Desenho de Construcao Civil Cor II Desenho de Interiores
Desenho de Construcao Civil Cor II Desenho de Interiores
Desenho de Construcao Civil Cor II Desenho de Interiores
Vice Governador
Domingos Gomes de Aguiar Filho
Secretária da Educação
Maria Izolda Cela de Arruda Coelho
Secretário Adjunto
Maurício Holanda Maia
Secretário Executivo
Antônio Idilvan de Lima Alencar
Formação do projeto
Para se ter um bom projeto de interiores é preciso planejamento. É necessário unir estética e
funcionalidade, distribuindo os espaços e alinhando as cores, materiais, texturas, acessórios, etc.
No Design de Interiores o Projeto é como se fosse a partitura de uma orquestra sinfônica. Sem ele
não há criação, não há harmonia. Algumas etapas são fundamentais no processo de criação e execução de
um projeto de interiores:
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Elaboração de plantas, elevações, detalhamento de elementos construtivos não estruturais –
paredes, divisórias, forros, pisos (alterações na estrutura construtiva exige a contratação de um Arquiteto
ou Engenheiro), layouts de distribuição, pontos de hidráulica, energia elétrica, iluminação e de
comunicação e design de móveis e definição de paisagismo e outros elementos;
Coordenação de todos os profissionais que vão atuar na execução do projeto, tais como:
engenheiros, eletricistas, marceneiros entre outros, harmonizando o trabalho conforme cronograma
estabelecido;
Fases do projeto:
Distribuição do mobiliário;
Paginação de piso;
Revestimento de parede;
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Iluminação;
Desenho de mobiliário;
Execução do projeto;
Acompanhamento à obra;
Estas etapas ajudam a equilibrar o planejamento, respeitando o estilo do cliente, de acordo com
suas possibilidades e necessidades, aproveitando espaços, combinando acessórios, implicando em
economia tanto em novos espaços quanto em reformas.
Etapas do projeto:
As fases descritas acima estão contidas nas etapas do projeto. São elas:
1. Estudo Preliminar 9 Após o primeiro contato com o cliente, é marcada uma reunião, onde
serão discutidos todos os costumes diários, informações de todos os usuários do espaço, ouvindo idéias e
coletando informações sobre os anseios do cliente. Nesse primeiro encontro são definidos todos os
desejos e necessidades do cliente para que a proposta do projeto se torne uma solução para o ambiente.
É apresentada uma previsão dos investimentos necessários para a execução do mesmo. Essa etapa
é feita quantas vezes forem necessárias, o projeto definitivo só será entregue quando ficar de acordo com
o que o cliente quer.
O Projeto é composto por definições de: Marcenaria, Gesso, Paginação de Piso, entre outros que
podem tornar9se necessários, ainda pode ser definidas algumas outras escolhas como: tecidos,
revestimentos, adequando ao investimento financeiro necessário.
Importante:
Projeto completo: que inclui a execução e acompanhamento da obra, ou somente uma consultoria
para resolução de um problema específico. Isto vale para espaços residenciais e comerciais completos ou
apenas áreas específicas.
http://www.cliquearquitetura.com.br/portal/dicas/view/o9designer9de9interiores/42
Como Arquitetos e Designers Pensam 9 Como Arquitetos e Designers Pensam traz investigações
em metodologia de projeto e enriquece as discussões sobre o papel dos designers e projetistas em áreas
nas quais a forma se traduz em conceitos e idéias. Analisa estilos de pensamento, os problemas em
projetos e apresenta táticas inovadoras que auxiliam no processo de criação. A obra também incorpora e
resume algumas lições que só recentemente foram disponibilizadas sobre como realmente trabalham os
grandes mestres;
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O Design do Designer 9 O design aparece na vida de todo mundo como sinônimo de estilo, bom
gosto, e até mesmo de coisas caras. Mas será que isso é mesmo verdade? O que, afinal de contas é esse tal
de design? Para fazer design tem que ter diploma? Um publicitário pode desenhar uma marca? O que o
marketing tem a ver com isso tudo?;
Design: Gestão, Métodos, Projetos, Processos 9 Na presente obra, que representa o trabalho
conjunto de onze professores/pesquisadores, estão organizados temas sobre Ergonomia e Usabilidade,
Meio Ambiente, Métodos e Processos, Gestão, Ensino e Pesquisa, Tecnologia e Relações Jurídicas
trabalhistas. Por isto, nos sentimos à vontade ao classificá9lo como multidisciplinar e de interesse geral
para todos aqueles que procuram no saber um refúgio para saciar a sua sede de aprendizagem contínua
1. Briefing
Para lembrar:
Portanto Briefing é essencial antes mesmo de qualquer pesquisa, antes de qualquer tipo de
envolvimento ou empenho em cima do problema. É o pontapé inicial da partida. Ninguém ganha jogo
antes do apito inicial do juiz, o gol só vale dentro do tempo regulamentar. Mas alguém pode dizer: “Eu
acho que se ganha a partida antes mesmo do começo, dependendo das estratégias e posturas, o jogo já
pode começar em vantagem, não é verdade?” – e eu digo: é verdade. Portanto faça desta estratégia
preliminar a criação do melhor briefing que puderes.
Como é? O que é belo? O que te chama a atenção? O que você faz? Como é seu dia? Busca de
informações, medidas, espaços, iluminação, visualização do espaço.
3. Dê palavras chaves que descreva o que antes foi briffado, com isso você cria referências para
pesquisa. Chave: leve/ Nakin/ Limpo /De stijil /Art Novue /Colorido/ Formal /Art Deco Pop art.
4. BlueSky: Define para que lado vamos seguir; leve, pequeno espaço, Hightech, artesanato,
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reto, grande, espaço pesado.
7. Analise Cromáticas: verifica quais os sentimentos despertados pela cor: quais cores são
harmônicas. Analise, crie paletas de cores para cada ambiente: Sala, Quarto, Cozinha, Banheiro.
8. Todos os produtos, mesas, cadeiras, sofás, carpetes que Semântica: estão dentro dos conceitos
antes definidos pelo bluesky e pelas palavras chaves: Analise Loja STORE Técnicas Analiticas Bonsiepe
(1984)
Estudo preliminar
Estas informações são base para a verificação da viabilidade de desenvolvimento do projeto, tanto
para a organização como para o cliente.
Nesta etapa é feita a entrevista com o cliente, para que seja possível conhecê9lo e saber seus
gostos, seu estilo de vida, suas necessidades e desejos, pois só assim é possível fazer um projeto
personalizado que fique de acordo com o que ele quer e precisa. Também são conhecidos quais ambientes
serão projetados e todos os elementos arquitetônicos, técnicos e decorativos que virão a compor o projeto.
É preciso conhecer as pessoas que moram na casa, conhecer o perfil de cada uma delas, como vivem o
que gostam de fazer, suas características pessoais, quais ambientes que serão destinados a cada uma delas
para que sejam personalizados de acordo com suas necessidades. Cada ambiente deve ter uma
funcionalidade específica e projetada para tal, portanto os sonhos, desejos e necessidades de cada morador
devem ser cautelosamente analisados.
Após tudo isso é levantado os dados de cada ambiente a ser projetado, como medidas e os projetos
estrutural, hidráulico e elétrico que sejam pertinentes ao projeto de interiores.
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Levantamento do ambiente (Esse desenho pode ser feito a mão livre).
O mesmo serve para ambientes comerciais, não são moradores, mas são pessoas que vivem
naqueles ambientes a maior parte de seu dia, portanto também é preciso analisar com calma cada detalhe
sobre os funcionários e sobre o seu trabalho em si. Levando em consideração que quando se trata de
ambientes comerciais, dependendo da empresa, devem ser seguidas normas técnicas, porém, em questão
de conhecimento do cliente, do projeto e das necessidades, praticamente se levam em conta as mesmas
coisas do projeto residencial.
Assim inicia9se a proposta do projeto com layout de cada ambiente, desenhando em planta todos
os móveis e elementos que foram solicitados no reconhecimento das necessidades do cliente, bem como
sugestões e detalhes propostos pelo profissional. São apresentados os projetos através de plantas baixas,
com layout feito à mão ou computador, sendo possível para o cliente visualizar os ambientes de cima,
analisando todos os espaços e todos os itens existentes no projeto de interiores para que assim sejam
discutidas as possibilidades e saber o que fica e o que sai dessa proposta inicial. Nesta hora é possível
saber se é realmente aquilo que o cliente deseja, pois nesta hora ele consegue visualizar melhor a
proposta. São feitos quantos layouts forem necessários até que seja possível chegar ao resultado esperado.
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Layout do projeto
Visitas ao local;
Registro Fotográfico;
Anteprojeto
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Criação do Anteprojeto
4. Planta de iluminação;
5. Piso;
9. Paginação de ar condicionado;
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Resumindo:
9 Elaboração do anteprojeto;
9 Perspectivas;
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Projeto executivo
Esta etapa consiste na versão final do projeto, a partir do projeto aprovado pelo cliente na etapa
anterior.
Serão elaborados desenhos técnicos contendo todas as informações necessárias para a perfeita
execução do projeto, nos desenhos há a especificação de todos os materiais para estruturas e acabamentos
(madeiras, vidros, mármores ou similares, aços, revestimentos, pinturas, etc.), tudo é detalhado de forma
mais formal e mais complexa para que sejam enviados os dados aos marceneiros contratados, às lojas
para compra de produtos e aos fornecedores responsáveis por cada detalhe do projeto, como gesso,
pinturas, cortinas, etc.
São feitas perspectivas, plantas baixas, cortes e vistas de todos os ambientes e mobiliários todos
com medidas e detalhes.
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Figura: Detalhamento técnico banheiro – Arquiteto Danilo Matoso Macedo
Para cada item é feito um projeto, por exemplo, para a compra e instalação da iluminação, é feito
um projeto luminotécnico, para a execução dos forros e sancas de gesso outro projeto, para o mobiliário
outro e assim sucessivamente. Tudo é projetado separadamente para seu respectivo fornecedor. Também
são feitos memoriais descritivos de cada ambiente onde constam tudo o que se incluem no projeto do
mesmo com orçamentos separados de todos os itens.
Nesta fase não pode haver alterações de projeto, pois tudo já foi definido e aprovado pelo cliente
na fase do ante9projeto, desta forma, tudo o que for feito nesta fase agora é o que será instalado e
comprado pelo cliente. No caso do cliente solicitar alterações antes de comprar ou executar algum
produto, o projeto será cobrado separadamente, não estará incluso nos valores já pagos por ele ao
profissional.
Apresenta o detalhamento necessário para que se possa executar o projeto (piso, forro,
acabamento, mobiliário...) assim como memorial descritivo indicando especificações, tabelas
quantitativas e planilha de orçamento.
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Significado: s.m. Ação ou efeito de detalhar.
Contatar e coordenar todos os profissionais que irão executar alguma das etapas do projeto;
Entrega de obra.
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Cada uma das etapas – Elaborando um projeto e Acompanhamento da execução – é cobrada
separadamente.
Dicas de Contratação
Procure sempre um profissional qualificado para a realização da sua obra, isto é, para a realização
do seu sonho. Um Designer qualificado possui conhecimento e capacidade de entender as suas
necessidades e anseios. É capaz de traduzir os sentimentos, emoções e lembranças de seus clientes em
algo palpável e visual, como é capaz de proporcionar maior funcionalidade e aproveitamento dos espaços
de modo a tornar o dia9a9dia mais agradável;
Conheça os trabalhos produzidos pelo Designer que pretende contratar, pesquise sites, converse
com amigos. Conheça também o profissional pessoalmente, para que você fique seguro de que ele irá
atender às suas necessidades. Vale a pena marcar uma conversa sem compromisso com o Designer, e
contrate somente o profissional que lhe transmitir confiança!;
O designer de interiores é capaz de projetar ambientes conforme o estilo e gosto do seu cliente,
mas nem por isso podemos deixar de pensar que cada profissional tem seu estilo próprio e que
naturalmente e sutilmente tal estilo pode estar presente nos projetos para os seus clientes;
Quando o Designer de Interiores propõem a mudança de uma parede, ou até mesmo quando tal
mudança é solicitada pelo cliente, se faz necessária a contratação de um Arquiteto ou Engenheiro Civil
para avaliar, autorizar, acompanhar e se responsabilizar por esta etapa da obra. O Designer de Interiores
não poderá, de maneira alguma, executar e assumir a responsabilidade de mudanças na estrutura do
imóvel (apenas é possível se a formação curricular incluir cálculos estruturais e matérias correlatas);
Para sua segurança e a do profissional solicite sempre um contrato. É no contrato que os direitos e
deveres de ambas as partes estarão esclarecidas – como quem é o responsável pela escolha dos materiais e
da mão de obra – da mesma forma deverá estar exposto o valor do serviço ou os valores dos serviços
solicitados, a forma que o pagamento será realizado, os prazos para a finalização de cada etapa do projeto
e como se dará a rescisão do contrato quando necessário.
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Detalhamento – escritório de criação
Definição das características às quais deve responder uma instalação, uma construção, um
material, uma confecção, um produto etc.
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Planta Baixa
Cortes e Elevações
Veja:
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Elevação e Corte
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Durante a formulação de um layout de um ambiente, por exemplo, a ergonomia garante excelentes
resultados no que diz respeito a luminotécnica, cor, design de móveis, conforto térmico, ou seja, todos os
fatores a serem considerados num projeto de interiores.
O conforto ambiental considera as condições naturais e/ou artificiais que concorrem para a
segurança, comodidade, bem estar e a própria saúde dos usuários. É proporcionado por meios artificiais
(exaustão, ar9condicionado) e considera condições ergonomicamente adequadas de climatização. Tudo
isso envolve sistemas de iluminação, ventilação natural, exaustão, refrigeração, calefação, sistemas de
proteção acústica e térmica, sempre de acordo com as funções de cada espaço.
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A iluminação é um fator relevante. Ambientes mal iluminados muitas vezes parecem menores,
prejudicam a visão e criam áreas de sombra desconfortáveis. Já ambientes exageradamente iluminados,
também causam desconforto em função da reflexão excessiva. O grande desafio é chegar a um projeto de
iluminação equilibrado.
A seguir, será apresentada de que forma a ergonomia pode ser inserida num sistema de produção
de um projeto, neste caso em design de interiores.
Segundo WISNER (1997), a contribuição ergonômica pode ser classificada em: ergonomia de
concepção, correção e de conscientização.
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A terceira, ergonomia de conscientização, ocorre em função das alterações sofridas pelo ambiente
através de reformas, manutenção, etc. Sua importância é essencial para o correto funcionamento das fases
anteriores.
Estudo de materiais
Após ter feito o briefing, dá para se ter um norte do projeto. As ideias começam a fluir. Porém
estas não podem ficar somente em nossa mente. É chegada a hora de expressá9las de alguma forma para
que seu cliente possa entender o que você criou. Aqui destacamos três realidades: desenho, a maquete e a
maquete eletrônica ou maquete digital ou virtual.
Antes mesmo de vermos estas realidades é importante que você tenha conhecimento dos materiais
que estará propondo no projeto. Algumas vezes o cliente sugere. Por exemplo: “Quero que a bancada do
meu banheiro seja toda em mármore travertino estilo romano”.
Então você já saberá que a bancada precisará ser neste material especificado pelo seu cliente.
Como será o modelo aí já é com você. Contanto que seja em mármore travertino estilo romano.
Não iremos entrar muito neste assunto porque já vimos um pouco atrás. Aqui vai uma dica: fique
sempre antenado com o mercado, pois todos os dias são lançados novos materiais, revestimentos, etc.
Desenho
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O desenho arquitetônico é, em um sentido estrito, uma especialização do desenho técnico
normatizado voltada à execução e a representação de projetos de arquitetura. Em uma perspectiva mais
ampla, porém, o desenho de arquitetura poderia ser encarado como todo o conjunto de registros gráficos
produzidos por arquitetos ou outros profissionais durante ou não o processo de projeto arquitetônico. O
desenho de arquitetura, portanto, manifesta9se como um código para uma linguagem, estabelecida entre o
emissor (o desenhista ou projetista) e o receptor (o leitor do projeto). Desta forma, seu entendimento
envolve um certo nível de treinamento, seja por parte do desenhista ou do leitor do desenho. Por este
motivo, este tipo de desenho costuma ser uma disciplina importante nos primeiros anos das faculdades de
arquitetura.
Normalização
No Brasil, as normas são editadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), sendo
as seguintes as principais:
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Cabe notar, no entanto, que se por um lado recomenda9se a adequação a tais normas quando da
apresentação de desenhos para fins de execução de obras ou em situações oficiais (como quando os
profissionais enviam seus projetos à aprovação em prefeituras), por outro lado admite9se algum nível de
liberdade em relação a elas em outros contextos. Durante o processo de elaboração e evolução do projeto,
por exemplo, normalmente os arquitetos utilizam9se de métodos de desenho próprios apropriados às suas
necessidades momentâneas, os quais eventualmente se afastam das determinações das normas. Esta
liberdade se dá pela necessidade de elaborar desenhos, que exijam uma facilidade de leitura maior por
parte de leigos ou para se adequarem a diferentes publicações, por exemplo:
Traços
Os traços de um desenho normatizado devem ser regulares, legíveis (visíveis) e devem possuir
contraste umas com as outras.
Normalmente ocorre uma hierarquização das linhas, obtida através do diâmetro da pena (ou do
grafite) utilizados para executá9la. Tradicionalmente usam9se quatro espessuras de pena:
Linhas complementares 9 Pena 0,1. Usada basicamente para registrar elementos complementares
do desenho, como linhas de cota, setas, linhas indicativas, linhas de projeção, etc.
Linha fina 9 Pena 0,2 (ou 0,3). Usada para representar os elementos em vista.
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Linha média 9 Pena 0.4 (ou 0,5). Usada para representar os elementos que se
Linha grossa 9 Pena 0.6 (ou 0,7). Usada para representar elementos especiais, como as linhas
indicativas de corte (eventualmente é usada para representar também elementos em corte, como a pena
anterior).
Tipos de traços
Traço interrompido. Representa um elemento de desenho "invisível" (ou seja, que esteja além do
plano de corte).
Traço9ponto. Usado para indicar eixos de simetria ou linhas indicativas de planos de corte.
Tramas
Os elementos que em um desenho projetivo estão sendo cortados aparecem delimitados com um
traço de espessura maior no desenho. Além do traço mais grosso, esses elementos podem estar
preenchidos por um tracejado ou trama. Cada material é representado com uma trama diferente.
Folhas
Normalmente, as folhas mais usadas para o desenho técnico são do tipo sulfite. Anteriormente à
popularização do CAD, normalmente desenvolvia9se os desenhos em papel manteiga ou vegetal de
esquiço (desenhados a grafite) e eles eram arte9finalizados em papel vegetal (desenhados a nanquim ou
tinta da China).
As folhas devem seguir os mesmos padrões do desenho técnico. No Brasil, a ABNT adota o
padrão ISO: usa9se um módulo de 1 m² (um metro quadrado) cujas dimensões seguem uma proporção
equivalente a raiz quadrada de 2 (841 x 1189 mm). Esta é a chamada folha A0 (azero).
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A partir desta, obtém9se múltiplos e submúltiplos (a folha A1 corresponde à metade da A0, assim
como a A2 corresponde a metade do A1.
A4 210 X 297
A3 297 X 420
A2 420 X 594
A1 594 X 841
A0 841 X 1189
A maioria dos escritórios utiliza predominantemente os formatos A1 e A0, devido à escala dos
desenhos e à quantidade de informação. Os formatos menores em geral são destinados a desenhos
ilustrativos, catálogos, etc. Apesar da normatização incentivar o uso das folhas padronizadas, é muito
comum que os desenhistas considerem que o módulo básico seja a folha A4 ao invés da A0. Isto costuma
se dever ao fato de que qualquer folha obtida a partir desde móculo pode ser dobrada e encaixada em uma
pasta neste tamanho, normalmente exigida pelos órgãos públicos de aprovação de projetos.
Importante
Estudo preliminar. O estudo preliminar, que envolve a análise das várias condicionantes do
projeto, normalmente materializa9se em uma série de croquis e esboços que não precisam
necessariamente seguir as regras tradicionais do desenho arquitetônico. É um desenho mais livre,
constituído por um traço sem a rigidez dos desenhos típicos das etapas posteriores.
Projeto executivo ou Projeto de execução. Esta etapa corresponde à confecção dos desenhos que
são encaminhados à obra, sendo, portanto, a mais trabalhada. Devem ser desenhados todos os detalhes do
edifício, com um nível de complexidade adequado à realização da construção. O projeto básico costuma
ser trabalhado em escalas como 1:50 ou 1:100, assim como seu detalhamento é elaborado em escalas
como 1:20, 1:10, 1:5 e eventualmente, 1:1.
Maquete
As maquetes podem ser feitas com uma grande diversidade de materiais, incluindo plásticos,
metais, madeira e um material próprio chamado cartão de maquete. Em diversos lugares há museus com
exposições de maquetes.
Escalas
Existem várias escalas de miniaturas. A escala é dada pela relação entre o objeto real e o objeto
em miniatura. A escala 1/18 significa que a miniatura é 18 vezes menor do que o objeto real. É uma
escala muito utilizada em réplicas de veículos (carros, motos e militaria).
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Maquete da cidade de Xangai, instalada no Museu de Planejamento Urbano.
A maquete9conceito ocupa um andar quase completo do Museu e além dos prédios existentes em
Xangai também tenta antecipar as mudanças na cidade até 2020.
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Geralmente as maquetes são feitas para mostrar um projeto arquitetônico, mas é possível utilizá9
las em projetos de interiores também.
A Maquete Eletrônica 3D, é a computação gráfica aplicada a área da construção civil e levada ao
extremo do realismo. A maquete 3D permite uma perfeita visualização de projetos arquitetônicos e de
interiores por clientes e financiadores a um custo acessível, sendo assim uma ótima ferramenta para
profissionais da área. Projetos de arquitetura, de interiores e empreendimentos imobiliários são simulados
em 3D com qualidade fotorealística o que é conseguido através da computação gráfica.
Maquete Eletrônica
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Maquete Eletrônica
Obs.: O texto abaixo se refere à arquitetura, porém podemos tê9lo como texto de apoio para nosso
conhecimento. Uma vez que, arquitetura e design de interiores caminham sempre juntos.
ACRIATIVIDADENOPROCESSODEDESENVOLVIMENTODE
PROJETOSDEARQUITETURA
1. INTRODUÇÃO
Considerando o contexto geral da arquitetura vem9me uma imagem que inicialmente abarca dois
aspectos essenciais, que até poderiam, de um determinado ponto de vista, serem interpretados opostos
entre si. Com o intuito de clarear o processo de desenvolvimento da criatividade de projetos
arquitetônicos, proponho o aprofundamento quanto a seus conteúdos e também ampliação do debate sobre
este tema. Podemos perceber na atualidade uma tendência, sua origem na discussão no meio
arquitetônico, data de décadas atrás, que se preocupa com o discernimento analítico do processo projetual.
Em resumo poderíamos caracterizar esta tendência com o ‘fazer da arte uma ciência’. De fato
constatamos que grande parcela da atual produção arquitetônica de uma ou de outra forma aniquilou a
arte de seu contexto. A arquitetura sempre foi considerada a mãe das artes, sem ela as outras não teriam o
espaço necessário para suas manifestações, tal como o museu para as artes plásticas, o teatro para as artes
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cênicas, musica, ópera e dança e assim por diante. Em contrapartida podemos usufruir também de
propostas em que a questão artística e todo o seu meio processual é abordada como fundamento para o
desenvolvimento de qualidades correspondentes a ela. Busca9se esclarecer formas e critérios para o
desenvolvimento de qualidades e capacidades profissionais que levam à criação no âmbito da arquitetura.
No âmbito da ciência psicológica podemos também tomar conhecimento que o ser humano está duplo 9 e
diretamente envolvido na questão em discussão. São Homens que projetam, são Homens os usuários e
futuros usuários de todo e qualquer espaço construído. Sendo assim, com a intenção de nortear a
conscientização da temática do título deste ensaio, poderíamos certamente resumir a complexidade do
processo criativo em três itens básicos:
A ciência
A arte
O Homem
Na arte por sua vez, precisamos despertar outras qualidades para termos acesso à questão da
criatividade dentro de seu contexto. O Homem é por definição um ser criativo. Ele é criativo também nas
realizações de suas ações. Ele não somente se expressa através da criatividade nas mais diversas áreas
artísticas, mas também necessita do contexto artístico para o seu desenvolvimento pleno e condizente com
sua natureza intrínseca. Confrontamo9nos aqui com a pergunta: Como podemos desenvolver sensibilidade
artística e como podemos nos inserir no processo de criação das artes? Em se tratando do
desenvolvimento de projetos arquitetônicos, qual seria o papel da capacidade criativa do profissional, qual
seria o papel da arte? A arte tem uma dupla função: ela permeia o processo criativo, mas também é meio
de expressão, portanto uma linguagem anímica entre obra e observador.
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O desenvolvimento de um projeto de arquitetura exige, por parte dos profissionais da área, no
mínimo de um conhecimento básico da imagem do Homem. Só assim será possível atender às suas
necessidades de bem estar e de desenvolvimento. É esta, a responsabilidade dos profissionais ligados à
construção civil frente aos usuários de suas obras. De outro lado também é necessário clarear objetivos
individuais dos profissionais da área para com a arquitetura e traçar caminhos que possibilitem inclusive
as habilidades artísticas. Para o seu pleno desenvolvimento a arquitetura apela, por parte do arquiteto, à
manifestação conjunta da arte e da ciência. J. W. Goethe expõe em um pensamento um possível elo entre
a ciência e a arte: ‘Ao observarmos intensamente, de forma contemplativa um objeto da natureza dentro
de seu contexto de vida, emerge da alma uma vontade irresistível de se expressar na arte’. Com a intenção
de resgatar, de um lado, e onde presente, fortalecer a manifestação da arte na arquitetura, apresento em
seguir proposta de processo de desenvolvimento de projeto que contempla a conscientização do processo
criativo. Para sua melhor compreensão este processo pode ser pensado em três etapas, a formação de
imagem, o desenvolvimento do projeto e a execução da obra. Quanto à última, ela não será abordada no
contexto deste ensaio. É pertinente observar que não existe arquitetura no papel, na tela do computador. A
arquitetura é obra concluída, executada. Se na execução da obra as decisões a serem tomadas
considerarem o espírito da proposta projetual, evidentemente se agregará à qualidade final do contexto
geral da referida obra arquitetônica.
2. FORMAÇÃO DE IMAGEM
Desenvolvido pelo ORTA9Atelier em Delft, Holanda, este processo antecede o projeto e tem como
intuito ampliar a gama de subsídios e informações necessários para a criação no contexto arquitetônico. A
análise e observação de dados (ciência), mas também a contemplação de fenômenos (arte) configura e
permeia esta fase do processo. A ideia da formação de imagem se baseia também na preocupação de um
envolvimento mais amplo e profundo por parte dos futuros usuários da obra no processo projetual
arquitetônico. Não construímos para nós arquitetos, tão pouco para os críticos da arte e sim para pessoas
que buscam no espaço construído, qualidades adicionais e de apoio ao desenvolvimento individual e
social. É essencial a análise de questões práticas e de funcionalidade no sentido de atender às
necessidades materiais dos usuários. Mas a arquitetura também pode abarcar qualidades estas, que se
referem ao ambiente propriamente dito, ao volume em relação ao seu entorno, sempre em relação, e
estabelecendo sua identificação quanto à função e seu contexto. Visando possibilitar o levantamento
destes conteúdos que fomentam o projeto arquitetônico propõem9se reuniões de trabalho entre os
projetistas e futuros usuários abordando os seguintes temas:
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Qualidade de ambiente: É necessária e pertinente a participação ativa dos envolvidos no processo.
Este tema consiste em caracterizar e descrever o ambiente interno evitando9se a contribuição de propostas
de soluções arquitetônicas ou representações empáticas quanto às definições de espaços. É oportuna a
comparação de ambientes para melhor caracterizá9los. Norteia a evolução do tema, a busca de imagens
que caracterizam qualidades de ambientes que apóiem o bem estar individual e social.
Assim também fazem parte deste escopo as qualidades que estimulam a atividade a ser exercida
no futuro espaço. O engajamento individual no processo é essencial mesmo existindo as vezes, por parte
de alguns participantes certa inibição quanto às suas expressões de vivências e experiências. O objetivo
básico consiste em caracterizar conjuntamente, sempre com orientação do arquiteto, os ambientes ainda
não materializados.
Quantificação e prática de uso: Este tema se assemelha às reuniões iniciais que todos nós
conhecemos, entre cliente e arquiteto. A análise visa a medida e tamanho de áreas, partindo do uso
(praticidade) dos futuros espaços. São abordadas as questões que tratam das atividades do ponto de vista
prático e o sequenciamento das mesmas classificando e ordenando os fatores mensuráveis do contexto da
futura obra. Em situações complexas esta fase pode ser estendida e complementada com a participação de
outros profissionais da área para discernimento de processos e fatores paralelos. O objetivo deste
levantamento é o programa de áreas, o organograma e similares que delimitam e definem as questões
práticas de uso, visando sempre otimização de desempenho da futura obra.
Biografia da moradia Toda pessoa adulta provida de maturidade civil teve inúmeras experiências
com o espaço construído, a arquitetura e no contexto maior, o urbanismo.
Fenomenologia do entorno Cada lugar, cada sítio tem sua característica intrínseca. A região
montanhosa da Serra, o cerrado paulista, a Mata Atlântica o litoral, mas também regiões urbanas, o
contexto de uma rua, enfim qualquer que seja o terreno, sua configuração, as relações existentes em seu
entorno e a qualidade própria do lugar, podem incrementar a imagem que fundamenta o partido do
projeto. Também na abordagem deste tema, é de suma importância a colocação e contribuição individual
dos participantes, tomando sempre como base à contemplação de fenômenos existentes no terreno e seu
arredor. Por que a escolha deste local? Qual é a ligação que tenho com o local? Na atitude artística damos
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condições diferenciadas de diálogo, de relacionamento. Partindo das características do terreno questionar
um eventual gesto, os movimentos e as proporções do futuro volume a ser inserido no terreno.
Assim encerra9se, em termos gerais, o processo de formação de imagem. Alem das conversas de
forma contributiva (sem a intenção de medir a força de convencimento de idéias), métodos não verbais,
como desenhos ou até trabalhos em argila enriquecem a formação de imagem. Até este momento ainda
não existe delimitação definitiva de soluções arquitetônicas. Tem9se como resultado de pesquisa
relatórios de dimensionamento de áreas, organogramas e as delimitações e restrições referentes ao terreno.
Paralelamente percebe9se como fruto do processo uma imagem conjunta que caracteriza em qualidades,
ambientes e volume, que futuramente pode ser materializada em arquitetura. Este processo também
propiciou condições para que o arquiteto possa adentrar na situação particular do usuário, e este por sua
vez compartilhar com o processo criativo da arquitetura.
3. DESENVOLVIMENTO DE PROJETO
Uma vez encerrada a fase de formação de imagem dá9se inicio ao desenvolvimento do projeto de
arquitetura. Durante este processo existe uma troca constante de informações, idéias e definições
arquitetônicas, sempre respaldadas no conteúdo intrínseco resultante da formação de imagem. A
participação do usuário é ativa também nesta fase. Em termos gerais caracteriza9se um desvendar da
arquitetura em etapas. O inicio é o que denominamos de partido, ou ideia básica do projeto. A sequencia
de etapas depende do projeto. Existe porem sempre alternâncias entre estudos no papel, em forma de
croquis e estudos tridimensionais, em argila, plastilina ou cartolina. Paulatinamente o projeto emerge da
substancia adquirida no processo de formação de imagem. De etapa para etapa os contornos do volume
definemse, a planta baixa adquire forma e gesto, atendendo às exigências práticas e qualitativas dos
ambientes propostos. As fotos abaixo esclarecem o contexto deste trabalho até a fase do anteprojeto.
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4. CONCLUSÃO
Para desvendar o mistério da criação da arte pelo homem é necessário deslocarmos a nossa
observação e abordagem de conhecimento, predominantemente racional e analítico. Nas palavras de
Antoine de Saint9Exupéri em seu livro O Pequeno Príncipe: ‘Só se vê bem com o coração, o essencial é
invisível aos olhos‘. O que de fato está sendo solicitado para adquirirmos a compreensão mais ampla e
profunda do tema deste ensaio é uma real vivencia da arte e concomitantemente o desenvolvimento de
sensibilidade e capacitação artística. Isto somente é possível no fazer, na ação que resulta em arte. A
ciência leva o homem ao conhecimento. Porem, ela tem suas limitações. Neste contexto J. W. Goethe
escreve: ‘A arte é conhecimento, pois todos as outras formas de conhecimento, tomadas em conjunto, não
constituem um conhecimento completo do mundo, arte, 9criatividade9 deve ser adicionada ao que é
conhecido abstratamente (ciência) se quisermos atingir um conhecimento universal’.
Na atividade artística percebemos que não somente os sentidos e o pensar são ferramentas para
adquirir conhecimento, mas que também as mãos, que de fato criam, são permeadas de sabedoria, de
inteligência, qual necessária para todo processo criativo. A semente de um vegetal condensa dentro de um
espaço minúsculo, forma e beleza, que pode ser desvendada depositando9a na terra. A idéia contida na
semente se manifesta ao ser plantada. A força expressa no crescimento e desenvolvimento desta planta se
assemelha às forças necessárias na criação da arte, no desvendar de uma idéia em forma, organização e
estruturação. V. Setzer em seu ensaio, O Computador como Instrumento de Anti9Arte, declara: ‘A ciência
é idéia tornada conceito, a arte é idéia tornada objeto. Ambas têm a mesma origem, a primeira é
assimilada pelo pensamento, a segunda vivenciada pelos sentidos’. A arquitetura ora precisa da
abordagem cientifica, ora da artística para que ela possa manifestar9se em sua plena magnitude.
DESENVOLVIMENTO
Avaliação
Antes mesmo de fazer a primeira apresentação do projeto ao cliente se faz necessário fazer uma
breve avaliação para conferir se o projeto está de fato como foi pensado e planejado. É importante
perceber se as necessidades do cliente foram atendidas, bem como seus gostos, se o que foi projetado está
dentro daquilo o que acertado em termo de valores pago ao profissional. Ou seja, se este está fazendo algo
o mais do que lhe foi pago.
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Obs.: Fazer o que o cliente NÃO pede pode ser uma “faca de dois gumes”. Ou o profissional vai
ganhá9lo de vez (no sentido do cliente nunca mais soltar este profissional e contratá9lo sempre que
precisar), ou o cliente sempre vai pedir mais do que ele está pagando. Cuidado!
Ele (o cliente) pode achar que porque o profissional fez algo por ele uma vez, este tem a obrigação
de fazer sempre além daquilo o que foi acertado. Em outras palavras: é bom não sair do escopo do
projeto.
Obs.: Caro professor, faça um estudo de caso, em sala de aula, de projetos existentes. Faça
avaliações de plantas onde você possa identificar falhas no projeto e tirar possíveis dúvidas de seus
alunos. Nesta aula seria bem interessante se você colhesse material na internet e com o uso de um data
show fizesse uma explanação de casos verídicos. Um material muito bom de fazer isso são as plantas
baixas de empreendimentos existentes. É bom também que os alunos façam essa pesquisa antes desta aula
e eles mesmos tragam material para uma discussão em sala de aula.
Modificação do projeto
Após ter concluído a primeira fase do projeto (Estudo Preliminar), é hora de passar para a segunda
fase: anteprojeto. É nessa fase que todas as alterações têm quer ser feitas (como vimos anteriormente no
assunto: Anteprojeto). Uma vez apresentado o projeto para o cliente este tem direito de fazer suas
mudanças (obedecendo ao escopo do projeto, é claro!), ainda nesta fase.
Se o projeto sofreu muitas alterações, é interessante que o profissional volte ao início (briefing), e
verifique se está caminhando conforme a análise.
Mas não significa que sempre é o profissional que está errado. Há casos onde o cliente realmente é
muito indeciso e pode acorrer que, ao ser apresentado o projeto, ele sempre faça mudanças.
Este cliente irá precisar de um pouco mais de cuidado, pois ele se deixa facilmente levar pela
opinião dos outros e do que ele vê. Por exemplo: Se uma determinada cliente entra à casa de uma amiga e
gosta de sua cristaleira, ela irá pedir ao profissional que a faça igual. Mas se esta mesma cliente, dias
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depois, ver em algum filme outro modelo de cristaleira, com certeza irá pedir para que o profissional a
faça igual.
Será preciso certo “jogo de cintura” para dar um basta na situação. E é fundamental que o
profissional saiba dar esse basta, pois este não o fizer o projeto jamais será concluído.
É importante saber que é o profissional quem dá os limites durante todo o processo do projeto.
Desde o início ao seu término.
As modificações são processos que quase sempre acontecem nos projetos. Porém, há casos onde o
cliente quer exatamente do jeito que foi apresentado, sem que seja feita alguma alteração.
http://pt.scribd.com/doc/62182805/Apostila9Projeto9de9Interiores9i
FINALIZAÇÃO
Projeto definitivo: é o projeto de interiores e/ou arquitetônico aprovado pelo cliente. Entrega de
maquetes eletrônicas e lista quantitativa de produtos e materiais necessários para a execução da obra.
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O projeto definitivo não necessariamente precisa ser entregue em maquete eletrônica. Há
profissionais que preferem entregar tudo (plantas baixas, vistas, cortes, perspectivas, etc.), em desenhos.
Em outras palavras é o projeto executivo, como vimos anteriormente. Aqui não há mais mudanças
e o que foi decidido e firmado com o cliente não pode ser mais alterado.
O projeto definitivo só será entregue quando ficar de acordo com o que o cliente quer. Por isso,
durante a fase do anteprojeto, é fundamental fazer todas as alterações necessárias.
Antes da entrega, confira o projeto por completo. Veja se atendeu as expectativas do cliente, se
foram corrigidas as alterações, enfim, faça um checklist.
Representação bidimensional
É a qualidade de um personagem de ficção definido por uma característica, que não muda com o
tempo, também conhecido como personagem plano. Opõe9se ao personagem esférico. Uma coisa
bidimensional (ou 2D) só tem duas dimensões:largura e altura.
Desde que o ser humano começou a desenhar, procurou representar na superfície a realidade que
ele via no espaço. Na pré9história, os homens primitivos representaram objetos e animais do seu entorno,
porém, em vista da dificuldade de expressar as figuras tridimensionais que viam, traçavam os contornos
das imagens reais de maneira canhestra e chapada.
37
Releitura da representação rupestre na arte de Joan Miró ) Paesaggio catalano (Il
cacciatore), 1923)24.
Representação bidimensional
É o conjunto de desenhos que o profissional de design de interiores, arquiteto, engenheiro civil faz
para mostrar o projeto por completo e detalhes. Esses desenhos ou imagens computadorizadas não contêm
volumes, profundidades.
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39
É o caso das vistas:
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41
...dos cortes:
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ERGONOMIA E ANTROPOMETRIA
Curiosidade:
O médico italiano Bernardino Ramazzini (163391714) foi o primeiro a escrever sobre doenças e
lesões relacionadas ao trabalho, em sua publicação de 1700 "De Morbis Artificum" (Doenças
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ocupacionais). Ramazzini foi discriminado por seus colegas médicos por visitar os locais de trabalho de
seus pacientes a fim de identificar as causas de seus problemas. O termo ergonomia, derivado das
palavras gregas ergon (trabalho) e nomos (lei natural) entraram para o léxico moderno quando Wojciech
Jastrzębowski o usou em um artigo em 1857.
A ergonomia baseia9se em muitas disciplinas em seu estudo dos seres humanos e seus ambientes,
incluindo antropometria, biomecânica, engenharia, fisiologia e psicologia.
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A Associação Internacional de Ergonomia divide a ergonomia em três domínios de especialização.
São eles:
Ergonomia Física: que lida com as respostas do corpo humano à carga física e psicológica.
Tópicos relevantes incluem manipulação de materiais, arranjo físico de estações de trabalho, demandas do
trabalho e fatores tais como repetição, vibração, força e postura estática, relacionada com lesões músculo9
esqueléticas. (veja lesão por esforço repetitivo).
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Ergonomia Organizacional: ou macroergonomia, relacionada com a otimização dos sistemas
socio9técnicos, incluindo sua estrutura organizacional, políticas e processos.
“A Ergonomia pode ser aplicada em vários sectores de atividade (Ergonomia Industrial, hospitalar,
escolar, transportes, sistemas informatizados, etc.). Em todos eles é possível existirem intervenções
ergonômicas para melhorar significativamente a eficiência, produtividade, segurança e saúde nos postos
de trabalho. A Ergonomia atua em todas as frentes de qualquer situação de trabalho ou lazer, desde os
estresses físicos nas articulações,
músculos, nervos, tendões, ossos, etc., até aos fatores ambientais que possam afetar a audição,
visão, conforto e principalmente a saúde.
Na arquitetura da informação, de modo a que a interpretação e uso de guias, sinais, e ecrãs seja
mais fácil e sem ocorrência de erros.
Na criação de ações de formação para que todos os aspectos do trabalho sejam compreendidos
pelos trabalhadores.
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No desenho de equipamento militar e espacial – casos extremos de resistência do corpo humano.
Nos países em desenvolvimento, a aceitação e eficiência do uso de tecnologia básica pode ser
melhorado significativamente.”
Objetivos:
Adaptar o trabalho às capacidades e possibilidades dos seres humanos. Todos os elementos são
projetados de trabalhos ergonômicos, tendo em conta quem irá utilizá9los. O mesmo deve acontecer coma
a organização da empresa: é preciso projetá9lo de acordo com as características e necessidades dos
indivíduos dentro delas;
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Contribuir para a evolução de situações de trabalho, não só do ponto de vista do material, mas
também em aspectos, com a máxima satisfação, conforto e eficiência;
Tendências:
Conforto;
Segurança;
Eficiência.
Aplicações:
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projeto centrado no usuário, também conhecido como abordagem de sistemas, ou ciclo de vida da
engenharia de usabilidade ajuda a melhorar o ajuste entre usuário e sistema.
O objetivo da ergonomia é investigar aspectos do trabalho que possam causar desconforto aos
trabalhadores e propor modificações nas condições de trabalho para torná9las confortáveis e saudáveis.
Ela proporciona maiores informações sobre as condições de trabalho, suas possíveis adequações, e
consequente melhoria no desempenho do trabalhador em suas atividades. Sendo uma ciência que estuda a
relação trabalho/homem, ela possui subáreas de atuação, tais como, Análise Ergonômica do Trabalho
(AET) que visa não somente categorizar as atividades dos trabalhadores, como também estabelecer a
narração dessas atividades, permitindo, modificar o trabalho ao modificar a tarefa, buscando a adaptação
do trabalho ao homem. A AET compreende as seguintes etapas: a Análise Ergonômica da Demanda, a
Análise Ergonômica da Tarefa, a Análise Ergonômica das Atividades, o Diagnóstico Ergonômico da
Situação de Trabalho e o Caderno de Encargos de Recomendações Ergonômicas (CERE). Cada etapa tem
um objetivo, a saber: a Análise Ergonômica da Demanda define os pontos mais críticos do ambiente de
trabalho; a Análise Ergonômica da Tarefa verifica as condições técnicas, ambientais e organizacionais do
ambiente de trabalho como a adequação do maquinário, iluminação e ritmo de trabalho, respectivamente;
a Análise Ergonômica das Atividades busca identificar o comportamento do trabalhador na realização do
ofício, observando posturas e gestos; o Diagnóstico Ergonômico da Situação de Trabalho, que visa
estabelecer um diagnóstico dos principais problemas existentes nos postos de trabalho que devem sofrer
mudanças e, por fim; o Caderno de Encargos de Recomendações Ergonômicas (CERE), onde são
definidas as recomendações necessárias para uma melhoria das condições de trabalho e um aumento da
produtividade.
O trabalhador será mais produtivo se estiver satisfeito e motivado no trabalho, grande parte dessa
satisfação e motivação depende das condições de trabalho em que ele desenvolve suas atividades. A
forma como ele participa na busca e solução dos problemas, também interfere, pois existe uma relação
direta entre produtividade, satisfação e motivação. A postura adequada é um dos principais fatores a ser
considerado para que a relação, acima citada, seja harmoniosa. Desse modo as atividades devem ser
realizadas sem sobrecarga nos segmentos corporais e com menor gasto energético durante o trabalho.
Vimos acima a ergonomia no trabalho, mas é possível e devem ser usados os princípios
ergonômicos nos projetos em residências, áreas de lazer, etc. Isoladamente não existe mobiliário ou
artefato por si só “ergonômico”. A adequação depende da interação entre os diversos componentes do
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trabalho realizado e as características dos usuários, em especial suas medidas corporais. Entre esses
componentes estão: as atividades desenvolvidas, o trabalhador, os equipamentos e o ambiente. Para a
ergonomia, é indispensável verificar inicialmente o que é feito, quem faz o que, onde, como e quanto de
trabalho é realizado para especificar alguma medida preventiva ou corretiva. Há que se considerar tanto as
atividades rotineiras como as de menor frequência, como alcançar documentos, atender telefone, levantar
para realizar outras tarefas.
Em residência com espaços bem resolvidos, os móveis são bem distribuídos, circula9se com
liberdade e se trabalha com conforto. Não adianta ter uma sala de jantar linda, com mesas e cadeiras para
oito pessoas, se quando alguém sentado for se servir, as pessoas ao lado precisarem levantar.
Ter móveis muito grandes, desproporcionais, em um espaço pequeno, pode acentuar a idéia de
aperto. Pode tornar a sensação de que o lugar é ainda menor. Móveis proporcionais dão ideia de
ambientes, organização.
Para corredores compridos, não deixar passagem menor do que 80cm. Quando o espaço é
pequeno, tente colocar peças baixas porque, assim, elas não ocupam muito volume no ambiente e não
carregam muito;
Para as cadeiras de trabalho, deixar no mínimo 75cm (para permitir que você afaste a cadeira para
se sentar ou se levantar). Quando houver circulação eventual de uma pessoa atrás da sua cadeira, deixar
pelo menos 90cm.
Preste atenção na hora de escolher as cadeiras com braço: elas precisam ser mais afastadas do
tampo da mesa para permitirem que você sente e levante; Ainda sobre os braços… Não deixe de conferir
se a altura é menor do que o vão abaixo do tampo.
Na mesa de jantar, o tampo deve dividir espaços de pelo menos 62cm de largura para cada um. As
regras do espaço atrás do tampo, para levantar e sentar confortavelmente, são as mesmas das mesas de
trabalho;
Assentos confortáveis para sala de TV precisam ter profundidade livre de pelo menos 60 cm.
Cuidado com os encostos ou almofadas que te levam muito pra frente. Você corre o risco de ter que
assistir TV sentado retinho;
Luminárias pendentes nunca devem atrapalhar a linha de visão de quem está à mesa.
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Precisam ficar acima da altura dos olhos;
Numa estante, as prateleiras mais altas devem ter no máximo 1.80m. Se forem mais altas que isso,
há necessidade de utilizar escada;
Espaço de circulação em volta da mesa de centro numa sala de estar deve ter no mínimo 55 cm.
Quanto mais baixa a mesa, maior o espaço vai parecer.
Para que a cozinha tenha as circulações adequadas para a realização de um bom trabalho, seguem
algumas medidas que podem ser utilizadas como padrão:
Distância quando existem armários dos dois lados: 120 cm. Fonte: Portal Clique
Arquitetura.
Altura do tampo: 85 a 93 cm em média. No site da TokStok é possível encontrar uma tabela que
orienta a altura da bancada de acordo com a altura do usuário, evitando que fique arcado enquanto
trabalha gerando dores nas costas:
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1,50 9 1,60 78 9 90
1,60 9 1,70 83 9 95
Tokstok.
Altura bancada de lanches: entre 1,05 e 1,10m (Saiba tudo sobre: Bancadas de Cozinha);
Módulos superiores: em média devem estar a 60 cm acima da bancada, na altura dos olhos,
facilitando ver o que há dentro do armário (aproximadamente 1,50m do piso 9 esta medida pode variar em
função do projeto e da altura dos moradores).
Colocar apenas tampo (e não armários) embaixo da pia, fogão e bancada de trabalho;
Tampo: deverá ter no máximo 85 cm de altura e altura livre inferior de no mínimo 73cm (NBR
9050/2004);
Ruídos, clima
Ruído
O ruído é qualquer som que traz uma sensação auditiva desagradável e perturbadora. O ruído é das
formas de poluição mais evidentes no meio industrial e no ambiente em geral, e pode afetar o homem nos
planos físico, psicológico e social, podendo:
• Perturbar a comunicação;
• Provocar irritação;
• Provocar fadiga.
Tipos de ruídos:
: não está perto da fonte sonora, mas está próximo do obstáculo refletor.
Ex: Eco
O ser humano consegue distinguir sons na faixa de frequência que se estende de 20 Hza 20.000
Hz.
Classificação do ruído
Contínuo9 Ruídos que, durante um período de observação, não menor que 15 minutos, tem
variação de 3 dB.
•Intermitente9 Ruídos que apresentam picos maiores de 3 dB, com intervalos entre os picos de, até,
1 segundo.
Importante:
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Efeitos do Ruído no Homem
O ruído afeta o homem a nível físico, psíquico e mesmo social. De uma forma direta pode dar
origem a:
• Incômodo;
• Redução do rendimento.
O risco de perda auditiva aumenta com o nível sonoro e com o tempo de exposição, mas depende
também das características do SOM.
Se o ruído não for muito intenso e o período de exposição demasiado elevado, a capacidade
auditiva é recuperada após um período de repouso em ambiente calmo.
Importante:
Os altos níveis de ruído urbano têm se transformado, nas últimas décadas, em uma das formas de
poluição que mais tem preocupado os urbanistas e arquitetos. Os valores registrados acusam níveis de
desconforto tão altos que a poluição sonora urbana passou a ser considerada como a forma de poluição
que atinge o maior número de pessoas. Assim, desde o congresso mundial sobre poluição sonora em
1989, na Suécia, o assunto passou a ser considerado como questão se saúde pública. Entretanto, a
preocupação com os níveis de ruído ambiental já existia desde 1981 pois, no Congresso Mundial de
Acústica, na Austrália, as cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro passaram a ser consideradas as de
maiores níveis de ruído do mundo. Nascida de médias brasileiras, onde a qual idade de vida ainda é
preservada, o ruído já tem apresentado níveis preocupantes, fazendo com que várias delas possuam leis
que disciplinem a emissão de sons urbanos. Numa visão mai s ampla, o silêncio não deve ser encarado
apenas como um fator determinante no conforto ambiental, mas deve ser visto como um direito do
cidadão. O bem estar da população não deve tratado apenas com projetos de isolamento acústico
tecnicamente perfeito, mas, além disso, exige uma visão crítica de todo o ambiente que vai receber a nova
edificação. É necessária uma discussão a nível urbanístico. Outro conceito importante a ser discutido se
refere as comunidades já assentadas ameaçadas pela poluição sonora de novas obras públicas. A
transformação de uma tranqüila rua em avenida, a construção de um aeroporto ou de uma autoestrada, ou
uma via elevada, pode levar o ruído a níveis insuportáveis.
Clima
O clima é um fator que muito devemos considerar, pois trabalhar conforto ambiental também
significa falar de clima.
Ao projetar uma sala de TV bem aconchegante, por exemplo, é necessário está atento, mais uma
vez, a necessidade do cliente e a seu poder aquisitivo. Porque necessidades? Porque se a sala dele for
quente você precisará estudar a possibilidade de no mínimo, colocar um ar condicionado ou fazer uma
parede com lã de vidro. Por outro lado, se ele não tiver um bom poder aquisitivo, a possibilidade de
colocar um ar condicionado já não daria certo. Por isso, é bom ter essa atenção.
O melhor isolante térmico é o vácuo, mas devido à grande dificuldade para obter9se e manter
condições de vácuo, é empregado em muito poucas ocasiões, limitadas em escala. Na prática se utiliza ar,
que graças a sua baixa condutividade térmica e um baixo coeficiente de absorção da radiação, constitui
um elemento muito resistente à passagem de calor.
Entretanto, o fenômeno de convecção que se origina nas câmaras de ar aumenta sensivelmente sua
capacidade de transferência térmica. Além disso o ar deve estar seco, sem umidade, o que é difícil de
conseguir nas câmaras de ar.
Por estas razões são utilizados como isolamento térmico materiais porosos ou fibrosos, capazes de
imobilizar o ar seco e confiná9lo no interior de células mais ou menos estanques.
Ainda que na maioria dos casos o gás enclausurado seja ar comum, em isolantes de células
fechadas (formados por bolhas não comunicantes entre si, como no caso do poliuretano projetado), o gás
utilizado como agente espumante é o que fica finalmente enclausurado.
Também é possível utilizar outras combinações de gases distintas, mas seu emprego é muito
pouco extenso.
Há vários tipos de materiais sólidos que podem ser bons isolantes, isso depende da utilidade dada,
a temperatura de trabalho, ao local de instalação entre outros. Podem9se utilizar como isolantes térmicos:
lã de rocha, fibra de vidro, hidrossilicato de cálcio, manta de fibra cerâmica, perlita expandida, vidro
celular, poliestireno expandido, poliestireno extrudado, espuma de poliuretano, aglomerados de cortiça,
etc.
Deve9se observar sempre que não existe isolamento térmico perfeito, ou, em outras palavras, todo
material ou estrutura constituída por alguma composição de materiais sempre conduz algum calor.
A lã de vidro, por suas propriedades físicas e químicas, é um dos mais tradicionais isolantes
térmicos usados no mundo. Na construção civil, tem contribuído para a obtenção do conforto térmico e
acústico das edificações comerciais e residenciais.
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Além disso, o isolamento térmico também possibilita o uso racional de energia nas edificações,
principalmente nos sistemas de ar9condicionado, pois possibilita o uso de equipamentos de menor porte
(menor investimento), diminuindo o consumo.
A lã de vidro é um componente fabricado em alto forno a partir de sílica e sódio, aglomerados por
resinas sintéticas, desenvolvido especificamente para melhorar o isolamento termo acústico do edifício.
Características:
Performance Térmica:
Performance Acústica:
Por ser um material fibroso, a lã de vidro é um dos melhores materiais para o tratamento acústico,
podendo ser usada na isolação acústica, que é a construção de barreiras para evitar a transferência de uma
onda sonora (ruído) de um ambiente para o outro ou na absorção acústica, que é um tratamento aplicado
para melhorar a qualidade acústica dos ambientes.
Quando uma onda sonora entra em contato com a lã de vidro, ela é facilmente absorvida, devido à
porosidade da lã. Além disso, ocorre uma fricção entre a onda e a superfície das fibras. Essa fricção
converte parte da energia sonora em calor, ou seja, a lã de vidro faz com que a energia sonora perca
intensidade, o que resulta em um aumento de absorção ou da isolação sonora. Tal fenômeno de absorção e
fricção em conjunto não ocorre com outros materiais não fibrosos.
Deve9se tomar cuidado com os produtos denominados "auto9extinguíveis", pois tal situação não se
aplica em caso de incêndios, quando, além das chamas, o calor atinge temperaturas acima de 800 ºC.
Nas aplicações específicas, em que é necessária a proteção passiva ao fogo, por exemplo – na
proteção de estruturas metálicas, porta e paredes corta9fogo, recomenda9se o uso de outros materiais como
a lã de rocha e lã cerâmica, pois suportam a temperatura e o tempo de exposição direta ao fogo
especificado por uma norma técnica.
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A lã de vidro é do tipo de fibra que não tem nenhuma relação com as fibras de amianto,
atualmente alvo de restrições de uso. A Agência Internacional para a Pesquisa do Câncer (Iarc), ligada à
Organização Mundial de Saúde, classifica a lã de vidro como um material não cancerígeno. Também não
contribui para a proliferação de ratos, insetos, fungos e bactérias.
Nas edificações residenciais, o sofrimento com o calor nos ambientes cobertos com lajes e
telhados sem isolação é freqüente, principalmente no verão. A simples instalação de lã de vidro sob as
telhas (na forma de mantas ou de forro ) reduz significativamente a entrada de calor ao ambiente.
Também pode ser usada em coberturas com telhas do tipo sanduíche. Além disso, contribui para
reduzir significativamente o ruído gerado pela chuva nas coberturas metálicas.
Assim, a lã de vidro tem se mostrado como um dos melhores produtos para o tratamento térmico e
acústico de coberturas comerciais, industriais e residenciais, devido aos seguintes fatores:
9 Facilidade de aplicação;
9 Segurança ao fogo.
Existem diversos produtos oferecidos ao mercado, geralmente revestidos com filmes plásticos ou
tecidos especiais, com características de baixa propagação superficial de chama.
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Lã de vidro é um material isolante feito de fibra de vidro, disposto de maneira a apresentar uma
textura similar a lã. Lã de vidro é produzida em rolos ("mantas") ou em placas, com diferentes
propriedades térmicas e mecânicas.
Curiosidade:
Cortiça
É o material isolante térmico de uso mais antigo. Normalmente é usado na forma de aglomerados,
formando painéis. Deve ser tratado contra o ataque de fungos, pois é uma material orgânico (de origem
biológica). Sua maior vantagem é a inércia térmica que apresenta.
Sem dúvida, o principal objetivo de qualquer arquiteto é a satisfação plena de seu cliente, antes,
durante e após a execução da obra. Quando se trata em proporcionar o máximo de satisfação possível ao
usuário, o Conforto Ambiental é tido com um dos principais objetivos da arquitetura. Visando esse
objetivo é que arquitetos, engenheiros e construtores estão mudando sua forma de pensar, projetar e
construir.
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UFRN, que há 30 anos desenvolve sua trajetória profissional e acadêmica voltada para a área de Conforto
Ambiental.
Todo arquiteto deve ser capaz de projetar considerando as especificidades climáticas do local, a
luz natural, o conforto ambiental e a eficiência energética como parâmetros de projeto arquitetônico,
enfocando o desenvolvimento bioclimático sustentável. “Conhecer as condições ambientais e visitar o
local do projeto são fundamentais para se ter uma noção correta de todas as particularidades como
percepção dos ventos, percurso do sol, ruídos acústicos e vegetação, por exemplo. “Posteriormente, com
as simulações feitas em softwares a partir dos dados obtidos no local, temos como ter uma visão bem
próxima da realidade e, assim podemos fazer os ajustes necessários antes que a obra seja executada”,
destaca Virgínia Araújo. Segundo a professora, a maior preocupação do arquiteto deve existir na fase
inicial do projeto, anterior à execução.
O cliente é uma peça9chave nesse conceito de Conforto Ambiental, pois é dele que deve partir a
exigência necessária na hora da execução do projeto. Entretanto, em vários casos, é a expectativa do
cliente que induz o arquiteto a executar a obra de forma inadequada, fugindo do padrão ideal da
arquitetura. “Muitos clientes utilizam projetos de residência, por exemplo, que são desenvolvidas para o
Sul do país e simplesmente pedem um projeto semelhante, esquecendo que aquela região possui
características climáticas diferentes das do Nordeste do Brasil. A estética, em muitos casos, é mais
relevante”, declara a professora e arquiteta.
Um detalhe deve ser destacado: o projeto deve estar adequado ao meio, já que o inverso não é
possível.
Muito já se falou sobre reformas de ambientes e adaptações em espaços de convivência, sejam eles
residenciais ou comerciais, sem ao menos dar o devido valor à humanização, isto é, espaços que
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proporcionem qualidade de vida, de bem estar, aumentando as relações de convivência humana. Não só
satisfazendo, de acordo com seus usuários, determinados aspectos estéticos ou idéias de beleza, mas
envolvendo também valores sociais e culturais, desenvolvimentos tecnológicos, aspectos psicológicos e
ambientais, que os tornem mais “humanos”, possibilitando a convivência de forma plena.
Estes conceitos estão intimamente relacionados com a concepção dos espaços e a dimensão
humana. Muitas destas “mudanças” ou reformas de ambientes adotam valores pré9concebidos das
relações humanas, e continuam a definir espaços aplicando “moldes pré9concebidos”,
sem mesmo questionar sua influência e domínio na vida das pessoas que ali desenvolvem suas
atividades, sejam elas de trabalho, lazer ou descanso. As reais necessidades individuais, hábitos
específicos, aspectos culturais e sociais destas pessoas, são simplesmente descartados, para dar lugar a
uma “fórmula pronta de ambiente”. Muitas vezes um ambiente personalizado é interpretado apenas em
um patamar meramente estético; não correspondendo satisfatoriamente com um modo de vida singular, os
hábitos e aspectos sociais específicos; não levando em conta o bem estar ou a convivência das pessoas.
Nestes casos, a aparência é levada como o principio e o fim da concepção espacial. O estético não deveria
ser determinante.
O ambiente é uma extensão do ser humano na sua forma de habitar, trabalhar, conviver e viver.
Sob esta ótica, não meramente estética, pessoa e ambiente são unos e, portanto, não podem ser pensados
separadamente. Os projetos arquitetônicos e de design de interiores precisam levar em consideração a
vida humana. Estes projetos devem propor simultaneamente noções de funcionalidade, estética e conforto
(térmico, acústico, luminotécnico, ergométrico, tátil, etc.).
Exemplificando de forma simples, quem não conhece aquele projeto que propõe uma sala de
jantar que é raramente utilizada, em uma área generosa da residência, enquanto a família se “espreme” em
uma sala intima, para ver diariamente seu programa favorito.
Adota9se muitas vezes, sem a menor hesitação, um “molde pré9concebido”, sem se quer pensar, se
a sala de jantar pode continuar desfrutando de tamanha dimensão em relação aos demais ambientes, ou ter
prioridade em relação aos hábitos da família em questão.
Durante sua história moderna, o homem foi levado a crer que a chave “do bem estar” estava nas
reformas exteriores. A consequência desta ênfase exagerada no exterior foi a negligencia 9 até o
63
esquecimento total 9 das atividades interiores do homem, da necessidade de refrear algumas ações mentais
e estimular outras. A tarefa mais premente do homem, hoje, é a valorização da vida e do convívio
humano. Precisamos de um novo estágio do pensamento, um modelo baseado em princípios de
humanização.
Atualmente percebemos que não são muitos, os projetos que se revelam “de dentro para fora”;
priorizando essas noções relacionadas à qualidade de vida e bem estar do homem; abordadas aqui de
forma sintética. Nelas devemos basear a concepção de projetos; em princípios básicos do ser humano,
com a naturalidade que nos protege da artificialidade.
Neste sentido cabe a nós, educadores e profissionais da área, a tarefa de alertar. Acredito que a
formação do Designer de Interiores, da teoria à prática, deverá se voltar para esta questão, ampliando seus
conhecimentos de outras áreas tais como: arquitetura, sociologia, meio9ambiente e psicologia.
Desenvolvendo ainda mais, sua sensibilidade e percepção dos aspectos estéticos, éticos e de
comportamento.
PERSPECTIVA CÔNICA
Ao nos depararmos com uma estrada de ferro, se nos posicionarmos de frente para ela, olhando9a
em direção longitudinal, podemos observar curiosamente que, diante de nossos olhos, sua imagem vai se
transformando ao longo da distância, a partir de nossa visão até um ponto em que parece situar9se no
infinito. Embora sejam paralelos, os trilhos parecem juntar9se no local a que denominamos de horizonte.
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O que ocorre, de fato, é que as formas são observadas a partir do nosso ponto de vista e segundo as regras
que criamos.
Qualquer forma, quanto mais afastada se encontra de nós, menor é o seu tamanho, dentro de uma
coerência provocada pela distância. Assim, no desenho em perspectiva, são as linhas inclinadas
(diagonais) que criam a ilusão de profundidade.
Estamos falando do desenho tridimensional conhecido como perspectiva cônica ou linear, a qual
será abordada com a pretensão de que o leitor tome consciência dos aspectos primários ligados ao
processo de observação, para que, após a sua familiarização, compreenda as regras e linguagem da
geometria inerentes ao processo.
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“Desenhar com perspectiva depende muito mais da percepção do que do entendimento da teoria da
perspectiva, também conhecida como teoria do ponto de fuga” (Philip Hallawell).
Para entender a perspectiva cônica, devemos nos ater ao ponto fundamental: a ordem de
sobreposição (localização) e a distância entre objetos (diferença de planos) determinam, através da
perspectiva, a proporção (tamanho relativo) entre eles.
Quando dois ou mais objetos estão no mesmo plano, a proporção entre eles é a real. Por exemplo:
Se tivermos um lápis e um pneu no mesmo plano, o pneu será realmente maior que o lápis, porém, através
da idéia da perspectiva, é possível imaginarmos um lápis aparentemente maior que um pneu. Para isto,
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basta que o lápis esteja em primeiro plano e o pneu esteja localizado mais atrás o suficiente para o
enxergarmos menor. Através da sobreposição isto se torna mais evidente.
Se por acaso o pneu pequeno se sobrepor ao lápis, significa que a proporção está errada ou o pneu
é apenas um chaveiro em miniatura.
Observando a figura abaixo, é possível verificar, através da fotografia, que as linhas retas que se
afastam para o horizonte, parecem concentrar9se num ponto sobre uma linha. Esta é denominada linha do
horizonte e o ponto é conhecido como ponto de fuga.
Diante de uma paisagem à beira9mar, é possível ter uma perfeita noção de linha do horizonte.
Basta observar a linha horizontal ao final da paisagem, onde se tem a impressão de o mar encontrar9se
com o céu.
Dessa forma, a linha do horizonte, não tem dimensão, sendo apenas delimitada pelo nosso campo
de visão, o que pode ser comprovado pelo fato de ela se encontrar sempre à altura dos olhos do
observador. Assim, pode9se dizer, embora empiricamente, que a linha do horizonte é uma reta horizontal
que passa pelos nossos olhos e que delimita o espaço de visão.
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A figura abaixo ilustra de forma mais detalhada a correspondência que há entre a altura dos olhos
do observador e a linha do horizonte. A altura a que se encontra o observador é igual à altura da linha do
horizonte. Outra característica importante é a sua situação em relação ao plano onde está o observador. A
linha do horizonte é sempre paralela ao plano da terra.
Sob o ponto de vista do emprego da linha do horizonte na composição, para obter uma vista
panorâmica, necessita de uma linha do horizonte mais elevada. Ao diminuir excessivamente a altura da
linha do horizonte, produz9se uma composição com aspecto dramático. No caso das figuras humanas,
parecerão ameaçadoras.
Pode9se então concluir que a posição do observador é determinante para o aspecto da perspectiva.
A linha do horizonte é, portanto, uma linha imaginária que parece acompanhar os nossos olhos e, quanto
mais alta ela se situar, maior é o nosso espaço de visão.
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Ainda analisando a figura acima, em qualquer uma das três imagens, verifica9se que a altura da
linha do horizonte, corresponde sempre à altura a que se encontram os olhos do observador, sendo X = Y.
Em todas as imagens, o ângulo de visão do observador, a posição do cubo e a distância do observador ao
objeto, não foram alteradas. A altura Y permanece igual nos três exemplos. Apenas a altura do observador
foi modificada. O observador começa por estar sentado a uma altura inferior à do cubo, pelo que não pode
observar a sua face superior. Ao mesmo tempo, o seu campo de visão do horizonte (distância Z), é muito
reduzido. Aumentando a altura do ponto de vista do observador (distância X), o horizonte torna9se mais
vasto em profundidade e o observador já consegue observar a face superior do cubo. No último caso, o
campo de visão do horizonte é ainda maior, devido à altura a que se encontra o observador.
O plano geometral ou plano de terra é o plano onde está o observador e as formas que ele pretende
representar. Este plano geometral ou plano de terra tanto pode ser uma superfície uniforme, um espaço
com mosaicos ou irregular. A sua dimensão é infinita, embora quando representada no papel, seja
limitada pelos seus lados. A distância que vai do plano geometral à linha do horizonte é conhecida como
altura do observador. Esta é um dos dados de maior importância para a determinação da perspectiva. É
importante lembrar que a altura do observador, corresponde à altura dos seus olhos e não à sua altura
física. Voltando a observar a figura acima, a distância designada pela letra X é a altura do observador, a
qual varia, portanto, de acordo com o afastamento que o observador tem, na direção vertical, em relação
ao plano geometral.
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PONTO DE OBSERVAÇÃO OU PONTO DE VISTA (V)
O processo de observação, já há muito identificado pelos artistas antigos, consiste num feixe de
raios visuais invisíveis e cônicos, que têm como centro o olho do observador. Este feixe é conhecido
como cone óptico ou pirâmide visual. Quando se desenha, o ponto de observação tem de permanecer
sempre fixo, para não haver deformações de representação da forma pretendida. O cansaço pode produzir
constantes alterações de posição, provocando vários pontos de observação. O resultado é um retrato com
visões de frente, laterais, parte inferior e superior. Conforme a figura abaixo, a alteração do ponto de
observação, provocado pela rotação no sentido vertical ou horizontal da cabeça, provoca a mudança de
direção do cone visual, dando ao observador, uma perspectiva diferente. O retângulo central A é igual ao
B e ao C. No entanto, parecem diferentes, devido à posição que ocupam em relação ao observador.
O cone óptico varia de animal para animal. O do peixe, por exemplo, possui um ângulo de visão o
qual lhe possibilita visualizar sua própria cauda. É o chamado olho de
peixe. O cone óptico do homem está calculado em aproximadamente
60º, embora o nosso ângulo de visão seja de 180º. Contudo, apenas
consegue9se focar com rigor, as formas existentes num ângulo de 60º.
Na representação das formas, quando se emprega um ângulo maior que
60°, a imagem fica com um aspecto distorcido. Este aspecto pode ser
perfeitamente realçado e explorado no campo artístico. Na fotografia
consegue9se facilmente imagens distorcidas, através do emprego de
lentes objetivas conhecidas como "grande angular" e "olho de peixe".
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QUADRO (α)
Observando a figura abaixo, imagine que há um vidro transparente, o qual se insere entre o
observador e a forma escultórica. Este vidro poderia ser o quadro. Conforme o nome indica, é o espaço
onde vai ser representada a forma pretendida. Tanto o quadro como o plano geometral são dois planos, os
quais são identificados por letras gregas. Assim sendo, o plano geometral é identificado pela letra β e o
quadro pela letra α.
Assim, o observador visualiza a escultura através do cone de raios visuais identificados pelas
linhas a tracejado. A interseção dos raios visuais no plano do quadro (α) produz a perspectiva da
escultura. É no quadro que se representam as formas em perspectiva, assim como todas as linhas
auxiliares necessárias para a construção.
É a linha de interseção do plano vertical 9 quadro (α) 9 com o plano horizontal – plano geometral
(β). A linha de terra (LT) é determinante para a construção da perspectiva e sua posição é sempre paralela
em relação à linha do horizonte (LH), determinando que a altura em que se encontra o observador seja
sempre a distância da linha de terra (LT) à linha do horizonte (LH).
PONTO DE FUGA
Existem três elementos fundamentais que compõem a linguagem da perspectiva. São os pontos
situados sobre a linha do horizonte (ver figura abaixo):
Voltando à figura inicial desta unidade, a estrada de ferro, pode9se perceber que a noção de
perspectiva é dada pelas linhas que se dirigem na direção do horizonte e parecem concentrar9se num
único ponto. Este ponto de concentração é denominado ponto de fuga (F).
Observação: Nem sempre os pontos de fuga estarão situados sobre a linha do horizonte.
De acordo com as figuras abaixo, pode9se observar que os pontos de fuga estão situados sobre a
linha do horizonte (LH) e que todas as linhas e planos dirigem9se para o horizonte.
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PERSPECTIVA PARALELA, COM UM PONTO DE FUGA. PERSPECTIVA OBLÍQUA, COM
DOIS PONTOS DE FUGA.
Os pontos de fuga determinam os três tipos de perspectivas. São elas (ver figura abaixo):
Perspectiva Paralela 9 contém 01 ponto de fuga (F). As retas e planos dirigem9se, unicamente,
para um ponto existente na linha do horizonte (LH);
Perspectiva Oblíqua 9 contém 02 pontos de fuga (F e F1). As faces do objeto são oblíquas e
dirigem9se para dois pontos situados sobre a linha do horizonte (LH);
Perspectiva Vista de Cima 9 geralmente, contém 03 pontos de fuga (F, F1 e F2), sendo o terceiro
(F2) colocado abaixo ou acima e fora da linha do horizonte (LH). Este é um caso particular de
perspectiva, pouco utilizado. Se associado à perspectiva paralela, poderia ter apenas dois pontos de fuga.
Perspectiva Paralela
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Perspectiva oblíqua
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Perspectiva Vista de Baixo
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Perspectiva sem uso de instrumentos
PERPECTIVA APLICADA
Vocabulário básico
Centro de Visão (CDV) – O eixo central dentro do campo visual do observador é denominado
centro de visão.
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Campo visual (CV) – O campo visual da planta e da elevação do observador limita o ambiente
captado dentro do desenho em perspectiva. Os elementos localizados atrás dos limites do campo visual da
planta ou elevação não aprecem contidos no quadro do desenho em perspectiva definitivo.
Um corte horizontal através do ápice da pirâmide visual ou visão piramidal define o campo visual
da planta, e um corte vertical através do mesmo ápice define o campo visual da elevação.
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medição estão localizadas sobre o plano de referência e, como este, são as únicas linhas em escala real
num desenho em perspectiva. Embora possamos orientá9las de vários modos, as linhas de medição
geralmente são traçadas horizontal ou verticalmente. As perspectivas comuns empregam linhas de
medição vertical para determinar as alturas de uma elevação projetada sobre o plano de referência, e são
transportadas para estas linhas de medição verticais antes de serem projetadas em perspectivas.
Linha de visada (LV) – Linha de visada é uma linha reta que parte do ponto fixo.
Linha de terra (LT) – A linha de terra situa9se na intersecção do plano de referência com o plano
geometral, ou seja, com o solo.
Ponto de fuga (PdF) – os pontos nos quais as linhas paralelas em perspectiva se encontram são
chamadas pontos de fuga. Teoricamente, o ponto de fuga de um conjunto de linhas de contorno visíveis
localiza9se no ponto onde uma linha de visada paralela a este conjunto de linhas intercepta o plano de
referência.
Este é um excelente método para os principiantes, pois não há planos ocultos sob sua superfície e
todas as relações na construção de perspectiva são evidentes.
O método cônico empregado em desenhos em perspectiva requer uma planta e uma elevação de
uma edificação, ambas numa mesma escala. Todas as medições de alturas de significantes da edificação
devem ser incluídas na elevação, ao passo que as informações importantes a respeito do telhado, da planta
baixa e da planta de situação devem ser incluídas na planta.
A figura a seguir ilustra o traçado completo de uma perspectiva sobre uma prancheta de desenho, e
na figura é apresentada uma solução gráfica para problemas de livros de exercícios, ambas através do
método cônico comum.
As várias linhas que resultam da construção total de uma perspectiva geralmente causam confusão,
assim sendo, e para esclarecer o significado destas linhas, as diversas gamas de informação serão
explicadas separadamente nas próximas páginas.
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O ponto fixo, o plano de referência e alinha do horizonte devem ser traçados em primeiro lugar
mas a ordem de montagem para o resto de uma perspectiva não é importante e não afeta o produto final.
9 Evita9se o alinhamento das arestas da edificação ao longo das linhas de situação que partem do
ponto fixo. A variação da distância entre o ponto fixo e a edificação afeta a imagem da perspectiva.
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Plano de referência – traça9se a vista lateral do
plano de referência horizontal através da aresta
diretriz da planta, ou seja, da aresta mais próxima
ao quadro de referência. Esta é a disposição típica
do plano de referência.
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Quadro de referência – para determinar as arestas direita e esquerda de um quadro de referência
em perspectivas, traçam9se linhas verticais a partir dos dois pontos onde as linhas do campo visual
interceptam o plano de referência na planta.
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Linha de terra – situa9se na intersecção do plano de referência com o plano geometral, e capta, em
perspectiva, o corte efetuado pelo plano de referência na edificação, resultando numa planta.
Sua altura deve condizer com as alturas numa elevação. No caso da figura, a linha de terra
representa uma linha horizontal que coincide com a base da elevação.
Linha do horizonte – é uma linha horizontal que corresponde à altura do olho do observador, ou
seja, do ponto fixo, e pode ser construída em qualquer posição acima do plano geometral. Para
acrescentar realismo à perspectiva, a linha do horizonte é normalmente localizada numa altura da visão
natural, ou seja, que corresponda à altura dos olhos de um observador que esteja em pé ou sentado.
Posiciona9se a linha do horizonte a 1,50m acima do plano geometral no caso de um observador que esteja
em pé, e a 1,05m no caso de um observador que esteja sentado. Mede9se esta altura na mesma escala de
elevação e perpendicularmente a partir do plano geometral. Quando a linha do horizonte for posicionada
acima da elevação, a vista construída em perspectiva será denominada perspectiva aérea ou geral.
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Pontos de fuga – os conjuntos de linhas paralelas não paralelas ao plano de referência partilham de
pontos de fuga comuns numa perspectiva, pontos esses situados na linha do horizonte. Para determinar a
localização de um ponto de fuga sobre a linha do horizonte, traça9se uma linha de situação através do
ponto fixo, paralela à direção da planta que contem as arestas paralelas do objeto em questão, e
transporta9se o ponto de intersecção entre a linha de situação e o plano de referencia para a linha do
horizonte. Esse processo é válido para todos os conjuntos de arestas de edificações que sejam também
paralelas ao quadro de referência.
Linhas de medição – num desenho em perspectiva, as linhas e arestas que estejam contidas sobre a
superfície do plano de referência permanecem na mesma escala da planta, da qual a perspectiva foi
projetada. Estas linhas e arestas, chamadas de linhas de medição, são os únicos elementos em escala real
num desenho em perspectiva.
9 Representam9se as linhas de medição por pontos sobre o plano de referência na planta e por
linhas verticais na perspectiva. Os pontos na planta devem coincidir com as linhas verticais na
perspectiva.
9 Projetam9se as alturas reais sobre linhas de medição para a perspectiva ao longo de linhas
orientadas aos pontos de fuga.
Para determinar a altura da perspectiva de uma aresta vertical de uma edificação que não esteja
contida no plano de referência, transporta9se sua altura a partir da vista em elevação para uma linha de
medição vertical e projeta9se esta altura real em perspectiva ao longo de linhas orientadas aos pontos de
fuga conhecidos, até que a aresta em questão coincida com sua localização em perspectiva, como se
tivesse sido projetada a partir de uma vista superior.
A aresta diretriz da edificação é, geralmente, mais utilizada como linha de medição, portanto,
transportam9se as alturas de elevações para esta aresta, projetando9as, em seguida, para a perspectiva.
A planta de uma edificação está às vezes inteiramente localizada atrás do plano de referência sem
que nenhuma aresta esteja em contato com sua superfície. Nesse caso, para determinar as linhas de
medição, prolongam9se as paredes da edificação até interceptarem o plano de referencia, e imagina9se que
estas extensões para projetar as alturas reais para a parte posterior da edificação, e, quando o desenho
estiver terminado, eliminam9se tais extensões.
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A planta da edificação pode também ser posicionada de modo que coincida com o plano de
referencia. Em tais situações, os pontos de intersecção entre a planta e o plano de referência constituem as
linhas de medição.
Arestas verticais – para determina com precisão a localização das arestas verticais de uma
edificação num desenho em perspectiva, traçam9se linhas de situação a partir do ponto fixo até os cantos
significantes da edificação. Projetam9se, verticalmente, os pontos de intersecção entre as linhas de
situação e o plano de referência na perspectiva. Usam9se linhas de medição e linhas orientadas aos pontos
de fuga para determinar as alturas, em perspectiva, das arestas verticais.
Para evitar problemas, não se projetam todas as arestas verticais da edificação para a vista em
perspectiva ao mesmo tempo, pois isto resulta numa imensidão de linhas verticais. Em vez disso, se
determinam e constroem as partes maiores da perspectiva antes das menores e transportam9se as arestas
verticais para a perspectiva conforme seja necessário.
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MÉTODO CÔNICO COMUM PARA INTERIORES.
9 Determina9se o ponto fixo. Deve9se mantê9lo dentro da planta do ambiente, evitando um campo
visual maior que 90°, pois elementos como portas, sofás e janelas de dupla inclinação aparecem
distorcidos quando situados nas margens de uma perspectiva com um campo visual de 90°. Se todos os
elementos importantes dentro de um ambiente não puderem ser incluídos dentro do campo visual quando
o ponto fixo estiver localizado no interior do ambiente, será necessário colocá9lo fora da planta deste
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ambiente. Imagina9se, então, que o observador, ou seja, o ponto fixo, tem visão de raio X e que possa ver
através das paredes internas do ambiente.
9 Localiza9se o plano de referência na planta, no qual está contido o canto mais distante do
ambiente.
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REFERENCIA BIBLIOGRÁFICA:
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http://www.nadjacarla.com/2012/01/etapas9de9um9projeto9de9interiores.html
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Hino Nacional Hino do Estado do Ceará
Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada, Brasil!