Aula 03 - Aspectos Relevantes Da Fiscalização de Contratos. O Papel Do Fiscalizador Do Contrato. O Papel Do Preposto Da Contratada. Acompanhamento Da Execução Contratual. Registro e Notificaç

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Combinado? Então vamos em frente!

Acompanhamento da Execução Contratual e Aspectos


relevantes da fiscalização de contratos

Antes de qualquer coisa, vamos lembrar que a gestão, acompanhamento e


fiscalização de contratos é “poder-dever” da Administração, bem como
dispõe o art. 67 da lei 8666/93:

“Art.67. A execução do contrato deverá ser acompanhada e fiscalizada


por um representante da Administração especialmente designado,
permitida a contratação de terceiros para assisti-lo e subsidiá-lo de
informações pertinentes a essa atribuição.”

Ou seja, a Administração deverá designar um representante (no mínimo)


que será o responsável pelo acompanhamento do contrato. Veremos mais
à frente que estes representantes em geral, são o gestor do contrato e o
fiscal do contrato (que também pode e em alguns deve ser mais de um).
Observem que a lei permite a contratação de terceiros para “ajudar” no
acompanhamento do contrato, mas não esqueçam que a responsabilidade
é da Administração (Servidor).

O objetivo dessa gestão (ou acompanhamento) e fiscalização é garantir o


disposto no art. 66 da lei 8666/93:

“Art.66. O contrato deverá ser executado fielmente pelas partes, de acordo


com as cláusulas avençadas e as normas desta Lei, respondendo cada uma
pelas consequências de sua inexecução total ou parcial.”

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Voltando no artigo 67, temos os seguintes incisos:

“§ 1° O representante da Administração anotará em registro próprio todas


as ocorrências relacionadas com a execução do contrato, determinando o
que for necessário à regularização das faltas ou defeitos observados.

§ 2° As decisões e providências que ultrapassarem a competência do


representante deverão ser solicitadas a seus superiores em tempo hábil
para a adoção das medidas convenientes.”

Observem que o representante da Administração tomará nota das


ocorrências e determinará a regularização de faltas ou defeitos. Se algo
não estiver na sua competência, o representante da Administração deve
comunicar a seus superiores para que as medidas sejam tomadas.

Mas que quem é esse “representante”? Em geral é o Gestor ou os Fiscais


do contrato. Ainda nessa aula veremos todo o processo definido pelas
“Boas Práticas” e as atribuições de cada um desses “representantes”.

Considero importantes os arts. 69 e 70 da lei 8666/93, vejamos:

“Art. 69. O contratado é obrigado a reparar, corrigir, remover, reconstruir


ou substituir, às suas expensas, no total ou em parte, o objeto do contrato
em que se verificarem vícios, defeitos ou incorreções resultantes da
execução ou de materiais empregados.

Art. 70. O contratado é responsável pelos danos causados diretamente à


Administração ou a terceiros, decorrentes de sua culpa ou dolo na execução
do contrato, não excluindo ou reduzindo essa responsabilidade a
fiscalização ou o acompanhamento pelo órgão interessado.”

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O art. 69 é bem autoexplicativo e por isso não merece maiores detalhes.


Já o art. 70 define que o contratado é responsável pelos danos causados à
Administração ou a terceiros, seja por dolo ou culpa. Chamo a atenção de
vocês para última parte do artigo, onde a lei estabelece que não haverá
redução ou exclusão dessa responsabilidade em função da fiscalização
exercida pelo órgão.

Sobre a execução do contrato, a lei geral de licitações estabelece ainda que


o contratado é responsável pelos encargos trabalhistas, previdenciários,
fiscais e comerciais resultantes da execução do contrato. Aqui temos um
ponto de atenção, pois a inadimplência dos encargos trabalhistas, fiscais e
comerciais não transfere a responsabilidade para a Administração.
Vejamos o art. 71, § 1:

“Lei 8666/93 […]


Art. 71
[…]

§ 1º A inadimplência do contratado, com referência aos encargos


trabalhistas, fiscais e comerciais não transfere à Administração Pública a
responsabilidade por seu pagamento, nem poderá onerar o objeto do
contrato ou restringir a regularização e o uso das obras e edificações,
inclusive perante o Registro de Imóveis.”

Observem que, além de não transferir a responsabilidade do pagamento


para a Administração, essa inadimplência não pode ser motivo para onerar
o contrato ou impedir que a administração usufrua do objeto contratado.
Já pensou o preposto do contrato entrando na sala do gestor do contrato e
falando:

“- Oi chefe! O dia tá lindo hoje não é mesmo? Então, veja bem... é que a
minha empresa não está conseguindo recolher o FGTS do pessoal que

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trabalha aqui no nosso contrato... então será que não dá pra fazer uma
“aditivozinho” aí no contrato não?”

Rsrs... não dá né gente?! Isso não pode!

Mas cuidado! Entende-se que a Administração responde subsidiariamente


em relação aos encargos trabalhistas. Isto quer dizer que, caso a contrata
não honre suas obrigações, a Administração deverá arcar de forma
subsidiária, isto é, a Administração pagará, caso a empresa comprove não
ter condições para tal (falência, por exemplo) e isso somente por decisão
judicial!

O aluno(a) mais atento(a) deve ter percebido que os encargos


previdenciários não entraram no §1º. Isso porque no caso dos encargos
previdenciários, a Administração responde solidariamente com o
contratado. Isto está definido no § 2º do mesmo art.71.

“Lei 8666/93 […]


Art. 71
[…]

§ 2º A Administração Pública responde solidariamente com o contratado


pelos encargos previdenciários resultantes da execução do contrato...”

Ok, pessoal? Então vamos em frente! Essas informações não são aplicáveis
somente ou especificamente aos contratos de TI, mas têm muita
importância para entendermos melhor o processo de
acompanhamento/fiscalização dos contratos da nossa área!

Para fechar essa visão geral sob a ótica da 8.666, cabe mencionar o art. 72
onde está definido que o contratado poderá subcontratar partes do
serviço ou fornecimento de bens até o limite que a Administração

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impuser. Essa possível subcontratação não exclui as


responsabilidades contratuais e legais do contratado perante à
Administração. A subcontratação sem autorização da administração
pode ensejar até a rescisão contratual.

Teremos agora uma visão geral do Acompanhamento da Execução


Contratual estabelecida no Guia de Boas Práticas do Ministério do
Planejamento, onde tal acompanhamento é denominado de “Gestão do
Contrato de TI”. Primeiro vamos ver o fluxo para percebermos como as
atividades estão dispostas:

Figura 1 - Fluxo da Gestão de Contrato de TI

Observem que o fluxo de gestão do contrato prevê uma etapa de início do


contrato, o encaminhamento das ordens de serviço, o monitoramento da
execução, uma atividade de encaminhamento de aditivo, a transição
contratual e por fim o encerramento. Dentre todas essas etapas, a mais

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Bom, então já entendemos o que são os Níveis Mínimos de Serviço e que


as cláusulas que os estabelecem devem constar em todos os contratos de
aquisições de bens e serviços de TI.

Vamos agora lançar mão de mais um normativo federal para fecharmos o


tópico:

“SLTI/MP n.º 02/2008

Art. 33. A verificação da adequação da prestação do serviço deverá ser


realizada com base no Acordo de Níveis de Serviço, quando houver,
previamente definido no ato convocatório e pactuado pelas partes.

§ 1º O prestador do serviço poderá apresentar justificativa para a


prestação do serviço com menor nível de conformidade, que poderá
ser aceita pelo órgão ou entidade, desde que comprovada a
excepcionalidade da ocorrência, resultante exclusivamente de fatores
imprevisíveis e alheios ao controle do prestador.

§ 2º O órgão contratante deverá monitorar constantemente o nível


de qualidade dos serviços para evitar a sua degeneração, devendo
intervir para corrigir ou aplicar sanções quando verificar um viés contínuo
de desconformidade da prestação do serviço à qualidade exigida. ”

Percebam que existe a possibilidade excepcional de autorizar, em hipóteses


específicas e pontuais, e em virtude de fatores imprevisíveis e alheios ao
controle da contratada, a prestação do serviço com menor nível de
conformidade daquele previsto. Além disso, é necessário que os níveis de
serviço tenham sido previamente definidos e pactuado em contrato.

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Vimos que as reduções no pagamento pelo descumprimento dos SLA não


são interpretadas como penalidades ou multas. Então o que são
penalidades?

Primeiro vamos definir sanção. Sanção é um termo jurídico que aceita duas
definições, podendo ser conceituado como a punição ou pena
correspondente à violação de uma lei. Quando a sanção é favorável, se
chama sanção premial. Ao passo que, quando for desfavorável, é
denominada pena.

Assim sendo pessoal, para nós, sanção é gênero do qual penalidades e


multas são espécies.

Veremos a seguir que a 8666/93 define algumas situações e possíveis


sanções.

“Lei 8666/93
[...]
Art. 86. O atraso injustificado na execução do contrato sujeitará o
contratado à multa de mora, na forma prevista no instrumento
convocatório ou no contrato.

§ 1º A multa a que alude este artigo não impede que a Administração


rescinda unilateralmente o contrato e aplique as outras sanções
previstas nesta Lei.

§ 2º A multa, aplicada após regular processo administrativo, será


descontada da garantia do respectivo contratado.

§ 3º Se a multa for de valor superior ao valor da garantia prestada,


além da perda desta, responderá o contratado pela sua diferença, a
qual será descontada dos pagamentos eventualmente devidos pela
Administração ou ainda, quando for o caso, cobrada judicialmente.”

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Percebam que o caput do artigo faz menção à previsão no instrumento


convocatório ou no contrato da multa a ser aplicada.

“Lei 8666/93

Art. 87. Pela inexecução total ou parcial do contrato a Administração


poderá, garantida a prévia defesa, aplicar ao contratado as seguintes
sanções:

I - advertência;

II-multa, na forma prevista no instrumento convocatório ou no


contrato;

III-suspensão temporária de participação em licitação e impedimento


de contratar com a Administração, por prazo não superior a 2
(dois) anos;

IV-declaração de inidoneidade para licitar ou contratar com a


Administração Pública enquanto perdurarem os motivos
determinantes da punição ou até que seja promovida a reabilitação
perante a própria autoridade que aplicou a penalidade, que será
concedida sempre que o contratado ressarcir a Administração pelos
prejuízos resultantes e após decorrido o prazo da sanção aplicada
com base no inciso anterior.”

Observem os tipos de sanções aplicáveis: Advertência, multa,


suspensão temporária e declaração de inidoneidade.

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I - Tenham sofrido condenação definitiva por praticarem, por meios


dolosos, fraude fiscal no recolhimento de quaisquer tributos;

II - Tenham praticado atos ilícitos visando a frustrar os objetivos da


licitação;

III - demonstrem não possuir idoneidade para contratar com a


Administração em virtude de atos ilícitos praticados. ”

Pessoal, tudo o que falamos até aqui é importantíssimo para gestão


contratual. Alguém consegue imaginar um contrato de suporte sem a
definição contratual do nível de serviço e as sanções administrativas
previstas no caso de inexecução total ou parcial? As definições inerentes
aos prazos e qualidade dos serviços a serem prestados (ou bens
contratados), bem como as sanções associadas às faltas e irregularidades
frente ao contrato, compõem (juntamente) uma das principais ferramentas
para que o gestor do contrato possa fazer seu trabalho.

Daí a imensa importância de uma definição clara e objetiva das situações


de descumprimento do contrato e respectivas sanções. Caso tais situações
sejam descritas de forma genérica ou baseadas em subjetividade, as
sanções não poderão ser aplicadas e o trabalho do gestor restará
prejudicado.

Volto a frisar ainda, que tudo deve ser realizado de maneira formal. O
gestor do contrato deverá registrar os eventos e comunicar formalmente a
contratada (através do preposto) as eventuais faltas e exigir as devidas
correções.
Preferencialmente, as sanções deverão ser definidas em uma escala
gradual que pode se iniciar com uma simples advertência, passando por
multa e por fim a rescisão contratual (isso para não citarmos as medidas
mais drásticas de suspensão e declaração de inidoneidade).

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 Convocar e realizar a Reunião Inicial;


 Encaminhar as Ordens de Serviço (avaliando oportunidade e
conveniência);
 Decidir sobre o encaminhamento para a aplicação de penalidade ou
o envio das demandas para correção pela Contratada;
 Elaborar, juntamente com o fiscal requisitante, o termo de
recebimento definitivo;
 Rejeitar os produtos ou serviços entregues fora dos parâmetros
exigidos em contrato;
 Autorizar a emissão de Nota Fiscal (NF);
 Encaminhar a NF para o fiscal administrativo;
 Analisar necessidades de modificações contratuais (aditivos, por
exemplo) encaminhadas pelos fiscais;
 Analisar, com base em verificações feitas pelos fiscais, a manutenção
da necessidade, economicidade e oportunidade do contrata continuar
em execução;
 Manter histórico de gestão do contrato, contendo registros formais
de todas as ocorrências positivas e negativas da execução do
contrato, por ordem histórica.

Percebam que a lista é relativamente grande, mas na maioria dos casos


bem intuitiva.

Já o papel de fiscalização é subdividido em 3 (três papéis) pelo guia e


seguem a mesma nomenclatura utilizada pelos “integrantes” lá da fase de
planejamento da contratação. Vamos a eles.

O fiscal técnico é o representante da área de TI que deve fiscalizar


tecnicamente (nada mais óbvio, não?) o contrato. As principais atividades
do fiscal técnico são:

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 Confecção do termo de recebimento provisório;


 Aplicação das listas de verificação (avaliação da qualidade);
 Identificação de não conformidades;
 Verificação da manutenção das condições classificatórias;
 Encaminhamento de demandas de correção (por delegação do gestor
do contrato);
 Verificação de manutenção das condições definidas nos Modelos de
Execução e de Gestão do contrato.

Observem que o fiscal técnico (e veremos que o requisitante também) atua


ativamente no recebimento dos produtos ou serviços entregues e pode
ainda, por delegação, encaminhar demandas de correção à contratada.
Lembre-se disso: O encaminhamento de demandas de correção é
responsabilidade do gestor do contrato que pode, por delegação, imbuir o
fiscal técnico de tal competência.

Veremos agora o papel de fiscal requisitante. Percebam que, na maioria


dos casos, ele atua em conjunto com o fiscal técnico (nas mesmas
atividades), mas é claro que a ótica do fiscal requisitante está muito mais
voltada para a “funcionalidade” do que para qualquer outra coisa e é por
isso que as competências destes dois papéis devem se complementar.
Explico: Pode ser um sistema entregue cumpra todos os requisitos
funcionais definidos, ou seja, o sistema faz exatamente o que foi idealizado
pela área requisitante, porém onera demais o processamento dos
servidores, não foi desenvolvido seguindo a metodologia de SW do órgão;
usa componentes não homologados pelo contratante; há duplicação de
linhas de código acima do nível aceito pelo órgão... Enfim, há uma série de
problemas técnicos que precisam ser reparados para que o produto seja
aceito pela contratante, apesar do fiscal requisitante estar bem feliz! Ou
seja, se fosse só pelo fiscal requisitante, o produto seria aceito (com

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louvores) e pago e isto causaria prejuízo à administração. Certamente o


contrário também pode acontecer!

Vamos listar as atividades do fiscal requisitante:

 Aplicação das Listas de Verificação (avaliação da qualidade);


 Identificação de não conformidades;
 Confecção e assinatura do termo de recebimento definitivo (junto
com o Gestor);
 Verificação da manutenção da necessidade, economicidade e
oportunidade da contratação (com apoio do fiscal técnico);
 Verificação da manutenção definidas nos modelos de execução e
gestão do contrato;

Percebam caros (as) concurseiros (as), que única atividade do fiscal


requisitante que não é executada em conjunto com o fiscal técnico é a de
confecção e assinatura do termo de recebimento definitivo, pois esta é
executada juntamente com o gestor do contrato. Até na verificação da
manutenção da necessidade, economicidade e oportunidade da
contratação, o fiscal requisitante conta com o apoio do fiscal técnico.

Por fim, falemos do fiscal administrativo! Esse papel deve ser


desempenhado por servidor representante da Área Administrativa, indicado
pela autoridade competente dessa área para fiscalizar o contrato quanto
aos aspectos administrativos. Ele também participará de todas as etapas
de acompanhamento do contrato, sempre “de olho” no cumprimento das
questões administrativas por parte do contratado. Trata-se de um papel
de igual relevância para com os demais fiscais, para comprovar isso basta
dizer que este é o fiscal pega a Nota Fiscal do contratado e verifica se todas
as obrigações trabalhistas, previdenciárias, comerciais, etc., foram
cumpridas para somente aí o pagamento ser efetuado.

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a) provisoriamente, pelo responsável por seu acompanhamento e


fiscalização, mediante termo circunstanciado, assinado pelas partes em até
15 (quinze) dias da comunicação escrita do contratado;

b) definitivamente, por servidor ou comissão designada pela


autoridade competente, mediante termo circunstanciado, assinado
pelas partes, após o decurso do prazo de observação, ou vistoria que
comprove a adequação do objeto aos termos contratuais, observado o
disposto no art. 69 desta Lei;”[...]

Se o objeto do contrato for obra ou serviço, será emitido um termo de


aceite provisório, assinado pelas partes no prazo de 15 dias após a
comunicação escrita da entrega feita pelo contratado.

Após a realização da vistoria que comprove a execução da obra ou serviço


ou após o término do prazo para esta vistoria, o objeto será recebido
definitivamente. Lembrem-se que o prazo para esta vistoria não
poderá ser superior a 90 dias, salvo em casos excepcionais
devidamente justificados.

Observem também o final do dispositivo. Ele fala da necessidade de


observância ao art. 69 que já estudamos aqui nessa aula. É aquele que
fala da responsabilidade do contratado na correção, às suas expensas, de
qualquer incorreção ou defeito que seja encontrado, mesmo após o aceite
definitivo, por motivo de má execução ou emprego de materiais
inapropriados.

Vamos ao inciso II do art. 73:

“Lei 8666/93 […]

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Art. 73. Executado o contrato, o seu objeto será recebido:

[…]

II - em se tratando de compras ou de locação de equipamentos:

a) provisoriamente, para efeito de posterior verificação da


conformidade do material com a especificação;

b) definitivamente, após a verificação da qualidade e quantidade


do material e consequente aceitação.

Quando estivermos falando de compras ou locação de equipamentos, os


bens serão recebidos provisoriamente para posterior verificação por parte
da Administração. Uma vez realizada tal verificação e atestada a qualidade
e quantidade do material, este será recebido definitivamente.

Memorizem também que o termo de recebimento provisório ou definitivo

não exclui a responsabilidade do contratado, conforme dispõe o § 2º:

“Lei 8666/93 […]


Art. 73. […]

§ 2º O recebimento provisório ou definitivo não exclui a

responsabilidade civil pela solidez e segurança da obra ou do

serviço, nem ético-profissional pela perfeita execução do contrato, dentro

dos limites estabelecidos pela lei ou pelo contrato. ”

Além disso, de acordo com o § 4º, caso a Administração não cumpra


os prazos estabelecidos para a emissão do termo de recebimento
provisório (15 dias) e a realização da vistoria (90 dias), tais atos
serão considerados realizados, desde que a contratada comunique o
fato à Administração 15 dias antes da expiração do prazo. Já pensou o

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contratado ficar 6 meses pela boa vontade do responsável pela


homologação serviço para receber pelo serviço prestado?

Vamos à redação do parágrafo (é bom ler a “letra da lei”, pois nesse


assunto as bancas costumam se ater à literalidade):

“Lei 8666/93 […]


Art. 73. [...]

§4ºNa hipótese de o termo circunstanciado ou a verificação a que se refere


este artigo não serem, respectivamente, lavrado ou procedida dentro dos
prazos fixados, reputar-se-ão como realizados, desde que comunicados
à Administração nos 15 (quinze) dias anteriores à exaustão dos
mesmos.”

Já o art. 74 define as possibilidades de dispensa do termo de aceite


provisório. Vejamos quais são:

a) gêneros perecíveis e alimentação preparada;

b) serviços profissionais;

c) obras e serviços de valor até o previsto no art. 23, inciso II, alínea "a",
desta Lei, desde que não se componham de aparelhos, equipamentos e
instalações sujeitos à verificação de funcionamento e produtividade.

Nos casos relacionados acima, o recebimento será realizado mediante


recibo.

“Lei 8666/93 […]

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Bom pessoal, para que se possa fazer cumprir todas as exigências legais
acerca da execução de um contrato, faz-se necessária a fiscalização ou o
monitoramento da execução ou o acompanhamento da execução. Na
verdade, podemos dar qualquer no nome a este processo, o importante é
que o contrato deve ser fielmente executado pelas partes e cada uma
deverá responder por suas respectivas faltas! Isto é o que manda a
lei!

Pois bem, já falamos dos papéis dos fiscais, dos níveis mínimos de serviços
(SLAs) e dos critérios para recebimento de bens e serviços, que
contemplam, em minha opinião, vários desses “aspectos relevantes da
fiscalização de contratos”. Sendo assim, vou usar este tópico para retornar
ao processo de monitoramento da execução preconizado pelo guia de boas
práticas, pois este estabelece exatamente os procedimentos que devem ser
executados para a fiscalização do contrato.
Antes de tudo, observem o fluxo das atividades.

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Figura 3 - Monitoramento da Execução

Tudo se inicia com o recebimento do objeto pelo fiscal técnico que tem
como vimos, 15 dias (para obras ou serviços) para elaborar o termo de
recebimento provisório. Trata-se da declaração formal de que a
Administração está recebendo algo que será avaliado posteriormente.

Depois de emitido o referido termo, os fiscais técnico e requisitante


(lembram que eles andam juntos na maior parte do tempo?) devem avaliar
a qualidade e identificar possíveis não conformidades no objeto entregue.
Para realizar esta análise, os fiscais devem utilizar as “Listas de Verificação”

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juntamente com os Critérios de Aceitação previamente definidos. Caso


haja não conformidades identificadas, o gestor decidirá pela sanção ou o
encaminhamento para correção.

Aí entra em ação, o papel do fiscal administrativo que vai verificar a


aderência aos termos contratuais e a manutenção das condições
classificatórias e de habilitação técnica. Pessoal, percebam que a
manutenção da habilitação também é verificada e, portanto a atividade
deve ser executada inclusive nas licitações do tipo menor preço. Ok?

As demandas então são enviadas para correção (se for o caso) e a


contratada deverá efetuar os ajustes (às suas expensas, não é mesmo?) e
se houver (o gestor do contrato decidiu) glosa e sanção a serem aplicadas,
o gestor do contrato deverá encaminhar esta indicação para que a área
administrativa aplique. De acordo com o guia, as sanções podem ser
geradas a partir da:

 Identificação de Não Conformidades;


 Falta de aderência aos Termos Contratuais;
 Irregularidades Fiscais, Trabalhistas e Previdenciárias.

O guia estabelece ainda que, caso as correções não sejam realizadas ou se


estas não se enquadrem nos critérios e níveis de aceitação estabelecidos,
o gestor do contrato deverá “rejeitar o lote”, devolvendo-o, através do fiscal
técnico, à contratada.

Bom pessoal, todo esse trâmite de correção e rejeição de lote só ocorre se


os fiscais “pegarem” problemas ao avaliarem o objeto entregue. Caso não
haja problema algum, passamos ao “caminho feliz” que vai direto para
elaboração do “Termo de Recebimento Definitivo” que deve ser feito pelo
gestor do contrato. Então a emissão da Nota Fiscal é autorizada e com a

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 Projetos cujos produtos estejam previstos no PPA e neste caso os


contratos poderão ser prorrogados a critério da Administração;

 Prestação de Serviços Contínuos, onde os contratos podem ter


duração de até 60 meses, com prorrogação excepcional de mais 12
meses;

 Locação de equipamentos de TI por até 48 meses; e

 Vigência de até 120 meses quando for o caso específico do


fornecimento de serviços produzidos ou prestados no país, que
envolvam alta complexidade tecnológica e defesa nacional (este é um
caso bem específico que pode envolver a contratação de serviços de
TI).

Atenção para as exceções! Por favor!!

Observe também que um contrato administrativo pode ter seus termos


alterados nas hipóteses previstas na legislação. Isso quer dizer (dentre
outras coisas) que os contratos podem ser prorrogados. Caso isto ocorra,
obviamente o contrato precisará continuar a ser gerenciado e então a fase
de acompanhamento da execução contratual será estendida.

A prorrogação de um contrato é “apenas” uma das alterações que estes


podem sofrer. Algumas dessas alterações podem ser realizadas
unilateralmente pela Administração, conforme prerrogativa dada pela lei
8666/93, no art. 58.

“Lei 8666/93 […]

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Art. 58. O regime jurídico dos contratos administrativos instituído por esta
Lei confere à Administração, em relação a eles, a prerrogativa de:

I - modificá-los, unilateralmente, para melhor adequação às


finalidades de interesse público, respeitados os direitos do
contratado; (...)

§ 2o Na hipótese do inciso I deste artigo, as cláusulas econômico-


financeiras do contrato deverão ser revistas para que se mantenha o
equilíbrio contratual.”

Em seguida temos o art. 65 que detalha melhor as possibilidades de


modificação dos contratos pela Administração de forma unilateral.

“Lei 8666/93 […]

Art. 65. Os contratos regidos por esta Lei poderão ser alterados, com as
devidas justificativas, nos seguintes casos:

I - unilateralmente pela Administração:

a) quando houver modificação do projeto ou das especificações,


para melhor adequação técnica aos seus objetivos;

b) quando necessária a modificação do valor contratual em


decorrência de acréscimo ou diminuição quantitativa de seu objeto,
nos limites permitidos por esta Lei;”

Fiquem atentos para o fato de que sempre serão necessárias as devidas


justificativas para a realização de qualquer modificação contratual e que o

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remuneração da obra, serviço ou fornecimento, objetivando a manutenção


do equilíbrio econômico-financeiro inicial do contrato, na hipótese de
sobrevirem fatos imprevisíveis, ou previsíveis porém de conseqüências
incalculáveis, retardadores ou impeditivos da execução do ajustado, ou,
ainda, em caso de força maior, caso fortuito ou fato do príncipe,
configurando álea econômica extraordinária e extracontratual.”

Observem ainda a alínea “b” que indica a possibilidade de alteração no


regime de execução do contrato quando for verificada a inaplicabilidade
técnica dos termos contratuais. Nos contratos de TI isto é possível de
acontecer, porém certamente indicaria uma falha no planejamento da
contratação, já que esta é a fase onde são determinados os termos
contratuais.

Para exemplificar, vamos supor que em um contrato de “help-desk”, de


acordo com os termos contratuais, o serviço seria prestado a partir do
ambiente da contratante, porém, posteriormente, foi verificado que a
infraestrutura necessária para o serviço não existe (falha no planejamento
da contratação). Será necessária uma modificação contratual para que o
serviço seja prestado, por exemplo, a partir das instalações do próprio
contratado que, neste caso, deve concordar com tal modificação para que
esta seja realizada.

Os demais parágrafos deste artigo também merecem certo destaque como


se segue:

Art. 65.[...]

§ 3º Se no contrato não houverem sido contemplados preços unitários para


obras ou serviços, esses serão fixados mediante acordo entre as partes,

respeitados os limites estabelecidos no § 1o deste artigo.

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§ 4º No caso de supressão de obras, bens ou serviços, se o contratado já


houver adquirido os materiais e posto no local dos trabalhos, estes deverão
ser pagos pela Administração pelos custos de aquisição regularmente
comprovados e monetariamente corrigidos, podendo caber indenização por
outros danos eventualmente decorrentes da supressão, desde que
regularmente comprovados.

§ 5º Quaisquer tributos ou encargos legais criados, alterados ou extintos,


bem como a superveniência de disposições legais, quando ocorridas após
a data da apresentação da proposta, de comprovada repercussão nos
preços contratados, implicarão a revisão destes para mais ou para menos,
conforme o caso.

§ 6º Em havendo alteração unilateral do contrato que aumente os encargos


do contratado, a Administração deverá restabelecer, por aditamento, o
equilíbrio econômico-financeiro inicial.

§ 7o (VETADO)

§ 8º A variação do valor contratual para fazer face ao reajuste de preços


previsto no próprio contrato, as atualizações, compensações ou
penalizações financeiras decorrentes das condições de pagamento nele
previstas, bem como o empenho de dotações orçamentárias suplementares
até o limite do seu valor corrigido, não caracterizam alteração do mesmo,
podendo ser registrados por simples apostila, dispensando a celebração de
aditamento.

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faturamento, e encaminhada formalmente à área administrativa para


avaliação de outros aspectos pertinentes, registro da liquidação da despesa
e pagamento.

A atestação técnica e a atestação realizada pelo fiscal administrativo se


complementam e cumprem a etapa de atestação de fatura que se traduz
em garantir que o serviço foi executado ou o produto entregue em
consonância ao objeto contratado e que o contratado está regular com suas
obrigações administrativas. A partir de tal situação, tem-se o que Lei
4.320/64 denomina de “verificação do cumprimento do implemento de
condição” que é realizada através da liquidação da despesa para seu
posterior pagamento. Na liquidação serão verificadas as seguintes
situações:

 A origem e do objeto que se deve pagar;


 A importância exata a ser paga;
 A quem se deve pagar a importância para extinção da obrigação.

A liquidação e pagamento da despesa já fazem parte do “ciclo da despesa”,


conforme figura abaixo apenas para fixação.

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Figura 4 - Ciclo Contratação x Ciclo Despesa

Bom pessoal, é isso por hoje! Espero sinceramente que tenham gostado
da aula!

Vamos ao nosso resumo!

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 Plano de Fiscalização da Contratada – Documento que prevê a


metodologia, procedimentos, controles e recursos necessários à
fiscalização. Este documento deve trazer o refinamento dos
procedimentos de testes e inspeção que subsidiarão a elaboração dos
termos de recebimento provisório e definitivo. Deve ainda considerar
a possibilidade de utilização de ferramentas para implantação e
acompanhamento de indicadores. Além disto, é previsto o
refinamento de lista de verificações;

 Sempre que a prestação do serviço objeto da contratação puder ser


avaliada por determinada unidade quantitativa de serviço prestado,
esta deverá estar prevista no edital e no respectivo contrato, e será
utilizada como um dos parâmetros de aferição de resultados

 Acordos de nível de serviços estabelecem os parâmetros de qualidade


de um bem ou um serviço de TI contratado;

 Existe a possibilidade excepcional de autorizar, em hipóteses


específicas e pontuais, e em virtude de fatores imprevisíveis e alheios
ao controle da contratada, a prestação do serviço com menor nível
de conformidade daquele previsto.

 O TCU prega que não há “acordos” em contratos junto à


Administração Pública, mas sim Níveis Mínimos Exigidos. Neste
sentido assume-se que não são possíveis alterações ou
renegociações dos níveis mínimos de serviços definidos em edital e
contrato;

 O objetivo das cláusulas de SLA é vincular o pagamento dos serviços


aos resultados alcançados, em complemento à mensuração dos
serviços efetivamente prestados;

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 O preposto é o representante da contratada que estará presente no


dia a dia do contrato e será o principal contato junto à contratante;

 No aditamento de contratos a Administração deve atentar-se para o


fato de que o núcleo do objeto da contratação deverá permanecer
imutável e que a lei geral de licitações estabelece que os contratos
de ser “aditivados” em no máximo 25% da quantidade prevista
inicialmente;

 Prestação de Serviços Contínuos podem ter contratos de duração de


até 60 meses, com prorrogação excepcional de mais 12 meses;

 Apenas as supressões superiores ao limite de 25% são permitidas;

 Nas situações de supressões, caso o contratado já tenha adquirido e


posto no local de execução do contrato, os materiais necessários
para os trabalhos, a Administração deverá pagar esses materiais
considerando o valor de custo (comprovado) dos mesmos.

 As compensações, sanções, atualizações e repactuações não exigem


aditamento e são realizadas por “apostilamento”;

 O aditamento de contratos de TI deverá ser realizado com base no


histórico do gerenciamento do contrato e na manutenção dos
princípios que “justificam” a contratação: necessidade,
economicidade e oportunidade.

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gestor do contrato poderá suspender temporariamente a empresa


para participação de licitação pelo prazo máximo de dois anos.
2. (FCC - 2010 - TRT) No que diz respeito à sanção de multa,
aplicável ao contratado em decorrência de contrato administrativo
celebrado com a Administração Pública:

a) A multa não acarreta a perda da garantia, ainda que superior a


esta.

b) Na hipótese de atraso injustificado na execução do contrato, a


multa
aplicada impede a rescisão unilateral do contrato.

c) A multa não pode ser descontada da garantia do respectivo


contratado.

d) A multa pode ser cumulada com a sanção de advertência, na


hipótese de inexecução total ou parcial do contrato.

e) A sanção de suspensão temporária de participação em licitação


obrigatoriamente será aplicada com pena de multa.

3. (FCC - 2010 - MPE-RS) - Nos termos da Lei no 8.666/93, a


duração do contrato de aluguel de equipamentos de informática

a) não pode ultrapassar o prazo de vinte e quatro meses.


b) pode ter a duração máxima de trinta e seis meses.
c) pode se estender, desde logo, pelo prazo de até quarenta e oito
meses.

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d) sujeita-se à regra geral, segundo a qual a duração dos contratos


não pode superar a vigência dos respectivos créditos orçamentários.
e) pode se estender, desde logo, pelo prazo de até sessenta meses

4. (CESPE - 2010 – TCU e outras - Adaptada) – Sobre os


contratos de TI, marque a opção incorreta:

a) O contratado deve manter preposto aceito pela administração


pública no local da obra ou serviço, para representá-lo na execução
do contrato.

b) A inexecução total ou parcial do contrato administrativo dá à


Administração Pública a prerrogativa de aplicar sanções de natureza
administrativa, como a multa, mas na forma prevista no instrumento
convocatório ou no contrato.

c) É obrigação do fiscal do contrato, antes de cada pagamento, rever


a habilitação completa do contratado, por força de cláusula necessária
que deve estar prevista no contrato.

d) Quando regidos pela Lei n.o 8.666/1993, os contratos relativos ao


aluguel de equipamentos e à utilização de programas de informática
devem ter duração adstrita à vigência dos respectivos créditos
orçamentários.

e) O percentual correspondente de multas resultantes da má


execução de um contato de TI deverá obedecer a uma escala gradual
para aquelas sanções recorrentes.

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5. (ESAF - 2006 – CGU) A regra básica relativa à vigência dos


contratos administrativos é:

a)duração adstrita aos respectivos créditos orçamentários.


b) duração de até 60 meses.
c) duração definida em cada edital de licitação.
d) duração de um ano.
e)duração de até 24 meses.

6. ESAF - AFC (CGU)/Auditoria e Fiscalização/Geral/2012 - Em


se tratando de serviços, executado o contrato, o seu objeto será
recebido provisoriamente, pelo responsável por seu
acompanhamento e fiscalização, mediante termo circunstanciado
assinado

a) pelo fiscal em até cinco dias úteis da comunicação escrita do


contratado.

b) pelo fiscal em até quinze dias úteis da comunicação oral do


contratado.

c) pelo gestor administrativo em até três dias úteis da comunicação


escrita do contratado.

d) pelas partes em até quinze dias da comunicação escrita do


contratado.

e) pelas partes em até três dias da comunicação escrita do


contratado.

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7. (FCC - 2011 – TER-RN) Nos contratos administrativos:

a) o contratado é responsável pelos danos causados diretamente à


Administração ou a terceiros, decorrentes de sua culpa ou dolo na
execução do contrato; no entanto, essa responsabilidade é excluída
ou reduzida pela fiscalização ou acompanhamento pelo órgão
interessado.

b) a execução do contrato deverá ser acompanhada e fiscalizada por


um representante da Administração especialmente designado, não
sendo permitida a contratação de terceiros para subsidiá-lo de
informações pertinentes a essa atribuição.

c) o contratado é obrigado a reparar, corrigir, remover, reconstruir


ou substituir, às suas expensas, no total ou em parte, o objeto do
contrato em que se verificarem vícios, defeitos ou incorreções
resultantes da execução ou de materiais empregados.

d) a inadimplência do contratado, com referência aos encargos


trabalhistas, fiscais e comerciais transfere à Administração Pública a
responsabilidade por seu pagamento, além de poder onerar o objeto
do contrato e restringir a regularização e o uso das obras e
edificações, inclusive perante o Registro de Imóveis

e) o contratado, na execução do contrato, sem prejuízo das


responsabilidades contratuais e legais, não poderá, em qualquer
hipótese, subcontratar partes da obra, do serviço ou do fornecimento.

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8. (FCC - 2010 – TCE-SP) Na execução dos contratos, o contratado


é responsável pelos danos causados diretamente à Administração ou
a terceiros, decorrentes

a) apenas de dolo na execução do contrato, não excluindo ou


reduzindo essa responsabilidade a fiscalização ou o acompanhamento
pelo órgão interessado.

b) de sua culpa ou dolo na execução do contrato, excluindo essa


responsabilidade a fiscalização ou o acompanhamento pelo órgão
interessado.

c) de sua culpa ou dolo na execução do contrato, reduzindo essa


responsabilidade a fiscalização ou o acompanhamento pelo órgão
interessado.

d) de sua culpa ou dolo na execução do contrato, não excluindo ou


reduzindo essa responsabilidade a fiscalização ou o acompanhamento
pelo órgão interessado.

e) apenas de dolo na execução do contrato, reduzindo essa


responsabilidade a fiscalização ou o acompanhamento pelo órgão
interessado

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gestor do contrato poderá suspender temporariamente a empresa


para participação de licitação pelo prazo máximo de dois anos.

Comentários:

A letra “A” é o gabarito. Ela está incorreta pois não é facultado ao


gestor aplicar as sanções. Uma vez incorrido o erro, falha ou
irregularidade em relação ao contrato, a aplicação da sanção é
obrigação do gestor do contrato.
Gabarito: A

2. (FCC - 2010 - TRT) No que diz respeito à sanção de multa,


aplicável ao contratado em decorrência de contrato administrativo
celebrado com a Administração Pública:

a) A multa não acarreta a perda da garantia, ainda que superior a


esta.

b) Na hipótese de atraso injustificado na execução do contrato, a


multa
aplicada impede a rescisão unilateral do contrato.

c) A multa não pode ser descontada da garantia do respectivo


contratado.

d) A multa pode ser cumulada com a sanção de advertência, na


hipótese de inexecução total ou parcial do contrato.

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e) A sanção de suspensão temporária de participação em licitação


obrigatoriamente será aplicada com pena de multa.

Comentários:

O gabarito é a letra “D” de acordo com o que define o art. 88, §2° da
Lei 8.666/93. A letra A está errada pois a multa poderá ser
descontada da garantia até o seu limite (art. 86, §2°). Já a letra B é
incorreta, pois no caso de atraso injustificado o contrato poderá ser
rescindido independentemente da aplicação da multa. A letra C está
errada porque a multa pode ser descontada da garantia do
contratado. E a letra E está errada porque a aplicação de suspensão
temporária não necessariamente deverá ser aplicada juntamente com
a multa.
Gabarito: D

3. (FCC - 2010 - MPE-RS) - Nos termos da Lei no 8.666/93, a


duração do contrato de aluguel de equipamentos de informática

a) não pode ultrapassar o prazo de vinte e quatro meses.


b) pode ter a duração máxima de trinta e seis meses.
c) pode se estender, desde logo, pelo prazo de até quarenta e oito
meses.
d) sujeita-se à regra geral, segundo a qual a duração dos contratos
não pode superar a vigência dos respectivos créditos orçamentários.
e) pode se estender, desde logo, pelo prazo de até sessenta meses.

Comentários:

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De acordo com o o art. 57, IV da Lei 8.666/93, os contratos de locação


de equipamentos de TI podem se estender até o limite de 48 meses,
configurando uma das exceções à restrição do limite dos créditos
orçamentários.

“Lei 8666/93 [...]

Art. 57. A duração dos contratos regidos por esta Lei ficará adstrita à
vigência dos respectivos créditos orçamentários, exceto quanto aos
relativos: […]

IV - ao aluguel de equipamentos e à utilização de programas de


informática, podendo a duração estender-se pelo prazo de até 48
(quarenta e oito) meses após o início da vigência do contrato.

Gabarito: C

4. (CESPE - 2010 – TCU e outras - Adaptada) – Sobre os


contratos de TI, marque a opção incorreta:

a) O contratado deve manter preposto aceito pela administração


pública no local da obra ou serviço, para representá-lo na execução
do contrato.

b) A inexecução total ou parcial do contrato administrativo dá à


Administração Pública a prerrogativa de aplicar sanções de natureza

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administrativa, como a multa, mas na forma prevista no instrumento


convocatório ou no contrato.

c) É obrigação do fiscal do contrato, antes de cada pagamento, rever


a habilitação completa do contratado, por força de cláusula necessária
que deve estar prevista no contrato.

d) Quando regidos pela Lei n.o 8.666/1993, os contratos relativos ao


aluguel de equipamentos e à utilização de programas de informática
devem ter duração adstrita à vigência dos respectivos créditos
orçamentários.

e) O percentual correspondente de multas resultantes da má


execução de um contato de TI deverá obedecer a uma escala gradual
para aquelas sanções recorrentes.

Comentários:

O gabarito é a letra “D” que está incorreta, pois trata-se de hipótese


excepcional prevista no art. 57, IV da Lei 8.666/93, conforme
explicado na questão anterior.
Gabarito: D

5. (ESAF - 2006 – CGU) A regra básica relativa à vigência dos


contratos administrativos é:

a) duração adstrita aos respectivos créditos orçamentários.


b) duração de até 60 meses.

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c) duração definida em cada edital de licitação.


d) duração de um ano.
e) duração de até 24 meses.

Comentários:

A questão pede a regra geral que diz que a duração dos contratos é
adstrita aos respectivos créditos orçamentários. Vocês devem ter
percebido que as bancas gostam muito do tema, então leiam
novamente o art. 57 da 8666/93.

“Lei 8666/93 [...]

Art. 57. A duração dos contratos regidos por esta Lei ficará adstrita à
vigência dos respectivos créditos orçamentários, exceto quanto aos
relativos:

I - aos projetos cujos produtos estejam contemplados nas metas


estabelecidas no Plano Plurianual, os quais poderão ser prorrogados
se houver interesse da Administração e desde que isso tenha sido
previsto no ato convocatório;

II - à prestação de serviços a serem executados de forma contínua,


que poderão ter a sua duração prorrogada por iguais e sucessivos
períodos com vistas à obtenção de preços e condições mais
vantajosas para a administração, limitada a sessenta meses;

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IV - ao aluguel de equipamentos e à utilização de programas de


informática, podendo a duração estender-se pelo prazo de até 48
(quarenta e oito) meses após o início da vigência do contrato.

V - às hipóteses previstas nos incisos IX, XIX, XXVIII e XXXI do art.


24, cujos contratos poderão ter vigência por até 120 (cento e vinte)
meses, caso haja interesse da administração.

§ 3o É vedado o contrato com prazo de vigência indeterminado.

§ 4o Em caráter excepcional, devidamente justificado e mediante


autorização da autoridade superior, o prazo de que trata o inciso II
do caput deste artigo poderá ser prorrogado por até doze meses.”

Gabarito: A

6. ESAF - AFC (CGU)/Auditoria e Fiscalização/Geral/2012 - Em


se tratando de serviços, executado o contrato, o seu objeto será
recebido provisoriamente, pelo responsável por seu
acompanhamento e fiscalização, mediante termo circunstanciado
assinado

a) pelo fiscal em até cinco dias úteis da comunicação escrita do


contratado.

b) pelo fiscal em até quinze dias úteis da comunicação oral do


contratado.

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c) pelo gestor administrativo em até três dias úteis da comunicação


escrita do contratado.

d) pelas partes em até quinze dias da comunicação escrita do


contratado.

e) pelas partes em até três dias da comunicação escrita do


contratado.

Comentários:

Conforme disposto na lei 8666/93, o recebimento provisório será


assinado pelas partes em até 15 dias a contar da data em que o
preposto informar formalmente sobre a entrega do serviço ou bem.

Gabarito: D

7. (FCC - 2011 – TER-RN) Nos contratos administrativos:

a) o contratado é responsável pelos danos causados diretamente à


Administração ou a terceiros, decorrentes de sua culpa ou dolo na
execução do contrato; no entanto, essa responsabilidade é excluída
ou reduzida pela fiscalização ou acompanhamento pelo órgão
interessado.

b) a execução do contrato deverá ser acompanhada e fiscalizada por


um representante da Administração especialmente designado, não
sendo permitida a contratação de terceiros para subsidiá-lo de
informações pertinentes a essa atribuição.

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c) o contratado é obrigado a reparar, corrigir, remover, reconstruir


ou substituir, às suas expensas, no total ou em parte, o objeto do
contrato em que se verificarem vícios, defeitos ou incorreções
resultantes da execução ou de materiais empregados.

d) a inadimplência do contratado, com referência aos encargos


trabalhistas, fiscais e comerciais transfere à Administração Pública a
responsabilidade por seu pagamento, além de poder onerar o objeto
do contrato e restringir a regularização e o uso das obras e
edificações, inclusive perante o Registro de Imóveis

e) o contratado, na execução do contrato, sem prejuízo das


responsabilidades contratuais e legais, não poderá, em qualquer
hipótese, subcontratar partes da obra, do serviço ou do fornecimento.

Comentários:

Pessoal, o gabarito da questão é a letra “C”, pois reza a lei 8.666/93:

Art. 69. O contratado é obrigado a reparar, corrigir, remover,


reconstruir ou substituir, às suas expensas, no total ou em parte, o
objeto do contrato em que se verificarem vícios, defeitos ou
incorreções resultantes da execução ou de materiais empregados.

Questão literal da FCC.


Gabarito: C

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8. (FCC - 2010 – TCE-SP) Na execução dos contratos, o contratado


é responsável pelos danos causados diretamente à Administração ou
a terceiros, decorrentes

a) apenas de dolo na execução do contrato, não excluindo ou


reduzindo essa responsabilidade a fiscalização ou o acompanhamento
pelo órgão interessado.

b) de sua culpa ou dolo na execução do contrato, excluindo essa


responsabilidade a fiscalização ou o acompanhamento pelo órgão
interessado.

c) de sua culpa ou dolo na execução do contrato, reduzindo essa


responsabilidade a fiscalização ou o acompanhamento pelo órgão
interessado.

d) de sua culpa ou dolo na execução do contrato, não excluindo ou


reduzindo essa responsabilidade a fiscalização ou o acompanhamento
pelo órgão interessado.

e) apenas de dolo na execução do contrato, reduzindo essa


responsabilidade a fiscalização ou o acompanhamento pelo órgão
interessado

Comentários:
Mais uma questão literal da FCC. E eles e as outras bancas gostam
do assunto viu?! O gabarito é letra “D”, pois o contratado deve
reparar donos causados por ele, independentemente se foi por dolo

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ou culpa. Além disso, a fiscalização exercida não exclui nem retira


sua responsabilidade.
Gabarito: D

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01 02 03 04 05 06 07 08
A D C D A D C D

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