 a 236 dos autos. Â Â Â Â Â Â Novo despacho de fls. 239 dos autos. Â Â Â Â Â
 Autora pediu julgamento do mérito no estado em que se encontra, fls. 240 a 262 dos autos.     Â
 Ré também pediu julgamento e não pediu novas provas, apresentando suas razões, fls. 263 a
281 dos autos.       Certidão de fl. 282 dos autos dando conta de que as partes se manifestaram
que não têm provas a produzir.       Novo despacho de fl. 282 dos autos para ré juntar
petição assinada.       Ré as juntou, fls. 285 a 293 dos autos.       Anúncio de
julgamento antecipado no despacho de fl. 295 dos autos. Certidão da Secretaria de fl. 290 dos autos.  Â
    Decisão de fl. 297 dos autos. Certidão da Secretaria de fl. 298 dos autos.       à o
relatório. Decido.       Trata-se de julgamento antecipado do mérito, na forma do artigo 355, I,
do CPC.       O AUTOR diz, na inicial, que contratou seguro de vida em grupo com a ré, com
cobertura securitária que abarcava a invalidez por acidente ou por doença.       Porém,
conforme documento juntado, seu pedido administrativo de indenização foi recusado/indeferido pela
ré injustificadamente pela ré, que alegou inclusive ausência de contrato, malgrado tenha recolhido os
prêmios regularmente, consoante fica demonstrado em seus contracheques da Marinha do Brasil.   Â
   Ele era militar da Marinha e, durante a prestação do serviço militar ativo, contraiu patologia no
olho esquerdo, com sequelas permanentes, conforme laudo médico juntado.  A respeito da
alegação de prescrição, verifico que o autor, na inicial, não indica a data do sinistro, fundamental
em análise de pedido de indenização securitária.      A inicial, de fato, não trouxe
documentos essenciais para o julgamento do feito, nem mesmo aqueles que diziam respeito ao fato em si
e nem aqueles relativos à vida atual e pregressa do autor na Marinha do Brasil, como fuzileiro naval,
inclusive relativamente ao seu licenciamento, ao acidente e aos exames que fez na época, além da
omissão quanto ao processo de nº 0010303-04.2007.4.01.3900, na Justiça Federal do Pará, de
2007, noticiado, primeiramente, pela ré, em contestação, e só depois noticiado pelo autor, no qual
já havia, inclusive, perÃ-cia médica a respeito. Somente com o correr do processo foi que os fatos foram
se aclarando, o que efetivamente prejudicou a defesa da ré em contestação, porque a juntada de
documentos, de certa forma, foi feita ao arrepio do artigo 435, do CPC. Â Â Â Â Â Escudar-se em pedido
de inversão do ônus da prova desde o inÃ-cio, como base no artigo 6º, VIII, do CDC, como fez o autor,
não deferido expressamente pelo MM. Juiz, na época, a fim de que a ré juntasse vários documentos
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
contratuais que eram, também, ou foram, acessÃ-veis ao autor, parece-me pleito impertinente, porque
não comprovada a hipossuficiência do consumidor, ao menos quanto aos documentos de
comprovassem as cláusulas contratuais, inclusive, ou seja, os contratos ou apólices que afinal não
juntou à inicial.      Este fato processual poderia, em si, conduzir o processo ao indeferimento da
inicial, por inépcia, na forma dos artigos 319, 320 e 321, do CPC c/c artigo 330, I, § 1º, do CPC, como
pede a ré, aliás, em contestação, de certa forma ou de outra forma, em razão de falta de causa de
pedir de fundo (o contrato de seguro, documento efetivamente indispensável). No entanto, devo priorizar
o julgamento do mérito, segundo abaixo.      A outra alegação processual da ré, em
contestação, diz respeito à ilegitimidade passiva ad causam de si, a qual, no entanto, vejo como
incongruente, sobretudo porque a própria ré afirma que, neste caso, era cosseguradora, o que por si
só lhe justifica a presença no polo passivo, por lógico.      Não é crÃ-vel, entretanto, que as
seguradoras, inclusive a ré, não tenham fornecido nenhum documento relativo ao contrato de seguro
ao autor, mesmo porque, na peça inicial, este se limitou a juntar dois de seus contracheques e o laudo
médico tardio, de agosto de 2015, sendo um dos contracheques parcialmente ilegÃ-vel ou de difÃ-cil
leitura. Os demais documentos foram o comprovante de endereço, o pedido administrativo de
indenização securitária, o cpf e o documento civil de identidade (não juntou cópia do documento
militar de identidade, por exemplo). Â Â Â Â Â DO PLEITO DE PRESCRIÃÃO - PREJUDICIAL DE
MÃRITO.      A ré alegou, em contestação, prescrição, que é uma prejudicial de mérito,
com base no artigo 206, § 1º, II, `b¿, do CC.      Alegou que, de acordo com a inicial, a lesão
no globo ocular que ocasionou a perda da visão ocorreu a perda da visão em 11.05.2006, o que quer
dizer que o autor teve ciência do diagnóstico de sua disfunção naquela data.      O laudo
médico juntado, aquele de fl. 24 dos autos, é de 20.08.2015, o qual, sucinto, dá conta de que o autor
tem, no olho esquerdo, lesão macular de caráter irreversÃ-vel e permanente, CID H54.4; H 31.O, o que o
tornou incapacitado para a vida de militar, ele que é militar da Marinha do Brasil.      Não há,
porém, na inicial, nenhum documento ofertado pela Marinha do Brasil ou por qualquer outra força
militar, dando conta de sua situação de inativo ou de, pelo menos, licenciado ou de algo que o valha. Â
    Segundo a inicial, o autor não recebeu nenhum documento da Seguradora ou da Marinha que
comprove seu liame contratual com aquela primeira, exceto os seus próprios contracheques de fls. 22 e
23 dos autos.      A inicial não fornece, repito, nenhum detalhe fático mais expressivo ou
documento a respeito, repito. Em réplica, não houve juntada de documentos a respeito, também.  Â
   Já na fase de especificação de provas, portanto tardiamente, o autor juntou, inclusive, o laudo
de fls. 178 a 183 dos autos, que é aquele produzido no âmbito da Justiça Federal do Pará, em
processo já referido acima, em razão de ação ali ajuizada pelo autor contra a UNIÃO, visando ao
atendimento de seus pleitos de reintegração à Marinha, inclusive.      O documento em
questão é claro ao especificar, segundo a perita, seja na fundamentação/conclusão, seja em
quesito especÃ-fico (quesito 6), que o inÃ-cio de sua incapacidade laborativa seu deu há 12 anos e 05
meses (considerando-se a data da perÃ-cia e do laudo, por lógico, que é 25.09.2018). Ou seja, sua
incapacidade teve inÃ-cio em maio de 2006, e não se deu em decorrência do acidente sofrido por ele. Â
    Outra conclusão pericial, naquele documento, juntado pelo autor também tardiamente, deu
conta de que se trata de invalidez laborativa permanente por doença, ou seja, o autor está incapacitado
para a vida militar, que era sua atividade, mas não para outras atividades que não lhe exijam visão
binocular. A ré diz que que o contrato de seguro feito com o autor lhe dava cobertura somente de casos
de invalidez funcional permanente total por doença, que abrange praticamente todas as atividades
laborais.      Considerando-se, ainda, que o laudo médico dando conta da incapacidade
apresentado pelo autor à Seguradora ré é de 20.08.2015, ao fazer seu pedido, é evidente que
existe, neste caso, claramente, prescrição. Em 25.09.2018, repito, quando foi feita a perÃ-cia na
Justiça Federal, juntada a estes autos pelo próprio autor, já havia incapacidade do autor há 12 anos e
05 meses, perÃ-odo longo demais, imune a quaisquer contratempos administrativos, para que possa haver
qualquer dúvida a respeito da prescrição anual.      Segundo o laudo, portanto, o autor tomou
ciência da incapacidade laboral já naquela época, a qual tenho como inequÃ-voca, pelo tempo
decorrido, na forma das Súmulas 101 e 278, do STJ, e do artigo 206, § 1º, II, `b¿, do CC.     Â
Portanto, não posso considerar que a constatação inequÃ-voca da invalidez se deu apenas em agosto
de 2015, tendo o autor ajuizado esta ação em 27.08.2015, e tendo feito seu pedido de indenização,
administrativamente, em 25.08.2015 (fl. 25 dos autos). Â Â Â Â Â Portanto, devo reconhecer a
prescrição, neste caso, segundo a fundamentação acima, e extinguir o feito com resolução do
mérito, na forma do artigo 487, II, do CPC.      Não há, ainda, nenhuma causa de suspensão
ou de interrupção da prescrição, segundos os artigos 189 a 204, do CC, inclusive.     Â
DISPOSITIVO      Destarte, julgo procedentes os pleitos do autor, na forma da fundamentação
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
acima, e extingo este processo com resolução do mérito, na forma do artigo 487, II, do CPC.    Â
 Reconheço, pois, a ocorrência, neste caso, de prescrição, segundo a fundamentação acima,
relativamente ao contrato de vida em grupo em questão, aquele de fls. 84 a 90 ou 91 a 150 dos autos. Â
    Condeno o autor a pagar aos advogados do autor o valor correspondente ao percentual de 15%
sobre o valor atualizado da causa já retificado, considerando o grau de zelo profissional havido e o tempo
de trabalho exigido dos advogados na feitura de peças e no acompanhamento do feito, segundo o artigo
85, do CPC. No entanto, como se trata de beneficiário de justiça gratuita, suspendo a cobrança.   Â
  Mantenho-lhe a justiça gratuita, pois se trata de pessoa hipossuficiente, financeiramente, apenas, a
julgar pelo seu soldo de militar, inclusive, segundo demonstrado nos autos.      Após o trânsito
em julgado, arquivem-se os autos, se não houver pedidos das partes, observadas as cautelas legais e de
praxe. Â Â Â Â Â Publique-se. Registre-se. Intimem-se as partes e cumpra-se. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â
          Ananindeua-PA, 30 de novembro de 2021                    Â
    WEBER LACERDA GONÃALVES                         Juiz de
Direito Titular 8
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ADITA A PORTARIA Nº 01, DE 27 DE AGOSTO DE 2021 que regulamenta, no âmbito da 4ª Vara Penal
de Ananindeua, a tramitação das Medidas Protetivas previstas na Lei n°11.340/2006 (Lei Maria da Penha),
e dá outras providências.
O Excelentíssimo Juiz de Direito EMANOEL JORGE DIAS MOUTA, Titular da 4ª Vara Penal de
Ananindeua, no uso das atribuições que lhe conferem a Lei nº 5.008/81 (Código judiciário do Estado do
Pará) e a Lei 13.105/2015 (Código de Processo Civil).
CONSIDERANDO:
a) que é dever do magistrado, na condição de gestor da unidade judicial, fixar procedimentos, não
previstos em lei e/ou regulamento, para facilitar e direcionar o serviço judiciário no âmbito de sua vara;
b) que a Lei nº 11.340/2006 cria dispositivos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher;
c) que a Lei nº 11.340/2006, capítulo II, dispõe sobre a aplicação de medidas protetivas;
d) que a Lei nº 11.340/2006 não discrimina qual o procedimento a ser seguido na aplicação das medidas
protetivas;
e) que a Lei nº 11.340/2006 prevê de forma subsidiaria prevê a aplicação legislação processual cível
e penal, nos termos do artigo 33, da Lei nº 11.340/2006;
RESOLVE:
Art. 1º Recebidos autos com pedido de medidas protetivas, após autuação, registro e distribuição à
Secretaria, deverá esta, consultar o sistema LIBRA/PJE e certificar acerca da existência ou não de
procedimento de medidas protetivas anterior envolvendo as mesmas partes.
§1º Constatada a existência de outro(s) procedimento(s), ainda não arquivado(s), deverá ser
providenciado o arquivamento/cancelamento/exclusão da distribuição, juntando-se todos documentos
recebidos nos autos em tramitação; Caso arquivados, apenas aditando a observação na capa dos autos e
no LIBRA/PJE e juntando cópia da decisão/sentença;
§2º Cumprido o parágrafo 1º; e existindo medidas protetivas vigentes, certifique-se a ciência do requerido
e, em caso positivo, proceda-se como notícia de descumprimento e cumpra-se o disposto no Art. 2º, §8º
desta Portaria; Caso negativo, proceda-se a sua intimação no endereço atualizado informado e cumpram-
se os demais procedimentos previstos nesta portaria; e inexistindo medidas protetivas vigentes, cumpra-se
o Art.2º e seguintes;
Art. 2º. Não constatada a existência de procedimento de medidas protetivas anterior envolvendo as
mesmas partes, deverão ser imediatamente conclusos os autos e, após, deverão ser cumpridos os
seguintes atos pelos servidores da vara:
§3ª. Apresentada manifestação pelo requerido, por meio de defesa técnica constituída, concordando com
as medidas protetivas impostas, ficam mantidas as medidas protetivas deferidas e os autos deverão
ser arquivados.
§4º. Decorrido o prazo de resposta sem manifestação do requerido, os autos de medidas protetivas
devem ser imediatamente arquivados.
§5º. Caso o requerido não seja localizado no endereço indicado, e transcorrido o prazo de 10 (dez) dias
sem informação pela requerente de endereço atualizado do requerido ¿ pela Defensoria Pública,
Advogado(a) Particular ou pessoalmente em Secretaria Judicial, proceda-se a sua intimação por edital,
de acordo com o Enunciado 43 do FONAVID.
§6º. Caso a requerente não tenha sido localizada para ciência da decisão liminar, acautelar os autos em
cartório pelo prazo de 30 (trinta) dias, findo os quais, e sem manifestação de interesse expressa nos autos
¿ pela Defensoria Pública, Advogado(a) Particular ou pessoalmente em Secretaria Judicial ¿ devidamente
certificado nos autos, ficam desde já revogadas as medidas protetivas por falta de interesse,
procedendo-se a baixa e arquivamento.
§7º. Informado novo endereço pela requerente, proceda-se nos termos do §1º deste artigo. Sendo mais
uma vez não localizado o requerido ou caso informe o desconhecimento do paradeiro atual do requerido,
devidamente certificado nos autos, proceda-se a citação por edital com prazo de 20 (vinte) dias e,
transcorrido o prazo sem manifestação, devidamente certificado, fica mantida a decisão liminar pelo prazo
constante na decisão, com ciência do Ministério Público, devendo os autos serão baixados e arquivados.
§8º. Caso haja nova notícia de violência ou haja notícia de descumprimento das medidas
protetivas, inclusive com pedido de prisão, deverá a secretaria juntar nos autos a certidão de
intimação do requerido e encaminhar os autos conclusos ao Gabinete para imediata decisão.
§9º. Havendo necessidade no caso concreto, este juízo encaminhará os autos e/ou a
requerente/requerido à Equipe Interdisciplinar para, em caráter de prioridade, apresentar relatório
sobre o caso, apontando especificamente a causa da eventual conduta descumpridora e um
diagnóstico atualizado do conflito. Comparecendo a requerente e o requerido para a realização do
estudo junto a equipe interdisciplinar e, após a juntada do relatório aos autos, deverão ser imediatamente
conclusos ao juiz. No caso de ausência ou não localização da requerente para o estudo técnico, fato
atestado pela equipe interdisciplinar no relatório, ficam desde já revogadas as medidas protetivas por
falta de interesse da parte, procedendo-se a baixa e arquivamento dos autos.
§10º. A despeito das providências do parágrafo anterior, deverá também a secretaria dar continuidade ao
cumprimento do andamento processual determinado nesta portaria.
§12º. Qualquer ato de natureza ordinatória não previsto nesta portaria deverá ser cumprido
independentemente de despacho do juiz.
§13º. No caso de autos de medidas não apreciadas e paralisadas por mais de 48 (quarenta e oito) horas,
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inclusive advindos do plantão judicial, intime-se a requerente, através da defesa técnica constituída ou
pessoalmente para, no prazo de 05 (cinco) dias, informar se ainda tem interesse no seguimento do feito,
sob pena de sua extinção e, em caso positivo, apontar a urgência da situação fática, sendo, neste caso,
imediatamente conclusos. Caso a requerente não seja localizada ou transcorra o prazo in albis, deverão
ser os autos conclusos.
§14º. Sempre que possível deverá a secretaria colher a concordância e proceder ao cadastro de endereço
eletrônico das partes e testemunhas para fins de intimação digital.
§15º. No caso de autos de IPL (inquérito policial) ou ação penal em que tenham sido deferidas medidas
protetivas, deverá a secretaria providenciar a extração de cópia da decisão e demais documentos
pertinentes e encaminhar a distribuição para fins de autuação e registro e após cumprir a presente portaria
conforme o estágio de andamento processual.
§16º. Todos os casos advindos do plantão deverão ser submetidos aos procedimentos expressos nesta
portaria.
§17º. Caso a vítima manifeste através da Defesa Técnica o interesse em desistir das medidas protetivas,
ou havendo nos autos qualquer notícia desse interesse, exteriorizado perante Oficial de Justiça, Equipe
Multidisciplinar, Secretaria do Juízo, ou qualquer outro Órgão Oficial, autos conclusos.
§18º. No caso de autos de prisão em flagrante (APF) decorrente de violência doméstica, deverá a
secretaria certificar sobre a existência de autos de medidas protetivas ainda não apreciadas envolvendo as
mesmas partes. Caso positivo, sendo deferidas, proceder a juntada da decisão nos autos de medidas
protetivas e cumprir a presente portaria.
Art. 3º. Todas as decisões deferindo medidas protetivas terão o prazo de vigência constante na
decisão liminar, podendo a requerente, apontando a necessidade do caso, solicitar a prorrogação
do prazo de vigência das medidas, que poderá ser feito por meio de defesa técnica, Ministério
Público ou comparecimento a Secretaria/Equipe Interdisciplinar, devendo os autos serem
imediatamente conclusos.
Art. 4º. As medidas protetivas serão prorrogadas automaticamente enquanto durar a vigência da Lei nº
13.979/2020 ou durante a declaração de estado de emergência de caráter humanitário e sanitário em
território nacional, conforme art. 5 da Lei nº 14.022/2020.
Art. 6º. Dê-se ciência a todos os servidores e à Equipe Interdisciplinar da vara. Encaminhe-se cópia à
Defensoria Pública, ao Ministério Público, ao Juiz Diretor do Fórum de Ananindeua e à CJRMB.
SENTENÇA
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AÇÃO PENAL
RÉU: JOELSON LEAL DO EGITO, brasileiro, pescador, natural de Cachoeira do Arari ¿ PA, nascido
em 19/05/1977, portador da Carteira de Identidade nº 3328822, filho de Izaural Leal do Egito e Jorge
do Egito, atualmente custodiado no __________________.
TELEFONE: 91-99212-6668
IV ¿ CONCLUSÃO.
À vista de todo o exposto, constata-se a consumação dolosa dos crimes de ameaça, perseguição e
violação de domicílio, perpetrado pelo réu JOELSON LEAL DO EGITO, o qual se adéqua à hipótese do
artigo 147, 147-A, § 1º, II e art. 150, § 1º do Código Penal Brasileiro c/c art. 7°, II, da Lei n° 11.340/06,
praticados contra a sua ex-companheira e vítima Ivaneide Serra e Serra.
Sendo assim, com esteio nos arts. 155, caput, 201, 203, 239 e 387 do CPP e na fundamentação exposta,
JULGO PROCEDENTE o pedido formulado na denúncia e, em decorrência, condeno o acusado
JOELSON LEAL DO EGITO como incurso nas penas do artigo 147, 147-A, § 1º, II e art. 150, § 1º do
Código Penal Brasileiro c/c art. 7°, II, da Lei n° 11.340/06.
a) Crime de Ameaça.
Culpabilidade em grau normal, pois as provas dos autos não revelam intensidade de dolo acima da
média.
Os antecedentes criminais devem ser considerados desfavoráveis, pois nos autos há registro de
condenação anterior transitada em julgada, nos autos nº 0007213-26.2008.8.14.0401, conforme ID
36778624.
Conduta social que deve ser considerada favorável, tendo em vista a insuficiência de dados (princípio do
in dubio pro reo).
Personalidade reputada favorável, haja vista a insuficiência de dados (princípio do in dubio pro reo).
O motivo do crime deve ser considerado favorável ao denunciado, haja vista que não foi identificada
outra motivação da inerente ao tipo penal.
As circunstâncias do delito são favoráveis ao imputado, pois nos autos não há prova de que este tenha
agido com frieza, insensibilidade e audácia acima da média.
Quanto às consequências do delito em relação à vítima, deve ser considerada favorável, haja vista não
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constar nos autos quaisquer consequências a não ser os inerentes ao tipo penal.
A vítima não contribuiu para a realização da conduta ilícita, sendo a valoração neutra, conforme
precedentes reiterados do STJ.
Desta feita, tendo em vista a existência de 01 (uma) circunstância desfavorável, fixo a pena base em
01 (um) mês e 18 (dezoito) dias de detenção.
b) Crime de Perseguição.
Culpabilidade em grau normal pois as provas dos autos não revelam intensidade de dolo acima da
média.
Os antecedentes criminais devem ser considerados desfavoráveis, pois nos autos há registro de
condenação anterior transitada em julgada, nos autos nº 0007213-26.2008.8.14.0401, conforme ID
36778624.
Conduta social que deve ser considerada favorável, tendo em vista a insuficiência de dados (princípio do
in dubio pro reo).
Personalidade reputada favorável, haja vista a insuficiência de dados (princípio do in dubio pro reo).
O motivo do crime deve ser considerado favorável ao denunciado, haja vista que não foi identificada
outra motivação da inerente ao tipo penal.
As circunstâncias do delito são favoráveis ao imputado, pois nos autos não há prova de que este tenha
agido com frieza, insensibilidade e audácia acima da média.
Quanto às consequências do delito em relação à vítima, deve ser considerada favorável, haja vista não
constar nos autos quaisquer consequências a não ser os inerentes ao tipo penal.
A vítima não contribuiu para a realização da conduta ilícita, sendo a valoração neutra, conforme
precedentes reiterados do STJ.
Desta feita, tendo em vista a existência de 01 (uma) circunstância desfavorável, fixo a pena base em
08 (oito) meses de reclusão.
Presente a causa de aumento de pena do art. 147 ¿ A, §1º, II, do CP, a qual aplico na fração de ½ (um
meio).
Os antecedentes criminais devem ser considerados desfavoráveis, pois nos autos há registro de
condenação anterior transitada em julgada, nos autos nº 0007213-26.2008.8.14.0401, conforme ID
36778624.
Conduta social que deve ser considerada favorável, tendo em vista a insuficiência de dados (princípio do
in dubio pro reo).
Personalidade reputada favorável, haja vista a insuficiência de dados (princípio do in dubio pro reo).
O motivo do crime deve ser considerado favorável ao denunciado, haja vista que não foi identificada
outra motivação da inerente ao tipo penal.
As circunstâncias do delito são favoráveis ao imputado, pois nos autos não há prova de que este tenha
agido com frieza, insensibilidade e audácia acima da média.
Quanto às consequências do delito em relação à vítima, deve ser considerada favorável, haja vista não
constar nos autos quaisquer consequências a não ser os inerentes ao tipo penal.
A vítima não contribuiu para a realização da conduta ilícita, sendo a valoração neutra, conforme
precedentes reiterados do STJ.
Desta feita, tendo em vista a existência de 01 (uma) circunstância desfavorável, fixo a pena base em
08 (oito) meses de reclusão.
No caso concreto, o acusado confessou a prática do crime, mesmo que na forma qualificada. Assim,
reconheço a atenuante, aplicando-a no patamar de 1/6 (um sexto), restando a pena 06 meses e 20 dias.
Reconheço o concurso material de crimes, aplico-o somando as penas fixadas, resultando no seguinte: 01
(um) mês e 18 (dezoito) dias de detenção + 01 (um) ano de reclusão + 06 (seis) meses e 20 (vinte) dias de
detenção, TORNANDO A SANÇÃO DEFINITIVA EM 01 (UM) ANO, 08 (OITO) MESES E 08 (OITO) DIAS
DE RECLUSÃO.
Com base nos arts. 33, § 2º, c do CP, 387, § 2º do CPP (detração)[2], levando em consideração o
somatório da pena aplicada 01 ano, 08 meses e 08 dias, e que não se trata de reincidência, determino
que a sanção seja cumprida inicialmente em regime aberto, devendo o réu ser recolhido ao
estabelecimento penal adequado, a partir do trânsito em julgado da presente sentença, a ser designado
pelo juízo da execução ou pela SUSIPE.
Em atenção ao disposto no inciso I do art. 44 do Código Penal e a Súmula 588 do STJ, é incabível a
substituição da pena privativa de liberdade por restritivas de direitos, pois a conduta criminosa está
marcada pela violência à pessoa, sendo incabível nos casos de violência doméstica.
Noutro giro, verifico que o réu primário, as circunstâncias lhe são favoráveis, a pena aplicada foi inferior a
02 (dois) anos e a substituição da pena não é cabível.
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Assim, restam preenchidos os requisitos objetivos e subjetivos do art. 77, do CP, fazendo o réu jus ao
SURSIS da pena.
Desta forma, concedo ao réu a suspensão condicional da pena, submetendo-o ao período de prova de 02
(dois) anos mediantes condições a serem designadas pelo Juízo da Execução de Pena e Medidas
Alternativas.
O Código Penal, no art. 79, afirma que a sentença poderá especificar outras condições a que fica
subordinada a suspensão. A Lei nº 11.340/06 é norma especial, sendo certo que traz, em seu bojo, em
sede de execução da pena, possibilidade de determinação de frequência do condenado a grupo reflexivo.
Assim, por entender adequado ao caso, o condenado deverá participar de cursos e palestras ou de
atividades educativas referentes a questão de gênero a critério do juízo da execução.
DETRAÇÃO
Deixo de realizar a detração do acusado, haja vista que não irá influenciar no regime prisional inicialmente
estabelecido.
CUSTAS PROCESSUAIS
Deixo de condenar o réu em pagamento de custas processuais, haja vista ser patrocinado pela Defensoria
Pública, de acordo com o art. 40, VI, da Lei Estadual nº 8.328/15.
SITUAÇÃO PRISIONAL
No presente caso, verifica-se que não subsiste a necessidade de manutenção prisão cautelar do réu, ante
o quantum da pena aplicada e o regime inicial de cumprimento da pena, bem como tempo de prisão
provisória já cumprido pelo réu, pelo que entendo necessária a determinação das medidas protetivas em
favor da vítima.
Ainda, o tempo de prisão cautelar (mais de 04 meses) já se mostra suficiente como forma de dissuadir o
réu para cumprir as medidas protetivas impostas.
Em face do exposto, REVOGO A PRISÃO PREVENTIVA DO RÉU, se por outro motivo não estiver preso,
mediante o cumprimento das medidas protetivas, quais sejam:
INTIME-SE pessoalmente a vítima da presente decisão de soltura do réu, cujo mandado deverá ser
cumprido pelo PLANTÃO.
DISPOSIÇÕES FINAIS
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9.1. comunicar à Justiça Eleitoral e ao Instituto de Identificação de Belém - PA (CF/1988, art. 15, III,
CPP, art. 809, § 3º e CNJ, Resolução nº 113);
9.2. expedir guia de execução definitiva, encaminhando-as à VEPMA (Lei nº7.210/1984, arts. 105 e
seguintes, CNJ, Resolução nº 113 e TJPA, Resolução nº 016/2007-GP, arts. 2º e 4º, parágrafo único);
FÓRUM DE BENEVIDES
Processo n. 0063906-42.2005.8.14.0097
SENTENÇA Ante a satisfação da obrigação pelo pagamento da dívida ativa que embasa a presente
execução fiscal (fl. 123), com fundamento no artigo 924, II do Código de Processo Civil, extingo o presente
processo sem resolução do mérito. Sem custas e sem honorários advocatícios. Publique-se. Registre-se.
Intime-se. Após o trânsito em julgado, arquive-se. Benevides-PA, 26 de novembro de 2021. Vanessa
Ramos Couto Juíza de Direito da 1ª Vara Cível da Comarca de Benevides ¿ mat. 48.615 Ato de
designação: Portaria n. 074/2021-SJ
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ter um processo contra si durante todo esse tempo já é pena suficiente, em se tratando de um Estado
Democrático de Direito, onde se garante o respeito à dignidade da pessoa humana. Todos têm
conhecimento dos efeitos psíquicos causados pela simples instauração de um inquérito policial e, quando
tal procedimento entra no campo do mundo processual maiores, ainda, são os efeitos perpetrados pela
sua existência. Não adianta falar-se em presunção de inocência, pois hodiernamente, até para se
conseguir emprego em instituições privadas, exige-se certidão de antecedentes criminais negativas.
Destarte, vê-se que a teoria em muito difere da prática. O Prof. Luigi Ferrajoli, em sua obra Direito e
Razão, Teoria do Garantismo Penal, faz uma ponderação acerca da questão de quando existem razões
que justificam ou não justificam o processamento judicial para aplicação de uma pena. Ao abordar a
questão da prevenção e da retribuição da pena, ensina Ferrajoli: Desta forma, a idéia utilitarista de
prevenção, quando apartada do princípio da retribuição, tem-se transformado num dos principais
ingredientes do moderno autoritarismo penal, associando-se às doutrinas correcionalistas da defesa social
e da prevenção especial e legitimando as tentações subjetivistas nas quais, (...) nutrem-se as atuais
tendências em favor do direito penal máximo. Interpretando-se a lição de Ferrajoli, vê-se que aplicação de
uma pena, ou mesmo a instauração de um processo visando a prestação jurisdicional pela suposta
infringência a uma norma penal prevista em lei, quando dissociada da função retributiva e utilitarista da
pena, não observa o objetivo do Direito Criminal Moderno. Nem se precisa avançar muito nos
ensinamentos de Ferrajoli, bastando-se fazer um juízo de ponderação acerca da proporcionalidade e da
razoabilidade da situação concreta para se verificar a falta de interesse processual no caso em análise. A
doutrina processual propugna pela utilidade do processo, sempre minando a sua efetivação, quando do
provimento não se originar um resultado útil para a sociedade. Assim, restando claro que a perspectiva in
concreto, enseja a finalização através de sentença e a posterior extinção da pretensão punitiva estatal
através da prescrição, vê-se que é manifesta a falta de interesse processual superveniente nos presentes
autos, ou seja, desenha-se neste cenário, nítida a figura da prescrição em perspectiva no caso concreto.
Tudo isto está centrado no princípio da eficiência da Administração Pública e, como demonstrado pelo
Ministro Eros Roberto Grau a eficiência administrativa, teve um grau e valoração acentuado em sociedade,
pautando-se num valor cristalizado. É bom lembrar que o direito é uma ciência dinâmica e dialética, que se
transforma e acompanha os anseios da sociedade e, no caso em apreço, o tempo decorrido desde
acontecimento dos fatos, já muito ultrapassou a moderna noção de razoabilidade e proporcionalidade para
duração da marcha processual, fazendo com que a sentença seja um ato jurisdicional natimorto. Deve o
Poder Judiciário por meio de seus órgãos jurisdicionais procurar a melhor maneira da prestação
jurisdicional, pugnando pelos princípios da razoabilidade e eficiência administrativa. Assim, entendo que
resta caracterizada a carência de ação por falta de interesse processual, ante a prescrição em perspectiva,
aplicando em consequência a prescrição virtual, ou prescrição antecipada, como descrevem alguns
doutrinadores, em razão da prolongada marcha processual, fato que afronta o princípio constitucional da
razoável duração do processo, bem como os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade, corolários
dos direitos e garantias fundamentais previstos na Constituição da República. Assim já decidiu o Tribunal
Regional Federal da 1ª Região: PROCESSO PENAL. PRESCRIÇÃO ANTECIPADA, EM PERSPECTIVA
OU VIRTUAL. 1. A doutrina e a jurisprudência divergem, quanto à prescrição antecipada, predominando,
no entanto, a orientação que não a admite. 2. A prescrição antecipada evita um processo inútil, um
trabalho para nada, para chegar-se a um provimento jurisdicional de que nada vale, que de nada servirá.
Desse modo, há de reconhecer-se ausência do interesse de agir. 3. Não há lacunas no Direito, a menos
que se tenha o Direito como lei, ou seja, o Direito puramente objetivo. Desse modo, não há falta de
amparo legal para aplicação da prescrição antecipada. 4. A doutrina da plenitude lógica do direito não
pode subsistir em face da velocidade com que a ciência do direito se movimenta, de sua força criadora,
acompanhando o progresso e as mudanças das relações sociais. Seguir a lei "à risca, quando destoantes
das regras contidas nas próprias relações sociais, seria mutilar a realidade e ofender a dignidade do
espírito humano, porfiosamente empenhado nas penetrações sutis e nos arrojos de adaptação consciente"
(Pontes de Miranda). 5. "Se o Estado não exerceu o direito de punir em tempo socialmente eficaz e útil,
não convém levar à frente ações penais fundadas de logo ao completo insucesso"(Juiz Olindo Menezes).
6. "O jurista, como o viajante, deve estar pronto para o amanhã" (Benjamim Cardozo) (RCCR
2002.34.00.028667-3/DF; RECURSO CRIMINAL, Rel. DESEMBARGADOR FEDERAL TOURINHO NETO,
TERCEIRA TURMA, 14/01/2005 DJ p.33). O interesse processual está caracterizado pela pretensão
punitiva do Estado por meio do Ministério Público. Inexistindo pena a ser aplicada pelo reconhecimento da
prescrição da pena in concreto, inexistirá, por questões óbvias, o interesse processual do parquet,
conforme se depreende da manifestação ministerial. A duração razoável do processo também se aplica a
hipótese, considerando os postulados dos Direitos Humanos, e está adstrita ao art. 5, inciso LXXVIII, da
CF. Nesse sentido, assevera o Ministro Gilmar Mendes do STF. Ademais, a EC nº 45/2004 introduziu
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
norma que assegura a razoável duração do processo judicial e administrativo (art. 5º LXXVIII). Positiva-se,
assim, no Direito Constitucional, orientação há muito perfilhada nas convenções internacionais sobre
Direitos Humanos e que alguns autores já consideravam implícita na ideia de proteção judicial efetiva, no
princípio do Estado de Direito e no próprio postulado da dignidade da pessoa humana. Por conseguinte o
que nos ensina o eminente Ministro do STF é que o jus puniendi privativo e exclusivo do Estado, não pode
ser exercido eternamente ferindo direitos e garantias fundamentais do cidadão, sendo que este deve ser
exercido por um tempo razoável, já delimitado pela norma substantiva penal. Diante do exposto, julgo
extinta a pretensão punitiva estatal em relação ao réu JOSEFER EDUARDO MAGALHÃES MARQUES e
WENDERSON CARLOS BENTES LIMA, pela prescrição antecipada ou virtual, eis que verificado que se
instruído o feito, a pena in concreto aplicada estaria irremediavelmente prescrita, nos termos da
fundamentação supra. Publique-se. Registre-se. Intimem-se.
FÓRUM DE MARITUBA
Faço público para conhecimento dos jurisdicionados e demais interessados, que para cumprimento do
disposto no art. 10 do provimento n.º 04/2001 da Corregedoria Geral de Justiça, será realizada
CORREIÇÃO GERAL ORDINÁRIA, no dia 07 e 09 de dezembro de 2021, a partir das 09:00 horas
(abertura) até às 13:00 horas, na Secretaria Judicial da 1ª Vara Cível e Empresarial da Comarca de
Marituba. Nesta oportunidade, serão recebidas as reclamações, pedidos e sugestões diversas advindas
dos interessados acerca dos serviços forenses referentes a 1ª Vara Cível e Empresarial da Comarca de
Marituba, pelo que, convido à participação todos os interessados. Façam-se as comunicações
necessárias. Publique-se. Registre e Cumpra-se.
ALDINEIA MARIA MARTINS BARROS A??o: Execução Fiscal em: 05/11/2021 EXEQUENTE:A FAZENDA
PUBLICA ESTADUAL Representante(s): OAB 14601-B - BIANCA ORMANES (PROCURADOR(A))
EXECUTADO:CARRETÃO NORTE COMERCIO DE AUTO PEÇAS LTDA EPP. CURATELADOS AÃÃO
DE EXECUÃÃO FISCAL EXEQUENTE: FAZENDA PÃBLICA ESTADUAL EXECUTADO: CARRETÃO
NORTE COMÃRCIO DE AUTO PEÃAS LTDA SENTENÃA Â Â Â Â Â Vistos etc. Â Â Â Â Â Trata-se de
AÃÃO DE EXECUÃÃO, ajuizada por FAZENDA PÃBLICA ESTADUAL em face de CARRETÃO NORTE
COMÃRCIO DE AUTO PEÃAS LTDA, partes qualificadas nos autos. Â Â Â Â Â Â Em despacho de fl. 06
foi determinada a citação do executado. AR encaminhando a citação à fl. 07.      à fl. 09 foi
determinada a intimação da exequente para manifestar interesse no prosseguimento do feito, a qual
requereu a desistência da ação em petição à fl. 11.       à o breve relatório. DECIDO.  Â
    O pedido de desistência da ação não importa em renúncia a direito nem impede novo
ajuizamento da ação, se for o caso.      Na presente ação, o(a) executado(a), não foi
devidamente citado(as), razão pela qual se torna desnecessária a sua intimação para fins do Artigo
485, §4º, do CPC.       Restando evidenciado o total desinteresse da parte exequente com
relação ao prosseguimento do feito, não há qualquer óbice à homologação do pedido de
desistência em comento.       EX POSITIS, POR TUDO O QUE DOS AUTOS CONSTA, COM
FULCRO NOS ARTS. 200, PARÃGRAFO ÃNICO, E 485, VIII, DO NOVO CÃDIGO DE PROCESSO CIVIL,
HOMOLOGO POR SENTENÃA O PEDIDO DE DESISTÃNCIA DA AÃÃO E, EM CONSEQUÃNCIA,
JULGO EXTINTO O PROCESSO SEM RESOLUÃÃO DO MÃRITO. Â Â Â Â Â Â Sem custas e
honorários de sucumbência, nos termos da lei      Havendo interposição de Apelação,
proceda-se na forma do art. 1.010 do CPC e do Provimento nº 006/2006-CJRMB, independentemente de
nova conclusão.       Após o trânsito em julgado, certifique-se e arquive-se com as cautelas
legais. Â Â Â Â Â P. R. I. C. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Marituba, 05 de novembro de 2021. ALDINEIA MARIA
MARTINS BARROS JuÃ-za de Direito Titular da Vara da 1ª Vara CÃ-vel da Comarca de Marituba
NABICA COELHO (ADVOGADO) OAB 14265 - WERLIANE DE FATIMA NABICA COELHO (ADVOGADO)
. PODER JUDICIÃRIO DO ESTADO DO PARà COMARCA DE MARITUBA 1ª VARA CÃVEL E
EMPRESARIAL- PRIVATIVA DOS FEITOS DA FAZENDA PÃBLICA, INFÃNCIA E JUVENTUDE
DECISÃO  Tendo em vista o valor bloqueado à fl. 81 dos autos e que a parte executada não se
manifestou, conforme certificado à fl. 83, expeça-se o competente Alvará Judicial para recebimento de
tais valores em nome da parte requerente, Maria Anália Rodrigues Almeida. Intime-se a parte autora para
comparecer a este JuÃ-zo para receber o respectivo alvará, no prazo de 10 (dez) dias. Ciência Ã
Defensoria Pública. Decorrido o prazo e cumpridas as diligências acima arquivem-se os autos
obedecendo as formalidades e cautelas legais. Cumpra-se. Marituba/PA, 19 de novembro de 2021 Â
ALDINÃIA MARIA MARTINS BARROS JuÃ-za de Direito Titular da 1ª Vara CÃ-vel e Empresarial
Comarca de Marituba
COMARCA DE MARITUBA 1ª VARA - PRIVATIVA DOS FEITOS DA FAZENDA PÃBLICA, INFÃNCIA E
JUVENTUDE, INTERDITOS E CURATELADOS DESPACHO Intime-se a parte exequente para, no prazo
de 15 (quinze) dias, manifestar interesse no prosseguimento do feito. Caso a parte exequente manifeste
seu interesse no prosseguimento do feito, manifeste-se acerca da informação constante da certidão
acostada à fl. 536 e documentos seguintes, no mesmo prazo acima. Decorrido o prazo, certifique o que
houver e retornem conclusos. Cumpra-se. Marituba, 24 de novembro de 2021. ALDINÃIA MARIA
MARTINS BARROS JuÃ-za de Direito Titular da 1ª Vara CÃ-vel e Empresarial da Comarca de Marituba-
PA PROCESSO: 00890276020168140133 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ALDINEIA MARIA MARTINS BARROS A??o:
Busca e Apreensão em Alienação Fiduciária em: 24/11/2021 REQUERENTE:BANCO YAMAHA MOTOR
DO BRASIL SA Representante(s): OAB 10219 - MAURICIO PEREIRA DE LIMA (ADVOGADO) OAB
20867-A - ELIETE SANTANA MATOS (ADVOGADO) OAB 20868-A - HIRAN LEAO DUARTE
(ADVOGADO) REQUERIDO:MURILO CONCEICAO REIS. DESPACHO Defiro o requerido na petição
de fl. 25. Proceda à citação do requerido no endereço informado na ante petição mencionada.
Recolham-se as custas devidas. Expeça-se o necessário para cumprimento desta determinação.
Intime-se e cumpra-se. Marituba/PA, 24 de novembro de 2021. ALDINEIA MARIA MARTINS BARROS
JuÃ-za de Direito Titular da 1ª Vara CÃ-vel e Empresarial de Marituba PROCESSO:
01950373120168140133 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
ALDINEIA MARIA MARTINS BARROS A??o: Busca e Apreensão em Alienação Fiduciária em: 24/11/2021
REQUERENTE:AYMORE CREDITO FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO SA Representante(s): OAB
7248 - ALLAN RODRIGUES FERREIRA (ADVOGADO) OAB 21573 - SYDNEY SOUSA SILVA
(ADVOGADO) REQUERIDO:TAYNNA LAURIS DOS SANTOS SOUZA MELO. DESPACHO Intime-se a
parte autora para se manifestar sobre a informação constante da petição acostada às fls. 48 dos
autos, no prazo de 15 (quinze) dias. Cumpra-se. Marituba, 24 de novembro de 2021. PROCESSO:
02390432620168140133 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
ALDINEIA MARIA MARTINS BARROS A??o: Monitória em: 24/11/2021 REQUERENTE:MAPA AUTO
POSTO LTDA Representante(s): OAB 21164 - DANILO CARVALHO GOMES (ADVOGADO) OAB 22038 -
HERSON SIMEI QUEIROZ DE MORAES (ADVOGADO) REQUERIDO:DIEGO FARIAS PADILHA.
DESPACHO             à secretaria judicial certifique acerca da apresentação de
embargos/defesa pela parte ré.             Após, retornem conclusos.         Â
  Intime-se e cumpra-se. Marituba/PA, 24 de novembro de 2021. ALDINEIA MARIA MARTINS BARROS
JuÃ-za de Direito Titular da 1ª Vara CÃ-vel da Comarca de Marituba PROCESSO:
03810772420168140133 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
ALDINEIA MARIA MARTINS BARROS A??o: Busca e Apreensão em Alienação Fiduciária em: 24/11/2021
REQUERENTE:B V FINANCEIRA S A Representante(s): OAB 20107-A - GIULIO ALVARENGA REALE
(ADVOGADO) OAB 13846-A - CRISTIANE BELINATI GARCIA LOPES (ADVOGADO)
REQUERIDO:ELTON ITAPIREMA DE SOUSA. DESPACHO Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Ã secretaria judicial
certifique acerca da apresentação de contestação/defesa pela parte ré.            Â
Após, retornem conclusos.            Intime-se e cumpra-se. Marituba/PA, 24 de novembro
de 2021. ALDINEIA MARIA MARTINS BARROS JuÃ-za de Direito Titular da 1ª Vara CÃ-vel da Comarca
de Marituba PROCESSO: 00022639420078140133 PROCESSO ANTIGO: 200710000370
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ALDINEIA MARIA MARTINS BARROS A??o:
Procedimento Comum Cível em: 25/11/2021 REQUERENTE:OZANA BEZERRA DE OLIVEIRA
Representante(s): OAB 13983 - RODRIGO TAVARES GODINHO (ADVOGADO) REQUERIDO:MARIA
CELESTE DE LIMA TEIXEIRA. AÃÃO DECLARATÃRIA REQUERENTE(S): OZANA BEZERRA DE
OLIVEIRA REQUERIDO: MARIA CELESTE DE LIMA TEIXEIRA SENTENÃA Â Â Â Â Â Â Â Â Â Vistos
etc. Â Â Â Â Â Trata-se de AÃÃO DECLARATÃRIA proposta por OZANA BEZERRA DE OLIVEIRA em
face de MARIA CELESTE DE LIMA TEIXEIRA, devidamente qualificados nos autos. Â Â Â Â Â Despacho
às fls. 17 determinando a emenda da inicial para fins de indicar o polo passivo, devidamente cumprido
conforme petição acostada à fl. 18.      Foi deferida a gratuidade e determinada a citação, Ã
fl. 21.      A parte autora juntou aos autos diversas petições com procurações habilitando
diferentes advogados aos autos, fls. 23/24, 33/34 e          Certidão positiva de citação Ã
fl. 30 e outra atestando que a requerida não apresentou defesa nos autos, fl. 37.          à fl.
36 certidão com o endereço atualizado da requerente.          Determinada a intimação
da requerente para manifestar interesse no prosseguimento do feito, fl. 90, a qual alegou possuir interesse
no feito (certidão à fl. 48).          Despacho, à fl. 51 intimando a parte autora para indicar os
filhos do de cujus para atuarem no polo passivo da demanda, seguido de certidão com a informação
de que o prazo transcorreu in albis, fl. 52. Â Â Â Â Â Â Â Â Â A parte requerente foi intimada,
647
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
pessoalmente, do despacho de fl. 51, contudo não compareceu nos autos para os devidos fins.    Â
     Eis o sucinto relatório. Decido.          Em vista dos autos verifica-se que a parte
requerente não se manifestou no processo, apesar de ter sido intimada, pessoalmente, para cumprir com
a determinação de fl. 51.          A existência do interesse processual está condicionada
à verificação de três requisitos: necessidade, utilidade e adequação da via eleita para obter o
provimento jurisdicional almejado.          Tendo em vista a ausência de manifestação da
parte requerente, mesmo intimada, pessoalmente, resta evidente a caracterização de sua ausência de
interesse no resultado útil do feito, incorrendo em hipótese de ausência das condições da ação,
no caso, o interesse processual.          Com efeito, se o interesse processual é diretamente
ligado à ideia de utilidade da prestação jurisdicional que se pretende obter com a movimentação da
máquina jurisdicional, conforme preleciona Daniel Amorim (In ¿Manual de Direito Processual Civil,
Salvador: Ed. Juspodivm, 2016, p. 74), pode-se chegar à conclusão de que, no presente caso, o(a)
próprio(a) requerente propiciou, com seu comportamento, a inutilidade da prestação jurisdicional
almejada na inicial. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Diante do exposto, DECLARO EXTINTO O PROCESSO, SEM
RESOLUÃÃO DO MÃRITO, na forma do art. 485, inciso VI, do Código de Processo Civil vigente.    Â
     Sem custas e honorários advocatÃ-cios diante da justiça gratuita deferida à parte autora.  Â
       Havendo interposição de Apelação, proceda-se na forma do art. 1.010 do CPC e do
Provimento nº 006/2006-CJRMB, independentemente de nova conclusão.          Servirá
o(a) presente, por cópia digitada, como Mandado/OfÃ-cio, nos termos do Provimento nº 003/2009-
CJRMB e alterações posteriores. Cumpra-se na forma e sob as penas de lei.          Após
o trânsito em julgado, certifique-se e arquive-se.          Publique-se. Registre-se. Intime-se.
Cumpra-se. Marituba, 25 de novembro de 2021 ALDINÃIA MARIA MARTINS BARROS JuÃ-za de Direito
Titular da 1ª Vara CÃ-vel e Empresarial Comarca de Marituba-PA PROCESSO: 00034168120128140133
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ALDINEIA MARIA
MARTINS BARROS A??o: Procedimento Comum Cível em: 25/11/2021 REQUERENTE:ANA PAULA DE
JESUS OLIVEIRA Representante(s): OAB 13719 - LUANA ROCHELLY MIRANDA LIMA (DEFENSOR)
REQUERENTE:MONICA DE FATIMA FARIAS DA SILVA Representante(s): OAB 13719 - LUANA
ROCHELLY MIRANDA LIMA (DEFENSOR) REQUERENTE:SOELI PINTO BARATA Representante(s):
OAB 23911 - FERNANDA BARATA SANTANA (ADVOGADO) REQUERENTE:ODILANA CASTRO
FURTADO Representante(s): OAB 13719 - LUANA ROCHELLY MIRANDA LIMA (DEFENSOR)
REQUERENTE:JUCILENE ALEIXO DE SOUZA Representante(s): OAB 13719 - LUANA ROCHELLY
MIRANDA LIMA (DEFENSOR) REQUERENTE:DELZUITA NAZARE DOS SANTOS Representante(s):
OAB 13719 - LUANA ROCHELLY MIRANDA LIMA (DEFENSOR) REQUERENTE:AIDEE AMARL DE
LIMA Representante(s): OAB 13719 - LUANA ROCHELLY MIRANDA LIMA (DEFENSOR)
REQUERENTE:ERICKA DE OLIVEIRA SALDANHA Representante(s): OAB 13719 - LUANA ROCHELLY
MIRANDA LIMA (DEFENSOR) REQUERENTE:MINEA NASCIMENTO MATSUO Representante(s): OAB
13719 - LUANA ROCHELLY MIRANDA LIMA (DEFENSOR) REQUERENTE:CLAUDINEIA SUELY
PITEIRA MELO Representante(s): OAB 13719 - LUANA ROCHELLY MIRANDA LIMA (DEFENSOR)
REQUERENTE:FABRICIA DE PAULA LOBATO BRAZ Representante(s): OAB 13719 - LUANA
ROCHELLY MIRANDA LIMA (DEFENSOR) REQUERENTE:SILVIA CARLA MONTEIRO FAGUNDES
Representante(s): OAB 13719 - LUANA ROCHELLY MIRANDA LIMA (DEFENSOR)
REQUERENTE:SANDRA MARIA DE PADUA FERREIRA Representante(s): OAB 13719 - LUANA
ROCHELLY MIRANDA LIMA (DEFENSOR) REQUERENTE:CARLOS LIMA CORREA Representante(s):
OAB 13719 - LUANA ROCHELLY MIRANDA LIMA (DEFENSOR) REQUERENTE:SHIRLEY CRISTINA
PASTANA MUSSIO Representante(s): OAB 13719 - LUANA ROCHELLY MIRANDA LIMA (DEFENSOR)
REQUERENTE:MAURA ZULEIKA ARAUJO DA PAZ Representante(s): OAB 13719 - LUANA ROCHELLY
MIRANDA LIMA (DEFENSOR) REQUERENTE:THAILA SILVA DE PINA Representante(s): OAB 13719 -
LUANA ROCHELLY MIRANDA LIMA (DEFENSOR) REQUERENTE:CARLA ELISANGELA MENDES DO
AMARANTE SOUSA Representante(s): OAB 13719 - LUANA ROCHELLY MIRANDA LIMA (DEFENSOR)
REQUERENTE:JAMILLE COSTA DA SILVA Representante(s): OAB 13719 - LUANA ROCHELLY
MIRANDA LIMA (DEFENSOR) REQUERIDO:INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR DO ESTADO DO
PARA IESPA. DESPACHO Ã secretaria judicial verifique e certifique-se acerca da resposta ao ofÃ-cio de fl.
629. Sem prejuÃ-zo, intime-se a parte autora para, querendo, se manifestar acerca da contestação
apresentada nos autos pela ré Yolane Ribeiro da Cruz, na forma e no prazo legal. Cumpra-se.
Marituba/PA, 25 de novembro de 2021. ALDINEIA MARIA MARTINS BARROS JuÃ-za de Direito Titular da
1ª Vara CÃ-vel da Comarca de Marituba PROCESSO: 00040602420128140133 PROCESSO ANTIGO: ---
- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ALDINEIA MARIA MARTINS BARROS A??o:
Execução de Alimentos em: 25/11/2021 EXEQUENTE:P. A. O. C. Representante(s): ROSE OLIVEIRA DE
648
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
MENDONÇA (REP LEGAL) OAB 13719 - LUANA ROCHELLY MIRANDA LIMA (DEFENSOR)
EXECUTADO:ALDEMIR NAZARE CORREA Representante(s): OAB -- - DEFENSORIA PUBLICA
(DEFENSOR) . DESPACHO Em vista dos autos verifica-se que foi expedido mandado de prisão em
desfavor do réu, bem como carta precatória para cumprimento do mesmo, contudo não informação
acerca do respectivo envio ao JuÃ-zo deprecado e cumprimento. Assim, determino à secretaria judicial que
verifique e certifique sobre o encaminhamento e cumprimento da carta precatória de fl. 44. Sem prejuÃ-zo,
intime-se a parte requerente para manifestar interesse no prosseguimento do feito, no prazo de 15
(quinze) dias. Cumpra-se. Marituba, 25 de novembro de 2021. ALDINEIA MARIA MARTINS BARROS
JuÃ-za de Direito Titular da 1ª Vara CÃ-vel e Empresarial de Marituba PROCESSO:
00081881920148140133 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
ALDINEIA MARIA MARTINS BARROS A??o: Procedimento Comum Cível em: 25/11/2021
REQUERENTE:CINTIA ALINY SILVA DE SOUZA Representante(s): GHEISA ANDRADE DE BRITO
(DEFENSOR) REQUERIDO:AYMORE CREDITO FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO SA. DECISÃO
INTERLOCUTÃRIA Â Â Â Â Â Â Em vista dos autos verifiquei que o pedido de tutela antecipada ainda
não foi analisado, razão pela qual passo a analisá-lo.      A presente ação revisional de
contrato de financiamento c/c repetição de indébito possui pedido de tutela antecipada o qual consta
nas fls. 10/11 da exordial, assim, conforme precedentes firmados nesta vara em dezenas de julgados,
indefiro o pedido de antecipação de tutela, pois confere interesse em consignação plena de
pagamento o que não se vislumbrou no caso em questão.        Considerando o ponto em que
o presente feito se encontra, oferto um prazo comum de 10(dez) dias para que as partes especifiquem, de
forma fundamentada, quais provas que pretendem produzir. Â Â Â Â Â Â Â Publique-se. Registre-se.
Intime-se. Cumpra-se. Marituba, 25 de novembro de 2021 ALDINEIA MARIA MARTINS BARROS JuÃ-za
de Direito Titular da 1ª Vara CÃ-vel e Empresarial de Marituba PROCESSO: 00611585920158140133
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ALDINEIA MARIA
MARTINS BARROS A??o: Embargos à Execução em: 25/11/2021 EMBARGADO:BANCO BRADESCO
SA Representante(s): OAB 20455-A - MAURO PAULO GALERA MARY (ADVOGADO)
EMBARGANTE:ALCIDES ANTONIO MERETH Representante(s): OAB 19980 - IGOR SILVA DE
MIRANDA (ADVOGADO) . DESPACHO Proceda ao pensamento destes Embargos à Execução aos
autos do processo de execução indicado na petição inicial, nº 0024127-05.2015.8.14.0133. Intime-
se. Cumpra-se. Marituba, 25 de novembro de 2021. ALDINÃIA MARIA MARTINS BARROS JuÃ-za de
Direito Titular da 1ª Vara CÃ-vel e Empresarial Comarca de Marituba PROCESSO:
06790733820168140133 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
ALDINEIA MARIA MARTINS BARROS A??o: Execução de Título Extrajudicial em: 25/11/2021
EXEQUENTE:ITAU SEGUROS SA Representante(s): OAB 18076 - DANIELLE FERREIRA SANTOS
(ADVOGADO) EXECUTADO:FRANCOIS DE SOUZA CARVALHO. DESPACHO Intime-se a parte
exequente para, no prazo de 15 (quinze) dias, manifestar interesse no prosseguimento do feito. Caso
tenha interesse, no mesmo prazo, manifeste-se acerca da certidão negativa de citação constante dos
autos, devendo informar o endereço atualizado da parte executada. Cumpra-se. Marituba, 25 de
novembro de 2021. ALDINEIA MARIA MARTINS BARROS JuÃ-za de Direito Titular da 1ª Vara CÃ-vel e
Empresarial de Marituba PROCESSO: 00012403220128140133 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ---- A??o: Alimentos - Lei Especial Nº 5.478/68 em:
REQUERENTE: A. G. S. M. Representante(s): OAB 16108 - NELMA LIMA E SILVA CAMPOS
(ADVOGADO) REQUERIDO: R. L. B. Representante(s): OAB XLR8 - DEFENSORIA PUBLICA
(DEFENSOR) PROCESSO: 00016034320178140133 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ---- A??o: Procedimento Comum Cível em:
REQUERENTE: I. F. C. Representante(s): OAB 11111 - DEFENSORIA PUBLICA DO ESTADO DO PARA
(DEFENSOR) REQUERIDO: A. C. M. REQUERIDO: F. N. F. PROCESSO: 00055285220148140133
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ---- A??o: Execução
Extrajudicial de Alimentos em: REQUERENTE: H. H. A. R. Representante(s): OAB 13719 - LUANA
ROCHELLY MIRANDA LIMA (DEFENSOR) REQUERENTE: H. A. A. R. Representante(s): OAB 13719 -
LUANA ROCHELLY MIRANDA LIMA (DEFENSOR) REQUERIDO: F. B. R.
EDITAIS
Faço saber por lei que pretendem casar-se e apresentaram os documentos exigidos por lei:
CARLOS JUNIOR PINA VAZ e MAIARA MIRANDA MATIAS. Ele solteiro, Ela solteira.
FELIPE GONÇALVES DE ANDRADE e ADRIELLY GLENDA BARROS DA COSTA. Ele solteiro, Ela
solteiro.
NEWMAR DA PAIXÃO MODESTO e LUENE DOS SANTOS BARBOSA. Ele solteiro, Ela solteira.
PAULO SERGIO PINHEIRO DE MORAES e VERA LUCIA FERREIRA DOS REIS. Ele solteiro, Ela
solteira.
TIAGO OLIVEIRA DO ROSÁRIO e SAFIRA DO NASCIMENTO ABREU. Ele solteiro, Ela solteira.
Se alguém souber de impedimentos denuncie-o na forma da Lei. E Eu, Acilino Aragão Mendes, Oficial do
Cartório Val-de-Cães, Comarca de Belém Estado do Pará, faço afixação deste, neste Oficio e sua
publicação no Diário de Justiça. Belém, 06 de dezembro de 2021.
Luiziana Maria Henderson Guedes de Oliveira, Oficial do Cartório de Registros Civil Segundo Ofício da
Comarca de Belém do Estado do Pará, faz saber que pretendem contrair matrimônio os seguintes casais:
1. THIAGO PATRICK SILVA DOS SANTOS e LARISSA SOUZA SOARES. Ele é solteiro e Ela é solteira.
2. ÍTALO SOUSA CORREA e MARIA KAROLINA ARAÚJO CORDEIRO. Ele é solteiro e Ela é solteira.
3. JUNHO MANOEL ALEIXO BARBOSA e ROSALINA CALDAS CARVALHO. Ele é divorciado e Ela é
divorciada.
4. MICHEL RAICK PEREIRA SILVA e MARIA SUELY PROGÊNIO MARQUES. Ele é solteiro e Ela é
solteira.
Eu, Luiziana Maria Henderson Guedes de Oliveira, oficial, o fiz publicar. Belém, 03 de dezembro de 2021.
651
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
Conrrado Rezende Soares, Oficial Registrador do Cartório de Registros Civil do Terceiro Ofício da
Comarca de Belém, Estado do Pará, faz saber que pretendem contrair matrimônio os seguintes casais:
2. CLEZIO BISPO DE MESSIAS JUNIOR e NARA MONTEIRO RODRIGUES. Ele é solteiro e Ela é
solteira.
Eu, Elyzette Mendes Carvalho, Oficial do Cartório do 4º Oficio, Comarca de Belém, Estado do Pará, faço
afixação deste, neste Oficio e sua publicação no Diário de Justiça. Belém 06 de dezembro de 2021
FELIPE TREVISAN DUTRA E MARCIA RAELY DOS SANTOS MATOS, AMBOS SOLTEIROS.
PROCESSO: 0846546-59.2018.8.14.0301
EDITAL DE INTERDIÇÃO
A Doutora ROSANA LUCIA DE CANELAS BASTOS, Juíza de Direito Ti-tular da 1ª Vara Cível e
Empresarial da Capital, faz a todos quanto o presente edital virem ou dele conhecimento tiverem, que
através deste Juízo e Secretaria processaram-se os autos nº 0846546-59.2018.8.14.0301 da Ação de
CURATELA requerida por MARGARETH CARNEIRO DOS SANTOS, portador(a) do RG: 1601122-PC/PA
e CPF: 227.978.822-53, a interdição de CAIO MOISES SANTOS DE ALBUQUERQUE LIMA, portador(a)
do RG: 6873981-PC/PA e CPF: 524.528.592-49, nascido em 20/09/1998, filho(a) de Anilson de
Albuquerque Lima e Margareth Carneiro dos Santos, que o impossibilita de praticar qualquer ato da vida
civil, tendo sido prolatada ao final da sentença, cuja parte final é a seguinte: ¿Ante o ex-posto, com base
no art. 755 do CPC c/c art. 1.772 do CC e arts. 84 e 85 da Lei 13.146/2015 ¿ Estatuto da Pessoa com
Deficiência, JULGO PROCEDENTE o pedido inicial para: a) RECONHECER a incapacidade relativa
do(a) interditando(a) CAIO MOISÉS SANTOS DE ALBUQUERQUE LIMA, e, por conseguinte, DECRETAR
a sua interdição, com base nos arts. 4º, III, e art. 1.767 do CC, ficando impedido(a) de praticar
pessoalmente, sem assistência do(a) curador(a), todos os atos da vida civil que importem na assunção de
obrigação perante terceiros (atos de natureza patrimonial e negocial), para si, seus herdeiros e
dependentes; b) Permanecem inalterados os direitos considerados personalíssimos pelo ordenamento
jurídico, ressaltando-se o direito ao corpo, à sexualidade, ao matrimônio, à privacidade, à edu-cação, à
saúde, ao trabalho e ao voto (art. 85, §1º, da Lei 13.146/2015); NO-MEIO CURADOR(A) o(a)
senhor(a)MARGARETH CARNEIRO DOS SANTOS, o(a) qual deverá representar o(a) interditando(a) nos
termos acima, com poderes limitados à gestão e administração de negócios e bens e que não importem
em transferência ou renúncia de direi-to, inclusive para fins de recebimento de aposentadoria e benefício
previdenciário; Ressalto que, com base no art. 1.774 do CC (aplicação à curatela das disposições
concernentes à tutela... LAVRE-SE TERMO DE CURATELA DEFINITIVA, após o decurso do prazo
recursal, de-vendo entrar em contato com a vara via email ([email protected]) para assim agendar o
comparecimento à secretaria deste juízo a fim de prestar o compromisso de bem e fielmente exercer o
encargo; d) Fica o(a) curador(a) intimado de que deverá, anualmente, a contar da publicação da
presente sentença, prestar contas de sua administração, apresentando o balanço do respectivo ano (art.
84, §4º, do Estatuto da Pessoa com Deficiência), por petição simples, que será juntada em autos em
apenso aos presentes (art. 553 do CPC). Somente não será obri-gado a prestar contas, salvo
determinação judicial, o curador que for o(a) cônjuge e o regime de bens do casamento for de comunhão
universal (art. 1.783 do CC). e) Expeça-se Mandado de Averbação para fazer constar no registro de
nascimento ou casamento do(a) interditado(a) a decretação da sua interdição e a nomeação de seu(sua)
curador(a), dando-se cumprimento ao disposto no art. 93 da Lei 6.015/73; f) Além da publicação no
Diário de Justiça e da averbação no registro de pessoas naturais, a presente sentença de interdição
deverá ser publicada na rede mundial de computadores, no sítio do tribunal e na plataforma de editais do
Conselho Nacional de Justiça - onde permanecerá por 6 (seis) meses -, na imprensa local, 1 (uma) vez, e
no órgão oficial, por 3 (três) vezes, com intervalo de 10 (dez) dias (art. 755 do CPC). Custas processuais
pela requerente. Contudo, em razão da gratuidade que ora defiro, fica suspensa a exigibilidade das custas.
Após o trânsito em julgado e cumpridas as determinações acima, ar-quivem-se os autos, observando-se
as cautelas de estilo. Publique-se. Registre-se. Intimem-se as partes, a Defensoria Pública e o Ministério
Público. Expeça-se as certidões e os ofícios necessários. Belém, 07 de abril de 2021. ROSANA LÚCIA DE
CANELAS BASTOS Juíza de Direito Titular da 1ª Vara Cível e Empresarial da Capital¿. ROSANA LUCIA
DE CANELAS BASTOS Juíza de Direito Titular da 1ª Vara Cível e Empresarial da Capital
PROCESSO: 0803365-71.2019.8.14.0301
EDITAL DE INTERDIÇÃO
A Doutora ROSANA LUCIA DE CANELAS BASTOS, Juíza de Direito Ti-tular da 1ª Vara Cível e
Empresarial da Capital, faz a todos quanto o presente edital virem ou dele conhecimento tiverem, que
através deste Juízo e Secretaria processaram-se os autos nº 0803365-71.2019.8.14.0301 da Ação de
CURATELA requerida por ALMIRA LUCIA COSTA CORDEIRO, portador(a) do RG: 3751741-PC/PA e
CPF: 694.697.682-72, a inter-dição de ANGELITA COSTA CORDEIRO, portador(a) do RG: 2014674-
653
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
PC/PA 2VIA e CPF: 246.546.472-87, nascido em 20/04/1966, filho(a) de Jozias Alexandre Cordeiro e
Guio-mar da Costa Cordeiro, que o impossibilita de praticar qualquer ato da vida civil, tendo sido prolatada
ao final da sentença, cuja parte final é a seguinte: ¿Ante o exposto, com base no art. 755 do CPC c/c art.
1.772 do CC e arts. 84 e 85 da Lei 13.146/2015 ¿ Estatuto da Pessoa com Deficiência, JULGO
PROCEDENTE o pedido inicial para: a) RECONHECER a incapacidade relativa do(a) interditando(a)
ANGELITA COSTA CORDEIRO, e, por conse-guinte, DECRETAR a sua interdição, com base nos arts. 4º,
III, e art. 1.767 do CC, ficando impedido(a) de praticar pessoalmente, sem assistência do(a) curador(a),
todos os atos da vida civil que importem na assunção de obrigação perante terceiros (atos de natureza
patrimonial e negocial), para si, seus herdeiros e dependentes; b) Permanecem inalterados os direitos
considerados personalíssimos pelo ordenamento jurídico, ressaltando-se o direito ao corpo, à sexualidade,
ao matrimônio, à privacidade, à educação, à saúde, ao trabalho e ao voto (art. 85, §1º, da Lei
13.146/2015); NOMEIO CURADOR(A) o(a) senhor(a) ALMIRA LU-CIA COSTA CORDEIRO, o(a) qual
deverá representar o(a) interditando(a) nos termos acima, com poderes limitados à gestão e administração
de negócios e bens e que não importem em transferência ou renúncia de direito, inclusive para fins de
recebimento de aposentadoria e benefício previdenciário; Ressalto que, com base no art. 1.774 do CC
(aplicação à curatela das disposições concernentes à tutela... c) LAVRE-SE TERMO DE CURATELA
DEFINITIVA, após o decurso do prazo recursal, devendo entrar em contato com a vara via email
([email protected]) para assim agendar o comparecimento à secretaria deste juízo a fim de
prestar o compromisso de bem e fielmente exercer o encargo;d) Fica o(a) curador(a) intimado de que
deverá, anualmente, a contar da publicação da presente sentença, prestar contas de sua administração,
apresentando o balanço do respectivo ano (art. 84, §4º, do Estatuto da Pessoa com Deficiência), por
petição simples, que será juntada em autos em apenso aos pre-sentes (art. 553 do CPC). Somente não
será obrigado a prestar contas, salvo determinação judicial, o curador que for o(a) cônjuge e o regime de
bens do casamento for de comunhão uni-versal (art. 1.783 do CC). e) Expeça-se Mandado de
Averbação para fazer constar no registro de nascimento ou casamento do(a) interditado(a) a decretação
da sua interdição e a nomeação de seu(sua) curador(a), dando-se cumprimento ao disposto no art. 93 da
Lei 6.015/73; f) Além da publicação no Diário de Justiça e da averbação no registro de pessoas
naturais, a presente sentença de interdição deverá ser publicada na rede mundial de computadores, no
sítio do tribunal e na plataforma de editais do Conselho Nacional de Justiça - onde permanece-rá por 6
(seis) meses -, na imprensa local, 1 (uma) vez, e no órgão oficial, por 3 (três) vezes, com intervalo de 10
(dez) dias (art. 755 do CPC). Custas processuais pela requeren-te. Contudo, em razão da gratuidade que
ora defiro, fica suspensa a exigibilidade das custas. Após o trânsito em julgado e cumpridas as
determinações acima, arquivem-se os autos, obser-vando-se as cautelas de estilo. Publique-se. Registre-
se. Intimem-se as partes, a Defensoria Pública e o Ministério Público. Expeça-se as certidões e os ofícios
necessários. Belém, 28 de julho de 2021. ROSANA LÚCIA DE CANELAS BASTOS Juíza de Direito Titular
da 1ª Vara Cível e Empresarial da Capital¿. ROSANA LUCIA DE CANELAS BASTOS Juíza de Direito
Titular da 1ª Vara Cível e Empresarial da Capital
PROCESSO: 0513716-84.2016.8.14.0301
EDITAL DE INTERDIÇ¿O
O Doutor JO¿O LOURENÇO MAIA DA SILVA, Juiz de Direito Titular da 2ª Vara Cível e Empresarial da
Capital, faz a todos quanto o presente edital virem ou dele conhecimento tiverem, que através deste Juízo
e Secretaria processaram-se os autos nº PROCESSO: 0513716-84.2016.8.14.0301 da Aç¿o de
CURATELA requerida por NELMA PICANÇO SANTANA DE SOUZA, portador(a) do RG: 03.645.219-02-
SSP/BA e CPF: 181.917.702-53, a interdiç¿o de JOSE MARIA SANTANA, portador(a) do RG: 2346115-
SSP/PA, CPF: 001.259.892-53, nascido(a) em 05/06/1936, filho(a) de Rudival Rodrigues de Santana e
Maria Jose R. de Santana, que o impossibilita de praticar qualquer ato da vida civil, tendo sido prolatada
ao final da sentença, cuja parte final é a seguinte:¿ Ante o exposto, julgo procedente o pedido e decreto a
interdiç¿o definitiva de JOSÉ MARIA SANTANA, declarando-o relativamente incapaz de exercer
pessoalmente os atos da vida civil, na forma do artigo 4º, inciso III, do Código Civil do Brasil, e de acordo
com o artigo 1.775, do Código Civil do Brasil, nomeio-lhe curadora a requerente NELMA PICANÇO
SANTANA DE SOUZA, que deverá prestar o compromisso legal, em cujo termo dever¿o constar as
restriç¿es determinadas pelo juízo. O (A) curador (a) n¿o tem poderes para vender, permutar e onerar
bens imóveis da (o) interditada (o). O (A) curador (a) n¿o tem poderes para contrair empréstimos em nome
do (a) interditado (a). Ditas restriç¿es devem constar nos termos de curatela. Em raz¿o do disposto no
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
artigo 755, § 3º, do Código de Processo Civil do Brasil e no artigo 9º, inciso III, do Código Civil do Brasil,
inscreva-se a presente no Registro Civil e imediatamente publique-se no sitio do Tribunal de Justiça e na
plataforma de editais do Conselho Nacional de Justiça, onde permanecerá por 6 (seis) meses, publique-se
também na imprensa local, 1 (uma) vez, e no órg¿o oficial, por 3 (três) vezes, com intervalo de 10 (dez)
dias, constando do edital os nomes do(a) interdito(a) e do(a) curador(a), a causa da interdiç¿o e os limites
da curatela. Sem custas. Observadas as formalidades legais, arquivem-se os autos. Publique-se. Registre-
se. Intimem-se e Cumpra-se. Belém, 01 de outubro de 2020. JO¿O LOURENÇO MAIA DA SILVA Juiz de
Direito Titular da 2ª Vara Cível e Empresarial da Comarca da Capital¿ JO¿O LOURENÇO MAIA DA
SILVA Juiz de Direito Titular da 2ª Vara Cível e Empresarial da Capital
PROCESSO: 0845272-89.2020.8.14.0301
EDITAL DE INTERDIÇÃO
A Doutora VALDEÍSE MARIA REIS BASTOS, Juíza de Direito Titular da 3ª Vara Cível e Empresarial da
Capital, faz a todos quanto o presente edital virem ou dele conhecimento tiverem, que através deste Juízo
e Secretaria processaram-se os autos nº 0845272-89.2020.8.14.0301 da Ação de CURATELA requerida
por ANA KATIA DE ALMEIDA SANTOS FONSECA, portador(a) do RG: 2529463-PC/PA 4VIA e CPF:
491.468.312-15, a interdição de RAFAEL VICTOR SANTOS FONSECA, portador(a) do RG: 7595832-
PC/PA, CPF: 021.693.882-14, nascido em 30/04/1995, filho(a) de Fabio Alexandre Alves Fonseca e Ana
Katia de Almeida Santos, que o impossibilita de praticar qualquer ato da vida civil, tendo sido prolatada ao
final da sentença, cuja parte final é a seguinte: ¿Reconheço a incapacidade relativa do (a) interditando (a)
RAFAEL VICTOR SANTOS FONSECA, e, com fundamento no artigo 4º, III, do Código Civil, decreto-lhe a
interdição, nomeando-lhe curador o (a) senhor (a) ANA KATIA DE ALMEIDA SANTOS FONSECA,
conforme artigo 1.767 e seguintes, do mesmo Código; Salvo os considerados personalíssimos pelo
ordenamento jurídico, fica o (a) interditado (a) impedido (a) de praticar pessoalmente, sem assistência do
(a) curador (a), todos os atos da vida civil que importem na assunção de obrigação perante terceiros, para
si, seus herdeiros e dependentes, podendo fazê-los somente se devida-mente assistido pelo curador (a);O
(a) curador (a), ora nomeado (a), deverá comparecer na secretaria o Juízo a fim de prestar o compromisso
de bem e fielmente exercer o encargo, firmando o competente termo; O (a) curador (a) não tem poderes
para vender, permutar e onerar bens imóveis da (o) interditada (o). O (a) curador (a) não tem poderes para
contrair empréstimos em nome do (a) interditado (a). Ditas restrições devem constar nos termos de
curatela. Expeça-se Mandado de Registro da presente Interdição e Curatela, a fim de que o Senhor Oficial
do Cartório de Registro Civil Comarca promova o cumprimento ao artigo 92, Lei 6.015/73; Expeça-se
mandado de averbação para constar no registro de nascimento ou casamento do (a) interditado (a) que foi
decretada a interdição e nomeado curador (a) a (o) mesmo (a); e Oficie-se a Receita Federal informando
sobre a interdição e curatela, do (a) interditado (a). Caso seja eleitor, expeça-se oficio ao Cartório Eleitoral
comunicando da sentença que decretou interdição e curatela, do (a) interditado (a). Custas pelo autor,
caso não seja beneficiário da justiça gratuita. Transitada em julgado, cumprida a decisão, arquive-se em
definitivo, observando-se as cautelas de estilo. Publique-se em conformidade com o art.755, §3º, do CPC.
Registre-se. Intimem-se. Dê ciência ao Ministério Público. Expeça-se o necessário. Cumpra-se. P.R.I.C.
Após, com o trânsi-to em julgado, estando o feito devidamente certificado, ARQUIVEM-SE, observadas as
cau-telas de praxe. Belém/PA; VALDEISE MARIA REIS BASTOS Juíza de Direito Titular da 3ª Vara Cível
e Empresarial da Capital¿ VALDEÍSE MARIA REIS BASTOS Juíza de Direito Titular da 3ª Vara Cível e
Empresarial da Capital
PROCESSO: 0830581-41.2018.8.14.0301
655
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
EDITAL DE INTERDIÇÃO
O Doutor JOÃO LOURENÇO MAIA DA SILVA, Juiz de Direito Titular da 2ª Vara Cível e Empresarial da
Capital, faz a todos quanto o presente edital virem ou dele conhecimento tiverem, que através deste Juízo
e Secretaria processaram-se os autos nº PROCESSO: 0830581-41.2018.8.14.0301 da Ação de
CURATELA requerida por LIVIO CORREA CARNEIRO, portador do RG: 2667625-SSP/PA e CPF:
561.689.182-72, a interdição de ION RENNES MADUREIRA DE CARVALHO CARNEIRO, portador(a) do
RG: 3779660-PC/PA 3VIA, CPF: 822.585.032-72, nascido em 11/05/1993, filho(a) de Livio Correa
Carneiro e Savanna Madureira de Carvalho Carneiro, que o impossibilita de praticar qualquer ato da vida
civil, tendo sido prolatada ao final da sentença, cuja parte final é a seguinte:¿ Ante o exposto, julgo
procedente o pedido e decreto a interdição definitiva de ION RENNES MADUREIRA DE CARVALHO
CARNEIRO, declarando-o(a) relativamente incapaz de exercer pessoalmente os atos da vida civil, na
forma do artigo 4º, inciso III, do Código Civil do Brasil, e de acordo com o artigo 1.775, do Código Civil do
Brasil, nomeio-lhe Curador(a) o(a) requerente LIVIO CORREA CARNEIRO, que deverá prestar o
compromisso legal, em cujo termo deverão constar as restrições determinadas pelo juízo. O(A) curador(a)
não tem poderes para vender, permutar e onerar bens imóveis da(o) interditada(o). O(A) curador(a) não
tem poderes para contrair empréstimos em nome do(a) interditado(a). Ditas restrições devem constar nos
termos de curatela. Em razão do disposto no artigo 755, § 3º, do Código de Processo Civil do Brasil e no
artigo 9º, inciso III, do Código Civil do Brasil, inscreva-se a presente no Registro Civil e imediatamente
publique-se no sitio do Tribunal de Justiça e na plataforma de editais do Conselho Nacional de Justiça,
onde permanecerá por 6 (seis) meses, publique-se também na imprensa local, 1 (uma) vez, e no órgão
oficial, por 3 (três) vezes, com intervalo de 10 (dez) dias, constando do edital os nomes do(a) interdito(a) e
do(a) curador(a), a causa da interdição e os limites da curatela. Sem custas. Observadas as formalidades
legais, arquivem-se os autos. Publique-se. Registre-se. Intimem-se e Cumpra-se.Belém, 30 de abril de
2021. JOAO LOURENCO MAIA DA SILVA Juiz de Direito Titular da 2ª Vara Cível e Empresarial da
Comarca de Belém¿ JOÃO LOURENÇO MAIA DA SILVA Juiz de Direito Titular da 2ª Vara Cível e
Empresarial da Capital
PROCESSO: 0830124-09.2018.8.14.0301
EDITAL DE INTERDIÇÃO
O Doutor JOÃO LOURENÇO MAIA DA SILVA, Juiz de Direito Titular da 2ª Vara Cível e Empresarial da
Capital, faz a todos quanto o presente edital virem ou dele conhecimento tiverem, que através deste Juízo
e Secretaria processaram-se os autos nº PROCESSO: 0830124-09.2018.8.14.0301 da Ação de
CURATELA requerida por MARIA LUIZA RODRIGUES DA CRUZ, portador do RG: 2105649-PC/PA 2VIA
e CPF: 097.529.002-91, a interdição de JADER RODRIGUES DA CRUZ, portador(a) do RG: 6015188-
PC/PA, CPF: 535.150.802-87, nascido em 28/03/1967, filho(a) de Jacinto Rodrigues da Cruz Filho e Maria
Luiza Rodrigues da Cruz, que o impossibilita de praticar qualquer ato da vida civil, tendo sido prolatada ao
final da sentença, cuja parte final é a seguinte:¿ Ante o exposto, julgo procedente o pedido e decreto a
interdição definitiva de JADER RODRIGUES DA CRUZ, declarando-o(a) relativamente incapaz de exercer
pessoalmente os atos da vida civil, na forma do artigo 4º, inciso III, do Código Civil do Brasil, e de acordo
com o artigo 1.775, do Código Civil do Brasil, nomeio-lhe Curador(a) o(a) requerente MARIA LUIZA
RODRIGUES DA CRUZ, que deverá prestar o compromisso legal, em cujo termo deverão constar as
restrições determinadas pelo juízo. O(A) curador(a) não tem poderes para vender, permutar e onerar bens
imóveis da(o) interditada(o). O(A) curador(a) não tem poderes para contrair empréstimos em nome do(a)
interditado(a). Ditas restrições devem constar nos termos de cura-tela. Em razão do disposto no artigo
755, § 3º, do Código de Processo Civil do Brasil e no artigo 9º, inciso III, do Código Civil do Brasil,
inscreva-se a presente no Registro Civil e imediatamente publique-se no sitio do Tribunal de Justiça e na
plataforma de editais do Conselho Nacional de Justiça, onde permanecerá por 6 (seis) meses, publique-se
também na imprensa local, 1 (uma) vez, e no órgão oficial, por 3 (três) vezes, com intervalo de 10 (dez)
dias, constando do edital os nomes do(a) interdito(a) e do(a) curador(a), a causa da interdição e os limites
da curatela. Sem custas. Observadas as formalidades legais, arquivem-se os autos. Publique-se. Registre-
se. Intimem-se e Cumpra-se. Belém, 19 de junho de 2020 JOÃO LOURENÇO MAIA DA SILVA Juiz de
Direito Titular da 2ª Vara Cível e Empresarial da Comarca da Capital¿ JOÃO LOURENÇO MAIA DA
SILVA Juiz de Direito Titular da 2ª Vara Cível e Empresarial da Capital
656
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
A Juíza de Direito VALDEÍSE MARIA REIS BASTOS, titular da 3ª Vara Cível e Empresarial, Capital do
Estado do Pará, no uso de suas atribuiç¿es legais, etc...
FAZ SABER a todos que o presente EDITAL virem ou dele conhecimento tomarem, que por este Juízo,
processam-se os autos da AÇ¿O MONITÓRIA¿ (Processo n° 0066390-67.2014.814.0301), proposta por
BANCO DO BRASIL S/A contra TAPAJOS & SANTOS LTDA EPP, pessoa jurídica de direito privado,
CNPJ 08.635.965/0001-62 e MARIA HILDA TAPAJOS, brasileira, solteira, CPF 362.524.762-34,
atualmente em local incerto e n¿o sabido, por este Edital, ficam as requeridas citadas por Edital com prazo
de 30 (trinta) dias, para que compareçam ao processo, a fim de pagar o débito, no prazo de 15 (quinze)
dias úteis e os honorários advocatícios de 5% (cinco porcento) do valor atribuído à causa que corresponde
à importância devida (artigos 701 e 702, do CPC/2015), anotando-se, que, caso as requeridas cumpram,
ficar¿o isentas de custas processuais (artigo 701, §1º, do CPC/2015). Conste ainda, que nesse prazo, as
requeridas poder¿o oferecer embargos, e que, caso n¿o haja o cumprimento da obrigaç¿o ou o
oferecimento de embargos, ¿constituir-se-á, de pleno direito, o título executivo judicial¿ (§1º do art. 701 e
art. 702, ambos do CPC/2015). Alerto que n¿o sendo contestados todos os termos do pedido, se
presumir¿o aceitos como verdadeiros, os fatos articulados na inicial (artigo 344 do CPC) e será nomeado
curador especial em caso de revelia. E, para que n¿o seja alegada ignorância no presente e no futuro,
expediu-se o presente EDITAL, sendo publicado na forma da lei, e afixado no local de costume. Dado e
passado nesta cidade de Belém, Estado do Pará, aos 3 dias do mês de dezembro de 2021. Eu, Bárbara
Leite Costa, Analista Judiciário da 2ª Vara Cível e Empresarial da Comarca da Capital, o subscrevi.
Código Penal Militar.             Como bem observado pelo Ministério Público Militar,
considerando a data em que os fatos aconteceram, não tendo havido qualquer ato interruptivo, forçoso
é reconhecer que se encontra extinta a punibilidade pela prescrição, impondo-se a declaração
nesse sentido e o arquivamento dos autos. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Ante o exposto, declaro extinta a
punibilidade da pretensão punitiva do Estado quanto aos crimes militares noticiados nos presentes autos
pela prescrição, em conformidade com as disposições contidas nos artigos 123, IV, e 125, do
Código Penal Militar, e determino o arquivamento do procedimento.             Cientifique-
se o Ministério Público. Se houver indiciado, intime-o. Após, arquivem-se os autos. Expeça-se o
necessário. Cumpra-se.            Belém, PA, 03 de dezembro de 2021.      Â
LUCAS DO CARMO DE JESUS Juiz de Direito Titular da Vara Ãnica da Justiça Militar do Estado do
Pará PROCESSO: 00004533020118140200 PROCESSO ANTIGO: 201120004324
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): LUCAS DO CARMO DE JESUS A??o: Inquérito
Policial Militar em: 03/12/2021 INDICIADO:ALLAN BRITO DE CARVALHO VITIMA:E. M. A. D. F.
ENCARREGADO:MARCIO RAIOL DA SILVA. Processo: 0000453-30.2011.8.14.0200 INVESTIGADOS:
CB PM RG 15480 OLIMAR LIMA DE SOUZA, SD PM RG 34617 ALLAN BRITO DE CARVALHO, SD PM
RG 36453 AUGUSTO OLIVEIRA DA COSTA E SD PM RG 37084 CRISTIANO DA SILVA SOUSA.
DECISÃO INTERLOCUTÃRIA SERVINDO COMO MANDADO Â Â Â Â Â Â Â Â Â Sendo tempestivo,
preenchidos os requisitos legais, recebo o recurso em sentido estrito interposto pelo Ministério Público
Miliar, com fundamento no artigo 516, ¿b¿, do Código de Processo Penal Militar.          Â
     Dê-se vista dos autos ao Ministério Público Militar para que apresente as razões do
recurso em 5 (cinco) dias, conforme dispõe o artigo 519, do Código de Processo Penal Militar.
Apresentada as razões pelo MPM Intime-se pessoalmente os policiais militares CB PM RG 15480
OLIMAR LIMA DE SOUZA, SD PM RG 34617 ALLAN BRITO DE CARVALHO, SD PM RG 36453
AUGUSTO OLIVEIRA DA COSTA E SD PM RG 37084 CRISTIANO DA SILVA SOUSA. Â para apresentar
contrarrazões ao Recurso em sentido estrito, no prazo de 05 (cinco) dias, por intermédio de advogado.
         Após, venham os autos conclusos para o exercÃ-cio do juÃ-zo de retratação.
Cumpra-se.          Belém, PA, 03 de dezembro de 2021. LUCAS DO CARMO DE JESUS
Juiz de Direito Titular da Vara Unica da JME/PA PROCESSO: 00006849820138140002 PROCESSO
ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): LUCAS DO CARMO DE JESUS A??o:
Ação Penal Militar - Procedimento Ordinário em: 03/12/2021 DENUNCIADO:REGINALDO GONCALVES
MAGALHAES Representante(s): OAB 16139 - ANA MARIA DIAS DA SILVA LEAL (ADVOGADO) OAB
24782 - SAMIO GUSTAVO SARRAFF ALMEIDA (ADVOGADO) AUTOR:MINISTERIO PUBLICO
ESTADUAL PROMOTOR:CESAR AUGUSTO DOS SANTOS MOTTA TESTEMUNHA:RAIMUNDO
VALDECY DE MOREIRA SARDINHA. Processo: 0000684-98.2013.8.14.0002 DESPACHO Â Â Â Â Â Â Â
  Em virtude da necessidade de readequação de pauta. Decido. 1)     Redesigno o ato para o
dia 14/06/2022 às 10h00m. Sendo o caso dos autos.          Esta Justiça especializada vem
adotando como rotina a realização de audiência de modo virtual, com vista a tornar mais eficiente e
célere a prestação jurisdicional.          Ante o exposto adotem-se as seguintes
providências: 2)     Expeça-se Carta Precatória ou mandado ao JuÃ-zo da Comarca onde
residem ofendido (a), testemunha (s) arrolada(o)(s) pelas partes e acusado (a) (s) (apenas os civis) para
que seja cumpria por uma das seguintes formas: 1.1)Â Â Â Â Â Em sendo possÃ-vel, disponibilizar sala,
com equipamento de informática no qual esteja instalado programa utilizado para realização da
audiência virtual (Microsoft Teams), conectado à internet, e servidor para identificar as pessoas que
serão ouvidas e prestar-lhes assistência durante à realização do ato, e intimar ofendidos,
testemunhas e acusado indicados (apenas civis) para que compareçam a este local para prestarem
depoimento ou interrogatório na data e hora acima; 1.2)     Não sendo possÃ-vel atender ao que
consta no item anterior, que sejam intimados ofendido (a) (s), testemunha (s) e acusado (a) (s) (apenas
civis) para que acessem, por meios próprios, a audiência virtual por meio do seguinte link:
h t t p s : / / t e a m s . m i c r o s o f t . c o m / l / m e e t u p -
join/19%3ameeting_NmFjNTY2MWMtZTA0Yy00YzNkLTlkMTctZjU2YzVmNjAwOTNk%40thread.v2/0?cont
e x t = % 7 b % 2 2 T i d % 2 2 % 3 a % 2 2 5 f 6 f d 1 1 e - c d f 5 - 4 5 a 5 - 9 3 3 8 -
b501dcefeab5%22%2c%22Oid%22%3a%22db351c97-e7f0-49fd-b134-bb9ed8f5377e%22%7d 3)Â Â Â Â
 Deve constar no expediente (carta precatória) que o Oficial de Justiça que cumprir a diligência
deverá obter e informar, por certidão, os meios de contato com a pessoa a ser ouvida, como telefone
(WhatsApp) e e-mail, de modo a permitir que este juÃ-zo possa fazer contato direto, se necessário, para
que não se frustre a realização do ato; 4)     Caso haja militares a serem ouvidos, como
ofendido, testemunha ou acusado, solicite-se ao Comando a que estejam vinculados para que se
apresentem em unidade militar, disponibilizando sala, equipamento de informática no qual esteja
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
instalado programa utilizado para realização da audiência virtual (Microsoft Teams), conectado Ã
internet e servidor para identificar as pessoas que serão inquiridas e prestar-lhes assistência durante Ã
realização do ato, na mesma data e horários acima transcritos, informando-se, ainda, o link para
acesso (referido acima); 5)Â Â Â Â Â De igual forma, deve constar no expediente dirigido ao Comando, na
forma do item anterior, que seja informado a este juÃ-zo os meios de contato do militar a ser ouvido, como
telefone (WhatsApp) ou e-mail, de modo a permitir que este juÃ-zo possa fazer contato direto, se
necessário, para que não se frustre a realização do ato; 6)     Cientifiquem-se as partes de
que deverão participar da audiência preferencialmente de forma virtual; 7)     Conste nos
expedientes, também, que para sanar eventuais dificuldades pode ser solicitado apoio por meio de
telefone e e-mail desta unidade judiciária: (91) 99339-0307) e [email protected]. 8)     O
link para acessar a sala de audiência poderá ser obtido mediante a digitação do número do
processo no WhatsApp da Justiça Militar (91 - 99339-0307)      Intime-se. Expeça-se o
necessário. Cumpra-se.      Belém, PA, 03 de dezembro de 2021.      LUCAS DO
CARMO DE JESUS      Juiz de Direito Titular da Justiça Militar do Estado do Pará PROCESSO:
00008422520058140200 PROCESSO ANTIGO: 200529005248
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): LETICIA COSTA LEONARDO A??o: Ação Penal
Militar - Procedimento Ordinário em: 03/12/2021 ADVOGADO:MARCELA CAMILA FERREIRA DA SILVA
REU:JOSE AROLDO BARBOSA GARCIA ADVOGADO:DANIEL RAMON CRUZ DE ARAUJO
ENCARREGADO:MARCELO CHUVA SIMONETTI PROMOTOR:GILBERTO VALENTE MARTINS
TESTEMUNHA:ARTUR JOSE DE FIGUEIREDO PIEDADE DENUNCIADO:MARINALDO DE SOUZA
PRIST Representante(s): OAB 7605 - PAULO RONALDO MONTE DE M. ALBUQUERQUE (ADVOGADO)
. CERTIDÃO DE TRANSITO EM JULGADO Â Carolina Abreu Silva, Diretora de Secretaria em ExercÃ-cio
da JME/PA, usando das atribuições que lhe são conferidas por lei pelo provimento 08/2014-CJRMB,
Certifica que consta nos autos uma certidão de transito em julgado do acordão nº 162.786, conforme
verificado a fl. 224. O referido é verdade e dou fé. Belém, 03 de dezembro de 2021. Leticia Costa
Leonardo Diretora de Secretaria da JME/PA PROCESSO: 00008691720198140200 PROCESSO ANTIGO:
---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): LUCAS DO CARMO DE JESUS A??o: Ação
Penal - Procedimento Ordinário em: 03/12/2021 PROMOTOR:PRIMEIRA PROMOTORIA DE JUSTICA
MILITAR DO ESTADO DO PARA DENUNCIADO:GILDSON DOS SANTOS SOARES Representante(s):
OAB 14055 - CAMILA DO SOCORRO RODRIGUES ALVES (ADVOGADO) OAB 14092 - NELSON
FERNANDO DAMASCENO E SILVA (ADVOGADO) VITIMA:R. J. N. . Processo: 0000869-
17.2019.8.14.0200 DESPACHO          Em virtude da necessidade de readequação de
pauta. Decido. 1)Â Â Â Â Â Redesigno o ato para o dia 24/01/2023 Ã s 10h00m. Sendo o caso dos autos.
         Esta Justiça especializada vem adotando como rotina a realização de audiência
de modo virtual, com vista a tornar mais eficiente e célere a prestação jurisdicional.        Â
 Ante o exposto adotem-se as seguintes providências: 2)     Expeça-se Carta Precatória ou
mandado ao JuÃ-zo da Comarca onde residem ofendido (a), testemunha (s) arrolada(o)(s) pelas partes e
acusado (a) (s) (apenas os civis) para que seja cumpria por uma das seguintes formas: 1.1)Â Â Â Â Â Em
sendo possÃ-vel, disponibilizar sala, com equipamento de informática no qual esteja instalado programa
utilizado para realização da audiência virtual (Microsoft Teams), conectado à internet, e servidor para
identificar as pessoas que serão ouvidas e prestar-lhes assistência durante à realização do ato, e
intimar ofendidos, testemunhas e acusado indicados (apenas civis) para que compareçam a este local
para prestarem depoimento ou interrogatório na data e hora acima; 1.2)     Não sendo possÃ-vel
atender ao que consta no item anterior, que sejam intimados ofendido (a) (s), testemunha (s) e acusado
(a) (s) (apenas civis) para que acessem, por meios próprios, a audiência virtual por meio do seguinte
l i n k : h t t p s : / / t e a m s . m i c r o s o f t . c o m / l / m e e t u p -
join/19%3ameeting_ZGVkMDlkNjItNWI2Zi00ZGUwLTllZDUtMDM0NjIyNmU0YzNh%40thread.v2/0?context
= % 7 b % 2 2 T i d % 2 2 % 3 a % 2 2 5 f 6 f d 1 1 e - c d f 5 - 4 5 a 5 - 9 3 3 8 -
b501dcefeab5%22%2c%22Oid%22%3a%22db351c97-e7f0-49fd-b134-bb9ed8f5377e%22%7d 3)Â Â Â Â
 Deve constar no expediente (carta precatória) que o Oficial de Justiça que cumprir a diligência
deverá obter e informar, por certidão, os meios de contato com a pessoa a ser ouvida, como telefone
(WhatsApp) e e-mail, de modo a permitir que este juÃ-zo possa fazer contato direto, se necessário, para
que não se frustre a realização do ato; 4)     Caso haja militares a serem ouvidos, como
ofendido, testemunha ou acusado, solicite-se ao Comando a que estejam vinculados para que se
apresentem em unidade militar, disponibilizando sala, equipamento de informática no qual esteja
instalado programa utilizado para realização da audiência virtual (Microsoft Teams), conectado Ã
internet e servidor para identificar as pessoas que serão inquiridas e prestar-lhes assistência durante Ã
realização do ato, na mesma data e horários acima transcritos, informando-se, ainda, o link para
660
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
acesso (referido acima); 5)Â Â Â Â Â De igual forma, deve constar no expediente dirigido ao Comando, na
forma do item anterior, que seja informado a este juÃ-zo os meios de contato do militar a ser ouvido, como
telefone (WhatsApp) ou e-mail, de modo a permitir que este juÃ-zo possa fazer contato direto, se
necessário, para que não se frustre a realização do ato; 6)     Cientifiquem-se as partes de
que deverão participar da audiência preferencialmente de forma virtual; 7)     Conste nos
expedientes, também, que para sanar eventuais dificuldades pode ser solicitado apoio por meio de
telefone e e-mail desta unidade judiciária: (91) 99339-0307) e [email protected]. 8)     O
link para acessar a sala de audiência poderá ser obtido mediante a digitação do número do
processo no WhatsApp da Justiça Militar (91 - 99339-0307)      Intime-se. Expeça-se o
necessário. Cumpra-se.      Belém, PA, 03 de dezembro de 2021.      LUCAS DO
CARMO DE JESUS      Juiz de Direito Titular da Justiça Militar do Estado do Pará PROCESSO:
00009362620128140200 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
LUCAS DO CARMO DE JESUS A??o: Ação Penal Militar - Procedimento Ordinário em: 03/12/2021
ENCARREGADO:WALBER MARCOS COSTA DE QUEIROZ DENUNCIADO:HEITOR LOBATO
MARQUES DENUNCIADO:MOACIR PEIXOTO DA SILVA Representante(s): OAB 13998 - ARLINDO DE
JESUS SILVA COSTA (ADVOGADO) OAB 20874 - KAREN CRISTINY MENDES DO NASCIMENTO
(ADVOGADO) OAB 7985 - ROSANE BAGLIOLI DAMMSKI (ADVOGADO) OAB 13372 - ALINE DE
FATIMA MARTINS DA COSTA BULHOES LEITE (ADVOGADO) VITIMA:A. C. O. E.
DENUNCIADO:ANGELO ARMANDO SILVA SIQUEIRA DENUNCIADO:JOSE RICARDO MONTEIRO DA
SILVA DENUNCIADO:RAFAEL LIMA DA SILVA PROMOTOR:ARMANDO BRASIL TEIXEIRA. Processo:
0000936-26.2012.8.14.0200 DESPACHO Â Â Â Â Â Â Â Â Â Em virtude da necessidade de
readequação de pauta. Decido. 1)     Redesigno o ato para o dia 03/05/2022 às 10h00m.
Sendo o caso dos autos.          Esta Justiça especializada vem adotando como rotina a
realização de audiência de modo virtual, com vista a tornar mais eficiente e célere a prestação
jurisdicional.          Ante o exposto adotem-se as seguintes providências: 2)    Â
Expeça-se Carta Precatória ou mandado ao JuÃ-zo da Comarca onde residem ofendido (a), testemunha
(s) arrolada(o)(s) pelas partes e acusado (a) (s) (apenas os civis) para que seja cumpria por uma das
seguintes formas: 1.1)     Em sendo possÃ-vel, disponibilizar sala, com equipamento de informática
no qual esteja instalado programa utilizado para realização da audiência virtual (Microsoft Teams),
conectado à internet, e servidor para identificar as pessoas que serão ouvidas e prestar-lhes assistência
durante à realização do ato, e intimar ofendidos, testemunhas e acusado indicados (apenas civis) para
que compareçam a este local para prestarem depoimento ou interrogatório na data e hora acima; 1.2)Â
    Não sendo possÃ-vel atender ao que consta no item anterior, que sejam intimados ofendido (a)
(s), testemunha (s) e acusado (a) (s) (apenas civis) para que acessem, por meios próprios, a audiência
virtual por meio do seguinte link: https://teams.microsoft.com/l/meetup-
join/19%3ameeting_MWJkOTdkNGMtM2U2Mi00MDE4LWE5NjgtNDVjZTA2MmM0ZDU3%40thread.v2/0?c
o n t e x t = % 7 b % 2 2 T i d % 2 2 % 3 a % 2 2 5 f 6 f d 1 1 e - c d f 5 - 4 5 a 5 - 9 3 3 8 -
b501dcefeab5%22%2c%22Oid%22%3a%22db351c97-e7f0-49fd-b134-bb9ed8f5377e%22%7d 3)Â Â Â Â
 Deve constar no expediente (carta precatória) que o Oficial de Justiça que cumprir a diligência
deverá obter e informar, por certidão, os meios de contato com a pessoa a ser ouvida, como telefone
(WhatsApp) e e-mail, de modo a permitir que este juÃ-zo possa fazer contato direto, se necessário, para
que não se frustre a realização do ato; 4)     Caso haja militares a serem ouvidos, como
ofendido, testemunha ou acusado, solicite-se ao Comando a que estejam vinculados para que se
apresentem em unidade militar, disponibilizando sala, equipamento de informática no qual esteja
instalado programa utilizado para realização da audiência virtual (Microsoft Teams), conectado Ã
internet e servidor para identificar as pessoas que serão inquiridas e prestar-lhes assistência durante Ã
realização do ato, na mesma data e horários acima transcritos, informando-se, ainda, o link para
acesso (referido acima); 5)Â Â Â Â Â De igual forma, deve constar no expediente dirigido ao Comando, na
forma do item anterior, que seja informado a este juÃ-zo os meios de contato do militar a ser ouvido, como
telefone (WhatsApp) ou e-mail, de modo a permitir que este juÃ-zo possa fazer contato direto, se
necessário, para que não se frustre a realização do ato; 6)     Cientifiquem-se as partes de
que deverão participar da audiência preferencialmente de forma virtual; 7)     Conste nos
expedientes, também, que para sanar eventuais dificuldades pode ser solicitado apoio por meio de
telefone e e-mail desta unidade judiciária: (91) 99339-0307) e [email protected]. 8)     O
link para acessar a sala de audiência poderá ser obtido mediante a digitação do número do
processo no WhatsApp da Justiça Militar (91 - 99339-0307)      Intime-se. Expeça-se o
necessário. Cumpra-se.      Belém, PA, 03 de dezembro de 2021.      LUCAS DO
CARMO DE JESUS      Juiz de Direito Titular da Justiça Militar do Estado do Pará PROCESSO:
661
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
TAVARES DOS SANTOS (ADVOGADO) OAB 20339 - NILDO TEIXEIRA DIAS (ADVOGADO) .
ARQUIVAMENTO   De ordem do Exmo Sr. Dr. Juiz de Direito Titular da Justiça Militar do Estado do
Pará, aos 03 dias do mês de dezembro de 2021, na Secretaria da JMEPA, procedi o arquivamento dos
autos de Processo Nº 0001250-10.2015.814.0024. O referido é verdade e dou fé.  EMANUEL
NAZARENO DA COSTA SANTOS Analista Judiciário Mat. 132241 PROCESSO:
00013952820128140200 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
LUCAS DO CARMO DE JESUS A??o: Ação Penal Militar - Procedimento Ordinário em: 03/12/2021
ENCARREGADO:ADRIANO DA CONCEICAO ALVARENGA DE SOUZA DENUNCIADO:NAILSON
GONCALVES DA SILVA Representante(s): OAB 14092 - NELSON FERNANDO DAMASCENO E SILVA
(ADVOGADO) OAB 11068 - RODRIGO TEIXEIRA SALES (ADVOGADO) OAB 14055 - CAMILA DO
SOCORRO RODRIGUES ALVES (ADVOGADO) INDICIADO:RAIMUNDO CLEDSON LIRA VITIMA:J. A.
B. VITIMA:R. S. T. DENUNCIADO:DAMIAO NORONHA DA SILVA Representante(s): OAB 14092 -
NELSON FERNANDO DAMASCENO E SILVA (ADVOGADO) OAB 11068 - RODRIGO TEIXEIRA SALES
(ADVOGADO) OAB 14055 - CAMILA DO SOCORRO RODRIGUES ALVES (ADVOGADO)
DENUNCIADO:MANOEL FRANCILIANO DOS SANTOS FILHO Representante(s): OAB 14092 - NELSON
FERNANDO DAMASCENO E SILVA (ADVOGADO) OAB 11068 - RODRIGO TEIXEIRA SALES
(ADVOGADO) OAB 14055 - CAMILA DO SOCORRO RODRIGUES ALVES (ADVOGADO)
PROMOTOR:ARMANDO BRASIL TEIXEIRA. Processo: 0001395-28.2012.8.14.0200 DESPACHO Â Â Â Â
     Em virtude da necessidade de readequação de pauta. Decido. 1)     Redesigno o ato
para o dia 07/03/2023 às 10h00m. Sendo o caso dos autos.          Esta Justiça
especializada vem adotando como rotina a realização de audiência de modo virtual, com vista a tornar
mais eficiente e célere a prestação jurisdicional.          Ante o exposto adotem-se as
seguintes providências: 2)     Expeça-se Carta Precatória ou mandado ao JuÃ-zo da Comarca
onde residem ofendido (a), testemunha (s) arrolada(o)(s) pelas partes e acusado (a) (s) (apenas os civis)
para que seja cumpria por uma das seguintes formas: 1.1)Â Â Â Â Â Em sendo possÃ-vel, disponibilizar
sala, com equipamento de informática no qual esteja instalado programa utilizado para realização da
audiência virtual (Microsoft Teams), conectado à internet, e servidor para identificar as pessoas que
serão ouvidas e prestar-lhes assistência durante à realização do ato, e intimar ofendidos,
testemunhas e acusado indicados (apenas civis) para que compareçam a este local para prestarem
depoimento ou interrogatório na data e hora acima; 1.2)     Não sendo possÃ-vel atender ao que
consta no item anterior, que sejam intimados ofendido (a) (s), testemunha (s) e acusado (a) (s) (apenas
civis) para que acessem, por meios próprios, a audiência virtual por meio do seguinte link:
h t t p s : / / t e a m s . m i c r o s o f t . c o m / l / m e e t u p -
join/19%3ameeting_MjNiMTkxNjgtMDhiNC00ODMxLTlhZWEtOWE5YWMwZWNlYTFm%40thread.v2/0?co
n t e x t = % 7 b % 2 2 T i d % 2 2 % 3 a % 2 2 5 f 6 f d 1 1 e - c d f 5 - 4 5 a 5 - 9 3 3 8 -
b501dcefeab5%22%2c%22Oid%22%3a%22db351c97-e7f0-49fd-b134-bb9ed8f5377e%22%7d 3)Â Â Â Â
 Deve constar no expediente (carta precatória) que o Oficial de Justiça que cumprir a diligência
deverá obter e informar, por certidão, os meios de contato com a pessoa a ser ouvida, como telefone
(WhatsApp) e e-mail, de modo a permitir que este juÃ-zo possa fazer contato direto, se necessário, para
que não se frustre a realização do ato; 4)     Caso haja militares a serem ouvidos, como
ofendido, testemunha ou acusado, solicite-se ao Comando a que estejam vinculados para que se
apresentem em unidade militar, disponibilizando sala, equipamento de informática no qual esteja
instalado programa utilizado para realização da audiência virtual (Microsoft Teams), conectado Ã
internet e servidor para identificar as pessoas que serão inquiridas e prestar-lhes assistência durante Ã
realização do ato, na mesma data e horários acima transcritos, informando-se, ainda, o link para
acesso (referido acima); 5)Â Â Â Â Â De igual forma, deve constar no expediente dirigido ao Comando, na
forma do item anterior, que seja informado a este juÃ-zo os meios de contato do militar a ser ouvido, como
telefone (WhatsApp) ou e-mail, de modo a permitir que este juÃ-zo possa fazer contato direto, se
necessário, para que não se frustre a realização do ato; 6)     Cientifiquem-se as partes de
que deverão participar da audiência preferencialmente de forma virtual; 7)     Conste nos
expedientes, também, que para sanar eventuais dificuldades pode ser solicitado apoio por meio de
telefone e e-mail desta unidade judiciária: (91) 99339-0307) e [email protected]. 8)     O
link para acessar a sala de audiência poderá ser obtido mediante a digitação do número do
processo no WhatsApp da Justiça Militar (91 - 99339-0307)      Intime-se. Expeça-se o
necessário. Cumpra-se.      Belém, PA, 03 de dezembro de 2021.      LUCAS DO
CARMO DE JESUS      Juiz de Direito Titular da Justiça Militar do Estado do Pará PROCESSO:
00014134920128140200 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
LUCAS DO CARMO DE JESUS A??o: Inquérito Policial Militar em: 03/12/2021 ENCARREGADO:LAURI
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
readequação de pauta. Decido. 1)     Redesigno o ato para o dia 24/01/2023 às 11h00m.
Sendo o caso dos autos.          Esta Justiça especializada vem adotando como rotina a
realização de audiência de modo virtual, com vista a tornar mais eficiente e célere a prestação
jurisdicional.          Ante o exposto adotem-se as seguintes providências: 2)    Â
Expeça-se Carta Precatória ou mandado ao JuÃ-zo da Comarca onde residem ofendido (a), testemunha
(s) arrolada(o)(s) pelas partes e acusado (a) (s) (apenas os civis) para que seja cumpria por uma das
seguintes formas: 1.1)     Em sendo possÃ-vel, disponibilizar sala, com equipamento de informática
no qual esteja instalado programa utilizado para realização da audiência virtual (Microsoft Teams),
conectado à internet, e servidor para identificar as pessoas que serão ouvidas e prestar-lhes assistência
durante à realização do ato, e intimar ofendidos, testemunhas e acusado indicados (apenas civis) para
que compareçam a este local para prestarem depoimento ou interrogatório na data e hora acima; 1.2)Â
    Não sendo possÃ-vel atender ao que consta no item anterior, que sejam intimados ofendido (a)
(s), testemunha (s) e acusado (a) (s) (apenas civis) para que acessem, por meios próprios, a audiência
virtual por meio do seguinte link: https://teams.microsoft.com/l/meetup-
join/19%3ameeting_Y2NkOTYxMGQtOWY1Zi00ZGRhLWE3YWUtZTQ3ZWJmNjI2NGYy%40thread.v2/0?
c o n t e x t = % 7 b % 2 2 T i d % 2 2 % 3 a % 2 2 5 f 6 f d 1 1 e - c d f 5 - 4 5 a 5 - 9 3 3 8 -
b501dcefeab5%22%2c%22Oid%22%3a%22db351c97-e7f0-49fd-b134-bb9ed8f5377e%22%7d 3)Â Â Â Â
 Deve constar no expediente (carta precatória) que o Oficial de Justiça que cumprir a diligência
deverá obter e informar, por certidão, os meios de contato com a pessoa a ser ouvida, como telefone
(WhatsApp) e e-mail, de modo a permitir que este juÃ-zo possa fazer contato direto, se necessário, para
que não se frustre a realização do ato; 4)     Caso haja militares a serem ouvidos, como
ofendido, testemunha ou acusado, solicite-se ao Comando a que estejam vinculados para que se
apresentem em unidade militar, disponibilizando sala, equipamento de informática no qual esteja
instalado programa utilizado para realização da audiência virtual (Microsoft Teams), conectado Ã
internet e servidor para identificar as pessoas que serão inquiridas e prestar-lhes assistência durante Ã
realização do ato, na mesma data e horários acima transcritos, informando-se, ainda, o link para
acesso (referido acima); 5)Â Â Â Â Â De igual forma, deve constar no expediente dirigido ao Comando, na
forma do item anterior, que seja informado a este juÃ-zo os meios de contato do militar a ser ouvido, como
telefone (WhatsApp) ou e-mail, de modo a permitir que este juÃ-zo possa fazer contato direto, se
necessário, para que não se frustre a realização do ato; 6)     Cientifiquem-se as partes de
que deverão participar da audiência preferencialmente de forma virtual; 7)     Conste nos
expedientes, também, que para sanar eventuais dificuldades pode ser solicitado apoio por meio de
telefone e e-mail desta unidade judiciária: (91) 99339-0307) e [email protected]. 8)     O
link para acessar a sala de audiência poderá ser obtido mediante a digitação do número do
processo no WhatsApp da Justiça Militar (91 - 99339-0307)      Intime-se. Expeça-se o
necessário. Cumpra-se.      Belém, PA, 03 de dezembro de 2021.      LUCAS DO
CARMO DE JESUS      Juiz de Direito Titular da Justiça Militar do Estado do Pará PROCESSO:
00036850620188140200 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
EMANUEL NAZARENO DA COSTA SANTOS A??o: Procedimento Comum Cível em: 03/12/2021
AUTOR:ALEXANDRE OLIVEIRA DE MELO Representante(s): OAB 8482 - CARLOS ALEXANDRE
TEIXEIRA REIS VASQUEZ (ADVOGADO) REU:A COLETIVIDADE O ESTADO. C E R T I D Ã O
CERTIFICO que, com relação ao Processo CÃ-vel n.º 0003685-06.2018.8.14.0200, o Autor
ALEXANDRE OLIVEIRA DE MELO, foi devidamente intimado da sentença de folhas 787/791, interpondo
Recurso de Apelação tempestivamente, conforme fls. 793/827 dos autos. O referido é verdade e dou
fé. Belém (PA), 03 de dezembro de 2021. EMANUEL NAZARENO DA COSTA SANTOS Analista
Judiciário da JMEPA - Matricula 132241. (Assinatura autorizada pelo provimento 008/2014-CJRMB, Art.
1ª.) PROCESSO: 00040338720198140200 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): LUCAS DO CARMO DE JESUS A??o:
Procedimentos Investigatórios em: 03/12/2021 ENCARREGADO:ALEX COSTA PEREIRA
INDICIADO:HELIO DOS SANTOS MELO VITIMA:A. C. O. E. . DECISÃO Â Â Â Â Â Â Â Â Â Defiro o
pedido de diligência formulado pelo `parquet¿ militar.          Isto posto, encaminhem-se os
autos à Corregedoria Geral da PolÃ-cia Militar do Estado do Pará para que seja cumprida a diligência
requerida pelo Ministério Público Militar, no PRAZO DE 30 DIAS.          Retornando os
autos, dê-se vista ao Ministério Público.          Após, conclusos.         Â
Expeça-se o necessário. Cumpra-se.          Belém, PA, 21 de julho de 2021.     Â
LUCAS DO CARMO DE JESUS      Juiz de Direito Titular da Vara Unica da JME/PA PROCESSO:
00055979520148140097 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
LUCAS DO CARMO DE JESUS A??o: Procedimento Comum em: 03/12/2021 DENUNCIADO:MANOEL
666
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
pagamento das custas processuais, mas suspendo a exigibilidade por ser o mesmo beneficiário da
justiça gratuita, na forma do artigo 98, § 3º, do Código de Processo Civil.           Â
Intimem-se. Dê-se ciência ao Ministério Público Militar. Não havendo recurso voluntário, certifique-
se e arquivem-se os autos. Cumpra-se.            Belém, PA, 3 de dezembro de 2021.
LUCAS DO CARMO DE JESUS Juiz de Direito Titular da Vara Ãnica da Justiça Militar do Estado do
Pará PROCESSO: 00083408420198140200 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): LUCAS DO CARMO DE JESUS A??o: Ação Penal -
Procedimento Ordinário em: 03/12/2021 ENCARREGADO:HUGO CARDOSO DE OLIVEIRA
DENUNCIADO:ANTONIEL NASCIMENTO DE SOUZA Representante(s): OAB 18859 - JOAO PAULO DE
CASTRO DUTRA (ADVOGADO) OAB 20874 - KAREN CRISTINY MENDES DO NASCIMENTO
(ADVOGADO) VITIMA:A. C. O. E. PROMOTOR:PRIMEIRA PROMOTORIA DE JUSTICA MILITAR.
Processo: 0008340-84.2019.8.14.0200 DESPACHO Â Â Â Â Â Â Â Â Â Em virtude da necessidade de
readequação de pauta. Decido. 1)     Redesigno o ato para o dia 21/06/2022 às 12h00m.
Sendo o caso dos autos.          Esta Justiça especializada vem adotando como rotina a
realização de audiência de modo virtual, com vista a tornar mais eficiente e célere a prestação
jurisdicional.          Ante o exposto adotem-se as seguintes providências: 2)    Â
Expeça-se Carta Precatória ou mandado ao JuÃ-zo da Comarca onde residem ofendido (a), testemunha
(s) arrolada(o)(s) pelas partes e acusado (a) (s) (apenas os civis) para que seja cumpria por uma das
seguintes formas: 1.1)     Em sendo possÃ-vel, disponibilizar sala, com equipamento de informática
no qual esteja instalado programa utilizado para realização da audiência virtual (Microsoft Teams),
conectado à internet, e servidor para identificar as pessoas que serão ouvidas e prestar-lhes assistência
durante à realização do ato, e intimar ofendidos, testemunhas e acusado indicados (apenas civis) para
que compareçam a este local para prestarem depoimento ou interrogatório na data e hora acima; 1.2)Â
    Não sendo possÃ-vel atender ao que consta no item anterior, que sejam intimados ofendido (a)
(s), testemunha (s) e acusado (a) (s) (apenas civis) para que acessem, por meios próprios, a audiência
virtual por meio do seguinte link: https://teams.microsoft.com/l/meetup-
join/19%3ameeting_ZjNkMGVlYTktODM5MS00OWRmLTg2NmQtZGQzMmFlYzJkNGZk%40thread.v2/0?c
o n t e x t = % 7 b % 2 2 T i d % 2 2 % 3 a % 2 2 5 f 6 f d 1 1 e - c d f 5 - 4 5 a 5 - 9 3 3 8 -
b501dcefeab5%22%2c%22Oid%22%3a%22db351c97-e7f0-49fd-b134-bb9ed8f5377e%22%7d 3)Â Â Â Â
 Deve constar no expediente (carta precatória) que o Oficial de Justiça que cumprir a diligência
deverá obter e informar, por certidão, os meios de contato com a pessoa a ser ouvida, como telefone
(WhatsApp) e e-mail, de modo a permitir que este juÃ-zo possa fazer contato direto, se necessário, para
que não se frustre a realização do ato; 4)     Caso haja militares a serem ouvidos, como
ofendido, testemunha ou acusado, solicite-se ao Comando a que estejam vinculados para que se
apresentem em unidade militar, disponibilizando sala, equipamento de informática no qual esteja
instalado programa utilizado para realização da audiência virtual (Microsoft Teams), conectado Ã
internet e servidor para identificar as pessoas que serão inquiridas e prestar-lhes assistência durante Ã
realização do ato, na mesma data e horários acima transcritos, informando-se, ainda, o link para
acesso (referido acima); 5)Â Â Â Â Â De igual forma, deve constar no expediente dirigido ao Comando, na
forma do item anterior, que seja informado a este juÃ-zo os meios de contato do militar a ser ouvido, como
telefone (WhatsApp) ou e-mail, de modo a permitir que este juÃ-zo possa fazer contato direto, se
necessário, para que não se frustre a realização do ato; 6)     Cientifiquem-se as partes de
que deverão participar da audiência preferencialmente de forma virtual; 7)     Conste nos
expedientes, também, que para sanar eventuais dificuldades pode ser solicitado apoio por meio de
telefone e e-mail desta unidade judiciária: (91) 99339-0307) e [email protected]. 8)     O
link para acessar a sala de audiência poderá ser obtido mediante a digitação do número do
processo no WhatsApp da Justiça Militar (91 - 99339-0307)      Intime-se. Expeça-se o
necessário. Cumpra-se.      Belém, PA, 03 de dezembro de 2021.      LUCAS DO
CARMO DE JESUS      Juiz de Direito Titular da Justiça Militar do Estado do Pará PROCESSO:
00084144120198140200 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
LUCAS DO CARMO DE JESUS A??o: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 03/12/2021
ENCARREGADO:HERNANY HENRIQUE DA SILVA GUEDES DENUNCIADO:JOSE MARIA MENEZES
RABELO Representante(s): OAB 11068 - RODRIGO TEIXEIRA SALES (ADVOGADO) OAB 14055 -
CAMILA DO SOCORRO RODRIGUES ALVES (ADVOGADO) OAB 14092 - NELSON FERNANDO
DAMASCENO E SILVA (ADVOGADO) VITIMA:A. C. O. E. PROMOTOR:PRIMEIRA PROMOTORIA DE
JUSTICA MILITAR. Processo: 0008414-41.2019.8.14.0200 DESPACHO Â Â Â Â Â Â Â Â Â Em virtude da
necessidade de readequação de pauta. Decido. 1)     Redesigno o ato para o dia 28/06/2022 à s
10h00m. Sendo o caso dos autos.          Esta Justiça especializada vem adotando como
669
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
rotina a realização de audiência de modo virtual, com vista a tornar mais eficiente e célere a
prestação jurisdicional.          Ante o exposto adotem-se as seguintes providências: 2) Â
   Expeça-se Carta Precatória ou mandado ao JuÃ-zo da Comarca onde residem ofendido (a),
testemunha (s) arrolada(o)(s) pelas partes e acusado (a) (s) (apenas os civis) para que seja cumpria por
uma das seguintes formas: 1.1)Â Â Â Â Â Em sendo possÃ-vel, disponibilizar sala, com equipamento de
informática no qual esteja instalado programa utilizado para realização da audiência virtual (Microsoft
Teams), conectado à internet, e servidor para identificar as pessoas que serão ouvidas e prestar-lhes
assistência durante à realização do ato, e intimar ofendidos, testemunhas e acusado indicados
(apenas civis) para que compareçam a este local para prestarem depoimento ou interrogatório na data e
hora acima; 1.2)     Não sendo possÃ-vel atender ao que consta no item anterior, que sejam
intimados ofendido (a) (s), testemunha (s) e acusado (a) (s) (apenas civis) para que acessem, por meios
próprios, a audiência virtual por meio do seguinte link: https://teams.microsoft.com/l/meetup-
join/19%3ameeting_YWI4OGU0MDEtNzg2OC00NjllLThjMzktZTBiMDYwNGQ3ZjBm%40thread.v2/0?conte
x t = % 7 b % 2 2 T i d % 2 2 % 3 a % 2 2 5 f 6 f d 1 1 e - c d f 5 - 4 5 a 5 - 9 3 3 8 -
b501dcefeab5%22%2c%22Oid%22%3a%22db351c97-e7f0-49fd-b134-bb9ed8f5377e%22%7d 3)Â Â Â Â
 Deve constar no expediente (carta precatória) que o Oficial de Justiça que cumprir a diligência
deverá obter e informar, por certidão, os meios de contato com a pessoa a ser ouvida, como telefone
(WhatsApp) e e-mail, de modo a permitir que este juÃ-zo possa fazer contato direto, se necessário, para
que não se frustre a realização do ato; 4)     Caso haja militares a serem ouvidos, como
ofendido, testemunha ou acusado, solicite-se ao Comando a que estejam vinculados para que se
apresentem em unidade militar, disponibilizando sala, equipamento de informática no qual esteja
instalado programa utilizado para realização da audiência virtual (Microsoft Teams), conectado Ã
internet e servidor para identificar as pessoas que serão inquiridas e prestar-lhes assistência durante Ã
realização do ato, na mesma data e horários acima transcritos, informando-se, ainda, o link para
acesso (referido acima); 5)Â Â Â Â Â De igual forma, deve constar no expediente dirigido ao Comando, na
forma do item anterior, que seja informado a este juÃ-zo os meios de contato do militar a ser ouvido, como
telefone (WhatsApp) ou e-mail, de modo a permitir que este juÃ-zo possa fazer contato direto, se
necessário, para que não se frustre a realização do ato; 6)     Cientifiquem-se as partes de
que deverão participar da audiência preferencialmente de forma virtual; 7)     Conste nos
expedientes, também, que para sanar eventuais dificuldades pode ser solicitado apoio por meio de
telefone e e-mail desta unidade judiciária: (91) 99339-0307) e [email protected]. 8)     O
link para acessar a sala de audiência poderá ser obtido mediante a digitação do número do
processo no WhatsApp da Justiça Militar (91 - 99339-0307)      Intime-se. Expeça-se o
necessário. Cumpra-se.      Belém, PA, 03 de dezembro de 2021.      LUCAS DO
CARMO DE JESUS      Juiz de Direito Titular da Justiça Militar do Estado do Pará PROCESSO:
00089762120178140200 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
LUCAS DO CARMO DE JESUS A??o: Procedimentos Investigatórios em: 03/12/2021
ENCARREGADO:JACQUELINE DA TRINDADE SANTIAGO DENUNCIADO:ELIENAI DOS SANTOS
SILVA Representante(s): OAB 19537 - TAMISA FONSECA CARDOSO RODRIGUES (ADVOGADO) OAB
22628 - DAVI RABELLO LEAO (ADVOGADO) OAB 11138 - EVANDRO ANTUNES COSTA (ADVOGADO)
OAB 27620 - LUCAS DA CONCEIÇAO SANTOS (ADVOGADO) OAB 18150 - ESTEFANIA CAROLINA
DO CARMO LIMA (ADVOGADO) OAB 11003 - SAVIO BARRETO LACERDA LIMA (ADVOGADO) OAB
18002 - CAIO GODINHO REBELO BRANDAO DA COSTA (ADVOGADO) OAB 20877 - LEANDRO JOSE
DO MAR DOS SANTOS (ADVOGADO) OAB 7605 - PAULO RONALDO MONTE DE M. ALBUQUERQUE
(ADVOGADO) OAB 11901 - MARCIO FABRICIO SANTOS DA SILVA (ADVOGADO)
INDICIADO:RAPHAEL DOS SANTOS MEIRELES VITIMA:L. O. C. . Processo: 0008976-
21.2017.8.14.0200 DESPACHO          Em virtude da necessidade de readequação de
pauta. Decido. 1)Â Â Â Â Â Redesigno o ato para o dia 20/05/2022 Ã s 10h00m. Sendo o caso dos autos.
         Esta Justiça especializada vem adotando como rotina a realização de audiência
de modo virtual, com vista a tornar mais eficiente e célere a prestação jurisdicional.        Â
 Ante o exposto adotem-se as seguintes providências: 2)     Expeça-se Carta Precatória ou
mandado ao JuÃ-zo da Comarca onde residem ofendido (a), testemunha (s) arrolada(o)(s) pelas partes e
acusado (a) (s) (apenas os civis) para que seja cumpria por uma das seguintes formas: 1.1)Â Â Â Â Â Em
sendo possÃ-vel, disponibilizar sala, com equipamento de informática no qual esteja instalado programa
utilizado para realização da audiência virtual (Microsoft Teams), conectado à internet, e servidor para
identificar as pessoas que serão ouvidas e prestar-lhes assistência durante à realização do ato, e
intimar ofendidos, testemunhas e acusado indicados (apenas civis) para que compareçam a este local
para prestarem depoimento ou interrogatório na data e hora acima; 1.2)     Não sendo possÃ-vel
670
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
atender ao que consta no item anterior, que sejam intimados ofendido (a) (s), testemunha (s) e acusado
(a) (s) (apenas civis) para que acessem, por meios próprios, a audiência virtual por meio do seguinte
l i n k : h t t p s : / / t e a m s . m i c r o s o f t . c o m / l / m e e t u p -
join/19%3ameeting_NWQ4ZjZhY2EtMTg5Ny00ZDY0LTlhMzEtMmFjNDJiOWE0MzQ3%40thread.v2/0?con
t e x t = % 7 b % 2 2 T i d % 2 2 % 3 a % 2 2 5 f 6 f d 1 1 e - c d f 5 - 4 5 a 5 - 9 3 3 8 -
b501dcefeab5%22%2c%22Oid%22%3a%22db351c97-e7f0-49fd-b134-bb9ed8f5377e%22%7d 3)Â Â Â Â
 Deve constar no expediente (carta precatória) que o Oficial de Justiça que cumprir a diligência
deverá obter e informar, por certidão, os meios de contato com a pessoa a ser ouvida, como telefone
(WhatsApp) e e-mail, de modo a permitir que este juÃ-zo possa fazer contato direto, se necessário, para
que não se frustre a realização do ato; 4)     Caso haja militares a serem ouvidos, como
ofendido, testemunha ou acusado, solicite-se ao Comando a que estejam vinculados para que se
apresentem em unidade militar, disponibilizando sala, equipamento de informática no qual esteja
instalado programa utilizado para realização da audiência virtual (Microsoft Teams), conectado Ã
internet e servidor para identificar as pessoas que serão inquiridas e prestar-lhes assistência durante Ã
realização do ato, na mesma data e horários acima transcritos, informando-se, ainda, o link para
acesso (referido acima); 5)Â Â Â Â Â De igual forma, deve constar no expediente dirigido ao Comando, na
forma do item anterior, que seja informado a este juÃ-zo os meios de contato do militar a ser ouvido, como
telefone (WhatsApp) ou e-mail, de modo a permitir que este juÃ-zo possa fazer contato direto, se
necessário, para que não se frustre a realização do ato; 6)     Cientifiquem-se as partes de
que deverão participar da audiência preferencialmente de forma virtual; 7)     Conste nos
expedientes, também, que para sanar eventuais dificuldades pode ser solicitado apoio por meio de
telefone e e-mail desta unidade judiciária: (91) 99339-0307) e [email protected]. 8)     O
link para acessar a sala de audiência poderá ser obtido mediante a digitação do número do
processo no WhatsApp da Justiça Militar (91 - 99339-0307)      Intime-se. Expeça-se o
necessário. Cumpra-se.      Belém, PA, 03 de dezembro de 2021.      LUCAS DO
CARMO DE JESUS      Juiz de Direito Titular da Justiça Militar do Estado do Pará PROCESSO:
00093916720168140061 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
LETICIA COSTA LEONARDO A??o: Auto de Prisão em Flagrante em: 03/12/2021
DENUNCIADO:WALTER WANDERLEI COELHO DOS SANTOS. CERTIDÃO DE TRANSITO EM
JULGADO  Leticia Costa Leonardo, Diretora de Secretaria da JME/PA, usando das atribuições que
lhe são conferidas por lei pelo provimento 08/2014-CJRMB, Certifica que consta nos autos uma
certidão de transito em julgado do acordão, conforme verificado a fl. 76. O referido é verdade e dou
fé. Belém, 03 de dezembro de 2021. Leticia Costa Leonardo Diretora de Secretaria da JME/PA
PROCESSO: 00166952220168140028 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): LUCAS DO CARMO DE JESUS A??o: Ação Penal -
Procedimento Ordinário em: 03/12/2021 DENUNCIADO:DENILSON DE SOUZA ALMEIDA
Representante(s): FABIO PIRES NAMEKATA - DEFENSOR PÚBLICO (DEFENSOR) VITIMA:A. C. O. E. .
Processo: 0016695-22.2016.8.14.0028 DESPACHO Â Â Â Â Â Â Â Â Â Em virtude da necessidade de
readequação de pauta. Decido. 1)     Redesigno o ato para o dia 03/05/2022 às 11h00m.
Sendo o caso dos autos.          Esta Justiça especializada vem adotando como rotina a
realização de audiência de modo virtual, com vista a tornar mais eficiente e célere a prestação
jurisdicional.          Ante o exposto adotem-se as seguintes providências: 2)    Â
Expeça-se Carta Precatória ou mandado ao JuÃ-zo da Comarca onde residem ofendido (a), testemunha
(s) arrolada(o)(s) pelas partes e acusado (a) (s) (apenas os civis) para que seja cumpria por uma das
seguintes formas: 1.1)     Em sendo possÃ-vel, disponibilizar sala, com equipamento de informática
no qual esteja instalado programa utilizado para realização da audiência virtual (Microsoft Teams),
conectado à internet, e servidor para identificar as pessoas que serão ouvidas e prestar-lhes assistência
durante à realização do ato, e intimar ofendidos, testemunhas e acusado indicados (apenas civis) para
que compareçam a este local para prestarem depoimento ou interrogatório na data e hora acima; 1.2)Â
    Não sendo possÃ-vel atender ao que consta no item anterior, que sejam intimados ofendido (a)
(s), testemunha (s) e acusado (a) (s) (apenas civis) para que acessem, por meios próprios, a audiência
virtual por meio do seguinte link: https://teams.microsoft.com/l/meetup-
join/19%3ameeting_NzVmMWVhOTAtZjA3MC00OWI3LTkxNTEtMzQ2NDlkMWFmOGEz%40thread.v2/0?
c o n t e x t = % 7 b % 2 2 T i d % 2 2 % 3 a % 2 2 5 f 6 f d 1 1 e - c d f 5 - 4 5 a 5 - 9 3 3 8 -
b501dcefeab5%22%2c%22Oid%22%3a%22db351c97-e7f0-49fd-b134-bb9ed8f5377e%22%7d 3)Â Â Â Â
 Deve constar no expediente (carta precatória) que o Oficial de Justiça que cumprir a diligência
deverá obter e informar, por certidão, os meios de contato com a pessoa a ser ouvida, como telefone
(WhatsApp) e e-mail, de modo a permitir que este juÃ-zo possa fazer contato direto, se necessário, para
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
que não se frustre a realização do ato; 4)     Caso haja militares a serem ouvidos, como
ofendido, testemunha ou acusado, solicite-se ao Comando a que estejam vinculados para que se
apresentem em unidade militar, disponibilizando sala, equipamento de informática no qual esteja
instalado programa utilizado para realização da audiência virtual (Microsoft Teams), conectado Ã
internet e servidor para identificar as pessoas que serão inquiridas e prestar-lhes assistência durante Ã
realização do ato, na mesma data e horários acima transcritos, informando-se, ainda, o link para
acesso (referido acima); 5)Â Â Â Â Â De igual forma, deve constar no expediente dirigido ao Comando, na
forma do item anterior, que seja informado a este juÃ-zo os meios de contato do militar a ser ouvido, como
telefone (WhatsApp) ou e-mail, de modo a permitir que este juÃ-zo possa fazer contato direto, se
necessário, para que não se frustre a realização do ato; 6)     Cientifiquem-se as partes de
que deverão participar da audiência preferencialmente de forma virtual; 7)     Conste nos
expedientes, também, que para sanar eventuais dificuldades pode ser solicitado apoio por meio de
telefone e e-mail desta unidade judiciária: (91) 99339-0307) e [email protected]. 8)     O
link para acessar a sala de audiência poderá ser obtido mediante a digitação do número do
processo no WhatsApp da Justiça Militar (91 - 99339-0307)      Intime-se. Expeça-se o
necessário. Cumpra-se.      Belém, PA, 03 de dezembro de 2021.      LUCAS DO
CARMO DE JESUS      Juiz de Direito Titular da Justiça Militar do Estado do Pará PROCESSO:
00176514420208140401 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
LUCAS DO CARMO DE JESUS A??o: Inquérito Policial em: 03/12/2021 INDICIADO:SEM INDICIAMENTO
VITIMA:M. P. A. P. J. . DECIS¿O INTERLOCUTÃRIA       Trata-se de procedimento instaurado
para apurar conduta de Militar estadual por possÃ-vel prática de ilÃ-cito penal e/ou transgress¿o
disciplinar.       O Ministério Público Militar requer a remessa dos autos à Justiça Militar da
União.       Conforme dispõe o art.125, §4°, da CF/88 esta justiça militar estadual tem
competência para julgar apenas os militares estaduais e não os integrantes das forças armadas .  Â
    Ante o exposto, acolho a manifestaç¿o do Ministério Público Militar, reconheço a
incompetência deste juÃ-zo para exame do caso e determino a remessa dos autos à distribuiç¿o da
justiça militar da União que é competente para exame do caso, conforme dispõe o art.124 da CF/88
e lei 8.455/92.       Dê-se ciência ao Ministério Público Militar.       Após, remetam-
se os autos ao juÃ-zo competente.       Expeça-se o necessário. Cumpra-se.      Â
Belém, PA, 03 de dezembro de 2021. LUCAS DO CARMO DE JESUS Juiz de Direito Titular da Vara
Ãnica da Justiça Militar do Estado do Pará PROCESSO: 00085166320198140200 PROCESSO
ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ---- A??o: Pedido de Busca e
Apreensão Criminal em: PROMOTOR: S. P. J. M. E. INVESTIGADO: E. S. A. INVESTIGADO: R. L. C.
INVESTIGADO: E. A. S. INVESTIGADO: A. C. B. INVESTIGADO: J. O. B. L. INVESTIGADO: J. F. F. C.
Representante(s): OAB 11649 - RAFAELA PONTES SCOTTA (ADVOGADO) OAB 16993 - OCEANIRA
FARIAS DE MIRANDA (ADVOGADO) OAB 17224 - DEBORA NUNES DE MIRANDA (ADVOGADO)
INTERESSADO: A. L. A. Representante(s): OAB 21391 - ANDREZA PEREIRA DE LIMA ALONSO
(ADVOGADO)
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
COMARCA DE ABAETETUBA
Verifica-se que inexistem vícios e irregularidades a serem saneadas, bem como não é o caso de
julgamento antecipado do mérito. Restam estabelecidas as questões de fato e de direito que devem ser
provadas para fins de decisão de mérito: a) a responsabilidade pela ocorrência do acidente automobilístico
indicado na inicial; b) o grau das lesões sofridas pelos requerentes; c) se os requerentes fazem jus a
indenização a título de danos materiais e morais. Mantenho a regra prevista no artigo 373, incisos I e II do
NCPC, devendo o autor provar fato constitutivo de seu direito e a parte requerida comprovar os fatos
impeditivos, modificativos ou extintivos do direito do autor. Intimem-se as partes nas pessoas de seus
advogados, para, no prazo de 5 (cinco) dias, pedirem eventuais esclarecimentos ou ajustes e indicarem as
provas que pretendem produzir na fase de instrução processual, sob pena de preclusão temporal e
estabilização da decisão de saneamento na forma do artigo 357, § 1º do NCPC, com a ressalva de que
pedidos genéricos por produção de provas serão indeferidos de plano. Caso as partes requeiram a
produção de prova testemunhal, deverão juntar o rol de testemunhas até o máximo de 15 (quinze) dias
contados da intimação da presente decisão. Após, voltem-me os autos conclusos. Intimações e
expedientes necessários. Cumpra-se. Abaetetuba-PA, 07 de outubro de 2021. DIANA CRISTINA
FERREIRA DA CUNHA Juíza de Direito
decisão ou a decisão atacada. Diz-se isto porque, no presente caso, o recorrente interpôs embargos de
declaração que sem sombra de dúvidas carece do requisito de admissibilidade mencionado no parágrafo
anterior, notadamente porque utilizou recurso manifestamente incabível. É que nenhuma das hipóteses
previstas nos artigos 1022, do NCPC, afigura-se presente na sentença embargada, uma vez que nela não
existem quaisquer obscuridades, contradições, omissões ou mesmo qualquer erro material, litteris: Art.
1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para: I - esclarecer obscuridade
ou eliminar contradição; II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de
ofício ou a requerimento; III - corrigir erro material. Parágrafo único. Considera-se omissa a decisão que: I -
deixe de se manifestar sobre tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em incidente de
assunção de competência aplicável ao caso sob julgamento; II - incorra em qualquer das condutas
descritas no . Como é cediço, os embargos de declaração são recurso de fundamentação vinculada, ou
seja, só são cabíveis nas hipóteses taxativamente previstas no artigo 1022 do NCPC. Assim sendo, o
presente recurso é manifestamente incabível, vez que este juízo enfrentou sim todas as argumentações
trazidas pelas partes nos autos, sendo sempre importante ressaltar que a falta de menção expressa na
parte dispositiva da sentença quanto ao termo inicial do pagamento da pensão alimentícia, não configura
omissão por quanto o pagamento da prestação alimentícia, porquanto existe previsão legal expressa
quanto ao assunto, que, ademais, não foi quesito discutido nos autos. Decido Posto isso, NÃO CONHEÇO
dos presentes embargos de declaração em razão da ausência de um pressuposto de admissibilidade, qual
seja: o cabimento. Publique-se. Registre-se. Intime-se o embargante na pessoa de seu advogado via DJE.
Após o trânsito em julgado, arquivem-se os presentes autos sem prejuízo de posterior desarquivamento a
pedido da parte interessada. Abaetetuba, PA, 22 de Outubro de 2021. Diana Cristina Ferreira da Cunha
Juíza de Direito.
COMARCA DE MARABÁ
PODER JUDICIÁRIO
Por meio deste fica(m) INTIMADO(S) o(s) advogado(a): Dr.(a) RODOLFO EVARISTO TEIXEIRA OAB/MS
11.205, para que tome conhecimento da DECISÃO deste Juízo, nos autos de ação penal n 0006879-
53.2009.814.0028, em que é(são) acusado(s) ADEILSON FRANCO DE BARROS.
¿Autos nº:0006879-53.2009.8.14.0028
DECISÃO
Não obstante o requerimento de fls. 423 o qual ratifica o requerimento de restituição de valores
depositados em conta judicial, verifico que, a teor do disposto na sentença de fls. 391/392, datada de
03.05.2016, os valores depositados em conta foram destinados à indenização para a vítima, com
expedição de alvarás de levantamento de valores em 27.10.2016 (fls. 406/407), motivo pelo qual
INDEFIRO o pedido, uma vez que não há mais qualquer valor atrelado às subcontas deste feito. Verifico
ainda a intimação editalícia do réu ADEILSON em data de 24.05.2016 (fls. 397/400) do inteiro teor da
sentença proferida. Intime-se, via DJE, a defesa
peticionante.
Diretor de Secretaria
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ATO ORDINATÓRIO: (Conforme Art. 1º, § 2º, II do 006/2006-CJRMB c/c 006/2009-CJCI) Considerando a
decisão às fls. 565/569, fica a executada VALE S/A, devidamente intimada, por seus advogados
constituídos, a efetuar o pagamento, no prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de incidir o art. 523, §3º do
CPC, independentemente de nova decisão. Marabá/PA, 06 de dezembro de 2021. Alline Nazareth Raiol
Sousa Pereira Diretora de Secretaria
COMARCA DE SANTARÉM
demonstrado forte sentimento de dor, raiva e abandono escolar, diante de longo histórico de violência,
bem como afetação das irmãs, vÃtimas indiretas. O comportamento da vÃtima não contribuiu para o
delito.             Ao réu cabe abstratamente a pena de detenção, de 01 (um) a 06
(seis) meses ou multa.             A vista das circunstâncias acima analisadas é que fixo
a pena-base em 04 (quatro) meses de detenção.            Presente as circunstâncias
agravantes previstas no art. 61, II, ¿f¿ e ¿h¿, do CP (crime cometido prevalecendo-se de
relações domésticas e com violência contra a mulher e contra mulher grávida). Assim, fixo a pena
intermediária em 04 (quatro) meses e 20 (vinte) dias de detenção, tendo em vista o aumento de 1/6 na
pena base, não havendo outra circunstância para valorar.            c) Concurso material
de crimes.            Em sendo aplicável ao caso a regra do concurso material, conforme
disposto no art. 69 do CP, fica o réu definitivamente condenado a pena de 1 (um) ano e 07 (sete) meses
e 20 (vinte) dias de detenção.            O réu deverá iniciar o cumprimento da pena
em regime aberto, conforme art. 33 do CP. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Deixo de substituir a pena privativa de
liberdade por restritiva de direitos, vez que não estão presentes, na espécie, os requisitos subjetivo e
objetivo do art. 44, do Código Penal, pois o delito se deu com violência contra a vÃtima.
           No mesmo sentido, o Enunciado da Súmula 588 do STJ desautoriza a
mencionada substituição: A prática de crime ou contravenção penal contra a mulher com
violência ou grave ameaça no ambiente doméstico impossibilita a substituição de pena privativa de
liberdade por restritiva de direitos.            Ademais, entendo razoável, no caso concreto,
a aplicação do art. 77, do Código Penal, ou seja, a suspensão condicional da pena, pois o acusado
não é reincidente em crime doloso (art. 63, CP) e a culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e
personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias autorizam a concessão do
benefÃcio.            Por tais razões, SUSPENDO A EXECUÃÃO DA PENA IMPOSTA pelo
perÃodo de 2 (dois) anos, devendo o autor frequentar POR TODO O PERÃODO DE PROVA programa de
reabilitação, com profissionais da área social e de psicologia na rede de apoio psicossocial do
MunicÃpio, de apoio a usuários de álcool e outras drogas (CAPS-AD e AA), bem como participar, POR 1
ANO, de reuniões em grupo de reflexão destinado a homens que tenham infringido a Lei Maria da
Penha (GRUPO REFLEXIVO DE DENUNCIADOS DA VVD); por considerar tais condições adequadas
ao fato, à espécie de delito e à situação pessoal do agente; na forma a ser decidido em audiência
admonitória pelo juiz da execução penal, na presença do Ministério Público, tudo com base nos
arts. 48 e 79, do Código Penal e art. 45, da Lei Maria da Penha1.            Deve o autor,
ainda, cumprir as condições que seguem durante todo o perÃodo de prova: I - proibição de
frequentar bares, casa de jogos, boates, danças e similares; II - comparecimento pessoal e obrigatório
ao juÃzo das execuções desta Comarca, mensalmente, para informar e justificar suas atividades; III -
não ingerir bebidas alcoólicas e entorpecentes; IV - recolhimento noturno às 21 horas; V - não se
ausentar da Comarca sem prévia autorização Judicial; VI - não voltar a delinquir em relação Ã
vÃtima destes autos.            Caso não aceite as condições impostas, será executada
a pena privativa de liberdade. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Ademais, deve, durante todo o perÃodo de prova (2
anos), ratifico as seguintes medidas protetivas, em favor de MARCIA ASSUNÃÃO DE CASTRO e
ISABELE KATRINE CASTRO: I) Afastamento do lar onde convive com as vÃtimas (Rua Domingos, casa
sem pintura, s/n, parte em madeira, parte em alvenaria e pvc, próxima à Tv. Antônia Ca ou Antônia K e
próximo à escola Sagrado Coração de Jesus, e Comercio Coco verde, Bairro Esperança, Alter do
Chão-PA); II) - Proibição de perseguir, intimidar, ameaçar as ofendidas ou fazer uso de qualquer
método que prejudique ou ponha em risco a sua vida, sua integridade fÃsica e psÃquica, bem como sua
propriedade; III) - Proibição de aproximação da vÃtima e seus familiares, pelo que fixo o limite
mÃnimo de 100 metros de distância; IV) Proibição de dirigir a palavra ou ter contato com as
ofendidas, seja pessoalmente, seja por telefone ou qualquer outro meio de comunicação; VI)
Proibição de frequentar os lugares comumente frequentados pela vÃtima, notadamente a residência e
local de trabalho e estudo destas; V) SUSPENSÃO temporária do direito de visita aos filhos,
considerando relatos de ameaças e ofensas fÃsicas e verbais contra os menores (Marcele, de 6 anos,
Melinda, de 4 anos, e Ilke, 10 meses), bem como o fato de terem presenciado violências contra as
vÃtimas destes autos (genitora e irmã dos infantes), até realização de estudo social por juÃzo cÃvel
competente. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Intime-se o requerido para imediato cumprimento das medidas
protetivas, advertindo-o que em caso de desobediência sua prisão preventiva poderá ser decretada, e
a caracterização de crime próprio.            No caso em apreço, considerando que o
réu não esteve preso provisoriamente, deixo de aplicar a detração prevista no novel art. 387, §
2º, do Código de Processo Penal (alterado pelo art. 2º da Lei n°. 12.736/2012), visto que o regime
inicial não será modificado.            O acusado poderá apelar em liberdade, se
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pretender recorrer desta decisão. Ademais, o montante da sanção aplicada, ante os princÃpios da
proporcionalidade e homogeneidade, desautorizam a decretação da prisão, no momento.
           Considero a sanção cominada necessária e suficiente para os fins a que se
destina. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Isento o acusado das custas processuais, pois esteve sob o patrocÃnio da
Defensoria Pública.            Junte-se cópia da presente sentença nos autos das
medidas protetivas.            Havendo o trânsito em julgado desta sentença, lance-se o
nome do réu no rol dos culpados, proceda-se às anotações e comunicações necessárias,
principalmente para o Tribunal Regional Eleitoral, para os fins do artigo 15, III, da Constituição Federal,
bem como expeça-se a Guia de Execução de Pena, em conformidade com as determinações do
PROV 006-CJCI.            Finalmente, baixe-se o registro de distribuição e arquive-se.
           Publicada em audiência. Expedientes necessários.
           Santarém - Pará, 03 de dezembro de 2021.      Carolina Cerqueira de
Miranda Maia      JuÃza de Direito Lida a sentença em audiência, o Defensor Público afirmou
que, não havendo manifestação do acusado, após a intimação por edital, a defesa técnica
renuncia ao prazo recursal. O MP manifestou renúncia ao prazo recursal. DELIBERAÃÃES FINAIS:
Após o decorrido o prazo da intimação por edital, nada havendo, certifique-se o transito em julgado,
cumpra-se e arquive-se. Nada mais lido e achado conforme, este termo foi encerrado. Eu, Igor Edevaldo
Alves Machado, estagiário, o digitei e conferi.
PROCESSO: 00137692820188140051 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): CAROLINA CERQUEIRA DE MIRANDA MAIA
A??o: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 03/12/2021 DENUNCIADO:CASSIO PATRICK COSTA
TEIXEIRA VITIMA:M. R. N. S. VITIMA:A. C. N. S. . (...)  DELIBERAÃÃES FINAIS: 1.     Determino
a remessa dos autos ao Ministério Público Estadual, para o oferecimento de alegações finais
escritas; 2.     Em seguida, à Defensoria Pública, também para o oferecimento de alegações
finais escritas, tudo no prazo legal sucessivo do art. 403, §3° do CPP; 3.     Após, retornem os
autos conclusos para sentença. 4.     Cumpra-se. CAROLINA CERQUEIRA DE MIRANDA MAIA
JuÃza de Direito Titular da Vara de Violência Doméstica da Comarca de Santarém Nada mais lido e
achado conforme, este termo foi encerrado. Eu, Igor Edevaldo Alves Machado, estagiário, o digitei e
conferi. Este termo foi integralmente lido disponibilizado, sem correções e nem requerimentos pelas
partes, as quais dispensaram as suas assinaturas, nos termos da PORTARIA CONJUNTA Nº 7/2020-
GP/VP/CJRMB/CJCI. FORÃM DE SANTARÃM Endereço: Avenida Mendonça Furtado, S/N, Bairro
Liberdade, CEP 68.040-050 Telefone: 093 3064-9222Â WhatsApp: 091 99124-8667Â E-mail:
mulhersantaré[email protected]
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COMARCA DE ALTAMIRA
PROCESSO: 0011815-84.2016.8.14.0028
MAGISTRADO/RELATOR: ANTONIO FERNANDO DE CARVALHO VILAR
AÇÃO DE REINTEGRAÇÃO DE POSSE COM PEDIDO DE LIMINAR
REQUERENTE: FRANCISCO SEVERINO BARBOSA (CPF: 007.807.232-87)
ADVOGADO: ERICK FEITOSA COSTA DINIZ, OAB/PA 14.244-B; GLAUCIA BRASIL, OAB/PA 20.965;
EVALDO RAMOS DA SILVA LEMOS, OAB/PA 22.721
REQUERIDO(S): RAIMUNDO SANTOS DE SOUSA, RAIMUNDÃO DE TAL, FONSECA DE TAL, LUCIA
DE TALE OUTROS
ADVOGADO: DEFENSORIA PÚBLICA AGRÁRIA
IMÓVEL: FAZENDA SÃO FRANCISCO, FAZENDA BOA SORTE E FAZENDA BOM JESUS, COM ÁREA
TOTAL DE 8.738,071 HÁ, COM ACESSO PRINCIPAL PELA BR-422 (PA TRANSCAMETÁ) KM 50
R.h.
1. Nós termos do art. 1.010, § 1º comb. c/ art. 186, ambos do CPC, intimem-se os apelados por meio da
Defensoria Pública para, querendo, oferecerem suas contrarrazões no prazo de 30 (trinta) dias. 2.Após,
certificações necessárias e encaminhem-se os autos ao TJE/PA para regular processamento e julgamento
do feito; 3. Providencias necessárias. Cautelas de estilo; 4. Cumpra-se. Altamira, 02 de dezembro de
2021. Antônio Fernando de Carvalho Vilar Juiz de Direito
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que, a certidão de nascimento de ID. 22873645 - Pág. 12, confirma que a vítima possuía, à época dos
fatos, menos de 14 anos de idade, restando comprovada a materialidade do tipo penal. DA AUTORIA A
autoria é indene e recaí sobre o acusado, conforme demonstra o lastro probatório existente no caderno
processual, senão vejamos: Inicialmente, importante registrar que a jurisprudência do STJ é pacífica no
sentido de que, em se tratando de crimes sexuais, a palavra da vítima tem especial relevância, posto que
frequentemente praticado em cenários de clandestinidade, portanto, sem testemunhas[1]. Dito isto,
registro que a vítima foi ouvida pela autoridade policial e em juízo, mediante depoimento especial.
Na oportunidade, a menor relatou ter sido o réu o responsável pelo ocorrido, apontando a conduta
perpetrada pelo acusado, tendo afirmado que EDIEDYMO a abusou sexualmente em diversas ocasiões
quando à época possuía entre 7 a 8 anos de idade, narrando que ele pedia para que ela tirasse a roupa e
lhe mostrasse suas partes íntimas quando não havia ninguém próximo. R. contou ainda que o acusado lhe
tocava e que colocava a boca em suas partes intimas, informando que por receio e vergonha, resolveu
apenas se afastar e se isolar para se manter distante de EDIEDYMO. A vítima aduziu também que com o
início da pandemia da COVID-19, por questões de necessidade, passou a ficar mais tempo em casa, em
companhia do réu, e não mais suportando a situação, resolveu contar os fatos para a sua mãe, a qual por
medo e vergonha, resolveu não denunciar o crime, apenas retirando EDIEDYMO da casa. Por fim, a vítima
relatou em juízo que no mês de outubro de 2020 o seu irmão JHONATAN, retornou para a cidade de
Altamira com o objetivo de passar um tempo com a família e que resolveu contar a ele o ocorrido, tendo
ele resolvido fazer a denúncia. Em seu depoimento, a depoente ZAIDNA RODRIGUES, mãe da vítima,
relatou que R. relatou a ela os abusos sexuais perpetrados pelo réu entre os meses de março e abril de
2020, informando que a sua filha resolveu não relatar os fatos por razões de vergonha e receio. ZAIDNA
narrou também que percebeu que R.sempre procurava ficar reclusa em seu quarto quando o acusado
estava próximo, ficando sem entender o motivo da filha ter este comportamento. A depoente informou em
seu depoimento que assim que tomou conhecimento dos abusos sofridos pela filha mandou o acusado
embora de sua casa. O depoente JHONATAN RODRIGUES DOS SANTOS, irmão da vítima, prestou
depoimento informando que tomou conhecimento dos abusos sexuais sofridos pela irmã quando do seu
retorno para passar um tempo com a sua família no final de 2020. JHONATAN passou a notar que a sua
irmã estava estranha e que passou a questioná-la sobre o que estava acontecendo, tendo afirmado que a
vítima lhe relatou que EDIEDYMO passava a mão em suas parte íntimas e pedia para lhe mostrar, por
mais de uma vez e que os abusos ocorreram mais de uma vez durante os anos. JHONATAN afirmou que
após a sua irmã ter relatado o crime ele tentou conversar com a sua mãe para verificarem os
procedimentos que iriam adotar. Aduziu que por várias vezes ele tentou levar a sua genitora para a
delegacia para fazerem a denúncia, mas ela sempre ficava com medo de ir e no final do ano de 2020,
tiveram algumas discussões por este fato, e ele resolveu denunciar o acusado Também foi colhido o
depoimento de JADY RODRIGUES DOS SANTOS, irmã de R., a qual afirmou que tomou conhecimento
dos fatos quando o seu irmão resolveu denunciar o acusado. JADY relatou em juízo que após tomar
conhecimento do crime, conversou com a sua irmã, que confirmou que sofrera diversos abusos sexuais
perpetrados pelo réu. A testemunha da defesa, DIVALDO PEREIRA GOMES BESSA, apenas se limitou a
afirmar sobre a boa índole de EDIEDYMO, nada sabendo informar sobre os fatos criminosos apurados nos
autos. Em seu interrogatório, EDIEDYMO negou que tenha cometido o crime a ele imputado. Como tese
de autodefesa, afirmou que o irmão da vítima nutre sentimento de raiva por ele. Questionado pelo juízo
sobre o motivo de a vítima o acusar de estupro, informou que se trata de ¿imaginação¿ por parte dela.
Ante todas as provas angariadas e depoimentos colhidos, verifico que não restam dúvidas de que o
acusado, consciente e voluntariamente, praticou estupro de vulnerável de menor de 14 anos. Muito
embora R. não recorde com riqueza de detalhes de que como ocorreu o crime, as circunstâncias do fato
não deixam pairar dúvidas de que o acusado praticou o crime de estupro de vulnerável contra a vítima. As
oitivas colhidas em juízo não deixam pairar dúvidas e estão em total consonância com a versão
apresentada pela vítima. Outrossim, em seu interrogatório, o acusado limitou-se a informar que o irmão da
vítima ter raiva dele, motivado pelo fato dele fazer a sua mãe sofrer. Aduziu ainda que a vítima fantasiou
os fatos. Entretanto, verifico que os fatos aduzidos pelo réu estão em discordância de todos os demais
elementos que constam nos autos. Assim, restou claro que o acusado se aproveitou da confiança que a
vítima possuía nele para cometer o crime a ele imputado por diversas oportunidades. DA ANÁLISE DA
TESE DEFENSIVA A defesa aduziu em alegações finais que o laudo pericial atestou a inocorrência de
conjunção carnal e a ausência de sinais de atos libidinosos diversos da conjunção carnal, o que
demonstraria que o acusado não cometeu o crime a ele imputado. Sem razão a defesa, senão vejamos.
Consta nos autos, que o acusado teria pedido para que a vítima mostrasse as suas partes íntimas, a
tocado com as mãos e os lábios. Os fatos denotam de mais de 07 (sete) anos da data da realização da
perícia, outrossim, os atos praticados pelo acusado, via de regra não deixam vestígios, porém são
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considerados ¿atos libidinosos¿. Atos libidinosos, por outro lado, são os revestidos de conotação sexual,
com exceção da conjunção carnal, tais como o sexo oral, o sexo anal, os toques íntimos, a introdução de
dedos ou objetos na vagina, a masturbação etc.¿[2] Assim, o fato de ¿tocar¿ na vítima menor de 14 anos
com conotação sexual caracteriza o delito de estupro de vulnerável. Destaco jurisprudência do STJ sobre
o tema: RECURSO ESPECIAL. ATENTADO VIOLENTO AO PUDOR MEDIANTE VIOLÊNCIA
PRESUMIDA. CONTROVÉRSIA ACERCA DA CONSUMAÇÃO OU TENTATIVA. DESNECESSIDADE DO
REEXAME FÁTICO. RECORRIDO QUE DESPIU-SE E, ENQUANTO RETIRAVA AS ROUPAS DA
VÍTIMA, PASSOU AS MÃOS EM SEU CORPO. PRÁTICA DE ATO LIBIDINOSO DIVERSO DA
CONJUNÇÃO CARNAL. VIOLAÇÃO DO ART. 214, C/C ART. 224, "A", AMBOS DO CÓDIGO PENAL, NA
ANTIGA REDAÇÃO. RECURSO ESPECIAL PROVIDO. [...] 2. Considerar como ato libidinoso diverso
da conjunção carnal somente as hipóteses em que há introdução do membro viril nas cavidades
oral, vaginal ou anal da vítima não corresponde ao entendimento do legislador, tampouco ao da
doutrina e da jurisprudência, acerca do tema. [...] (REsp 1309394/RS, Rel. Ministro ROGERIO
SCHIETTI CRUZ, SEXTA TURMA, julgado em 05/02/2015, DJe 20/02/2015) A defesa requereu também a
desclassificação do crime de estupro de vulnerável, para o delito de constrangimento, tipificado no artigo
232, do ECA. Esclareço que não há o que se falar em desclassificação do crime, como requer a defesa do
acusado, pois os fatos narrados se amoldam na tipificação do artigo 217-A, não havendo qualquer
necessidade de que para a configuração do crime de estupro de vulnerável, haver conjunção carnal.
Também não há o que se falar em absolvição por falta de provas. De acordo com todas as provas colhidas
nos autos, restou demonstrada, com clareza, a dinâmica dos fatos, estando suficientemente comprovado
que EDIEDYMO praticou estupro de vulnerável em face de R. R. D. Além disso, não consta dos autos
qualquer indicativo de propósito da vítima e de seus familiares em querer prejudicar o acusado com falsos
depoimentos, razão pela qual a condenação é medida que se impõe. Por fim e não menos importante,
verifico que em diversos trechos dos memoriais finais apresentados pela defesa de EDIEDYMO, faz-se
referência à vítima como sendo uma pessoa depressiva (como os destacados no ID. 32573382 - Pág. 15),
utilizando-se de termos que, ao meu sentir, tentam desqualificar a vítima, estratégia que, além causar
efeito inverso, pois aponta a verossimilhança das alegações da ofendida e o temor do ofensor de sua
correta apreciação pelo juízo, devem ser evitada, a fim de preservá-la, bem como por configurar eventual
crime contra sua honra. III ¿ DISPOSITIVO Diante do exposto e por tudo que consta nos autos, JULGO
PROCEDENTE A PRETENSÃO PUNITIVA para condenar o acusado EDIEDYMO DOS SANTOS LEMOS,
nas sanções do art. 217-A, combinado com o artigo 71, ambos do Código Penal, tendo como vítima R. R.
D.. Passo à dosimetria da pena. Considerando as disposições do art. 59 e seguintes do Código Penal,
especialmente o artigo 68 daquele diploma de leis, passo a fixar a seguinte pena: CIRCUNSTÂNCIAS
JUDICIAIS (ART. 59 DO CÓDIGO PENAL): A culpabilidade é normal ao tipo, não ultrapassando o grau
de reprovabilidade já prevista em lei. No tocante à conduta social, inexistem elementos nos autos para
valorá-la. O réu não possui antecedentes criminais. Em relação a personalidade do réu não há
elementos suficientes para o exame da personalidade do agente. Quanto aos motivos do crime não se
evidenciam elementos além daqueles exigidos para o tipo penal. As circunstâncias do crime não pesam
em desfavor do réu. As consequências são graves, a vítima passou a ficar reclusa, passou a se isolar,
circunstância negativa. Por fim, o comportamento da vítima não dispensa qualquer valoração. Assim,
considerando a existência de uma circunstância judicial desfavorável, fixo a pena-base em 09 anos de
reclusão. CIRCUNSTÂNCIAS AGRAVANTES E ATENUANTES Não há circunstâncias atenuantes e
agravantes, pelo que mantenho a pena intermediária em 09 anos de reclusão. CAUSAS DE AUMENTO E
DE DIMINUIÇÃO DE PENA / CRIME CONTINUADO/ PENA DEFINITIVA Verifico a existência da causa de
aumento de pena previsto no artigo 226, II, do CP, elevando a pena do réu em metade (1/2). Assim, fixo a
pena em 13 (treze) anos e 06 (seis) meses. Inexistem causas de diminuição de pena. DO CRIME
CONTINUADO No entanto, considerando que o réu cometeu por diversas vezes e por longo período de
tempo o crime de estupro de vulnerável contra a vítima, se tratando de crime continuado, aumento a pena
na proporção máxima de 2/3, resposta que se revela adequada e proporcional ao caso concreto, conforme
minuciosa análise dos fatos e provas colhidas, e nos termos do entendimento do STJ[3]. Desta forma,
torno a pena em definitiva em 22 anos e 06 meses de reclusão. DO REGIME INICIAL Considerando a
pena aplicada, com fundamento no art. 33, § 2º, alínea ¿a¿ do Código Penal, fixo o regime fechado para
o início do cumprimento da pena. SUBSTITUIÇÃO POR PENA RESTRITIVA DE DIREITO E SUSPENSÃO
CONDICIONAL DA PENA O acusado não faz jus à substituição da pena privativa de liberdade por
restritiva de direitos, bem como à suspensão condicional da pena, haja vista que a pena ultrapassa o
patamar de 04 anos (arts. 44, I, e 77, caput, ambos o CP). DA LIBERDADE PROVISÓRIA Considerando
que o réu encontra-se solto, e por não vislumbrar os requisitos do art. 312 do CPP, não há falar em
decretação da prisão preventiva, somente devendo o réu ser recolhido após o trânsito em
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julgado. DISPOSIÇÕES GERAIS a) Com base nos arts. 804 e 805 do CPP, deixo de condenar o
sentenciado nas custas processuais, visto que se enquadra na isenção legal de réu pobre, a teor dos arts.
34 e 35 da Lei de Custas do Estado do Pará (Lei Estadual nº 8.328/15). b) Em decorrência, cumpram-se
as seguintes determinações: b.1. Lance-se o nome do réu no rol dos culpados; b.2. Intimem-se,
pessoalmente, o Ministério Público, o réu e a vítima, por meio de sua representante legal, e, via DJe, a
defesa constituída; b.3. Expeça-se guia de execução provisória; c) Havendo trânsito em julgado da
decisão, adotar as seguintes providências: c.1. Expeça-se a Guia de Execução definitiva e remeta-se ao
Juízo da Execução Penal; c.2. Ficam suspensos os direitos políticos do apenado enquanto durarem todos
os efeitos desta sentença, como disposto no art. 15 - III, da Constituição Federal, devendo ser comunicada
esta sentença à Justiça Eleitoral para tal finalidade; c.3. Arquive-se os autos, procedendo-se às anotações
no sistema PJE. c.4. Publique-se e registre-se. Altamira/PA, 03 de dezembro de 2021. VINÍCIUS
PACHECO DE ARAÚJO- Juiz de Direito
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COMARCA DE CASTANHAL
Processo n. 0000904-86.2015.8.14.0015
ADVOGADO: JOÃO BATISTA VIEIRA DOS ANJOS ¿ OAB/PA 7.770, JULIANA LENNON LIMA
ALEIXO OAB/PA 14.598 E FLÁVIO GOSMES RODRIGUES OAB/PA 13.972
SENTENÇA
Vistos os autos
Trata-se de Ação de Obrigação de Fazer ajuizada por WANDERSON MAIA DA SILVA, menor
representado por seu genitor Rivaldo Herminio da Silva, em face do ESTADO DO PARÁ.
Afirmou o autor que foi aprovado no processo seletivo da Universidade Federal do Pará - UFPA, no curso
de Engenharia Mecânica, mas contava com 16 anos de idade e ainda não possuía o diploma de conclusão
do Ensino Médio, cursando o segundo ano.
Pediu tutela de urgência para compelir a demandada a submeter o autor à prova supletiva do Ensino
Médio, no Centro de Ensino Supletivo, para, sendo aprovado, obter o referido diploma.
Conheço diretamente do pedido, na forma do art. 355, inciso I, do Código de Processo Civil.
Pretende o autor determinação judicial para realizar prova supletiva, com o intuito de concluir
o ensino médio, e assim poder se matricular em instituição de ensino superior.
Pois bem. No momento em que pleiteou a realização da prova, o autor contava com 16 anos de idade, não
sendo a idade compatível para cursar o ensino supletivo, como previsto no inciso II do § 1º do art. 38 da
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei n.º 9.394/96), segundo a qual exige 18 anos
completos para a realização de exames supletivos referentes ao ensino médio.
Art. 38 - Os sistemas de ensino manterão cursos e exames supletivos, que compreenderão a base
nacional comum do currículo, habilitando ao prosseguimento de estudos em caráter regular. § 1º Os
exames a que se refere este artigo realizar-se-ão: (...) II - no nível de conclusão do ensino médio, para os
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Art. 37 - A educação de jovens e adultos será destinada àqueles que não tiveram acesso ou continuidade
de estudos no ensino fundamental e médio na idade própria. § 1º Os sistemas de ensino assegurarão
gratuitamente aos jovens e aos adultos, que não puderam efetuar os estudos na idade regular,
oportunidades educacionais apropriadas, consideradas as características do alunado, seus interesses,
condições de vida e de trabalho, mediante cursos e exames.
Assim, nesta ordem de ideias, e tendo em vista que a medida pleiteada pelo requerente, por lei, não lhe
era garantida, vez que, na época, não preenchia todos os requisitos, notadamente, a idade, de rigor a
improcedência da ação.
Pelo exposto, JULGO IMPROCEDENTE o pedido inicial, formulado em face do ESTADO DO PARÁ, nos
termos do artigo 487, I, do CPC.
Sucumbente, condeno a parte autora ao pagamento de custas processuais e honorários advocatícios, que
fixo em R$500,00, com base no artigo 85, § 8º do Código de Processo Civil, observando-se que o autor é
beneficiário da Justiça Gratuita, cuja exigibilidade fica suspensa (CPC, art. 98, § 3º).
P. R. I. C.
Processo n. 0000904-86.2015.8.14.0015
AÇÃO:PAGAMENTOS
SENTENÇA
Vistos os autos.
Trata-se de Ação de Obrigação de Fazer ajuizada por WANDERSON MAIA DA SILVA, menor
representado por seu genitor Rivaldo Herminio da Silva, em face do ESTADO DO PARÁ.
Afirmou o autor que foi aprovado no processo seletivo da Universidade Federal do Pará - UFPA, no curso
de Engenharia Mecânica, mas contava com 16 anos de idade e ainda não possuía o diploma de conclusão
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Pediu tutela de urgência para compelir a demandada a submeter o autor à prova supletiva do Ensino
Médio, no Centro de Ensino Supletivo, para, sendo aprovado, obter o referido diploma.
Conheço diretamente do pedido, na forma do art. 355, inciso I, do Código de Processo Civil.
Pretende o autor determinação judicial para realizar prova supletiva, com o intuito de concluir
o ensino médio, e assim poder se matricular em instituição de ensino superior.
Pois bem. No momento em que pleiteou a realização da prova, o autor contava com 16 anos de idade, não
sendo a idade compatível para cursar o ensino supletivo, como previsto no inciso II do § 1º do art. 38 da
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei n.º 9.394/96), segundo a qual exige 18 anos
completos para a realização de exames supletivos referentes ao ensino médio.
Art. 38 - Os sistemas de ensino manterão cursos e exames supletivos, que compreenderão a base
nacional comum do currículo, habilitando ao prosseguimento de estudos em caráter regular. § 1º Os
exames a que se refere este artigo realizar-se-ão: (...) II - no nível de conclusão do ensino médio, para os
maiores de dezoito anos.
Art. 37 - A educação de jovens e adultos será destinada àqueles que não tiveram acesso ou continuidade
de estudos no ensino fundamental e médio na idade própria. § 1º Os sistemas de ensino assegurarão
gratuitamente aos jovens e aos adultos, que não puderam efetuar os estudos na idade regular,
oportunidades educacionais apropriadas, consideradas as características do alunado, seus interesses,
condições de vida e de trabalho, mediante cursos e exames.
Assim, nesta ordem de ideias, e tendo em vista que a medida pleiteada pelo requerente, por lei, não lhe
era garantida, vez que, na época, não preenchia todos os requisitos, notadamente, a idade, de rigor a
improcedência da ação.
Pelo exposto, JULGO IMPROCEDENTE o pedido inicial, formulado em face do ESTADO DO PARÁ, nos
termos do artigo 487, I, do CPC.
Sucumbente, condeno a parte autora ao pagamento de custas processuais e honorários advocatícios, que
fixo em R$500,00, com base no artigo 85, § 8º do Código de Processo Civil, observando-se que o autor é
beneficiário da Justiça Gratuita, cuja exigibilidade fica suspensa (CPC, art. 98, § 3º).
P. R. I. C.
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Processo n. 0003235-46.2012.8.14.0015
AÇÃO: ANULAÇÃO
SENTENÇA
Vistos, etc.
Trata-se de Ação Ordinária ajuizada por ANTONIO RODRIGUES DA SILVA FILHO em face de ANTONIA
LUANA SANTOS DA SILVA, cuja gratuidade das custas processuais foi indeferida, deixando
a parte autora de comprovar o seu recolhimento, apesar de intimado.
A falta de recolhimento das custas importa, pois, em falta de um dos pressupostos de constituição e de
desenvolvimento válido e regular do processo, de modo a ensejar a extinção do processo, sem resolução
de mérito, bem como motivo para cancelar a distribuição.
Ressalte-se que a determinação para o recolhimento das custas processuais independe da intimação
pessoal da parte, bastando tão somente a intimação do advogado, conforme publicação no DJE. Assim,
de rigor a extinção do presente feito ante a ausência de pressuposto processual.
Do exposto, JULGO EXTINTO o processo na forma do art. 485, inciso IV, do CPC, devendo ser cancelada
a distribuição na forma prevista do art. 290 do mesmo diploma legal.
Isento de recolher as custas processuais, conforme disposto nos termos do art. 22 do Regimento de
Custas (Lei nº 8.328/2015).
P.R.I.C.
Processo nº 0003218-93.2007.8.14.0015
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AÇÃO: EXECUÇÃO
SENTENÇA
Vistos etc.
Trata-se de AÇ¿O DE EXECUÇ¿O DE TÍTULO EXTRAJUDICIAL proposta por BRASIL & MOVIMENTO
S/A em face de FABIO COMERCIO DE MOTOS LTDA.
Em despacho de fl. 96 foi determinado a intimaç¿o da parte autora pessoalmente para que se
manifestasse acerca do interesse no prosseguimento do feito, porém n¿o foi localizado o endereço
informado na inicial, conforme certificado nos autos (fl. 97 verso).
É, sucintamente, o relatório.
DECIDO.
Aponta o Código de Processo Civil - CPC: Art. 77 - Além de outros previstos neste Código, s¿o deveres
das partes, de seus procuradores e de todos aqueles que de qualquer forma participem do processo: (..) V
- declinar, no primeiro momento que lhes couber falar nos autos, o endereço residencial ou profissional
onde receber¿o intimaç¿es, atualizando essa informaç¿o sempre que ocorrer qualquer modificaç¿o
temporária ou definitiva.
Da análise dos autos observo que a intimaç¿o pessoal da requerente n¿o foi possível em raz¿o da n¿o
atualizaç¿o do seu endereço, o que configura a materializaç¿o da ausência de pressuposto de
constituiç¿o e de desenvolvimento válido e regular do processo, evento que obstaculiza o prosseguimento
da demanda.
l
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Ato Ordinatório
Processo nº 0012103-71.2016.8.14.0015.
SENTENÇA
Vistos etc.
Trata-se de Aç¿o de Indenizaç¿o por Danos Materiais ajuizada por EDNA MARIA MAMEDE AMORAS,
EDINALVA BARBOSA MAMEDE, EDINEIA BARBOSA MAMEDE, EDILMA BARBOSA MAMEDE DA
SILVA e ELIA MAMEDE SERR¿O contra EDNETE BARBOSA MAMEDE, alegando as autoras, em
síntese, que a ré, irm¿ das autoras e inventariante nomeada nos autos da Aç¿o de Inventário (Processo nº
0005374-97.2014.8.14.0015), entregou em daç¿o em pagamento a posse de um imóvel pertencente ao
espólio da genitora das partes, Sra. Deuzarina Barbosa Mamede, em Aç¿o Trabalhista (Processo nº
0001322-59.2015.5.08.0106) movida contra o referido espólio.
Dizem ainda que o bem foi entregue por um valor abaixo do valor de mercado, afirmando que n¿o
reconhecem a referida dívida como sendo do espólio, e sim da própria ré, n¿o tendo sido mencionado
esse débito na aç¿o de inventário.
Foi realizada audiência de tentativa de conciliaç¿o, que resultou infrutífera (fl. 38).
É o Relatório. DECIDO.
Trata-se de Aç¿o de Indenizaç¿o por Danos Materiais ajuizada por EDNA MARIA MAMEDE AMORAS,
EDINALVA BARBOSA MAMEDE, EDINEIA BARBOSA MAMEDE, EDILMA BARBOSA MAMEDE DA
SILVA e ELIA MAMEDE SERR¿O contra EDNETE BARBOSA MAMEDE.
A responsabilidade subjetiva vem regrada nos arts. 186 e 927, do Código Civil, que disp¿em:
Art. 186. Aquele que, por aç¿o ou omiss¿o voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar
dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
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Dessa forma, a procedência de uma aç¿o de reparaç¿o de danos, pautada na responsabilidade subjetiva
extracontratual, depende da comprovaç¿o dos seguintes requisitos: conduta dolosa ou culposa, dano e
nexo de causalidade entre os dois primeiros.
No mesmo sentido, adverte Humberto Theodoro Junior que ¿A responsabilidade civil, no direito pátrio,
assenta-se em três requisitos fundamentais: a) o dano suportado pela vítima; b) o ato culposo do agente;
c) o nexo causal entre o dano e a conduta culposa. O autor de uma aç¿o de indenizaç¿o por ato ilícito
tem, pois, o ônus de provar os três requisitos acima, pois s¿o eles, em seu conjunto, o fato constitutivo do
direito que se pretende exercitar contra o réu (CPC, art. 333, n.º I).¿ (Responsabilidade Civil, Leud, 1ª Ed.,
p. 287).
Cândido Rangel Dinamarco, ao tratar dessa regra de produç¿o de provas, destacou que ¿a distribuiç¿o do
ônus da prova repousa principalmente na premissa de que, visando a vitória na causa, cabe à parte
desenvolver perante o Juiz e ao longo do procedimento uma atividade capaz de criar em seu espírito a
convicç¿o de julgar favoravelmente. O Juiz deve julgar secundum allegata et probata partium e n¿o
secundum propiam suam conscientiam ¿ e daí o encargo que as partes têm no processo, n¿o só de
alegar, como também de provar (encargo = ônus). O ônus da prova recai sobre aquele a quem aproveita o
reconhecimento do fato. Assim, segundo o disposto no artigo 333 do Código de Processo Civil, o ônus da
prova ao autor, quanto ao fato constitutivo de seu direito; ao réu quanto à existência de fato impeditivo,
modificativo ou extintivo do direito do autor¿ (Teoria Geral do Processo, 7ª ediç¿o. RT. 1990. p. 312).
Apresentadas essas breves ilaç¿es, passo à análise dos elementos necessários à procedência da
pretens¿o da autora.
Do material probatório que consta dos autos, em que pese a revelia da ré, que, diga-se, é relativa e deve
ser analisada juntamente com a prova produzida nos autos, observo que n¿o ficou demonstrado o ato
ilícito praticado pela ré, de forma a atingir o patrimônio das autoras, principalmente porque o principal
fundamento destas é no sentido de que foi irregular a daç¿o em pagamento realizada por aquela, na
condiç¿o de inventariante, em aç¿o trabalhista movida contra o espólio da Sra. Deuzarina Barbosa
Mamede, genitora das partes litigantes, cuja dívida as demandantes alegam pertencer n¿o ao espólio,
mas à própria ré/inventariante, o que n¿o ficou provado nos autos, diante da regularidade da aç¿o
trabalhista.
Assim, para se poder afirmar que foi irregular a daç¿o em pagamento realizada perante a Justiça do
Trabalho, é necessário provar que aquela demanda foi irregular, inclusive quanto à indicaç¿o do seu polo
passivo, n¿o demonstrando as autoras a sua afirmaç¿o de que a dívida trabalhista n¿o era do espólio,
mas da ré, tendo sido afirmado naquela reclamaç¿o que a reclamante trabalhava para a falecida Sra.
Deuzarina Barbosa Mamede.
De fato, naquela demanda ajuizada perante a Justiça Laboral, ficou acordado entre a reclamante e a
representante do espólio, ora ré, na data de 20/04/2016 (fls. 12-13), que a inventariante deveria fazer os
registros pertinentes, quanto ao acordo homologado, nos autos da respectiva aç¿o de inventário, tendo
sido a aç¿o de inventário ajuizada no ano de 2014 e as primeiras declaraç¿es prestadas em 08/10/2014
(fl. 22), n¿o havendo nos autos demonstraç¿o de que a ré n¿o cumpriu o que fora entabulado.
Ademais, n¿o provaram as autoras que o imóvel foi dado em pagamento por valor abaixo do de mercado,
conforme alegado na inicial, uma vez que, sendo dada a oportunidade, estas n¿o requereram a produç¿o
de quaisquer outras provas, além das documentais já constantes dos autos.
Por tais consideraç¿es, a pretens¿o indenizatória perseguida na inicial deve ser desacolhida.
Diante do exposto, JULGO IMPROCEDENTE o pedido exordial formulado por EDNA MARIA MAMEDE
AMORAS, EDINALVA BARBOSA MAMEDE, EDINEIA BARBOSA MAMEDE, EDILMA BARBOSA
MAMEDE DA SILVA e ELIA MAMEDE SERR¿O contra EDNETE BARBOSA MAMEDE.
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Deixo de condenar as autoras em honorários advocatícios, uma vez que a ré n¿o constituiu advogado nos
autos.
Em consequência, julgo extinto o processo com resoluç¿o do mérito, nos termos do art. 487, I, do NCPC.
Na hipótese de interposiç¿o de apelaç¿o pelas autoras, tendo em vista a nova sistemática estabelecida
pelo CPC que extinguiu o juízo de admissibilidade a ser exercido pelo Juízo a quo (art. 1.010 do CPC),
sem nova conclus¿o e sem necessidade de intimaç¿o da ré para contrarraz¿es, uma vez que esta é revel,
desde já autorizo a remessa dos autos ao E. Tribunal de Justiça do Estado do Pará, para apreciaç¿o do
recurso interposto.
P. R. I. Cumpra-se.
Juíza de Direito
Ato Ordinatório
Processo nº 0010223-44.2016.8.14.0015.
DESPACHO
R. Hoje.
Trata-se de Aç¿o de Obrigaç¿o de Fazer c/c Danos Materiais e Morais ajuizada por TERRA SANTA
EMPREENDIMENTOS LTDA. ¿ ME e OUTRAS, sem que houvesse o devido recolhimento das custas até
a presente data, conforme consulta no sistema Libra.
Ante o exposto, intimem-se as autoras para efetuar o pagamento das custas iniciais, no prazo de 15
(quinze) dias, sob pena de cancelamento da distribuiç¿o, nos termos do art. 290, do CPC.
P. R. I. C.
Juíza de Direito
Processo 0009962-7920168140015
Ato Ordinatório
Autor: COHAB-PA
Conforme autorizado pelos Provimentos 006/2009-CJCI e 008/2014-CJRMB, fica o autor intimado, neste
ato, por meio de seu representante judicial, a se manifestar, no prazo de 05 dias, sobre seu interesse no
prosseguimento do feito.
Castanhal, 06.12.2021
Ronan Castro
Mat. 94463
ATO ORDINATÓRIO
Processo nº 0003851-79.2016.8.14.0015
Requerido: EXPRESSO MAYARA LTDA (Adv.: JOSÉ ROBERTO MELLO PISMEL - OAB/PA nº 6260;
BENEDITO MARDQUE DE MATOS- OAB/PA nº 11585)
Conforme autorizado pelo Provimento nº 008/2014-CJRMB fica O REQUERIDO, por seu(s) advogado(s)
legalmente habilitado(s), JOSÉ ROBERTO MELLO PISMEL - OAB/PA nº 6260; BENEDITO MARDQUE
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DE MATOS- OAB/PA nº 11585, intimado(s) para comparecer(em) à audiência designada para o dia 09 de
dezembro de 2021, às 10:00 horas.
Castanhal, 06/12/2021
Simone Pinheiro
PROCESSO N. 0000185-75.2013.8.14.0015
REQUERENTE: C. B. D. S. P.
REQUERIDO: J. O. D. P. A. F.
DECISÃO
Vistos etc.
Cuida-se de Ação de Investigação Paternidade ajuizada por C. B. D. S. P., por meio de advogado
habilitado, em face de J. O. D. P. A. F., estando as partes qualificadas.
Em despacho inicial à fl. 10, foi deferido os benefícios da justiça gratuita e determinada a citação da parte
requerida
Citação não realizada, em razão, da parte requerida não ter sido localizado no endereço fornecido,
conforme certidão à fl. 23.
Determinada a intimação da requerente, por meio de seu advogado, para manifestar-se acerca da certidão
de fl. 21 ¿ fl. 23.
Prazo de fl. 23, transcorreu in albis sem manifestação, conforme certidão de fl. 24.
Despacho de fl. 25, determinando a intimação pessoalmente da requerente para manifestar o seu
interesse no prosseguimento do feito.
Em petitório à fl. 37, a requerente informou novo endereço da parte requerida para citação.
Contestação pela parte requerida às fls. 48/52, alegando, preliminarmente, a incompetência do juízo,
conforme o Art. 46 do CPC.
Intimada a requerente para manifestar acerca da contestação e documentos juntados (fls. 48/52),
conforme ato ordinatório de fl. 67.
De acordo com a nova sistemática processual, em razão de alteração introduzida pela Lei n. 13.105, de 16
de março de 2015, a qual entrou em vigor em 18 de março de 2016, incumbe ao réu, antes de discutir o
mérito, alegar, em sede de contestação, a incompetência absoluta e relativa (art. 337, II, do NCPC). Nesse
toar, a incompetência, seja absoluta ou relativa, deverá ser alegada como preliminar de contestação (art.
64, do diploma em referência).
Vejamos:
Art. 46. A ação fundada em direito pessoal ou em direito real sobre bens móveis será proposta, em regra,
no foro de domicílio do réu.
§ 2º Sendo incerto ou desconhecido o domicílio do réu, ele poderá ser demandado onde for encontrado ou
no foro de domicílio do autor.
§ 3º Quando o réu não tiver domicílio ou residência no Brasil, a ação será proposta no foro de domicílio do
autor, e, se este também residir fora do Brasil, a ação será proposta em qualquer foro.
§ 4º Havendo 2 (dois) ou mais réus com diferentes domicílios, serão demandados no foro de qualquer
deles, à escolha do autor.
§ 5º A execução fiscal será proposta no foro de domicílio do réu, no de sua residência ou no do lugar onde
for encontrado.
Assim sendo, considerando o disposto no art. 46, do NCPC e considerando que ambos os réus residem
em Belém, acolho a preliminar aventada na peça de defesa e declino da competência para processamento
e julgamento da ação de Investigação de Paternidade e, por conseguinte, determino a remessa dos autos
principais para a uma das Varas Cíveis de Belém, para os devidos fins.
P. R. I. C.
PROCESSO N. 0002951-38.2012.814.0015
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA
Vistos etc.
Do cotejo dos autos, em especial da leitura do despacho de fl. 62, observa-se que houve a apreciação por
este juízo do pedido de concessão dos benefícios da assistência judiciária gratuita formulada pelo autor,
onde foi deferido.
Contudo, é de conhecimento público e notório que o autor é ex. prefeito da cidade de Castanhal, de forma
que tal fato faz prova contrária à situação de miserabilidade alegada, tendo sido deferido indevidamente os
benefícios da justiça gratuita.
Sobre o tema, a Constituição Federal/88 estabelece em seu art. 5º, LXXIV, que o Estado preste
assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos, de forma que,
desde a edição da Constituição de 1988, a insuficiência de recursos deve ser demonstrada.
Isso porque a assistência judiciária gratuita é benefício destinado às pessoas necessitadas. A concessão
indiscriminada do benefício a quem não necessita traz como consequência a inviabilização do acesso ao
Poder Judiciário daquelas pessoas destituídas de suficiência econômica, situação na qual não se
enquadra o autor, senão vejamos.
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Nos termos do art. 99, §2º, do CPC/2015, o juiz somente poderá indeferir o pedido se houver nos autos
elementos que evidenciem a falta dos pressupostos legais para a concessão de gratuidade, devendo,
antes de indeferir o pedido, determinar à parte a comprovação do preenchimento dos referidos
pressupostos.
Interpretando o dispositivo acima, o Tribunal de Justiça do Estado do Pará editou Súmula nº 6, com
redação modificada em 15 de junho de 2016, Publicada no DJE Edição nº 5999/2019, de 16/06/2016, que
determina que ¿a alegação da hipossuficiência econômica configura presunção meramente relativa de que
a pessoa natural goza de direito ao deferimento da gratuidade de justiça prevista no art. 98 e seguintes do
Código de Processo Civil (2015), podendo ser desconsiderada de ofício pelo próprio magistrado caso haja
provas nos autos que indiquem a capacidade econômica do requerente.¿ (grifo nosso)
Isto porque a intenção do legislador não é proteger qualquer pessoa, mas somente aquela que possuir
recursos insuficientes para pagar as custas, despesas processuais e honorários advocatícios, o que não é
o caso dos autos.
O egrégio Tribunal de Justiça do Estado do Pará segue o mesmo entendimento. Nesse sentido, vide
jurisprudências abaixo:
Destaco ainda a decisão monocrática do Des. Leonardo de Noronha Tavares, do Tribunal de Justiça do
Estado do Pará, prolatada nos autos do Agravo de Instrumento nº 2013.3.019238-1, a qual passo a
transcrever:
'Processo: 0035199-38.2013.8.14.0301(201330192381)
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AGRAVO DE INSTRUMENTO
Partes:
O presente recurso tem por finalidade a reforma da decisão interlocutória prolatada pelo Togado Singular.
Para que possam ser examinados os pedidos formulados pelo recorrente se faz necessário,
primeiramente, verificar a presença de indícios de que o Agravante faz jus às benesses da Lei nº 1.060/50
(gratuidade de justiça) negada na origem. Compulsando os autos, verifico que o valor declarado do bem
(automóvel), não é de pequena monta, envolvendo financiamento bancário, e mais, que não se trata de
bem de primeira necessidade ou instrumento de trabalho, destoando totalmente da sua pretensão. Como
se vê a declaração de pobreza é insuficiente para o enquadramento do autor/agravante nos requisitos de
miserabilidade e pobreza exigidos para a concessão dos benefícios da citada Lei nº 1.060/50. Isso porque,
o dia-a-dia da atividade jurisdicional demonstra o abuso nos pedidos do aludido benefício, destinado
exclusivamente às pessoas pobres ou com insuficiência de recursos, ainda que de forma momentânea.
Como tenho sistematicamente dito, não existe uma regra padrão. Por estas razões, estabeleceu-se
construção pretoriana reiterativa de exigências que a lei não faz, porém, alicerçadas em situações que
demonstram o mau uso do benefício em questão, com sensível prejuízo aos cofres públicos. Desse modo,
os magistrados devem estar atentos, para acompanhar de perto a evolução do direito, sopesando seus
conceitos, e adequá-los ao tempo e ao processo, em observância a realidade atual e a dinâmica judiciária,
para que não sejam desvirtuados os seus propósitos sociais. No caso concreto, não vejo como prosperar o
pedido recursal. Nesse cenário, incumbe-me frisar que a recorrente mais uma vez não logrou comprovar
mediante a juntada de outros documentos, que tem direito ao benefício buscado. Outrossim, como se
percebe da inicial da ação, o agravante contraiu financiamento para a aquisição de um veículo, e, para
obter o financiamento junto a instituição financeira, certamente comprovou alguma renda capaz de arcar
com o compromisso assumido. Assim sendo, não se justifica o argumento de hipossuficiência de
rendimentos no processo judicial, portanto, a decisão impugnada está correta, e não merece reparos.'
Desta feita, chamo o feito à ordem, e REVOGO a decisão que concedeu a benesse da Justiça Gratuita ao
autor, somente neste aspecto, e determino que o autor recolha as custas devidas, no prazo de 15 (quinze)
dias.
Intime-se a parte autora, através de seu causídico, para que recolha as custas no prazo acima assinalado,
sob pena de arquivamento dos autos.
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P. R. I. C.
PROCESSO N. 0009961-94.2016.8.14.0015
REQUERIDOS:
ATO ORDINATÓRIO
Nos termos do Provimento nº 006/2006-CJRMB, que delegou poderes ao Servidor no âmbito de suas
atribuições para praticar atos de administração e mero expediente, sem caráter decisório, procedo a
INTIMAÇÃO da parte autora, através de seu(ua) PATRONO(A), a no prazo de 05 (CINCO) dias, recolher
antecipadamente as custas intermediárias para fins de cumprimento integral do r. Despacho/decisão de
708
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fls. 77/79 dos autos, em conformidade com o que preceitua o Art. 12 da Lei nº 8.328/2015 ¿ Regime de
Custas e outras despesas processuais no âmbito do Poder Judiciário do Estado do Pará, ficando
ciente de que poderá receber o(s) boleto(s) diretamente na UNAJ desta Comarca ou, caso prefira, poderá
gerar o mesmo diretamente no sitio www.tjpa.jus.br, na aba de sistemas EMISSÃO DE CUSTAS. Ficando
ainda ciente de que, ao optar pela última modalidade de emissão do boleto, deve-se necessariamente o
mesmo contemplar corretamente os atos a serem cumpridos, em conformidade com a ordem emanada do
Juízo, caso contrário não poderá a Secretaria Judicial realizar a expedição dos documentos até que o
recolha de forma correta.
PROCESSO N. 0009959-27.2016.8.14.0015
REQUERIDOS:
ATO ORDINATÓRIO
Nos termos do Provimento nº 006/2006-CJRMB, que delegou poderes ao Servidor no âmbito de suas
atribuições para praticar atos de administração e mero expediente, sem caráter decisório, procedo a
INTIMAÇÃO da parte autora, através de seu(ua) PATRONO(A), a no prazo de 05 (CINCO) dias, recolher
antecipadamente as custas intermediárias para fins de cumprimento integral do r. Despacho/decisão de
fls. 80/82 dos autos, em conformidade com o que preceitua o Art. 12 da Lei nº 8.328/2015 ¿ Regime de
Custas e outras despesas processuais no âmbito do Poder Judiciário do Estado do Pará, ficando
ciente de que poderá receber o(s) boleto(s) diretamente na UNAJ desta Comarca ou, caso prefira, poderá
gerar o mesmo diretamente no sitio www.tjpa.jus.br, na aba de sistemas EMISSÃO DE CUSTAS. Ficando
ainda ciente de que, ao optar pela última modalidade de emissão do boleto, deve-se necessariamente o
mesmo contemplar corretamente os atos a serem cumpridos, em conformidade com a ordem emanada do
Juízo, caso contrário não poderá a Secretaria Judicial realizar a expedição dos documentos até que o
recolha de forma correta.
PROCESSO N. 0002744-68.2014.814.0015
AÇÃO DE EXECUÇÃO
EXECUTADOS:
ATO ORDINATÓRIO
Nos termos do Provimento nº 006/2006-CJRMB, que delegou poderes ao Servidor no âmbito de suas
atribuições para praticar atos de administração e mero expediente, sem caráter decisório, tendo em vista o
teor da certidão de fls. 125, procedo¿ ¿ a INTIMAÇÃO da parte autora, através de seu(ua) PATRONO(A),
a no prazo de 05 (CINCO) dias, recolher antecipadamente as custas intermediárias referente a
EXPEDIÇÃO DE MANDADO para fins de cumprimento integral do r. Despacho/decisão de fls.¿ ¿115 dos
autos, em conformidade com o que preceitua o Art. 12 da Lei nº 8.328/2015 ¿ Regime de Custas e outras
despesas processuais no âmbito do Poder Judiciário do Estado do Pará, ficando ciente de que poderá
receber o(s) boleto(s) diretamente na UNAJ desta Comarca ou, caso prefira, poderá gerar o mesmo
diretamente no sitio www.tjpa.jus.br, na aba de sistemas EMISSÃO DE CUSTAS. Ficando ainda ciente de
que, ao optar pela última modalidade de emissão do boleto, deve-se necessariamente o mesmo
contemplar corretamente os atos a serem cumpridos, em conformidade com a ordem emanada do Juízo,
caso contrário não poderá a Secretaria Judicial realizar a expedição dos documentos até que o recolha de
forma correta.
PROCESSO N.0009189-39.2013.8.14.0015
ATO ORDINATÓRIO
Nos termos do Provimento nº 006/2006-CJRMB, que delegou ao Diretor de Secretaria atribuições pra
praticar atos de administração e mero expediente, sem caráter decisório, procedo¿ ¿ a INTIMAÇÃO da
parte autora, através de seu(ua) ADVOGADO(A), para se manifestar(em) em 05 (cinco) dias acerca da
devolução do AR ¿ CORREIOS sem cumprimento, às fls.103 dos autos.
PROCESSO N. 0002190-79.2011.814.0015
ATO ORDINATÓRIO
Tendo em vista que as folhas 164/167 a parte autora juntou recolhimento de custas equivocadas, uma vez
que juntou DESPESA DE SERVIÇOS POSTAIS, quando em verdade deveria recolher custas
intermediarias de 01 MANDADO DE CITAÇÃO E A RESPECTIVA DESPESA DE DILIGENCIA DO
SENHOR OFICIAL DE JUSTIÇA, nos termos do Provimento nº 006/2006-CJRMB, que delegou poderes
ao Servidor no âmbito de suas atribuições para praticar atos de administração e mero expediente, sem
caráter decisório, procedo¿ ¿ a INTIMAÇÃO da parte autora, através de seu(ua) PATRONO(A), a no prazo
de 05 (CINCO) dias, recolher antecipadamente as custas intermediárias para fins de cumprimento integral
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
do r. Despacho/decisão de fls.¿ ¿143 dos autos, quais sejam, relativa a expedição um Mandado de
Citação e as Diligências respectivas, em conformidade com o que preceitua o Art. 12 da Lei nº 8.328/2015
¿ Regime de Custas e outras despesas processuais no âmbito do Poder Judiciário do Estado do Pará,
ficando ciente de que poderá receber o(s) boleto(s) diretamente na UNAJ desta Comarca ou, caso prefira,
poderá gerar o mesmo diretamente no sitio www.tjpa.jus.br, na aba de sistemas EMISSÃO DE CUSTAS.
Ficando ainda ciente de que, ao optar pela última modalidade de emissão do boleto, deve-se
necessariamente o mesmo contemplar corretamente os atos a serem cumpridos, em conformidade com a
ordem emanada do Juízo, caso contrário não poderá a Secretaria Judicial realizar a expedição dos
documentos até que o recolha de forma correta.
PROCESSO N. 0004105-23.2007.814.0015
ATO ORDINATÓRIO
Nos termos do Provimento nº 006/2006-CJRMB, que delegou ao Diretor de Secretaria atribuições pro.a
praticar atos de administração e mero expediente, sem caráter decisório, procedo a INTIMAÇÃO da parte
requerida/apelada, através de seu(ua) PATRONO(A), para apresentar CONTRA-RAZÕES ao Recurso de
Apelação interposto no presente processo.
PROCESSO 0001705-92.2007.8.14.0015
ATO ORDINATÓRIO
Nos termos do Provimento nº 006/2006-CJRMB, que delegou ao Diretor de Secretaria atribuições pro.a
praticar atos de administração e mero expediente, sem caráter decisório, procedo a INTIMAÇÃO da parte
requerida/apelada, através de seu(ua) PATRONO(A), para apresentar CONTRA-RAZÕES ao Recurso de
Apelação interposto no presente processo.
PROCESSO N. 0118094-70.2015.814.0015
AÇÃO DE BUSCA E APREENSÃO
REQUERENTE: ADMINISTRADORA DE CONSÓRCIO NACIONAL HONDA LTDA
ADVOGADA: MARIA LUCILIA GOMES, OAB/SP 84.206
REQUERIDO: JUVELINO DE OLIVEIRA MAIA
ATO ORDINATÓRIO
Nos termos do Provimento nº 006/2006-CJRMB, que delegou poderes ao Servidor no âmbito de suas
atribuições para praticar atos de administração e mero expediente, sem caráter decisório, procedo a
INTIMAÇÃO da parte autora, através de seu(ua) PATRONO(A), a no prazo de 05 (CINCO) dias, recolher
as CUSTAS FINAIS do processo, cujos autos somente serão remetidos em conclusão ao Magistrado(a)
para prolação de sentença após a quitação das referidas custas, em consonância ao contido no §3º do
Art. 26 da Lei nº 8.328/2015 ¿ Regime de Custas e outras despesas processuais no âmbito do Poder
Judiciário do Estado do Pará.
PROCESSO Nº 0028086-47.2015.8.14.0015
REQUERIDOS:
DESPACHO
Por ocasião da Decisão de fl. 1.579 não conheci dos embargos de declaração de fls. 1.556/1.564 nos
termos da fundamentação.
A Defensoria Pública, que atua no feito na condição de custus vulnerabilis et plebis, apresentou
APELAÇ¿O às fls. 1.801/1.803.
2) INTIME-SE o apelado para apresentar contrarrazões aos recursos de apelação interpostos, no prazo
de 15 (quinze) dias.
3) À vista da petição de fls. 1.580/1.584 e considerando que o juízo de admissibilidade recursal, o qual
compreende a análise da tempestividade, compete ao juízo ad quem, determino que a Secretaria deste
juízo a quo CERTIFIQUE a data em que os requeridos foram intimados da Decisão de fl. 1.579 bem como
a data em que os autos foram com vistas ao Ministério Público para o mesmo fim, a fim de subsidiar o
juízo ad quem em seu mister.
Cumpra-se. Intimem-se
Juiz de Direito
PROCESSO Nº 0000161-19.2017.8.14.0076
NILSON FREITAS
DESPACHO
Os presentes autos físicos de reintegração de posse tramitam conjuntamente com a oposição, Processo n.
0803413-83.2017.8.14.0015 (PJE).
Nos presentes, observo que à fl. 2.568, dentre outras deliberações, deferi o prazo de 45 (quarente e cinco)
dias para que o ITERPA concluísse a vistoria do imóvel, nos termos do acordo processual firmado em
audiência às fls. 2.472/2.474.
O ITERPA foi intimado às fls. 2.573 estando, pois, no prazo para manifestação nestes autos. Ocorre,
todavia, que nos autos da oposição em apenso, acima referida, o ITERPA peticionou (ID n. 40006088)
requerendo a dilação do prazo para realização da vistoria, assentando que ¿os autos administrativos
encontram-se sob análise do Departamento Técnico para escolha da melhor data possível para a
realização da vistoria. ¿
Considerando que, conforme o teor da petição ID n. 40006088 dos autos em apenso, o ITERPA limitou-se
a solicitar dilação do prazo para a realização da vistoria, sem, porém, indicar, concretamente, possível
data para a sua realização, deve o feito prosseguir em seus ulteriores de direito, sem prejuízo de
ocorrer a juntada da vistoria caso venha a se ultimar antes de finalizado o presente feito.
Pois bem.
Por ocasião do Despacho de fl. 621 (vol. III), em 05/12/2017, determinei, dentre outras deliberações, a
intimação das partes e do Ministério Público para que especificassem as provas que pretendiam produzir
em audiência.
O requerido NILSON FREITAS, patrocinado por advogado particular, apresentou petição às fls. 642/643.
A requerida LAURA CARDOSO RESENDE e OUTROS, assistidos pela Defensoria Pública, apresentaram
petição à fl. 644.
Certidão de fl. 677 atestou que a parte autora deixou transcorrer in albis o prazo para especificação de
provas.
Após, conclusos.
Cumpra-se. Intimem-se.
Juiz de Direito
PROCESSO Nº 0002270-77.2011.8.14.0005
DESPACHO
Despacho de fls. 400/401, dentre outras deliberações, determinou a intimação da parte autora, do INCRA
(interveniente anômalo), e do Ministério Público para manifestação acerca da possibilidade de julgamento
antecipado do mérito à vista do reconhecimento da inexistência jurídica da contestação de fls. 369/374.
A parte autora, que é assistida pela Defensoria Pública, apresentou manifestação à fl. 403 informando que
pretende produzir provas, especialmente testemunhal e pericial.
O Ministério Público, custus legis, apresentou manifestação às fls. 406/407 pugnando pela produção
probatória.
O INCRA, interveniente anômalo, apresentou manifestação à fl. 408 pugnando pelo julgamento antecipado
do mérito com o indeferimento total da pretensão autoral.
Pois bem.
Art. 355. O juiz julgará antecipadamente o pedido, proferindo sentença com resolução de mérito,
quando:
717
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II - O réu for revel, ocorrer o efeito previsto no art. 344 e não houver requerimento de prova, na
forma do art. 349.
Tendo havido requerimento de prova, DETERMINO que sejam intimadas as partes, o INCRA, e o
Ministério Público, para que especifiquem as provas que pretendem produzir em audiência, bem como
apresentem as questões de direito que entendam relevantes para a decisão de mérito, no prazo de 10
(dez) dias.
Cumpra-se com prioridade na medida em que o presente feito encontra-se inserido na META 02 DO CNJ,
ex vi do art. 12, parágrafo 2º, VII, c/c art. 153, parágrafo 2º, do CPC/15.
Juiz de Direito
PROCESSO Nº 0002717-29.2019.8.14.0074
ADVOGADOS:
REQUERIDO:
DESPACHO
O presente feito foi sentenciado à fl. 148, tendo sido certificado o trânsito em julgado da sentença à fl. 247.
Por ocasião do Despacho de fl. 242 determinei, dentre outras deliberações, a intimação da parte requerida
para que, em complementação à petição de 150, apresentasse o memorial de cálculo dos honorários
advocatícios que entendia devidos.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
Sobrevieram duas petições da parte autora, às fls. 243/244 e à fl. 251, consignando nas mesmas,
entretanto, valores distintos.
1) Reitere-se a intimação da parte requerida para que cumpra de forma escorreita, no prazo de 15
(quinze) dias o quanto determinado no item 3 da Decisão de fl. 242, suplantando a contradição das
petições de fls. 243/244 e 251, sob pena de arquivamento do feito.
2) Sem prejuízo da determinação supra, intime-se a parte autora para que no prazo de 15 (quinze)
dias efetue o recolhimento das custas processuais pendentes (fl. 248), sob pena de inscrição em
dívida ativa, ex vi do art. 46 § 4º da Lei Estadual nº 8.328/2015.
Cumpra-se. Intimem-se.
Juiz de Direito
DESPACHO ORDINATÓRIO
REQUERIDOS:
Nos termos do art. 1º, Parágrafo 2º, inciso XI, do provimento 006/09 da CJCI, que delegou poderes ao
Diretor de Secretaria e atribuições para praticar atos de administração e mero expediente, sem caráter
decisório, bem como nos termos do artigo 8°, Parágrafo 10 da portaria conjunta n° 03 ¿ GP/VP-TJPA, fica
a parte autora intimada para apresentar contrarrazões à apelação de folhas 1801/1803, no prazo
legal de 15 (quinze) dias.
EDILSON SILVA
SENTENÇA
VOLUME I
Vistos e etc.
JOÃO SOARES LEITE e ILDENICE SILVA LEITE ingressaram perante este juízo especializado com a
presente ação de reintegração de posse em face de MILTON LISBOA DA SILVA, EDILSON SILVA,
ELIETE, JOÃO SANTOS (conhecido por ¿Machadeiro¿), NEGÃO, CHAPADÃO, DAGOBAL, PICOLÉ,
BERNARDO e OUTROS.
Sustentaram ser proprietários e legítimos possuidores do imóvel rural objeto do litígio, denominado
FAZENDA RIO GRANDE, caracterizada pela Gleba 67, localizado na zona rural do município de
Paragominas/PA, à margem esquerda do rio Gurupi, região do Uraim, medindo 4.355ha97a00ca.
Aduziram que exercem a posse mansa, pacífica e inconteste do imóvel desde o ano de 2004, ano de
aquisição do mesmo, e que em meados do mês de março de 2010, o terreno fora invadido por um grupo
de pessoas utilizando armas de fogo, ocasião em que ameaçaram o caseiro da fazenda e o colocaram
para fora da propriedade, além de impedirem que os funcionários do prédio rústico ingressassem no
imóvel para continuar exercendo suas atividades.
Salientaram, ainda, que a Gleba 67 (Fazenda Rio Grande) fora esbulhada em decorrência do
cumprimento de ordem reintegratória concedida em outro processo, referente a imóvel contíguo, e que a
quando da ocupação, lá existia a criação de bovinos para o corte, atividade fim dos autores.
Por essas razões, ingressaram com a presente demanda pugnando pela concessão de medida liminar
, e, ao final, pela reintegração de posse do imóvel conspurcado.
Despacho de fl. 193, dentre outras diligências, designou a realização de audiência de justificação prévia
do alegado, cujo termo encontra-se lançado às fls. 214/221.
Parecer do Ministério Público pelo indeferimento do pedido de liminar encontra-se às fls. 223/225.
Decisão de fls. 232/236, prolatada em 26/05/2011, pelo magistrado titular à época, deferiu o pedido
liminar de reintegração de posse e determinou a citação dos réus, além de outras diligências de
impulso processual.
Despacho de fl. 252 designou a inclusão em pauta desta ação em mutirão fundiário realizado na sede
deste juízo agrário, nas datas de 14 e 15/07/2011, cuja ata respectiva encontra-se lançada às fls. 296/300.
VOLUME II
Informações prestadas pelo INCRA às fls. 269/270, ocasião em que foram juntados os documentos de
fls. 271/276.
721
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
Petição do autor às fls. 321/324, ocasião em que foram juntados os documentos de fls. 325/485.
Informações prestadas pelo INCRA à fl. 515, corroboradas dos documentos de fls. 516/523.
VOLUME III
Petição dos requeridos às fls. 543/544 pugnou pela suspensão do cumprimento da liminar concedida nos
autos. Na oportunidade, foram juntados os documentos de fls. 545/549.
Às fls. 590/591, os requeridos apresentaram novo pedido de suspensão da liminar concedida nos autos.
Manifestação do ITERPA à fl. 620, ocasião em que juntou os documentos de fls. 621/626.
Ata da audiência designada para discutir o cumprimento voluntário da liminar concedida nos autos verte de
fls. 631/633.
Decisão de fl. 639 indeferiu os pedidos de revogação da liminar formulados nos autos, bem como
designou a realização de audiência preliminar, cujo termo verte de fls. 749/750.
Novo pedido de revogação/suspensão da liminar concedida nos autos às fls. 662/669, acompanhado dos
documentos de fls. 670/689.
Decisão de fl. 690 indeferiu o pedido de revogação da liminar formulado às fls. 662/669. Contra essa
decisão, os requeridos interpuseram embargos de declaração às fls. 694/701 e 702.
Termo de audiência preliminar às fls. 749/750, oportunidade em que as partes acenaram para a
possibilidade de acordo, sendo designada nova data para a continuação das tratativas.
Petição dos requeridos especificando as provas que pretendiam produzir no curso da instrução encontra-
se às fls. 751/753.
VOLUME IV
Termo de audiência às fls. 759/761 determinou o cumprimento de diligências, dentre as quais a realização
de pericial judicial a cargo do SIGEO.
Informações prestadas pelo BANCO DO BRASIL às fls. 780/782, com os quais foram juntados os
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
Despacho de fl. 858 determinou vista dos autos ao parquet para manifestação quanto ao revigoramento da
liminar.
Ouvido acerca do pedido de revigoramento da liminar, o Ministério Público apresentou parecer às fls.
915/925, manifestando-se pelo indeferimento do pleito.
Informação prestada pelo ITERPA à fl. 930 e seguintes dá conta do destacamento do imóvel objeto do
litígio do patrimônio público estadual.
Manifestação da parte autora acerca do laudo pericial apresentado pelo SIGEO encontra-se às fls.
946/947.
VOLUME V
Despacho de fl. 1.077 determinou a intimação das partes e do Ministério Público para a especificação de
provas. O autor não requereu novas provas, conforme petição de fls. 1.801/1.802. Os requeridos se
manifestaram à fl. 1.086 e o Ministério Público às fls. 1.088/1.089.
Decisão saneadora às fls. 1.091/1.092 deferindo a produção das provas propostas pelos requeridos e pelo
Ministério Público, bem como designando audiência de instrução e julgamento.
Despacho de fls. 1.273/1.274 consignou a existência de danos na mídia digital produzida na audiência de
instrução e julgamento, ao passo que determinou diligências para a sua recuperação.
À vista da impossibilidade de recuperação da mídia de audiência, à fl. 1.287 foi designada nova audiência
de instrução e julgamento, cujo termo encontra-se lançado às fls. 1.328/1.329.
VOLUME VI
Certidão lançada à fl. 1.354 dá conta da inexistência de custas judiciais pendentes de recolhimento.
É o relatório. Decido.
Ab initio, é de todo lamentável reconhecer que a presente ação tramita há longos 11 (onze) anos sem a
consequente e necessária entrega da tutela jurisdicional, mormente quando se tem como diretriz basilar da
garantia do processo justo, o princípio constitucional da razoável duração do processo.
Pois bem.
Tendo sido arguida preliminar na contestação apresentada às fls. 487/500, passo a enfrentá-la
antecipadamente ao meritum causae:
Sustentam que a parte autora visa a restituição de sua alegada posse, sem, todavia, ter apresentado o
georreferenciamento do imóvel objeto da presente ação, a fim de permitir a escorreita localização do
imóvel no espaço físico, a despeito de tratar-se de peça essencial para o enfrentamento da lide.
Isto porque, a despeito de tratar-se de documento relevante, especialmente no tipo de ação proposta,
tenho que os documentos apresentados às fls. 26/30, a despeito de não mitigarem a necessidade de
apresentação do georreferenciamento do imóvel, atendem ao objetivo de, precisamente, delimitar a área
objeto da lide. Ademais disso, os documentos constantes de fls. 1.049/1.052 suprem, na medida do
possível, a ausencia do georreferenciamento, pelas mesmas razões que anteriormente alinhavei.
Diante disso, indefiro a prefacial e passo a enfrentar a pretensão da parte autora, cabendo, pois, ser
analisado se a mesma preenche, ou não, os requisitos necessários ao reconhecimento da posse agrária
aventada.
DO MÉRITO
Cuidam os presentes autos de ação de reintegração de posse intentada por JOÃO SOARES LEITE e
724
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
ILDENICE SILVA LEITE em face de MILTON LISBOA DA SILVA, EDILSON SILVA, ELIETE, JOÃO
SANTOS (conhecido por ¿Machadeiro¿), NEGÃO, CHAPADÃO, DAGOBAL, PICOLÉ, BERNARDO e
OUTROS.
Alegam os autores, em síntese, que se faz necessária a tutela jurisdicional com vistas a concessão da
reintegração de posse em desfavor dos requeridos, a fim de obter a restituição da posse sobre o imóvel
rural descrito na exordial, que teria sido objeto de esbulho possessório.
¿O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder de quem
quer que injustamente a possua ou detenha¿.
O proprietário é aquele que tem o poder-dever de usar, usufruir e dispor do que lhe pertence conforme lhe
aprouver, bem como de reaver a propriedade do poder de quem quer que injustamente o possua ou
detenha, tendo, portanto, a tríplice faculdade, ou seja, o jus utendi, fruendi et abutendi.
Hoje se pode afirmar que com a constitucionalização do direito de propriedade, tal direito deve ser visto e
aplicado como instrumento de transformação social de forma a atender aos princípios e garantias
fundamentais inerentes à pessoa humana, visando melhoria nas condições de vida e bem-estar, em
observância ao que dispõe o art. 1º, incisos II, II e IV e art.3º, incisos I, II, III e IV da CF/1988.
Atrelado a essa diretriz, o possuidor, para obter a tutela jurisdicional de sua posse atacada, deve
demonstrar que já exercia a posse anterior mediante atividade produtiva e que cumpria de forma
satisfatória a todos os requisitos inerentes à função socioambiental da terra, previstos no art. 185 e
186 da Constituição Federal.
¿A lei garantirá tratamento especial à propriedade produtiva e fixará normas para o cumprimento dos
requisitos relativos à sua função social¿.
¿A função social é cumprida quando a propriedade rural atende, simultaneamente, segundo critérios e
graus de exigência estabelecidos em lei, os seguintes requisitos:
O direito à posse agrária é um poder-dever que obriga o seu titular, visando ao interesse social, tornar a
terra produtiva de bens, gerando emprego e renda, aproveitando de forma adequada e racional a área útil
e utilizável, atingindo níveis satisfatórios de produtividade, mantendo preservados a fauna, a flora, os rios,
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
Desse modo, pontuo que só se pode falar em posse agrária, com o consequente direito a reintegração de
posse a quem exerça sua posse com a observância de tais requisitos.
Pois bem.
No caso dos autos cabe a este juízo analisar se os requerentes exerciam a chamada posse agrária,
fundamental para o deferimento de proteção possessória.
Analisando os autos, observa-se que a parte autora não conseguiu demonstrar que, de fato, exercia no
imóvel a chamada posse agrária a quando de sua ocupação. Senão vejamos.
Os autores alegam ter adquirido a propriedade/posse do imóvel vindicado, gleba 67, com dimensão
de 4.355ha97a00ca, no pretérito ano de 2004, e que desde então exerciam a posse mansa e pacífica
do imóvel, onde desenvolviam pecuária de corte, através da criação de gado bovino da raça nelore.
Sustentam, ainda, que começaram a criar, mais precisamente 1,5 ano após a aquisição do imóvel,
cerca de 550 (quinhentas e cinquenta) vacas no local, além de terem plantado 500ha de capim para
o pasto, e de manter 08 empregados trabalhando na área do imóvel, (fl. 215).
Aduzem que no ano de 2010, portanto, 06 (seis) anos após a aquisição do imóvel, um grupo de pessoas
ocuparam ilicitamente suas terras, quando, então, ficaram impedidos de nelas entrar e continuar a
produzir.
Ocorre que, uma vez cotejados com a peça inicial, observa-se que vários dos documentos
apresentados pelos autores, tais como os de fls. 77/86 não condizem com o objeto da lide, na
medida em que boa parte deles referem-se a outro imóvel rural, a saber, Fazenda Vale do Uraim
(Gleba 70), também de propriedade dos autores, entrementes, objeto de outra ação judicial.
Registro, ademais, que os documentos apresentados pelos autores às fls. 13/21 e fls. 28/30 trazem, tão
somente, elementos acerca da dominialidade do bem, discussão afeta ao campo das ações petitórias, a
qual, nitidamente, não constitui objeto da presente ação de natureza possessória, especialmente em se
tratando de ação possessória/agrária.
Ademais, o documento de fls. 22/23 refere-se apenas a outorga de procurações; ao passo que o
documento de fls. 24/26 corresponde ao levantamento topográfico da área; em nada comprovando o
alegado exercício da posse agrária no imóvel a quando do suposto esbulho.
Por seu turno, os documentos de fls. 32/45 correspondem à declaração do ITR e a boletins de ocorrência
policial, os quais, por serem documentos autodeclaratórios, não têm o condão de comprovar o exercício
da posse agrária nos termos constitucionalmente exigidos.
Além disso, o relatório de missão policial juntado às fls. 50/56 limitou-se a atestar, em síntese, a
localização de armas no imóvel a quando da diligência; ao tempo em que o relatório policial de fls. 68/69
não foi conclusivo, tendo na oportunidade a autoridade policial requerido dilação de prazo.
Portanto, apesar das alegações trazidas, inexistem documentos robustos que demonstrem o sustentado
desenvolvimento de posse agrária no imóvel, quer, por exemplo, através da apresentação de
documentação comprobatória de vacinação ou comércio de reses, quer através de registro formal de
empregados (a partir da anotação de CTPS), ou mesmo qualquer outro meio probatório.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
Os documentos constantes às fls. 1.121/1.172 (vol. V), juntados aos autos pelo autor são, em
grande parte, datados do ano de 2018, portanto, sem qualquer relação de contemporaneidade com
o suposto esbulho sofrido, o qual teria ocorrido em março do ano de 2010 (fl. 03).
De igual modo, a ficha de vacinação fornecida pela ADEPARÁ (emissão em 14/03/2018, fl. 1.162),
nada inova a respeito da função social da terra à época da ocupação, pois, além de revelar não
haver qualquer animal cadastrado em nome dos autores (ou da propriedade rural) no imóvel
pleiteado, tem como data do cadastro e da última atualização o ano de 2015, posterior ao alegado
esbulho.
Além disso, o ITR referente ao ano de 2017 (fls. 1.136/1.139) e a licença ambiental rural emitida pela
SEMMA/Paragominas (fl. 1.172), pouco ou quase nada contribuem para a necessária demonstração
da posse agrária desempenhada no imóvel, uma vez que cuidam-se de elementos posteriores ao
sustentado esbulho possessório.
Em somatório a isso, restou evidenciado nos autos que, antes mesmo da aquisição do bem imóvel pelos
autores, já existia ocupação anterior na respectiva área, fato esse que era de conhecimento público,
inclusive dos demandantes a quando da arrematação do bem em hasta pública. Registre-se que a ação
em tela somente fora ajuizada no ano de 2010, conquanto se alegue posse do imóvel desde o ano de
2004, conforme relatado na exordial.
Nessa linha, vários são os elementos que apontam para uma ocupação pré-existente não atribuível aos
requerentes. Veja-se:
- Depoimento da TESTEMUNHA (arrolada pelo autor), RAIMUNDO VIEIRA DOS REIS (audiência de
justificação prévia do alegado, VOL. I, fls. 214/220), ocasião em que afirmou, em suma, que: 1) a quando
da aquisição do imóvel pelo autor JOÃO SOARES LEITE, a área da Gleba 67 já estava ocupada por
posseiros, fato tal que era de conhecimento do autor, fl. 217; 2) existiam casas construídas pelos
ocupantes originários, em torno de 20 (vinte), e que os mesmos desenvolviam atividade pecuária no
imóvel, em menor escala; 3) o autor chegou a indenizar os ocupantes anteriores do imóvel, e que depois
ele foi reocupado.
- Informações prestadas pelo BANCO DO BRASIL às fls. 780/782, subsidiadas dos documentos de fls.
783/820, ratificaram que os autores eram conhecedores, no momento da aquisição, que o imóvel já
encontrava-se ocupado por terceiras pessoas (fl. 797).
Paralelo a isso, em instante algum do feito restou comprovado que os autores labutaram ou mesmo
labutavam na terra a quando da suposta ocupação, de acordo com as mínimas diretrizes indicativas da
função social da propriedade, de modo que meras alegações desacompanhadas de indícios concretos de
prova inviabilizam a proteção possessória agrária nessa oportunidade.
Melhor sorte não assiste aos requerentes quanto às provas produzidas em audiência de instrução
e julgamento.
Em depoimento prestado pelo perito do juízo, Sr. FRANCISCO VÉCIO, o mesmo afirmou que em
diligência realizada na área do litígio não vislumbrou a existência, por parte do autor, do desenvolvimento
de atividade produtiva.
Por sua vez, o autor JOÃO SOARES LEITE confessou que tinha conhecimento da existência de
terceiras pessoas na área do imóvel quando da arrematação e que chegou a indenizar
aproximadamente 90% dos ocupantes, especialmente porque o restante, cerca de 30 (trinta)
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
pessoas, não teriam aceitado indenização, já que tinham interesse na terra, não tendo, portanto,
comprovado a existência de produtividade da área à época da ocupação.
Em suma, as provas trazidas aos autos pelos autores são insuficientes para a demonstração do
atendimento dos requisitos que caracterizam a posse agrária, restando inobservada em seus
aspectos econômico, ambiental e social.
Portanto, inexistem nos autos quaisquer outras provas que demonstrem o efetivo exercício de
posse agrária pelos autores a quando do alegado esbulho possessório.
Dito de outro modo, observa-se que, em instante algum dos autos, os autores conseguiram se desincumbir
de seu ônus processual, de modo que não lograram provar serem possuidores agrários do imóvel objeto
da disputa, e que ali desenvolviam atividade contemporânea à ocupação, apta à salvaguarda da proteção
possessória. Ao revés disso, basearam sua pretensão tão somente em alegações e documentos inaptos a
demonstrar o desempenho de posse agrária sobre a área de pretensão.
Portanto, não há dúvidas no sentido de que os autores não são merecedores do provimento jurisdicional
que pleiteiam, uma vez que nitidamente não demonstraram exercer qualquer tipo de posse agrária na área
objeto do litígio.
Isso porque, repise-se, para que se possa falar em posse agrária, com o direito de o possuidor obter a
tutela jurisdicional, deve ficar demonstrado que o mesmo já exercia a posse anterior mediante atividade
produtiva e que cumpria de forma satisfatória a todos os requisitos inerentes à função sócio-ambiental da
terra, previstos no art. 185 e 186 da Constituição Federal, fatos que, como asseverei, não restaram
comprovados.
Observa-se que o caput do art. 186 da CF/88 possui um regime de elementos dirigidos para a função
social do imóvel rural. Complementando isso, o § 1º do art. 1228 do CCB afirma que o direito de
propriedade deve ser exercido em conformidade com o citado dispositivo constitucional, pelo que, não
sendo exercido o direito à propriedade segundo essas regras, não possui o titular do mesmo condições de
buscar a proteção possessória pelo só fato de alegar o proprietário do bem, uma vez que esta proteção
deve ficar condicionada ao exercício de acordo com os regramentos estabelecidos constitucional e
legalmente.
Nesse diapasão, não pode, sob o ponto de vista do direito agrário, ser a propriedade considerada um
direito absoluto, do qual, necessariamente, decorrerá o direito a proteção possessória, haja vista que, não
cumprindo o imóvel sua função social, não há que se falar na possibilidade de reconhecimento da
proteção possessória.
Desse modo, observa-se, à luz do direito agrário, que os requerentes não demonstraram serem
possuidores agrários do bem.
Assim, ante a não demonstração de posse agrária, não existe a possibilidade de ser deferida a
pretensão possessória especial (reintegração de posse agrária) em favor dos autores.
PRELECIONA SER O BEM EM LITÍGIO DA UNIÃO. DEMANDA TIDA COMO COLETIVA (CONFLITO
AGRÁRIO), TANTO EM DECORRÊNCIA DA NATUREZA DAS PESSOAS, QUANTO PELO INTERESSE,
DE UMA ÁREA EM QUE HÁ ATIVIDADE RURAL. DISCUSSÃO SOBRE POSSE AGRÁRIA.
NECESSIDADE DE ATENDIMENTO A FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE RURAL, POR FORÇA DO
ART. 186, INCISOS I A IV, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. LAUDOS QUE ATESTAM QUE A
PROPRIEDADE NÃO ESTÁ CUMPRINDO SUA FUNÇÃO SOCIAL. RECURSO CONHECIDO E
IMPROVIDO. I- O Órgão Ministerial de 1º e 2º Graus e a sentença atacada sustentaram que a área objeto
do presente litígio não pertence aos autores/apelantes, eis que o ITERPA (fls. 877) afirmou não haver
qualquer registro de título no nome destes, tampouco no nome dos apelados, o que significa dizer que o
bem se caracteriza como bem dominical, tanto, que há nos autos um título falso adquirido pelo apelante
para fundamentar a posse da área objeto do presente litígio, conforme se verifica às fls. 474, o que por
certo, impossibilitaria o manejo da ação possessória, já que as partes seriam meros detentores e não
possuidores do bem em litígio. II- A presente demanda é tida como coletiva, razão pela qual deve se
discutir a posse agrária como reflexo da propriedade. Nesses termos, há de se dizer que não existe
possibilidade do direito de propriedade rural sem a observância da função social, sem o exercício da
atividade agrária, a mesma coisa se fala da posse agrária. Deste modo, entende-se que onde a
propriedade agrária não é possível, a posse também. III- No caso dos autos, observa-se a existência de
laudos que atestam que a propriedade não está cumprindo sua função social. Ressaltando apenas que a
função social não se resume a exploração econômica do bem, mas, sobretudo, como um instrumento que
assegure uma existência digna, sustentável e de acordo com os ditames da justiça social, de modo que os
benefícios sejam sempre em favor de terceiros. IV- Assim, mesmo que fosse desconsiderado o fato de o
bem ser da União, o que se fala apenas como título de informação, e, portanto, ser dos apelantes, sendo
eles ¿possuidores¿ da área objeto em litígio, não cumprindo eles a função social devidamente, não há que
se falar em reintegração de posse. V- Conheço do recurso, porém nego-lhe provimento, para manter na
íntegra a decisão atacada. (Apelação nº 20113026946-3, Rel. Desa. Gleide Pereira de Moura ¿ DJ de
09/05/2014).
Corroborando a asserção de que em casos como esse não há que se falar em proteção possessória
agrária, manifesta-se a doutrina de Benedito Ferreira Marques:
Posta, assim, a relação entre a posse e a propriedade, o proprietário de terras ociosas, que deixa de
cumprir a função social ¿ exercitando as faculdades de que se compõe o domínio ¿ não estaria, em tese,
legitimado ao exercício dos interditos possessórios, em face das ocupações coletivas, que, para os
ocupantes, são justificadas exatamente pela ociosidade do proprietário.
Agora, porém, diante do novo conceito de propriedade no direito positivo brasileiro ¿ consubstanciado no
art. 1228 e seu respectivo § 1º do Código Civil -, a teoria objetiva da posse formulada por Jhering há de
ser concebida sob nova ótica, no sentido de que a propriedade que não cumpre a função social não
pressupõe posse e, nesse caso, não há falar em proteção jurídica da posse, muito menos como corolário
da propriedade.
É consensual, entre os jusagraristas, o entendimento de que um dos princípios básicos do Direito Agrário
é a supremacia da posse sobre o título de propriedade, justamente porque somente com a posse se
viabilizam as atividades agrárias, e somente estas dão efetividade ao cumprimento da função social da
propriedade. Não é sem propósito que se diz que a posse agrária é sempre direta. Inexiste posse agrária
indireta, diferentemente do que ocorre com a posse civil. (grifei). (MARQUES, Benedito Ferreira. Direito
Agrário Brasileiro. 9ª Ed. São Paulo: Atlas, 2011, p. 47).
Desse modo, como os autores não comprovaram a posse agrária, não podem se valer da proteção
possessória daí advinda, pois esta só pode ser deferida a quem verdadeiramente exerça essa posse
especial, o que não é o caso dos autos. Arrematando esse posicionamento, temos o magistério de
Benedito Ferreira Marques:
Afinal ¿ como se disse em outra passagem - o novo conceito de propriedade exige o cumprimento da
função social, e esta somente se viabiliza pelo exercício direto da posse, pelo que há de concluir que a
posse agrária se insere no contexto da função social da propriedade. (MARQUES, Benedito Ferreira.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
Assim, não tendo os autores comprovado a existência de posse agrária, outra alternativa não resta que
não seja a improcedência do pedido de reintegração de posse constante da exordial.
Diante do exposto, JULGO IMPROCEDENTE o pedido de reintegração de posse formulado na inicial, nos
termos da fundamentação.
Quanto ao pedido contraposto de que seja declarada a posse dos requeridos, não merece
acolhimento, uma vez que a parte requerida, tal qual a parte autora, em instante algum logrou
comprovar, no decorrer da instrução, de que anteriormente ao ajuizamento da demanda produziam
na terra, em conformidade com os ditames caracterizadores da função social, na medida em que
deixaram de juntar, apesar de oportunizados na contestação e em alegações finais, documentos
hábeis à finalidade pleiteada, com o que, então, poderia vir a ser acolhido o pedido formulado de
forma contraposta..
Ante tais razões, rejeito o pedido contraposto formulado pela parte demandada, nos termos da
fundamentação.
Tendo havido sucumbência recíproca, deve ser realizada a distribuição proporcional dos ônus
sucumbenciais, pelo que, condeno o autor em 50% das custas processuais, ex vi do art. 85 e seguintes do
CPC e os requeridos em 50%, nos moldes do dispositivo citado. No que toca aos honorários advocatícios,
pelas mesmas razões acima invocadas, deve cada uma das partes arcar com os honorários de seus
advogados. Registro que a condenação sucumbencial dos requeridos ficará sob condição suspensiva de
exigibilidade, nos termos do art. 98 § 3º do CPC, uma vez que se tratam de pessoas pobres no sentido da
lei.
Juiz de Direito
PROCESSO N° 0007800-56.2018.8.14.0043
JOÃO COSTA
DECIS¿O.
Por ocasião da audiência de fls. 309/311 (vol. I), dentre outras deliberações, foi deferido o pedido de
liminar de reintegração de posse e citados os requeridos para querendo, contestarem a ação.
Conforme assentado no termo da referida audiência, ocupa o polo ativo da presente ação a ASSOCIAÇ¿O
DOS MORADORES DO ASSENTAMENTO AGROEXTRATIVISTA ACUTIPEREIA ¿ ASMOGA, e o polo
passivo os seguintes senhores:
Na própria audiência de fls. 309/311, o requerido 4) JO¿O BATISTA CORTES requereu a apresentação
de contestação, remetendo-se à peça de defesa já apresentada anteriormente nos autos, a saber a
constante às fls. 71/79.
O requerido 3) JO¿O ANTÔNIO SILVA DA COSTA apresentou contestação às fls. 342/345, juntando os
documentos de fls. 346-A/348.
O requerido JO¿O BATISTA CORTES informou às fls. 396/413 a interposição de agravo de instrumento.
Decisão de fl. 422 deste juízo a quo manteve a decisão por seus próprios fundamentos. Decisão do juízo
ad quem, juntada às fls. 438/441, negou o efeito suspensivo pleiteado pelo recorrente.
Réplicas apresentadas pela Associação autora às fls. 427/429; 430/432; e 433/435. Réplica apresentada
pela Defensoria Pública, que atua no feito na condição de custus vulnerabilis et plebis, às fls. 444/449.
Mandado de reintegração de posse liminar não cumprido nos termos do quanto certificado, à fl. 442,
pela oficiala de justiça deste juízo.
Decisão de fl. 451 determinou a intimação das partes, da DP e do MP para que especificassem provas e
apresentassem questões de direito que entendessem relevantes.
A Defensoria Pública se manifestou às fls. 453/455 e o Ministério Público à fl. 456, tendo as partes
autora e ré quedado-se inertes, conforme certificado à fl. 461.
O ITERPA se manifestou à fl. 462/518 informando não possuir interesse em compor a lide, colocando-se,
entretanto, à disposição para colaborar na condição de amicus curiae.
Pois bem.
Por ocasião da audiência de justificação prévia (fls. 309/311 ¿ vol. I) foi determinada a intimação do
ITERPA, dentre outros entes, para que informasse ao juízo se possuía interesse no presente feito.
Por ocasião da manifestação de fls. 453/455, a Defensoria Pública Agrária, que atua no feito na qualidade
de custus vulnerabilis et plebis, pleiteou no item 3 de sua petição a intimação do ITERPA para informar se
teria interesse na lide, sob os argumentos que especificou.
Instado, o ITERPA se manifestou conclusivamente à fl. 462, informando que ¿por se tratar de questão
exclusivamente possessória, o ITERPA se manifesta pelo desinteresse de compor a lide na condição
de parte. ¿
Na oportunidade, o ITERPA ainda informou ao juízo que ¿em razão do domínio público e da concessão de
uso em favor da associação demandante, propõe colaborar na condição de Amicus Curiae¿
Pois bem.
ninguém é obrigado a exercer ou deixar de exercer os direitos que porventura lhe caibam. Neste sentido,
não é dado ao juiz impor a ampliação subjetiva da demanda.
Quanto à participação no feito do ITERPA na condição de amicus curiae, prevê o artigo 138 do CPC:
Art. 138. O juiz ou o relator, considerando a relevância da matéria, a especificidade do tema objeto
da demanda ou a repercussão social da controvérsia, poderá, por decis¿o irrecorrível, de ofício ou
a requerimento das partes ou de quem pretenda manifestar-se, solicitar ou admitir a participação de
pessoa natural ou jurídica, órgão ou entidade especializada, com representatividade adequada, no
prazo de 15 (quinze) dias de sua intimação. Grifo nosso.
Exige-se nesse caso a existência de representatividade adequada, ou seja, que o terceiro demonstre ter
um interesse institucional na causa [...]. Por interesse institucional, compreende-se a possibilidade
concreta do terceiro em contribuir com a qualidade da decis¿o a ser proferida, considerando-se
que o terceiro em grande experiência na área à qual a matéria discutida pertence. ¿ Grifo nosso.
Considerando a especificidade do tema objeto da demanda, em que a associação autora fundamenta seu
direito, dentre outras fontes, no Decreto n. 579/12 (fls.35/37), o qual, no seu artigo 5º, definiu a
competência do ITERPA e do IDEFLOR para promover o cumprimento do Decreto; bem como
considerando a representatividade do ITERPA acerca da temática dos contratos de direito real de uso,
admito a participação do ITERPA no feito na qualidade de amicus curiae, permitindo-lhe
manifestação escrita nos autos, ex vi do artigo 138, caput e parágrafos, do CPC/15.
Por ocasião da apresentação das contestações (fls. 71/79; fls. 342/345; e fls. 349/367), os réus aduziram
preliminares, bem como o requerido Jorge de Souza Leal pleiteou o deferimento de gratuidade de justiça.
Passo a enfrentar as preliminares para, depois, apreciar o pedido de gratuidade veiculado.
1. Preliminar de falta de interesse processual e legitimidade ativa ¿ fl. 72; fl. 342v; e fl.
352/355.
Os requeridos João Batista Cortes, João Antônio Silva da Costa e Jorge de Souza Leal aduziram que
faleceria interesse processual à parte autora na medida em que esta, segundo alegaram os réus, não
exerceria a posse do imóvel objeto da lide previamente ao alegado esbulho, tendo fundamentado seu
pedido de reintegração de posse tão somente no direito real de uso do imóvel sob litígio que detém.
A preliminar não merece prosperar na medida em que se confunde com o próprio mérito da demanda,
quando, então, avaliar-se-á se a parte demandante é ou não possuidora agrária do bem.
2. Preliminar de ilegitimidade passiva ad causam ¿ fl. 74; fl. 343; e fl. 355
Os requeridos João Batista Cortes, João Antônio Silva da Costa e Jorge de Souza Leal aduziram, ainda,
que não teriam participação em quaisquer atos de esbulho, de forma que lhes faleceria legitimidade para
ocupar o polo passivo da lide.
Uma vez mais não merece prosperar a preliminar na medida em que a alegação trazida pelos réus se
confunde com o próprio mérito da ação, de forma que no momento processual oportuno, após instrução
processual, será objeto de análise por este juízo a ocorrência ou não de esbulho por parte dos requeridos
arrolados na Inicial.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
Dando seguimento ao saneamento do feito, observo que por ocasião de sua contestação (fls. 349/367) o
requerido JORGE DE SOUZA LEAL requereu a concessão dos benefícios da justiça gratuita, anexando
tão somente a declaração de fl. 370 no sentido de não possuir condições econômicas para arcar com
custas e honorários advocatícios sem prejuízo do seu sustento e da sua família.
Inexistindo em sua qualificação menção à sua profissão atual, bem como tendo o mencionado requerido
aduzido ao juízo em sua contestação (fls. 358 e 375) que no ano de 2015 teria adquirido imóvel rural no
importe de 65.000,00 (sessenta e cinco mil reais), bem como contratado no ano de 2017 a realização de
memorial descritivo confeccionado por engenheiro florestal, entendo que não se encontra, pelo menos
nessa análise preliminar, suficientemente demonstrada nos autos a hipossuficiência que o requerido
alegar possuir, para fazer jus aos benefícios da gratuidade de justiça que requer.
Nesse sentido, determino que seja o requerido JORGE DE SOUZA LEAL intimado por seu advogado
para juntar aos autos, no prazo de 15 (quinze) dias, documentação comprobatória de sua ocupação
atual, bem como da renda e despesas que ordinariamente possui, desincumbindo-se, desta feita, de
seu ônus de demonstrar que se enquadra dentre os beneficiários da justiça gratuita; sob pena de
indeferimento do referido pedido.
Ante o exposto, temos que o processo está em ordem. As partes são legítimas, estão legalmente
representadas, demonstrando legítimo interesse na causa, nada havendo mais o que sanar.
As questões de direito relevantes dizem respeito a análise da observância dos requisitos da função social
da posse em relação ao imóvel objeto do litígio.
Por ocasião da Decis¿o de fl. 451 determinei a intimação das partes, da DP, e do MP para que
especificassem provas.
A Defensoria Pública (custus vulnerabilis) se manifestou às fls. 453/455 e o Ministério Público (custus
legis) à fl. 456, tendo as partes autora e ré quedado-se inertes, conforme certificado à fl. 461.
Pugnou a Defensoria Pública pelo depoimento pessoal dos requeridos, pela oitiva de testemunhas, e pela
juntada de prova documental.
Defiro o pedido formulado no tocante à produção de prova testemunhal, conforme dispõem o art. 442 e
ss. do CPC, devendo a Defensoria Pública, no prazo de 05 (cinco) dias, depositar em Secretaria o
respectivo rol, contendo as informações previstas no art. 450 do CPC. Uma vez depositado referido rol,
intimem-se pela via judicial, na forma do artigo 455, parágrafo 4º, IV, do CPC
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
Defiro o pedido formulado no tocante à juntada de eventuais novos documentos, desde que observado
os limites estabelecidos pelo art. 435 do CPC/15, sem prejuízo da juntada de novos documentos por
ordem judicial, nos termos do art. 370 do CPC/15.
Pugnou o Ministério Público pelo depoimento pessoal das partes, pela oitiva de testemunhas, e pela
juntada de prova documental.
Quanto ao pedido de depoimento pessoal da parte autora, diante da peculiaridade da causa, com
multiplicidade de pessoas no polo ativo, deve ser deferido observando-se a seguinte regra: o Ministério
Público deve indicar até no máximo 05 (cinco) autores a fim de interrogá-los na audiência de instrução e
julgamento, devendo a indicação ocorrer por meio de petição, no prazo de 05 (cinco) dias, observando-se,
em tudo, o que preceitua o art. 385 do CPC.
Consigno que foi deferida, nesta oportunidade, a colheita de até cinco depoimentos pessoais dos autores,
quantitativo dissonante das decisões reiteradas desta vara, que ordinariamente oportuniza a colheita de
até três depoimentos pessoais das partes que ocupam o polo multitudinário das demandas, em razão do
princípio da simetria e da paridade de armas, na medida em que ocupam o polo passivo da presente
demanda cinco requeridos, tendo sido deferido por este juízo a colheita do depoimento pessoal dos
mesmos.
Uma vez declinados os nomes dos autores nos termos acima, intimem-se pessoalmente a fim de que
compareçam à audiência de instrução e julgamento, observando-se, em tudo, o que preceitua o art. 385
do CPC, em especial ao que prevê o § 1º do citado dispositivo que trata da pena de confesso.
Defiro o pedido formulado no tocante à produção de prova testemunhal, conforme dispõem o art. 442 e
ss. do CPC, devendo o Ministério Público, no prazo de 05 (cinco) dias, depositar em Secretaria o
respectivo rol, contendo as informações previstas no art. 450 do CPC. Uma vez depositado referido rol,
intimem-se pela via judicial, na forma do artigo 455, parágrafo 4º, IV, do CPC
Defiro o pedido formulado no tocante à juntada de eventuais novos documentos, desde que observado
os limites estabelecidos pelo art. 435 do CPC/15, sem prejuízo da juntada de novos documentos por
ordem judicial, nos termos do art. 370 do CPC/15.
Ratifico, na oportunidade, às partes, à Defensoria Pública (custus vulnerabilis) e ao Ministério Público, que
o presente feito tem caráter possessório e, como tal, será julgado levando-se em conta o exercício de
atividade possessória agrária na área do litígio. De igual modo, esclareço que em processos dessa
natureza, conforme reiteradas decisões deste juízo, a análise da observância da função social será feita
sob a ótica da razoabilidade e da proporcionalidade, quando o julgador, na solução dos conflitos, poderá,
no caso concreto, deixar de analisar com rigor milimétrico cada um dos requisitos consti-tucionais da
função social, buscando, assim, dar primazia ao exercício de posse produtiva.
Fica designada audiência de instrução e julgamento para o dia 1º/02/2022, às 09h, a ser realizada na
comarca de Portel.
Oficie-se à Câmara Municipal de Portel a fim de que disponibilize, em colaboração com este Juízo
Agrário, sala apropriada, com equipamentos de informática com vistas a realização do ato processual.
Oficie-se ao Comando Geral da Polícia Militar a fim de que encaminhe guarnição ao Fórum de Portel na
data da audiência, a fim de garantir a segurança do ato, devendo a equipe apresentar-se ao Magistrado
Presidente do ato processual, observando o horário designado para o início da audiência.
Por fim, determino que a Secretaria deste juízo CERTIFIQUE, em complementação à certidão de fl. 264,
se houve manifestações dos entes oficiados por determinação da Decis¿o de fls. 151/154. Caso algum
dos entes tenha se quedado inerte, REITERE-SE A INTIMAÇ¿O, nos termos consignados na referida
Decis¿o, fazendo constar no expediente que trata-se de reiteração bem como que o mesmo possui o
dever legal de contribuir para a razoável duração dos processos, prestando as informações solicitadas
pelo juízo no prazo assinalado.
Determino ainda que a Secretaria certifique, antes da realização da audiência de instrução, quanto
ao cumprimento ou não das diligências deferidas na presente decis¿o.
Cumpra-se.
[1] Neves, Daniel Amorim Assumpç¿o. Manual de Direito Processual Civil, volume único. 8.ed. Salvador.
Ed. JusPodivm, 2016, pág. 305.
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COMARCA DE BARCARENA
AÇ¿O DE ADOÇ¿O
Processo Nº 0013530-90.2017.8.14.0008
TERMO DE AUDIÊNCIA
Aos 15 (quinze) dias do mês de setembro (09) do ano de dois mil e vinte e um (2021), às 09:30 horas, na
sala de audiências da 1ª Vara Cível e Empresarial da Comarca de Barcarena, Estado do Pará, presente a
Magistrada CARLA SODRÉ DA MOTA DESSIMONI, Juíza de Direito titular da 1ª Vara Cível e
Empresarial de Barcarena/PA, comigo, Auxiliar Judiciária, a seu cargo. Aberta a audiência e apregoadas
as partes, verificou-se as ausências dos requerentes e de seu Advogado, n¿o tendo informaç¿o nos autos
de que o despacho de fl. 61 tenha sido publicado no DJE; ausentes os requeridos. Em seguida, a Juíza
proferiu a seguinte DELIBERAÇ¿O EM AUDIÊNCIA: ¿1. Considerando que n¿o há comprovaç¿o nos
autos de que o Advogado dos requerentes tenha sido intimado para comparecer ao ato, designo
nova audiência para o dia 01/02/2022 às 09:00 horas, 2. Renovem-se as diligencias¿. E nada mais
havendo, a MM. Juíza deu por encerrado o presente termo, que vai devidamente assinado por todos. Se
necessário, servirá o presente como MANDADO/OFÍCIO/CARTA PRECATÓRIA. Eu, Rodrigo Oliveira
Bail¿o, _________, Auxiliar Judiciário, digitei e subscrevi.
Juíza de Direito:
DELIBERAÇÃO EM AUDIÊNCIA: ¿1. Defiro o prazo de 05 dias para a juntada de substabelecimento por
parte da Advogada do requerente; 2. Considerando a certidão de ID. nº 34423511, redesigno a audiência
para o dia 15 de fevereiro de 2022, às 11:00 horas; 3. Renovem-se as diligências; 4. Cientes os
presentes¿. E nada mais havendo, o Magistrado deu por encerrado o presente termo, que vai
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À Excelentíssima Senhora
Senhora Advogada,
Em cumprimento ao determinado pelo Dr. ÁLVARO JOSÉ DA SILVA SOUSA. MM. Juiz de Direito, Titular
da Vara Criminal de Barcarena/PA, intimo Vossa Excelência para que compareça perante a Sala de
Audiências da Vara Criminal de Barcarena/PA, sito a Prédio do Fórum ¿Des. Inácio de Souza Moitta¿,
sito à Av. Magalhães Barata, s/n ¿ Barcarena/PA, no dia 31 DE JANEIRO DE 2022, ÀS 11H:00MIN,
para audiência de Instrução e Julgamento, designada nos autos do Processo n.º 0074795-
64.2015.8.14.0008, capitulado no Art. 12, Caput, da Lei 10826/03 e art.21 do DL n.º3688, n. f. art.7º, I,
da Lei n.º 11.340, em que figura como acusado: JOSÉ ANDERSON PEREIRA RIBEIRO e Vítima: F. R. F.
E para que não alegue ignorância, mandou expedir a presente Carta de Intimação que será publicada no
Diário de Justiça Eletrônico e na Sede deste Juízo. Eu, (MABotelho), Auxiliar Judiciária, digitei.
À Excelentíssima Senhora
Senhora Advogada,
Em cumprimento ao determinado pelo Dr. ÁLVARO JOSÉ DA SILVA SOUSA. MM. Juiz de Direito, Titular
da Vara Criminal de Barcarena/PA, intimo Vossa Excelência para que compareça perante a Sala de
Audiências da Vara Criminal de Barcarena/PA, sito a Prédio do Fórum ¿Des. Inácio de Souza Moitta¿,
sito à Av. Magalhães Barata, s/n ¿ Barcarena/PA, no dia 31 DE JANEIRO DE 2022, ÀS 11H:30MIN,
para audiência de Instrução e Julgamento, designada nos autos do Processo n.º 0107843-
14.2015.814.0008, capitulado no art. 129, §9º do CPB, c/c a Lei n.º 11.340/06, no qual é acusado SUN
HO YOON e vítima: SONIA MARIA MAGNO YOON.
E para que não alegue ignorância, mandou expedir a presente Carta de Intimação que será publicada no
Diário de Justiça Eletrônico e na Sede deste Juízo. Eu, (MABotelho), Auxiliar Judiciária, digitei.
Ao Excelentíssimo Senhor
Senhor Advogado,
Em cumprimento ao determinado pelo Dr. ÁLVARO JOSÉ DA SILVA SOUSA. MM. Juiz de Direito, Titular
da Vara Criminal de Barcarena/PA, intimo Vossa Excelência, a fim de que compareça perante este
Juízo, Sala de audiências da Vara Criminal da Comarca de Barcarena/PA(Prédio do Fórum ¿Des.
Inácio de Souza Moitta¿, sito à Av. Magalhães Barata, s/n ¿ Barcarena/PA), no DIA 31 DE JANEIRO
DE 2021, ÀS 12:00 HORAS, COM 30 MINUTOS DE ANTECEDÊNCIA, para Audiência de Instrução e
Julgamento, designada nos autos do Processo n.º 0122844-39.2015.814.0008, capitulado no Art. 129, §
9º do CPB, n. f. art. 7º, I da Lei 11.340/06, em que figura como acusado: MARIVALDO FIGUEIRA
PEREIRA e Vítima: RAIANE MENDES RIBEIRO.
E para que não alegue ignorância, mandou expedir a presente Carta de Intimação que será publicada no
Diário de Justiça Eletrônico e na Sede deste Juízo. Eu, (MABotelho), Auxiliar Judiciária, digitei.
INTIMAÇÃO DE ADVOGADO(A): Dra. JÉSSICA GABRIEL PICANÇO ARAÚJO ¿ OAB/PA n.º 18.946
Advogado(s) do(a) denunciado(a): Dra. JÉSSICA GABRIEL PICANÇO ARAÚJO ¿ OAB/PA n.º 18.946
Fica Vossa Senhoria INTIMADA nos autos do referido processo, que tramita neste Juízo, da audiência de
instrução e julgamento a ser realizada no dia 01/02/2022, ÀS 10:00 HORAS, no Fórum desta Comarca de
Santa Maria do Pará.
E em razão dos efeitos da pandemia o ato poderá ser realizado pela plataforma de videoconferência
Microsoft Teams, regularmente contratada pelo Tribunal de Justiça do Pará, que deverá ser baixada e
instalada, por meio do seguinte endereço eletrônico: https://www.microsoft.com/pt-br/microsoft-
365/microsoft-teams/download-app. O programa ou aplicativo pode ser utilizado em qualquer celular ou
computador com câmera e acesso à internet. Solicita-se que se realize o download a fim de possibilitar
audiência virtual. INTIMANDO-OS, ainda, que as testemunhas de defesa, deverão fornecer os respectivos
dados eletrônicos, tais quais: endereço de e-mail, número de telefone celular e número utilizado no
aplicativo Whatsapp, COM ANTECEDÊNCIA PELO MENOS 03 (TRÊS) DIAS, ANTES DA DATA
INDICADA DA AUDIÊNCIA, a fim de facilitar a comunicação e operacionalização do ato. A priori será
procedida à oitiva de cada testemunha em sua respectiva residência ou local de trabalho, comprometendo-
se esta, salvo motivo justificável, a estar disponível para acesso no dia e hora que serão designados por
este Juízo. O link da audiência será enviado, para o email e ou whatsapp fornecido, caso testemunhas não
consigam acessar o link da audiência, deverão entrar em contato com Fórum através do email:
[email protected] ou telefone 91 98567-5102 ou 3442-1142, ocasião em que serão
orientadas quanto ao acesso ou se deverão comparecer ao Fórum. Na hipótese das testemunhas
comparecerem presencialmente, será permitida a entrada no Fórum de uma vítima/testemunha por vez
(salvo se menor de idade, quando será permitida a entrada do responsável), sendo imprescindível a
utilização de máscaras e apresentação do documento de identificação, uso de álcool gel, e todos os
demais procedimentos necessários à prevenção da transmissão da COVID-19.
O Dr. SÁVIO JOSÉ DE AMORIM SANTOS, Juiz de Direito respondendo pela Comarca de Santa Maria do
Pará. Estado do Pará, etc.
FAZ SABER, aos que lerem ou dele tomarem conhecimento que pela Dra. Francys Lucy Galhardo do
Vale, Promotora de Justiça desta Comarca, foi denunciado ROBSON SANTOS PAIVA, brasileiro, natural
de São Domingos do Capim/PA, solteiro, servente, nascido em 10/12/1989, filho de Raimundo da
Conceição da Silva e de Maria Benedita dos Reis da Silva, residente anteriormente na Rodovia BR 010,
Km 21, Zona Rural, Mãe do Rio/PA, e atualmente em lugar incerto e não sabido, com incurso nos arts.
309 e 301 do CTB (Proc. n.º 0004829-32.2013.814.0057). E como este não foi encontrado para ser
CITADO pessoalmente, expede-se o presente EDITAL com prazo de 15 (quinze), para que o denunciado
oferecer resposta à acusação, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias. Na resposta, consistente de
defesa preliminar, poderá o denunciado arguir preliminares e invocar todas as razões de defesa, oferecer
documentos e justificações, especificar as provas pretendidas e arrolar testemunhas, qualificando-as e
requerendo sua intimação, quando necessário (art. 396-A). Ficando ciente que, não apresentada resposta
no prazo acima referido, ser-lhe-á designado Defensor Público a esta Comarca para a defesa do
denunciado. E para que segue ao conhecimento do denunciado esta citação, mandei lavrar o presente
Edital, que será afixado nos locais de costume. Santa Maria do Pará, aos 06 dias do mês de dezembro do
ano de 2021. Eu __________ (Geciane de Araújo Silva) Auxiliar Judiciária, que digitei.
EDITAL DE CITAÇÃO de FRANCISCO EDSON BATISTA DE OLIVEIRA, com prazo de 15 (quinze) dias.
O Dr. SÁVIO JOSÉ DE AMORIM SANTOS, Juiz de Direito respondendo pela Comarca de Santa Maria do
Pará. Estado do Pará, etc.
FAZ SABER, aos que lerem ou dele tomarem conhecimento que pelo Dr. Acenildo Botelho Pontes,
Promotora de Justiça desta Comarca, foi denunciado(a) FRANCISCO EDSON BATISTA DE OLIVEIRA,
brasileiro(a), paraense, nascido em 17/10/1980, filho de Raimundo Querino de Oliveira e de Maria Rosalva
Batista de Oliveira, residente anteriormente na Primeira Rua do Bairro Marilândia (próximo a Mercearia do
Valentim), nesta cidade, e atualmente em lugar incerto e não sabido, com incurso no art. 180, caput, do
Código Penal (Proc. n.º 0004266-28.2019.814.0057). E como este(esta) não foi encontrado(a) para ser
CITADO(A) pessoalmente, expede-se o presente EDITAL com prazo de 15 (quinze), para que o(a)
denunciado(a) responda à acusação, por escrito e por meio de advogado, no prazo de 10 (dez) dias,
arguir preliminares e alegar tudo o que interesse à sua defesa, oferecer documentos e justificações,
especificar as provas pretendidas e arrolar testemunhas, qualificando-as e requerendo sua intimação,
quando necessário. Ficando ciente que, não apresentada resposta no prazo acima referido, ser-lhe-á
designado Defensor Público a esta Comarca para a defesa do(a) denunciado(a). E para que segue ao
conhecimento do(a) denunciado(a) está citação, mandei lavrar o presente Edital, que será afixado nos
locais de costume. Santa Maria do Pará, aos 06 dias do mês de dezembro do ano de 2021. Eu
745
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
COMARCA DE ITAITUBA
Ação Penal nº. 0803446-07.2021.8.14.0024. Autor: Ministério Público Estadual. Réus: ALBERTINO
FERREIRA DA SILVA. ADVOGADO(A): JOSEANE BORGES LOIOLA (OAB/PA 17.803-B ).
INTIMAÇÃO DO(A) ADVOGADO(A): JOSEANE BORGES LOIOLA (OAB/PA 17.803-B ), para que no
dia 21 (vinte e um) de janeiro de 2022, às 09h00min, compareça à audiência de instrução e julgamento,
na sala de audiências da Vara Criminal de Itaituba, situada na Trav. Paes de Carvalho, nº 50, Bairro
Centro, Itaituba/PA.
IRENILDA PEREIRA
Ação Penal nº. 0803446-07.2021.8.14.0024. Autor: Ministério Público Estadual. Réus: ALBERTINO
FERREIRA DA SILVA. ADVOGADO(A): BRUNO ROBERTO PEREIRA DE SOUZA (OAB/PA 13.025 ).
INTIMAÇÃO DO(A) ADVOGADO(A): BRUNO ROBERTO PEREIRA DE SOUZA (OAB/PA 13.025 ) para
que no dia 21 (vinte e um) de janeiro de 2022, às 09h00min, compareça à audiência de instrução e
julgamento, na sala de audiências da Vara Criminal de Itaituba, situada na Trav. Paes de Carvalho, nº 50,
Bairro Centro, Itaituba/PA.
IRENILDA PEREIRA
COMARCA DE TAILÂNDIA
subtÃ-tulo ¿Do Casamento¿ integrante do tÃ-tulo ¿Do Direito Pessoal¿ inserido no livro que trata do
direito de famÃ-lia. Fazendo-se uma leitura da posição topográfica, constata-se que a matéria
regulamenta a forma de proteção dos filhos pelo casal. Apesar de estar inserido no subtÃ-tulo ¿Do
Casamento¿, não deve existir qualquer óbice para a aplicação das mesmas regras aos filhos
oriundos da união estável bem como aos filhos resultante de adoção pelo casal (em decorrência de
imperativo constitucional - art. 226, §3º e art. 227, §6º, ambos da Constituição Federal).    Â
       O art. 1.583 prever duas espécies de guarda, a saber: unilateral e compartilhada. A
guarda unilateral pode ser concedida a um dos genitores ou a terceira pessoa (para as hipóteses em que
o filho não deva permanecer sob a guarda do pai ou da mãe) que revele compatibilidade com a
natureza da medida, dando preferência às pessoas que tenha grau de parentesco e as relações de
afinidade e afetividade com o menor (art. 1.584, §5º do Código Civil).            Por sua
vez, na guarda compartilhada (que sempre deve prevalecer sobre a unilateral, em especial após
alteração do Código Civil pela Lei n. 13.058/2014) os pais têm responsabilização conjunta e
devem exercitar simultaneamente os direitos e deveres concernentes ao poder familiar do filho comum. Â
          Ao lado das duas espécies de guarda prevista expressamente no Código Civil a
doutrina acrescenta a guarda alternada (o pai e a mãe revezam perÃ-odo exclusivo de guarda, razão
pela qual deve ser desestimulada em virtude de ser prejudicial ao filho) e a guarda nidação ou
aninhamento (espécie mais comum no direito europeu. O menor permanece na mesma residência que
convivia o casal - ninho -, cabendo aos pais, alternadamente, permanecer com o filho. Torne-se muito
dispendioso pelo fato da necessidade de três residências: uma para o filho e uma para cada um dos pais
separados).            Por outro lado, a guarda prevista no ECA é uma dentre as três
formas de colocação de criança ou adolescente em famÃ-lia substituta (art. 28) e visa regularizar a
posse de fato de criança ou adolescente por terceiros nos procedimentos de tutela e adoção por pais
brasileiros. Nessas hipóteses, a guarda é concedida no inÃ-cio ou durante a marcha processual do
processo de tutela ou adoção. Por isso que o deferimento da guarda pressupõe a prévia
decretação da perda ou suspensão do poder familiar dos pais (art. 33, §1º c/c art. 36, parágrafo
único c/ art. 41, todos do ECA).            A guarda a que se refere o Estatuto não é a
mesma do direito de famÃ-lia, que surge quando os pais se separam. Aqui a guarda é concedida a
terceiro, como uma das modalidades de colocação em famÃ-lia substituta, que poderá inclusive opor-
se à vontade dos pais (art. 33, caput). (BARROS, Guilherme Freire de Melo. Estatuto da criança e do
adolescente. 7ª. ed. - Salvador: Juspodivm, 2013, p.56). Com efeito, a guarda é inicialmente vinculada
ao pátrio poder dos pais (art. 1.634, II, do CC). Todavia, pode ocorrer a separação dos dois institutos,
por exemplo, com a separação judicial do marido e da mulher. Não é essa guarda de que trata
especificamente a lei menorista. A mesma preocupou-se com a guarda de terceiro diferente dos genitores.
A própria redação do caput do art. 33 do ECA leva a esse entendimento, já que menciona a
possibilidade de o guardião opor-se aos pais (ISHIDA, Válter Kenji. Estatuto da criança e do
adolescente: doutrina e jurisprudência. 12. ed. - São Paulo: Atlas, 2010, p. 64).           Â
Apenas excepcionalmente o ECA autoriza o deferimento da guarda como processo autônomo (fora das
hipóteses de tutela ou adoção) para atender situações peculiares ou suprir a falta eventual dos pais
ou responsável (art. 33, §2º). Sobre a matéria assim se manifestou Válter Kenji Ishida: A nominada
guarda peculiar (art. 33, § 2º, 2ª hipótese) traduz uma novidade introduzida pelo Estatuto. Visa ao
suprimento de uma falta eventual dos pais, permitindo-se que o guardião represente o guardado em
determinada situação (ex.: menor de 16 anos, cujos pais estejam em outra localidade, impedidos de se
deslocarem, e que necessita ser por eles representado para retirada de FGTS)." (ISHIDA, Válter Kenji.
Estatuto da criança e do adolescente: doutrina e jurisprudência. 12. ed. - São Paulo: Atlas, 2010, p.65)
           Portanto, percebe-se que a guarda prevista no ECA é uma forma provisória (art.
33, §1º do ECA) ou provisorÃ-ssima (art. 33, §2º do ECA) de acolher as crianças e adolescentes
afastados do convÃ-vio familiar. A provisoriedade tem fundamento ainda na revogabilidade da decisão
judicial que concede a guarda (art. 35, ECA).            Traçada as premissas acima, é
possÃ-vel concluir que a demanda ora submetida a apreciação deve sujeitar ao regime jurÃ-dico
estabelecido pelo Código Civil. à que as partes não estão discutindo a colocação do menor em
famÃ-lia substituta. Também não se trata de situação peculiar nem visa substituir eventualmente os
pais.            Pelo contrário, demandante e demandado são pais da criança, conforme
se afere da certidão de nascimento de fls. 16/17. Dessa forma, sem perder a condição de pais, as
partes litigam pleiteando a guarda da criança.            Passo, pois, a apreciar as provas
colhidas durante a instrução e definir o direito aplicável à espécie.            Na
petição inicial, de fato, a parte requerente afirmou que a menor ficou sobre os cuidados da requerente,
desde a separação do casal, há aproximadamente 03 (três) anos.            Ademais,
752
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
conclui que a criança estabeleceu forte vÃ-nculo com o grupo familiar onde vive, ou seja, rede parental
maternal. Com relação ao pai, este está em outro estado e sequer respondeu ao processo em curso,
sedo, inclusive, decretada sua revelia.            A guarda da criança deve ser decidida
prioritariamente por meio de acordo dos pais, sempre no melhor interesse da criança, dando prioridade
para a guarda compartilhada. à o que determina o art. 1.584, §§ 1º e 2º do Código Civil, verbis: Art.
1.584... § 1º Na audiência de conciliação, o juiz informará ao pai e à mãe o significado da guarda
compartilhada, a sua importância, a similitude de deveres e direitos atribuÃ-dos aos genitores e as
sanções pelo descumprimento de suas cláusulas. § 2º Quando não houver acordo entre a mãe e
o pai quanto à guarda do filho, encontrando-se ambos os genitores aptos a exercer o poder familiar, será
aplicada a guarda compartilhada, salvo se um dos genitores declarar ao magistrado que não deseja a
guarda do menor. (Redação dada pela Lei nº 13.058, de 2014).            Registre-se
que o pai, mesmo ficando sem a guarda, segundo dispõe o art. 1.589 do Código Civil, terá o direito de
visitar a criança e tê-la em sua companhia, conforme acordado com o outro cônjuge extrajudicialmente,
já que não serviu de objeto nestes autos, pode ainda fiscalizar manutenção e a educação da
criança.            Muito mais do que um direito, o pai ou a mãe desprovido da guarda tem
a obrigação de supervisionar os interesses do filho, ¿solicitando informações e/ou prestação de
contas, objetivas ou subjetivas, em assuntos ou situações que direta ou indiretamente afetem a saúde
fÃ-sica e psicológica e a educação de seus filhos¿ (art. 1.583, §5º, incluÃ-do pela Lei nº 13.058,
de 2014).            Eventual resistência dos estabelecimentos públicos ou privados em
prestar as informações solicitadas pelo não detentor da guarda sujeita-os a aplicação de pena de
multa de R$ 200,00 (duzentos reais) a R$ 500,00 (quinhentos reais) por dia pelo não atendimento da
solicitação (art. 1.585, §6º, incluÃ-do pela Lei nº 13.058, de 2014).            Aclaro. O
pai tem o direito de procurar a direção da escola e solicitar informações a respeito da regular
frequência da criança bem como o boletim escolar. A resistência da direção é ato ilÃ-cito sujeito Ã
multa. A mesma regra vale para boletins médicos e frequência da criança à clubes etc.       Â
    Assim, a guarda do menor JOAO PEDRO QUEIROZ DE MENDONÃA será unilateral à parte
autora, haja vista que já o exerce de fato, bem como ratifica-se a liminar preteritamente deferida nesse
sentido.            Quanto à filha do casal BRENDA EDUARDA MOREIRA QUEIROZ DE
MENDONÃA, esta já atingiu a maioridade, pelo que entendo pela perda do objeto quanto à sua guarda. Â
          No que diz respeito aos alimentos, ao trinômio alimentar necessidade, possibilidade
e proporcionalidade, atendendo ao melhor interesse do menor, em face da prova documental da
relação de parentesco e do reclamo deduzido na inicial, denoto que persiste a presunção da
necessidade dos alimentos. Porém, uma vez que não está comprovada a renda mensal efetiva do
réu, ratifico o arbitrado preteritamente em alimentos provisórios em favor de seus filhos no valor de 30%
(trinta por cento) do salário mÃ-nimo vigente, a ser pago à genitora dos filhos do casal, mediante recibo ou
depósito em conta bancária de titularidade desta.            Por todo exposto, julgo
PARCIALMENTE PROCEDENTE a ação, pelo que EXTINGO A PRESENTE LIDE COM
RESOLUÃÃO DO MÃRITO, por força do artigo 487, II, do Código de Processo Civil, para determinar
que: 1-     A guarda do menor JOAO PEDRO QUEIROZ DE MENDONÃA será unilateral à parte
autora; 2-     O réu pensione alimentos em favor de seus filhos no valor de 30% (trinta por cento)
do salário mÃ-nimo vigente, a ser pago à genitora dos filhos do casal, mediante recibo ou depósito em
conta bancária de titularidade desta.            Custas pelo requerido.          Â
 Ciência ao MP.            Intime-se as partes, expedindo o necessário.        Â
   Serve este, por cópia digitalizada, como mandado de citação/intimação, na forma do
provimento n. 003/2009, da CJMB - TJE/PA, com redação dada pelo Provimento n. 011/2009.    Â
       P.R.C.I            Após o trânsito em julgado, dê-se baixa e arquive-se. Â
          Tailândia-PA, 01 de dezembro de 2021.            JOSà DIAS DE
ALMEIDA JÃNIOR. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Juiz de Direito PROCESSO: 00055295420138140074
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): JOSE DIAS DE
ALMEIDA JUNIOR A??o: Processo de Execução em: 03/12/2021 EXEQUENTE:BANCO BRADESCO SA
Representante(s): OAB 15201-A - NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES (ADVOGADO)
EXECUTADO:R I NASCIMENTO DOS SANTOS. R.H. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â 1-Intime-se a parte
requerente para que se manifeste quanto ao informado na fl. 194 dos autos, no prazo de 15 (quinze) dias.
              2-Após, conclusos.               PCI          Â
    Tailândia/PA, 29 de novembro de 2021.               José Dias de Almeida
Júnior               Juiz de Direito PROCESSO: 00058907120138140074 PROCESSO
ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): JOSE DIAS DE ALMEIDA JUNIOR
A??o: Homologação de Transação Extrajudicial em: 03/12/2021 REQUERENTE:M. S. E. S.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
Secretaria, se necessário via UNAJ, a quitação das custas quanto à diligência perquirida à fl. 92.  Â
            Em caso negativo, INTIME-SE, o requerente para regularizar o ato, no prazo de
15 (quinze) dias, sob pena de extinção do processo sem julgamento do mérito.          Â
    Em caso positivo, volvam conclusos para cumprimento do ato.               P.C.I
       Tailândia/PA, 23 de novembro de 2021.               JOSà DIAS DE
ALMEIDA JÃNIOR Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Juiz de Direito PROCESSO: 00074521320168140074
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): JOSE DIAS DE
ALMEIDA JUNIOR A??o: Processo de Execução em: 03/12/2021 REQUERIDO:JOSE DE RIBAMAR
RODRIGUES DE SOUSA REQUERIDO:ANNE SORAY MENDONA DE SOUZA REQUERIDO:JRR
SOUSA TRANSPORTE REQUERENTE:BANCO AMAZONIA SA Representante(s): OAB 1788 - LUIZ
PAULO SANTOS ALVARES (ADVOGADO) . R.H. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â 1-Intime-se a parte
requerente para que se manifeste quanto ao informado na fl. 142 dos autos, no prazo de 15 (quinze) dias.
              2-Após, conclusos.               PCI          Â
    Tailândia/PA, 29 de novembro de 2021.               José Dias de Almeida
Júnior               Juiz de Direito PROCESSO: 00083600220188140074 PROCESSO
ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): JOSE DIAS DE ALMEIDA JUNIOR
A??o: Procedimento Comum Cível em: 03/12/2021 AUTOR:MARIA FRANCISCA URBANO DE ARAUJO
Representante(s): OAB 17370 - ANA MARIA MONTEIRO CAVALCANTE (ADVOGADO) REU:CELPA
CENTRAIS ELETRICAS DO PARA Representante(s): OAB 12358 - FLAVIO AUGUSTO QUEIROZ DAS
NEVES (ADVOGADO) . **** Â Â Â Â Â Vistos os autos. Â Â Â Â Â Trata-se de AÃÃO DECLARATÃRIA DE
INEXISTÃNCIA DE DÃBITO CUMULADA COM INDENIZAÃÃO POR DANOS MORAIS COM PEDIDO DE
TUTELA DE URGÃNCIA promovida por MARIA FRANCISCA URBANO DE ARAUJO em desfavor de
CENTRAIS ELETRICAS DO PARÃ S.A - CELPA. Â Â Â Â Â No decorrer da lide, as partes entabularam
acordo buscando pôr um fim à demanda, pleiteando, em seguida, a homologação do pacto e a
extinção do feito (FLS. 146/179 - verso).      à o breve relatório. Decido.       Â
Inicialmente, ressalte-se que a prolação de sentença anterior não impede que as partes submetam
acordo à homologação judicial, conforme entendimento que segue: AGRAVO DE INSTRUMENTO.
AÃÃO EXIBITÃRIA. ACORDO ENTABULADO ENTRE AS PARTES APÃS A PROLATAÃÃO DA
SENTENÃA. POSSIBILIDADE. ACORDO HOMOLOGADO. [...] Assim, plenamente possÃ-vel a
homologação do acordo entabulado entre as partes mesmo após a prolatação da sentença de
mérito, uma vez que a transação pode ocorrer a qualquer tempo. Precedentes. DADO PROVIMENTO
AO RECURSO. (Agravo de Instrumento Nº 70068889229, Quinta Câmara CÃ-vel, Tribunal de Justiça
do RS, Relator: Léo Romi Pilau Júnior, Julgado em 01/04/2016)      Compulsando atentamente
aos autos, verifico que o pleito não encontra óbice legal, ao passo que as partes são capazes,
inexistindo, nesses casos, vÃ-cios ou nulidades a sanar. Â Â Â Â Â Assim, diante do exposto, homologo o
acordo e julgo extinto o processo com resolução do seu mérito, nos termos do art. 487, inciso III,
¿b¿, do CPC.      Sem custas, dada a transação entre as partes.        Arquivem-se
os autos, fisicamente e via LIBRA.      Tailândia-PA, 26 de novembro de 2021.      José
Dias de Almeida Júnior      Juiz de Direito PROCESSO: 00085607220198140074 PROCESSO
ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): JOSE DIAS DE ALMEIDA JUNIOR
A??o: Monitória em: 03/12/2021 REQUERENTE:COSTA INDUSTRIA E COMERCIO EIRELI
Representante(s): OAB 27898-A - RAFAEL OLIVEIRA DUARTE (ADVOGADO) REQUERIDO:ADRIANA
DA SILVA LEITE. R.H. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â 1-Intime-se a parte requerente para que se manifeste
quanto ao informado na fl. 57 dos autos, no prazo de 15 (quinze) dias. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â 2-
Após, conclusos.               PCI               Tailândia/PA, 29 de
novembro de 2021.               José Dias de Almeida Júnior            Â
  Juiz de Direito PROCESSO: 00085783020188140074 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): JOSE DIAS DE ALMEIDA JUNIOR A??o:
Procedimento Comum Cível em: 03/12/2021 REQUERENTE:JOSE CLEDIOMAR DE SOUZA MOURA
Representante(s): OAB 9689 - SYDNEY DA SILVA SALES (ADVOGADO) REQUERIDO:BANCO
BRADESCO FINACIAMENTO SA Representante(s): OAB 5546 - GUILHERME DA COSTA FERREIRA
PIGNANELI (ADVOGADO) . R.H.               1-Considerando a certidão de fl. 84,
cumpra-se o determinado na deliberação de fl. 83 com a ressalva de que onde se verifica a ordem de
impressão, leia-se cópia.               P.C.I.              Â
Tailândia/PA, 29 de novembro de 2021.               José Dias de Almeida Júnior Â
             Juiz de Direito PROCESSO: 00088407720188140074 PROCESSO ANTIGO: --
-- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): JOSE DIAS DE ALMEIDA JUNIOR A??o:
Separação Litigiosa em: 03/12/2021 REQUERENTE:MARIVANIA ALVES DE SOUZA Representante(s):
755
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
regularizar o ato, no prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de extinção do processo sem julgamento do
mérito.               P.C.I        Tailândia/PA, 29 de novembro de 2021.  Â
            JOSà DIAS DE ALMEIDA JÃNIOR               Juiz de Direito
PROCESSO: 00976624720158140074 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): JOSE DIAS DE ALMEIDA JUNIOR A??o: Execução
de Título Extrajudicial em: 03/12/2021 EXEQUENTE:BANCO BRADESCO SA Representante(s): OAB
20455-A - MAURO PAULO GALERA MARY (ADVOGADO) OAB 128341 - NELSON WILIANS FRANTONI
RODRIGUES (ADVOGADO) EXECUTADO:L DA S TEOFILO MOVEIS ME EXECUTADO:LINDALVA DA
SILVA TEOFILO EXECUTADO:FRANCISCO TEOFILO SOBRIMHO. R.H. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â
Certifique-se a Secretaria, se necessário via UNAJ, a quitação das custas quanto à diligência
perquirida. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Em caso negativo, INTIME-SE, o requerente para regularizar o
ato, no prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de extinção do processo sem julgamento do mérito.   Â
           Ainda, no mesmo prazo, intime-se o requerente para se manifestar acerca da
certidão de fl.117 e requer o que entender de direito.               P.C.I       Â
Tailândia/PA, 29 de novembro de 2021.               JOSà DIAS DE ALMEIDA JÃNIOR
              Juiz de Direito
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
COMARCA DE URUARÁ
SENTENÇA
É o relatório.
Fundamento e decido.
Resta cristalino nos autos que a parte não atualizou seu endereço perante o Judiciário. Neste
contexto, emerge como dever da parte manter atualizado seu endereço no processo sempre que
houver modificação temporária ou definitiva, a teor do que dispõe o artigo 77, V do Código de
Processo Civil, sob pena de serem presumidas válidas as comunicações e intimações dirigidas ao
endereço declinado na exordial, consoante o disposto no artigo 274, parágrafo único do CPC. Por
outro lado, a falta de endereço configura a materialização da ausência de pressuposto de
constituição e de desenvolvimento válido e regular do processo, em se tratando da parte autora.
Verifica-se assim, que a lei não permite que o processo prossiga quando constatada a ausência de
pressupostos indispensáveis ao seu desenvolvimento válido e regular, ficando o pedido de tutela
jurisdicional insuscetível de apreciação pelo Poder Judiciário. In casu, impossível o
prosseguimento da demanda, por falta de endereço da parte requerente, evento superveniente que
obstaculiza seu regular desenvolvimento. Os tribunais têm decidido nesta direção:
3 . Reputada realizada a intimação pessoal da autora para dar regular andamento ao feito e mantida
a inércia da parte, deve-se decretar a extinção do feito por abandono. 4. SENTENÇA MANTIDA.
RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. DECISÃO UNÂNIME. TJPA ¿ Apelação Cível AC
00031213420128140201. Belém (TJPA). Data da publicação: 25/09/2018.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
Por fim, cumpre destacar que a presente extinção não impede que a parte intente nova ação.
Posto isso, JULGO EXTINTO O PRESENTE SEM RESOLUÇÃO MÉRITO, em razão da ausência de
pressuposto processual de validade, petição inicial apta, assim o fazendo com fulcro no artigo 485,
inciso IV, do Código de Processo Civil.
SENTENÇA
É o relatório.
Fundamento e decido.
Resta cristalino nos autos que a parte não atualizou seu endereço perante o Judiciário. Neste
contexto, emerge como dever da parte manter atualizado seu endereço no processo sempre que
houver modificação temporária ou definitiva, a teor do que dispõe o artigo 77, V do Código de
Processo Civil, sob pena de serem presumidas válidas as comunicações e intimações dirigidas ao
endereço declinado na exordial, consoante o disposto no artigo 274, parágrafo único do CPC.
3 . Reputada realizada a intimação pessoal da autora para dar regular andamento ao feito e mantida
a inércia da parte, deve-se decretar a extinção do feito por abandono. 4. SENTENÇA MANTIDA.
RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. DECISÃO UNÂNIME. TJPA ¿ Apelação Cível AC
00031213420128140201. Belém (TJPA). Data da publicação: 25/09/2018. Por fim, cumpre destacar
que a presente extinção não impede que a parte intente nova ação.
Posto isso, JULGO EXTINTO O PRESENTE SEM RESOLUÇÃO MÉRITO, em razão da ausência de
pressuposto processual de validade, petição inicial apta, assim o fazendo com fulcro no artigo 485,
inciso IV, do Código de Processo Civil.
SENTENÇA
É O RELATO.
DECIDO.
Considerando que o executado adimpliu a obrigação exequenda, declaro extinta a execução com
fundamento no art. 924, inciso II do CPC.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
Sem custas ante a gratuidade deferida neste ato ao exequendo menores de idade.
Ante a ausência lógica de interesse recursal das partes, dou por transitada em julgado, arquive-se.
Cumpridas todas as determinações e não havendo requerimento de quaisquer das partes, arquive-
se.
SENTENÇA
É O RELATO.
Sem custas ante a gratuidade deferida neste ato ao exequendo menores de idade.
Ante a ausência lógica de interesse recursal das partes, dou por transitada em julgado, arquive-se.
Cumpridas todas as determinações e não havendo requerimento de quaisquer das partes, arquive-
se.
COMARCA DE REDENÇÃO
aquelas inerentes ao tipo penal, circunstância que reputo favorável. COMPORTAMENTO DA VÍTIMA: o
comportamento da vítima não contribuiu para a prática criminosa (Súmula nº 18 do E. TJPA). Sopesadas
as circunstanciais judiciais na primeira fase, as quais reputo favoráveis, utilizo a qualificadora referente à
redução de defesa do ofendido, e fixo a pena-base no mínimo legal em 12 (doze) anos de reclusão na
medida da culpabilidade do pronunciado. Na segunda fase da dosimetria, ausentes circunstâncias
atenuantes. Presente a agravante referente ao cometimento do delito mediante motivo fútil (art. 65, II,a,
CP), de modo que fixo a pena intermediária em 14 (catorze) anos de reclusão. Na terceira fase da
dosimetria, ausentes causas de aumento ou de diminuição de pena, pelo que fixo a pena definitiva em 14
(catorze) anos de reclusão para o crime de homicídio qualificado (art. 121, §2º, II e IV, CP) praticado pelo
TIAGO BARBOSA LIMA, em desfavor da vítima FRANCISCO BORGES DA SILVA E SILVA. O regime
inicial de cumprimento da pena de TIAGO BARBOSA LIMA é o fechado, em atenção ao art. 33 e parágrafo
2º, ¿c¿, c/c art. 59, do Código Penal., Quanto ao disposto no art. 387, §2º, do CPP, no caso dos autos,
mesmo levando-se em consideração o período de prisão provisória do pronunciado TIAGO BARBOSA
LIMA, não permaneceu preso por período superior a 2/5(dois quintos) da pena (primário), ou seja,
consoante art. 2º, §2º, da Lei8.072/1990, vigente à época dos fatos, não preenchendo, sequer, o requisito
objetivo para progressão. O pronunciado TIAGO BARBOSA LIMA não preenche os requisitos do art. 44,do
CP, uma vez que a pena ultrapassa o limite de 4 anos, além da gravidade do crime, razões pelas quais
incabível a substituição da pena privativa de liberdade por restritivas de direito. Também em razão do
quantum da sanção, o pronunciado TIAGO BARBOSA LIMA não preenche os requisitos do art. 77, do
Código Penal, de forma que não se deve promover a suspensão condicional da pena. Com relação à
prisão preventiva, ante os termos do art. 387, §1º, c/c art. 312,do CPP, verifica-se que ainda subsistem as
razões da decisão que a decretou quanto ao réu TIAGO BARBOSA LIMA, não havendo falar em motivo
suficiente para sua revogação diante da demonstração in concreto da autoria do delito, da sua
culpabilidade exacerbada reconhecida pelo Conselho de Sentença e na dosimetria da pena, de modo que
a prisão se faz necessária para garantia da ordem pública. Trata-se de crime grave, no qual o acusado
desferiu diversos golpes de arma branca contra a vítima em local público, à vista de populares, colocando
em risco a própria sociedade. Assim, trata-se de crime de natureza grave, praticados mediante violência à
pessoa, aliado ao quantitativo de pena aplicado, de modo que restam presentes os requisitos legais,
sendo insuficientes para garantia da aplicação da lei penal a aplicação de medidas cautelas diversas da
prisão previstas no art. 319, do CPP. Por essas razões, MANTENHO a prisão preventiva do réu. Quanto
aos réus MARCIANO BARBOSA LIMA e RIVALDO SANTOS DA CONCEIÇÃO, por sua absolvição em
plenário, deverão ser colocados em liberdade, não subsistindo requisitos autorizadores de manutenção de
prisão preventiva na forma dos art. 312 e 313, do Código de Processo Penal. Assim, comunique-se e dê-
se ciência à Autoridade Policial, Juízo da Execução Penal competente, Corregedor do Estabelecimento
prisional, ficando cientificados o MPE-PA, e defesa do(s) réu(s).Expeça-se a competente GUIA de
recolhimento provisório ao réu TIAGO BARBOSA LIMA, encaminhando-as ao juízo competente, em meio
eletrônico, acompanhada dos documentos pertinentes devendo ser observado o dis postona Resolução nº
016/2007-GP do TJPA, Resolução n. 113 do CNJ e arts. 105 e106 da LEP. Expeça-se competente alvará
de soltura em relação aos réus MARCIANO BARBOSA LIMA e RIVALDO SANTOS DA CONCEIÇÃO, se
por outros motivos não estiverem presos. SERVINDO A PRESENTE COMO OFÍCIO DE
ENCAMINHAMENTO PARA AS COMUNICAÇÕES NECESSÁRIAS, observando-se o Provimento
004/2001-CJCI. Cumpra-se com urgência. CONDENO o (s) réu (s) TIAGO BARBOSA LIMA ao pagamento
das custas processuais, de acordo com o art. 804, do CP, ficando isenta a cobrança ante as condições
econômicas pessoais. Após o trânsito em julgado, tomem-se as seguintes providências: 1 - Proceda-se a
anotação da presente condenação nos registros de antecedentes criminais do acusado;2 ¿ Oficie-se ao
Instituto de Identificação Civil do Estado do Pará informando sobre a condenação do acusado TIAGO
BARBOSA LIMA;3 - Expeça-se MANDADO DE PRISÃO PARA CUMPRIMENTO DE PENA e,efetuada
prisão, expeça-se, ¿GUIA DEFINITIVA DE RECOLHIMENTO¿ para o acusado TIAGO BARBOSA LIMA
nos termos do Provimento 006/2008-CJCI, encaminhando-as ao juízo competente, no prazo máximo de 05
(cinco) dias(Resolução nº 016/2007 ¿ GP, art. 4º), acompanhando-a pelos documentos necessários
(Resolução nº 113 do CNJ, art. 2, caput, e §1º, e arts. 8º e 9º); 4 - Comunique-se a suspensão dos direitos
políticos via INFODIP (Provimento CRE nº 06 do TRE-PA), do réu TIAGO BARBOSA LIMA, caso
indisponível, oficie-se ao Tribunal Regional Eleitoral deste Estado, comunicando a condenação do réu,
com sua devida identificação, acompanhada de fotocópia da presente decisão, para cumprimento do
quanto disposto pelos artigos 71, §2º, do Código Eleitoral c/c art. 15, III, da Constituição da República.5 ¿
Proceda ao cadastro da condenação do réu TIAGO BARBOSA LIMA junto ao Cadastro Nacional de
Condenados por Ato de Improbidade Administrativa ep or Ato que Implique em Inelegibilidade do CNJ ¿
CNCIAI com fundamento no art. 1º, ¿e¿, da Lei Complementar n. 64/1990, lei das inelegibilidades.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
Atualize-se SBNA. Expeça-se o necessário. Sentença publicada em plenário e as partes intimadas neste
ato. Registre-se. Cumpra-se. Baixem-se e arquivem-se, oportunamente, com as cautelas de praxe.
Redenção-PA, 02 de dezembro de 2021(assinado eletronicamente)MÍRIAN ZAMPIER DE REZENDE,
Juíza de Direito Substituta Auxiliar da Vara Criminal de Redenção (Portaria n.3149/2021-GP, DJE de
20.09.2021)
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
COMARCA DE JURUTI
declarando satisfeita a obrigaç¿o principal, mas consolidando as multas e os honorários em que foram
condenados os executados. Embargos de declaraç¿o opostos pelos executados às fls. 118/125
questionando a consolidaç¿o das multas, tendo em vista a declaraç¿o de satisfaç¿o da obrigaç¿o.
Manifestaç¿o do exequente (fls. 139/140) aduzindo que a ré CONCEIÇ¿O n¿o cumpriu com sua parte do
acordo, informando que os exequentes construíram parte da cerca necessária por conta própria e
pugnando pelo ressarcimento dos valores gastos. É o relatório. Passo à deliberaç¿o. Pois bem. Observo
que a presente aç¿o se trata de cumprimento de sentença homologada cuja matéria está atrelada ao
direito de vizinhança, visto que retrata acontecimentos corriqueiros entre partes residentes em área
limítrofes. II - Assim, considerando que o presente feito admite conciliaç¿o, sendo a composiç¿o amigável
como forma desejável de soluç¿o dos litígios, a qual deve ser sempre priorizada, nos termos do art. 3º, §
2º do CPC, designo o dia 10.03.2022, às 14h00min para audiência de conciliaç¿o. III - Intimem-se os
autores através de seu advogado, via DJe. IV - Expeça-se mandado de citaç¿o pessoal, através de Oficial
de Justiça, dos requeridos para comparecem ao ato acima designado. Autorizo a expediç¿o do referido
mandado independentemente do recolhimento de custas. V - Advirto, desde logo, ambos os polos da
aç¿o que o caso de recusa ou ausência injustificada de participar da audiência no dia e hora
designados é ato atentatório à dignidade da justiça e será sancionado com multa. Servirá o presente
despacho, por cópia digitalizada, como MANDADO DE INTIMAÇ¿O, nos termos do Prov. Nº 03/2009 da
CJRMB ¿ TJE/PA, com a redaç¿o que lhe deu o Prov. Nº 011/2009 daquele órg¿o correcional. Cumpra-se
na forma e sob as penas da lei. Juruti/PA, 22 de novembro de 2021. ODINANDRO GARCIA CUNHA Juiz
de Direito.
desgaste ocasionado pela aç¿o do tempo. III - Ademais, considerando que já foi apresentada contestaç¿o,
documentos e réplica, e que há apenas pedido de produç¿o de prova pericial, intimem-se autor e
requerido, observando o art. 183, § 1º do CPC no que tange a parte requerida, para que informem, no
mesmo prazo supramencionado, se possuem outras provas a produzir (além da prova pericial solicitada
pelo réu), especificando-as e justificando sua necessidade, ou se, caso indeferida a prova pericial,
requerem o julgamento do processo no estado em que se encontra, nos termos do art. 355, inciso I do
CPC. IV - Com a manifestaç¿o ou transcorrido o prazo, certifique-se e façam os autos conclusos.
Juruti/PA, 30 de novembro de 2021. ODINANDRO GARCIA CUNHA Juiz de Direito.
Francisco Beraldo Marinho, na enseada Capit¿o, e pelo lado direito com a enseada Curupira, além de, nos
fundos, estarem as terras ocupadas também por Francisco Beraldo Marinho. III ¿ Intimem-se as partes
através de seus advogados para que tenham ciência da presente deliberaç¿o. IV ¿ Com a apresentaç¿o
do laudo no prazo designado no item II, conclusos. V ¿ Caso transcorrido o prazo do item II sem
apresentaç¿o do documento, desde logo determino a intimaç¿o de ambos os polos para, no prazo comum
de 15 (quinze) dias, requererem o que entenderem de direito. Juruti/PA, 30 de novembro de 2021.
SERVE O PRESENTE DESPACHO POR CÓPIA DIGITADA COMO MANDADO DE CITAÇ¿O /
INTIMAÇ¿O / OFÍCIO NOS TERMOS DO PROVIMENTOS Nº 002/2009 E 011/2009 CJRMB, CUJA
AUTENTICIADADE PODERÁ SER VERIFICADA EM CONSULTA AO SÍTIO ELETRÔNICO
http://www.tjpa.jus.br ODINANDRO GARCIA CUNHA Juiz de Direito.
determinou o Presidente da audiência que o Termo fosse encerrado, o qual, depois de lido e achado
conforme, vai assinado, sem rasuras ou entrelinhas, pelo Juiz e demais presentes. Â Juiz Advogada.
competiam no processo, sob pena de extinç¿o, esta quedou-se inerte. É o relatório. Fundamento.
Decido. II ¿ FUNDAMENTAÇ¿O O art. 485, III do Código de Processo Civil prevê a extinç¿o do processo
sem resoluç¿o de mérito, na hipótese de inércia do autor por mais de 30 (trinta) dias. III ¿ DISPOSITIVO
Em face do exposto, configurada a desídia da parte autora, declaro extinto o processo sem resoluç¿o
do mérito, nos termos do art. 485, inciso III, do CPC. Após o trânsito em julgado, sem necessidade de
nova conclus¿o, arquivem-se, os autos. Publique-se. Registre-se. Intimem-se Cumpra-se, expedindo-se
o necessário. Juruti, 09 de novembro de 2021. ODINANDRO GARCIA CUNHA Juiz de Direito.
produzir, justificando a utilidade e a pertinência, sob pena de preclusão. (STJ, AgRg no REsp
1376551/RS, Ministro HUMBERTO MARTINS, T2 - SEGUNDA TURMA, DJe 28/06/2013). Advirto que
¿não requerer a prova nesse momento significa perder o direito à prova (cf. Cândido Rangel
Dinamarco, Instituições de Direito Processual Civil, volume III, Malheiros, 6ª edição, páginas 578).
II - Advirto, desde já, que transcorrido o prazo, in albis, procederei ao julgamento antecipado, nos termos
do artigo 355, I, do CPC. Juruti/PA, 29 de novembro de 2021. ODINANDRO GARCIA CUNHA Juiz de
Direito.
atualizado. A inicial foi recebida pelo rito da Lei n. 9.099/95 (fl. 24). É o relatório. Decido. A Lei n. 9.099/95
estabelece rito processual próprio, intitulado sumaríssimo, prestigia a celeridade, simplicidade,
informalidade, oralidade e economia processual ¿ art. 2º. Assim, a informaç¿o do endereço da parte em tal
rito é evidentemente ônus da requerente, nos termos do art. 14, §1º, I, da Lei n° 9.099/95, de modo a
possibilitar a citaç¿o, n¿o se aplicando, portanto, as disposiç¿es do CPC por se tratar de regra geral. Isto
n¿o bastasse, no sistema dos Juizados Especiais Cíveis n¿o é possível a citaç¿o por edital, sendo tal
providência admissível apenas no rito n¿o abrangido pela Lei 9.099/95, conforme expressamente vedado
no art. 18, §2º. Deste modo, exigível que a parte ajuíze a demanda pelo rito de maior complexidade caso
queira se valer das faculdades ali dispostas (CPC) que contrariam a celeridade e simplicidade insculpida
na lei 9.099/95. Ora, existem diversas vantagens na Lei nº 9.099/95 quanto à aplicaç¿o da celeridade
processual e simplicidade de atos, mas, sem dúvida, também há limitações, de modo que muitas
diligências que demandem maior dilaç¿o e s¿o mais complexas n¿o podem ser realizadas no âmbito da
jurisdiç¿o do Juizados. Nesse sentido, a escolha do autor pelo rito sumaríssimo caracteriza-se como uma
faculdade, com as vantagens e também limitaç¿es que essa opç¿o conduz.II - Diante disso, INDEFIRO o
pleito de citaç¿o por edital da parte requerida, tendo em vista que incabível no JEC, e, desde logo,
INDEFIRO eventual pedido consistente em realização de diligências por parte do Judiciário a fim de
localizar o réu, bem como de intimaç¿o no endereço fornecido no último petitório do autor, visto que já
houve a tentativa de citaç¿o no local.III - Assim, intime-se o a requerente, através do (a) advogado (a) pelo
DJE, para, no prazo de 15 (quinze) dias, fornecer o endereço atualizado da parte requerida, a fim de
possibilitar sua citaç¿o, sob pena de extinç¿o do feito sem resoluç¿o do mérito.Juruti/PA, 29 de novembro
de 2021. ODINANDRO GARCIA CUNHA Juiz de Direito.
COMARCA DE ALENQUER
PROCESSO: 0006710-07.2016.814.0003
PARTES:
DECIS¿O
Visto,
CUMPRA-SE.
P.R.I.
pronunciamento não atacado, retirando da parte a prerrogativa de impugná-lo, nessa parte, mediante a
interposição de outros recursos (Misael Montenegro Filho, in Novo Código de Processo Civil
Comentado. 2018). Peço a vênia neste decisum para lançar as hipóteses de seu cabimento: Art.
1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para: I - esclarecer
obscuridade ou eliminar contradição; II - suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se
pronunciar o juiz de ofÃ-cio ou a requerimento; III - corrigir erro material. Parágrafo único. Considera-se
omissa a decisão que: I - deixe de se manifestar sobre tese firmada em julgamento de casos repetitivos
ou em incidente de assunção de competência aplicável ao caso sob julgamento; II - incorra em
qualquer das condutas descritas no art. 489, § 1º .              A omissão ocorre
quando o magistrado não se manifesta sobre questão relevante do processo, arguida pela parte, como
a alegação que envolve a culpa exclusiva da vÃ-tima, o fato de terceiro, o caso fortuito ou de força
maior (relevantes, na medida em que podem acarretar a improcedência dos pedidos, quando acolhidas),
a pretensão de recebimento da parcela de danos emergentes, a condenação da parte vencida ao
pagamento das custas processuais e dos honorários advocatÃ-cios, por exemplo. Embora o julgador não
esteja obrigado a responder a todas as questões suscitadas pelas partes, deve se posicionar a respeito
das questões principais, cuja apreciação pode acarretar o acolhimento ou não dos pedidos, total ou
parcialmente.              Ou seja, para se caracterizar a omissão esta deve ser
relevante. Nas palavras do Ministro do STJ Villas Bôas Cuevas a omissão ocorre ¿na hipótese de
ausência ou flagrante deficiência da justificação do objeto, dos critérios gerais da ponderação
realizada e das premissas fáticas e jurÃ-dicas que embasaram a conclusão, ou seja, quando não for
possÃ-vel depreender dos fundamentos da decisão o motivo pelo qual a ponderação foi necessária
para solucionar o caso concreto e de que forma se estruturou o juÃ-zo valorativo do aplicador¿
(RECURSO ESPECIAL Nº 1.765.579 - SP - 2017/0295361-7).              Conforme
entendimento jurisprudencial consolidado há muito, a fundamentação sucinta não se confunde com a
deficiência ou ausência de fundamentação para fins de ensejar nulidade do julgado. Como o próprio
Supremo Tribunal Federal já assentou, com repercussão geral, no julgamento do Tema 339, "O art. 93,
IX, da Constituição Federal exige que o acórdão ou decisão sejam fundamentados, ainda que
sucintamente, sem determinar, contudo, o exame pormenorizado de cada uma das alegações ou
provas, nem que sejam corretos os fundamentos da decisão" (AI-QO-RG 791.292, Rel. Min. Gilmar
Mendes, julgado em 23/06/2010, publicado em 13/08/2010). Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Por seu turno, A
OBSCURIDADE ocorre quando o pronunciamento não é inteligÃ-vel, não permitindo a compreensão
do ato praticado pelo magistrado, quer porque mal-redigida, quer porque escrita à mão com letra
ilegÃ-vel. Um dos requisitos da decisão judicial é a clareza; quando esse requisito não é atendido,
cabem embargos de declaração para buscar esse esclarecimento (DIDIER JR, Fredie; CUNHA,
Leonardo Carneiro da. Curso de Direito Processual Civil. Volume 3. Meios de impugnação à decisão
judiciais e processo nos tribunais. Editora Jus Podivm. 2014. P. 196). Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Por fim,
A CONTRADIÃÃO é geralmente confirmada através da comparação entre as partes do
pronunciamento (fundamentação e parte dispositiva, como regra), numa delas, o magistrado sugerindo
que julgaria a ação em favor do autor (ou vice-versa), na outra atribuindo a vitória processual ao seu
adversário processual. Assim, a ausência de contradição relevante (aquela que influencia de
sobremaneira na intelegibilidade do pronunciamento).              Passadas as noções
gerais, analisemos as peças:              Os embargos de declaração opostos em
face da sentença proferida nos autos não merece provimento, trata-se apenas de irresignação aos
fundamentos da decisão.            De igual sorte, nos demais trechos atacados, todos os
argumentos são inteligÃ-veis e a irresignação apresentada não tem fundamentos suficientes para
sustentar a tese de omissão, obscuridade e contradição.             Ante o exposto,
firme na inexistência de omissão, contradição ou obscuridade, NEGO PROVIMENTO aos presentes
aclaratórios, não lhes atribuindo efeitos infringentes, vez que os argumentos levantados merecem ser
alvo do recurso competente à análise de reforma e não à de integração da decisão proferida.
Servirá o presente despacho, por cópia digitalizada, como MANDADO/OFÃCIO, nos termos do Prov.
Nº 03/2009 da CJRMB - TJE/PA, com a redação que lhe deu o Prov. Nº 011/2009 daquele órgão
correcional. Cumpra-se na forma e sob as penas da lei. Â Â Â Â Â Â ALENQUER, 30 de novembro de
2021. Â Â Â VILMAR DURVAL MACEDO JUNIOR Juiz de Direito - titular PROCESSO:
00001044219978140003 PROCESSO ANTIGO: 199710001084
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): VILMAR DURVAL MACEDO JUNIOR A??o:
Execução de Título Extrajudicial em: 30/11/2021 EXECUTADO:PAULO MURAT PORTO DA ROSA
Representante(s): ROBERTO NOGUEIRA SIMOES (ADVOGADO) EXEQUENTE:BANCO DO BRASIL S/A
Representante(s): OAB 15201-A - NELSON WILIANS FRATONI RODRIGUES (ADVOGADO)
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
Ministério Público e à defesa; 5. Proceda-se à digitalização e migração dos presentes autos para
o sistema PJE; 6. Serve este, por cópia digitalizada, como MANDADO DE INTIMAÃÃO, na forma do
provimento n. 003/2009, da CJMB - TJE/PA, com redação dada pelo Provimento n. 011/2009; 7.
Cumpra-se. Alenquer/PA, 30 de novembro de 2021. VILMAR DURVAL MACEDO JUNIOR Juiz de Direito
Titular da Vara Ãnica da Comarca de Alenquer PROCESSO: 00005019720118140003 PROCESSO
ANTIGO: 201120002419 MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): VILMAR DURVAL
MACEDO JUNIOR A??o: Ação Penal de Competência do Júri em: 30/11/2021
DENUNCIADO:ALESSANDRO BENTES DE MELO DENUNCIADO:LUIZ ANTONIO PEREIRA RAMOS
Representante(s): OAB 18326 - ALESSANDRO BERNARDES PINTO (ADVOGADO DATIVO) VITIMA:M.
L. P. . Ação Penal: 121, §2º, II e IV c/c art. 288 do CP e art. 244-B do ECA RÃU: LUIZ ANTÃNIO
PEREIRA RAMOS (Residente na Trav. D, nº 142, Bairro Liberdade, perto da Escola Nô Gantuss,
MunicÃ-pio de Alenquer/PA) DESPACHO 1. Considerando a não incidência de qualquer hipótese de
absolvição sumária, nos termos do artigo 397 do CPP, designo audiência de instrução e
julgamento para o dia 10/05/2022, às 11h00min, a ser realizado por videoconferência, pela plataforma
do Microsoft Teams, cujo link para acesso segue abaixo. à recomendável o uso de fones de ouvido e
acesso até 05 (cinco) minutos antes do horário marcado para a verificação do áudio e vÃ-deo. Caso
as partes não tenham equipamentos de acesso à internet, deverão comparecer à sede do Fórum
dessa comarca no dia e hora acima designados. https://teams.microsoft.com/l/meetup-
join/19%3ameeting_YWMzMDZhNzYtZDM2My00OTg1LTljNWYtYmFiMDI3Y2E0Y2Ji%40thread.v2/0?cont
e x t = % 7 b % 2 2 T i d % 2 2 % 3 a % 2 2 5 f 6 f d 1 1 e - c d f 5 - 4 5 a 5 - 9 3 3 8 -
b501dcefeab5%22%2c%22Oid%22%3a%22fe68274e-510b-46be-8031-6dfa6e8f6bc1%22%7d 2.
Intime(m)-se, pessoalmente, o(s) réu(s); 3. Intime(m)-se a(s) testemunha(s) arroladas; 4. Ciência ao
Ministério Público e à defesa; 5. Proceda-se à digitalização e migração dos presentes autos para
o sistema PJE; 6. Serve este, por cópia digitalizada, como MANDADO DE INTIMAÃÃO, na forma do
provimento n. 003/2009, da CJMB - TJE/PA, com redação dada pelo Provimento n. 011/2009; 7.
Cumpra-se. Alenquer/PA, 30 de novembro de 2021. VILMAR DURVAL MACEDO JUNIOR Juiz de Direito
Titular da Vara Ãnica da Comarca de Alenquer PROCESSO: 00009203920118140003 PROCESSO
ANTIGO: 201110007578 MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): VILMAR DURVAL
MACEDO JUNIOR A??o: Ação Civil Pública em: 30/11/2021 REQUERENTE:MINISTERIO PUBLICO DO
ESTADO DO PARA REQUERIDO:JOAO DAMASCENO FILGUEIRASPREFEITO MUNICIPAL
Representante(s): OAB 4572 - ANTONIO EDER JOHN DE SOUSA COELHO (ADVOGADO) OAB 15078 -
MARJEAN DA SILVA MONTE (ADVOGADO) PROMOTOR:SAMUEL FURTADO SOBRAL -PROMOTOR
DE JUSTICA. AÃÃO CIVIL PÃBLICA POR ATO DE IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA RÃU: JOÃO
DAMASCENO FILGUEIRAS  DECISÃO - MANDADO - OFÃCIO Vistos, etc. 1. Proceda-se Ã
digitalização e migração dos presentes autos para o sistema PJE; 2. REMETAM-SE os autos ao
GRUPO de julgamento de processos de meta 04 desta regional do TJPA; 3. Expeça-se o necessário e
CUMPRA-SE; 4. servirá a presente decisão, por cópia digitalizada, como MANDADO DE
INTIMAÃÃO/OFÃCIO, nos termos do Prov. Nº 03/2009 da CJRMB - TJE/PA, com a redação que lhe
deu o Prov. Nº 011/2009 daquele órgão correcional. Alenquer/PA, 30 de novembro de 2021. VILMAR
DURVAL MACEDO JUNIOR Juiz de Direito Titular da Vara Ãnica da Comarca de Alenquer PROCESSO:
00010811820178140003 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
VILMAR DURVAL MACEDO JUNIOR A??o: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 30/11/2021
REU:ANDRE DOS SANTOS MONTEIRO REU:RODRIGO FERNANDES ROCHA Representante(s): OAB
27602-A - ALEXANDRE PEREIRA PINTO (ADVOGADO DATIVO) VITIMA:L. M. G. . DESPACHO 1.  Â
  Proceda-se à digitalização e migração dos presentes autos para o PJE; 2.     O réu
RODRIGO FERNANDES ROCHA apresentou resposta à acusação em fl. 28, tendo em vista a
denúncia ter sido recebida ante à sua ausência injustificada na audiência de suspensão condicional
do processo; 3.     Entretanto, considerando a possibilidade de acordo de não persecução
penal no presente caso, tendo em vista que, a priori, há o seu cabimento, nos termos do art. 28-A do
CPP, vista ao Ministério Público para, querendo, oferecer a proposta nos autos; 4.     Com o
retorno dos autos, após à manifestação do Parquet, certifique-se se o(a) autuado(a) preenche os
requisitos formais para obtenção do benefÃ-cio; 5.     Em caso positivo, designe-se audiência
preliminar de aceitação ou não do ANPP, conforme art. 28-A, §4º, do CPP; 6.     Serve este,
por cópia digitalizada, como MANDADO DE INTIMAÃÃO na forma do provimento n. 003/2009, da CJMB -
TJE/PA, com redação dada pelo Provimento n. 011/2009; 7.     Cumpra-se, expedindo-se o
necessário. Alenquer/PA, 30 de novembro de 2021. VILMAR DURVAL MACEDO JUNIOR Juiz de Direito
Titular da Vara Ãnica da Comarca de Alenquer/PA PROCESSO: 00013632720158140003 PROCESSO
ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): VILMAR DURVAL MACEDO JUNIOR
779
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
o sistema PJE; 6. Serve este, por cópia digitalizada, como MANDADO DE INTIMAÃÃO, na forma do
provimento n. 003/2009, da CJMB - TJE/PA, com redação dada pelo Provimento n. 011/2009; 7.
Cumpra-se. Alenquer/PA, 30 de novembro de 2021. VILMAR DURVAL MACEDO JUNIOR Juiz de Direito
Titular da Vara Ãnica da Comarca de Alenquer PROCESSO: 00042905820188140003 PROCESSO
ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): VILMAR DURVAL MACEDO JUNIOR
A??o: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 30/11/2021 REU:MARCELINO DOS SANTOS MATOS
REU:MAGALI GOUVEIA DOS SANTOS VITIMA:O. E. . Ação Penal: Art. 33 e 35 da Lei nº
11.343/2006 RÃUS: MARCELINO DOS SANTOS MATOS (Residente na baixada da 07 de setembro, s/n,
próx. da residência de seu avô Olavo Moura, Bairro Aningal, MunicÃ-pio de Alenquer/PA) MAGALI
GOUVEIA DOS SANTOS (Residente na Rua Coaraci Nunes, nº 190, próximo à feira do peixe, Bairro
Centro, MunicÃ-pio de Alenquer/PA) DESPACHO 1. Designo audiência de instrução e julgamento para
o interrogatório dos réus para o dia 10/05/2022, às 09h00min, a ser realizado por videoconferência,
pela plataforma do Microsoft Teams, cujo link para acesso segue abaixo. à recomendável o uso de fones
de ouvido e acesso até 05 (cinco) minutos antes do horário marcado para a verificação do áudio e
vÃ-deo. Caso as partes não tenham equipamentos de acesso à internet, deverão comparecer à sede do
Fórum dessa comarca no dia e hora acima designados. https://teams.microsoft.com/l/meetup-
join/19%3ameeting_ZTkwYWQ4NzMtMzc3Yi00OThkLWE2YjctNGI1NDQ4NWJiNDhi%40thread.v2/0?cont
e x t = % 7 b % 2 2 T i d % 2 2 % 3 a % 2 2 5 f 6 f d 1 1 e - c d f 5 - 4 5 a 5 - 9 3 3 8 -
b501dcefeab5%22%2c%22Oid%22%3a%22fe68274e-510b-46be-8031-6dfa6e8f6bc1%22%7d 2.
Intime(m)-se, pessoalmente, o(s) réu(s); 3. Ciência ao Ministério Público e à defesa; 4. Proceda-se Ã
digitalização e migração dos presentes autos para o sistema PJE; 5. Serve este, por cópia
digitalizada, como MANDADO DE INTIMAÃÃO, na forma do provimento n. 003/2009, da CJMB - TJE/PA,
com redação dada pelo Provimento n. 011/2009; 6. Cumpra-se. Alenquer/PA, 30 de novembro de 2021.
VILMAR DURVAL MACEDO JUNIOR Juiz de Direito Titular da Vara Ãnica da Comarca de Alenquer
PROCESSO: 00045702920188140003 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): VILMAR DURVAL MACEDO JUNIOR A??o: Ação
Penal - Procedimento Ordinário em: 30/11/2021 REU:RAFAEL DOS SANTOS DE JESUS
Representante(s): OAB 27602-A - ALEXANDRE PEREIRA PINTO (ADVOGADO DATIVO) VITIMA:L. M.
M. VITIMA:J. W. G. C. . Ação Penal: 155, §4º, I, do CP RÃU: RAFAEL DOS SANTOS DE JESUS
(Residente no Beco dos Cavalos, s/n, Bairro São Pedro, Alenquer/PA) DESPACHO 1. Considerando a
não incidência de qualquer hipótese de absolvição sumária, nos termos do artigo 397 do CPP,
designo audiência de instrução e julgamento para o dia 03/05/2022, às 10h00min, a ser realizado por
videoconferência, pela plataforma do Microsoft Teams, cujo link para acesso segue abaixo. Ã
recomendável o uso de fones de ouvido e acesso até 05 (cinco) minutos antes do horário marcado
para a verificação do áudio e vÃ-deo. Caso as partes não tenham equipamentos de acesso à internet,
deverão comparecer à sede do Fórum dessa comarca no dia e hora acima designados.
h t t p s : / / t e a m s . m i c r o s o f t . c o m / l / m e e t u p -
join/19%3ameeting_MDgzYjk3YzItN2U4Yy00NTUxLWEyZjktOGEzMGNlYWE0YWI3%40thread.v2/0?cont
e x t = % 7 b % 2 2 T i d % 2 2 % 3 a % 2 2 5 f 6 f d 1 1 e - c d f 5 - 4 5 a 5 - 9 3 3 8 -
b501dcefeab5%22%2c%22Oid%22%3a%22fe68274e-510b-46be-8031-6dfa6e8f6bc1%22%7d 2.
Intime(m)-se, pessoalmente, o(s) réu(s); 3. Intime(m)-se a(s) testemunha(s) arroladas; 4. Ciência ao
Ministério Público e à defesa; 5. Proceda-se à digitalização e migração dos presentes autos para
o sistema PJE; 6. Serve este, por cópia digitalizada, como MANDADO DE INTIMAÃÃO, na forma do
provimento n. 003/2009, da CJMB - TJE/PA, com redação dada pelo Provimento n. 011/2009; 7.
Cumpra-se. Alenquer/PA, 30 de novembro de 2021. VILMAR DURVAL MACEDO JUNIOR Juiz de Direito
Titular da Vara Ãnica da Comarca de Alenquer PROCESSO: 00055287820198140003 PROCESSO
ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): VILMAR DURVAL MACEDO JUNIOR
A??o: Procedimento Comum em: 30/11/2021 VITIMA:O. E. REU:EZEQUIEL LOPES DE SOUSA
Representante(s): OAB 27602-A - ALEXANDRE PEREIRA PINTO (ADVOGADO DATIVO) . Ação
Penal: Art. 14 da Lei 10.826/2003 RÃU: EZEQUIEL LOPES DE SOUSA (Residente na Trav. Santa Rita,
Bairro Santa Rita, Alenquer/PA) DESPACHO 1. Considerando a não incidência de qualquer hipótese
de absolvição sumária, nos termos do artigo 397 do CPP, designo audiência de instrução e
julgamento para o dia 03/05/2022, às 11h00min, a ser realizado por videoconferência, pela plataforma
do Microsoft Teams, cujo link para acesso segue abaixo. à recomendável o uso de fones de ouvido e
acesso até 05 (cinco) minutos antes do horário marcado para a verificação do áudio e vÃ-deo. Caso
as partes não tenham equipamentos de acesso à internet, deverão comparecer à sede do Fórum
dessa comarca no dia e hora acima designados. https://teams.microsoft.com/l/meetup-
join/19%3ameeting_YjcxYzg3YTUtZjg3Ny00ZDJkLWI4ZTQtYTRhMzMwNTU0N2Ew%40thread.v2/0?conte
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
x t = % 7 b % 2 2 T i d % 2 2 % 3 a % 2 2 5 f 6 f d 1 1 e - c d f 5 - 4 5 a 5 - 9 3 3 8 -
b501dcefeab5%22%2c%22Oid%22%3a%22fe68274e-510b-46be-8031-6dfa6e8f6bc1%22%7d 2.
Intime(m)-se, pessoalmente, o(s) réu(s); 3. Intime(m)-se a(s) testemunha(s) arroladas; 4. Ciência ao
Ministério Público e à defesa; 5. Proceda-se à digitalização e migração dos presentes autos para
o sistema PJE; 6. Serve este, por cópia digitalizada, como MANDADO DE INTIMAÃÃO, na forma do
provimento n. 003/2009, da CJMB - TJE/PA, com redação dada pelo Provimento n. 011/2009; 7.
Cumpra-se. Alenquer/PA, 30 de novembro de 2021. VILMAR DURVAL MACEDO JUNIOR Juiz de Direito
Titular da Vara Ãnica da Comarca de Alenquer PROCESSO: 00065720620178140003 PROCESSO
ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): VILMAR DURVAL MACEDO JUNIOR
A??o: Ação Penal de Competência do Júri em: 30/11/2021 AUTORIDADE POLICIAL:AUTORIDADE
POLICIAL REU:RAIMUNDO WILSON SAMPAIO BARBOSA Representante(s): OAB 16235 - MARCOS
ROBERTO DA CUNHA NADALON (ADVOGADO) VITIMA:F. A. F. F. . Ação Penal: 121 do CP RÃU:
RAIMUNDO WILSON SAMPAIO BARBOSA, VULGO ¿GAGO¿ (Residente na Comunidade
Camburão, zona rural, Alenquer/PA) DESPACHO 1. Tendo em vista que a audiência anterior não
ocorrera em virtude do avanço da pandemia do COVID-19, REDESIGNO audiência de instrução e
julgamento em continuação para o dia 03/05/2022, às 09h00min, a ser realizado por
videoconferência, pela plataforma do Microsoft Teams, cujo link para acesso segue abaixo. Ã
recomendável o uso de fones de ouvido e acesso até 05 (cinco) minutos antes do horário marcado
para a verificação do áudio e vÃ-deo. Caso as partes não tenham equipamentos de acesso à internet,
deverão comparecer à sede do Fórum dessa comarca no dia e hora acima designados.
h t t p s : / / t e a m s . m i c r o s o f t . c o m / l / m e e t u p -
join/19%3ameeting_N2IxOGQyYmUtZDM4Ny00NDQ4LTgwYTktOGE5Nzc4YjBhNTg5%40thread.v2/0?co
n t e x t = % 7 b % 2 2 T i d % 2 2 % 3 a % 2 2 5 f 6 f d 1 1 e - c d f 5 - 4 5 a 5 - 9 3 3 8 -
b501dcefeab5%22%2c%22Oid%22%3a%22fe68274e-510b-46be-8031-6dfa6e8f6bc1%22%7d 2.
Intime(m)-se, pessoalmente, o(s) réu(s); 3. Intime(m)-se a(s) testemunha(s) arroladas que ainda faltam
ser ouvidas; 4. Ciência ao Ministério Público e à defesa; 5. Proceda-se à digitalização e
migração dos presentes autos para o sistema PJE; 6. Serve este, por cópia digitalizada, como
MANDADO DE INTIMAÃÃO, na forma do provimento n. 003/2009, da CJMB - TJE/PA, com redação
dada pelo Provimento n. 011/2009; 7. Cumpra-se. Alenquer/PA, 30 de novembro de 2021. VILMAR
DURVAL MACEDO JUNIOR Juiz de Direito Titular da Vara Ãnica da Comarca de Alenquer PROCESSO:
00071702320188140003 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
VILMAR DURVAL MACEDO JUNIOR A??o: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 30/11/2021
REU:ANTONIO AMIRALDO BRANCHES GOMES Representante(s): OAB 28874 - ABRAÃO PEREIRA
LACERDA (ADVOGADO DATIVO) VITIMA:M. A. J. . DESPACHO 1. Considerando a certidão retro,
observo que o(a) réu, devidamente citado, não apresentou a sua defesa técnica, portanto, NOMEIO
para que atue na sua defesa, como defensor dativo, o(a)Â DR. ABRAÃO PEREIRA LACERDA, OAB/PA
nº 28874, ante a inexistência de representante da Defensoria Pública Estadual nesta Comarca; 2. No
tocante aos honorários do Defensor Dativo nomeado para o ato, considerando que é dever do Estado
prestar assistência jurÃ-dica integral e gratuita a quem dela necessite, nos termos do art. 5º, LXXIV da
CF/88 e que o advogado que regularmente cumpre esse múnus tem o direito de ser remunerado pelo
trabalho realizado (art. 22, § 1°, do EOAB), é inconcebÃ-vel que o Estado - na medida que não
implementou adequadamente o serviço de Defensoria Pública - locuplete do trabalho alheio, e, por isso,
cabe o arbitramento da remuneração em espécie e não em URH¿S, na medida em que a LC
155/97 perdeu a eficácia a partir de 14/03/2013 (decisão do STF nas ADIs 3892 e 4270). Assim,
tratando-se da prática de ato único, fixo a remuneração do Defensor Dativo que atuará no presente
ato em R$ 400,00 (quatrocentos reais), valendo a presente decisão como tÃ-tulo executivo judicial (STJ,
Ag. 1.264.705, Min. João Otávio, j. 16/12/10; 3. Vista à defesa para que apresente defesa
preliminar/resposta à acusação; 4. Proceda-se à digitalização e migração dos presentes autos
para o PJE; 5. Cumpra-se, expedindo-se o necessário. Alenquer, 30 de novembro de 2021. VILMAR
DURVAL MACEDO JUNIOR Juiz de Direito Titular da Vara Ãnica da Comarca de Alenquer PROCESSO:
00083146620178140003 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
VILMAR DURVAL MACEDO JUNIOR A??o: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 30/11/2021
VITIMA:E. VITIMA:A. S. S. R. DENUNCIADO:CRISTOVAO BENTO FERREIRA Representante(s): OAB
27602-A - ALEXANDRE PEREIRA PINTO (ADVOGADO DATIVO) . DESPACHO 1. Considerando a
certidão retro, observo que o(a) réu, devidamente citado, não apresentou a sua defesa técnica,
portanto, NOMEIO para que atue na sua defesa, como defensor dativo, o(a)Â DR. ALEXANDRE PEREIRA
PINTO, OAB/PA nº 27602-A, ante a inexistência de representante da Defensoria Pública Estadual
nesta Comarca; 2. No tocante aos honorários do Defensor Dativo nomeado para o ato, considerando que
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
é dever do Estado prestar assistência jurÃ-dica integral e gratuita a quem dela necessite, nos termos do
art. 5º, LXXIV da CF/88 e que o advogado que regularmente cumpre esse múnus tem o direito de ser
remunerado pelo trabalho realizado (art. 22, § 1°, do EOAB), é inconcebÃ-vel que o Estado - na
medida que não implementou adequadamente o serviço de Defensoria Pública - locuplete do trabalho
alheio, e, por isso, cabe o arbitramento da remuneração em espécie e não em URH¿S, na medida
em que a LC 155/97 perdeu a eficácia a partir de 14/03/2013 (decisão do STF nas ADIs 3892 e 4270).
Assim, tratando-se da prática de ato único, fixo a remuneração do Defensor Dativo que atuará no
presente ato em R$ 400,00 (quatrocentos reais), valendo a presente decisão como tÃ-tulo executivo
judicial (STJ, Ag. 1.264.705, Min. João Otávio, j. 16/12/10; 3. Vista à defesa para que apresente defesa
preliminar/resposta à acusação; 4. Oficie-se ao Hospital Santo Antônio para que forneça o
prontuário médico da vÃ-tima Adriana Soares da Rocha, conforme o requerido pelo RMP em fl. 05; 5.
Proceda-se à digitalização e migração dos presentes autos para o PJE; 6. Servirá o presente como
OFÃCIO. 7.. Cumpra-se, expedindo-se o necessário. Alenquer, 30 de novembro de 2021. VILMAR
DURVAL MACEDO JUNIOR Juiz de Direito Titular da Vara Ãnica da Comarca de Alenquer PROCESSO:
00093158620178140003 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
VILMAR DURVAL MACEDO JUNIOR A??o: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 30/11/2021
DENUNCIADO:BRAINER FREITAS MARQUES Representante(s): OAB 28874 - ABRAÃO PEREIRA
LACERDA (ADVOGADO DATIVO) DENUNCIADO:RONIMAR FREITAS SANTOS. DESPACHO 1.
Considerando a certidão retro, observo que o(a) réu BRAINER FREITAS MARQUES, devidamente
citado, não apresentou a sua defesa técnica, portanto, NOMEIO para que atue na sua defesa, como
defensor dativo, o(a) DR. ABRAÃO PEREIRA LACERDA, OAB/PA nº 28874, ante a inexistência de
representante da Defensoria Pública Estadual nesta Comarca; 2. No tocante aos honorários do Defensor
Dativo nomeado para o ato, considerando que é dever do Estado prestar assistência jurÃ-dica integral e
gratuita a quem dela necessite, nos termos do art. 5º, LXXIV da CF/88 e que o advogado que
regularmente cumpre esse múnus tem o direito de ser remunerado pelo trabalho realizado (art. 22, §
1°, do EOAB), é inconcebÃ-vel que o Estado - na medida que não implementou adequadamente o
serviço de Defensoria Pública - locuplete do trabalho alheio, e, por isso, cabe o arbitramento da
remuneração em espécie e não em URH¿S, na medida em que a LC 155/97 perdeu a eficácia a
partir de 14/03/2013 (decisão do STF nas ADIs 3892 e 4270). Assim, tratando-se da prática de ato
único, fixo a remuneração do Defensor Dativo que atuará no presente ato em R$ 400,00
(quatrocentos reais), valendo a presente decisão como tÃ-tulo executivo judicial (STJ, Ag. 1.264.705, Min.
João Otávio, j. 16/12/10; 3. Vista à defesa para que apresente defesa preliminar/resposta Ã
acusação; 4. Após, vista ao MP para se manifestar no que entender de direito com relação ao
corréu RONIMAR FREITAS DOS SANTOS, tendo em vista a certidão de fl. 06; 5. Proceda-se Ã
digitalização e migração dos presentes autos para o PJE; 6. Cumpra-se, expedindo-se o
necessário. Alenquer, 30 de novembro de 2021. VILMAR DURVAL MACEDO JUNIOR Juiz de Direito
Titular da Vara Ãnica da Comarca de Alenquer PROCESSO: 00108906620168140003 PROCESSO
ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): VILMAR DURVAL MACEDO JUNIOR
A??o: Ação Penal de Competência do Júri em: 30/11/2021 VITIMA:G. S. S. AUTOR:IVALDO ANDRADE
DE OLIVEIRA Representante(s): OAB 3054 - LEA CRISTINA B DE S DE VASCONCELOS SERRA
(DEFENSOR) OAB 16235 - MARCOS ROBERTO DA CUNHA NADALON (ADVOGADO) . DESPACHO
1.     Certidão de trânsito em julgado do acórdão em fl. 178; 2.     Nos termos do
acórdão transitado em julgado, o réu IVALDO ANDRADE DE OLIVEIRA fora condenado à pena de 12
(doze) anos e 06 (seis) meses de reclusão em regime inicial fechado. 3.     Expeça-se o
mandado de prisão definitiva. Cadastre-se no BNMP. 4.     Cumpra-se as demais
determinações da sentença, constante em fl. 78-v; 5.     Após, ARQUIVE-SE. 6.    Â
Cumpra-se. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Alenquer, 30 de novembro de 2021. VILMAR DURVAL MACEDO JUNIOR
Juiz de Direito Titular da Vara Ãnica da Comarca de Alenquer PROCESSO: 00023484120188140051
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ---- A??o: Alimentos - Lei
Especial Nº 5.478/68 em: REQUERENTE: P. H. C. M. Representante(s): OAB 12325 - MARCIO DE
SIQUEIRA ARRAIS (ADVOGADO) OAB 16658 - MARCOS LEANDRO VENTURA DE ANDRADE
(DEFENSOR) REQUERIDO: A. D. O. M. PROCESSO: 00104771920178140003 PROCESSO ANTIGO: ---
- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ---- A??o: Adoção em: REQUERENTE: J. F. S.
Representante(s): OAB 18792 - ROBERTO SIMONSEN CARDOSO DE ARAUJO SIMOES (ADVOGADO)
REQUERENTE: J. R. S. Representante(s): OAB 18792 - ROBERTO SIMONSEN CARDOSO DE ARAUJO
SIMOES (ADVOGADO) MENOR: L. R. S. REQUERIDO: V. B. S. REQUERIDO: L. S. R.
784
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
COMARCA DE CAPANEMA
de suspensão do feito (fl. 54). Goianésia do Pará, Pará, 03 de dezembro de 2021. NATÃLIA
ARAÿJO SILVA JuÃ-za de Direito Substituta da Vara ÿnica de Goianésia do Pará Portaria
4061/2021-GP
não tendo o Estado exercido o jus puniendi em tempo hábil, o reconhecimento da extinção da
punibilidade pela ocorrência da prescrição é medida que se impõe. III - DISPOSITIVO
         Ante o exposto, JULGO EXTINTA A PUNIBILIDADE do acusado ERINALDO SILVA
ALMEIDA, em razão da prescrição da pena em abstrato do crime do artigo 147 do CP, com base 107,
inciso IV, do Código Penal.      Intime-se o Ministério Público pessoalmente com remessa dos
autos, para ciência.      ÿ importante ressaltar que o presente processo deverá continuar em
relação ao crime elencado no artigo 15 da lei 10.826/03, devendo a secretaria deste juÃ-zo proceder as
diligencias para realização de audiência de instrução, confome fl. 71
         Goianésia do Pará (PA), 03 de dezembro de 2021.           NATALIA
ARAÿJO SILVA JuÃ-za de Direito Substituta Respondendo pela Comarca de Goianésia do Pará/PA
Portaria 4061/2021-GPPROCESSO: 00014207820168140110 PROCESSO ANTIGO: ---
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): NATALIA ARAUJO SILVA A??o: Crimes Ambientais
em: 03/12/2021---AUTOR:MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARA DENUNCIADO:NOSEL NOVO
SECULO MOVEIS E ESQUADRIAS LTDA ME Representante(s): OAB 23885 - ENIO PAZIN
(ADVOGADO) . Processo: 0001420-78.2016.8.14.0110/ Meta 02 CNJ Autor: Ministério Público;
Denunciado: NOSEL - NOVO SECULO MOVEIS E ESQUADRIAS LTDA - ME. SENTENÿA I - Relatório.
         Trata-se de Ação Penal ajuizada pelo Ministério Público em face de NOSEL -
NOVO SECULO MOVEIS E ESQUADRIAS LTDA - ME em razão da suposta prática do crime do artigo
46, parágrafo único da Lei 9605/98. 1.     Denuncia (fls. 03/16); 2.     Decisão
interlocutória de recebimento da denúncia em 28/03/2016, e designando a audiência para transação
penal (fl. 17); 3.     Termo de audiência de fl. 45, consta que foi proposta transação penal, que
foi aceita pelo autor do fato. Contudo, não foi homologada por sentença.          Seguiram-
se os demais autos processuais.          ÿ o relatório. Decido. II - Fundamentação.
         Compulsando os autos, verifica-se que é hipótese de extinção da punibilidade
dos acusados em decorrência da prescrição da pena em abstrato.          A prescrição
é ¿instituto jurÃ-dico mediante o qual o Estado, por não ter tido capacidade de fazer valer o seu direito
de punir em determinado espaço de tempo previsto pela lei, faz com que ocorra a extinção da
punibilidade¿ (GRECO, Rogério. Curso de direito penal - parte geral. 7ª ed. Rio de Janeiro: Impetus,
2006, p. 10).          Portanto, é a perda do direito de o Estado punir conduta penalmente
ilÃ-cita, ou executar a punição, em razão do decurso do tempo.      No caso em tela, a pena
máxima da suposta conduta praticada pelo denunciado é de 1 (um) ano, portanto o prazo prescricional
é de 4 (quatro) anos, conforme art. 109, inciso V do CP, tendo sido interrompido por uma vez no
recebimento da denúncia (28.03.2016, fl. 17).          Logo, a pretensão punitiva estatal
deveria ter sido exercida no lapso temporal máximo de 04 (quatro) anos, o que não ocorreu, devendo
ser declarada de ofÃ-cio a prescrição da pretensão punitiva abstrata relativamente ao delito imputado
ao réu.          ÿ importante ressaltar que o juiz pode reconhecer de ofÃ-cio uma causa
extintiva da punibilidade (art. 61 do CPP), bem como que a homologação de transação penal não
é causa de suspensão ou de interrupção do curso do prazo prescricional.          Assim,
não tendo o Estado exercido o jus puniendi em tempo hábil, o reconhecimento da extinção da
punibilidade pela ocorrência da prescrição é medida que se impõe. III - DISPOSITIVO.Â
         Ante o exposto, JULGO EXTINTA A PUNIBILIDADE do acusado NOSEL - NOVO
SECULO MOVEIS E ESQUADRIAS LTDA - ME, relativamente ao delito descrito nos autos, com base 107,
inciso IV, do Código Penal.          Intime-se o Ministério Público pessoalmente com
remessa dos autos.          Deixo de determinar a intimação pessoal dos acusados, tendo
em vista a ausência de prejuÃ-zo para a sua defesa em sentenças absolutórias ou declaratórias
extintivas da punibilidade, consoante entendimento predominante no STJ.          Determino
que a Secretaria Judicial analise o Banco Nacional de Monitoramento de Prisão - BNMP, para averiguar
eventual mandado de prisão cadastrado. Se houver mandado cadastrado referente a este processo,
determino sua baixa imediatamente.           Feitas as necessárias comunicações e
transitada em julgado esta decisão, arquivem-se os autos, observadas as anotações de praxe.
         Goianésia do Pará (PA), 03 de dezembro de 2021. NATALIA ARAÿJO SILVA
JuÃ-za de Direito Substituta Respondendo pela Comarca de Goianésia do Pará/PA Portaria 4061/2021-
GPPROCESSO: 00019739620148140110 PROCESSO ANTIGO: ---
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): --- A??o: --- em: ---REQUERENTE: F. S. G.
Representante(s): OAB 7903 - IZILENE LOPES FERREIRA (ADVOGADO) REQUERIDO: R. M.
Representante(s): OAB 6635 - ARY FREITAS VELOSO (ADVOGADO) OAB 18208 - MELINA ROCHA
RODRIGUES (ADVOGADO) PROCESSO: 00026470620168140110 PROCESSO ANTIGO: ---
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): NATALIA ARAUJO SILVA A??o: Perda ou
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
DESPACHO
Da análise do sistema LIBRA, verifica-se que o feito está em andamento, mas sem prolaç¿o de sentença.
Ocorre que há sentença proferida nos autos (fls. 22/23), sendo erro do sistema Libra.
Ademais, verifica-se que n¿o há nos autos demonstraç¿o do cumprimento da sentença no tocante à
averbaç¿o da curatela.
Desse modo, procedeu-se contato com o Cartório do Único Ofício de S¿o Domingos do Capim ¿ PA / Vila
de Ipixuna (cartório onde o interditado foi registrado), tendo sido informado que a Vila de Ipixuna foi
desmembrada do Município de S¿o Domingos do Capim-PA e, os registros de nascimento, óbitos, etc.,
foram anexados ao Cartório de Ipixuna do Pará- PA.
Desta feita, determino a secretaria judicial que oficie ao Cartório de Ipixuna do Pará ¿PA, (CARTÓRIO DE
IPIXUNA DO PARÁ ¿ PA, contatos: (63) 98115-8736 ou (91)99606-9796 ¿ E-mail:
[email protected]), para que, no prazo de 15 (quinze) dias, cumpra a determinaç¿o da
sentença de fls. 22/23, e envie a 2ª via devidamente averbada a este juízo, sem custas e emolumentos,
visto que foi deferida a gratuidade de justiça.
Cumpra-se com urgência, tendo em vista o grande lapso temporal desde a prolaç¿o da sentença até o
presente momento, sem que houvesse a efetiva averbaç¿o na certid¿o do interditado.
Portaria 4061/2021-GP
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
COMARCA DE MOJÚ
Tendo em vista o disposto no artigo 357 do Código de Processo Civil, passo a proferir decis¿o de
saneamento e de organizaç¿o do processo.
Inicialmente, rejeito as preliminares arguidas na contestaç¿o, vez que é pacífico o entendimento a respeito
da responsabilidade solidária de toda a cadeia de fornecimento pela garantia de qualidade e adequaç¿o
do produto perante o consumidor (STJ - AgInt no AREsp: 1183072 SP 2017/0258478-5, Relator: Ministra
MARIA ISABEL GALLOTTI, Data de Julgamento: 02/10/2018, T4 - QUARTA TURMA, Data de Publicaç¿o:
DJe 16/10/2018). A propósito, colaciono a seguinte liç¿o doutrinária:
¿¿O CDC permite assim a visualizaç¿o da cadeia de fornecimento através da imposiç¿o da solidariedade
entre os fornecedores. O CDC imp¿e a solidariedade em matéria de defeito do serviço (art. 14 do CDC)
em contraponto aos arts. 12 e 13 do CDC, com responsabilidade objetiva imputada nominalmente a alguns
agentes econômicos. Também nos arts. 18 e 20 a responsabilidade é imputada a toda a cadeia, n¿o
importando quem contratou com o consumidor. Segundo o parágrafo único do art. 7º, tendo mais de um
autor a ofensa, todos responder¿o solidariamente pela reparaç¿o dos danos previstos nas normas de
consumo, disposiç¿o que vem repetida no art. 25, §1º¿¿. (MARQUES, Cláudia Lima et alii. Comentários
ao código de defesa do consumidor. S¿o Paulo: RT, 2004, p. 188).
Como se vê, s¿o responsáveis pelo vício do produto todos os que ajudaram a colocá-lo no mercado, seja
fabricante, comerciante ou distribuidor, estando regular o polo passivo da presente demanda.
Fixo como pontos controvertidos a existência e o quantum dos danos decorrentes do evento narrado na
inicial.
Segundo prelecionam Luiz Guilherme Marinoni e Daniel Mitidiero: ¿¿Só se pode inverter o que está vertido
¿ vale dizer, aquilo que já está estabelecido. A dinamizaç¿o do ônus da prova ocorre mediante declaraç¿o
judicial. A invers¿o, mediante constituiç¿o, porque há alteraç¿o de algo já instituído. É impróprio, portanto,
falar em inverso do ônus da prova a propósito da dinamizaç¿o.¿ (O Projeto do CPC ¿ Críticas e Propostas
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
Em suma, ¿¿o juiz poderá, a partir da análise, no caso concreto, de quem está em melhores condiç¿es de
produzir a prova, distribuir o respectivo ônus entre as partes, de forma diversa daquela fixada na lei.¿¿
(Primeiros Comentários ao Novo Código de Processo Civil Artigo por Artigo, Teresa Arruda Alvim
Wambier, Maria Lúcia Lins Conceiç¿o, Leonardo Ferres da Silva Ribeiro e Rogério Licastro Torres de
Mello, RT, página 650).
Cumpre advertir que ¿¿a facilidade, dificuldade ou impossibilidade está relacionada ao aspecto técnico, e
no econômico pois, em relaç¿o a este, há regras da assistência judiciária gratuita.¿¿ (Primeiros
Comentários ao Novo Código de Processo Civil Artigo por Artigo, Teresa Arruda Alvim Wambier, Maria
Lúcia Lins Conceiç¿o, Leonardo Ferres da Silva Ribeiro e Rogério Licastro Torres de Mello, RT, página
650). No mesmo sentido é a doutrina de William Santos Ferreira: ¿¿A quest¿o exclusivamente econômica
no justifica a distribuiç¿o dinâmica do ônus da prova, a soluço da desigualdade econômica tem
mecanismos próprios de reequilíbrio e que se voltam para a assistência jurídica integral garantida
constitucionalmente e a ser prestada pelo Estado (art. 5º, LXXXIV, da CF), o que é uma soluço pelo
instrumento e no pelo momento de julgamento. Hipossuficiência econômica no estado democrático no
pode ser franqueadora isolada de decis¿o de mérito favorável sem prova.¿¿ (Breves Comentários ao
Novo Código de Processo Civil, obra coletiva coordenada por Teresa Arruda Alvim Wambier, Fredie Didier
Jr., Eduardo Talamini e Bruno Dantas, RT, página 1009).
Fixadas essas premissas, s¿o requisitos cumulativos para distribuiç¿o dinâmica do ônus da prova,
segundo William Santos Ferreira (Breves Comentários ao Novo Código de Processo Civil, obra coletiva
coordenada por Teresa Arruda Alvim Wambier, Fredie Didier Jr., Eduardo Talamini e Bruno Dantas, RT,
página 1008):
2) Impossibilidade ou excessiva dificuldade (que é menos do que impossível, ainda que denotando
situaç¿o extremada) de cumprir o encargo previsto no caput, para a parte que será desonerada;
3) Maior facilidade de obtenç¿o de prova do fato contrário para a parte onerada judicialmente;
5) Ser possível conceder à parte onerada oportunidade (contraditório e ampla defesa) para se
desincumbir do ônus excepcional.
Dentro deste quadro técnico-jurídico, na espécie vertente, entendo cabível a invers¿o do ônus da prova
em favor da parte autora, que ora determino com fulcro no art. 6º, VIII, do CDC.
Nos termos do § 4º do artigo 357 do CPC, fixo o prazo comum de 15 (quinze) dias para que as partes
apresentem rol de testemunhas, sob pena de preclus¿o, com os requisitos estabelecidos no artigo 450 do
CPC (nome, a profiss¿o, o estado civil, a idade, o número de inscriç¿o no Cadastro de Pessoas Físicas, o
número de registro de identidade e o endereço completo da residência e do local de trabalho) e observado
o limite quantitativo disposto no § 6º do citado artigo 357 também do CPC.
Por força do disposto no artigo 445, caput, do Código de Processo Civil, cabe ao advogado da parte
informar ou intimar por carta com aviso de recebimento a testemunha por ele arrolada do dia, da hora e do
local da audiência designada, dispensando-se a intimaç¿o do juízo, cumprindo ao advogado juntar aos
autos, com antecedência de pelo menos 3 (três) dias da data da audiência, cópia da correspondência de
intimaç¿o e do comprovante de recebimento. A inércia na realizaç¿o da intimaç¿o importa desistência da
inquiriç¿o da testemunha (CPC, artigo 455, § 3º). A intimaç¿o será feita pela via judicial quando houver
sido arrolada pela Defensoria Pública (CPC, artigo 455, § 4º, IV).
Intimem-se as partes, inclusive para os fins do art. 357, § 1º, do CPC, observando-se as prerrogativas
legais da Defensoria Pública.
Intimo o autor para, no prazo acima estabelecido, promover a citaç¿o do espólio, de quem for o sucessor
ou, se for o caso, dos herdeiros do réu, nos termos do art. 313, § 2º, inciso I, do CPC.
Publique-se.
Decorrido o prazo supra deverá o autor promover o andamento do feito nos 15 dias subsequentes, sob
pena de extinç¿o do processo sem resoluç¿o do mérito.
ATO ORDINATÓRIO
ANTE o que dispõe o art. 93, inciso XIV da CF/88, art. 1º da Emenda Constitucional nº 45/2004, art. 162. §
4º do CPC. Provimento nº 006/2009-CJCI, Art. 1º, inciso VII, visando maior celeridade processual,
concernente aos atos processuais de mero expediente sem caráter decisório, apresentado o Laudo,
FICAM as partes intimadas para que, no prazo comum de 15 (quinze) dias, manifestarem-se a respeito do
Laudo do exame de DNA.
Publique-se.
Diretora de Secretaria
do Supermercado. Depois de saírem, seguiram pela Rua Laudo Sodré, passaram pela praça e chegaram
na feira onde desceram na ponto e tomaram de assalto uma embarcação e fugiram rio acima. Devido o
óleo da embarcação da fuga ter acabado, pararam as martes do rio no local de nome Condomínio, área
que ¿TATU¿ conhecia e também um dos reféns, sendo que neste local soltaram dois reféns e se
embrenharam na mata, local onde se esconderam e dividiram o dinheiro. Cada participante do assalto
recebeu cerca de R$ 1.100 (um mil e cem reais). Por volta das 21h, resolveram liberar os reféns restantes.
Por volta das 3h, já do dia 31/10, conseguiram chegar na Rodovia PA-150, local onde se separaram e
foram se encontrar em Barcarena. Posteriormente, ¿YOYO¿ e ¿EDILSON¿ e ¿NEGUINHO¿ foram
embora, ficando na rua a Prainha, Casa n. 03, localizada na Vila do Conde. Neste local, foram cercados e
presos por um equipde de policiais militares e presos na posse de várias armas de fogo. ... A denúncia
veio instruída com o Inquérito Policial, sendo recebida através da deliberação de fl. 71. Às fls. 73/77, 78/82
e 83/91, constam Defesas escritas dos réus. Durante a instrução, foram realizadas as oitivas da vítima, de
nove (09) testemunhas, sendo cinco arroladas pela acusação e quatro pela Defesa e ao fim os
interrogatórios dos acusados. Às fls. 162/164, laudo pericial realizado nas armas de fogo apreendidas. Em
alegações finais (fls. 193/199), o autor da ação penal, após fazer um longo apanhado da instrução
processual, entendeu ter ficado comprovada a autoria e a materialidade do crime, constante da denúncia,
pugnando, ao fim, pela condenação dos acusados nas sanções dos crimes de roubo qualificado e de
formação de quadrilha armada (Art. 157, § 2º., inciso I, II e V, e art. 288, Parágrafo Único, do Código
Penal). A Defensoria Pública, no patrocínio dos acusados Jeferson da Silva Santos e Rosivan Nogueira
Canuto, às fls. 201/206, pediu sua absolvição ao fundamento de que as provas da autoria delituosa do
crime de roubo qualificado seriam frágeis e que deveria ser aplicado ao caso o brocardo in dubio pro reo;
sustentou, ainda, não ter restado caracterizado o crime de quadrilha ou bando, por não ter sido
demonstrada a estabilidade e a permanência da associação criminosa. O Defensor dos acusados Edson
Nunes Souza e Fábio Dias Almeida, também sustenta a tese absolutória de insuficiência de provas quanto
à autoria delitiva. Assim relatados, DECIDO. Imputam-se aos acusados a prática dos crimes de roubo
qualificado e de bando armado, previstos no art. 157, § 2º., incisos I, II e V, e art. 288, Parágrafo Único, do
Código Penal. 1. DO CRIME DE ROUBO QUALIFICADO Restou demonstrada a materialidade com o auto
de apresentação e apreensão e laudo pericial, de fls. 26 e 162/163. Por outro lado, a autoria delituosa
também ficou provada nos termos da denúncia, fazendo-se, entretanto, necessário transcrever os
depoimentos colhidos durante a instrução processual. A vítima N.V.P., em juízo (fls. 108/109), declarou: ...
Que por volta das 12:10 ou 12:20 horas, estava no caixa do supermercado e pediu para que uma
funcionária fechasse a porta do estabelecimento para que passassem a atender só as pessoas que
estavam dentro; Que antes de conseguir fechar a última porta, uma pessoa se aproximou dizendo que era
um assalto; ... Que abriu a gaveta e estava com R$ 7.200,00 (sete mil e duzentos reais), que era a renda;
... Que eram seis os assaltantes e cada um pegou um dos funcionários e saíram pela porta de trás; ... Que
saíram em via publica rendidos pelos assaltantes; ... Que foram até o cais do porto na beira rio; ... Que os
seis assaltantes e os seis reféns entraram em uma embarcação; ... Que prosseguiram quatro reféns e seis
assaltantes; ... Que uma hora e meia depois de viagem de barco, desceram em um local que não conhece;
Que foram pela margem esquerda do rio; ... Que ficaram de uma e meia ou seja de 13:30 horas da tarde
até as 21:00 horas, caminhando na mata fechada; Que ao chegar próximo a localidade do condomínio
foram liberados; ... Que não conhecia nenhum dos acusados, mas ouviu comentários dos populares que
os assaltantes eram CORRETE, FABIO e TATU; ... Que em nenhum momento ouviu falar do envolvimento
de Iô Iô no fato; ... A testemunha Victo Cezar da Gama Monteiro, em juízo (fls. 109/110), declarou: ... Que
recorda que o CB Luciano abriu a porta do supermercado e imediatamente deram um tiro; Que acertou o
seu colete a prova de balas; ... Que viu quando eles saíram uma quatro casas além do supermercado;
Que eles já estava com os seis reféns com a arma em punho; ... Que eles foram andando com os reféns
até chegar a beira do rio; Que eles pegaram uma rabeta e foram com os reféns; Que pegaram outra rabeta
e foram atrás; ... Que eles foram liberando os reféns aos poucos; Que o último refém a ser liberado foi o
proprietário do supermercado que foi liberado por volta das nove horas da noite; que já tinha ouvido falar
dos nomes de TATU, IÔ IÔ e CORRETE; Que não visualisou Iô Iô junto com os assaltantes, mas segundo
testemunhas ele estaria lá; Que recorda que Fabio ou Correte disse que Iô Iô estava envolvido no assalto;
Que eles confessaram que eles participaram do assalto; ... Que depois foram até a casa de Iô Iô e os
prenderam; Que nada foi encontrado em poder de Iô Iô; ... Que ouviu quando FABIO fez a confissão da
delegacia de Barcarena; Que não conseguiu visualisar com precisão os rostos dos assaltantes, mas a
estatura física era parecida com as estaturas dos três; ... (grifou-se) ueu; ... (grifou-se) A testemunha
Marcia do Espirito Santo, em juízo (fl. 110), declarou: ... confirma integralmente o depoimento prestado na
delegacia de polícia às fls. 62; ... Que era normal FABIO sumir por uns dias; ... Na polícia (fl. 55), relatou:
Que a declarante convive maritalmente com o nacional FABIO DIAS ALMEIDA, conhecido como FABIO,
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sido IÔ IÔ que chamou os elementos NEGUINHO e EDILSON, sendo quem mencionou a respeito da
existência de dinheiro no estabelecimento mencionado e que teria permanecido fora do estabelecimento
com a intenção de dar fuga aos integrantes do bando. O acusado Jeferson da Silva Santos em juízo (fls.
181/183) também negou a prática do crime, afirmando ter sido preso por se encontrar morando em um
conjunto de quartos onde em um deles teriam sido encontradas várias armas; afirmou que o acusado
Rosivan também foi preso em um dos quartos, tendo visto os policiais retornando dos quartos com quatro
armas de fogo apreendidas; afirma ter sido espancado na Depol para assinar sua confissão. Também na
fase policial (fls. 14/15), o mesmo confessou a prática delituosa, com riqueza de detalhes, onde informou
haver tomado conhecimento de que no estabelecimento da vítima o proprietário guardava a quantia de
cem mil reais, tomando conhecimento de que o grupo do acusado FABIO estava interessado em praticar o
assalto e que resolveu integrar o grupo por possuir uma arma de fogo; afirmou que três criminosos teriam
vindo de Belém, a convite de FABIO. Eis a síntese da prova oral colhida durante a instrução; em que pese
o esforço dos Defensores, tais provas apontam indubitavelmente aos quatro acusados como autores do
delito. Registre-se que o policial Edir Luciano da Cunha confirmou que os quatro acusados participaram do
assalto, ressaltando inclusive que já os conhecia anteriormente. A testemunha Marcia do Espirito Santo,
companheira do acusado FABIO, também informou ter sido este convidado por dois elementos
desconhecidos para praticar o assalto e que teria saído de seu local de trabalho com os dois, ressaltando
que os acusados de apelido CORRETE e TATU também participaram do delito. A testemunha Victo Cezar
da Gama Monteiro relatou ter presenciado os acusados FABIO e CORRETE confessando o crime na
Delegacia de Polícia e que um deles teria apontado o acusado Edson (IÔ IÔ) como um dos autores do
delito. Cumpre também destacar que por ocasião da prisão dos acusados Jeferson, Rosivan e Fábio,
foram apreendias quatro armas de fogo, que teriam sido utilizadas para o crime, além de dinheiro e
aparelhos celulares, conforme auto de apresentação e apreensão, de fl. 25. Por fim, os acusados também
são importantes as confissões dos acusados Jeferson, Rosivan e Fábio na fase policial, onde, conforme já
mencionado, narraram o crime com riqueza de detalhes, inclusive o modus operandi utilizado para a
prática do delito, sendo tais versões extremamente coincidentes com os fatos afirmados pela vítima e
testemunhas. Assim, a retratação de tais acusados em juízo encontram-se totalmente isoladas no
contexto; na verdade, a versão que mais se harmoniza com o conjunto probatório é aquela prestada pelos
referidos réus na fase policial. Em razão do reconhecimento da confissão extrajudicial dos referidos
acusados, resta caracterizada a atenuante de confissão espontânea, contida no art. 65, III, d, do CPB.
Com efeito, este magistrado está convicto da participação dos quatro acusados no evento delituoso, nos
termos do art. 29, do CPB, encontrando-se provado: a) o concurso de agentes (seis no total); b) a
relevância causal da conduta de cada um dos réus para a prática do crime (todos participaram ativamente
do assalto); c) o liame subjetivo dos denunciados (está claro o vínculo psicológico que une os réus para a
prática da mesma infração); e, d) a intenção dos acusados de praticar o crime de roubo, narrado na
denúncia, sendo que todos os acusados estavam voltados para o mesmo desiderato, ligados pelo mesmo
liame subjetivo, qual seja, o de praticar um assalto e com a vítima certa. Assim, são verdadeiros coautores
do crime em espécie, pois, segundo Doutrina de Luiz Regis Prado, a delimitação entre coautoria e
participação deve ser resolvida através do critério do domínio do fato, criado por Claus Roxin, abaixo
transcrita: O princípio do domínio do fato significa 'tomar nas mãos o decorrer do acontecimento típico
compreendido pelo dolo'. Pode ele expressar em domínio da vontade (autor direto e mediato) e domínio
funcional do fato (co-autor). Tem-se como autor aquele que domina finalmente a realização do tipo de
injusto. Co-autor aquele que, de acordo com um plano delitivo, presta contribuição independente,
essencial à prática do delito ¿ não obrigatoriamente em sua execução. Na co-autoria, o domínio do fato é
comum a várias pessoas. Assim, todo co-autor (que também é autor) deve possuir o co-domínio do fato -
princípio da divisão de trabalho. (Curso de Direito Penal Brasileiro. vol. 1 - Parte Geral, São Paulo: Editora
Revista dos Tribunais, 2002, p. 397) Por outro lado, a alegação dos réus Jeferson, Rosivan e Fábio de que
teriam sido agredidos para confessar em juízo não foi comprovada, sendo que a referida tese, diante de
todas as circunstâncias narradas, deveria ser provada pela Defesa, nos termos do art. 156, do CPP, o que
não ocorreu. Por fim, não há que se falar em fragilidade ou falta de provas em relação à autoria delituosa,
havendo substrato suficiente da participação dos réus no evento delituoso. Com efeito, sabe-se que a
existência do delito de roubo depende da subtração de coisa alheia móvel para si ou para outrem,
mediante violência ou grave ameaça; ora, há provas nos autos de terem os acusados subtraído do
estabelecimento comercial da vítima a importância de R$ 7.000,00 (sete mil reais) em espécie, mediante
ameaça, ficando assim caracterizado o ilícito constante do art. 157, do CPB. Com relação à qualificadora,
prevista no § 2º, I, do art. 157, do CP, qual seja, a ameaça exercida com emprego de arma, encontra-se
provada nos autos com os depoimentos da vítima, em juízo, e com a prova testemunhal e material (fls. 65
e 162/163). Quanto à qualificadora, constante do inciso II, do citado dispositivo - concurso de duas ou mais
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pessoas -, esta também restou provada com os depoimentos da vítima e das testemunhas. Cumpre,
ainda, ressaltar que a privação de liberdade da vítima durante a prática delituosa, que permaneceu como
refém dos criminosos conforme informou em juízo - por cerca de 7 a 8 horas -, se deu apenas como
garantia contra a ação policial, tratando-se, assim, de crimemeio, que restou absorvido pelo crime-fim, de
acordo com o princípio da subsunção, aplicando-se ao caso concreto a causa de aumento de pena contida
no art. 157, §2º., V, do CPB. Neste sentido é o ensinamento de Rogério Greco: A doutrina tem visualisado
duas situações que permitiriam a incidência da causa de aumento de pena em questão, a saber: a)
quando a privação da liberdade da vítima for um meio de execução do roubo; b) quando essa mesma
privação de liberdade for uma garantia, em benefício do agente, contra a ação policial. (grifou-se) (Código
Penal Comentado, 4ª. Ed., Niterói, RJ, Impetus, 2010, pág. 413) 2. DO CRIME PREVISTO NO ART. 288,
PARÁGRAFO ÚNICO, DO CPB Para análise do tipo penal, necessário fazer citação do disposto no artigo
288 do Código Penal, in verbis: Art. 288. Associarem-se mais de três pessoas, em quadrilha ou bando,
para o fim de cometerem crimes Pela leitura do referido dispositivo, conclui-se que para configuração do
crime, dos seguintes requisitos: a) Concurso necessário de pelo menos quatro pessoas; b) Finalidade
específica dos agentes voltada ao cometimento de delitos - prática de uma série indeterminada de delitos;
c) Exigência de estabilidade e de permanência da associação criminosa - duradoura atuação em comum
ou vínculo associativo permanente para fins criminosos. Pelo que resultou da instrução criminal, entendo
não ter restado configurado o crime em comento, vez que muito embora tenha havido concurso de mais de
três pessoas, não ficou demonstrada a intenção de seus integrantes de se reunir, de forma estável e
duradoura, para a prática de crimes de roubo. 3. DO DISPOSITIVO Ante o exposto, e por tudo mais que
dos autos consta, JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE a pretensão punitiva do Estado, para: a)
CONDENAR os réus JEFERSON DA SILVA SANTOS, EDSON NUNES SOUZA, ROSIVAN NOGUEIRA
CANUTO e FÁBIO DIAS ALMEIDA nas penas do art. 157, § 2o., incisos I, II e V, c/c art. 29, todos do CPB;
b) ABSOLVER os acusados da imputação constante do art. 288, parágrafo Único, do CPB, com base no
art. 386, VII, do CPP. APLICAÇÃO DAS PENAS: PRIVATIVA DE LIBERDADE E DE MULTA 1. EM
RELAÇÃO AO ACUSADO JEFERSON DA SILVA SANTOS Fulcrado no art. 59 do mesmo diploma legal,
passo à dosimetria da pena: 1. Culpabilidade: a censurabilidade traduzida pelo grau máximo de
censurabilidade da conduta do acusado; 2. Antecedentes: o réu é primário e não registra antecedentes
criminais; 3. Conduta Social: nada há sobre a conduta social do réu, pelo que deixo de valorá-la; 4.
Personalidade: nada há sobre a personalidade do réu, pelo que deixo de valorá-la; 5. Motivos: são comuns
à espécie, pelo que deixo de valorá-la; 6. Circunstâncias: são desfavoráveis ao réu, vez que o crime foi
premeditado, sendo que os criminosos obrigaram a vítima e reféns a caminhar em mata densa, por cerca
de sete a oito horas, para fugir da polícia; 7. Conseqüências: foram extremas, diante da vultosa quantidade
de dinheiro subtraído, sendo recuperada pequena parte, além do sério trauma psicológico causado à
vítima e aos reféns. 8. Comportamento da vítima: a vítima em nada contribuiu para o deslinde do crime.
Diante de tais diretrizes, fixo as penas-bases em seis (06) anos e quatro (04) meses de reclusão e
cinquenta (50) dias-multa; por reconhecer a circunstância atenuante contida no art. 65, III, d, do CPB, pelo
que reduzo a pena em dois (02) meses e cinco (05) dias-multa; não existem circunstâncias nem
agravantes, muito menos causas de diminuição de pena; todavia, tenho que acrescer as penas em 1/3,
atento às três circunstâncias qualificadoras, pelo que torno as penas privativa de liberdade e de multa
concretas, definitivas e finais em oito (08) anos, dois (02) meses e vinte (20) dias, e sessenta (60) dias-
multa, sendo o diamulta calculado no valor unitário de um trigésimo do salário mínimo vigente ao tempo do
fato. A pena deverá ser cumprida, inicialmente, em regime fechado, nos termos do art. 33, §1º., alínea a,
c/c § 2o., alínea a, do CPB, no Centro de Recuperação onde está custodiado. 2. EM RELAÇÃO AO
ACUSADO ROSIVAN NOGUEIRA CANUTO Fulcrado no art. 59 do mesmo diploma legal, passo à
dosimetria da pena: 1. Culpabilidade: a censurabilidade traduzida pelo grau máximo de censurabilidade da
conduta do acusado; 2. Antecedentes: o réu é primário e não registra antecedentes criminais; 3. Conduta
Social: nada há sobre a conduta social do réu, pelo que deixo de valorá-la; 4. Personalidade: nada há
sobre a personalidade do réu, pelo que deixo de valorá-la; 5. Motivos: são comuns à espécie, pelo que
deixo de valorá-la; 6. Circunstâncias: são desfavoráveis ao réu, vez que o crime foi premeditado, sendo
que os criminosos obrigaram a vítima e reféns a caminhar em mata densa, por cerca de sete a oito horas,
para fugir da polícia; 7. Conseqüências: foram extremas, diante da vultosa quantidade de dinheiro
subtraído, sendo recuperada pequena parte, além do sério trauma psicológico causado à vítima e aos
reféns. 8. Comportamento da vítima: a vítima em nada contribuiu para o deslinde do crime. Diante de tais
diretrizes, fixo as penas-bases em seis (06) anos e quatro (04) meses de reclusão e cinquenta (50) dias-
multa; por reconhecer a circunstância atenuante contidas no art. 65, III, d, do CPB, pelo que reduzo a pena
em dois (02) meses e cinco (05) dias-multa; não existem circunstâncias nem agravantes, muito menos
causas de diminuição de pena; todavia, tenho que acrescer as penas em 1/3, atento às três circunstâncias
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
qualificadoras, pelo que torno as penas privativa de liberdade e de multa concretas, definitivas e finais em
oito (08) anos, dois (02) meses e vinte (20) dias, e sessenta (60) dias-multa, sendo o dia-multa calculado
no valor unitário de um trigésimo do salário mínimo vigente ao tempo do fato. A pena deverá ser cumprida,
inicialmente, em regime fechado, nos termos do art. 33, §1º., alínea a, c/c § 2o., alínea a, do CPB, no
Centro de Recuperação onde está custodiado. 3. EM RELAÇÃO AO ACUSADO FÁBIO DIAS ALMEIDA
Fulcrado no art. 59 do mesmo diploma legal, passo à dosimetria da pena: 1. Culpabilidade: a
censurabilidade traduzida pelo grau máximo de censurabilidade da conduta do acusado; 2. Antecedentes:
o réu é primário e não registra antecedentes criminais; 3. Conduta Social: há informação nos autos de que
o acusado trabalhava, sendo assim valorado de forma favorável; 4. Personalidade: nada há sobre a
personalidade do réu, pelo que deixo de valorá-la; 5. Motivos: são comuns à espécie, pelo que deixo de
valorá-la; 6. Circunstâncias: são desfavoráveis ao réu, vez que o crime foi premeditado, sendo que os
criminosos obrigaram a vítima e reféns a caminhar em mata densa, por cerca de sete a oito horas, para
fugir da polícia; 7. Conseqüências: foram extremas, diante da vultosa quantidade de dinheiro subtraído,
sendo recuperada pequena parte, além do sério trauma psicológico causado à vítima e aos reféns. 8.
Comportamento da vítima: a vítima em nada contribuiu para o deslinde do crime. Diante de tais diretrizes,
fixo as penas-bases em seis (06) anos e quatro (04) meses de reclusão e cinquenta (50) dias-multa; por
reconhecer a circunstância atenuante contidas no art. 65, III, d, do CPB, pelo que reduzo a pena em dois
(02) meses e cinco (05) dias-multa; não existem circunstâncias nem agravantes, muito menos causas de
diminuição de pena; todavia, tenho que acrescer as penas em 1/3, atento às três circunstâncias
qualificadoras, pelo que torno as penas privativa de liberdade e de multa concretas, definitivas e finais em
oito (08) anos, dois (02) meses e vinte (20) dias, e sessenta (60) dias-multa, sendo o diamulta calculado
no valor unitário de um trigésimo do salário mínimo vigente ao tempo do fato. A pena deverá ser cumprida,
inicialmente, em regime fechado, nos termos do art. 33, §1º., alínea a, c/c § 2o., alínea a, do CPB, no
Centro de Recuperação onde está custodiado. 3. EM RELAÇÃO AO ACUSADO EDSON NUNES SOUZA
Fulcrado no art. 59 do mesmo diploma legal, passo à dosimetria da pena: 1. Culpabilidade: a
censurabilidade traduzida pelo grau máximo de censurabilidade da conduta do acusado; 2. Antecedentes:
o réu é primário e não registra antecedentes criminais; 3. Conduta Social: há informação nos autos de que
o acusado trabalhava, sendo assim valorado de forma favorável; 4. Personalidade: nada há sobre a
personalidade do réu, pelo que deixo de valorá-la; 5. Motivos: são comuns à espécie, pelo que deixo de
valorá-la; 6. Circunstâncias: são desfavoráveis ao réu, vez que o crime foi premeditado, sendo que os
criminosos obrigaram a vítima e reféns a caminhar em mata densa, por cerca de sete a oito horas, para
fugir da polícia; 7. Conseqüências: foram extremas, diante da vultosa quantidade de dinheiro subtraído,
sendo recuperada pequena parte, além do sério trauma psicológico causado à vítima e aos reféns. 8.
Comportamento da vítima: a vítima em nada contribuiu para o deslinde do crime. Diante de tais diretrizes,
fixo as penas-bases em seis (06) anos e quatro (04) meses de reclusão e cinquenta (50) dias-multa; não
existem circunstâncias atenuantes e nem agravantes, muito menos causas de diminuição de pena;
todavia, tenho que acrescer as penas em 1/3, atento às três circunstâncias qualificadoras, pelo que torno
as penas privativa de liberdade e de multa concretas, definitivas e finais em oito (08) anos, cinco (05)
meses e dez (10) dias, e sessenta e seis (66) dias-multa, sendo o dia-multa calculado no valor unitário de
um trigésimo do salário mínimo vigente ao tempo do fato. A pena deverá ser cumprida, inicialmente, em
regime fechado, nos termos do art. 33, §1º., alínea a, c/c § 2o., alínea a, do CPB, no Centro de
Recuperação onde está custodiado. DA NECESSIDADE DE MANUTENÇÃO DA PRISÃO CAUTELAR
Diante das circunstâncias do crime e do modus operandi como foi praticado, com a utilização de armas de
fogo, ameaças, pressão psicológica, extrema ousadia e concurso de pessoas (SEIS), demonstrada a
periculosidade do grupo. Note-se, ainda, que outros assaltantes, que participaram do delito, fugiram e não
foram presos pela polícia. Tais fatos justificam a necessidade de manutenção de sua custódia provisória
para fins de GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA (art. 312, do CPP). Assim, mantenho a custódia cautelar.
DA REPARAÇÃO DO DANO Considerando a informação da vítima, de que teriam sido roubados cerca de
R$ 7.000,00 em dinheiro, fixo tal valor para reparação dos danos causados, que deverá ser arcada pelos
denunciados, de forma solidária, em razão da infração, com fulcro no art. 387, IV, do CPP (com as
alterações introduzidas pela Lei 11.719/2008). DA EXPEDIÇÃO DE GUIA DE EXECUÇÃO E DEMAIS
PROVIDÊNCIAS Havendo recurso da presente sentença, deverá a secretaria expedir a competente Guia
de Execução Provisória, no prazo máximo de cinco (05) dias de sua interposição, tudo nos termos do
Parágrafo Único, do art. 4º., da Resolução no. 16/2007¿GP, remetendo tal guia para a Vara de Execução
Penal competente. Nos termos do Provimento 02/2008, da Corregedoria das Comarcas do Interior,
determino que seja cientificado o Diretor do Estabelecimento Penal, onde os acusados se encontram
custodiados. Transitada em julgado esta decisão: 1. Lancem-se os nomes dos acusados no rol dos
culpados, atendendo ao disposto no art. 5º., LVII, da CF/88; 2. Oficiem-se aos Órgãos Estatístico-criminais
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
do Estado, para as anotações devidas; 3. Expeçam-se as Cartas de guia, para os devidos fins. 4. Oficie-se
à Justiça Eleitoral para fins de suspensão dos direitos políticos dos acusados (CF, art. 15, III). 5. Dê-se
ciência ao ofendido da presente decisão, nos termos do art. 201, §2o., do CPP. CÓPIA DESTA SERVE
COMO PRECATÓRIA, para fins de intimação dos acusados da sentença. Isento de custas. P.R.I.C. Moju
(Pa), 26 de Junho de 2012. CESAR AUGUSTO PUTY PAIVA RODRIGUES Juiz de Direito da Vara Única
da Comarca de Moju.
__________________________________________________________________________________
COMARCA DE IGARAPÉ-MIRI
SENA PANTOJA Representante(s): OAB 5791 - MANOEL DE JESUS LOBATO XAVIER (ADVOGADO)
REQUERIDO:BANCO BMG BANCO ITAU BMG CONSIGNADO SA Representante(s): OAB 3672 -
SERGIO ANTONIO FERREIRA GALVAO (ADVOGADO) OAB 22311 - HASSEN SALES RAMOS FILHO
(ADVOGADO) OAB 30447 - FAUNA MARIANA LEAL NASCIMENTO (ADVOGADO) . PODER
JUDICIÃRIO DO ESTADO DO PARÃ JUÃZO DE DIREITO DA VARA ÃNICA DA COMARCA DE
IGARAPÃ-MIRI Fórum Des. Manoel Maroja Neto- Trav. Quintino Bocaiuva, s/n, Centro, Igarapé-Miri/PA,
CEP 68430-000, Tel./fax (91) 3755-1866, e-mail: [email protected] Processo 0001429-
13.2016.8.14.0022- TERMO DE AUDIÃNCIA Audiência Realizada no dia 22/11/2021     Â
PROCESSO N° 0001429-13.2016.8.14.0022      CLASSE: AÃÃO DECLATÃRIA DE
INEXISTÃNCIA DE DÃBITO C/C INDENIZAÃÃO POR DANOS MORAIS E RESITUIÃÃO EM DOBRO
POR INDÃBITO Â Â Â Â Â REQUERENTE: MARIA JULIA DE SENA PANTOJA Â Â Â Â Â ADVOGADO:
MANOEL DE JESUS LOBATO XAVIER - OAB/PA 5791. Â Â Â Â Â REQUERIDO: BANCO ITAU BMG
CONSIGNADO S.A      TERMO DE AUDIÃNCIA        Ao décimo segundo (22) dia do
mês de novembro (11) de dois mil e vinte e um (2021), às 10hs30min, nesta cidade e Comarca de
Igarapé-Miri, Estado do Pará, dentro do ambiente Microsoft Teams, em razão da pandemia da Covid-
19 e conforme a PORTARIA CONJUNTA N° 5/2020-GPNP/CJRMB/CJCI, de 23 de março de 2020 e
PORTARIA CONJUNTA N° 10/2020-GPNP/CJRMB/CJCI, DE 15 DE MAIO DE 2020. Presente o Juiz de
Direito Arnaldo José Gomes Pedrosa. Presente o requerente Maria Julia De Sena Pantoja, devidamente
acompanhado pelo seu advogado Manoel De Jesus Lobato Xavier - OAB/PA 5791. Presente a preposta
do requerido Leonardo Rodrigues Marques - RG nº 4589884, devidamente acompanhado pelo advogado
Hassen Sales Ramos Filho OAB/PA 22.311. ABERTA A AUDIÃNCIA pelo MM. Juiz de Direito, a
audiência passou a ser realizada por meio de videoconferência, com gravação audiovisual,
utilizando-se o sistema TEAMS, nos termos da PORTARIA CONJUNTA N°7/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI,
de 28 de abril de 2020, sendo dispensada sua assinatura, com a anuência das partes.        A
parte requerida declarou não possuir proposta de acordo.        A conciliação restou-se
infrutÃ-fera.             Passou a ouvir o requerente, cujas declarações foram registradas
em gravação audiovisual, conforme mÃ-dia em anexo.        Dada a palavra ao advogado da
parte autora, apresentou as razões finais de forma oral, conforme mÃ-dia (DVD) em anexo.       Â
Dada a palavra ao advogado da parte requerida de forma oral, conforme mÃ-dia (DVD) em anexo. Â Â Â Â
 O Juiz passou a sentenciar em audiência: SENTENÃA      Trata-se de AÃÃO DECLATÃRIA DE
INEXISTÃNCIA DE DÃBITO C/C INDENIZAÃÃO POR DANOS MORAIS E RESITUIÃÃO EM DOBRO
POR INDÃBITO, proposta por MARIA JULIA DE SENA PANTOJA em face de BANCO ITAU BMG
CONSIGNADO S.A.      Deferido a Justiça Gratuita, conforme fl. 40.      Apresentado a
contestação e documentos em anexo, conforme fls. 48/68.      à o relatório.      Passo Ã
fundamentação. » DO MÃRITO      Compulsando os autos, verifica-se que é caso de
procedência parcial da presente demanda. Explico.      O artigo 355, I do CPC ressalta que o
ônus da prova incumbe ao autor, quanto ao fato constitutivo do seu direito.      Pois bem, no
presente caso concreto, a parte autora conseguiu demonstrar o fato constitutivo de seu direito,
notadamente no que concerne aos descontos realizados de forma indevida pela parte ré.     Â
Restou comprovado também, que mesmo devidamente citada para apresentar a contestação, a parte
requerida não apresentou argumentos ou provas que pudessem convencer esse magistrado.     Â
Trata-se de relação de consumo de maneira que houve a inversão do ônus da prova, o Banco nem
se quer apresentou qualquer documento que pudesse demonstrar a vontade da requerida ou manifestar o
desejo de realizar o negócio jurÃ-dico, sendo um dos requisitos de validade do negócio jurÃ-dico,
conforme a teoria de Pontes de Miranda, na qual afirma os três planos: De existência, de validade e de
eficácia.      Os descontos do contrato de empréstimo foram realizados na conta da requerente,
sem a sua devida autorização, conforme demostrado nos autos, sendo que resta provados que os
descontos foram realizados.      A autora, enquanto consumidora, tem direito à inversão do ônus
da prova, embora seja desnecessário no caso em exame. Ora, se a autora está requerendo a ação
de indenização de danos morais cumulada com Obrigação de fazer.      O ônus da prova
incumbe a quem alega e, no caso, o réu não comprovou a existência do contrato.      Sendo
assim, declaro o contrato inexistente, pois não preencheu os requisitos da validade do negócio jurÃ-dico,
do artigo 104 do código, agente capaz, objeto lÃ-cito, forma prescrita ou defesa em lei.      Passo a
analisar o pedido de indenização por danos morais.      Considerando que a responsabilidade
civil da promovida é subjetiva, importa, pois, demonstrar a existência dos elementos conformadores de
responsabilidade dessa natureza, a saber: i) o ato, ii) o dano, iii) o nexo de causalidade entre os dois
primeiros elementos e a IV) culpa.      A conduta da promovida está devidamente comprovada,
tendo sido conduta comissiva, atinente ao fato de a requerida efetuar descontos de empréstimo
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consignado, descontando na conta corrente da requerente e ainda não solucionar o problema, pelo
contrário, ficou postergando até que não resolvera o problema, fato este que fez com que a
requerente se socorresse do Judiciário para solucionar tal conflito.      O dano moral está
devidamente comprovado, pois em virtude da conduta omissiva da requerida, o promovente sofreu um
grande abalo psicológico em sua honra subjetiva, não sendo um mero dissabor, pelo contrário, o autor
corre sérios riscos de ter seu nome incluÃ-do no rol dos cadastros de maus pagadores, estando o nexo
causal entre conduta e dano, devidamente comprovado. Â Â Â Â Â Vale lembrar, que a requerida, ao
praticar tal conduta omissiva, incorreu em culpa, na modalidade de negligência, na medida em que não
se preocupou nem um pouco em observar a boa-fé objetiva e os deveres instrumentais do contrato, tais
como o dever de lealdade, confiança, incorrendo dessa forma, em violação positiva do contrato. DA
RAZOABILIDADE DO VALOR INDENIZATÃRIO      No que toca à fixação do quantum
indenizatório, é interessante destacar que a ¿Teoria do DesestÃ-mulo¿ ou ¿Teoria da Ação
Inibida¿1, embora não tenha previsão legal expressa, começa a influenciar os rumos do direito
brasileiro.      O Enunciado 379 do Conselho da Justiça Federal reforça esta teoria e admite esta
função pedagógica da reparação por dano moral, tendência esta observada nos Recursos
Especiais 860705, 910764 e 965500. ENUNCIADO 379, CJF: Art. 944 - O art. 944, caput, do Código Civil
não afasta a possibilidade de se reconhecer a função punitiva ou pedagógica da responsabilidade
civil. ADMINISTRATIVO. RESPONSABILIDADE CIVIL. PENSIONAMENTO POR MORTE DE FILHO NO
INTERIOR DE ESCOLA MANTIDA PELO PODER PÃBLICO. DEVER DE VIGILÃNCIA. DANO MATERIAL.
SÃMULA 282/STF. DANO MORAL. AUMENTO DE VALOR DE INDENIZAÃÃO. 1. Aplica-se a Súmula
282/STF em relação à tese em torno do dano material, pois o Tribunal de origem não emitiu juÃ-zo de
valor sobre ela. 2. O valor do dano moral tem sido enfrentado no STJ com o escopo de atender a sua
dupla função: reparar o dano buscando minimizar a dor da vÃ-tima e punir o ofensor para que não
volte a reincidir. 3. Fixação de valor que não observa regra fixa, oscilando de acordo com os
contornos fáticos e circunstanciais. 4. Aumento do valor da indenização para 300 salários mÃ-nimos.
5. Recurso especial conhecido em parte e, nessa parte, parcialmente provido. (STJ, REsp 860.705/DF,
Rel. Ministra ELIANA CALMON, SEGUNDA TURMA, julgado em 24/10/2006, DJ 16/11/2006 p. 248) Â Â Â
  Em sede de fixação do quantum a ser indenizado, cabe ao julgador fixar parâmetros razoáveis,
assim como analisar o aspecto pedagógico do dano moral, sem se olvidar da impossibilidade de gerar
locupletamento sem causa e, para tanto, deve ser considerado como relevantes alguns aspectos, como a
extensão do dano, situação patrimonial das partes, imagem do lesado e a intenção do autor do
dano.      Dessa forma, é fundamental buscar o equilÃ-brio, de forma a coibir exageros e a evitar
carência dos valores oriundos da lesão sofrida. Em outras palavras, necessário se faz harmonizar o
¿princÃ-pio da proibição do excesso¿ com o ¿princÃ-pio da proibição da prestação
deficitária¿, a ponto de se alcançar um patamar coerente com o abalo sofrido, sem proporcionar, com
isso, vantagens sem qualquer embasamento idôneo.      Eis o entendimento jurisprudencial:
AGRAVO REGIMENTAL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. DANOS MORAIS. QUANTUM INDENIZATÃRIO.
REDUÃÃO. DESCABIMENTO. VALOR EXCESSIVO. INOCORRÃNCIA. 1. Ã entendimento deste Tribunal
que o valor do dano moral deve ser fixado com moderação, considerando a realidade de cada caso,
sendo cabÃ-vel a intervenção da Corte quando exagerado ou Ã-nfimo, fugindo de qualquer parâmetro
razoável, o que não ocorre neste feito. 2. Agravo regimental desprovido. STJ 4ª T / AgRg no Ag
955380 / SC. 905.213 - RJ. Rel. Min. Humberto Gomes de Barros. DJ 25/02/2008. Â Â Â Â Â Diante
dessas ponderações, para o correto arbitramento do dano moral, há que se levar em consideração
três aspectos relevantes: primeiro, a capacidade econômica do requerido; segundo, a necessidade
imperiosa de se estabelecer um valor que cumpra a função pedagógica de compelir o requerido a
evitar casos semelhantes no futuro; e, finalmente, o fato das cobranças indevidas terem causado
aflições e angústias no requerente.      No caso em exame, observa-se que o procedimento
adotado pela parte requerida traduz prática atentatória aos direitos de personalidade da parte
requerente, capaz de ensejar-lhe alterações psÃ-quicas ou prejuÃ-zos à s esferas social e afetiva de seu
patrimônio moral.      Com relação ao valor da indenização, impende ressaltar que o valor
de R$ 2.000,00 (dois mil reais) é suficiente para compensar a requerente pelos transtornos sofridos,
além de possuir efeito pedagógico para que a empresa demandada não incorra novamente nessa
prática reprovável.      Decido.      Diante do exposto, e por tudo mais que nos autos
consta, JULGO PARCILAMENTE PROCEDENTES OS PEDIDOS formulados pelo autor, para o fim de:
a)     DECLARAR INEXISTENTE O CONTRATO DE EMPRESTÃMO de nº 553219792 do Banco
requerido. b)Â Â Â Â Â CONDENAR o banco requerido a devolver as parcelas que foram pagas
indevidamente, os valores das parcelas de R$ 203,30 (trezentos e três reais e trinta centavos),
totalizando o valor do empréstimo de R$12.198,00 (doze mil, cento e noventa e oito reais) a
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devolução das parcelas descontadas em dobro conforme o art. 42 do CDC que foram debitadas
indevidamente na conta da autora, até a última parcela descontada. c)     CONDENAR a
empresa requerida a pagar ao autor a quantia de R$ 2.000,00 (dois mil reais) a tÃ-tulo de danos morais. Â
    No que se refere ao Ã-ndice de atualização monetária, deve-se utilizar o INPC (Ãndice
Nacional de Preço ao Consumidor), conforme o artigo 4º da Lei nº. 8.177/91.      Outrossim,
extingo o presente feito, com resolução do mérito, nos termos do art. 487, I, do Código de Processo
Civil. Â Â Â Â Â Custas finais pela parte requerida. Â Â Â Â Â Cumpre, ainda, esclarecer, para evitar
controvérsias, que fixada a indenização por danos morais em valor determinado, os juros moratórios
e a correção monetária fluem a partir da data em que foi prolatada a sentença, considerando-se que
o quantum estabelecido já se encontra atualizado no momento da decisão, nos termos da súmula 362
do STJ.      Transitada em julgado esta sentença, a parte vencida, após ser devidamente
intimada, terá o prazo de 15 (quinze) dias para o pagamento da condenação, e não o fazendo neste
prazo o seu valor será acrescido de 10% (dez por cento) de multa.      Após a satisfação do
crédito do autor, arquivem-se os presentes autos com baixa na distribuição.      Publique-se.
Registre-se.      Igarapé-Miri, PA, 22 de novembro de 2021.        ARNALDO JOSÃ
PEDROSA GOMES        Juiz de Direito 1 Teoria defendida pela Ministra Fátima Nancy
Andrighi, pelo doutrinador Carlos Alberto Bittar, por Caio Mário da Silva Pereira e outros tratadistas de
igual valor. PROCESSO: 00018483320168140022 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ARNALDO JOSE PEDROSA GOMES A??o: Busca
e Apreensão em: 02/12/2021 REQUERENTE:ADMINISTRADORA DE CONSORCIO NACIONAL HONDA
LTDA Representante(s): OAB 10219 - MAURICIO PEREIRA DE LIMA (ADVOGADO) REQUERIDO:JEAN
DO ESPIRITO SANTO SANTOS. Processo nº: 0001848-33.2016.814.0022 Classe: Ação de Busca e
Apreensão  SENTENÃA               Trata-se de Ação de Busca e Apreensão
movida por ADMINISTRADORA DE CONSÃRCIO HONDA, em face de JEAN DO ESPIRITO SANTO
SANTOS, no bojo da qual se pleiteia, liminarmente: Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â a) a busca e
apreensão de um veÃ-culo marca HONDA/POP 100 PRETA modelo 2016, ano 2015, placa QDD5787,
CHASSI 9C2JB0100GR009890 que fora objeto de contrato de alienação fiduciária em garantia com
pacto adjeto de fiança, entre requerente e requerido e, no mérito, a consolidação da propriedade e
da posse plena e exclusiva do bem.               b) a emissão de ofÃ-cios aos órgãos
de trânsito e fiscal, com o fim de serem efetuadas as devidas baixas e transferência de propriedade.  Â
            Alega que o requerido não efetuou o pagamento das parcelas correspondentes
ao percentual de 17, 87% do referido grupo consortil, o que totalizaria o montante de R$ 3.988,52. Â Â Â Â
          Juntou documentos às fls. 05/18.               Concedida a liminar
à s fls. 20/21.               Auto de busca e apreensão à fl. 25.            Â
  Termo de entrega do bem à fl. 27.               Embora devidamente citado (fl. 25), o
requerido não apresentou contestação, conforme se vê na certidão de fl. 28.           Â
   Vieram os autos conclusos.                              Eis o
relato do essencial.               Passo à fundamentação. IDO JULGAMENTO
ANTECIPADO DA LIDE E DA REVELIA          Art. 344. Se o réu não contestar a ação,
será considerado revel e presumir-se-ão verdadeiras as alegações de fato formuladas pelo autor. Â
        No dia 25 de janeiro 2021 fora certificado pela secretaria do juÃ-zo, que a parte requerida
fora devidamente citada, porém quedou-se inerte e não se manifestou, em sede de contestação. Â
         Entrementes, em 07 de abril de 2021, fora protocolizada petição interlocutória pela
parte autora, na qual fora requerido o julgamento antecipado da lide, com a consolidação do bem em
favor do demandante.           Por sua vez com relação ao julgamento antecipado da lide
o CPC preleciona o seguinte:           Art. 355.  O juiz julgará antecipadamente o pedido,
proferindo sentença com resolução de mérito, quando:  I - não houver necessidade de
produção de outras provas;  II - o réu for revel, ocorrer o efeito previsto no art. 344 e não houver
requerimento de prova, na forma do art. 349. Â Â Â Â Â Â Â Â Â No caso dos autos, verifica-se que a lide
se encontra apta a ser julgada, pois não há necessidade de produção de outras provas, pelo que
procedo ao seu julgamento antecipado, nos termos do art. 355, I, do CPC. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â
Com o fim de se garantir ao jurisdicionado o gozo efetivo do direito violado ou na iminência de sê-lo,
determinou-se como sendo seu o direito à ¿razoável duração do processo¿, de maneira que
institutos outros, tanto de natureza material quanto processual, foram criados com tal desiderato. Â Â Â Â
     Compulsando os autos, verifica-se que a presente demanda merece prosperar, uma vez que a
documentação apresentada pelo Requerente instrui o feito de maneira adequada e conforme os
ditames legais.               In casu, diante da completa inércia do requerido quanto Ã
presente ação ou mesmo à constrição já efetuada, seria absolutamente desmedida a
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
continuação do processo com a produção de outras provas, uma vez que a análise detida dos
autos demonstra que o réu é revel.               Entrementes, não havendo
qualquer manifestação do réu no sentido de contestar a presente demanda ou mesmo purgar a mora,
o julgamento antecipado da lide, com a consequente procedência desta demanda, é medida que se
impõe.          Assim, e sem mais delongas, restando comprovada a existência do direito
alegado notadamente em razão da documentação acostada, em outro sentido não se poderia
concluir, senão naquele que converge para a procedência do pedido formulado pelo Requerente.   Â
           Decido.               Posto isto, JULGO PROCEDENTES os
pedidos constantes da inicial para consolidar a propriedade e a posse plena e exclusiva do bem no
patrimônio do credor fiduciário.               Condeno o réu a pagar as custas, bem
como o condeno a pagar os honorários advocatÃ-cios em 10%(dez por cento) sobre o valor da causa.  Â
            Determino, ainda, a expedição de ofÃ-cio ao DETRAN/PA para que proceda Ã
imediata baixa de restrição judicial do bem objeto desta lide, caso exista.              Â
Após o trânsito em julgado, arquivem-se os autos.               Publique-se. Registre-
se. Intimem-se.               Igarapé-Miri, 02 de dezembro de 2021. ARNALDO JOSÃ
PEDROSA GOMES Juiz de Direito 4 PROCESSO: 00018521220128140022 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): JEFFERSON VIEIRA DA SILVA A??o:
Procedimento Comum Cível em: 02/12/2021 REQUERENTE:MELINO CARDOSO GUIMARAES
Representante(s): OAB XLR8 - DEFENSORIA PUBLICA (DEFENSOR) REQUERIDO:BANCO
VOTORANTIN SA Representante(s): OAB 13536 - CELSO MARCON (ADVOGADO) . CERTIDÃO Â Â Â Â
     CERTIFICO, em virtude das atribuições a mim conferidas por Lei, que tramitam no JuÃ-zo da
Vara Ãnica da Comarca de Igarapé-Miri, os autos do processo em epÃ-grafe, SEM SIGILO E SEMÂ
PRIORIDADE, contendo 01 VOLUME(S) com 180 fls., devidamente rubricadas e numeradas. Este
processo não contém mÃ-dia, não possui apensos ou qualquer avaria que não possa seguir sua
tramitação. Certifico, ainda, que efetuei a conferência dos itens obrigatórios, de acordo com CHECK
LIST apresentado pelo Grupo Gestor do Setor de Digitalização, estando os presentes autos em
regularidade para prosseguimento. Nada mais. O referido é verdade e dou fé.  Igarapé-Miri/PA, 02
d e d e ze m b r o de 2021 Jefferson V ie ira d a S ilv a  Dire t o r d e S e c re t a ria P ROC E S S O :
00021090320138140022 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
ARNALDO JOSE PEDROSA GOMES A??o: Execução de Título Extrajudicial em: 02/12/2021
REQUERENTE:BANCO ITAU SA Representante(s): OAB 122535 - LEONARDO COIMBRA NUNES
(ADVOGADO) OAB 91811 - MAURICIO COIMBRA GUILHERME FERREIRA (ADVOGADO) OAB 16814-A
- MAURICIO COIMBRA GUILHERME FERREIRA (ADVOGADO) REQUERIDO:INDUSTRIA E COMERCIA
DE CONSERVAS CONCORDIA LTDA EPP REQUERIDO:MANOEL BRANCO CARDOSO. Processo nº
0002109-03.2013.814.0022 ¿ Execução de TÃ-tulo Extrajudicial SENTENÃA          Trata-
se de Execução de TÃ-tulo Extrajudicial interposta por ITAà UNIBANCO S/A, em face de INDÃSTRIA E
COMÃRCIO DE CONSERVAS CONCORDIA LTDA ¿ EPP.          Em 05 de julho de 2016,
fora proferida decisão interlocutória, na qual fora determinada a expedição de mandado de
citação, penhora e avaliação, bem como fora arbitrado o percentual concernente aos honorários
advocatÃ-cios a serem pagos pelo executado. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Neste contexto, em 09 de maio de 2017,
fora emitido pela secretaria do juÃ-zo OfÃ-cio de n°222/2017(fls.93), referente à s custas judiciais
intermediárias. Por sua vez, em 20 de fevereiro de 2018 fora emitido Ato Ordinatório, no qual fora
realizada nova intimação para pagamento das custas em aberto.          Entrementes, em
16 de março de 2021, fora protocolizada petição interlocutória, na qual fora requerido a
homologação de desistência da execução, sendo relatado pela demandante a inocorrência de
citação dos executados.          Neste Ã-nterim, a Unidade de Arrecadação Judiciária,
deste juÃ-zo certificou em 09 de novembro de 2021, que os boletos concernentes à s custas
intermediárias, foram cancelados automaticamente pelo sistema.          Contudo, é
importante ressaltar que as custas emitidas se referiam, a subespécie de despesas processuais, subtipo:
diligências do oficial de justiça, citação, intimação, penhora etc, todavia, como não ocorrera o
ato, o boleto perdera sua finalidade.          Diante do exposto, por considerar não haver mais
interesse processual no prosseguimento do feito, JULGO EXTINTO o presente processo, sem exame de
mérito, nos termos do art. 485, inciso VI, c/c o art. 316, ambos do CPC.          Sem custas.
                   P.R.I.          Igarapé-Miri (PA), 02 de dezembro de
2021.          Arnaldo José Pedrosa Gomes          Juiz de Direito PROCESSO:
00021090320138140022 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
JEFFERSON VIEIRA DA SILVA A??o: Execução de Título Extrajudicial em: 02/12/2021
REQUERENTE:BANCO ITAU SA Representante(s): OAB 122535 - LEONARDO COIMBRA NUNES
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
(ADVOGADO) OAB 91811 - MAURICIO COIMBRA GUILHERME FERREIRA (ADVOGADO) OAB 16814-A
- MAURICIO COIMBRA GUILHERME FERREIRA (ADVOGADO) REQUERIDO:INDUSTRIA E COMERCIA
DE CONSERVAS CONCORDIA LTDA EPP REQUERIDO:MANOEL BRANCO CARDOSO.  CERTID¿O
DE TRÃNSITO EM JULGADO CERTIFICO e dou a fé que em razão das atribuições a mim
conferidas por Lei que no interesse do referido processo, venho registrar que a Sentença prolatada por
este juÃ-zo TRANSITOU LIVREMENTE EM JULGADO. Nada mais.  Igarapé-Miri/PA____ de ______ de
2021 Jefferson Vieira da Silva Diretor de Secretaria                          Â
                                  Página de 1 Fórum de:
IGARAPÃ-MIRI  Email: [email protected]   Endereço: TRAVESSA QUINTINO BOCAIUVA,
S/N CEP: 68.430-000  Bairro: Centro  Fone: (91)3755-1866 PROCESSO: 00022112020168140022
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): JEFFERSON VIEIRA DA
SILVA A??o: Reintegração / Manutenção de Posse em: 02/12/2021 REQUERENTE:JULIANE SILVA
BITENCOURT Representante(s): OAB 0001 - DEFENSOR PUBLICO (DEFENSOR)
REQUERIDO:SILVANO RODRIGUES REQUERIDO:CLAUDIA OLIVEIRA DOS SANTOS. CERTIDÃO Â Â
       CERTIFICO, em virtude das atribuições a mim conferidas por Lei, que tramitam no
JuÃ-zo da Vara Ãnica da Comarca de Igarapé-Miri, os autos do processo em epÃ-grafe, SEM SIGILO E
SEMÂ PRIORIDADE, contendo 01 VOLUME(S) com 76 fls., devidamente rubricadas e numeradas. Este
processo não contém mÃ-dia, não possui apensos ou qualquer avaria que não possa seguir sua
tramitação. Certifico, ainda, que efetuei a conferência dos itens obrigatórios, de acordo com CHECK
LIST apresentado pelo Grupo Gestor do Setor de Digitalização, estando os presentes autos em
regularidade para prosseguimento. Nada mais. O referido é verdade e dou fé.  Igarapé-Miri/PA, 02
d e d e ze m b r o de 2021 Jefferson V ie ira d a S ilv a  Dire t o r d e S e c re t a ria P ROC E S S O :
00035484920138140022 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
ARNALDO JOSE PEDROSA GOMES A??o: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 02/12/2021
DENUNCIADO:LEONARDO FURTADO PANTOJA DENUNCIADO:RENATO FURTADO PANTOJA
Representante(s): OAB 27172 - EVANGELINA DE JESUS DO NASCIMENTO BARBOSA (DEFENSOR
DATIVO) VITIMA:M. B. B. P. AUTOR:MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARA. PODER
JUDICIÃRIO DO ESTADO DO PARÃ JUÃZO DE DIREITO DA VARA ÃNICA DA COMARCA DE
IGARAPÃ-MIRI Forum Des. Manoel Maroja Neto- Trav. Quintino Bocaiuva, s/n, Centro, Igarapé-Miri/PA,
CEP 68430-000, Tel./fax (91) 3755-1866, e-mail: [email protected] Processo nº 0003548-
49.2013.8.14.0022 - Ação Penal - Audiência realizada no dia 18/11/2021 Processo nº 0003548-
49.2013.8.14.0022 - Ação Penal Autor: Ministério Público do Estado do Pará. Denunciados:
Leonardo Furtado Pantoja e Renato Furtado Pantoja TERMO DE AUDIÃNCIA        Ao décimo
oitavo (18) dia do mês de novembro (11) de dois mil e vinte e um (2021), às 14hs00min, nesta cidade e
Comarca de Igarapé-Miri, Estado do Pará, dentro do ambiente Microsoft Teams, em razão da
pandemia da Covid-19 e conforme a PORTARIA CONJUNTA N° 5/2020-GPNP/CJRMB/CJCI, de 23 de
março de 2020 e PORTARIA CONJUNTA N° 10/2020-GPNP/CJRMB/CJCI, DE 15 DE MAIO DE 2020.
Presente o Juiz de Direito Arnaldo José Gomes Pedrosa. Ausentes os acusados Leonardo Furtado
Pantoja e Renato Furtado Pantoja. ABERTA A AUDIÃNCIA pelo MM. Juiz de Direito, a audiência passou
a ser realizada por meio de videoconferência, utilizando-se o sistema TEAMS, nos termos da PORTARIA
CONJUNTA N°7/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI, de 28 de abril de 2020, sendo dispensada sua assinatura,
com a anuência das partes.        Em seguida, o Juiz assim DELIBEROU: ¿1 - Ante as
ausências acima registradas, renovem-se diligências de fl. 198, para o dia 27/07/2022, às 11h30min. 2 -
Serve o presente como mandado/ofÃ-cio. 3 - Ciência ao Ministério Público e a Defensoria Pública. 4 -
Expedientes necessários.¿        Nada mais havendo, foi encerrado o presente termo.    Â
   Igarapé-Miri, PA, 18 de novembro de 2021. ARNALDO JOSà PEDROSA GOMES Juiz de Direito
PROCESSO: 00036082220138140022 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): JEFFERSON VIEIRA DA SILVA A??o:
Procedimento Comum Cível em: 02/12/2021 REQUERENTE:BANCO DO BRASIL SOCIEDADE ANONIMA
Representante(s): OAB 128341 - NELSON WILIANS FRANTONI RODRIGUES (ADVOGADO)
REQUERIDO:COLAGE - MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO E ARTEFATOS DE CONCRETO LTDA - ME
Representante(s): OAB 9363 - AMADEU PINHEIRO CORREA FILHO (ADVOGADO)
REQUERIDO:ANTÔNIO DE SOUSA PANTOJA REQUERIDO:MARIA BENEDITA MENDES DE
OLIVEIRA. CERTIDÃO          CERTIFICO, em virtude das atribuições a mim conferidas
por Lei, que tramitam no JuÃ-zo da Vara Ãnica da Comarca de Igarapé-Miri, os autos do processo em
epÃ-grafe, SEM SIGILO E SEMÂ PRIORIDADE, contendo 01 VOLUME(S) com 139 fls., devidamente
rubricadas e numeradas. Este processo não contém mÃ-dia, não possui apensos ou qualquer avaria
que não possa seguir sua tramitação. Certifico, ainda, que efetuei a conferência dos itens
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
obrigatórios, de acordo com CHECK LIST apresentado pelo Grupo Gestor do Setor de Digitalização,
estando os presentes autos em regularidade para prosseguimento. Nada mais. O referido é verdade e
dou fé.  Igarapé-Miri/PA, 02 de dezembro de 2021 Jefferson Vieira da Silva Diretor de Secretaria
PROCESSO: 00037744920168140022 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ARNALDO JOSE PEDROSA GOMES A??o: Ação
Penal - Procedimento Ordinário em: 02/12/2021 DENUNCIADO:MARCOS DOS SANTOS MORAES
Representante(s): OAB 26494 - KELVYN CARLOS DA SILVA MENDES (ADVOGADO) VITIMA:P. A. C.
TESTEMUNHA:ANTONIO DE JESUS PINHEIRO DOS SANTOS TESTEMUNHA:FLORISVALDO DOS
SANTOS GONCALVES TESTEMUNHA:MARIA ROSILENE DA MERCES OLIVEIRA
TESTEMUNHA:TESTEMUNHA RENAN TESTEMUNHA:TESTEMUNHA BRUNA AUTOR:MINISTERIO
PUBLICO DO ESTADO DO PARA. PODER JUDICIÃRIO DO ESTADO DO PARÃ JUÃZO DE DIREITO
DA VARA ÃNICA DA COMARCA DE IGARAPÃ-MIRI Forum Des. Manoel Maroja Neto- Trav. Quintino
Bocaiuva, s/n, Centro, Igarapé-Miri/PA, CEP 68430-000, Tel./fax (91) 3755-1866, e-mail:
[email protected] Processo nº 0003774-49.2016.8.14.0022 - Ação Penal - Audiência realizada no
dia 01/12/2021 Processo nº 0003774-49.2016.8.14.0022 - Ação Penal Autor: Ministério Público do
Estado do Pará. Denunciado: Marcos dos Santos Moraes. Advogado: Kelvyn Carlos da Silva Mendes -
OAB/PA 26.494. TERMO DE AUDIÃNCIA        Ao primeiro (01) dia do mês de dezembro (12)
de dois mil e vinte e um (2021), às 16hs00min, nesta cidade e Comarca de Igarapé-Miri, Estado do
Pará, dentro do ambiente Microsoft Teams, em razão da pandemia da Covid-19 e conforme a
PORTARIA CONJUNTA N° 5/2020-GPNP/CJRMB/CJCI, de 23 de março de 2020 e PORTARIA
CONJUNTA N° 10/2020-GPNP/CJRMB/CJCI, DE 15 DE MAIO DE 2020. Presente o Juiz de Direito
Arnaldo José Gomes Pedrosa. Presente o Promotor de Justiça Emério Mendes Costa. Presente o
advogado Kelvyn Carlos da Silva Mendes - OAB/PA 26.494. Ausente o acusado Marcos dos Santos
Moraes. ABERTA A AUDIÃNCIA pelo MM. Juiz de Direito, a audiência passou a ser realizada por meio
de videoconferência, utilizando-se o sistema TEAMS, nos termos da PORTARIA CONJUNTA N°7/2020-
GP/VP/CJRMB/CJCI, de 28 de abril de 2020, sendo dispensada sua assinatura, com a anuência das
partes.        Em seguida, o Juiz assim DELIBEROU: ¿1 - Considerando a informação
prestadas pelos Policiais Penais de que o a Casa Penal está sem acesso a conexão de internet,
redesigno audiência de continuação para o dia 23/03/2022, às 14h30min, onde será realizado o
interrogatório do acusado. 2 - Serve o presente como mandado/ofÃ-cio. 3 - Todos os presentes cientes
neste ato. 4 - Expedientes necessários.¿        Nada mais havendo, foi encerrado o presente
termo.        Igarapé-Miri, PA, 01 de dezembro de 2021.        ARNALDO JOSÃ
PEDROSA GOMES Â Â Â Â Â Â Â Juiz de Direito PROCESSO: 00045654720188140022 PROCESSO
ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): JEFFERSON VIEIRA DA SILVA A??o:
Alvará Judicial em: 02/12/2021 REQUERENTE:JESUINA NAHUM DA COSTA Representante(s): OAB
24922 - NAZIANNE BARBOSA PENA (ADVOGADO) . CERTIDÃO Â Â Â Â Â Â Â Â Â CERTIFICO, em
virtude das atribuições a mim conferidas por Lei, que tramitam no JuÃ-zo da Vara Ãnica da Comarca de
Igarapé-Miri, os autos do processo em epÃ-grafe, SEM SIGILO E COM PRIORIDADE, contendo 01
VOLUME(S) com 27 fls., devidamente rubricadas e numeradas. Este processo não contém mÃ-dia,
não possui apensos ou qualquer avaria que não possa seguir sua tramitação. Certifico, ainda, que
efetuei a conferência dos itens obrigatórios, de acordo com CHECK LIST apresentado pelo Grupo
Gestor do Setor de Digitalização, estando os presentes autos em regularidade para prosseguimento.
Nada mais. O referido é verdade e dou fé.  Igarapé-Miri/PA, 02 de dezembro de 2021 Jefferson
Vieira da Silva Diretor de Secretaria PROCESSO: 00056215220178140022 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ARNALDO JOSE PEDROSA GOMES A??o:
Reintegração / Manutenção de Posse em: 02/12/2021 REQUERENTE:ODAZIA CORREA DA COSTA
Representante(s): OAB 0001 - DEFENSOR PUBLICO (DEFENSOR) REQUERIDO:ARNALDO CASTRO
MONTEIRO. JUÃZO DE DIREITO DA VARA ÃNICA DA COMARCA DE IGARAPÃ-MIRI Fórum Des.
Manoel Maroja Neto- Trav. Quintino Bocaiuva, s/n, Centro, Igarapé-Miri/PA, CEP 68430-000, Tel./fax
(91) 3755-1866, e-mail: [email protected] Processo nº 0005621-52.2017.8.14.0022 - AÃÃO DE
REINTEGRAÃÃO DE POSSE COM PEDIDO DE TUTELA DE URGÃNCIA (audiência realizada no dia
30/11/2021) PROCESSO Nº 0005621-52.2017.8.14.0022 - Ação de Reintegração de Posse com
Pedido de Tutela de Urgência. Requerente: Odazia Correa da Costa Assistência JurÃ-dica: Defensoria
Pública do Estado do Pará Requerido: Arnaldo Castro Monteiro      TERMO DE AUDIÃNCIA  Â
   Aberta a audiência, iniciado os trabalhos, dentro do ambiente Microsoft Teams, em razão da
pandemia da Covid-19 e conforme a PORTARIA CONJUNTA N° 5/2020-GPNP/CJRMB/CJCI, de 23 de
março de 2020 e PORTARIA CONJUNTA N° 10/2020-GPNP/CJRMB/CJCI, DE 15 DE MAIO DE
2020verificou-se a presença do Juiz de Direito Arnaldo José Pedrosa Gomes. Ausente a requerente
815
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
Odazia Correa da Costa. Ausente o requerido Arnaldo Castro Monteiro. Â ABERTA A AUDIÃNCIA pelo
MM. Juiz de Direito, a audiência passou a ser realizada por meio de videoconferência, utilizando-se o
sistema TEAMS. nos termos da PORTARIA CONJUNTA N°7/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI, de 28 de abril
de 2020, sendo dispensada sua assinatura, com a anuência das partes.        Em seguida, o
Juiz assim DELIBEROU: 1 - Ante as ausências acima registrada, renovem-se as diligências para o dia
28/06/2022, Ã s 09:30 horas. 2 - Intime-se as testemunhas. 3- Serve o presente como mandado. 4 -
Expedientes Necessários.        Igarapé-Miri, PA, 30 de novembro de 2021.       Â
ARNALDO JOSÃ PEDROSA GOMES Â Â Â Â Â Â Â Juiz de Direito PROCESSO:
00061769820198140022 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
ARNALDO JOSE PEDROSA GOMES A??o: Processo de Apuração de Ato Infracional em: 02/12/2021
REPRESENTADO:A. C. B. S. REPRESENTANTE:MINISTERIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARÁ.
JUÃZO DE DIREITO DA VARA ÃNICA DA COMARCA DE IGARAPÃ-MIRI Fórum Des. Manoel Maroja
Neto- Trav. Quintino Bocaiuva, s/n, Centro, Igarapé-Miri/PA, CEP 68430-000, Tel./fax (91) 3755-1866, e-
mail: [email protected] Processo nº 0006176-98.2019.8.14.0022 - ATO INFRACIONAL (audiência
realizada no dia 24/11/2021) PROCESSO Nº 0006176-98.2019.8.14.0022 - ATO INFRACIONAL
Representante: Ministério Público Estadual. Representado: A. C. B. D. S. Representante legal: Maria
José Corrêa Borges.      TERMO DE AUDIÃNCIA      Aberta a audiência, iniciado os
trabalhos, dentro do ambiente Microsoft Teams, em razão da pandemia da Covid-19 e conforme a
PORTARIA CONJUNTA N° 5/2020-GPNP/CJRMB/CJCI, de 23 de março de 2020 e PORTARIA
CONJUNTA N° 10/2020-GPNP/CJRMB/CJCI, DE 15 DE MAIO DE 2020verificou-se a presença do Juiz
de Direito Arnaldo José Pedrosa Gomes. Ausente o Promotor de Justiça. Ausente o representado.
Ausente a representante legal.  ABERTA A AUDIÃNCIA pelo MM. Juiz de Direito, a audiência passou a
ser realizada por meio de videoconferência, utilizando-se o sistema TEAMS. nos termos da PORTARIA
CONJUNTA N°7/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI, de 28 de abril de 2020, sendo dispensada sua assinatura,
com a anuência das partes.        Em seguida, o Juiz assim DELIBEROU: 1 - Ante as
ausências acima registrada, renovem-se as diligências para o dia 20/05/2022, às 11:30 horas. 2 -
Intime-se as testemunhas. 3- Ciência ao Ministério Público e a Defensoria Pública. 4- Serve o
presente como mandado/ofÃ-cio. 5 - Expedientes Necessários.        Igarapé-Miri, PA, 24 de
novembro de 2021. Â Â Â Â Â Â Â ARNALDO JOSÃ PEDROSA GOMES Â Â Â Â Â Â Â Juiz de Direito
PROCESSO: 00061897320148140022 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): JEFFERSON VIEIRA DA SILVA A??o: Mandado de
Segurança Infância e Juventude Cível em: 02/12/2021 REQUERENTE:ANTONIO CARDOSO MARQUES
Representante(s): OAB 11183 - JOAO EUDES DE CARVALHO NERI (ADVOGADO)
REQUERENTE:ROSIVALDO SILVA COSTA Representante(s): OAB 11183 - JOAO EUDES DE
CARVALHO NERI (ADVOGADO) REQUERENTE:MARIA DO CARMO PENA PANTOJA Representante(s):
OAB 11183 - JOAO EUDES DE CARVALHO NERI (ADVOGADO) REQUERENTE:RONELIO ANTONIO
RODRIGUES QUARESMA REQUERENTE:JOSIAS DOS SANTOS BELO Representante(s): OAB 11183 -
JOAO EUDES DE CARVALHO NERI (ADVOGADO) REQUERIDO:DALVA DO SOCORRO GOMES DE
AMORIM Representante(s): OAB 17266 - VANDERSON QUARESMA DA SILVA (ADVOGADO) OAB
17448 - GABRIEL PEREIRA LIRA (ADVOGADO) REQUERENTE:MARIA JOSE GOMES FERREIRA
Representante(s): OAB 11183 - JOAO EUDES DE CARVALHO NERI (ADVOGADO) . CERTIDÃO Â Â Â Â
     CERTIFICO, em virtude das atribuições a mim conferidas por Lei, que tramitam no JuÃ-zo da
Vara Ãnica da Comarca de Igarapé-Miri, os autos do processo em epÃ-grafe, SEM SIGILO E SEMÂ
PRIORIDADE, contendo 01 VOLUME(S) com 146 fls., devidamente rubricadas e numeradas. Este
processo não contém mÃ-dia, não possui apensos ou qualquer avaria que não possa seguir sua
tramitação. Certifico, ainda, que efetuei a conferência dos itens obrigatórios, de acordo com CHECK
LIST apresentado pelo Grupo Gestor do Setor de Digitalização, estando os presentes autos em
regularidade para prosseguimento. Nada mais. O referido é verdade e dou fé.  Igarapé-Miri/PA, 02
d e d e ze m b r o de 2021 Jefferson V ie ira d a S ilv a  Dire t o r d e S e c re t a ria P ROC E S S O :
00091146620198140022 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
ARNALDO JOSE PEDROSA GOMES A??o: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 02/12/2021
DENUNCIANTE:MINISTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARA DENUNCIADO:ANTONIO CARDOSO
MARQUES Representante(s): OAB 12024 - MICHELL MENDES DURANS DA SILVA (ADVOGADO) OAB
9363 - AMADEU PINHEIRO CORREA FILHO (ADVOGADO) DENUNCIADO:MANOEL FONSECA
BASTOS FILHO Representante(s): OAB 5791 - MANOEL DE JESUS LOBATO XAVIER (ADVOGADO)
OAB 31197-A - LEANDRO ALCIDES DE MOURA MOURA (ADVOGADO) DENUNCIADO:GELFFSON
BRANDAO LOBO Representante(s): OAB 20112 - JOAO VICENTE MORAES BARBOSA (ADVOGADO)
OAB 10686 - CLODOMIR ASSIS ARAUJO JUNIOR (ADVOGADO) DENUNCIADO:WENDELL DE SOUZA
816
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
João Pantoja da Costa, Josias dos Santos Belo, Felipe Farias Pantoja, Luis Otavio Machado Gomes e
Manoel Israel da Silva Machado. ABERTA A AUDIÃNCIA pelo MM. Juiz de Direito, a audiência passou a
ser realizada por meio de videoconferência, utilizando-se o sistema TEAMS, nos termos da PORTARIA
CONJUNTA N°7/2020-GP/VP/CJRMB/CJCI, de 28 de abril de 2020, sendo dispensada sua assinatura,
com a anuência das partes.        O advogado de defesa Jacob Kennedy M. Gonçalves -
OAB/PA 18.476, requereu a desistência da testemunha Manoel Lito Carmo Serrão.        O
advogado de defesa Leandro Alcides de Moura Moura - OAB/PA 31.197-A, requereu a desistência da
testemunha Benedito Antunes Machado.        Em seguida, o Juiz assim DELIBEROU: ¿1 -
Considerando ausência justificada do representante legal do Ministério Público devido a cumulação
com a Comarca do Acará, redesigno audiência de instrução e julgamento para o dia 13/12/2021, à s
10h00min. 2 - Serve o presente como mandado. 3 - Todos os presentes cientes neste ato. 4 - Expedientes
necessários.        Nada mais havendo, foi encerrado o presente termo.       Â
Igarapé-Miri, PA, 02 de dezembro de 2021.        ARNALDO JOSà PEDROSA GOMES   Â
    Juiz de Direito PROCESSO: 00002144120128140022 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ARNALDO JOSE PEDROSA GOMES A??o:
Procedimento Comum Cível em: 03/12/2021 REQUERENTE:MARIA JOSE DA SILVA VIEIRA
Representante(s): OAB 5791 - MANOEL DE JESUS LOBATO XAVIER (ADVOGADO)
REQUERIDO:MUNICIPIO DE IGARAPE-MIRI - PREFEITURA MUNICIPAL Representante(s): OAB 13682
- LEANDRO ARAUJO FILHO (ADVOGADO) OAB 11842 - MARIA DE JESUS QUARESMA DE MIRANDA
(ADVOGADO) OAB 17309 - MAYCON VALENTE PANTOJA (ADVOGADO) OAB 20112 - JOAO VICENTE
MORAES BARBOSA (ADVOGADO) OAB 22872 - FABIO CORREA SILVA (ADVOGADO) . PODER
JUDICIÃRIO DO ESTADO DO PARÃ JUÃZO DE DIREITO DA VARA ÃNICA DA COMARCA DE
IGARAPÃ-MIRI Forum Des. Manoel Maroja Neto - Trav. Quintino Bocaiuva, s/n, Centro, Igarapé-Miri-PA
CEP 68430-000, Tel. (91) 3755.1866, email: [email protected] Processo nº 0000214-
41.2012.814.0022- PROCEDIMENTO ORDINÃRIO Despacho 1-     DESIGNO a Audiência de
Conciliação para o dia 20.05.2022, à s 09h00min, na sala de audiência desde Fórum judicial. 2-  Â
  INTIME-SE a parte requerente, bem como seu advogado, para comparecerem à audiência
designada. 3-Â Â Â Â Â INTIME-SE a parte requerido, bem como seu advogado, para comparecerem Ã
audiência designada. 4-     Dê ciência ao Ministério Público. 5-     Expedientes
Necessários. P.R.I.          Igarapé-Miri (PA), 03 de dezembro de 2021.         Â
Arnaldo José Pedrosa Gomes          Juiz de Direito                   Â
                                         Página de 1Â
Fórum de: IGARAPÃ-MIRI  Email: [email protected]   Endereço: TRAVESSA QUINTINO
BOCAIUVA, S/N CEP: 68.430-000  Bairro: Centro  Fone: (91)3755-1866 PROCESSO:
00030894220168140022 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
ARNALDO JOSE PEDROSA GOMES A??o: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 03/12/2021
DENUNCIADO:VIVIANE DE FATIMA SILVA DA SILVA DENUNCIADO:DOMINGOS MAIA DE CASTRO
VITIMA:R. C. F. L. . PODER JUDICIÃRIO DO ESTADO DO PARÃ JUÃZO DE DIREITO DA VARA ÃNICA
DA COMARCA DE IGARAPÃ-MIRI Forum Des. Manoel Maroja Neto - Trav. Quintino Bocaiuva, s/n,
Centro, Igarapé-Miri-PA CEP 68430-000, Tel. (91) 3755.1866, email: [email protected] PROCESSO
Nº 0003089-42.2016.8.14.0022 - Procedimento Ordinário. DESPACHO 1-     Vista ao
Ministério Público. 2-     Após, conclusos.          Igarapé-Miri (PA), 03 de
dezembro de 2021.          Arnaldo José Pedrosa Gomes          Juiz de Direito
ÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂÂ
          Página de 1 Fórum de: IGARAPÃ-MIRI  Email: [email protected]  Â
Endereço: TRAVESSA QUINTINO BOCAIUVA, S/N CEP: 68.430-000  Bairro: Centro  Fone:
(91)3755-1866 PROCESSO: 00096949620198140022 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ARNALDO JOSE PEDROSA GOMES A??o:
Monitória em: 03/12/2021 REQUERENTE:CEBTRAIS ELETRICAS DO PARA SA CELPA
Representante(s): OAB 26726 - EVANIA DE FATIMA GOES DE VILHENA LIMA (ADVOGADO)
REQUERIDO:PREFEITURA MUNICIPAL DE IGARAPÉ MIRI. PODER JUDICIÃRIO DO ESTADO DO
PARÃ JUÃZO DE DIREITO DA VARA ÃNICA DA COMARCA DE IGARAPÃ-MIRI Forum Des. Manoel
Maroja Neto - Trav. Quintino Bocaiuva, s/n, Centro, Igarapé-Miri-PA CEP 68430-000, Tel. (91)
3755.1866, email: [email protected] Processo nº 0009694-96.2019.8.14.0022 Classe: Ação
Monitoria Com Tutela de Evidência. Autor: CEBTRAIS ELETRICAS DO PARà AS CELPA Réu:
PREFEITURA MUNICIPAL DE IGARAPÃ-MIRI. DESPACHO 1-Â Â Â Â Â DESIGNO o dia 27/06/2022, Ã s
11h00hs., para a realização da audiência de instrução e julgamento, na sala de audiências deste
Fórum Judicial. 2-     INTIME-SE a parte autora, bem como seu advogado, para que
818
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
caso dos autos, há certidão (fl. 24) noticiando a provável mudança do(s) requerente(s) do domicÃ-lio
informado na inicial, sem, contudo, desincumbir(em)-se do ônus processual de informar o seu novo
endereço, o que, a meu juÃ-zo, configura o abandono da causa por ausência superveniente de interesse
na resolução da demanda. Nesse contexto, penso que a insistência no prolongamento deste feito só
iria reforçar a nova tendência de crÃ-tica, por ausência de gestão processual, arcada, no sistema de
justiça, apenas pelo Poder Judiciário e, ao final, não se alcançaria o fim último que é a
resolução de mérito, já que a falta de interesse, como visto, é o que impera no caso. Assim, diante
do desinteresse do(s) requerente(s) no seguimento normal da demanda, deve o Juiz, de ofÃ-cio, em
homenagem aos princÃ-pios da razoável duração da demanda e da racional gestão de processos,
após as providências legais, determinar a extinção e arquivamento do processo. Ante o exposto,
julgo extinto o processo, com fundamento no art. 485, VI, do CPC/2015, sem resolução de mérito.
Ciência ao Ministério Público. Sem custas. Publique-se, registre-se, intime-se a exequente, por edital,
no prazo de 20 (vinte) dias, haja vista que está em local incerto. Com o trânsito em julgado, arquivem-
se. Santarém Novo/PA, 04 de outubro de 2021. DANIEL BEZERRA MONTENEGRO GIRÃO Juiz de
Direito Eu,_____,(Jairo Nascimento de Souza), Diretor de Secretaria em exercicio, fiz digitar e subscrevi.
Daniel Bezerra Montenegro Girão, Juiz de Direito, titular da Comarca de Santarém Novo/PA.
COMARCA DE CURIONÓPOLIS
COMARCA DE CURIONÓPOLIS
Processo: 0002574-87.2014.8.14.0018
Nos termos do art. 93 XIV da CF/88, INTIMO as partes para que se manifestem, no prazo de 15 (quinze)
dias, acerca da migração do processo físico para o digital (PJe), requerendo o que entenderem de direito.
(Assinado digitalmente)
Processo: 0138665-53.2015.8.14.0018
Nos termos do art. 93 XIV da CF/88, INTIMO as partes para que se manifestem, no prazo de 15 (quinze)
dias, acerca da migração do processo físico para o digital (PJe), requerendo o que entenderem de direito.
(Assinado digitalmente)
Provimento nº 006/2009-CJCI
833
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
COMARCA DE XINGUARA
Representante(s): OAB 5609 - TIAGO ALVES MONTEIRO FILHO (ADVOGADO) . ÃProcesso nº
0001746-13.2015.814.0065 DECISÃO     Trata-se de ação de execução de tÃ-tulo extrajudicial
proposta por Edilma Botelho Menezes em face de Maria de Fátima Rodrigues, partes qualificadas nestes
autos.     Indicado o bem imóvel para penhora e realizada a nomeação da leiloeira para
realização do ato a parte executada peticionou alegando continência com relação a outra ação
em trâmite perante este juÃ-zo, com mesma causa de pedir e pedido, pugnando pela reunião dos
processos.     Em seguida, a leiloeira nomeada pugnou pela realização de avaliação individual
do imóvel penhorado (fl. 148).     à o que cabia relatar. Passo a decidir.     Inicialmente, com
relação ao pedido da executada verifico que não relação de continência entre a ação movida
pela ora executada, Maria de Fátima Fraga Rodrigues, em face da ora exequente, Edilma Botelho
Menezes, distribuÃ-do sob o nº 0004923-14.2017.814.0065 com esta de nº 0001746-13.2015.814.0065,
ambas em trâmite neste juÃ-zo.     Outrossim, na primeira a autor afirma ser credora da executada
na importância de R$ 239.660,00 por meio de uma nota promissória com data de vencimento em 14 de
julho de 2013. Â Â Â Â No tocante a segunda, a parte autora informa ser credora da executada na
importância de R$ 230.000,00, por meio de duas notas promissórias.     Logo, em que pese se
trate das mesmas partes, a causa de pedir é totalmente diversa, ou seja, tÃ-tulos extrajudiciais distintos,
inexistindo qualquer fundamento legal capaz de ensejar a reunião das ações.     Em sequência,
com relação ao pedido de avaliação individual do imóvel penhorado, verifico que assiste razão Ã
leiloeira, uma vez que a avaliação realizada às fls. 86/93 ocorreu nos dois imóveis da executada de
matrÃ-culas L2A-00135 e 5005-L2V, indicando um valor total, em conjunto, não sendo possÃ-vel concluir
seus valores em apartado.     Pelo exposto, indefiro o pedido da executada para reunião dos
processos, uma vez que não há continência e determino a avaliação individual do imóvel
penhorado de matrÃ-cula L2A-000135.     Intime-se. Cumpra-se. Expeça-se o necessário para
cumprimento desta.     Serve a presente decisão como mandado e ofÃ-cio para os expedientes
necessários.     Xinguara/PA, data registrada pelo sistema.     HUDSON DOS SANTOS
NUNES     Juiz de Direito Substituto     Respondendo pela 2ª Vara CÃ-vel e Empresarial de
Xinguara PROCESSO: 00023746020198140065 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): HUDSON DOS SANTOS NUNES A??o: Embargos
à Execução em: 06/12/2021 EMBARGANTE:ANTONIO ALVES FILHO Representante(s): OAB 0001 -
DEFENSOR PUBLICO (ADVOGADO) EMBARGADO:BANCO CNH CAPITAL SA. Poder Judiciário
Tribunal de Justiça do Estado do Pará 2ª Vara da Comarca de Xinguara Processo nº 0002374-
60.2019.814.0065 Polo ativo: Promontoria Amsterdam Aquisição de Direitos Creditórios e
Participações Polo passivo: Antonio Alves Filho DESPACHO              Â
Considerando o pedido formulado em fl. 12, o qual requer o retorno dos autos a secretaria deste juÃ-zo
para que o autor possa ter vista e produzir cópias, defiro e determino o retorno a Serventia para que
proceda com os procedimentos de praxe. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Cumpra-se. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â
   Xinguara/PA, 16 de novembro de 2021. HUDSON DOS SANTOS NUNES      Juiz de Direito
Substituto Respondendo pela 2ª Vara CÃ-vel e Empresarial de Xinguara/PA 1 PROCESSO:
00051376820188140065 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
HUDSON DOS SANTOS NUNES A??o: Execução de Título Extrajudicial em: 06/12/2021
EXEQUENTE:CASTELINHO COMBUSTIVEIS LTDA Representante(s): OAB 6.925 - MARGARIDA
RODRIGUES DE OLIVEIRA NETA (ADVOGADO) OAB 5.132 - RAIMUNDO MIRANDA ANDRADE
(ADVOGADO) EXECUTADO:WIGEN DA SILVA FERREIRA. Poder Judiciário Tribunal de Justiça do
Estado do Pará 2ª Vara da Comarca de Xinguara Processo nº 0005137-68.2018.8.14.0065
DESPACHO Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â INTIME-SE a exequente para recolher as custas das
diligências requeridas às fls. 55/56, ressaltando acerca da possibilidade de realização de penhora
através dos sistemas disponibilizados pelo juÃ-zo, bem como, para que manifeste acerca da certidão de
fls. 61, no prazo de 15 (quinze) dias. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Intime-se via DJE. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â
    Xinguara/PA, 23 de novembro de 2021. HUDSON DOS SANTOS NUNES Juiz de Direito
Substituto respondendo pela 2ª Vara CÃ-vel e Empresarial de Xinguara/PA              Â
                                              Página
de Refresh>F9 PROCESSO: 00081553420178140065 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): HUDSON DOS SANTOS NUNES A??o: Monitória
em: 06/12/2021 REQUERENTE:AQUEL LIMA DA SILVA NEPOMUCENO Representante(s): OAB 24233 -
LINCON MAGALHÃES MACHADO (ADVOGADO) REQUERIDO:FERREIRA COMERCIO DE MOTOS
REQUERIDO:KELLY CRISTINA HORTELA FERREIRA. Poder Judiciário Tribunal de Justiça do Estado
do Pará 2ª Vara da Comarca de Xinguara Proc. n° 0008155-34.2017.8.14.0065 SENTENÃA     Â
         1. RELATÃRIO:               Trata-se de ação monitoria ajuizada
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
por AQUEL LIMA DA SILVA NEPOMUCENO em face de FERREIRA COMERCIO DE MOTOS e KELLY
CRISTINA HORTELA FERREIRA.               Este juÃ-zo determinou a intimação da
parte autora para manifestar-se interesse no prosseguimento do feito (fl. 37). Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â
A parte autora não foi encontrada no endereço indicado, certidão a fl.40.              Â
Vieram os autos conclusos.               à o relatório              Â
Decido.               2. FUNDAMENTAÿO:               Cabe ao
juiz dar o devido andamento ao feito impulsionando-o de ofÃ-cio, bem como determinar as correç¿es
quando presentes omiss¿es na petiç¿o inicial.               Ora, compulsando os
autos, constato que o processo está parado por mais de 01 (um) ano por negligência das partes, ou
ainda que, por n¿o promover os atos e as diligências que lhe incumbir, o autor abandonar a causa por
mais de 30 (trinta) dias, é inviável a conduç¿o do processo.               Foi
procedida a intimaç¿o da parte demandante e conformidade com o que prevê o art. 485, §1º do
CPC.               Cumpre ressaltar que presumem-se válidas as intimaç¿es
dirigidas ao endereço constante dos autos, ainda que n¿o recebidas pessoalmente pelo interessado, se
a modificaç¿o temporária ou definitiva n¿o tiver sido devidamente comunicada ao juÃ-zo, fluindo os
prazos a partir da juntada aos autos do comprovante de entrega da correspondência no primitivo
endereço (art. 274, parágrafo único do CPC).               à possÃ-vel perceber que
houve inércia da parte autora, restando caracterizado está seu total desinteresse no prosseguimento do
processo e na satisfaç¿o da tutela jurisdicional, merecendo a sua extinç¿o.           Â
   3. DISPOSITIVO:               Ante o exposto, EXTINGO O PROCESSO sem
resoluç¿o do mérito, com fundamento no artigo 485, III do CPC.               Custas
pelo requerente, cuja exigibilidade fica suspensa ante o teor do art. 98, §3°, do CPC.         Â
     Proceda-se os atos de praxe.               Certificado o trânsito em julgado,
arquive-se o processo. Caso haja pedido de liberaç¿o de documentaç¿o, autorizo o
desentranhamento independente de despacho, devendo permanecer cópia nos autos, além da
certificaç¿o do ocorrido.               Publique-se. Registre-se. Intimem-se.     Â
         Xinguara/PA, 29 de novembro de 2021.      HUDSON DOS SANTOS NUNES Â
    Juiz de Direito Substituto            Respondendo pela 2° Vara Civil e Empresarial
de Xinguara - PA PROCESSO: 00967836720158140065 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): HUDSON DOS SANTOS NUNES A??o: Alvará
Judicial - Lei 6858/80 em: 06/12/2021 REQUERENTE:WILTON FARIAS DA SILVA Representante(s): OAB
7437-E - FRANCISCO COSTA DE CARVALHO JUNIOR (ADVOGADO) OAB 22459 - CYNTHYA
OLIVEIRA RESENDE (ADVOGADO) REQUERENTE:J. F. S. Representante(s): OAB 7437-E -
FRANCISCO COSTA DE CARVALHO JUNIOR (ADVOGADO) OAB 22459 - CYNTHYA OLIVEIRA
RESENDE (ADVOGADO) REQUERENTE:JUVANI DA CONCEICAO DE FARIAS Representante(s): OAB
7437-E - FRANCISCO COSTA DE CARVALHO JUNIOR (ADVOGADO) OAB 22459 - CYNTHYA
OLIVEIRA RESENDE (ADVOGADO) . Poder Judiciário Tribunal de Justiça do Estado do Pará 2ª
Vara da Comarca de Xinguara Processo nº 0096783-67.2015.8.14.0065 DESPACHO         Â
     Certifique-se se houve resposta ao ofÃ-cio de fls. 47.               Em caso
negativo, reitere nos termos de decisão de fl. 27.               Com a resposta, INTIME-
SE a parte autora para manifestar-se, no prazo de 05 (cinco) dias. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Por fim,
retorne os autos concluso. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Cumpra-se. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â
Xinguara/PA, 01 de dezembro de 2021. Â Â Â Â Â HUDSON DOS SANTOS NUNES Â Â Â Â Â Juiz de
Direito substituto PROCESSO: 00003526320188140065 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ---- A??o: Cumprimento de sentença em:
REQUERENTE: C. S. S. Representante(s): OAB 0001 - DEFENSOR PUBLICO (ADVOGADO)
REQUERIDO: L. M. M. PROCESSO: 00017227720188140065 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ---- A??o: Cumprimento de sentença em:
REQUERENTE: L. D. S. A. REPRESENTANTE: K. S. A. Representante(s): OAB 0001 - DEFENSOR
PUBLICO (ADVOGADO) OAB 25637 - KARITA CARLA DE SOUZA SILVA (ADVOGADO) REQUERIDO: I.
P. S. Representante(s): OAB 26385 - VIVEA FERNANDA MELO DA SILVA (ADVOGADO) PROCESSO:
00017342820178140065 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
---- A??o: Cumprimento de sentença em: REQUERENTE: L. P. S. REQUERENTE: G. P. S.
REQUERENTE: T. P. S. REQUERENTE: A. P. S. Representante(s): OAB 0001 - DEFENSOR PUBLICO
(DEFENSOR) OAB 25637 - KARITA CARLA DE SOUZA SILVA (ADVOGADO) REQUERIDO: W. P. S.
PROCESSO: 00025536220178140065 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ---- A??o: Execução de Alimentos em: MENOR: M.
H. S. C. EXEQUENTE: C. R. S. Representante(s): OAB 0001 - DEFENSOR PUBLICO (DEFENSOR)
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
PIMENTEL RABELO ANDRADE, ausente o apenado. ABERTA A AUDIÃNCIA pelo MM. Juiz de Direito,
constatou-se a ausência do apenado, apesar de devidamente intimado. Dada a palavra ao Ministério
Público, se manifestou pela regressão de regime diante da ausência injustifica e não comparecimento
nesta audiência. Dada a palavra a defesa, se manifestou nos seguintes termos: considerando-se que o
réu não cumpriu a prestação de serviços pelo prazo de 12 dias, conforme determinado em
sentença, e ainda, que mesmo intimado, o mesmo não compareceu para apresentar justificativa, a
defesa entende razoável que a pena privativa de direitos seja convertida em pena privativa de liberdade,
pelo mesmo prazo, ou seja, 12 dias. Considerando-se ainda a pena, requer-se que seja cumprida em
regime aberto. DELIBERAÃÃO EM AUDIÃNCIA:1)âDetermino a regressão de regime, ante ao não
cumprimento injustificado da pena, bem como à ausência deste ato. 2) Expeça-se Mandado de
Prisãoâ. Nada mais havendo, mandou o MM. Juiz mandou encerrar o presente termo, que foi por mim
digitado, _______Maria Aparecida Ferreira dos Santos â Secretária Ad hoc. Juiz de
Direito:_____________________________________________________ Promotora de Justiça:
_____________________________________________ Apenado:
________________________________________________________ Defensora Pública:
________________________________________________
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
que faltarem injustificadamente ao ato, desde que imprescindÃ-veis. Todas as provas serão produzidas
em audiência, com o indeferimento daquelas consideradas irrelevantes, impertinentes ou protelatórias. Â
Finda a instrução probatória, será concedido à acusação e à defesa o prazo de vinte minutos,
prorrogável por mais dez, para apresentação de alegações finais orais. Existindo mais de um réu,
os prazos serão contados individualmente. Havendo assistente da acusação, a este será concedido
o prazo de dez minutos para alegações, após manifestação do Parquet, sendo acrescido igual
prazo à defesa. Encerrados os debates será proferida, imediatamente ou no prazo de dez dias, de acordo
com a complexidade do caso, sentença de mérito. Intimem-se as testemunhas arroladas e o(s)
ré(u)(s), requisitando sua apresentação, se estiver(em) custodiado (s). Ciência ao Ministério
Público. Intime-se a Defensa do(s) ré(u)(s). Servirá a cópia desta decisão como mandado
(Provimento n.º 003/2009 CJCI). Expeça-se o necessário. Junte-se a certidão de antecedentes
criminais caso ainda não tenha sido feito. Publique-se e cumpra-se. Oeiras do Pará, 01/12/2021.
GABRIEL PINÃS STURTZ Juiz de Direito Titular de Oeiras do Pará PROCESSO:
00016712720168140036 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
GABRIEL PINOS STURTZ A??o: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 01/12/2021
DENUNCIADO:ELIZABETE PUREZA DIAS Representante(s): OAB 3027 - MARIA DOS ANJOS
REZENDE RIBEIRO (ADVOGADO) DENUNCIADO:DARLAN DOS SANTOS PANTOJA VITIMA:J. M. S. A.
DENUNCIADO:DEISYLENA DA SILVA SANTIAGO. DECISÃO Vistos. A ré DEYSILENA DA SILVA
SANTIAGO foi intimada da sentença e manifestou o seu desejo em apelar, conforme certidão de fls. 30
v. Tendo em vista que a Comarca de Oeiras do Pará não possui Defensor Público; considerando o teor
do OfÃ-cio n. 124/2021-DP/DI/Coord.Criminal, o qual informa que o núcleo da Defensoria Pública
responsável pelas comarcas do interior só atuará nos processos de réus presos e; em atendimento
ao contido na parte final da decisão/ofÃ-cio nº 5281/2017-CJCI, da lavra da Exma. Sra. Desa. Vania
Valente Bitar, Corregedora de Justiça das Comarcas do Interior, nomeio a Dra. Maria dos Anjos Santos
Rezende, OAB/PA 3.027, para atuar no presente feito como advogada dativa e apresentar as razões do
recurso, ante a ausência/negativa da Defensoria Pública. Para tanto, fixo desde já a quantia de
R$500,00 (quinhentos reais) à tÃ-tulo de honorários advocatÃ-cios, competindo ao ESTADO DO PARà a
responsabilidade pelo pagamento, servindo o presente como tÃ-tulo executivo. Oeiras do Pará,
01/12/2021. GABRIEL PINÃS STURTZ Juiz de Direito Titular de Oeiras do Pará PROCESSO:
00017096820188140036 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
GABRIEL PINOS STURTZ A??o: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 01/12/2021
DENUNCIADO:ISMAELSON TENORIO DA SILVA Representante(s): OAB 25812 - MARCOS PAULO
COSTA LEITÃO (DEFENSOR DATIVO) DENUNCIADO:SERGIOVANE DA SILVA COSTA
Representante(s): OAB 25812 - MARCOS PAULO COSTA LEITÃO (DEFENSOR DATIVO) VITIMA:A. P.
S. VITIMA:I. T. S. . AÃÃO PENAL Decisão Vistos os autos. O(a)(s) acusado(a)(s) apresentou(aram)
resposta escrita à acusação, razão pela qual dou-o(a)(s) por devidamente citado(a)(s). Analisando a
defesa preliminar do(a)(s) ré(u)(s), não vejo elementos para sua absolvição sumária, inexistindo
preliminares, impondo-se o prosseguimento do feito com realização da instrução processual. Deste
modo, designo audiência UNA de instrução para o dia 27/07/2022 às 09 horas e 00 minutos,
quando serão ouvidas as testemunhas arroladas pela acusação, as testemunhas indicadas pela
defesa na resposta à acusação, e o(a)(s) acusado(a)(s), nesta ordem. Eventualmente poderão ser
prestados esclarecimentos por peritos, realizadas acareações e o reconhecimento de pessoas e coisas.
Excepcionalmente, se não houver objeção da parte contrária, poderão ser ouvidas testemunhas
não arroladas a fim de prestigiar a ampla defesa e a busca da verdade real, caso em que serão ouvidas
como testemunhas do JuÃ-zo. O ato deverá ocorrer de forma presencial, devendo a (o) ré(u)
comparecer obrigatoriamente ao fórum de Oeiras do Pará a fim de participar presencialmente do ato.
Não obstante, considerando as regras de distanciamento social (se ainda vigentes na data da
audiência), excepcionalmente o ato poderá ser realizado de forma semi-presencial, de maneira que a
Acusação e a Defesa, bem como as testemunhas/vÃ-timas, poderão participar remotamente do ato,
desde que formalizado requerimento prévio justificado. Nessa hipótese, este JuÃ-zo avaliará o pedido
e, se for o caso, fornecerá os dados necessários para viabilizar a realização do ato de forma remota,
via aplicativo Microsoft Teams. Testemunhas residentes em outras comarcas poderão ser ouvidas
remotamente. Fica desde já determinada a condução coercitiva, sem prejuÃ-zo de multa prevista na
legislação, das testemunhas que faltarem injustificadamente ao ato, desde que imprescindÃ-veis. Todas
as provas serão produzidas em audiência, com o indeferimento daquelas consideradas irrelevantes,
impertinentes ou protelatórias.  Finda a instrução probatória, será concedido à acusação e Ã
defesa o prazo de vinte minutos, prorrogável por mais dez, para apresentação de alegações finais
orais. Existindo mais de um réu, os prazos serão contados individualmente. Havendo assistente da
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
acusação, a este será concedido o prazo de dez minutos para alegações, após manifestação
do Parquet, sendo acrescido igual prazo à defesa. Encerrados os debates será proferida, imediatamente
ou no prazo de dez dias, de acordo com a complexidade do caso, sentença de mérito. Intimem-se as
testemunhas arroladas e o(s) ré(u)(s), requisitando sua apresentação, se estiver(em) custodiado (s).Â
Ciência ao Ministério Público. Intime-se a Defensa do(s) ré(u)(s). Servirá a cópia desta decisão
como mandado (Provimento n.º 003/2009 CJCI). Expeça-se o necessário. Junte-se a certidão de
antecedentes criminais caso ainda não tenha sido feito. Publique-se e cumpra-se. Oeiras do Pará,
01/12/2021. GABRIEL PINÃS STURTZ Juiz de Direito Titular de Oeiras do Pará PROCESSO:
00019890520198140036 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
GABRIEL PINOS STURTZ A??o: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 01/12/2021 VITIMA:M. O. C.
DENUNCIADO:OBERDAN BARBOSA DE LIMA Representante(s): OAB 29301 - SANDY CARVALHO
TEIXEIRA (DEFENSOR DATIVO) . AÃÃO PENAL Decisão Vistos os autos. O(a)(s) acusado(a)(s)
apresentou(aram) resposta escrita à acusação, razão pela qual dou-o(a)(s) por devidamente
citado(a)(s). Analisando a defesa preliminar do(a)(s) ré(u)(s), não vejo elementos para sua
absolvição sumária, inexistindo preliminares, impondo-se o prosseguimento do feito com realização
da instrução processual. Deste modo, designo audiência UNA de instrução para o dia 28/07/2022
às 09 horas e 30 minutos, quando serão ouvidas as testemunhas arroladas pela acusação, as
testemunhas indicadas pela defesa na resposta à acusação, e o(a)(s) acusado(a)(s), nesta ordem.
Eventualmente poderão ser prestados esclarecimentos por peritos, realizadas acareações e o
reconhecimento de pessoas e coisas. Excepcionalmente, se não houver objeção da parte contrária,
poderão ser ouvidas testemunhas não arroladas a fim de prestigiar a ampla defesa e a busca da
verdade real, caso em que serão ouvidas como testemunhas do JuÃ-zo. O ato deverá ocorrer de forma
presencial, devendo a (o) ré(u) comparecer obrigatoriamente ao fórum de Oeiras do Pará a fim de
participar presencialmente do ato. Não obstante, considerando as regras de distanciamento social (se
ainda vigentes na data da audiência), excepcionalmente o ato poderá ser realizado de forma semi-
presencial, de maneira que a Acusação e a Defesa, bem como as testemunhas/vÃ-timas, poderão
participar remotamente do ato, desde que formalizado requerimento prévio justificado. Nessa hipótese,
este JuÃ-zo avaliará o pedido e, se for o caso, fornecerá os dados necessários para viabilizar a
realização do ato de forma remota, via aplicativo Microsoft Teams. Testemunhas residentes em outras
comarcas poderão ser ouvidas remotamente. Fica desde já determinada a condução coercitiva, sem
prejuÃ-zo de multa prevista na legislação, das testemunhas que faltarem injustificadamente ao ato,
desde que imprescindÃ-veis. Todas as provas serão produzidas em audiência, com o indeferimento
daquelas consideradas irrelevantes, impertinentes ou protelatórias.  Finda a instrução probatória,
será concedido à acusação e à defesa o prazo de vinte minutos, prorrogável por mais dez, para
apresentação de alegações finais orais. Existindo mais de um réu, os prazos serão contados
individualmente. Havendo assistente da acusação, a este será concedido o prazo de dez minutos para
alegações, após manifestação do Parquet, sendo acrescido igual prazo à defesa. Encerrados os
debates será proferida, imediatamente ou no prazo de dez dias, de acordo com a complexidade do caso,
sentença de mérito. Intimem-se as testemunhas arroladas e o(s) ré(u)(s), requisitando sua
apresentação, se estiver(em) custodiado (s). Ciência ao Ministério Público. Intime-se a Defensa
do(s) ré(u)(s). Servirá a cópia desta decisão como mandado (Provimento n.º 003/2009 CJCI).
Expeça-se o necessário. Junte-se a certidão de antecedentes criminais caso ainda não tenha sido
feito. Publique-se e cumpra-se. Oeiras do Pará, 01/12/2021. GABRIEL PINÃS STURTZ Juiz de Direito
Titular de Oeiras do Pará PROCESSO: 00020454820138140036 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): JAIRO RICARDO SILVA A??o: Cumprimento de
sentença em: 01/12/2021 MENOR:J D DOS A F REQUERENTE:JACIANE CARVALHO DOS ANJOS
Representante(s): OAB xxxx - DEFENSORIA PUBLICA (DEFENSOR) OAB 21889 - SAMUEL GOMES DA
SILVA (ADVOGADO) REQUERIDO:RAIMUNDO DE ALMEIDA FARIAS. ATO ORDINATÃRIO/CERTIDÃO
- ATO PROCESSUAL Certifico que de acordo com as atribuições que me são conferidas por Lei e em
atendimento ao que dispõe o art. 93, inciso XIV da Constituição Federal de 1988, art. 1º Emenda
Constitucional de nº 45/2004, o Provimento nº 06/2006-CJRMB e o Provimento nº 08/2014-CJRMB,
que procedi ao seguinte: 1. Cumprindo ao despacho ID 20210247726757, faço a intimação dos autos
ao(s) Advogada(s) Dr. Samuel Gomes da Silva OAB 21.889, para apresentar resposta à acusação, no
prazo legal. O referido é verdade e dou fé. Oeiras do Pará - PA, 01/12/2021. Jairo Ricardo Silva
Auxiliar Judiciário Mat.144703                                   Â
                         Página de 1 PROCESSO: 00028170620168140036
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): GABRIEL PINOS
STURTZ A??o: Ação Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 01/12/2021 DENUNCIADO:JEAN CARLOS
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
DA SILVA FRANCA Representante(s): OAB 25812 - MARCOS PAULO COSTA LEITÃO (DEFENSOR
DATIVO) VITIMA:O. E. . AÃÃO PENAL Decisão Vistos os autos. O(a)(s) acusado(a)(s) apresentou(aram)
resposta escrita à acusação, razão pela qual dou-o(a)(s) por devidamente citado(a)(s). Analisando a
defesa preliminar do(a)(s) ré(u)(s), não vejo elementos para sua absolvição sumária, inexistindo
preliminares, impondo-se o prosseguimento do feito com realização da instrução processual. Deste
modo, designo audiência UNA de instrução para o dia 27/07/2022 às 11 horas e 30 minutos,
quando serão ouvidas as testemunhas arroladas pela acusação, as testemunhas indicadas pela
defesa na resposta à acusação, e o(a)(s) acusado(a)(s), nesta ordem. Eventualmente poderão ser
prestados esclarecimentos por peritos, realizadas acareações e o reconhecimento de pessoas e coisas.
Excepcionalmente, se não houver objeção da parte contrária, poderão ser ouvidas testemunhas
não arroladas a fim de prestigiar a ampla defesa e a busca da verdade real, caso em que serão ouvidas
como testemunhas do JuÃ-zo. O ato deverá ocorrer de forma presencial, devendo a (o) ré(u)
comparecer obrigatoriamente ao fórum de Oeiras do Pará a fim de participar presencialmente do ato.
Não obstante, considerando as regras de distanciamento social (se ainda vigentes na data da
audiência), excepcionalmente o ato poderá ser realizado de forma semi-presencial, de maneira que a
Acusação e a Defesa, bem como as testemunhas/vÃ-timas, poderão participar remotamente do ato,
desde que formalizado requerimento prévio justificado. Nessa hipótese, este JuÃ-zo avaliará o pedido
e, se for o caso, fornecerá os dados necessários para viabilizar a realização do ato de forma remota,
via aplicativo Microsoft Teams. Testemunhas residentes em outras comarcas poderão ser ouvidas
remotamente. Fica desde já determinada a condução coercitiva, sem prejuÃ-zo de multa prevista na
legislação, das testemunhas que faltarem injustificadamente ao ato, desde que imprescindÃ-veis. Todas
as provas serão produzidas em audiência, com o indeferimento daquelas consideradas irrelevantes,
impertinentes ou protelatórias.  Finda a instrução probatória, será concedido à acusação e Ã
defesa o prazo de vinte minutos, prorrogável por mais dez, para apresentação de alegações finais
orais. Existindo mais de um réu, os prazos serão contados individualmente. Havendo assistente da
acusação, a este será concedido o prazo de dez minutos para alegações, após manifestação
do Parquet, sendo acrescido igual prazo à defesa. Encerrados os debates será proferida, imediatamente
ou no prazo de dez dias, de acordo com a complexidade do caso, sentença de mérito. Intimem-se as
testemunhas arroladas e o(s) ré(u)(s), requisitando sua apresentação, se estiver(em) custodiado (s).Â
Ciência ao Ministério Público. Intime-se a Defensa do(s) ré(u)(s). Servirá a cópia desta decisão
como mandado (Provimento n.º 003/2009 CJCI). Expeça-se o necessário. Junte-se a certidão de
antecedentes criminais caso ainda não tenha sido feito. Publique-se e cumpra-se. Oeiras do Pará,
01/12/2021. GABRIEL PINÃS STURTZ Juiz de Direito Titular de Oeiras do Pará PROCESSO:
00029034020178140036 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
GABRIEL PINOS STURTZ A??o: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 01/12/2021
DENUNCIADO:ALDO DO SOCORRO SILVA MENDES Representante(s): OAB 25812 - MARCOS PAULO
COSTA LEITÃO (DEFENSOR DATIVO) . AÃÃO PENAL Decisão Vistos os autos. O(a)(s) acusado(a)(s)
apresentou(aram) resposta escrita à acusação, razão pela qual dou-o(a)(s) por devidamente
citado(a)(s). Analisando a defesa preliminar do(a)(s) ré(u)(s), não vejo elementos para sua
absolvição sumária, inexistindo preliminares, impondo-se o prosseguimento do feito com realização
da instrução processual. Deste modo, designo audiência UNA de instrução para o dia 27/07/2022
às 13 horas e 00 minutos, quando serão ouvidas as testemunhas arroladas pela acusação, as
testemunhas indicadas pela defesa na resposta à acusação, e o(a)(s) acusado(a)(s), nesta ordem.
Eventualmente poderão ser prestados esclarecimentos por peritos, realizadas acareações e o
reconhecimento de pessoas e coisas. Excepcionalmente, se não houver objeção da parte contrária,
poderão ser ouvidas testemunhas não arroladas a fim de prestigiar a ampla defesa e a busca da
verdade real, caso em que serão ouvidas como testemunhas do JuÃ-zo. O ato deverá ocorrer de forma
presencial, devendo a (o) ré(u) comparecer obrigatoriamente ao fórum de Oeiras do Pará a fim de
participar presencialmente do ato. Não obstante, considerando as regras de distanciamento social (se
ainda vigentes na data da audiência), excepcionalmente o ato poderá ser realizado de forma semi-
presencial, de maneira que a Acusação e a Defesa, bem como as testemunhas/vÃ-timas, poderão
participar remotamente do ato, desde que formalizado requerimento prévio justificado. Nessa hipótese,
este JuÃ-zo avaliará o pedido e, se for o caso, fornecerá os dados necessários para viabilizar a
realização do ato de forma remota, via aplicativo Microsoft Teams. Testemunhas residentes em outras
comarcas poderão ser ouvidas remotamente. Fica desde já determinada a condução coercitiva, sem
prejuÃ-zo de multa prevista na legislação, das testemunhas que faltarem injustificadamente ao ato,
desde que imprescindÃ-veis. Todas as provas serão produzidas em audiência, com o indeferimento
daquelas consideradas irrelevantes, impertinentes ou protelatórias.  Finda a instrução probatória,
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
será concedido à acusação e à defesa o prazo de vinte minutos, prorrogável por mais dez, para
apresentação de alegações finais orais. Existindo mais de um réu, os prazos serão contados
individualmente. Havendo assistente da acusação, a este será concedido o prazo de dez minutos para
alegações, após manifestação do Parquet, sendo acrescido igual prazo à defesa. Encerrados os
debates será proferida, imediatamente ou no prazo de dez dias, de acordo com a complexidade do caso,
sentença de mérito. Intimem-se as testemunhas arroladas e o(s) ré(u)(s), requisitando sua
apresentação, se estiver(em) custodiado (s). Ciência ao Ministério Público. Intime-se a Defensa
do(s) ré(u)(s). Servirá a cópia desta decisão como mandado (Provimento n.º 003/2009 CJCI).
Expeça-se o necessário. Junte-se a certidão de antecedentes criminais caso ainda não tenha sido
feito. Publique-se e cumpra-se. Oeiras do Pará, 01/12/2021. GABRIEL PINÃS STURTZ Juiz de Direito
Titular de Oeiras do Pará PROCESSO: 00032633820188140036 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): GABRIEL PINOS STURTZ A??o: Ação Penal -
Procedimento Ordinário em: 01/12/2021 DENUNCIADO:LEIDINEY DE OLIVEIRA DE MELO
Representante(s): OAB 29301 - SANDY CARVALHO TEIXEIRA (DEFENSOR DATIVO) . AÃÃO PENAL
Decisão Vistos os autos. O(a)(s) acusado(a)(s) apresentou(aram) resposta escrita à acusação,
razão pela qual dou-o(a)(s) por devidamente citado(a)(s). Analisando a defesa preliminar do(a)(s)
ré(u)(s), não vejo elementos para sua absolvição sumária, inexistindo preliminares, impondo-se o
prosseguimento do feito com realização da instrução processual. Deste modo, designo audiência
UNA de instrução para o dia 28/07/2022 às 11 horas e 00 minutos, quando serão ouvidas as
testemunhas arroladas pela acusação, as testemunhas indicadas pela defesa na resposta Ã
acusação, e o(a)(s) acusado(a)(s), nesta ordem. Eventualmente poderão ser prestados
esclarecimentos por peritos, realizadas acareações e o reconhecimento de pessoas e coisas.
Excepcionalmente, se não houver objeção da parte contrária, poderão ser ouvidas testemunhas
não arroladas a fim de prestigiar a ampla defesa e a busca da verdade real, caso em que serão ouvidas
como testemunhas do JuÃ-zo. O ato deverá ocorrer de forma presencial, devendo a (o) ré(u)
comparecer obrigatoriamente ao fórum de Oeiras do Pará a fim de participar presencialmente do ato.
Não obstante, considerando as regras de distanciamento social (se ainda vigentes na data da
audiência), excepcionalmente o ato poderá ser realizado de forma semi-presencial, de maneira que a
Acusação e a Defesa, bem como as testemunhas/vÃ-timas, poderão participar remotamente do ato,
desde que formalizado requerimento prévio justificado. Nessa hipótese, este JuÃ-zo avaliará o pedido
e, se for o caso, fornecerá os dados necessários para viabilizar a realização do ato de forma remota,
via aplicativo Microsoft Teams. Testemunhas residentes em outras comarcas poderão ser ouvidas
remotamente. Fica desde já determinada a condução coercitiva, sem prejuÃ-zo de multa prevista na
legislação, das testemunhas que faltarem injustificadamente ao ato, desde que imprescindÃ-veis. Todas
as provas serão produzidas em audiência, com o indeferimento daquelas consideradas irrelevantes,
impertinentes ou protelatórias.  Finda a instrução probatória, será concedido à acusação e Ã
defesa o prazo de vinte minutos, prorrogável por mais dez, para apresentação de alegações finais
orais. Existindo mais de um réu, os prazos serão contados individualmente. Havendo assistente da
acusação, a este será concedido o prazo de dez minutos para alegações, após manifestação
do Parquet, sendo acrescido igual prazo à defesa. Encerrados os debates será proferida, imediatamente
ou no prazo de dez dias, de acordo com a complexidade do caso, sentença de mérito. Intimem-se as
testemunhas arroladas e o(s) ré(u)(s), requisitando sua apresentação, se estiver(em) custodiado (s).Â
Ciência ao Ministério Público. Intime-se a Defensa do(s) ré(u)(s). Servirá a cópia desta decisão
como mandado (Provimento n.º 003/2009 CJCI). Expeça-se o necessário. Junte-se a certidão de
antecedentes criminais caso ainda não tenha sido feito. Publique-se e cumpra-se. Oeiras do Pará,
01/12/2021. GABRIEL PINÃS STURTZ Juiz de Direito Titular de Oeiras do Pará PROCESSO:
00034634520188140036 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
GABRIEL PINOS STURTZ A??o: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 01/12/2021
DENUNCIADO:LUCAS EMANUEL SERRAO DE OLIVEIRA Representante(s): OAB 25812 - MARCOS
PAULO COSTA LEITÃO (DEFENSOR DATIVO) . AÃÃO PENAL Decisão Vistos os autos. O(a)(s)
acusado(a)(s) apresentou(aram) resposta escrita à acusação, razão pela qual dou-o(a)(s) por
devidamente citado(a)(s). Analisando a defesa preliminar do(a)(s) ré(u)(s), não vejo elementos para
sua absolvição sumária, inexistindo preliminares, impondo-se o prosseguimento do feito com
realização da instrução processual. Deste modo, designo audiência UNA de instrução para o dia
27/07/2022 às 11 horas e 00 minutos, quando serão ouvidas as testemunhas arroladas pela
acusação, as testemunhas indicadas pela defesa na resposta à acusação, e o(a)(s) acusado(a)(s),
nesta ordem. Eventualmente poderão ser prestados esclarecimentos por peritos, realizadas
acareações e o reconhecimento de pessoas e coisas. Excepcionalmente, se não houver objeção
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
da parte contrária, poderão ser ouvidas testemunhas não arroladas a fim de prestigiar a ampla defesa
e a busca da verdade real, caso em que serão ouvidas como testemunhas do JuÃ-zo. O ato deverá
ocorrer de forma presencial, devendo a (o) ré(u) comparecer obrigatoriamente ao fórum de Oeiras do
Pará a fim de participar presencialmente do ato. Não obstante, considerando as regras de
distanciamento social (se ainda vigentes na data da audiência), excepcionalmente o ato poderá ser
realizado de forma semi-presencial, de maneira que a Acusação e a Defesa, bem como as
testemunhas/vÃ-timas, poderão participar remotamente do ato, desde que formalizado requerimento
prévio justificado. Nessa hipótese, este JuÃ-zo avaliará o pedido e, se for o caso, fornecerá os dados
necessários para viabilizar a realização do ato de forma remota, via aplicativo Microsoft Teams.
Testemunhas residentes em outras comarcas poderão ser ouvidas remotamente. Fica desde já
determinada a condução coercitiva, sem prejuÃ-zo de multa prevista na legislação, das testemunhas
que faltarem injustificadamente ao ato, desde que imprescindÃ-veis. Todas as provas serão produzidas
em audiência, com o indeferimento daquelas consideradas irrelevantes, impertinentes ou protelatórias. Â
Finda a instrução probatória, será concedido à acusação e à defesa o prazo de vinte minutos,
prorrogável por mais dez, para apresentação de alegações finais orais. Existindo mais de um réu,
os prazos serão contados individualmente. Havendo assistente da acusação, a este será concedido
o prazo de dez minutos para alegações, após manifestação do Parquet, sendo acrescido igual
prazo à defesa. Encerrados os debates será proferida, imediatamente ou no prazo de dez dias, de acordo
com a complexidade do caso, sentença de mérito. Intimem-se as testemunhas arroladas e o(s)
ré(u)(s), requisitando sua apresentação, se estiver(em) custodiado (s). Ciência ao Ministério
Público. Intime-se a Defensa do(s) ré(u)(s). Servirá a cópia desta decisão como mandado
(Provimento n.º 003/2009 CJCI). Expeça-se o necessário. Junte-se a certidão de antecedentes
criminais caso ainda não tenha sido feito. Publique-se e cumpra-se. Oeiras do Pará, 01/12/2021.
GABRIEL PINÃS STURTZ Juiz de Direito Titular de Oeiras do Pará PROCESSO:
00040238420188140036 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
GABRIEL PINOS STURTZ A??o: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 01/12/2021 VITIMA:B. P. C.
DENUNCIADO:ISANILDO FREITAS LOPES Representante(s): OAB 25812 - MARCOS PAULO COSTA
LEITÃO (DEFENSOR DATIVO) . AÃÃO PENAL Decisão Vistos os autos. O(a)(s) acusado(a)(s)
apresentou(aram) resposta escrita à acusação, razão pela qual dou-o(a)(s) por devidamente
citado(a)(s). Analisando a defesa preliminar do(a)(s) ré(u)(s), não vejo elementos para sua
absolvição sumária, inexistindo preliminares, impondo-se o prosseguimento do feito com realização
da instrução processual. Deste modo, designo audiência UNA de instrução para o dia 27/07/2022
às 14 horas e 00 minutos, quando serão ouvidas as testemunhas arroladas pela acusação, as
testemunhas indicadas pela defesa na resposta à acusação, e o(a)(s) acusado(a)(s), nesta ordem.
Eventualmente poderão ser prestados esclarecimentos por peritos, realizadas acareações e o
reconhecimento de pessoas e coisas. Excepcionalmente, se não houver objeção da parte contrária,
poderão ser ouvidas testemunhas não arroladas a fim de prestigiar a ampla defesa e a busca da
verdade real, caso em que serão ouvidas como testemunhas do JuÃ-zo. O ato deverá ocorrer de forma
presencial, devendo a (o) ré(u) comparecer obrigatoriamente ao fórum de Oeiras do Pará a fim de
participar presencialmente do ato. Não obstante, considerando as regras de distanciamento social (se
ainda vigentes na data da audiência), excepcionalmente o ato poderá ser realizado de forma semi-
presencial, de maneira que a Acusação e a Defesa, bem como as testemunhas/vÃ-timas, poderão
participar remotamente do ato, desde que formalizado requerimento prévio justificado. Nessa hipótese,
este JuÃ-zo avaliará o pedido e, se for o caso, fornecerá os dados necessários para viabilizar a
realização do ato de forma remota, via aplicativo Microsoft Teams. Testemunhas residentes em outras
comarcas poderão ser ouvidas remotamente. Fica desde já determinada a condução coercitiva, sem
prejuÃ-zo de multa prevista na legislação, das testemunhas que faltarem injustificadamente ao ato,
desde que imprescindÃ-veis. Todas as provas serão produzidas em audiência, com o indeferimento
daquelas consideradas irrelevantes, impertinentes ou protelatórias.  Finda a instrução probatória,
será concedido à acusação e à defesa o prazo de vinte minutos, prorrogável por mais dez, para
apresentação de alegações finais orais. Existindo mais de um réu, os prazos serão contados
individualmente. Havendo assistente da acusação, a este será concedido o prazo de dez minutos para
alegações, após manifestação do Parquet, sendo acrescido igual prazo à defesa. Encerrados os
debates será proferida, imediatamente ou no prazo de dez dias, de acordo com a complexidade do caso,
sentença de mérito. Intimem-se as testemunhas arroladas e o(s) ré(u)(s), requisitando sua
apresentação, se estiver(em) custodiado (s). Ciência ao Ministério Público. Intime-se a Defensa
do(s) ré(u)(s). Servirá a cópia desta decisão como mandado (Provimento n.º 003/2009 CJCI).
Expeça-se o necessário. Junte-se a certidão de antecedentes criminais caso ainda não tenha sido
848
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
feito. Publique-se e cumpra-se. Oeiras do Pará, 01/12/2021. GABRIEL PINÃS STURTZ Juiz de Direito
Titular de Oeiras do Pará PROCESSO: 00043101320198140036 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): GABRIEL PINOS STURTZ A??o: Ação Penal -
Procedimento Ordinário em: 01/12/2021 AUTOR:MINISTERIO PUBLICODO ESTADO DO PARA
DENUNCIADO:EMANOEL MARTINS PANTOJA Representante(s): OAB 9459 - MARIA DE NAZARE
SILVA DOS SANTOS (ADVOGADO) . AÃÃO PENAL Decisão Vistos os autos. O(a)(s) acusado(a)(s)
apresentou(aram) resposta escrita à acusação, razão pela qual dou-o(a)(s) por devidamente
citado(a)(s). Analisando a defesa preliminar do(a)(s) ré(u)(s), não vejo elementos para sua
absolvição sumária, inexistindo preliminares, impondo-se o prosseguimento do feito com realização
da instrução processual. Deste modo, designo audiência UNA de instrução para o dia 26/07/2022
às 16 horas e 00 minutos, quando serão ouvidas as testemunhas arroladas pela acusação, as
testemunhas indicadas pela defesa na resposta à acusação, e o(a)(s) acusado(a)(s), nesta ordem.
Eventualmente poderão ser prestados esclarecimentos por peritos, realizadas acareações e o
reconhecimento de pessoas e coisas. Excepcionalmente, se não houver objeção da parte contrária,
poderão ser ouvidas testemunhas não arroladas a fim de prestigiar a ampla defesa e a busca da
verdade real, caso em que serão ouvidas como testemunhas do JuÃ-zo. O ato deverá ocorrer de forma
presencial, devendo a (o) ré(u) comparecer obrigatoriamente ao fórum de Oeiras do Pará a fim de
participar presencialmente do ato. Não obstante, considerando as regras de distanciamento social (se
ainda vigentes na data da audiência), excepcionalmente o ato poderá ser realizado de forma semi-
presencial, de maneira que a Acusação e a Defesa, bem como as testemunhas/vÃ-timas, poderão
participar remotamente do ato, desde que formalizado requerimento prévio justificado. Nessa hipótese,
este JuÃ-zo avaliará o pedido e, se for o caso, fornecerá os dados necessários para viabilizar a
realização do ato de forma remota, via aplicativo Microsoft Teams. Testemunhas residentes em outras
comarcas poderão ser ouvidas remotamente. Fica desde já determinada a condução coercitiva, sem
prejuÃ-zo de multa prevista na legislação, das testemunhas que faltarem injustificadamente ao ato,
desde que imprescindÃ-veis. Todas as provas serão produzidas em audiência, com o indeferimento
daquelas consideradas irrelevantes, impertinentes ou protelatórias.  Finda a instrução probatória,
será concedido à acusação e à defesa o prazo de vinte minutos, prorrogável por mais dez, para
apresentação de alegações finais orais. Existindo mais de um réu, os prazos serão contados
individualmente. Havendo assistente da acusação, a este será concedido o prazo de dez minutos para
alegações, após manifestação do Parquet, sendo acrescido igual prazo à defesa. Encerrados os
debates será proferida, imediatamente ou no prazo de dez dias, de acordo com a complexidade do caso,
sentença de mérito. Intimem-se as testemunhas arroladas e o(s) ré(u)(s), requisitando sua
apresentação, se estiver(em) custodiado (s). Ciência ao Ministério Público. Intime-se a Defensa
do(s) ré(u)(s). Servirá a cópia desta decisão como mandado (Provimento n.º 003/2009 CJCI).
Expeça-se o necessário. Junte-se a certidão de antecedentes criminais caso ainda não tenha sido
feito. Publique-se e cumpra-se. Oeiras do Pará, 01/12/2021. GABRIEL PINÃS STURTZ Juiz de Direito
Titular de Oeiras do Pará PROCESSO: 00048032420188140036 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): GABRIEL PINOS STURTZ A??o: Ação Penal -
Procedimento Ordinário em: 01/12/2021 VITIMA:R. X. P. DENUNCIADO:ALANO DE JESUS MARQUES
CHAVES. AÃÃO PENAL Decisão Vistos os autos. O(a)(s) acusado(a)(s) apresentou(aram) resposta
escrita à acusação, razão pela qual dou-o(a)(s) por devidamente citado(a)(s). Analisando a defesa
preliminar do(a)(s) ré(u)(s), não vejo elementos para sua absolvição sumária, inexistindo
preliminares, impondo-se o prosseguimento do feito com realização da instrução processual. Deste
modo, designo audiência UNA de instrução para o dia 27/07/2022 às 10 horas e 00 minutos,
quando serão ouvidas as testemunhas arroladas pela acusação, as testemunhas indicadas pela
defesa na resposta à acusação, e o(a)(s) acusado(a)(s), nesta ordem. Eventualmente poderão ser
prestados esclarecimentos por peritos, realizadas acareações e o reconhecimento de pessoas e coisas.
Excepcionalmente, se não houver objeção da parte contrária, poderão ser ouvidas testemunhas
não arroladas a fim de prestigiar a ampla defesa e a busca da verdade real, caso em que serão ouvidas
como testemunhas do JuÃ-zo. O ato deverá ocorrer de forma presencial, devendo a (o) ré(u)
comparecer obrigatoriamente ao fórum de Oeiras do Pará a fim de participar presencialmente do ato.
Não obstante, considerando as regras de distanciamento social (se ainda vigentes na data da
audiência), excepcionalmente o ato poderá ser realizado de forma semi-presencial, de maneira que a
Acusação e a Defesa, bem como as testemunhas/vÃ-timas, poderão participar remotamente do ato,
desde que formalizado requerimento prévio justificado. Nessa hipótese, este JuÃ-zo avaliará o pedido
e, se for o caso, fornecerá os dados necessários para viabilizar a realização do ato de forma remota,
via aplicativo Microsoft Teams. Testemunhas residentes em outras comarcas poderão ser ouvidas
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
remotamente. Fica desde já determinada a condução coercitiva, sem prejuÃ-zo de multa prevista na
legislação, das testemunhas que faltarem injustificadamente ao ato, desde que imprescindÃ-veis. Todas
as provas serão produzidas em audiência, com o indeferimento daquelas consideradas irrelevantes,
impertinentes ou protelatórias.  Finda a instrução probatória, será concedido à acusação e Ã
defesa o prazo de vinte minutos, prorrogável por mais dez, para apresentação de alegações finais
orais. Existindo mais de um réu, os prazos serão contados individualmente. Havendo assistente da
acusação, a este será concedido o prazo de dez minutos para alegações, após manifestação
do Parquet, sendo acrescido igual prazo à defesa. Encerrados os debates será proferida, imediatamente
ou no prazo de dez dias, de acordo com a complexidade do caso, sentença de mérito. Intimem-se as
testemunhas arroladas e o(s) ré(u)(s), requisitando sua apresentação, se estiver(em) custodiado (s).Â
Ciência ao Ministério Público. Intime-se a Defensa do(s) ré(u)(s). Servirá a cópia desta decisão
como mandado (Provimento n.º 003/2009 CJCI). Expeça-se o necessário. Junte-se a certidão de
antecedentes criminais caso ainda não tenha sido feito. Publique-se e cumpra-se. Oeiras do Pará,
01/12/2021. GABRIEL PINÃS STURTZ Juiz de Direito Titular de Oeiras do Pará PROCESSO:
00052643020178140036 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
GABRIEL PINOS STURTZ A??o: Ação Penal - Procedimento Sumário em: 01/12/2021
DENUNCIADO:DENISON TENORIO FERNANDES Representante(s): OAB 3027 - MARIA DOS ANJOS
REZENDE RIBEIRO (ADVOGADO) VITIMA:G. G. C. . Decisão Vistos. Recebo o recurso de apelação,
porquanto próprio e tempestivo. Intime-se a Dra. Maria dos Anjos Rezende Ribeiro, OAB/PA 3.027, para
apresentar as razões do recurso, no prazo legal. Após, dê-se vista ao Ministério Público para
oferecer contrarrazões no prazo legal. Por fim, remetam-se os autos ao Egrégio Tribunal de Justiça
do Pará, com as homenagens de estilo. P.R.I.C. Oeiras do Pará, 01/12/2021. Gabriel Pinós Sturtz Juiz
de Direito Titular de Oeiras do Pará PROCESSO: 00066436920188140036 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): GABRIEL PINOS STURTZ A??o: Ação Penal -
Procedimento Ordinário em: 01/12/2021 VITIMA:A. S. C. A. DENUNCIADO:JEFFERSON JACKSON
MIRANDA SOARES Representante(s): OAB 25812 - MARCOS PAULO COSTA LEITÃO (DEFENSOR
DATIVO) . AÃÃO PENAL Decisão Vistos os autos. O(a)(s) acusado(a)(s) apresentou(aram) resposta
escrita à acusação, razão pela qual dou-o(a)(s) por devidamente citado(a)(s). Analisando a defesa
preliminar do(a)(s) ré(u)(s), não vejo elementos para sua absolvição sumária, inexistindo
preliminares, impondo-se o prosseguimento do feito com realização da instrução processual. Deste
modo, designo audiência UNA de instrução para o dia 27/07/2022 às 10 horas e 30 minutos,
quando serão ouvidas as testemunhas arroladas pela acusação, as testemunhas indicadas pela
defesa na resposta à acusação, e o(a)(s) acusado(a)(s), nesta ordem. Eventualmente poderão ser
prestados esclarecimentos por peritos, realizadas acareações e o reconhecimento de pessoas e coisas.
Excepcionalmente, se não houver objeção da parte contrária, poderão ser ouvidas testemunhas
não arroladas a fim de prestigiar a ampla defesa e a busca da verdade real, caso em que serão ouvidas
como testemunhas do JuÃ-zo. O ato deverá ocorrer de forma presencial, devendo a (o) ré(u)
comparecer obrigatoriamente ao fórum de Oeiras do Pará a fim de participar presencialmente do ato.
Não obstante, considerando as regras de distanciamento social (se ainda vigentes na data da
audiência), excepcionalmente o ato poderá ser realizado de forma semi-presencial, de maneira que a
Acusação e a Defesa, bem como as testemunhas/vÃ-timas, poderão participar remotamente do ato,
desde que formalizado requerimento prévio justificado. Nessa hipótese, este JuÃ-zo avaliará o pedido
e, se for o caso, fornecerá os dados necessários para viabilizar a realização do ato de forma remota,
via aplicativo Microsoft Teams. Testemunhas residentes em outras comarcas poderão ser ouvidas
remotamente. Fica desde já determinada a condução coercitiva, sem prejuÃ-zo de multa prevista na
legislação, das testemunhas que faltarem injustificadamente ao ato, desde que imprescindÃ-veis. Todas
as provas serão produzidas em audiência, com o indeferimento daquelas consideradas irrelevantes,
impertinentes ou protelatórias.  Finda a instrução probatória, será concedido à acusação e Ã
defesa o prazo de vinte minutos, prorrogável por mais dez, para apresentação de alegações finais
orais. Existindo mais de um réu, os prazos serão contados individualmente. Havendo assistente da
acusação, a este será concedido o prazo de dez minutos para alegações, após manifestação
do Parquet, sendo acrescido igual prazo à defesa. Encerrados os debates será proferida, imediatamente
ou no prazo de dez dias, de acordo com a complexidade do caso, sentença de mérito. Intimem-se as
testemunhas arroladas e o(s) ré(u)(s), requisitando sua apresentação, se estiver(em) custodiado (s).Â
Ciência ao Ministério Público. Intime-se a Defensa do(s) ré(u)(s). Servirá a cópia desta decisão
como mandado (Provimento n.º 003/2009 CJCI). Expeça-se o necessário. Junte-se a certidão de
antecedentes criminais caso ainda não tenha sido feito. Publique-se e cumpra-se. Oeiras do Pará,
01/12/2021. GABRIEL PINÃS STURTZ Juiz de Direito Titular de Oeiras do Pará PROCESSO:
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
necessários para viabilizar a realização do ato de forma remota, via aplicativo Microsoft Teams.
Testemunhas residentes em outras comarcas poderão ser ouvidas remotamente. Fica desde já
determinada a condução coercitiva, sem prejuÃ-zo de multa prevista na legislação, das testemunhas
que faltarem injustificadamente ao ato, desde que imprescindÃ-veis. Todas as provas serão produzidas
em audiência, com o indeferimento daquelas consideradas irrelevantes, impertinentes ou protelatórias. Â
Finda a instrução probatória, será concedido à acusação e à defesa o prazo de vinte minutos,
prorrogável por mais dez, para apresentação de alegações finais orais. Existindo mais de um réu,
os prazos serão contados individualmente. Havendo assistente da acusação, a este será concedido
o prazo de dez minutos para alegações, após manifestação do Parquet, sendo acrescido igual
prazo à defesa. Encerrados os debates será proferida, imediatamente ou no prazo de dez dias, de acordo
com a complexidade do caso, sentença de mérito. Intimem-se as testemunhas arroladas e o(s)
ré(u)(s), requisitando sua apresentação, se estiver(em) custodiado (s). Ciência ao Ministério
Público. Intime-se a Defensa do(s) ré(u)(s). Servirá a cópia desta decisão como mandado
(Provimento n.º 003/2009 CJCI). Expeça-se o necessário. Junte-se a certidão de antecedentes
criminais caso ainda não tenha sido feito. Publique-se e cumpra-se. Oeiras do Pará, 01/12/2021.
GABRIEL PINÃS STURTZ Juiz de Direito Titular de Oeiras do Pará PROCESSO:
00078905120198140036 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
GABRIEL PINOS STURTZ A??o: Ação Penal - Procedimento Sumário em: 01/12/2021 VITIMA:G. S. M.
DENUNCIADO:MANOEL DOS SANTOS RODRIGUES Representante(s): OAB 29301 - SANDY
CARVALHO TEIXEIRA (DEFENSOR DATIVO) . AÃÃO PENAL Decisão Vistos os autos. O(a)(s)
acusado(a)(s) apresentou(aram) resposta escrita à acusação, razão pela qual dou-o(a)(s) por
devidamente citado(a)(s). Analisando a defesa preliminar do(a)(s) ré(u)(s), não vejo elementos para
sua absolvição sumária, inexistindo preliminares, impondo-se o prosseguimento do feito com
realização da instrução processual. Deste modo, designo audiência UNA de instrução para o dia
28/07/2022 às 10 horas e 00 minutos, quando serão ouvidas as testemunhas arroladas pela
acusação, as testemunhas indicadas pela defesa na resposta à acusação, e o(a)(s) acusado(a)(s),
nesta ordem. Eventualmente poderão ser prestados esclarecimentos por peritos, realizadas
acareações e o reconhecimento de pessoas e coisas. Excepcionalmente, se não houver objeção
da parte contrária, poderão ser ouvidas testemunhas não arroladas a fim de prestigiar a ampla defesa
e a busca da verdade real, caso em que serão ouvidas como testemunhas do JuÃ-zo. O ato deverá
ocorrer de forma presencial, devendo a (o) ré(u) comparecer obrigatoriamente ao fórum de Oeiras do
Pará a fim de participar presencialmente do ato. Não obstante, considerando as regras de
distanciamento social (se ainda vigentes na data da audiência), excepcionalmente o ato poderá ser
realizado de forma semi-presencial, de maneira que a Acusação e a Defesa, bem como as
testemunhas/vÃ-timas, poderão participar remotamente do ato, desde que formalizado requerimento
prévio justificado. Nessa hipótese, este JuÃ-zo avaliará o pedido e, se for o caso, fornecerá os dados
necessários para viabilizar a realização do ato de forma remota, via aplicativo Microsoft Teams.
Testemunhas residentes em outras comarcas poderão ser ouvidas remotamente. Fica desde já
determinada a condução coercitiva, sem prejuÃ-zo de multa prevista na legislação, das testemunhas
que faltarem injustificadamente ao ato, desde que imprescindÃ-veis. Todas as provas serão produzidas
em audiência, com o indeferimento daquelas consideradas irrelevantes, impertinentes ou protelatórias. Â
Finda a instrução probatória, será concedido à acusação e à defesa o prazo de vinte minutos,
prorrogável por mais dez, para apresentação de alegações finais orais. Existindo mais de um réu,
os prazos serão contados individualmente. Havendo assistente da acusação, a este será concedido
o prazo de dez minutos para alegações, após manifestação do Parquet, sendo acrescido igual
prazo à defesa. Encerrados os debates será proferida, imediatamente ou no prazo de dez dias, de acordo
com a complexidade do caso, sentença de mérito. Intimem-se as testemunhas arroladas e o(s)
ré(u)(s), requisitando sua apresentação, se estiver(em) custodiado (s). Ciência ao Ministério
Público. Intime-se a Defensa do(s) ré(u)(s). Servirá a cópia desta decisão como mandado
(Provimento n.º 003/2009 CJCI). Expeça-se o necessário. Junte-se a certidão de antecedentes
criminais caso ainda não tenha sido feito. Publique-se e cumpra-se. Oeiras do Pará, 01/12/2021.
GABRIEL PINÃS STURTZ Juiz de Direito Titular de Oeiras do Pará PROCESSO:
00079900620198140036 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
GABRIEL PINOS STURTZ A??o: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 01/12/2021 VITIMA:Y. M. F.
O. DENUNCIADO:JOCILEY DE SOUZA VEIGA Representante(s): OAB 20708 - SILAS DE CARVALHO
MONTEIRO (DEFENSOR DATIVO) . AÃÃO PENAL Decisão Vistos os autos. O(a)(s) acusado(a)(s)
apresentou(aram) resposta escrita à acusação, razão pela qual dou-o(a)(s) por devidamente
citado(a)(s). Analisando a defesa preliminar do(a)(s) ré(u)(s), não vejo elementos para sua
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e, se for o caso, fornecerá os dados necessários para viabilizar a realização do ato de forma remota,
via aplicativo Microsoft Teams. Testemunhas residentes em outras comarcas poderão ser ouvidas
remotamente. Fica desde já determinada a condução coercitiva, sem prejuÃ-zo de multa prevista na
legislação, das testemunhas que faltarem injustificadamente ao ato, desde que imprescindÃ-veis. Todas
as provas serão produzidas em audiência, com o indeferimento daquelas consideradas irrelevantes,
impertinentes ou protelatórias.  Finda a instrução probatória, será concedido à acusação e Ã
defesa o prazo de vinte minutos, prorrogável por mais dez, para apresentação de alegações finais
orais. Existindo mais de um réu, os prazos serão contados individualmente. Havendo assistente da
acusação, a este será concedido o prazo de dez minutos para alegações, após manifestação
do Parquet, sendo acrescido igual prazo à defesa. Encerrados os debates será proferida, imediatamente
ou no prazo de dez dias, de acordo com a complexidade do caso, sentença de mérito. Intimem-se as
testemunhas arroladas e o(s) ré(u)(s), requisitando sua apresentação, se estiver(em) custodiado (s).Â
Ciência ao Ministério Público. Intime-se a Defensa do(s) ré(u)(s). Servirá a cópia desta decisão
como mandado (Provimento n.º 003/2009 CJCI). Expeça-se o necessário. Junte-se a certidão de
antecedentes criminais caso ainda não tenha sido feito. Publique-se e cumpra-se. Oeiras do Pará,
01/12/2021. GABRIEL PINÃS STURTZ Juiz de Direito Titular de Oeiras do Pará PROCESSO:
00132544320158140036 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
GABRIEL PINOS STURTZ A??o: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 01/12/2021
DENUNCIADO:THIAGO WERLEY MIRANDA VEIGA Representante(s): OAB 29301 - SANDY CARVALHO
TEIXEIRA (DEFENSOR DATIVO) VITIMA:C. A. P. . AÃÃO PENAL Decisão Vistos os autos. O(a)(s)
acusado(a)(s) apresentou(aram) resposta escrita à acusação, razão pela qual dou-o(a)(s) por
devidamente citado(a)(s). Analisando a defesa preliminar do(a)(s) ré(u)(s), não vejo elementos para
sua absolvição sumária, inexistindo preliminares, impondo-se o prosseguimento do feito com
realização da instrução processual. Deste modo, designo audiência UNA de instrução para o dia
05/04/2022 às 15 horas e 30 minutos, quando serão ouvidas as testemunhas arroladas pela
acusação, as testemunhas indicadas pela defesa na resposta à acusação, e o(a)(s) acusado(a)(s),
nesta ordem. Eventualmente poderão ser prestados esclarecimentos por peritos, realizadas
acareações e o reconhecimento de pessoas e coisas. Excepcionalmente, se não houver objeção
da parte contrária, poderão ser ouvidas testemunhas não arroladas a fim de prestigiar a ampla defesa
e a busca da verdade real, caso em que serão ouvidas como testemunhas do JuÃ-zo. O ato deverá
ocorrer de forma presencial, devendo a (o) ré(u) comparecer obrigatoriamente ao fórum de Oeiras do
Pará a fim de participar presencialmente do ato. Não obstante, considerando as regras de
distanciamento social (se ainda vigentes na data da audiência), excepcionalmente o ato poderá ser
realizado de forma semi-presencial, de maneira que a Acusação e a Defesa, bem como as
testemunhas/vÃ-timas, poderão participar remotamente do ato, desde que formalizado requerimento
prévio justificado. Nessa hipótese, este JuÃ-zo avaliará o pedido e, se for o caso, fornecerá os dados
necessários para viabilizar a realização do ato de forma remota, via aplicativo Microsoft Teams.
Testemunhas residentes em outras comarcas poderão ser ouvidas remotamente. Fica desde já
determinada a condução coercitiva, sem prejuÃ-zo de multa prevista na legislação, das testemunhas
que faltarem injustificadamente ao ato, desde que imprescindÃ-veis. Todas as provas serão produzidas
em audiência, com o indeferimento daquelas consideradas irrelevantes, impertinentes ou protelatórias. Â
Finda a instrução probatória, será concedido à acusação e à defesa o prazo de vinte minutos,
prorrogável por mais dez, para apresentação de alegações finais orais. Existindo mais de um réu,
os prazos serão contados individualmente. Havendo assistente da acusação, a este será concedido
o prazo de dez minutos para alegações, após manifestação do Parquet, sendo acrescido igual
prazo à defesa. Encerrados os debates será proferida, imediatamente ou no prazo de dez dias, de acordo
com a complexidade do caso, sentença de mérito. Intimem-se as testemunhas arroladas e o(s)
ré(u)(s), requisitando sua apresentação, se estiver(em) custodiado (s). Ciência ao Ministério
Público. Intime-se a Defensa do(s) ré(u)(s). Servirá a cópia desta decisão como mandado
(Provimento n.º 003/2009 CJCI). Expeça-se o necessário. Junte-se a certidão de antecedentes
criminais caso ainda não tenha sido feito. Publique-se e cumpra-se. Oeiras do Pará, 01/12/2021.
GABRIEL PINÃS STURTZ Juiz de Direito Titular de Oeiras do Pará PROCESSO:
00000123720038140036 PROCESSO ANTIGO: 200310000431
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): GABRIEL PINOS STURTZ A??o: Execução Fiscal
em: 02/12/2021 EXECUTADO:AILTON SABOIA TAVARES EXEQUENTE:INSTITUTO BRASILEIRO DO
MEIO AMBIENTE E DE RECURSOS NATURAIS RENOVAVEISIBAMA. DECISÃO Vistos. Determino a
suspensão do curso do processo de execução pelo prazo de 1 (um) ano, durante o qual se
suspenderá a fluência do lapso prescricional, nos termos do artigo 40, da Lei nº 6.830/80. Decorrido o
854
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prazo máximo de 1 (um) ano, remetam os autos ao exequente, para manifestação. Não havendo
manifestação do ente exequente, remetam-se os autos ao arquivo provisório (art. 40, § 2º, Lei nº
6.830/80), passando a correr, a partir de então, o prazo de prescrição intercorrente. Nos termos do
parágrafo 4º do artigo 40 da Lei nº 6.830/80, certificado o decurso do prazo de prescrição
intercorrente, remetam-se os autos ao ente exequente para manifestação. Desta decisão, dê-se
ciência ao ente exequente. Oeiras do Pará, 02/12/2021. GABRIEL PINÃS STURTZ Juiz de Direito
PROCESSO: 00011475920188140036 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): GABRIEL PINOS STURTZ A??o: Cumprimento de
sentença em: 02/12/2021 REQUERENTE:CARLOTA PINHEIRO MACHADO Representante(s): OAB
15847 - MARCOS SOARES BARROSO (ADVOGADO) REQUERIDO:BANCO ITAU BMG
TERCEIRO:BANCO ITAU CONSIGNADO SA Representante(s): OAB 60359 - NELSON MONTEIRO DE
CARVALHO NETO (ADVOGADO) . DECISÃO Vistos. Defiro o pedido de fls. 66, devendo ser expedida a
Certidão de Crédito em favor do banco exequente, no valor ali indicado, referente à multa de litigância
de má-fé já determinada na sentença de fls. 33/36. Nada mais sendo requerido, arquivem-se. Oeiras
do Pará, 02/12/2021. GABRIEL PINÃS STURTZ JUIZ DE DIREITO PROCESSO:
00013857820188140036 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
GABRIEL PINOS STURTZ A??o: Cumprimento de sentença em: 02/12/2021 REQUERENTE:SEBASTIAO
TENORIO RODRIGUES Representante(s): OAB 15847 - MARCOS SOARES BARROSO (ADVOGADO)
REQUERIDO:BANCO ITAU BMG Representante(s): OAB 60359 - NELSON MONTEIRO DE CARVALHO
NETO (ADVOGADO) TERCEIRO:BANCO ITAU CONSIGNADO SA. DECISÃO Vistos. Defiro o pedido de
fls. 75, devendo ser expedida a Certidão de Crédito em favor do banco exequente, no valor ali indicado,
referente à multa de litigância de má-fé já determinada na sentença de fls. 40/43 Nada mais sendo
requerido, arquivem-se. Oeiras do Pará, 02/12/2021. GABRIEL PINÃS STURTZ JUIZ DE DIREITO
PROCESSO: 00064707920178140036 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): GABRIEL PINOS STURTZ A??o: Cumprimento de
sentença em: 02/12/2021 REQUERENTE:MARIA DE NAZARE DINIZ SERRAO Representante(s): OAB
15847 - MARCOS SOARES BARROSO (ADVOGADO) REQUERIDO:BANCO BMG ITAU
TERCEIRO:BANCO ITAU CONSIGNADO Representante(s): OAB 22311 - HASSEN SALES RAMOS
FILHO (ADVOGADO) . DECISÃO Vistos. Defiro o pedido de fls. 66, devendo ser expedida a Certidão de
Crédito em favor do banco exequente, no valor ali indicado, referente à multa de litigância de má-fé
já determinada na sentença de fls. 48/51. Nada mais sendo requerido, arquivem-se. Oeiras do Pará,
02/12/2021. GABRIEL PINÃS STURTZ JUIZ DE DIREITO PROCESSO: 00029548020198140036
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): MARIA DE FÁTIMA
RIBEIRO DA COSTA A??o: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 03/12/2021 VITIMA:S. S. C.
DENUNCIADO:RONILSON PINHEIRO RIBEIRO Representante(s): OAB 21889 - SAMUEL GOMES DA
SILVA (DEFENSOR DATIVO) . CERTIDÃO DE TRÃNSITO EM JULGADO Processo n.:
00029548020198140036 Certifico, que em virtude das atribuições que me são conferidas por lei, que
a Sentença de Extinção de Punibilidade foi transitada em julgado em audiência no dia 01/12/2021. O
referido é verdade e dou fé. Oeiras do Pará, 03/12/2021. . Fátima Ribeiro Costa Auxiliar Judiciário
Mat. 13684 PROCESSO: 00034658820138140036 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): MARIA DE FÁTIMA RIBEIRO DA COSTA A??o:
Ação Penal - Procedimento Sumaríssimo em: 03/12/2021 DENUNCIADO:JEAN FRANCISCO VEIGA
CERDEIRA COELHO VITIMA:S. M. M. VITIMA:E. A. S. F. VITIMA:R. W. C. M. VITIMA:A. J. C. M.
AUTOR:MINISSTERIO PUBLICO DO ESTADO DO PARA. CERTIDÃO DE TRANSITO EM JULGADO
Processo n.: 0003465-88.2013.8.14.0036 Certifico, que em virtude das atribuições que me são
conferidas por lei, que a Sentença de Extinção TRANSITOU LIVREMENTE EM JULGADO, para
ambas as partes. O referido é verdade e dou fé. Oeiras do Pará, 03/12/2021. . Fátima Ribeiro Costa
Auxiliar Judiciário Mat. 13684  PROCESSO: 00046107220198140036 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): MARIA DE FÁTIMA RIBEIRO DA COSTA A??o:
Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 03/12/2021 VITIMA:O. P. G. DENUNCIADO:SEBASTIAO
PEREIRA DOS SANTOS Representante(s): OAB 25531-A - SÉRGIO DE MORAES MONTEIRO
(ADVOGADO) . CERTIDÃO DE TRÃNSITO EM JULGADO Processo n.: 00046107220198140036
Certifico, que em virtude das atribuições que me são conferidas por lei, que a Sentença Absolutória
para ambas as partes em transitada em audiência no dia 01/12/2021. O referido é verdade e dou fé.
Oeiras do Pará, 03/12/2021. . Fátima Ribeiro Costa Auxiliar Judiciário Mat. 13684 PROCESSO:
00051510820198140036 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
MARIA DE FÁTIMA RIBEIRO DA COSTA A??o: Ação Penal - Procedimento Ordinário em: 03/12/2021
DENUNCIADO:LEIDINEY DE OLIVEIRA DE MELO Representante(s): OAB 21091 - FABIO JOSE
855
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
O Excelentíssimo Doutor JULIANO MIZUMA ANDRADE, MM. Juiz de Direito desta Comarca de Novo
Repartimento, Estado do Pará, República Federativa do Brasil, na forma da Lei etc.
FAZ SABER a todos quanto o presente Edital virem ou dele noticia tiverem, que por este Juízo e
expediente da Secretaria Judicial desta Comarca, se processaram os termos legais da AÇÃO DE
CURATELA/ INTERDIÇÃO Processo nº 000468-12.2006.8.14.0123, em que são partes: ROSÂNGELA DE
FREITAS RABELO DE OLIVEIRA (requerente); ANTÔNIO SATURNINO DE OLIVEIRA (interditando) na
qual foi proferida Sentença que decretou a Interdição de ANTÔNIO SATURNINO DE OLIVEIRA e em
consequência declarou-a absolutamente incapaz de exercer os atos da vida civil, nomeando como curador
S.rª ROSÂNGELA DE FREITAS RABELO DE OLIVEIRA.
E para que chegue ao conhecimento dos interessados e não possam no futuro, alegar ignorância, será o
presente Edital publicado na forma da lei e afixado no lugar de costume.
DADO E PASSADO nesta Comarca, em 19 de novembro de 2021. Eu Francisca Silva Sousa Auxiliar de
Secretaria desta Comarca, conferi e subscrevo.
Diretora de Secretaria
CERTIDÃO DE PUBLICAÇÃO
CERTIFICO, em virtude das atribuições que me são conferidas por lei que, nesta data publiquei o presente
857
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
Diretora de Secretaria
O Excelentíssimo Doutor JULIANO MIZUMA ANDRADE, MM. Juiz de Direito desta Comarca de Novo
Repartimento, Estado do Pará, República Federativa do Brasil, na forma da Lei etc.
FAZ SABER a todos quanto o presente Edital virem ou dele noticia tiverem, que por este Juízo e
expediente da Secretaria Judicial desta Comarca, se processaram os termos legais da AÇÃO DE
INTERDIÇÃO E CURATELA COM PLEITO DE TERMO DE CURATELA PROVISÓRIA EM SEDE DE
MEDIDA ANTECIPATÓRIA DE URGÊNCIA Processo nº 0009498-22.2016.8.14.0123, em que são partes:
ELIANE TRINDADE SOUSA (requerente); FRANCISCA TRINDADE SOUSA(interditada), NEDINA
TRINDADE DE SOUSA(requerida), JOÃO ALFREDO CAMILO DE SOUSA (requerido) na qual foi
proferida Sentença que decretou a Interdição de FRANCISCA TRINDADE SOUSA e em consequência
declarou-o absolutamente incapaz de exercer os atos da vida civil, nomeando como curador a Sra ELIANE
TRINDADE SOUSA.
E para que chegue ao conhecimento dos interessados e não possam no futuro, alegar ignorância, será o
presente Edital publicado na forma da lei e afixado no lugar de costume.
DADO E PASSADO nesta Comarca, em 09 de Novembro de 2021. Eu Iara Paulino dos Santos Auxiliar de
Secretaria desta Comarca, conferi e subscrevo.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
Juiz de Direito
CERTIDÃO DE PUBLICAÇÃO
CERTIFICO, em virtude das atribuições que me são conferidas por lei que, nesta data publiquei o presente
edital nas dependências este Fórum, no quadro de avisos.
Juiz de Direito
O Excelentíssimo Doutor JULIANO MIZUMA ANDRADE, MM. Juiz de Direito desta Comarca de Novo
Repartimento, Estado do Pará, República Federativa do Brasil, na forma da Lei etc.
FAZ SABER a todos quanto o presente Edital virem ou dele noticia tiverem, que por este Juízo e
expediente da Secretaria Judicial desta Comarca, se processaram os termos legais da AÇÃO DE
INTERDIÇÃO E CURATELA Processo nº 0007690-11.2018.8.14.0123, em que são partes: MARIA
RAIMUNDA BRITO LIMA (requerente); DANIEL DA SILV LIMA (interditando); DANIETE DA SILVA LIMA
(requerida) na qual foi proferida Sentença que decretou a Interdição de DANIEL DA SILVA LIMA e em
consequência declarou-o absolutamente incapaz de exercer os atos da vida civil, nomeando como curador
a Sra DANIETE DA SILVA LIMA.
E para que chegue ao conhecimento dos interessados e não possam no futuro, alegar ignorância, será o
presente Edital publicado na forma da lei e afixado no lugar de costume.
859
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
DADO E PASSADO nesta Comarca, em 08 de Novembro de 2021. Eu (Iara Paulino dos Santos) Auxiliar
de Secretaria desta Comarca, conferi e subscrevo.
Juiz de Direito
CERTIDÃO DE PUBLICAÇÃO
CERTIFICO, em virtude das atribuições que me são conferidas por lei que, nesta data publiquei o presente
edital nas dependências este Fórum, no quadro de avisos.
Juiz de Direito
O Excelentíssimo Doutor JULIANO MIZUMA ANDRADE, MM. Juiz de Direito desta Comarca de Novo
Repartimento, Estado do Pará, República Federativa do Brasil, na forma da Lei etc.
FAZ SABER a todos quanto o presente Edital virem ou dele noticia tiverem, que por este Juízo e
expediente da Secretaria Judicial desta Comarca, se processaram os termos legais da AÇÃO DE
INTERDIÇÃO COM PEDIDO DE CURATELA PROVISÓRIA, Processo nº 0001453-97.2014.8.14.0123,
em que são partes: MARIA DE LOURDES NETO FERNANDES (requerente); MARIA LUZIMAR
FERNANDES SOUZA (requerente); VERA LUCIA FERNANDES (interditada) na qual foi proferida
860
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
E para que chegue ao conhecimento dos interessados e não possam no futuro, alegar ignorância, será o
presente Edital publicado na forma da lei e afixado no lugar de costume.
DADO E PASSADO nesta Comarca, em 08 de Novembro de 2021. Eu (Iara Paulino dos Santos) Auxiliar
de Secretaria desta Comarca, conferi e subscrevo.
Juiz de Direito
CERTIDÃO DE PUBLICAÇÃO
CERTIFICO, em virtude das atribuições que me são conferidas por lei que, nesta data publiquei o presente
edital nas dependências este Fórum, no quadro de avisos.
Juiz de Direito
FRANCISCA SILVA SOUSA A??o: Procedimento Sumário em: 03/12/2021 REQUERENTE:MARIA LIMA
SOUSA Representante(s): OAB 24099-B - LARISSA BRAGA DE RIZ (ADVOGADO)
REQUERIDO:BANCO BRASIL SA Representante(s): OAB 21148-A - SERVIO TULIO DE BARCELOS
(ADVOGADO) OAB 21078-A - JOSE ARNALDO JANSSEN NOGUEIRA (ADVOGADO) . ATO
ORDINATÃRIO Em cumprimento à s atribuições previstas no Provimento nº 006/2009 da CJCI, ficam
intimadas as partes requerente e requerida, por meio de seus advogados, para, se manifestar sobre Fls
79/83 no prazo comum de 05 (cinco) dias começando pelo autor. Novo Repartimento-PA, 03 de
dezembro de 2021. Francisca Silva Sousa Auxiliar Judiciário Comarca de Novo Repartimento-Pa
PROCESSO: 00010183120118140123 PROCESSO ANTIGO: 201110008964
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): JULIANO MIZUMA ANDRADE A??o: Busca e
Apreensão em: 03/12/2021 REQUERIDO:ARI ABADIO RODRIGUES REQUERENTE:BANCO
BRADESCO FINANCIAMENTOS S/A Representante(s): OAB 16338 - KETTY LEE CARVALHO LIMA
(ADVOGADO) OAB 20638-A - ANTONIO BRAZ DA SILVA (ADVOGADO) . PROCESSO: 0001018-
31.2011.8.14.0123 DESPACHO Vistos. I - Considerando o comprovante de recolhimento das custas à s
fls. 104/106, determino a expedição de novo mandado de busca e apreensão, do veÃ-culo
IMPORTADOS ASIÃTICOS-MMC L200 TRITON 3.2- 2008/2008-PRETA- MWU3889-
93XJRKB8T8C804304, no endereço indicado à s fls. 94, bem como a CITAÃÃO da parte requerida,
para, em querendo, purgar a mora, no prazo de 05 dias, pagando a integralidade da dÃ-vida, e/ou
apresentar contestação no prazo de 15 dias. II - Em caso de devolução do mandado pelo Oficial de
Justiça em razão de não ter encontrado o requerido no endereço indicado, EXPEÃA-SE mandado
de intimação da parte autora, para impulsionar adequadamente o feito em 05 (cinco) dias, sob pena de
extinção. Desde logo, autorizo o cumprimento do mandado com os benefÃ-cios do art. 212, § 2º do
Novo Código de Processo Civil, bem como, caso necessário, o arrombamento e reforço policial para o
cumprimento do ato, desde que certificado as circunstâncias, na forma do art. 846 do CPC. Cumpra-se,
servindo a presente Decisão, por cópia, como MANDADO DE BUSCA E APREENSÃO, nos termos do
provimento nº 03/2009 da CJRMB TJE/PA, com a redação que lhe deu o provimento nº 11/2009
daquele órgão correicional. Novo Repartimento, 03 de dezembro de 2021 JULIANO MIZUMA
ANDRADE Juiz de Direito PROCESSO: 00016756520148140123 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): JULIANO MIZUMA ANDRADE A??o: Procedimento
Sumário em: 03/12/2021 REQUERIDO:ALLIANZ SEGURADORA SA Representante(s): OAB 11730 -
THIAGO COLLARES PALMEIRA (ADVOGADO) REQUERENTE:VANDERLEY PAZ NOLETO
Representante(s): OAB 15109-A - MARCELO ALCANTARA DE OLIVEIRA (ADVOGADO) . DESPACHO
0001675-65.2014.8.14.0123 I - Considerando a ausência de informação se o requerido foi intimado
para pagamento das custas, conforme certidão de fls. 196. Remetam-se os autos a UNAJ para
expedição de novo boleto de custas finais, após intime-se o executado para pagar, via DJE. Na
oportunidade, deverá constar no mandado que o não pagamento das custas processuais ensejará sua
inscrição em dÃ-vida ativa. Novo Repartimento/PA, 03 de dezembro de 2021 JULIANO MIZUMA
ANDRADE Juiz de Direito Serve cópia da presente como MANDADO DE CITAÃÃO/INTIMAÃÃO,
OFÃCIO E PRECATÃRIA, nos termos do provimento n.º 03/2009 da CJRMB TJE/PA, com a redação
que lhe deu o Prov. N.º 11/2009 daquele órgão correcional. PROCESSO: 00035108820148140123
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): JULIANO MIZUMA
ANDRADE A??o: Execução Fiscal em: 03/12/2021 EXEQUENTE:INSTITUTO BRAILEIRO DO MEIO
AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVAVEIS IBAMA Representante(s): PROCURADOR
FEDERAL (REP LEGAL) EXECUTADO:PARA INDUSTRIAL MADEIREIRAS LTDA- PARA MADEIRAS
INDUSTRIA IMPORTACAO E EXPORTACA REPRESENTANTE:ARTHUR LEAO CARVALHO DE PINA.
PROCESSO: 0003510-88.2014.8.14.0123 DESPACHO Vistos. I - Intime-se a exequente para que informe
o resultado de sua diligência de fls. 83, no prazo de 15 (quinze) dias. II- Cumpra-se. Novo Repartimento,
03 de dezembro de 2021 JULIANO MIZUMA ANDRADE Juiz de Direito Serve cópia da presente como
MANDADO DE CITAÃÃO/INTIMAÃÃO, OFÃCIO E PRECATÃRIA, nos termos do provimento n.º 03/2009
da CJRMB TJE/PA, com a redação que lhe deu o Prov. N.º 11/2009 daquele órgão correcional.
PROCESSO: 00047675120148140123 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ANTONIO VITOR SILVA LEITE A??o: Busca e
Apreensão em: 03/12/2021 REQUERENTE:BANCO VOLVO BRASIL SA Representante(s): OAB 12628 -
PAULO ARMANDO C DE OLIVEIRA (ADVOGADO) REQUERIDO:LAZARO MESSIAS PINTO. PODER
JUDICIARIO TRIBUNAL DE JUSTIÃA DO ESTADO DO PARÃ UNIDADE LOCAL DE ARRECADAÃÃO -
FRJ COMARCA DE NOVO REPARTIMENTO/PA Â CERTIDÃO e REMESSA Â CERTIFICO, para os
devidos fins, conforme ato ordinatório de fls. 117 dos autos nº 0004767-51.2014.8.14.0123, que nesta
data atualizei o boleto de custas finais a fim de que sejam encaminhadas a parte interessada para o
862
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
devido pagamento. Que o valor inserido no referido boleto diz respeitos aos atos devidamente certificados
as fls. 116, com a devida atualização monetária, conforme Relatório de Conta de Processo e Boleto
em anexo para o devido recolhimento pela parte requerida. Ressaltando, que caso seja determinado a
prática de novos atos processuais, os presentes autos deverão retornar à UNAJ para emissão das
custas intermediárias correspondentes. Devolvo os autos à Secretaria Judicial para as devidas
providências. Novo Repartimento, 03 de dezembro de 2021. ANTONIO VITOR SILVA LEITE Chefe de
Arrecadação Local - FRJ de Novo Repartimento/PA MatrÃ-cula 179272 PROCESSO:
00050631020138140123 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
ANTONIO VITOR SILVA LEITE A??o: Execução Fiscal em: 03/12/2021 EXEQUENTE:A UNIAO
Representante(s): OAB 11936 - ANA CAROLINA LOBO GLUCK PAUL PERACCHI (ADVOGADO) OAB
15870 - ALFREDO TIBURCIO PAIVA FROTA - PROCURADOR FEDERAL (PROCURADOR(A))
EXECUTADO:EDEMIR PEDRO SANTANA Representante(s): OAB 16567 - EZEQUIAS MENDES MACIEL
(ADVOGADO) OAB 15148-B - JOSE ALEXANDRE DOMINGUES GUIMARAES (ADVOGADO) OAB
25528-B - RENAN DA COSTA FREITAS (ADVOGADO) OAB 203166 - RAYLLANE ROSA NOGUEIRA
(ADVOGADO) . PODER JUDICIARIO TRIBUNAL DE JUSTIÃA DO ESTADO DO PARÃ UNIDADE LOCAL
DE ARRECADAÃÃO - FRJ COMARCA DE NOVO REPARTIMENTO/PA CERTIDÃO E REMESSA Â
Certifico para os devidos fins que recebi os autos nº 0005063-10.2013.8.14.0123, procedi à emissão de
custas finais, conforme Sentença de fls. 65/66 (Custas pelo executado). Que no boleto nº 2021233623,
no valor de R$ 4.151,55, foram inseridos os seguintes Atos obrigatórios elencados no artigo 21 da Lei
8.328/2015: Taxa Judiciária, Atos das Secretarias Judiciais, Atos do Contador, Atos do Distribuidor,
Despesa: Publicações no DJe. Inseri também os atos intermediários praticados e não pagos: 03
expedições de mandado de citação (fls. 10, 30 e 38); 03 expedições de ofÃ-cio (15, 21 e 34); 02
diligências de oficial de justiça (fls. 37 e 67) e 01 despesa de envio de documento por via eletrônica ou
de informática com impressão inclusive requisições para a Secretaria da Receita Federal
BACENJUD (fls. 26), conforme Relatório de Conta de Processo e Boleto em anexo, para o devido
recolhimento pela parte executada. Ressaltando, que caso seja determinado a prática de novos atos
processuais, os presentes autos deverão retornar à UNAJ para emissão das custas intermediárias
correspondentes. Devolvo os autos à Secretaria Judicial para as devidas providências.  Novo
Repartimento, 03 de dezembro de 2021. ANTONIO VITOR SILVA LEITE Chefe de Arrecadação Local -
FRJ de Novo Repartimento/PA MatrÃ-cula 179272 PROCESSO: 00054051620168140123 PROCESSO
ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): JULIANO MIZUMA ANDRADE A??o:
Cumprimento de sentença em: 03/12/2021 REQUERENTE:M. J. V. Q. Representante(s): OAB 22418 -
IURI IBRAHIM BARROS ZAIDAN (ADVOGADO) REQUERIDO:J. G. V. Representante(s): OAB 16567 -
EZEQUIAS MENDES MACIEL (ADVOGADO) OAB 20808 - EDSON GUILHERME MOREIRA LIMA
FREITAS (ADVOGADO) OAB 15148-B - JOSE ALEXANDRE DOMINGUES GUIMARAES (ADVOGADO)
OAB 25528-B - RENAN DA COSTA FREITAS (ADVOGADO) . PROCESSO Nº 0005405-
16.2016.8.14.0123 DECISÃO       Trata-se de ação de Divórcio Litigioso com Partilha de Bens
que move MARIA JANETE VIANA QUEIROZ em face de JOSÃ GIOVANI VIANA. Â Â Â Â Â Â Realizada
audiência de conciliação, as partes celebraram acordo nos seguintes termos: o requerido reconheceu
o direito de meação da requerente ao Mercadinho Econômico e concordaram em vender o imóvel
onde está localizado o mercado, estabelecendo o valor mÃ-nimo de R$-250.000,00 (duzentos e cinquenta
mil reais). Enquanto o comércio pertencente ao casal estiver em atividade o requerido pagará
mensalmente a quantia de R$- 690,00 (seiscentos e noventa reais) Ã requerente, iniciado no dia 23 de
dezembro de 2016, sendo que o não pagamento das parcelas no prazo estipulado ensejará multa de
40% sobre o valor de cada parcela em favor da requerente. Â Â Â Â Â Â Ãs fls. 37/44 a autora peticionou
requerendo o cumprimento da sentença ante a inadimplência do requerido.       Foi
apresentado impugnação ao cumprimento de sentença às fls.50/73.       Em decisão
constante às fls. 83/84 foi julgado improcedente a impugnação ao cumprimento de sentença, o
executado foi condenado ao pagamento de multa por litigância de má-fé, bem como foi determinada a
realização de penhora on-line de valores bancários para a satisfação da dÃ-vida referente aos
valores tÃ-tulo de meação.       A requerente manifestou-se à s fls. 86/87 requerendo o
cumprimento da decisão e a imposição de sanção à proporção de 1% do valor do imóvel para
cada mês vencido que não haja a venda do imóvel.       à o relatório. Decido.      Â
Compulsando os autos, verifica-se que o acordo homologado em juÃ-zo versa sobre a partilha de bens do
então casal, sendo a empresa denominada ¿mercadinho econômico¿ e o imóvel onde a empresa
desempenha sua atividade comercial. O executado reconheceu o direito de meação da exequente ao
mercado e assumiu a obrigação de pagar quantia certa no valor de R$ 690,00 (seiscentos e noventa
reais) enquanto o mercado funcionasse e obrigação de fazer, consistente em vender o imóvel.    Â
863
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
  Ocorre que, pelas informações apresentadas, o executado não cumpriu os termos do acordo e
quando intimado para efetuar o pagamento da dÃ-vida apresentou impugnação com razões
infundadas, levando este juÃ-zo a decidir pela penhora on-line e condenação do executado a pagar
multa por litigância de má-fé e mesmo assim até o momento não efetivou a concreta partilha de
bens.       A decisão que homologou o acordo realizado em juÃ-zo trata-se de verdadeiro tÃ-tulo
executivo judicial, por força do art. 515, II do CPC, com isso, pode o juiz se utilizar de mecanismos
dispostos no Código de Processo Civil para obrigar o executado a cumprir as determinações a que se
obrigou.       Nesse sentido, vejo que na decisão de fls. 83 este juÃ-zo cuidou para que a
exequente recebesse os valores a que faz jus com a determinação de realização de penhora online.
Ocorre que, no acordo realizado, há também obrigação de fazer, qual seja, vender o imóvel
pertencente à s partes em litÃ-gio. Mesmo comprometendo-se em vender o imóvel, o requerido, até o
presente momento não realizou atos com intenção para tal. Pelo contexto fático apresentado,
entendo que a Exequente está sendo prejudicada duplamente com o comportamento do executado,
primeiro porque não está recebendo os valores de sua meação ao mercado e segundo porque não
está dispondo de nenhuma forma do imóvel que também lhe pertence, em contrapartida o executado
está se beneficiando com o descumprimento das ordens deste juÃ-zo.       Pois bem.      Â
A busca pela efetividade do processo levou os legisladores a criarem mecanismos para assegurar ao
credor o mesmo resultado que seria obtido caso a obrigação fosse adimplida e não sendo possÃ-vel, a
solução mais adequada ao caso levado a juÃ-zo. Há um esforço para que o processo possa garantir
ao credor a plena satisfação de seus interesses. Destarte, foram criados diversos instrumentos para
pressionar a vontade do devedor, ou para obter o cumprimento da obrigação independentemente dessa
vontade. Â Â Â Â Â Â Nesse norte, o tÃ-tulo IV, capÃ-tulo I do CPC que trata dos poderes, deveres e
responsabilidade do Juiz, prevê, no art. 139, IV que o juiz dirigirá o processo, devendo ¿determinar
todas as medidas indutivas, coercitivas, mandamentais e sub-rogatórias necessárias para assegurar o
cumprimento de ordem judicial, inclusive nas ações que tenham por objeto prestação pecuniária.
Com tal previsão, foi consagrado o princÃ-pio da atipicidade das formas executivas, podendo o juiz aplicar
qualquer medida executiva, mesmo que não esteja expressa em lei, o que possui relação direta do
dever-poder do judiciário de dar efetividade às suas decisões.       Tratando-se de
cumprimento de sentença que obriga o executado a obrigação de fazer, o Código de Processo Civil,
informa, em seu art. 536, caput e §1º:  Art. 536. No cumprimento de sentença que reconheça a
exigibilidade de obrigação de fazer ou de não fazer, o juiz poderá, de ofÃ-cio ou a requerimento, para
a efetivação da tutela especÃ-fica ou a obtenção de tutela pelo resultado prático equivalente,
determinar as medidas necessárias à satisfação do exequente. § 1º Para atender ao disposto noÂ
caput , o juiz poderá determinar, entre outras medidas, a imposição de multa, a busca e apreensão,
a remoção de pessoas e coisas, o desfazimento de obras e o impedimento de atividade nociva,
podendo, caso necessário, requisitar o auxÃ-lio de força policial (grifo meu).       Veja que art.
536, caput e §1º enumera, em rol exemplificativo, meios que o juiz pode se valer para compelir o
devedor ao cumprimento especÃ-fico de suas obrigações, entre esses meios há os de coerção que
influi sobre a vontade do devedor, pressionando-o, como a fixação de multa; e de sub-rogação, que
substitui a vontade do devedor pela vontade do direito, gerando a satisfação independentemente da
colaboração do devedor, como a busca e apreensão, a remoção de pessoas, dentre outros.
Ressalto que o rol é exemplificativo, ou seja, para garantia da tutela especÃ-fica ou do resultado prático
equivalente, pode o juiz utilizar das medidas expressamente previstas no dispositivo supra, também das
medidas atÃ-picas. Â Â Â Â Â Â Isto posto, munidos com os instrumentos, o juiz deve agir para garantir o
cumprimento de suas determinações e para satisfação do direito pleiteado, e sendo inviável a
concessão da tutela especÃ-fica ante o descumprimento do executado, deverá o magistrado valer-se de
todos os instrumentos devidos para garantir a resposta mais próxima àquilo que seria oferecido caso a
obrigação não fosse descumprida. Desse modo, o magistrado tem o dever de oferecer a resposta que
seja mais adequada à tutela do direito. No caso em apreço é evidente o prejuÃ-zo que a exequente tem
sofrido com as condutas do executado. Nesse sentido, visando garantir a tutela pleiteada pelo resultado
mais adequado ao caso, bem como a efetividade das determinações deste juÃ-zo, om fulcro no art. 139,
IV e arts. 536, caput e §1º, ambos do CPC, DETERMINO que o executado proceda à venda do
imóvel, objeto do acordo, no prazo de 90 (noventa) dias contados da ciência da presente decisão.
Enquanto o imóvel não for vendido, deverá o executado pagar mensalmente a exequente a
importância correspondente a R$- 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais) mensais, o que deve ocorrer no
dia 10 de cada mês, como contraprestação pelo uso no tocante a parte que é devida à exequente.
Como forma de conferir efetividade a presente decisão e estimular de forma mais contundente a
realização da venda do mercado pelo executado, que há tempos vem fazendo ouvidos moucos as
864
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
ordens judiciais, advirta-se que caso transcorrido o prazo consignado para venda sem sua realização
pelo executado, fica estabelecida astreinte mensal consistente em 2% do mercado a ser revertido em favor
da parte Exequente, para cada mês em que a venda não se realizar, isto é a cada mês em que o
Executado não der cumprimento ao comando judicial a propriedade sobre a coisa comum (atualmente
em 50% para cada parte) tornar-se-á em proporção maior a Exequente (52% para exequente e 48%
para Executado; 54% para exequente e 46% para Executado; e assim sucessivamente); Intime-se
pessoalmente o executado sobre o teor da decisão. Intime-se. Cumpra-se. Novo Repartimento, 03 de
dezembro de 2021 JULIANO MIZUMA ANDRADE Juiz de Direito PROCESSO: 00060475720148140123
PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): FRANCISCA SILVA
SOUSA A??o: Ação Civil Pública Infância e Juventude em: 03/12/2021 REQUERENTE:MINISTERIO
PUBLICO ESTADUAL REQUERIDO:ISMAEL GOMES DE SOUSA. ATO ORDINATÃRIO Em cumprimento
ao disposto no Provimento 006/2009-CJCI (art. 1º, §2º, inciso VI, do Provimento nº 006/2006-
CJRMB) e de ordem do MM. Juiz de Direito, fica intimada a parte requerida, para recolhimento das Custas
finais no prazo de 15(quinze) dias, Boleto acostado na capa dos autos. Novo Repartimento-PA, 03 de
dezembro de 2021. Francisca Silva Sousa Auxiliar Judiciário Comarca de Novo Repartimento
PROCESSO: 00067270320188140123 PROCESSO ANTIGO: ----
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): JULIANO MIZUMA ANDRADE A??o: Procedimento
Sumário em: 03/12/2021 REQUERENTE:ELIZABETE SOUSA MATOS Representante(s): OAB 16567 -
EZEQUIAS MENDES MACIEL (ADVOGADO) OAB 19470 - EUGENIO COUTINHO DE OLIVEIRA JUNIOR
(ADVOGADO) OAB 25528-A - RENAN DA COSTA FREITAS (ADVOGADO) REQUERIDO:CELPA
CENTRAIS ELETRICAS DO PARA SA Representante(s): OAB 22819 - ANDRE ARAUJO PINHEIRO
(ADVOGADO) OAB 17515 - ANDRE LUIZ MONTEIRO DE OLIVEIRA (ADVOGADO) OAB 17277 -
ANTONIO LOBATO PAES NETO (ADVOGADO) . DESPACHO 0006727-03.2018.8.14.0123 Considerando
que já foi apresentada contestação e documentos, intimem-se as partes, através de seus
advogados, via DJE, para que, no prazo de 15 (quinze) dias, informem se possuem outras provas a
produzir, especificando-as e justificando sua necessidade, ou se requerem o julgamento do processo no
estado em que se encontra, nos termos do art. 355, inciso I do CPC. Transcorrido prazo, com ou sem
manifestação, certifique-se e voltem conclusos. Novo Repartimento/PA, 03 de dezembro de 2021
JULIANO MIZUMA ANDRADE Juiz de Direito PROCESSO: 00085290220198140123 PROCESSO
ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): ELIANE VIANA DE SOUZA A??o:
Execução de Título Extrajudicial em: 03/12/2021 REQUERENTE:CASA DO ADUBO LTDA
Representante(s): OAB 15.327 - LEONARDO FOLHA DE SOUZA LIMA (ADVOGADO)
REQUERIDO:JOCASTA DIAS MIRANDA. 1 úATO ORDINATÃRIO Processo: 0008529-
02.2019.8.14.0123 Em cumprimento às atribuições no provimento nº 006/2009 da CJCI, INTIME-SE
a parte requerente, através de seu patrono, para manifestar sobre a certidão e auto de Penhora de fls.
45/46, no prazo de 05 (cinco) dias. Novo Repartimento/PA, 03 de dezembro de 2021. Eliane Viana de
Souza Auxiliar Judiciário ¿ Mat. 88804275 Nos termos do Provimento 06/2009-CJCI PROCESSO:
00573472420158140123 PROCESSO ANTIGO: ---- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
FRANCISCA SILVA SOUSA A??o: Interdito Proibitório em: 03/12/2021 REQUERENTE:REGINALDO
NUNES NETO Representante(s): OAB 16961 - WANDERGLEISSON FERNANDES SILVA (ADVOGADO)
OAB 17199 - ARNALDO RAMOS DE BARROS JUNIOR (ADVOGADO) REQUERIDO:ZE GORDO
REQUERIDO:CARLOS JORGE REQUERIDO:MARQUINHOS DE TAL REQUERIDO:DORGIVAL DE TAL
REQUERIDO:LOLO DE TAL REQUERIDO:CICERO DE TAL. ATO ORDINATÃRIO Em cumprimento ao
disposto no Provimento 006/2009-CJCI (art. 1º, §2º, inciso VI, do Provimento nº 006/2006-CJRMB) e
de ordem do MM. Juiz de Direito, fica intimada a parte autora por meio de seus advogados, para
recolhimento das Custas finais no prazo de 15(quinze) dias. Novo Repartimento-PA, 03 de dezembro de
2021. Francisca Silva Sousa Auxiliar Judiciário Comarca de Novo Repartimento
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
COMARCA DE SOURE
Justiça de fls. 50. ÿ o relatório. DECIDO. Examinando os autos, verbera-se que a parte Requerente
demonstrou falta de interesse no prosseguimento do feito, vez que não manteve seu endereço
atualizado, conforme dispões o art. 274, parágrafo único do CPC, não podendo ser intimada para os
atos processuais, impossibilitando a marcha processual. Neste caso, considerando que a parte autora não
cumpriu com que lhe cabia, vejo a necessidade de extinção do feito. Isto posto, com fundamento no
que dispões o art. 485, IV e VI do CPC, JULGO O PROCESSO EXTINTO, sem resolução do mérito. Sem
custas, ante a gratuidade deferida neste ato. P.R.I.C. Após formalidades legais, arquive-se. Soure-PA, 06
de dezembro de 2021. ACRISIO TAJRA DE FIGUEIREDO Juiz de Direito titular da Vara ÿnica de Soure
COMARCA DE MOCAJUBA
O Exmo. Sr. Dr. BERNARDO HENRIQUE CAMPOS QUEIROGA, Juiz de Direito Titular da Vara Única da
Comarca de Mocajuba, Estado do Pará, no uso de suas atribuições legais etc.
FAZ SABER a todos os quantos o presente Edital virem ou dele tiverem conhecimento que será
realizada CORREIÇÃO ANUAL, relativa ao ano de 2021, no período de 17 a 21 de janeiro de
2022, na VARA ÚNICA DA COMARCA DE MOCAJUBA, a ser efetuada por este magistrado, incluindo
a respectiva Secretaria Judicial, sem suspensão do expediente externo e dos prazos processuais.
FAZ SABER que poderá ser tomada por termo, para as providências cabíveis, toda e qualquer
reclamação porventura apresentada pelo Ministério Público, Defensoria Pública, Advogados, partes
interessadas e pelo público em geral.
FAZ SABER que a correição será aberta no dia 17 de janeiro de 2022, às 08h30min, mediante Audiência
Pública, no Salão do Tribunal do Júri, localizado no Fórum deste Município.
E, para que seja levado ao conhecimento de todos, expede o presente Edital, que será afixado no local de
costume deste Fórum local e publicado no Diário da Justiça do Tribunal de Justiça do Estado do Pará.
Mocajuba/PA, 01 de dezembro de 2021.
COMARCA DE MEDICILÂNDIA
20. A N T Ô N I A C É L I AC O O R D E N A D O RS E C R E T A R I A
RODRIGUES FERREIRA PEDAGÓGICA DE EDUCAÇÃO
28. B E N T O D O U G L A C I COMERCIANTE A V .
OLIVEIRA CHAVES PRESIDENTE
MÉDICI, S/N,
(LOJA SHALOM
MAGAZINE)
35. C H R I S T L E Y A R I E L L Y COMERCIANTE A V . D O S
MEDEIROS BEZERRA IMIGRANTES
(LOJA SMART
CELL)
37. E D C A R L O S J O S E D E COMERCIANTE ( T R A V .
FARIAS CASSANDRO
SILVERIO)
LOJA IMPACTO
CALÇADOS
49. G I L S O N G O M E S D E COMERCIANTE C E N T R O
ARAUJO (SUPERMERCA
DO VAREJÃO)
53. H E L T O N W A G N E R COMERCIANTE A V . D O S
ESPINHACO DA COSTA IMIGRANTES
( L O J A
CONSTRUIR)
73. M I G U E L J E F F E R S O N COMERCIANTE C E N T R O
COTES GUILLEN (CASA DE
CARNES JAÚ)
92. W A N D E R S O N C U N H A COMERCIANTE A V . D O S
ALMEIDA IMIGRANTES,
CENTRO (LOJA
SOPPING LAR)
Em cumprimento ao que determina a Lei, transcreve-se o disposto nos arts. 436 a 446 do Código de
Processo Penal, para fins de conhecimento quanto à função de jurados. Art. 436. O serviço do júri é
obrigatório. O alistamento compreenderá os cidadãos maiores de 18 (dezoito) anos de notória idoneidade.
§ 1 o Nenhum cidadão poderá ser excluído dos trabalhos do júri ou deixar de ser alistado em razão de cor
ou etnia, raça, credo, sexo, profissão, classe social ou econômica, origem ou grau de instrução. § 2 o A
recusa injustificada ao serviço do júri acarretará multa no valor de 1 (um) a10 (dez) salários mínimos, a
critério do juiz, de acordo com a condição econômica do jurado. Art. 437. Estão isentos do serviço do júri: I
- o Presidente da República e os Ministros de Estado; II - os Governadores e seus respectivos Secretários;
III - os membros do Congresso Nacional, das Assembleias Legislativas e das Câmaras Distrital e
Municipais; IV - os Prefeitos Municipais; V - os Magistrados e membros do Ministério Público e da
Defensoria Pública; VI - os servidores do Poder Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria Pública;
VII - as autoridades e os servidores da polícia e da segurança pública; VIII - os militares em serviço ativo;
IX - os cidadãos maiores de 70 (setenta) anos que requeiram sua dispensa; X - aqueles que o requererem,
demonstrando justo impedimento. Art. 438. A recusa ao serviço do júri fundada em convicção religiosa,
filosófica ou política importará no dever de prestar serviço alternativo, sob pena de suspensão dos direitos
políticos, enquanto não prestar o serviço imposto. § 1 Entende-se por serviço alternativo o exercício de
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
de fls. 194 e a expedição de novo alvará onde fique AUTORIZADO O LEVANTAMENTO dos valores
do saldo capital, mais acréscimos, pelo autor ou por sua patrona, haja vista possuir poderes para
tanto. Desnecessário o aguardo do prazo para oportunizar a parte contrária o direito de recurso, tendo
em vista que esta concorda com o levantamento, pois depositou os valores de forma voluntária. Assim,
expeça-se os alvarás conforme solicitado. Efetivado o levantamento dos valores acima autorizados,
nada mais havendo a ser cumprido nestes autos, arquive-se com as cautelas de praxe. SERVE A
PRESENTE POR CÿPIA DIGITADA COMO MANDADO DE INTIMAÿÿO/CITAÿÿO, OFICIO E
CARTA PRECATÿRIA NOS TERMOS DO PROVIMENTOS Nº 002/2009 E 011/2009 CJRMB, CUJA
AUTENTICIDADE PODERà SER VERIFICADA EM CONSULTA AO SÃTIO ELETRÿNICO
Medicilândia/PA, 03 de dezembro de 2021. LIANA DA SILVA HURTADO TOIGO JuÃ-za de Direito Titular
da Comarca de Medicilândia PROCESSO: 00002238620088140072 PROCESSO ANTIGO:
200810001913 MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): LIANA DA SILVA HURTADO
TOIGO A??o: Cumprimento de sentença em: 03/12/2021---REQUERIDO:INSTITUTO NACIONAL DO
SEGURO SOCIAL - INSS REQUERENTE:MADALENA ALVES RODRIGUES Representante(s): OAB
18258-A - MARCOS ANTONIO SILVA DOS SANTOS (ADVOGADO) OAB 13218-A - LUIZ HENRIQUE
MILARE DE CARVALHO (ADVOGADO) . PROCESSO nº: 0000223-86.2008.8.14.0072 DECISÿO
Tendo em vista a manifestação da parte autora constante às fls. 205, determino: O cancelamento do
alvará de fls. 208 e 211 e a expedição de novos alvarás onde fique AUTORIZADO O
LEVANTAMENTO dos valores do saldo capital, mais acréscimos, referente ao pagamento da parcela
principal devida, e de honorários advocatÃ-cios pelo autor ou por seu patrono, observado que tem poderes
para tanto. Desnecessário o aguardo do prazo para oportunizar a parte contrária o direito de recurso,
tendo em vista que esta concorda com o levantamento, pois depositou os valores de forma voluntária.
Assim, expeça-se os alvarás conforme solicitado. Efetivado o levantamento dos valores acima
autorizados, nada mais havendo a ser cumprido nestes autos, arquive-se com as cautelas de praxe.
SERVE A PRESENTE POR CÿPIA DIGITADA COMO MANDADO DE INTIMAÿÿO/CITAÿÿO,
OFICIO E CARTA PRECATÿRIA NOS TERMOS DO PROVIMENTOS Nº 002/2009 E 011/2009
CJRMB, CUJA AUTENTICIDADE PODERÃ SER VERIFICADA EM CONSULTA AO SÃTIO
ELETRÿNICO Medicilândia/PA, 03 de dezembro de 2021. LIANA DA SILVA HURTADO TOIGO JuÃ-za
de Direito Titular da Comarca de Medicilândia PROCESSO: 00002299320088140072 PROCESSO
ANTIGO: 200810001971 MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): LIANA DA SILVA
HURTADO TOIGO A??o: Processo de Conhecimento em: 03/12/2021---REQUERIDO:INNS INSTITUTO
NACIONAL DO SEGURO SOCIAL REQUERENTE:MARIA FRANCISCA SILVA DE SOUSA
Representante(s): OAB 18258-A - MARCOS ANTONIO SILVA DOS SANTOS (ADVOGADO) OAB 13218-
A - LUIZ HENRIQUE MILARE DE CARVALHO (ADVOGADO) . PROCESSO nº: 0000229-
93.2008.8.14.0072 DECISÿO Tendo em vista a manifestação da parte autora constante às fls. 137,
determino: O cancelamento do alvará de fls. 140 e a expedição de novo alvará onde fique
AUTORIZADO O LEVANTAMENTO dos valores do saldo capital, mais acréscimos, pelo autor, no que
versa sobre o pagamento das parcelas retroativas, e por sua patona nos quantitativos dispostos como
honorários sucumbenciais, se este for o caso, bem como o depósito dos valores nas contas indicadas
pelo autor. Desnecessário o aguardo do prazo para oportunizar a parte contrária o direito de recurso,
tendo em vista que esta concorda com o levantamento, pois depositou os valores de forma voluntária.
Assim, expeça-se os alvarás conforme solicitado. Efetivado o levantamento dos valores acima
autorizados, nada mais havendo a ser cumprido nestes autos, arquive-se com as cautelas de praxe.
SERVE A PRESENTE POR CÿPIA DIGITADA COMO MANDADO DE INTIMAÿÿO/CITAÿÿO,
OFICIO E CARTA PRECATÿRIA NOS TERMOS DO PROVIMENTOS Nº 002/2009 E 011/2009
CJRMB, CUJA AUTENTICIDADE PODERÃ SER VERIFICADA EM CONSULTA AO SÃTIO
ELETRÿNICO Medicilândia/PA, 02 de dezembro de 2021 LIANA DA SILVA HURTADO TOIGO JuÃ-za
de Direito Titular da Comarca de Medicilândia PROCESSO: 00003242620088140072 PROCESSO
ANTIGO: 200810002820 MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): LIANA DA SILVA
HURTADO TOIGO A??o: Processo de Conhecimento em: 03/12/2021---REQUERIDO:INSTITUTO
NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS REQUERENTE:R. A. S. REQUERENTE:TEREZINHA DE
JEJUS FERREIRA ALMEIDA Representante(s): OAB 18258-A - MARCOS ANTONIO SILVA DOS
SANTOS (ADVOGADO) OAB 13218-A - LUIZ HENRIQUE MILARE DE CARVALHO (ADVOGADO) OAB
18258-A - MARCOS ANTONIO SILVA DOS SANTOS (ADVOGADO) OAB 13218-A - LUIZ HENRIQUE
MILARE DE CARVALHO (ADVOGADO) . PROCESSO nº: 0000324-26.2008.8.14.0072 DECISÿO
Tendo em vista a manifestação da parte autora constante às fls. 228, determino: O cancelamento do
alvará de fls. 230 e a expedição de novo alvará onde fique AUTORIZADO O LEVANTAMENTO dos
valores do saldo capital, mais acréscimos, referente ao pagamento da parcela principal devida, pelo
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
autor ou por seu patrono, observado que tem poderes para tanto. Desnecessário o aguardo do prazo
para oportunizar a parte contrária o direito de recurso, tendo em vista que esta concorda com o
levantamento, pois depositou os valores de forma voluntária. Assim, expeça-se os alvarás conforme
solicitado. Efetivado o levantamento dos valores acima autorizados, nada mais havendo a ser cumprido
nestes autos, arquive-se com as cautelas de praxe. SERVE A PRESENTE POR CÿPIA DIGITADA
COMO MANDADO DE INTIMAÿÿO/CITAÿÿO, OFICIO E CARTA PRECATÿRIA NOS TERMOS
DO PROVIMENTOS Nº 002/2009 E 011/2009 CJRMB, CUJA AUTENTICIDADE PODERà SER
VERIFICADA EM CONSULTA AO SÃTIO ELETRÿNICO Medicilândia/PA, 03 de dezembro de 2021
LIANA DA SILVA HURTADO TOIGO JuÃ-za de Direito Titular da Comarca de Medicilândia PROCESSO:
00062287520188140072 PROCESSO ANTIGO: --- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
LIANA DA SILVA HURTADO TOIGO A??o: Ação Penal - Procedimento Sumário em: 03/12/2021---
AUTOR:MINISTERIO PUBLICO ESTADUAL MEDICILANDIA DENUNCIADO:IVAN ALVES DE SOUZA.
Processo nº 0006228-75.2018.8.14.0072 Autor: Ministério Público do Estado do Pará Réu: IVAN
ALVEZ DE SOUZA SENTENÿA I - RELATÿRIO Vistos e estudados os autos.  O Ministério Público
Estadual, por seu representante legal ofereceu denúncia em 24/04/2019 (fls. 01-03). A denúncia foi
recebida e determinada a citação do acusado para comparecimento a audiência para suspensão
condicional do processo em 08/05/2019, fls.05. Não foi possÃ-vel a intimação para a audiência,
conforme certifica-se às fls. 10. Instado a se manifestar, às fls. 11-V o Ministério Público se manifesta
pela extinção da pretensão punitiva. ÿ o relatório. Decido. II - FUNDAMENTAÿÿO A Emenda
Constitucional n° 45/04 consagrou expressamente como direito e garantia fundamental do cidadão a
razoável duração do processo e os meios que garantem a celeridade de sua tramitação. Positivou
a ideia implÃ-cita, há muito perfilhada, de proteção judicial efetiva num Estado Democrático de Direito
e no próprio postulado da dignidade da pessoa humana. Nesse contexto, o Estado não pode exercer
eternamente o jus puniendi. O poder punitivo estatal este deve ser exercido em tempo razoável,
observando os direitos e garantias fundamentais do cidadão. Partimos da premissa de que embora exista
o interesse do Estado no exercÃ-cio da jurisdição, não lhe convém acionar o aparato judiciário sem
que dessa atividade se possa extrair algum resultado útil para a sociedade. Aceitar que um processo se
encerre muitos anos após seu inÃ-cio é corroborar com a ineficiência estatal, confirmando assim, a
máxima de Rui Barbosa de que ¿justiça tardia é injustiça¿. Pois bem, na hipótese dos autos,
considerando a pena privativa de liberdade máxima cominada ao delito em questão (art. 180, §3º do
CPB) - 01 ano de detenção - verifico ter-se implementado o prazo prescricional previsto no artigo 109,
inciso VI, a saber, 03 anos, contados entre a data do recebimento da denúncia (08/05/2019) até a esta
data (03/12/2021). Assim, a pena aplicada já está prescrita, consoante previsão do artigo 109 do
Código Penal. Diante disso, é manifesta a falta de interesse-utilidade superveniente nos autos, em
razão do extenso lapso temporal decorrido. Caracterizada está a carência de ação, ante a flagrante
falta de uma das condições da ação, qual seja, falta interesse processual. Destarte, atenta ao
princÃ-pio constitucional da razoável duração do processo, bem como os princÃ-pios da razoabilidade e
da proporcionalidade, corolários dos direitos e garantias fundamentais previstos na Constituição da
República, é de rigor o reconhecimento da prescrição da pretensão punitiva. III - DISPOSITIVO.
Diante do exposto, julgo extinta a pretensão punitiva estatal em relação ao acusado IVAN ALVES DE
SOUZA, na forma do artigo 107, IV e 109, VI, ambos do Código Penal, e art. 61 do Código de Processo
Penal. Transitada em julgado esta sentença, arquivem-se os autos, dando as baixas nos registros e
adotando-se todos os procedimentos de praxe em casos desta natureza. Ciência ao Ministério
Público. Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Cumpra-se. SERVE A PRESENTE POR CÿPIA
DIGITADA COMO MANDADO DE INTIMAÿÿO/CITAÿÿO, OFICIO E CARTA PRECATÿRIA NOS
TERMOS DO PROVIMENTOS Nº 002/2009 E 011/2009 CJRMB, CUJA AUTENTICIDADE PODERÃ
SER VERIFICADA EM CONSULTA AO SÃTIO ELETRÿNICO Medicilândia - PA, 03 de dezembro de
2021 LIANA DA SILVA HURTADO TOIGO JuÃ-za Titular da Comarca de Medicilândia PROCESSO:
00000419020148140072 PROCESSO ANTIGO: --- MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A):
LIANA DA SILVA HURTADO TOIGO A??o: Inquérito Policial em: 29/11/2021---INDICIADO:EM
APURACAO VITIMA:A. C. . Autos nº 0000041-90.2014.8.14.0072 DESPACHO Vistas dos autos, COM
URGÿNCIA, ao Ministério Público para manifestação quanto ao oferecimento de denúncia,
requerimento de diligências ou promoção de arquivamento. Cumpra-se. Serve cópia da presente
como MANDADO DE INTIMAÿÿO e OFÃCIO nos termos do provimento n.º 03/2009 da CJRMB
TJE/PA, com a redação que lhe deu o Prov. N.º11/2009 daquele órgão correicional. Â
Medicilândia/PA, 29 de novembro de 2021. LIANA DA SILVA HURTADO TOIGO JuÃ-za de Direito Titular
da Comarca de Medicilândia PROCESSO: 00006836320148140072 PROCESSO ANTIGO: ---
MAGISTRADO(A)/RELATOR(A)/SERVENTU?RIO(A): LIANA DA SILVA HURTADO TOIGO A??o:
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
defensor ao acusado para apresentação dessa peça processual e, ato contÃ-nuo, a denúncia será
recebida, determinando-se nova citação do réu via edital, e, caso ele não compareça de forma
espontânea, este JuÃ-zo estará autorizado a determinar a suspensão do feito e dos prazos processuais
em relação a ele, na forma do art. 366 do CPP. Essa é a orientação firmada no âmbito do STJ,
senão vejamos: PENAL E PROCESSUAL PENAL. RECURSO ORDINÃRIO EM HABEAS CORPUS.
TRÃFICO DE DROGAS E ASSOCIAÿÿO PARA O TRÃFICO. NÿO LOCALIZAÿÿO DO RÿU.
NOTIFICAÿÿO DA DEFENSORIA PARA APRESENTAÿÿO DA DEFESA PRÿVIA. RITO DA LEI N.
11.343/2006. OBSERVÿNCIA. SUSPENSÿO DO PROCESSO E DO PRAZO PRESCRICIONAL
SOMENTE APÿS O RECEBIMENTO DA DENÿNCIA. LEGALIDADE. CONSTRANGIMENTO ILEGAL
NÿO EVIDENCIADO. RECURSO NÿO PROVIDO. 1. A jurisprudência do Superior Tribunal já teve a
oportunidade de afirmar que "o legislador, ao elaborar a Lei n. 11.343/2006, entendeu que a cadeia de
atos processuais nela elencados era suficiente para atender aos postulados constitucionais, entre eles, o
princÃ-pio da ampla defesa" (HC 218.200/PR, Rel. Ministro SEBASTIÿO REIS JÿNIOR, SEXTA
TURMA, DJe 29/08/2012). 2. ÿ firme o entendimento desta Corte no sentido de que não encontrado o
réu, e infrutÃ-feras as tentativas de sua localização, deve o JuÃ-zo determinar a intimação da
Defensoria Pública para apresentar defesa prévia, sem haver falar em cerceamento de defesa ou
violação do rito da Lei Antidrogas. 3. O procedimento penal de apuração dos crimes de tóxicos é
regido pela Lei n. 11.343/2006, que só permite a suspensão do processo e do prazo prescricional (art.
366 do CPP), após ofertada defesa prévia e recebida a denúncia (art. 48 da Lei 11.343/2006). 4. No
caso, se o réu não constituiu advogado nem compareceu para se defender no processo, seria
impróprio a suspensão do processo antes do recebimento da denúncia, uma vez que a ação penal
seque se iniciou. 5. Recurso desprovido. (STJ, RHC 68178 / MG, Rel. Min. Ribeiro Dantas, j: 22/11/2016)
ÿ vista dessas considerações: 1 - Torno sem efeito o item 1 da decisão de fls. 06. 2 - NOMEIO o
advogado BENEDITO CLEMENTINO DE SOUZA NETO - OAB/PA 29.578, ante a ausência de
Defensoria Pública nesta comarca, para apresentação de defesa prévia, na forma do art. 55 da Lie
nº 11.343/2006, a fim de garantir o direito de defesa do acusado, ofertando-lhe o prazo de 10 (dez) dias
para tanto. Fixo, desde logo, honorários advocatÃ-cios no valor de R$ 1.000,00 (mil reais), esclarecendo
que o pagamento ficará a cargo do Estado do Pará, nos termos do art. 22, § 1º, da Lei nº
8.906/1994 (EOAB). 3 - Após a apresentação da resposta escrita, procederei ao juÃ-zo de
admissibilidade da denúncia em relação a ambos os acusados, recebendo-a ou rejeitando-a, conforme
o caso. 4 - Cumpra-se. Serve cópia do presente como MANDADO DE INTIMAÿÿO e OFÃCIO nos
termos do provimento n.º 03/2009 da CJRMB TJE/PA, com a redação que lhe deu o Prov.
N.º11/2009 daquele órgão correicional. Medicilândia/PA, 29 de novembro de 2021.  LIANA DA
SILVA HURTADO TOIGO JuÃ-za Titular da Comarca de Medicilândia
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
COMARCA DE PRIMAVERA
OFÍCIO / CARTA PRECATÓRIA. Primavera, Pará, 04 de dezembro de 2021. JOSÉ JOCELINO ROCHA
Juiz de Direito - Titular da Comarca de Primavera e do Termo Judiciário de Quatipuru. PROCESSO N.:
0000221-74.2020.8.14.0144. Termo Circunstanciado de Ocorrência. Auto do fato: ANTÔNIO WILSON DA
COSTA SANTA BRÍGIDA. PROCESSO N.: 0000221-74.2020.8.14.0144 DECISÃO Vistos etc. Em razão
da necessidade de readequação da pauta, REDESIGNO a audiência nestes autos para o dia 27.01.2022,
às 08h30. A AUDIÊNCIA SERÁ REALIZADA NO TERMO JUDICIÁRIO DE QUATIPURU/PA, NA CÂMARA
MUNICIPAL DAQUELE MUNICÍPIO. Considerando as recomendações da Organização Mundial da Saúde
¿OMS, os usuários internos e externos são, obrigatoriamente, submetidos aos protocolos sanitários, com
o objetivo de resguardo da saúde e prevenir o contágio pela Covid-19 ao adentar as unidades do Poder
Judiciário do Pará. A Secretaria deve especificar no mandado de intimação a obrigatoriedade das partes
de comparecerem utilizando máscaras de proteção contra disseminação da Covid-19. Intime-se o suposto
autor do fato, advertindo de que deverá comparecer à referida audiência acompanhado de advogado e
que, na falta deste, ser-lhe-á nomeado Defensor Público ou advogado dativo (art. 68, da Lei n. 9.099/95).
Intime-se a vítima do dano, caso haja. Antes da data da audiência, deve a SECRETARIA juntar aos autos
certidão atualizada de antecedentes criminais da justiça estadual e eleitoral do autor do fato, para a
apreciação na referida audiência (art. 76, §2º, I, da Lei n. 9.099/95). No mesmo prazo deve a
SECRETARIA certificar se o autor do fato foi beneficiado por transação penal ou suspensão condicional do
processo nos últimos cinco anos (art. 76, §2º, II, da Lei n. 9.099/95). Cientifique-se o Ministério Público.
Cumpra-se com as demais formalidades legais. SERVE A PRESENTE DECISÃO COMO MANDADO /
OFÍCIO / CARTA PRECATÓRIA. Primavera, Pará, 04 de dezembro de 2021. JOSÉ JOCELINO ROCHA
Juiz de Direito - Titular da Comarca de Primavera e do Termo Judiciário de Quatipuru. PROCESSO N.:
0002943-18.2019.8.14.0144. Termo Circunstanciado de Ocorrência. Auto do fato: RITA DE CÁSSIA
OLIVEIRA DE LIMA. PROCESSO N.: 0002943-18.2019.8.14.0144 DECISÃO Vistos etc. Em razão da
necessidade de readequação da pauta, REDESIGNO a audiência nestes autos para o dia 20.01.2022, às
08h00. A AUDIÊNCIA SERÁ REALIZADA NO TERMO JUDICIÁRIO DE QUATIPURU/PA, NA CÂMARA
MUNICIPAL DAQUELE MUNICÍPIO. Considerando as recomendações da Organização Mundial da Saúde
¿OMS, os usuários internos e externos são, obrigatoriamente, submetidos aos protocolos sanitários, com
o objetivo de resguardo da saúde e prevenir o contágio pela Covid-19 ao adentar as unidades do Poder
Judiciário do Pará. A secretaria deve especificar no mandado de intimação a obrigatoriedade das partes
de comparecerem utilizando máscaras de proteção contra disseminação da Covid-19. Intime-se o suposto
autor do fato, advertindo de que deverá comparecer à referida audiência acompanhado de advogado e
que, na falta deste, ser-lhe-á nomeado Defensor Público ou advogado dativo (art. 68, da Lei n. 9.099/95).
Intime-se a vítima do dano, caso haja. Antes da data da audiência, deve a SECRETARIA juntar aos autos
certidão atualizada de antecedentes criminais da justiça estadual e eleitoral do autor do fato, para a
apreciação na referida audiência (art. 76, §2º, I, da Lei n. 9.099/95). No mesmo prazo deve a
SECRETARIA certificar se o autor do fato foi beneficiado por transação penal ou suspensão condicional do
processo nos últimos cinco anos (art. 76, §2º, II, da Lei n. 9.099/95). Notifique-se o Ministério Público.
Cumpra-se com as demais formalidades legais. SERVE A PRESENTE DECISÃO COMO MANDADO /
OFÍCIO / CARTA PRECATÓRIA. Primavera, Pará, 04 de dezembro de 2021. JOSÉ JOCELINO ROCHA
Juiz de Direito - Titular da Comarca de Primavera e do Termo Judiciário de Quatipuru. Processo
n.0001984-23.2014.8.14.0144. Ação de Reintegração de Posse Com Pedido de Liminar Inaudita
Altera Pars. Requerente: HÉLIO CÂNDIDO DE FARIAS MOREIRA NETO E OUTORS ¿ Advogado: Dr.
GEOVANO HONÓRIO SILVA DA SILVA-OAB/PA-15.297. Requeridos: ROMILDO SILVA BARBOSA E
OUTORS ¿ Advogado (a) dativo (a): Dr (a). VANUSA DE OLIVEIRA MELO-OAB/PA-30.220Processo
n.0001984-23.2014.8.14.0144. DECISÃO Vistos os autos. Renove-se o Ofício de fl. 189, informando que o
descumprimento da ordem judicial pode ensejar sanções penais, civis e administrativas. Considerando
os termos da decisão de fls. 184-185, designo o dia 15.02.2022, às 08h30, para realização de audiência
de instrução e julgamento, oportunidade em que serão colhidos os depoimentos das testemunhas e o
depoimento pessoal. A audiência será realizada NO TERMO JUDICIÁRIO DE QUATIPURU/PA, NA
CÂMARA DE VEREADORES DE QUATIPURU/PA. Conforme item 9.6 de fl. 185, intime-se pessoalmente
o autor para comparecer à audiência. Considerando que os requeridos eram assistidos pela Defensoria, e
que atualmente não há Defensor Público atuando nesta Comarca, nomeio como defensor dativo dos réus
a dra. VANUSA DE OLIVEIRA MELO (OAB/PA 30.220), que deve ser intimada e ter vista dos autos para
ciência. Intimem-se os requeridos para, no prazo de até 30 (trinta) dias antes da audiência, informar nestes
autos as testemunhas que desejam arrolar, para que a Secretaria Judicial promova as competentes
intimações.
Fica facultado, entretanto, aos requeridos, apresentar as testemunhas diretamente na audiência, na data
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
acima aprazada, ou informá-las diretamente à advogada acima nomeada, para que esta promova o
arrolamento. Intimem-se as partes para se fazerem acompanhar de seus advogados. Intime-se o(s)
requerido(s), pessoalmente. Intimem-se as testemunhas. Dê-se ciência ao Ministério Público. Expeça-se o
que se fizer necessário. Considerando as recomendações da Organização Mundial da Saúde ¿OMS-, os
usuários internos e externos são, obrigatoriamente, submetidos aos protocolos sanitários, com o objetivo
de resguardo da saúde e prevenir o contágio pela Covid-19 ao adentar as unidades do Poder Judiciário do
Pará. A Secretaria deve especificar no mandado de intimação a obrigatoriedade das partes de
comparecerem utilizando máscaras de proteção contra disseminação da Covid-19. P.R.I.C. SERVE
CÓPIA DA PRESENTE COMO MANDADO/CARTA PRECATÓRIA. Primavera, Pará, 23 de novembro de
2021. JOSÉ JOCELINO ROCHA Juiz de Direito - Titular da Comarca de Primavera e Termo Judiciário de
Quatipuru/PA.
Vistos, etc. Conforme dicção do art. 1.010, § 3º, do CPC, o juízo de admissibilidade que havia perante o
primeiro grau de jurisdição hoje não mais se faz necessário. Assim, não mais compete ao juízo perante o
qual a apelação é interposta o exercício de qualquer fiscalização, remetendo simplesmente o apelo, com a
resposta, se houver, ao segundo grau de jurisdição. Essa remessa pura e simples somente não tem
aplicabilidade se a hipótese comportar juízo de retratação do magistrado, o que não ocorre nos presentes
autos. Portanto, determino a intimação do apelado para responder, no prazo de 15 (quinze) dias, conforme
art. 1.010, § 1º, do CPC. Findo o prazo para a apresentação das contrarrazões, remetam-se os autos ao
E. Tribunal com as nossas homenagens de praxe. Cumpra-se. P.R.I.C. SERVE ESTE INSTRUMENTO
COMO MANDADO / CARTA PRECATÓRIA / OFÍCIO / CAIXA POSTAL, conforme autorizado pelo
PROVIMENTO CJCI 003/2009, devendo o Sr. Diretor observar o disposto em seus artigos 3º e 4º..
Primavera, Pará, 01 de dezembro de 2021.ANA BEATRIZ GONÇALVES DE CARVALHO Juíza de Direito
Substituta, respondendo pela Vara Única da Comarca de Primavera/PA e do Termo Judiciário de
Quatipuru/PA (Portaria n. 3669/2021-GP, de 28 de outubro de 2021).
Após, a apresentação da resposta escrita, voltem-me os autos conclusos, nos termos do art. 397 do CPP.
Cumpra-se. SERVIRÁ A PRESENTE DECISÃO, por cópia digitada, COMO MANDADO / OFÍCIO /
CARTA PRECATÓRIA, nos termos do Provimento n. 003/2009 da CJRMB (alterado pelos
Provimentos n. 011/2009 e n. 014/2009), aplicável às Comarcas do Interior por força do Provimento
n. 003/2009, da CJCI. Primavera, Pará, data 02 de dezembro de 2021. ANA BEATRIZ GONÇALVES DE
CARVALHO Juíza de Direito Substituta, respondendo pela Vara Única da Comarca de Primavera/PA e do
Termo Judiciário de Quatipuru/PA (Portaria n. 3669/2021-GP, de 28 de outubro de 2021).
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
COMARCA DE JACAREACANGA
PODER JUDICIÁRIO
AUTOS: 0800328-50.2021.8.14.0112
DECISÃO
Trata-se de Ação de Guarda Unilateral com pedido de Tutela Antecipada, movida por L.C.D.S.F.,
representada por seu genitor Josimar Ferreira dos Santos, em desfavor de JÉSSICA CESÁRIO DOS
SANTOS RIBEIRO. Alegou o genitor que a criança residia com a requerida na cidade de Ouro Preto do
Oeste ¿ RO, mas que foi retirada da mãe pelo Conselho Tutelar e entregue, na data de 10 de julho de
2021, na Unidade de Acolhimento Institucional Casa Feliz, pois estaria sendo agredida pela requerida.
Aduziu que viajou até Ouro Preto do Oeste e recebeu a guarda de fato da menor na data de 16 de julho de
2021, trazendo-a para residir consigo na comarca de Jacareacanga. Asseverou que trabalha no ramo da
construção civil, auferindo uma média de R$ 3.000,00 (três mil reais) mensais. Requereu o deferimento da
guarda provisória da menor, bem como a fixação do direito de visitas. Ao final, requereu a procedência da
ação, deferindo-lhe a guarda unilateral da menor. Juntou documentos.
É o breve relatório.
1. Concedo ao autor o benefício da gratuidade da justiça, nos termos do artigo 98 do Código de Processo
Civil.
Sob esse viés, a Constituição Federal, em seu artigo 227, dá guarida à proteção da criança e do
adolescente determinando ser dever da família, da sociedade e, por último, do Estado o asseguramento
do exercício de seus direitos e garantias fundamentais.
Art. 227 - É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com
absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à
886
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
Outrossim, a guarda judicial, tão somente, pode vir a regularizar a facticidade da responsabilidade
exercida por um dos genitores em detrimento de outro que, por sua vez, concedeu-a, reconhecidamente, a
quem, de fato, detinha melhores condições físico emocional econômico financeiras à criação do fruto.
No caso em apreço, é imperioso ainda registrar que o requerente, ora pai do menor, está exercendo a
guarda de fato desde o dia 16 de julho de 2021 (id 32928865), desde que a criança lhe foi entregue por
ordem judicial.
Quanto ao direito de visitas, tal instituto encontra amparo legal no artigo 1.589, do Código Civil.
Art. 1589 - O pai ou a mãe em cuja guarda não estejam os filhos, poderá visitá-los e tê-los em sua
companhia, segundo o que acordar com o outro cônjuge, ou for fixado pelo juiz, bem como fiscalizar sua
manutenção e educação.
Como se vê, muito embora tenha havido a desestruturação da vida em comum com a cessação de
algumas obrigações legais e firmadas entre os genitores, o direito de visita não é atingido pela dissolução
do matrimônio ou união estável.
De outra banda, a visitação não é apenas um direito pertencente a um dos genitores, não, pois o direito é
majoritariamente dos filhos, eis que a convivência com a figura paterna ou materna, desde sempre com
início na terna infância, trar-lhe-á vínculo afetivo social capaz de gerir os princípios e comandos da
trajetória de vida.
Porém, o genitor fez constar na inicial que a criança foi retirada da mãe pelo Conselho Tutelar e entregue
em unidade de acolhimento, juntando documentos que, em juízo de prelibação, apontam que o convívio
com a genitora traria risco à integridade física da criança.
4 - Após, retorne os autos à secretaria, devendo o presente processo ser inserido na pauta de audiência
de conciliação.
5 ¿ A intimação da parte autora para a audiência será feita na pessoa de seu advogado.
7 - Na audiência, se não houver acordo, (ou não tendo ocorrido a audiência por qualquer motivo), o prazo
para contestar o pedido será de 15 (quinze) dias (artigos 697 e 335 do CPC).
8 - Apresentada contestação no prazo acima, intime-se a parte autora a impugná-la, no prazo de quinze
dias (artigos 350 e 351 do CPC).
11 - Cumpra-se.
Juiz de Direito
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
algum resultado útil. (...) Tais conceitos aplicam-se da mesma maneira ao processo trabalhista e ao
penal, não-obstante a falta de mesma clareza dos textos legislativos a respeitoo1.
              Assim, deve-se questionar, nos presentes autos, passados mais de 5 (cinco)
anos do recebimento da denúncia, não tendo sido prestada a devida jurisdição, se ainda há
interesse processual para a continuação da instrução, mesmo havendo prova de que o réu é
primário, possui bons antecedentes e de que, em caso de eventual condenação, a pena mÃ-nima será
e medida mais justa a ser aplicada ao caso, pressupondo-se, neste passo, a aplicação dos princÃ-pios
da eficiência e razoabilidade.               Destarte, o parâmetro de pena em abstrato
do crime em tela é de 2 (dois) anos a 4 (quatro) anos, cabendo ao juiz, dentro desta esfera de
aplicabilidade da Lei penal, decidir o quantum de pena que deve ser cumprido.
              No presente caso, todas as circunstâncias judiciais, estabelecidas no art.
59 do Código Penal, apontam para o estabelecimento da pena mÃ-nima, qual seja, 2 (dois) anos, o que
acarreta a prescrição da pena in concreto em 4 (quatro) anos, fato este que fatalmente alcançaria o
quantum prescritivo, pois somente o curso do processo após recebimento da denúncia já transcorre a 5
anos. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â A doutrina processual sempre propugna pela utilidade do processo,
sempre minando a sua efetivação quando do provimento não se originar um resultado útil para a
sociedade. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Â Assim, restando claro que a perspectiva in concreto, enseja a
finalização através de sentença e a posterior extinção da pretensão punitiva estatal através
da prescrição, vê-se que é manifesta a falta de interesse processual superveniente nos presentes
autos, ou seja, desenha-se neste quadro, nÃ-tida a figura da prescrição em perspectiva no caso
concreto, o que ocasionaria uma sentença natimorta, uma vez que mesmo que o réu fosse condenado,
já teriam suas penas fulminadas pela prescrição.               Assim, entendo que
resta caracterizada a carência de ação por falta de interesse processual ante a prescrição em
perspectiva, aplicando em consequência a prescrição virtual, ou prescrição antecipada como
descrevem alguns doutrinadores em razão da prolongada marcha processual, fato que afronta o
princÃ-pio constitucional da razoável duração do processo, bem como os princÃ-pios da razoabilidade e
da proporcionalidade, corolários dos direitos e garantias fundamentais previstos na Constituição da
República.               O interesse processual está caracterizado pela pretensão
punitiva do Estado por meio do Ministério Público. Inexistindo pena a ser aplicada pelo reconhecimento
da prescrição da pena in concreto, inexistirá por questões óbvias o interesse processual do Parquet.
DISPOSITIVO.                Diante do exposto, JULGO EXTINTA a pretensão punitiva
estatal em relação ao acusado CÃCERO VIANA SOARES ante o reconhecimento prescrição
antecipada ou virtual, eis que verificado que se instruÃ-do e sentenciado o feito, a pena in concreto
aplicada estaria irremediavelmente prescrita, nos termos da fundamentação.
               Publique-se, registre-se e intimem-se.
               Breu Branco, 29 de novembro de 2021. Andrey Magalhães Barbosa
JuÃ-za de Direito 1o GRINOVER. Ada Pellegrini, CINTRA, Antonio Carlos de Araújo, DINARMACO,
Cândido Rangel. Teoria Geral do Processo, 25º Ed. Malheiros. São Paulo. 2009, p. 277 a 279. JuÃ-za
de Direito Substituta Priscila Mamede Mousinho
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
DECISÃO
Trata-se de Termo Circunstanciado de Ocorrência - TCO instaurado para apuração da contravenção penal
prevista no art. 42 da Lei de Contravenções Penais (pertubação do sossego alheio).
O presente TCO foi instaurado a partir do boletim de ocorrência registrado pela relatora IRACILDA GE
CORREA para apurar responsabilidade do suposto autor do fato por exercer sua profissão perturbando o
sossego alheio de vizinhos.
Perante o Ministério Público o suposto autor do fato informou que após a determinação do Ministério
Público sua casa de show teve o abafamento do som reforçado nas paredes e que os demais vizinhos e
moradores das redondezas de seu estabelecimento o frequentam, inclusive familiares da relatora
IRACILDA.
Diante disso o Ministério Público, por contatar que inexistem nos autos quaisquer outros elementos de
informação aptos a comprovar a materialidade de qualquer infração penal, constando nos autos tão
somente os depoimentos contrapostos da vítima e do suposto autor, requereu o arquivamento dos autos,
sem prejuízo do previsto no art. 18 do CPP (fls. 25/25-v)
É o relatório. Passo à fundamentação.
Compulsando os autos, verifica-se que o Ministério Público, enquanto titular da ação penal, não encontrou
subsídios suficientes para oferecimento da denúncia, uma vez que não foram encontradas elementos de
informações aptos a comprovar a materialidade da contravenção penal, restando inviável a instauração de
procedimento criminal.
Com acerto agiu o órgão ministerial.
Em verdade, e isto decorre de um simples raciocínio lógico-dedutivo, não se pode ingressar com uma
eventual ação penal sem que se tenha fato delituoso para ser apurado.
Neste passo, para que se instaure a ação penal, é necessário que estejam presentes aquilo que doutrina e
jurisprudência intitula condições da ação penal, quais sejam: i) legitimidade de partes, ii) interesse de agir,
iii) possibilidade jurídica do pedido e iv) justa causa.
In casu, não há justa causa para o oferecimento de denúncia.
Assim, não havendo fato definido como crime para ser apurado, não há que se falar em eventual ação
penal, razão pela qual o arquivamento do presente feito é medida mais que acertada.
Decido.
Ante o exposto, e por tudo mais que dos autos consta, HOMOLOGO a promoção feita pelo Ministério
Público e, ato contínuo, determino o ARQUIVAMENTO do Termo Circunstanciado de Ocorrência em
epígrafe, ante a inexistência de provas quanto à materialidade e autoria delitiva.
Ressalte-se, por oportuno, que é dada à autoridade policial a faculdade de proceder, acaso entenda
necessário e adequado, com novas investigações e, em se revelando outros fatos que modifiquem as
atuais circunstâncias, poderá o presente inquérito ser desarquivado, conforme preceitua o art. 18, do
Código de Processo Penal.
Intimem-se.
Notifique-se o Ministério Público
São Sebastião da Boa Vista (PA), 29 de novembro de 2021.
LEANDRO VICENZO SILVA CONSENTINO
Juiz de Direito Titular da Comarca de São Sebastião da Boa Vista
VITIMA: R. L. F. L.
Vistos etc.
Trata-se de Termo Circunstanciado de Ocorrência onde foi apurado que o(s) autor(es) do fato
supostamente cometeu(ram) contra a vítima o crime de ameaça, capitulado no art. 147 do CPB, o qual
somente se procedem mediante representação, a teor do parágrafo único do referido artigo.
Verifica-se, entretanto, que a vítima ou seu representante legal deixaram decorrer o prazo legal sem o
oferecimento da representação o(s) autor(es) do fato.
O Crime de ameaça, é de ação penal pública condicionada a representação. Ressalte-se que o art. 38 do
Código de Processo Penal dispõe que o prazo decadencial para exercer o direito de representação é de
seis meses, contado do dia em que a vítima vier a saber quem é o autor do crime.
Compulsando-se os autos, verifica-se que decorreu o prazo decadencial de seis meses, sem que a vítima
oferecesse representação, uma vez que o fato delituoso supostamente aconteceu em 18/08/2019.
Ministério Público manifestou-se pela extinção da punibilidade nos termos do art. 107, IV do CPB (fls. 23).
ANTE O EXPOSTO, nos termos do art. 107, IV c/c art. 103 do CPB e art. 38 do CPP, declaro extinta a
punibilidade do(s) autor(es) do fato, pela decadência do direito de representação.
Publique-se. Registre-se. Dê-se ciência ao Ministério Público. Após o trânsito em julgado, arquive-se com
as cautelas da lei.
VITIMA: O. D. M. F.
Vistos.
Intime-se a patrona de fls. 10, apenas via DJ-e, para que regularize a representação processual, juntando
aos autos procuração hábil.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
Juiz de Direito.
PROCESSO: 0003963-51.2018.8.14.0056
AUTOR: MELANIA SANTANA DA SILVA
REQUERIDO: CENTRAIS ELÉTRICA DO PARA
ADVOGADO: DR. FLAVIO AUGUSTO QUEIROS MONTALVÃO DAS NEVES OAB/PA 12.358
Vistos.
Intime-se as partes, por seu advogado constituído, via PJ-e, para que no prazo de 10 dias especifique
quais provas pretende produzir apontando quais s¿o e a quais fatos se relacionam, inclusive apresentando
quesitos e assistente técnico, se for o caso. Advirta-se as partes que ao requerer a produç¿o de provas
testemunhais deve-se especificar a quais fatos se referem, com o objetivo de avaliar a pertinência da
prova. Apresentem as partes quais fatos entendem controvertidos.
Informem, ainda, se entendem pelo julgamento do processo no estado em que se encontra.
S¿o Sebasti¿o da Boa Vista, 02 de dezembro de 2021.
PODER JUDICIÁRIO
A Excelentíssima Senhora Juíza de Direito da Vara Única da Comarca de Augusto Corrêa/PA, Angela
Graziela Zottis, no uso de suas atribuições legais e nos termos do que dispõe o art. 154, XVIII, da Lei nº
5.008/81 do Provimento n° 004/2001. FAZ SABER, através do presente edital, que realizará Correição
Ordinária, referente ao ano de 2021,conforme Ofício Circular nº 157/2021-CGJ, na forma presencial, no
Fórum da Comarca, Cartórios Extrajudiciais e Delegacia de Polícia da Comarca de Augusto Corrêa/PA,
compreendidos nos dias 12/01/2022 a 14/01/2022, tendo como prazo para entrega de relatório para o dia
31/01/2022.
E, para que chegue ao conhecimento de todos, comunica-se que os trabalhos da Correição serão
realizados nos respectivos órgãos oportunidade em que serão recebidas reclamações sobre os serviços
judiciais e extrajudiciais.
Dado e passado, Cidade de Augusto Corrêa/PA, aos seis dias do mês de dezembro do ano de dois mil e
vinte e um.
Aç¿o de Cobrança
Processo nº 0000081-79.2001.814.0068
DESPACHO
899
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
R. Hoje.
Haja vista o pedido de desarquivamento às fls. 245 dos autos feito pelo requerente, DEFIRO-O,
desarquivando os autos pelo período de 10 (dez) dias, para que, t¿o somente, sejam feitas apenas as
cópias necessárias.
Caso n¿o o faça no prazo, ou feita a diligência, O PROCESSO DEVERÁ SER ARQUIVADO
IMEDIATAMENTE.
P. R. I. Cumpra-se.
RÉU PRESO
Processo nº 0005953-41.2018.814.0068
A. C. D. S.
M. D. D. R. C.
DECISÃO
Vistos,
Trata-se de pedido de Revogaç¿o de Prisão Preventiva em favor de K. A. T., preso no dia 03/12/2021,
requerido às fls. 129/135, pela Advogada MARIA IVANILZA TOBIAS DE SOUSA, OBA/PA nº 19.109, n¿o
possuindo poderes nos autos.
Ressalto aqui, que a Advogada renunciou ao mandato as fls. 94 no dia 09/09/2019, assim, por ora o
acusado está sendo assistido por Defensora Dativa (nomeada em 29/04/2021 DOC: 20210070444319),
pois a Comarca não é atendida pela Defensoria Pública do Estado do Pará.
900
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
Importante pontuar ainda, que o processo corre em segredo de justiça, porque se trata de estupro de
vulnerável, em atenção a dicção do art. 234-B do CP.
Outrossim, o processo está na fase da apresentação das alegações finais pela Defesa, já que a audiência
de instrução ocorreu no dia 03/12/2021, iniciando o prazo para a alegações finais das Defesas - ressalto,
são 3 os réus neste processo.
Dessa forma, intime-se a Dra. MARIA IVANILZA TOBIAS DE SOUSA, OBA/PA nº 19.109 por meio de
publicação no DJe/PA, para que, no prazo de 24 (horas), junte a procuração ou informe a impossibilidade
de sua apresentação, noticiando ainda se irá patrocinar a defesa do acusado neste processo ¿ alegações
finais ¿ na medida em que o prazo está fluindo, porque a constituição de novo patrono ¿ como é o caso
dos autos, pois houve a renúncia em momento pretérito ¿ o novo defensor recebe o processo no estágio
que se encontra.
Destaco, a prisão do acusado K. A. T ocorreu no dia 03/12/2021, sendo essa decretada em 17/12/2018 -
DOC: 20180512228832 - mantida a decisão no DOC: 20210182773229 - no dia 31/08/2021.
Havendo a regularização, dê-se vista ao Ministério Público quanto ao pedido de Revogação de Prisão.
Após, conclusos.
P. R. I. Cumpra-se.
PROCESSO Nº 00058736920198140027
DESPACHO
Vistos e etc.
3- Após, conclusos.
Juíza de Direito
Assessor de Juiz
PROCESSO Nº 00027064420198140027a
DESPACHO
Vistos, etc.
1. Manuseando aos autos, constato que a petição de fl. 29 a 33 está apócrifa, diante do que determino
a intimação do causídico para assiná-la no prazo de 15 dias, sob pena de ser considerada insubsistente.
Juíza de Direito
PROCESSO Nº 00029089420148140027
SENTENÇA HOMOLOGATÓRIA
Vistos, etc.
MARGARETY NASCIMENTO OLIVEIRA, qualificada nos autos e atuando em causa própria, ajuizou Aç¿o
DIVORCIO LITIGIOSO C/C PEDIDO DE GUARDA, PARTILHA DE BENS E ALIMENTOS contra JO
PAULO DE FREITAS OLIVEIRA.
Realizada a audiência de instruç¿o, fora homologado o divórcio, bem como sentenciado os termos
referentes a prestaç¿o de alimentos, continuando o feito em relaç¿o à partilha dos bens, conforme termo
de audiência anexo as fls 168/169.
Após, veio aos autos petiç¿o anexa as fls. 205/208, requerendo de homologaç¿o de acordo anexa às, fls.
36/37, que fora aceito pela parte autora, conforme manifestaç¿o anexa as fls. 221.
903
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
As partes que entabulam o acordo s¿o capazes e est¿o bem representadas, o objeto é lícito e n¿o
vislumbro possibilidade de danos a terceiros, de modo que a composiç¿o comporta homologaç¿o.
Face ao exposto, com fulcro no art. 139, V, do CPC, HOMOLOGO o acordo celebrado entre MARGARETY
NASCIMENTO OLIVEIRA e JO PAULO DE FREITAS OLIVEIRA, conforme termo de partilha de bens
anexo às fls. 36/37, para que produza todos os efeitos legais, nos termos do art. 842 do Código Civil e
extingo o feito com resoluç¿o do mérito, nos termos do art. 487, III, ¿b¿, do CPC. Sem honorários. Sem
Custas.
Juíza de Direito
Assessor de Juiz
PROCESSO Nº 00003066220168140027
SENTENÇA
Vistos, etc.
Instrui o pedido com cópias de Cédula de Identidade, cópia da Certid¿o de Nascimento, cart¿o do CPF,
título de eleitor, cópia das certid¿es de óbito e de casamento de seus genitores e certid¿o negativa de
registro expedida pelo Cartório de Registro Civil onde deveria constar seu assento de nascimento.
Relatei o essencial.
Analiso.
904
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
O pedido encontra amparo no art. 109, da Lei 6.015/73, que se encontra assim redigido:
¿Art. 109. Quem pretender que se restaure, supra ou retifique assentamento no Registro
Civil, requererá, em petiç¿o fundamentada e instruída com documentos ou com indicaç¿o de
testemunhas, que o Juiz o ordene, ouvido o órg¿o do Ministério Público e os interessados, no prazo de
cinco dias, que correrá em cartório. ¿
O artigo acima exige que o interessado instrua o pedido com documentos suficientes ou
indique testemunhas que possam comprovar suas alegaç¿es.
No caso dos autos, o pedido veio instruído com cópia do título de eleitor, cópia da Certid¿o
de Nascimento, carteira de trabalho, obtidos com base na mencionada certid¿o, e certid¿o do Cartório de
Registro Civil DA COMARCA DE IRITUIA ¿ PA atestando que o registro n¿o se encontra lavrado naquela
serventia.
Como bem salientado pela RMP, os documentos juntados pelo Autor s¿o suficientes para
comprovar suas alegaç¿es, fato que torna dispensável a oitiva de testemunhas.
Feitas tais consideraç¿es, com fulcro no art. 109 e art. 46, § 3º, ambos da Lei 6.015/73,
DEFIRO O PEDIDO DO REQUERENTE e determino ao Oficial de Registro Civil da COMARCA DE
IRITUIA ¿ PA, que proceda gratuitamente à restauraç¿o do assento de nascimento de MANOEL GALV¿O
DE OLIVEIRA, com os dados contidos nas documentaç¿es anexas ao processo, outrossim, extingo o feito
com resoluç¿o do mérito, nos termos do art. art. 487, I, do CPC. Sem custas, por ser feito da Defensoria
Pública.
Juíza de Direito
Assessor de Juiz
905
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
TERMINATIVA (Sem Resolução de Mérito) vistos, etc. Trata-se de demanda com as partes já
qualificadas nos autos. Inicial devidamente documentada. No curso do processo, este Juízo determinou a
intimação da parte autora para as providências que lhe competem, mais especificamente para comparecer
à perícia médica, que seria realizada em mutirão processual ocorrido no dia 28/07/2021, contudo, a Parte
Requerente não compareceu para a realização do referido ato processual. Relatado. Passo a decidir,
conforme art. 354, c/c art. 485, III e VI do CPC. A parte autora não está interessada na entrega da
prestação jurisdicional. Denota-se do compulso dos autos que, a despeito de devidamente intimada,
deixou de promover, injustificadamente, os atos e diligências que lhe incumbem para o regular trâmite
processual, frustrando, com seu comportamento, a triangularizaç¿o da lide. É comezinho que o Judiciário
comporta extenso número de demandas, sendo dever não só do Estado, mas especialmente da parte
interessada, em face desse cenário, movimentar e impulsionar o processo no qual persegue seu direito. É
imperioso reconhecer-se, ainda, que o comportamento patentemente desidioso das partes nesta ação
causa nefastos defeitos danosos para além da esfera patrimonial, atingindo direitos transindividuais da
sociedade como um todo, uma vez que importa na perpetuação de ações que superlotam o Poder
Judiciário, impedindo que seja entregue uma prestação jurisdicional eficiente àqueles que dela realmente
necessitam. É nesse sentido, inclusive, que o Código de Processo Civil prevê a possibilidade de extinção
do feito em face incipiente quando verificada a desídia da parte ou o abandono do processo,
contemplando o princípio de cooperação e lealdade processual que permeia todo o ordenamento jurídico
brasileiro, espírito este que não se coaduna com o comportamento desleal de quem ajuíza ação e a
abandona, esperando transmitir a outrem um dever que cabe, em verdade, à própria parte, qual seja o
impulsionar o processo. Por conseguinte, resta evidente o abandono do processo, pelo que tenho
caracterizado a perda superveniente do interesse processual. Outrossim, cumpre destacar que a presente
extinção não impede que a parte intente nova ação. Pelo exposto, configurada a falta de interesse
processual superveniente, consubstanciado, pelo abandono da causa, JULGO EXTINTO O PROCESSO
SEM RESOLUÇ¿O DO MÉRITO, com fulcro no artigo 485, inciso III e IV, do Código de Processo Civil
(CPC). Custas da forma da lei. Sendo caso de gratuidade já deferida, suspendo a exigibilidade. Sem
verbas e honorários advocatícios. Havendo custas a serem recolhidas, o que deve ser certificado pela
UNAJ, procedam-se às diligências pertinentes, inclusive para inscrição junto à Dívida Ativa e para
cobrança judicial pela Procuradoria Geral do Estado, em caso não pagamento em 05 (cinco) dias,
remetendo-se cópia da certidão de crédito à Coordenação de Arrecadação deste Tribunal. Fica desde já
deferido o desentranhamento de documentos originais mediante recolhimento das custas judiciais
pertinentes e recibo nos autos, salvo em caso de gratuidade. Após o trânsito em julgado, devidamente
certificado, promova-se o arquivamento dos autos com as cautelas legais. Porto de Moz, data e hora
registrados no sistema. RODRIGO SILVEIRA AVELAR Juiz de Direito Substituto respondendo pela Vara
Única de Porto de Moz
907
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recolhimento das custas judiciais finais, no prazo de 30 (trinta) dias. São Félix do Xingu-PA, 3 de
dezembro de 2021. Maryssuz Maceno Rios Analista Judiciário Mat. 172006 TJE/PA
Público de fls. 141, bem como que última manifestação da parte autora ocorreu em 22 de agosto de
2016 (fls. 137-138), intimem-se as partes para, no prazo de 5 (cinco) dias, manifestem interesse sobre o
prosseguimento no feito mediante especificação de provas que pretendem produzir ou manifestar
interesse pelo julgamento antecipado da lide, nos termos do artigo 355, inciso I, do Código de Processo
Civil.          Advirta-se as partes de que serão indeferidos pedidos de provas genéricos
para os quais a necessidade não seja devidamente fundamentada, bem como que se mostrarem
desnecessárias ou protelatórias, com fundamento no artigo 370, caput e parágrafo único, do Código
de Processo Civil. Â Â Â Â Â Â Â Â Â Transcorrido o prazo acima, independentemente de
manifestação, uma vez devidamente certificado, retornem os autos conclusos.          P. R.
I. C. SERVE A PRESENTE POR CÿPIA DIGITADA COMO MANDADO DE CITAÿ¿O / INTIMAÿ¿O
/ OFÃCIO NOS TERMOS DO PROVIMENTOS Nº 002/2009 E 011/2009 CJRMB, CUJA
AUTENTICIADADE PODERà SER VERIFICADA EM CONSULTA AO SÃTIO ELETRÿNICO
         Novo Progresso/PA, 26 de novembro de 2021.          CAMILLA TEIXEIRA
DE ASSUMPÿÿO          JuÃ-za de Direito Substituta da Vara CÃ-vel da Comarca de Novo
Progresso/PA, designada por meio da Portaria nº 1369/2021, publicada no DJE nº 7115/2021
nesse entendimento, considero ser caso de improcedência do pedido relativo aos alimentos quanto ao
filho ainda menor. Entretanto, quanto ao filho HILQUIAS VIANA SANTOS, deverão ser pagos alimentos
até 13 de junho de 2021, data em que ocorreu o implemento de sua maioridade. Quanto ao montante
dos alimentos, verifica-se, conforme já salientado na decisão de fls. 40, que resta prejudicada a
verificação precisa da capacidade econômico-financeira do réu. Entretanto, considerando o extenso
rol de bens que o mesmo possui constante destes autos, mostra-se razoável a fixação dos alimentos
no valor mensal de 50% (cinquenta por cento) do salário mÃ-nimo. II.3. Da guarda. O deferimento da
guarda de menor é norteada pelo princÃ-pio constitucional do melhor interesse da criança, corolário da
dignidade humana. Isto porque, crianças e adolescentes se encontram em situação de fragilidade em
razão de seu desenvolvimento social, emocional e psÃ-quico. Dessarte, devem ser garantidas
condições para que o menor possa crescer em um contexto em que assegurados seus direitos, como a
convivência em famÃ-lia, bem como lhe assegure hÃ-gido desenvolvimento material, moral e intelectual,
em condições de liberdade e de dignidade. De maneira a disciplinar o instituto, o artigo 1583 do
Código Civil preconiza que: Art. 1.583. A guarda será unilateral ou compartilhada. § 1 o Compreende-
se por guarda unilateral a atribuÃ-da a um só dos genitores ou a alguém que o substitua (art. 1.584, §
5 o) e, por guarda compartilhada a responsabilização conjunta e o exercÃ-cio de direitos e deveres do
pai e da mãe que não vivam sob o mesmo teto, concernentes ao poder familiar dos filhos comuns. § 2
o Na guarda compartilhada, o tempo de convÃ-vio com os filhos deve ser dividido de forma equilibrada com
a mãe e com o pai, sempre tendo em vista as condições fáticas e os interesses dos filhos. § 3º Na
guarda compartilhada, a cidade considerada base de moradia dos filhos será aquela que melhor atender
aos interesses dos filhos. § 4 o (VETADO). § 5º A guarda unilateral obriga o pai ou a mãe que não
a detenha a supervisionar os interesses dos filhos, e, para possibilitar tal supervisão, qualquer dos
genitores sempre será parte legÃ-tima para solicitar informações e/ou prestação de contas,
objetivas ou subjetivas, em assuntos ou situações que direta ou indiretamente afetem a saúde fÃ-sica e
psicológica e a educação de seus filhos. Consta da petição exordial pedido de guarda unilateral em
prol da demandante. Porém, compulsando os autos, em vista do lapso temporal desde o ajuizamento da
ação, resta evidente a perda superveniente do objeto. Isso porque, de um lado, um dos filhos atingiu a
maioridade civil; de outro, embora deferida a guarda provisória, a própria autora manifestou que, há
anos, deixou de exercer a guardar de fato do filho menor, deixando de demonstrar qualquer
irresignação quanto à essa modificação. Deve prevalecer, sempre, o princÃ-pio do melhor interesse
da criança, de modo com que qualquer alteração em seu contexto fático, especialmente quanto ao
domicÃ-lio de referência, necessita de comprovada necessidade. No caso em apreço, carece de
utilidade a definição de guarda unilateral do menor em prol da genitora, visto que o adolescente reside
com o pai, inexistindo qualquer prova nos autos de que o genitor não cumpra com os deveres exigidos
para o seu sustento, apoio e orientação. Nesse ponto, friso que, a alegação da parte autora de que
o réu jamais arcou com os alimentos provisórios não é capaz de modificar meu convencimento
quanto à ausência de prejuÃ-zo na continuidade da guarda compartilhada, mormente porque existe
instrumento processual cabÃ-vel para execução provisória do débito, o qual, até onde se denota
dos autos, nunca foi utilizado. Sendo assim, pelas razões expostas, de rigor a improcedência do pedido
de definição de guarda unilateral em prol da autora. II.4. Da partilha de bens. A partilha dos bens
adquiridos onerosamente na vigência do casamento, por qualquer dos cônjuges, é regrada na forma
do artigo 1.660, inciso I, do Código Civil, ipsis litteirs: Art. 1.660. Entram na comunhão: I - os bens
adquiridos na constância do casamento por tÃ-tulo oneroso, ainda que só em nome de um dos
cônjuges. Isso posto, verifico que restou carente de maior comprovação probatória a totalidade da
comunhão de bens, vez que a autora, embora elenque acervo considerável de bens, não se
desincumbiu do ônus de comprovar a aquisição onerosa de sua maior parte, em perÃ-odo posterior Ã
celebração do matrimônio, ou seja, após 12/05/2011. Melhor detalhando: os documentos juntados à s
fls. 25-27 apresentam datas anteriores à celebração do casamento; o contrato de aluguel, acostado
às fls. 28-29, não possui força probante quanto à propriedade do imóvel descrito, notadamente
quanto à data de sua aquisição, ausente, ainda, a assinatura do locatário; os extratos colacionados
à s fls. 33 e 35 informam que os veÃ-culos foram adquiridos antes da constituição do matrimônio; a
procuração às fls. 37 não possui força probante para fim de comprovar propriedade, da mesma
forma o extrato à fls. 38, o qual, ademais, apresenta informação de endereço que não foi indicado
na petição inicial. Sendo assim, restou devidamente comprovada a aquisição, na vigência do
casamento, dos seguintes bens: imóvel de matrÃ-cula nº 2.397, adquirido em 14/03/2014 (vide fls. 21, 67
e 71-72), e veÃ-culo de placa NJL7986, adquirido em 13/03/2012 (vide fls. 31). Diante disso, faz-se
necessária a decretação de partilha somente dos bens adquiridos na constância do matrimônio,
conforme descrito acima. III - DISPOSITIVO Por todo o exposto, em consonância com o artigo 226, §
917
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
autos o substabelecimento citado na manifestação de fl. 65 no prazo máximo de 15 (quinze) dias, bem
como manifestar-se quanto ao Recurso Inominado apresentado do requerido Novo Progresso/PA, 30 de
novembro de 2021. ANA PAULA DEMARCHI Diretora de Secretaria Substituta da Vara CÃ-vel Comarca de
Novo Progresso/PA MatrÃ-cula TJPA: 149527
REQUERENTE: J. L. S. J.
Representante(s):
MENOR: V. M. S.
REQUERIDO: V. B. M.
REQUERIDO: J. L. S. J.
Representante(s):
REQUERENTE: V. B. M.
Representante(s):
MENOR: V. M. S.
REPRESENTADO: W. V. O.
VITIMA: O. E.
REPRESENTANTE: M. P. E. P.
OAB 9861 - LUIZ FERNANDO LAGO ESCOBAR (ADVOGADO) . PROCESSO Nº: 0000562-
52.2004.8.14.0115 SENTENÿA I - RELATÿRIO Cuidam os autos de ação de natureza cÃ-vel, cujas
partes estão devidamente qualificadas nos autos. Diante do lapso temporal sem movimentação, a
parte autora foi intimada para manifestar interesse no prosseguimento do feito. Embora regularmente
intimada, a parte autora deixou de se manifestar. ÿ o relatório que se faz necessário. Decido. II -
FUNDAMENTAÿÿO Sem necessidade de maiores considerações, verifico que a parte autora não
se desincumbiu do ônus de impulsionar o feito, deixando
de atender à exigência expressa deste juÃ-zo, muito embora regularmente intimada para tanto, conforme
se extrai das peças que instruem os autos. ÿ cediço que as partes interessadas nos processos
judiciais devem sempre promover os atos e diligências que lhes competem para o regular andamento do
feito, conforme determina a art. 485, o inciso III, do CPC, pois não é dever do judiciário promover atos
indefinidamente sem que a parte autora manifeste-se interesse no feito. Patente, pois, encontra-se o
abandono da causa. Ademais, o judiciário não pode manter em seu acervo de processos uma ação
que não tem a mÃ-nima viabilidade de prosseguimento, ocupando apenas as prateleiras e a estatÃ-stica
da Comarca, sobretudo pelo decurso de prazo sem nenhuma manifestação. Sendo assim, reconheço
que o processo se encontra paralisado por desÃ-dia e desinteresse da parte autora que não promoveu
atos indispensáveis para o prosseguimento do feito e, por esse motivo, deve ser extinto sem resolução
do mérito Deste modo, resta evidente a falta de interesse da parte autora na continuação do
processo, não havendo alternativa ao julgador senão a prolação de sentença terminativa. III -
DISPOSITIVO Ante o exposto, extingo o feito sem resolução do mérito, nos termos do art. 485, inciso
III, do Código de Processo Civil. Condeno a parte autora em custas processuais, em razão do princÃ-pio
da causalidade, bem como ao pagamento de honorários advocatÃ-cios no importe de 10 % (dez por
cento) sobre o valor da causa, com arrimo nos arts. 82, § 2º, e 85, § 2º, ambos do Código de
Processo Civil. IV - DISPOSIÿÿES FINAIS Por derradeiro, determino: 1. Intimem-se as partes do inteiro
teor desta sentença, por meio de publicação no DJEN. 2. Após o trânsito em julgado, arquive-se o
processo, com baixa na distribuição, no sistema LIBRA/TJPA e encaminhem-se os autos ao setor de
arquivo. 3. Publique-se e cumpra-se. Servirá a presente, por cópia digitalizada, como mandado de
INTIMAÿÿO/OFÃCIO, nos termos do Provimento nº 003/2009, com a redação dada pelo
Provimento nº 11/2009, ambos da CJRMB, cuja autenticidade pode ser comprovada no sÃ-tio eletrônico
do Tribunal de Justiça do Estado do Pará (http://www.tjpa.jus.br). Novo Progresso/PA, 19 de novembro
de 2021. CAMILLA TEIXEIRA DE ASSUMPÿÿO JuÃ-za de Direito Substituta da Vara CÃ-vel da
Comarca de Novo Progresso/PA, designada por meio da Portaria nº 1369/2021, publicada no DJE nº
7115/2021 (Assinado com certificação digital)
extingo o feito sem resolução do mérito, nos termos do art. 485, inciso III, do Código de Processo
Civil. Condeno a parte autora em custas processuais, em razão do princÃ-pio da causalidade, bem como
ao pagamento de honorários advocatÃ-cios no importe de 10 % (dez por cento) sobre o valor da causa,
com arrimo nos arts. 82, § 2º, e 85, § 2º, ambos do Código de Processo Civil. IV - DISPOSIÿÿES
FINAIS Por derradeiro, determino: 1. Intimem-se as partes do inteiro teor desta sentença, por meio de
publicação no DJEN. 2. Após o trânsito em julgado, arquive-se o processo, com baixa na
distribuição, no sistema LIBRA/TJPA e encaminhem-se os autos ao setor de arquivo. 3. Publique-se e
cumpra-se. Servirá a presente, por cópia digitalizada, como mandado de INTIMAÿÿO/OFÃCIO, nos
termos do Provimento nº 003/2009, com a redação dada pelo Provimento nº 11/2009, ambos da
CJRMB, cuja autenticidade pode ser comprovada no sÃ-tio eletrônico do Tribunal de Justiça do Estado
do Pará (http://www.tjpa.jus.br). Novo Progresso/PA, 19 de novembro de 2021. CAMILLA TEIXEIRA DE
ASSUMPÿÿO JuÃ-za de Direito Substituta da Vara CÃ-vel da Comarca de Novo Progresso/PA,
designada por meio da Portaria nº 1369/2021, publicada no DJE nº 7115/2021 (Assinado com
certificação digital)
cÃ-vel, cujas partes estão devidamente qualificadas nos autos. Diante do lapso temporal sem
movimentação, a parte autora foi intimada para manifestar interesse no prosseguimento do feito.
Embora regularmente intimada, a parte autora deixou de se manifestar. ÿ o relatório que se faz
necessário. Decido. II - FUNDAMENTAÿÿO Sem necessidade de maiores considerações, verifico
que a parte autora não se desincumbiu do ônus de impulsionar o feito, deixando de atender Ã
exigência expressa deste juÃ-zo, muito embora regularmente intimada para tanto, conforme se extrai das
peças que instruem os autos. ÿ cediço que as partes interessadas nos processos judiciais devem
sempre promover os atos e diligências que lhes competem para o regular andamento do feito, conforme
determina a art. 485, o inciso III, do CPC, pois não é dever do judiciário promover atos
indefinidamente sem que a parte autora manifeste-se interesse no feito. Patente, pois, encontra-se o
abandono da causa. Ademais, o judiciário não pode manter em seu acervo de processos uma ação
que não tem a mÃ-nima viabilidade de prosseguimento, ocupando apenas as prateleiras e a estatÃ-stica
da Comarca, sobretudo pelo decurso de prazo sem nenhuma manifestação. Sendo assim, reconheço
que o processo se encontra paralisado por desÃ-dia e desinteresse da parte autora que não promoveu
atos indispensáveis para o prosseguimento do feito e, por esse motivo, deve ser extinto sem resolução
do mérito Deste modo, resta evidente a falta de interesse da parte autora na continuação do
processo, não havendo alternativa ao julgador senão a prolação de sentença terminativa. III -
DISPOSITIVO Ante o exposto, extingo o feito sem resolução do mérito, nos termos do art. 485, inciso
III, do Código de Processo Civil. Condeno a parte autora em custas processuais, em razão do princÃ-pio
da causalidade, bem como ao pagamento de honorários advocatÃ-cios no importe de 10 % (dez por
cento) sobre o valor da causa, com arrimo nos arts. 82, § 2º, e 85, § 2º, ambos do Código de
Processo Civil. IV - DISPOSIÿÿES FINAIS Por derradeiro, determino: 1. Intimem-se as partes do inteiro
teor desta sentença, por meio de publicação no DJEN. 2. Após o trânsito em julgado, arquive-se o
processo, com baixa na distribuição, no sistema LIBRA/TJPA e encaminhem-se os autos ao setor de
arquivo. 3. Publique-se e cumpra-se. Servirá a presente, por cópia digitalizada, como mandado de
INTIMAÿÿO/OFÃCIO, nos termos do Provimento nº 003/2009, com a redação dada pelo
Provimento nº 11/2009, ambos da CJRMB, cuja autenticidade pode ser comprovada no sÃ-tio eletrônico
do Tribunal de Justiça do Estado do Pará (http://www.tjpa.jus.br). Novo Progresso/PA, 19 de novembro
de 2021. CAMILLA TEIXEIRA DE ASSUMPÿÿO JuÃ-za de Direito Substituta da Vara CÃ-vel da
Comarca de Novo Progresso/PA, designada por meio da Portaria nº 1369/2021, publicada no DJE nº
7115/2021 (Assinado com certificação digital)
III, do Código de Processo Civil. Condeno a parte autora em custas processuais, em razão do princÃ-pio
da causalidade, bem como ao pagamento de honorários advocatÃ-cios no importe de 10 % (dez por
cento) sobre o valor da causa, com arrimo nos arts. 82, § 2º, e 85, § 2º, ambos do Código de
Processo Civil. IV - DISPOSIÿÿES FINAIS Por derradeiro, determino: 1. Intimem-se as partes do inteiro
teor desta sentença, por meio de publicação no DJEN. 2. Após o trânsito em julgado, arquive-se o
processo, com baixa na distribuição, no sistema LIBRA/TJPA e encaminhem-se os autos ao setor de
arquivo. 3. Publique-se e cumpra-se. Servirá a presente, por cópia digitalizada, como mandado de
INTIMAÿÿO/OFÃCIO, nos termos do Provimento nº 003/2009, com a redação dada pelo
Provimento nº 11/2009, ambos da CJRMB, cuja autenticidade pode ser comprovada no sÃ-tio eletrônico
do Tribunal de Justiça do Estado do Pará (http://www.tjpa.jus.br). Novo Progresso/PA, 19 de novembro
de 2021. CAMILLA TEIXEIRA DE ASSUMPÿÿO JuÃ-za de Direito Substituta da Vara CÃ-vel da
Comarca de Novo Progresso/PA, designada por meio da Portaria nº 1369/2021, publicada no DJE nº
7115/2021 (Assinado com certificação digital)
do mérito Deste modo, resta evidente a falta de interesse da parte autora na continuação do
processo, não havendo alternativa ao julgador senão a prolação de sentença terminativa. III -
DISPOSITIVO Ante o exposto, extingo o feito sem resolução do mérito, nos termos do art. 485, inciso
III, do Código de Processo Civil. Condeno a parte autora em custas processuais, em razão do princÃ-pio
da causalidade, bem como ao pagamento de honorários advocatÃ-cios no importe de 10 % (dez por
cento) sobre o valor da causa, com arrimo nos arts. 82, § 2º, e 85, § 2º, ambos do Código de
Processo Civil. IV - DISPOSIÿÿES FINAIS Por derradeiro, determino: 1. Intimem-se as partes do inteiro
teor desta sentença, por meio de publicação no DJEN. 2. Após o trânsito em julgado, arquive-se o
processo, com baixa na distribuição, no sistema LIBRA/TJPA e encaminhem-se os autos ao setor de
arquivo. 3. Publique-se e cumpra-se. Servirá a presente, por cópia digitalizada, como mandado de
INTIMAÿÿO/OFÃCIO, nos termos do Provimento nº 003/2009, com a redação dada pelo
Provimento nº 11/2009, ambos da CJRMB, cuja autenticidade pode ser comprovada no sÃ-tio eletrônico
do Tribunal de Justiça do Estado do Pará (http://www.tjpa.jus.br). Novo Progresso/PA, 19 de novembro
de 2021. CAMILLA TEIXEIRA DE ASSUMPÿÿO JuÃ-za de Direito Substituta da Vara CÃ-vel da
Comarca de Novo Progresso/PA, designada por meio da Portaria nº 1369/2021, publicada no DJE nº
7115/2021 (Assinado com certificação digital)
REQUERENTE: J. L. S. J.
Representante(s):
REQUERENTE: V. B. M.
Representante(s):
INFRATOR: A. G. P.
VITIMA: R. A. R.
MENOR: L. D. S. S.
MENOR: S. N. S. S.
REPRESENTANTE: S. S.
Representante(s):
REQUERIDO: C. C. S.
REQUERIDO: A. M. S.
REQUERIDO: C. M. C.
Direito Substituta respondendo pela Vara CÃ-vel da Comarca de Novo Progresso/PA, designada por meio
da Portaria nº 1369/2021, publicada no DJE nº 7115/2021 (Assinado com certificação digital)
certificação digital)
Civil. Condeno a parte autora em custas processuais, em razão do princÃ-pio da causalidade, bem como
ao pagamento de honorários advocatÃ-cios no importe de 10 % (dez por cento) sobre o valor da causa,
com arrimo nos arts. 82, § 2º, e 85, § 2º, ambos do Código de Processo Civil. IV - DISPOSIÿÿES
FINAIS Por derradeiro, determino: 1. Intimem-se as partes do inteiro teor desta sentença, por meio de
publicação no DJEN. 2. Após o trânsito em julgado, arquive-se o processo, com baixa na
distribuição, no sistema LIBRA/TJPA e encaminhem-se os autos ao setor de arquivo. 3. Publique-se e
cumpra-se. Servirá a presente, por cópia digitalizada, como mandado de INTIMAÿÿO/OFÃCIO, nos
termos do Provimento nº 003/2009, com a redação dada pelo Provimento nº 11/2009, ambos da
CJRMB, cuja autenticidade pode ser comprovada no sÃ-tio eletrônico do Tribunal de Justiça do Estado
do Pará (http://www.tjpa.jus.br). Novo Progresso/PA, 19 de novembro de 2021. CAMILLA TEIXEIRA DE
ASSUMPÿÿO JuÃ-za de Direito Substituta da Vara CÃ-vel da Comarca de Novo Progresso/PA,
designada por meio da Portaria nº 1369/2021, publicada no DJE nº 7115/2021 (Assinado com
certificação digital)
do mérito Deste modo, resta evidente a falta de interesse da parte autora na continuação do
processo, não havendo alternativa ao julgador senão a prolação de sentença terminativa. III -
DISPOSITIVO Ante o exposto, extingo o feito sem resolução do mérito, nos termos do art. 485, inciso
III, do Código de Processo Civil. Condeno a parte autora em custas processuais, em razão do princÃ-pio
da causalidade, bem como ao pagamento de honorários advocatÃ-cios no importe de 10 % (dez por
cento) sobre o valor da causa, com arrimo nos arts. 82, § 2º, e 85, § 2º, ambos do Código de
Processo Civil. IV - DISPOSIÿÿES FINAIS Por derradeiro, determino: 1. Intimem-se as partes do inteiro
teor desta sentença, por meio de publicação no DJEN. 2. Após o trânsito em julgado, arquive-se o
processo, com baixa na distribuição, no sistema LIBRA/TJPA e encaminhem-se os autos ao setor de
arquivo. 3. Publique-se e cumpra-se. Servirá a presente, por cópia digitalizada, como mandado de
INTIMAÿÿO/OFÃCIO, nos termos do Provimento nº 003/2009, com a redação dada pelo
Provimento nº 11/2009, ambos da CJRMB, cuja autenticidade pode ser comprovada no sÃ-tio eletrônico
do Tribunal de Justiça do Estado do Pará (http://www.tjpa.jus.br). Novo Progresso/PA, 19 de novembro
de 2021. CAMILLA TEIXEIRA DE ASSUMPÿÿO JuÃ-za de Direito Substituta da Vara CÃ-vel da
Comarca de Novo Progresso/PA, designada por meio da Portaria nº 1369/2021, publicada no DJE nº
7115/2021 (Assinado com certificação digital)
MENOR: C. P. S.
REQUERENTE: C. F. P. S.
Representante(s):
REQUERIDO: K. S.
Representante(s):
SANTOS. DECISÿO Considerando os termos da certidão de fls. 65, bem como a inexistência de
defensores públicos lotados nesta comarca, nomeio como defensor dativo o advogado EDSON JUNIOR
MARIANO DA SILVA - OAB/PA nº 31791-A para acompanhar o processo no patrocÃ-nio do executado.
Deixo para arbitrar honorários advocatÃ-cios no final do processo ou após eventual constituição de
patrono particular. Diante disso, intime-se o causÃ-dico, pessoalmente, para que, no prazo de 15 (quinze)
dias, manifeste-se quanto à decisão de fls. 64. Transcorrido o prazo acima, certifique-se. Após,
conclusos para deliberação. Publique-se. Cumpra-se. Servirá a presente, por cópia digitalizada, como
mandado de INTIMAÿÿO/OFÃCIO, nos termos do Provimento nº 003/2009, com a redação dada
pelo Provimento nº 11/2009, ambos da CJRMB, cuja autenticidade pode ser comprovada no sÃ-tio
eletrônico do Tribunal de Justiça do Estado do Pará (http://www.tjpa.jus.br). Novo Progresso/PA, 22 de
novembro de 2021. CAMILLA TEIXEIRA DE ASSUMPÿÿO JuÃ-za de Direito Substituta da Vara CÃ-vel
da Comarca de Novo Progresso/PA, designada por meio da Portaria nº 1369/2021, publicada no DJE nº
7115/2021 (Assinado com certificação digital)
REPRESENTADO: W. V. O.
VITIMA: A. S. M.
REPRESENTANTE: M. P. E. P.
REPRESENTADO: W. V. O.
VITIMA: O. E.
REPRESENTANTE: M. P. E. P.
Em tudo, certifique-se. P.R.I.C. Servirá a presente, por cópia digitalizada, como mandado de
INTIMAÿÿO/OFÃCIO, nos termos do Provimento nº 003/2009, com a redação dada pelo
Provimento nº 11/2009, ambos da CJRMB, cuja autenticidade pode ser comprovada no sÃ-tio eletrônico
do Tribunal de Justiça do Estado do Pará (http://www.tjpa.jus.br). Novo Progresso/PA, 25 de novembro
de 2021. CAMILLA TEIXEIRA DE ASSUMPÿÿO JuÃ-za de Direito Substituta da Vara CÃ-vel da
Comarca de Novo Progresso/PA, designada por meio da Portaria nº 1369/2021, publicada no DJE nº
7115/2021 (Assinado com certificação digital)
REQUERENTE: A. O.
Representante(s):
MENOR: J. R. O.
REQUERIDO: D. N. R.
Representante(s):
REQUERENTE: C. T. N. P. P.
MENOR: S. S. A.
MENOR: W. S. A.
MENOR: S. S. A.
MENOR: S. S. A.
judicial, bem como foi autorizada a realização de assembleia geral de credores. As recuperandas
informaram que enviaram a documentação pendente à administradora, às fls. 1001-1007. Instada a
se manifestar, a administradora judicial apresentou relatório de revisão contábil, às fls. 1.009-1.043. O
JuÃ-zo da 18ª Vara CÃ-vel de Curutiba solicitou informações, à s fls. 1.044. O Edital de convocação
da assembleia geral de credores foi publicação no DJe em 21/10/2021, às fls. 1.045-1.046. A
administradora judicial informou a ausência de apresentação de demonstrativos contábeis pelas
recuperandas referentes aos meses de julho, agosto e setembro de 2021, Ã s fls. 1.045-1.052. Ato
contÃ-nuo, as recuperandas apresentaram requerimento de homologação de novo plano de
recuperação judicial e convocação de nova assembleia, às fls. 1.053-1.160. ÿ o relatório que se
faz necessário. Decido. De saÃ-da, verifico que persiste a desÃ-dia das recuperandas em atender Ã
determinação deste JuÃ-zo, quando do deferimento do processamento da recuperação judicial, à s
fls. 421-423, consistente na apresentação mensal de demonstrativos contábeis, a fim de permitir a
correta avaliação do estado das empresas. Nesse contexto, em atenção ao que dispõe o art. 52,
inciso IV, da Lei nº 11.101/05, que disciplina o processo de recuperação judicial, deve o(a)
recuperando(a) apresentar contas demonstrativas mensais enquanto perdurar a recuperação judicial,
sob pena de destituição de seus administradores. No caso em apreço, as recuperandas já foram
advertidas da citada penalidade, em decisão às fls. 999-1.000. Porém, conforme se depreende das
informações prestadas pela administradora judicial, às fls. 1.009-1.043 e 1.045-1.052, os mencionados
demonstrativos não têm sido apresentados. Ademais, em sua última manifestação nos autos, à s
fls. 1.053-1.160, as beneficiadas sequer carrearam os referidos documentos aos autos, fato que obsta o
regular desenvolvimento do múnus exercido pela administradora. Nesse cenário, considero que as
recuperandas, ao arrepio da benesse que a lei lhes confere para recuperação de sua saúde financeira
e das anteriores intimações e advertência deste JuÃ-zo, não estão contribuindo ativamente para
processo, o que demonstra verdadeira ausência de boa-fé para com o JuÃ-zo e os credores. Dito isso,
verifico que as recuperandas apresentam aditamento ao plano de recuperação judicial, cuja primeira
versão consta das fls. 550-647, sob fundamento de alteração nas circunstâncias fáticas em razão
da pandemia de Covid-19. Diante disso, considerando a iminência da assembleia, agendada para o
próximo dia 02/12/2021, por dever de prudência e a fim de sanar vÃ-cios e evitar prejuÃ-zos aos credores,
SUSPENDO a realização da assembleia geral de credores. Intimem-se as recuperandas para, no prazo
de 15 (quinze) dias, apresentarem toda a documentação contábil exigida, referente aos meses de
julho, agosto, setembro e outubro de 2021, bem como demais documentos apontados pela administradora
judicial, às fls. 1.009-1.043, além de comprovar o pagamento da remuneração da administradora
judicial, na forma requerida às fls. 926-936. Intimem-se, ainda, as recuperandas para, no mesmo prazo,
manifestarem-se sobre a comunicação à fls. 1.044. Transcorrido o prazo acima, com ou sem
manifestação, certifique-se e intime-se a administradora judicial para, no prazo de 30 (trinta) dias,
manifestar-se sobre eventual documentação apresentada e encaminhar relatório sobre a atual
situação financeira da empresa, considerando o novo plano de recuperação judicial acostado às fls.
1.016-1.117, bem como sobre a necessidade de desconstituição dos administradores das
recuperandas, por força do artigo 52, inciso IV, da Lei nº 11.101/05. Cumpridas as determinações,
conclusos para deliberação. Publique-se e cumpra-se. Servirá a presente, por cópia digitalizada,
como mandado de INTIMAÿÿO/OFÃCIO, nos termos do Provimento nº 003/2009, com a redação
dada pelo Provimento nº 11/2009, ambos da CJRMB, cuja autenticidade pode ser comprovada no sÃ-tio
eletrônico do Tribunal de Justiça do Estado do Pará (http://www.tjpa.jus.br). Novo Progresso/PA, 29 de
novembro de 2021. CAMILLA TEIXEIRA DE ASSUMPÿÿO JuÃ-za de Direito Substituta da Vara CÃ-vel
da Comarca de Novo Progresso/PA, designada por meio da Portaria nº 1369/2021, publicada no DJE nº
7115/2021 (Assinado com certificação digital)
josé roosevelt teixeira brasileiro, PAULINO LARA AMARILHA, WALDIR ALMEIDA SANTANA, JOÿO
EVAGELISTA DE MEL, GERMANO ALVES DOS SANTOS, DIVINO JOSÿ ALVES PEREIRA, MATEUS
JOSÿ DE LIMA e ANTÿNIO BASTISTA DE ABREU em desfavor de LUIZ ANTÿNIO NAVARRO
ENCINAS. Segundo a petição inicial WALDIR tem a posse do ¿Garimpo na pista da Mutum¿, no
qual trabalham os demais autores, o qual só possui acesso mediante passagem em terras de posse do
réu. A petição inicial de fls. 02-07 veio acompanhada dos documentos de fls. 08-44. Uma vez
intimados a comprovar direito ao benefÃ-cio da justiça gratuita ou o recolhimento das custas correlatas
(fls. 45), os mesmos realizaram o pagamento correlato, motivo pelo qual, na decisão de fls. 48-49, foi
recebida a petição inicial, na qual foi determinada a citação do réu e designada audiência de
justificação. Na petição de fls. 53-54 foi retificado o polo passivo, o que foi deferido na decisão de
fls. 55. Entretanto, a audiência não foi realizada, conforme certidão apócrifa de fls. 57v. Quase 12
(doze) anos depois, foi proferido o despacho de fls. 63, no qual foi determinada a intimação dos autores
para manifestar interesse no prosseguimento do feito (fls. 63). Embora pessoalmente intimado (fls. 64v), o
autor WALDIR, único que continuou a peticionar nos autos, não se manifestou. da parte autora para
manifestar interesse no prosseguimento no feito diante daquela devolução. Após, a parte autora juntou
a petição de fls. 82, na qual se manifestou sobre o prosseguimento do feito. Após os autos vieram
conclusos. ÿ o relatório necessário. Decido. II. FUNDAMENTAÿÿO Sem necessidade de maiores
considerações, verifico que a parte autora não se desincumbiu do ônus de impulsionar o feito,
deixando de atender à exigência expressa deste juÃ-zo. Sendo assim, o processo encontra-se paralisado
por desÃ-dia e desinteresse da parte autora que não promoveu atos indispensáveis para o
prosseguimento da ação, razão pela qual deve ser extinto sem resolução do mérito. Conforme se
extrai dos autos, ocorreu mais de uma intimação pessoal da parte autora WALMIR para conferir efetivo
andamento ao feito, conforme fls. 64v. Não bastasse isso, mesmo há 12 (doze) anos atrás, era o
único dos autores que aportou algumas petições intercorrentes aos autos, Além disso, é cediço
que as partes interessadas nos processos judiciais devem sempre promover os atos e diligências que
lhes competem para o regular andamento no feito, conforme determina artigo 485, inciso III, do Código de
Processo Civil. Isso porque não é dever do Poder Judiciário promover atos indefinidamente sem que a
parte autora manifeste-se interesse no feito de maneira efetiva. Patente, pois, o abandono da causa.
Ademais, não se pode manter no acervo uma ação que não tem a mÃ-nima viabilidade de
prosseguimento, ocupando apenas as prateleiras e a estatÃ-stica da Comarca, sobretudo pelo decurso de
prazo sem nenhuma manifestação e pelo tempo decorrido desde o ajuizamento da presente ação.
Ainda, sob a ótica do juiz como administrador de um passivo processual, tendo que administrar a taxa de
congestionamento e envidar esforços no sentido do cumprimento de metas do CNJ, ficar aguardando o
comparecimento espontâneo da parte autora para requerer o prosseguimento da ação, sobretudo no
caso em comento, no qual a ação foi ajuizada há mais de 15 (quinze) anos. Deste modo, resta
evidente a falta de interesse da parte autora na continuação do processo, não havendo alternativa ao
julgador senão a prolação de sentença terminativa. III. DISPOSITIVO Ante o exposto, julgo extinto o
feito, sem resolução do mérito, nos termos do artigo 485, inciso III, do Código de Processo Civil.
Condeno a autora em custas, tendo em vista o princÃ-pio da causalidade. Deixo de condenar a autora em
honorários advocatÃ-cios, visto que a ré nunca integrou, de fato, a lide. IV. DISPOSIÿÿES FINAIS Na
hipótese de interposição de apelação, tendo em vista a nova sistemática que extinguiu o juÃ-zo de
admissibilidade a ser exercido pelo JuÃ-zo a quo, conforme artigo 1.010 do Código de Processo Civil,
determino que, sem a necessidade de nova conclusão, intime-se a parte contrária para que ofereça
resposta no prazo legal. No caso de recurso adesivo, também deve ser intimada a parte contrária para
oferecer contrarrazões. Decorrido o prazo, com ou sem manifestação, encaminhem-se os autos ao
Egrégio Tribunal ad quem, com as anotações e cautelas de praxe e com as nossas homenagens,
consoante estabelece o artigo 1.010, §3º, do Código de Processo Civil. Por derradeiro, determino Ã
Secretaria: 1. Intime as partes do inteiro teor desta sentença. 2. Após o trânsito em julgado, arquive no
sistema LIBRA/TJPA e encaminhe os autos ao arquivo definitivo. 3. Publique-se e cumpra-se. Servirá a
presente, por cópia digitalizada, como mandado de INTIMAÿÿO/OFÃCIO, nos termos do Provimento
nº 003/2009, com a redação dada pelo Provimento nº 11/2009, ambos da CJRMB, cuja
autenticidade pode ser comprovada no sÃ-tio eletrônico do Tribunal de Justiça do Estado do Pará
(http://www.tjpa.jus.br). Novo Progresso/PA, 30 de novembro de 2021. CAMILLA TEIXEIRA DE
ASSUMPÿÿO JuÃ-za de Direito Substituta da Vara CÃ-vel da Comarca de Novo Progresso/PA,
designada por meio da Portaria nº 1369/2021, publicada no DJE nº 7115/2021 (Assinado com
certificação digital)
termos. IV - DISPOSIÿÿES FINAIS      Diante disso, determino: 1. Intime-se a parte, por meio de
publicação no DJEN. 2. Na hipótese de interposição de apelação, tendo em vista a nova
sistemática que extinguiu o juÃ-zo de admissibilidade a ser exercido pelo JuÃ-zo a quo, conforme artigo
1.010 do Código de Processo Civil, sem necessidade de nova conclusão, intime-se a parte contrária
para que ofereça resposta no prazo legal. No caso de recurso adesivo, também deve ser intimada a
parte contrária para oferecer contrarrazões. 3. Decorrido o prazo, com ou sem manifestação,
encaminhem-se os autos ao Egrégio Tribunal ad quem, com as anotações e cautelas de praxe e com
as nossas homenagens, consoante estabelece o artigo 1.010, §3º, do Código de Processo Civil. 4. De
outro modo, certificado o trânsito em julgado, arquive-se e promova-se a baixa, com as cautelas de
praxe. 5. Publique-se e cumpra-se. Servirá a presente, por cópia digitalizada, como mandado de
INTIMAÿÿO/OFÃCIO, nos termos do Provimento nº 003/2009, com a redação dada pelo
Provimento nº 11/2009, ambos da CJRMB, cuja autenticidade pode ser comprovada no sÃ-tio eletrônico
do Tribunal de Justiça do Estado do Pará (http://www.tjpa.jus.br). Novo Progresso/PA, 29 de novembro
de 2021. CAMILLA TEIXEIRA DE ASSUMPÿÿO JuÃ-za de Direito Substituta da Vara CÃ-vel da
Comarca de Novo Progresso/PA, designada por meio da Portaria nº 1369/2021, publicada no DJE nº
7115/2021 (Assinado com certificação digital)
MENOR: L. L. L.
procuração de fls. 14 consta outorga de poderes para tanto. Nestes termos, pleiteada a
homologação da desistência, de rigor seu acolhimento. III - DISPOSITIVO Diante do exposto,
HOMOLOGO o pedido de desistência e extingo o processo sem resolução do mérito, com
fundamento no artigo 485, inciso VIII, do Código de Processo Civil. Custas pela parte desistente (artigo
16 da Lei Estadual nº 8.328/15), as quais ficam sob condição suspensiva de exigibilidade, na forma do
artigo 98, §3º, do Código de Processo Civil. Certifique-se, desde logo, o trânsito em julgado, com
arrimo no art. 1.000 do Código de Processo Civil. Arquive-se e proceda-se a baixa. Publique-se e
cumpra-se. Servirá a presente, por cópia digitalizada, como mandado de INTIMAÿÿO/OFÃCIO, nos
termos do Provimento nº 003/2009, com a redação dada pelo Provimento nº 11/2009, ambos da
CJRMB, cuja autenticidade pode ser comprovada no sÃ-tio eletrônico do Tribunal de Justiça do Estado
do Pará (http://www.tjpa.jus.br). Novo Progresso/PA, 29 de novembro de 2021. CAMILLA TEIXEIRA DE
ASSUMPÿÿO JuÃ-za de Direito Substituta da Vara CÃ-vel da Comarca de Novo Progresso/PA,
designada por meio da Portaria nº 1369/2021, publicada no DJE nº 7115/2021 (Assinado com
certificação digital)
autora se manifestou na petição de fls. 50-51. Após, a carta precatória foi devolvida ante o não
pagamento de custas, conforme fls. 79. No despacho de fls. 81 foi determinada a intimação da parte
autora para manifestar interesse no prosseguimento no feito diante daquela devolução. Após, a parte
autora juntou a petição de fls. 82, na qual se manifestou sobre o prosseguimento do feito. Após os
autos vieram conclusos. ÿ o relatório necessário. Decido. II. FUNDAMENTAÿÿO Sem necessidade
de maiores considerações, verifico que a parte autora não se desincumbiu do ônus de impulsionar o
feito, deixando de atender à exigência expressa deste juÃ-zo. Sendo assim, o processo encontra-se
paralisado por desÃ-dia e desinteresse da parte autora que não promoveu atos indispensáveis para o
prosseguimento da ação, razão pela qual deve ser extinto sem resolução do mérito. Conforme se
extrai dos autos, ocorreu mais de uma intimação da parte autora para conferir efetivo andamento ao
feito, a primeira delas há mais de 6 (seis) anos, conforme fls. 48v. Não bastasse isso, embora expressa
e regularmente intimada a se manifestar quanto à devolução da carta precatória, a parte autora
trouxe aos autos a petição de fls. 82, na qual se manifestou genericamente sobre o prosseguimento do
feito, sem fazer qualquer alusão à diligência pendente ou a outra que entendesse ser necessária. Em
adição, observa-se que a audiência foi redesignada sucessivas vezes sem qualquer sucesso. Na
última delas, inclusive, a parte autora foi ausente (fls. 46), o que confirma seu manifestou desinteresse no
cumprimento das determinações deste JuÃ-zo e no andamento do feito. Além disso, é cediço que
as partes interessadas nos processos judiciais devem sempre promover os atos e diligências que lhes
competem para o regular andamento no feito, conforme determina artigo 485, inciso III, do Código de
Processo Civil. Isso porque não é dever do Poder Judiciário promover atos indefinidamente sem que a
parte autora manifeste-se interesse no feito de maneira efetiva. Patente, pois, o abandono da causa.
Ademais, não se pode manter no acervo uma ação que não tem a mÃ-nima viabilidade de
prosseguimento, ocupando apenas as prateleiras e a estatÃ-stica da Comarca, sobretudo pelo decurso de
prazo sem nenhuma manifestação e pelo tempo decorrido desde o ajuizamento da presente ação.
Ainda, sob a ótica do juiz como administrador de um passivo processual, tendo que administrar a taxa de
congestionamento e envidar esforços no sentido do cumprimento de metas do CNJ, ficar aguardando o
comparecimento espontâneo da parte autora para requerer o prosseguimento da ação. Deste modo,
resta evidente a falta de interesse da parte autora na continuação do processo, não havendo
alternativa ao julgador senão a prolação de sentença terminativa. III. DISPOSITIVO Ante o exposto,
julgo extinto o feito, sem resolução do mérito, nos termos do artigo 485, inciso III, do Código de
Processo Civil. Condeno a autora em custas, tendo em vista o princÃ-pio da causalidade. Deixo de
condenar a autora em honorários advocatÃ-cios, visto que a ré nunca integrou, de fato, a lide. IV.
DISPOSIÿÿES FINAIS Na hipótese de interposição de apelação, tendo em vista a nova
sistemática que extinguiu o juÃ-zo de admissibilidade a ser exercido pelo JuÃ-zo a quo, conforme artigo
1.010 do Código de Processo Civil, determino que, sem a necessidade de nova conclusão, intime-se a
parte contrária para que ofereça resposta no prazo legal. No caso de recurso adesivo, também deve
ser intimada a parte contrária para oferecer contrarrazões. Decorrido o prazo, com ou sem
manifestação, encaminhem-se os autos ao Egrégio Tribunal ad quem, com as anotações e
cautelas de praxe e com as nossas homenagens, consoante estabelece o artigo 1.010, §3º, do Código
de Processo Civil. Por derradeiro, determino à Secretaria: 1. Intime as partes do inteiro teor desta
sentença. 2. Após o trânsito em julgado, arquive no sistema LIBRA/TJPA e encaminhe os autos ao
arquivo definitivo. 3. Publique-se e cumpra-se. Servirá a presente, por cópia digitalizada, como mandado
de INTIMAÿÿO/OFÃCIO, nos termos do Provimento nº 003/2009, com a redação dada pelo
Provimento nº 11/2009, ambos da CJRMB, cuja autenticidade pode ser comprovada no sÃ-tio eletrônico
do Tribunal de Justiça do Estado do Pará (http://www.tjpa.jus.br). Novo Progresso/PA, 29 de novembro
de 2021. CAMILLA TEIXEIRA DE ASSUMPÿÿO JuÃ-za de Direito Substituta da Vara CÃ-vel da
Comarca de Novo Progresso/PA, designada por meio da Portaria nº 1369/2021, publicada no DJE nº
7115/2021 (Assinado com certificação digital)
redação dada pelo Provimento nº 11/2009, ambos da CJRMB, cuja autenticidade pode ser
comprovada no sÃ-tio eletrônico do Tribunal de Justiça do Estado do Pará (http://www.tjpa.jus.br). Novo
Progresso/PA, 29 de novembro de 2021. CAMILLA TEIXEIRA DE ASSUMPÿÿO JuÃ-za de Direito
Substituta da Vara CÃ-vel da Comarca de Novo Progresso/PA, designada por meio da Portaria nº
1369/2021, publicada no DJE nº 7115/2021 (Assinado com certificação digital)
E D I T A L DE INTIMAÇÃO DE SENTENÇA
199-V) sua citaç¿o por edital, o que foi realizado em 25/05/2016 (fls. 208), e na mesma manifestaç¿o
requereu nova intimaç¿o à SEMAT para que indique o cálculo do dano ambiental alegado, afirmando que
no laudo apresentado nos autos n¿o há como dimensionar o valor dos danos. Novo laudo emitido pela
SEMAT às fls. 215/223, no qual restou atestado que a área de preservaç¿o permanente, desmatada na
década de 90, foi vegetada novamente ou houve regeneraç¿o natural, conforme imagens obtidas nos
anos de 2012 e 2015. Contestaç¿o apresentada às fls. 226 pelo curador especial do requerido José Maria,
o dr. José Carlos Melém. Renúncia ao mandato (fls. 227) apresentada pela advogada do réu Porbrás (fls.
227/231). Renúncia ao mandato dos requeridos Adilson Luiz, Frederico Luiz e Felipe André (fls. 245/251).
Alegaç¿es finais pelo Ministério Público às fls. 235/237, ratificando o pedido de condenaç¿o dos
requeridos ao pagamento de danos morais e materiais. Raz¿es finais apresentadas às fls. 263/266 pela
curadora especial do réu José Maria, aduzindo, em síntese, que este deixou de fazer parte da sociedade
em 15/09/2011, pugnando pelo reconhecimento de decadência. O réu Felipe André foi intimado
pessoalmente (fls. 307-V), mas n¿o constituiu novo procurador nem apresentou memoriais finais,
conforme certid¿o às fls. 308. O promovido Frederico Luiz foi intimado por edital (fls. 311), porém, n¿o
apresentou raz¿es finais nem constituiu novo advogado, conforme certid¿o às fls. 314. Os réus Porbrás e
Adilson Luiz foram intimados às fls. 256, mas n¿o constituíram novo causídico nem apresentaram
memoriais finais, conforme certid¿o às fls. 316. Os autos vieram-me conclusos para sentença. É o relato.
Decido. O art. 129, III, da Constituiç¿o Federal de 1988, atribui ao Ministério Público a legitimidade para
promover aç¿es que visam a proteç¿o do patrimônio público e social, do meio ambiente e outros
interesses difusos e coletivos, justificando, assim, a propositura da presente demanda. De antem¿o, tenho
por bem registrar que reconheço a contestaç¿o dos réus Porbrás, Adilson Luiz, Frederico Luiz e Felipe
André na peça juntada às fls. 127/133 pela advogada (dra.) Dominique de Nazaré dos S. Silva, uma vez
que às fls. 134/138 constam as respectivas procuraç¿es. Quanto ao requerido José Maria, considerando
que a advogada acima o englobou na peça contestatória, mas sem apresentar instrumento procuratório do
réu em quest¿o, tenho que a contestaç¿o deste foi apresentada pelo curador especial (dr.) José Carlos
Melém, às fls. 226. Antes de me apreciar o mérito, passo a analisar as preliminares arguidas.
PRELIMINAR DE ILEGITIMIDADE PASSIVA. Em ambas as peças contestatórias, os defensores técnicos
arguiram a ilegitimidade passiva dos réus José Maria, Frederico Luiz e Felipe André, sob a alegaç¿o de
decadência pelo fato destes terem se desligado do quadro societário da ré Porbrás há mais de 03 (três)
anos. Tal preliminar n¿o merece guarida, vez que a atuaç¿o do Ibama, constatando os danos, ocorreu no
ano de 2008, quando os requeridos supraindicados ainda faziam parte do quadro societário da ré Porbrás,
os quais se retiraram apenas no ano de 2011. Nesse aspecto, o art. 1.032 do CC determina a
responsabilização dos sócios retirantes em até 02 (dois) anos, após a averbaç¿o da retirada da sociedade.
Transcrevo: ¿Art. 1.032. A retirada, exclus¿o ou morte do sócio, n¿o o exime, ou a seus herdeiros, da
responsabilidade pelas obrigaç¿es sociais anteriores, até dois anos após averbada a resoluç¿o da
sociedade; nem nos dois primeiros casos, pelas posteriores e em igual prazo, enquanto n¿o se requerer a
averbaç¿o¿. Ademais, a presente aç¿o foi distribuída no ano de 2012, de modo que, pelo exposto, resta
clarividente a legitimidade passiva de todos os réus indicados na inicial. PRELIMINAR DE INÉPCIA DA
INICIAL. De igual forma, n¿o merece acolhida a pretensa preliminar de inépcia da inicial (fls. 128/129), eis
que o autor indicou corretamente os alegados danos ao meio ambiente, fazendo menç¿o inicialmente e
diligenciando acerca da complementaç¿o da apuraç¿o dos prejuízos ao meio ambiente, de modo que os
réus tiveram amplas condiç¿es de apresentarem suas defesas, inclusive, pelos dados apontados pelos
procedimentos administrativos do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis ¿ IBAMA. Ademais, a jurisprudência pátria é uníssona ao definir que os danos causados ao
meio ambiente n¿o necessitam de valor específico indicado pelo autor, podendo, pois, ser arbitrado pelo
julgador, respeitando-se a razoabilidade e proporcionalidade, a exemplo dos entendimentos a seguir:
¿ADMINISTRATIVO E PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO
ESPECIAL. DANOS AMBIENTAIS. DERRAMAMENTO DE ÓLEO NO MAR. INDENIZAÇ¿O. VALOR
ARBITRADO DE FORMA RAZOÁVEL SEGUNDO ENTENDIMENTO DO TRIBUNAL A QUAO. REVIS¿O.
INVIABILIDADE. ÓBICE DA SÚMULA 7/STJ. 1. É assente nesta Corte que somente é possível a
reavaliaç¿o do quantum arbitrado a título de danos causados ao meio ambiente nos casos em que se
afigure exorbitante ou irrisório, o que evidentemente n¿o se configura no caso dos autos. Portanto, incide
na espécie, o óbice da Súmula 7/STJ. 2. Agravo regimental n¿o provido¿. (STJ - AgRg no AREsp: 222483
SP 2012/0180576-7, Relator: Ministro BENEDITO GONÇALVES, Data de Julgamento: 18/11/2014, T1 -
PRIMEIRA TURMA, Data de Publicaç¿o: DJe 27/11/2014). ¿EMENTA: ADMINISTRATIVO. AÇ¿O CIVIL
PÚBLICA. DANO AMBIENTAL. DESMATAMENTO DE ÁREA DE FORMAÇ¿O CAMPESTRE SEM
AUTORIZAÇ¿O DE ÓRG¿O AMBIENTAL. ÁREA RECUPERADA NATURALMENTE. OBRIGAÇ¿O DE
INDENIZAR. PERTINÊNCIA. REPARAÇ¿O INTEGRAL. VALOR ARBITRADO. RAZOABILIDADE E
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à época, os quais n¿o agiram para impedir a prática ilegal, tornam todos legitimados a comporem o polo
passivo da presente demanda, consoante arts. 2º e 3º, parágrafo único, da Lei nº 9.605/98, c/c art. 3º da
Lei nº 6.938/81, os quais indicam como infratores todos aqueles que, direta ou indiretamente, tenham
praticado atividade causadora de degradaç¿o ambiental. Embora nos autos haja comprovaç¿o de
regeneraç¿o natural ou revegetaç¿o da área de preservaç¿o permanente desmatada para funcionamento
do porto irregular, a aç¿o dos réus causou danos ambientais amplamente indicados pela SEMAT (fls.
185/189), dentre os quais: prejuízo ao curso d¿água, risco de impermeabilizaç¿o do solo pelo contato
direto com as chuvas e de eros¿o, n¿o podendo, portanto, os ilícitos serem relevados pelo Poder Público,
sobretudo pelo Judiciário. Assim, estando configurado o prejuízo, bem como o evidente nexo causal pela
conduta dos requeridos, a reparaç¿o deve ser condizente com o dano provocado, já que n¿o se trata de
simples reparaç¿o pessoal ou privada, mas de interesse coletivo ou mesmo geracional, impondo, dessa
forma, a reparaç¿o pelos danos materiais e morais coletivos causados. Pelo exposto, JULGO
PROCEDENTES os pedidos formulados na inicial, extinguindo o processo com resoluç¿o do mérito, nos
termos do art. 487, I, do CPC, para: A) condenar os requeridos, solidariamente, a título de danos materiais
coletivos, ao pagamento de R$ 50.000,00 (cinquenta mil reais), valor este que será revertido ao Fundo
Municipal do Meio Ambiente desta Comarca; B) condenar os requeridos, solidariamente, ao pagamento de
dano moral coletivo ao meio ambiente e à coletividade no importe de R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil
reais), devendo ser revestido ao Fundo Estadual dos Direitos Difusos, nos termos do art. 13, da Lei nº
7.347/85. Intime-se o Ministério Público, inclusive para informar acerca dos dados da conta corrente do
Fundo Municipal do Meio Ambiente desta Comarca, bem como do Fundo Estadual dos Direitos Difusos.
Intime-se o requerido José Maria de Oliveira Pinho, por meio de sua curadora especial, de forma pessoal.
Intimem-se os demais requeridos nos últimos endereços cujas comunicaç¿es restaram frutíferas,
expedindo-se cartas precatórias e/ou editais, se necessário. Custas pelos requeridos. Sem honorários (art.
128, § 5º, II, ¿a¿, da CF/88). Após o trânsito em julgado, proceda-se o necessário, arquivando-se ao final.
Publique-se. Registre-se. Senador José Porfírio-PA, 11 de dezembro de 2019. Kátia Tatiana Amorim de
Sousa. Juíza de Direito da Comarca de Senador José Porfírio.¿. Aos 07 (sete) dias do mês de fevereiro do
ano de 2020. Eu, Elder Savio Alves Cavalcanti, Diretor de Secretaria, subscrevi e assino em conformidade
com o Provimento 006/2009 da Corregedoria de Justiça das Comarcas do Interior.
O Excelentíssimo Senhor ÊNIO MAIA SARAIVA, Juiz de Direito Titular da Vara Única da Comarca de
Senador José Porfírio, faz saber ao nacional PEDRO MONTEIRO DE SOUZA, conhecido como ¿Bombom
de Alho¿, brasileiro, paraense, nascido aos 16/02/1951, portador do RG nº 480018 SSP/PA, filho de Ana
Neves de Souza, com endereço declarado nos autos como sendo rua Martins (ou Mártir) Tiradentes, nº
609, cidade de Vitória do Xingu-PA, em razão de não ter sido encontrado, estando em lugar incerto e não
sabido, expede-se o presente EDITAL com o prazo de 20 (vinte) dias a fim de tomar ciência da sentença
prolatada por este Juízo em 12/05/2021, à fl. 220 dos autos da Ação Penal nº 0000015-91.2001.8.14.0058,
que, na íntegra, diz: ¿PROCESSO Nº 0000015-91.2001.8.14.0058. SENTENÇA. Compulsando os autos,
verifico que há questão prejudicial de mérito, consistente na extinção da pretensão punitiva estatal pela
ocorrência da prescrição pretensão executória vez que, considerando a pena em concreto estabelecida na
sentença condenatória e o marco inicial para aferição do prazo prescricional após a imposição da
condenação, que é o trânsito em julgado para a acusação (fl. 175), não se tendo configurado qualquer das
causas interruptivas da prescrição, transcorreu o prazo prescricional. O sentenciado PEDRO MONTEIRO
DE SOUZA não iniciou até a presente data o cumprimento da sua respectiva pena, tendo perdido a pena
concretamente aplicada na sentença a sua força executória, pois não foi exercitada pelos órgãos estatais,
nos prazos previstos no artigo 109 do Código Penal. Observo que quando a extinção da punibilidade for
decretada após o trânsito em julgado, extingue-se a pretensão executória do Estado -imposição da pena-,
remanescendo, no entanto, os efeitos secundários da sentença condenatória, tais como lançamento do
nome no rol dos culpados, incluindo a eventual reincidência, por razões de política criminal, ante a
existência de pronunciamento do Estado-juiz, com trânsito em julgado da sentença, infirmando a
culpabilidade do réu, se no caso for. Assim sendo, tendo havido a perda do Estado do direito aplicar
efetivamente a pena, em decorrência da prescrição executória DECLARO EXTINTA A PUNIBILIDADE
imposta ao condenado PEDRO MONTEIRO DE SOUZA, relativamente ao presente processo, consoante
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artigo art. 107, inciso IV, 109, III, 110 § 1º, ambos do CPB e art. 66, II da Lei de Execução Penal, já que
transcorridos os prazos previstos no artigo 109 do Código Penal, a contar do trânsito em julgado da
sentença para a acusação, sem que o sentenciado iniciasse o cumprimento da sua pena. DECLARO,
ainda, que permanecem os efeitos secundários da sentença condenatória, tais como o lançamento do
nome do rol dos culpados, uma vez que a causa de extinção ocorreu depois do trânsito em julgado da
sentença condenatória. Oficie-se ao TRE/PA, comunicando-se lhe do teor da sentença de fl. 81, para os
fins do art. 15, III, da Constituição Federal c/c Súmula 09 do TSE. Dê-se ciência ao Ministério Público.
Intimem-se. Façam-se as anotações necessárias. Arquive-se. Senador José Porfírio, 12 de maio de 2021.
Ênio Maia Saraiva. Juiz de Direito¿. Aos 16 (dezesseis) dias do mês de novembro do ano de 2021 (dois
mil e vinte e um). Eu, Elder Sávio Alves Cavalcanti, Diretor de Secretaria de 1ª entrância, subscrevi e
assino em conformidade com o Provimento 006/2009 da Corregedoria de Justiça das Comarcas do
Interior.
O Excelentíssimo dr. Ênio Maia Saraiva, Juiz de Direito da Comarca de Senador José Porfírio, Estado do
Pará, República Federativa do Brasil, no uso das atribuições a mim conferidas por Lei, etc... FAZ SABER,
aos que este lerem ou dele tomarem conhecimento que por este Juízo e expediente da Secretaria da Vara
Única desta Comarca, tramita os autos da Ação de Guarda Judcial com Pedido de Tutela Antecipada sob
o n° 0000564-08.2018.8.14.0058, REQUERIDO: ELINALDO FERREIRA DUARTE, atualmente com
paradeiro incerto e não sabido, do que, como não há como ser encontrada para ser intimado
pessoalmente, expede-se o presente EDITAL com prazo de 20 (vinte) dias, pelo qual INTIMA-SE o
EMBARGANTE; ELINALDO FERREIRA DUARTE, plenamente capaz, para conhecimento do teor da
SENTENÇA JUDICIAL que, na íntegra, diz: ¿SENTENÇA Vistos etc. BERTOLINA CORREA MOURA, por
intermédio do Órgão Ministerial, protocolou ação de guarda em desfavor de ELINALDO FERREIRA
DUARTE, pugnando a guarda definitiva de L. C. D., aduzindo o óbito da genitora e a ausência física do pai
registral. Guarda provisória deferida à fl. 11. Citado por edital (fl. 13), foi designado curador especial ao
réu, que apresentou contestação por negativa geral à fl. 27/30. Estudo social às fls. 35/37. Designada a
audiência de instrução para a presente data, esta restou frustrada por ausência das partes, apesar de
regularmente intimadas ao ato. Razões finais ministeriais pela procedência do pedido. A curadora especial
igualmente se manifestou pela procedência. Sucintamente relatados, DECIDO. Inicialmente, entendo
desnecessária a redesignação da presente audiência, vez que o feito está instruído com estudo social,
sendo dispensável a oitiva da autora e da criança. Pois bem, passa-se ao mérito. O instituto da guarda,
após o advento do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei n. 8.069/90), passou a ser encarado,
precipuamente, como medida preparatória à adoção ou à tutela, como resulta claro da leitura do § 1º do
artigo 33 da mencionada lei. Entretanto, em situações excepcionais, poderá ser deferida a guarda fora
dessas situações, "para atender a situações peculiares ou suprir a falta eventual dos pais ou responsável"
(§ 2º do mesmo artigo), inclusive para efeito de aquisição formal da condição de dependente, também sob
o aspecto previdenciário (§ 3º, idem). Resta demonstrado nos autos o óbito da genitora da criança, bem
como a ausência física do genitor, que foi citado por edital, estando atualmente em lugar incerto e não
sabido. O estudo social foi claro ao destacar a presença esporádica do genitor, embora seja incerto seu
paradeiro. Quanto à relação entre a autora e a criança, tem-se que a conclusão técnica foi de que a infante
está bem inserida no contexto domiciliar e que a guarda à autora atende aos melhores interesses da
criança. À luz do parecer social e da concordância do órgão ministerial, entendo que os interesses da
infante restarão preservados em permanecendo sob os cuidados da autora, que se apresenta como
pessoa apta ao pleno exercício da guarda, resguardando os interesses da criança, que deve sobrelevar
aos demais. ISTO POSTO, com espeque no art. 33, § 2º, do ECA, julgo procedente o pedido e o faço com
resolução do mérito, para deferir a guarda definitiva de LUDYMILA CORREA DUARTE a BERTOLINA
CORREA MOURA, com os efeitos daí decorrentes. Transitada em julgado, tome-se o compromisso e
lavre-se o termo, arquivando-se com as cautelas legais, dando-se baixa no registro. Sem custas, em face
da gratuidade processual. Publique-se. Registre-se. Intimem-se. Arbitro honorários à Curadora Especial
Dra. RUTILÉIA EMILIANO DE FREITAS TOZETTI ¿ OAB/PA nº 25.676-A, no valor de R$ 1.100,00 (mil e
960
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cem reais), em razão da ausência da Defensoria Pública nesta comarca a assumir o referido encargo.
Serve a presente decisão de ofício/mandado/carta precatória, aos fins a que se destina, tudo nos termos
dos Provimentos nº 003/2009 CJCI. Nada mais havendo a tratar, mandou o MM. Juiz encerrar o presente
termo Ênio Maia Saraiva Juiz de Direito. E para que chegue ao conhecimento de todos os interessados e
não possam no futuro alegar ignorância, expediu-se este Edital que será publicado na forma da Lei. Dado
e passado nesta cidade de Senador José Porfírio, Estado do Pará, aos dezesseis dias do mês de
novembro de dois mil e vinte um. Eu, _______ (Camilly Barbosa Sousa), Estagiária da Comarca que digitei
e subscrevi.¿
O Excelentíssimo dr. Ênio Maia Saraiva, Juiz de Direito da Comarca de Senador José Porfírio, Estado do
Pará, República Federativa do Brasil, no uso das atribuições a mim conferidas por Lei, etc... FAZ SABER,
aos que este lerem ou dele tomarem conhecimento que por este Juízo e expediente da Secretaria da Vara
Única desta Comarca, tramita os autos da Ação de Medidas Protetivas sob o n° 0001801-
14.2017.8.14.0058, REQUERIDO: ANTONIO DEODATO, atualmente com paradeiro incerto e não sabido,
do que, como não há como ser encontrada para ser intimado pessoalmente, expede-se o presente
EDITAL com prazo de 20 (vinte) dias, pelo qual INTIMA-SE o REQUERIDO: ANTONIO DEODATO,
plenamente capaz, para conhecimento do teor da SENTENÇA JUDICIAL que, na íntegra, diz:
¿SENTENÇA Trata-se de autos de pedido de Medidas Protetivas de Urgência, encaminhados pelo
Ministério Público Estadual em favor de D. de M. G., vítima de violência doméstica e familiar, onde consta
como agressor ANTONIO DEODATO, todos qualificados nos autos. Foram deferidas Medidas Protetivas
de Urgência em favor da vítima (fls. 08/09). Em seguida, a vítima manifestou-se pela revogação das
medidas, em razão de não mais subsistirem seus motivos (fl. 27). O Ministério Público pugnou pela
extinção do feito com a consequente revogação de tais medidas (fl. 34). Brevemente relatado. Decido. A
Lei nº 11.340, que trata da violência doméstica e familiar contra a mulher, estabeleceu medidas protetivas
em face das vítimas dos delitos previstos, cabendo ao juiz conhecer do pedido e decidir a respeito da
necessidade das medidas protetivas de urgência, que poderão ser deferidas de imediato sem oitiva das
partes ou do Ministério Público. Para tanto, como medida cautelar, basta que se verifiquem os requisitos
do fumus boni iuris e periculum in mora. A medida foi deferida liminarmente, já que, naquele momento,
verificava-se a presença dos requisitos ensejadores, devendo-se, por hora, avaliar a necessidade de sua
conservação, levando em consideração que o fato que deu origem ao presente procedimento, já se
encontrando superado pelo tempo. Entendo que as medidas protetivas possuem caráter satisfativo e
prescindem da existência ou ajuizamento de outra ação, ressalto que, atingindo, de imediato, seu objetivo
e exaurindo-se em seu cumprimento, devem as mesmas serem arquivadas. Nesse sentido já decidiu o
Superior Tribunal de Justiça: DIREITO PROCESSUAL CIVIL. VIOLÊNCIA DOMÉSTICA CONTRA A
MULHER. MEDIDAS PROTETIVAS DA LEI N. 11.340/2006 (LEI MARIA DA PENHA). INCIDÊNCIA NO
ÂMBITO CÍVEL. NATUREZA JURÍDICA. DESNECESSIDADE DE INQUÉRITO POLICIAL, PROCESSO
PENAL OU CIVIL EM CURSO. 1. As medidas protetivas previstas na Lei n. 11.340/2006 , observados os
requisitos específicos para a concessão de cada uma, podem ser pleiteadas de forma autônoma para fins
de cessação ou de acautelamento de violência doméstica contra a mulher, independentemente da
existência, presente ou potencial, de processo-crime ou ação principal contra o suposto agressor. 2. Nessa
hipótese, as medidas de urgência pleiteadas terão natureza de cautelar cível satisfativa, não se exigindo
instrumentalidade a outro processo cível ou criminal, haja vista que não se busca necessariamente
garantir a eficácia prática da tutela principal. O fim das medidas protetivas é proteger direitos
fundamentais, evitando a continuidade da violência e das situações que a favorecem. Não são,
necessariamente, preparatórias de qualquer ação judicial. Não visam processos, mas pessoas (DIAS.
Maria Berenice. A Lei Maria da Penha na Justiça. 3 ed. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2012). 3.
Recurso Especial não provido. (STJ - Resp: 1419421 GO 2013/0355585-8, Relator: Ministro LUIS FELIPE
SALOMÃO, Data de Julgamento: 11/02/2014, T4 - QUARTA TURMA, Data de Publicação: Dje 07/04/2014)
(grifei) Compulsando os autos verifico que a vítima declarou ser dispensável a continuidade das medidas
protetivas de urgência. Entendo, desta forma, que houve expressa desistência. Ante o exposto, homologo
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a desistência e julgo extinto o processo, sem resolução de mérito, com fundamento no artigo 485, inciso
VIII, do Código de Processo Civil e revogo as medidas protetivas de urgência deferida em decisão liminar.
Sem custas processuais. Cientifique-se o Ministério Público. Intimem-se as partes. Caso não as encontre
para intimação, defiro a intimação por edital. De outra forma, havendo mudança de endereço, definitiva ou
temporária, sem prévia comunicação ao juízo, desde já, tenho por válida a intimação (art. 274, parágrafo
único, do CPC). Após, certifique o trânsito em julgado e arquivem-se. Senador José Porfírio-PA, 23 de
setembro de 2021. Ênio Maia Saraiva Juiz de Direito. E para que chegue ao conhecimento de todos os
interessados e não possam no futuro alegar ignorância, expediu-se este Edital que será publicado na
forma da Lei. Dado e passado nesta cidade de Senador José Porfírio, Estado do Pará, aos dezesseis dias
do mês de novembro de dois mil e vinte um. Eu, _______ (Camilly Barbosa Sousa), Estagiária da
Comarca que digitei e subscrevi.¿
E D I T A L DE INTIMAÇÃO DE SENTENÇA
O Excelentíssimo Senhor ÊNIO MAIA SARAIVA, Juiz de Direito Titular da Vara Única da Comarca de
Senador José Porfírio, faz saber ao nacional MARUO SÉRGIO CAMPOS DE ANDRADE, filho de Celita
Santos de Andrade e de Antônio Mendes de Andrade, que por não ter sido possível ser localizado para ser
intimado pessoalmente, expede-se o presente EDITAL com o prazo de 60 (sessenta) dias a fim de tomar
ciência da sentença prolatada por este Juízo em 30/08/2021, nos autos do Termo Circunstanciado de
Ocorrência nº 0000128-11.2021.8.14.0058, a qual, na íntegra, diz: ¿PROCESSO Nº 0800128-
11.2021.8.14.0058. TERMO CIRCUNSTANCIADO (278). POLO ATIVO: Nome: IDMAR RODRIGUES
RIBEIRO. AUTOR DO FATO: MAURO SERGIO CAMPOS DE ANDRADE. POLO PASSIVO: Nome:
ESTADO DO PARA. SENTENÇA. Vistos, etc... Trata-se de TCO autuado em 24.04.1998, encaminhado à
Delegacia de Polícia em meados de dezembro/2000 e reenviado à Justiça local somente em 12.04.2021.
Compulsando os autos, reconheço a prescrição de ofício, conforme parecer ministerial. Explico. Verifico
que há questão prejudicial que impede o seguimento do feito, consistente na extinção da pretensão
punitiva estatal pela ocorrência da prescrição da pena em abstrato, vez que o fato delitivo se deu em
10.04.1998, passando-se mais de 23 anos de sua ocorrência. O(s) crime(s) em apreço, previsto(s) no(s)
arts. 163, III do CP, prescreve(m) em 8 (oito) anos (CP, art. 109, IV). Não incide(m) circunstância(s)
modificadora(s) ou interruptiva(s) do prazo prescricional. Logo, a pretensão punitiva estatal deveria ter sido
exercida no lapso temporal máximo de 8 (oito) anos. Com efeito, em 10.04.2006 houve a perda de
pretensão punitiva, razão pela qual deve ser declarada a prescrição relativamente ao delito imputado ao(s)
autor(es) do fato. Ante o exposto, julgo extinta a punibilidade de MAURO SERGIO CAMPOS DE
ANDRADE pela ocorrência da prescrição da pretensão punitiva relativamente ao(s) delito(s) previsto(s)
no(s) art(s). 163, III do CP detalhado nos termos do processo, com fundamento nos arts. 107, IV e 109, IV
do Código Penal. Dê-se ciência ao Ministério Público. Intime(m)-se o(s) réu(s) por edital, nos termos do
art. 392, VI do CPP. Feitas as necessárias comunicações e transitada em julgado, arquivem-se os autos.
Oficie-se a Corregedoria da Polícia Civil do Estado do Pará, encaminhando-se cópia dos presentes autos,
para que adote providências disciplinares que entender cabíveis à vista da possível irregularidade pela
ausência de movimentação do procedimento junto à Delegacia de Polícia Civil local desde dezembro de
2000. Datado eletronicamente. Assinado por: ENIO MAIA SARAIVA - 30/08/2021. Ênio Maia Saraiva. Juiz
de Direito¿. Aos 23 (vinte e três) dias do mês de novembro do ano de 2021 (dois mil e vinte e um). Eu,
Elder Savio Alves Cavalcanti, Diretor de Secretaria, subscrevi e assino em conformidade com o
Provimento 006/2009 da Corregedoria de Justiça das Comarcas do Interior.
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EDITAL DE INTIMAÇÃO
O Excelentíssimo Senhor Ênio Maia Saraiva, Juiz de Direito Titular da Comarca de Senador José Porfírio,
Estado do Pará, República Federativa do Brasil, no uso das atribuições a mim conferidas por Lei, etc...
FAZ SABER, aos que este lerem ou dele tomarem conhecimento que por este Juízo e expediente da
Secretaria da Vara Única desta Comarca, tramita os autos da Ação de Infração Administrava as Normas
de Proteção à Criança e o Adolescente sob o n° 0001044-83.2018.8.14.0058, movida pelo CONSELHO
TUTELAR DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE em face de MARIA TEREZA TEIXEIRA, atualmente em
lugar ignorado e como não há como ser encontrada para ser INTIMADO pessoalmente, expede-se o
presente EDITAL com prazo de 30 (trinta) dias, pelo qual INTIMA-SE a requerida MARIA TEREZA
TEIXEIRA, a fim de que compareça perante este juízo dia 10 de fevereiro de 2022, às 11h00min,
Conforme DESPACHO JUDICIAL que segue transcrita PROCESSO Nº: 0001044-83.2018.8.14.0058
DESPACHO: 01 ¿ Nos termos do art. 197, do ECA, designo Audiência de Instrução e Julgamento a ser
realizada no dia 10 de fevereiro de 2022, às 11h00min. 02 ¿ Faculto às partes a participação presencial
ou virtual, condicionada, neste último caso, à prévia informação de e-mail para encaminhamento do ¿link¿.
03 ¿ Cientifique-se a todos que se apresentarem pessoalmente ao fórum da obrigatoriedade do uso
correto de máscara de proteção e seguir as orientações dos servidores em evitar aglomerações. 04 ¿
Intimem-se as testemunhas arroladas pela acusação à fl. 25. 05 ¿ Intime-se a requerida, via Edital. 06 ¿
Intime-se o Ministério Público. Cumpra-se. Senador José Porfírio-PA, 23 de novembro de 2021. Ênio Maia
Saraiva Juiz de Direito. Senador José Porfírio ¿PA, 02 de dezembro de 2021. Ênio Maia Saraiva, Juiz de
Direito Titular da Comarca de Senador José Porfírio-PA. E para que chegue ao conhecimento de todos os
interessados e não possam no futuro alegar ignorância, expediu-se este Edital que será publicado na
forma da Lei. Dado e passado nesta cidade de Senador José Porfírio, Estado do Pará, aos dois dias do
mês de dezembro de dois mil e vinte e um.
A excelentíssima Sr. Dr. Ênio Maia Saraiva Juiz de Direito, Juiz de Direito da Comarca de Senador Jose
Porfírio, Estado do Pará, Republica Federativa do Brasil, no uso das atribuições a mim conferidas por lei,
ETC...FAZ SABER, aos que lerem ou dele tomarem conhecimento que por este Juízo e expediente da
Secretaria da Vara Única desta Comarca, tramita os autos da ação de Medidas de Proteção a Criança e o
Adolescente, distribuída e autuada sob n° 0002623.37.2016.8.14.0058, como não há como ser encontrado
para ser Intimado pessoalmente Expende o presente Edital com prazo 20 (vinte) dias, pelo qual Intime-se
a menor: plenamente capaz do inteiro teor RAYLANE DE SOUSA TERTO Sentença Cuida-se de
MEDIDAS DE PROTEÇÃO ajuizada pelo Espaço Provisório de Acolhimento para Criança e Adolescentes
¿ EPACA de Vitória do Xingu, em benefício de RAYLANE DE SOUSA TERTO, nascida em 03.10.2003.
Decisão às fls. 20/21 desacolhendo a menor em situação de risco, contudo, determinado
acompanhamento psicossocial e outras providências a serem feitas nessa Comarca a cada 06 (seis)
meses. Verifico que a então adolescente já possui atualmente 18 (dezoito) anos de idade, conforme
certidão de nascimento à fl. 24. É o relato. Decido. As medidas de proteção, previstas no art. 101 do
Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), são aplicadas para socorrer/atender a criança ou o
adolescente que se encontra em alguma situação de risco. Por situação de risco pode-se entender aquela
que contrarie os direitos assegurados pelo ECA, como por exemplo, o direito à vida, à saúde, à liberdade,
ao respeito, à dignidade, à integridade física e moral, entre outros. Assim, elas objetivam evitar que as
crianças e adolescentes sejam postos em situação de ameaça dos direitos a ele inerentes, ou seja,
aqueles já insertos no próprio dispositivo constitucional da prioridade absoluta, ou a doutrina da proteção
integral, adotada pelo ECA, com base na Constituição Federal. No caso concreto, como a maioridade civil
já foi atingida pela então adolescente RAYLANE DE SOUSA TERTO e o objeto do presente processo
versa sobre a aplicação de medidas protetivas, deve o feito ser declarado extinto, pois incabível a
aplicação de medidas protetivas aos maiores de 18 (dezoito) anos. Segundo o art. 2º, do Estatuto da
Criança e do Adolescente, considera-se criança, a pessoa até doze anos incompletos, e adolescente
aquela entre doze e dezoito anos de idade. O parágrafo único dispõe que apenas em casos expressos em
963
TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021
lei o ECA será aplicável às pessoas entre dezoito e vinte e um anos de idade. Logo, tendo em vista que
RAYLANE DE SOUSA TERTO alcançou a maioridade civil durante o andamento processual e o feito versa
sobre a aplicação de medidas protetivas, houve, portanto, a perda do interesse processual da presente
ação. Aliás, este é o entendimento jurisprudencial: APELAÇ¿O CÍVEL. ACOLHIMENTO INSTITUCIONAL.
MAIORIDADE. PERDA DE OBJETO. Resta prejudicado o recurso de apelação quando a parte se insurge
com a não manutenção do poder familiar em relação à protegida, e esta vem a atingir a maioridade no
curso do feito. 2. Tendo a protegida atingido a maioridade, resta esvaziada a pretensão recursal. Recurso
prejudicado. (Apelação Cível, Nº 70078216033, Sétima Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator:
Sérgio Fernando de Vasconcellos Chaves, Julgado em: 02-08-2018). Portanto, considerando que a jovem
possui dezoito anos de idade, evidente, portanto, a perda do interesse de agir, visto que o ECA, nesses
casos, é aplicável até os dezoito anos de idade incompletos, consoante entendimento dos tribunais pátrios
e a hermenêutica jurídica. DISPOSITIVO. Ante o exposto, julgo EXTINTO O PROCESSO, sem resolução
do mérito, com fundamento no art. 485, VI do Código de Processo Civil, c/c art. 2º, caput, do ECA, em
relação à RAYLANE DE SOUSA TERTO. Dê-se ciência ao Ministério Público. Publique-se. Registre-se.
Intime-se. Após o trânsito em julgado, dê-se baixa e arquive-se. Senador José Porfírio/Pa, 05 de outubro
de 2021. Ênio Maia Saraiva Juiz de Direito. E para que chegue ao conhecimento de todos os interessados
e não possam no futuro alegar ignorância, expediu-se este Edital que será publicado na forma da lei. Dado
e passado nesta cidade de Senador José Porfírio, Estado do Pará, aos três dias do mês de dezembro de
dois mil e vinte um. Eu, (Lucineide do Socorro Sales Pena), Atendente Judiciária, que digitei e subscrevo.
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TJPA - DIÁRIO DA JUSTIÇA - Edição nº 7278/2021 - Terça-feira, 7 de Dezembro de 2021