Curso de Ifá - Parte I

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Curso de Ifá

"Deus não impôs ao ignorante a obrigação de aprender, sem antes ter


tomado de quem sabe, o juramento de ensinar”.

(Sabedoria Oriental)

Apostila do curso de introdução ao estudo do oráculo de Ifá.

SETE REGRAS PARA VIVER FELIZ

ADQUIRA O HÁBITO DA FELICIDADE.

Sorria, intimamente e torne este sentimento parte de você mesmo. Crie um


mundo feliz para si. Aguarde cada dia, mesmo quando algumas nuvens
obscurecerem o sol, sempre encontra algo de bom.

DECLARE GUERRA A SENTIMENTOS NEGATIVOS.

Não permita que aborrecimentos irreais o devorem. Se algum pensamento


negativo lhe invadir o espírito, combata-o. Pergunte de si para si, porque
você, que tem todo direito natural à felicidade, deve passar horas do dia em
luta com o temor, o aborrecimento, o ódio. Ganhe a guerra contra esses
flagelos insidiosos do Século XX.

REFORCE A IMAGEM DE SI PRÓPRIO.


Veja-se como foi nos seus melhores momentos e dê a si próprio certa
atenção. Imagine os tempos felizes e o orgulho que sentiu de si. Crie
experiências futuras agradáveis; dê a si mesmo, crédito pelo que é. Deixe
de bater na própria cabeça.

APRENDA A RIR.

Às vezes, os adultos sorriem ou riem entre os dentes, mas nem todos riem
realmente, isto é, risada verdadeira que dê a impressão de alivio e
liberdade. O riso, quando genuíno purifica, faz parte do mecanismo do
sucesso, lançando-o às vitórias da vida. Se você deixou de rir desde os 10
ou 40 anos, volte à escola do espírito e aprenda novamente o que nunca
deveria ter esquecido.

DESENTERRE OS TESOUROS ESCONDIDOS.

Não permita que as suas aptidões e os seus recursos morram dentro de si;
dê-lhes uma oportunidade para se submeterem às provas da vida.

AJUDE O PRÓXIMO.

Dar aos seus semelhantes poderá ser a experiência mais compensadora da


sua vida. Não seja cínico; compreenda que muitas pessoas que parecem
desagradáveis ou hostis estão usando fachada que acham capaz de
protegê-las contra outros. Se der ao próximo, ficará admirado na reação
grata, pelo reconhecimento que terão. Pessoas que parecem duras são na
realidade gentis e vulneráveis. Você sentir-se-á satisfeito quando der sem
pensar em proveito para si.

PROCURE ATIVIDADES QUE O TORNEM FELIZ.

A natação, o tênis, o vôlei? Pintar, cantar, coser? Não posso dizer-lhe. Você
mesmo terá de escolher. Mas a vida é feliz, se fizer o que lhe agrada.

Cajazeiras – Setembro/2010

Existe uma tendência no ser humano de reduzir os novos fenômenos com


que ele se defronta a ideias e definições preexistentes em sua mente
oriundas de fatos anteriormente conhecidos. Esta redução dificulta uma
visão e uma interpretação corretas do que se analisa. Assim, os fatos
culturais dos negros do Golfo do Benin nos seus cerimoniais e ritos
transformam-se, nesta visão deformadora, em religião primitiva.

O Candomblé não é primitivo e muito menos religião, antes de tudo, este


conjunto de preceitos, regras, ritos e práticas forma um weltanchau (visão
do mundo, concepção global de apreensão da realidade - termo usado em
filosofia) e uma técnica que permite o confronto com a natureza e com seus
semelhantes, utilizando a energia de sua própria mente (o Orí).

Os Òrísá (de Òrí: cabeça mente; Àsé: força, magia) não existem fora da
mente humana, não são deuses primitivos de um panteão imaginado pela
concepção cultural do branco nem são espíritos de luz comandando
"falanges" de almas como os idealizam os descendentes dos povos bantos,
associado ao fenômeno da cosmogonia nagô à sua cultura religiosa, que se
fundamenta no culto dos ancestrais.

Devemos despir o Candomblé da carga sincrética que for desvirtuante, para


fazer emergir o entendimento do que é a mais pura tradição nagô. Os
rituais e cerimônias não serão descritas, pois isto já foi feito e muito bem
por mestres como Descoredes dos Santos, Fred Aflalo, Roger Bastide, Pierre
"Fatumbi" Verger e tantos outros.

O que realmente importa, é comentar cada cerimônia, cada festa, cada


fundamento e cada obrigação, buscando sua explicação purificada do
misticismo branco ou banto, para fazer aflorar a verdadeira função de "Òrí",
único alvo e agente do culto nagô, e a de "Ifá" como orientador e
verdadeiro Oluwô.

A intenção deste redimensionamento não é diminuir a importância dos


fatos, mas sim, um engrandecimento, na proporção humana, para que se
desvende a sua grandeza original. Fazer voltar a luz, saindo das trevas da
religiosidade ignorante, na sabedoria milenar que permite desenvolver a
capacidade do homem de se situar e de interagir na sua formação, na
natureza e no convívio social.

Se recusando a divinizar Òsàlá, satanizar Èsú ou santificar todos os Òrísá,


devemos isolar os erros, afastar os temores, expulsar os demônios brancos
de nossa otogonia, abrindo as portas a entendimento, o que permitirá que
mais pessoas possam utilizar este importante sistema de controle da
própria mente e, em consequência, dos fatos naturais e sociais nos quais
atua.

O ser humano sempre questionou o motivo de sua estadia sobre a Terra e,


principalmente, o mistério que envolve o seu futuro. A insegurança em
relação ao porvir fez com que o homem tentasse de diferentes maneiras,
prever o que lhe estava reservado, precavendo-se desta forma, da má
sorte, ao mesmo tempo em que assegura a efetivação de acontecimentos
tidos como benéficos.

Muitos são os processos utilizados nesta finalidade e, no decorrer dos


séculos, diversos sistemas oraculares fora desenvolvidos e consultados com
maior ou menor possibilidade de erros e acertos.

Dentre os sistemas oraculares utilizados pelas pessoas na ânsia de


descobrir o futuro ou contatar as deidades com a finalidade de desvendar o
motivo de suas provocações, destacamos alguns como a Cartomancia, a
Quiromancia, a Geomancia e a Astrologia, que por sua popularidade e
contabilidade, continuam a ser muito solicitadas nos dias atuais.

Quase todos os oráculos, independentemente de sua origem cultural,


tendem ao aspecto religioso, sugerindo sempre uma prática ritualista de
caráter muito mais místico que científico. No Brasil, o sistema divinatório
mais amplamente divulgado, aceito e praticado, é o popularmente
denominado "Jogo de Búzios" que tem sua origem nas religiões africanas,
mas especificamente no culto de Òrúnmìlá, o Deus da Sabedoria e da
Adivinhação.

O presente trabalho apresenta-se como uma proposta essencialmente


didática que por isto mesmo, não assegura às pessoas não iniciadas o
direito de ter acesso ao oráculo. Pois como será explicado mais adiante, o
Jogo de Búzios, como quase todos os demais processos divinatórios, tem
como pré-requisito a iniciação por parte do adivinho, assim como a
consagração dos objetos concernentes à prática oracular.

Segundo alguns Babalawôs, somente eles podem através do Jogo dos Ikins,
determinar o ODÚ de qualquer pessoa. Isto é contestado em várias
literaturas sobre o assunto, com muita veemência. O que podemos afirmar,
é que qualquer pessoa habilitada a consultar o Oráculo, pode através dos
búzios, "sacar" o ODÚ pessoal de quem quer que seja, sem que para isto o
interessado tenha que ser submetido a qualquer tipo de iniciação e que este
tipo de procedimento é indispensável para todos os iniciados.

O princípio do ÀSÉ está presente em todos os elementos naturais animados


e inanimados e é oferecido ao homem através do seu ÒRÍ pelo ÈSÚ.

Èsú é também o portador dos sacrifícios e oferendas, OJISÉ-EBÓ -


carregador de ebó. O ebó é o ato pelo qual o homem devolve a natureza
parte daquilo que recebeu e pleiteia novas benesses. O ebó renova o Àsé
pessoal, presente nos assentamentos do ofertante, ou seja, nos objetos
rituais nos quais se fixaram os seus compromissos com seu ÒRÍSÀ (dono
do ÒRÍ). Esú conduz o ebó ao destinatário, o ÒRÍSÁ, que, interdependente
do Òri do próprio homem, recebe a oferta, reforça e acrescenta o ÀSÉ, que
outra vez é trazido pelo Èsú para permitir ao ofertante a mudança da
realidade e do destino desejado. Dar-receber, e, síntese de acrescentar é a
ação de ÈSÚ OJISÉ-EBÓ, integrando dialeticamente o homem ao mundo
exterior.

É o ato que reintegra o indivíduo na harmonia cósmica pela absorção e


restituição de energia, princípio mesmo a existência humana. A posse do
ÒRÍ pelo ÒRÍSÁ não se confunde com a despersonalização total e posse
mediúnica dos terreiros espíritas de "macumba". Os "encantados" (Iyawô e
Eleguns = mulheres e homens iniciados na roda de encantados), não se
despem da sua personalidade, mas acrescentam ao seu ÒRÍ, as forças vitais
da natureza e de sua comunidade sintetizadas em seu Òrísá. Não se tornam
uma entidade alienígena, superior, divina ou santa. O Òrísá manifestado
não precisa falar comer ou beber para se expressar.

A sua dança característica o identifica e expressa a energia de sua


presença. Na concepção Yoruba, o humano possui 3 elementos associados
que olhe permitem atuar como ser vivo:

ARA / EGBÉ - corpo material;

EMI - a respiração (energia vital que anima o EGBÉ)

ÒRÍ - a mente ou a cabeça (o mais importante, dotado originariamente de


uma herança ancestral).

“Nenhum desses elementos, entretanto, quando dissociados, possui


personalidade própria, e tanto o EMI como o ÒRÍ não correspondem à idéia
cristã ou espiritualista de alma”.

O EMI, separado do EGBÉ permanece como energia pura, podendo animar


qualquer outro ser. O ÒRÍ, como vimos, porta a esperança ancestral
sintetizada e implícita nos 4 elementos:

OMI (água),

IBI ou ARÔ ou ILÊ (terra),

INÁ ou GBINÁ (fogo) e

AFEFÉ (ar).

Estes elementos que permitem a fixação do Orisá no Orí, de acordo com


sua identificação ou tendência, como, por exemplo:

Sangò - INA;

Omolú - ILE;

Osun - OMI e

Osalá - AFEFÉ.
Pela iniciação se dá a recriação do Ser na integração definitiva do EGBÉ e
EMI com Orí, através da "feitura da cabeça". É ainda o SEU, no BARA, que
sintetiza dialeticamente as entidades ligadas ao funcionamento fisiológico
do indivíduo:

ANUN (GEGE) / ENU (boca), AGBENDÚ / INU (estômago), EYA (sexo) e


WIWI / IFÓHUN / ORÓ (fala).

O Ser adquire sua personalidade definitiva com o BARA, com a síntese do


EBGÉ com o EMI e o ÒRÍ. Na sua morte, pelo ritual do ASESE, libera-se o
ÒRÍSÁ (o dono da cabeça e o ÈSÚ individual), também no ÒRÍ se acumula o
ÀSÉ. O ÒRÚN não existe sem AIYE e ambos dependem do desenvolvimento
do ÒRÍ.

A evolução do ÒRÍ é um trabalho constante de seu portador, o homem,


desde a escolha do ÒRÍSÁ certo, pela leitura de seu ODU pessoal obtido
pelo Babalawo ou Iyalòrìsá no jogo de búzios ou pelo ÒPÈLÉ IFÁ. “Desde
seu conhecimento de seu ODÚ pessoal, o homem inicia seu BARA, passa a
cumprir suas obrigações” com seu ORIXÁ e, assim, desenvolve e revitaliza o
seu ÒRÍ. É este ÒRÍ que possibilita homem a formar e a mudar o seu
destino e transformar a própria natureza ao seu redor.

Para os Yoruba, o homem que, em sua constante evolução dialética,


desenvolve em vida o ÒRÍ pela magia do ÀSÉ e recria na morte pela
contradição implícita do ARAORUN (que surge do próprio òrí); o eterno
princípio. Dessa forma, identifica-se no amor humano o maior dos ÀSÉ, o
grande princípio.

O conhecimento do ODU pessoal é como ficou claro, de suma importância


para que se encontre o perfeito equilíbrio na vida, seguindo as orientações
contidas no ratado do seu ODU, o ser humano poderá prosseguir em sua
vida com total segurança, evitando os percalços ocasionados pela quebra de
tabus, que nos levam a situações inusitadas e indesejáveis de desconforto
e infelicidade.

É muito raro encontrarmos pessoas que sejam de ODU MEJI e a


possibilidade matemática de que isso possa ocorrer é muito remota. Todos
têm o direito de orientar suas vidas, buscar o equilíbrio e a segurança que o
conhecimento das mensagens contidas nos seus ODU pessoais pode
proporcionar e isto só é possível através da consulta ao Oráculo de Ifá,
devendo ser desprezadas todas e quaisquer técnicas baseadas em cálculos
matemáticos, feitos, querem seja a partir da data de nascimento da pessoa,
quer seja pela numerologia de seu nome.

O Oráculo Divinatório de Ifá é praticado há muitos e muitos séculos, sendo


originário do coração da África Negra, desde uma época em que as pessoas
sequer conheciam o calendário, não sabiam as datas dos seus nascimentos,
não liam, não escreviam e não dominavam a Aritmética.
Oráculo de Ifá

Sabemos que os algarismos correspondem às potências e energias que


atuam efetivamente sobre o destino do homem, mas isto nada tem a ver
com o Ifá. Se os cálculos matemáticos funcionassem dentro do nosso
sistema oracular, a coisa seria simplificada de tal forma, que poderíamos
jogar fora os búzios, opele, aiyo e os ikins e substituí-los por calculadoras
ou computadores que, com o simples acionar de algumas teclas, nos dariam
as respostas desejadas.

VI Poema de Ifá: Ajalá e a escolha de ÒRÍ

"KÓ SOOSA TÍÍ DANI GBÉ, LEYIN ENI ÒRÍ”.

Nenhum Deus abençoa o homem, sem que sua cabeça o permita.

ESE ODÚ OGUNDA


(Tradução de um ESE de ORÍ)

Num jogo de Ifá, perguntaram a ÒRÚNMÌLÁ:

“_ Quem seria capaz de nos levar ao Infinito”? (infinito = caminho da vida


da pessoa).

SANGO disse que quando chegasse a OYÓ e lhe dessem certas comidas, ele
satisfeito voltaria à sua casa, abandonando a pessoa. Perguntaram o
mesmo a OYÁ, e ela respondeu, que quando chegasse a qualquer cidade e
lhe dessem certas comidas, ela satisfeita voltaria para casa.

Resumo: enquanto dermos comida ao nosso Orixá, ele nos cobre e depois

recolhe.

Perguntaram de novo a IFÁ e ele respondeu que quando Òsàlà chegasse à


cidade de Ifé, comesse aí então ele ficaria satisfeito e voltaria para casa.

Se nem Òsàlà é capaz de nos levar ao Infinito, então, quem é capaz?

Resposta: só Lebara.

Perguntaram a ÈSÙ: - Se você caminhar, caminhar e chegar a Keto, e lhe


derem 1 galo no dendê ?
Ele respondeu: - Comia e quando estivesse satisfeito voltaria para minha
casa.

Voltaram e perguntaram de novo a Ifá:

- Então, ninguém é capaz de nos levar ao Infinito? Quem será? Tal


conhecimento, tal sabedoria, quem a tem?

IFÁ respondeu - Somente o Orixá ÒRÍ é capaz de nos levar ao infinito, até o
final de nossa vida.

Se uma pessoa morrer despachamos tudo referente ao Orixá, mas, o que


sempre ficou foi o ÒRÍ.

Conclusão: Mesmo se nosso òrìsà está bem, só ficará tudo bem se o nosso
Òri estiver também.

Primeiro damos comida a Òri no borí, e depois ao orixá. Não há orixá


raspado errado, desde que o òri aceitou. Acima de nosso Orixá individual,
está o nosso Òrì. Damos ao òrì cera (caroço de algodão), obi, água. Existem
apenas 6 bichos para Òrì: pombo, peixe, pato, franga, galinha d’angola e o
igbin; apenas um bicho vai ao ori, os outros serão colocados apenas na
tigela. O Ejé (sangue) de pombo branco, só se for muito importante,
necessário, senão estaremos ofendendo Olodumare.

Lenda de Òrúnmìlá

Quando Òrúnmìlá se cansou de viver na terra e da incompreensão dos


homens, resolveu ir para o Òrún, mas antes, deu a cada um de seus 8
filhos, 2 caroços de dendezeiro (IKIN), e disse a eles, que quando
precisassem, bastava que jogassem os IKIN e teriam as respostas.
Deixando claro que o mais importante, era que eles se unissem, assim
como o grupo deverá se manter unido.

ÒRÍ - força que orienta o que é bom ou ruim para cada pessoa, é

individual. O ÒRÍ tem que ser respeitado, se a pessoa não aceitar é

porque o seu ÒRÍ não está aceitando. Deve-se verificar o que

acontece no jogo.
Cada um recebe seu ÒRÍ de AJALÁ (é um Imole), antes de vir para o
AIYE, passa por um "estágio".

O ÒRÍ supera todos os orixás;

O ÒRÍ é um Imole ligado só para o bem (da pessoa);

O ÒRÍ é a nossa censura;

O ÒRÍ não se trai, não se engana, é a nossa própria consciência (os valores
mais puros). Isso vem explicar a índole de pessoas más, mesmo nascidas
em famílias boas, independente da formação; pessoas sofridas que tem a
capacidade de amar, odiar, etc...

ÌPÁKO - Òrí

IKOKO ÒRÍ - Poente

ÀPÁ OTUN ÒSU ÀPÁ OSI

(direita do aiye) Voduka (esquerda do aiye) centro cabeça

Ojo òrí - Nascente

Os quatros pontos do Universo

A. Ìyo - Òrún - nascente - Leste


B. Ìwo - Òrýn - o poente
C. Òtù Aiyê - a direita do mundo - Norte - Ariwa
D. Òsi Aiyê - a esquerda do mundo - Sul - Guzú
E.

Correspondente ao Ser Humano

a) Òrí - cabeça - o nascente - o nascente - o futuro "orí inu"

Odu - destino

Òrísá - genitor divino e material

Origem - Esú individual Bara

b) ESE - pé direito - ancestrais masculinos

Pé esquerdo - ancestral feminino

c) Lado direito - elementos masculinos

d) Lado esquerdo - elementos femininos


Durante o eborí, sendo os pais falecidos, usar 2 acaçás de cima para baixo
na direção das juntas, não esquecendo de colocar as falas do Obi (parte de
baixo).

Tudo que existe de adverso ao homem na natureza, os AJÉS, por exemplo,


se personifica nos pássaros, ELEYE, que numa imprecisa tradução cultural
do Ocidente, identifica com as "bruxas".

O AJÉ também é uma forma de AJOGUN (o inimigo); que é identificado


por personalidade que traduzem realidade materiais como o IKU (a morte);
o EGBA (enfermidade); o OFÓ (perda de bens); ARUN (loucura), etc...

Como se podem ver os conceitos Yorubá, parte do real, do material, para


formar a sua ideia geral do mundo. ÈSÚ, como dono do ÀSÉ (ONI ÀSÉ),
força, magia, arma o ÒRÍ do poder de recusa à ordem, de estabelecer a
desordem criativa, tese premissa da antítese necessária à nova síntese
estruturante.

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