Era Vitoriana
Era Vitoriana
Era Vitoriana
Durante a era vitoriana, a população da Inglaterra quase duplicou, passando de 16,8 milhões em 1851 para
30,5 milhões em 1901. A população da Irlanda diminuiu rapidamente, de 8,2 milhões em 1841 para menos
de 4,5 milhões em 1901.
No início da era vitoriana, a Câmara dos Comuns foi dominada por dois partidos, os whigs e os tories. A
partir de 1850, os whigs são chamados de liberais e os tories ficaram conhecidos como conservadores.
Ambas as partes foram lideradas por estadistas proeminentes, incluindo lorde Melbourne, sir Robert Peel,
lorde Derby, lorde Palmerston, William Gladstone, Benjamin Disraeli e lorde Salisbury.
Em 1901, com a morte da rainha Vitória e a ascensão de Eduardo VII, iniciou-se a era eduardiana.[2]
Índice
Economia
População na era vitoriana
Taxa de fecundidade
Taxa de fecundidade
Taxa de mortalidade
Sociedade
As classes sociais
Prostituição
Trabalho infantil
A cultura do ópio e de outras drogas
A obsessão para com a morte
Cultura e entretenimento
Cronologia
Ver também
Referências
Bibliografia
Economia
Nesta época, a indústria da Grã-Bretanha continuou a ser
predominantemente têxtil e, juntamente com a indústria do
vestuário empregava quase 40% da mão-de-obra industrial
em 1880. A mecanização aconteceu de forma distinta nos
setores: alguns, como o do algodão, adotaram-na mais
rapidamente, enquanto outros, como o da lã, com um maior
atraso.[3] A indústria siderúrgica cresceu de forma bastante
rápida, mas perdeu força ao longo da época.[3] O nível de
exportações britânicas foi maior na segunda fase da
Revolução Industrial, entre 1840 e 1860.[4]
Abertura da linha ferroviária entre Liverpool No período vitoriano, uma das mais importantes medidas
e Manchester (1830) econômicas adotadas foi a revogação dos Atos de
Navegação, que foram instituídos por Oliver Cromwell no
século XVII. Tal fato deu-se em razão do crescimento naval
de outras nações o que estava afetando o comércio e a economia inglesa. O não envolvimento em questões
de guerra na Europa também contribuiu para o efetivo desenvolvimento económico que já era acelerado. A
participação mundo afora nos transportes públicos, com as companhias de capital, e produtos
industrializados terminaram por consolidar o apogeu económico do período.
A revolução ao nível dos transportes, com a introdução do comboio e do barco a vapor, fez com que
fossem necessárias maiores quantidades de materiais pesados como o ferro e o aço e ainda o carvão, o que
fez com que estes mercados se expandissem. Entre 1850 e 1873, o Reino Unido produziu dois terços do
carvão a nível mundial, metade do algodão e quase metade dos produtos metálicos.[5]
Em 1850, a Grã-Bretanha tinha pouco mais de 200 000 trabalhadores em 3 000 minas. Este número
aumentou e atingiu o meio milhão de pessoas ainda antes do final do século. O elevado número de mineiros
em certos distritos tornava este grupo decisivo em alturas de eleições e muitos, motivados pela falta de
condições de segurança no trabalho e aos baixos ordenados, acabaram por aderir a sindicatos de ideologia
socialista.[6]
Em meados do século XIX, metade das empresas era de pequena dimensão. No Lancashire, em 1841,
apenas 0,5% das empresas tinha mais de 500 trabalhadores e 50% das empresas não chegavam aos 100
trabalhadores. Em 1871, mais de 23 000 fábricas tinham em média 86 trabalhadores.[5]
Também foi durante a era vitoriana que se construíram e desenvolveram as primeiras linhas do metro de
Londres.
A Grã-Bretanha era líder no rápido crescimento económico e populacional. Na época, Thomas Malthus
acreditava que a falta de crescimento fora do Reino Unido se devia à “armadilha malthusiana” que dita que
a população tem tendência a aumentar mais rapidamente do que os recursos materiais, o que resultava em
crises (tais como fomes, guerras ou epidemias) que reduziam a população para números mais sustentáveis.
O Reino Unido escapou à “armadilha malthusiana” devido ao impacto positivo da Revolução Industrial nas
condições de vida da população.[7] As pessoas tinham mais dinheiro e podiam melhorar as suas
circunstâncias, portanto o aumento da população era sustentável.
Taxa de fecundidade
As taxas de natalidade começaram por ser medidas através do método da taxa de natalidade bruta, que
media os nascimentos por ano na população por cada mil pessoas. Este método não é considerado o mais
preciso uma vez que as taxas de fertilidade dos grupos-chave não é clara. O método também não tem em
consideração as mudanças populacionais, tais como o mesmo número de nascimentos numa população
mais reduzida (como quando os homens vão para a guerra, etc.).
Taxa de mortalidade
A taxa de mortalidade no Reino Unido mudou bastante durante o século XIX. Não houve nenhuma
catástrofe de fome ou surto epidémico na Inglaterra e na Escócia durante esse século, sendo a primeira vez
na História do país que essa situação se verificou. As mortes por cada mil habitantes na Inglaterra e no País
de Gales desceram de 21,9 entre 1848 e 1854 para 17 em 1901.[9] O estatuto social teve um grande
impacto na taxa de mortalidade uma vez que as classes mais elevadas tinham uma taxa mais baixa de morte
precoce no início do século XIX do que as classes mais baixas.[10]
As condições ambientais e de saúde também melhoraram durante a era vitoriana. As melhorias na nutrição
também tiveram um papel importante.[9] As redes de esgotos foram melhoradas, assim como a qualidade da
água. Com melhores condições ambientais, as doenças espalhavam-se mais dificilmente e as pessoas eram
menos contaminadas. Houve também evoluções a nível da medicina uma vez que a população tinha mais
dinheiro para gastar em inovações na área médica (tais como técnicas para prevenir a morte durante o parto,
pelo que mais mulheres e crianças sobreviviam), o que também levou a que se encontrassem mais curas
para as doenças. Porém, houve uma epidemia de cólera em Londres entre 1848 e 1849 que matou 14 137
pessoas e mais 10 738 quando voltou a surgir em 1853. Há quem atribua esta anomalia à substituição das
fossas sépticas nos esgotos de Londres.
Sociedade
A sociedade da era vitoriana era pródiga em
moralismos e disciplina, com preconceitos rígidos e
proibições severas.[11] Os valores vitorianos podiam
classificar-se como “puritanos”, e na época a
poupança, a dedicação ao trabalho, a defesa da
moral, os deveres da fé e o descanso dominical eram
considerados valores de grande importância.[12]
Talvez tenha sido esta moralidade acentuada que levou o psicanalista Jacques Lacan a dizer que sem a
rainha Vitória não teria existido a psicanálise, uma vez que foi ela que fez com que fosse necessário o que
Lacan apelidou de “despertar”.[14]
Certas condições como a preguiça e o vício estavam vinculados à pobreza e o sexo era alvo de repulsa
social, uma vez que era associado a paixões baixas e o seu caráter animalesco provinha da carne.[15] Por
estas razões, considerava-se que a castidade era uma virtude que devia ser protegida.[16]
Uma novidade da época foi o abandono da ruralidade: em 1851, e pela primeira vez na História, o número
de habitantes das cidades ultrapassou o das aldeias. Nos anos seguintes, o número de populações rurais
diminuiu de forma acelerada, ainda que o número de camponeses se tivesse mantido estabilizado. Em 1880,
a população rural constituía apenas 10% da população total ativa e a falta de alimentos era resolvida com a
importação.[18]
A industrialização deu origem a uma classe média burguesa que aumentou gradualmente a sua influência
nas normas culturais, estilo de vida e valores morais da sociedade. A casa da classe média passou a ter
características que a identificavam de forma clara. Anteriormente, tanto nas vilas como nas cidades, o
espaço residencial era adjacente ou incorporado no local de trabalho e ocupava virtualmente o mesmo
espaço geográfico. A vida privada e a vida profissional passaram a ser distintas. Na era vitoriana, a vida
familiar inglesa tornou-se cada vez mais compartimentada: o lar era uma estrutura autossuficiente que
abrigava a família imediata e que era alargada de acordo com as circunstâncias e podia incluir outras
relações de sangue. O conceito de privacidade tornou-se um marco da vida da classe média. “…A casa
inglesa fechou-se e tornou-se mais escura no decorrer desta década (1850), o culto da vida doméstica
associou-se ao culto da privacidade”. A burguesia vivia num espaço interior, escondido atrás de cortinas e
desconfiava das intrusões, abrindo apenas as suas portas com convites para festas ou para o chá.[19] “O
facto de as pessoas não se conhecerem umas às outras e de a sociedade contribuir para a manutenção de
uma fachada que escondia inúmeros mistérios, foram os temas que preocuparam muitos dos romancistas de
meados do século”.[20]
As classes sociais
A classe média comum e a classe média baixa Segunda versão da obra de Abraham Solomon, First
tentavam imitar os costumes das classes mais altas Class - The Meeting (1855). A obra original causou
e os seus membros eram pequenos comerciantes e polémica por mostrar dois jovens a falar enquanto o
empresários, médicos e advogados, entre homem mais velho dormitava e teve de ser alterada
outros.[22] para se ajustar à moral vitoriana.
No seu conjunto, a classe alta controlava, em 1873, quase 80% da superfície da Inglaterra [23] e possuía
ainda uma representação no Parlamento e no conselho de ministros que chegava a atingir os 80% e 60%
respetivamente.[24] Além disso, ocupava os postos de chefia do exército (três quartos destas posições
espet va e te. é d sso, ocupava os postos de c e a do e é c to (t ês qua tos destas pos ções
estavam nas mãos de membros da classe alta em 1838) e da igreja anglicana (até ao final do século, cerca
de metade dos bispos estavam casados com mulheres da aristocracia).[25][26]
A classe trabalhadora, a baixa, possuía um elevado número de empregados domésticos. Em 1851, cerca de
1 900 indivíduos realizavam esse tipo de tarefas, em 1871 esse número atingia já quase o meio milhão e, no
final do século XIX eram já quase dois milhões e meio de pessoas.[27]
Os trabalhadores não possuíam quaisquer benefícios sociais. A única regulação que existia consistia na Lei
dos Pobres, mas ela servia de pouco.[27]
Prostituição
A dupla moral sexual era comum na era vitoriana. Se por um lado a rainha mandou aumentar as toalhas de
mesa do palácio para que cobrissem as pernas da mesa na sua totalidade, uma vez que dizia que elas
podiam fazer lembrar as pernas de uma mulher aos homens, por outro, desenvolvia-se um mundo sexual
clandestino onde proliferava o adultério e a prostituição. Existiam ainda as cortesãs, mulheres que
“cuidavam” exclusivamente dos monarcas.
A prostituição era uma atividade bastante frequente no Reino Unido do século XIX. Só em Whitechapel, a
polícia metropolitana estimava que existiam cerca de 1 200 prostitutas de classe social baixa e 62
bordéis.[29] No geral, estas mulheres vendiam os seus serviços por valores bastante baixos e tinham
diferentes nacionalidades. Londres era uma capital em crescimento económico acentuado e um destino
popular para muitos estrangeiros.
As prostitutas enchiam os bares e as ruas de Whitechapel, um dos bairros mais pobres do East End de
Londres. Porém, também se encontravam perto de teatros e de estabelecimentos de ócio masculinos, desde
bordéis até locais onde os homens bebiam e viam espetáculos eróticos, muitas vezes protagonizados por
menores. A prostituição homossexual também existia, ainda que o seu secretismo fosse ainda maior.
Um estudo realizado no final da era vitoriana revelou que mais de 90% das prostitutas na prisão de
Millbank eram filhas de trabalhadores não qualificados ou semi-qualificados e mais de 50% tinham sido
criadas por serventes e as restantes por mulheres com trabalhos precários como vendedoras ambulantes,
lavadeiras e empregadas de limpeza.
O surgimento de Jack, o Estripador no verão de 1888 foi devastador para as prostitutas de Londres. A
histeria apoderou-se não só de Londres, mas também do país inteiro que lia as notícias nos jornais com
assombro e indignação por a polícia não ter detido nem um só homem. O homicídio de prostitutas era
comum na altura. Registavam-se bastantes esfaqueamentos, assim como suicídios de mulheres que
cortavam as suas próprias gargantas com facas (na época, este método de suicídio era bastante comum),
mas o modus operandi do assassino surpreendeu até os mais insensíveis. O assassino nunca foi encontrado.
Trabalho infantil
Algumas crianças da época trabalhavam como moços de recados, varredores, engraxadores de sapatos e
vendiam artigos de baixo preço nas ruas tais como fósforos e flores. Outras aprendiam certas aptidões, tais
como construção e serviço doméstico. As horas de trabalho eram longas: os trolhas chegavam a trabalhar
64 horas por semana no verão e 52 horas no inverno, enquanto que os empregados domésticos chegavam a
trabalhar 80 horas por semana. Muitas jovens trabalhavam como prostitutas (a maioria das prostitutas em
Londres tinham entre 15 e 22 anos).[34]
Um dos pioneiros na investigação do trabalho infantil e das suas consequências, foi o cirurgião e
farmacêutico Charles Turner Thackrah, que publicou vários estudos onde revelou os seus riscos para a
saúde e propôs medidas preventivas. Na sua obra, The Effects of Arts, Trades and Professions and of Civic
p p p , ff f , f f
States and Habits of Living, on Health and Longevity, revela, num tom de preocupação, os longos horários
que as fábricas têxteis deviam cumprir, principalmente as mais pequenas. A sua opinião e diversas obras
contribuíram para a criação de reformas nas leis.[35] O Estado inglês tomou medidas em 1833 que
regulavam o trabalho infantil. O Factory Act impedia que crianças com menos de 9 anos trabalhassem e
obrigava que as fábricas registassem os seus horários e fornecessem apoio escolar. O facto de as crianças
terem uma profissão impedia que fossem para a escola e, em 1828, 2 em cada 14 crianças britânicas tinham
andado na escola.[30]
Em Inglaterra, 44% dos ladrões e 23% dos agressores tinham menos de 21 anos de idade.[30]
Os britânicos não só viam no ópio benefícios medicinais, como também benefícios económicos, uma vez
que o exportavam. Em 1830, a situação crítica da sociedade chinesa fez com que fosse ordenado um
combate ao ópio e, em 1839, o representante chinês Lin Hse Tsu enviou uma carta à rainha Vitória a pedir-
lhe para não autorizar a comercialização de substâncias tóxicas: “(…) Parece que esta mercadoria
envenenada é fabricada por algumas pessoas diabólicas em locais que estão sob a lei de Sua Majestade (…)
Ouvi dizer que é proibido fumar ópio no seu país. Isso significa que não ignora até que ponto ele pode ser
nocivo. Porém, em vez de proibir o consumo de ópio, era melhor proibir a sua venda ou, melhor ainda, o
seu fabrico”.[38] Obviamente, a rainha rejeitou o pedido. Entre 1839 e 1842, teve lugar a Primeira Guerra
do Ópio que terminou com a China a render-se, a entrega da ilha de Hong Kong ao Reino Unido e a
subsequente abertura das importações. Entre 1856 e 1869, teve lugar a Segunda Guerra do Ópio, na qual a
Grã-Bretanha e a França eram aliadas e que teve consequências ainda mais catastróficas para a China que
não aceitou os primeiros tratados que ditavam que devia, quando terminasse a guerra, legalizar o comércio
do ópio, indemnizar a Grã-Bretanha e a França, abrir o seu comércio, indemnizar os comerciantes
britânicos e abrir a cidade de Pequim ao comércio.
O ópio era de tal forma aceito pela sociedade que os grandes autores da era vitoriana, como Charles
Dickens, Oscar Wilde e Sir Arthur Conan Doyle fazem referências à droga em muitas das suas obras.[36]
Havia ainda regras bastante restritas no que diz respeito ao luto. As viúvas tinham de usar vestimentas de
luto durante dois anos e meio após a morte dos maridos e não podiam socializar durante esse período.[41] A
própria rainha Vitória manteve um luto de 40 anos quando o seu marido, o príncipe Alberto, faleceu.
Esta ligação à morte estendia-se ainda ao entretenimento. Os espectáculos de espiritismo atraiam multidões
e em privado as sessões de espíritos com a presença de médiuns estavam em voga, principalmente nas
classes mais altas. A popularidade do espiritismo nesta época é atribuída ao declínio na crença religiosa ao
mesmo tempo que o prestígio da ciência aumentava. Muitos vitorianos achavam que este fenómeno
apresentava uma explicação mais racional para o que sucedia após a morte e procuravam nas sessões de
espíritos provas de vida após a morte.[42]
Cultura e entretenimento
O reflorescimento da arquitetura gótica sob a forma conhecida como neo-gótica tornou-se cada vez mais
significativo nesse período, levando ao conflito entre os ideais góticos e clássicos. A arquitetura para o
novo Palácio de Westminster (destruído em 1834 por um incêndio) planejada pelo arquiteto Charles Barry
traz elementos góticos, inspirados nas partes intactas do edifício. A intenção foi construir uma narrativa de
continuidade cultural, em oposição aos violentos rompimentos culturais e artísticos como a Revolução
Francesa. O estilo gótico era apoiado pelo crítico John Ruskin, que argumentou que o mesmo sintetizava os
valores sociais de comunidade e inserção, em contraste com o Classicismo, que o crítico considerava ser o
epitomo da estandardização mecânica.
Em meados do século XIX, Londres acolheu a Grande Exposição de 1851, a primeira Exposição Mundial
que mostrou as maiores inovações do século. No seu centro esteve o Palácio de Cristal, uma estrutura
modular de vidro e ferro que foi a primeira do género a nível mundial. John Ruskin criticou a
desumanização mecânica do seu desenho, mas esta estrutura acabou por ser considerada o protótipo da
arquitetura moderna. Na Grande Exposição, foram mostrados os primeiros exemplares da fotografia, algo
que acabou por influenciar a arte vitoriana, tendo sido a rainha Vitória a primeira monarca britânica a ser
fotografada. John Everett Millais foi bastante influenciado pela fotografia (principalmente no seu retrato de
John Ruskin), assim como outros artistas pré-rafaelitas. Mais tarde, a
Teatro
fotografia foi associada às técnicas impressionistas e de realismo social
que dominariam os últimos anos de atividade de artistas como Walter
Sickert e Frank Holl.
No que diz respeito a textos dramáticos, não foram publicadas obras de destaque até às últimas décadas do
século XIX. Na década de 1870, foram publicadas as óperas cómicas de Gilbert e Sullivan, na de 1890,
foram publicadas várias peças de George Bernard Shaw (1856-1950) e Oscar Wilde (1854-1900) publicou
a sua peça The Importance of Being Earnest em 1895.
Outras peças e autores da época incluem: adaptações para os palcos do Frankenstein de Mary Shelley e do
novo gênero de romances sobre vampiros. Em 1849 as histórias de Frankenstein e dos vampiros são
finalmente combinadas em Frankenstein; ou A Vítima do Vampiro. Em 1887, The Model Man, uma peça
teatral na qual o monstro Frankenstein e um vampiro estão no Ártico, aparece em Londres. As peças de
Henrik Ibsen causam controvérsia no palco de Londres, com homens como James Joyce e George Bernard
Shaw apoiando o novo estilo dramático oriundo da Noruega.
A nível musical, as brass bands eram bastante populares. Uma vez que a gravação de música ainda não era
uma realidade, muita gente tinha apenas acesso à mesma quando estas bandas tocavam em coretos.
O futebol também surgiu nesta época. A primeira liga de futebol foi criada pelo diretor do Aston Villa,
William McGregor em 1888. O Aston Villa foi a equipa de futebol de maior sucesso na era vitoriana, uma
vez que foram campeões da liga por cinco vezes e venceram três taças FA. Outros clubes proeminentes da
época foram o Blackburn Rovers, o Sunderland e o Preston North End. No final do século XIX, o futebol
era já um fenómeno de massas, atraindo grandes multidões maioritariamente constituídas por homens da
classe trabalhadora.
Outros desportos modernos que foram introduzidos ou desenvolvidos nesta época incluem: o críquete, o
ciclismo, o croquet, o skate, o hipismo e desportos aquáticos. O ténis moderno teve origem em Birmingham
entre 1859 e 1865. O torneio de ténis mais antigo do mundo, o de Wimbledon, foi disputado pela primeira
vez em Londres em 1877.
Cronologia
1832 - Aprovação do primeiro Ato de Reforma.
1838 - Ascensão da rainha Vitória para ao trono.
1839 - Tem início a Primeira Guerra do Ópio na China.
1839 - Tem inicío a Primeira Guerra Anglo-Afegã no Emirado do Afeganistão (atual
Afeganistão).
1840 - A Nova Zelândia se torna uma colônia britânica, através do Tratado de Waitangi.
1842 - Ocorre a assinatura do Tratado de Nanquim, que simbolizou o fim da Primeira
Guerra do Ópio e cessão da soberania de Hong Kong ao Império Britânico por parte da
China.
1842 - Termina a Primeira Guerra Anglo-Afegã.
Ver também
Belle Époque
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